Revista H#15

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Índice EDItOrial

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Editorial

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Atualidade

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Tire a suas dúvidas para que elas não lhe tirem saúde Nesta edição da revista H quisemos aprofundar o conhecimento sobre alguns temas bastante atuais e importantes para a sua saúde e bem-estar, acreditando assim que vamos esclarecer algumas dúvidas que poderá ter mas que, provavelmente, nunca viu devidamente clarificadas. Sol: amigo, inimigo e a prevenção. Sabia que existem protetores solares orgânicos e protetores inorgânicos? Sabia que alguns são mais indicados para grávidas, crianças e pessoas com a pele sensível? Agora que o bom tempo está aí, ajudamolo a descobrir como funcionam os protetores e a prevenir-se das queimaduras solares. Aprofunde os seus conhecimentos sobre este tema com o nosso artigo da rubrica “Cuidamos de si”. Colesterol: o bom, o mau e a prevenção. Sabia que em Portugal duas em cada três pessoas em idade adulta têm o colesterol elevado? Sabia também que existe um colesterol bom e um colesterol mau? Descubra como funcionam estes dois tipos de colesterol e como poderemos prevenir o excesso de mau colesterol. Saiba tudo no nosso tema central, o artigo “Em Foco”.

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Opinião Saúde para todos – Medicamentos Inovadores

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O que Dizem os Especialistas Doenças da Tiroide «Problema subdiagnosticado no nosso país»

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Em Foco Colesterol Um inimigo silencioso

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Um Dia Todas Serão Assim 14 Serviço de Dermofarmácia Holon 17 Calendário & Ações Farmácias 18 Farmácia Fonseca

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Cuidamos de Si 19 No verão, reforce os cuidados dos pés 22 Verão com a máxima proteção H Júnior 27 Diverte-te 28 Trocado em Miúdos 30 Dentro & Fora de Casa 31 Pinta o desenho

Bebé e Mamã Proteção solar Filtros minerais para a grávida e bebé Dia a Dia Artrite reumatoide «Um bom acompanhamento é determinante para minimizar os efeitos» Cuide Aqui da sua Saúde O colesterol tem limites... Conhece os seus? Viva Mais 43 Diet, Light, Magro… O que escolher? 45 Jogue golfe pela sua saúde 47 Receita saudável Atuar FPC Desde 1979 a fazer bater corações

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NOVIDADES

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Saúde Digital

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Breves

Edição: Hollyfar – Marcas e Comunicação, Lda. – Rua Aquiles Machado, nº 5F 1900-077 Lisboa

Diet, light ou magro: descubra as diferenças. Já deverão ter sido algumas as vezes que passou num supermercado e reparou nas diferentes terminologias que constam nas embalagens dos alimentos que dizem ajudar à sua dieta. Nós fomos estudar o tema para lho podermos explicar, mostrando-lhe de forma simples a diferença entre o que é considerado light, diet, magro ou o que não tem açúcares, por exemplo. Atenção: nem tudo significa o mesmo. Saiba mais na rubrica “Viva Mais”.

Coordenador Editorial: Maria João Costa Lobo (Holon) e Inês Marujo (Hollyfar) • Colaboram nesta edição: Ana Albernaz, Andreia Cruz, Ana Parente, Filipa Contente, Maria João Mendes, Catarina Monteiro e Ana Paula Rachid • Fotografia: David Oitavem e Nuno Oliveira Publicação bimestral • E-mail: revistah@farmaciasholon.pt • Tiragem deste número: 30.000 exemplares • Os artigos assinados apenas veiculam a posição dos seus autores.

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Miguel Goulão Diretor da Revista

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atualidade

Obesidade infantil regista

Cancro do colo do útero mata

Venda de medicamentos

«ligeiro decréscimo»

todos os dias uma mulher em

genéricos continua a crescer

Desde 2008 que em Portugal se tem registado um ligeiro decréscimo da prevalência da obesidade infantil, revelou o responsável pelo Programa Nacional para a promoção da Alimentação da Direção-Geral da Saúde (DGS). No entanto, apesar do «ligeiro decréscimo», Portugal ainda não apresenta os valores ideais e continua longe dos melhores exemplos europeus, lembrou Pedro Graça, em entrevista à “TSF”. De acordo com os últimos dados disponíveis, no ano de 2012, em Portugal, 32% das crianças com 7 anos tinha excesso de peso. No centro e norte da Europa esse valor não chegava aos 25%. Na opinião de Pedro Graça, nos últimos anos, os portugueses e as autoridades de saúde têm estado mais atentos em relação ao problema da obesidade e essa poderá ser uma explicação para o facto de o país ter conseguido travar o crescimento do número de crianças com excesso de peso.

Portugal A Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) lançou mais uma campanha de sensibilização contra o cancro do colo do útero, uma doença que mata todos os dias uma mulher em Portugal. Apesar do sucesso da vacina e dos rastreios para prevenção, «o cenário ainda é dramático», sublinhou Vítor Veloso, vice-presidente da LPCC, em declarações à “Renascença”. O dirigente da LPCC lembrou que cancro do colo do útero é ainda o segundo mais frequente e o sexto que mais mata em Portugal. «Ainda morre uma mulher por dia por cancro do colo do útero e, ainda por cima, são mulheres novas, produtivas, normalmente entre os 25 e os 55 anos. Nós queremos que este panorama mude, e em vez de uma morte por dia reduzirmos para uma morte de dez em dez dias ou uma morte por mês», estimou o especialista. «A vacina é fundamental, entre os 10 e os 50 anos, mas não é suficiente», alertou o responsável. «Desde que nós conseguimos que a vacina fosse introduzida no plano nacional de vacinas, isso levou a que a mulher relaxasse um bocadinho em relação ao exame complementar à vacinação, o papa nicolau. Um exame fundamental, de dois em dois anos, e que é gratuito nos centros de saúde», acrescentou.

Prémio da “Farmácia do Ano” entregue à Farmácia Moderna de Esmoriz Os Prémios Almofariz elegem todos os anos pessoas e entidades que se distinguem no setor da farmácia, sendo este evento um marco importante no calendário anual do setor farmacêutico. Assim e pelo segundo ano consecutivo, o prémio “Farmácia do Ano” foi atribuído a uma Farmácia Holon, a Moderna de Esmoriz. Queremos deixar os nossos sinceros parabéns a toda a equipa da Farmácia Moderna de Esmoriz pelo grande trabalho que tem feito e por toda a dedicação demonstrada, fazendo assim por merecer esta distinção. 4

A quota de medicamentos genéricos comercializados em Portugal situou-se nos 46,9% no primeiro trimestre de 2015, o que representa um acréscimo de 1,2 pontos percentuais face à taxa verificada no período homólogo de 2014, que foi de 45,7%, avançou o INFARMED em comunicado. No que respeita à despesa dos utentes com medicamentos, no primeiro trimestre deste ano, verificou-se um acréscimo de 0,3%, o que equivale a um aumento de 490 mil euros. No entanto, no mesmo período, registou-se um crescimento ainda maior das embalagens dispensadas: +1,6%, ou seja, mais 615 mil embalagens. Os encargos dos utentes no mercado do Serviço Nacional de Saúde (SNS), nesse período, diminuíram 1,3%, sendo agora de 4,47 euros por embalagem. Esse valor diminuiu para 3,14 euros no caso de medicamentos genéricos.

SPG alerta para desigualdade no acesso aos medicamentos A Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia (SPG) revelou que o acesso aos medicamentos não é igual para todos os utentes. «O problema é que as farmácias hospitalares fornecem [medicamentos] para algumas doenças e para alguns doentes e inexplicavelmente não fornecem para outras doenças e outros doentes. Isto é, há doentes de primeira e doentes de segunda», explicou o vice-presidente da SPG, José Cotter, à “Renascença”. O dirigente chama a atenção para o caso particular de quem sofre de doença inflamatória intestinal. Esses doentes têm obrigatoriamente de ir a uma consulta num hospital público, mas, noutras doenças, dermatológicas ou reumatológicas por exemplo, a prescrição pode ser feita pelo médico assistente. Quem sofre destas patologias tem apenas de levantar os medicamentos na farmácia do hospital público mais próximo. «Cerca de 30% dos doentes com doença inflamatória intestinal tem terapêutica biológica para ter um quotidiano tão próximo quanto possível do normal e os doentes, neste momento, estão severamente prejudicados face a outros cidadãos que precisam da mesma medicação», explicou o responsável.



OPINIÃO

«No meu entender, quando está em causa a saúde dos cidadãos, cabe ao SNS negociar os Medicamentos Inovadores, permitindo um preço moralmente justo para ambas as partes.»

Tereza Garcia Diretora Técnica da Farmácia Tereza Garcia (Sintra)

Saúde para todos – medicamentos inovadores Assiste-se nos últimos anos a uma dificuldade, por parte dos doentes do Sistema Nacional de Saúde no acesso a tratamentos inovadores, nomeadamente no que respeita à doença crónica. O envelhecimento da população aliado à crise económica agravou esta acessibilidade em várias áreas da saúde, onde se destacam os tratamentos oncológicos e, nos últimos anos, a hepatite C. A par do desenvolvimento científico para a pesquisa de novos medicamentos, traduzindo-se num tratamento cada vez mais eficaz quando combinado com outras terapias, assiste-se a uma escalada no preço dos medicamentos por parte dos laboratórios, condicionando o acesso aos mesmos em função de critérios de risco e de progressão da doença. Resumindo, parte dos doentes que poderiam beneficiar das novas terapias não terá essa oportunidade, por não estar suficientemente doente. Deste modo assistimos a uma contradição. Por um lado, o avanço científico que permite uma maior taxa de sucesso. Por outro, o preço exigido pelo laboratório inovador põe em causa a acessibilidade a esse mesmo tratamento. Assim, vimos com preocupação as restrições económicas condicionarem a progressão da medicina, na medida em que a austeridade imposta pela crise económica, que se generalizou por vários países onde nos incluímos, leva a procedimentos pouco éticos selecionando os 6

economicamente mais favorecidos e capazes de responder aos preços exorbitantes exigidos. No nosso caso, o Sistema Nacional de Saúde (SNS) em conjunto com outras instituições levaram as negociações a bom termo, no que respeita à aquisição do medicamento inovador para a hepatite C, o que nos abre uma “janela” de oportunidades para procedimentos similares, relacionados com outras doenças crónicas que esperam também a sua vez. No meu entender, quando está em causa a saúde dos cidadãos, cabe ao SNS negociar os Medicamentos Inovadores, permitindo um preço moralmente justo para ambas as partes. Isto não impede que o modelo escolhido para fixar o preço dos medicamentos em causa, demonstre os verdadeiros custos de inovação e pesquisa. Terá que ser garantida uma margem de lucro proporcional em benefício não só dos doentes, como ao que o SNS possa pagar garantindo a sua sustentabilidade, não impedindo no entanto a introdução no mercado dos referidos Medicamentos Inovadores. Compete aos legisladores zelar pelos direitos do cidadão no que respeita à Saúde, fazendo cumprir o código de valores que rege as práticas da medicina em termos éticos e igualitários, salvaguardando assim saúde para todos.


O QUE DIZEM OS ESPECIALISTAS

Doenças da Tiroide «Problema subdiagnosticado no nosso país» Estudos internacionais revelam que muitos desconhecem as doenças da tiroide, que afetam mais de um milhão de pessoas em Portugal, podendo o número ser bastante superior dado o subdiagnóstico do problema. Estar atento ao aparecimento de sinais é por isso importante, até porque «a maioria das doenças tem um tratamento fácil», afirma Celeste Campinho, presidente da Associação Portuguesa de Doenças da Tiroide (APDT). H - Quais as principais doenças da tiroide? Celeste Campinho - O tipo mais frequente de doença da tiroide é o hipotiroidismo, que resulta da produção insuficiente ou mesmo nula de hormonas tiroideias. À condição oposta chamamos de hipertiroidismo, ou seja, a glândula da tiroide está hiperativa e produz demasiada quantidade de hormonas. O hipertiroidismo pode adotar várias formas que incluem a doença de Graves, o bócio tóxico nodular e o hipertiroidismo secundário. Outras doenças da tiroide podem ser a tiroidite, uma inflamação da glândula da tiroide, o aparecimento dos nódulos da tiroide e o cancro da tiroide.

H - E este tipo de patologias afeta quantas pessoas? CC - Em todo o mundo existem cerca de 300 milhões de pessoas a sofrer de problemas da tiroide e estima-se que 1,9 biliões estejam em risco de vir a sofrer deste tipo de doenças. No nosso país existem cerca de 1 milhão de pessoas diagnosticadas com problemas da tiroide, contudo, uma vez que os sintomas muitas vezes passam despercebidos (sobretudo no caso do hipotiroidismo) este número pode ser maior.

Sintomas comuns a outras doenças H - A que sintomas devemos estar alerta? CC - Os sintomas são variados tendo em conta as várias doenças existentes. Os sintomas do hipotiroidismo são os que mais dúvidas causam 7


Alerta especial durante a gravidez Durante a gravidez há alterações fisiológicas no organismo da mãe que obrigam a glândula tiroideia a um esforço acrescido. Além disso, até às cerca das 20 semanas de gestação a tiroide fetal não sintetiza as hormonas necessárias para o desenvolvimento do feto pelo que este necessita das hormonas tiroideias produzidas pela mãe. As hormonas da tiroide são indispensáveis ao desenvolvimento do sistema nervoso central fetal. Um défice destas pode-se traduzir mais tarde num atraso cognitivo ou dificuldades de aprendizagem da criança. Apesar de a gestação ser uma altura de risco para o desenvolvimento deste tipo de patologias, o hipotiroidismo nas grávidas pode ser tratado da mesma forma, «através da toma de um fármaco que substitui a falta de
hormona tiroideia, sendo também recomendado durante a amamentação», elucida Celeste Campinho. Contudo, «o tratamento do hipertiroidismo durante a gravidez é mais complicando e o anti tiroideu de síntese utilizado deve ser corretamente doseado», alerta a especialista, sublinhando que as grávidas com alterações da função da tiroide devem ser acompanhadas numa consulta específica.

e que mais vezes são confundidos com os de outras condições, nomeadamente depressão, doenças cardíacas e até mesmo demência. O aparecimento de fadiga ou sonolência; uma grande intolerância ao frio; aumento de peso, apesar de uma dieta equilibrada e da prática de exercício físico; obstipação; cabelos e unhas enfraquecidos; dores nos músculos e articulações; problemas de fertilidade podem ser indicadores de hipotiroidismo e, caso estes sintomas sejam identificados, a pessoa deverá consultar um médico especialista. No hipertiroidismo verificamos os sintomas opostos, ou seja, uma enorme perda de peso, nervosismo, irritabilidade e ansiedade, um ritmo cardíaco acelerado, cansaço e dificuldade para dormir. Por vezes os olhos podem ficar proeminentes (Doença de Graves).

H – E podemos falar em grupos de risco? CC - Sim, no caso do hipotiroidismo, os grupos de risco são sobretudo as mulheres, em especial aquelas que se encontram em idade de reprodução ou em fase da menopausa. As mulheres que não desenvolvem hipotiroidismo durante a gravidez podem desenvolver outros problemas da tiroide durante o primeiro ano após o nascimento do bebé. De resto, as doenças da tiroide podem afetar, também homens e crianças.

Fácil tratamento H - Como se trata este tipo de problemas? CC - O hipotiroidismo, quando diagnosticado, é de fácil tratamento, bastando apenas medicação diária (crónica) que vai substituir as hormonas tiroideias e que permite controlar os sintomas, sendo que os doentes podem levar uma vida normal. 8

No caso do hipertiroidismo, não existe um tratamento igual para todos os doentes. Os tratamentos variam consoante a severidade da patologia, a idade e outras possíveis doenças. Em geral, é solucionado através da utilização de fármacos que bloqueiam a produção tiroideia, cirurgia para a remoção da glândula tiroideia ou terapia com iodo radioativo.

H - Há medidas preventivas que podem ser adotadas? CC - Nas áreas com défice de iodo as pessoas devem fazer uma alimentação rica em iodo, nomeadamente utilizar sal iodado.

Sensibilizar a população H - Ainda persiste algum desconhecimento em relação a estas patologias. Que medidas têm sido adotadas para alertar a população para este problema? CC - Ao longo dos anos, profissionais de saúde e doentes têm reunido esforços com a finalidade de sensibilizar a população em geral para as doenças da tiroide, provendo-as de mais informação. Exemplo disso mesmo é a Semana Internacional da Tiroide, que este ano decorreu entre 25 e 31 de maio, uma iniciativa anual à escala internacional e que este ano comemorou a sua 7ª edição. Ao longo desta semana foram divulgados os principais sinais e sintomas das doenças, foram realizados rastreios, sempre no sentido de alertar para este problema. O tema de 2015 foi o Hipotiroidismo.

H - Muitos associam doenças da tiroide a cancro da tiroide e consideram que este é mortal. Contudo, não é bem assim…

CC - O Cancro da Tiroide apresenta-se na maior parte das vezes sob a forma de um nódulo na tiroide. Ocasionalmente, sob a forma de gânglio linfático cervical aumentado, rouquidão, dificuldade em engolir ou respirar. Em 90% dos casos este tipo de cancro tem um bom prognóstico pois a cirurgia é, na maior parte das vezes, curativa. O carcinoma da tiroide é mais frequente em pessoas que receberam tratamento de radiação na cabeça, pescoço ou peito. Não causa dor ou incapacidade e o tratamento é geralmente eficaz.

Associação das Doenças da Tiroide Criada a 24 de fevereiro de 2012, a Associação das Doenças da Tiroide (ADTI), «surge da necessidade de um grupo de pessoas em criar uma associação que ajude doentes e familiares a lidarem melhor com os problemas derivados da tiroide», explica a atual presidente. Entre os principais projetos desenvolvidos, a ADTI, a par do Grupo de Estudo da Tiroide da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo tem sido um braço da Thyroid International Federation em Portugal e anualmente organiza a Semana Internacional da Tiroide. No ano passado, a ADTI promoveu sessões de esclarecimento e rastreios no IPATIMUP, no Porto e, em 2015, organizou uma corrida de sensibilização (manhã desportiva) e «é nosso objetivo dar continuidade a este projeto, de forma anual», revela Celeste Campinho. A presidente acrescenta ainda que «a ADTI conta hoje com cerca de 200 associados, mas é nosso objetivo chegar a mais pessoas, já que 10% da população portuguesa sofre de problemas da tiroide».



em foco

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controlo

porção

fumar

exercício

doente doe sistema

diagonóstico

check-up

fritos

hábitos

medicina

medição

doenças

sinais

sabor

cardiovascular

risco

cardiologia forma dieta arteriosclerose vida anatomia

prevenir

corpo

colest


Colesterol Um inimigo silencioso O colesterol é um termo que já entrou na linguagem dos portugueses quase como sendo “normal”, mas os especialistas alertam para os perigos deste inimigo silencioso e recomendam medidas preventivas, que devem ser adotadas desde tenra idade.

erol

mal

gordura

coração

problema

alimentação

proteínas

depressão

níveis

calorias

corpo paciente análises

pessoas

enças

hipertensão

veias

ciência

snacks

artérias

sintomas

alimentar

humano

sangue

comida

saúde perigo

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EM FOCO

As doenças cardiovasculares são a principal causa de mortalidade e morbilidade no mundo industrializado, prevendo a Organização Mundial de Saúde (OMS) que esta situação se agrave nos próximos anos. Na Europa, as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em homens com mais de 45 anos e em mulheres com mais de 65 anos, e Portugal não é exceção. Pedro Marques da Silva, do Núcleo de Investigação Arterial do Hospital de Santa Marta, em Lisboa, diz mesmo que «a população não tem consciência de que o colesterol é perigoso». O especialista esclarece que, «antes de mais, convém desmistificar que o colesterol não é uma doença. É uma substância de um grupo químico, essencial à vida e que é necessário para a produção de hormonas, para a constituição de membranas celulares, para a constituição dos ácidos biliares e sem a qual não podemos viver».

A afixar no frigorífico Comer mais: - Sopa; - Saladas; - Fruta; - Cereais integrais; - Leguminosas; - Peixe; - Carnes brancas (tais como frango ou peru); - Temperar com azeite. A evitar: - Carnes vermelhas (tais como vaca, borrego e cabrito); - Laticínios gordos ou meio gordos; - Alimentos pré-confecionados e fast food; - Pastelaria industrial doce ou salgada; - Enchidos. 12

O colesterol alto é uma condição que afeta aproximadamente 6% dos adultos, sendo diagnosticado quando uma pessoa tem níveis elevados de LDL (lipoproteína de baixa densidade), considerada “mau” colesterol. Já o “bom” colesterol refere-se às lipoproteínas de alta densidade (HDL) e o ideal é ter níveis elevados de HDL por estas protegerem contra a aterosclerose. Quando os níveis de colesterol não são saudáveis, proporcionam o aparecimento de doenças cardiovasculares, daí que a Sociedade Europeia de Arteriosclerose nas suas últimas recomendações considere que todos os homens depois dos 30 anos e todas as mulheres depois dos 40 anos devem conhecer o seu perfil lipídico. Contudo, no caso de a pessoa ter fatores de risco, o exame deve ser realizado mais cedo.

Mudar hábitos e estilo de vida Se já mediu os seus níveis de colesterol e estes estão elevados, com certeza que o primeiro conselho do seu médico foi o de mudar a sua alimentação e aumentar o nível de exercício físico. Antes mesmo de ingerir qualquer tipo de medicação, estes dois fatores contribuem para um organismo saudável e em equilíbrio. O primeiro passo será mudar uma dieta desequilibrada, evitando comer alimentos ricos em gordura saturada. Estes alimentos incluem carnes vermelhas, queijo, banha de porco, manteiga, bolos, produtos de pastelaria, biscoitos e natas. De seguida, aumente o nível de atividade física, até porque o excesso de peso ou a obesidade

é um grande fator de risco. Ao fazer exercício o seu corpo tende a produzir mais “colesterol bom”, que é útil para remover o “mau” colesterol das artérias. Por último, deve evitar o consumo excessivo de álcool e fumar. Certos químicos encontrados no tabaco dificultam o transporte de lípidos para o fígado pelo “bom colesterol”, onde podem ser depositados naturalmente.

Fatores de risco Há ainda algumas patologias que podem contribuir para o aumento do colesterol, como são os casos da diabetes, tensão arterial elevada, hipotiroidismo, doença renal ou doença hepática. E não nos podemos esquecer do fator genético: a hipercolesterolémia afeta uma em cada 500 pessoas. Assim, se na sua história familiar há casos de níveis de colesterol elevados, convém ter esse fato em atenção e adotar comportamentos preventivos.

Ausência de sintomas Devido ao fato de, geralmente, o colesterol elevado não causar sintomas e muitas pessoas poderem descobrir o aumento dos seus níveis de colesterol apenas quando fazem análises ou começam a desenvolver outros problemas de saúde, os especialistas apelidam esta condição de “inimigo silencioso”. No caso das pessoas com hipercolesterolémia familiar um dos sintomas é o desenvolvimento de protuberâncias amarelas sob a pele, nas pálpebras, tornozelos, nádegas e cotovelos. Porém, estes sintomas de colesterol elevado são pouco prováveis de aparecer na juventude, o que significa que pode ter colesterol elevado sem que se aperceba. Devido à ausência de sintomas, é importante que faça consultas médicas e análises sanguíneas de rotina.

«Nunca é tarde para mudar» Pedro Marques da Silva aconselha: «Saiba qual é o seu perfil lipídico, tal como sabe o seu peso ou o valor da sua tensão arterial. Discuta com o seu médico qual o valor desejável tendo em conta o seu grau de risco e, depois, estabeleça o projeto terapêutico, farmacológico ou não, para atingir


Valores recomendados O colesterol circula no sangue ligado a uma proteína, sendo este conjunto conhecido por lipoproteína. Conforme explica Manuel Carrageta, presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia, as lipoproteínas são classificadas em altas, baixas ou muito baixas, em função da respetiva proporção de proteína e gordura em cada uma, o que determina a sua densidade. - Lipoproteínas de baixa densidade (LDL): são vulgarmente conhecidas como “mau” colesterol, por ser aquele que se deposita na parede das artérias, provocando aterosclerose. - Lipoproteínas de alta densidade (HDL): também conhecidas por colesterol “bom”, que tem como papel a limpeza das artérias.

O mito dos ovos

- Lipoproteínas de muito baixa densidade (VLDL): são semelhantes às LDL, mas contendo mais gordura e menos proteínas.

Durante anos, os ovos foram considerados os grandes vilões no que diz respeito ao aumento dos níveis de colesterol no sangue. Contudo, como explicam os especialistas, desde há uns anos, essa conceção mudou.

- Triglicéridos: são um outro tipo de gordura que circula no sangue ligada às VLDL. Ora, de acordo com um estudo realizado por esta fundação, cerca de dois terços da população adulta portuguesa têm o colesterol elevado, pelo que seguindo as orientações das sociedades científicas europeias recomendam:

Pelo seu teor elevado de colesterol, o ovo era considerado nocivo para a saúde, visto que níveis elevados de colesterol no sangue estão intimamente ligados ao desenvolvimento de doença arterial coronária e a outras patologias do foro cardiovascular. Como é explicado pelos especialistas da Mayo Clinic, «de facto, o ovo (ou melhor, a gema) é rica em colesterol. E uma dieta rica em colesterol pode contribuir para aumentar os níveis de colesterol no sangue. No entanto, o impacto que o colesterol que ingerimos através da alimentação tem nos níveis de colesterol sanguíneo varia de pessoa para pessoa. Embora comer muitos ovos possa aumentar o colesterol, não está comprovado cientificamente que ingerir até quatro gemas de ovo por semana aumente o risco de doença cardiovascular».

Triglicéridos <150mg/dl HDL (bom colesterol) >ou= 50mg/dl LDL (mau colesterol) <100mg/dl Colesterol total <ou= 190mg/dl

Assim, em 2000, a American Heart Association reviu as suas diretrizes alimentares e, dado que o ovo também tem benefícios para a saúde, passou a “autorizar” que um adulto ingerisse um ovo por dia, desde que não ultrapassasse o limite de 300mg de colesterol diários provenientes da alimentação.

esses objetivos, sabendo que as consequências de não se tratar são muito piores do que aquelas que podem resultar da simples ignorância desse fator». Também o Prof. Fernando de Pádua, presidente do Instituto de Cardiologia Preventiva e da Fundação com o seu nome, refere que «um dos melhores conselhos que posso dar é que nunca é tarde para adotar hábitos saudáveis. Pense-se no exemplo do Titanic que afundou porque

não teve a capacidade de mudar a sua rota a tempo de evitar a colisão, quando bastava ter infletido cinco ou dez graus. Devemos adotar esta máxima para a nossa vida: quaisquer que tenham sido os erros que cometemos no passado, desvie-se do rumo que está a seguir. Comece a ingerir menos calorias, a andar mais, não comece a fumar e, se já fuma, quanto mais depressa parar melhor, reduza o sal da alimentação, beba menos bebidas alcoólicas e evite o stress. Não há melhor pílula calmante do

que um bom passeio a pé. Há sempre formas de se fazer exercício. Compre um tapete rolante ou uma bicicleta estática e coloque-o em frente à televisão. Se não tiver dinheiro para adquirir o equipamento, basta um metro quadrado em sua casa para fazer um excelente exercício que é saltar à corda, sem corda. Além disso, em todas as terras deveria haver uma avenida bem iluminada que permitisse às pessoas irem caminhar à noite, ao fim do trabalho, sem receios».

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Serviço de Dermofarmácia Holon A pele é o maior órgão do corpo humano e é o meio através do qual

Um Dia Todas Serão Assim

Apesar de se constituir como uma ponte para o exterior, uma das principais funções da pele é ser barreira protetora contra os agentes externos, mantendo a integridade de tudo o que fica sob ela. Para lá da vertente funcional, existe ainda uma vertente estética que é impossível de ignorar, já que a pele é um dos principais determinantes da nossa imagem. Nas Farmácias Holon colocamos os nossos farmacêuticos e a tecnologia ao serviço da sua pele para

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sentimos o mundo que nos rodeia. À flor da pele existem recetores nervosos responsáveis por nos transmitir as sensações de calor, frio, dor ou textura. lhe proporcionar uma experiência única, sendo cada situação cuidadosamente analisada com recurso a equipamentos modernos. Ao nível do rosto, a avaliação é realizada em 6 dimensões: hidratação, elasticidade, oleosidade, vermelhidão, hiperpigmentação e rugas. Após o diagnóstico, é definida a abordagem para cada problema detetado, oferecendo assim a cada utente um plano de cuidado e tratamento personalizado.

Os casos de patologia dermatológica ligeira, como a acne, a rosácea ou a dermatite atópica, também encontram resposta no Serviço de Dermofarmácia Holon, onde é dado aconselhamento sobre a terapêutica farmacológica prescrita e outros cuidados complementares, de modo a atingir melhores resultados. No Serviço de Dermofarmácia Holon, consideramos que cada pele é única e merece ser tratada como tal.




Um Dia Todas Serão Assim

Julho

26 Dia Mundial dos Avós

CALENDÁRIO

Agosto

12 Dia Internacional da Juventude

Um Dia Todas Serão Assim

AÇÕES FARMÁCIAS

Intervenção da farmácia no rastreio do cancro colorretal Nos meses de março e abril, as Farmácias Holon e a Europacolon promoveram a realização do rastreio do cancro colorretal, através da pesquisa de sangue oculto nas fezes, como forma de sensibilizar a população para a importância desta doença que mata, todos os dias, 9 portugueses. De norte a sul do país, 1117 pessoas participaram no rastreio e cerca de 7,2% apresentou um resultado positivo. Esta ação de rastreio, com forte impacto na comunidade, possibilita a deteção precoce da doença, o que, por sua vez, é essencial para tratar com sucesso e reduzir a mortalidade associada à mesma.

Showcooking: uma experiência diferente. Porque a saúde começa no prato, nada melhor que uma demonstração do quão prática e deliciosa pode ser uma dieta! Foi assim na Farmácia Luciano e Matos, onde sob orientação da dietista Catarina Rola, foi preparado um snack com base em frutos secos, coco e passas de uva, com direito a degustação no final.

profissionais de saúde e que nos vai permitir interagir e afirmar ainda mais como parceiros junto das instituições e personalidades que pensam e definem as políticas de saúde em Portugal e no Mundo.

através da realização de avaliações do risco cardiovascular.

Hospital do ursinho Nos dias 18 e 19 de junho, teve lugar em Alcobaça o evento “Hospital do ursinho” no qual a Farmácia Belo Marques foi convidada a participar. O Hospital do Ursinho consiste na simulação de um hospital adaptado ao imaginário infantil, sendo constituído por consultórios de medicina, medicina dentária, bloco operatório e farmácia, tudo isto adaptado à escala dos mais pequenos. Deste modo, são encenadas consultas em que cada criança assume o papel de cuidador que leva o seu “ursinho” aos vários profissionais de saúde. O principal objetivo é desmistificar a “bata branca”, eliminando o medo que as crianças têm da mesma. Por este hospital passaram mais de 300 crianças, que ficaram desta forma a conhecer uma Farmácia Holon.

Projetos na comunidade

• Já com o ano letivo a terminar, mas antes do início das férias, as farmácias Ferreira Pinto, Quinta da Igreja e Nuno Álvares desenvolveram uma série de projetos-escola nas respetivas localidades. • Na sequência da parceria estabelecida entre a Farmácia Vaz e as Termas de Cabeço de Vide, têm sido realizadas sessões de esclarecimento e rastreios alusivos aos diversos Serviços Holon. • A Farmácia Holon Baguim do Monte marcou presença na Feira da Saúde organizada pela Cruz Vermelha.

As Farmácias Holon têm cada vez mais saído do seu espaço em direção à comunidade envolvente. Exemplo disso são os inúmeros projetos realizados em escolas, participação em feiras da saúde e organização de caminhadas. Neste semestre, mais de 4 mil pessoas participaram em ações Holon. Para além da visibilidade da marca, estas ações são sempre uma oportunidade para contribuir para uma melhor saúde da população. • A Junta de Freguesia da Ajuda festejou o Dia • No dia 14 de maio, a Farmácia Ferreira Pinto fez, pelo 3º ano consecutivo, a atividade física intitulada “Coração Sénior, Coração Saudável”. Com o apoio de dois professores de educação física, os idosos de Nisa tiveram um dia diferente em que, descontraidamente, se falou sobre a saúde do coração.

Parceiro PNS As Farmácias Holon foram distinguidas como Parceiro do Plano Nacional de Saúde (PNS) 2014. Esta distinção demonstra, uma vez mais, que o papel do Farmacêutico não se esgota na dispensa dos medicamentos, já que o Farmacêutico tem também uma ação chave no acesso adequado aos cuidados de saúde e na melhoria da qualidade de vida dos doentes, através do aconselhamento e acompanhamento permanente ao utente. Este é um reconhecimento que nos orgulha enquanto

do Coração e a Farmácia do Cruzeiro esteve presente para promover a saúde do coração

• A Farmácia Holon Barreiro realizou um rastreio de Hipertensão no dia 20 de maio. O Mimos interagiu com os transeuntes e, depois das medições da pressão arterial, foram feitos alguns encaminhamentos para a consulta farmacêutica. 17


Um Dia Todas Serão Assim

Farmácia Holon na Cruz de Pau Farmácia Fonseca

Há 44 anos que a Farmácia Fonseca serve a população da Cruz de Pau, concelho de Seixal. Neste período de tempo, a Cruz de Pau cresceu, modernizou-se e evoluiu.

«Empenhamo-nos em acarinhar e servir os nossos utentes da melhor forma, proporcionando o melhor, mais eficaz e mais seguro tratamento ou acompanhamento»

As instalações fabris transformaram um concelho relativamente rural num concelho industrial. Na década de 60 e 70, com a instalação da Siderurgia Nacional em Paio Pires e a ligação a Lisboa, através da ponte sobre o Tejo, toda a região sofreu um processo de urbanização acelerada, registando uma alta taxa de crescimento demográfico. A Cruz de Pau cresceu e a Farmácia Fonseca cresceu com ela. Nestes 44 anos, a farmácia mudou de nome, mudou de instalações, mudou de rua, alguns funcionários mudaram também. Mas outros há que estão na farmácia desde o início. O que não mudou foi a vontade de prestar um serviço de excelência à população. A satisfação dos utentes está em primeiro lugar. Por isso empenham-se em acarinhá-los e servi-los da melhor forma, proporcionando o melhor, mais eficaz e mais seguro tratamento ou acompanhamento. Com o know-how adquirido ao longo destes anos, a farmácia contribuiu para que todos tenham acesso a um serviço de saúde de qualidade e eficaz. Um serviço completo e distinto, que contribui para a melhoria da sua qualidade de vida. Estes são os valores e a cultura da Farmácia Fonseca. Deste modo, a confluência com o projeto das Farmácias Holon foi um passo

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natural na história da Farmácia Fonseca. “Estamos no projeto desde o seu início e em 2014 decidimos que o espaço físico da farmácia teria que refletir o que significa ser uma Farmácia Holon”, afirma Carlos Mustra, proprietário da farmácia. “As Farmácias Holon preocupam-se com o bemestar dos seus utentes e isso vai, sem dúvida, ao encontro da nossa maneira de estar e de atuar. Tendo em conta esta premissa, idealizouse um conceito novo de farmácia, com espaços inovadores e sofisticados, espaços que possam ser utilizados numa atitude livre, onde se consulta com acompanhamento, se procura com ajuda e se atende com dedicação”, declara o responsável. Com esta recente intervenção, a Farmácia Fonseca criou espaços de atendimento individualizados, pequenos recantos pensados à dimensão do utente para o servir exclusiva e privativamente. “O utente tem agora a opção de se sentar e receber aconselhamento da equipa da farmácia. Por outro lado, temos o atendimento em balcão, que possibilita maior celeridade, evitando gastos de tempo aos utentes mais apressados”, informa Carlos Mustra. Para melhor servir a comunidade, a Farmácia Fonseca dispõe ainda de gabinetes, onde são prestados os diferentes serviços que tem para oferecer. “Servimos a população da Cruz de Pau há 44 anos e estamos preparados para mais 44. Sempre a evoluir juntos”, conclui o responsável da Farmácia Fonseca.


No verão, reforce os cuidados dos pés Os pés são talvez a parte do corpo que mais sente a mudança das estações e com a chegada do tempo quente, para manter a boa saúde dos pés, há cuidados que devem ser tidos em

cuidamos de si

consideração. Transpiração A utilização de calçado fechado no tempo quente tem, frequentemente, como consequência a transpiração excessiva (hiperidrose). A humidade gerada nos pés pela transpiração causa desconforto ao caminhar e, por favorecer o crescimento microbiano, é a principal causa do mau odor.

Ana Parente Podologista

Existem tratamentos farmacológicos para inibir a produção da transpiração, no entanto, esta só se justifica em casos mais graves. Para as situações ligeiras, a adoção de alguns cuidados diários pode ser suficiente para diminuir o desconforto e evitar as consequências da hiperidrose. Assim, pode aplicar pó antitranspirante no calçado e diretamente nos pés; não deve

utilizar as mesmas meias e calçado em dias seguidos e, após o banho, deve secar cuidadosamente o espaço entre os dedos. Estas medidas preventivas revelam-se eficazes quando feitas com regularidade. O aumento da transpiração está ainda associado ao aparecimento de flitenas e descamação da pele. As flitenas, mais conhecidas como bolhas com água, são uma consequência do atrito entre o pé e o calçado, sendo a melhor maneira de as evitar, a utilização de calçado maleável, meias de algodão e a aplicação de pó antitranspirante. A descamação da pele é muitas vezes confundida com uma dermatomicose (fungo na pele), o que resulta frequentemente na aplicação de tratamentos antifúngicos desnecessários. Nestes casos, é importante consultar um podologista

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para fazer o diagnóstico mais correto, evitando assim tratamentos pouco adequados à situação.

Calosidades e calcanhares gretados A utilização mais frequente de calçado aberto expõe a pele dos pés a uma maior desidratação. Esta, por sua vez, causa falta de elasticidade da pele que associada ao aumento de pressão na zona do calcanhar, tem como consequência o aparecimento de calosidades e calcanhares gretados. Ambas as situações, para além de inestéticas, causam desconforto ao caminhar. Se este problema lhe é familiar, então deve começar a preveni-lo adotando cuidados de hidratação ao longo de todo o ano, e não apenas antes do verão. É essencial manter a hidratação diária da pele do pé, através da aplicação de cremes com ureia e/ou queratina; utilizar frequentemente (3 vezes por semana) lima de calcanhares e fazer uma esfoliação semanal. Para calcanhares “teimosos” em gretar o uso de calçado aberto deve ser eliminado do dia a dia.

Cuidado com as picadas! Na praia, na piscina, no rio ou no campo, certo é que nas férias se passa mais tempo descalço do que habitualmente. Este contato mais direto com a natureza tem, como consequência, maior probabilidade de sofrer mordeduras de insetos ou animais! É preciso redobrar atenções sobre o local onde se colocam os pés. Na praia são comuns as picadas de peixe-aranha. Este encontra-se com bastante frequência na costa portuguesa. Escondendo-se por baixo da areia, possui uma barbatana com dois espinhos que se eriçam ao mais leve toque, largando veneno. Este veneno provoca bastante dor sendo aliviada com a aplicação de água muito quente.

Proteção solar

Para quem viaja para destinos mais exóticos, é importante conhecer os riscos associados. Por exemplo, em África e na América do Sul, é frequente a tungíase, infeção provocada pelo bicho-do-pé, também conhecido como bitacaia ou matacanha. Este inseto, semelhante a uma pulga, entra na pele, ainda quando se encontra em forma de larva, sobretudo através dos pés descalços. Começa por provocar muita comichão e, se não removida, desenvolve-se um inchaço que alastra para as zonas circundantes. O tratamento consiste na remoção do inseto e posterior tratamento da infeção. A prevenção desta doença pode ser feita eliminando a porta de entrada do inseto, ou seja, evitando o uso de calçado aberto nas regiões onde esta infeção é frequente.

No verão, os pés estão inevitavelmente mais expostos ao sol. Então, não é de mais lembrar que o protetor solar deve ser aplicado em todas as zonas do corpo expostas ao sol, incluindo os pés.

Para umas férias mais descansadas, é importante obter aconselhamento antes da viagem, de modo a que possam ser tomadas todas as medidas preventivas.

A radiação solar, para além de provocar queimaduras (quando a exposição é muito intensa), provoca também danos profundos na pele, que se vão acumulando em cada momento de exposição ao sol e que podem resultar, anos mais tarde, no aparecimento de carcinoma cutâneo.

Para que tenha os pés aptos para o verão, não se esqueça de lhes dar um cuidado especial nos meses de calor e de manter os cuidados diários no resto do ano. Conte com o Serviço de Podologia Holon e dê aos seus pés o cuidado que eles merecem todo o ano!

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CUIDAMOS DE SI

Verão com a máxima proteção Com a chegada do calor são poucos os que resistem às apetecíveis idas à praia ou aos momentos de descanso e lazer ao sol. Para muitos sair da praia com a mesma cor com que se chegou pode dar a sensação que ficou Filipa Contente Farmacêutica

a faltar alguma coisa. Tem essa opinião? Se sim, pode continuar a ler este artigo. Vamos ajudá-lo a aproveitar ao máximo esses momentos de lazer e descanso sem comprometer a sua saúde e a sua pele.

Quando pensamos em exposição solar de forma segura lembramo-nos de imediato dos protetores solares. Mas afinal o que são? Que tipos existem? Quais os mais adequados para a sua pele? Protetores solares são produtos cosméticos de uso tópico, capazes de dificultar a penetração e consequentes danos das radiações ultravioletas (UVA e UVB) na nossa pele. Enquanto os UVA

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penetram profundamente na pele e geram efeitos a longo prazo, como o envelhecimento precoce, os UVB atingem a camada mais superficial da pele e são responsáveis pelas queimaduras solares e pelo cancro de pele. Existem protetores solares químicos (ou orgânicos) compostos por substâncias químicas capazes de absorver e dispersar a radiação, e

protetores físicos (ou inorgânicos) que criam uma barreira física à penetração da radiação UV por reflexão e dispersão da luz solar. Estes são indicados em crianças, grávidas, pessoas com a pele muito sensível ou após atos dermatológicos, como peelings ou laser. A associação dos dois tipos de filtros solares no mesmo produto é comum e tem como finalidade aumentar o espetro de proteção solar.



Outras questões que surgem com frequência dizem respeito ao significado do FPS (Fator de Proteção Solar) que aparece no rótulo, assim como qual o mais adequado para cada tipo de pele. O FPS é uma medida que quantifica a proteção que um produto consegue proporcionar contra as UVB. Este indica o tempo de exposição sem queimadura solar quando comparado com uma exposição solar desprotegida. Assim, se um protetor solar apresenta um FPS 50+, na prática, isso significa que é necessário um tempo de exposição solar 50 vezes superior para produzir uma queimadura solar, quando comparado com uma situação em que não tenha sido aplicado o mesmo produto. É importante referir que o grau de proteção solar não aumenta proporcionalmente consoante o FPS. Um produto com FPS 15 bloqueia a maior parte da radiação UV, aproximadamente 93%, enquanto um FPS 30 bloqueia cerca de 96% e um FPS 50 aproximadamente 98%. No entanto, se usar um FPS 15 a pele leva 15 vezes mais tempo até ficar com queimadura solar comparando com uma situação em que não use qualquer proteção, enquanto um FPS 50+ levará 50 vezes mais tempo até ficar com essa mesma queimadura. O FPS de cada protetor solar é determinado em estudos laboratoriais com quantidades aplicadas de 2 mg/cm2. No entanto, diversos estudos demonstram que na realidade a quantidade de protetor solar aplicado é em média ¼ da quantidade estudada em laboratório. Por isso, atenção! Se a quantidade de produto aplicado for insuficiente, o que ocorre na maioria dos casos, a proteção solar conferida pelo produto vai ser garantidamente inferior à apresentada no rótulo. Outra aspeto a não esquecer: o FPS refere-se apenas à proteção para a radiação UVB mas, como já vimos, os UVA também atingem a nossa pele e devemo-nos preocupar com eles. Embora ainda não exista forma consensual para classificar a proteção para a radiação UVA, o ideal é que quando escolher o seu protetor verifique se na embalagem consta um círculo com a palavra UVA no seu interior, indicando que o produto tem alguma proteção contra este tipo de radiação.

Aplicar eficazmente o protetor solar O protetor solar deve ser aplicado diariamente, uma vez que a radiação está presente durante todo o ano. Não se esqueça que mesmo com tempo frio, nublado ou chuvoso, aproximadamente 80% da radiação solar consegue atravessar as nuvens e provocar danos na pele. Prefira sempre um produto com FPS 30 ou 50+. Já existem muitos produtos cosméticos com FPS, nomeadamente maquilhagem e hidratantes. No entanto, regra geral, estes apresentam FPS baixos e insuficientes para a finalidade a que se destinam, dando muitas vezes a falsa sensação de proteção. A forma correta de aplicação destes produtos é 30 minutos antes da exposição solar em todas as áreas que ficarão expostas, fazendo uma reaplicação de 2 em 2h, ou com intervalos menores caso vá ao mar, piscina ou faça atividades com transpiração excessiva. O seu farmacêutico pode ajudá-lo na escolha do seu protetor solar e terá em conta várias características tais como: fototipo, tipo de pele, doenças cutâneas, condições ambientais em que se irá expor, agradabilidade do produto, zona do corpo a que se destina, entre outros.

Não há proteção a 100%. Previna-se! Não caia no erro de pensar que existem protetores solares que oferecem proteção total. Nenhum produto deste tipo protege a 100% dos danos que as radiações ultravioleta podem causar. Por isso, é importante que para além desta medida respeite outras regras como a utilização de vestuário adequado, dar preferência a vestuário com cores escuras, chapéu de abas largas e óculos de sol. Evite a praia entre as 12h e as 16h, nesse intervalo as radiações solares estão na vertical e são muito ricas em UVA que penetram profundamente na pele. Guie-se pela “regra da sombra”: as horas mais seguras de exposição solar são aquelas em que a nossa sombra é maior que nós próprios. Proteja também os cabelos para evitar que fiquem baços, quebradiços, ressequidos e “sem vida”. Já existem no mercado produtos dedicados à sua proteção que devem ser aplicados da mesma forma que os protetores solares para a pele, e reaplicados a cada contacto com a água. Após a exposição solar é igualmente importante ter alguns cuidados: aplique sempre um bom hidratante para minimizar as agressões provocadas pelo sol. Apesar do conhecimento da ação nociva da radiação solar sem proteção, por vezes, continua-se a negligenciar algumas medidas preventivas. Deixe que a sua pele se habitue gradualmente ao sol. Nunca se esqueça que qualquer agressão à sua pele, por mais pequena que seja, fica registada e soma-se a todas as que fez no passado e às que irá fazer no futuro. Uma queimadura solar hoje, para além de provocar o envelhecimento prematuro da pele, poderá ter consequências muito graves daqui a 20 ou 30 anos. A nossa vida gira à volta do sol, mas não deixe que este cause danos na sua vida. Referências bibliográficas: SCHALKA, Sergio and REIS, Vitor Manoel Silva dos. Fator de proteção solar: significado e controvérsias. An. Bras. Dermatol. [online]. 2011, vol.86, n.3, pp. 507-515. ISSN 0365-0596; http://dx.doi.org/10.1590/S036505962011000300013; www.newsfarma.pt/farmac%C3%AAutico-news/1825-farmac%C3%AAutico-news,-9,-maio-junho2014; Faurschou, A. and Wulf, H.C. (2007), The relation between sun protection fator and amount of suncreen applied in vivo. British Journal of Dermatology. 2007; 156: 716–719. doi: 10.1111/j.1365-2133.2006.07684.x; Diffey B. Sunscreens: Expectation and Realizations. Photodermatol Photoimmunol Photomed. 2009;25:233-6.

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Bebé e mamÃ

Proteção solar Filtros minerais para a grávida e para o bebé

Os bebés têm uma pele extremamente sensível, por isso, aconselha-se que não sejam expostos diretamente ao sol antes de um ano de idade. Quanto às grávidas, para além de todos os cuidados “normais” que a proteção solar exige, devem preocupar-se sobretudo com o rosto, de modo a evitar o “pano” da gravidez. O sol é, frequentemente, sinónimo de dias de praia, tardes de esplanada ou ainda passeios ao ar livre. Mas tornou-se, igualmente, sinónimo de perigo se não forem tomadas as devidas precauções. E, neste sentido, os efeitos de uma exposição solar excessiva são, em primeira instância, eritema, ardor, queimaduras, insolação, lesões oculares e, em última e mais nefasta, cancro da pele. Se a proteção do sol devia ser uma preocupação constante na mente de todos nós, quando em questão estão as crianças, nomeadamente os bebés, essa preocupação deve ser redobrada. Mais de metade da exposição solar de toda a vida ocorre durante a infância e até aos 18 anos, sendo que esta provoca danos cumulativos que se manifestam na idade adulta. Deste modo, devem ser implementados os comportamentos corretos logo desde a infância.

Os bebés «Os bebés com menos de um ano de idade não devem estar diretamente expostos ao sol, ou seja, devem permanecer na sombra e ser protegidos do sol essencialmente através da utilização de roupa e chapéu», declara a médica dermatologista Leonor Girão. De acordo com a especialista, «já existe mesmo roupa para crianças com índice de proteção à radiação ultravioleta (UV)». Até aos seis meses, «não se recomenda o uso de protetores solares devido às características de maior absorção pela pele e imaturidade hepática e renal dessa faixa etária», especifica Lúcia Lopes, farmacêutica-adjunta

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da Farmácia Adriano Moreira, uma farmácia Holon, em Castelo de Paiva, acrescentando que até aos três anos de idade «deve-se evitar a exposição solar direta e usar protetores solares minerais (apenas com filtros inorgânicos), que não são absorvidos pela pele, pois a pele do bebé continua muito fina e permeável».

uma maior tendência a este pigmentar, ou seja, a ficar com manchas, o chamado “pano” da gravidez», especifica a dermatologista, aconselhando, por isso, que durante o tempo de gravidez, «antes de sair à rua, as mulheres tenham a preocupação de colocar protetor solar para evitar o aparecimento das tais manchas, ou minimizá-las».

Depois dos três anos, de acordo com a farmacêutica, «deve-se usar sempre protetor com fator de proteção solar (FPS) 50+, com proteção UVA e UVB», sendo que o protetor solar deve ser colocado «de forma abundante em todas as zonas expostas, todos os dias, mesmo que a criança não vá para a praia, antes de sair de casa (de preferência 30 minutos antes da exposição solar) e reforçar a sua aplicação a cada duas horas ou após a criança ir à água. Áreas como as mãos, dorso dos pés, nariz, lábios, em volta dos olhos e orelhas não devem ser esquecidas».

Porém, como no final da gravidez, «a pele está mais distendida, principalmente na barriga, tornando-se mais permeável aos raios solares», alerta Lúcia Lopes, é igualmente importante reforçar os cuidados nesta zona do corpo.

Porém, em situações de crianças com tendência a alergias, «devem usar-se sempre protetores com filtros minerais», declara Leonor Girão, reforçando a importância «de se aplicar o protetor várias vezes ao longo do dia», aliás, segundo a dermatologista, «a quantidade, assim como a qualidade do protetor solar, são extremamente importantes». Em suma, a exposição solar deve ser curta e em horários apropriados, até às 11 horas e após as 17 horas, assim como deve-se ter a preocupação de «oferecer água ao bebé, várias vezes por dia, para não sofrer desidratação», informa Lúcia Lopes. Por outro lado, é importante a utilização de óculos de sol para «proteger a retina da radiação ultravioleta», aponta Leonor Girão, alertando que «os óculos devem possuir filtros UV».

As grávidas devem evitar a exposição ao sol entre as 11 horas e as 17 horas, não só devido às preocupações relativas à pele, como pelo facto de «o calor poder aumentar a tensão arterial e fazer com que corram o risco de desmaiar», avisa Leonor Girão. Por outro lado, a exposição solar excessiva pode «conduzir à desidratação e contribuir para a diminuição dos níveis de ácido fólico no organismo, vitamina essencial para o desenvolvimento saudável do bebé», completa Lúcia Lopes.

Filtros minerais Para se protegerem então da radiação ultravioleta, as grávidas devem utilizar, «preferencialmente, cremes de proteção solar com filtros minerais, de modo a diminuir a probabilidade das alergias, assim como evitar a absorção de químicos ao nível da pele», sublinha a dermatologista Leonor Gião.

Evitar ou minimizar o “pano”

A grávida deve usar «sempre protetor solar com FPS 30 ou 50+ (se tiver um tom de pele muito claro ou tiver manchas), com proteção UVA e UVB, diariamente, no rosto, lábios e zonas expostas e, quando fizer praia, colocar também abundantemente na barriga, renovando a aplicação a cada duas horas», especifica Lúcia Lopes, acrescentando que «o ideal será usar, também, t-shirt ou fato de banho, de forma a diminuir a exposição física à radiação solar, chapéu de abas largas para proteger o rosto e nuca, e óculos de sol com proteção UV».

Mas as preocupações “extras” não dizem respeito somente ao bebé, também a grávida deve ter cuidados redobrados na hora de se expor ao sol, sendo que nada impede uma grávida saudável de aproveitar os benefícios do sol e da praia, desde que ponha em prática os cuidados necessários.

É igualmente importante que beba água durante o dia, pois «se durante a gravidez a hidratação diária da pele é importante, após a exposição solar torna-se obrigatório hidratar a pele com um pós solar ou um creme hidratante nutritivo», declara a farmacêutica.

Os níveis hormonais aumentados tornam a pele da grávida mais sensível à radiação solar, tendo assim mais tendência para “escaldões”, manchas no rosto – melasma – e desenvolver melanomas no futuro. Daí que, «mais do que com a barriga, a grávida deve preocupar-se com o rosto porque há

No entanto, em caso de dúvida e para não correr riscos, «a grávida deve-se informar na farmácia ou com outro profissional de saúde habilitado, sobre os cuidados a ter com a exposição solar durante a gravidez», conclui Lúcia Lopes.

Após a exposição solar, é importante aplicar no bebé «um creme hidratante normal ou pós solar da família», recorda a farmacêutica.

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dia a dia

Artrite reumatoide «Um bom acompanhamento é determinante para minimizar os efeitos»

A artrite reumatoide é uma doença crónica que limita muito as atividades rotineiras diárias, quando não tratada. No entanto, mediante um acompanhamento correto em consultas de reumatologia, as pessoas que sofrem desta doença podem ter vidas praticamente normais. José Augusto Fernandes, de 82 anos, residente no Barreiro, é um dos 70 mil portugueses que sofre de artrite reumatoide (AR), mas, ao contrário de muitas destas pessoas, está diagnosticado. «A questão fundamental é saber quantos destes portugueses estão diagnosticados e tratados por um reumatologista que é o especialista mais preparado para seguir estes doentes», declara o médico reumatologista Luís Cunha Miranda. Ainda hoje é comum as pessoas julgarem que as dores nas articulações são normais ou uma consequência da idade, ou seja, no fundo, falamos daquilo que vulgarmente se apelida de “reumático” e, por isso, sofrem em silêncio. Porém, Luís Cunha Miranda avisa que «não existe 36

reumático ou reumatismo, existem é mais de 100 doenças reumáticas e cada uma delas tem de ser valorizada, dado que, havendo ou não cura, existe seguramente tratamento que pode fazer com que os doentes reumáticos possam ter uma vida o mais normal possível». Daí que quando existam queixas articulares que persistam por algumas semanas sem causa aparente (como o resultado de uma queda ou traumatismo), «o doente deve tentar saber o que se passa, marcando uma consulta com o seu médico de família», refere o especialista, acrescentando que «as dores articulares devem ser valorizadas e mais ainda se acontecerem durante a manhã e com alterações nas articulações». Ora, foi mais ou menos isto que José Augusto Fernandes fez, tendo sido diagnosticado há oito

anos: «resolvi ir ao médico porque tinha muitas dores no corpo, principalmente nos membros inferiores, de tal forma que mal podia andar». Perante a situação, «o meu médico de família encaminhou-me para um especialista em reumatologia». Dada a severidade da situação, «fiquei internado 15 dias em tratamentos e quando regressei a casa estava consideravelmente melhor», conta.

Dor nas articulações Mas o que é, afinal, a artrite reumatoide (AR)? A AR é uma doença reumática sistémica que tem como sintomas a dor nas articulações, edema (inchaço) e limitação da função. Ou seja, «é uma doença crónica que limita muito, se não tratada, todas as atividades de vida diária dos doentes», alerta Luís Cunha Miranda, acrescentando que «tarefas simples como o vestir, o cortar os alimentos no prato e o andar podem ficar condicionadas». As mãos, os pés e os joelhos são das articulações mais afetadas, de acordo com o reumatologista, sendo que na AR é característico existir um envolvimento simétrico, ou seja, ambos os punhos ou ambos os joelhos são afetados e não


apenas uma das localizações. Para além disso, o facto de «os doentes terem dor todos os dias, ou quase todos os dias, mais no final da noite e de manhã, a que se associa uma rigidez de manhã de algumas horas, tem implicações na capacidade de trabalhar e de fazer uma vida normal», acrescenta o reumatologista. Em consequência desta situação, é frequente «existirem problemas psicológicos como a depressão ou a ansiedade», revela o especialista. Contudo, ainda de acordo com Luís Cunha Miranda, a AR «pode envolver outros órgãos como o coração, o pulmão, os olhos, etc., pelo que um bom acompanhamento é determinante para minimizar os efeitos que a doença pode ter». Maria do Céu Teixeira, de 59 anos, de Queluz, sabe bem o que é viver com AR. O diagnóstico aconteceu há seis anos. As dores intensas nas articulações fizeram com que recorresse ao médico. Hoje, como nos conta, «a minha qualidade de vida diminuiu devido à dor e à deformação do

corpo, sendo que a perda de força e a dor levam a que passe longos períodos de tempo sem poder exercer a minha atividade profissional». Para além disso, Maria do Céu Teixeira já foi submetida a um procedimento cirúrgico para a colocação de uma prótese total do joelho e, «por conselho médico, devido ao desgaste do osso, terei também proximamente de me submeter a uma cirurgia à anca». Por estas razões «é-me impossível realizar atividade física intensa e levantar ou deslocar grandes cargas», acrescenta.

Diagnóstico precoce Face a todas estas condicionantes, é primordial um diagnóstico precoce e o seguimento por um especialista em reumatologia. «Junto com o doente, o reumatologista pode traçar uma estratégia global de acompanhamento da doença que passa por medicação, exercício físico adaptado, programas de reabilitação feitos em colaboração

com a medicina física e de reabilitação e um cuidado com a dieta e com o excesso de peso», explica Luís Cunha Miranda, acrescentando que, «hoje em dia, não havendo cura existem múltiplos tratamentos». Aliás, atualmente procura-se seguir uma estratégia «que passa por adaptar a medicação existente ao doente. Há várias opções de medicamentos modificadores da doença como o metotrexato a leflunomida, entre outros. E quando estes falham, e só nos casos de falência ou em casos graves (10 a 20 % dos casos), é que consideramos as terapêuticas biotecnológicas». Porém, uma vez que estes medicamentos «sendo eficazes, têm custos elevados e igualmente riscos importantes, só devem ser usados em casos selecionados e não em todos os doentes com AR», alerta o reumatologista. No global, o tratamento da AR «faz-se com vários medicamentos entre modificadores da doença, anti-inflamatórios não esteroides e corticosteroides, mas todos devem ser adaptados caso a caso e ao longo do tempo», sintetiza. Hoje em dia, o objetivo do tratamento da artrite reumatoide é «a remissão ou a baixa atividade da doença e tal significa que com um acompanhamento correto em consultas de reumatologia podemos conseguir que os doentes tenham vidas praticamente normais», conclui Luís Cunha Miranda.

Outras opções O tratamento da AR, para além da utilização de medicamentos, implica o recurso a outras opções, como programas individualizados de medicina física e de reabilitação, termas, exercício físico e cirurgia ortopédica. Os programas de medicina física e de reabilitação, segundo Luís Cunha Miranda, devem ser orientados pelo médico da especialidade (fisiatra) e personalizados. Estes programas podem passar, por exemplo, por tratamentos com agentes físicos, eletroterapia ou prescrição de talas de repouso, canadianas e outros auxiliares de marcha, entre outros. As termas, como período de repouso mais ativo com tratamentos, podem ser úteis, tal como a prática regular de exercício físico poderá ser importante. Por vezes, salienta ainda o reumatologista, quando existe desgaste e destruição articular, é necessário contar com o apoio de um ortopedista que possa propor, entre as diversas opções que existem atualmente, a melhor solução cirúrgica para o problema em questão.

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cuide aqui da sua saúde

O colesterol tem limites… Conhece os seus? É fundamental ao normal funcionamento do organismo, mas quando em excesso, o colesterol pode acumular-se e depositar-se nas paredes dos vasos sanguíneos, provocando grandes estragos.

Maria João Mendes Farmacêutica

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“mau” colesterol está contido nas LDL. Este colesterol, quando em excesso, infiltra-se nas paredes das artérias iniciando a aterosclerose. Um outro tipo de gordura que circula no sangue são os triglicéridos. Uma alimentação excessivamente rica em calorias, açúcares ou álcool eleva os triglicéridos, aumentando o risco cardiovascular.

Que fatores afetam os valores de colesterol e, consequentemente, o risco de doença cardiovascular? Existem diversos fatores que contribuem para o aumento dos níveis de colesterol, elevando a probabilidade de início ou agravamento de doença cardiovascular. Entre eles destacam-se: Tabagismo: o fumo de tabaco danifica as paredes dos vasos sanguíneos, tornando-as mais disponíveis para acumular depósitos de colesterol; fumar também diminui os níveis de colesterol “bom” (HDL); Dieta desequilibrada: faz parte de um estilo de vida saudável a adoção de uma dieta variada, nutricionalmente equilibrada, rica em legumes, leguminosas e frutas, e pobre em gorduras (totais e saturadas). O consumo excessivo de gordura saturada (presente, por exemplo, na manteiga, nos queijos gordos, nos produtos de charcutaria gordos, na banha de porco, na gordura da carne de vaca, nas margarinas etc.) está associado ao aumento do colesterol sanguíneo, particularmente do colesterol LDL e, consequentemente, do risco cardiovascular; O colesterol é uma gordura existente no nosso organismo, que tem duas origens: uma parte é produzida pelo próprio organismo, essencialmente no fígado, e outra parte é obtida através dos alimentos, em particular pela ingestão de produtos animais, como a carne, os ovos, e os produtos lácteos. Ele é um componente essencial das células que constituem o nosso corpo, sendo ainda fundamental para a produção de hormonas, de vitamina D (essencial na absorção do cálcio) e de ácidos biliares (que ajudam na digestão).

Sedentarismo: o exercício físico eleva os valores de colesterol “bom” (HDL), e diminui os de colesterol “mau” (LDL); Excesso de peso e obesidade: ter excesso de peso aumenta o colesterol; portanto, a perda de peso reduz os níveis de colesterol das LDL e tem ainda a vantagem de elevar as HDL;

Contudo, embora o colesterol seja fundamental ao normal funcionamento do organismo, quando em excesso pode acumular-se e depositar-se nas paredes dos vasos sanguíneos, formando as placas de ateroma, num processo chamado aterosclerose. A certa altura estes depósitos poderão crescer, estreitando os vasos sanguíneos e diminuindo assim a quantidade de sangue que chega aos órgãos, condicionando o seu funcionamento. Adicionalmente, estas placas com colesterol podem romper-se e formar trombos que impedem a passagem do sangue. Quando o sangue oxigenado não chega às células, estas acabam por morrer. Assim, se o trombo obstruir uma artéria do coração, causa um enfarte agudo do miocárdio (vulgarmente conhecido por “ataque cardíaco”). Se obstruir uma artéria do cérebro, causa um Acidente Vascular Cerebral (AVC) (conhecido por “trombose”).

Pressão arterial elevada: a pressão arterial elevada danifica as artérias, o que acelera o processo de aterosclerose;

O colesterol é todo igual?

Como saber se tenho o colesterol elevado?

O colesterol, como gordura que é, não se dissolve no sangue, sendo transportado por proteínas. À combinação destas com o colesterol dá-se o nome de lipoproteínas. Cada lipoproteína tem um destino específico no organismo. De acordo com esse destino assim teremos o “bom” e o “mau” colesterol. O “bom” é o colesterol que existe nas lipoproteínas denominadas de HDL, e que vem das artérias (onde estava em excesso) para o fígado, para ser eliminado. O

Estudos revelaram que mais de metade da população adulta portuguesa tem o colesterol elevado. No entanto, o colesterol elevado não causa sintomas. A única maneira de conhecer os seus valores é fazendo a análise ao sangue.

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Diabetes: a glicose (açúcar) elevada no sangue contribui para um aumento do colesterol das LDL e diminuição do colesterol das HDL, para além de lesar a parede das artérias; Hereditariedade: os genes determinam em parte a quantidade de colesterol que cada organismo produz; para além disso, a existência de antecedentes familiares, em parentes de primeiro grau, de doença coronária prematura (antes dos 55 anos nos homens e 65 anos nas mulheres) aumenta a probabilidade de doença cardiovascular de causa aterosclerótica.

As sociedades científicas europeias recomendam, como valores normais um colesterol inferior a 190 mg/dl quando se trata da população em geral.


O colesterol elevado no sangue é prevenível e tratável. As mudanças nos hábitos de vida são a primeira linha de defesa contra o colesterol elevado. No caso dos doentes com doença cardíaca ou outra doença aterosclerótica (doença vascular periférica, história de AVC, acidente isquémico transitório, etc.), diabetes ou insuficiência renal, que são considerados doentes de alto risco, recomendam-se valores de colesterol inferiores a 175 mg/dl. Já para o colesterol das LDL os valores recomendados são respetivamente inferiores a 115 mg/dl para a população em geral e a 100 mg/dl nos doentes de alto risco. Atualmente as recomendações referem mesmo que nos doentes de alto risco, como é o caso dos doentes coronários e diabéticos, há vantagem em atingir níveis de LDL inferiores a 70 mg/dl para assegurar maior proteção cardiovascular. No que respeita às HDL, níveis inferiores a 40 mg/dl e de triglicéridos superiores a 150 mg/dl conferem risco cardiovascular acrescido. Por outro lado, quanto mais elevadas forem as HDL menor é o risco de doença cardiovascular.

Como reduzir os valores de colesterol e o risco de doença cardiovascular? O colesterol elevado no sangue é prevenível e tratável. As mudanças nos hábitos de vida são a primeira linha de defesa contra o colesterol elevado, nomeadamente através da adoção de uma dieta equilibrada e da prática regular de exercício físico, o que também contribui para a redução saudável do peso

corporal. Além dos benefícios a nível respiratório e redução do risco de cancro, a cessação tabágica é considerada a medida preventiva mais importante para a redução do risco de doenças cardiovasculares. Os efeitos nocivos do tabaco são cumulativos, por isso é sempre benéfico abandonar o vício. O aconselhamento e o apoio à cessação tabágica por parte de um profissional de saúde aumenta bastante a taxa de sucesso no abandono desta dependência. Para além destas mudanças de estilo de vida poderá ser ainda necessária a toma de medicamentos. A escolha do medicamento a utilizar depende de vários fatores, sendo a seleção do medicamento mais adequado feita pelo médico. Estão ainda disponíveis vários tipos de suplementos alimentares que poderão ser indicados pelo médico ou pelo farmacêutico, como por exemplo monacolina K (extraída do arroz vermelho) ou o ómega 3, que ajudam a normalizar os valores do perfil lipídico. É importante que não ignore os riscos e que atue de forma preventiva! A prevenção é mesmo a melhor arma no combate às doenças cardiovasculares, a primeira causa de morte no nosso país. Não fumar, adotar uma alimentação equilibrada e praticar exercício físico podem fazê-lo ganhar anos de vida. Referências bibliográficas: Perdigão, C.; Duarte, J.; Santos, A. - Prevalência e caracterização da Hipercolesterolemia em Portugal. Estudo HIPÓCRATES. Sociedade Portuguesa de Cardiologia. Revista Fatores de Risco, nº17 Abr-Jun, Pág.12-19, 2010; Fundação Portuguesa de Cardiologia – http://www.fpcardiologia.pt/

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Diet, Light, Magro… O que escolher? A preocupação com a saúde e com o corpo é cada vez mais habitual e relevante. Saber interpretar um rótulo alimentar e

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entender que tipo de produtos se deve consumir, é essencial. Numa altura em que a oferta é extensa, os produtos sofrem cada vez mais processamentos e as marcas têm a necessidade de se destacar, surgem as dúvidas: diet, light ou magro? É tudo igual? É tudo falso? O que escolher?

Catarina Monteiro (Dietista)

Ana Paula Rachid (Nutricionista)

Em Portugal a legislação relativamente a este assunto é escassa para dar resposta a uma área alimentar que surgiu de repente e em força. Neste campo, as preocupações nutricionais são essencialmente: a energia (kcal) e os nutrientes “açúcar” e “gordura”. É nestes pontos que as marcas se focam. Segundo a legislação portuguesa e europeia, eis as definições:

- Valor Energético Reduzido: produto cujo valor energético tenha uma redução* de, pelo menos, 30 % do valor energético total do alimento. *Atenção: a palavra é redução e não eliminação. Ainda pode conter gordura e açúcar, desde que se reduza pelo menos 30% do valor energético total. - Light: produto com redução de, no mínimo, 30% de um nutriente, em relação a um produto semelhante*. *Ou seja, é necessário reduzir apenas um dos nutrientes do produto. Se reduzirem o açúcar, podem manter (ou até aumentar!) a quantidade de gordura e o inverso também se aplica.

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- Baixo Teor de Gordura ou Magro: produto com redução de gordura (habitualmente um máximo de 1,5 a 3 g de gordura/100g ou ml). Ainda contém gordura, mas pouca. Não há restrição quanto à quantidade de açúcar que contém. - Sem Gordura ou 0% Gordura: produto que contém uma quantidade de gordura insignificante (perto de 0). Mas continua a não haver restrição quanto ao açúcar. - Baixo Teor de Açúcares: produto que contém um máximo de 2,5 a 5 g de açúcares/100g ou ml. Pode conter gordura sem limite definido. - Sem Açúcares: produto que contenha uma quantidade insignificante (perto de 0) de açúcar. Também sem limites quanto à quantidade de gordura. - Sem Adição de Açúcares: produto que não contém quaisquer açúcares adicionados, nem qualquer outro alimento utilizado pelas suas propriedades edulcorantes. Neste caso, o limite é na adição de açúcar. Açúcares naturais do alimento (frutose no caso do alimento ter fruta, por exemplo), não foram eliminados ou reduzidos. Por esse motivo, na tabela de composição do alimento surge um valor na linha dos “Açúcares”, que nem sempre é baixo. - Diet ou Dietético: produto isento ou com redução extremamente significativa de um determinado nutriente. Indicados para populações específicas, que tenham necessidade de restringir o consumo do respetivo nutriente. Este termo vem, sim, de dieta. Mas dieta significa regime alimentar específico. O termo não significa “perda de peso” como tantas vezes 44

é utilizado. Por exemplo, um produto sem sal, pode ter a nomenclatura diet, pois exclui o sal, visando indivíduos Hipertensos. O mesmo poderá acontecer com produtos diet sem açúcar, sendo, neste caso, dirigido a diabéticos. Mais uma vez, apenas tem de haver eliminação de um nutriente, podendo a quantidade dos restantes, manter-se ou ser aumentada. A isto acrescenta-se, por vezes, o termo “com adição de fibra” ou “fonte de fibra”, que apenas significa que o produto tem maior quantidade de fibra na sua composição relativamente a outros do seu género. No entanto, ter mais fibra não significa ser realmente “rico” em fibra, nem ter menos gordura, açúcar ou energia (kcal). Assim se conclui que não é tudo igual, nem falsidade. Apesar da sensação de que, em Portugal, o controlo sobre estes produtos não é o melhor, para a marca colocar a alegação nutricional de magro, diet, light ou outro, na sua embalagem, tem de provar que o produto cumpre os requisitos estipulados por lei.

Uma questão pessoal e individual Mantém-se ainda uma dúvida: qual o melhor? Depende da pessoa! Se o indivíduo for saudável e quer apenas reduzir o peso, sem abdicar de alguns alimentos de que gosta, pode optar pelas versões light, magro ou diet (no caso do diet, se a isenção for de açúcar ou gordura). Se, por outro lado, for diabético, então poderá escolher produtos diet e light, sendo que deverá ser o açúcar o nutriente reduzido/eliminado. Se quiser controlar a sua tensão arterial, então os únicos que valem

a pena para si serão os diet, que excluam o sal (isto se não quiser reduzir peso também). Acima de tudo, o mais importante é ler o rótulo na íntegra para perceber se a redução feita foi compensada com outro nutriente (por exemplo: um produto light com redução de açúcar, mas com elevado teor de gordura). É neste ponto que o produto pode não cumprir as expetativas, obedecendo ao que alega no rótulo à mesma (ser light, diet ou magro). Por isso, aspetos a ter em conta: 1) Veja o rótulo completo, não se fique apenas pela alegação nutricional de diet, light ou magro na frente; 2) Não coma mais do produto só porque tem reduções. A redução pode ser “anulada” com aumento de outro nutriente, e ao aumentar a quantidade que consume poderá tornar irrelevante a característica do produto. Mesmo com reduções, o alimento continua a ser composto por vários ingredientes que lhe fornecem energia (kcal), seja ela pouca ou muita. 3) Veja se compensa o produto diet, light ou magro. Muitas vezes para situações em que o consumo é ocasional ou que a redução feita não seja significativa, mais vale consumir o produto nas características originais pois saber-lhe-á melhor e pode ser mais barato. 4) Acima de tudo, não tenha ilusões! Tudo pode engordar, à exceção do ar e da água. Referências Bibliográficas: Regulamento (CE) N.o 1924/2006 do Parlamento Europeu e do Conselho; Decreto-Lei n.o 167/2004; Decreto-Lei n.º 54/2010; Decreto-Lei n.º 216/2008.


VIVA MAIS

Jogue golfe, pela sua saúde O golfe é um desporto cuja prática traz inúmeros benefícios para a saúde, nomeadamente ao nível dos ossos, da diminuição do colesterol e ainda ajuda a promover a eficiência cerebral. Para José Pedro Almeida, fisiologista das seleções nacionais na Federação Portuguesa de Golfe (FPG), «jogar golfe é uma forma de ser saudável, praticar exercício físico e ao mesmo tempo divertir-se». José Pedro Almeida aponta alguns dos principais benefícios fisiológicos da prática do golfe. O primeiro é a produção de endorfinas, «estas hormonas dão-nos prazer, sendo que esta produção acontece quando jogamos uma volta de golfe descontraída, na companhia de amigos, de preferência com uma temperatura amena e o sol a brilhar». Outra das mais-valias deste desporto é a prática de exercício físico: «para a maioria dos golfistas o jogo faz-se a andar: jogar uma vez por semana representa entre 5 a 7 quilómetros, em 4 a 5 horas», refere o fisiologista.

Um esqueleto forte Outro benefício importante é a saúde dos ossos. «Exercícios que suportem o peso do corpo são excelentes para a saúde dos ossos», destaca José Pedro Almeida, acrescentando que «sabe-se que a prática deste tipo de exercício regularmente auxilia a promover a manutenção da massa isenta de gordura (músculos), que ajuda a suportar um esqueleto forte». Além disso, o golfe ajuda a reduzir o stress e o

colesterol e, neste sentido, «um único jogo pode queimar mais de mil quilocalorias, o que é uma boa maneira de ficar em forma, assim como de usar o excesso de gordura corporal». Por outro lado, ainda de acordo com o fisiologista, «um jogo promove a frequência cardíaca e aumenta a circulação sanguínea, fazendo deste desporto uma boa atividade cardiovascular». Jogar uma partida de golfe pode ainda ajudar a promover a eficiência cerebral. «Alguns estudos demonstraram que são criadas novas células cerebrais e mais sangue é bombeado para o cérebro quando um indivíduo é ativo em determinados tipos de exercício aeróbio», sublinha José Pedro Almeida, explicando que «pensa-se que estimular o cérebro, associado a uma alimentação saudável e à prática de exercício físico, pode ajudar a prevenir a doença de Alzheimer».

Aquecimento progressivo Mas antes de o indivíduo se iniciar na prática de golfe, o fisiologista recomenda que se «consulte o médico assistente para obter uma autorização para a prática desta modalidade, com características próprias». Após a autorização do médico, e chegado ao campo, o desportista antes de iniciar o jogo «deve fazer um aquecimento progressivo na intensidade, que deve incluir exercícios de flexibilidade dinâmica e exercícios de mobilidade», revela José Pedro Almeida. Já durante a prática, deve-se ter em conta essencialmente «a reposição dos nutrientes

que se vão “gastando” ao longo do jogo, assim como evitar o álcool e a cafeína e promover uma excelente hidratação», remata o fisiologista.

Road Shows e Open Days A Federação Portuguesa de Golfe (FPG) tem como objetivo «a captação de novos praticantes», salienta Sandra Gomes, do departamento de marketing & comunicação da FPG. Neste sentido, a federação está a desenvolver um projeto designado por Projeto Drive, que consiste «na realização de “road shows” em centros comerciais, formação de professores do Desporto Escolar e fornecimento de equipamento desportivo, bem como a realização de protocolos com autarquias locais, a fim de assegurarem o transporte das escolas para os campos de golfe», explica. A FPG tem ainda outro projeto em curso: a realização de Open Days. Trata-se de uma iniciativa integrada no projeto “Desporto para todos”, apoiado pelo Instituto Português do Desporto e Juventude, e «destina-se a promover a atividade física, assim como aumentar a informação pública sobre os benefícios da prática do golfe», conclui Sandra Gomes.

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VIVA MAIS

Receita Saudável Panquecas de Alfarroba (4 panquecas) Todos nós já ouvimos dizer que o pequeno-almoço é a refeição mais importante do dia. Mas porquê? Vários estudos indicam que um pequeno-almoço completo contribui para regular o apetite e, em consequência, melhorar o humor, diminuir a ansiedade e a irritabilidade, e aumentar a capacidade de concentração e rapidez no raciocínio, contribuindo para um melhor rendimento cognitivo. Se pudermos sair da rotina e tornar o pequeno-almoço mais saudável e saboroso é ainda melhor! Uma boa alternativa aos pães e aos flocos de cereais, que normalmente contêm muito açúcar, é fazer panquecas de alfarroba com flocos de aveia. São ricas em vitaminas e minerais, fornecem um bom aporte de fibras, o que ajuda a controlar o apetite e promove o bom funcionamento do trânsito intestinal, e ainda obtém um ligeiro sabor a chocolate, sem cometer pecados!

Informação Nutricional por 100g Calorias

Lípidos

Hidratos

Proteínas

Fibra

257,5*

6,7*

38,3*

7,6*

6,9*

* Valores correspondentes a uma dose de panquecas simples.

Ingredientes: 8 colheres de sopa de flocos de aveia 1 colher de sopa de farinha de alfarroba 200 ml de leite de amêndoas 1 colher de chá de azeite 1 pitada de sal 1 pitada de canela

Modo de preparação: Coloque os flocos de aveia com a farinha de alfarroba num recipiente e junte um fio de azeite e uma pitada de sal. Adicione canela a gosto. Após ter todos os ingredientes juntos, adicione 100 ml de leite de amêndoas e bata tudo com a varinha mágica. Adicione os outros 100 ml de leite de amêndoas aos poucos, até obter uma consistência líquida/pastosa. De seguida aqueça uma frigideira antiaderente e pincele a base com azeite. Deite na frigideira ½ concha de sopa de massa. Deixe cozinhar por 3 a 4 minutos. Quando aparecerem algumas bolinhas à superfície, vire e cozinhe por mais 3 a 4 minutos. Para servir, adicione bananas às rodelas, um fio de mel e polvilhe com canela.

Farinha de Alfarroba A alfarroba é o fruto da alfarrobeira, também conhecida como Pão-de-João ou Figueirade-Pitágoras, originária da região mediterrânica. Tornou-se conhecida nos últimos anos por ser um ótimo substituto do chocolate, mas acabou por ganhar o seu próprio espaço dentro da culinária portuguesa. Contém nutrientes essências, tais como as vitaminas A, D, B6, B12, niacina e ácido fólico, e minerais como o cálcio, o magnésio, o potássio e o ferro. É rica em fibra natural, nomeadamente a pectina. Devido ao seu sabor adocicado, dispensa o uso de açúcar na sua confeção. Adicione ou substitua a sua farinha habitual por farinha de alfarroba, pois facilmente consegue adicioná-la a cereais quentes, tornando as refeições ainda mais saudáveis. 47



FPC Desde 1979 a fazer bater corações A Fundação Portuguesa de Cardiologia há mais de 30 anos que luta para sensibilizar os portugueses para a adoção de comportamentos

atuar

saudáveis, de modo a prevenir as doenças cardiovasculares, uma das principais causas de morte no país.

A Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC), uma Instituição Particular de Solidariedade Social, nasceu em 1979 com o objetivo de promover a saúde e a prevenção, assim como o tratamento e a reabilitação das doenças cardiovasculares, que constituem a principal causa de morte em Portugal. Manuel Oliveira Carrageta, presidente da FPC, especifica numa mensagem publicada no site da Fundação, que no nosso país «de entre as causas específicas de morte, destacam-se os acidentes vasculares cerebrais, com mais de 13.250 óbitos anuais e o enfarte do miocárdio, com cerca de 6.970 óbitos anuais», sendo que a estes números «soma-se similar número de indivíduos atingidos por estas doenças, que sobrevivendo ficam muitos deles gravemente diminuídos».

Sensibilizar a população Nos seus mais de 30 anos de atividade, a Fundação Portuguesa de Cardiologia tem lutado, com sucesso, contra as doenças cardiovasculares, «sendo certamente um dos parceiros responsáveis pela contenção do aumento da mortalidade por acidentes cardiovasculares cerebrais e enfartes do miocárdio observados nos últimos anos», refere Manuel Oliveira Carrageta. A FPC tem assumido, assim, como missão a prevenção porque acredita que esta é um dos meios mais importantes para combater o flagelo que as doenças cardiovasculares representam. Neste sentido, a Fundação tem lutado durante as últimas décadas para sensibilizar a população para a adoção de comportamentos saudáveis através de campanhas e ações variadas.

Rastreios e Mês do Coração Uma dessas ações é a realização de rastreios cardiovasculares. Aliás, os rastreios são uma das principais formas que a FPC encontrou para demonstrar às pessoas os benefícios de se enveredar por estilos de vida adequados e de se controlar os fatores de risco conhecidos (ver caixa).

Nestas ações, realizadas por equipas constituídas habitualmente por enfermeiras e nutricionistas, doseia-se o nível do colesterol total no sangue, avalia-se a pressão arterial, mede-se o peso e a altura para calcular o índice de massa corporal, mede-se o perímetro abdominal e no final distribuise diverso material didático. Para além de fazerem as avaliações técnicas, as equipas da FPC estão aptas para fazer aconselhamento nutricional e de estilo de vida. Outras das iniciativas que a FPC costuma levar a cabo é a “Maio, Mês do Coração”. No fundo, falamos de um conjunto de atividades que se desenvolvem ao longo de todo o mês de maio, com o intuito de, mais uma vez, alertar a população para a problemática das doenças cardiovasculares, sendo que todos os anos é dedicado a um (ou mais de um) fator de risco, em particular.

Fatores de risco Atualmente sabe-se que os acidentes vasculares cerebrais, assim como os enfartes do miocárdio são em grande medida evitáveis. Para isso é necessária a adoção de estilos de vida adequados e o controlo dos fatores de risco, que condicionam o aparecimento das doenças cardiovasculares, sendo os mais importantes: - a hipertensão arterial; - a hipercolesterolémia; - o tabagismo; - a diabetes; - a inatividade física.

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Arnidol

NOVIDADES

Arnidol é uma barrinha cheia de magia, à base de arnica e harpagóito. Arnidol deve estar sempre à mão para colocar na pele dos seus filhos quando eles formam nódoas negras devido a pequenos acidentes enquanto brincam! É prático porque o pode levar na mala para qualquer lado e em qualquer momento. É eficaz e tem uma forma em stick que os miúdos adoram! Agora que chegou o bom tempo, Arnidol estende a sua magia e aumenta a sua gama com Arnidol para picadas de mosquito e Arnidol Sun com SFP 50+ que pode levar para a praia, jardins, parques… Não se esqueça de levar a magia do Arnidol para qualquer lugar para onde leve os seus filhos (e o resto da família também pode usar).

Lamicreme

Diet limão

Lamicreme® é um creme para queimaduras de 1º e 2º grau; para eritemas solares e eritemas associados à radioterapia; e feridas não infetadas. Lamicreme® é um dispositivo médico que tem na sua composição um ingrediente ativo que é a Trolamina (6.7mg/g). Não contém parabenos. Forma de utilização: No caso de queimaduras do 1º grau e eritemas solares, aplicar uma camada espessa de Lamicreme® e massajar suavemente até penetrar na pele. Repetir este processo 2 a 4 vezes ao dia. No caso de queimaduras do 2º grau e feridas não infetadas, após limpeza da ferida, aplicar uma camada espessa de Lamicreme® e repetir este procedimento várias vezes ao dia. Se necessário cobrir com uma ligadura de gaze. No caso de eritema associado a radioterapia, aplicar Lamicreme® 2 a 3 vezes ao dia e massajar suavemente até penetrar na pele. Pode ser usado em bebés, crianças e adultos.

Cápsulas com atividade Detox, de suporte à função hepática e intestinal. Contém extratos de plantas, pectina e frutooligosacáridos. A Natiris sempre considerou fundamental o bom funcionamento do fígado e a função intestinal dada a sua extrema importância na manutenção da saúde em geral, e do emagrecimento em particular. Nesta combinação particular de ingredientes, DietLimão Detox (com três plantas na sua composição) está indicado para melhorar estas duas funções e promover uma natural desintoxicação do seu organismo.

Bekunis Bekunis é um laxante natural à base de sene. Em situações em que nos é difícil manter a regularidade de funcionamento do nosso intestino, Bekunis pode ser uma solução. Quando fazemos uma viagem, vamos de férias, iniciamos uma dieta alimentar diferente, depois de uma festa (um casamento, batizado...), quem já não sentiu a necessidade de uma pequena ajuda para que o intestino funcionasse no dia seguinte? Bekunis é um seu aliado para estas ocasiões e, além disso, pode escolher a forma como o toma: comprimidos, chá instantâneo ou chá (infusão). Bekunis é um medicamento não sujeito a receita médica. Ler cuidadosamente as informações constantes do acondicionamento secundário e do folheto informativo e, em caso de dúvida ou de persistência dos sintomas, consultar o médico ou farmacêutico.

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Linha HOLONBABY A Linha HOLONBABY foi desenvolvida por forma a minimizar o risco de reações alérgicas cutâneas, tendo sido formulada sob controlo farmacêutico e testada dermatologicamente. HOLONBABY Champô e Gel de Banho: lavam e limpam com suavidade a pele e os cabelos delicados do bebé, deixando-os macios e brilhantes. HOLONBABY Toalhetes Hipoalergénicos: apresentam elevada tolerância cutânea e são delicadamente perfumados. Com ingredientes naturais para uma ótima tolerância e perfeito respeito pela pele do bebé.

Arterin Um em cada dois portugueses possui um nível de colesterol elevado. Apesar disso, 62% não faz qualquer tipo de tratamento.

Limpam a pele suavemente, deixando-a macia e hidratada. HOLONBABY Pasta de Água: devido às suas propriedades de barreira protetora está indicada na prevenção e regeneração do eritema da fralda e nas irritações leves da pele. HOLONBABY, O Melhor para o seu Bebé.

Neurozan Os exames, o stress e o envelhecimento são fatores que prejudicam o nosso desempenho mental e a nossa saúde cognitiva. De forma a manter o bom funcionamento do cérebro, a gama Neurozan, Neurozan Plus e Neurozan Senior foi desenvolvida a pensar nos estudantes, adultos com elevado stress profissional e adultos a partir dos 50 anos, respetivamente. Com fórmulas únicas e ingredientes testados em Ensaio Clínico, permitem melhorias a partir das primeiras semanas de tratamento. Neurozan, Fórmulas 100% Inteligentes

Arterin é uma alternativa natural para a manutenção dos níveis normais de colesterol. Arterin contém 10 mg de Monacolina K (extraída da levedura de arroz vermelho), uma molécula de origem natural com eficácia comprovada e sem os efeitos secundários associados aos tratamentos convencionais para o colesterol, como as dores musculares ou miopatias.

Selenium-ACE Extra Com uma formulação única, Selenium-ACE Extra oferece uma proteção antioxidante otimizada. Impede a formação de radicais livres estimulada pela radiação UV, a responsável por alterações a nível celular que potenciam o risco de: • envelhecimento prematuro da pele (pele mais seca, pouco elástica, rugas); • reações cutâneas. Os suplementos alimentares não devem ser utilizados como substitutos de um regime alimentar variado e equilibrado, e de um modo de vida saudável. Para mais informações, consulte o seu médico e aconselhe-se com o seu farmacêutico.

Durex Durex Intensifica a sua relação. Uma alargada gama para o bem-estar sexual.

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saúde digital

Euromelanoma www.euromelanoma.org/portugal O Euromelanoma é uma campanha europeia que promove a prevenção do cancro da pele. A partir da consulta do website deste projeto, é possível aceder-se a informação sobre a prevenção, diagnóstico precoce e tratamento deste tipo de cancro. Esta página da internet disponibiliza ainda conteúdos mais práticos, nomeadamente instruções para se identificarem lesões suspeitas na pele e informações sobre como proteger a pele das agressões geradas pelo Sol. Quem aceder a este website poderá ainda ficar a conhecer o seu tipo de pele e perceber se integra o grupo de indivíduos que corre maior risco de contrair esta doença.

Grupo de Estudo da Tiroide – SPEDM www.spedm-tiroide.org O Grupo de Estudo da Tiroide foi criado no âmbito da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo (SPEDM) em 1998. No website deste grupo está disponível uma secção com informação científica e rigorosa destinada ao público em geral. Através de artigos, folhetos e de um manual do doente, os utilizadores poderão conhecer de uma forma mais aprofundada as doenças da tiroide.

Escreva-nos,

dê-nos a sua opinião e sugestões para o e-mail: revistah@farmaciasholon.pt

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breves

Distinguido estudo sobre

Cientistas espanhóis tornam

Alzheimer com neurónios em 3D

células cancerígenas mortais

O estudo de mecanismos da doença de Alzheimer, usando culturas de neurónios humanos em 3D, foi distinguido com o Prémio de Investigação Santander Totta/UNL. A investigadora Cláudia Almeida, da Faculdade de Ciências Médicas, da Universidade Nova de Lisboa (UNL), líder da pesquisa premiada, pretende criar um modelo experimental da doença na sua forma tardia. Os 25 mil euros que recebeu, com a atribuição deste galardão, poderão ser uma ajuda para a implementação desta ideia. «Com esta verba, e com o trabalho que ela vai permitir realizar, esperamos obter até final do ano os resultados preliminares necessários para validar o nosso modelo experimental», adiantou ao “Diário de Notícias” Cláudia Almeida.

Um grupo de cientistas do CNIO (Centro Nacional de Investigação Oncológica) de Espanha conseguiu tornar as células cancerígenas mortais. Um feito que pode impedir a progressão do cancro e levar à sua cura. Os investigadores terão conseguido inibir a enzima telomerase nas células cancerígenas, impedindo que estas se dividam indefinidamente e tornando possível a sua destruição. Esta enzima tem a função de proteger os telómeros, estruturas que estão nas extremidades dos cromossomas, que permitem que as células se continuem a multiplicar. Ao bloquear a proteína TRF1, uma dos responsáveis pela proteção dos telómeros, verificaram-se «melhoras drásticas» em ratos com cancro do pulmão. «A “desproteção” dos telómeros está a emergir como um potencial novo tratamento para o cancro», escrevem María García-Beccaria, Paula Martínez e Marinela Méndez, autoras do estudo, citado pelo “Observador”, que conclui que o desenvolvimento de fármacos capazes de bloquear a TRF1 poderá vir a ser, não só uma nova abordagem, mas um passo importante no combate ao cancro.

Investigadores desenvolvem vírus para combater bactérias super-resistentes Cientistas da Faculdade de Medicina da Universidade de Telavive (Israel) acreditam que os vírus poderão vir a combater as bactérias super-resistentes. A equipa de Udi Qimron, investigador responsável pelo estudo publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America, desenvolveu vírus (fagos) capazes de destruir bactérias patogénicas, que não são mortas pelos antibióticos, refere o jornal espanhol “El País”. Contudo, a ideia não é utilizar estes vírus como medicamentos, pelo menos por enquanto. Estes fagos poderão ser utilizados na esterilização dos materiais hospitalares, na limpeza de superfícies ou na desinfeção de mãos dos cirurgiões, na tentativa de se combater as infeções hospitalares multirresistentes. 54

Mudança na dieta pode ajudar a evitar cancro colorretal Um estudo, publicado na revista Nature Communication, confirma que uma dieta rica em gorduras, açúcares e carne favorece o risco de cancro do cólon. De acordo com informações avançadas pelo “Diário de Notícias”, dois grupos de voluntários afro-americanos e de aldeãos da região zulu na África do Sul trocaram de dietas durante duas semanas para avaliar os efeitos dos respetivos regimes alimentares nas células do cólon e na flora intestinal e os efeitos foram imediatos.

Os participantes sul-africanos, que antes tinham uma dieta rica em cereais, fibras e leguminosas e durante duas semanas ingeriram grandes quantidades de gorduras e açúcares, mostraram um aumento de biomarcadores de inflamação intestinal, indicadores de maior risco de cancro de cólon. O outro grupo, pelo contrário, registou um reequilíbrio na sua flora intestinal.

Português recebe bolsa do Conselho Europeu de Investigação O investigador João Mano, da Universidade do Minho, vai receber 2,5 milhões de euros até 2020, do Conselho Europeu de Investigação, para financiar o “ATLAS”, um projeto que pretende regenerar osso humano. O objetivo é formar um tecido “vivo” em pequenos reservatórios em laboratório, combinando células do paciente com biomateriais porosos, que deverão depois proliferar. Após este processo, o tecido será implantado dentro do paciente, através de uma cirurgia não invasiva, favorecendo a substituição do defeito ósseo. «Na construção destes reservatórios teremos que saber condensar as combinações ótimas de vários tipos de células, ingredientes e estruturas, para serem bem aceites pelo sistema imunológico e vascular do paciente, integraremse nos tecidos circundantes e poderem guiar e estimular a regeneração, de modo autorregulado e sem ajuda exterior», explicou João Mano ao “Observador”. No entender do investigador, estes reservatórios também podem servir para testar doenças e fármacos. «Simular doenças em laboratório, testar novas terapias e poder substituir os testes tradicionais é uma grande ambição da comunidade científica mundial», referiu o investigador, com mais de 450 artigos publicados em revistas internacionais e seis patentes registadas.




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