PEDRO PEREIRA Diretor Revista H
EDITORIAL
FICHA TÉCNICA
OUTUBRO, MÊS DA PREVENÇÃO EM SAÚDE!
No dia 30 de outubro assinala-se o Dia Nacional de Luta Contra o Cancro da Mama. Nesta edição da Revista H fomos ouvir os especialistas e, felizmente, podemos constatar que esta doença já não é um “bicho papão”. Em muitos casos, torna-se crónica e prova disso é que Portugal tem vindo a registar uma das mais baixas taxas de mortalidade na Europa. No entanto, a médica oncologista Margarida Brito alerta para a importância de fazer a auto palpação periodicamente, para verificar se surge algum nódulo na mama ou nas axilas. Fique muito atenta às alterações do tamanho e da textura e ao aparecimento de edema da pele do tipo “casca de laranja”. Saiba mais sobre este tema no nosso artigo ‘Em Foco’. O consumo de tabaco é uma das principais causas de doença e de mortalidade prematura em todo o mundo. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o cigarro mata atualmente cerca de 7 milhões de pessoas todos os anos. Um facto alarmante é que, destas vítimas, mais de 800 mil pessoas são fumadores passivos. Quando alguém fuma, não está a colocar apenas a sua saúde em risco. A sua família e todos os que o rodeiam ficam expostos aos químicos tóxicos presentes no fumo do cigarro. Outubro é também o mês que marca o dia mundial da Psoríase. Saiba que já está disponível em Portugal uma aplicação móvel que ajuda as pessoas com esta patologia. “Diário da Psoríase” é o nome da nova app da Novartis, que permite aos pacientes monitorizar a evolução da doença e registar fotograficamente as lesões na pele. Leia a rubrica do nosso especialista em comportamento animal, Pedro Paiva, que nos mostra os benefícios da companhia de um cão junto das crianças. O cão é um animal que, desde cedo, melhora o controlo de condutas emocionais, sociais e cognitivas e aumenta o bem-estar psicológico e físico da criança.
• Diretor: Pedro Pereira • Propriedade: Holon S.A. • Capital Social: 5.000,00 euros Órgãos Sociais: José Luciano Diniz Pereira e João Carlos Duarte Monteiro • NIPC: 507336453 • Telefone: 219 666 100; • E-mail: geral@holon.pt
• Edição: Hollyfar – Marcas e Comunicação, Lda. Rua General Firmino Miguel n.º 3 - Piso 7 1600-100 Lisboa • Coordenador Editorial: Sofia Silva e Pedro Pereira (Holon), Inês Marujo (Hollyfar) • Colaboram nesta edição: Ana Albernaz, Ana Pacheco, Anabela da Cruz, Carla Mateus, Carmen Silva, Cláudia Carmona, Maria João Mendes, Patrícia Neves. • Fotografia: Arquivo • Publicação bimestral • E-mail: revistah@holon.pt • Tiragem deste número: 33.000 exemplares • Os artigos assinados apenas veiculam a posição dos seus autores. • Layout: Holon, S. A. Rua General Firmino Miguel, n.º 3 – piso 7 1600-100 Lisboa | Portugal • Paginação: Helena Freitas • Execução Gráfica: Finepaper – Rua do Crucifixo, 32, 1100-183 Lisboa; • E-mail: info@finepaper.pt • Impressão e Acabamento: Lidergraf Sustainable Printing Rua do Galhano, 15 4480-089 Vila do Conde; • Site: www.lidergraf.pt • Número de Depósito Legal: 361265/13
Não perca ainda a nossa H JÚNIOR que ensina, aos mais pequeninos, a importância da febre! Farmácias Holon, um dia todas serão assim.
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>INDÍCE
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EM FOCO
CANCRO DA MAMA: MAIS DE 80% DAS DOENTES SOBREVIVE APÓS 5 ANOS
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PREVENÇÃO SAÚDE FUMO PASSIVO: UM SÉRIO PROBLEMA DE SAÚDE
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SAÚDE ANIMAL CÃES E CRIANÇAS: BENEFÍCIOS E RISCOS NA INTERAÇÃO
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EDITORIAL
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ATUALIDADE
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OPINIÃO
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PONTO DE VISTA
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O QUE DIZEM OS ESPECIALISTAS
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UM DIA TODAS SERÃO ASSIM
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NA PRIMEIRA PESSOA
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FARMÁCIA ATUA
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EM FOCO
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HOLON CUIDA
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BEBÉ E MAMÃ
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PODOLOGIA HOLON
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PREVENÇÃO SAÚDE
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NUTRIÇÃO HOLON
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RECEITA SAUDÁVEL
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VIVA MAIS
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DERMOFARMÁCIA HOLON
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ENTREVISTA
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AO SERVIÇO DA COMUNIDADE
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MONTRA EM DESTAQUE
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SAÚDE ANIMAL
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H JÚNIOR
ESTATUTO EDITORIAL A H é uma revista bimestral de caráter informativo, circunscrevendo-se às temáticas da saúde e bem-estar, orientada por critérios de rigor editorial. A H é uma revista dirigida a um público plural e é propriedade da Holon S. A. O conceito da revista H passa pela abordagem às diversas questões nas áreas temáticas em que se insere, de modo prático e útil, em respeito pelo rigor científico. A H reconhece que os leitores são a sua principal razão de existência e, por isso, a satisfação das suas necessidades de informação constitui o objetivo primordial. É, assim, uma revista idealizada e produzida com o propósito de ir ao encontro dos interesses dos seus leitores, procurando servi-los sempre de forma isenta e objetiva.
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> ATUALIDADE
ESPERANÇA MÉDIA DE VIDA DIMINUI EM 12 PAÍSES Foram registadas quebras generalizadas na esperança média de vida, no período de 2014 para 2015, em 12 países da OCDE. A gripe especialmente severa, as pneumonias e outras doenças respiratórias são apresentadas como um dos fatores decisivos para este decréscimo. As doenças cardiovasculares, a doença de Alzheimer e do sistema nervoso são também apontadas como causas que justificam esta quebra. «Esta foi a primeira vez em décadas recentes que tantos países desenvolvidos registam, em simultâneo, declínios tão apreciáveis na esperança média de vida, tanto para homens como para mulheres», lê-se no estudo publicado pelas universidades de Southern California e Princeton. Os valores de quebra observados neste período variam entre menos 0,03 anos na Suécia e menos 0,55 na Itália, no sexo feminino. No caso dos homens, foram registados entre menos 0,003 anos na Bélgica e menos 0,43 na Itália. Para os investigadores, os resultados foram surpreendentes, «tanto pela sua dimensão geográfica como pela sua magnitude». Portugal contraria esta tendência. No nosso país, observou-se que a esperança média de vida tem vindo a aumentar, sendo que, em 2016, apresentava como valores 84,32 anos para as mulheres e 78,11 para os homens.
NOVA APP PARA MONITORIZAÇÃO DA PSORÍASE “Diário da Psoríase” é o nome da nova aplicação móvel da Novartis, que permite aos pacientes monitorizar a evolução da doença. Utilizando esta ferramenta, a pessoa com Psoríase poderá conhecer o estado atual da sua patologia ao responder a seis questões todas as semanas. Desta forma, é possível ter uma «perspetiva mais clara acerca da gravidade, do impacto no dia a dia, permitindo conhecer o seu índice de qualidade de vida em dermatologia», explica a empresa em comunicado.
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Com esta aplicação é ainda possível registar fotograficamente as lesões na pele, que são posteriormente incluídas num relatório que o doente pode partilhar com o seu médico. A aplicação já está disponível em Portugal. VACINAS CONTRA HPV E MENINGITE B PODERÃO SER COMPARTICIPADAS PARA UM PÚBLICO MAIS ALARGADO O Plano Nacional de Vacinação (PNV) pode vir a alargar a administração de vacinas contra infeções por Vírus Papiloma Humano aos jovens do sexo masculino. Está também a ser avaliada a possibilidade de vacinar todas as crianças contra a meningite B, segundo informação avançada pela diretora-geral da Direção-Geral da Saúde, Graça Freitas. «Neste momento, estamos a estudar várias coisas: uma delas é o alargamento da vacina contra o meningococo B, porque está a ser dada a um grupo restrito de crianças e tem dado algumas provas. Os pediatras recomendam e fazem bem. A vacina é eficaz, é segura», declarou a diretora-geral da Saúde. A inclusão desta forma de prevenção está a ser alvo de análise face ao seu custo avultado. No entanto, Graça Freitas garante que «quando esse balanço entre os benefícios da vacina e o efeito da mesma se sobrepõem aos custos para a sociedade, propomos a sua introdução». Está a ser ainda equacionado o impacto da vacinação contra as infeções por HPV em rapazes. Enquanto «a carga da doença nas mulheres é no cancro do colo do útero, nos rapazes há outro tipo de cancros, nomeadamente da cabeça e do pescoço, da cavidade oral, do pénis e do ânus, ainda que não sejam apenas atribuídos ao HPV», esclareceu Graça Freitas, adiantando que é necessário «fazer as contas aos cancros em que o risco pode ser atribuído ao HPV» e avaliar depois o «impacto da dinâmica da vacinação feminina na transmissão do vírus».
JOSÉ RUIVO SANTOS Farmácia Helena, Faro
> OPINIÃO
VIVER SAUDÁVEL É UM ESTILO DE VIDA! “Os estados membros da OMS concordaram em reduzir a inatividade física em 10% até 2025. Dietas não saudáveis e falta de exercício estão entre os principais fatores de risco para a saúde em todo o mundo”
Os farmacêuticos são os especialistas do medicamento e, com esmero e de maneira irrepreensível, têm-se destacado junto da comunidade. No entanto, a sua área de atuação tem vindo a alargar-se. Há anos atrás, poucos acreditavam na importância da intervenção do farmacêutico junto da comunidade, fora da farmácia, e da implementação dos serviços farmacêuticos. Esta prática distingue as Farmácias Holon e a Farmácia Helena de forma consistente, pela oferta dos serviços e pela proximidade aos cidadãos. As pessoas estão mais informadas acerca da importância de adquirir hábitos de vida saudáveis, através de sucessivas campanhas de sensibilização promovidas pelo governo e por diversas entidades. Devo realçar o contributo das Farmácias Holon e da Farmácia Helena neste campo, através de sessões de esclarecimento, rastreios, caminhadas, programa semanal na Rádio Uni-
versitária do Algarve – RUA FM. Nos últimos anos, a Farmácia Helena, de forma persistente e diferenciada, tem conquistado o reconhecimento da comunidade, pelo empenho demonstrado na divulgação de hábitos de vida saudável e pela oferta dos serviços da farmácia. Já muito se disse sobre tão importante matéria, atualmente existe o consenso sobre a proximidade, os serviços da farmácia e que outras direções deve tomar a intervenção farmacêutica. O novo paradigma consiste na mudança do foco do farmacêutico e de toda a equipa da farmácia do produto para as pessoas, cujas expetativas são a prevenção de muitas doenças e, sobretudo, o quererem viver saudáveis. OMS http://www.who.int/es/news-room/fact-sheets/detail/healthy-diet http://www.who.int/es/news-room/fact-sheets/detail/physical-activity
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VÍTOR NEVES Presidente Europacolon Portugal Associação de Apoio a Doentes com Cancro Digestivo
> PONTO DE VISTA
CANCRO PANCREÁTICO DIAGNÓSTICO PRECOCE, A VANTAGEM! Saber que se tem uma doença oncológica assusta, e se o tumor for cancro pancreático ficamos aterrorizados. A sobrevivência do cancro pancreático é a mais baixa de todos os casos de cancros. Em Portugal, a incidência é de cerca de 1.300 novos casos ano e a mortalidade sobreponível. No mundo existem cerca de 340 mil novos casos por ano e, infelizmente, o investimento na área de novos medicamentos para esta doença está ao mesmo nível nos últimos 40 anos! O diagnóstico precoce, que permite a deteção a tempo e a possibilidade de intervenção cirúrgica, é o único caminho para a possibilidade de se estabilizar a doença e aumentar a sobrevivência dos pacientes. Todos os casos de sobreviventes com 5, 8 10, 12 e mais anos, são de pessoas onde a deteção precoce aconteceu e foram sujeitos a intervenções cirúrgicas eficazes. Infelizmente, só cerca de 20% dos doentes com cancro pancreático são detetados a tempo dessa cirurgia. A maior parte dos diagnósticos acontece em ambiente de urgência hospitalar. Mas, estes aspetos negativos e aterradores não devem bloquear-nos enquanto sociedade face a este enorme desafio. O conhecimento de fatores de risco e sintomas devem ser do conhecimento de toda a população. Os cidadãos devem fazer a sua parte, contribuindo para uma vida mais saudável, com uma alimentação adequada. Sobretudo não menospreze e reporte aos médicos assistentes os sintomas que possam existir. Todos devemos influenciar e pressionar para que o despiste de tal sintomatologia, muitas vezes confundível com outras doenças menos graves, não seja desprezado. Os profissionais de saúde devem estar atentos e promover os exames complementares de diagnóstico em tempo oportuno. O tempo que medeia a deteção da doença e o início da terapêutica são vitais para a possibilidade de aumento do tempo de sobrevivência (e devem ser sempre o mais curto possível). Em Portugal, os tempos que medeiam entre a primeira visita ao
médico e o conhecimento do verdadeiro diagnóstico demoram meses! Esta é a grande lacuna que agrava o panorama do cancro do pâncreas no nosso país. Todos nós que, de alguma forma, estamos ligados ao “mundo” da saúde sabemos que a melhoria dos cuidados ao nível de educação para a saúde, prevenção e diagnóstico precoce são as alavancas para o aumento da qualidade de vida dos portugueses. E contrariamente ao que poderá parecer, esta “atitude” consciente perante a saúde não agravará o orçamento do SNS, bem pelo contrário, trará uma poupança de custos enormes. A Europacolon Portugal, membro fundador da WPCC (World Pancreatic Cancer Coalition) e PCE (Pancreatic Cancer Europe), desde há muitos anos dedica uma atenção especial a esta doença. Ainda este ano implantaremos um Programa de Diagnóstico Precoce do Cancro Pancreático, em conjunto com a Associação de Profissionais de Saúde desta área, pois é nosso entendimento de que as unidades de cuidados de saúde primários terão, cada vez mais, um papel fundamental na saúde de todos os portugueses. Num país civilizado não se deve “cultivar” o sofrimento e custos desmesurados, sem que estejam disponíveis ferramentas para a sua solução. A Europacolon Portugal vai continuar a lutar, em termos nacionais, europeus e mundiais, para que o financiamento em investigação cresça. Continuaremos a difundir informação junto das pessoas, para que a responsabilidade social de cada um de nós evolua e assumamos atitudes preventivas. Impeliremos os profissionais de saúde e, sobretudo o governo, para assumir também a sua responsabilidade e os atos daí decorrentes. Uma última palavra para os cidadãos: intervenham no vosso processo de saúde, não desvalorizem os sintomas, forcem a diminuição dos tempos de espera nos diagnósticos complementares. Há doenças que podem ser prevenidas e, outras, atenuadas como o cancro do Pâncreas. Vamos todos fazer a nossa parte!
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> O QUE DIZEM OS ESPECIALISTAS
ANA PAULA MARTINS Bastonária da Ordem dos Farmacêuticos
«OS FARMACÊUTICOS SERÃO SEMPRE UMA VOZ AMIGA EM QUEM OS DOENTES PODEM CONFIAR» Ana Paula Martins, bastonária da Ordem dos Farmacêuticos, destaca o importante papel destes profissionais na saúde dos portugueses, que se traduz no elevado nível de confiança que mantêm entre a população. Contudo, alerta para as dificuldades que o setor tem vindo a atravessar e defende uma «verdadeira abordagem multidisciplinar ao doente». > 10
H - O FARMACÊUTICO É O PROFISSIONAL DE SAÚDE EM QUEM OS PORTUGUESES MAIS CONFIAM? O QUE CONTRIBUI PARA ESTE ELEVADO GRAU DE CONFIANÇA? ANA PAULA MARTINS - Sem dúvida que sim. Não é apenas uma perceção subjetiva; são estudos de opinião e questionários independentes que o confirmam (como o inquérito anual do Reader´s Digest sobre Profissões de Confiança ou o estudo de opinião elaborado pela Universidade Católica há dois anos). Os portugueses sabem que podem encontrar nas farmácias um grupo profissional competente, habilitado para esclarecer muitas das suas dúvidas e sempre disponível para os ajudar. Por outro lado, as farmácias são estruturas de saúde perfeitamente integradas nas comunidades que servem; vivem e sofrem de perto com os seus problemas; partilham com as populações locais as mesmas preocupações, os seus problemas sociais. Conhecem bem as realidades em que se inserem. Os farmacêuticos são e continuarão a ser sempre profissionais de saúde de proximidade, em quem os portugueses confiam. Serão sempre uma voz amiga em quem os doentes podem confiar. É esse o nosso ADN. H - A POPULAÇÃO DISTINGUE BEM A DIFERENÇA ENTRE UMA FARMÁCIA E UM ESPAÇO DE SAÚDE? A.P.M. - A liberalização da venda de MNSRM já tem mais de uma década. É uma realidade a que os portugueses já se habituaram. Ao contrário do que foi na altura apregoado, não contribuiu para diminuir os preços destes medicamentos; também não aumentou a acessibilidade a estes medicamentos, pois esta nunca esteve em causa. Não obstante, temos hoje a perfeita noção que a realidade se alterou: as farmácias continuam a ser o local de preferência dos portugueses para compra de MNSRM, mas cerca de 20% desse mercado está hoje fora das farmácias, num modelo que, em alguns casos, nos desagrada e causa apreensão. Continuam a ver-se medicamentos fechados numa prateleira de supermercado, dispensados por pessoas sem o mínimo conhecimento e formação para o efeito, o que reflete uma completa banalização do uso dos medicamentos, uma tecnologia de saúde importantíssima que, por muito segura que seja, por muito tempo que tenha no mercado, não é, de todo, inócua e desprovida de efeito, pelo que merece um cuidado redobrado. H - O QUE LEVOU OS FARMACÊUTICOS A APROVAR RESTRIÇÕES AOS DESCONTOS EM MEDICAMENTOS? A.P.M. - É uma questão de justiça e de equidade social. A resolução aprovada por unanimidade na última Assembleia Geral da Ordem dos Farmacêuticos vem dar um claro sinal à sociedade, ao governo e às autoridades, que os farmacêuticos discordam da prática de descontos sobre o preço dos medicamentos. É uma prática geradora de desigualdades no acesso à saúde entre os portugueses, que, independentemente da zona geográfica ou da disponibilidade financeira, devem todos poder aceder à medicação de que necessitam nas mesmas condições.
Para a OF, a concorrência no setor das farmácias não deve estar centrada no preço dos produtos que dispensam, mas na qualidade dos serviços que prestam aos utentes. H - QUE MUDANÇAS ENTENDE SER NECESSÁRIAS IMPLEMENTAR NO SNS PARA O TORNAR MAIS PRÓXIMO DO CIDADÃO E ECONOMICAMENTE MAIS EFICIENTE? A.P.M. - Há novas tendências e novos desafios no acesso aos cuidados de saúde, mas existe também um consenso entre as autoridades, os agentes e os cidadãos sobre a centralidade do doente no sistema. Exige-se uma maior integração entre os diferentes níveis de prestação de cuidados de saúde – primários, hospitalares, continuados –, mas também entre operadores públicos, provados e do setor social e entre profissionais de saúde, numa verdadeira abordagem multidisciplinar ao doente. Temos também um problema de subfinanciamento crónico do setor da saúde. O dinheiro não resolve tudo, e qualquer aumento de verbas para a Saúde deve implicar uma maior responsabilização e um compromisso com uma gestão de recursos cada vez mais eficiente. Ainda assim, há uma proposta que parece ser também consensual: a definição de um orçamento plurianual para o setor, que permita a implementação de estratégias e políticas de médio e longo prazo e que afaste a Saúde dos ciclos políticos. H - DESDE MAIO AS FARMÁCIAS PODEM PRESTAR NOVOS SERVIÇOS AOS SEUS UTENTES. QUAL A MAIS-VALIA PARA OS DOENTES? A.P.M. - A nova portaria vem alargar o leque de serviços que as farmácias podem disponibilizar aos seus utentes. Aos serviços já previstos no anterior diploma – apoio domiciliário, administração de primeiros socorros, administração de medicamentos, utilização de meios auxiliares de diagnóstico e terapêutica, administração de vacinas não incluídas no Plano Nacional de Vacinação e programas de cuidados farmacêuticos – juntam-se agora um conjunto de novas valências que respondem a necessidades concretas dos doentes e do sistema de saúde – consultas de nutrição, programas de adesão à terapêutica, de reconciliação da terapêutica e de preparação individualizada de medicamentos, assim como programas de educação sobre a utilização de dispositivos médicos. As farmácias são hoje espaços de saúde modernos, com profissionais qualificados e disponíveis para colaborar com o Estado na implementação de programas de saúde. A farmácia do futuro é uma unidade de saúde que faz parte integrante do sistema de saúde, que atua em perfeita articulação com os serviços públicos de saúde, com os cuidados de saúde primários, quer na promoção e educação para a saúde, quer na identificação precoce de doenças, quer ainda no acompanhamento de utentes com necessidades especiais, como os doentes crónicos, as populações mais envelhecidas e com maiores carências sociais. Estamos convictos que o crescente envolvimento das farmácias na implementação de programas de saúde trará importantes ganhos de eficiência ao sistema e uma melhor saúde para todos os portugueses.
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> UM DIA TODAS SERÃO ASSIM
FARMÁCIA NOVA, PÓVOA DO VARZIM ACOMPANHAR A SAÚDE DOS UTENTES Estima-se que as doenças crónicas afetem cerca de 50% da população portuguesa. O relatório da Direção-Geral da Saúde “A Saúde dos Portugueses. Perspetiva 2015” traça o perfil de saúde dos cidadãos residentes no país e evidencia que, em termos de morbilidade, 85% da carga da doença corresponde a doenças crónicas. As doenças do aparelho circulatório continuam a constituir a principal causa básica de morte, tendo originado 31.528 óbitos em 2013, ou seja, 29,5% da mortalidade total ocorrida no país, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística. No mesmo ano, as mortes causadas por doenças do aparelho respiratório estiveram na origem de 11,8% da mortalidade (12.627 óbitos) e as doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas causaram 5.775 óbitos e, com a diabetes mellitus a causar 4.548 óbitos. Podemos dizer que o novo paradigma na área da saúde está no seguimento do doente crónico; e para que o novo paradigma para as farmácias está em saber e acompanhar a saúde dos seus utentes. Hoje em dia, as pessoas esperam muito mais do que um simples aviar da receita.
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A receita da Farmácia Nova, na Póvoa de Varzim, é bem diferente da habitual e promove o aumento da literacia em saúde, desta e das gerações vindouras. Acreditamos que os farmacêuticos comunitários, enquanto profissionais de saúde que estão mais próximos da população, devem ter como principal missão promover e participar ativamente na promoção da saúde, na deteção precoce de fatores de risco, na prevenção e gestão da doença e no acompanhamento e monitorização das terapêuticas. O nosso papel passa claramente por ajudar a traçar este futuro. O farmacêutico é aquele que deve assistir, em todos os momentos, a pessoa com doença crónica, ajudando-a a gerir a sua própria condição. É um orgulho fazer parte de um grupo de 400 farmácias, as Farmácias Holon, que tem uma filosofia e um posicionamento centrado nas pessoas, através da disponibilização de soluções integradas de saúde à medida das suas necessidades. É com orgulho que dizemos que, na nossa Farmácia, “trocamos uma receita médica por mais qualidade de vida”!
EDMUNDO DOS SANTOS 80 anos Setúbal Reformado OBJETIVO ATINGIDO: Controlar as patologias associadas ao pé diabético
> NA PRIMEIRA PESSOA
«QUEM TEM DIABETES E NÃO VIGIA A SAÚDE DO PÉ, DEVE FAZÊ-LO COM UM PROFISSIONAL DE SAÚDE ESPECIALIZADO» Edmundo dos Santos tem diabetes e chegou à Farmácia Viso com dor intensa no pé, pedindo a ajuda imediata da equipa. Uma vez que apresenta um maior risco de desenvolver complicações graves, a Dra. Ana Pascoal, Diretora Técnica da farmácia, aconselhou uma avaliação no Serviço do Pé Diabético Holon. Na consulta, foi realizado o rastreio do Pé Diabético e a Enfermeira Joana Ferreira determinou um risco de ulceração de grau 3 e uma ferida interdigital com sinais de infeção. O problema terá surgido devido à sobreposição dos dedos que, com a utilização de calçado inapropriado, fez pressão e fricção ao andar. A Enfermeira Joana fez o tratamento inicial da ferida, transmitiu ao Sr. Edmundo todo o ensino Holon sobre os cuidados a ter com os pés, para que seja possível prevenir este tipo de problemas no futuro, e encaminhou-o para o Centro de Saúde. «Fui muito bem recebido na Farmácia Viso. Foram todos sempre
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profissionais e simpático. Após a identificação do problema, fui seguido no Centro de Saúde semanalmente, comecei a tomar antibiótico e a minha esposa realizou os cuidados à ferida em casa, até à cicatrização completa. Continuei a ser seguido no Serviço do Pé Diabético Holon, onde vou uma vez por mês», contou Edmundo dos Santos, garantindo: «Agora, sinto-me ótimo, não tenho dores nenhumas e já durmo melhor! Quem tem diabetes e não vigia a saúde dos pés, deve fazê-lo com um profissional de saúde especializado, para prevenir situações como a minha. Uma simples ferida pode evoluir para um problema mais sério, se não for detetado a tempo. Devem ir à farmácia e pedir ajuda sempre que necessário». «Quero agradecer à equipa da farmácia, em especial à Dra. Ana Pascoal e à Enfermeira Joana Ferreira por me terem tratado tão bem nestes últimos quatro meses», finaliza.
> FARMÁCIA ATUA
FARMÁCIA HOLON MOITA NAS FESTAS GAIO-ROSÁRIO A Farmácia Holon Moita esteve no Posto de Primeiros Socorros da Praia de Gaio-Rosário, onde a equipa farmacêutica realizou 54 avaliações à pele. Lídia Cerqueira, Técnica de Farmácia, salienta a importância desta participação: «É fundamental que a farmácia se posicione como espaço privilegiado de saúde e aconselhamento. Nas festas Gaio-Rosário fizemos a avaliação da pele de 54 pessoas, incluindo o nível de hidratação e as manchas provocadas pelo sol».
• Abril - Cuidados da pele do bebé • Maio - Aleitamento materno • Junho - Desenvolvimento e alimentação no primeiro ano de vida Os workshops são gratuitos, sujeitos a marcação: 219 532 822. AVALIAÇÕES DE SAÚDE NA FEIRA AGRÍCOLA DO NORTE
GRAVIDEZ MÊS A MÊS
A Farmácia Nova da Póvoa do Varzim esteve presente na Feira Agrícola do Norte, onde «tivemos a oportunidade de elucidar as pessoas sobre a importância de manter bons hábitos alimentares; cuidar da saúde dos seus pés e ainda fazer avaliações da pele e do cabelo. Tudo isto, através de um aconselhamento técnico personalizado», revelou Isilda Pereira. A proprietária da farmácia acredita que «os farmacêuticos comunitários, enquanto profissionais de saúde muito próximos da população, devem ter como principal missão detetar precocemente os fatores de risco das patologias mais prevalentes, como é o caso da diabetes ou da hipertensão, e apoiar na gestão da doença», daí a importância da participação da farmácia em eventos como este.
A gravidez e o início da maternidade são fases em que os cuidados de saúde e bem-estar devem ser redobrados. A Farmácia Madragoa convida todas as futuras e recém mamãs para os Workshops mensais “Gravidez Mês a Mês”, que decorrem de outubro de 2018 a junho de 2019: • Outubro - Cuidados da pele na grávida • Novembro - Alimentação na gravidez • Dezembro - Principais desconfortos na gravidez • Janeiro - Cuidados com os pés e pernas na gravidez • Fevereiro - Último trimestre • Março - Cuidar do recém-nascido
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> EM FOCO
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O cancro da mama é o cancro com maior taxa de incidência em Portugal, mas, como revela a médica oncologista Margarida Brito, «curiosamente, o nosso país tem vindo a registar das mais baixas taxas de mortalidade na Europa». A razão ainda não é totalmente clara. Porém, pode em parte, como salienta a especialista, estar relacionada com o facto «do nosso programa nacional de rastreio de cancro da mama ser abrangente, o que permite detetar em muitas mulheres o cancro em fases mais precoces». Atualmente, «mais de 80% das doentes sobrevivem após 5 anos e 70% após 10 anos», revela Carlos Oliveira. Uma percentagem elevada que leva o secretário-geral da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) a concluir que, «antigamente, o cancro era sinónimo de morte, mas hoje em dia já não é». Por outras palavras, graças à deteção em fases precoces e aos tratamentos atuais, conseguiu-se transformar, na maior parte dos casos, numa doença crónica. SUBTIPOS Quando falamos em cancro da mama, na verdade falamos em vários subtipos de cancro. «Começamos sempre por observar o tecido tumoral para, através de exames específicos, identificar a presença ou não de recetores hormonais e do recetor HER 2», explica Margarida Brito. Tendo por base essas características, pode dividir-se o cancro de mama em três grandes grupos: «o mais comum é o chamado lu-
ESTEJA ATENTA! «É importante fazer a auto palpação mamária periódica para verificar se surge algum nódulo na mama ou nas axilas», alerta Margarida Brito. Porém, deve igualmente estar atento a outros sinais como «alterações do tamanho e da textura da mama e o aparecimento de edema da pele tipo “casca de laranja”», aponta a médica oncologista. Apesar de não ser tão frequente, o cancro da mama também se pode manifestar através da «saída de líquido anormal dos mamilos, principalmente sangue», acrescenta.
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minal, que está muitas vezes associado a um crescimento lento e a um melhor prognóstico (pode ser tratado com hormonoterapia); o cancro da mama HER 2 positivo, que pode ter ou não recetores hormonais positivos e que cresce mais rápido que o luminal, mas para o qual atualmente já estão disponíveis terapêuticas alvo muito eficazes; e finalmente o cancro da mama triplo negativo, que não expressa nem recetores hormonais, nem HER 2 e está associado a doentes mais jovens. Embora tratável é o mais agressivo». Dependendo das fases da doença e do tipo de cancro, o tratamento pode implicar cirurgia (mastectomia), quimioterapia, hormonoterapia, radioterapia e terapêuticas alvo. Após o tratamento, como explica a médica oncologista, «nunca se pode afirmar a 100% que a doença foi eliminada», havendo «doentes com maior risco e outros com menor risco de a doença voltar (recaída)». No entanto, ainda de acordo com Margarida Brito, «à medida que o tempo passa é cada vez menos provável que a doença volte», até porque «os protocolos de seguimento têm como objetivo a deteção de recaídas e identificação de sequelas mais tardias dos tratamentos». ABORDAGEM INDIVIDUALIZADA Quanto ao futuro, podemos esperar «uma abordagem mais individualizada», ou seja, esperam-se «terapêuticas mais específicas para o cancro da mama de cada doente», revela a especialista,
explicando que, «através de análises inovadoras, vai sendo cada vez mais possível identificar as alterações genéticas associadas ao desenvolvimento daquele cancro específico, e que podem, potencialmente, vir a ser os alvos terapêuticos dos medicamentos». Também ao nível do rastreio poderão surgir novidades. E, neste sentido, Carlos Oliveira sublinha que «não sabemos se daqui a meia dúzia de anos o rastreio do cancro da mama vai continuar a ser feito recorrendo a uma mamografia ou se será suficiente uma colheita de sangue para uma biopsia líquida». RECONSTRUÇÃO MAMÁRIA Uma questão que suscita muitas dúvidas e receios nas doentes de cancro da mama é a reconstrução mamária, sendo que, neste ponto, temos de fazer a distinção entre reconstrução mamária imediata e diferida. Ou seja, entre «reconstruir a mama logo durante a cirurgia ou esperar algum tempo (meses ou anos) desde que se retira o cancro até realizar a reconstrução», especifica Filipa Margalho, especialista em cirurgia plástica. No caso da reconstrução diferida, teoricamente, todos os doen-
HEREDITARIEDADE O cancro da mama poder ser hereditário em cerca «de 5-10% dos casos, isto quer dizer que o desenvolvimento do cancro nestas doentes esteve associado à transmissão de genes alterados provenientes dos pais», alerta Margarida Brito. Neste contexto, uma doente saudável que tenha risco hereditário confirmado pode ter, de acordo com a especialista, «até cerca de 80% de probabilidade de ter cancro da mama ao longo da vida versus 13% de uma doente saudável que não tenha risco hereditário». Como tal, na ótica da prevenção, «nestas doentes pode ser discutida a realização de uma mastectomia profilática bilateral». Outro tipo de prevenção, ainda segundo a médica oncologista, pode ser «através da modificação dos fatores risco associados ao cancro da mama, como a obesidade, álcool ou a utilização de terapêutica hormonal de substituição na menopausa».
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APOIO AO DOENTE E FAMÍLIA Apesar de o cancro da mama já se ter transformado, em muitos casos, numa doença crónica, «a fase inicial e de diagnóstico é muito crítica e as mulheres ressentem-se muito», alerta Carlos Oliveira. Por esse motivo, a Liga Portuguesa Contra o Cancro tem «disponível para todos os doentes as consultas de psico-oncologia», onde é providenciado um acompanhamento psicoemocional ao doente oncológico e aos seus familiares. A LPCC apoia ainda estes doentes através do “Movimento Vencer e Viver”, que é constituído por «senhoras que tiveram cancro da mama e apoiam as outras doentes ao contar-lhes a sua experiência relacionada com a cirurgia da mama e eventuais efeitos secundários da quimioterapia». Também no que toca aos direitos legais dos doentes oncológicos, a LPCC, de acordo com Carlos Oliveira, possui nos vários núcleos apoio jurídico «para auxiliar estes doentes e os seus familiares que tenham problemas de emprego, empréstimos ou reforma».
tes são candidatos, «desde que queiram realizar a cirurgia e o cancro esteja controlado». Em relação à reconstrução imediata, «apenas são candidatos os doentes em que não seja previsível realizar radioterapia pós-cirurgia, uma vez que esta danifica os tecidos e leva a um mau resultado estético/funcional». Quanto às vantagens, ainda de acordo com Filipa Margalho, são muitas e vão «desde a melhoria da autoestima e autoimagem, com sérios benefícios psicológicos, à facilidade na escolha de roupa, ao conforto na praia, piscina ou mesmo na prática desportiva» e «hoje em dia existem diversas técnicas de reconstrução, algumas com taxa de complicações muito baixa». Por fim, a reconstrução mamária implica alguns cuidados, nomeadamente após a cirurgia. «Habitualmente, nas primeiras semanas será aconselhado repouso, não frequentar a praia e não molhar os pensos». Em média, a recuperação de uma cirurgia deste tipo é «de cerca de um mês e inclui, na maioria dos casos, o uso de soutien pós-operatório e cremes cicatrizantes para cuidados das cicatrizes», remata a especialista.
MARIA JOÃO MENDES Farmacêutica
> HOLON CUIDA
A TOMA SIMULTÂNEA DE VÁRIOS MEDICAMENTOS É DIFÍCIL? O FARMACÊUTICO HOLON AJUDA. Portugal tem hoje uma população envelhecida que se depara com novos problemas de saúde, assumindo as doenças crónicas um peso crescente. Vários estudos sustentam que cerca de 5,2 milhões de portugueses sofrem de pelo menos uma doença crónica e que 2,6 milhões sofrem de duas ou mais, sendo as mais prevalentes as doenças cardiovasculares, o cancro, as doenças respiratórias crónicas e a diabetes. > 22
A toma de medicamentos assume um papel central nos cuidados de saúde da pessoa com doença crónica e a polimedicação, isto é, a toma simultânea de vários medicamentos, é uma situação muito frequente. “Um comprimido em jejum, dois depois do pequeno-almoço, outro depois do almoço, mais um ao jantar e meio ao deitar”…Esta é uma rotina que faz parte da vida de uma pessoa polimedicada, sempre a contas com aquilo que deve tomar e a que horas. Para que os medicamentos exerçam o efeito desejado e para prevenir interações e reações adversas é necessário que sejam tomados corretamente, na dose certa e no horário recomendado. No entanto, estima-se que cerca de 40% das pessoas que faz cinco ou mais medicamentos não o faz de forma apropriada, com consequências graves para a sua saúde. Todos os anos, em Portugal, são admitidas cerca de 43 mil pessoas nos hospitais em consequência de situações relacionadas com medicamentos, a maior parte delas preveníveis. O esquecimento assume-se como uma das principais razões apontadas para a falta de adesão ao tratamento, sendo bastante comum entre os idosos, mas também nas pessoas mais jovens, com uma vida ativa e com regimes terapêuticos complexos. O “saltar as tomas” conduz a uma perda de eficácia do tratamento. Por outro lado, o não se recordar se já tomou ou não um determinado medicamento, pode resultar quer na omissão da dose, quer mesmo numa duplicação da mesma, que em alguns casos pode levar à ingestão de uma dose excessiva, tóxica para o organismo. Outra questão que tem estado na base do surgimento de erros de medicação é a confusão com as caixas dos medicamentos. Sabe-se que alguns utentes reconhecem os medicamentos pela cor da embalagem e/ou do comprimido. Perante uma alteração das mesmas, por exemplo como acontece com a alteração de medicamento genérico, há o risco da pessoa não reconhecer o medicamento, levando a duplicações de terapêutica e/ou a tomas erradas. Também a falta de compreensão das instruções de toma, ou mesmo o seu esquecimento, pode estar na origem de falhas no tratamento. Nos idosos, por exemplo, a diminuição das acuidades visuais e auditivas, dificulta a compreensão da informação veiculada pelo médico ou pelo farmacêutico. O receio e a vergonha em questionar leva, muitas vezes, à persistência de dúvidas. Todas estas situações são bem conhecidas do farmacêutico, que está em condições e sempre disponível para ajudar os seus utentes em todas as situações relacionadas com o medicamento. Neste sentido, e com o objetivo de auxiliar as pessoas a tomarem
Toma muitos comprimidos por dia? Sabe para que servem ou confunde-os? Já se esqueceu de tomar os medicamentos ou já passou por situações em que já não sabia se tinha tomado ou não? Já deixou de tomar a sua medicação porque achou que lhe estava a fazer mal ou que não estava a fazer o efeito pretendido? A solução para estes problemas está bem perto de si, na sua Farmácia Holon. Algumas coisas na vida podem ser complicadas, mas tomar a medicação não deve ser uma delas. Informe-se com o seu farmacêutico.
de forma correta e segura os seus medicamentos, as Farmácias Holon têm disponível o Serviço de Preparação Individualizada da Medicação. Trata-se de um serviço em que o farmacêutico prepara a medicação numa embalagem descartável, de acordo com os horários da toma e dias da semana. As ilustrações e indicações legíveis, assim como a fácil abertura, torna a sua utilização prática, simples e segura. Previamente à preparação da medicação, é realizada uma Consulta Farmacêutica, onde o farmacêutico faz uma revisão da medicação, avaliando a forma como a pessoa está a tomar cada um dos seus medicamentos, esclarecendo qualquer dúvida em relação aos mesmos.
O serviço de Preparação Individualizada da Medicação apresenta benefícios comprovados: • Reduz os erros na administração dos medicamentos; • Melhora a adesão ao tratamento e reduz os esquecimentos das tomas; • Ao promover a toma correta dos medicamentos, permite retirar o maior benefício do tratamento; • Reduz o desperdício e gera poupança; • Facilita o dia a dia do utente e/ou do seu cuidador.
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> BEBÉ & MAMÃ HOLON
PÓS-PARTO TENHA O SEU PESO DE VOLTA! Depois do parto, voltar à antiga forma física e ao peso certo é uma das preocupações das recém-mamãs. Recuperar a silhueta é legítimo, mas é preciso não esquecer que o corpo demora o seu tempo a voltar ao normal. Durante nove meses o seu corpo ganhou novas formas e contornos. A barriga cresceu, as pernas incharam, o peito aumentou... E agora? Depois do parto, é compreensível que a mulher não se sinta assim tão satisfeita com o seu corpo e tenha a necessidade
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de voltar à silhueta anterior. No entanto, este é um processo que implica algum cuidado e paciência. «A recuperação do parto tem um tempo variável», constata Marcela Forjaz, ginecologista-obstetra, «mas em termos de
involução dos órgãos que participaram ativamente da gravidez e parto podemos falar em cerca de seis semanas». Já no que diz respeito à recuperação da forma física, «esta questão torna-se muito individualizada, dependendo do comportamento que a mulher teve durante a gravidez, quer em termos de ganho de peso e de hábitos alimentares, quer no que diz respeito à prática de exercício físico e ainda ao tipo de parto que ocorreu», explica. Até lá, adapte-se à nova vida e ao novo membro da família, aprenda a gostar das suas curvas atuais e cuide de si. E lembre-se: para uma boa recuperação pós-parto a recém-mamã tem, antes de mais, que se sentir bem no seu papel, segura, com as novas rotinas familiares “sob controlo”, articulando bem os cuidados ao bebé com os seus próprios horários. «Uma vez aqui, deve organizar-se para conseguir ter uma dieta equilibrada, mas não restritiva, e iniciar a prática de exercício físico», afirma Marcela Forjaz. COMECE A MEXER-SE! Está comprovado que a atividade física ajuda a mulher a voltar à forma física e, em muitos casos, até melhorar a que tinha antes de engravidar. Geralmente, quando se trata de um parto normal e sem complicações, a mãe pode começar a prática do exercício assim que se sentir confortável, por norma, por volta das seis a oito semanas – tempo necessário para que a natureza produza os efeitos inversos aos da gravidez. No caso de cesariana, deverá esperar entre 10 a 12 semanas. Ainda assim, deve sempre consultar previamente o seu médico. Os melhores exercícios para os primeiros tempos são aqueles que causam menor impacto nos ossos e articulações. Hidroginástica, natação, pilates ou caminhadas são, por isso, ótimas opções. Igualmente aconselhados são os exercícios de Kegel, que ajudam a fortalecer os músculos do pavimento pélvico. Quanto à duração, «idealmente deverá ter 150 minutos de atividade por semana, começando com sessões mais curtas no início e aumentando progressivamente a sua duração, assim como a intensidade», recomenda a médica. COMA BEM E HIDRATE-SE Conjugar hábitos alimentares equilibrados com a prática regular de exercício físico contribui positivamente para a recuperação da forma física e para o bem-estar emocional. Para ter uma perda ponderal sustentável pós-parto, a mulher deve, de acordo com a nutricionista Catarina Dias, procurar o acompanhamento de um profissional de nutrição, «de modo a ga-
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AMAMENTAÇÃO: UMA ALIADA DE PESO! É verdade! Amamentar o bebé ajuda na recuperação da forma física, para além de fazer bem à saúde do recém-nascido. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a amamentação exclusiva durante os primeiros seis meses de vida do bebé contribui para uma perda de peso da lactante em cerca de cinco quilos. Como a nutricionista Catarina Dias explica, «a amamentação promove a mobilização de forma natural das suas reservas de gordura e a involução uterina, encarregando-se de regressar à sua forma física anterior à gravidez».
rantir as necessidades energéticas e nutricionais mais adequadas a si e ao bebé». Até porque «uma mulher que esteja a amamentar tem necessidades aumentadas de energia e de nutrientes. No entanto, não significa que deverá comer “por dois” mas sim “para os dois”»”, adverte a nutricionista das Farmácias Holon. A alimentação durante a gravidez e no pós-parto deve ser rica em alimentos nutritivos e pouco calóricos, apostando na ingestão de cereais, hortícolas e frutas e reduzindo o consumo de gorduras e açúcares. Ou seja, deve ser equilibrada, variada e diversificada, de acordo com o referencial da Nova Roda dos Alimentos, e ajustada às suas necessidades fisiológicas. Para além disso, é importante «garantir uma boa hidratação (fundamental para a produção do leite), fazer seis a sete refeições diárias, não fazer intervalos superiores a 3h30 entre refeições, mastigar calmamente e variar os alimentos e métodos de confeção (excluir a fritura)», sublinha Catarina Dias. Importa ainda referir que nesta fase não existem alimentos proibidos e que uma alimentação diversificada não só satisfaz as necessidades energéticas maternas, como ajuda no desenvolvimento do paladar do bebé. Se estiver a amamentar, a nutricionista refere apenas que deve ser evitado «o consumo de alimentos salgados, com açúcar ou muita gordura, assim como bebidas alcoólicas, açucaradas e com cafeína, uma vez que prejudicam a saúde e interferem na produção de leite».
ANABELA DA CRUZ Podologista
> PODOLOGIA HOLON
O QUE SÃO VERRUGAS PLANTARES? As verrugas plantares são infeções benignas, mas contagiosas, provocadas pelo Vírus do Papiloma Humano (HPV). Surgem na planta dos pés e são de fácil diagnóstico. A apresentação é variável: as lesões podem surgir pequenas, singulares e, geralmente, redondas; ou na forma de aglomerados, com pontos negros no seu interior. Quando as verrugas plantares se localizam nas zonas de maior pressão do pé, são mais dolorosas e, devido à pressão exercida no local, o seu crescimento é interno. Existem vários tipos de tratamentos disponíveis: crioterapia, cirurgia, laser. O mais comum é o tratamento tópico, com desbridamentos mecânicos periódicos e a aplicação de suportes que diminuam a pressão sobre a lesão, realizados por um podologista. O tratamento domiciliário deve ser aplicado com produtos de ação antivírica e/ou queratolítica. O tratamento das verrugas não deve ser adiado nem ignorado, pois pode tornar o seu dia a dia bastante incómodo e piorar com o passar do tempo. Por isso, se tem uma verruga plantar, não espere e aconselhe-se junto do seu podologista Holon!
COMO EVITAR O CONTÁGIO E A PROPAGAÇÃO DAS LESÕES? • Proteger os pés em espaços públicos, como piscinas e balneários; • Evitar a partilha de toalhas, calçado ou meias com outras pessoas; • Usar uma toalha apenas para os pés, pois caso contrário pode contagiar outras zonas do corpo; • Desinfetar a banheira/duche após banho, para prevenir o contágio a outros.
> PREVENÇÃO SAÚDE
FUMO PASSIVO UM SÉRIO PROBLEMA DE SAÚDE Todos sabemos que fumar faz mal. Ainda assim, o consumo de tabaco a nível mundial não diminuiu nas últimas décadas e o cigarro continua a ser um dos principais fatores de risco para a maioria das doenças. Quando alguém fuma, não está a colocar apenas a sua saúde em risco. A sua família e todos os que o rodeiam ficam expostos aos químicos tóxicos presentes no fumo do cigarro. O consumo de tabaco é um dos mais graves problemas de saúde
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pública a nível mundial e uma das principais causas de doença e de mortalidade prematura em todo o mundo. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o cigarro mata atualmente cerca de 7 milhões de pessoas todos os anos. Um facto alarmante é
que destas vítimas, mais de 800 mil pessoas são fumadores passivos. Em Portugal, os dados são igualmente preocupantes. De acordo com estimativas do Institute of Health Metrics and Evaluation, todos os anos, mais de 11 mil portugueses morrem por doenças provocadas ou agravadas pelo consumo de tabaco. E estima-se que mais de 800 portugueses morram, em cada ano, por serem fumadores passivos, ou seja, por inalarem involuntariamente o fumo libertado no ar ambiente. Segundo a OMS, não existe um limite seguro de exposição a esse fumo, considerado o principal poluente evitável dos espaços fechados. PORQUE FAZ TÃO MAL? O fumo passivo, igualmente descrito como fumo ambiental do tabaco ou tabagismo passivo, resulta da combinação da fumaça libertada para a atmosfera pela ponta acesa de um cigarro e pelo fumo exalado pelo fumador durante o ato de fumar. Para além de conter nicotina, a substância que provoca dependência, o fumo do tabaco é uma mistura complexa de mais de 7 mil químicos. Destes, centenas são tóxicos e cerca de 70 podem provocar cancro. No total, todos são nocivos para a saúde. Já pensou que ao ser exposto ao fumo do tabaco, o não-fumador está a inalar substâncias como nicotina, monóxido de carbono, metais pesados ou alcatrão? O mais preocupante é que mais de 80% do fumo do tabaco é invisível, impedindo que as pessoas tenham uma verdadeira perceção do risco a que estão expostas e, por esse motivo, fiquem mais tolerantes com quem fuma perto de si. O fumo do cigarro pode permanecer no ar muito tempo depois de este ter sido apagado. E muitos dos seus poluentes depositam-se nas paredes, nos tapetes, nas roupas, nos brinquedos, nos móveis e noutros objetos. Como explica o pneumologista José Pedro Boléo Tomé, «os químicos persistem no tempo e podem voltar a ser inalados mais tarde ou até ingeridos pelas crianças, que levam as mãos à boca constantemente. Além disso, reagem com o oxigénio do ar e produzem outros químicos secundários, também tóxicos». Assim, mesmo que não o consiga ver ou cheirar, o fumo está presente, podendo ser inalado durante algumas horas após alguém fumar um cigarro. E de pouco adianta abrir a janela, usar o ar condicionado ou a ventilação, uma vez que estas medidas não são suficientes para eliminar a exposição ao fumo passivo. Apenas as zonas 100% livres de tabaco conferem proteção.
SAÚDE EM RISCO: CONHEÇA AS CONSEQUÊNCIAS Para além de problemas respiratórios, como asma, bronquite ou pneumonia, a exposição ao fumo passivo causa irritação nasal e ocular, dores de cabeça, dores de garganta, tonturas, náuseas e tosse. No entanto, os seus malefícios podem ser bem mais graves. «Há várias décadas que se demonstrou que os riscos de doença cardiovascular e de cancro [designadamente do pulmão] são mais elevados nas pessoas expostas a fumo ambiental, sobretudo as mais frágeis», afirma José Pedro Boléo-Tomé. A par destes, surge também o aumento do risco de complicações ao longo da gravidez. As crianças são particularmente vulneráveis ao fumo ambiental do tabaco. O pneumologista sublinha que «os filhos de fumadores têm maior risco de doença respiratória, de desenvolverem sintomas respiratórios, otites médias e asma». Associado ao fumo passivo está também o aumento do risco de morte súbita do lactente. «Além disso, o risco das crianças de pais fumadores se tornarem elas próprias fumadoras é muito mais elevado», acrescenta o médico. REDUZA A EXPOSIÇÃO AO FUMO PASSIVO Apesar de ainda existir um longo caminho a percorrer, José Pedro Boléo-Tomé considera que os portugueses estão mais conscientes em relação aos malefícios riscos do fumo passivo para a saúde: «há inquéritos populacionais que mostram que a maioria está recetiva a mais restrições no caso do tabaco, mesmo os fumadores». Deixar de fumar é a medida preventiva mais eficaz para diminuir os riscos do fumo ambiental, além de ser o melhor exemplo que pode dar ao seu filho. Porém, é uma das mais difíceis de concretizar. Por essa razão, para o pneumologista, «a principal medida deve ser legislativa e obrigar a restringir ao máximo o consumo de tabaco em todos os espaços fechados e também em espaços mais abertos, mas frequentados por muita gente, como as estações de transportes, parques ou praças públicas», o que já acontece em vários países. As outras estratégias passam pelo aumento do preço do tabaco, pela prevenção da iniciação em todos os grupos de risco, sobretudo adolescentes, e, finalmente, por facilitar o acesso a consultas de cessação tabágica a todos os fumadores. Para além disso, se fuma, não o faça na presença de crianças e jovens, em espaços fechados, nomeadamente em casa ou no automóvel, e não permita às visitas fumarem dentro da sua habitação.
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PATRÍCIA NEVES Nutricionista CLÁUDIA CARMONA Nutricionista
> NUTRIÇÃO HOLON
VIVA COM SAÚDE, DEPOIS DOS 60! Uma alimentação saudável é um investimento que garante um envelhecimento ativo e com independência. Conheça as 10 recomendações do manual “Viver com Saúde Depois dos 60 anos”. A alimentação desempenha um papel central na melhoria da nossa saúde e bem-estar, ajuda a prevenir e a controlar certas doenças e, muito importante, a viver mais anos com qualidade!
LEGUMES VOU COMER PARA BOA FORMA MANTER Inicie sempre o almoço e o jantar com uma sopa rica em hortaliças e legumes. Inclua sempre salada e/ou outros hortícolas no seu
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prato principal. Uma das regras de ouro da alimentação saudável é saber variar entre os diferentes alimentos deste grupo, pois cada um deles tem uma composição nutricional específica. Ao variar vamos aproveitar ao máximo todas essas propriedades. 8 COPOS DE ÁGUA POR DIA, NEM SABE O BEM QUE LHE FAZIA A água é o principal constituinte do nosso corpo e, como tal, deverá ingerir entre 1,5 a 2L ao longo do dia. Um bom modo de monitorizar se está a consumir a quantidade de água adequada, é verificar a cor da sua urina matinal, que deve ter uma tonalidade incolor ou transparente. Água é essencial à vida! DO MIÚDO AO GRAÚDO, O LEITE TEM CONTEÚDO Com o avançar da idade há diminuição da densidade óssea e, ao mesmo tempo, uma diminuição da absorção do cálcio, por isso as necessidades de cálcio aumentam. De forma a atingir as recomendações diárias deve beber cerca de 3 copos de leite (meio-gordo ou magro) por dia, ou outros alimentos equivalentes como o iogurte ou o queijo. PARA COZINHAR UM BOM JANTAR, UM FIO DE AZEITE VAI BASTAR Apesar de todos os benefícios do azeite para a saúde, não nos podemos esquecer que o azeite não deixa de ser uma gordura, e, por isso, é importante moderar o seu consumo. FRUTA DA ÉPOCA À REFEIÇÃO DÁ ENERGIA E BOA CONDIÇÃO Varie e escolha diferentes tipos de fruta ao longo do dia, ao longo da semana e em função da sazonalidade. O SAL É UM INIMIGO QUE NEM TODA A GENTE VÊ O consumo elevado de sal é um dos principais responsáveis pela hipertensão arterial, e por isso, pelas doenças cardiovasculares. A Organização Mundial da Saúde recomenda uma ingestão de sal inferior a 5g por dia (equivale a apenas 1 colher de chá de sal por dia). A utilização de ervas aromáticas variadas (alecrim, cebolinho, coentros, orégãos, hortelã, louro, salsa), especiarias (açafrão, caril, colorau, noz-moscada) e outros condimentos (vinho, limão) ajuda-nos a reduzir a quantidade de sal sem perder o sabor dos alimentos.
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CARNE, PEIXE E OVOS SÃO PARA ALTERNAR. SAUDÁVEL É SABER VARIAR! O segredo está em variar e por isso devemos, nas refeições principais, alternar entre carne, pescado e ovos, sem esquecer que se deve privilegiar o consumo de carnes brancas e pescado, em substituição de carnes “vermelhas”, gorduras e enchidos. O consumo de ovos para pessoas saudáveis é considerado adequado até 1 ovo por dia, desde que integrado num padrão alimentar saudável. UM ESTUFADO BEM APURADO SERÁ SEMPRE UM BOM COZINHADO Como fazer um estufado saudável? 1. Coloque numa panela uma quantidade considerável de cebola, alho, alho francês, tomate, cenoura, pimento ou outros hortícolas a gosto, adicione um pouco de água e deixe cozer em lume brando. 2. Adicione os alimentos que pretende cozinhar (carne/pescado) e acrescente um pouco mais de água. 3. Por fim adicione uma pequena quantidade de azeite (cerca de uma colher de sobremesa por pessoa) e deixe estufar. Não se esqueça de abusar dos hortícolas e das leguminosas nestes pratos! PARA A SAÚDE MELHORAR, AÇÚCAR VOU EVITAR! Os açúcares de que necessitamos estão naturalmente presentes nos alimentos e nos cereais como o pão, arroz, massa, batata, leite e derivados e, também, na fruta. Deve evitar todos os alimentos processados com açúcares adicionados, tais como as bolachas, os biscoitos, os bolos, os cereais de pequeno-almoço, os refrigerantes, os sumos e néctares. Evite também os gelados, chocolates e outras guloseimas. Deixe o consumo destes alimentos apenas para dias festivos e, nestas ocasiões, não se esqueça de aumentar o exercício físico para compensar! FEIJÃO E GRÃO TAMBÉM SÃO UMA OPÇÃO As leguminosas como o feijão e o grão são alimentos proteicos, ricos em hidratos de carbono de absorção lenta e têm uma grande quantidade de fibra, originando assim, um efeito protetor das doenças cardiovasculares e de certos tipos de cancro. Adicionar pequenas quantidades de leguminosas na sopa de legumes é uma excelente forma de recuperar o lugar das leguminosas à mesa. Estas recomendações são gerais, mas pode ser necessário adequá-las às suas necessidades e preferências específicas. Uma alimentação adequada tem o poder de promover a sua saúde e dar mais vida aos anos de vida. Para tal, conte sempre com o apoio do Serviço de Nutrição Holon!
> RECEITA SAUDÁVEL
INGREDIENTES • 2 Colheres de sopa de aveia • 1 Colher de sobremesa de sementes de chia • ½ Papaia • 1 Colher de sobremesa de canela • Gotas de limão (a gosto)
Informação Nutricional (120g) Calorias (kcal) 147/176 | ProteÍnas (g) 4,71/5,65 | Lípidos (g) 4,23/5,08 | Dos quais saturados (g) 0,91/1,19 Hidratos de carbono (g) 23,6/28,3 | Dos quais açúcares (g) 5,82/6,98 | Fibra 6,71/8,05 (g)
Papa de Aveia com Papaia Modo de preparação: 1. Pré-aqueça o forno a 200ºC. 2. Coloque as avelãs e as nozes num tabuleiro forrado com papel vegetal e toste-as no forno durante 5 minutos. 3. Numa taça misture os flocos de aveia, os frutos secos, a canela, o fermento e o sal. 4. Noutra taça junte o leite, o mel, os ovos, a baunilha e o óleo de coco. 5. Coloque metade dos mirtilos a cobrir o fundo de um tabuleiro e sobreponha a mistura de aveia. Cubra com a mistura de leite e com uma espátula pressione bem para que toda a aveia fique ensopada. 6. Polvilhe com os restantes mirtilos e leve ao forno a 180ºC durante 45 a 47 minutos ou até dourar. 7. Retire do forno e sirva quente com iogurte ou fruta.
A PAPAIA A papaia é uma fruta tropical que pode ser consumida crua, natural ou com umas gotas de limão. Pode servir em saladas, em forma de sumo ou como ingrediente de variadíssimas receitas. É muito nutritiva, rica em fibras solúveis, e auxilia na regularização do trânsito intestinal, saciedade e redução do colesterol. É ainda fonte de vitamina C e betacaroteno, o que fortalece o sistema imunitário prevenindo infeções, gripes e constipações.
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> VIVA MAIS
SURFAR OS CÉUS O skysurf é um desporto radical, caracterizado por acrobacias arrojadas. Por isso, verdade seja dita, não é para todos! Está reservado apenas aos paraquedistas que já realizaram mais de 200 saltos tradicionais. > 34
Qual é coisa, qual é ela que mistura o paraquedismo e o surf? Se não sabe, nós dizemos: é o skysurf! Uma modalidade desportiva criada por dois paraquedistas franceses, Jean-Pascal Oron e Dominique Jacquet, em 1986. Contudo, só começou a ganhar popularidade a partir da década de 90. O praticante de skysurf, ou skysurfer é, no fundo, um surfista dos céus, cheio de adrenalina, que realiza manobras radicais numa prancha, presa aos pés. O skysurf é considerado, atualmente, um dos desportos mais arrojados e, por isso, só deve ser praticado por desportistas experientes. EM QUEDA LIVRE Neste desporto, o praticante salta, como referido, com uma prancha especial, que se encontra presa aos pés. Conforme vai descendo, vai realizando uma série de movimentos de rotação, como curvas amplas de 360 graus, loopings e manobras radicais e geométricas. Daí ser uma modalidade que também apresenta algumas características do snowboard, com habilidades apreendidas do paraquedismo freestyle. A descida é vertiginosa, sendo que os atletas dispõem, em prova, apenas de 45 segundos para demonstrar todas as suas capacidades e habilidades artísticas e abrir o paraquedas. O tempo é calculado pela distância percorrida desde o instante do salto, a 4 mil metros, até ao momento em que o paraquedas é aberto, aos 800 metros, por questões de segurança. EM EQUIPA Praticado em queda livre, o skysurf é uma modalidade sensacional, não só para quem pratica como para quem vê, dada a espetacularidade e a criatividade das manobras. É um desporto de equipa, visto que os praticantes organizam-se em duplas, que são constituídas pelo skysurfer e o cameraflyer. Ambos saltam do avião à altura obrigatória (4 mil metros) e, enquanto caem livremente, realizam as acrobacias aéreas. Deste modo, também o cameraflyer contribui com as suas habilidades de voo para o “espetáculo”. Cabe ainda ao cameraflyer gravar em vídeo a prova do skysurfer, através de uma câmara de vídeo anexada ao seu capacete. Em momentos de competição, a interação entre estes dois
elementos em conjunto com a sintonia de movimentos vale pontos extra, que podem fazer toda a diferença no momento de decidir o vencedor. As manobras e as acrobacias são avaliadas por um conjunto de juízes que se encontram no solo. Em queda livre, o skysurfer e o cameraflyer devem demonstrar todas as suas capacidades na realização de manobras, que chegam a ultrapassar a barreira dos 300 km/hora. A EXPERIÊNCIA Atenção! Nem todos podem praticar skysurf. Este desporto radical obriga a muita autonomia e experiência, por isso, se quer iniciar-se nestas aventuras, deve começar primeiro pelo paraquedismo, pois surfar os céus é uma atividade reservada apenas aos paraquedistas com mais de 200 saltos tradicionais.
MATERIAL NECESSÁRIO PARA A PRÁTICA DE SKYSURF - Arnês com sistema de abertura BOC (Bottom Of Container), ou sistema “Pull Out”; - Sistema de abertura automática ou cibernética; - Capacete rígido: - Altímetro visual; - Altímetro sonoro; - Faca (pode ser necessária na eventualidade de precisar de cortar as cordas do paraquedas); - Prancha (deve ter uma superfície lisa para evitar que fique presa ou que colida com outros objetos. O seu rebordo deve ser feito em borracha, de forma a impedir que se estrague à saída do avião e também para oferecer uma proteção extra no caso de colisão. A largura máxima recomendada de uma prancha é de 11 polegadas. Quanto mais leve a prancha for, mas fácil se torna o seu domínio e manuseamento; - Fato de salto; - Calçado apropriado, luvas e óculos.
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ANA PACHECO Farmacêutica
> DERMOFARMÁCIA HOLON
MANTENHA O SEU CABELO SEMPRE SAUDÁVEL! No Serviço de Dermofarmácia Holon, com recurso a um equipamento próprio, é possível selecionar os produtos mais adequados para o seu tipo de cabelo e couro cabeludo. Quando falamos em saúde capilar, falamos sobre o cabelo e o couro cabeludo. Mas, afinal, o que é o nosso cabelo? O cabelo é constituído por queratina (uma substância proteica), água, pigmentos e lípidos. Divide-se em duas partes: a haste – responsável pelo brilho e pela flexibilidade – e a raiz – que se encontra dentro da nossa cabeça. O cabelo tem uma vida cíclica, pois cresce, cai e renova-se, atravessando três fases: 1) anagénica, que é a fase de crescimento capilar; 2) catagénica, que é a fase de repouso e 3) telogénica, que é a fase da queda. Uma pessoa saudável tem cerca de 120 mil a 150 mil cabelos, e perde cerca de 100 por dia. Esta queda passa despercebida pois a maioria do cabelo está em crescimento, o que lhe confere uma certa densidade. Existem inúmeros fatores que afetam a saúde capilar ao longo da nossa vida, nomeadamente as condições climatéricas e ambientais:
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o calor, a exposição ao sol e ao mar deixam o nosso cabelo muito seco, sendo necessária uma proteção e hidratação adicionais. Também os fatores mecânicos e químicos podem condicionar o estado do nosso cabelo. Fricções repetidas, escovagens agressivas, permanentes, descolorações, champôs demasiado agressivos, são ações que podem danificá-lo. A escolha de produtos adequados e suaves é, assim, basilar para evitar inúmeras patologias como a alopécia (queda), caspa ou dermatite. Fatores fisiológicos como a idade, a gravidez e alterações hormonais também influenciam a sua vitalidade. Por último, mas sobremaneira importante, encontra-se a alimentação! O aporte nutricional é fundamental para mantermos o nosso cabelo forte e saudável. No Serviço de Dermofarmácia Holon ajudamos a manter o seu cabelo sempre saudável. Fale connosco!
REVISTA FARMÁCIA E DISTRIBUIÇÃO
> ENTREVISTA ESPECIAL
FERNANDA FREITAS «EM MIÚDA, QUERIA SER FARMACÊUTICA!» Além da cor - que adora! - Fernanda Freitas confessa que a quantidade de serviços que as Farmácias Holon oferecem, num mesmo local, é ótimo para rentabilizar o seu tempo. Revista H (H) – A MAIORIA DOS PORTUGUESES CONHECE-A DA TELEVISÃO. COLABOROU E COORDENOU PROGRAMAS COMO “CAUSAS COMUNS”, “MAIS EUROPA”, “MUDAR DE VIDA”, “SOCIEDADE CIVIL”… CONSIDERA-SE UMA PESSOA E UMA PROFISSIONAL DE CAUSAS? FERNANDA FREITAS (FF) - Uma pessoa de causas, sim. E acho que isso acabou por definir a minha carreira profissional. A certa
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altura decidi que, na minha carreira, tinha de fazer algo que me completasse e realizasse – não bastava acordar e ir ganhar um ordenado. Tinha de fazer sentido, de um ponto de vista holístico. E fez, sobretudo depois de integrar a RTP2 e iniciar um trabalho diário com instituições da sociedade civil, instituições essas sem as quais a nossa sociedade teria mais desafios do ponto de vista social. Mas antes da Fernanda profissional, já havia a Fernanda
voluntária, mãe, irmã… uma pessoa que não consegue virar a cara a uma injustiça. H – HOJE, A SUA CARREIRA PROFISSIONAL PASSA POR PROJETOS LONGE DO PEQUENO ECRÃ. QUE PROJETOS SÃO ESSES? FF - É curioso – há quem diga “ah então agora não estás a fazer nada….!” Pois bem: nunca trabalhei tanto na minha vida!! Decidi abrir uma empresa que hoje emprega 12 pessoas. É um desafio constante saber que há 12 famílias que, de alguma forma, dependem do nosso empenho e dedicação. Não tem sido fácil, mas são 5 anos de muitas experiências e que, hoje em dia, me ajudam como mentora e formadora nas áreas do empreendedorismo e do empreendedorismo social em particular. Continuo a dar aulas em Coimbra, a moderar conferências e agora presido a uma Associação de voluntariado. H – É PRESIDENTE E CO-FUNDADORA DA ASSOCIAÇÃO NUVEM VITÓRIA. PODE FALAR-NOS UM POUCO SOBRE A MESMA? FF – A Associação Nuvem Vitória nasceu em 2016 e tem como missão principal contribuir para melhorar o sono das crianças, nomeadamente em hospitais, através de equipas de voluntariado que, todas as noites, vão contar histórias de embalar às pediatrias. Para já, trabalhamos no Hospital de Santa Maria em Lisboa, no Hospital de São João no Porto e Hospital de Vila Franca de Xira – com um total de 210 voluntários; já lemos mais de 12 mil histórias em mais de 6.900 horas de voluntariado. Estamos em fase de expansão para o Centro Hospitalar de Alcoitão, em Cascais, no último semestre de 2018 e com mais hospitais previstos para 2019. H – O VOLUNTARIADO É UMA PARTE IMPORTANTE DA SUA VIDA? FF – Sem dúvida. Desde sempre senti que devia devolver à sociedade o tanto que a sociedade nos dá, nomeadamente através do voluntariado. Comecei a ir a hospitais integrando projetos de voluntariado de leitura há cerca de 15 anos; também sou “voluntária de competências” – ou seja, dou o meu tempo e o meu saber a algumas instituições que necessitam, por exemplo, de uma apresentadora para um evento. Não sei imaginar a minha vida sem esta componente, sobretudo agora com a Nuvem Vitória. H – EM 2013, RECEBEU A ORDEM DE MÉRITO CIVIL. QUE IMPORTÂNCIA CONFERE A ESSE GALARDÃO? FF - Obviamente que é um motivo de orgulho ver o meu trabalho e a minha ação na sociedade reconhecida a esse nível. Mas confesso que não estava à espera! Acho que não fiz nada de mais para merecer.
H – É UMA PESSOA PREOCUPADA COM A SAÚDE? TENTA TER UM ESTILO DE VIDA SAUDÁVEL? FF - A cada ano que passa preocupo-me mais. Tento ter uma alimentação saudável (não como fritos, nem sal e não ingiro carnes há mais de 20 anos) e praticar um estilo de vida mais ligado à atividade física: já fui muito ativa – pratiquei karaté em miúda mas desde que sofri um acidente de automóvel, estagnei. Agora estou a regressar ao ginásio e à piscina aos poucos, mas sempre acompanhada de uma PT e de fisioterapia. H – QUAL A SUA “RELAÇÃO” COM A FARMÁCIA E COM OS FARMACÊUTICOS? FF - Adoro. Em miúda queria ser farmacêutica porque adorava a farmacêutica onde a minha avó “aviava” as receitas. A arrumação dos medicamentos, a proximidade e o acompanhamento praticamente diário que um/a farmacêutico/a tem junto da sua comunidade já era incrível. Agora é ainda melhor! H – CONHECE AS FARMÁCIAS HOLON? QUAL A SUA OPINIÃO SOBRE AS MESMAS? FF - Conheço. Para já apostam numa cor que eu ADORO. Depois a quantidade de serviços que oferecem no mesmo local! É ótimo para rentabilizar o meu tempo. Desde o checkup básico (glicemia, colesterol), tenho sempre um aconselhamento acerca de suplementos alimentares ou até um protetor solar, por exemplo. A equipa é super profissional e ultra simpática. É bom confiar! H – SE PUDESSE, O QUE É QUE ESTAVA SEMPRE A FAZER? FF - Voluntariado. H – O QUE É QUE A MOVE E MOTIVA? FF - Acreditar que é sempre possível fazer melhor.
FERNANDA FREITAS Idade: 46 anos Naturalidade: Porto Filme: Quase todos os franceses Música: Impossível escolher – depende do dia, da hora, do momento! Por norma Jazz e Blues; mas também preciso de ópera, fado e de boleros! Viagem: A próxima!! Sempre! Comida preferida: A que eu cozinho. Portuguesa de preferência!
> AO SERVIÇO DA COMUNIDADE
ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE APOIO À MULHER COM CANCRO DA MAMA
CUIDADOS DE MEDICINA PREVENTIVA, CURATIVA E DE REABILITAÇÃO Em oncologia, a deteção antecipada é, muitas vezes, sinónimo de uma vida poupada. Por isso, a Associação Portuguesa de Apoio à Mulher com Cancro da Mama (APAMCM) dedica-se ao diagnóstico precoce em oncologia, em especial na mulher.
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O cancro é uma das doenças mais devastadoras da atualidade, não só ao nível físico, como ao nível psicológico. Afeta o doente, mas também a sua família e amigos. Daí que todo o apoio seja fundamental. É neste contexto que surge, em 1999, a Associação Portuguesa de Apoio à Mulher com Cancro da Mama (APAMCM), dedicando-se ao diagnóstico precoce em oncologia, em especial na mulher. De acordo com site da instituição, a sua missão é prestar cuidados de medicina preventiva, curativa e de reabilitação a utentes com doença oncológica, nomeadamente mamária e ginecológica, com o intuito de melhorar a sua qualidade de vida. UMA CLÍNICA A APAMCM possui, para este efeito, uma clínica constituída por profissionais que se regem pelos valores de responsabilidade social, excelência, inovação, persistência, ética e enfoque no doente. A associação também tem salvaguardadas as situações onde se verifica a necessidade de internamento cirúrgico ou a utilização
PILATES CLÍNICO E TERAPIA SACRO CRANIANA Na APAMCM, pode praticar pilates clínico, que se baseia no pilates tradicional mas proporciona melhor postura, maior capacidade respiratória e cardiovascular, diminui os níveis de stress e de tensões musculares e aumenta a densidade óssea, prevenindo a osteoporose. Os benefícios desta atividade não ficam por aqui, já que promove a flexibilidade, a resistência e a força muscular, o equilíbrio, a coordenação motora e a concentração. É ainda disponibilizada a terapia sacro craniana, que utiliza um tratamento manual muito suave, que avalia e aperfeiçoa a função do sistema sacro craniano, o qual inclui as meninges e o líquido cefalorraquidiano que envolvem e protegem o cérebro e a espinal medula, no sistema nervoso central (SNC). Esta terapia é indicada, no geral, para toda a população, de qualquer faixa etária.
CONSULTAS NA APAMCM Na Associação Portuguesa de Apoio à Mulher com Cancro da Mama pode encontrar as seguintes consultas: - Rastreio Mamário e Ginecológico - Adolescente/ Planeamento Familiar/ Rastreio Ginecológico - Ginecologia - Patologia vulvar - Dermatologia - Fisiatria - Mesoterapia clínica Para além disso, é disponibilizado um serviço de medicina física e de reabilitação, com especial atenção a: - Reabilitação pós-cirurgia ao cancro da mama e de outras cirurgias; - Prevenção e tratamento do linfedema; - Reabilitação Status pós acidente vascular cerebral (AVC); - Tratamento de doenças reumatológicas; - Tratamento pós fraturas e traumatismos; - Tratamento de contraturas musculares, articulares e tendinites; - Fisioterapia no desporto; - Fisioterapia respiratória; - Fisioterapia pediátrica e ginástica pré e pós-parto.
de outras especialidades médicas que não existem na clínica. Através do estabelecimento de protocolos, os utentes são encaminhados para uma unidade hospitalar. “SEMPRE MULHER” No cancro, a prevenção é fundamental e pode mesmo fazer a diferença entre a vida e a morte. Neste sentido, a APAMCM tem-se dedicado ao desenvolvimento de ações de sensibilização e educação, no âmbito da prevenção do cancro da mama e da reabilitação pós-cirúrgica. Mas não só. A associação tem, igualmente, promovido o ensino do autoexame da mama, fatores de risco e sinais de alerta. Provavelmente, uma das atividades associadas à APAMCM mais conhecidas é a Corrida “Sempre Mulher”. Organizada desde 2006, pela Sports High Performance, os fundos angariados revertem a favor da APAMCM. No fundo, trata-se de uma caminhada/corrida de lazer, destinada a mulheres, homens e crianças; e de uma corrida de competição, exclusiva a mulheres, que tem como embaixador da Luta contra o Cancro da Mama o cantor Tony Carreira. A próxima Corrida “Sempre Mulher” realiza-se já no dia 28 de outubro, no Parque das Nações, em Lisboa. Quem quiser ser associado desta instituição, poderá fazê-lo através do seu site (www.apamcm.org).
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> MONTRA EM DESTAQUE Spidifen Sabe que há uma solução para aliviar as dores mais depressa? Spidifen EF contém ibuprofeno e arginina. A argina, um aminoácido que faz parte das proteínas e acelera , acelera a absorção do ibuprofeno que é um analgésico (combate a dor). Com a arginina o Ibuprofeno é absorvido 3 vezes mais rápido! Por isso… …Spidifen EF atua mais depressa! Spidifen EF está indicado em: dor de cabeça, dor de dentes, dor de costas, dores musculares, dores menstruais e gripes e constipações. Spidifen EF, 1 comprimido até três vezes por dia. Spidifen EF é mais rápido no alívio da dor!! O Spidifen EF, 400 mg comprimido revestido por película, é um medicamento não sujeito a receita médica de venda exclusiva em farmácia. Leia atentamente a informação constante da embalagem e do folheto informativo. Em caso de dúvida, agravamento ou persistência dos sintomas consulte o seu médico ou farmacêutico. Cada comprimido revestido por película contém 738 mg de arginato de Ibuprofeno, equivalentes a 400 mg de Ibuprofeno, como substância ativa. Excipiente(s) com efeito conhecido: Sacarose – 16,7 mg; Sódio – 82,7 mg (sob a forma de bicarbonato de sódio). Está indicado para adultos, no tratamento sintomático de dores de intensidade ligeira a moderada (dor reumática e muscular), dores nas costas, nevralgia, enxaqueca, dor de cabeça, dor de dentes, dismenorreia, febre e sintomas de constipação e gripe. Está contraindicado nos casos de hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes; História de reações de hipersensibilidade (p. ex. broncospasmo, asma, rinite, angioedema ou urticária) como resposta à administração de ácido acetilsalicílico ou outros AINEs; História de hemorragia gastrointestinal ou perfuração, relacionada com terapêutica anterior com AINEs; Úlcera péptica/hemorragia ativa ou história de úlcera péptica/hemorragia recorrente (dois ou mais episódios distintos de ulceração ou hemorragia comprovada); Doentes com diátese hemorrágica ou outros transtornos da coagulação; Outros transtornos hemorrágicos ativos como hemorragia cerebrovascular ou outra hemorragia ativa; Doença inflamatória intestinal (colite ulcerosa, doença de Crohn); Insuficiência cardíaca grave; Insuficiência hepática; Insuficiência renal; Gravidez e/ou amamentação; Doença arterial periférica e/ou doença cerebrovascular; Distúrbio congénito do metabolismo da porfirina (por ex. porfiria intermitente aguda); Alcoolismo crónico (14-20 bebidas/semana ou mais); Doentes com problemas na produção de células sanguíneas de causa desconhecida. Precauções: Não deve ser dispensado nas seguintes situações, exceto por indicação médica: Lúpus Eritematoso Sistémico (LES) ou outras doenças auto-imunes; Hipertensão arterial não
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controlada, doença isquémica cardíaca estabelecida; Desidratação significativa (causada por vómitos, diarreia ou ingestão insuficiente de líquidos); Os efeitos indesejáveis podem ser minimizados utilizando a menor dose eficaz durante o menor período de tempo necessário para controlar os sintomas. Ter atenção no caso de antecedentes de doença inflamatória intestinal (colite ulcerosa, doença de Crohn) e de insuficiência hepática ou renal. Deve informar o seu médico ou farmacêutico sobre a ocorrência de sintomas abdominais e de he
AQUAPHOR POMADA REPARADORA Aquaphor Pomada Reparadora tem uma fórmula suave e não irritante que protege eficazmente a pele irritada e agredida. Cria uma barreira protectora, como uma “segunda pele” que promove a regeneração da pele, acelerando o seu processo de cicatrização. Sem perfume e sem conservantes, é a fórmula ideal para restabelecer o equilíbrio de uma pele saudável. Clinicamente comprovado que acelera o processo de regeneração da pele. ZOVIDUO Impede o aparecimento da ferida do Herpes Labial Sabe aquele formigueiro que sente antes do herpes labial aparecer? Aos primeiros sintomas de herpes labial, atue com Zoviduo! Com a sua fórmula de dupla ação atua sobre o vírus, reduz a inflamação e impede o aparecimento da ferida. Zoviduo atua rápido no tratamento do herpes labial*. *Quando utilizado aos primeiros sintomas. Zoviduo 50 mg/g + 10 mg/g creme, Medicamento não sujeito a receita médica. Tratamento dos sinais e sintomas iniciais do herpes labial recorrente. Precauções especiais de utilização: apenas para uso cutâneo no herpes labial nos lábios e rosto. Não aplicar nas membranas mucosas (olho, interior da boca, nariz ou órgãos genitais); não utilizar com pensos oclusivos, como emplastros ou pensos/emplastros específicos para o herpes labial; evitar utilização contínua (>5 dias); contém álcool cetoestearílico e propilenoglicol (podem causar irritação cutânea e reacções cutâneas locais). Leia cuidadosamente as informações incluídas no folheto informativo e em caso de dúvida ou persistência dos sintomas consulte o seu médico ou farmacêutico. CHPT/CHZOD/0003/17a
> MONTRA EM DESTAQUE PINOX AZUL Pinox Azul Ampolas ajuda a aumentar a libido, o desejo e a satisfação sexual masculina. Com uma combinação de ingredientes naturais: Aspartato de arginina, Ginseng, Maca, Tribulus, Ginkgo, Zinco, Vitamina E, Vitamina B3 e Selénio. Pinox Azul Ampolas contribui para o equilíbrio do desejo sexual, melhora a circulação sanguínea, revitaliza e promove a regulação hormonal, e é fácil de tomar. Este produto deve ser consumido no âmbito de um regime alimentar variado e equilibrado e de um modo de vida saudável. Os suplementos alimentares não devem ser utilizados como substitutos de um regime alimentar variado. GIDE Farma – Produtos Farmacêuticos, Lda., Rua Casal do Canas, 6, 2790-204 Carnaxide. DMKG PRO 22/18 Fev. 18
COREGA Acha que a sua prótese está realmente limpa? Desinfetar a prótese diariamente é importante, contudo uma pasta de dentes regular não é adequada. Corega combina 4 agentes activos que eliminam 10x mais bactérias que causam o mau hálito do que uma pasta de dentes regular. Por isso recomendamos o uso diário de Corega Prótese limpa e fresca todos os dias! LIPIKAR AP+ Comichão, noites mal dormidas, qualidade de vida e sono perturbado? O seu filho* pode sofrer de pele com tendência a atópica. O eczema atópico é uma doença crónica e inflamatória que origina sintomas insuportáveis provocando inflamações ou feridas na pele. Lipikar AP+ é a gama de tratamento e higiene dos Laboratórios La Roche-Posay que apazigua a pele de imediato, espaçando as crises cutâneas de secura severa.
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PEDRO PAIVA Especialista em Comportamento Animal
> SAÚDE ANIMAL
Pet B Havior
Mais do que ter, compreender.
OS CÃES E AS CRIANÇAS Os animais transmitem conhecimentos básicos sobre o crescimento, a saúde, a higiene, a alimentação, a reprodução, a vida e a morte. O cão é um animal de companhia com estatuto de elemento familiar que, desde cedo, melhora o controlo de condutas emocionais, sociais e cognitivas e aumenta o bem-estar psicológico e físico da criança. QUE BENIFICIOS PODEM EXISTIR NA INTERAÇÃO Os benefícios da companhia de um cão numa criança são imensos: aumenta a sua autoestima e a sua capacidade de concentração, reduz o stress (acariciar um animal diminui a pressão sanguínea, deixando um sentimento de tranquilidade), promove o contacto físico, desenvolve a capacidade de regular as emoções favorecendo a demonstração de afetos e a capacidade de expressar sentimentos e transmite ensinamentos como o respeito e a aceitação do outro. RISCOS ASSOCIADOS Se o relacionamento entre ambos for salutar, o cão pode ser visto como uma figura que colabora na educação da criança. Antes de tomar este passo de permitir que o seu filho, por exemplo, estabeleça uma relação com o seu parceiro de aventuras, é muito importante estar consciente da forma natural de relacionamento entre
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crianças e cães, para assim poder tomar as medidas necessárias e evitar situações de risco. Por exemplo: • para uma criança pequena, com 2-3 anos de idade, empurrar, agarrar e atingir um cão com objetos é a forma natural de se relacionar com ele; • Um cachorro com 1-4 meses de idade tende em perseguir qualquer coisa que se mexa e a forma que tem de brincar é morder, fazendo-o sem consciência da sua força; • Uma criança com 3-4 anos tende a acariciar os cães, sem noção do controlo da força com que o faz; • Os cachorros entre os 4-6 meses jogam a morder e a rasgar; • As crianças entre os 5-6 anos, geralmente, gostam de abraçar, torcer e manusear os cães. Embora os benefícios obtidos nas relações entre crianças e cães sejam inúmeros, existem riscos que é necessário prevenir. O cão transmite sempre às crianças que as ações provocam reações. O animal reage ao carinho, abana o rabo, salta e afasta-se se for maltratado. Cuidar da limpeza, do seu habitat, da sua alimentação, dividir o lanche e medicá-lo favorece o vínculo afetivo e ajuda a lidar com os mais diversos sentimentos, da alegria à frustração.
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