Revista H#10

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Índice

EDItOrial

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Editorial

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Atualidade

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Regresso

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Voltamos à vida ativa. O verão terminou e o tema é

Opinião A farmácia tem de se reinventar sem perder a sua verdadeira essência O que Dizem os Especialistas Tabagismo na adolescência: Atuar na prevenção, dando o exemplo

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sempre recorrente: como voltar às rotinas e deixar para trás a praia, o campo e as noites longas? Os

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adultos voltam aos seus empregos e as crianças às suas escolas. Nesta edição da revista H abordamos

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a pediculose, nome difícil para a muito conhecida infestação de piolhos. É com o contacto próximo que estes pequenos parasitas se propagam saltando de

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cabelo em cabelo e de cabeça em cabeça. Noutro âmbito, damos a conhecer a Crescer Bem, uma associação de solidariedade, que se dedica a ajudar crianças desfavorecidas a quem temos o prazer de

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Em Foco Pediculose: Xeque-mate aos piolhos Um Dia Todas Serão Assim 14 Serviço de Cessação Tabágica 15 Calendário & Ações Farmácias 16 Farmácia Vale de Figueira Cuidamos de Si 17 Diabetes na criança 20 Cuidados de pele na grávida H Júnior 25 Diverte-te 26 Trocado em Miúdos

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Dentro & Fora de Casa Pinta o desenho

Bebé e Mamã Ida para a escola: O “fantasma” das doenças escolares Dia a Dia Animais: Os melhores amigos das crianças Cuide Aqui da sua Saúde Filtros Vitais Viva Mais 40 Alimentos funcionais 42 Natação: Desporto ideal para toda a família 44 Receita saudável

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NOVIDADES

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Saúde Digital

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Atuar Crescer bem com a CrescerBem Breves

nos associar com o apoio dado pela linha de produtos HOLONBABY. Com alegria e esperança oferecemos

Edição: Hollyfar – Marcas e Comunicação, Lda. – Rua Aquiles

a estas crianças produtos de elevada qualidade e

Machado, nº 5F 1900-077 Lisboa

segurança.

Coordenador Editorial: Joana Bagagem (Holon) e Inês Marujo

Finalmente, destacamos a opinião da nossa colega

Pinto, Ana Paula Rachid, Carmen Silva, Catarina Neves, Constança

Dra. Constança Vaz que nos sugere e relembra que

• Fotografia: David Oitavem

a Farmácia tem de se reinventar sem perder a sua

Publicação bimestral • E-mail: revistah@grupo-holon.pt •

(Hollyfar) • Colaboram nesta edição: Ana Albernaz, Ana Luísa Vaz, Luzia Vieira, Margarida Esteves, Maria Faustino, Patrícia Neves

Tiragem deste número: 15.000 exemplares • Os artigos

verdadeira essência. Nesta nova Farmácia o cliente

assinados apenas veiculam a posição dos seus autores.

é um elemento central e responsável que deverá ser

Layout: Series – Comunicação e Design, Lda. – Rua Rodrigues Sampaio, 31, 1º Dto. 1150-278 Lisboa; Site: www.series.

ajudado nas suas escolhas em prol de uma melhor

com.pt • United Creative – Estrada da Luz nº 90, 10ºH 1600-160 Lisboa; Site: www.unitedcreative.com • Paginação: Helena

qualidade de vida.

José Pedro Freitas Pinto

Diretor: José Pedro Freitas Pinto • Propriedade: Holon –

Freitas • Execução Gráfica: Finepaper – Rua do Crucifixo,

Comunicação Global, Unipessoal, Lda. • Capital Social: 5.000,00

86, 3º Dto. 1100-184 Lisboa; E-mail: info@finepaper.pt •

euros • Órgãos Sociais: Pedro Miguel Domingues Pires e Nuno

Impressão e Acabamento: Lidergraf Sustainable Printing

Alexandre Antunes Machado (gerentes) • NIPC: 508025621 •

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Telefone: 219 666 100; E-mail: geral@grupo-holon.pt

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Diretor 3


atualidade

RESPIRA cria manual de apoio

Atividade física intensa

a doentes com DPOC A pensar nas dificuldades que as pessoas com Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) e outras Doenças Respiratórias Crónicas sentem na utilização dos diversos dispositivos, a RESPIRA elaborou a brochura “Inaladores: Utilize corretamente”. Um manual que explica o que são os inaladores respiratórios, técnicas de inalação, manutenção e higiene dos dispositivos inaladores. «Os inaladores são dispositivos utilizados no tratamento de doenças respiratórias, sobretudo na DPOC, normalmente conhecidos por “bombas”. Existem vários modelos, divididos em três grandes grupos, nomeadamente de spray, nuvem e pó seco», explica Luísa Soares Branco, da Direção da RESPIRA, em comunicado. A responsável acrescenta ainda que a brochura foi desenvolvida «pois a técnica inalatória é fundamental para a eficácia do tratamento. Percebemos que muitos dos doentes inalam diretamente sem fazer uma expiração prévia, o que condiciona a inspiração do medicamento e, por conseguinte, a sua eficácia».

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previne obesidade infantil

Hábitos alimentares e prática de atividade física: conceitos inseparáveis De acordo com a análise científica “Sedentarismo, vida ativa e desporto: impacto sobre a saúde e prevenção da obesidade”, na maioria das situações a obesidade é causada por um pequeno e contínuo balanço positivo de energia armazenada no nosso corpo como gordura, que excede a energia consumida. Para contrariar esta situação, devemos entender os hábitos alimentares e de atividade física como dois conceitos inseparáveis que têm a mesma finalidade: ajudar-nos a manter um estilo de vida saudável e o balanço energético adequado. Outras investigações focaram o papel do balanço energético no combate e prevenção da obesidade. O artigo “Balanço energético e obesidade”, publicado na revista científica Circulation destacou como a restrição alimentar por si só não é eficaz quando se pretende reduzir o excesso de peso e obesidade, porque a fisiologia humana está preparada para um elevado nível de consumo e de gasto de energia ao mesmo tempo. Para o professor de Pediatria e Medicina do Campus de Medicina da Universidade de Colorado e coautor da investigação, James O. Hill, devemos mudar a mensagem de «comer menos e mover-se mais» para «mover-se mais e comer melhor». Assim, os fatores que influenciam o aumento de excesso de peso e obesidade não podem ser analisados isoladamente mas sim como um todo e através de uma abordagem abrangente, que concentre esforços na promoção da atividade física e redução do consumo excessivo de calorias. Neste sentido, todos os alimentos e bebidas devem fazer parte da dieta se mantivermos uma alimentação variada e equilibrada.

Um estudo, desenvolvido pelo Laboratório de Exercício e Saúde da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa, revelou que para reduzir o índice de massa gorda nas crianças é necessário incluir a prática de atividade física intensa. A avaliação, realizada com acelerómetros em 175 raparigas e 168 rapazes, entre os 10 e os 12 anos, teve como objetivo determinar as associações entre a dose de dispêndio energético de intensidade moderada versus intensidade elevada e a obesidade total e abdominal infantil. Os responsáveis pelo estudo verificaram que estes indicadores de obesidade estavam somente associados com a atividade física de intensidade elevada. As diretrizes da prática da atividade física defendem que as crianças devem praticar pelo menos 60 minutos de atividade moderada por dia e que as intensidades elevadas devem ser incorporadas pelo menos 3 vezes por semana. Embora ainda não esteja clarificado o contributo da intensidade da atividade física, este estudo vem chamar a atenção para a importância da intensidade elevada com a finalidade das crianças terem um perfil mais saudável de composição corporal. A investigação foi apresentada no 10th International Symposium on Body Composition que se realizou em Portugal entre os dias 11 e 14 de junho.

Nova linha de apoio para cuidadores de pessoas com demência A Associação Alzheimer Portugal criou uma nova linha de apoio para cuidadores de pessoas com demência, assim como para todos aqueles que queiram obter mais informações. O projeto consiste na disponibilização de um serviço de atendimento telefónico, inexistente até à data em Portugal, que visa dar resposta à necessidade de esclarecimentos a pessoas com demência, cuidadores formais e informais, mas também à sociedade em geral, noticia o portal “Sapo Saúde”. Trata-se de um serviço de âmbito nacional, que procura dar uma resposta aos pedidos de informação de todos os que contactem a associação. A linha telefónica (213 610 465) funciona todos os dias úteis, das 10:00 às 13:00 e das 14:00 às 17:00. Estima-se que, em Portugal, sejam mais de 160 mil os casos de pessoas com demência.



OPINIÃO

A farmácia tem de se reinventar sem perder a sua verdadeira essência A dignificação da farmácia nos anos oitenta, e a própria evolução do conceito de “farmácia”, ficou a dever-se em grande parte à capacidade de organização dos farmacêuticos. A informatização e organização em rede, a reestruturação do espaço da farmácia, a especialização e qualificação do quadro de pessoal, alargando o leque de farmacêuticos e apostando na sua formação, a dinamização de ações de promoção da saúde a nível nacional e o próprio conceito alargado de utente foram marcos dessa mudança.

Constança Vaz Diretora técnica da Farmácia Almeida Vaz (Lisboa)

As súbitas alterações legislativas como a venda de alguns medicamentos fora do espaço farmácia, o abaixamento abrupto dos preços e margens, e a alteração da propriedade apanharam as farmácias desprevenidas e sem capacidade efetiva de influenciar uma resposta que impedisse a queda do setor. Os farmacêuticos/farmácias não acompanharam a nova lógica empresarial. A situação de desespero fez sobressair alguns aspetos individualistas e, por vezes, de concorrência meramente comercial como a prática indiscriminada de descontos. Algumas farmácias sucumbiram. A farmácia, como ponto de saúde privilegiado e respeitado junto da população, ficou assim em risco de se perder. Tornou-se necessário criar uma nova forma de encarar a farmácia e o serviço farmacêutico que permita sair da crise sem perder a verdadeira essência da atividade. A farmácia, como pequena empresa que é, tem de ser gerida com profissionalismo. A grande carga administrativa tolhe por completo o farmacêutico, impedindo-o de exercer a sua verdadeira vocação: a prática farmacêutica para a qual se formou. A farmácia deveria funcionar de forma integrada, com outros serviços de saúde e com a comunidade, dando resposta às necessidades dos seus clientes de forma integrada e eficaz, atuando na prevenção da doença e na adoção responsável de projetos de vida mais saudáveis. Através da criação de uma lógica de grupo poderá

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ganhar uma outra dimensão que lhe permita obter capacidade negocial e de organização, criar um conceito próprio que se materializa em aspetos físicos comuns relativos ao espaço e, principalmente, focar-se no cliente - o elemento central da sua ação. Fornecendo proativamente respostas de saúde, com serviços associados que, satisfazendo o cliente, contribuam para a diminuição dos custos quer sociais quer financeiros, resultantes de doença não controlada. Esta resposta integrada, responsável, profissional, que permite oferecer um serviço reconhecido pelo cliente e que o acompanha nas suas opções de saúde, reconheci-a nas Farmácias Holon. Cada um assumirá as suas responsabilidades nas opções de vida que faz. Tudo o que fazemos tem consequências. O cliente, como elemento central e responsável, pode contar com a farmácia para o esclarecer e acompanhar nas suas escolhas em prol de uma melhor qualidade de vida. O esforço da farmácia no acompanhamento do doente, em sintonia e partilha com os outros profissionais de saúde, traduzir-se-á em melhoria dos índices de saúde e, consequentemente, na racionalização dos custos, objetivos coincidentes com os definidos pelo Governo. A evidência do trabalho desenvolvido e a demonstração dos resultados deverá ser o fator de avaliação e remuneração das farmácias. Queremos fazer parte da mudança e estamos preparados para o assumir pela dignidade da Farmácia, pelo respeito pela vida dos nossos clientes e pelo País. A farmácia tem de se reinventar sem perder a sua verdadeira essência.


Tabagismo na adolescência Atuar na prevenção, dando o exemplo O QUE DIZEM OS ESPECIALISTAS

Muitas vezes é na adolescência que se tem o primeiro contacto com o tabaco, que pode dar origem a uma dependência para toda a vida. Apesar de ser importante a divulgação de informação acerca dos malefícios do cigarro, Tatiana Santos, Psicóloga Clínica e da Saúde, alerta que mais importante é «o exemplo que se dá em casa». H - O que leva os jovens a experimentar o tabaco e a começar a fumar? Tatiana Santos - Uma das razões que leva os jovens a fumar, apesar das advertências familiares, é designada pelos médicos por “tabagismo dos pais”. A inalação de fumo de tabaco durante a infância faz da criança uma fumadora passiva com alguma dependência de nicotina. Crescendo, poderá haver uma procura da satisfação dessa necessidade. Para além disso, apesar destas famílias instruírem sobre os riscos do tabaco, o exemplo que dão não impacta nesse sentido. A criança começa a sua aprendizagem de forma vicariante – através da observação do comportamento do outro e suas consequências. Não havendo consequências visíveis e tendo familiares a fumar por perto, a imitação do comportamento será no sentido de fumar também. Quando entra noutro tipo de ensino e tem contacto com crianças mais velhas, começa aqui o desejo de identificação com os pares, rasgando então os padrões anteriores para começar a trilhar o seu caminho. No entanto, até que o seu caminho seja trilhado, a imitação continua – não em relação aos pais, mas em relação aos colegas “fixes”, “cool” e populares da escola. Este desejo de reconhecimento e afirmação leva muitos jovens não só a fumar como à experimentação de outras substâncias. Depois, ainda temos o consumo de tabaco separado por géneros. As raparigas muitas vezes fumam usando o cigarro como coadjuvante da dieta. Fumam para comer menos. Já no caso dos rapazes, estes normalmente fumam porque o pai ou os amigos fumam.

H - Apesar de, hoje em dia, a moda e o marketing das marcas refletir mais estilos de vida saudáveis, que influência têm? TS - Uma marca forte pode influenciar uma quantidade significativa de pessoas tanto positiva como negativamente. De facto, um bom exemplo de publicidade questionável refere-se 7


«Estes programas não fazem por si mesmos milagres e necessitam da intervenção da comunidade e, sobretudo, do envolvimento das famílias para excelentes resultados». H - Quando a prevenção não funciona, o que fazer para deixar de fumar?

às antigas publicidades ao tabaco, que procuravam levar o jovem a fumar transmitindo a ideia de que o cigarro estava ligado à aventura, à maturidade e sabedoria, ao charme e até – imagine-se - à saúde. Nessa altura viam-se imagens ligadas ao desporto e à juventude de forma a se atraírem jovens para este consumo. Atualmente, e após imensos processos judiciais contra a indústria tabaqueira, vindos principalmente de pessoas que contraíram doenças respiratórias, estes anúncios foram desaparecendo procurando as marcas associar os seus produtos (muitas vezes prejudiciais) à ideia de hábitos saudáveis que também não são reais.

TS - Dependendo das idades há várias estratégias para deixar de fumar. Uma das que uso (sobretudo no final da adolescência e idade adulta) é a Hipnose Clínica que se provou bastante eficaz neste campo. Mas existem muitas formas, por exemplo, dentro do acompanhamento Psicológico para estimular o jovem para práticas saudáveis nas quais o tabaco pode ser um entrave por comprometer a respiração e o estado físico geral. Para além disso, é extremamente importante o exemplo em casa. Os hábitos saudáveis e o treino dos jovens para saberem dizer “não”. Muitas vezes, os adolescentes começam a fumar por uma razão muito mais inconsequente do que as que já referimos. Fumam porque os amigos também fumam e eles não conseguem dizer “não” com medo da imagem que vão passar. A solução passa por tentar (em casa) prevenir estas situações, logo desde tenra idade para que o seu filho ou filha esteja preparado para saber recusar algo. Podem mesmo encenar situações possíveis de forma a treinarem aquilo que ele/a pode dizer.

H - O que se tem feito nos últimos anos em Portugal e no mundo na prevenção tabágica? TS - A prevenção das doenças respiratórias e a cessação tabágica são objetivos expressos pelo Programa Nacional da Direção-Geral da Saúde. Pretende-se reduzir, segundo a DGS, em 10% da taxa de internamento por doenças respiratórias crónicas até 2016 e a diminuição em 2% da morbilidade e mortalidade associadas a estas patologias. O Programa Nacional para a Prevenção e Controlo do Tabagismo estabelece como meta a redução em, pelo menos, 2% da prevalência do consumo de tabaco diário ou ocasional na população com mais de 15 anos. Pretende ainda diminuir de 5,5% para 4% a percentagem de jovens de 13 anos que refere ter fumado nos últimos 30 dias e baixar de 43% para menos de 40% a percentagem de jovens de 16 anos que admite já ter fumado alguma vez. O programa pretende ainda garantir a oferta de consultas de apoio intensivo à cessação tabágica nos centros de saúde e reforçar a intervenção da Linha Saúde 24 na cessação tabágica. Para além destas medidas, existem obviamente programas específicos criados pelas várias instituições que trabalham neste campo.

H - As escolas são lugares privilegiados para atuar? TS - Claro que sim, no entanto, e ao longo de muitos anos, muito se fez em prevenção secundária mas pouco em prevenção primária. Atualmente creio que mais medidas estão a ser desenvolvidas neste sentido. No entanto, estes programas não fazem por si mesmos milagres e necessitam da intervenção da comunidade e, sobretudo, do envolvimento das famílias para excelentes resultados. 8

«Escolas Livres de Fumo» O PELT (Programa Escolas Livres de Tabaco) é um programa que pretende contribuir para evitar ou mesmo atrasar a idade de início do consumo de tabaco nos jovens escolarizados. Para isso, tem como objetivos incluir a prevenção e controlo do tabagismo no curricula escolar, promover a cessação tabágica junto da comunidade escolar, formar os professores em tabagismo, dotar os alunos de competências para a adoção de estilos de vida saudáveis e colaborar com a comunidade em geral na promoção e criação de ambientes saudáveis. Como refere a psicóloga clínica e da Saúde Tatiana Santos, «tratou-se de um programa já implementado há algum tempo em escolas do terceiro ciclo, devido ao facto da escola ser um local de excelência para esta aprendizagem, já que a maioria dos fumadores inicia o consumo de tabaco durante a adolescência. Em cada cinco jovens que experimentam fumar, três tornam-se fumadores regulares (OMS 2000) daí a necessidade destes programas». Já em relação ao efeito prático do mesmo, a psicóloga refere que, «infelizmente, não há números após a implementação deste programa. Sobretudo porque a comunicação social veicula poucas informações sobre a eficácia dos programas implementados. É extremamente importante perceber, pelos números, em que ponto estamos para podermos parar, reavaliar e decidir as mesmas ou novas orientações».



em foco

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Pediculose Xeque-mate aos piolhos


Qual é coisa qual é ela que põe ovos, mas galinha não é? Que tem 2,5 milímetros e, por isso, mal se vê? Que vive na cabeça, mas com chapéu não se confunde, e sangue o seu pitéu preferido é? A resposta é simples: o piolho! O piolho é pequeno em tamanho, mas causa problemas como “gente grande”. A pediculose é uma «parasitose endémica, causada pelo Pediculus humanus capitis, vulgarmente conhecido como piolho, presente em todo o mundo e afetando pessoas de todas as idades e estratos sociais», explica a médica Cristina Resende do serviço de dermatologia do Hospital de Braga, acrescentando que «as crianças são os alvos preferenciais, sobretudo as raparigas entre os cinco e os 11 anos de idade, devido ao contacto interpessoal mais próximo na comunidade escolar, sendo que nas crianças destas idades a prevalência da infeção pode atingir os 25%».

De cabeça-a-cabeça É importante ter a noção de que a existência de piolhos não é sinónimo de falta de higiene. A pediculose não escolhe cabeças, nem tão pouco seleciona estratos sociais, afetando de igual modo os cabelos mais ou menos limpos, sejam curtos, médios ou compridos.

O início do ano letivo é o período em que o perigo de contágio é maior devido ao contacto mais próximo entre as crianças. Ao contrário do que é crença comum, «o piolho não salta, nem voa, pelo que a infestação resulta fundamentalmente de um contacto próximo», informa Cristina Resende. Por outras palavras, a transmissão do parasita acontece muitas vezes de “cabeça-a-cabeça”, no entanto também é vulgar a propagação acontecer através da partilha de chapéus, escovas, acessórios de cabelo, toalhas, pentes, almofadas ou bonecos de pelúcia e de outros objetos pessoais de indivíduos contaminados. Na prática, basta pendurar, por exemplo, um gorro “infestado” junto a outro no bengaleiro da escola para se dar o início da disseminação da “praga” no estabelecimento de ensino. Assim como em casa, ou seja, a criança pode transmitir os piolhos aos elementos do seu agregado familiar.

Baixo rendimento escolar Os piolhos medem aproximadamente 2,5 milímetros de comprimento e são parasitas de

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EM FOCO

cor castanho-acinzentado que vão colocando os seus ovos, fixados por uma substância pegajosa, nos fios de cabelo, perto do couro cabeludo. Os ovos dos piolhos são vulgarmente conhecidos por lêndeas. Piolho instalado e ovos delicadamente colocados nos fios de cabelo é sinal de que está tudo pronto para começar a saga da comichão. Uma comichão intensa, de tal modo que a pele da cabeça vai ficando irritada, sobretudo na região da nuca e atrás das orelhas.

A pediculose não escolhe cabeças, nem tão pouco seleciona estratos sociais, afetando de igual modo os cabelos mais ou menos limpos, sejam curtos, médios ou compridos.

É frequente a pessoa afetada passar a noite inteira a coçar-se. No caso da criança, isto pode ser sinónimo de uma noite mal dormida e, em consequência, vai passar o dia sonolenta. Deste modo, continuando a ser “atacada” pela comichão e agora também pelo sono, a criança terá dificuldades em se concentrar nas aulas, daí que haja quem defenda uma relação causa-efeito da pediculose e baixo rendimento escolar.

O que provoca a comichão? Poder-se-ia dizer que o piolho é um parente afastado do vampiro, não fosse este uma criatura de ficção. Isto porque o pequeno parasita alimenta-se de sangue, começando por morder a pele da cabeça. No entanto, estas “dentadinhas” do piolho não provocam dor por si só, residindo o problema no momento em que este começa a sugar o sangue, pois vai soltando saliva, a qual tem características alergizantes. A pele da cabeça vai assim, graças à saliva, ficando inflamada e a comichão instala-se. Mas o martírio não termina aqui, uma vez que ao coçar-se, a criança ou o adulto faz com que as fezes do piolho entrem nas feridas, o que aumenta ainda mais a inflamação e a comichão.

Distinguir as lêndeas Para piorar a situação, muitas vezes, quando a infestação é detetada, geralmente, já dura há várias semanas. Uma forma simples de verificar há quanto tempo os piolhos invadiram a cabeça é através da medição da distância das lêndeas do couro cabeludo. Assim sendo, como o cabelo cresce em média um centímetro por mês, se as lêndeas estiverem afastadas mais de três centí12

metros do escalpe é porque foram colocadas há mais de três meses. Ao contrário das lêndeas - cor branco-nacarado, com cerca de 0,8 milímetros e firmemente agarradas ao fio do cabelo - que são facilmente visíveis, encontrar um piolho vivo é uma autêntica aventura, visto que são parasitas que se movem rapidamente. Mas, em compensação, o piolho necessita de uma superfície com cabelo para sobreviver, sendo que fora do hospedeiro vive apenas 48 horas e a lêndea, 10 dias. Por outro lado, é importante não confundir as lêndeas com caspa, seborreia ou vestígios de produtos para o cabelo de uso comum, como o vulgar gel. O truque é passar as pontas dos dedos, se os “pontinhos brancos” forem removíveis facilmente é porque não são ovos de piolho.

Silêncio, o inimigo A pediculose acarreta um grande estigma social, levando a que haja «um isolamento das crianças que têm a infeção, por vergonha das outras crianças e dos professores», aponta Cristina Resende. No entanto, a “solução” é precisamente seguir o caminho inverso, ou seja, não ter vergonha de falar sobre o assunto. Apesar de atualmente ainda ser, frequentemente, considerado um assunto tabu, o certo é que quanto mais se desmistificar o problema, mais fácil é de o travar. Neste sentido, é muito importante avisar os estabelecimentos de ensino quando se chega à conclusão de que a criança está com piolhos, de modo a que possam ser tomadas medidas preventivas para conter a propagação. Cristina Resende indica que se deve evitar, por exemplo, «a partilha de pentes, adereços de cabelo e chapéus entre crianças». Por outro lado, compete aos responsáveis das escolas comunicar aos pais se verificarem o aparecimento de um surto de pediculose, pois só assim é possível combater a “praga” e dar início ao tratamento adequado. Daí a comunicação entre a escola e os encarregados de educação ser fundamental, e o silêncio, um inimigo na luta contra a infestação de piolhos.


Fale com o seu farmacêutico Na farmácia ainda há pessoas que têm uma certa vergonha em abordar a questão da pediculose. «Hoje em dia, apesar de um maior conhecimento, muitas vezes, ao balcão, ainda somos abordados por utentes com vergonha de expor o seu problema», declara a farmacêutica Bruna de Sá, da Farmácia A. Guerra Pedrosa, em Vieira de Leiria, acrescentando que «normalmente falam num tom de voz mais baixo e usam termos indiretos para o nome piolho. Apresentam algum desconforto ao falar do assunto».

Tratamento - Existem atualmente no mercado vários inseticidas na forma de champôs ou cremes de lavagem que são bastante eficazes na eliminação de piolhos e lêndeas. Começam, no entanto, a surgir evidências do aparecimento de resistências a estes produtos. - O período de incubação das lêndeas varia entre seis a dez dias, por isso, após a primeira aplicação, os produtos inseticidas devem ser aplicados novamente dentro de uma ou duas semanas para atingir os parasitas que tenham aparecido entretanto. - Muitas vezes o insucesso do tratamento deve-se à técnica incorreta de aplicação dos produtos ou à falta de repetição do tratamento em tempo útil. Daí que, para auxiliar o efeito dos champôs ou dos cremes, se deva usar uma solução de mistura de vinagre e água (deixar atuar durante meia hora) e posteriormente pentear os cabelos com um pente de dentes apertados. Como as lêndeas são muito difíceis de remover, o vinagre vai amolecer a substância que fixa firmemente os ovos do piolho aos fios de cabelos. Este procedimento deve ser repetido diariamente durante vários dias. - Após o fim da “praga”, é conveniente examinar o cabelo uma vez por semana, de modo a salvaguardar que realmente se conseguiu erradicar todos os piolhos e respetivas lêndeas. - A comichão pode durar semanas após um tratamento bem-sucedido. Os tratamentos repetidos podem ocasionar uma dermatite de contacto porque a maioria destes produtos é irritante para a pele que já de si está irritada e inflamada devido à ação da saliva e das fezes dos piolhos nas feridas. - As lêndeas são muito sensíveis ao calor e por isso as roupas de cama e de corpo devem ser lavadas com água bem quente e passadas a ferro a altas temperaturas. - Chapéus, roupas e outros objetos que não possam ser tratados pelo calor, devem ser selados num saco de plástico durante quatro semanas; qualquer piolho que tenha eclodido durante este período morrerá de fome. O ambiente deve ser aspirado com aparelho a vácuo, não sendo aconselhável o uso de inseticidas para o ambiente. - Toda a família deve ser tratada ao mesmo tempo para erradicar a infestação.

Quando confirmada a existência de piolhos e/ ou lêndeas, «normalmente aconselhamos um tratamento antiparasitário, que pode ser uma loção, creme ou champô», continua a farmacêutica. No entanto, alerta que «a escolha é sempre personalizada, tendo frequentemente em conta a eficácia de tratamentos anteriores». Juntamente com o antiparasitário, é «sempre recomendado o uso de um pente de dentes finos que permite remover as lêndeas e/ou piolhos no final do tratamento». A farmácia aposta ainda no aconselhamento de «medidas de prevenção da reinfestação, assim como da repetição do tratamento após aproximadamente uma semana». Devido à consciência do problema que a pediculose representa, «ao longo do ano letivo foi desenvolvido o projeto Holon “A Escola e a Pediculose” em várias escolas do 1º Ciclo da nossa localidade (Vieira de Leiria)», revela a farmacêutica. O projeto, desenhado e desenvolvido pelas Farmácias Holon, foi inicialmente pensado e direcionado para as crianças, mas «no seu decorrer, gerou a necessidade e o interesse por parte dos encarregados de educação». Entre os objetivos desta iniciativa está a tentativa de «melhorar o conhecimento acerca da pediculose e, assim, diminuir a sua disseminação e incidência na população escolar. Neste sentido, foi debatida a prevenção da infestação e reinfestação, os procedimentos no tratamento antiparasitário e desmistificados alguns preconceitos», conclui Bruna de Sá.

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Serviço de Cessação Tabágica Fumar afeta todo o organismo humano, sendo causa ou fator de agravamento das doenças crónicas mais prevalentes, em particular do cancro, das doenças respiratórias, das doenças cardiovasculares

Um Dia Todas Serão Assim

e da diabetes. O tabaco tem ainda outros efeitos nocivos ao nível da saúde sexual e reprodutiva, da saúde ocular, da saúde oral e do envelhecimento da pele.

São inúmeros e inegáveis os malefícios que o tabagismo representa para a saúde. Com efeito, em Portugal, no ano 2005, morreram 12.600 pessoas vítimas de doenças atribuíveis ao tabaco, o que representou 11,7% do total de mortes ocorridas no nosso país nesse mesmo ano1.

rede de Farmácias Holon passou a disponibilizar o Serviço de Cessação Tabágica. Este tem como objetivo sensibilizar os utentes para os malefícios do tabagismo e para os benefícios da cessação tabágica, incentivando a mesma e encorajando a abstinência.

O tabagismo é hoje considerado uma doença crónica, que causa dependência física e psíquica, e que se caracteriza por períodos de recaída e remissão, sendo um dos mais graves problemas de saúde pública, com repercussões em toda a população, fumadora e não fumadora. Sendo um fenómeno complexo, determinado por múltiplos fatores, de índole cultural, social, económica, comportamental, genética e neurobiológica, a sua abordagem requer uma combinação integrada de múltiplas estratégias centradas quer na prevenção da iniciação do consumo, quer na promoção da cessação tabágica e de hábitos de vida saudáveis.

Vários estudos comprovam que o sucesso da cessação tabágica aumenta quando existe apoio especializado por parte de profissionais de saúde. No âmbito do serviço de Cessação Tabágica é prestado um suporte individualizado ao utente que pretende abandonar o tabagismo, sendo traçado um plano terapêutico e de acompanhamento personalizado, adaptado às necessidades de cada indivíduo.

As Farmácias Holon, enquanto espaços de saúde de excelência, que privilegiam o atendimento personalizado, baseado na relação de proximidade e confiança com os seus utentes, têm um papel essencial na prevenção do tabagismo e na cessação tabágica. Neste sentido, toda a

Para a população fumadora, o investimento na cessação tabágica constitui a via mais efetiva para obtenção, a curto e médio prazo, de melhorias nos indicadores de morbilidade e mortalidade associados ao consumo de tabaco. A cessação tabágica tem sempre como consequência uma me-

lhoria do estado de saúde individual, promovendo benefícios imediatos significativos para homens e mulheres de todas as idades, com ou sem doenças associadas ao tabagismo. Não perca mais tempo, dirija-se à Farmácia Holon mais perto de si e obtenha mais informação sobre o Serviço de Cessação Tabágica. Agora é o momento certo para deixar de fumar.

Deixar de fumar tem benefícios imediatos: - 20 minutos depois, a pressão arterial e a pulsação diminuem; - 12 horas depois, o nível de monóxido de carbono no sangue regressa aos valores normais; - 48 horas depois, o paladar e o olfato começam a melhorar; - 2 semanas a 3 meses depois, o risco de ocorrência de enfarte do miocárdio desce e a função pulmonar aumenta; - 1 a 9 meses depois, a ocorrência de tosse e dispneia diminuem; - 1 ano depois, o risco de doença cardíaca coronária é metade do de um fumador; - 5 anos depois, o risco de AVC iguala o de um não fumador; - 10 anos depois, o risco de cancro do pulmão é cerca de metade do de um fumador; o risco de cancro da boca, faringe, esófago, bexiga, rim e pâncreas também diminui; - 15 anos depois, o risco de doença cardíaca coronária é igual ao de um não fumador. Direção-Geral de Saúde (2012) – Programa Nacional para Prevenção e Controlo do Tabagismo 2012-2016.

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Um Dia Todas Serão Assim

CALENDÁRIO

Setembro Projeto “A escola e o tabagismo”

Um Dia Todas Serão Assim

AÇÕES FARMÁCIAS

Feira da saúde A Farmácia Roque organizou, no dia 29 de julho, uma Feira da Saúde no Centro Cultural de Castelo de Vide. Foram realizados diversos rastreios de forma gratuita, nomeadamente no âmbito nutricional, podológico, dermatológico, diabetes e risco cardiovascular. A ação revelou-se um verdadeiro sucesso, tendo sido realizados, no total, 178 rastreios.

Workshops A Farmácia Vaz (Cabeço de Vide, Portalegre) tem realizado múltiplos workshops gratuitos no Auditório das Termas de Cabeço de Vide. As temáticas abordadas têm sido diversas, nomeadamente sobre os cuidados a ter com a pele ou cuidados com os pés. Estas ações permitem aos participantes obter um maior conhecimento sobre estes assuntos e esclarecer as suas dúvidas.

60º Congresso Mundial de Estudantes de Farmácia As Farmácias Holon apoiaram um mega rastreio cardiovascular à população no âmbito do 60º Congresso Mundial de Estudantes de Farmácia, organizado pela Federação Internacional dos Estudantes de Farmácia (IPSF). Esta ação decorreu na Praça dos Leões (Porto) e contou com a participação de 120 estudantes de todo o mundo, atingindo mais de 400 pessoas. Estes estudantes contaram com o imprescindível apoio de farmacêuticos das Farmácias Holon do Grande Porto.

Caminhadas Holon As Farmácias A. Guerra Pedrosa (Vieira de Leiria) e Reis (Almada) realizaram Caminhadas Holon durante os meses de verão. No total, ambas as caminhadas contaram com a participação de 320 pessoas. Estas ações são mais um reflexo da intervenção ativa que as Farmácias Holon têm no âmbito da promoção de estilos de vida saudáveis junto das comunidades que servem.

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Um Dia Todas Serão Assim

Farmácia Vale de Figueira Recém-chegada à localidade de Vale de Figueira, em São João da Talha (Loures), a Farmácia Vale de Figueira preparou um espaço pensado ao pormenor para proporcionar à população o acesso a um serviço de saúde de excelência, marcando a diferença. Alinhada com o conceito das Farmácias Holon desde o seu início, já está a recolher os frutos do trabalho desenvolvido. ter resposta para todas as necessidades, e os serviços disponíveis ajudam a concretizar esta resposta». Além disso, a farmácia tem participado ativamente na realização de vários rastreios, estruturados centralmente pelas Farmácias Holon, tais como avaliação de risco cardiovascular, nutrição, podologia, entre outros, e «temos também dinamizado o gabinete de atendimento, nomeadamente na promoção do CheckSaúde», continua a farmacêutica. Contudo, a responsável reconhece que, para atingir a excelência, é necessário aumentar a proximidade com a população envolvente, algo que já está a ser colocado em prática «agora, seis meses após a abertura e com maior conhecimento da zona envolvente e da população que servimos, queremos sair do nosso espaço e envolver-nos mais na vida desta comunidade», conclui.

«Os serviços complementares estruturados centralmente pelas Farmácias Holon e a formação para os elementos da equipa preparam-nos e dão-nos informação para responder de forma mais efetiva às necessidades e expectativas dos clientes», declara Francisco Mendes, proprietário da Farmácia Vale de Figueira.

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Francisco Mendes, proprietário da Farmácia Vale de Figueira, reconhece que os notáveis resultados alcançados pela farmácia se devem, em grande parte, à consolidação da sua equipa. «Com a chegada à nova localização, e com o alargamento de horário de abertura da Farmácia, houve a necessidade de procurar elementos para se juntarem à equipa. Na altura procurámos e conseguimos encontrar profissionais com competências técnicas e científicas aliadas a qualidades humanas e relacionais fortes, muito em linha com os colegas que já faziam parte da equipa. Hoje podemos afirmar que temos uma equipa coesa, motivada e alinhada com a missão da Farmácia e com cada vez mais presença e ligação à comunidade», frisa o farmacêutico. Com o objetivo de corresponder ao desafio inicial a que a equipa da farmácia se propôs - marcar a diferença no nível de serviço prestado – várias têm sido as ações tomadas nesse sentido, como refere a diretora técnica Rita Paixão «procuramos

Posto isto, Francisco Mendes reconhece que parte da chave para o sucesso da atividade da farmácia passa pelo facto de pertencer à rede de Farmácias Holon, uma vez que lhes permite «ter uma série de valências que visam servir melhor os utentes da Farmácia», acrescentando que «ao centralizarmos uma série de atividades do dia a dia da Farmácia, estamos mais disponíveis para a atenção ao cliente e a promoção da sua saúde e bem estar». Com a estratégia definida e implementada, as perspetivas para o futuro são bastante claras, no sentido de «evoluir para uma parte mais integrante do sistema global de saúde, usando a sua proximidade com a comunidade e o investimento em competência técnicocientífica», como atesta o proprietário, garantindo que «a componente de serviços será ainda mais marcada e a preocupação será cada vez menos no ato simples de venda de medicamentos e mais na gestão integrada da terapêutica dos doentes e na promoção da saúde».


Diabetes na criança Saber que o seu filho tem uma doença crónica quando ainda é uma criança é difícil de aceitar. É necessário ultrapassar o choque

cuidamos de si Cerca de 78.000 crianças desenvolvem diabetes todos os anos, uma média de 200 por dia, segundo a Federação Internacional de Diabetes (FDI). “Maria”, de cinco anos, começou a ter muita fome e muita sede sem haver explicação para tal. Apesar de comer muito, estava a perder peso de forma significativa. Deixara de ser a menina alegre e estava sempre triste e abatida. Numa ida ao hospital, a “Maria” foi diagnosticada com diabetes tipo 1. A sintomatologia nas crianças é, por regra, muito nítida e de aparecimento súbito. A apresentação típica, normalmente, tem menos de um mês de evolução e carateriza-se por: beber muita água

inicial e reaprender rotinas em casa e na escola de forma a ter uma vida normal. (polidipsia), urinar muito (poliúria), ter muita fome e comer muito (polifagia) e, paralelamente, a perda de peso. Em situações mais graves, pode ainda haver náuseas, vómitos, desidratação e alteração do estado de consciência.

Diabetes: o que é e porque surge? A diabetes mellitus é a doença do sistema endócrino mais frequente na infância e é caracterizada por hiperglicemia crónica (aumento do açúcar no

sangue), que resulta de uma deficiência na secreção de insulina, de uma alteração na sua ação ou, ainda, de ambas, resultando num metabolismo anormal dos hidratos de carbono, das gorduras e das proteínas. Dependendo da causa subjacente, esta doença é dividida, respetivamente, em dois grupos principais: diabetes tipo 1 e diabetes tipo 2. A primeira, que é a mais frequente na infância, é causada por uma destruição pelo próprio sistema imune das células secretoras de insulina, sendo também chamada insulino-dependente por a sobrevivência da criança depender de insulina exógena; a segunda, conhecida como diabetes não


O objetivo é dotar as crianças e familiares de conhecimentos sobre a diabetes que lhes permitam ajustar as doses e tipo de insulina, a alimentação e atividade física, de modo a terem glicemias o mais próximo possível do normal. Relativamente à administração de insulina, além dos sistemas tradicionais, existe a hipótese da bomba de perfusão subcutânea de insulina. Este aparelho está ligado ao corpo através de um cateter e administra insulina 24 horas por dia. Permite ajustar com maior precisão a terapêutica às exigências da vida diária, possibilitando a administração de pequenas doses de insulina, pelo que é indicada para crianças.

Diabetes na escola e/ou na creche Também ao nível da escola e/ou da creche é exigida uma adaptação e apoio à criança com diabetes. Neste sentido, a Direção-Geral da Saúde (DGS), no âmbito da escola inclusiva (2003), integrou a diabetes na lista de doenças que exigem cuidados especiais na escola, emanando orientações que preveem que a criança com diabetes tenha um adulto responsável pela sua vigilância e administração de insulina, sendo que a preparação da equipa escolar deve ser feita pelos pais em articulação com a saúde escolar e a equipa de saúde.

insulino-dependente, é a forma mais frequente no adulto, podendo também surgir na infância e adolescência, sobretudo se existir obesidade e sedentarismo. Embora se saiba que a diabetes tipo 1 é uma doença autoimune que ocorre mais frequentemente em pessoas com predisposição genética e com história familiar de outras doenças autoimunes, ainda não se sabe o que desencadeia a reação imunológica contra as células produtoras de insulina no pâncreas, causando a sua morte.

contínua de aceitação e de aprendizagem, feita lado a lado, em que a atitude de uma das partes condiciona a outra. Neste caminho, os sentimentos são, na maior parte das vezes, partilhados pelos pais e filhos. A dor que as crianças sentem, quer seja na picada da agulha ou na revolta por não poder comer um doce, é sentida na mesma proporção, ou ainda maior, pelos pais.

Tratamento Pais e filhos Saber aceitar a doença e aprender a viver com esta nova condição de saúde não é fácil nem para as crianças nem para os pais. É uma “caminhada” 18

Para além da prescrição do tratamento com insulina e dos conselhos alimentares e atividade física, o ensino efetuado às crianças e aos pais sobre a gestão diária da doença é a componente mais importante no tratamento da diabetes.

A diabetes mellitus da criança é uma doença crónica, que exige uma corresponsabilização no tratamento por parte da criança e da sua família. Ao nível das complicações agudas podem ocorrer episódios de hipoglicemia ou hiperglicemia, bem como um agravamento nas infeções. As complicações tardias da diabetes associam-se aos efeitos no organismo da hiperglicemia crónica, que acontece quando a administração de insulina é insuficiente. Assim, a administração correta de insulina é protetora contra as complicações tardias da diabetes (visuais, renais, neurológicas). A vigilância médica, se possível por equipas multidisciplinares, tem como objetivo tentar que estas crianças tenham uma doença o mais benigna possível e que o seu crescimento e desenvolvimento sejam o mais próximos do normal. O tempo, a aprendizagem sobre a doença, o melhor controlo da diabetes e o contacto com outros pais e crianças com diabetes ajudam numa melhor adaptação da família a esta problemática da criança com diabetes.



CUIDAMOS DE SI

Cuidados de pele na grávida O período de gestação é marcado por grandes alterações no organismo da mulher. As alterações hormonais são, em grande parte, responsáveis pela maioria das alterações cutâneas visíveis na mulher grávida, podendo dar origem ao aparecimento de manchas e desidratação da pele que, em simultâneo com as alterações verificadas na circulação sanguínea, podem também causar irritação e prurido. São diversos os problemas de pele que podem ocorrer na grávida durante o período de gestação. Saiba quais são e que cuidados com a pele devem ser tidos em conta de forma a preveni-los.

Cloasma A partir do segundo trimestre de gestação é comum o aparecimento de áreas de maior pigmentação na face denominadas de cloasma, sendo também conhecidas como “máscara de gravidez”. Este fenómeno ocorre devido ao aumento de estrogénio, responsável pela estimulação dos melanócitos, manifestando-se através do aparecimento de manchas acastanhadas com localização frequente na testa, maçãs do rosto, queixo e em torno dos lábios. De modo a prevenir o escurecimento das manchas, é aconselhada a utilização de proteção solar com um SPF mínimo de 50+ e a limitação da exposição solar. Os tratamentos despigmentantes não são indicados durante a gravidez, devendo ser iniciados, caso seja necessário, após o período de amamentação.

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Linea nigra A linea nigra apresenta-se como uma linha vertical hiperpigmentada que pode surgir na barriga da mulher grávida e que se estende desde a sínfise púbica até ao umbigo; habitualmente, acaba por desaparecer naturalmente após o parto.

Acne As alterações hormonais são responsáveis pela estimulação excessiva das glândulas sebáceas; o aumento da produção de oleosidade pode causar obstrução dos poros, o que pode culminar em pequenas erupções inflamadas com retenção de sebo. É importante ter cuidados reforçados na limpeza da pele de modo a evitar a acumulação de sebo no interior dos poros.

Estrias O aparecimento das estrias está associado a vários fatores, tais como as alterações hormonais, a diminuição da capacidade de retenção de água

na pele e o aumento de peso e volume que provocam um estiramento abrupto da pele devido a uma distensão que ultrapassa com frequência a sua capacidade de elasticidade. As estrias passam por três fases de desenvolvimento: Fase inflamatória - As estrias apresentam-se com uma coloração violeta, existindo possibilidade de reversão; Fase de degradação - As fibras de colagénio tornam-se menos densas e existe uma redução do número de fibras de elastina; Fase de reparação - Por fim, existe a síntese de novas fibras de suporte para substituir as que se encontram danificadas, no entanto as novas fibras são mais frágeis e menos organizadas, formando-se um tecido semelhante ao tecido cicatricial. Nesta fase, as estrias têm uma coloração branca e são irreversíveis. Para prevenir o aparecimento de estrias, deve ser adotado um cuidado anti-estrias especificamente desenvolvido para mulheres grávidas, de modo a limitar o fenómeno infamatório e a estimular as capacidades regeneradoras da pele. A aplicação deve ter um início precoce e deve ser efetuada com regularidade.



à água do banho um óleo nutritivo;

Ancas e nádegas – massagem circular.

- Utilize um sabonete dermatológico ou um gel lavante suave, sem sabão, de modo a evitar a remoção excessiva dos óleos essenciais à superfície da pele;

Cuidados complementares

- Evite as esfoliações, pois podem fragilizar a pele;

Fazer uma alimentação equilibrada pode ajudar na prevenção de estrias. Por isso, evite o excesso de sal e açúcar e opte por alimentos ricos em:

- Para se desmaquilhar, opte por fórmulas nutritivas como os óleos ou os leites desmaquilhantes.

- Vitamina C para estimular a produção de colagénio (tais como a banana, laranja, kiwi ou tomate);

Hidratação

- Vitamina A para evitar a secura da pele (como a cenoura);

A prevenção da secura e desidratação da pele é essencial, pelo que é necessário reforçar a barreira cutânea através da hidratação e nutrição da mesma. As estrias nunca desaparecem na totalidade, no entanto, para evitar o seu agravamento, deve ser evitada a exposição solar sem proteção de índice elevado.

Cuidados a ter com a pele durante a gravidez

- Vitamina E para prevenir os danos causados pelos raios UV (por exemplo, os óleos vegetais); Além disso, não utilize roupa muito apertada, uma vez que esta dificulta a circulação local; e aumente a ingestão de líquidos - são recomendados, pelo menos, dois litros de água por dia para manter a pele hidratada e favorecer a eliminação de toxinas. O exercício físico regular e moderado também deve ser uma constante pois favorece a circulação sanguínea e a oxigenação das células da pele.

Cuidados a reforçar Aplique na barriga, seios e coxas um creme emoliente e nutritivo que favoreça a retenção de água, uma a duas vezes ao dia. A aplicação do creme deve ser efetuada de acordo com a região do corpo:

Limpeza

Coxas - sentido ascendente, do joelho para a anca;

A limpeza é o primeiro passo para uma pele saudável. Principais cuidados a ter:

Abdómen - de baixo para cima, no sentido dos ponteiros do relógio;

- Evite os duches/banhos prolongados e com água muito quente. Caso opte por banho, junte

Seios - do exterior para o interior, chegando até aos ombros;

Bibliografia: – http://www.mustela.pt/conselhos/esta-gravida/a-pele-da-gravida; – http://www.motherhood.com.au/articles/ skin_care_during_pregnancy.html; – http://www.babycenter.com/0_safe-skin-care-during-pregnancy_1490031.bc; – http://www.barral.pt/cuidados.php.

A leitura dos rótulos Aquando da escolha dos produtos de dermocosmética mais indicados, é importante que saiba ler os rótulos para, desta forma, tomar a decisão mais acertada.

Substância ativa

Retinóides

Ácido salicílico

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Evitar Verificar no rótulo Ácido retinóico; Adalapeno; Retinil linoleato; Retinil palmitato; Retinol; Retin-A; Tazaroteno. Ácido salicílico; Beta hidroxi-ácido (BHA).

Preferir Substâncias ativas

Função

Silício

Favorece regeneração das fibras de colagénio.

Ureia, alantoína e ácido lático

Favorecem a hidratação cutânea e a elasticidade.

Óleo de rosa mosqueta, jojoba, karité e abacate

Propriedades cicatrizantes e reparadoras.

Óleo de gérmen de trigo

Função antioxidante.

Extrato de centelha asiática

Favorece a cicatrização celular.

Arnica, alecrim, mirtilo

Favorecem a circulação venosa.










Bebé e mamÃ

Ida para a escola O “fantasma” das doenças escolares

refeições. Mas as minhas principais preocupações foram sempre antes de escolher a escola. Procurei sempre as que fossem mais ao encontro das minhas exigências e acabou por ser muito tranquilo, apesar de já terem tido algumas doenças».

Maus hábitos

às “doenças escolares” e à adaptação da criança a este novo mundo.

E estes receios fazem sentido. Quem o atesta é a Organização Mundial de Saúde que garante que «crianças pequenas apresentam hábitos que facilitam a disseminação de doenças, tais como levar as mãos e objetos à boca, contacto interpessoal muito próximo, incontinência fecal na fase pré-controlo esfincteriano, falta da prática de lavar as mãos e de outros hábitos higiénicos, assim como a necessidade de contacto físico direto constante com os adultos». Além disso, «lactentes e pré-escolares são especialmente suscetíveis, por ainda não apresentarem imunidade aos agentes infeciosos mais comuns, decorrente da falta de exposição prévia».

Um dos principais receios dos pais quando os filhos vão para a escola são as «doenças constantes». Apesar da experiência com a filha mais velha «ter corrido relativamente bem e não ter tido grandes problemas de saúde», com a aproximação da entrada da mais nova na escola, «após dois anos entregue aos cuidados dos avós, o receio de algumas doenças tem-me assaltado»,

Os pais devem, portanto, estar conscientes do risco aumentado de adquirir infeções respiratórias, otites, doença diarreica, doença invasiva bacteriana por Haemophilus influenzae e Streptococcus pneumoniae, hepatite A e varicela. Assim, tanto em casa como na escola, uma das medidas de prevenção (ver caixa) mais eficazes a adotar é a lavagem apropriada das mãos, que reduz a contaminação e o risco de disseminação de doenças infeciosas.

Depois de meses, ou mesmo anos, entregue aos cuidados dos pais, avós ou familiares próximos, é chegada a hora do bebé ir para a escola. Uma mudança radical na vida de pais e filhos e, naturalmente, uma altura de muitas dúvidas e receios, sobretudo no que diz respeito

confessa Ana Paula Gomes, secretária e mãe de duas meninas, com 7 e 2 anos. Também Ana Alves, comercial e mãe de um rapaz de 7 anos e de uma menina de 4, conta que teve receio que os filhos «não se adaptassem, que não tivessem o apoio necessário quando precisassem, por exemplo, de ir à casa de banho, ou às

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doença

Período de incubação

Período de transmissão

Sarampo

8-16 dias

Desde 4 dias antes até 4 dias após início do exantema

Rubéola

14-21 dias

Desde 7 dias antes até 7 dias após início do exantema

Papeira

14-21 dias

Desde 6 dias antes até 9 dias após o início da tumefação

Varicela

10-21 dias

Desde 2 dias antes até 5 dias após início do exantema

Difteria

1-7 dias

Até 2 culturas negativas do exsudado nasofaríngeo

Tosse convulsa

4-21 dias

Até 5 dias de antibioterapia correta

Escarlatina

1-3 dias

Até 1 dia (24h) de antibioterapia correta

Meningite/sépsis por: meningococos haemophilus

2-10 dias

Até à cura clínica

Hepatite A

14-45 dias

Desde a 2.ª metade do período de incubação, até 7 dias após o início da icterícia ou pico das transaminases

Hepatite B

60-180 dias

Enquanto tiver AgHBs+ ou AgHBc(IgM)+

Nos casos recomendados deve ser realizado o isolamento profilático do doente, «durante todo o período de transmissão referido para cada doença, a vigilância dos contactos e a notificação da doença, exceto a varicela – que não é de notificação obrigatória», alerta o médico António Brito de Pina, responsável pelo site “Uma Janela Aberta à Família” – um programa de apoio à parentalidade, implementado pela Administração Regional de Saúde do Algarve IP, em parceria com os hospitais de Faro e Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio. Além disso, deve ser respeitado o Plano Nacional de Vacinação que contempla as principais doenças infeciosas.

Melhor termómetro é a criança Além das doenças “normais”, há ainda que estar atento a outros sintomas, pois esta mudança de hábitos é mais tranquila para algumas crianças do que para outras e é uma transição «vulgarmente acompanhada de alguma angústia, receios e ansiedade por parte dos adultos, mas há que ter algum cuidado para que isso não seja percebido pela criança, pois poderia vir a atrapalhar a sua boa integração no meio escolar», considera Helena Coelho, psicóloga clínica. Assim, preste muita atenção às reações do seu 32

filho, ele é um termómetro valioso. Se estiver feliz e interessado em aprender, é um sinal de que tudo corre bem. Se estiver desanimado e mostrar resistência na ida para a escola, converse com os professores e orientadores pedagógicos e tente perceber o que se passa, aconselha Ana Amaral, educadora de infância numa instituição pública em Santarém e que concluiu recentemente o Mestrado Pré- Escolar e 1º Ciclo, na Escola Superior de Educação de Santarém. Contudo, a educadora de infância alerta: «birras de manhã antes de ir para a escola nem sempre são sinónimo de que algo está mal ou motivo para mudança de escola. Às vezes, a criança está muito cansada, e é preciso apenas alterar a carga horária ou adaptar as atividades ao seu ritmo de aprendizagem. Em casos mais graves, pode até ser necessária a intervenção de um psicólogo para ajudar na adaptação da criança». No caso de se verificarem dificuldades de adaptação, «será importante tentar perceber junto da criança o porquê destas surgirem (será má relação com os colegas, com o professor ou apenas falta de acompanhamento em casa), assim como definir um plano conjunto entre pais e professores que possa ajudar a criança a melhor lidar com elas», explica a psicóloga clínica.

Vacinas do Programa Nacional de Vacinação Na entrada para a escola é muito importante que a criança tenha «em dia» as vacinas que a protegem contra as principais doenças. A criança vai estar num contexto diferente do ambiente familiar, «menos protegida, e onde terá contacto com mais crianças». Para além das vacinas incluídas no Plano Nacional de Vacinação, «com prescrição médica o seu filho poderá ainda ser vacinado contra a doença pneumocócica, infeções por rotavírus e gripe», explica a enfermeira Lígia Monterroso.

Procedimentos a adotar Conforme alerta o médico António Brito de Pina, «todas as doenças (exceto a hepatite A e B) consideradas no quadro ao lado, caracterizam-se por serem mais frequentes em crianças e transmitirem-se por via aérea, através de secreções nasofaríngeas ou de saliva. A varicela tem duas peculiaridades: pode também transmitir-se através do líquido das lesões cutâneas e não é de declaração obrigatória. Também a meningite, só deve ser notificada se for a meningococo». Genericamente, de acordo com o médico, para todas as doenças assinaladas no quadro, devem ser tomadas três medidas: – Isolamento profilático do doente (com evicção escolar): deve ser feito durante todo o período de transmissão referido para cada doença (exceto para a hepatite B). O período de evicção deve corresponder ao período decorrido entre o diagnóstico e o final do período de transmissão. – Vigilância dos contactos: considera-se “contacto” todo o indivíduo que contactou intimamente com o doente durante o período de transmissão referido para cada doença. Um contacto só pode manifestar a doença clínica após o período de incubação da mesma. Como este período de incubação varia entre um mínimo e um máximo (referidos no quadro), deve ser feita vigilância clínica aos contactos entre estes dois “tempos”. Por exemplo, relativamente a um caso de sarampo, se um contacto foi exposto pela primeira vez no dia 5 de abril, a doença deve manifestar-se clinicamente entre os dias 13 (5+8) e 21 (5+16) do mesmo mês. – Notificação da doença (exceto a varicela).



Animais: os melhores amigos das crianças Os animais são verdadeiramente os melhores amigos das crianças. Para além de companheiros de brincadeira, podem contribuir, e mui-

dia a dia Os animais são muitas vezes mais “humanos” do que nós, humanidade. Amam incondicionalmente; jamais abandonam a “sua pessoa”; pressentem a sua tristeza e rejubilam com a sua alegria. Mas não só. Estudos demonstraram que os cães, por exemplo, conseguem detetar, através do olfato, células cancerígenas ou mesmo prever ataques epiléticos. E mais, as crianças que crescem num ambiente com animais de estimação têm menos predisposição para alergias e um sistema imunitário mais reforçado. É ainda conhecido o

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to, para que tenham uma vida mais saudável, assim como ajudar a que se tornem melhores pessoas quando crescerem. papel preponderante que os animais, nomeadamente o cão ou gato, têm como companheiros de crianças autistas enquanto elo de ligação entre o seu mundo, tão próprio, e o nosso. Apesar de tudo, continuam a proliferar as histórias de maus tratos e desrespeito aos animais e os números do abandono continuam a aumentar, sobretudo em altura de férias de verão. É preciso mudar mentalidades e que melhor estratégia do que começar a transmitir àqueles

que serão os adultos de amanhã, a necessidade de respeitar e amar os animais?

Companheiros de uma vida «O sofrimento das crianças por terem o seu amigo de quatro patas hospitalizado e doente ou a enorme alegria e vaidade em me mostrarem o seu grande companheiro, fez-me questionar o que se estava a fazer em Portugal por


este binário criança/animal», declara Alexandra Seixas, médica veterinária e diretora-clínica do hospital veterinário EdenVet. Orientada por esta preocupação, a médica veterinária acabou por ser responsável pela criação do VetZânia, um projeto «pioneiro ao nível mundial do Grupo EdenVet, caracterizado por ter uma componente lúdica, didática e de diversão, onde as crianças, segundo a sua faixa etária, aprendem a respeitar o bem-estar animal, assim como a compreender o papel do médico veterinário no âmbito da saúde animal e na sociedade». Neste sentido, as crianças podem, por exemplo, «no hospital veterinário VetZânia, situado na KidZânia, simular uma atividade como médicos veterinários com formadores que os orientam e lhes incutem ações de bem-estar animal e respeito pelo ser vivo, ou seja, trata-se de um ambiente de simulação real à escala da pequenada», explica Alexandra Seixas.

Estímulos multissensoriais Esta brincadeira de “faz de conta” não é suficiente, nem para a criança nem para os animais. É essencial fomentar uma relação contínua e cordial entre ambos, com visíveis benefícios para as duas partes. «Os animais de companhia em geral contribuem para o desenvolvimento global das crianças, na medida em que funcionam como estímulos multissensoriais, motivando para interações e para o desenvolvimento motor das crianças», declaram Inês Santos Pereira e Maria Queiroz, psicólogas da Vinculum Animal, uma empresa dedicada às intervenções assistidas por animais e à educação canina em positivo. Por outro lado, continuam as entrevistadas, os animais são, igualmente, «uma importante fonte de afetos, que ajudam a criança a desenvolver habilidades sociais como a empatia, o carinho, o respeito pelos outros, etc.».

tende que este também tem direitos e que ela tem responsabilidades, é fácil a criação de laços eternos», salienta Alexandra Seixas. Deste modo, a médica veterinária preconiza «a importância da fase de socialização do cachorro e da educação da criança sobre o respeito». Se cabe aos pais a regulação desta relação, no entanto, estes também poderão precisar de orientação e, neste sentido, «deverão ter esclarecidas todas

as suas dúvidas com profissionais qualificados sobre o ambiente onde vai estar o animal, a raça, o tempo disponível da família, o número de pessoas no agregado familiar e a convivência com outros animais ou não». Sendo estes, de acordo com Alexandra Seixas, «fatores que aumentam ou diminuem a chave do sucesso de uma boa relação vitalícia entre o animal e a criança».

Terapia com animais As intervenções assistidas por animais englobam «as atividades, as terapias e a educação assistidas por animais», declaram Inês Santos Pereira e Maria Queiroz, acrescentando que, por isso, «o seu leque de aplicação é muito amplo». De acordo com as psicólogas, «pode-se intervir junto de qualquer tipo de população, de qualquer faixa etária, e com ou sem patologia associada, estando tudo dependente dos objetivos que sejam definidos para a intervenção». Por exemplo, os animais podem ser uns excelentes facilitadores no que toca ao processo de aprender a ler. Na leitura assistida por animais, de acordo com o explicado no site da Vinculum Animal «a criança com dificuldades na leitura lê a história para o animal, que é um ouvinte fantástico. Uma criança que hesita ou receia ler em voz alta para os seus pares, demonstra muito menos stress quando lê para o cão porque este nunca julga as suas capacidades». E os resultados até à data têm sido bons. A Vinculum Animal tem realizado estudos nas suas intervenções em terapia assistida por animais e «os resultados são muito positivos. Independentemente das dimensões que estejamos a avaliar, há sempre uma melhoria significativa no estado geral dos pacientes com quem já trabalhámos», revelam Inês Santos Pereira e Maria Queiroz. As psicólogas revelam ainda que «estudos internacionais apontam também para benefícios físicos mensuráveis, ou seja, é sabido que a interação com animais diminui a frequência cardíaca, a tensão arterial, e os níveis de cortisol (responsáveis pelo stress)». Mas é preciso ter em atenção que intervenções assistidas por animais têm algumas limitações, nomeadamente, «não pode ser usada em pessoas que não gostem de animais (ou do animal específico utilizado), não pode ser usada em pessoas com alergias identificadas, nem em algumas doenças que debilitem o sistema imunitário», alertam as psicólogas.

No entanto, uma criança que cresce num lar com animais de companhia «deve ter as suas interações com estes sempre supervisionadas e orientadas, de forma a potenciar os efeitos benéficos desta relação e a evitar acidentes», alertam as psicólogas, acrescentando que «desde cedo, os pais devem ensinar a criança a respeitar o animal, assim como a forma correta de interagir com ele, dado que desta maneira, a criança adquirirá rapidamente competências importantes para a vida diária e que facilmente irá transferir para as suas relações com pares e adultos». Entre as mais importantes, Inês Santos Pereira e Maria Queiroz destacam a «tolerância, paciência (saber esperar), cuidados/ necessidades básicas, responsabilidade, jogo e troca de afetos». No que toca ao animal, quando a criança «en35



Filtros Vitais São dois pequenos órgãos simétricos, em forma de feijão, situados de cada lado da coluna vertebral, imediatamente por baixo do diafragma, entre as duas últimas vértebras torácicas e as duas ou três primeiras lombares. O seu maior eixo mede

cuide aqui da sua saúde

cerca de 12 cm, tem um peso aproximado de 130 a 170 g, é avermelhado e tem consistência firme. O direito encontra-se ligeiramente mais abaixo do que o esquerdo. Já descobriu do que vamos falar?

Sim. Vamos falar sobre os rins, órgãos vitais para o funcionamento do nosso organismo. São eles que filtram os resíduos transportados pelo sangue, facilitando a sua eliminação, controlam a quantidade de água presente no organismo, produzem algumas hormonas que controlam, por exemplo, a pressão arterial e a produção de glóbulos vermelhos, entre outras funções.

Com um papel tão importante, qualquer alteração no seu funcionamento pode dar origem a problemas de saúde mais complicados que são, muitas vezes, silenciosos. Na verdade, à exceção dos cálculos renais, conhecidos por “pedra nos rins”, as patologias renais apenas se manifestam quando já há danos.

Água e Sal A água é, de longe, a melhor aliada dos seus rins. Mas, em que quantidade? Cada pessoa é única, pelo que as suas necessidades hídricas são também únicas, dependendo de fatores tão distintos como o estado geral de saúde, a idade, o peso, o grau de atividade física, a altura do ano e até a

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Beba água, reduza o sal com que tempera a comida e elimine alimentos pré-cozinhados e enlatados, produtos de charcutaria e condimentos como o ketchup e a mostarda.

zona do globo em que se vive. Não existe propriamente uma fórmula, mas é possível estimar de quanta água uma pessoa carece tendo em conta os fatores que contribuem para aumentar, ou diminuir, as suas necessidades. Considerando um adulto saudável, tendencialmente sedentário, que viva num clima temperado, como o português, as contas indicam que deve beber oito copos de água por dia, ou seja, dois litros, para manter o equilíbrio. Mas, mais adequado do que falar em copos diários, importa estar atento aos sinais do organismo. Uma boa forma de saber se está a beber a quantidade necessária é vigiar a urina: se diminuir em volume e escurecer é provável que seja preciso aumentar a ingestão de líquidos. Algumas pessoas requerem mais fluídos, as mulheres grávidas ou a amamentar são exemplo disso. Quando se pratica exercício ou se está doente, deve igualmente reforçar a ingestão de líquidos. Os doentes que sofrem de infeções urinárias ou têm cálculos renais devem adotar um cuidado redobrado para prevenir a desidratação. Pelo contrário, há certas doenças do fígado e dos rins que obrigam a uma limitação da ingestão de água e outros líquidos. No outro prato da balança, encontra-se o sal que, em excesso, prejudica o equilíbrio hídrico do 38

organismo. O sal é um fator de risco da hipertensão arterial, que, por sua vez, é um fator de risco das doenças renais. Porquê? Porque a hipertensão danifica os vasos sanguíneos dos rins. Posto isto, o convite aqui fica: não espere pela sede, beba água; reduza o sal com que tempera a comida e elimine alimentos pré-cozinhados e enlatados, produtos de charcutaria e condimentos como o ketchup e a mostarda.

Quando os rins falham… Os rins são verdadeiros filtros naturais cujo funcionamento é, aparentemente, simples: o sangue entra nestes órgãos através das artérias renais e passa para os nefrónios – cada rim possui cerca de um milhão – que atuam como filtros minúsculos. É desta forma, que o sangue é liberto dos produtos tóxicos e do excesso de água, sendo os resíduos encaminhados para a bexiga, onde se acumulam sob a forma de urina, que acabará por ser excretada. Ora, torna-se fácil perceber que, se os rins estiverem lesados, a sua capacidade de eliminação fica limitada e as toxinas e a água acabam por acumular-se no organismo. Surge assim a insuficiência renal.

Pode acontecer que esta diminuição, ou perda da função renal, ocorra de uma forma aguda – insuficiência renal aguda – mas, o mais comum é que se desenvolva de forma lenta e progressiva – insuficiência renal crónica. Na origem desta situação crónica estão, com frequência, a hipertensão arterial e a diabetes. Quando os rins funcionam apenas a 10-15% da sua capacidade normal, não é possível viver sem um tratamento de substituição da função renal, diálise ou um transplante renal.

As pedras dolorosas Dá pelo nome de litíase renal e os seus cálculos são mais conhecidos como “pedra nos rins”. Nomenclaturas à parte, o facto é que este problema afeta um número significativo de pessoas. Os homens entre os 30 e os 50 anos são as suas “vítimas” preferenciais. Na sua origem está uma urina demasiado concentrada, o que leva os sais minerais a cristalizarem nos rins. Estes cristais, com o tempo, combinam-se e formam uma massa sólida, a tal que vulgarmente é designada como “pedra”. Podemos dizer que acontece exatamente da mesma maneira como uma ostra forma uma pérola a partir de um minúsculo grão de areia. O processo de formação de um cálculo inicia-se


no próprio rim. Depois de formados, os cálculos podem deslocar-se para outras zonas do aparelho urinário e provocar uma forte dor, a chamada cólica renal. Além da dor, há outros sintomas da presença de cálculos renais: urina turva e de odor pútrido, sangue na urina, uma vontade persistente de urinar, náuseas, vómitos, prisão de ventre, por vezes febre e calafrios. Os cálculos podem ter vários tamanhos. Desde o mais pequeno, que é eliminado espontaneamente, sem necessidade de recurso a tratamento, até ao de tamanho mais considerável – chegando a preencher o rim por completo. Quanto à sua forma, também é variável, podendo ser alongada, com uma superfície lisa ou irregular e com bicos. Existem certos fatores de risco que podem aumentar a probabilidade de o problema surgir: uma pessoa que urina menos de dois litros por dia, que já tenha tido um cálculo renal, que tenha familiares que já tenham sofrido do mesmo problema, que ingere uma quantidade insuficiente de líquidos, que consome grandes

quantidades de açúcar, de leite ou lacticínios, bem como grandes quantidades de carne, reúne um conjunto de condições para que o problema se instale. Também doenças como a gota, infeções urinárias e a toma de medicamentos como os diuréticos constituem fatores de risco. A composição química dos cristais determina o tipo de cálculo formado. Deste modo, existem vários tipos de cálculos, nomeadamente: os cálculos de oxalato de cálcio (60%), de oxalato de cálcio associado a fosfato de cálcio (20%), ácido úrico (8%), estruvite (8%), fosfato de cálcio (2%) e cistina e outros componentes (2%). Após análise, caso se verifique que os cálculos de que a pessoa sofre são de cálcio, deve-se ingerir leite e derivados em quantidades moderadas. Se o oxalato for um dos componentes do cálculo, devem ser evitados alguns alimentos, tais como: batata-doce, beterraba, espinafres, amendoins, chocolates, café, chá e frutos secos (sobretudo nozes). Independentemente do tipo de cálculo ou de alteração metabólica que a pessoa possa ter, beber grandes quantidades de líquidos reduz substancialmente o risco de formar novos

cálculos renais. Aproximadamente uma em cada 100 pessoas desenvolve cálculos urinários ao longo da vida. Cerca de 80% destas pessoas eliminam a “pedra” espontaneamente, juntamente com a urina. Os 20% restantes necessitam de alguma forma de tratamento. O tratamento altera consoante a variação do próprio cálculo. Fatores como a sua dimensão e localização têm na decisão da intervenção a aplicar um peso fundamental. A litíase renal é uma doença crónica com tendência para recorrência. A avaliação clínica adequada permite na grande maioria dos casos um diagnóstico da causa da litíase e a orientação para o tratamento adequado que, associado ao reforço hídrico e a alterações da dieta, permite evitar ou reduzir significativamente a formação de cálculos em mais de 80% dos doentes. No entanto, a prevenção desta doença exige um compromisso na realização dos tratamentos prescritos, dado que a prevenção de novos cálculos deve ser feita para o resto da vida.

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Alimentos funcionais São designados de alimentos funcionais todos e quaisquer alimentos ricos num determinado nutriente que desenvolve funções importantes no nosso organismo.

VIVA MAIS

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Um alimento pode ser considerado funcional se for demonstrado que o mesmo pode afetar beneficamente uma ou mais funções alvo do corpo, para além de possuir os adequados efeitos nutricionais, de maneira a que seja relevante tanto para o estado de saúde e bem-estar, como para a redução do risco de doença. Os alimentos funcionais devem ser alimentos convencionais, que demonstrem os seus efeitos nas quantidades usualmente consumidas na dieta normal; não se tratam, assim, de comprimidos ou cápsulas, mas sim de alimentos normalmente incluídos nos padrões alimentares quotidianos.

Classificação dos alimentos funcionais As substâncias biologicamente ativas encontradas nos alimentos funcionais podem ser classificadas em grupos, tais como os ácidos gordos, fitoquímicos, fibras, pré-bióticos, pró-bióticos e vitaminas.

Ácidos gordos

Os ácidos gordos classificam-se em ómega 3 e ómega 6. O primeiro é um ácido gordo essencial, constituído basicamente pelo LNA (ácido alfa-linolênico) com função de baixar os níveis de colesterol LDL além de reduzir a tensão arterial. Pode ser encontrado em peixes gordos, sementes de linhaça, frutos oleaginosos (como as nozes e as amêndoas), no azeite, nos óleos de linhaça, sésamo, canola e, em menor quantidade, no de soja. O ómega 6 é também um ácido gordo essencial que não pode ser sintetizado pelo organismo e possui propriedades semelhantes às do ómega 3, para além de auxiliar na cicatrização e estimular o sistema imunológico; pode ser encontrado no azeite, óleo de amendoim, amêndoas, avelãs, abacate.

doenças cardiovasculares e possuem atividade anticancerígena e anti-inflamatória. As isoflavonas (fitoestrogénios) também se incluem nesta classificação. As fontes destas substâncias são o vinho (resveratrol), a soja (isoflavonas), frutos vermelhos, uvas, azeite, café e chás (catequinas).

Fibras

São classificadas como solúveis e insolúveis e apresentam funções ao nível do bom funcionamento intestinal, redução do colesterol e controlo da glicemia, prevenção da obesidade, das doenças cardiovasculares e cancro do cólon. As fibras solúveis são encontradas na aveia, cevada, milho, centeio, citrinos, maçã, leguminosas, couve-flor, cenoura, entre outros; já as fibras insolúveis podem ser encontradas no farelo de trigo, pão integral, fruta madura, frutos secos, brócolos e feijão-verde.

Prebióticos

São substâncias que não são absorvidas ao nível do aparelho gastrointestinal superior, chegando intactas ao cólon, onde estimulam seletivamente o crescimento e/ou a atividade das bactérias benéficas que constituem a flora intestinal. São fibras da família dos hidratos de carbono como a inulina, oligofrutoses e frutoligossacáridos (FOS). Encontram-se na beterraba, cebola, alhos, espargos, trigo, cevada, centeio, banana, entre outros.

Probióticos

Fitoquímicos

São bactérias benéficas vivas que integram a flora intestinal. Normalmente habitam no intestino, onde criam um meio adverso ao desenvolvimento de micro-organismos patogénicos. As bactérias mais usadas são Lactobacillus acidophilus, Bifidobacterium, Streptococcus thermophilus, Lactobacillus bulgaricus. As suas principais funções são diminuir o risco de cancro, nomeadamente cancro do cólon, regular a motilidade intestinal, evitando a obstipação, aumentar a imunidade e facilitar a digestão da lactose. Encontram-se em iogurtes e leites fermentados.

Os esteróis vegetais auxiliam na prevenção de doenças cardíacas e reduzem os níveis de colesterol se consumidos regularmente, pois inibem a absorção da fração LDL a partir do intestino delgado. Podemos encontrá-los nas hortícolas, frutas, leguminosas, cereais, frutos secos, óleos vegetais.

Vitaminas

Aos fitoquímicos pertencem os esteróis vegetais, carotenoides, organosulfuretos, glucosinatos, flavonoides e catequinas.

Os carotenoides (licopeno, ß-caroteno) têm ação antioxidante e anticarcinogénica e estão presentes no tomate, abóbora, pimentos, laranja, manga, melão, pêssego, cenoura, espinafres, brócolos. Os organosulfuretos ajudam no controlo da hipertensão arterial e diminuem os níveis de colesterol; encontram-se no alho, cebola e couves. Glucosinolatos são anticancerígenos e podem ser encontrados nos vegetais crucíferos, como o repolho, couve-flor, brócolos e couve-de-bruxelas. Os flavonoides e catequinas possuem efeitos ao nível da prevenção das

A vitamina E (tocoferol), presente nos óleos, azeite, frutos secos, cereais integrais, brócolos, espargos, e a vitamina C, têm funções antioxidantes e estimulam o sistema imunitário, normalmente encontrada nos citrinos como laranja, kiwi, morangos e hortícolas de folha verde escura. No fundo, com uma dieta variada e equilibrada, é possível prevenir o desenvolvimento de determinadas patologias, como diabetes mellitus tipo 2, hipertensão arterial, cancro colorretal e até uma simples constipação. Uma alimentação saudável é, efetivamente, a base para uma vida saudável.

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VIVA MAIS

Natação Desporto ideal para toda a família Praticada em qualquer idade e condição física, a natação é um desporto que traz inúmeros benefícios para a saúde de toda a família. Além disso, pode ser praticada mesmo por pessoas com deficiência, como processo de habilitação, reabilitação e interação social, cumprindo um importante papel. Introduzida como desporto de competição após a II Guerra Mundial, a natação é recomendada pela comunidade médica em várias situações e é considerada pelo U.S. Masters Swimming como «uma forma divertida, saudável e desafiadora de se exercitar, sendo apropriada para todos os níveis de condicionamento e objetivos». O American College of Sports Medicine detalha as inúmeras vantagens, salientando que a natação melhora a flexibilidade, o humor e estimula a perda de peso. Uma hora de natação moderada pode queimar cerca de 500 calorias. Ao estimular o metabolismo, continua a queimar gordura mesmo depois de sair da piscina. Praticante de natação de competição durante a adolescência, Andreia Miranda defende que este é «um desporto muito completo pois trabalhamos todo o corpo, muitas vezes sem dar por isso».

Aliviar o stress Jornalista de profissão, Andreia Miranda destaca os benefícios da modalidade: «os benefícios são claros, pelo menos para mim: o mundo fica fora da piscina e dentro de água não há nada mais do que eu e a água. Enquanto 42

nado, consigo desligar a cabeça dos problemas do dia-a-dia e só pensar em respirar a cada quatro ou seis braçadas. E como eu costumo dizer: a fúria é um ótimo combustível para nadar. Saio da piscina como nova!». Entre as recomendações para quem pretende iniciar a modalidade, Andreia Miranda recomenda a procura de um professor, «se não sabe nadar. Não tente aprender a nadar sozinho. Um erro dentro de uma piscina pode ser fatal. Depois de aprender a nadar, desfrute».

Aprender desde tenra idade Aprender a nadar, além de útil, traz de volta a memória profunda de uma criança, do tempo em que estava na barriga da mãe, num meio líquido e aquecido. Contudo, há que ter em atenção que, principalmente quando iniciada na infância, a prática deve ser lúdica e livre, sem exigências competitivas. Antes de iniciar a prática deve realizar um check up médico, até porque na maioria das piscinas públicas e ginásios é exigido um atestado médico. Além disso, tenha o cuidado de visitar as instalações do ginásio ou da piscina pública antes de realizar a sua inscrição, de modo a garantir que todas

as condições de higiene e segurança estão asseguradas.

Trabalhar todos os músculos São inúmeras as vantagens que esta prática desportiva traz para a saúde, das quais se destacam o facto de trabalhar todos os músculos do corpo, sendo mesmo apelidado por muitos como «o desporto mais completo». Além disso, alonga os músculos, combinando resistência com exercícios aeróbicos, ao mesmo tempo que acelera o metabolismo. Também coloca o seu corpo em movimento, ajudando a musculatura a ficar mais flexível. Outra das mais-valias da natação é o facto de ajudar a tratar lesões e beneficiar as articulações, contrariamente à corrida em que este tipo de lesões é frequente. No caso de pessoas que sofram de doenças respiratórias, como a asma, nadar ajuda a reduzir os sintomas e também melhora a capacidade pulmonar. Se não possui resistência física para nadar, pode começar por exercícios simples como dar pontapés, fazer agachamentos ou até usar o bordo da piscina para fazer flexões.



VIVA MAIS

Receita Saudável Pequeno-almoço funcional: Overnight Oats (1 dose) Cada vez mais o nosso ritmo diário é acelerado e stressante. Acabamos por fazer as refeições “a correr”, muitas vezes em pé e de forma pouco equilibrada. Se quer começar o dia cheio de energia e de forma rápida, que tal preparar o seu pequeno-almoço na noite anterior? Assim terá mais tempo e poderá desfrutar calmamente da sua refeição. Sugerimos um pequeno-almoço com alto teor de fibra (ajuda a aumentar a saciedade, promove o bom funcionamento intestinal e diminui a absorção do colesterol), probióticos (promovem o bom funcionamento intestinal) e flavonoides (substância antioxidante que previne o envelhecimento celular e tem propriedades anti-inflamatórias). Valores nutricionais Energia (kcal)

Proteínas (g)

Lípidos (g)

Glícidos (g)

Fibra (g)

285

13,9

8,4

37,7

11,3

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Sementes de Chia

Ingredientes: 1 iogurte magro com bífidos 1 colher de sobremesa de sementes de chia 4 colheres de sopa de flocos de aveia 1 mão cheia de frutos vermelhos (cerca de 125g) – como morangos, mirtilos, framboesas, amoras, groselhas 1 colher de sopa de amêndoas laminadas Modo de preparação: Misture o iogurte magro com os flocos de aveia e as sementes de chia. Num frasco ou copo alto, coloque alternadamente uma camada do preparado anterior e uma camada de frutos vermelhos. Repita o processo até à última camada ser a dos frutos. Por fim, polvilhe com as amêndoas laminadas. Tape com pelicula aderente e deixe repousar no frigorífico da noite para o dia.

A chia (Salvia hispânica L.) é uma planta originária da região da América Central e do Sul, cultivada há mais de 4000 anos pelos astecas e maias. É detentora de propriedades nutritivas especiais e era muito consumida pelas civilizações antigas, principalmente por quem precisava de força e resistência física. Destas propriedades destaca-se a sua riqueza em fibras, antioxidantes, proteínas, vitaminas e minerais, além de ser das fontes mais ricas em ómega 3. As sementes de chia contêm mais ómega 3 do que as sementes de linhaça ou o salmão; mais antioxidantes do que os frutos vermelhos; mais cálcio do que o leite de vaca e mais fibras do que os cereais integrais. Basta adicionar à dieta diária duas colheres de sopa destas sementes para obter, aproximadamente, 7g de fibras, 4g de proteínas, 205mg de cálcio e 5g de ómega 3.



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saúde digital

Onco+ www.oncomais.pt Onco+ é um portal informativo que tem como principal objetivo permitir que a população em geral e os doentes oncológicos e seus familiares/cuidadores em particular tenham acesso à maior e mais credível informação possível, com rigor científico, de forma a compreenderem e/ou conviverem melhor com o cancro. No portal Onco+ é estimulada a informação em dois sentidos: não só aumentar os seus conhecimentos mas também partilhar experiências, dúvidas, receios ou até a simples recolha de informação. A equipa multidisciplinar que desenvolve e gere o site Onco+ dispõe de profissionais qualificados nas várias áreas, que se preocupam em partilhar informação credível, de qualidade e útil para todos os que querem conhecer/saber mais sobre a doença oncológica e, em especial, para os que a vivenciam. As áreas abordadas neste portal prendem-se, por um lado, com a disponibilização de informação detalhada sobre os vários tipos de cancro e seu tratamento e, por outro, com a prestação de informação sobre os aspetos psicológicos relacionados com esta doença, que se incluem numa área da psicologia denominada psico-oncologia. Neste âmbito, são referidas terapias alternativas ao tratamento convencional, tais como o relaxamento, as massagens, a acupuntura e a estimulação elétrica nervosa transcutânea. Dois aspetos intrinsecamente relacionados com esta patologia são a nutrição e o tabagismo. Por este motivo, estes são dois temas que também merecem destaque neste portal. Tendo os familiares próximos e amigos do doente com cancro um papel crucial quer na aceitação da doença, quer no tratamento e no processo de cura, poderá encontrar uma área dedicada a este tema com informação útil. Simultaneamente, é disponibilizada uma área de perguntas frequentes e testemunhos.

Escreva-nos, 48

dê-nos a sua opinião e sugestões para o e-mail: revistah@grupo-holon.pt


Crescer bem com a CrescerBem A CrescerBem ajuda famílias desestruturadas, consideradas de risco social, que se deparam com a dificuldade acrescida de ver nascer

atuar

uma criança doente. Desde que foi criada, somente há três anos, a associação já conseguiu apoiar mais de 50 crianças.

A associação CrescerBem é jovem, tendo somente três anos, contudo nasceu pela mão de alguém que há cerca de 16 anos trabalha voluntariamente com famílias carenciadas. Isabel Santos, presidente da CrescerBem, conta que a associação nasceu de «um convite que uma assistente social do Hospital Dona Estefânia (HDE) me fez, quando me encontrou numa enfermaria a dar assistência a uma família de etnia cigana».

diagnóstico social e apurado o perfil e os critérios de apoio». Além do trabalho diário de acompanhamento das famílias em regime de ambulatório e no domicílio, a CrescerBem desenvolve atividades, como a recolha de alimentos e donativos, a angariação de fundos junto de empresas e particulares, a oferta do lanche ao Hospital de Santa Maria, no Dia Mundial da Prematuridade, e conseguiu, com a ajuda da Danone Nutricia, Aptamil, Blédina e da empresa Urbanos angariar mais de 100.000 refeições para quatro mil famílias.

A CrescerBem nasceu, então, «da vontade de ajudar famílias muito carenciadas, com a dificuldade acrescida de ver nascer uma criança doente», sintetiza a sua responsável, acrescentando que é uma associação «muito dinâmica, que conta com um grupo de voluntárias multifacetadas e que tem tido uma capacidade de resposta adequada aos pedidos de ajuda que são feitos pelos serviços sociais dos hospitais com quem trabalhamos».

Alargar a intervenção Quanto ao futuro, Isabel Santos avança que, «para 2014/2015 vamos continuar com uma grande aposta na divulgação da CrescerBem e num plano forte de angariação de fundos, pois queremos alargar a nossa intervenção a mais unidades e, por isso, estamos em fase de estudo no sentido do alargamento da nossa intervenção a famílias com crianças com risco biológico acrescido até à idade de 18 anos».

40 famílias, mais de 50 crianças Neste sentido, o objetivo da CrescerBem no HDE é precisamente o de «colmatar uma lacuna existente nessa unidade, pois até à data em que a associação iniciou a sua intervenção no HDE, não havia nenhuma entidade que desse apoio a famílias com grandes carências e com crianças, na maioria das vezes, com doenças graves». Olhando para trás, para os seus três anos de atividade, o balanço é positivo, pois para além de possuir um grupo de voluntárias constituído por educadoras infantis e do ensino especial, farmacêuticas, gestoras, enfermeiras, estudantes do 12ª ano e estudantes do curso de psicologia do ISPA, a CrescerBem tem sido alvo de «gestos de generosidade por parte de empresas nossas mecenas, bem como por parte de pessoas que individualmente se dirigem a nós com as suas ofertas». Por outro lado, conta com o apoio «sem restrições» da equipa de médicos e enfermeiros do HDE.

Dadas estas circunstâncias, durante estes três anos «fomos capazes de apoiar cerca de 40 famílias no domicílio, abrangendo mais de 50 crianças». Já no regime de apoio a famílias em visita ambulatória (no HDE), Isabel Soares refere que «totalizamos cerca de 1.000 famílias».

Famílias desestruturadas A CrescerBem apoia famílias desestruturadas, consideradas de risco social. «Falamos de mães solteiras, adolescentes, famílias desempregadas, imigrantes em curso de legalização e famílias das antigas colónias portuguesas», sendo que, segundo a presidente da associação, estas famílias podem pedir ajuda à associação «através das assistentes sociais dos hospitais com quem trabalhamos e, posteriormente, é feito um

Farmácias Holon apoiam CrescerBem As farmácias são entidades muito importantes para a CrescerBem, pois «sentimos a necessidade de apoiar em medicamentos e em produtos farmacêuticos como cremes para queimados e peles atópicas ou leites especiais», revela Isabel Soares, explicando que «são produtos caríssimos, que não são comparticipados». Na verdade, há casos em que se não fosse o apoio da CrescerBem, «a criança não poderia ter alta e continuaria internada longe do seu meio ambiente». Conscientes de que toda a ajuda é bem-vinda, as Farmácias Holon lançaram uma campanha em que o utente ao adquirir produtos da linha HolonBaby estará a ajudar a CrescerBem, contribuindo com cinquenta cêntimos.

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Estatuto Editorial breves

A H é uma revista bimestral de caráter informativo, circunscrevendo-se nas temáticas da saúde e bem-estar, orientada por critérios de rigor e criatividade editorial. A H é uma revista dirigida a um público plural e é propriedade da Holon - Comunicação Global, Unipessoal, Lda. O conceito da revista H passa pela abordagem às diversas questões nas áreas temáticas em que se insere, de modo prático e útil, em respeito pelo rigor científico. A H reconhece que os leitores são a sua principal razão de existência e, por isso, a satisfação das suas necessidades de informação constitui o seu objetivo primordial. É, assim, uma revista idealizada e produzida com o propósito de ir ao encontro dos interesses dos seus leitores, procurando servi-los sempre de forma isenta e objetiva.

Cancro da mama: escuridão é chave do sucesso da terapia

Prática de desporto previne a perda auditiva Diferentes estudos demonstraram que praticar desporto previne a perda auditiva, avança o “SAPO Saúde”. Um destes estudos, intitulado Nurses Health Study II, permitiu analisar os dados recompilados de quase 70 mil mulheres. Os resultados foram ilustrativos: nas mulheres com um índice de massa corporal entre 30 e 34, o risco relativo de padecer de perda auditiva é 17% maior, e se este índice é de 40 ou superior, o risco é de 25% maior do que em comparação com as mulheres cujo índice de massa corporal é menor a 25. Ainda assim, em mulheres com uma circunferência de cintura de 80 a 88 cm, o risco relativo de sofrer de perda de audição era 11% maior; se o seu contorno de cintura fosse superior a 88 cm, o risco ascendia até 27% em comparação com mulheres cuja circunferência de cintura fosse inferior a 71 cm.

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A exposição à luz durante a noite, que interrompe a produção da hormona melatonina, torna o cancro da mama completamente resistente ao tamixofeno, revela um estudo publicado na revista “Cancer Research”, que sugere que a melatonina tem um papel importante no sucesso desta terapia. A melatonina é uma hormona que controla os ciclos de luz e vigília. Esta é uma hormona fotossintética, o que significa que a luz afeta a sua produção no organismo. Os níveis de melatonina começam a aumentar à noite e decrescem com a luz dia. Estudos anteriores já tinham sugerido que esta hormona também atrasava a formação de tumores e abrandava significativamente o seu crescimento. De acordo com os autores do estudo, estes resultados têm enormes implicações para as mulheres que estão a ser tratadas com tamoxifeno e que estão regularmente expostas à luz durante a noite devido a problemas de sono, ao trabalho por turnos ou que estão expostas à luz emitida pela televisão ou computador.

Stress torna o metabolismo mais lento O stress a que as mulheres são expostas no dia anterior a ingerirem uma refeição rica em gordura pode abrandar o metabolismo do organismo e potencialmente conduzir ao ganho de peso, sugere um estudo publicado na revista “Biological Psychology”. O estudo apurou que as mulheres expostas a um ou mais eventos stressantes no dia anterior queimavam, nas sete horas seguintes à refeição, menos 104 calorias do que aquelas que não tinham vivido nenhum momento stressante. Ao fim de um ano esta diferença pode ser traduzida num aumento de cerca de 5 kg. As mulheres submetidas a eventos stressantes também apresentavam níveis mais elevados de insulina, que contribui para um maior armazenamento de gordura e menos oxidação desta.

Consumo moderado de álcool não beneficia coração Ao contrário do que se acredita atualmente, o consumo moderado de álcool não beneficia a saúde cardiovascular, são as conclusões de um estudo internacional, referido no portal “Univadis”. Foi determinado que os indivíduos que possuíam o hábito de consumo de bebidas alcoólicas mais baixo apresentavam um risco 10% mais reduzido de doenças coronárias, tensão arterial mais baixa e um índice de massa corporal igualmente inferior. A equipa de investigadores conclui assim que a redução do consumo de bebidas alcoólicas, a todos os níveis de consumo, será benéfico para a saúde cardiovascular.




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