Revista H#16

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EDItOrial

Índice 3

Editorial 33

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Atualidade Opinião Óscares da Farmácia 36

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Até as supermulheres têm de ter cuidados com a saúde Mães, donas de casa e trabalhadoras de excelência, são estas, tipicamente, as três “profissões” que as mulheres podem ter em simultâneo. Muitas vezes, quando o dia de trabalho começa, já elas acordaram, vestiram, deram o pequeno-almoço e levaram os filhos à escola. Quando o dia de trabalho acaba, voltam às tarefas de Mãe e de donas de casa: vão buscar as crianças, dão-lhes banho, ajudam nos trabalhos da escola, brincam com elas, preparam o jantar, deitamnas e ainda limpam e arrumam a casa. Sejamos sinceros: por vezes é mesmo necessário serem supermulheres para fazer tudo isto. No entanto, até as supermulheres têm de ter alguns cuidados no seu dia a dia, sendo muito importante que tenham alguma atenção com a saúde, já que também são necessárias algumas precauções especiais, nomeadamente com o cansaço excessivo e com o stress provocados por um estilo de vida mais sobrecarregado. Segundo um estudo de uma companhia de seguros brasileira, as mulheres, atarefadas diariamente com as suas várias “profissões”, acabam por ter um descuido natural com a própria saúde, resultando num expressivo aumento dos fatores de risco que podem provocar doenças cardíacas, seja pelos níveis de stress maiores que o desejável, seja pelos elevados níveis de colesterol devido a uma alimentação desequilibrada ou pelo aumento de peso, resultante de uma atividade física diminuta. Assim, outro grande desafio que se vislumbra para estas supermulheres e para a população em geral é que todos se mantenham saudáveis, independentemente da idade, do género, do estilo de vida ou de quantas “profissões” acumula. Nas Farmácias Holon trabalhamos diariamente para lhe proporcionar um nível de excelência no vasto leque de Serviços Farmacêuticos que oferecemos, na certeza que esses mesmos serviços ajudarão a prevenir ou a tratar o seu problema de saúde. Venha ter connosco e comprove por si mesmo toda a dedicação, competência e brio que colocamos no nosso trabalho. É que por vezes, até as supermulheres precisam de ajuda. Farmácias Holon, um dia todas serão assim. Miguel Goulão Diretor da Revista

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O que Dizem os Especialistas Cancro da mama: «Não é sentença de morte mas implica vigilância para a vida» Em Foco Saúde no feminino: Estar alerta aos sinais do corpo Um Dia Todas Serão Assim 14 Infeções do trato urinário 17 Calendário & Ações Farmácias 18 Farmácia Holon Leiria: Modernizar e inovar para melhor servir Cuidamos de Si 19 Cada inseto, sua picada! 22 Desmistificando a diabetes H Júnior 27 Diverte-te 28 Trocado em Miúdos 30 Dentro & Fora de Casa 31 Pinta o desenho

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Bebé e Mamã Gravidez e pós-parto: Como gerir a sua vida sexual durante estes períodos? Dia a Dia Herpes labial: Da prevenção ao tratamento Cuide Aqui da sua Saúde Saúde sexual da mulher: Contraceção e saúde íntima Viva Mais 43 Alimentação na gravidez: Em vez de comer por dois, pense por dois! 45 Kitesurf: Um desporto de emoções fortes 47 Receita saudável Atuar Dia Mundial do Cancro de Cabeça e Pescoço

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NOVIDADES

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Saúde Digital

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Breves

Edição: Hollyfar – Marcas e Comunicação, Lda. – Rua Aquiles Machado, nº 5F 1900-077 Lisboa Coordenador Editorial: Maria João Costa Lobo (Holon) e Inês Marujo (Hollyfar) • Colaboram nesta edição: Ana Albernaz, Andreia Cruz, Carmen Silva, Juliana Moreira, Lionel Monteiro, Lisa Gonçalves, Maria Luísa Teixeira, Nídia Rodrigues • Fotografia: David Oitavem Publicação bimestral • E-mail: revistah@farmaciasholon.pt • Tiragem deste número: 30.000 exemplares • Os artigos assinados apenas veiculam a posição dos seus autores. Layout: Series – Comunicação e Design, Lda. – Rua Rodrigues Sampaio, 31, 1º Dto. 1150-278 Lisboa; Site: www.series. com.pt • United Creative – Estrada da Luz nº 90, 10ºH 1600-160 Lisboa; Site: www.unitedcreative.com • Paginação: Helena Diretor: Miguel Goulão • Propriedade: Holon – Comunicação Global,

Freitas • Execução Gráfica: Finepaper – Rua do Crucifixo,

Unipessoal, Lda. • Capital Social: 5.000,00 euros • Órgãos Sociais:

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atualidade

Cancro: Portugal é o país

Linha Saúde 24 quer diminuir

Cirurgias para mudança da cor

da UE que menos gasta

inscrição de idosos

dos olhos podem conduzir à

em medicamentos Portugal é o país da União Europeia (UE) que menos gasta em medicamentos para tratar o cancro, segundo um relatório realizado pela consultora internacional BCG. O estudo “Inovação como um Direito dos Portugueses” revela ainda que o cancro é a segunda causa de morte entre a população portuguesa, no entanto, apenas representa 7% da despesa do Estado com medicamentos, de acordo com informações avançadas pelo jornal “Público”. Além disso, as moléculas inovadoras nesta área demoram mais a serem aprovadas e comparticipadas, e muitas vezes a sua utilização é limitada a uma parte das indicações aprovadas a nível internacional. Salientam os autores que «os fármacos oncológicos são quase exclusivamente hospitalares, o que agrava ainda mais as condições de acesso». Os responsáveis pelo estudo afirmam ainda que «o acesso tardio e limitado à inovação farmacológica gera o risco de Portugal se distanciar gradualmente da Europa em termos de resultados em saúde». Mais concretamente, «a evolução dos resultados em oncologia tem sido inferior à média da UE18», isto é, «à medida que medicamentos inovadores não disponíveis em Portugal comecem a ser usados noutros países e os standards de tratamento nacionais se distanciem dos internacionais, há o risco de os resultados ficarem comprometidos».

As administrações regionais de saúde estão a receber instruções da tutela para suspenderem ações de promoção da Linha Saúde 24 Sénior junto dos utentes idosos nos centros de saúde. O objetivo é travar a entrada de novas inscrições num serviço que já acompanha quinzenalmente cerca de 25 mil cidadãos com mais de 70 anos. De acordo com o “Jornal de Notícias”, a decisão estará relacionada com o facto de o serviço estar a atingir o número de chamadas contratualizado com o parceiro privado e de a tutela não querer aumentá-lo, porque isso implica financiamento adicional.

Estatuto Editorial A H é uma revista bimestral de caráter informativo, circunscrevendo-se nas temáticas da saúde e bem-estar, orientada por critérios de rigor e criatividade editorial. A H é uma revista dirigida a um público plural e é propriedade da Holon Comunicação Global, Unipessoal, Lda. O conceito da revista H passa pela abordagem às diversas questões nas áreas temáticas em que se insere, de modo prático e útil, em respeito pelo rigor científico. A H reconhece que os leitores são a sua principal razão de existência e, por isso, a satisfação das nossas necessidades de informação constitui o seu objetivo primordial. É, assim, uma revista idealizada e produzida com o propósito de ir ao encontro dos interesses dos seus leitores, procurando servi-los sempre de forma isenta e objetiva. 4

cegueira A Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) alerta a população sobre os potenciais riscos associados a cirurgias para mudar a cor dos olhos, reforçando o aviso lançado pela Academia Brasileira de Oftalmologia (ABO), Academia Americana de Oftalmologia (AAO) e Associação Pan-Americana de Oftalmologia (PAAO). Nestes procedimentos de caráter meramente estético, a aplicação repetida de laser na íris ou a colocação intraocular de um implante entre a íris e a córnea pretendem transformar olhos castanhos em olhos azuis, explica a entidade em comunicado. A cor castanha dos olhos resulta de uma maior concentração de melanina na íris, um pigmento que se encontra presente também na pele. Com a aplicação de laser sobre uma íris castanha, a camada superficial de melanina vai ser destruída, deixando-a com uma tonalidade azulada. Isto é, com menos concentração de melanina. Os implantes de íris alteram a cor dos olhos através da colocação de um objeto estranho dentro do olho. Estes implantes não estão aprovados pelo INFARMED para uso intraocular pelo que a sua utilização é proibida no nosso país, mas além-fronteiras, têm vindo a ganhar bastantes adeptos. Maria João Quadrado, presidente da SPO, explica, em comunicado, que estas cirurgias podem levar a consequências graves para a visão inclusive à cegueira. A redução irreversível da visão, pressão intraocular aumentada, glaucoma, catarata, lesão corneana, uveítes e inflamação intraocular são alguns dos riscos associados a estas cirurgias. A lesão da córnea pode levar à necessidade da realização dum transplante de córnea. A presidente da SPO realça ainda que «é fundamental fazer a distinção entre estas cirurgias de outras realizadas através de laser, como é o caso das cirurgias para correção de erros refrativos, procedimentos seguros e amplamente estudados e realizados apenas por médicos oftalmologistas».



OPINIÃO

Óscares da Farmácia Os Prémios Almofariz, uma iniciativa da Revista Farmácia Distribuição, distinguem o que de melhor se faz no setor farmacêutico. Anualmente, os Prémios Almofariz distinguem, na categoria “Farmácia do Ano”, a excelência de uma farmácia comunitária em Portugal. O Prémio Almofariz 2015 foi atribuído à Farmácia Moderna de Esmoriz. Este prémio não é meu, mas de toda a nossa equipa. É, naturalmente, um prémio que muito nos orgulha, motiva e incentiva a fazer mais e melhor. O paradigma da farmácia mudou… Tivemos que nos adaptar. Reestruturámos a equipa. Fizemos algumas escolhas difíceis e definimos um rumo que, juntos, temos vindo a trilhar num firme passo a passo. Implementámos uma gestão rigorosa da farmácia, de modo a assegurar a sua sustentabilidade financeira. No início de 2010 passámos a integrar a rede das Farmácias Holon, que sempre nos passou uma cultura de excelência que se estende transversalmente a toda a equipa e nos tem permitido evoluir. Apostamos fortemente na formação, quer na vertente técnica quer na comportamental. Acreditamos que a chave para o sucesso é a melhoria contínua. A mudança é um processo que nunca poderá parar…

Romi Rôla Diretora técnica da Farmácia Moderna (Esmoriz)

Na nossa farmácia prestamos serviços altamente diferenciados, apontando soluções seguras para quem nos procura e em nós confia, permitindo ainda que outros parceiros na área da saúde sintam que o nosso contributo vai muito além da dispensa do medicamento. A nossa intervenção

passa igualmente pela adesão à terapêutica, uso racional dos medicamentos, prevenção da doença e promoção da saúde. Intervimos proactivamente junto da comunidade local, para reforçar laços de confiança e prestar um verdadeiro serviço de saúde, nomeadamente no seguimento e monitorização do doente crónico, revisão terapêutica, preparação individualizada de medicação, consulta farmacêutica, aconselhamento a diabéticos, etc. Queremos levar a farmácia até às famílias. Desenvolvemos diversas ações em escolas, lares de idosos e comunidades locais. Quando necessário deslocamo-nos a casa dos nossos utentes. Faz toda a diferença o utente percecionar que na sua farmácia é dada atenção às suas debilidades físicas e psíquicas e que o profissional que o atende se preocupa e se envolve com ele. Esta é também a nossa responsabilidade social. Acreditamos que o utente está em primeiro lugar! O utente pode até nem sempre ter razão, mas tem sempre emoção. E temos que aprender muito bem a moderar esta vertente razão/utente/ emoção. Queremos que a farmácia seja vista como uma “porta amiga”, um lugar a estar, disfrutar, permanecer e voltar… Considerar a farmácia como parte integrante das famílias, seja por motivos “curativos” mas sobretudo preventivos. Apesar da adversidade, sentimos que valeu a pena apostar no desenvolvimento contínuo da qualidade do serviço. Esta distinção é o reconhecimento do nosso empenho e entrega permanentes.

«Na nossa farmácia prestamos serviços altamente diferenciados, apontando soluções seguras para quem nos procura e em nós confia, permitindo ainda que outros parceiros na área da saúde sintam que o nosso contributo vai muito além da dispensa do medicamento.»

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O QUE DIZEM OS ESPECIALISTAS

Cancro da mama «Não é sentença de morte mas implica vigilância para a vida» A incidência do cancro da mama, uma doença que mata todos os dias três mulheres em Portugal, continua a crescer em todas as faixas etárias, apesar de ser mais frequente nas mulheres depois da menopausa. Fátima Cardoso, que dirige o Programa de Investigação do Cancro da Mama e a Unidade da Mama do Centro de Cancro Champalimaud, em Lisboa, desmistifica algumas questões e alerta para o “esquecimento” a que tem sido vetado o cancro da mama avançado.

H - O cancro da mama continua a ser o tipo de cancro mais comum entre as mulheres. Pode falar do número de doentes e se a deteção tem sido mais precoce? Fátima Cardoso – Se falarmos em números europeus, há um diagnóstico de cancro da mama a cada dois minutos e meio e há uma morte por cancro da mama a cada seis minutos e meio. São números que assustam e necessitam dos nossos esforços para melhorar muito. O cancro da mama não é uma doença, são várias. Os avanços da biologia permitiram-­nos caracterizar pelo menos três grandes subtipos: o hormonodependente; o HER-2 positivo, que depende de um recetor muito específico, contra o qual temos medicamentos novos; e o triplo negativo, com o pior prognóstico e contra o qual apenas temos a quimioterapia. H - Qual é o mais comum? FC - É o hormonodependente. Para este temos medicamentos dirigidos ao tumor. Um dos tratamentos mais antigos contra o cancro da mama é a hormonoterapia. Descobriu­-se há mais de dois séculos que a ablação dos ovários fazia diminuir alguns tipos de tumor e daí começou a desenvolver­-se a hormonoterapia. No caso do recetor HER-2 positivo temos novos medicamentos dirigidos para este recetor, que são como mísseis, que atuam nas células tumorais e, por essa razão, têm menos efeitos secundários. H – Existe a ideia generalizada de que a colocação de próteses mamárias aumenta o risco de desenvolvimento de cancro da mama. É verdade? FC – Não. O que acontece é que as próteses podem dificultar a visibilidade das mamografias, mas também não podemos proibir as mulheres de as colocarem. Estas devem ter a consciência de que têm de fazer uma vigilância ainda mais cuidada. 7


«Não é culpa de ninguém» H – No caso do cancro metastático é incurável, mas tratável… mas ainda há quem ouça a palavra cancro e pense em sentença de morte. FC – Sim, claro. O cancro avançado ou metastático é aquele em que o tumor saiu da zona local onde surge. No caso da mama, quando o tumor está situado na mama e na zona adjacente da axila é um cancro precoce, está localizado e tem grandes probabilidades de cura. Hoje em dia, globalmente, 70 por cento dos cancros da mama precoces são curáveis. Considera-se avançado quando já saiu da zona onde se desenvolveu e as suas células, embora tenham origem na mama, vão localizar-se noutros órgãos criando metástases que dão origem a um cancro avançado ou metastático que, ao contrário do cancro precoce, é uma doença incurável. Tem um tempo de sobrevida médio entre os dois e os três anos, mas alguns doentes podem viver 8 ou 9 anos. Mas é tratável e, felizmente há diversas opções terapêuticas entre quimioterapias, terapias hormonais e biológicas. H – Estamos então a falar de 30 por cento do total de cancros da mama diagnosticados? FC - As situações em que na primeira vez que se faz o diagnóstico de cancro da mama este já tem metástases – que corresponde a um estadio 4 – não são frequentes, correspondem a 10 por cento dos casos. Como disse, cerca de 70 por cento dos cancros da mama precoces são curados. Sobram outros 30 por cento. Estes, mesmo com os melhores tratamentos, vão ter uma recidiva, vão dar metástases mais tarde. E o cancro da mama, nesse aspeto, tem uma evolução muito particular porque a recidiva pode surgir cedo, mas pode também acontecer apenas 10, 15 ou mesmo 20 anos depois do primeiro diagnóstico. H – Então a ideia de que ao fim de cinco anos se está “livre de cancro” é errada? FC – Sim, há sempre o risco de recidiva. Temos de ter cuidado com a palavra cura e transmitir a noção de que a doença implica uma vigilância para o resto da vida. Não se deve pensar nisso todos os dias, mas não se deve descurar o seguimento. Apesar dos tratamentos realizados, algumas células cancerígenas permanecem no organismo. Como são muito poucas e pequenas não são detetadas por nenhum teste. E quando acordam originam as metástases ou recidivas. Isso pode acontecer rapidamente, nos tumores mais agressivos, mas também 15 ou 20 anos depois do diagnóstico inicial, como por exemplo nos tumores hormonodependentes que têm tendência a recidivar mais tarde. Grande parte das vezes a pessoa fez tudo o que devia ter feito e a recidiva não é culpa de ninguém. E é importante dizer isto, porque uma coisa que se deteta é que muitas vezes estes doentes se sentem culpados, como se fossem 8

«Temos de ter cuidado com a palavra cura e transmitir a noção de que a doença implica uma vigilância para o resto da vida.» responsáveis pelo regresso da doença. Resumindo: o que o doente pode fazer é efetuar a medicação prescrita e manter-se vigilante. Se os efeitos secundários forem muito incomodativos, deve discutir isso com o médico para tentar encontrar soluções e nunca parar de fazer a medicação. Além disso, deve alertar o médico para todas as alterações que sinta que não são normais.

Trabalhar em equipa H – Aqui entra igualmente a necessidade de as diferentes especialidades médicas trabalharem em conjunto, em equipas multidisciplinares… FC - Esta é uma luta que temos tido… Há 30 ou 40 anos, os doentes com cancro não eram discutidos em equipa, não havia esta noção de tratamento multidisciplinar e, por essa razão, perdiam-se oportunidades de fornecer o melhor tratamento e a melhor sequência de tratamento. As vantagens de ter uma equipa multidisciplinar estão hoje mais do que provadas. Para o cancro da mama precoce já ninguém põe em causa estas vantagens. Para o cancro avançado nós temos a convicção que a situação é semelhante. Em equipa, os doentes têm melhor acesso a todos os tipos de tratamento existentes, incluindo cuidados de suporte e ensaios clínicos. São melhor tratados e melhor vigiados. Ser tratado por um médico isoladamente, que não discute o caso com outros, significa perder opções de tratamento. Hoje em dia há, por exemplo, novas técnicas de tratamento específicas para as metástases cerebrais, novas técnicas de cirurgia para as metástases hepáticas, novas técnicas da radiologia que permitem fazer tratamentos locais que não só melhoraram a qualidade de vida, como podem melhorar a sobrevida. Está provado que a sobrevida dos doentes que são tratados por equipas multidisciplinares, e sobretudo por profissionais especializados

em cancro de mama, é muito superior. Há uma recomendação do Parlamento Europeu, de 2006, para os Estados membros incluírem nas suas leis a criação de Unidades de Mama num prazo de 10 anos. Infelizmente, muito poucos países o fizeram até agora e o prazo acaba para o ano. E as Unidades de Mama têm as suas características, nomeadamente a nível de número de doentes tratados (150 como mínimo) e de especialidades que são indispensáveis. A título de exemplo, o facto de termos uma equipa cirúrgica especializada em cancro da mama, que só realiza este tipo de operações, faz com que tenha uma qualidade muito superior à média. Uma coisa que todas as mulheres devem saber, é que está provado que o facto de a cirurgia a um cancro da mama ser efetuada por um cirurgião que faz menos de cinco casos por ano ou mais de 50 por ano leva a uma diferença muito importante na mortalidade, superior a qualquer medicamento. Na Unidade pretende-se que os doentes tenham acesso à melhor qualidade de cirurgia incluindo a área muito importante e inovadora da cirurgia onco-plástica. H – A nível de investigação nesta área, o que está a ser desenvolvido? FC - É sempre indispensável o desenvolvimento de novos medicamentos mas é igualmente importante utilizarmos conhecimentos em biologia para definir quem são os doentes que mais beneficiam de um determinado medicamento. O objetivo é saber qual o melhor tratamento para cada doente individualmente e a cada momento da evolução da doença. Para isso tenta-se descobrir fatores biológicos, baseados no genoma do tumor, que sejam preditivos. Isto é, que ajudem a prever se o medicamento vai ou não ser eficaz. Costumo utilizar uma analogia bélica: queremos desenvolver mísseis que acertem no alvo e não bombas que acarretam sempre efeitos colaterais.



em foco

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Saúde no Feminino Estar alerta aos sinais do corpo Apesar de a menopausa marcar a vida da mulher e exigir maior atenção a uma série de sintomas que podem ser sinal de algumas doenças femininas, há que estar alerta ao longo de toda a vida. A aposta na prevenção deve ser constante, até porque como frisa a enfermeira Célia Gonçalves «a mulher tem tendência a cuidar de todos os que estão à sua volta e a esquecer-se de si».

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EM FOCO

As mulheres, ao longo da vida, são assoladas por inúmeras alterações físicas e emocionais, específicas da condição feminina. Seja com problemas comuns desde a adolescência, passando pela gravidez e menopausa, seja com problemas mais graves de saúde como cancro da mama, entre outros, há que estar particularmente alerta aos sinais que o corpo nos dá. E, embora algumas das patologias não sejam exclusivas de determinada faixa etária, tenha especial atenção à lista que lhe indicamos abaixo.

A partir dos 20 anos Corrimentos Vaginais – Apesar de ser comum haver corrimento vaginal, há que estar alerta se este apresenta mau cheiro ou coloração, «pois pode ser o sinal de uma infeção que deve ser tratada por um médico e não com soluções “caseiras”», alerta a enfermeira Célia Gonçalves.

“As mulheres, ao longo da vida, são assoladas por inúmeras alterações físicas e emocionais, específicas da condição feminina. (…) Há que estar particularmente alerta aos sinais que o corpo nos dá.”

Vírus do Papiloma Humano (HPV) - Vírus transmitido pelo contato sexual e que se pode manifestar através de verrugas genitais (na vagina e/ou ânus) ou de uma forma microscópica (na vagina e colo de útero). «Dada a ausência de sintomas é importante frisar que o vírus que causa o HPV tem associação com o cancro do colo do útero, pelo que é fundamental efetuar o exame papanicolau rotineiramente e, se possível, realizar a vacina do papilomavírus humano», aconselha Célia Gonçalves. Além disso, a Liga Portuguesa Contra o Cancro informa que «a infeção persistente por um dos 15 tipos de HPV de alto risco é a causa da maioria dos casos de cancro do colo do útero. A infeção é transmitida através de contacto sexual sendo extremamente comum em mulheres jovens na primeira década de atividade sexual. A maioria dos adultos já foi num dado momento da sua vida infetada com HPV, mas apenas 10% das infeções se tornam persistentes podendo causar lesões pré-cancerosas». Síndrome de Choque Tóxico - Esta é uma doença rara e grave, provocada por toxinas produzidas por uma bactéria chamada Estafilococo Áureas, que é encontrada na pele, no nariz, nas axilas, na língua e na vagina. No caso das mulheres esta doença foi associada ao uso de tampões sem cumprir as regras de utilização. «É importante trocar o tampão a cada 4 ou 8 horas, usar aquele que é adequado ao seu fluxo menstrual e nunca usar um absorvente interno por mais de 8 horas», salienta a enfermeira. Cólica menstrual ou Dismenorreia – Manifesta-se durante o período menstrual e muitas mulheres sofrem deste problema. Nestes casos, as cólicas são tão intensas que chegam a um nível incapacitante, provocando alterações urinárias ou intestinais durante o ciclo menstrual.

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Um dos tratamentos recomendados consiste na prática de exercícios físicos para a liberação de endorfina e relaxamento do corpo, ingestão de alimentos ricos em fibra e a aplicação de bolsas de água quente. Contudo, se a cólica for patológica, é necessário recorrer a terapia medicamentosa de acordo com orientação médica.

A partir dos 30 anos Fibrose Uterina ou Mioma - Tumores benignos no útero, são diagnosticados em mulheres em idade fértil cujos sintomas são dor durante o ato sexual, menstruação dolorosa e com hemorragia excessiva, ou até entre as menstruações. Em Portugal, a Sociedade Portuguesa de Ginecologia (SPG) realizou um estudo nacional sobre a prevalência de miomas uterinos, que se estima possa afetar cerca de dois milhões de mulheres portuguesas. Já um estudo realizado pela Universidade da Beira Interior (UBI), na Covilhã, aponta para que cerca de 25% das mulheres portuguesas tenham miomas uterinos. Apesar de raramente degenerarem noutras complicações de saúde, «são causa frequente de sofrimento por causarem alterações menstruais e são também a principal causa de histerectomia (remoção do útero) em todos os países desenvolvidos», explicou o ginecologista José Alberto Moutinho aquando da apresentação do estudo. Sensação de desconforto no baixo-ventre, incontinência e infertilidade são outros problemas associados aos miomas uterinos, que «são também um dos grandes responsáveis pelos abortos de repetição», acrescentou o especialista, reforçando que «a melhor atitude clínica face ao diagnóstico de mioma do útero deve ser informar, tranquilizar a mulher e tratar as doentes sintomáticas, especialmente no sentido da correção das hemorragias anormais». Endometriose – Relacionada com o ciclo menstrual, atinge cerca de 10% das mulheres em idade fértil. Esta doença silenciosa é a principal causa de infertilidade segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Assim, há que estar atenta a sintomas como cólicas exageradas que apresentam resistência a medicamentos, dor na relação sexual, dificuldades em engravidar e alterações intestinais durante o período menstrual. É importante compreender que não existe cura permanente para a endometriose. O objetivo do tratamento é aliviar a dor e amenizar os outros sintomas, como favorecer a possibilidade de gravidez e diminuir as lesões endometrióticas. Síndrome dos ovários poliquísticos (SOP) – Com sintomas como atrasos ou até ausência de


menstruação, podem levar a que inicialmente se suspeite de uma gravidez. Contudo, este problema pode causar infertilidade se não for tratado. Outros dos sintomas a considerar são o aparecimento de pelos no corpo, acne e obesidade. As formas de tratamento devem ser analisadas caso a caso, de acordo com os sintomas da paciente, sendo as mais comuns «exercícios físicos regulares, dieta de emagrecimento ou específica para diabéticos, uso de pílula anticoncecional específica para SOP, uso de hipoglicemiantes orais ou outros fármacos que estejam indicados para o quadro clínico metabólico em causa, uso de fármacos específicos para limitar o excesso de testosterona ou a ação da testosterona existente, uso de estimulantes da menstruação, psicoterapia para controle do stress e redução da ansiedade causada pelas mudanças corporais», defende a equipa de Ginecologia do Hospital CUF Descobertas. Hipotiroidismo – Sintomas como cansaço, falta de apetite, unhas esbranquiçadas, depressão ou pele ressequida são sinais de alerta para esta patologia que se caracteriza pela produção insuficiente, ou mesmo nula, de hormonas da tiroide. Cancro do colo do útero – Estima-se que seja o terceiro tipo de cancro mais comum na população feminina (superado pelo cancro de pele e de mama), mas pode ser prevenido com a realização anual do exame papanicolau. «Mais uma vez, trata-se de uma doença silenciosa pelo que a prevenção é a melhor arma», segundo as palavras da enfermeira, que explica ainda que, «em fases mais avançadas, provoca dor pélvica durante a relação sexual, hemorragia fora dos períodos menstruais ou após a relação sexual».

A Liga Portuguesa Contra o Cancro salienta ainda que as mulheres infetadas com o Vírus do Papiloma Humano (HPV) veem o risco de desenvolver cancro do colo do útero aumentado, sendo o «risco maior nas mulheres com mais de 30 anos. A infeção pelo HPV é o principal fator de risco para o cancro do colo do útero. Existem outras situações, que associadas à infeção pelo HPV, podem aumentar ainda mais o risco de cancro do colo como o não ter feito qualquer teste de rastreio, ter o sistema imunitário enfraquecido (caso das mulheres infetadas com VIH ou sob medicação inibidora do sistema imunitário), o facto de ter tido vários parceiros sexuais ou com homens que, por sua vez, tenham tido múltiplas parceiras sexuais.

A partir dos 50 anos Menopausa – Ao contrário do que muitos pensam a menopausa não é uma doença mas sim um estágio de vida. É quando os ovários cessam a sua atividade e as hormonas não são produzidas na mesma quantidade. Nesta fase são frequentes alterações no humor, suor noturno, ondas de calor, cansaço. Osteoporose – Apesar de não ser uma doença tipicamente feminina, atinge geralmente mulheres no período pós-menopausa devido à diminuição do estrogénio que faz com que os ossos percam cálcio e fiquem porosos.

A partir dos 40 anos

Aposta na prevenção

Cancro da mama – Doença tratável se detetada em fase precoce, o cancro da mama continua a ser um dos principais receios para a mulher. Contudo, se realizadas as mamografias de rastreio, assim como o autoexame, que deve ser feito mensalmente, a probabilidade de sucesso no tratamento aumenta exponencialmente.

Uma aposta numa alimentação saudável, a prática de exercício regular e a realização dos exames de rastreio recomendados são o primeiro passo para poder detetar qualquer tipo de problema numa fase precoce, quando a probabilidade de cura atinge o seu expoente máximo.

Como salienta a médica Fátima Cardoso, «em Portugal, anualmente são detetados cerca de 6.000 novos casos de cancro da mama, e 1.500 mulheres morrem com esta doença». Assim, esteja atenta a sinais como «mudança de cor, enrugamento ou elevação da pele em qualquer área do seio, mudança no tamanho ou no formato, secreções no bico do seio, assim como o surgimento de um ou mais nódulos nas axilas».

Além disso, de acordo com as atuais recomendações clínicas por parte da Sociedade Portuguesa de Ginecologia, «cada sintoma e cada sinal podem ter um significado diferente consoante a fase da vida da mulher em que se manifestam, pelo que há que olhar pelas várias patologias ginecológicas ao longo da vida da Mulher, desde que é adolescente até idades mais avançadas».

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Um Dia Todas Serão Assim

Infeções do trato urinário As infeções do trato urinário (ITU), também conhecidas como cistites, representam 25% de todas as infeções. As Farmácias Holon sabem como preveni-las e dispõem das ferramentas necessárias para o fazer. As ITU afetam milhões de pessoas todos os anos. Esta patologia atinge qualquer idade e sexo, mas verifica-se predominantemente no sexo feminino. Para evitar o aparecimento de ITU, recorrências ou evolução para quadros clínicos mais complexos é fundamental a sua prevenção e tratamento.

Recorrências e complicações As ITU, pelo facto de se apresentarem muitas vezes com uma sintomatologia moderada e isenção de complicações, fazem com que o seu tratamento seja em muitos casos realizado empiricamente, recorrendo-se a antibióticos de espectro alargado. Contudo, a resistência aos antibióticos representa 14

uma séria ameaça à saúde pública, levando ao aumento dos custos com os cuidados de saúde e ao insucesso terapêutico.

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Novas abordagens terapêuticas aliadas a um serviço de excelência A emergente resistência aos antibióticos acentua a necessidade de terapêuticas profiláticas alternativas, bem como o correto acompanhamento e encaminhamento do doente. Nas Farmácias Holon o profissional de saúde está preparado para intervir junto da comunidade na promoção de medidas cruciais para o sucesso terapêutico e prevenção das cistites recorrentes. Neste contexto, as Farmácias Holon têm ao dispor novas soluções à base de arando vermelho.

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Setembro

26 _ Dia Mundial da Contraceção: Projeto A Escola e a Contraceção

Um Dia Todas Serão Assim

CALENDÁRIO

Regresso às Aulas: Projeto A Escola e a Pediculose

Outubro

14 _ Dia Nacional de Luta contra a Dor: Rastreio Dor Crónica 16 _ Dia Mundial da Alimentação: Rastreios Nutrição Sénior Regresso às Aulas: Projeto A Escola e a Pediculose Rastreios Saúde Capilar Cuidados seniores: A incontinência urinária

Um Dia Todas Serão Assim

AÇÕES FARMÁCIAS

Ultra Trail do Mondego: 1º lugar para Farmácia Luciano e Matos

Farmácias amigas das mamãs

Respirar Melhor

A Farmácia Nova do Montijo promoveu, no auditório da Escola Profissional do Montijo, um conjunto de sessões para futuras mamãs alusivas à maternidade e à gravidez. Os cuidados com a pele e a preparação da mala da maternidade foram alguns dos temas abordados. Adicionalmente, a dietista Tatiana Campenhe ajudou as futuras mamãs a conhecer as necessidades nutricionais associadas à gravidez e as dicas alimentares para um desenvolvimento saudável da mãe e do bebé durante os próximos nove meses.

A mortalidade global por doenças respiratórias tem vindo a aumentar, constituindo já a terceira principal causa de morte em Portugal. Mesmo os doentes já diagnosticados com patologias respiratórias crónicas e com terapêutica instituída apresentam muitas vezes a sua doença mal controlada, o que afeta a sua qualidade de vida e representa um maior custo para o Sistema Nacional de Saúde. Nesse sentido, no âmbito do Serviço Respirar Melhor Holon, nos meses de junho e julho realizou-se nas Farmácias Holon um rastreio de avaliação da função pulmonar (com recurso a questionários normalizados e ao exame espirométrico). Este serviço continua disponível nas Farmácias Holon durante todo o ano.

É de pequenino que se aprende a ser saudável

Farmácia da Lapa mexeu no Jamor A Farmácia da Lapa esteve presente no passado dia 18 de julho, no Parque Urbano do Jamor, num evento promovido pela Associação Portuguesa de Fertilidade. Neste evento ao ar livre, entre a aula de zumba, a sessão de ioga e o piquenique partilhado, os participantes puderam realizar rastreios podológicos, nutricionais e de dermofarmácia, disponibilizados pelas Farmácias Holon.

A Farmácia Luciano e Matos veste a camisola Holon duas vezes: no trabalho diário exemplar e, literalmente, nas provas de Ultra Trail onde tem vindo a participar. Ainda no início de julho, a equipa da Farmácia Luciano e Matos esteve em grande destaque no Ultra Trail do Mondego, onde subiu ao pódio em primeiro lugar na prova de 20 km.

Caminhar com saúde No dia 30 de maio a Farmácia Holon Barreiro e a Farmácia Piçarra realizaram para os seus utentes uma Caminha para a Saúde. Ao longo do percurso de 5 km foram criados três checkpoints onde os prestadores dos serviços de Nutrição, Podologia e Pé Diabético realizaram atividades e deram a conhecer os Serviços Holon aos caminhantes e à população que, entretanto, se juntou em redor do local. Os participantes receberam uma mochila, uma t-shirt e um lanche saudável. O Mimos não faltou e a boa disposição também não!

Nos meses de verão, os projetos escola continuam. No dia 10 de julho, realizou-se no Centro de Atividades e Tempos Livres da Santa Casa da Misericórdia do Fundão, uma iniciativa que contou com 36 crianças do 1.º e 2.º ciclos de escolaridade, no âmbito do Projeto “A Escola, a Higiene Oral e a Alimentação”, dinamizada pela Farmácia Diamantino. Para além da sensibilização das crianças para a importância de uma boa higiene oral, realizaram-se algumas atividades de grupo. Os participantes identificaram as propriedades de alguns alimentos e demonstraram os conhecimentos adquiridos resolvendo sopas de letras e completando frases, entre outros. 17


Um Dia Todas Serão Assim

Farmácia Holon Leiria Modernizar e inovar para melhor servir

“A população leiriense pode agora usufruir de um horário de atendimento mais alargado, de 24 horas, incluindo fins de semanas e feriados (…) Além de novos serviços tais como Podologia, Dermofarmácia, Pé Diabético, Nutrição ou Preparação Individualizada da Medicação.” 18

A Farmácia Holon Leiria, situada numa das principais avenidas da cidade que lhe dá nome, e com fácil acesso através de transportes, tanto públicos como privados, pode considerar-se uma referência na sociedade leiriense, servindo a população desde 1964. A Farmácia Avenida, agora Farmácia Holon Leiria, teve recentemente a oportunidade de se juntar à rede das Farmácias Holon, conseguindo com isso crescer e diferenciar-se das demais farmácias. Atualmente, e embora as instalações se mantenham na mesma localização, operou-se uma mudança no espaço interior visando a modernização do mesmo e revigorando o próprio ambiente de uma forma mais atrativa e convidativa para os utentes. A população leiriense pode agora usufruir de um horário de atendimento mais alargado, de 24 horas, incluindo fins de semanas e feriados. Além disso, tendo como base a constante preocupação em oferecer aos utentes

uma maior abrangência e diversificação relativamente às áreas da saúde e valorizando a imagem e o conceito Holon, a farmácia integrou novos serviços tais como Podologia, Dermofarmácia, Pé Diabético, Nutrição ou Preparação Individualizada da Medicação. «Poderá ainda ser um pouco precoce fazer um balanço dos resultados desta nova aposta, mas levando em conta o feedback dos nossos utentes, podemos adiantar que a adesão destes aos novos serviços e aos produtos da marca Holon está a ser bastante positiva», refere Carla Silva, diretora técnica da Farmácia Holon Leiria. As Farmácias Holon marcam a diferença pela qualidade e pela personalização dos serviços em geral, com vista a um atendimento de excelência por parte dos colaboradores que prestam disponibilidade total para aconselhamento e esclarecimento de dúvidas sempre com um sorriso na cara.


Cada inseto, sua picada! Embora comuns e geralmente simples, as picadas de insetos podem ser bastante incomodativas, quer pelo prurido que se segue à picada, quer pela dor que possa surgir. Além disso, podem ainda gerar-se reações alérgicas, consoante a sensibilidade de cada pessoa ao veneno ou substância injetada

cuidamos de si

pelo inseto e o número de picadas. Em Portugal, as picadas de insetos não representam um grande risco para a saúde pública, ao contrário do que se passa em países tropicais, onde podem ser responsáveis pela difusão de diversas doenças que matam diariamente milhares de crianças e adultos.

-se sob a forma de uma pápula branca, com vermelhidão e edema, enquanto as picadas de vespas estão associadas a dor intensa, edema e inflamação local. As pessoas alérgicas à picada destes insetos podem desenvolver uma reação anafilática muito grave, podendo mesmo provocar a morte, se não tratada imediatamente.

O tipo de picada e respetiva reação estão dependentes do inseto em questão:

Juliana Moreira Farmacêutica

Mosquitos - Picam maioritariamente em zonas de pele exposta, mas podem também picar através de roupa fina, desencadeando inflamação moderada no local da picada, edema (inchaço), rubor (vermelhidão) e prurido; Melgas - Picam sobretudo durante a noite e provocam uma dor moderada, mas aguda, por vezes com prurido intenso associado; Pulgas - Estas picadas costumam surgir em grande número e agrupadas, gerando lesões hemorrágicas, com eritema (vermelhidão) e prurido intenso; Abelhas e vespas - Picam para se defender e as suas picadas originam dor, comichão e irritação local. As picadas de abelhas apresentam-

Aposte na prevenção O melhor mesmo é prevenir e tentar evitar ser picado por qualquer um destes insetos. Deixamos-lhe algumas medidas preventivas que poderão ajudar a escapar às picadas, nomeadamente: • Evitar vestir cores muito brilhantes ou usar perfumes muito fortes, que atraem os insetos; • Reduzir a exposição da pele, usando mangas compridas, calças, sapatos fechados e chapéus; • Evitar áreas com águas paradas, onde os insetos depositam os seus ovos; • Utilizar redes mosquiteiras para proteger

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as áreas de comer e dormir e manter as janelas fechadas, sempre que possível;

• Inchaço nos lábios ou na garganta; • Dificuldade em respirar;

• Evitar deixar bebidas e alimentos doces expostos ao ar; • Fraqueza; • Aplicar desparasitantes nos animais domésticos; • Tonturas; • Usar sprays repelentes, para proteger os ambientes e as pessoas. • Confusão;

Fui picado. E agora? Se mesmo adotando várias medidas preventivas, for picado por algum inseto, mantenha a calma, mude-se para uma área sem insetos (para evitar mais picadas), e tome alguns cuidados que ajudarão a diminuir os sinais e sintomas resultantes da picada:

• Dores de cabeça; • Aumento do ritmo cardíaco; • Urticária; • Náuseas;

• Remova o ferrão. Caso o inseto que o picou possua ferrão e este tenha ficado preso na sua pele, deve removê-lo o mais rapidamente possível, para evitar a libertação de mais veneno;

• Vómitos;

• Limpe e desinfete a zona da picada. Caso não o faça, o veneno poderá espalhar-se pela pele e agravar a reação à picada;

Consulte o seu farmacêutico e saiba quais os cuidados específicos a ter antes e/ou após uma picada de inseto, e esclareça todas as suas dúvidas.

• Aplique gelo ou uma compressa fria. Ao promover a vasoconstrição, o frio vai ajudar a diminuir a inflamação e, consequentemente, o inchaço e a dor. No entanto, nunca coloque o gelo em contacto direto com a pele; • Aplique um anti-histamínico tópico. Em creme, pomada ou gel, ajudará a diminuir a comichão e evitará assim que se coce. Produtos calmantes contendo, por exemplo, calamina ajudam também a reduzir o desconforto e aceleram a regeneração da pele;

• Cãibras.

Cuidados a ter com os repelentes Embora úteis para nos proteger das picadas de insetos, os repelentes requerem algum cuidado na sua escolha e/ou aplicação, uma vez que apresentam diferentes níveis de toxicidade e efetividade. Para uma utilização segura, deve: • Evitar o contacto com a boca e mucosas;

• Use um anti-histamínico oral. Caso a aplicação tópica não seja suficiente, poderá usar um anti-histamínico oral, mas nunca sem indicação do seu médico ou farmacêutico;

• Lavar as mãos após a sua aplicação; • Impedir que as crianças apliquem sozinhas o repelente;

• Evite coçar a pele. Em vez de diminuir a comichão, só irá aumentá-la e poderá conduzir a uma infeção secundária da pele; • Proteja-se do sol. O uso de protetor solar irá evitar o aumento da irritação local da pele.

• Reaplicar o repelente caso o risco de picada seja prolongado; • Aplicar o repelente em toda a área de pele exposta; • Remover o repelente antes de se expor ao sol;

Quando procurar ajuda médica? Por vezes, as picadas de insetos poderão gerar reações mais graves, as quais requerem intervenção médica. Deve chamar o 112 ou dirigir-se a uma urgência hospitalar, caso ocorra algum dos seguintes sintomas: • Aumento da dor e/ou do inchaço;

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• Certificar-se que o produto que vai utilizar está devidamente autorizado pela Direção Geral de Saúde (DGS), uma vez que apenas estes possuem uma toxicidade aceitável para uso humano; • Aconselhar-se com o seu farmacêutico antes de adquirir qualquer repelente, uma vez que alguns não podem ser aplicados diretamente na pele em crianças, grávidas e/ou mulheres a amamentar, destinando-se a ser aplicados exclusivamente no vestuário, por exemplo.



CUIDAMOS DE SI

Desmistificando a diabetes É muita a informação que circula atualmente sobre as mais diversas temáticas, sendo a diabetes uma delas. O problema é que nem sempre as fontes são as mais credíveis, criando muitas vezes mitos infundados. Lionel Monteiro Enfermeiro A diabetes é uma doença metabólica, caracterizada pelo excesso de glicose no sangue e na urina, que surge quando o pâncreas deixa de produzir ou reduz a produção de insulina, ou ainda quando a insulina não atua de forma adequada. Para que a doença esteja controlada, é necessário conhecer os factos acerca da mesma. Atualmente existe muita informação disponível sobre a diabetes, no entanto, nem toda é verdadeira,

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sendo difícil distinguir o certo do errado. No meio desta confusão de informação, acabam por surgir mitos em torno da diabetes, que devem ser desmistificados. Analisemos alguns deles:

Mito: A diabetes Tipo 2 é uma forma “ligeira” de diabetes. Não existe forma ligeira de diabetes. Todos os tipos de diabetes são graves e, se não forem

controlados de forma adequada, podem conduzir a complicações sérias.

Mito: As pessoas com diabetes acabam por cegar. É verdade que uma das consequências da diabetes é a cegueira. Contudo, existem algumas medidas que podem reduzir as hipóteses de vir a desenvolver complicações causadas pela



Mito: Pessoas com diabetes são mais propensas a apanhar constipações. Não é maior a probabilidade de se constipar, se tiver diabetes. Ainda assim, é aconselhável que pessoas com diabetes se vacinem contra a gripe, isto porque qualquer infeção pode interferir com o controlo da glicemia, aumentando o risco de hiperglicemias e constituir um maior risco de complicações mais graves, sobretudo nos doentes com diabetes tipo 1.

Mito: Os doentes diabéticos não podem cortar as unhas dos pés.

diabetes, nomeadamente: • Controlar a pressão arterial, níveis de glicose e colesterol; • Manter uma vida ativa;

Podem, mas devem ser tomadas precauções especiais. O diabético deve manter as unhas saudáveis e bem cuidadas, cortando-as ao limite da extremidade dos dedos, não devendo cortar “os cantos” ou deixá-las demasiado curtas. Não se esqueça que as unhas existem para proteger os dedos dos pés. Eventualmente pode ser preferível usar uma lima de cartão ao invés de cortar as unhas, de modo a reduzir o risco de um corte de unhas inadequado ou até mesmo um ferimento desnecessário. Se tiver dificuldade em cuidar das suas unhas deve procurar ajuda junto de um profissional qualificado para tal.

Mito: Pessoas com diabetes não podem dar sangue.

• Manter um peso saudável; • Deixar de fumar; • Fazer um check-up oftalmológico regularmente.

Mito: Não é seguro conduzir se tiver diabetes. Desde que os níveis de glicemia estejam bem controlados, pessoas com diabetes são tão seguras na estrada como pessoas que não sejam diabéticas. O facto de ser diabético pode afetar a condução apenas no caso dos doentes com maior tendência para ter hipoglicemia. A falta de açúcar no sangue afeta a realização das atividades diárias, incluindo a condução.

Mito: Pessoas com diabetes não podem comer uvas, manga ou banana. Por vezes as pessoas pensam que tendo diabetes, não podem comer as futas ditas “mais doces”. Contudo, se a sua dieta incluir este tipo de fruta, pode continuar a obter um bom controlo da glicemia. Na realidade, toda a fruta é uma opção muito saudável, uma vez que é muito rica em fibras, tem um baixo teor de gorduras e é bastante rica em vitaminas e minerais.

Mito: As pessoas com diabetes não podem ingerir açúcar. O facto de ter diabetes não significa que tem de se fazer uma dieta sem a ingestão de açúcar. As pessoas com diabetes devem fazer uma dieta equilibrada e saudável. Ou seja, devem ingerir poucas gorduras, sal e açúcar. Pode-se, no entanto, desfrutar de uma grande variedade de alimentos, incluindo alguns com açúcar.

Mito: Diabéticos não podem praticar desporto. Sendo parte de um estilo de vida saudável, a prática de exercício físico é sem dúvida benéfica para o doente diabético. Manter-se ativo pode ajudar a reduzir o risco de complicações associadas à diabetes, como as doenças do foro cardíaco. Porém, existem algumas considerações a ter em conta antes de enveredar pela prática de exercício, sendo que um bom controlo glicémico é fundamental para que possa praticar exercício físico de forma segura.

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Ser diabético não é, por si só, um fator de exclusão para a dádiva de sangue, desde que os níveis de glicemia estejam controlados. No entanto, os diabéticos insulinodependentes – que necessitam de insulina para manter os níveis de glicemia próximos da normalidade – não devem fazê-lo, pois poderão sofrer alterações ao nível do sistema cardiovascular, durante e após a dádiva de sangue, as quais podem comprometer o seu estado de saúde, agravando-o. Todos os dias, há milhares de pessoas a trabalhar para descobrir mais sobre a diabetes, por isso, todos os dias há novas informações. É preciso estar atento. Se tem dúvidas sobre a diabetes ou outro problema de saúde aproveite a próxima visita à farmácia e coloque-as ao seu farmacêutico.










Bebé e mamÃ

Gravidez e pós-parto Como gerir a sua vida sexual durante estes períodos?

A gravidez e o pós-parto podem ser caracterizados pelo desencadear de alguns problemas com impacto negativo na saúde física e psicológica da gestante e do seu companheiro. No entanto, por outro lado, poderá levar a uma maior aproximação do ponto de vista afetivo e da intimidade. A vida sexual durante a gravidez e no pós-parto é um tema que suscita várias dúvidas na mulher e/ou no casal, além de estar rodeado de alguns mitos. Em primeiro lugar é preciso desmistificar que «a sexualidade é muito mais do que o ato sexual ou a relação coital», explica Madalena Oliveira, professora adjunta do Mestrado em Enfermagem de Saúde Materna e Obstetrícia da Escola Superior de Enfermagem de Lisboa. Neste sentido, a gravidez e o parto podem constituir oportunidades para «uma redefinição do padrão de comunicação do casal e para uma maior aproximação do ponto de vista afetivo e da intimidade», continua a enfermeira. A grávida e o seu parceiro devem continuar a investir na relação conjugal durante estes

períodos e esta não deve ser invisibilizada pela relação parental. Para atingir este objetivo, em primeiro lugar, é importante que «comuniquem muito, nomeadamente que partilhem emoções e sentimentos», refere Madalena Oliveira. Mas é, igualmente, fulcral que o casal «se mime, esteja atento à necessidade um do outro, arranje tempo e espaço para a relação, no fundo que sejam criativos», conclui a docente.

Período de transição No estudo “Sexualidade na Gravidez e Após o Parto”, Ana Isabel Silva e Bárbara Figueiredo, ambas do departamento de Psicologia da Uni-

versidade do Minho, escrevem que o período de gravidez e pós-parto é caracterizado por «mudanças biológicas, psicológicas, relacionais e sociais intensas, que podem ter uma influência direta e indireta na vivência da sexualidade». Sendo esta uma fase de transição, que implica novos equilíbrios e adaptações, é também um momento particularmente propício a uma nova integração da sexualidade, sendo que esta, de acordo com as autoras, «poderá levar a um aprofundamento da vivência sexual na relação do casal ou, pelo contrário, desencadear o início de dificuldades várias, conduzindo a disfunções e problemas com impacto negativo na saúde física e psicológica da gestante e do seu companheiro».

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O desejo sexual As alterações físicas que acontecem durante a gravidez não devem ser descuradas e podem, em alguns casos, alterar o interesse sexual feminino. Por exemplo, a vagina fica mais sensível, a tensão mamária aumenta e podem surgir náuseas e vómitos. Porém, no segundo trimestre, uma vez que muitos dos desconfortos iniciais diminuíram, o desejo sexual pode reacender. Mas no último trimestre volta a diminuir, pois os desconfortos aumentam novamente, designadamente a fadiga. É ainda importante voltar a frisar que cada caso é um caso e, neste sentido, a experiência da gravidez não é vivida da mesma forma por todas as mulheres. Se umas sentem um aumento do interesse sexual, noutras este diminui e o mesmo pode acontecer com o homem face ao corpo da companheira em plena mudança. No entanto, é importante que o casal mantenha a intimidade. Pode haver a ideia de que a partir do nascimento do bebé o problema se resolve, quando na realidade isto não acontece. A gravidez pode ainda ser uma oportunidade para o casal se redescobrir.

É frequente associarem-se as problemáticas decorrentes da gravidez e do parto exclusivamente à mulher, porém estes são períodos de transição para ambos os elementos do casal. «Não é apenas a mulher que necessita de atenção durante estes períodos: muitos homens sentem-se também muito sós e frequentemente “abandonados” e delegados para um plano secundário (rejeitados), dado que toda a atenção é frequentemente centrada na mãe e no bebé», reforça Madalena Oliveira.

A vivência da sexualidade «A clássica associação da sexualidade à reprodução, ainda que apenas na representação de cada um, pode dificultar a vivência da sexualidade, aquando da gravidez ou no pós-parto, por um ou por ambos os elementos do casal», salvaguarda Madalena Oliveira. Deste modo, a professora defende que, «apesar de todas as mudanças que marcaram as últimas décadas (sociais, familiares, políticas, ideológicas) e que promoveram uma abordagem mais aberta das questões ligadas à sexualidade, este conceito continua a ser associado ao de sexo, enquanto relação coital». Nesta perspetiva, são desvalorizadas outras dimensões importantes da relação como «a afetividade, a intimidade, a comunicação, o erotismo, a espiritualidade, aspetos que integram a vivência da sexualidade no seu todo, a qual varia na sua expressão ao longo da vida», conclui.

Os mitos A vida sexual durante a gravidez e no pós-parto é, por vezes, condicionada por alguns mitos. Os mais comuns estão relacionados com o receio de que a relação sexual possa magoar o futuro bebé ou com a perceção da alteração do desejo (feminino e/ou masculino) durante estas etapas da vida familiar (que pode até aumentar na mulher, por exemplo, no segundo trimestre da gravidez) Segundo Madalena Oliveira, os receios mais frequentemente referidos pelas mulheres relacionam-se com «o dano que a relação sexual possa provocar no futuro bebé, ou de que esta possa desencadear o parto ou provocar o aborto». Já no caso do pós-parto, «o medo da dor ou desconforto relacionado com a presença frequente (hoje apenas recomendada em situações específicas) de uma sutura ao nível dos tecidos perineais». No entanto, ainda segundo a enfermeira, também são comuns receios que se prendem com «a alteração da imagem corporal e consequente desinteresse sexual por parte do companheiro, pela não-aceitação do corpo grávido, ou “deformado”, durante a gravidez ou após o parto». No fundo, muitos destes receios podem «relacionar-se com o autoconceito e com a autoestima da mulher, sendo fundamental a comunicação e a validação positiva do companheiro», alerta Madalena Oliveira.

(Poucas) Contraindicações No entanto, existem algumas (poucas) contraindicações médicas para a relação sexual coital durante a gravidez e após o parto. «Estas são confinadas a situações muito específicas, como é o caso de uma ameaça de aborto, parto pré termo ou placenta prévia (baixa)», refere a docente, acrescentando que «uma história de aborto ou partos antes do termo em gravidezes anteriores, situações de gravidezes múltiplas ou infeções devem ser discutidas caso a caso. Por último, mas não menos importante, se as relações sexuais forem desconfortáveis ou causarem dor ou sofrimento». Excluídas estas situações, «muitos dos interditos prendem-se com questões sociais e culturais e com a forma como cada elemento do casal experiencia estas transições», informa a enfermeira. Todas as dúvidas devem ser, no entanto, discutidas com o médico ou enfermeiro e equacionadas caso a caso, pois cada mulher, cada casal e cada situação são únicas. 34



dia a dia

Herpes Labial Da prevenção ao tratamento O herpes labial quando chega é para ficar. Apesar de os sintomas poderem vir a desaparecer, isto não é sinónimo da erradicação do vírus, dado que «este fica latente no sistema nervoso do doente, seguindo-se possíveis reativações ao longo da vida». Se há coisa que estraga o humor, logo pela manhã, é olhar ao espelho e verificar que se tem um “corpo estranho” no lábio, percebendo-se que esse “corpo” é a concretização prática da comichão que se tinha sentido, na noite anterior, antes de se adormecer e sinónimo de que o herpes labial está de volta. Margarida Ferreira, 35 anos, professora, convive com o herpes labial desde a adolescência, tendo havido neste período de tempo episódios em que «cheguei a ter de ir ao hospital por causa de uma vesícula que me “colou” os lábios, o que me impossibilitava de falar».

Reativação do vírus As manifestações clínicas do vírus Herpes simplex tipo 1 variam em função da fase em que se encontra a infeção, iniciando-se pela entrada do mesmo na pele ou mucosas com algum tipo 36

de ferida. Margarida Neves, farmacêutica da Farmácia Vasco da Gama, uma Farmácia Holon situada em Santa Comba Dão, explica que «o primeiro contacto com o vírus ocorre na maioria das crianças até aos cinco anos de idade, sobretudo em praticamente todas aquelas que vivem em condições urbanas». Os sintomas podem desaparecer, mas isto não significa a erradicação do vírus, pois, como afirma a farmacêutica «este fica latente no sistema nervoso do doente, seguindo-se possíveis reativações ao longo da vida». Sempre que sente uma comichão no lábio superior e em torno deste, «com a sensação de que se está a formar uma “borbulha”», Margarida Ferreira sabe qual vai ser a sua sina nos próximos dias. «Nas reativações do vírus existe a sensação de

formigueiro ou prurido que pode durar seis a 12 horas, antes das lesões visíveis surgirem», informa Margarida Neves, acrescentando que a pele adquire de seguida «uma sensação de calor e começam a surgir as primeiras pápulas, que evoluem para vesículas cheias de líquido, sendo que estas podem agrupar-se em cachos ou ramalhetes, sendo de fácil identificação».

Risco de contaminação Um dos maiores problemas associados ao herpes labial é a propagação do vírus. A fase de maior risco de contaminação inicia-se no momento em que «as vesículas se podem vir a romper e originar lesões dolorosas, originando depois ferida e crostas», salienta a farmacêutica. Nestas alturas, Margarida Ferreira, por exemplo, tem a preocupação de «não dar beijos e de usar uma toalha diferente para limpar o rosto após o banho». Quando se inicia o período de cicatrização, se as vesículas ou bolhas reduzem o tamanho, «as vesículas que haviam sido rompidas são substituídas por crostas ou escamas, que duram em média dois a quatro dias, sendo que nesta última fase, embora o risco de contágio seja menor, ainda se encontra presente», explana Margarida Neves.


Cerca de 67% das pessoas com herpes labial recorrente e ativo possuem o vírus nas suas mãos. A evitar Prevenção O portador de herpes simples labial pode, de acordo com Margarida Neves, prever com antecedência o aparecimento das vesículas, até 24 horas, pois antecipa os sintomas. Assim, quando sujeitos a determinados fatores desencadeantes da reativação «devem proteger-se ou minimizar os resultados desta exposição». De forma a promover a eficaz prevenção, encontram-se de seguida listados alguns fatores importantes: - frio e vento; - constipações e gripes; - exposição à luz solar; - stress emocional ou cansaço; - menstruação; - gravidez; - tratamentos ortodentários; - feridas na zona labial.

O tratamento Uma vez que a multiplicação viral se inicia muito antes do aparecimento das lesões, o tratamento deve ser iniciado assim que surjam os primeiros sintomas (formigueiro e prurido), idealmente antes do aparecimento das vesículas. Desta forma, as lesões ativas podem mesmo ser evitadas. De acordo com a farmacêutica, o tratamento das lesões labiais é feito através «da aplicação tópica de antivirais de forma regular, devendo lavar-se sempre as mãos antes e após a aplicação do creme». No caso de dor, pode ser aconselhado um analgésico.

Durante a presença das lesões, os portadores do vírus devem abster-se de: • Coçar ou espremer as vesículas e lesões herpéticas; • Beijar, especialmente crianças; • Partilhar copos, talheres, toalhas ou outros objetos que possam servir de veículo de transmissão (ex: batons), devendo estes serem sempre lavados a altas temperaturas caso tenha havido contacto com lesões, ou mesmo mãos infetadas; • Tocar nas lesões sem luvas, caso contrário, deve lavar muito bem as mãos logo de seguida; • Usar guardanapos ou lenços de tecido, preferindo os de papel (tendo o cuidado de os deitar no lixo após a sua utilização de forma a evitar que possam ser um meio de contágio); • Tocar nos olhos (especial cuidado no caso de uso de lentes de contacto, que podem ficar contaminadas).

As farmácias Na farmácia pode-se avaliar e aconselhar o melhor tratamento farmacológico adequado a cada doente, veicular os cuidados não farmacológicos e ainda promover a educação da população sobre este tema, de forma a minimizar o risco de contágio. Para além disso, é ainda o local «onde um profissional de saúde com competências adequadas pode fazer a avaliação da gravidade dos sintomas, sendo o responsável, em situações mais graves, pelo reencaminhamento para a consulta médica», elucida Margarida Neves, acrescentando que, «em situações em que o sistema imunitário se encontre comprometido, ou haja algum tipo de medicação que possa interferir com a eficácia da terapêutica usual, a referência para a consulta médica deve sempre ser realizada». Por outro lado, nas farmácias promove-se ainda a adesão à terapêutica «através da explicação sobre a correta forma de aplicação dos medicamentos é um passo fundamental para o sucesso do processo de cicatrização e para a diminuição da resistência às terapêuticas já utilizadas», conclui a farmacêutica.

Medidas não farmacológicas a ter em conta • Aplicar compressas frias nas lesões auxilia no alívio da dor; • Manter as lesões bem limpas e secas; • Ingerir água ou outros líquidos não alcoólicos em abundância; • Em caso de rutura (que deve ser ao máximo evitada), o conteúdo vesicular deve ser limpo com gaze ou lenços descartáveis de papel; • Desaconselha-se a ingestão de alimentos ou sumos ácidos, que pode agravar a sensação de dor.

Os medicamentos aplicados localmente podem funcionar como «poderosos placebos e protetores oclusivos locais». Entre esses, «existem pomadas e cremes com agentes antivirais de efetividade reduzida localmente, embora a maioria desses mesmos agentes, quando administrados sistemicamente, seja muito eficaz», declara Margarida Neves. Por outro lado, como salvaguarda ainda a farmacêutica, as lesões podem, em situações mais graves, «ser infetadas por bactérias estafilococos e estreptococos advindas do ar, da saliva ou das mãos. Nesse caso, os sintomas agravam-se, alterando-se de forma considerável a forma de tratamento que exigirá a consulta médica para avaliação mais aprofundada do caso». O herpes labial não tem cura e, por isso, o doente deve ao máximo minimizar o risco de contágios, seguindo todas as medidas quer farmacológicas, quer não farmacológicas ao seu dispor. 37



cuide aqui da sua saúde

Saúde sexual da mulher Contraceção e saúde íntima A sexualidade é parte integrante da vida da mulher, sendo fonte de prazer que simultaneamente fomenta a comunicação e afetividade entre o casal. Com o aparecimento dos métodos contracetivos, a sexualidade apenas tem um cunho reprodutivo se o casal assim o desejar de forma consciente, podendo planear se, quando e com que frequência pretende ter filhos. Desta forma, a mulher (bem como o homem) devem ter acesso à informação e a métodos contracetivos e de planeamento familiar eficazes, seguros e financeiramente

Maria Luísa Teixeira Farmacêutica

compatíveis com a sua condição.

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Sistema transdérmico hormonal O sistema transdérmico hormonal assemelha-se a um adesivo que deve ser colado na pele seca e íntegra do abdómen, nádegas, braço ou parte superior do corpo, devendo aí permanecer por períodos de uma semana. Depois de três semanas de utilização não deve colocar nenhum sistema transdérmico durante uma semana, na qual ocorrerá a hemorragia. Tal como a pílula combinada, este método liberta estrógenio e progestagénio, tendo exposições ao estrogénio ligeiramente superiores ao observado com as pílulas combinadas de baixa dosagem.

Anel vaginal Com este método apenas tem de pensar na contraceção uma vez por mês. O anel é introduzido pela mulher na vagina, como um tampão. Ao fim de três semanas deve ser retirado e introduzido um novo anel uma semana depois, ocorrendo hemorragia na semana de repouso. O anel liberta hormonas diretamente através das paredes da vagina, permitindo que as doses de hormonas fornecidas sejam inferiores às que são fornecidas pela pílula. É fundamental que conheça as diversas opções contracetivas atualmente disponíveis, de forma a tomar decisões informadas acerca do método que melhor se adapta às suas necessidades. Os métodos contracetivos naturais (calendário, avaliação da espessura do muco cervical e avaliação da temperatura basal) requerem que a mulher tenha ciclos regulares e aprenda a identificar o período fértil, conhecendo as modificações fisiológicas do ciclo menstrual e mantendo abstinência nesses períodos. Nestes métodos é necessário um grande envolvimento do homem e uma estreita colaboração entre o casal, uma vez que a sua eficácia necessita de um cumprimento rigoroso. Os métodos contracetivos hormonais poderão ter uma frequência de utilização diária (pílula combinada e pílula sem estrogénios), semanal (sistema transdérmico), mensal (anel vaginal), trimestral (injeção contracetiva) e durante vários anos (implante e sistema intrauterino hormonal).

Métodos contracetivos hormonais Pílula combinada e pílula sem estrogénios A pílula combinada contém duas hormonas em pequenas quantidades, o estrogénio e o progestagénio. Por sua vez, a pílula sem estrogénio apenas contém uma pequena quantidade de um progestagénio. A ausência de estrógenio está indicada para mulheres a amamentar ou que sejam intolerantes ao estrogénio. A pílula combinada e a pílula sem estrogénios devem ser tomadas diariamente, com e sem intervalos de interrupção a cada 3 semanas, respetivamente. Porém, algumas pílulas combinadas são de toma contínua sem intervalo de interrupção, apesar de a quarta semana corresponder a placebo, isto é, os comprimidos dessa semana não contêm princípios ativos, não exercendo qualquer efeito hormonal. As pílulas devem ser tomadas, idealmente, todos os dias à mesma hora e, em caso de esquecimento, a toma deve ser regularizada assim que possível. O atraso na toma da pílula, o vómito e/ou diarreia, bem como a toma de certos medicamentos podem comprometer a eficácia deste método contracetivo. 40

A sensação de um objeto estranho dentro do corpo, decorrente da presença do anel na vagina é rara, sendo que a maioria das mulheres não o sente. De igual modo, o homem não sente a sua presença durante o ato sexual. Nenhum dos métodos hormonais até aqui referidos é recomendado a mulheres fumadoras com mais de 35 anos, mulheres com pressão arterial alta, tendência para trombose ou insuficiência hepática.

Injeção contracetiva Este método consiste na injeção intramuscular de uma dose de hormonas de progestagénio bastante alta, estando associada a mais efeitos adversos. A grande desvantagem deste método prende-se com o fato de as injeções terem de ser administradas por um profissional de saúde devidamente habilitado de três em três meses. Além disso, o regresso à fertilidade inicial pode demorar mais tempo comparativamente aos restantes métodos (até um ano após a interrupção das injeções).

Implante hormonal e sistema intrauterino hormonal (vulgo, DIU) O implante hormonal oferece à mulher proteção contra a gravidez durante três anos, contendo apenas um progestagénio denominado etonogestrel. A sua aplicação deve ser feita por um profissional de saúde devidamente habilitado, com recurso a anestesia local. Depois da colocação, o implante não é visível na maioria das mulheres. Por sua vez, o sistema intrauterino hormonal proporciona contraceção até cinco anos, mediante a inserção do sistema diretamente no útero por um ginecologista. São necessários exames médicos regulares para garantir que o sistema intrauterino se encontra na posição correta. Este método contracetivo evita que um ovo fertilizado se implante no útero, além disso, verifica-se a libertação contínua de pequenas quantidades de progestagénio. Desta forma, ocorre um espessamento da mucosa à entrada do útero, o que faz com que a penetração pelos espermatozoides se torne mais difícil. Quando utilizados corretamente, todos estes métodos são eficazes e seguros. O objetivo dos medicamentos ou dispositivos médicos acima referidos é o


de impedir a ovulação, mediante a administração de doses controladas de hormonas. Assim, estes métodos são eficazes na prevenção da gravidez, mas não previnem contra infeções sexualmente transmissíveis. Existem ainda métodos contracetivos definitivos, que são irreversíveis, mantendo o efeito permanente. A laqueação de trompas na mulher e a vasectomia no homem implicam a realização de intervenções cirúrgicas e impossibilitam a reprodução futura. Para além destes, existem ainda métodos contracetivos de barreira, sendo o preservativo masculino o mais utilizado. Apenas estes métodos previnem simultaneamente a gravidez e as infeções sexualmente transmissíveis.

higiene, fazendo movimentos que evitem trazer o conteúdo perianal para a região vulvar; • O uso do vulgar sabão “azul e branco” ou outros produtos que apresentem pH muito alto (alcalino) não é recomendado; • Não se recomenda a introdução de água e/ou outros produtos no interior da vagina (lavagens vaginais); • O tempo de higiene genital não deve exceder os dois a três minutos, para evitar a secagem excessiva local; • Não deve utilizar sprays, perfumes, talcos ou lenços humedecidos;

Infeções Vaginais e Higiene Íntima Apesar de nem todas serem consideradas Infeções Sexualmente Transmissíveis, as infeções vaginais estão muitas vezes associadas à frequência da atividade sexual e merecem particular atenção, uma vez que são extremamente frequentes na mulher. Estima-se que a maioria das mulheres terá pelo menos uma infeção vaginal no decurso da sua vida, caracterizada por corrimento excessivo, comichão ou mau odor. Existem alguns medicamentos que podem ser utilizados para controlar as infeções vaginais, mas a adoção e manutenção de boas práticas de higiene íntima são fundamentais para manter a saúde íntima. Das recomendações gerais para uma correta higiene íntima, destacam-se as seguintes: • A higiene íntima deve ser feita apenas com água corrente e produtos de

• Deve fazer, no máximo, duas lavagens íntimas por dia; • Após o ato sexual, deve lavar a área genital externa com água e produto de higiene íntima; • Deve preferir roupa interior em algodão; • Deve evitar roupa apertada, uma vez que favorece o aparecimento de infeções; • O uso sistemático diário de pensos higiénicos não é recomendado. Referências bibliográficas: Portal de Saúde Sexual e Reprodutiva, Associação para o planeamento da família; Métodos Contracetivos, Sociedade Portuguesa da Contraceção; Saúde Reprodutiva e Planeamento Familiar, Direção Geral de Saúde; Revisão dos Consensos em Infeções Vulvovaginais, Sociedade Portuguesa de Ginecologia.

Contraceção de emergência A contraceção de emergência (CE) reduz o risco de gravidez após uma relação sexual não protegida, isto é, após uma relação sexual em que não houve utilização de um método contracetivo, ou quando houve falha do método usado (por exemplo, rotura do preservativo, ou esquecimento de 2 ou mais dias na toma da pílula, entre outros). A contraceção de emergência deve, portanto, ser utilizada sempre que a mulher esteja em risco de uma gravidez não desejada. E diz-se “em risco” pois este método não é abortivo: caso já tenha ocorrido a fecundação do óvulo pelo espermatozoide a contraceção de emergência não terá qualquer efeito. Em Portugal, estão disponíveis 3 formas de contraceção de emergência: dispositivo intrauterino de Cobre, Acetato de ulipristal e Levonorgestrel (estes dois últimos constituem métodos hormonais sob a forma de comprimidos de toma única). A escolha do método a usar deve basear-se na sua eficácia, no tempo decorrido desde a relação sexual não protegida e na preferência da mulher. A CE é, como o nome indica, uma solução de recurso, cuja eficácia (pelo menos no que se refere ao Acetato de ulipristal e Levonorgestrel) é sempre inferior à utilização regular de um método contracetivo. Contudo, constitui uma opção segura, sem nenhum efeito adverso grave associado, que permite prevenir uma gravidez não desejada, desde que cumpridas as recomendações relativas à sua utilização.

Sabia Que… O tromboembolismo venoso é um dos riscos que tem levantado mais preocupação, pela sua gravidade, relativamente ao uso da pílula. O risco de tromboembolico está relacionado com a dose de estrogénios, podendo ser potenciado pelo progestagénio em uso. Convém salientar que este efeito adverso é raro, e o balanço global entre o benefício e os riscos do uso de contraceção hormonal permanece favorável para todos os contracetivos orais disponíveis, de acordo com a Direção Geral de Saúde.

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Alimentação na gravidez Em vez de comer por dois, pense por dois! Para satisfazer as suas

VIVA MAIS

novas necessidades, e as do seu bebé, deve ter uma alimentação saudável, equilibrada e variada, o que não significa, necessariamente, que tenha de comer mais.

Lisa Gonçalves Dietista

Nídia Rodrigues Dietista

«Estou grávida, tenho que comer por dois!» Esta é uma expressão vulgarmente utilizada na gravidez, mas que não deve corresponder à realidade. Estar grávida não significa que tem de comer a dobrar, mas sim que deve fazer escolhas mais saudáveis e equilibradas. Aproveite esta excelente oportunidade para rever os seus hábitos alimentares e assegurar que a sua alimentação é a mais adequada para si e para o correto crescimento e desenvolvimento do seu bebé. Deixamos aqui alguns conselhos sobre o que deve fazer e evitar durante os nove meses da sua gravidez.

Pratique uma alimentação saudável • Tome sempre o pequeno-almoço, pois é uma das refeições mais importantes. Após 8 horas de jejum noturno, é fundamental fornecer ao organismo todos os nutrientes que ele necessita para começar um novo dia. • Faça, no mínimo, 5 a 6 refeições diárias, evitando estar mais de 3 horas sem comer durante o dia e não ultrapassando as 8 horas de jejum noturno para que ao longo do dia, o organismo tenha o aporte de nutrientes e energia necessários. • Coma calmamente e mastigue bem os alimentos. • Aumente o consumo diário de fibra: - Prefira os alimentos integrais em vez dos refinados; - Coma a fruta com casca sempre que possível (bem higienizada); - Preencha metade do seu prato com salada ou legumes; - Comece sempre a sua refeição principal com um prato de sopa de legumes; 43


A atividade física

Aumento de peso

também é importante

na gravidez

A prática de atividade física moderada, salvo contraindicação médica, é igualmente importante nesta fase da vida. Cerca de 30 minutos diários de atividade física ajudam tanto na prevenção do aumento excessivo de peso, como a regular o trânsito intestinal e ainda a melhorar o bem-estar psicológico da futura mamã.

O ganho de alguns quilos na gravidez é inevitável. Contudo deverá ter atenção, para que o aumento de peso não seja exagerado, podendo contribuir para complicações no parto e comprometer a saúde do bebé. Veja, na tabela em baixo, o aumento de peso recomendado tendo em conta o seu peso antes de engravidar.

Índice de Massa Corporal (IMC)*

Recomendação de Aumento de peso

Aumento de peso por semana no 2º e 3º trimestre

<18,5

12,5-18kg

0,5kg

Normoponderal

18,5-24,9

11,5-16kg

0,4kg

Excesso de peso

25,0-29,9

7,0-11,5kg

0,3kg

≥ 30

5,0-9,0kg

0,2kg

-

15,9-20,4kg

0,7kg

Estado Ponderal - Utilize de forma frequente as leguminosas (feijão, grão, lentilhas, ervilhas, etc.); - Inclua na sua alimentação nozes, avelãs, amêndoas, cajus e/ou sementes variadas (sésamo, linhaça, girassol, abóbora, chia, entre outras). • Ingira três porções de produtos lácteos por dia, optando por iogurtes meio gordos ou magros sem adição de açúcar, leite meio gordo ou magro e queijos magros feitos com leite pasteurizado.

Baixo peso

Obesidade Gravidez de gémeos

*IMC – calculado pela divisão do peso (kg) pela altura (m) ao quadrado – kg/m²

• Evite o consumo de açúcar e produtos açucarados (refrigerantes, produtos de pastelaria, sobremesas), pois a mulher grávida está mais propensa a sofrer de diabetes gestacional.

• Beba 2 litros de água por dia. A água é muito importante para o crescimento e desenvolvimento da placenta, do líquido amniótico e do feto.

• Varie os métodos de confeção, optando pelos cozidos (especialmente a vapor), grelhados, assados e estufados, em cru e com pouca gordura, evitando os fritos e guisados.

• Ao longo da gestação existem necessidades aumentadas de energia e de nutrientes específicos, devendo por isso assegurar um aporte adequado de:

• Prefira o azeite para cozinhar e temperar (e em pouca quantidade).

Ácido Fólico - Vegetais de folha verde escura, leguminosas, gema de ovo, cereais integrais;

• Coma diariamente carne, peixe ou ovos, para ter o aporte adequado de proteína, nas quantidades necessárias.

Cálcio e vitamina D - Leite e derivados, peixes gordos (sardinha, salmão, atum, entre outros);

• Limite o consumo de carnes gordas (carne de vaca, carne de porco), preferindo carnes magras (frango, peru, coelho) e peixe. • Reduza a quantidade de sal para cozinhar e temperar. Utilize ervas aromáticas, especiarias, alho, sumo de limão e vinho branco para dar sabor (o álcool evapora com a confeção). Evite enlatados, caldos e molhos industriais, patés, aperitivos salgados e produtos de salsicharia e charcutaria. • Limite a ingestão de café a um máximo de dois por dia.

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Ferro e vitamina C - Carne, peixe, leguminosas, vegetais de folha verde escura, fruta; Iodo - Crustáceos bem cozinhados, algas, peixe, sal iodado; Ómega 3 - Salmão, cavala, sardinhas, carapau, nozes, linhaça.

ou para si, nomeadamente a toxoplasmose e a listeriose. Assim, deve seguir rigorosamente os cuidados de higiene na preparação das refeições e evitar os alimentos não indicados para este período, nomeadamente: • Ovos crus ou mal cozinhados e alimentos em que estes possam estar incluídos (por exemplo: mousses ou maionese caseira); • Carne e peixe mal passados ou mal cozinhados (certifique-se de que o peixe e a carne ficam bem passados, sem laivos cor-de-rosa); • Carne crua ou curada e peixes crus (fiambre, presunto, chouriço, mortadela, salmão fumado, sushi); • Leite, queijo ou iogurte não pasteurizados, incluindo queijos de pasta mole como brie, camembert ou queijos azuis;

Alimentos a evitar

• Salmão, atum, espadarte, tamboril e tintureira podem conter níveis potencialmente perigosos de mercúrio, prejudicial ao sistema nervoso em desenvolvimento do seu bebé. Limite o seu consumo a 1-2 vezes por semana;

Durante a gravidez, alguns alimentos devem ser evitados devido ao risco de transmissão de doenças bacterianas perigosas para o bebé e/

• Fruta e legumes crus ou em sumo, fora de casa. Em casa, deve higienizá-los de forma adequada, com água e uma solução desinfetante.


VIVA MAIS

Kitesurf Um desporto de emoções fortes O kitesurf é um desporto que promete ao seu praticante benefícios em termos de saúde mas também contribui, ao promover a comunhão entre o homem e o mar, para um maior respeito pelos oceanos. O kitesurf é um desporto aquático que nasce da fusão entre um kite, preso à cintura do indivíduo através de um dispositivo, e uma prancha. A estes ingredientes junta-se o vento, responsável por impulsionar todo o conjunto homem/equipamento no mar, e a receita de pura adrenalina fica completa. Para Francisco Lufinha, campeão nacional da modalidade em 2005 e recordista mundial da “maior viagem de kitesurf sem paragens”, o kitesurf é o desporto «mais abrangente que conheço», pois «consegue reunir sensações de windsurf, wakeboard, surf, vela, skate, parapente e até mesmo snowboard». Não é, por isso, de estranhar que, apesar de ser praticante de vários desportos, o kitesurf seja aquele que conquistou Francisco: «posso praticar a surfar ondas pequenas e gigantes, fazer manobras de freestyle num lago ou barragem, competir com amigos a ver quem dá o salto mais alto, fazer passeios ao longo da costa a conhecer sítios selvagens e no limite fazer travessias atlânticas que nunca ninguém

imaginaria ser possível».

Novas sensações O kitesurf, que, no fundo, combina exercícios aeróbicos e de resistência, tem inúmeros benefícios. Por exemplo, tonifica o corpo, sobretudo braços e abdómen; melhora a capacidade de coordenação e de concentração; ajuda a combater o stress, sendo que em consequência o sistema imunitário fica mais forte; e aumenta os reflexos e a capacidade de reação. Daí Francisco Lufinha afirmar que «fazer kitesurf é saudável e o facto de se estar em contacto com o mar ainda o torna mais benéfico para o corpo e para a mente». Aliás, esta interação entre os praticantes da modalidade e o mar é outra das mais-valias do desporto, não só pelas razões apontadas pelo atleta, mas também porque contribui para o respeito pelos oceanos e pelos seres vivos que os habitam, e pela natureza em geral. Por outro lado, sendo um desporto radical, o kitesurf possibilita ao praticante experienciar constantemente novas e intensas sensações.

Antes de entrar no mar Como em qualquer outro desporto é preciso tomar algumas precauções. Antes de mais, como elucida Francisco Lufinha, saber nadar «é um requisito básico». É também fundamental «tirar um curso completo numa escola certificada para se aprender logo de início a respeitar o kite», acrescenta.

Por fim, depois de adquiridos os conhecimentos necessários para avançar com a prática da modalidade, antes de entrar no mar, é importante «a aplicação de bastante protetor solar e a utilização de um fato isotérmico», remata Francisco Lufinha.

Francisco Lufinha A ligação de Francisco Lufinha ao mar começou bem cedo quando com apenas 15 dias foi levado para um barco pelos seus pais e «nunca mais consegui, nem quis, desligar-me do mar». Iniciou-se na vela, praticou ski aquático, wakeboard e windsurf, mas foi o kitesurf que mais o cativou, «por ser uma mistura dos meus desportos favoritos». Em 2005 foi campeão nacional e em 2006 vice-campeão. Já em 2013, «quebrei o recorde mundial da “maior viagem de kitesurf sem paragens”; em 2014 fiz-me ao mar no desafio mais exigente até agora ao ligar as Ilhas Selvagens ao Funchal, na primeira etapa oceânica da minha odisseia». Aquando o momento da entrevista, o recordista estava focado na viagem Lisboa-Madeira que iria efetuar em breve. Esta poderia durar cerca de 40 horas, consistindo na travessia de cerca de 1000km’s de oceano.

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VIVA MAIS

Receita Saudável Batido nutritivo (1 porção)

A gravidez corresponde a uma fase da vida em que as necessidades nutricionais estão aumentadas e, em contrapartida, é uma altura em que pode sentir-se mais cansada, com algumas náuseas, vómitos, obstipação e com falta de energia. Torna-se, desta forma, essencial combater esses sintomas com a ingestão de alimentos energéticos e ricos em vitaminas, minerais, proteína e fibras. A sugestão de batido apresentada cumpre com todos esses critérios. Destacamos especialmente o gérmen de trigo, que pode encontrar disponível em lojas de produtos naturais, ervanárias ou hipermercados, apresentando-se na forma de pequenos flocos crus ou levemente tostados.

Gérmen de trigo O gérmen de trigo é a parte mais nobre do grão de trigo. É uma excelente fonte de vitaminas, necessárias ao correto funcionamento do organismo, como o ácido fólico, vitamina E e B (B1, B2, B3, B5 e B6), bem como de vários minerais, como o potássio, ferro, zinco, cálcio, fósforo e selénio. Contém também proteínas, fibra (que promove a saúde intestinal, coronária e previne o excesso de peso) e ómega 3 (que auxilia no decréscimo dos níveis de colesterol).

Ingredientes: 1/2 banana 1/2 maçã 1 iogurte natural 1 c. de sopa de gérmen de trigo 1 c. de sopa de aveia em flocos 1 c. de sopa de linhaça moída Mel q.b. (opcional) Água q.b. Modo de preparação: Descasque a banana e a maçã. Corte a banana às rodelas e a maçã em fatias. Coloque a fruta no liquidificador, juntamente com os restantes ingredientes e deixe misturar tudo. Retire e beba de seguida.

Valor nutricional Energia (kcal)

Proteínas (g)

Gorduras (g)

H. carbono (g)

Fibra (g)

270

12,3

6,4

41,1

7,8

O gérmen de trigo deve fazer parte da alimentação diária de qualquer pessoa, sobretudo se as necessidades nutricionais estão aumentadas, como no caso das grávidas, crianças, idosos e imunodeprimidos. Para obter os seus benefícios opte pelos cereais integrais em vez dos refinados, ou ingira o gérmen de trigo sob a forma de suplemento alimentar (em flocos). 47



atuar

Ana Castro Médica Oncologista, Presidente do Grupo de Estudos de Cancro de Cabeça e Pescoço (GECCP)

Dia Mundial do Cancro de Cabeça e Pescoço Em Portugal, surgem entre 2.500 a 3.000 novos casos de cancro de cabeça e pescoço todos os anos. Embora seja um tipo de cancro mais frequente a partir dos 40 anos, assistimos a uma taxa de incidência cada vez mais elevada em jovens com menos de 30 anos, dado que esta doença está diretamente ligada ao estilo de vida, sobretudo, ao consumo excessivo e simultâneo de tabaco e álcool. Também o vírus do HPV tem um papel determinante na origem de determinadas localizações de cancro, nomeadamente na orofaringe (compreendida entre a raiz da língua e a epiglote). Os principais sintomas desta doença são nariz entupido, hemorragias nasais, língua dorida e/ou manchas vermelhas ou brancas na cavidade oral, dificuldade em engolir, dor de garganta, rouquidão persistente e nódulos no pescoço. Com um destes sintomas que persista por mais de três

semanas, deve sempre ser consultado um médico. O conhecimento destes sintomas para um diagnóstico precoce é essencial já que o tratamento numa fase inicial apresenta taxas de sucesso na ordem dos 80 a 90%. As estatísticas indicam que 85% das pessoas que sofrem de Cancro de Cabeça e Pescoço fumam ou já fumaram no passado, tornando o tabagismo no maior fator de risco associado a esta doença, sendo este um dos pontos em que a prevenção assume um papel determinante. Para sensibilizar e melhor informar a população sobre esta patologia, foi criado o primeiro Dia Mundial do Cancro de Cabeça e Pescoço, que agora se comemora no dia 27 de julho. Este dia ficou instituído durante o 5º Congresso da Federação Internacional das Sociedades de Oncologia de

Cabeça e Pescoço (IFHNOS), realizado o ano passado em Nova Iorque. Esta proclamação representa um passo importante na luta contra o Cancro de Cabeça e Pescoço, já que a partir daqui, nesse mesmo dia, vários grupos de pessoas, espalhados por todo o mundo, vão levar a cabo iniciativas de diagnóstico precoce e educação pública, sempre com o objetivo de disseminar a informação necessária à prevenção desta doença e melhoria da qualidade de vida daqueles que já se encontram doentes. É nosso objetivo, enquanto Grupo de Estudos do Cancro de Cabeça e Pescoço e membro da IFHNOS, dotar as pessoas de toda a informação necessária para que, de forma consciente, possam fazer escolhas em prol da sua saúde. O Dia Mundial de Cancro de Cabeça e Pescoço é mais uma das iniciativas que visa fortalecer esta causa!

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NOVIDADES Emtrix (clinicamente comprovado) Melhora a aparência das unhas descoloradas e deformadas. Usado no tratamento das unhas afetadas por infeções fúngicas ou psoríase. Os primeiros sinais de melhoria são normalmente observados após 2-4 semanas de tratamento. Utilização: 1 aplicação/dia sem necessidade de limar.

Holonvit Júnior xarope De volta às aulas e à rotina, é necessário repor a energia gasta no verão. HOLONVIT JÚNIOR XAROPE é um multivitamínico que fortalece as defesas naturais e promove o desenvolvimento físico e intelectual. HOLONVIT JÚNIOR XAROPE melhora a performance cognitiva em todas as idades aumentando a concentração, a atenção e a memória. Está também aconselhado em estados de stress, situações de elevado esforço físico e/ou intelectual, ou situações de carências vitamínicas. Contém: - 10 Vitaminas em proporções equilibradas; - Geleia Real, composta por um complexo nutritivo de vitaminas, minerais, aminoácidos essenciais e outras substâncias que em sinergia ajudam a reforçar as defesas e proteção do organismo, e garantem uma maior vitalidade e bem-estar; - Cereais (Extrato de Malte) bastante nutritivos e ricos em vitaminas, proteínas, minerais (Magnésio e Selénio) e amido, sendo uma fonte saudável de energia. HOLONVIT JÚNIOR XAROPE, a combinação dos Cereais com a Geleia Real e as Vitaminas do Complexo B.

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CNP: 6184788 Emtrix é um Dispositivo Médico. Leia cuidadosamente a rotulagem e as instruções de utilização. Advertências e precauções: Apenas para uso externo. Evite o contacto com os olhos ou mucosas. Não utilize se for alérgico a qualquer um dos ingredientes. Fabricante: Moberg Pharma AB Gustavslundsv. 42, SE-167 51 Bromma, Suécia. Distribuído por: Laboratório Edol - Produtos Farmacêuticos, S. A. | Av. 25 de Abril, n.º 6-6ª, 2795225 Linda-a-Velha • Portugal | Tel.: +351 214 158 130 | Contrib. N.º 507072642. DMK EMT 08/15 Jul. 15

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Holonplus Psyllium Lamicreme® Lamicreme® é o seu aliado em situações de queimaduras do 1º e do 2º grau, eritemas solares, e eritemas associados à radioterapia e feridas não infetadas. Lamicreme® é um dispositivo médico que tem na sua composição um ingrediente ativo que é a Trolamina (6.7mg/g). Não contém parabenos. Forma de utilização: - Queimaduras do 1º grau e eritemas solares: Aplicar uma camada espessa de Lamicreme® e massajar suavemente até penetrar na pele. Repetir este processo 2 a 4 vezes ao dia. - Queimaduras do 2º grau e feridas não infetadas: Após limpeza da ferida, aplicar uma camada espessa de Lamicreme® e repetir este procedimento várias vezes ao dia. Se necessário cobrir com uma ligadura de gaze. - Eritema associado a radioterapia: Aplicar Lamicreme® 2 a 3 vezes ao dia e massajar suavemente até penetrar na pele. Pode ser usado em bebés, crianças e adultos.

Uma ajuda essencial na regularização do trânsito intestinal. O Psílio, Plantago psyllium, é uma fibra rica em mucilagens hidrófilas que apresentam um forte poder de aumentar o seu volume em contacto com a água. Desta forma, HOLONPLUS PSYLLIUM promove a absorção de água pelas fezes diminuindo a sua consistência, aumentando o seu volume, e promove a regularização do trânsito intestinal de forma natural e confortável.

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saúde digital

Escreva-nos,

dê-nos a sua opinião e sugestões para o e-mail: revistah@farmaciasholon.pt

Laço – Associação de Solidariedade http://www.laco.pt/ A página oficial da Laço, uma associação que atua na área do cancro da mama, disponibiliza informações úteis para os doentes e para os seus familiares. Ao navegar na página, pode ficar a conhecer os seus direitos, enquanto doente, e esclarecer questões práticas relacionadas com o diagnóstico, os exames realizados e os tratamentos ou questões mais íntimas, como a família ou a sexualidade. O site disponibiliza ainda alguns links úteis na aquisição de produtos como soutiens ou próteses mamárias.

Associação para o Planeamento da Família http://www.apf.pt/ A página na internet da Associação para o Planeamento da Família (APF) disponibiliza no Portal de Saúde Sexual e Reprodutiva conteúdos sobre doenças do aparelho reprodutor feminino. Para além de disponibilizar uma listagem com algumas das patologias que afetam as mulheres, esta página aborda também a questão da prevenção e do diagnóstico, ao explicar a importância da consulta ginecológica.

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breves

Investigadores estudam novo fármaco para a malária Um novo medicamento contra a malária está a ser estudado e já mostrou ser eficaz em ratos. O fármaco, chamado DDD107498, «é muito eficaz em roedores com malária, e esperemos que estes resultados se repliquem em pessoas», afirmou Ian Gilbert, o líder da equipa internacional que conduziu a investigação, publicada na revista “Nature”, e um dos responsáveis da Unidade de Descoberta de Fármacos da Universidade de Dundee, na Escócia. Num momento em que o parasita da malária se tornou resistente a múltiplos medicamentos, este novo fármaco mostra ser capaz de matar o parasita em todas as fases do seu ciclo de desenvolvimento. Contudo, «o índice de fracasso [do medicamento] nesta fase da investigação alcança os 80%» reconhece Javier Gamo, chefe da Unidade de Malária da farmacêutica GlaxoSmithKline (GSK) espanhola, onde estão a ser conduzidas experiências no âmbito desta investigação. O fármaco DDD107498 será estudado brevemente noutras duas espécies animais. «Se tudo correr bem, os testes clínicos em humanos poderão ser iniciados em 12 meses», estimou Ian Gilbert.

HPV: Estudo mostra que vacina pode ser eficaz com menos doses Um grupo de cientistas, ao analisar uma das vacinas administradas contra o vírus do papiloma humano (HPV), concluiu que uma única dose protege o organismo de dois genótipos do vírus, os mais carcinogénicos. Este estudo, que avaliou a vacina Cervarix, mostra que será possível estender o tratamento contra o HPV a um número maior de pessoas, apresentando os mesmos custos, segundo noticiou o jornal “Público”. 54

Em Portugal, uma outra vacina contra o HPV, a Gardasil, é já aplicada em duas doses, segundo recomendações do próprio laboratório que a comercializa. A Cervarix protege contra os genótipos 16 e 18 do HPV, responsáveis por cerca de 70% dos casos de cancro do colo do útero. Os resultados da nova análise apontam para uma igual eficácia contra os HPV 16 e 18 na administração de uma dose única, comparativamente às três doses recomendadas atualmente. No entanto, não se verificou uma imunidade igual para os genótipos 31, 33 e 45 do vírus, menos carcinogénicos, para os quais a vacina oferece proteção cruzada parcial, quando aplicada em três doses.

Dor: Investigadores portugueses premiados A Fundação Grünenthal, entidade sem fins lucrativos na área das ciências médicas, distinguiu vários investigadores portugueses por terem desenvolvido trabalhos no campo da dor. O Prémio de Investigação Clínica foi atribuído ao trabalho “Dor em Doença de Alzheimer: pesquisa de um biomarcador para solucionar o problema da sua subavaliação” da autoria de Miguel Castanho e Sónia Sá Santos da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, Isaura Tavares da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e Sara Matos Santos do Serviço de Anestesiologia do Hospital de Cascais. Esta pesquisa foi realizada com o objetivo de «contribuir para o estudo da eventual subestimação da dor e consequente sofrimento em pacientes com Alzheimer», disse Miguel Castanho. «É necessário ter presente que um paciente com esta doença não tem a mesma facilidade em exprimir a sua dor que um indivíduo saudável. Menos queixas nestes casos não significam necessariamente menos sofrimento; pode significar apenas menos capacidade de expressão da dor. É urgente conseguir um método de medir suscetibilidade à dor que não passe apenas pela queixa do doente»,

lê-se no comunicado de imprensa, citado pelo “Observador”. O trabalho “Modulação dopaminérgica na dor neuropática: ação dos recetores D2/D3 de dopamina na reversão de défices de memória espacial”, da autoria de Hélder Cruz, Margarida Dourado, Clara Monteiro, Mariana Matos e Vasco Galhardo da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) e do Instituto de Biologia Molecular e Celular (FMUP/IBMC), recebeu o Prémio de Investigação Básica. Foi ainda atribuída uma menção honrosa ao trabalho “Lombalgia crónica: consumo de analgésicos e outros modeladores da dor na população adulta portuguesa”, realizado por Nélia Gouveia, membro da Equipa EpiReumaPt/ Sociedade Portuguesa de Reumatologia e do Centro de Estudos de Doenças Crónicas da NOVA Medical School/Universidade Nova de Lisboa.

Reino Unido produz sangue fabricado em laboratório Um grupo de investigadores no Reino Unido conseguiu produzir sangue em laboratório, através da transformação de células estaminais em glóbulos vermelhos. De acordo com o “Observador”, cada célula estaminal pode originar dez mil glóbulos vermelhos. Os ensaios clínicos para testar o sangue vão ter início em 2017 e serão realizados em voluntários saudáveis. «Fisiologicamente, esta é a melhor aproximação», notou o presidente do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), Hélder Trindade, comparando com outras linhas de investigação que procuravam identificar moléculas que pudessem desempenhar o papel dos glóbulos vermelhos – o de transportar o oxigénio pelo corpo. Contudo, Hélder Trindade lembra que o sangue produzido em laboratório «não se destina a substituir a doação normal de sangue» e que este sangue será usado em «aplicações muito específicas», como doentes que precisam de transfusões de sangue frequentes.




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