PEDRO PEREIRA Diretor Revista H
EDITORIAL
FICHA TÉCNICA
Vamos festejar a dobrar!
Damos as boas vindas a 2018 com a edição 30 da Revista H. A Revista H nasceu em março de 2013 e desde o primeiro número revela aquilo que nos diferencia: as soluções integradas de saúde que oferecemos aos nossos utentes, diariamente, nas nossas Farmácias. O nosso lema é “trocamos uma receita médica por mais qualidade de vida” e esta missão manifesta-se em todas as iniciativas que implementamos na comunidade e nos indicadores de saúde que ajudamos a melhorar. Nas Farmácias Holon ajudamos a perder peso; ajudamos a controlar a diabetes; ajudamos a deixar de fumar; ajudamos a gerir a hipertensão; ajudamos os doentes respiratórios crónicos e, muito importante, ajudamos a salvar vidas! Apesar de se tratar de uma doença benigna, os sintomas da hiperplasia da próstata condicionam de forma significativa a atividade diária e o padrão de sono dos doentes que sofrem desta patologia. Não descure os sintomas, principalmente se tem mais de 50 anos. Estima-se que existam cerca de 8 mil portugueses afetados por esclerose múltipla e, desses casos, calcula-se que 500 sejam crianças. Entrevistámos Susana Protásio, vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla, saiba mais sobre esta doença crónica e degenerativa que afeta o sistema nervoso central. Quisemos dar um toque ainda mais especial à 30ª edição da sua Revista H e por isso trouxemos o testemunho de uma atriz e apresentadora muito querida do grande público: Fernanda Serrano. Que este novo ano seja um ano de transição e cheio de ingredientes saudáveis para si e para as nossas farmácias. Por tudo isto, quero que a Revista H seja o seu complemento de saúde. Leia-nos! Farmácias Holon, um dia todas serão assim.
• Diretor: Pedro Pereira • Propriedade: Holon S.A. • Capital Social: 5.000,00 euros Órgãos Sociais: José Luciano Diniz Pereira e João Carlos Duarte Monteiro • NIPC: 507336453 • Telefone: 219 666 100; • E-mail: geral@farmaciasholon.pt
• Edição: Hollyfar – Marcas e Comunicação, Lda. Rua General Firmino Miguel n.º 3 - Piso 7 1600-100 Lisboa • Coordenador Editorial: Sofia Silva e Pedro Pereira (Holon), Inês Marujo (Hollyfar) • Colaboram nesta edição: Ana Albernaz, Carla Mateus, Carmen Silva, Ana Sofia Maximiano, Nídia Ferreira Rodrigues, Rita Pinheiro e Sara Barreirinhas • Fotografia: David Oitavem e Arquivo • Publicação bimestral • E-mail: revistah@farmaciasholon.pt • Tiragem deste número: 33.000 exemplares • Os artigos assinados apenas veiculam a posição dos seus autores. • Layout: Holon, S. A. Rua General Firmino Miguel, n.º 3 – piso 7 1600-100 Lisboa | Portugal • Paginação: Helena Freitas • Execução Gráfica: Finepaper – Rua do Crucifixo, 32, 1100-183 Lisboa; • E-mail: info@finepaper.pt • Impressão e Acabamento: Lidergraf Sustainable Printing Rua do Galhano, 15 4480-089 Vila do Conde; • Site: www.lidergraf.pt • Número de Depósito Legal: 361265/13
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>INDÍCE
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O QUE DIZEM OS ESPECIALISTAS ESCLEROSE MÚLTIPLA: «A MAIORIA DAS PESSOAS ENCONTRA ESTRATÉGIAS PARA EVITAR QUE A DOENÇA IMPONHA O QUE ELAS PODEM OU NÃO FAZER»
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HIPERPLASIA BENIGNA DA PRÓSTATA A partir dos 50 anos, esteja atento!
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PREVENÇÃO SAÚDE ANTIBIÓTICOS: BACTÉRIAS CADA VEZ MAIS RESISTENTES
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EDITORIAL
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ATUALIDADE
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OPINIÃO
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PONTO DE VISTA
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O QUE DIZEM OS ESPECIALISTAS
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UM DIA TODAS SERÃO ASSIM
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NA PRIMEIRA PESSOA
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FARMÁCIA ATUA
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EM FOCO
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HOLON CUIDA
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BEBÉ & MAMÃ HOLON
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PREVENÇÃO SAÚDE
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NUTRIÇÃO HOLON
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RECEITA SAUDÁVEL
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VIVA MAIS
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DERMOFARMÁCIA HOLON
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ENTREVISTA ESPECIAL
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AO SERVIÇO DA COMUNIDADE
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MONTRA EM DESTAQUE
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SAÚDE ANIMAL
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H JÚNIOR
ESTATUTO EDITORIAL A H é uma revista bimestral de caráter informativo, circunscrevendo-se às temáticas da saúde e bem-estar, orientada por critérios de rigor editorial. A H é uma revista dirigida a um público plural e é propriedade da Holon, S. A. O conceito da revista H passa pela abordagem às diversas questões nas áreas temáticas em que se insere, de modo prático e útil, em respeito pelo rigor científico. A H reconhece que os leitores são a sua principal razão de existência e, por isso, a satisfação das suas necessidades de informação constitui o objetivo primordial. É, assim, uma revista idealizada e produzida com o propósito de ir ao encontro dos interesses dos seus leitores, procurando servi-los sempre de forma isenta e objetiva.
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> ATUALIDADE
Pneumonia é a doença respiratória que mais mata em Portugal As pneumonias são a principal causa de morte em Portugal, dentro do grupo das doenças respiratórias, excluindo o cancro do pulmão. De acordo com um estudo realizado pela Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), no ano de 2016, a mortalidade por pneumonia foi mais elevada em idosos, com idades superiores a 75 anos. «A letalidade por pneumonia foi diminuta entre os jovens, sendo residual em idade pediátrica», salientou o presidente da SPP, Venceslau Hespanhol, citado em comunicado. Os picos ocorreram nos meses mais frios: entre novembro e janeiro. No entanto, o número de mortes por pneumonia atingiu o seu pico máximo em julho e agosto. As doenças que mais elevam a mortalidade associada às pneumonias são a insuficiência renal crónica, a doença oncológica, as demências e a doença vascular cerebral. A DPOC e a diabetes aumentam igualmente o risco, mas não associado à mortalidade, avançou a SPP.
bas de insulina, de forma gratuita. O acesso a bombas de insulina vai ser feito por três fases. Até ao final do ano passado, todas as crianças até aos 10 anos passaram a aceder gratuitamente a estes dispositivos e até ao final deste ano, o mesmo irá acontecer com as crianças até aos 14 anos. No final de 2019, o objetivo é dar cobertura a toda a população pediátrica, até aos 18 anos. 800 mil portugueses tomam calmantes diariamente
Crianças até aos 18 anos vão ter bombas de insulina gratuitas Segundo informação oficial do Ministério da Saúde, até final de 2019, todas as crianças com diabetes tipo 1 vão ter acesso a bom-
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Em 2016, 1,9 milhões de utentes portugueses adquiriram pelo menos uma embalagem de medicamentos para a ansiedade e insónias e 800 mil tomaram-nos diariamente. No âmbito da campanha nacional de sensibilização para a sobreutilização das benzodiazepinas em Portugal, a Coordenação Nacional da Estratégia do Medicamento e dos Produtos de Saúde elaborou um documento para os profissionais de saúde, para que estes reconheçam os riscos associados a estes medicamentos, saibam monitorizar a sua suspensão e conhecer as alternativas, noticiou o “Observador”. O consumo de benzodiazepinas é mais elevado junto das mulheres (70%) e nas faixas etárias entre os 55 e os 79 anos. Mas, também se verifica uma «utilização significativa» de benzodiazepinas em crianças: nos rapazes até aos nove anos e nas raparigas a partir dessa idade.
Gonçalo Paulino, Diretor Técnico, Farmácia Central, Almada
> OPINIÃO
O PAPEL EDUCATIVO DO FARMACÊUTICO A automedicação é, como todos sabemos, um problema de saúde pública. A descoberta dos antibióticos representou um grande avanço na medicina e na farmácia. No entanto, o seu uso errado e abusivo trouxe consequências negativas, nomeadamente a resistência das bactérias a este tipo de medicamentos. A resistência aos antibióticos é a capacidade de as bactérias combaterem a ação de um ou mais antibióticos. Esta mesma resistência limita seriamente o número de antibióticos disponíveis para o tratamento de doenças. Uma das medidas para combater este flagelo, além da legislação específica que controla a dispensa, é podermos encarar o farmacêutico como um garante da saúde da população; como um educador que promove o conhecimento, fornece informações qualificadas sobre o seu uso e riscos associados, aumentando assim a literacia. O farmacêutico é um importante profissional de saúde em todo este processo educativo, incentivando e promovendo, acima de tudo, a qualidade de vida e a utilização consciente dos fármacos. Em 2014, a Ordem dos Farmacêuticos lançou a campanha de sensibilização “Uso do Medicamento – Somos Todos Responsáveis”, que teve como objetivo promover o uso racional dos medicamentos, de uma forma geral. Dados da Organização Mundial da Saúde estimam que metade da população não toma corretamente os seus medicamentos! É preciso ter em conta seis aspetos: • Adesão à terapêutica – a não adesão à terapêutica resulta em complicações gravosas, que podem comprometer os resultados em saúde; • Utilizar os medicamentos no tempo certo – a não utilização na altura correta pode resultar na progressão da doença e em complicações que se poderiam evitar; • Uso racional dos antibióticos – a ideia generalizada de que estes medicamentos tratam qualquer tipo de infeção pode levar à sua utilização
excessiva. A sua utilização desajustada resulta em custos para o sistema de saúde, pelas hospitalizações e tratamentos mais dispendiosos; • Erros de medicação – os erros podem ocorrer em várias etapas do processo de uso do medicamento, nomeadamente na prescrição, preparação, dispensa, administração e monitorização. É preciso extrema atenção em todas estas fases; • Utilização de genéricos – a oportunidade de beneficiar de genéricos seguros e de baixo custo deverá ser devidamente avaliada, no sentido de beneficiar a saúde dos utentes e gerar poupança para o SNS; • Gestão da toma simultânea de vários medicamentos – uma gestão desapropriada da polimedicação pode ter consequências graves e dispendiosas. Se os utentes tomarem vários medicamentos ao mesmo tempo é necessário que o farmacêutico saiba olhar para o receituário com o máximo de atenção, evitando a duplicação de medicamentos; a sua utilização adicional e, acima de tudo, garantindo que os seus doentes tomam o medicamento certo à hora certa! Assim percebemos que o papel do farmacêutico é muito mais abrangente e valioso do que simplesmente dispensar medicamentos. Nas Farmácias Holon, a nossa missão é “Trocar uma receita médica por mais qualidade de vida”. Procuramos superar-nos diariamente, de modo a satisfazer as necessidades em saúde, específicas e únicas para cada pessoa. Dispomos de soluções integradas de saúde e acompanhamos doenças agudas e crónicas, como a diabetes, a obesidade, doenças respiratórias ou de pele. Como farmacêutico e Diretor Técnico da Farmácia Central em Almada, procuro prestar um serviço de elevada qualidade, totalmente focado nos nossos utentes. Servimos as pessoas, promovemos a prevenção e a educação. Porque a sua saúde é o mais importante para nós!
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Prof. Doutor Manuel Luís Capelas Presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos Professor no Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa
> PONTO DE VISTA
ANO NOVO, ESPERANÇA MANTIDA, REINVENÇÃO NECESSÁRIA Terminado mais um ano, importa encontrar em nós e na nossa movimentada vida, tempo e espaço para um balanço e, muito importante, pensar o futuro. Como disse o nosso Presidente da República, precisamos de nos reinventar! Mudam objetivos, mudam práticas, mudam estratégias, o que não muda são as necessidades das pessoas que vivem com doenças crónicas, progressivas, avançadas, assim como as das suas famílias. Todos nós, sem exceção, iremos morrer um dia e cerca de 90% com necessidades em cuidados de saúde especializados, denominados os cuidados paliativos. Uma vez que vamos ser, de certa forma, dependentes de outrem, importa começar a reinventarmo-nos enquanto sociedade para conseguir manter a esperança de que gozaremos de um final de vida com a dignidade merecida. Podemos sempre dizer que essa é uma função de quem nos governa. De facto, é, mas não só. E onde fica a nossa responsabilidade? Já John Kennedy disse na sua governação: «Não perguntes o que o teu país pode fazer por ti, mas o que podes fazer pelo teu país». O nosso país não é uma entidade abstrata. São os nossos amigos, familiares, vizinhos, colegas. Enfim, todos os que connosco partilham este pedaço à beira-mar plantado. É por todos nós que temos que continuar a lutar. Para que para todos, sem exceção, possam viver como pessoas livres e com honorabilidade até ao momento da sua morte. Muito podemos fazer começando, desde logo, por sentir compai-
xão pelo próximo. Ao sermos capazes de identificar o nosso e o sofrimento dos que nos rodeiam estamos a ser interventivos na procura do alívio de um estado negativo de vida. Aqui está a nossa responsabilidade individual e coletiva: sermos seres compassivos e uma verdadeira comunidade e sociedade compassiva! A nossa outra responsabilidade é sermos voz ativa pelos que não a têm, na exigência de mais e melhores cuidados paliativos. Na realidade, estes são os cuidados mais adequados, técnica e cientificamente, para o alívio do sofrimento dos que vivem com doenças crónicas e progressivas, e que não são apenas do foro oncológico! Aliás, não estamos a falar de uma minoria; estamos a falar de quase um milhão de pessoas, sendo cerca de 150 mil os doentes e os restantes os seus familiares e amigos. Reinventemo-nos a ponto de garantirmos a acessibilidade e cobertura universal de cuidados paliativos a quem deles necessita! Se temos conseguido encontrar soluções para outro tipo de problemas, porque não conseguimos (quadrante políticos e sociedade civil) arranjar uma solução definitiva para esta questão? O que nos identificará como sociedade será a forma como cuidamos das pessoas que estão a morrer. Este será um indicador e barómetro de como cuidamos todos os doentes e pessoas vulneráveis. Esta é a real medida da sociedade, como um todo, sendo um verdadeiro teste para todos nós. Sejamos decisores ou apenas comuns cidadãos, temos que refletir nisto. Reinventemo-nos!
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> O QUE DIZEM OS ESPECIALISTAS
SUSANA PROTÁSIO Vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla
ESCLEROSE MÚLTIPLA «A maioria das pessoas encontra estratégias para evitar que a doença imponha o que elas podem ou não fazer» Se nalguns casos “não se vê”, noutros é bem visível a incapacidade de quem sofre de esclerose múltipla. Falámos com Susana Protásio, vicepresidente da Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM) para conhecer melhor esta doença, que pode quase sempre ser controlada, permitindo uma vida ativa e gratificante. > 10
H - EM PORTUGAL HÁ MUITAS PESSOAS A SOFRER DE ESCLEROSE MÚLTIPLA? Susana Protásio (SP) - A esclerose múltipla é uma doença crónica, inflamatória e degenerativa que afeta o sistema nervoso central, responsável pelo controle de todas as nossas funções motoras, sensoriais e cognitivas. Atualmente, estima-se que existem cerca de 8 mil portugueses afetados por esclerose múltipla e calcula-se que, desses casos, 500 sejam relativos a crianças. Esta é, hoje em dia, a principal causa de incapacidade neurológica em adultos jovens e afeta com maior incidência as mulheres do que os homens. Na maioria dos casos, a doença manifesta-se entre os 20 e os 40 anos, sendo o pico de incidência por volta dos 30 anos. H - CONTINUAMOS A SABER MUITO POUCO SOBRE O QUE CAUSA ESTA PATOLOGIA. PORQUÊ? SP - Apesar das grandes pesquisas efetuadas, ainda não sabemos quais são as causas da esclerose múltipla. Mas existem algumas ideias sobre os fatores que podem ser responsáveis, entre os quais se destacam o ambiente e o património genético. Sabe-se, por exemplo, que os vírus poderão estar ligados ao início da doença, ao desregularem o normal funcionamento do sistema imunitário, e que os fatores genéticos parecem resultar numa predisposição para a doença, embora o seu papel ainda não seja bem conhecido. De qualquer forma, esta não é uma doença hereditária. Apenas em 5 a 10% dos casos se encontra mais do que um membro da mesma família afetado pela doença. H - A ESCLEROSE MÚLTIPLA REVELA-SE DA MESMA FORMA EM TODAS AS PESSOAS? SP - A doença manifesta-se de diferentes formas em diferentes indivíduos. Os sintomas são variáveis, imprevisíveis, dependem das áreas do sistema nervoso central que são afetadas e podem mudar em termos de gravidade e duração, inclusivamente no mesmo doente. Não há duas pessoas que tenham exatamente os mesmos sintomas. Fadiga, dor, problemas de movimento e coordenação, dormência, problemas visuais, disfunção sexual, alterações cognitivas e emocionais são os sintomas mais comuns da esclerose múltipla. A maioria deles pode ser controlada de forma eficaz com medicação, reabilitação e outras estratégias de gestão de sintomas recomendadas por uma equipa interdisciplinar de profissionais de saúde. H - COMO EVOLUI A DOENÇA? SP - É sempre difícil de prever a evolução da esclerose múltipla porque cada paciente é um caso distinto. Na maioria das vezes, a doença oscila entre períodos em que os sintomas se agravam – os chamados surtos – seguidos de fases de recuperação parcial ou até mesmo total. Algumas pessoas podem não apresentar surtos, ao passo que
outras podem ter surtos frequentemente. A melhor maneira de fazer o controlo da doença é através de consultas e/ou exames regularmente, a fim de confirmar a possível evolução da doença e ajustar o plano de tratamento. H - A ESCLEROSE MÚLTIPLA NÃO TEM CURA, MAS PODE SER CONTROLADA. QUE TRATAMENTOS EXISTEM? SP - Apesar de não existir cura para a esclerose múltipla, atualmente existem tratamentos que ajudam a retardar a progressão da doença e a reduzir os surtos, pelo que a maioria dos doentes consegue controlá-la com terapia. Hoje em dia temos duas grandes famílias de medicação: a terapêutica modificadora da doença e a terapêutica de tratamento sintomatológico. Esta última procura reduzir o sofrimento físico e emocional, levando à melhoria de alguns sintomas e da qualidade de vida da pessoa com esclerose múltipla. Já os medicamentos/ tratamentos modificadores da patologia pretendem alterar o curso natural da doença, evitando os danos que dela advêm. Cabe ao doente, em conjunto com o seu médico, pesar os prós e contras dos diferentes tratamentos e verificar qual o que melhor se justifica no seu caso. H - A PATOLOGIA TEM UM FORTE IMPACTO NA QUALIDADE DE VIDA DOS DOENTES. DE QUE FORMA CONDICIONA O SEU DIA A DIA? SP - À primeira vista a esclerose múltipla é uma doença assustadora e incapacitante, que acaba por interferir em qualquer atividade do dia a dia do doente e por afetar aqueles que o rodeiam. O stress e a tensão de lidar com a doença muitas vezes alteram o comportamento social, podendo conduzir à fratura dessas relações sociais e afetivas. Por exemplo, problemas com o controlo da bexiga, tremor ou deglutição podem levar as pessoas a excluírem-se das interações sociais e a isolarem-se. No entanto, a maioria das pessoas encontra estratégias para evitar que a esclerose múltipla imponha o que elas podem ou não fazer. Sendo a doença diferente de pessoa para pessoa e imprevisível, compete ao doente ser pró-ativo e pensar positivamente acerca da sua condição. H - AINDA EXISTE DESCONHECIMENTO E ESTIGMA EM RELAÇÃO À DOENÇA? SP - Quando se fala em esclerose múltipla, ouvem-se muitas frases feitas que acabam por ser partilhadas como verdades sem, contudo, terem fundamento comprovado. O desconhecimento da doença, frequentemente associado a algum grau de ansiedade, pode, por exemplo, pôr as pessoas a pensarem na inevitabilidade duma incapacidade permanente e surge logo a visão da cadeira de rodas. Mas nada disto é necessariamente verdade. A esclerose múltipla é uma doença que pode quase sempre ser controlada e muitas pessoas com a doença levam uma vida ativa e gratificante.
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> UM DIA TODAS SERÃO ASSIM
EMA PAULINO, Farmacêutica, Diretora de Projetos & Serviços, Farmácias Holon
FARMÁCIAS HOLON : A sua saúde é o mais importante para nós! A Farmácia é muito mais do que um espaço físico. É um conceito de saúde direcionado para a identificação e acompanhamento das necessidades das pessoas, em que os produtos de saúde podem fazer, ou não, parte da solução. Acreditamos que é através da interação pessoal e da personalização das intervenções que, efetivamente, acrescentamos valor. Numa farmácia vamos muito para além da dispensa de medicamentos e produtos de saúde. Zelamos, acima de tudo, pela saúde e bem-estar da população. Por isso, a nossa missão é “Trocar uma receita médica por mais qualidade de vida”. Ao longo de 2017, desenvolvemos 1.093 projetos, com 29.873 participantes! Trabalhámos em conjunto com professores, com pais e alunos, no sentido de melhorar a alimentação das nossas crianças e estimular a adoção de outros comportamentos saudáveis; incentivámos as pessoas a fazer exercício físico; contribuímos para uma melhor gestão de doenças crónicas como a diabetes. Todos os dias somos conselheiros especializados seja na cessação tabágica, na prevenção da obesidade, na contraceção de emergência, na melhoria da qualidade do sono, na identificação de pessoas em risco ou no acompanhamento de pessoas com doenças crónicas.
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Em 2017, acompanhámos 3.405 pessoas no Serviço de Nutrição, em 13.225 consultas; 4.718 pessoas no Serviço de Podologia, em 10.451 consultas; 3.232 pessoas no Serviço de Dermofarmácia, em 4.263 consultas e 841 pessoas no Serviço do Pé Diabético Holon, em 4.548 consultas. Realizámos 7.356 intervenções farmacêuticas. Em parceria com a Fundação Portuguesa do Pulmão (FPP) realizámos 1.814 espirometrias, em todo o país, com o objetivo de detetar precocemente a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica e alertar para a importância em deixar de fumar! A campanha de sensibilização “Sabe o tamanho dos Seus Pulmões?” permitiu-nos chegar à população de uma forma mais alargada, explicar em que consiste este teste e para que serve a espirometria e, muito importante, contribuir para a literacia em saúde. A farmácia, enquanto estrutura de saúde competente, próxima e acessível, tem um papel de enorme relevo na sociedade, como garante da saúde pública. Queremos que as pessoas vivam mais anos e com mais qualidade de vida. Porque as pessoas não querem produtos. Querem melhor saúde. E isso, só uma farmácia holística pode proporcionar. Porque a sua saúde é o mais importante para nós. Farmácias Holon, um dia todas serão assim!
Maria da Saudade Ferreira Perdigão da Silva 54 anos Auxiliar de educação OBJETIVO ATINGIDO: Redução dos episódios de urticária
> NA PRIMEIRA PESSOA
«DEPOIS DE SEIS ANOS A FAZER A MEDICAÇÃO ERRADA, A FARMÁCIA AJUDOU-ME A ENCONTRAR O CAMINHO CERTO. » Ao longo de seis anos, eram frequentes as crises de urticária que Maria da Saudade sentia, condicionando o seu dia a dia. A origem do problema, apesar de desconhecida, foi atribuída ao descontrolo do sistema nervoso, uma vez que apareceu pela primeira vez numa fase de maior stress. Foi por iniciativa da farmácia Madragoa e da farmacêutica Dina Velez que o seu problema começou a ser resolvido. «A Dra. Dina estava a par da minha situação, pois já me acompanha há algum tempo na farmácia. Assim, quando surgiu este projeto da Urticária Crónica Espontânea (UCE), fui contactada para fazer uma marcação no Serviço de Dermofarmácia Holon», conta-nos Maria da Saudade, que afirma ter sido muito bem recebida na farmácia. Depois de preenchidos os questionários que avaliam o grau de severidade dos sintomas, a utente aguardou até que chegasse a data da primeira sessão do Serviço de Dermofarmácia Holon. «A Dra. Jéssica analisou as minhas respostas aos questionários e recomendou-me alguns produtos e formas de aliviar o prurido e a
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irritação. Fui ainda reencaminhada para o Hospital de Santa Maria, onde sou acompanhada desde então, na consulta de Imunoalergologia», diz-nos Maria da Saudade que prossegue acrescentando «a minha qualidade de vida melhorou muito, pois a comichão era constante, incomodativa e limitava a minha atividade diária». Quando comecei a fazer a medicação certa para a urticária, a redução da comichão e do número de pápulas no corpo foram as primeiras melhorias. Gradualmente fui recuperando o paladar e o olfato, sentidos que já tinha perdido há algum tempo. As noites de sono passaram a ser muito mais tranquilas, devido à diminuição da comichão». Maria da Saudade agradece a toda a equipa e à Farmácia Holon que a ajudou a ultrapassar o problema, numa altura em que a própria já tinha desistido de procurar ajuda, depois de seis anos a fazer a medicação errada. A utente termina dizendo: «A mensagem que quero passar a outros doentes com urticária é que procurem ajuda especializada e, neste caso, a ajuda certa fez toda a diferença!».
> FARMÁCIA ATUA
Nutrição para adolescentes A Farmácia Louro foi convidada pela Escola 2,3 de Aranguez para participar na 3ª edição da Feira da Saúde, sobre o tema “Vamos dar mais anos à vida e mais vida aos anos!”. A Farmácia abordou a temática da nutrição numa mesa redonda, onde foram debatidos os temas que dizem mais respeito à fase da adolescência, nomeadamente, os distúrbios alimentares, anorexia, bulimia e excesso de peso. Assim, a Farmácia Louro contribuiu para que estes adolescentes façam a sua passagem para a vida adulta de uma forma informada e mais saudável! “Céu que muda de cor” foram algumas das experiências que divertiram estes participantes de palmo e meio.
Vamos alimentar a ciência A imaginação e o gosto pela ciência cultiva-se e é a brincar que as crianças mais aprendem. Este foi o mote que levou a Farmácia Diamantino à Quinta Pedagógica da Santa Casa da Misericórdia do Fundão para mostrar que, em cada gesto do dia a dia, é possível “alimentar a ciência”. A nutricionista Daniela Pires explicou às crianças como funciona a roda dos alimentos e a importância de uma alimentação sadia e equilibrada. Como a imaginação e a criatividade continuam a mover o mundo, principalmente o destas 30 crianças dos 6 aos 13 anos, a farmacêutica Natália Oliveira incentivou as crianças a aplicar os conhecimentos sobre a composição dos alimentos. As “Massinhas saltitantes”, a “Explosão de cores com leite”, e o
Avaliações de Saúde & Showcooking no Mercado de Natal de Almada As Farmácias Holon de Almada marcaram, pelo 2º ano consecutivo, presença no “Mercado de Natal Amigo da Terra”, com o objetivo de sensibilizar jovens e idosos para a importância da adoção de estilos de vida salutares, sobretudo nesta época do ano que se cometem mais excessos alimentares. Os visitantes tiveram a oportunidade de realizar avaliações gratuitas de Podologia, Nutrição e Risco Cardiovascular e ainda participar na sessão de Showcooking “Dicas para um Natal Saudável”. As avaliações de saúde foram promovidas pelas Farmácia Central de Almada, Farmácia Cerqueira, Farmácia Holon Pragal, Farmácia Magalhães, Farmácia Nuno Álvares e Farmácia Reis.
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> EM FOCO
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A maioria das pessoas já ouviu falar na próstata, mas nem sempre lhe é dada a devida atenção. Faz parte do aparelho reprodutor masculino e fica localizada à volta da uretra, logo à saída da bexiga. Esta glândula, do tamanho de uma castanha, pode gerar uma das doenças benignas mais frequentes no sexo masculino - a hiperplasia benigna da próstata (HBP). Não tendo uma evolução maligna, nem sendo uma doença que coloque a vida em risco, a hiperplasia benigna da próstata afeta mais de 50% dos homens com mais de 50 anos e mais de 80%
vários fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da doença, que não tem qualquer relação com o cancro da próstata. A idade é um deles, mas também as alterações nas hormonas sexuais que ocorrem com o envelhecimento – a testosterona, formada nos testículos, e a dihidrotestosterona (DHT), formada na próstata a partir da testosterona. Para além disso, a existência de um histórico familiar e de fatores como a obesidade, hipertensão arterial, diabetes, níveis reduzidos de HDL (o colesterol “bom”) e doença arterial periférica parecem aumentar o risco de desenvolvimento da doença, do mesmo modo que o sedentarismo, tabagismo e uma dieta inadequada também podem ter influência. NÃO DESCURE OS SINTOMAS
dos homens com 80 anos. Caracteriza-se por um aumento do volume da próstata que pode obstruir as vias urinárias inferiores e causar dificuldades no esvaziamento vesical e no normal funcionamento da bexiga. Relacionada com o envelhecimento, a incidência desta patologia aumenta com a idade, atingindo o pico por volta dos 80-90 anos. «É uma doença do homem de meia-idade e de idades mais avançadas. Ou seja, causa sintomas geralmente a partir dos 50 anos e a frequência e intensidade das queixas aumenta com a idade», começa por explicar o urologista José Santos Dias. Apesar de ainda não se conhecerem as suas causas, existem
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Idas demasiado frequentes à casa de banho, sobretudo durante a noite, vontade súbita e inadiável de urinar (por vezes não conseguindo reter a urina e apresentando perdas), jato urinário fraco, dificuldade em iniciar a micção, micção prolongada, por vezes interrompida ou intermitente, sensação de esvaziamento incompleto da bexiga, gotejo no final da micção e necessidade de esforço abdominal para urinar são alguns dos sintomas mais frequentes apresentados pelos doentes. Numa fase mais avançada, a bexiga pode encher-se em excesso, provocando incontinência urinária e, em alguns casos, o esforço da micção pode levar ao aparecimento de sangue na urina. Geralmente, apenas metade dos homens com HBP apresenta sintomatologia e muitos consideram os sintomas como sendo “normais” com o avançar da idade, não lhes dando a devida importância, o que é um erro. Quando não tratada adequadamente, a hiperplasia benigna da próstata «pode levar ao desenvolvimento de complicações que são potencialmente graves, como por exemplo a retenção urinária, em que o doente não consegue urinar e tem de ser algaliado, para esvaziar a bexiga», avisa José Santos Dias. Infeções urinárias e a formação de pedras na bexiga são outras das possíveis complicações da doença. Menos frequentes, mas também mais graves, são as situações em que a obstrução progride de forma silenciosa, com dilatação da bexiga e de todo o aparelho urinário até aos rins, culminando numa insuficiência renal. No entanto, nem todas estas queixas estão relacionadas com o tamanho da próstata. Alguns homens com próstatas considera-
DO DIAGNÓSTICO AO TRATAMENTO
seamento do PSA (Antigénio Específico da Próstata) e a avaliação da função renal para despiste de eventuais complicações. Desta forma, à semelhança do que acontece com a maioria das doenças, o diagnóstico precoce da hiperplasia benigna da próstata permite iniciar um tratamento médico que melhore os sintomas e impeça que a próstata continue a aumentar, reduzindo o risco de complicações. Ao passo que a descoberta tardia do problema pode causar lesões permanentes na bexiga, que levam à menor eficácia do tratamento. Ainda assim, nem todos os doentes necessitam de tratamento. É o caso dos homens que apresentam a próstata com o tamanho aumentado, mas não têm sintomas ou queixas significativas. Nesta situação, os doentes devem ser vigiados regularmente. O mesmo já não acontece com os homens que manifestam sintomatologia moderada ou mesmo grave, que interfira significativamente na sua qualidade de vida. Para estes doentes, existem diversas possibilidades terapêuticas, começando por medicamentos que devem ser adaptados a cada pessoa e a cada caso clínico. Já «a cirurgia [clássica] e as técnicas minimamente invasivas são reservadas para os casos que não respondem aos medicamentos», sublinha o urologista, acrescentando que «entre as técnicas menos agressivas, mas igualmente eficazes a debelar a doença, destacam-se os tratamentos laser da próstata».
Sendo a hiperplasia benigna da próstata uma doença progressiva que pode levar a complicações (nomeadamente retenções urinárias agudas e cirurgia), é importante que os homens acima dos 50 anos visitem regularmente o seu médico assistente e que o avisem caso sintam algum dos sintomas mencionados anteriormente. De acordo com o urologista, o diagnóstico é fundamentalmente clínico, ou seja, é obtido através da exploração dos sintomas enunciados pelos doentes. Depois de recolhida a informação referente às queixas apresentadas pelo doente, José Santos Dias explica que «é importante executar o toque retal, para excluir alterações sugestivas de cancro da próstata. No entanto, neste exame podemos detetar uma próstata aumentada de tamanho, o que confirma a HBP». A este exame físico juntam-se alguns exames complementares, como a ecografia da próstata e da bexiga, as análises com o do-
IMPACTO NA QUALIDADE DE VIDA Os sintomas da hiperplasia benigna da próstata condicionam de forma significativa a atividade diária e o padrão de sono destes doentes. «Desde logo pela frequência das micções», aponta José Santos Dias. O urologista esclarece que «se uma pessoa acordar três, quatro ou cinco vezes de noite para urinar, o sono é péssimo, não é retemperador, e o bem-estar e a qualidade de vida são francamente perturbados». O mesmo acontece durante o dia. Se o doente vai à casa de banho de hora a hora ou «tem uma vontade súbita de urinar e não consegue reter a urina, apresentando incontinência, obviamente, não se pode sentir bem», constata. São situações que podem provocar estados de ansiedade/depressão no doente, obrigando-o a mudar o modo de vida para enfrentar os sintomas urinários. Como tal, é essencial que os homens não menosprezem os sintomas desta doença e procurem ajuda médica assim que surja alguma queixa.
das grandes podem ter poucos sintomas que não interferem com a sua qualidade de vida, enquanto outros com próstatas mais pequenas ou tamanho próximo do “normal” podem ter obstrução urinária.
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MARIA JOÃO MENDES Farmacêutica
> HOLON CUIDA
ÁLCOOL E MEDICAMENTOS: PENSE ANTES DE BEBER Estou a tomar medicamentos, posso beber bebidas alcoólicas? Esta é uma pergunta comum cuja resposta carece de um aconselhamento profissional.
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Quando consumimos uma bebida alcoólica esta passa para o sistema digestivo. O álcool é absorvido pela corrente sanguínea e, uma vez presente no sangue, é rapidamente distribuído por todo o corpo. O álcool age sobre o sistema nervoso central e afeta a função emocional e sensorial, a capacidade de julgamento, de memória e de aprendizagem. O corpo não pode armazenar álcool, pelo que cabe ao fígado fazer a sua decomposição e transformação (metabolização), para que seja facilmente eliminado, através dos rins e do ar expirado. Por sua vez, os medicamentos são absorvidos para o sangue, onde viajam até ao local onde vão atuar, produzindo o efeito terapêutico desejado, até serem eliminados do organismo. O fígado é também o responsável pela metabolização dos medicamentos, de forma a facilitar a sua eliminação, feita muitas vezes através dos rins. Assim, vemos que os medicamentos e o álcool passam por processos semelhantes no nosso organismo e, quando se cruzam, podem interagir e trazer riscos para a sua saúde. Mas o que pode acontecer? • O medicamento pode tornar-se menos eficaz - O álcool pode estimular o metabolismo e assim o medicamento demora mais tempo a ser eliminado do organismo. Em consequência, reduz os seus efeitos terapêuticos. • O álcool pode aumentar a duração e a intensidade dos efeitos de alguns medicamentos, tornando-os perigosamente fortes Uma vez que o álcool “ocupa” as mesmas enzimas que decompõem e transformam os medicamentos no fígado, isso pode afetar a eliminação dos medicamentos no corpo. Com isso, o medicamento permanece mais tempo no organismo, aumentando a possibilidade de ocorrerem efeitos adversos. • Os efeitos adversos dos medicamentos podem ser agravados com a ingestão de álcool. • O consumo crónico de álcool pode alterar a transformação dos medicamentos resultando em produtos tóxicos que podem danificar o fígado e outros órgãos. • O álcool pode ampliar o efeito dos medicamentos que atuam sobre o sistema nervoso central. O risco de interação existe, quer se trate de medicamentos sujeitos a receita médica ou de medicamentos que não necessitam de receita médica (e está presente quer beba ocasionalmente ou diariamente). São muitos os medicamentos que interagem com o álcool, sendo que em alguns casos os riscos para a saúde podem ser mais sérios: Ansiolíticos (“calmantes”) – O álcool é um depressor do sistema nervoso e, como tal, amplia os efeitos deste tipo de me-
dicamentos. O seu consumo em simultâneo leva a um aumento da sonolência, distúrbios da memória e depressão da respiração, podendo mesmo desencadear em coma e levar à morte. Antidepressivos – O álcool aumenta a incidência de reações adversas e potencia o efeito sedativo, além de diminuir a eficácia dos antidepressivos. Paracetamol – O álcool aumenta a toxicidade do paracetamol no fígado, aumentando o risco de ocorrer hepatite medicamentosa. Anti-inflamatórios – A combinação com o álcool não afeta o efeito destes medicamentos, mas pode aumentar a incidência de efeitos adversos, nomeadamente o risco de úlceras gástricas. Antibióticos – não existe uma resposta única para a pergunta “posso beber álcool e tomar antibióticos?”. O que se pode dizer é que para a maioria das pessoas e para a maioria das classes de antibióticos não há nenhum problema em ingerir bebidas alcoólicas de forma moderada durante a toma de antibióticos. No entanto, o consumo excessivo e/ou o consumo crónico de álcool podem levar a alterações da eficácia dos antibióticos. Há, contudo, antibióticos que não podem de forma alguma ser associados à ingestão de álcool, devido ao risco de reações adversas, tais como náuseas, vómitos, cefaleias e palpitações. São eles o metronidazol, o tinidazol, a cefoxitina e o sulfametoxazol+trimetoprim. Anti-histamínicos (antialérgicos) – alguns dos medicamentos antialérgicos têm efeito sedativo, que pode ser potenciado pelo álcool, levando a sedação excessiva e tonturas. Anticoagulantes (Varfarina e Acenocumarol) – o álcool aumenta o risco de hemorragias. Antiepilépticos – o álcool reduz a eficácia destes medicamentos, aumentando a suscetibilidade ao surgimento de crises epiléticas. Medicamentos para a diabetes – o álcool aumenta o risco de hipoglicemia, uma situação grave que pode colocar a vida em risco. Como saber se é possível ou não beber álcool durante o tratamento? Alguns medicamentos nunca devem ser misturados com álcool, outros podem, mas com cautela. Deve consultar o seu médico ou o seu farmacêutico para saber se existe ou não problema em consumir álcool enquanto estiver a tomar determinada medicação. Como os medicamentos não incluem este alerta na embalagem exterior, leia com atenção o folheto informativo. Em caso de dúvida, é sempre melhor optar por não beber. Lembre-se que as pessoas reagem de forma diferente aos medicamentos, ao álcool e à combinação de ambos. Fale com o seu Farmacêutico Holon!
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> BEBÉ & MAMÃ HOLON
GRAVIDEZ ATIVIDADE FÍSICA RECOMENDA-SE! Se está grávida, talvez esteja a pensar que praticar exercício físico é a última coisa que lhe apetece. Sente-se cansada, pesada e sem energia. No entanto, é melhor reconsiderar essa ideia! Se a gravidez decorre sem problemas, a prática de desporto vale a pena o seu esforço: são muitos os benefícios, tanto para si, como para o seu bebé.
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«Todas as grávidas saudáveis podem e devem praticar desporto», afirma a ginecologista-obstetra Cristina Vilhena. De acordo com a médica, as gestantes, na ausência de contraindicações e com per-
missão do médico obstetra, devem ser encorajadas a realizar exercício físico diário e moderado. Manter-se ativa ao longo dos nove meses vai aumentar o seu bem-estar, melhorar o humor e ajudar a adaptar-se às mudanças do seu corpo. Como Cristina Vilhena refere, a prática de desporto «permite um melhor controlo ponderal ao longo da gestação, bem como a manutenção e o reforço do tónus muscular e da elasticidade ligamentar». Também contribui para a melhoria da condição física global e da saúde cardiovascular, promove uma postura correta, melhora a circulação sanguínea, alivia a prisão de ventre e minimiza os desconfortos físicos associados à gestação, como as cãibras e a sensação de inchaço nas pernas. E porque a lista de vantagens é longa, o exercício físico ajuda ainda a prevenir a diabetes gestacional, melhora a quantidade e a qualidade do sono, auxilia na altura do parto e depois na recuperação da silhueta. QUE MODALIDADES ESCOLHER? Antes de iniciar qualquer prática desportiva, é fundamental que a gestante consulte o seu ginecologista-obstetra. «Deve ser sempre discutido com o médico se poderá realizar-se a prática de exercício físico e qual o tipo de atividade que poderá ser feito», previne Cristina Vilhena. Se a mulher tem uma gravidez saudável e já praticava atividade física antes de engravidar, não há qualquer motivo para suspender, devendo apenas fazer algumas modificações durante o período da gravidez. Quem não estava habituada a fazer exercício antes de engravidar, tem agora um bom motivo para começar, mas apenas a partir das 12 semanas de gestação. As recomendações do American College of Obstetrics and Gynecology (ACOG) sugerem que as grávidas se exercitem pelo menos 30 minutos por dia. Se a futura mãe não pratica exercício físico há algum tempo, deve começar por apenas cinco minutos no primeiro dia e ir aumentando o tempo gradualmente até alcançar os 30 minutos diários. Quanto ao tipo de atividade física, «devem ser realizados desportos com baixo impacto, risco reduzido de queda, e que promovam um exercício aeróbio», afirma a ginecologista-obstetra. Caminhar, nadar, pedalar numa bicicleta estática, fazer step ou praticar remo são consideradas atividades seguras durante a gestação. E os exercícios para fortalecimento dos músculos do pavimento pélvico (músculos que suportam a vagina e o ânus) são particularmente importantes na gravidez. Cristina Vilhena explica ainda que «a ginástica localizada e dirigida
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(por exemplo o yoga ou o pilates), quando praticada com a devida assistência e por pessoas com formação e conhecimento específico que permita adequar os exercícios físicos à gravidez» também é uma boa opção, além de que em alguns ginásios e centros de preparação para o parto existem aulas específicas para grávidas. Pelo contrário, desportos radicais ou de contacto (como o boxe ou o judo), mergulho, equitação ou exercícios com maior potencial para quedas violentas ou que impliquem posições que pressionem a zona abdominal são totalmente desaconselhados. QUANDO DEVE PARAR O exercício físico deve ser sempre praticado de forma moderada e a modalidade escolhida deve ser adequada ao seu estado. Se durante o exercício sentir algum desconforto ou sintoma como, por exemplo, tonturas, dores de cabeça, falta de ar, fraqueza muscular e perda de líquido ou sangue vaginal deve cessar imediatamente a atividade e consultar o seu médico obstetra logo que possível.
5 RECOMENDAÇÕES A SEGUIR 1. Use roupa e calçado adequados de forma a evitar quedas e a sentir-se confortável. É importante escolher um soutien que suporte o peito de forma adequada; 2. Tenha cuidado com o ritmo. Se não conseguir conversar normalmente enquanto pratica exercício físico é sinal que deve diminuir a intensidade da atividade; 3. Não exagere e esteja atenta aos sinais do seu corpo. Se sentir algum sintoma fora do comum, pare imediatamente o exercício e consulte o seu médico; 4. Evite as posições de decúbito dorsal (deitada de costas) após o primeiro trimestre); 5. A alimentação e a hidratação são muito importantes. Beba muita água, sobretudo após o exercício.
> PREVENÇÃO SAÚDE
ANTIBIÓTICOS: BACTÉRIAS CADA VEZ MAIS RESISTENTES Descoberta “milagrosa” que há décadas ajuda no combate de muitas doenças, os antibióticos têm vindo a perder eficácia. A toma exagerada, ou a sua má utilização, tem como consequência a criação de resistências. A resistência aos antibióticos tem vindo a aumentar nos últimos anos. Os especialistas alertam para os efeitos nefastos e há mesmo quem acredite que, daqui a três décadas, a resistência aos antibióticos matará mais do que o cancro. O relatório “Portugal – Prevenção e Controlo de Infeções e Resistências aos Antimicrobianos
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2015” veio fundamentar esta preocupação ao apontar que, por dia, morrem 12 pessoas com infeções hospitalares no nosso país. Perante este cenário, a Organização Mundial de Saúde deixa o aviso: há 12 bactérias perigosas que, atualmente, constituem as maiores ameaças para a saúde humana.
MÁ PRESCRIÇÃO Para ajudar a controlar esta situação foi criado o Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e Resistências aos Antimicrobianos. De acordo com uma entrevista recente de Paulo André Fernandes, diretor do programa, «em muitas situações não é adequado prescrever-se o antibiótico e, muitas vezes, prescreve-se». Aliás, os dados de 2014, divulgados pela Comissão Europeia apontam que, em Portugal, foram prescritas cerca de 20 doses de antibióticos por mil habitantes por dia e, apesar de a média da UE ser de 25, há situações que são alarmantes. O Observatório Português dos Sistemas de Saúde (OPSS) já veio anunciar que quer medidas concretas para controlar este problema, sugerindo que, nalguns casos, o médico só os possa prescrever após identificar a causa da infeção. «Houve uma melhoria na situação nos últimos anos, mas continuamos a ter um consumo de antibióticos que é superior a muitos países europeus”, referiu à agência “Lusa” Aranda da Silva, um dos coordenadores do Relatório da Primavera 2017 do OPSS, que inclui um estudo que caracteriza o consumo de antibióticos entre 2004 e 2014. Controlo na prescrição Este estudo mostra que há grandes diferenças regionais, mas o que vem preocupando as autoridades de saúde é o facto de haver uma utilização muito exagerada de antibióticos de largo espectro, «o que pode ser perigoso em termos de resistência», comentou Aranda da Silva. Também a Comissão Europeia adotou o plano “One Health Action Plan” para combater a resistência aos antibióticos, um flagelo que mata anualmente 25 mil pessoas na União Europeia (UE) e custa 1,5 mil milhões de euros, de forma a que os diferentes Estados-membros elaborem planos nacionais nesta matéria. PAPEL DO FARMACÊUTICO Dados recentes do INFARMED mostram que entre o primeiro semestre de 2015 e o primeiro semestre de 2016, os portugueses consumiram menos 100 mil embalagens de antibióticos, do que em igual período anterior. Para tal, muito terá contribuído a classe farmacêutica, que tem promovido várias campanhas relativas a esta matéria. Exemplo disso é a iniciativa da Ordem dos Farmacêuticos “Uso do Medicamento – Somos Todos Responsáveis”, criada com o propósito de alertar a população para o uso excessivo de antibióticos. Por sua vez, um estudo da IQVIA Institute for Human Data Science quantificou o potencial de poupança dos sistemas de saúde,
a nível mundial, através do uso responsável do medicamento, em 370 mil milhões de euros por ano, o que corresponde a 8% da despesa mundial em Saúde. O referido estudo especificou as oportunidades de melhoria mais relevantes para a otimização do uso do medicamento, considerando os principais erros, destacando a não adesão à terapêutica como a principal causa do problema, contribuindo para 57% da despesa excedentária, a introdução tardia do medicamento (13%), a utilização errada ou excessiva de antibióticos (11%), os erros associados à medicação (9%), a utilização insuficiente de medicamentos genéricos (6%) e a gestão incorreta da polimedicação (4%). É aqui que o farmacêutico desempenha um papel essencial, ao prestar aconselhamento na hora da dispensa dos medicamentos, mas também contribuindo para uma maior literacia em saúde dos utentes da Farmácia, espaço privilegiado na hora de esclarecer muitas das dúvidas que persistem ou não se teve coragem de perguntar durante a consulta médica.
TRAVAR USO EM ANIMAIS Uma das formas “silenciosas” que também têm contribuído para o aumento da resistência aos antibióticos é a alimentação. «A falta de antibióticos eficazes é uma ameaça de segurança tão séria como um surto de uma doença súbita e mortal», afirmou o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, que considera imperativa «uma ação forte e sustentada em todos os setores». Em linha com esta visão, a OMS divulgou no passado dia 7 de novembro novas diretrizes sobre o uso de antibióticos na agropecuária, com recomendações que visam combater a aplicação inadequada e desnecessária por produtores e pela indústria alimentar, para promover o crescimento e prevenir doenças em animais saudáveis. É que, em alguns países, cerca de 80% do consumo total de antibióticos está no setor animal, o que tem agravado o problema da imunidade de certos agentes infeciosos a determinados tratamentos, tornando esta uma das áreas de intervenção prioritária.
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PRISCILA ARAÚJO Nutricionista LILIANA OLIVEIRA Nutricionista
> NUTRIÇÃO HOLON
ALIMENTAÇÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA: DESAFIOS E SOLUÇÕES De acordo com a Organização Mundial de Saúde, cerca de 10% da população mundial possui algum tipo de deficiência ou incapacidade. Em Portugal, estima-se que existam mais de 900 mil pessoas com deficiência. > 31
desidratação, ingestão insuficiente de água, baixo consumo de fibras, malnutrição e à toma de certos medicamentos. A disfagia e os problemas em deglutir podem também constituir um desafio à normal nutrição da pessoa com deficiência, limitando a capacidade de ingerir alimentos sólidos, líquidos ou ambos. A estes, podem juntar-se ainda outras situações, como dificuldades ao nível motor ou de postura e recusa alimentar. Estes desafios podem ser ultrapassados através de adaptações no dia a dia. É fundamental reduzir toda e qualquer repercussão negativa, pelo que é imprescindível dar formação alimentar aos Cuidadores de pessoas portadoras de deficiência! No momento da alimentação, devemos considerar as especificidades de cada pessoa e adotar certas estratégias: • Assegurar um posicionamento correto; • Considerar as preferências alimentares, apresentando refeições apelativas; • Adaptar a textura dos alimentos: normal, triturada, mole, pastosa ou líquida; • Recorrer à utilização de água gelificada ou fórmulas espessantes comerciais que permitem tornar os líquidos mais espessos, o que facilita a sua ingestão e diminui a possibilidade de se engasgar; • Usar utensílios que facilitam a toma das refeições, no caso de pessoas que tenham dificuldades no manuseio dos utensílios “normais”, permitindo uma maior autonomia.
É possível definir cinco grandes categorias de deficiências: física, intelectual, psiquiátrica, sensorial e neurológica. Pelas dificuldades que encontram e reconhecendo que o estado nutricional tem um impacto direto na saúde, as pessoas portadoras de deficiência merecem uma atenção especial no que respeita à sua alimentação! As recomendações alimentares aplicadas à população em geral podem não estar adequadas à pessoa com deficiência. É, por isso, imprescindível saber como agir em termos nutricionais, em cada caso. O baixo peso pode ser fator de risco, surgindo frequentemente associado a uma baixa ingestão energética. Por outro lado, cada vez mais, observamos que o excesso de peso pode estar associado à maior dificuldade motora e ao aparecimento de doenças crónicas como a diabetes, doença coronária e hipertensão. A obstipação é outra complicação frequente e pode estar ligada à fraca atividade física, ao excesso de peso, ausência de rotinas,
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Apesar de muitas das dificuldades serem ultrapassadas com adaptações relativamente simples, em alguns casos a alimentação por via oral pode constituir um grave risco para a saúde da pessoa com deficiência. Assim, é frequente recorrer a sondas para alimentação, como a nasogástrica ou a gastrostomia endoscópica percutânea (PEG). Nestas situações, há cuidados específicos a observar e os cuidadores devem esclarecer todas as suas dúvidas com um profissional de saúde habilitado. A prática de uma alimentação equilibrada está intimamente ligada à melhoria da saúde em geral e da qualidade de vida da pessoa portadora de deficiência. É indispensável que existam mecanismos que a protejam e proporcionem as condições apropriadas. Para que esta qualidade de vida não seja prejudicada, é fundamental uma avaliação adequada e um acompanhamento multidisciplinar, realizado por uma equipa de saúde e na qual se inclui o Nutricionista!
> RECEITA SAUDÁVEL
INGREDIENTES
• 1 Batata-doce média • PIMENTA PRETA MOÍDA EM PÓ q.b. • Alho em pó q.b. • Tomilho seco q.b. • Alecrim q.b.
Informação Nutricional (100g) Calorias (kcal) 86 | ProteÍnas (g) 1,6 | Glícidos (g) 20,1 | Lípidos (g) 0 | Fibra (g) 3
CHIPS DE BATATA-DOCE MODO DE PREPARAÇÃO: 1. Lave muito bem a batata e seque-a com um pano limpo; 2. Corte em rodelas muito finas. A utilização de uma mandolina ajudará a conseguir a espessura desejada; 3. Cubra um tabuleiro de forno com papel vegetal e disponha as rodelas de batata-doce sobre o mesmo; 4. Tempere com as especiarias e ervas aromáticas; 5. Leve ao forno a 150ºC por cerca de 20 minutos, ou até que as batatas fiquem com um aspeto dourado; 6. Vire as rodelas de batata-doce, tempere e volte a colocar no forno por mais 20 minutos, ou até estarem secas e estaladiças.
BATATA-DOCE A batata-doce é um tubérculo de cor alaranjada e sabor adocicado, originário da América Central, pode ser encontrada facilmente durante todo o ano. É rica em nutrientes, que lhe conferem propriedades benéficas ao nível da saúde.
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> VIVA MAIS
DESPORTO FEDERADO: PRÓS E CONTRAS NA INFÂNCIA A prática desportiva deve ser implementada desde tenra idade, pois traz inúmeros benefícios para o corpo e mente. Contudo, quando se envereda por uma modalidade federada, há que ter cuidado com alguns excessos. > 34
As máximas “deitar cedo e cedo erguer dá saúde e faz crescer” e “mente sã em corpo são” sempre fizeram parte da vida de Flávia Ladeira e de Miguel Barreto, agora adultos, mas que desde muito novos tiveram na prática desportiva uma das suas atividades diárias. No caso de Flávia foi o futebol que marcou a sua infância e adolescência, com passagens por clubes no Brasil e no Sporting Clube de Portugal, e que definiram alguns dos traços de personalidade que mantém até hoje: «foco, disciplina e determinação». Já Miguel foi diversificando o seu interesse ao longo dos anos, mas o desporto sempre esteve presente e garante que é parte essencial da sua vida. Este dinamizador comunitário num bairro problemático da capital assegura que os benefícios vão muito além dos físicos. «O desporto ajuda as crianças e os jovens a ter uma infância equilibrada e saudável. Além disso, ajuda a afastar dos “maus caminhos”», frisa Miguel Barreto. ATIVIDADES DIVERTIDAS Mais do que a escolha da modalidade, é essencial que a criança consiga entender as regras e os objetivos que lhe estão subjacentes. Aí então, a prática do desporto é salutar desde cedo, pois está associada a um aumento do bem-estar físico, psíquico, social e neuro-cognitivo, devendo ser adaptada a cada idade (ver caixa Long Term Athlete Development). A necessidade de respeitar regras, de partilhar responsabilidades, bem como a disciplina individual e coletiva que a prática de uma modalidade desportiva incute, são promotoras de autoconfiança. Porém, há especialistas que defendem que a atividade desportiva deve ter características predominantemente lúdicas e estar associada ao prazer. No caso do desporto de alto rendimento, com a busca de vitórias e recordes, há que ter em conta a constante busca pela superação, pelo que é essencial o reforço positivo por parte do treinador e o acompanhamento da criança por uma equipa multidisciplinar. ESCOLHER A MODALIDADE ADEQUADA
as preferências e gostos. Qualquer desporto poderá ser praticado, desde que se considere a fase do desenvolvimento e as características neuro-cognitivas da criança ou adolescente. Os especialistas recomendam que o deporto deverá ser individual até aos oito ou 10 anos de idade, trabalhando sobretudo a coordenação motora. Posteriormente, pode optar por modalidades de grupo que trabalhem a velocidade e a força dinâmica. O ideal é a criança experimentar até encontrar o que mais a preenche e para o que tem maior aptidão, ao invés de se pretender, desde logo, criar um atleta olímpico.
Long Term Athlete Development O modelo Long-Term Athlete Development (LTAD) nasce para criar um programa de treino e competição, que aproveite ao máximo as capacidades motoras e cognitivas do atleta. De acordo com o Instituto Português do Desporto e da Juventude, este identifica o nível de maturação dos desportistas e distingue sete fases diferentes, tendo em conta o seu desenvolvimento físico, mental, emocional e cognitivo: · Active Start – Início Ativo (dos 0 aos 6 anos de idade); · FUNdamentals – FUNdamentais (rapazes entre os 6 e os 9 anos; raparigas entre os 6 e os 8 anos); · Learn to train – Aprender a treinar (rapazes dos 9 aos 12 anos; raparigas dos 8 aos 11 anos); · Train to train – Treinar para treinar (rapazes dos 12 aos 16 anos; raparigas dos 11 aos 15 anos); · Train to compete – Treinar para competir (rapazes dos 16 aos 23 anos; raparigas dos 15 aos 21 anos); · Train to win – Treinar para ganhar (rapazes a partir dos 19 anos; raparigas a partir dos 18 anos); · Active for life – Ativo para a vida (pode entrar nesta fase logo após o pico de crescimento terminar).
Na hora de eleger a modalidade mais indicada, deve ter em conta
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JÉSSICA SANTOS Farmacêutica
> DERMOFARMÁCIA HOLON
PELE SECA E PELE DESIDRATADA, CONHECE A DIFERENÇA? Muitas vezes confundimos pele seca e pele desidratada. Na verdade, tratam-se de duas situações bem diferentes e, por isso, é fundamental definir e distinguir ambos os conceitos. A pele pode ser seca, oleosa, normal ou mista. É o que se chama “tipo de pele”. O tipo de pele é uma característica individual de cada pessoa e depende da quantidade de gordura que é produzida pelas glândulas sebáceas. Esta gordura tem como função impedir a saída de água e é o que lhe confere, por exemplo, maior ou menor brilho. Por sua vez, a pele desidratada revela um desequilíbrio que ocorre quando há um défice de água no extrato córneo (camada externa da pele). A sensação de repuxar é o sintoma mais frequente de desidratação e pode acontecer devido a diversos fatores, como ambientes muito quentes ou com ar condicionado ligado, mudanças bruscas de temperatura, banhos muito quentes ou pouca ingestão de água. A pele seca é mais suscetível a sofrer desidratação, pois produz menos gordura. No entanto, qualquer tipo de pele (incluindo a oleosa) pode ter um défice de água e ser, simultaneamente, ole-
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osa e desidratada. Regra geral, se tivermos os cuidados apropriados, a desidratação da pele pode ser transitória! A falha no conteúdo hídrico da pele pode ser colmatada utilizando séruns de água, máscaras de hidratação, água termal e cremes hidratantes específicos para a pele desidratada. O importante é que estes produtos sejam sempre adaptados ao seu tipo de pele. Opte por produtos de textura rica, no caso de ter pele seca, ou de textura ligeira, no caso de ter pele oleosa. Assim, antes de escolher os seus cremes ou séruns, é essencial conhecer o seu tipo de pele e o estado de hidratação em que se encontra. No Serviço de Dermofarmácia Holon, com recurso a um equipamento próprio, é possível medir o nível de hidratação da pele e, desta forma, selecionar o cuidado dermocosmético mais adequado para si. Informe-se junto do seu Farmacêutico Holon!
> ENTREVISTA ESPECIAL
FERNANDA SERRANO «APRENDI A VIVER UM DIA DE CADA VEZ E A SABOREAR MAIS E MELHOR AS VITÓRIAS.» Já passou por muitos palcos, enfrentou câmaras e holofotes e interpretou dezenas de personagens. Fernanda Serrano divide a sua vida entre a profissão de atriz e a família. Há 10 anos enfrentou um grande desafio, um cancro da mama, uma história difícil, mas com um final feliz. H - Atriz com mais de 20 anos de carreira, mãe de quatro filhos e mulher. Como é que se gere uma vida tão preenchida? Fernanda Serrano (FS) - Com muita disciplina, boa gestão, ajuda de família e amigos e muita boa vontade de fazer tudo!
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H - Certamente que haverá alguns momentos mais difíceis, de maior stress e fragilidade. Que estratégias adota nessas alturas? FS - Não existe uma estratégia. Existem passos a ter em conta. E todos eles importantes. Tentar manter a calma, respirar fundo e
aprender a delegar. Aprendi há pouco tempo a fazê-lo e alivia-nos bastante, acredite. H - Em 2008 passou por uma grande provação: foi-lhe diagnosticado cancro da mama. Como se ultrapassa, usando uma expressão sua, uma «fase delicada» como esta? FS - Não se ultrapassa. Passa-se. Vive-se. Resolve-se. Aprendi a viver um dia de cada vez e a saborear mais e melhor as vitórias, até as mais pequenas. Obstáculos todos temos, de maior ou menor gravidade. Temos de os saber contornar e resolver. As vicissitudes da vida, sim, são mais difíceis de resolver. Para algumas, ajuda em muito a ter calma e saber como tomar as melhores decisões. Depois, há a sorte, fator quanto a mim, preponderante, que felizmente, muitas vezes está connosco. H - Sentiu um nódulo no peito no dia em que nasceu a sua segunda filha e apesar de o médico que a acompanhava ter desvalorizado ficou sempre alerta. Que conselhos pode deixar às outras mulheres? FS - Que nunca desvalorizem os rastreios, nunca protelem consultas de rotina, nunca deixem exames por fazer. E também, que vão estando atentas ao seu corpo, porque ninguém o conhece melhor que nós próprias. Se porventura (foi o que me aconteceu e totalmente preponderante) houver uma opinião/diagnóstico que não nos deixe sossegadas ou confiantes, nunca hesitar em procurar mais uma, duas, as que acharmos necessárias até ficarmos perfeitamente esclarecidas e seguras. Como me disse o Dr. Passos Ângelo e o Dr. Santos Costa: as dúvidas não nos levam a lado nenhum, mas sim as certezas. Depois, tudo se encaminha e resolve. H - Os médicos desaconselham fortemente que mulheres com doenças oncológicas engravidem nos dois anos seguintes ao tratamento, no entanto a Fernanda engravidou. Qual foi o seu maior receio durante esse período de gestação? FS - Atenção, eu também fui aconselhada a não engravidar nos dois anos seguintes ao protocolo clínico a que tinha sido submetida. No entanto, uma desatenção médica associada a um imprevisto fez com que acontecesse a minha gravidez totalmente inesperada, que me deixou muitíssimo assustada. A maior angústia foi no momento da descoberta e nos dias imediatamente a seguir, pois existia uma triagem e bateria de exames apertada a fazer, antes da tomada de decisão. E havia muitas contradições, até médicas, a ser tidas em consideração. A decisão soberana seria sempre a minha, no entanto, considero ter sido a decisão mais difícil, até hoje, que tive de tomar. Felizmente, e como referi e tive oportunidade de contar no meu livro, “Também há Finais Felizes”,
este foi um deles. Haverá, espero eu, muitos outros. H - Ter tido cancro e ter vencido a doença mudou a sua forma de estar na vida? FS - Não propriamente. Eu nunca digo venci, ou passei, ou ganhei. Eu digo, estou viva e com saúde. Acabou. Tento não pensar muito no que já foi e muito mais no que virá. Sempre de bom. Antes não tinha uma meta estipulada, porque achamos que somos imortais. Agora tenho. Quero viver bem, com muita qualidade de vida, até aos 97 anos. H - As Farmácias Holon promovem Avaliações de Saúde e ações de sensibilização na área da oncologia. Considera que estas podem ser encaradas como parceiros na prevenção das doenças oncológicas? FS - O mais possível. São de louvar todos os organismos, instituições e serviços que o façam e/ou promovam. É fundamental que todos façamos rastreios e exames de rotina. Pela nossa saúde e pelo nosso bem-estar. E se existem este tipo de intervenções, que se traduzem em tão importantes mais-valias, para a saúde da comunidade, cabe-nos a nós agradecer, enaltecer, procurar e utilizar! H - No ano passado apresentou a cerimónia de entrega dos Prémios Holon, que reconhecem as Farmácias Holon que mais se destacaram ao longo do ano. Como classifica o serviço prestado por estas farmácias junto da população? FS - Pelo conhecimento que tenho enquanto cliente, considero que as Farmácias Holon na minha área de residência prestam um excelente e completo serviço e, muito importante, intervenção na comunidade. São sangue novo, com ideias proativas, sempre bem-vindas numa população que muitas vezes precisa muito mais do que ajuda clínica! H - Em que circunstâncias recorre a uma farmácia? FS - Todas as possíveis! Não só a recolha de medicamentos, bem como a entrega dos que já não estão em condições de serem utilizados. Vou pelo aconselhamento farmacêutico e dermocosmética, pois habitualmente a farmácia tem sempre uma excelente oferta, e de confiança! H - Que desejos tem para este Novo Ano? FS - Que a segurança e a tolerância aumentem neste planeta! Que a prosperidade e o bom senso imperem. Que não tenhamos que viver as tragédias do ano passado, que foram um horror para todos nós, mas sobretudo para todos aqueles que perderam a sua vida, familiares e os seus bens. Que nos traga muita sabedoria e sorte. Feliz Ano Para Todos!
> AO SERVIÇO DA COMUNIDADE
JULIETA SANCHES, Presidente da FENACERCI
UM PIRILAMPO MÁGICO PELA IGUALDADE DE OPORTUNIDADES A FENACERCI nasceu dez anos depois da criação da primeira Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados, assumindo como visão «a defesa de uma sociedade marcada pela igualdade de oportunidades para todos os cidadãos». > 40
apoiadas e à defesa intransigente e monitorização dos direitos sociais, políticos e de cidadania que lhes assistem», salienta a responsável. Ao longo dos anos, a FENACERCI tem, segundo a responsável, vindo a promover «projetos nas áreas de autorrepresentação, integração no mercado de trabalho, formação destinada a técnicos e dirigentes, informação e formação na área da multideficiência, tecnologias de informação e comunicação, bullying, maus-tratos, duplo diagnóstico, envelhecimento, infância, deficiência e violência». OS DESAFIOS
Qual é coisa qual é ela, que é felpuda, possui uma antena e todos os anos se “veste” de uma cor diferente? Não é nada mais, nada menos que o Pirilampo Mágico! Desde que surgiu, há 20 anos atrás, a mascote da Federação Nacional de Cooperativas de Solidariedade Social (FENACERCI) vendeu quase 19 milhões de unidades. A FENACERCI nasce em 1985 como uma instituição de utilidade pública, que representa as cooperativas de solidariedade social espalhadas por todo o país. «Nasceu dez anos depois da criação da primeira Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados (CERCI), com o objetivo de dinamizar ações de apoio a estas mesmas cooperativas e sensibilizar a opinião pública para os problemas da população com deficiência intelectual e/ou multideficiência e suas famílias», conta Julieta Sanches, presidente da FENACERCI. Reconhecimento, validação e acreditação na comunidade e junto dos interlocutores institucionais são os pilares que fundamentam o trabalho diário desta federação. E, por isso, a FENACERCI assume como visão «a defesa de uma sociedade marcada pela igualdade de oportunidades para todos os cidadãos, construída com o apoio das organizações de intervenção social, eticamente responsáveis, sustentáveis e certificadas pela qualidade da ação que desenvolvem, identificadas com um trabalho referenciado à participação ativa das pessoas
Até ao momento, os maiores desafios prendem-se com a consagração dos direitos das pessoas com deficiência intelectual, em todos os domínios da individualidade e cidadania que lhes estão associados. «É um trabalho constante de reformulação de estratégias e caminhos, de experimentação de novas soluções, de um trabalho intenso com parceiros nacionais e internacionais», explica Julieta Sanches, acrescentando que «a sustentabilidade é outra das dificuldades subjacentes». Os financiamentos disponibilizados pelo Estado e por programas nacionais e comunitários ficam sempre muito aquém das necessidades e é preciso um esforço permanente de criatividade e empenho para superar os obstáculos. Neste sentido, «se não fosse a Campanha “Pirilampo Mágico”, não seria possível desenvolver a quinta parte do trabalho que a equipa técnica da Federação e os seus dirigentes desenvolvem em prol das organizações que representam e dos direitos das pessoas com deficiência intelectual e famílias», revela a presidente. AS LUTAS A FENACERCI trabalha, assim, em várias frentes em simultâneo. Desde logo, «temos esse grande objetivo que é o cumprimento pleno da Convenção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, fazendo-nos representar com uma participação muito ativa, quer no Observatório da Deficiência e Direitos Humanos, quer no Mecanismo de Monitorização da Convenção», revela Julieta Sanches. Por outro lado, a federação elegeu algumas áreas temáticas como fulcrais do ponto de vista da inovação, formação e investigação, por exemplo as questões associadas ao envelhecimento, ao diagnóstico duplo (deficiência intelectual com doença mental associada), vida independente e autorrepresentação. E tem ainda defendido como prioritária «a alteração do Código Civil, designadamente ao nível da reformulação profunda do processo tutelar e das figuras da interdição e inabilitação», remata a responsável.
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> MONTRA EM DESTAQUE Cerebrum Forte com Cerosomas O Cerebrum Forte com Cerosomas foi criado para ajudar a manter o cérebro e o corpo em forma. Os Cerosomas são micro bolsas lipídicas 100% de origem natural, sendo uma inovação tecnológica recente permitem “transportar” mais eficazmente os oligoelementos, vitaminas e extratos vegetais, libertando-as diretamente nas células correspondentes, por forma a garantir uma maior eficácia e rapidez de ação.
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Panadol Gripus. Medicamento que contém paracetamol, cloridrato de fenilefrina e guaifenesina, indicado no alívio de curta duração dos sintomas de constipações, calafrios e gripe. Estes sintomas incluem dores ligeiras a moderadas, febre, nariz entupido e tosse produtiva. Panadol Gripus é apenas indicado em adultos, idosos e adolescentes a partir dos 16 anos que pesem mais de 50 kg. Panadol Gripus deve ser tomado apenas se todos os seguintes sintomas estiverem presentes: dor e/ou febre, nariz entupido e tosse produtiva. A duração do tratamento não deve exceder 3 dias. Não tomar com quaisquer outros medicamentos contendo paracetamol ou com qualquer outro medicamento para a tosse, constipação ou descongestionante. Leia atentamente o folheto informativo e em caso de dúvida ou persistência dos sintomas consulte o seu médico ou farmacêutico, CHPT/CHPAN/0009/17c- Material revisto em novembro de 2017
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Vibrocil ActilongDuo Nariz entupido com PINGO?
Com uma formulação única, o Vibrocil ActilongDuo proporciona um alívio rápido e prolongado de 4 sintomas: - Nariz entupido - Pingo no nariz - Pressão Sinusal1 - Espirros2 Alívio de 4 sintomas com 1 só spray
1.Eccles R. et al. Effects of intranasal xylometazoline, alone or in combination with ipratropium, in patients with common cold. Current Medical Research & Opinion 2010; 26 ( 4): 889–899. 2. Hayden F.G. et al. Effectiveness and Safety of Intranasal Ipratropium Bromide in Common Colds. Ann Intern Med. 1996; 125:89-97. Graf P. et al. Efficacy and safety of intranasal xylometazoline and ipratropium in patients with common cold. Expert Opin.Pharmacother 2009; 10(5):889-908. Vibrocil ActilongDuo - Medicamento contendo xilometazolina e ipratrópio indicado na congestão nasal e rinorreia. Precaução em doentes com predisposição para glaucoma, com hipertiroidismo, diabetes, hipertensão ou doenças cardiovasculares. Não utilizar mais de 7 dias sem indicação médica. Leia atentamente o folheto informativo e em caso de dúvida ou persistência dos sintomas consulte o seu médico ou farmacêutico. CHPT/CHVIBR/0007/17d – Material revisto em novembro de 2017
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> MONTRA EM DESTAQUE
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UL-250 cápsulas
Diarreia associada à toma de antibióticos (DAA): Sabe o que pode acontecer? A DAA é um efeito adverso comum dos antibióticos, pode ocorrer em até 1/3 dos doentes tratados e surgir até 2 meses após o final do tratamento, tornando-se difícil associá-la à toma de antibiótico. Prevenir a DAA! A prevenção deste efeito adverso é a atitude mais correta! O UL-250 cápsulas é um probiótico que pode ser tomado durante a terapêutica com antibiótico, pois ajuda a prevenir a diarreia associada ao antibiótico e deste modo contribui para a não interrupção do tratamento devido a este efeito secundário tão comum. UL-250, 250 mg, cápsula, Saccharomyces boulardii, é um medicamento não sujeito a receita médica. UL-250 está indicado para tratamento sintomático da diarreia aguda em crianças e adultos e para prevenção da diarreia associada à toma de antibióticos. Contraindicado em doentes com catéter venoso central. Precauções especiais: Não deve ser utilizado com líquidos a temperaturas superiores a 50 °C; a ação pode ficar diminuída se tomado com medicamento antifúngico oral ou sistémico; foi associado ao risco de fungémias principalmente em doentes com diversos fatores de risco. Este medicamento contém sacarose e lactose mono-hidratada. Leia cuidadosamente o folheto informativo e rotulagem e, em caso de dúvida ou de persistência dos sintomas, consulte o seu médico ou farmacêutico
Barral BabyProtect by Violeta Cor de Rosa A mala de maternidade Barral BabyProtect by Violeta Cor de Rosa é ideal para ter sempre consigo os 4 produtos essenciais para o cuidado da pele do bebé - o Creme Hidratante, o Creme de Banho, o Creme Muda Fraldas e Água de Limpeza - todos constituídos por
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Niquitin Menta Fresca 2 mg e 4 mg goma para mascar medicamentosa, nicotina. Medicamento não sujeito a receita médica indicado no tratamento da dependência do tabaco. Doentes com história recente de enfarte do miocárdio, angina instável ou agravada, arritmias cardíacas graves, hipertensão não controlada ou AVC recente devem fazer o tratamento sob vigilância médica. Precaução em doentes com diabetes e reações alérgicas. O risco-benefício deve ser avaliado em casos de disfunção renal e hepática, feocromocitoma e hipertiroidismo não controlado e problemas gastrointestinais. A nicotina pode ser tóxica para crianças pequenas. Leia cuidadosamente a informação da embalagem e o folheto informativo. Em caso de dúvida ou persistência dos sintomas, consulte o seu médico ou o farmacêutico. Frescura de longa duração - Sensory Claim Study. data on file. 1 - Nicotine replacement therapy for smoking cessation (Review). The Cochrane Collaboration, 2008. MKT2017NIQ-GOMASCONSUMIDOR01. Novembro 2017.
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> SAÚDE ANIMAL
LIDAR COM A DERMATITE ATÓPICA A dermatite atópica é a doença dermatológica mais comum no cão, sendo a comichão o sinal clínico por excelência. No entanto, sabemos que banhos frequentes com produtos hidratantes são importantes, pois diminuem o desconforto do seu melhor amigo. A médica veterinária, Diana Ferreira, explica que a dermatite atópica é uma patologia alérgica causada por alergénios ambientais, como os ácaros do pó ou pólenes. A comichão é o sinal clínico por excelência, «resultando em inflamação e mau cheio da pele, seborreia ou lesões como crostas», refere a diplomada do European College of Veterinary Dermatology. Os cães afetados têm tendência a «lamberem-se e mordiscam as patas e o abdómen, esfregam a cara, coçam o tronco e as axilas e, normalmente, têm as orelhas inflamadas», acrescenta. Como consequência da inflamação constante, os animais com dermatite atópica têm grande propensão a «desenvolver infeções da pele, tornando-se isto um problema muito frequente». As otites são, igualmente, bastante comuns nos cães, «estando normalmente relacionadas com uma alergia subjacente», remata a médica veterinária. Controlar as alergias É fundamental determinar quais os alergénios que causam estes
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sinais clínicos e evitar o contacto. «Os mais comuns são os ambientais, como ácaros do pó e pólenes, no entanto, também os alimentos podem ser responsáveis por desencadear reações alérgicas, assim como a picada de pulga», explica Diana Ferreira. A vacina de alergias é o método mais importante para tratar esta doença. Segundo a médica veterinária, «a vacina é formulada especificamente para o animal, com base no resultado de testes realizados através do sangue ou na pele. Contudo, a sua eficácia é muito pouco previsível e é necessário efetuar um tratamento para o controlo da inflamação em paralelo». Também as infeções de pele, que ocorrem como consequência das alergias, devem ser tratadas «e sempre que possível, com opções tópicas, como champôs antissépticos. Apenas deve recorrer aos antibióticos quando for claramente indispensável», alerta Diana Ferreira. No que toca às otites, estas devem ser tratadas de acordo com o problema em questão. Assim sendo, «no caso de haver uma infeção do ouvido, deve realizar-se tratamento antibiótico tópico, em forma de gotas, junto com a limpeza regular, com produtos antisséticos e ceruminolíticos», salienta a médica veterinária.
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