Índice
EDItOrial 3
Editorial
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Atualidade
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Simplificar É uma das questões mais faladas pelos sociólogos: o envelhecimento. O nosso país conhece bem este fenómeno, já que a pirâmide etária está a inverter-se,
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deslocando-se para os escalões etários mais elevados. Como se devem encarar estas pessoas que são o legado sociocultural das novas (apesar de diminutas) gerações que vão aparecendo? É verdade que é nesta altura que podem surgir complicações de saúde, como a diabetes, a
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osteoporose ou outras doenças que implicam a toma de vários tipos de medicamentos. E é principalmente em situação de polimedicação que podem surgir interações medicamentosas com consequências potencialmente graves.
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Como tal, e se, ao longo da vida, a saúde é sempre o bem mais precioso, nada como ter a ajuda das Farmácias Holon, onde se encontra sempre disponível uma equipa de profissionais de saúde (farmacêuticos, nutricionistas, podologistas e enfermeiros) para ajudar e simplificar o que é complicado no admirável processo de envelhecimento. Esta é uma fase da vida que deve ser aproveitada
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Opinião Folha em branco
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O que Dizem os Especialistas Sociedade Portuguesa de Geriatria e Gerontologia «As pessoas idosas não se definem por um estereótipo»
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Em Foco Subnutrição «Falta de alimento já não ocorre apenas nos países subdesenvolvidos» Um Dia Todas Serão Assim 14 Farmácias Holon na comunidade 15 Calendário & Ações Farmácias 16 Farmácia Ferreira Pinto Cuidamos de Si 17 Complicações tardias na diabetes 20 Queda de cabelo: Causas, tratamento e prevenção H Júnior 25 Diverte-te
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Trocado em Miúdos Dentro & Fora de Casa Pinta
Bebé e Mamã Pele cuidada desde tenra idade Dia a Dia Osteoporose: Evitar a fragilidade dos ossos Cuide Aqui da sua Saúde Interações medicamentosas: Desafio de bom senso Viva Mais 40 Alimentação no idoso 42 Desporto sénior Hidroginástica: Exercitar o corpo dentro de água 44 Receita saudável
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NOVIDADES
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Saúde Digital
Atuar Grupo de Estudos de Cancro de Cabeça e Pescoço Prevenir é o melhor caminho
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Breves
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para fazer todas aquelas atividades que uma vida profissional ativa não foi permitindo. A família, viagens, eventos culturais, refeições nutricionalmente
Edição: Hollyfar – Marcas e Comunicação, Lda. – Rua Aquiles
equilibradas, saborosas e com o merecido tempo para
Machado, nº 5F 1900-077 Lisboa
as desfrutar com tranquilidade…, e até mesmo uma
Coordenação Editorial: Inês Marujo e Joana Bagagem (Holon) e Rita
atividade física regular (sendo a hidroginástica uma
Lopes (Hollyfar) • Colaboram nesta edição: Ana Albernaz, Ana
excelente opção e nossa sugestão).
Dinis, Ana Paula Rachid, Carmen Silva, João Neto, José Pedro
No campo da nutrição, não deixa de ser preocupante que
Freitas Pinto, Margarida Esteves, Maria João Mendes e Sara Silva •
a questão da subnutrição passe a ser também agora um
Fotografia: David Oitavem
problema dos países mais desenvolvidos. Sabemos que
Publicação bimestral • E-mail: revistah@grupo-holon.pt
a alimentação é um dos pilares da saúde e, como tal, tem
Tiragem deste número: 10.000 exemplares • Os artigos
merecido a nossa atenção em todas as edições da Revista H.
assinados apenas veiculam a posição dos seus autores.
Independentemente de os temas abordados serem Layout: Series – Comunicação e Design, Lda. – Rua Rodrigues
o envelhecimento, a nutrição ou determinada patologia, acima de tudo isto está e estarão sempre
Sampaio, 31, 1º Dto. 1150-278 Lisboa; Site: www.series.com.pt • Diretor: Pedro Diamantino • Propriedade: Holon – Comunicação
Paginação: Helena Freitas • Execução Gráfica: Finepaper – Rua
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do Crucifixo, 86, 3º Dto. 1100-184 Lisboa; E-mail: info@finepaper.pt
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Pedro Miguel Domingues Pires e Nuno Alexandre Antunes
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São assim as Farmácias Holon.
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os nossos clientes, a sua qualidade de vida e as suas
Pedro Diamantino Diretor
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atualidade
Utentes vão poder adquirir medicamentos na farmácia sem papéis Até ao final deste ano os utentes deverão passar a sair dos gabinetes médicos sem papéis, uma vez que os farmacêuticos vão poder aceder à prescrição efetuada pelos médicos no computador, revelou o “Jornal de Negócios”. Esta alteração vai permitir que a prescrição de um medicamento seja enviada diretamente para uma base de dados central, que pode ser consultada por qualquer farmácia, evitando-se assim a impressão da receita em papel. Após a prescrição, o utente dirige-se a qualquer farmácia, podendo levantar o receituário prescrito. O Ministério da Saúde ainda não explicou, contudo, de que forma será feita a identificação do utente na farmácia para dispensar os medicamentos.
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Aprovadas medidas
Genéricos ficaram três vezes
que dificultam acesso
mais baratos desde 2007
a tratamentos Os doentes vão ter mais dificuldade no acesso aos fármacos, especialmente os inovadores, devido a medidas aprovadas recentemente pelo Ministério da Saúde. A Ordem dos Médicos já se manifestou contra, alertando que os doentes vão ser prejudicados, pois as situações de doença vão ser agravadas. O objetivo da tutela é reduzir a despesa pública. As medidas de racionamento estão definidas nos “Princípios orientadores para a política do medicamento”, documento ao qual o “Correio da Manhã” teve acesso. Foi aprovado pela Comissão Nacional de Farmácia e Terapêutica, mas de fora ficaram as associações de doentes. Os médicos são assim obrigados a prescrever os fármacos que constam do Formulário Nacional do Medicamento. Esse formulário é revisto anualmente, o que significa que um produto aprovado pelo INFARMED pode estar um ano à espera para ser incluído no formulário. O documento refere ainda que «todos os medicamentos sujeitos a receita médica restrita serão obrigatoriamente avaliados pelo INFARMED nos primeiros seis meses após a autorização de introdução no mercado». O Ministério da Saúde negou que haja racionamento nos medicamentos, defendendo que «com este formulário, fica garantida maior segurança na utilização dos medicamentos, bem como se assegura que os doentes do SNS serão todos, sem exceção, tratados com a melhor prática clínica internacional».
Utentes e Serviço Nacional de Saúde (SNS) têm vindo a poupar na farmácia, sobretudo desde 2011. Uma embalagem de medicamentos genéricos custa, em média, 6,97 euros. Em 2007 custava 20,38 euros. A quebra de 66% sentida no preço destes fármacos nestes últimos seis anos foi superior à quebra do preço dos medicamentos em geral, incluindo os não genéricos. Entre janeiro e maio deste ano uma embalagem de medicamentos custava, em média, 10,22 euros, menos 2,79 euros do que em 2007. A quebra foi sobretudo sentida nos medicamentos genéricos, cujo preço médio por embalagem caiu 13,41 euros nestes últimos seis anos. A redução dos preços dos medicamentos tem levado a uma poupança do Estado e dos utentes na farmácia, como se pode concluir da análise do relatório de monitorização do mercado divulgado pelo INFARMED. Até abril deste ano, e face aos primeiros quatro meses de 2012, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) gastou menos 10,4%, o equivalente a 42,7 milhões de euros, em comparticipações. Já os utentes pouparam 38,9 milhões de euros (-15,4%). Esta descida dos encargos foi acompanhada por uma subida no número de embalagens vendidas: mais 1,5 milhões de embalagens dispensadas (+3,4%), apontou o “Jornal de Negócios”. A redução dos preços dos fármacos deve-se a várias medidas adotadas sobretudo desde 2010, ainda com o anterior executivo, e que levaram a uma revisão trimestral dos preços em baixa. A essa medida juntam-se as revisões anuais que, por comparação internacional, permite baixar os preços dos medicamentos.
OPINIÃO
Folha em branco
José Pedro Freitas Pinto, Gestor de Produtos Holon
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As ideias faltavam. Não chegavam. Mas à medida que pensámos no que escrever, as palavras surgiram… saltaram para a folha. Multiplicaram-se. Palavra após palavra, o espaço, antes em branco, começou a ser preenchido. Antes vazio. Outrora desprovido. Sem ideias. Sem conceito. Sem contexto. Agora ocupado. Com mensagem. Com estrutura. Com fundamentos. Com ideais. - Ocupado? – perguntam. - Sim, ocupado! Com objetivos! Com definição! – respondemos. - Como? Não são todas iguais? Todas portuguesas? - Não, somos diferentes! – dizemos. - Como? Impossível. São todas iguais! - Não! – clamamos – Somos diferentes! Começámos de uma folha em branco! – exclamamos. - De uma folha em branco? - Sim, de uma folha branco! – reforçamos – Organizámo-nos, definimos objetivos e mensagem, criámos estrutura e construímos ideais. Somos autênticos. Temos uma identidade própria. - Identidade própria… – escarnecem. - Assentamos na prestação de um serviço de excelência. Promovemos um modelo sustentável. - Como? – duvidam. - Com trabalho – respondemos. - Mas a folha era branca… - Entretanto, está cheia. - Branca? Se calhar já tinha lá qualquer coisa… – atacam. - Não! Era branca! – respondemos. Agora tem ideias, tem conceito… tem trabalho! – resumimos. - Trabalho? A sério? – riem. - Sim, começámos com uma ideia de base: diferenciarmo-nos das outras pela qualidade. Queremos ser melhores. - Hum, hum… – duvidam. - Sim, a base das nossas é o atendimento, o serviço de excelência.
- Pois, pois, mas isso é o que dizem todas… - O serviço de excelência integrado! - Integrado? Isso é que era… - Sim, com serviços diferenciados. Com comunicação clara e precisa. Com imagem diferenciadora e facilmente identificável… - Pois, mas de resto são iguais! - Com produtos próprios, feitos por nós, com qualidade e seguros. - Pois… é verdade. Até já experimentámos… e gostámos. - Com prestadores que acompanham de forma agregadora os nossos utentes. - Sim, de facto já estivemos nas vossas consultas e percebemos isso. - Com promoção de ações na comunidade. Nas escolas, nas juntas de freguesia, nos centros de dia… - É verdade! No outro dia estivemos numa dessas sessões. E aprendemos a ter um estilo de vida saudável. Como conseguem tudo isto? - Como? É que as nossas assentam na prestação de um serviço de excelência. - Mas isso já foi dito! E como alcançam os vossos objetivos? - Com trabalho. – reforçamos. - Mas a folha estava branca… Como conseguem? - E agora está cheia, mas amanhã voltamos a uma nova folha. - Uma nova folha? Como assim? - Sim, amanhã escrevemos novas ideias. Melhoramos os nossos conceitos. Fortalecemos os nossos ideais. Continuamos a preencher a folha branca… num processo de melhoria contínuo. - Realmente… - Sim? Realmente? - Realmente sentimos a melhoria. Sentimos o caminho. - O caminho? - Sim, o vosso progresso. O vosso aperfeiçoamento. Sentimos a diferença! FARMÁCIAS HOLON Um dia todas serão assim!
O QUE DIZEM OS ESPECIALISTAS
Sociedade Portuguesa de Geriatria e Gerontologia «As pessoas idosas não se definem por um estereótipo» Com o aumento da esperança média de vida, o envelhecimento ativo torna-se um conceito a adotar por todos nós. Mas afinal o que é este conceito e como podemos chegar à terceira idade “rijos que nem um pero”? H - Como podemos definir envelhecimento ativo? Maria João Quintela, vice presidente da SPGG - É o processo de otimização de todas as oportunidades para a saúde, participação e segurança, solidariedade e complementaridade entre as gerações e a família. Além disso, passa pela promoção de ambientes capacitadores e promotores da autonomia e independência para a qualidade de vida, à medida que vamos envelhecendo.
H - A população portuguesa é recetiva a este conceito ou persiste o envelhecimento “à antiga”? MJQ - Há ainda muito a fazer para mudar mentalidades e atitudes face ao envelhecimento e às pessoas mais velhas. No entanto, estamos hoje na presença de várias gerações de pessoas, com 60, 70, 80 e mais anos, que são autónomas e independentes. São capazes de se bastarem a si próprias, sozinhas ou com pequena ajuda de outrem, que participam na sociedade, cuidam dos netos, ajudam os filhos, são consumidores e contribuem para as economias locais e para o bem comum nacional, são voluntários e repositório da memória histórica e cultural. Os mais velhos de hoje são o garante de que os mais novos têm um passado e que podem aprender a ter, um dia, um melhor futuro. Os jovens de hoje não querem passar pelo que passam ainda hoje muitas pessoas idosas: abandono, solidão, maus tratos, discriminação e rejeição.
H - No fundo, como caracterizaria o idoso português? MJQ - As pessoas idosas não se definem por um estereótipo. Podíamos até dizer que não há duas pessoas da mesma idade iguais ou com características semelhantes. As pessoas têm envelhecimentos diferentes, de acordo com a influência multifatorial de diversos determinantes individuais, familiares, genéticos, ambientais, culturais, sociais, de saúde, alimentação, acesso a serviços, situação económica e são também influenciadas pelas políticas locais e nacionais e pelas conjunturas sócioeconómico-culturais do momento. Definir hoje as pessoas idosas portuguesas é definir pessoas de múltiplas idades, homens e mulheres, vivendo dentro e fora de Portugal, com família e sem família, em meio urbano ou em meio rural, economicamente vulneráveis ou com rendimentos minimamente aceitáveis e com saúde ou 7
sem saúde. Diria, pois, que a característica mais constante na população de pessoas idosas é a diferença.
H - Quais as patologias mais comuns nesta fase da vida? MJQ - As patologias mais frequentes são as patologias cardiocerebrovasculares, respiratórias, cancerosas, as fraturas decorrentes de quedas e acidentes, entre outras. Contudo, grande parte dos problemas que surgem, ou se agravam mais tarde, decorre de uma vida pouco saudável e de muitos fatores, como uma alimentação demasiadamente rica em sal e açúcares, uma vida sedentária e uma tendência cada vez maior para a obesidade. O consumo de tabaco e o excesso de consumo de bebidas alcoólicas também são fatores que influenciam negativamente a saúde quando progredimos na idade.
H - Uma das grandes preocupações dos atuais sistemas de saúde é o aumento da incidência de doenças neurodegenerativas, entre elas a doença de Alzheimer. Quais as principais dificuldades no diagnóstico e tratamento desta patologia? MJQ - São muitas, nomeadamente porque se confundem frequentemente com outras patologias ou são desvalorizadas pelos familiares e pelos próprios profissionais. A Associação Alzheimer Portugal tem feito um trabalho notável dirigido aos familiares, amigos e outras pessoas que prestam cuidados a estes doentes.
H - Ainda existem preconceitos relacionados a este tipo de doenças? MJQ - É lamentável e pode até ser considerado mau trato e sequestro. Consultar um médico assim que os primeiros sintomas de esquecimento, desorientação ou alterações de humor não justificadas, entre outros comportamentos não usuais, é muito importante. Quanto mais precocemente se identificar o problema, mais facilmente se pode ajudar a família e informar para estratégias de como lidar com diversos cenários, como situações de agressividade que possam surgir. Mas atenção: muitas vezes, a situação mais frequente com a qual se confunde é a depressão, até porque esta está frequentemente associada.
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H - E em relação à depressão no idoso? O que leva ao seu aparecimento e quais as principais dificuldades no tratamento? MJQ - A depressão pode surgir em qualquer idade. Nas pessoas mais velhas, resulta mais frequentemente do isolamento e do abandono, da falta de contactos sociais e de ajuda psicológica, dos estereótipos negativos e de uma mentalidade ainda muito discriminatória e injusta face ao envelhecimento. Há que mudar mentalidades e fomentar o conceito de envelhecimento ativo preconizado pela Organização Mundial da Saúde: saúde, participação, segurança, solidariedade e complementaridade entre gerações e ambientes estimulantes e não discriminatórios.
Perfil Maria João Quintela, médica da carreira de Clínica Geral Medicina Familiar, possui um mestrado de Gerontologia na Universidade de Ciências Sociais e Políticas de Grenoble (França), tem participado na coordenação e lançamento de diversos programas e projetos nacionais dirigidos à população idosa e é vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Geriatria e Gerontologia (SPGG). Além disso, é presidente da Associação Portuguesa de Psicogerontologia (APP), sócia fundadora da Sociedade Portuguesa para a Qualidade em Saúde (SPQS) e council member da International Association of Geriatrics and Gerontology (IAGG).
«As pessoas idosas não se definem por um estereótipo. Podíamos até dizer que não há duas pessoas da mesma idade iguais ou com características semelhantes. As pessoas têm envelhecimentos diferentes, de acordo com a influência multifatorial de diversos determinantes individuais, familiares, genéticos, ambientais, culturais, sociais, de saúde, alimentação, acesso a serviços, situação económica e são também influenciadas pelas políticas locais e nacionais e pelas conjunturas sócio-económico-culturais do momento» Congresso em outubro A Sociedade Portuguesa de Geriatria e Gerontologia (SPGG) tem como objetivo a formação, informação e divulgação sobre a Geriatria e Gerontologia. Contudo, como frisa a responsável, «há mais de sessenta anos que a pugna por melhores cuidados e políticas humanizadas para o envelhecimento». E porque quer manter a linha de aproximação aos profissionais de saúde, a SPGG organiza, em outubro, mais um congresso, no qual serão abordados os assuntos falados anteriormente, «mas também serão divulgadas boas práticas, e debatidas temáticas, que vão da importância social das pessoas idosas e do valor que representam com os papéis que desempenham, até uma abordagem natural de uma sexualidade saudável, de uma boa nutrição e atividade física e de projetos que, em Portugal, estão a desenvolver, em diversos setores, e constituem contributos e exemplos a divulgar e promover».
Livro “Sentimentos de Uma Vida” Com textos de Catarina Nunes, jornalista do “Expresso”, e fotos de Alexandre da Silva, ator e manequim, o livro “Sentimentos de Uma Vida” é um projeto do Centro Social Paroquial de São Jorge de Arroios, cujas receitas revertem na sua totalidade para a instituição. Lançado em 2012, este projeto, para além de prestar uma homenagem ao pai de Alexandre da Silva, pretende desmistificar a temática do envelhecimento e mostrar o lado positivo da velhice, do descanso do corpo e espírito, reunindo testemunhos de quatro utentes daquele centro social. Com prefácios do ator Ruy de Carvalho e de Pedro Mota Soares, ministro da Solidariedade e da Segurança Social, o livro contou também com a participação de Maria João Quintela, presidente da SPGG. Mais informação sobre o livro pode ser consultada na página www. sentimentosdeumavida.com.
em foco
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Subnutrição «Falta de alimento já não ocorre apenas nos países subdesenvolvidos» A subnutrição não é apenas a consequência da fome, mas também de uma dieta pobre em nutrientes necessários ao funcionamento normal do organismo. As crianças e os idosos são os grupos populacionais mais afetados por este problema de saúde. Quando se fala em subnutrição, as primeiras imagens que surgem na mente são as relacionadas com o continente africano, onde milhares de pessoas passam fome e estão subnutridas. Não obstante, este não é um problema exclusivo de África. Pelo contrário, atualmente afeta também os países desenvolvidos. A título de exemplo, um estudo realizado este ano em Espanha revelou que quase 2% das crianças que frequentam as escolas da Catalunha estão subnutridas, uma consequência dos problemas económicos que o país está a atravessar. Cláudia Carmona, nutricionista das Farmácias Holon, corrobora: «a fome tem vindo a aumentar significativamente nos últimos anos e a falta de alimento já não ocorre apenas nos países subdesenvolvidos mas também, e cada vez mais, nos países desenvolvidos devido à crise económico-financeira». As questões relacionadas com a alimentação e, consequentemente, com a nutrição, são de tal forma cruciais em termos da saúde a nível mundial que foi instituído, pelo organismo da Organização da Nações Unidas (ONU) para a Agricultura e Alimentação (FAO), o Dia Mundial da Alimentação, que se comemora a 16 de
outubro. Este ano será dedicado aos sistemas alimentares sustentáveis para a segurança alimentar e nutrição.
Alimentação pouco variada As principais causas da subnutrição são a alimentação deficiente ou a falta de alimentos disponíveis, sendo que a primeira incide «em pessoas que baseiam a sua dieta alimentar apenas em alguns alimentos, tendo, assim, uma alimentação pouco variada», continua a nutricionista, acrescentando que «este tipo de alimentação não fornece os nutrientes essenciais, como as vitaminas e sais minerais necessários para o bom funcionamento do organismo».
Solidão e incapacidade física Existem alguns grupos de risco, ou seja, grupos populacionais mais suscetíveis à subnutrição. As crianças são um deles, «pois precisam de uma maior quantidade de calorias e nutrientes para o seu crescimento e desenvolvimento», declara a nutricionista, alertando ainda que elas também podem «desenvolver deficiências de ferro, 11
EM FOCO
Também as gestantes e mães que amamentam, «têm uma necessidade aumentada de todos os nutrientes para prevenir a sua subnutrição e do seu bebé», garante Cláudia Carmona
ácido fólico, vitamina C e cobre, isto se fizerem dietas inadequadas». E a ingestão insuficiente de proteínas, calorias e outros nutrientes «pode conduzir à desnutrição proteicocalórica, uma forma particularmente severa de subnutrição, que retarda o crescimento e o desenvolvimento».
das Farmácias Holon, «por causa da solidão, das incapacidades físicas ou mentais e da imobilidade ou doença crónica». Por outro lado, a sua capacidade de absorver os nutrientes «está reduzida, contribuindo para problemas como anemia por deficiência de ferro, osteoporose e osteomalácia».
Outro dos perigos é a falta de apetite, muito comum entre as crianças. Ao ingerirem menos alimentos, há um risco muito acrescido de défice nutricional.
Contudo, também as pessoas que «têm febre prolongada, doença crónica do trato gastrointestinal, hipertireoidismo, queimaduras, cancro, que tomam medicamentos que interferem com o apetite ou com a absorção ou excreção de nutrientes, com anorexia nervosa, com dependência de álcool ou outra droga, com dietas vegetarianas ou outro tipo de dietas que limitem durante largos períodos de tempo a variedade de alimentos ingeridos» podem ficar subnutridas.
No entanto, também as gestantes e mães que amamentam, «têm uma necessidade aumentada de todos os nutrientes para prevenir a sua subnutrição e do seu bebé», garante Cláudia Carmona. Os idosos são outro dos grupos que merece particular atenção, como elucida a nutricionista
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Consequências da subnutrição A subnutrição, obviamente, tem consequências ao nível da saúde. Na verdade, como esclarece Cláudia Carmona, qualquer sistema do organismo pode ser afetado por uma desordem nutricional: - O sistema nervoso pode ser afetado pela deficiência de vitamina B3 (também denominada de niacina e causadora da pelagra), deficiência de vitamina B1 (ou tiamina e causadora do beribéri), deficiência ou excesso de vitamina B6 (piridoxina) e ainda deficiência de vitamina B12; - O paladar e o olfato são afetados pela deficiência de zinco;
Abordagem multissetorial Tendo em conta as graves repercussões ao nível de saúde, e até da economia, prevenir a subnutrição é fundamental. Na opinião de Cláudia Carmona, a solução passa «por uma abordagem multissetorial, com intervenções nos sistemas alimentares, saúde pública e na educação como, por exemplo, o acesso à informação através de programas de educação alimentar nas escolas».
Mas, neste combate à subnutrição, as farmácias também têm um importante papel a desempenhar. Por exemplo, as Farmácias Holon «estão dotadas de serviços especializados focados no bem-estar e na saúde do utente», salienta Cláudia Carmona, explicando que, para tal, apresentam «um atendimento proativo na identificação e satisfação das necessidades de cada um, direcionando para o serviço em questão. Neste caso específico, ao utente, é-lhe aconselhado o Serviço de Nutrição».
Idosos Menos calorias e proteínas O envelhecimento é acompanhado de uma perda progressiva da massa muscular, independentemente da existência de outras doenças ou deficiências dietéticas. Essa perda, explica Cláudia Carmona, «pode ocorrer em parte devido à redução de atividade do próprio metabolismo, da diminuição do peso corporal e ainda devido a um aumento da taxa de gordura do corpo de aproximadamente 20 a 30% nos homens e 27 a 40% nas mulheres». Neste sentido, «por causa destas mudanças e de uma redução na atividade física, as pessoas mais velhas necessitam de menos calorias e menos proteínas do que as pessoas mais jovens», conclui a nutricionista.
- O sistema cardiovascular pode ser afetado tanto numa situação de falta de alimentos ingeridos, como numa em que a dieta é desequilibrada em termos dos nutrientes essenciais, levando a situações de obesidade, devido essencialmente a uma alimentação com muita gordura que terá ainda consequências ao nível da doença coronária e hipercolesterolemia. O excesso de sal utilizado na preparação de alimentos também terá consequências no sistema cardiovascular, especificamente em casos de hipertensão; - O trato gastrointestinal é afetado em situações de carência de ácido fólico e casos de alcoolismo; - A boca (lábios, língua, gengivas e membranas mucosas) pode ser afetada pela deficiência de vitaminas do complexo B e pela carência de vitamina C, causa do escorbuto; - Uma deficiência de iodo pode resultar no aumento da glândula tiroide; - Uma tendência aumentada para sangramentos está sobretudo relacionada com uma carência em termos de vitamina K; - Os sistemas ósseo e articular são afetados sobretudo pelo raquitismo (deficiência de vitamina D), osteoporose e escorbuto.
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Farmácias Holon na comunidade A Farmácia é a unidade de saúde mais próxima e acessível ao consumidor, o que faz com que tenha uma responsabilidade acrescida quando o tema é a sensibilização e formação da comunidade, não só para problemas de saúde específicos, mas também na promoção de uma vida mais saudável. As Farmácias
Um Dia Todas Serão Assim
As Farmácias Holon dispõem de equipas de profissionais especializados nas mais diversas áreas, que se dedicam ao desenvolvimento de conteúdos sustentados cientificamente e adaptados ao público-alvo. Estes conteúdos são transversais, abordando desde temas que, pela sua especificidade, carecem de informação disponível ou, pela sua abrangência e/ou importância, são de fundamental difusão.
Os projetos Uma vez que as doenças cardiovasculares representam um verdadeiro flagelo na população portuguesa, sendo a principal causa de morte no nosso país, foi desenvolvido um projeto denominado Avaliação do Risco Cardiovascular, que visa sensibilizar e detetar precocemente fatores de risco, implementando estratégias para o seu efetivo controlo. E como a adoção de um estilo de vida saudável é um fator chave para combater este e muitos outros problemas de saúde, as Farmácias Holon promovem atividades como Caminhadas, acessíveis a toda a comunidade, difundindo, desta forma, a educação para a saúde junto da mesma. 14
Holon desempenham um papel extremamente ativo nesta temática, ao promover inúmeras iniciativas junto da população, visando contribuir para a melhoria da sua qualidade de vida.
Simultaneamente, as Farmácias Holon fazem ativações locais em parceria com associações ou estruturas organizadas de doentes, tais como ações de sensibilização sobre a Diabetes, Hipertensão Arterial, Cuidados de Higiene no Idoso, Cuidados com a Grávida, entre outros.
Farmácias Holon nas escolas Acreditamos que as crianças devem ser parte integrante no processo de promoção da saúde, estando munidas de ferramentas apropriadas para a sua ação e intervenção. Além disso, reconhecemos que os hábitos de vida saudáveis, para serem apreendidos de uma forma eficaz, devem ser incutidos logo na infância. Por este motivo, desenvolvemos continuamente projetos juntamente com as escolas, visto serem locais de formação e informação por excelência. Neste sentido, têm sido proporcionadas sessões de esclarecimento sobre temáticas como a Acne, a doença de pele mais frequente que, embora geralmente ligeira e autolimitada, pode ter consequências graves na autoestima dos
jovens. O objetivo é melhorar comportamentos e conhecimentos, promovendo a adoção de cuidados cutâneos. A nutrição é outro tema que assume elevada importância, dada a grande prevalência de crianças com excesso de peso (18,1%); por esse motivo, é também abordado pelas Farmácias Holon. Além de dotar as crianças de noções de alimentação saudável, são realizados rastreios de situações de excesso de peso, obesidade infantil e outras patologias de natureza nutricional, sendo feito o respetivo encaminhamento para o Serviço de Nutrição. A Higiene Oral, a Pediculose (através de informação sobre como alterar comportamentos de modo a que a mesma seja minimizada), a importância da proteção solar, são, entre muitas outras iniciativas, alguns assuntos a que damos voz junto dos mais novos. Desta forma, as Farmácias Holon marcam a sua destacada posição como unidades formadoras e prestadoras de serviços de valor acrescentado junto das comunidades em que se inserem.
Setembro
Um Dia Todas Serão Assim
Rastreios de Podologia
CALENDÁRIO
Farmácias Holon
Rastreios Cancro da Cabeça e Pescoço Farmácias Holon em colaboração com o Grupo de Estudos do Cancro da Cabeça e Pescoço (GECCP)
Projeto A Escola e a Acne Farmácias Holon
Outubro Dia 16 Comemoração do Dia Mundial da Alimentação Dia 17 Comemoração do Dia Mundial do Não Fumador Workshop sobre Rótulos Alimentares Farmácias Holon
Um Dia Todas Serão Assim
AÇÕES FARMÁCIAS
Avaliação do Risco 2ª Caminhada para a Saúde Cuidados de Higiene no Idoso A Farmácia Alegrete deslocou-se ao lar de Alegrete, em Portalegre, no dia 2 de julho, com o objetivo de dar formação às suas 15 funcionárias. A ação de formação abordou temas como as infeções mais comuns nos lares de idosos, quais as formas de as prevenir, bem como os cuidados a ter na muda da fralda e higiene oral. As Farmácias Holon reforçam assim o seu posicionamento de prestação de um serviço de valor acrescentado às comunidades que servem.
No dia 25 de agosto a Farmácia A. Guerra Pedrosa (Vieira de Leiria) realizou, pelo 2º ano consecutivo, uma Caminhada para a Saúde. Esta ação contou com a presença de aproximadamente 200 pessoas, que percorreram uma distância de 8km. Além da caminhada, os participantes tiveram oportunidade de realizar uma aula de grupo de zumba e ainda de efetuar rastreios de podologia e de nutrição. O sucesso da ação reflete a capacidade das farmácias de mobilizar a comunidade para a adoção de estilos de vida saudáveis.
Cardiovascular No dia 10 de julho a Farmácia Cunha Miranda, em Portalegre, realizou uma ação de Avaliação do Risco Cardiovascular. Os participantes tiveram oportunidade de usufruir de um acompanhamento e aconselhamento personalizado por profissionais especializados, nomeadamente na medição de parâmetros como o colesterol, glicemia, tensão arterial, entre outros. As contínuas ações neste âmbito realizadas pelas Farmácias Holon visam a sensibilização e prevenção das doenças cardiovasculares, visto serem patologias com uma enorme prevalência em Portugal.
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Um Dia Todas Serão Assim
Farmácia Ferreira Pinto A Farmácia Ferreira Pinto, detentora de uma impressionante história com mais de um século para contar, foi, em junho de 2013, condecorada com o Prémio Holon “Farmácia do Ano”, atribuído no 6º Encontro Holon, como reconhecimento pelo trabalho de excelência desenvolvido durante o último ano. «Consulta Farmacêutica e Preparação Individualizada da Medicação são serviços que conferem às Farmácias Holon e aos seus farmacêuticos uma oportunidade de chegar mais perto dos seus utentes e de lhes serem reconhecidas competências para intervir, colocando o modelo de Farmácia Holon na vanguarda», afirma Maria Alexandra Marçal, proprietária e diretora técnica da farmácia 16
Situada em Nisa, uma pequena vila de Portalegre, a Farmácia Ferreira Pinto continua a manter uma forte ligação ao seu fundador, o Dr. Aniceto Ferreira Pinto, que, apesar do seu falecimento há mais de 20 anos, ainda é frequentemente associado à farmácia.
Individualizada da Medicação são serviços que conferem às Farmácias Holon e aos seus farmacêuticos uma oportunidade de chegar mais perto dos seus utentes e de lhes serem reconhecidas competências para intervir, colocando o modelo de Farmácia Holon na vanguarda».
Apesar desta forte ligação à tradição, Maria Alexandra Marçal, proprietária e diretora técnica da farmácia, decide, em 2010, incorporar o projeto Farmácias Holon. Consciente das profundas e significativas mudanças no setor, viu neste projeto a inovação necessária para complementar a prestação do serviço prestado.
É também através da disponibilização dos serviços que a farmácia melhor se apercebe de como os consumidores reconhecem o trabalho desenvolvido, como assegura a diretora técnica: «os nossos utentes gostam de se aconselhar connosco pois o atendimento é cada vez mais personalizado».
«A grande vontade de melhorar o atendimento e a maneira de estar e ser farmácia, chegando cada vez mais ao cliente», é o mote que inspira a equipa da farmácia a superar-se continuamente, refere a proprietária, que reconhece a importância da formação Holon «permite que toda a equipa adquira competências com o objetivo de atingir um atendimento de excelência».
Mas o trabalho desta farmácia em prol da comunidade de Nisa não fica por aqui. São inúmeras as ações já desenvolvidas, em diversas áreas, tais como a nutrição, através, por exemplo, de workshops sobre leitura de rótulos; a atividade física, com iniciativas desportivas dirigidas aos idosos; sessões de esclarecimento sobre a hipertensão e a diabetes, entre outras. Os resultados da aposta nesta componente são, na opinião de Maria Alexandra Marçal, bastante visíveis: «as iniciativas têm sido uma mais-valia na fidelização dos nossos clientes, que, por serem úteis à população, esta acaba por ao longo do tempo ir depositando mais confiança em nós».
A dedicação da Farmácia Ferreira Pinto à população reflete-se também na forte implementação dos Serviços Holon, sendo visível a importância que estes têm para a farmácia, como atesta a responsável, «Consulta Farmacêutica e Preparação
cuidamos de si
Complicações tardias na diabetes A diabetes mellitus é uma síndroma metabólica crónica caracterizada, de uma forma simplista, por um aumento da glicémia, isto é, do açúcar no sangue. Nas últimas décadas verificou-se um aumento gradual do número de casos, atribuído ao envelhecimento da população, bem como à adoção de estilos de vida pouco saudáveis, associados a rápidas mudanças sociais e culturais.
Tem uma prevalência considerável e estima-se que afete 8,3% da população mundial. Em 2011, esta doença afetava 12,7% dos portugueses com idades compreendidas entre os 20 e os 79 anos, correspondendo a cerca de 1 milhão de diabéticos. Adicionalmente, é responsável, direta e indiretamente, por um número significativo de mortes. Em 2012, a nível mundial, a diabetes matou 4,8 milhões de pessoas, metade das quais tinham menos de 60 anos. De uma forma geral, a diabetes é responsável por diversas complicações, em diferentes órgãos, as quais se podem dividir em agudas e tardias. Estas estão associadas à hiperglicemia crónica e dividem-se em vasculares (macro e microvasculares) e em não vasculares. As últimas compreendem problemas gastrointestinais, genitourinários, dermatológicos, infeciosos, oftalmológicos, estomatológicos e auditivos.
Complicações macrovasculares A deposição progressiva de placas ateroscleróticas nas paredes das grandes artérias é um processo transversal a toda a população. Nos diabéticos este processo é mais precoce, extenso e grave, levando ao aparecimento das chamadas complicações macrovasculares. Estas relacionam-se com a hiperglicémia mantida no tempo e também com outros fatores de risco, como a dislipidémia, a hipertensão arterial, a obesidade, o tabagismo e o sedentarismo. Por este motivo, o objetivo terapêutico para estes doentes consiste no controlo glicémico e lipídico, diminuição da pressão arterial, perda de peso, absentismo tabágico e promoção do exercício físico. Assim, os diabéticos, a longo prazo, desenvolvem doenças cerebrovasculares - das quais fazem parte o acidente vascular cerebral (AVC), o acidente isquémico transitório (AIT) e a demência vascular -, doença coronária, que se manifesta por angina de peito, enfarte agudo do miocárdio (EAM), arritmias, insuficiência cardíaca e até morte súbita e, finalmente, doença vascular periférica, caracterizada por claudicação intermitente, isquémia dos membros inferiores, entre outros.
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Complicações microvasculares No que respeita às complicações microvasculares, destacam-se a nefropatia diabética, a retinopatia diabética, neuropatia diabética e o pé diabético. Nefropatia diabética - A nefropatia diabética constitui a principal causa de insuficiência renal e, consequentemente, de diálise, afetando entre 20 a 40% dos diabéticos. Com a progressão da doença renal, surgem sintomas como a fadiga, o cansaço e a perda de apetite. Um bom controlo da glicémia e da pressão arterial previne o desenvolvimento desta complicação. Por outro lado, o tabagismo acelera a falência renal; Retinopatia diabética - A diabetes mellitus é a maior causa de cegueira entre os 20 e os 74 anos nos Estados Unidos da América. A terapêutica mais eficaz para a retinopatia diabética é a prevenção. Um controlo rigoroso da glicémia e da pressão arterial atrasa o aparecimento e abranda a progressão da retinopatia em diabéticos. A observação anual pelo oftalmologista é fundamental de modo a detetar esta complicação numa fase precoce. A primeira observação deverá realizar-se logo que a diabetes seja diagnosticada nas pessoas com diabetes do tipo
2 e até aos cinco anos de evolução nas pessoas com diabetes do tipo 1; Neuropatia diabética - A neuropatia diabética afeta os nervos, manifestando-se, de uma forma geral, por alterações da sensibilidade, dor, taquiarritmias, hipotensão ortostática, pele seca e friável nas extremidades inferiores e incapacidade de sentir hipoglicémias. Nos membros inferiores podem ocorrer sintomas como dormência, formigueiro, picadas e sensação de queimadura, entre outros. Porém, metade dos diabéticos não tem sintomas. Quando presente, a dor neuropática crónica é de difícil tratamento mas, por vezes, responde a alguns medicamentos. Novamente, a hiperglicemia, a hipertensão arterial e a hipertrigliceridemia são fatores de risco para esta complicação, tornando-se fundamental um bom controlo destes para prevenir o aparecimento da neuropatia; Pé diabético - O pé diabético é uma das complicações mais importantes da diabetes, sendo responsável por cerca de 70% de todas as amputações de causa não traumática. As principais alterações no pé do doente diabético, micro e/ ou macrovasculares, ocorrem ao nível dos nervos, da circulação arterial e da própria estrutura do pé. Regista-se, assim, uma diminuição ou
perda total da sensibilidade, que permite o aparecimento de feridas devido a fatores externos, como calçado apertado ou uma pedra no sapato, que magoam o pé sem que o doente sinta. Por outro lado, pode existir uma diminuição no aporte de sangue ao pé, que dificulta a cicatrização de feridas por um lado, e contribui para a morte celular por outro, levando à formação de tecido gangrenado e podendo resultar em amputação. Adicionalmente, a diabetes associa-se a deformações dos pés, tais como dedos em garra e em martelo, joanetes, pé cavo e sobreposição de dedos, as quais vão contribuir também para o aparecimento de feridas por inadequação do calçado. De acordo com a Direção-Geral da Saúde, o rastreio sistemático do pé diabético traduz-se em menos amputações, verificando-se uma melhoria significativa da qualidade de vida dos doentes. Assim, é fundamental que todos os diabéticos sejam vigiados na consulta do pé diabético, para realização do rastreio sistemático dos pés e educação sobre os cuidados a ter com os mesmos. É importante relembrar que a diabetes é uma doença silenciosa. Todos os diabéticos devem fazer uma vigilância regular mesmo sem apresentar queixas!
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CUIDAMOS DE SI
Queda de cabelo: Causas, tratamento e prevenção Atualmente, numa sociedade que cada vez mais valoriza o aspeto físico, é crucial ter vários cuidados com a imagem. Um dos aspetos incontornáveis é a queda de cabelo (alopecia). De facto, tem vindo a aumentar o número de indivíduos que sofrem deste problema. Alopecia é o nome atribuído à queda de cabelo e estima-se que afete cerca de 50% da população humana. A queda de cabelo afeta tanto homens como mulheres, sendo mais comum no sexo masculino (maior propensão genética). No entanto, é o sexo feminino quem mais sofre com esta problemática. Nos homens começa por se manifestar na zona frontal e, no caso das mulheres, representa uma redução do volume e densidade do cabelo, sobretudo na parte superior. Embora o cabelo não tenha uma função vital no organismo humano, este apresenta um impacto psicossocial de dimensões não calculáveis, sendo causa frequente de isolamento social e desespero. Geralmente, a alopecia resulta de alterações que ocorrem ao nível dos folículos pilosos, quer no seu número quer no seu tamanho, ou que envolvam as etapas do ciclo de crescimento do cabelo. O crescimento normal do cabelo compreende 3 fases: uma fase de crescimento (anagénese), que dura cerca de 2 a 6 anos, e é onde se encontra 85 a 90% do nosso cabelo; uma fase de transição (catagénese), onde há interrupção do crescimento do cabelo. Tem uma duração de 2 a 3 semanas e cerca de 1% do nosso cabelo encontra-se nesta fase do ciclo. Finalmente, uma fase de desprendimento do cabelo do folículo capilar (telogénese), tendo esta uma duração de 3 a 6 meses, correspondendo a 10 a 15% do nosso cabelo. Uma queda dita normal pode ir até à volta dos 100 cabelos por dia e quando ultrapassa este valor começamos a verificar uma perda acentuada dos cabelos. 20
Para evitar situações de queda de cabelo, devese optar sempre por uma alimentação adequada, preferindo alguns alimentos em particular, que devolvem certos nutrientes preponderantes à vitalidade do mesmo
Causas São várias as causas para a alopecia: má alimentação (falta de nutrientes, nomeadamente proteínas), anemia (falta de ferro), stress/ansiedade, tabaco, período pós-parto, efeitos adversos de determinados medicamentos e predisposição genética.
Tratamento Atualmente temos à nossa disposição várias opções para tratamento ou redução da queda de cabelo, desde produtos cosméticos de venda ao público a tratamentos com medicação via oral. As substâncias ativas incorporadas em produtos cosméticos para alopecia visam auxiliar na redução da queda do cabelo, podendo, através de mecanismos diferentes, melhorar bastante a situação. Além disso, têm também como objetivo conferir mais vitalidade, suavidade e volume ao cabelo. Os principais mecanismos pelos quais atuam são a estimulação da microcirculação sanguínea local, o aumento do metabolismo celular, a nutrição do folículo piloso e da haste capilar, a hidratação e regeneração do folículo e a estabilização do equilíbrio hormonal. Aminoácidos, Arginina, Cisteína, Lisina, Metionina, Taurina: São componentes essenciais para a formação da queratina capilar; Vitaminas B2, B5, B6, B7, B12, C e E: Ajudam à formação de queratina nas unhas e cabelo; 22
Ácidos gordos essenciais (ácido linoleico e linolénico, ácidos gordos polinsaturados de cadeia longa): são componentes estruturais do estrato córneo; Minerais (zinco, silício, cobre, magnésio): O zinco participa na síntese da queratina, atuando em sinergia com a vitamina B6. O cobre favorece a absorção do zinco; Chá verde: É responsável pela inibição da enzima que provoca a queda do cabelo.
Prevenção Para evitar situações de queda de cabelo, deve-se optar sempre por uma alimentação adequada, preferindo alguns alimentos em particular, que devolvem certos nutrientes preponderantes à vitalidade do mesmo. Esta alimentação deve ser rica em proteínas e pobre em hidratos de carbono. É indicada, principalmente, a ingestão de peixes e carnes magras, por possuírem uma ação antioxidante. Pode ainda fazer-se suplementação com biotina (vitamina B) e em oligoelementos, como zinco, cobre e selénio, que ajudam na constituição adequada dos fios. Solicite ajuda na sua farmácia ou recorra ao Serviço de Dermofarmácia para um aconselhamento completo, a fim de conseguir um cabelo forte, saudável e bonito durante todo o ano.
Outras medidas que podem ajudar a evitar a queda de cabelo - Evitar lavar o cabelo com água muito quente; - Lavar os cabelos consoante a necessidade (dependendo do tipo de cabelo), com champô e condicionador adequados ao seu tipo de cabelo; - Evitar usar o secador, prancha e outros produtos químicos que danificam a raiz e o comprimento do cabelo desnecessariamente, deixando-o secar naturalmente; - Evitar penteados como tranças, que puxam muito a raiz do cabelo, propiciando a sua queda; - Pentear os cabelos com pentes de cerdas largas.
Pele cuidada desde tenra idade A pele é o órgão mais extenso do corpo humano e requer
Bebé e mamÃ
cuidados diários. No caso dos bebés, e em particular dos recémnascidos, é particularmente sensível, por ainda se encontrar em desenvolvimento.
Tendo em conta que a pele do bebé está em fase de maturação - uma vez que é menos espessa, as glândulas sebáceas produzem menos sebo e as glândulas sudoríparas menos suor -, é especialmente vulnerável aos agentes externos. A pele leva cerca de dois a três anos para poder exercer em pleno todas as suas funções. As principais são a proteção, a absorção e o controlo da temperatura interna do organismo. Segundo a farmacêutica Raquel Romeiro Marçal, da Farmácia Romeiro, os problemas dermatológicos mais frequentes durante os primeiros anos de vida são «a dermatite seborreica infantil ou crosta láctea (crostas amareladas e oleosas que surgem sobretudo no
couro cabeludo em consequência da acumulação de células mortas e gordura), a dermatite da fralda (quando as zonas da pele em contacto com a fralda se encontram inflamadas, com irritação, maceração e, por vezes, sensibilidade ao toque) e a dermatite atópica (que surge num número crescente de crianças e que se caracteriza por uma pele muito seca, com comichão, vermelhidão e a descamação)».
A importância da higiene Desde o momento que nasce, os cuidados de higiene assumem um papel fundamental, acentuado pelos escassos mecanismos de
defesa que o bebé possui. Raquel Romeiro Marçal destaca que «há cuidados gerais que ajudam no controlo» das situações acima referidas e outras patologias da pele, nomeadamente: - Dar banhos de curta duração em água tépida (aproximadamente a 36ºC). Em certos casos, poderá ser aconselhável que o intervalo entre banhos seja superior a 24h; - Usar, no banho, produtos apropriados para crianças que sejam suaves, hipoalergénicos, neutros, sem sabão, corantes, nem fragrâncias e que contenham na sua composição uma substância hidratante;
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- Secar a pele com uma toalha macia, limpando com gestos suaves, sem esfregar e tendo atenção às zonas das pregas, onde se concentra a humidade; - Depois do banho é fundamental hidratar a pele com um produto que contenha substâncias bastante emolientes (por exemplo, aveia). Em situações de crise de dermatite atópica, poderão ser necessárias várias aplicações diárias; - A crosta láctea deverá ser amaciada com óleo (de amêndoas doces ou aveia) ou com produtos específicos para essa função. Com uma massagem suave, as crostas vão sendo soltas e o problema é resolvido; - Para prevenir a dermatite da fralda, a zona em contacto com a fralda deverá ser limpa a cada muda, com uma compressa embebida em água morna ou toalhetes sem álcool. Deverá ser aplicado um creme protetor, que efetue uma barreira entre a pele e as fezes e urina. As fraldas devem ser trocadas frequentemente para reduzir esse tempo de contacto e sempre que possível deixar a pele ao ar.
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O melhor remédio A prevenção é sempre a melhor opção, por isso a farmacêutica aconselha uma série de cuidados genéricos que «podem ajudar a prevenir os problemas de pele». «A mãe deverá ter o cuidado de evitar ingerir alimentos muito ácidos, ou que verifique que são mal tolerados pelo bebé, durante o período da amamentação», indica, apontando igualmente que «a introdução dos alimentos na alimentação da criança deverá ser gradual e segundo a indicação do pediatra. A introdução de diferentes alimentos deve ser espaçada em algumas semanas, a fim de identificar alguns que possam eventualmente desencadear reações alérgicas ou de intolerância no bebé, seja a nível dérmico ou intestinal». Por outro lado, recomenda que se deve «cortar frequentemente as unhas do bebé com uma tesoura de pontas redondas e limá-las, para evitar lesões resultantes do coçar». O bebé deve ainda «usar roupas de algodão, que permitam a pele respirar, e evitar ambientes muito aquecidos e secos».
As primeiras horas Quando o bebé nasce, a pele é lisa e macia, à exceção das mãos e dos pés, que costumam revelar-se mais frios, secos e enrugados, devido ao longo contacto com o líquido amniótico. Inicialmente, a pele do recém-nascido é avermelhada ou arroxeada, o que se deve à imaturidade do mecanismo de regulação dos vasos sanguíneos superficiais mas, ao fim de algumas horas ou, no máximo, alguns dias, adquire a coloração rosada. Quando vem ao mundo, a pele do bebé apresenta-se com uma substância denominada vernix caseosa, uma matéria esbranquiçada, que é formada por sebo, células epiteliais descamadas e por pelos de penugem, que protegem o bebé, durante a última fase de gravidez, do contacto permanente com o líquido amniótico e nas primeiras horas de vida.
Osteoporose: Evitar a fragilidade dos ossos Doença que chega sem se fazer anunciar primeiro e mais
dia a dia
frequente entre o sexo feminino, a osteoporose pode ser evitada com a adoção, e consequente manutenção, de um estilo de vida saudável, que permite, para além de todos os benefícios sobejamente conhecidos, a preservação da massa óssea. A osteoporose, que significa, literalmente, osso poroso, é uma doença em que a densidade e qualidade do osso são afetadas, segundo a Fundação Internacional da Osteoporose. Perante esta fragilidade, o risco de fratura aumenta de forma exponencial. A perda de massa óssea acontece de forma silenciosa e progressiva; muitas vezes, não existem sintomas até à primeira fratura. As mais comuns atingem a anca, a coluna e os pulsos, sendo que a probabilidade de se verificarem aumenta com a idade. Uma das características mais notórias das fraturas osteoporóticas é o facto de estas ocorrerem com um traumatismo pequeno que, em circunstâncias normais, não provocariam fratura de um osso saudável. Designam-se, por isso, de fraturas de fragilidade.
Causas e fatores de risco A Organização Mundial da Saúde (OMS) assinala que esta patologia tem origem num desequilíbrio entre as células que produzem a substância óssea (na sua formação) e as células que destroem a substância óssea (reabsorção), isto é, as células que se encontram envolvidas no ciclo normal de renovação (remodelação) do osso. A doença que, segundo números da Associação Nacional Contra a Osteoporose (APOROS), afeta 800 mil portugueses, pode ter várias causas e classificar-se em dois grupos: osteoporose primária, quando não há uma doença subjacente que justifique a sua ocorrência, e pode resultar, em princípio, da diminuição de estrogénios após a menopausa ou da aquisição insuficiente de massa óssea durante a fase de crescimento do indivíduo; osteoporose secundária, sempre que a perda de massa óssea é secundária a uma doença, a um distúrbio alimentar ou à toma de certos medicamentos. Os principais fatores de risco são o sexo feminino (de acordo 34
com o Portal da Saúde, uma em cada três mulheres e um em cada oito homens com mais de 50 anos são afetados pela osteoporose), idade superior a 65 anos, raças branca e amarela e história familiar de fratura. A menopausa precoce, o hipogonadismo (conjunto de manifestações devidas a uma insuficiência da secreção das glândulas genitais - ovários ou testículos), períodos de amenorreia (ausência da menstruação) prolongada, índice de massa corporal baixo, imobilização prolongada, existência de doenças que alterem o metabolismo ósseo (endocrinopatias, doenças reumáticas crónicas, insuficiência renal ou anorexia nervosa), utilização de fármacos que provocam diminuição da massa óssea (como, por exemplo, alguns corticóides) e estilo de vida (dietas pobres em cálcio, sedentarismo, tabagismo, alcoolismo e consumo excessivo de cafeína) também potenciam o seu desenvolvimento.
Diagnóstico, tratamento e prevenção O diagnóstico precoce desta doença esquelética sistémica faz-se através de uma osteodensitometria de dupla energia radiológica, que permite identificar as categorias e avaliar o risco de fratura. Podem ser igualmente realizadas avaliações laboratoriais e radiogramas da coluna dorsal e lombar de perfil, para rastrear a presença de
deformação vertebral, entre outros exames. Existem diversas abordagens terapêuticas para a osteoporose, que dependem essencialmente da fratura e fragilidade, mas normalmente implicam tanto medicação como outro tipo de medidas. Nas pessoas mais idosas, institucionalizadas ou com mobilidade reduzida e com propensão para quedas, são equacionados os suplementos de cálcio e vitamina D, bem como a utilização de protetores das ancas e medidas de prevenção das quedas. Algumas intervenções para maximizar e preservar a massa óssea apresentam múltiplas vantagens para a saúde. Alterações na dieta e no estilo de vida – aumentar a ingestão de cálcio, deixar de fumar, reduzir o consumo de álcool – podem contribuir para prevenir a osteoporose e, potencialmente, diminuir de forma significativa a taxa de ocorrência de fraturas, defende a OMS. A organização mundial aconselha igualmente a prática de exercício físico moderado, uma vez que contribui para aumentar a densidade mineral óssea durante o crescimento e minimizar a perda óssea numa idade mais avançada.
Dia Mundial da Osteoporose No dia 20 de outubro assinala-se o Dia Mundial da Osteoporose. Responsável pela comemoração desta efeméride, a Organização Internacional da Osteoporose vai lançar, nesta data, a campanha de sensibilização global “Love your bones” (Ame os seus ossos) para a prevenção, diagnóstico e tratamento desta doença. Para mais informações consulte o website: http://www.worldosteoporosisday.org/
Quanto mais cedo se adotar um estilo devida saudável maiores serão os ganhos na densidade mineral óssea. No entanto, as alterações são benéficas em qualquer idade. Bibliografia: Revista Saúde Ativa nº 6.
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cuide aqui da sua saúde
Interações medicamentosas: Desafio de bom senso
As terapêuticas, os doentes e todo o sistema de cuidados de saúde são, cada dia, mais complexos e desafiantes. O aumento da esperança média de vida é apenas um dos muitos indicadores que nos deixam orgulhosos em relação à evolução da nossa sociedade, mas, ao mesmo tempo, continuam a colocar grandes desafios diários. Não será fruto do acaso a escolha de “Towards a future vision for complex patients” para tema do congresso anual da Federação Internacional de Farmácia (FIP) na edição de 2013. As estatísticas atuais sugerem que 25% dos doentes que recorrem aos cuidados de saúde primários são complexos, ou seja, possuem pelo menos um dos seguintes critérios:
• Recorrem a procedimentos invasivos para diagnóstico e tratamento;
• Várias doenças crónicas diagnosticadas, com diversas complicações;
• Longevidade1.
• Resilientes e, ao mesmo tempo, frágeis; • Apresentam respostas inesperadas a medicamentos amplamente utilizados ou a problemas de saúde de menor gravidade;
Os doentes polimedicados são cada vez mais comuns, e estão associados ao aumento do risco de interações medicamentosas (IM), causa frequente de morbilidade, podendo levar ao internamento hospitalar e mesmo à morte. Estima-se que as IM ocorrem em 3 a 5% dos doentes, cuja prescrição tem até seis medicamentos, passando para 20%, em doentes que usem mais de 10 medicamentos2. Definidas como uma alteração na intensidade e duração da resposta de um fármaco pela presença de outro, muitas das interações que ocorrem não são perigosas. As que o são, só acontecem num número muito pequeno de doentes e a gravidade é variável de um doente para outro. A probabilidade de ocorrerem interações com impacto na saúde aumenta com o número de fármacos e a forma contínua ou esporádica de utilização. O doente idoso é um caso paradigmático, porque os vários problemas de saúde com que frequentemente se debate potenciam a toma de vários fármacos em simultâneo, o que devido ao estado geral do
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doente, muitas vezes com alterações na função renal ou hepática, aumenta a probabilidade de surgir uma interação. A Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (INFARMED) publicou, no seu boletim de farmacovigilância, um estudo considerado inovador, no que às IM diz respeito. Num grupo de doentes brasileiros, com idade igual ou superior a 60 anos, foram investigadas as características das IM. Durante mais de um ano, 39% de todas as reações adversas a medicamentos (RAM) estavam relacionadas com IM. Os fármacos mais associados foram a varfarina, ácido acetilsalicílico e digoxina, com consequências tais como hemorragias digestivas, problemas musculares e dificuldade em respirar3. Importa também referir as interações entre alimentos e medicamentos, pois a ingestão simultânea de alimentos pode afetar profundamente o efeito no organismo do medicamento ou não interferir de todo. Porém, as interações mais comuns ocorrem ao nível do metabolismo, sendo o álcool o agente mais frequente.
Fontes de informação
Importa também referir as interações entre alimentos e medicamentos, pois a ingestão simultânea de alimentos pode afetar profundamente o efeito no organismo do medicamento ou não interferir de todo. Porém, as interações mais comuns ocorrem ao nível do metabolismo, sendo o álcool o agente mais frequente
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Um ponto fundamental para a compreensão deste tema salta à vista durante uma breve pesquisa na maior biblioteca do mundo. Na página da cadeia Walgreens, Estados Unidos da América (EUA), podemos encontrar uma ferramenta que permite procurar interações entre o nosso histórico terapêutico e qualquer outra substância selecionada pelo utilizador. Sites como o medscape.com ou drugs.com são apenas mais dois exemplos de fontes de informação com secções dedicadas às IM, com acesso livre para o público em geral. Num momento em que o acesso à informação é cada vez menos um fator diferenciador, será a capacidade de olhar de forma crítica para essa informação que trará capacidade de intervenção ao nível dos cuidados de saúde, nomeadamente na intervenção farmacêutica. Como já foi referido anteriormente, existem diversas fontes de informação sobre este tema. Porém, alguns fatores limitam a consulta destes meios, tornando a sua utilização pouco frequente nos cuidados de saúde. Uma análise comparativa a quatro fontes, British National Formulary do Reino Unido, Vidal’s Interactions médicamenteuses de França, Drug Interaction Facts e Micro-medex Drug–Reax System, ambos dos Estados Unidos, mostrou que as diferenças entre estas publicações são bastante significativas. Em 50 medicamentos, das interações classificadas como graves em qualquer uma destas publicações, cerca de 14% a 44% não foram relatadas nas outras publicações.
Por exemplo, no British National Formulary, 80 IM que foram classificadas como perigosas e 18 com o aviso de evitar ou contraindicadas, não foram mencionadas nas outras fontes. Fica, desta forma, visível uma profunda falta de consistência na inclusão e classificação entre as várias publicações4.
Consulta Farmacêutica Com ótimos exemplos no universo das Farmácias Holon, a cautela e bom senso exigido para estas questões encontram um fértil terreno na Consulta Farmacêutica. Ambiente adequado e condições de disponibilidade em que a mesma é realizada, juntam-se à experiência adquirida pelos farmacêuticos responsáveis, numa combinação de sucesso. É, sem dúvida, uma arma de extrema importância para o aumento da efetividade e segurança do medicamento, atuando como agregador de informação e, ao mesmo tempo, sinalizando potenciais problemas com a medicação, valorizando o importante papel que as Farmácias Comunitárias desempenham no sistema de saúde. Conforme foi mencionado antes, e deixando de lado considerações sobre a qualidade de informação disponível, existem diversas fontes online sobre medicamentos e as suas características. Contrastante com essa abundância, a informação sobre o doente é muitas vezes escassa. Problemas de saúde, medicação, alergias, e tantas outras informações com relevo no suporte à decisão. É de grande importância a existência de um sistema onde o ficheiro clínico seja atualizado, permitindo o conhecimento da terapêutica que o doente está a fazer. Segundo a Healthcare Information and Management Systems Society (HIMSS), «o processo clínico electrónico é um repositório de informação seguro, acessível em tempo real no ponto de prestação de cuidados, centrado no paciente, orientado para profissionais clínicos. O processo clínico electrónico apoia a tomada de decisão clínica através do acesso a registos de informação sobre a saúde de um doente, onde e quando se torna necessário, incorporando formas de suporte à decisão baseada na evidência».
tomadas de decisão, ajudando os profissionais a resolverem casos cada vez mais complexos, com doentes cada vez mais informados. As IM acompanham a evolução que todo o sistema de saúde tem vindo a sofrer, exigindo mais suporte tecnológico para o seu acompanhamento e uma boa dose de bom senso na sua interpretação. Bom senso esse que se torna indispensável para a construção de verdadeiras soluções de saúde, onde as interações mais desejadas serão, sem dúvida, entre profissionais de saúde.
A implementação da prescrição eletrónica nas entidades prestadoras de cuidados de saúde foi um
Bibliografia 1 http://www.moderncomplexpatient.org/2010/03/30/ the-modern-fenomeno-of-complexo-pacientes/;
ponto fulcral na diminuição
American Heart Association, “Cardiac Glossary (D-O) Drug Interactions,” http://americanheart.org/presenter. jhtml?identifier=3038598;
medicamentos e na redução
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Obreli-Neto PR et al. Adverse drug reactions caused by drug–drug interactions in elderly outpatients: a prospective cohort study. Eur J Clin Pharmacol. 2012 Dec;68(12):1667-76;
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de erros na prescrição de de reações adversas a medicamentos
Boletim de Farmacovigilância do INFARMED, Volume 13, número 1, 1.º trimestre de 2009, pág. 2, disponível em http://www.infarmed.pt.
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Prescrição eletrónica A implementação da prescrição eletrónica nas entidades prestadoras de cuidados de saúde foi um ponto fulcral na diminuição de erros na prescrição de medicamentos e na redução do número de reações adversas a medicamentos. Um ficheiro clínico, salvaguardando a privacidade do cidadão, partilhado pelos diversos intervenientes nos cuidados de saúde, dá suporte às necessárias 39
Alimentação no idoso A maneira como nos alimentamos é um ponto fundamental para a longevidade, mas com o passar dos anos deixamos de dar a atenção necessária ao que comemos. Desde criança até à idade adulta são vários os nutrientes que devemos fornecer ao nosso organismo, para permitir um desenvolvimento e
VIVA MAIS
funcionamento ótimos, e, com a chegada da terceira idade, isso não deve ser exceção.
À medida que o nosso organismo vai envelhecendo, as nossas necessidades nutricionais vão-se modificando. Tendemos a beber menos água e, consequentemente, a alterar a função renal. Mexemo-nos menos, pois o nosso próprio esqueleto sofre alterações e ficamos mais debilitados, provocando alterações nas articulações. Quando o aporte nutricional não é suficiente para que o organismo esteja funcional, há perda de massa muscular, o que leva a um maior cansaço, fazendo com que o nosso sistema imunitário fique mais debilitado, podendo agravar determinadas doenças, tal como uma mínima constipação ou até mesmo aumentar doenças infeciosas, mentais, neoplásicas e cardiovasculares. Por um lado, a falta de nutrientes pode levar a uma perda de peso e até à desnutrição; por outro lado, o consumo excessivo de alimentos com falta dos nutrientes essenciais pode levar ao excesso de peso/obesidade, podendo desencadear o aparecimento da diabetes mellitus tipo 2, hipertensão arterial, entre outras. Devemos proporcionar uma nutrição adequada para o controlo do peso e manutenção do apetite. Só com uma alimentação equilibrada e variada podemos prevenir e atenuar todos estes sinais, que tendem a surgir com o passar dos anos. Assim, deve ser garantido o aporte suficiente de todos os nutrientes, desde as vitaminas e minerais, às proteínas, lípidos (gorduras), glícidos, sendo ainda fundamental beber, pelo menos, 1,5L de água e consumir um bom aporte de fibra. Dentro destes nutrientes, destaca-se a maior necessidade de: - Vitaminas do complexo B – Essenciais para o bem-estar mental e emocional; - Vitamina D e cálcio – Prevenção da osteoporose, já que a vitamina D permite a melhor fixação do cálcio no osso, garantindo assim um esqueleto mais robusto e resistente; 40
- Vitamina A, E e C – Vitaminas antioxidantes que combatem os radicais livres e previnem o envelhecimento das células, reforçando também o sistema imunitário; - Zinco – Reforça o sistema imunitário e estimula o paladar; - Fibra e probióticos – Para regular e manter um bom funcionamento intestinal;
Hidratação Com o envelhecimento, ocorrem modificações nas reservas de água do organismo e no nosso mecanismo de sensação de sede. Como não sentimos sede, esquecemo-nos de ingerir água, e, associado ao baixo consumo, surgem tonturas, confusão mental, “quebras” de tensão, dores de cabeça, prisão de ventre e até mesmo cãibras – estes são fortes indicadores de desidratação. Por isso, esteja atento a estes sinais. Mesmo que não sinta muita sede, estabeleça por dia o consumo de 8 copos de água (se lhe parecer inicialmente muito difícil comece pelos 6 copos). Para ser mais fácil recordar-se, inicie cada refeição com um grande copo de água. Em alternativa, para os que não gostam do “sabor” da água, pode-se optar por infusões sem açúcar e, no verão, pode consumir o chá
fresco/com pedras de gelo. É ainda importante não esquecer que a água também está presente nos legumes, fruta, sopa, leite, iogurtes e gelatina (sendo esta última uma boa opção para os idosos que apresentem dificuldades na deglutição). Praticar uma alimentação equilibrada, fornecendo alimentos de todos os grupos da pirâmide dos alimentos é a forma de garantir que todas estas necessidades são supridas.
Dicas - Faça pequenas refeições ao longo do dia (5 a 6); - Ingira 8 copos de água por dia; - Pratique exercício físico – Meia hora de caminhada faz toda a diferença; - Apanhe sol… mas com moderação e às horas recomendadas – O sol é fundamental para que a nossa pele produza vitamina D; - Inclua 5 porções de frutas e legumes diariamente – Além de vitaminas e minerais, fornecem-lhe água e fibra;
suem mais vitaminas e mais fibra; - Prefira incluir produtos lácteos magros – Como o iogurte, leite e queijo; - Ao jantar só sopa não é suficiente – Inclua proteína como carnes magras, peixe ou ovos. As alternativas à proteína animal, como o tofu ou o seitan, também podem ser opção; - Coma mais feijão, grão, favas e ervilhas – Além de muita fibra, as leguminosas também têm proteínas; - Prefira o azeite para confecionar os alimentos; - Ingira pequenas porções de oleaginosas como amêndoas e nozes – São fontes de gordura saudável. No caso de estas indicações não serem cumpridas ou as necessidades estarem aumentadas, pode optar por incluir na sua dieta um suplemento multivitamínico e de ómega 3 (proteção do sistema circulatório e controlo do colesterol). Note que o uso de suplementos não substitui uma alimentação equilibrada e variada, é apenas um complemento. E, em caso de dúvida, não hesite em consultar o seu farmacêutico ou a sua dietista/nutricionista.
- Ingira cereais, pão e massas integrais – Pos-
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VIVA MAIS
Desporto Sénior Hidroginástica: Exercitar o corpo dentro de água Praticar hidroginástica na terceira idade traz inúmeras vantagens, não só ao nível da saúde física, como também ao nível da autoestima e do bem-estar, representando igualmente uma forma de combate à solidão. Praticar exercício físico de uma forma regular na terceira idade «proporciona a prevenção e melhoria de doenças, como a hipertensão arterial, osteoporose, diabetes, colesterol, entre outras», declara Maria João da Silva, da Associação de Profissionais de Desporto e Educação Física de Santa Comba Dão (APDEF), acrescentando que, no entanto, melhora, igualmente, «a tensão/stress, a rigidez, a sensibilidade, a amplitude dos movimentos e ajuda na manutenção do peso, contribuindo assim para o aumento da autoestima e bemestar da pessoa». Deste modo, ao praticar exercício físico, o idoso está a «desenvolver a força muscular». O que é extremamente importante, já que, «a sua perda leva à falta de equilíbrio, quedas, incapacidade funcional e perda de massa óssea».
Combate à solidão Entre os vários desportos que os séniores podem abraçar, destaca-se a hidroginástica. «A água é um veículo condescendente que reduz a pressão nas articulações e a força da 42
gravidade, daí que muitos participantes que não podem exercitar-se no solo podem, com tranquilidade, exercitar-se na água». Maria João da Silva destaca ainda que «a pressão aquática ajuda a reduzir o inchaço nas articulações inflamadas» e que a água «propicia uma maior perceção tátil e melhora o funcionamento dos sentidos». Por outro lado, a questão social também é um fator que não deve ser menosprezado, uma vez que «o ambiente da aula combate a solidão, a depressão, a ansiedade e favorece a socialização entre pessoas que estão na mesma situação e faixa etária», assinala.
Segurança na piscina Porém, apesar de todas as vantagens, há cuidados a ter na hora de praticar este desporto, sendo que a programação da aula é mais benéfica quando se tem em consideração os fatores físicos e psicológicos de cada indivíduo. Neste sentido, de acordo com Maria João da Silva, numa aula destinada a esta população, é preciso ter em atenção
alguns aspetos: «a turma, e cada aluno individualmente, deve estar familiarizada com a segurança na piscina (conhecimento do formato da piscina, profundidade, declive, áreas escorregadias, acessos à piscina, etc.), devido à gradativa perda de equilíbrio, visão e audição; as instruções devem ser dadas de forma clara, bem articuladas e de fácil compreensão auditiva e visual; o aquecimento deve ser longo, pois é necessária uma boa mobilização de todas as articulações; deve haver sempre uma alternativa a determinados exercícios que um aluno não possa fazer; deve-se ter em atenção mudanças repentinas de direção, transições de movimentos e velocidade de execução dos movimentos, devido à possível falta de equilíbrio e coordenação de cada indivíduo, tentando assim através de exercícios adequados aprimorar estas mesmas capacidades; deve ser feito um trabalho de força e alongamento, para melhoria da postura; devem-se evitar exercícios que venham a agravar a artrite ou problemas nas costas, ancas e joelhos; deve-se ter cuidado para que os alunos não sintam frio durante o período de retorno à calma e alongamentos e a música deve ter um ritmo apropriado e ser do seu agrado».
VIVA MAIS
Receita Saudável Empadão de pescada e espinafres (4 pessoas) Com o envelhecimento, surge a dificuldade na mastigação devido à falta de peças dentárias e ao uso de prótese dentária. Além disso, o tubo digestivo envelhece, fazendo com que o mecanismo de deglutição (“engolir”) seja mais difícil. Na elaboração das refeições, escolha pratos que sejam fáceis de mastigar e deglutir, com uma consistência mais “mole” ou “pastosa” – como picados, empadões e purés. O tipo de confeções pode variar entre cozidos, grelhados, estufados e assados com pouca gordura. Quando não há muito apetite pode optar por refeições mais leves como sopa com carne/ peixe ou ovo picados. 44
Ingredientes para o recheio: 4 postas de pescada pequenas (+- 600g) 1 cebola média 1 cenoura pequena ralada Meia curgete ralada 1 molho de espinafres 1 colher de sopa de azeite (cheia) Sumo de limão Alho, sal e pimenta q.b. Modo de Preparação: Tempera-se a pescada com o sumo de limão, o sal, a pimenta e o alho. Deixa-se marinar durante meia hora. Num tacho antiaderente, coloque o azeite e a cebola, em lume brando, até a cebola vidrar. Adicione a cenoura e a curgete raladas e deixe estufar. Adicione os espinafres, bem lavados, e deixe apurar. Junte a pescada e parte da marinada. Deixe apurar até a pescada estar cozinhada e eliminar parte do caldo formado. Desfie a pescada e envolva no estufado. Ingredientes para o puré: Meio quilo de batatas 1 colher de sopa de azeite 200 ml de leite meio gordo ou magro Sal Noz-moscada Modo de Preparação: Coza as batatas com casca em água temperada com sal. Escorra, descasque e passe pelo passador até transformar em puré. Num tacho, juntar as batatas passadas, o leite e o azeite. Tempere com o sal e a noz-moscada e mexa em lume muito brando durante uns minutos. Num pirex de ir ao forno, coloque uma camada de puré, seguidamente o estufado da pescada com os espinafres e, por último, outra camada de puré.
Pincele com gema de ovo e leve ao forno a alourar. Deixe esfriar e sirva. Bom apetite!
Valores nutricionais (por dose) Energia (kcal)
Proteínas (g)
Glícidos (g)
Lípidos (g)
Fibra (g)
345
30
60
11
6
Mirtilo Rico em fibra, com apenas 80 calorias por chávena (cerca de 150g), e praticamente nenhuma gordura, os mirtilos são poderosos aliados na luta contra o envelhecimento. São antioxidantes e anti-inflamatórios, contêm compostos fenólicos, o mais proeminente antocianinas, os quais trabalham para neutralizar os radicais livres, que são moléculas instáveis associadas ao desenvolvimento do cancro, doenças cardiovasculares, diabetes e Alzheimer. Em apenas uma dose podemos obter 14mg de vitamina C, que supre quase 25% das necessidades diárias deste micronutriente, auxilia na formação de colagénio e mantém as gengivas saudáveis; além disso promove a absorção do ferro, mantendo o sistema imunitário saudável.
Gaviscon Duefet – Dupla ação no alívio rápido da azia e indigestão Sabia que 1 em cada 3 pessoas com azia também sofre de indigestão?1 Gaviscon Duefet forma uma barreira protetora no topo do conteúdo do estômago para suprimir o refluxo. Além disso, contém ainda dois Antiácidos para neutralizar o ácido do estômago e assim aliviar a indigestão.2 Gaviscon Duefet alivia a azia e indigestão em 3 minutos, que se prolonga até 4 horas.3, 4 Se sofre de múltiplos sintomas de Azia e Indigestão, conte com o alívio prolongado de Gaviscon Duefet. Kitapçioglu G et al. Turk J Gastroenterol 2007; 18 (1): 14-19; 2RCM Gaviscon Duefet; 3Strugala V et al. J. Pharm Pharmacol 2009; 61(8); 1021-1028;
1
Hampson F. et al. Drug Dev Ind Pharm. 2010; 36(5): 614-23.
4
Gaviscon Duefet 500 mg + 213 mg + 325 mg suspensão oral é um medicamento não sujeito a receita médica indicado no tratamento dos sintomas de refluxo gastro-esofágico, tais como regurgitação ácida, pirose e indigestão, que podem ocorrer por exemplo, após as refeições ou durante a gravidez. Leia cuidadosamente as informações constantes da embalagem e do folheto informativo. Tome especial precaução se tiver
NOVIDADES
hipersensibilidade ao medicamento. Em caso de dúvida ou de persistência dos sintomas, consulte o seu médico ou o farmacêutico.
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1
practice. Curr. Med. Res. Opin. (1982), 8, 188-90. 2Wethington JF. Double-blind *Contém, entre outros, vit. B6, ácido fólico e vit.
study of benzydamine hydrochloride, a new treatment for sore throat. Clin Ther.
C, que contribuem para o normal funcionamento
1985;7(5):641-6. 3Comprimidos para chupar.
do coração, sistema imunitário, processo cognitivo
Mebocaína Anti-Inflam, 1,2 mg + 3 mg, comprimido para chupar; Mebocaína
e metabolismo energético, e vit. C e zinco, para a
Anti-Inflam, 6 mg/ml + 1,5 mg/ml, solução para pulverização bucal. Medicamento
manutenção de visão, ossos e pele, cabelo e unhas
não sujeito a receita médica indicado no tratamento sintomático dos estados
normais. Toma recomendada: 1 cápsula por dia.
inflamatórios dolorosos da garganta, boca e gengivas. Indicado antes e após
Não usar: com outros produtos contendo vit. D, na
extrações dentárias. Adultos e crianças com mais de 12 anos: 1 comprimido a cada
hipervitaminose D, hipercalcemia, hemocromatose,
2/3 horas até 6 por dia ou pulverizar duas vezes a cavidade oral até 6 vezes ao dia.
anemia por deficiência em vit. B12, alergia à soja,
Se ocorrer sensibilização suspender o tratamento. Contém aspartamo (comprimido
ao amendoim, a peixe ou óleos de peixe, ou outro
para chupar) ou pequenas quantidades de etanol (solução para pulverização bucal).
componente. Não substitui um regime alimentar
Leia atentamente o folheto informativo, em caso de dúvida ou persistência dos
equilibrado e um modo de vida saudável.
sintomas consulte o seu médico ou farmacêutico. Material revisto em agosto 2013.
DR/FEV13/002
DORMIDINA® (succinato de doxilamina) 12,5 mg e 25 mg comprimidos e 25 mg pó efervescente é um medicamento não sujeito a receita médica. INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: dificuldade temporária em adormecer. CONTRAINDICAÇÕES: Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes. Deve ter-se em conta a possibilidade de sensibilização cruzada com outros anti-histamínicos. Não deve administrar-se, salvo critério médico, a pessoas com asma, glaucoma (aumento da pressão intraocular), enfisema, bronquite crónica, dificuldade em urinar, hipertrofia prostática, úlcera péptica estenosante, obstrução piloroduodenal e obstrução do colo vesical. Está contraindicada durante a gravidez e lactação. PRECAUÇÕES/ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS: Não deve ser administrado por períodos superiores a 7 dias seguidos nem a menores de 18 anos, salvo critério médico. Deve ser administrado 30 minutos antes de deitar. Evitar a ingestão de bebidas alcoólicas durante o tratamento. Administrar com precaução em idosos devido à sua maior sensibilidade ao aparecimento de reações adversas. Se se produzir sonolência diurna deve reduzir-se a dose. Dormidina 25 mg, pó efervescente contém aspartame. Nas pessoas afetadas por fenilcetonúria ter em conta que cada saqueta contém 14,03 mg de fenilalanina. Dormidina 25 mg, pó efervescente contém ainda 219,3 mg de sódio por saqueta, o que deve ser levado em conta no caso de doentes a fazer dietas hipossódicas. Leia cuidadosamente as informações constantes do acondicionamento secundário e do folheto informativo. Em caso de dúvida, persistência ou aparecimento de outros sintomas consulte o seu médico ou farmacêutico. Licença de ESTEVE. Para mais informações deverá contactar o titular da AIM: BIAL - Portela & Cª S.A.- À Av. da Siderurgia Nacional - 4745-457 S. Mamede do Coronado - PORTUGAL Sociedade Anónima. Cons. Reg. Com. Trofa Matrícula n.º 500 220 913. NIPC 500 220 913. Capital Social €50.000.000 - www.bial.com - info@bial.com. Medicamento não sujeito a receita médica. Não comparticipado. DIDSAM 120912
saúde digital
Alzheimer Portugal www.alzheimerportugal.org O site Alzheimer Portugal tem como objetivo fornecer informações úteis que permitam a melhoria da qualidade de vida das pessoas com demência e dos seus cuidadores. Neste sentido, além de divulgar informação sobre a doença de Alzheimer, nomeadamente causas, diagnóstico, sinais de alerta, entre outros, divulga também iniciativas e eventos, programas de apoio e grupos de suporte dirigidos a este público. Disponibiliza, ainda, informação dirigida aos cuidadores, através de esclarecimento de dúvidas frequentes, regras básicas e dicas úteis.
The European Food Information Council www.eufic.org/index/pt/ O portal The European Food Information Council (EUFIC) é um guia de referência no âmbito da manutenção de uma alimentação equilibrada e um estilo de vida saudável, abordando temas como a segurança e qualidade alimentar, a saúde e a nutrição. Com uma versão portuguesa, além de transmitir informação atual sobre a área alimentar, permite, entre outros assuntos, o acesso a conteúdos sobre doenças relacionadas com a alimentação e a ferramentas úteis, tais como uma calculadora do equilíbrio energético que, em poucos segundos, determina o índice de massa corporal (IMC), necessidades energéticas diárias e riscos em relação a determinadas doenças.
Escreva-nos, 48
dê-nos a sua opinião e sugestões para o e-mail: revistah@grupo-holon.pt
atuar
Grupo de Estudos de Cancro de Cabeça e Pescoço Prevenir é o melhor caminho Sétima patologia com maior incidência em Portugal em indivíduos do sexo masculino, os carcinomas da cabeça e pescoço podem ser prevenidos evitando comportamentos de risco e adotando um
Sinais de alerta Há uma enorme falta de informação quer por parte dos médicos, quer da população, para o risco deste tipo de cancro. Jorge Rosa Santos alerta então para a necessidade de, «sempre que um doente tenha a perceção de sinais ou sintomas específicos», procurar o seu médico, o seu estomatologista ou o seu médico dentista.
estilo de vida mais saudável. Além disso, os sinais de alerta não devem ser ignorados. Estudos do Cancro de Cabeça e Pescoço (GECCP). No fundo, quer isto dizer que são exatamente todos aqueles que se desenvolvem na zona da cabeça e do pescoço, com exceção dos cranioencefálicos.
Constituem sinais de alerta: - Afta com evolução de mais de 10 dias;
Mistura “explosiva”
- Dor na cavidade oral que não desaparece;
Criado em 2010, o GECCP tem vindo a promover e apoiar iniciativas para alertar a população para este tipo de patologia, além de incentivar a troca de experiências entre os diversos profissionais que atuam nesta área a nível nacional e internacional.
- Tumor ou úlcera na boca; - Presença de lesões brancas ou vermelhas na mucosa oral; - Sensação de corpo estranho;
Como esclarece o também diretor do Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do IPO de Lisboa, para prevenir este tipo de cancro «é fundamental evitar comportamentos de risco» e adotar hábitos de vida saudável, que passam por «uma alimentação equilibrada e uma boa higiene e saúde oral».
- Dificuldade em mastigar e odinofagia – dor ao engolir; - Dificuldade na mobilização e fixação da língua; - Sensação de anestesia com alteração da sensibilidade e parestesias na língua; - Tumor no pescoço ou mandibular; - Queda de peças dentárias; - Alterações da voz e rouquidão; - Dificuldade na deglutição e sensação de paragem dos alimentos; - Perda de peso.
Os tumores na área da cabeça e pescoço com maior impacto, «quer pela sua mortalidade quer pela mutilação que o tratamento implica», são os tumores das vias aéro-digestivas superiores - cavidade oral, faringe, nasofaringe, laringe e hipofaringe - e os tumores das glândulas salivares e tiroideia, tumores das partes moles, sarcomas e as metástases de tumor primário oculto, conforme explica Jorge Rosa Santos, presidente do Grupo de
Entre os comportamentos de risco destacam-se o tabagismo e o consumo exagerado de bebidas alcoólicas, «sendo o risco exponencialmente aumentado quando existe a combinação dos dois». E porque a manutenção de uma boa higiene oral é fundamental para evitar o aparecimento deste tipo de tumores, o grupo destaca o importante papel do médico dentista e dos farmacêuticos, que «muitas vezes prestam um aconselhamento importante ao doente».
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breves
Rede Social para doentes No presente ano, será possível aos pacientes partilhar o que aprenderam durante o período de doença. A plataforma, com acesso no portal “patient-inovation.com”, ou através da aplicação para o Facebook, possibilitará a participação de doentes oriundos de 5 países, revelou o jornal “Público”. A equipa responsável pelo projeto é liderada pelo português Pedro Oliveira, investigador nas Universidades Católica e Massachusetts Institute of Technology (MIT) e tem como objetivo a entreajuda e a partilha de conhecimentos.
Dispositivo pode ajudar a prevenir 40.000 mortes O Vigi’Fall (www.vigilio.fr) é um biossensor que se prende ao corpo do idoso através de um adesivo médico. Com este sistema de sensores, é possível detetar quedas e comunicar automaticamente a situação, sem qualquer ação por parte do utilizador. Através da sinalização de uma eventual queda, pretende-se evitar que o idoso chegue ao hospital depois de estar deitado no chão durante horas, sem conseguir pedir ajuda. Desta forma, danos físicos e psicológicos, muitas vezes irreparáveis nesta faixa etária, podem ser evitados.
Investigadores usam cogumelos contra bactérias multirresistentes Café reduz probabilidade de suicídio Um estudo da Universidade de Harvard, publicado no portal Harvard Gazette, sugere que beber entre duas a quatro chávenas de café por dia pode diminuir o risco de suicídio em homens e mulheres em 50%. Os investigadores, liderados por Alberto Ascherio, professor de Epidemiologia e Nutrição, supõem que, nestas doses, o café contribua para a produção de neurotransmissores, como a serotonina, dopamina e noradrenalina, aumentando o sentimento de bem-estar.
Estatinas podem reduzir risco de Parkinson Um estudo publicado no portal “Neurology”, onde foram analisados cerca de 44.000 doentes, aponta para os efeitos benéficos de alguns medicamentos, como a sinvastatina e a atorvastatina, na redução da probabilidade de desenvolvimento da doença de Parkinson. Dr. Jou-Well, cardiologista no Hospital Universitário de Taiwan e autor da pesquisa, mostrou-se satisfeito com os resultados, mas acrescentou que é ainda necessária mais investigação sobre esta associação.
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A Escola Superior de Biotecnologia (ESB) da Universidade Católica do Porto acaba de descobrir uma nova forma de combater o Staphylococcus aureus meticilino-resistente, uma bactéria particularmente difícil de tratar por ser resistente à penicilina e a todos os antibióticos do mesmo grupo. A equipa de investigação da instituição demonstrou a eficácia de alguns compostos fúngicos contra infeções graves que frequentemente ocorrem em ambiente hospitalar e podem resultar em septicemia, pneumonia ou pericardite. De acordo com o publicado no site da ESB, os investigadores testaram diferentes compostos, obtidos a partir de cogumelos provenientes de vários países, em bactérias patogénicas isoladas de doentes de um hospital português. Os resultados obtidos revelam que a solução extraída deste tipo de fungos possui propriedades antimicrobianas e, por isso, inibe com sucesso o crescimento dessas bactérias. Esta descoberta é especialmente importante dada a lacuna existente de antibióticos eficazes contra as resistências múltiplas atualmente existentes em hospitais. Esta falta de tratamento pode levar à morte devido a uma simples infeção.
Farmácia do Instituto Galénico Português
Farmácia Gemunde Farmácia Holon Amial Farmácia Nova Farmácia Quinta da Igreja Farmácia Vitória Farmácia Adriano Moreira Farmácia Moderna
Farmácia Luciano e Matos Farmácia Costa Farmácia Diamantino Farmácia A. Guerra Pedrosa Farmácia Alves Farmácia Beato Nuno Farmácia Central (Cartaxo) Farmácia Silva Farmácia Almeida Vaz Farmácia Alvide Farmácia Bairrão Farmácia Belém Farmácia Campelos Farmácia Central (Bucelas) Farmácia Conceição Farmácia Confiança Farmácia Costa Maximiano Farmácia Dias Farmácia do Cruzeiro Farmácia Higiene Olivais Farmácia Holon Campo Grande Farmácia Holon Morais Soares Farmacia Idanha Farmácia Januário Farmácia Madragoa Farmácia Miramar Farmácia Nicolau Farmácia Normal de Lisboa Farmácia Nova dos Olivais Farmácia Nova Iorque Farmácia Quejas Farmácia Rocha Dias Farmácia Romeiro Farmácia Serejo Farmácia Soares Farmácia Tereza Garcia Farmácia Valentim Farmácia Vilar
Farmácia Alegrete Farmácia Cunha Miranda Farmácia Esteves Abreu Farmácia Ferreira Pinto Farmácia Portalegrense Farmácia Roque Farmácia Vaz Farmácia Branco Farmácia Central (Montemor) Farmácia Central (Mora) Farmácia Fialho Farmácia Infante Sagres Farmácia Torrinha
Farmácia Algarve Farmácia Godinho Belo Farmácia Helena Farmácia Lagoa Farmácia Paula Santos Farmácia Sousa
Farmácia Algarve Farmácia Central (Almada) Farmácia Central da Amora Farmácia Central Vale Milhaços Farmácia Cerqueira Farmácia Farinha Pascoal Farmácia Fonseca (Amora) Farmácia Holon BPlanet Farmácia Louro Farmácia Lusitana Farmácia Magalhães Farmácia Martins Baltazar Farmácia Nova Fátima Farmácia Nuno Alvares Farmácia Parreira Farmácia Piçarra Farmácia Reis Farmácia Rodrigues Ferreira Farmácia Torre Das Argolas
EncontrE uma Farmácia Holon pErto dE si. um dia todas serão assim