SOFIA COELHO SILVA Diretora da Revista H
EDITORIAL
FICHA TÉCNICA
HoLON: A NOVA PLATAFORMA ONLINE DAS FARMÁCIAS HOLON
Em pouco mais de dois meses inúmeros serviços na área da saúde ganharam relevância. Tudo em prol da segurança e da comodidade, mas também enquanto ferramentas que reforçam a comunicação entre o utente e a farmácia. Em pleno período de pandemia, as Farmácias Holon marcaram uma posição no setor farmacêutico e reforçaram a prestação de serviços através da plataforma HolON, uma ferramenta online - www.farmaciasholon.pt/on - que disponibiliza um serviço de entregas ao domicílio e um serviço Click & Collect. Sem sair de casa, e à distância de um clique, o utente pode aviar uma receita e receber os medicamentos em casa ou no trabalho, ou se preferir, ir levantá-los diretamente à farmácia Holon mais perto, sem as indesejáveis filas de espera. Mas, esta plataforma oferece muito mais! Teleconsulta, apoio domiciliário e aconselhamento farmacêutico através de chat, são a continuidade de uma resposta eficaz e segura perante a nova realidade com que as pessoas se deparam no contexto da covid-19. Desde maio que a plataforma HolON permite o agendamento e a realização de uma teleconsulta em diversos serviços, que já eram prestados de forma presencial, como é o caso da Nutrição, Podologia, Pé Diabético, Enfermagem e Dermofarmácia. O lançamento destes novos serviços online representa um compromisso contínuo em melhorar todo o apoio farmacêutico que já dispomos. A atual situação de pandemia contribuiu para uma mudança de paradigma ao nível da prestação de cuidados de saúde, o que abriu portas a um acompanhamento mais próximo, ampliando a acessibilidade aos cuidados de saúde. Esperamos criar um novo ponto de interação relevante, entre as Farmácias Holon e as pessoas que acompanhamos. Estamos a dar um passo importante na área do Homecare, oferecendo serviços farmacêuticos e de saúde, sem que tenha de sair de casa. Tudo isto através de um único sítio – a plataforma HolON. Os Serviços Holon estão agora mais próximos dos utentes! Ao serviço da sua saúde.
• Diretor: Sofia Coelho Silva • Propriedade: Holon S.A. • Capital Social: 5.000,00 euros Órgãos Sociais: José Luciano Diniz Pereira e João Carlos Duarte Monteiro • NIPC: 507336453 • Telefone: 219 666 100; • E-mail: apoio.cliente@holon.pt
• Edição: Hollyfar – Marcas e Comunicação, Lda. Rua General Firmino Miguel n.º 3 - Piso 7 1600-100 Lisboa • Coordenador Editorial: Natacha Pereira (Farmácias Holon), Carla Mateus (Hollyfar) • Colaboram nesta edição: Ana Albernaz, Ana Catarina Lopes, Diana Pereira, Isabel Conceição, João Seabra, Luís Antunes, Raquel Limão, Ruben Pereira • Fotografia: Arquivo. • Publicação bimestral • E-mail: revistah@holon.pt • Tiragem deste número: 33.000 exemplares • Os artigos assinados apenas veiculam a posição dos seus autores. • Layout: Holon, S. A. Rua General Firmino Miguel, n.º 3 – piso 7 1600-100 Lisboa | Portugal • Paginação: SALVY • Execução Gráfica: Finepaper – Rua do Crucifixo, 32, 1100-183 Lisboa; • E-mail: info@finepaper.pt • Impressão e Acabamento: Lidergraf Sustainable Printing Rua do Galhano, 15 4480-089 Vila do Conde; • Site: www.lidergraf.pt • Número de Depósito Legal: 361265/13
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>INDÍCE
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NUTRIÇÃO HOLON
PROTEJA-SE CONTRA A AZIA
DERMOFARMÁCIA HOLON COMO ATENUAR AS MANCHAS NA PELE
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AO SERVIÇO DA COMUNIDADE
QUANDO OS ANIMAIS AJUDAM NA TERAPÊUTICA
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ATUALIDADE
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OPINIÃO SAÚDE
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PONTO DE VISTA
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O QUE DIZEM OS ESPECIALISTAS
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SER MAIS HOLON
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NA PRIMEIRA PESSOA
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FARMÁCIA ATUA
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EM FOCO
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HOLON CUIDA
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BEBÉ E MAMÃ
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PODOLOGIA HOLON
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PÉ DIABÉTICO
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PREVENÇÃO SAÚDE
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NUTRIÇÃO HOLON
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RECEITA SAUDÁVEL
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VIVA MAIS
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DERMOFARMÁCIA HOLON
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ENTREVISTA ESPECIAL
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AO SERVIÇO DA COMUNIDADE
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MONTRA EM DESTAQUE
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SAÚDE ANIMAL
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ESTATUTO EDITORIAL A H é uma revista bimestral de caráter informativo, circunscrevendo-se às temáticas da saúde e bem-estar, orientada por critérios de rigor editorial. A H é uma revista dirigida a um público plural e é propriedade da Holon S. A. O conceito da revista H passa pela abordagem às diversas questões nas áreas temáticas em que se insere, de modo prático e útil, em respeito pelo rigor científico. A H reconhece que os leitores são a sua principal razão de existência e, por isso, a satisfação das suas necessidades de informação constitui o objetivo primordial. É, assim, uma revista idealizada e produzida com o propósito de ir ao encontro dos interesses dos seus leitores, procurando servi-los sempre de forma isenta e objetiva.
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> ATUALIDADE CRIANÇAS SEM PROTEÇÃO CONTRA O SARAMPO No final de 2019, uma em cada 10 crianças portuguesas, com 13 meses de idade, não tinha sido vacinada contra o sarampo, indica o relatório do Programa Nacional de Vacinação (PNV), da Direção-Geral de Saúde (DGS). O documento, que faz uma avaliação do cumprimento do PNV em 2019, revela que, no período em análise, 14% das crianças ainda não tinha iniciado a vacinação contra o sarampo, nem contra a doença invasiva meningocócica do grupo C, as quais deverão ser administradas aos 12 meses. «Este facto coloca as crianças desta idade em risco de surtos de sarampo, se contactarem com casos, uma vez que estão, na sua maioria, juntas em creches, sem beneficiarem da imunidade de grupo, conferida a partir de uma cobertura de 95%», reforça o relatório. O sarampo é uma doença altamente contagiosa, pelo que a vacina é essencial. No caso da doença meningocócica, e por se tratar de uma doença muito grave nas crianças pequenas, quanto mais cedo estiverem imunizadas melhor.
ÁLCOOL E TABACO SÃO AS PRINCIPAIS SUBSTÂNCIAS CONSUMIDAS POR JOVENS Um em cada 10 jovens estudantes consumiu, no último ano, bebidas alcoólicas, tabaco e drogas ilícitas, diz o Estudo sobre o Consumo de Álcool, Tabaco, Drogas e outros Comportamentos Aditivos e Dependências (ECATD-CAD). As conclusões adiantam que 67,7% dos jovens, entre os 13 e os 18 anos, já consumiu álcool, fumou tabaco (38,4%) e utilizou drogas (15%) ao longo da vida. Dez por cento dos jovens inquiridos admitiu ter bebido álcool, usado tabaco e drogas, nos 12 meses que antecederam o questionário. O consumo de tabaco e drogas ilícitas é superior nos rapazes, mas ao nível do álcool não há grandes diferenças entre sexos. Ainda assim, o documento conclui que os comportamentos de maior risco estão limitados a uma minoria de inquiridos e são mais esporádicos do que frequentes. O estudo foi promovido pelo Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependên-
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cias (SICAD) e é representativo dos alunos do ensino público entre os 13 e os 18 anos (26.319 alunos de 734 escolas).
PORTUGUESES TÊM FALTA DE VITAMINA D Dois em cada três portugueses têm falta de vitamina D. Um valor que nos Açores sobe para 82% e que atinge mais as mulheres do que os homens, conclui um estudo realizado pela Faculdade de Medicina de Coimbra e a Nova Medical School. O trabalho publicado na revista científica Archives of Osteoporosis, com uma amostra de 3.092 pessoas adultas de todo o país, analisa pela primeira vez a carência de vitamina D na globalidade da população portuguesa adulta e indica que, mesmo durante o verão, pouco mais de metade dos portugueses (56,8%) atinge valores normais deste nutriente. No inverno, a situação é ainda mais preocupante, em que apenas dois em cada 10 portugueses cumpre as indicações. Para colmatar estes valores, os investigadores sugerem duas formas para se reforçar os níveis de vitamina D: A exposição solar e a toma de suplementos alimentares. A alimentação, de acordo com o estudo, pouco contribui para suprir as necessidades fisiológicas desta vitamina.
JOEL OLIVEIRA Farmacêutico
> OPINIÃO SAÚDE
ACABAR COM A PELE CASCA DE LARANJA Cerca de 85% das mulheres sofre com a inestética pele “casca de laranja”.1 As alterações hormonais, os hábitos sedentários e a predisposição genética estão na origem do seu aparecimento, mas existem suplementos que ajudam a atenuá-la. O efeito pele “casca de laranja” deriva das irregularidades sob a pele causadas pela acumulação de depósitos de gordura no organismo. Para o compensar, forma-se um tecido fibroso, o conhecido aspeto “casca de laranja”. Esta aglomeração de gorduras nota-se especialmente na zona das nádegas e coxas e está longe de ser um problema unicamente estético, podendo também afetar a autoestima e o bem-estar da mulher. Ao diminuir o retorno venoso, a aglomeração de gorduras também provoca a sensação de pernas cansadas e inchadas, sendo fulcral tratar o problema desde o interior até à eliminação do seu aspeto superficial. O aparecimento de pele “casca de laranja” varia de mulher para mulher e está associado a fatores comportamentais e biológicos: Alimentação, estilo de vida sedentário, consumo de álcool e tabaco, fatores hormonais e circulação sanguínea. Em relação aos fatores comportamentais, corrigir os hábitos de vida pouco saudáveis é o primeiro passo para melhorar o aspeto da sua pele!
QUAL O SEU TIPO DE PELE “CASCA DE LARANJA” Antes de iniciar qualquer tratamento, deverá identificar qual o seu tipo de “casca de laranja”: Uma pele com pequenos nódulos ou ondulações com aspeto de cova e visíveis quando apertados ou uma pele com ondulações muito acentuadas e percetíveis sem apertar. Hoje, existem suplementos alimentares especializados no combate à pele “casca de laranja” que atuam internamente, com resultados visíveis em poucas semanas. Assim, quando a pele tem um aspeto “casca de laranja” do tipo ligeiro ou moderado, existem opções de suplementos que ajudam no combate à acumulação de líquidos e contribuem para uma pele mais firme. Nas situações em que a pele “casca de laranja” assume um estado mais avançado, opte por suplementos que contribuem para reduzir a acumulação de gorduras e líquidos e a sensação de pernas cansadas através de complexos de extratos vegetais. Para cada tipo de pele “casca de laranja” há uma opção! Descubra-o com a ajuda do seu farmacêutico Holon! 1.
Estudo de Consumidoras, com 314 mulheres em Portugal, 2014
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Demonstrou reduzir os sintomas da Síndrome do Intestino Irritável • • •
Dor abdominal Inchaço e gases Diarreia e/ou obstipação
PARA A SAÚDE DO SEU INTESTINO
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PARA A MICROBIOTA
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CNP: 6349068
www.symbiosys.pt Alflorex® é um dispositivo médico. Alflorex® contem a estirpe B. longum 35624®. Alflorex® destina-se ao tratamento da Síndrome do Intestino Irritável, incluindo sintomas de inchaço, gases, dor abdominal, diarreia e obstipação. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO: Tomar 1 cápsula de Alflorex® por dia durante 1 mês. É importante que tome Alflorex® todos os dias e que termine o ciclo completo. Não exceda a dose diária recomendada. Alflorex® pode ser tomado com ou sem alimentos, a qualquer altura do dia. Engula as cápsulas inteiras com líquido suficiente (ex. um copo de água ou leite ao invés de bebidas ácidas como sumo). Enquanto tomar antibióticos, a dose diária de Alflorex® deverá ser tomada em separado da dose de antibióticos. O produto destina-se à administração oral. CONTRA INDICAÇÕES: Não utilize o produto em caso de hipersensibilidade ou alergia individual a um ou mais componentes do produto. Leia cuidadosamente a rotulagem e instruções de utilização. A.0027/2020
VITOR NEVES Presidente da Europacolon Portugal
> PONTO DE VISTA
ALERTA: PREVINA-SE E FAÇA O RASTREIO DO CANCRO DO INTESTINO! As Farmácias Comunitárias constituem um forte elo de confiança entre o Serviço Nacional de Saúde e a população em geral. Acrescentam um valor incalculável no conforto e qualidade de vida de muitos doentes, nomeadamente os oncológicos, sendo um pilar na estabilização da saúde da população portuguesa. No sentido de fortalecer essa relação, a Europacolon Portugal tem, sistematicamente, ao longo de mais de 6 anos, estabelecido parcerias de colaboração com o Grupo Holon, com o objetivo de aumentar a literacia em saúde dos seus clientes e, sobretudo, valorizar a prevenção e o diagnóstico precoce das doenças oncológicas do foro digestivo. As doenças oncológicas digestivas são responsáveis por mais de 10.000 casos novos todos os anos em Portugal, dos quais resultam mais de 7.000 mortes. Contudo, existem formas de prevenção e de diagnóstico precoce! O rastreio do cancro do intestino, obrigatório a partir dos 50 anos para homens e mulheres, pode impedir a incidência de mais de dois terços de novos doentes.
Uma política de saúde em que a prevenção seja a sua componente prioritária, é o melhor valor que qualquer Governo pode conceder aos seus cidadãos. É com esse objetivo que a Europacolon Portugal dedica grande parte da sua atividade. Todos os anos, em conjunto com as Farmácias Holon, desenvolvemos um rastreio gratuito, que tem a duração de dois meses e revela excelentes resultados. Uma ótima forma de salvarmos vidas. Portanto, se tem mais de 50 anos, pergunte ao seu médico assistente ou ao seu farmacêutico como pode fazer o rastreio do cancro do intestino. Nesta fase de calamidade pública mundial, podemos retirar novos ensinamentos de como enfrentamos o sentido da vida. Além da proteção social a que estamos obrigados, que este tempo sirva para refletirmos e mudarmos os nossos hábitos. Aprendamos a valorizar cada vez mais a vida, a Humanidade, a nossa família e sobretudo a nossa saúde. Previna-se e faça o rastreio. A Europacolon Portugal está à disposição de toda a população!
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RUI LOUREIRO
> O QUE DIZEM OS ESPECIALISTAS
Coordenador da pós-graduação em Canábis Medicinal na Faculdade de Farmácia de Lisboa e membro do Board European Health Futures Forum
HÁ ESCASSEZ DE CANÁBIS MEDICINAL EM PORTUGAL Desde fevereiro do ano passado, é permitida a utilização de medicamentos, preparações e substâncias à base da planta da canábis para fins medicinais. Rui Loureiro, coordenador da primeira pós-graduação em canábis medicinal na Faculdade de Farmácia de Lisboa, defende as potencialidades terapêuticas da planta. Mas deixa o alerta: há que reduzir o preço e reforçar a sua existência no mercado. REVISTA H – O USO DA CANÁBIS MEDICINAL É BEM ACEITE PELAS CLASSES MÉDICA E FARMACÊUTICA? RUI LOUREIRO (RL) - Eu diria que ainda não há consenso. Não é mainstream, mas a sua utilização caminha nesse sentido. Os médicos devem ter uma visão panorâmica dos problemas dos seus doentes. Se constatarem que - nos casos em que já se experi-
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mentou tudo sem sucesso - existe uma alternativa com resultados comprovados, e que é cada vez mais utilizada, os médicos irão mudar a sua intervenção e passar a prescrever esses medicamentos. Aliás, serão os próprios doentes a pedir esses produtos e a discutir com os clínicos a sua inclusão nos tratamentos.
H – SENTE QUE, NA GENERALIDADE, OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE CONTINUAM RELUTANTES EM ACEITAR A ENTRADA DESTES PRODUTOS NO CIRCUITO NORMAL DO MEDICAMENTO? RL - Tem de facto havido alguma resistência, mas essa relutância tem sido ultrapassada a uma grande velocidade. O problema que agora se põe é que existe escassez de produto no mercado português e, desta forma, as pessoas não podem usá-lo nem tão pouco ter experiência clínica. Os medicamentos que temos hoje no mercado custam quase 500€ e têm uma comparticipação de 30%, o que é manifestamente pouco porque as pessoas têm de gastar 300 euros para aviar as suas receitas. Quando houver mais produto e existirem mais dados clínicos, é normal que confiança aumente. Quando houver mais produção, acredito que a lei do mercado acabará por funcionar e que os preços (dos produtos finais) serão mais baixos. H – A QUE SE DEVE ESSA FALTA DE PRODUTO NO MERCADO PORTUGUÊS? RL - Neste momento só há um medicamento “clássico” no mercado. Apesar de já terem sido aprovados pela Assembleia da República duas novas famílias de medicamentos e produtos feitos à base da planta canábis, ainda nenhum deles está no mercado. Atualmente, não há produto nem concorrência, porque aquilo que é produzido internamente vai quase tudo para o exterior. H - ESTES MEDICAMENTOS PASSAM SEMPRE PELO CRIVO DAS AUTORIDADES DE SAÚDE? RL - Devem passar por toda uma cadeia de controlo e segurança que garanta o mínimo denominador comum de qualidade e segurança, desde a sua produção até chegarem às mãos dos consumidores. Se assim não for, sujeitamo-nos a um risco desnecessário, tanto em termos de segurança como de eficácia. H - OS PRODUTOS À BASE DE CANÁBIS PODEM SER USADOS NO TRATAMENTO DE QUE DOENÇAS? RL – Esses produtos já estão a ser utilizados empiricamente tanto pelos profissionais de saúde como pelos doentes que sofrem de patologias em que existem poucas alternativas de terapia. A epilepsia refratária, por exemplo, é um problema de saúde em que há muito se utilizam essas substâncias. A esclerose múltipla é outra das doenças com resultados positivos. Ainda que uma “andorinha não faça a primavera”, há evidência comprovada que não pode ser desaproveitada.
H - A CANÁBIS MEDICINAL PODERÁ CRIAR HABITUAÇÃO? RL - Sabe-se que há dois tipos de habituação: a fisiológica e a psicológica. Na fisiológica, o corpo necessita de uma determinada substância para “reagir”. Na psicológica, não há nenhum fenómeno biológico associado. As pessoas habituam-se a consumir várias coisas que estão associadas à satisfação e ao prazer imediato, como o café ou o chocolate. Não têm sido descritos fenómenos de dependência física associados à canábis. Poderá haver o risco de dependência psicológica, mas isso acontece com inúmeras coisas na nossa vida. H - NÃO HÁ O RISCO DE SE TOMAR ESTAS SUBSTÂNCIAS DE FORMA INADEQUADA OU PARA FINS RECREATIVOS? RL - Poderá acontecer. Mas esse problema já acontece com outros medicamentos. Ainda assim, esse argumento não poderá servir de desculpa para não se utilizarem este género de produtos. Nos Estados Unidos da América, por exemplo, há um problema de dependência de substâncias que contêm morfina. Falamos de medicamentos que obedecem a todos os requisitos e que são perfeitamente seguros, mas estão a ser usados para outros fins. No caso da canábis, essa argumentação é falaciosa porque os produtos são produzidos para um fim concreto. Obviamente, irá depender sempre do uso que deles se fizer. H – HÁ PRODUTOS DERIVADOS DESTA PLANTA À VENDA NA INTERNET. A AUTOMEDICAÇÃO NÃO PODERÁ SER PERIGOSA? RL - O próprio conceito de automedicação poderá ser muito perigoso, porque elimina a mediação dos profissionais de saúde e acarreta riscos sérios para a saúde. Quem compra na internet está a adquirir uma coisa a um fornecedor que não conhece e que, formalmente, não obedece às regras de segurança e qualidade que estão subjacentes a todos os medicamentos legais. São produtos que provêm de um mercado que não é regulado e que podem pôr em causa a saúde das pessoas. H - AS PRESCRIÇÕES DESTES PRODUTOS DEVEM PASSAR SEMPRE PELOS MÉDICOS? RL - Sim. Até porque há uma corrente de opinião que quer pôr na agenda política o uso recreativo, o designado “uso adulto”, de forma a que este passe a fazer a fazer da normalidade. E não é disso que se trata quando se fala em canábis medicinal. Neste momento é preciso ter sempre uma receita médica para ter acesso a estes produtos.
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SER MAIS HOLON
INÊS MARQUES Diretora Técnica Farmácia do Campo
ATUAR NA PROMOÇÃO DA SAÚDE DA COMUNIDADE «Na Farmácia do Campo, o foco da nossa equipa é a promoção da saúde». As farmácias comunitárias desempenham um papel fundamental na saúde das comunidades que abrangem. A ampla cobertura geográfica a nível nacional e as competências técnico-científicas e humanas dos profissionais que nelas trabalham permitem-nos assumir um importante papel na acessibilidade ao medicamento e na prestação de cuidados de saúde de qualidade. Na Farmácia do Campo, o foco da nossa equipa é a promoção da saúde. Para isso, trabalhamos todos os dias com o foco de melhorar a qualidade de vida dos nossos utentes. Para cumprimos a nossa missão muito contribui a parte humana da nossa profissão, que permite estabelecer relações de confiança e proximidade. É essa relação que nos motiva a desempenhar um melhor serviço, tanto no acompanhamento de patologias crónicas, como na prevenção e adoção de comportamentos saudáveis.
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Nesse sentido, além dos serviços que disponibilizamos com o auxílio de profissionais qualificados - ao nível da determinação de parâmetros bioquímicos, acompanhamento farmacoterapêutico, Cessação Tabágica, Preparação Individualizada da Medicação (PIM) - promovemos ainda ações de rastreio - Rastreio de Cancro Colorretal e de avaliação nutricional - e de deteção precoce de fatores de risco como a Avaliação de Saúde Cardiovascular ou do risco da Diabetes. O conceito Holon acompanha-nos também por via de projetos de proximidade com a comunidade, como o Projeto-Escola. A disponibilização de produtos de marca própria, com qualidade e segurança, valoriza o nosso atendimento junto dos utentes. Vamos continuar empenhados em contribuir para a saúde dos nossos utentes!
NOME: AFONSO JORGE DIAS IDADE: 59 ANOS LOCALIDADE: LISBOA OBJETIVO: PERDER PESO COM UM PLANO ADEQUADO À ATIVIDADE LABORAL POR TURNOS
> NA PRIMEIRA PESSOA
«PERDI PESO E JÁ POSSO FAZER EXERCÍCIO SEM COMPROMETER A SAÚDE DOS MEUS JOELHOS.»
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Em julho de 2019, numa das suas idas regulares à Farmácia Conceição, em Lisboa, Afonso Dias, com 59 anos, comentou com a Dr.ª Rita Peixoto que não se sentia bem. Além de sofrer de hipertensão, hiperuricemia, gastrite e excesso de peso, para a sua saúde em nada ajudava o facto de trabalhar por turnos. Aliás, as várias tentativas de compatibilizar os horários laborais, as diferentes refeições diárias e a seleção dos alimentos mais adequados resultavam sempre em frustração. Para além do seu corpo acusar excesso de peso, também já sentia alguns constrangimentos físicos, nomeadamente cansaço e dores nos joelhos. De imediato, foi aconselhado a ser seguido pelo Serviço de Nutrição Holon a fim de aprender a planear as refeições, adequadas à sua rotina, seguindo um plano de reeducação alimentar. As consultas iniciaram-se em agosto de 2019 e, durante os primeiros 8 meses, a nutricionista Denise Mendes promoveu 6 consultas de Nutrição, que permitiram fazer os ajustes necessários aos vários planos alimentares traçados. Em março de 2020, os resultados eram visíveis: a balança contava menos 24kg e havia uma redução da massa gorda (-10,6%), da gordura visceral (-9%) e do períme-
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tro abdominal (-26 cm). Afonso Dias confidenciou: «Não estava à espera de ter tão bons resultados! Agora já posso fazer exercício físico sem comprometer a saúde dos meus joelhos». A orientação do Serviço de Nutrição Holon foi essencial na mudança do estilo de vida de Afonso Dias que passou a fazer mais refeições por dia a aprendeu a dosear as quantidades que ingeria nas refeições principais: «Tudo o que alcancei foi sem recurso a suplementação. Estou à grato à nutricionista Denise por tudo o que me ensinou e pela sua dedicação ao longo deste processo». Afonso Dias não deixa de se admirar com o facto de pequenos gestos fazerem tanta diferença - beber café sem açúcar, planear diariamente as várias refeições, principalmente os lanches, aprender a ler a informação nutricional dos rótulos – e terem contribuído, de forma significativa, para os resultados. As alterações alimentares refletiram-se também na sua saúde, com os efeitos da gastrite e da hiperuricemia a serem minimizados. Nos dias de hoje, Afonso Dias mantém os hábitos alimentares saudáveis e já consegue conciliá-los com os seus horários laborais e com exercício físico. Mas continua com os mesmos objetivos: Manter um peso corporal saudável e controlar os seus problemas de saúde.
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> FARMÁCIA ATUA
FALAR SOBRE A DIABETES
Por ocasião das comemorações do Dia da Mulher, a Farmácia Holon Covilhã promoveu um rastreio orientado para a população local. Ao desafio compareceram 20 pessoas interessadas em fazer uma avaliação de saúde ao nível da Diabetes e da Tensão Arterial. Uma atividade bem-sucedida, que contou com o apoio da Liga dos Amigos do Bairro dos Penedos Altos.
FARMÁCIA CAMPO FALA SOBRE RASTREIO NUTRICIONAL No passado dia 4 de fevereiro, a Farmácia do Campo convidou a população mais idosa a fazer um rastreio nutricional. A ação decorreu no âmbito do Dia Mundial da Luta contra o Cancro, que se assinalava nesse mesmo dia, e contou com a participação de cerca de 10 utentes. O nutricionista Vitor Guerra teve oportunidade de falar individualmente com todos os participantes e esclarecer questões sobre o nível nutricional ideal para aquela faixa etária. Houve ainda tempo para falar sobre a suplementação nutricional em pessoas saudáveis e em situações de doença oncológica, uma vez que uma adequada intervenção nutricional contribui para a prevenção e para o sucesso da recuperação das pessoas que vivem com este tipo de doença.
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FARMACIA OEIRAS FIGUEIRINHA PROMOVE AÇÃO SOBRE SAÚDE ORAL
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Com o objetivo de sensibilizar sobre o tema da saúde oral, a Farmácia Oeiras Figueirinha em conjunto com a Associação Coração Amarelo, promoveram uma ação para esclarecer os mais velhos sobre a importância da correta saúde oral no idoso. Com o avançar da idade, as características dentárias também se alteram e há novos cuidados de higiene bucal a adotar no dia a dia. A ação decorreu na Biblioteca Municipal de Oeiras e juntou cerca de 15 participantes que ficaram a saber mais sobre como minimizar o desgaste dos dentes e reforçar a proteção da dentina, assim como as técnicas de escovagem e os produtos de higiene mais adequados para garantir a correta higienização.
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COVID-19: REFORÇO DAS MEDIDAS DE PROTEÇÃO Em tempos de pandemia, as Farmácias Holon seguiram todas as recomendações para garantir a prestação do melhor serviço, com toda a segurança. A Farmácia Almancil e a Farmácia Vitória não fugiram à regra e implementaram medidas extras de proteção para a equipa e para os seus utentes. Para além dos acrílicos e das delimitações das zonas a circular, foram afixados cartazes com recomendações de como fazer o uso correto da máscara, assim como o respeito pelo distanciamento social e as novas regras no interior da farmácia. Medidas simples que ajudam a fazer a diferença.
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Pode nunca ter tido uma consulta em telemedicina, mas ultimamente não se fala em outra coisa. Fruto do confinamento social e do medo de contaminação pelo novo coronavírus, muitos pacientes têm procurado, e recebido, ajuda médica profissional à distância, através de consultas médicas online. «Um excelente exemplo é a Via Verde do AVC, um serviço exemplar na área da Telemedicina que já permitiu salvar muitas vidas!», conta Eduardo Castela, presidente da Associação Portuguesa de Telemedicina (APT). Com uma média de “três a quatro” teleconsultas diárias, o Tele Via Verde do AVC garante, desde 2006, uma resposta tecnicamente equitativa aos doentes que sofrem um acidente vascular cerebral. Até ao momento, mais de 40 mil doentes beneficiaram de um melhor tratamento. «Não podemos esquecer-nos que as principais especialidades médicas estão concentradas nos grandes centros urbanos, onde é mais “fácil” aceder a um especialista. Mas é no resto do país que se concentra a maioria dos doentes», refere o clínico. A QUALQUER HORA, EM QUALQUER LUGAR Nos últimos meses, o contexto da covid-19 veio aumentar exponencialmente o número de consultas em telemedicina, reforçando a importância deste serviço. Porém, este serviço não é novo! A primeira teleconsulta surgiu em 1998, pelas mãos do cardiologista pediátrico Eduardo Castela. Implementada no Serviço de Cardiologia Pediátrica do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, o objetivo era garantir cuidados especializados a crianças de diferentes regiões do país e além-fronteiras, que de outra maneira dificilmente poderiam ser acompanhadas. Ainda hoje, a rede de telemedicina que nasceu neste serviço presta, anual> 20
mente, cerca de 3 mil consultas em diferentes especialidades. Marina Gonçalves é médica de medicina geral e familiar e uma das profissionais que integra o Centro de Medicina P5, um projeto da Escola de Medicina da Universidade do Minho, que disponibiliza consultas de diferentes especialidades através da internet. Também é da opinião que «na situação atual de pandemia, a telemedicina ganhou relevância, com a vantagem da ausência de risco de contágio para médico e doente». E continua: «optar por um serviço de telemedicina acaba com as dificuldades dos horários apertados ou das ausências laborais. Uma teleconsulta consegue ser facilmente realizada a partir de qualquer ponto do país ou do mundo: ser natural de Braga e trabalhar ou estudar em Lisboa não representa nenhuma dificuldade na hora de agendar uma consulta». Também o nutricionista Marcelo Dias considera que «a necessidade despertou a procura» e defende que «o eHealth iniciou a sua caminhada». Apesar de reconhecer que a mudança é sempre vista com desconfiança pelo paciente e, por vezes, pelo próprio profissional de saúde, o nutricionista acredita que «o futuro é este». «Com a escassez e limitação de recursos de profissionais, o eHealth é uma das ferramentas que poderá ser a resposta», defende. Há alguns meses a prestar o Serviço de Nutrição das Farmácias Holon, em regime de teleconsulta, Marcelo Dias reforça: «devemos aproveitar o melhor dos dois mundos: preservar as relações pessoais e humanas e aproveitar a tecnologia para continuarmos a prestarmos o melhor serviço». UMA CONSULTA COMO AS OUTRAS Seja através de um telefonema, de mensagens de WhatsApp ou de videochamadas, uma consulta de telemedicina é garantia de
HolON: A NOVA PLATAFORMA ONLINE DAS FARMÁCIAS HOLON Consultas por via da teleconsulta, medicamentos entregues ao domicílio. Em pouco mais de dois meses, inúmeros serviços na área da saúde ganharam relevância. Tudo em prol da segurança e da comodidade, mas também enquanto ferramentas que reforçam a comunicação entre o utente e a farmácia. Em pleno período de pandemia, as Farmácias Holon marcaram uma posição no setor farmacêutico e reforçaram a prestação de serviços através da plataforma HolON, uma ferramenta online - www.farmaciasholon. pt/on - que disponibiliza um serviço de entregas ao domicílio e um serviço Click & Collect. Sem sair de casa, e à distância de um clique, o utente pode aviar uma receita e receber os medicamentos em casa ou no trabalho, ou se preferir, ir levantá-los diretamente à farmácia Holon mais perto, sem as indesejáveis filas de espera.
SERVIÇOS HOLON MAIS PRÓXIMOS DOS UTENTES Mas a plataforma oferece muito mais. «As pessoas podem agendar uma consulta online ou, se preferirem, obter um aconselhamento farmacêutico por via de um chat», informa Sofia Maximiano, gestora do Departamento de Projetos e Serviços da Holon. Desde maio que a plataforma HolON permite o agendamento e a realização de uma teleconsulta em diversos serviços, que já eram prestados de forma presencial, como é o caso da Nutrição, Podologia, Pé Diabético, Enfermagem e Dermofarmácia. Na opinião da farmacêutica responsável da Holon, a atual situação de pandemia contribuiu para uma mudança de paradigma ao nível da
prestação de cuidados de saúde, o que abriu portas a um acompanhamento mais próximo, ampliando a acessibilidade aos cuidados de saúde. Por essa razão, está confiante que o nível de procura destes serviços se vai manter, para além da fase de desconfinamento social.
um diagnóstico e um acompanhamento especializado, sem sair de casa. Basta que o utente se isole num espaço com ligação à internet e aguarde pelo contacto do médico para dar início à consulta. Como Marina Gonçalves ressalva, a telemedicina «é uma medicina com o mesmo rigor, qualidade e confidencialidade a que estamos habituados, apenas não implica mobilidade». Para além de facilitar o acesso às consultas de especialidades médicas e de aumentar a equidade no acesso aos cuidados de saúde, a teleconsulta ajuda ainda a reduzir os custos associados e, na maioria dos casos, é mais prática e segura para o utente. A RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE Porém, se muitos defendem que a telemedicina «é aplicável a todas as especialidades», desde que não necessitem de exame físico, como refere a médica de medicina geral e familiar, há quem tenha reservas. João Espregueira-Mendes, diretor clínico da Clínica do Dragão – Espregueira-Mendes Sports Centre FIFA Medical Centre of Excellence, começou a dar teleconsultas por causa da pandemia de covid-19. Contudo, admite ser um pouco conservador, pois considera essencial «uma relação médicodoente presencial». Para o médico, existem questões «como a segurança, eficácia dos serviços prestados e a confidencialidade da informação sobre o doente e sobre a sua informação clínica» que devem ser clarificadas. Reticências à parte, a experiência vivida, nos últimos meses, na Clínica do Dragão, tem sido muito promissora: «Ortopedia e Traumatologia, Medicina Desportiva, Medicina Geral e Familiar, Cardiologia, Dermatologia e Fisioterapia, entre outras especialidades, têm tido muita procura e com satisfação multilateral dos seus intervenientes», garante o diretor clínico. Face aos seus benefícios e ao potencial deste serviço, Marina Gonçalves é taxativa em afirmar: «A telemedicina não substitui a medicina presencial, mas complementa-a na perfeição».
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DIANA PEREIRA Farmacêutica
> HOLON CUIDA
VIAJAR COM A FARMÁCIA NA MALA Chegada a altura das férias, não basta escolher o destino. Para usufruir destes momentos de lazer, tenha presente os riscos, os cuidados e as precauções a tomar antes embarcar na aventura. Em segurança! Viajar nos dias que correm exige cuidados redobrados com a nossa saúde e segurança. O uso de máscara, a higienização frequente das mãos, a etiqueta respiratória, o distanciamento social e todas as regras aplicadas a espaços fechados fazem parte da nossa nova realidade, mesmo em tempo de férias. Qualquer que seja o destino escolhido, existem alguns cuidados a manter. Mais do que nunca, lembre-se: A lavagem regular das
mãos é muito importante! Durante a viagem, não se esqueça que a ingestão de água diretamente da torneira, a utilização de gelo em bebidas ou a ingestão de certos alimentos estão na origem de gastroenterites, desarranjos gastrointestinais ou da conhecida “diarreia do viajante”. Fique atento aos sintomas: dores abdominais, febre, náuseas, diarreias e vómitos.
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CUIDADOS A TER NA HORA DE COMER Onde quer que vá, compre e consuma alimentos em estabelecimentos nos quais a qualidade e as normas de higiene sejam asseguradas. Já sabe, prefira bebidas engarrafadas, evite os alimentos crus ou mal cozinhados, assim como de saladas. Quando consumir frutas, prefira as que podem ser descascadas. A mesma regra para os vegetais, já que a casca poderá estar contaminada. Outra preocupação são as picadas de mosquitos e insetos. Existem várias formas de se proteger: Usar roupas que cubram a maior parte da superfície do corpo, em zonas de maior vegetação optar por calças e blusas de manga comprida e, muito importante, fazer-se acompanhar de repelente. Este deverá ser aplicado todos os dias, antes de sair do alojamento, e reaplicado ao longo do dia nas áreas expostas. A CONSULTA QUE NÃO PODE FALHAR! Se vai viajar para fora do continente europeu, faça um check-up antes de fazer o check-in! A Consulta do Viajante é aconselhada um a dois meses antes da partida e pressupõe a recolha de informação sobre o viajante e a viagem, nomeadamente o estado de saúde do viajante, o destino da viagem e a sua duração. O profissional de saúde irá indicar-lhe quais as medidas preventivas a adotar antes, durante e depois da viagem. Quando se dirigir à Consulta do Viajante faça-se acompanhar do seu boletim de vacinas. É importante que tenha em dia todas as vacinas incluídas no Plano Nacional de Vacinação. Dependendo do país de destino, é normal que lhe sejam aconselhadas vacinas para doenças que não são comuns no nosso país. Certas regiões tropicais e subtropicais de África, da Ásia e da América Central e do Sul trazem uma precaução adicional: A malária.
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LEVE O SEU KIT DE FARMÁCIA! Mesmo com todas as medidas preventivas, leve consigo a sua farmácia de viagem: • Analgésico e antipirético (se dores e/ou febre); • Anti-inflamatório (se dores e inflamação); • Anti-histamínico (se alergia ou picada de insetos); • Antiácido (se azia e indigestão); • Antibióticos (se infeção ou diarreia do viajante); • Antidiarreico (se diarreia sem febre); • Laxante (se obstipação); • Suplementos enzimáticos (se desarranjo gastrointestinal); • Sais de reidratação oral (se desidratação por diarreia e vómitos); • Álcool gel; • Protetor solar; • Repelente; • Termómetro; • Material de primeiros socorros. Não se esqueça, garanta que leva a sua medicação habitual, em quantidade suficiente para a duração da viagem! Leve consigo o seu boletim de vacinas, o cartão de saúde europeu e contactos médicos. Usufrua das suas férias em segurança!
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SUPLEMENTAÇÃO É MESMO NECESSÁRIA? As vitaminas e os minerais são essenciais para um crescimento adequado. Mas será que os bebés necessitam de tomar suplementos para se desenvolverem de forma saudável? A alimentação dos bebés e a ingestão adequada de todos os nutrientes, por norma, gera muitas dúvidas nos pais, sobretudo quando se trata do primeiro filho. Mas, contrariamente a muitos dos receios parentais, a maioria dos bebés não tem dificuldade em ingerir as vitaminas e os minerais necessários na sua alimentação diária. Até mesmo aqueles que são mais “esquisitos” para comer. Graça Gonçalves, médica pediatra, recorda que a toma de vitaminas era um clássico na cabeça dos pais e, ainda permanece, na de alguns avós. Na verdade, «durante muitos anos a comunidade médica recomendava a ingestão de vitaminas para colmatar défices vitamínicos resultantes da má alimentação, fruto da escassez de alimentos». Mas atualmente, essa questão já não se coloca: «Com o tipo de alimentação variada que a generalidade da população faz, a suplementação de vitaminas não é necessária,
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com exceção da vitamina D», afirma a médica especializada em pediatria e neonatologia. Os pediatras são unânimes nas recomendações: obter os nutrientes essenciais através de uma alimentação saudável. «O mais importante é diversificar, comer um pouco de todos os alimentos e, assim, conseguimos alimentar-nos de forma equilibrada», indica a pediatra, acrescentando que «se se diversificar na cor dos alimentos, conseguimos ter todos os minerais e vitaminas necessários no prato dos nossos filhos». A VITAMINA DO SOL A vitamina D é um nutriente essencial para o organismo, que intervém em inúmeros processos, nomeadamente na manutenção
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E O MINERAL: FERRO? Com os minerais, a situação repete-se. O bebé não necessita de suplementação, a não ser nos casos em que haja carência de ferro. Como Graça Gonçalves refere, «a deficiência de ferro constitui o déficit nutricional mais comum no mundo, sendo a principal causa de anemia na criança. Em Portugal não é exceção». Ainda assim, «nem todas as crianças têm indicação para fazer suplementação se comerem de forma normal», alerta a pediatra, que também é consultora internacional de lactação pelo International Board of Consultant Examiners. Geralmente, os recém-nascidos de termo apresentam reservas de ferro suficientes até cerca dos seis meses de idade. Depois disso precisam de ir buscar este nutriente à sua dieta. No entanto, se o bebé for prematuro, a história é outra. Nestes casos, como os bebés «não tiveram tempo para fazer reservas de ferro suficientes, é necessário fazer suplementação deste mineral». Para além dos bebés prematuros, também os bebés com baixo peso à nascença ou filhos de mães com determinados problemas durante a gestação, como anemia ou Diabetes não controlada, são associados a um maior risco de desenvolver anemia e, como tal, à necessidade de suplementação de ferro. da saúde óssea. Esta vitamina é obtida através da alimentação, mas sobretudo sintetizada pelo nosso organismo pela ação da luz solar, ou seja, através da exposição da pele ao sol. «O problema é que, fruto da vida moderna, deixámos de apanhar sol, o que faz com que haja maior déficit desta vitamina», constata Graça Gonçalves. Para além disso, no caso dos bebés, os lactentes até aos seis meses de vida não devem ser expostos ao sol, o que impossibilita que se atinja as doses diárias necessárias. Por essa razão, em Portugal, a Direção-Geral de Saúde (DGS) recomenda a toma diária desta vitamina no primeiro ano de vida da criança, independentemente do bebé ter uma alimentação exclusivamente láctea até aos seis meses ou de já ter iniciado a diversificação alimentar. «A dose diária recomendada pelas entidades de saúde é de 400 UI de vitamina D, o correspondente a uma gota. A toma deverá ser feita desde a terceira semana de vida», afirma a pediatra. Graça Gonçalves salienta ainda que, além dos bebés que fazem esta suplementação, há também crianças mais crescidas a tomar vitamina D. Nestes casos, a pediatra deixa um alerta: «Com a pandemia da covid-19 e o confinamento obrigatório, há muitas crianças que praticamente não apanharam sol durante meses. Mesmo assim, nada de aumentar a dose sem recomendação médica».
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ATENÇÃO REDOBRADA COM AS DIETAS VEGETARIANAS Tendo em conta o crescimento do número de vegetarianos em Portugal, a DGS veio reforçar as recomendações da indicação de suplementos de vitaminas e minerais para bebés e grávidas com este tipo de dieta alimentar. Na verdade, e de acordo com esta entidade de saúde, a dieta vegetariana apresenta algumas limitações, nomeadamente ao nível do aporte de vitamina D, cálcio e ferro. A pediatra Graça Gonçalves lembra ainda que «estas crianças têm necessidades acrescidas de vitamina B12». Assim, os especialistas defendem que a alimentação vegetariana, durante o primeiro ano de vida, é possível, mas avisam: «Deverá ser estritamente cumprida a suplementação vitamínica e mineral recomendada».
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JOÃO SEABRA Podologista RUBEN PEREIRA Podologista
> PODOLOGIA HOLON
FUNGOS NAS UNHAS: IDENTIFICAR E TRATAR A presença de fungos nas unhas afeta, aproximadamente, uma em cada 10 pessoas em todo o mundo, com maior expressão em adultos e idosos. As piscinas comunitárias e os balneários são locais propícios à sua sobrevivência e propagação. Proteja os seus pés! As micoses são infeções causadas por fungos e podem afetar a pele, as unhas ou até o cabelo. O pé de atleta e as micoses das unhas – onicomicoses – são as mais frequentes ao nível dos pés. Os fungos são responsáveis por quase um terço das alterações das unhas. Estas podem sofrer alterações ao nível da cor, da forma e da grossura. Em alguns casos, poderão potenciar dor devido à pressão exercida pelo calçado na unha afetada. Se verificar alguma destas alterações nas suas unhas, procure um podologista e comece o tratamento o mais cedo possível. A eliminação de fungos que se instalam nas nossas unhas nem sempre é fácil e o trata> 30
mento é, geralmente, prolongado. Os balneários e as piscinas comunitárias são ambientes quentes e húmidos que favorecem a sobrevivência e a propagação de fungos. Para prevenir estas infeções, utilize sempre chinelos nos balneários, sobretudo nas zonas de banho, e nunca os partilhe com ninguém. Depois do banho, seque muito bem os pés, principalmente nos espaços entre os dedos. Se transpirar em excesso dos pés, utilize de um antitranspirante. Previna-se e esteja atento aos sinais!
COM O APOIO:
RAQUEL LIMÃO Enfermeira
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A DIABETES NÃO TIRA FÉRIAS A Diabetes é uma doença crónica que o acompanha todos os dias da sua vida. O Pé Diabético é uma das suas complicações e uma das principais causas de mortalidade em Portugal. É importante cuidar dos seus pés todo o ano, especialmente no verão. A Diabetes não vai de férias. Porém, não há razão para não aproveitar uns dias lazer e de descanso, desde que não descure os cuidados diários e que mantenha a sua Diabetes controlada. No verão, o calor e a humidade são desconfortáveis para todos, mas poderão ser especialmente prejudiciais para quem vive com Diabetes e, em particular, para quem tem Pé Diabético. É fácil perceber que, com os pés mais expostos e desprotegidos, aumenta a probabilidade de surgirem alguns problemas. Por isso é tão importante a prevenção. Assim, observe diariamente os seus pés, se necessário com a ajuda de um espelho. Esteja atento à presença de calos, bolhas ou manchas avermelhadas, pois são sinais que podem estar associados a complicações que devem ser avaliados
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por um especialista. Não se esqueça de ter sempre por perto o glicómetro (aparelho para medição da glicemia) e a caneta de insulina. Se for à praia, por exemplo, coloque a insulina numa geleira ou bolsa térmica apropriada, abrigada do calor e da luz solar. Antes de administrar insulina, fique à sombra e refresque-se. A pele exposta ao sol fica mais quente, o que poderá alterar a velocidade de absorção da insulina, aumentando o risco de descida súbita dos níveis da glicemia. Inclua na sua rotina a aplicação de protetor solar também nos pés. Quando a areia está muito quente, utilize chinelos para evitar queimaduras. Aproveite as suas férias de forma responsável!
> PREVENÇÃO SAÚDE
EXPOSIÇÃO SOLAR
PELE BRONZEADA, MAS SAUDÁVEL Sem as devidas medidas de prevenção, o sol poderá ser um inimigo da saúde. Mas na dose certa e com os cuidados adequados, os seus benefícios são inúmeros. Saiba como aproveitá-los. Após um período de confinamento de cerca de dois meses, ter o prazer de sentir o sol no rosto é uma espécie de recompensa para muitas pessoas. Mas para poder gozá-lo em segurança e aproveitar os seus benefícios, é preciso não exagerar no tempo de exposição solar e cumprir as regras que já todos ouvimos falar. «O sol é fonte de energia e de vida e tem efeitos benéficos sobre a saúde», afirma a Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia (SPDV), realçando que, além do seu reconhecido papel na síntese da vitamina D, também «afeta de forma positiva o humor, através de sua ação antidepressiva». No entanto, e embora seja importante para a nossa saúde, são
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várias as consequências negativas relacionadas com a exposição solar. Queimaduras solares, envelhecimento prematuro da pele e, sobretudo, o aumento da incidência de vários tipos de cancro cutâneo pelo que, a SPDV adverte: «Fotoproteção não é só sinónimo de uso do protetor solar!». CUIDADO COM OS EXCESSOS As crianças, os idosos e as grávidas são especialmente sensíveis às radiações solares e à exposição prolongada ao sol. No caso dos mais novos, nunca é demais lembrar que «as crianças até
aos 2 anos não devem ser expostas diretamente ao sol», alerta a Associação Portuguesa do Cancro Cutâneo. As pessoas com cabelo, pele e olhos claros, e com muitos sinais ou sardas, também precisam de cuidados redobrados, pois têm menor proteção natural em relação à radiação ultravioleta (UV), correm um maior risco de apanhar os famosos escaldões e de desenvolver manchas e/ou cancro da pele. Para que todos possam usufruir dos benefícios do sol sem correr riscos, as regras são simples: Usar um protetor solar com índice adequado e evitar expor-se nos períodos de maior perigo - entre as 11 e as 17 horas -, sobretudo nos dias de maior índice UV. E, atenção, não pense que é só nas idas à praia que se deve proteger. Uma caminhada, um passeio no jardim ou correr ao ar livre são atividades que o expõem aos raios UV. PROTETOR SOLAR, SEMPRE! «Os protetores solares devem ser usados durante todo o ano», alerta o dermatologista João Maia Silva. Com uma oferta variada no mercado, o importante é escolher o protetor solar com o fator indicado para a sua pele, certificando-se que este protege contra a radiação UVA e não só a UVB. Para além disso, «tão importante quanto a escolha do produto é a sua correta aplicação», afirma João Maia Silva. De acordo com o dermatologista, para se conseguir a proteção indicada com o fator de proteção solar (FPS), «é necessária uma quantidade de 2 mg/cm². Para cobrir todo o corpo, poderá ser necessário até metade de uma embalagem pequena». Quando colocar o protetor certifique-se que não deixa nenhuma área desprotegida. O médico do Hospital CUF Descobertas lembra ainda que «nenhum produto protege completamente contra as radiações UV» e que «não existem protetores completamente resistentes à água, pelo que é necessário reaplicar o protetor solar após os banhos».
FAÇA DA ALIMENTAÇÃO UMA ALIADA A par da proteção solar adequada, os cuidados com a exposição solar devem começar logo no prato, esclarece a nutricionista Helga Teixeira. Para além de protegerem a pele dos malefícios do sol, os alimentos ricos em antioxidantes também ajudam a recuperar melhor dos seus efeitos. Assim, reforce a ingestão de «legumes e frutas no geral, mas, principalmente, de frutos vermelhos ou silvestres, uvas, citrinos e quivi, pois são muito ricos em vitamina C e outros antioxidantes», recomenda a nutricionista. Também os frutos secos, sementes e peixes gordos, como salmão, sardinha e cavala, deverão ser privilegiados e os alimentos ricos em betacarotenos, como por exemplo, a cenoura, o tomate e o melão, estimulam a produção de melanina e ajudam a prolongar, de forma saudável, o bronzeado. E não se esqueça: Mantenha-se hidratado! «Uma boa hidratação também protege a pele e ajuda a prolongar o bronzeado, pelo que deverá beber água ou infusões regularmente e consumir alimentos com elevado teor de água, como frutas e legumes», finaliza.
PROTEJA-SE DO SOL! A Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo deixa algumas recomendações e cuidados obrigatórios a ter antes de apanhar sol: • A exposição solar deverá ser lenta e progressiva; • Use vestuário adequado e não se esqueça do chapéu e dos óculos de sol; • Evite a exposição solar direta entre as 12 e as 16 horas. No caso das crianças e pessoas de pele mais clara, idealmente, entre as 11 e as 17 horas; • Aplique um protetor solar de fator 30, ou superior, quinze a trinta minutos antes da exposição ao sol (idealmente em casa) e renove a aplicação de duas em duas horas ou após a ida à água; • Informe-se com o médico ou farmacêutico sobre os medicamentos que está a tomar. Assegure-se que não são fotossensibilizantes, como é o caso de alguns antibióticos, anti-hipertensores, anti-inflamatórios, entre outros.
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ANA CATARINA LOPES Nutricionista
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AZIA: CONTROLAR O ARDOR QUE VEM DE DENTRO A pirose, conhecida por azia, afeta uma grande parte da população mundial e está relacionada com os nossos hábitos alimentares. Durante as férias, as mudanças de horários e a quebra de rotinas podem promover um aumento do número de episódios de azia. Proteja-se! Em algum momento, todos já sentimos uma sensação de ardor no peito ou na garganta, acompanhada por um sabor ácido e amargo. A azia é um sintoma comum e estima-se que afete, diariamente, cerca de 7% da população mundial. Apesar do desconforto que causa, quando se torna recorrente é > 40
necessário que o médico estabeleça um diagnóstico, através da avaliação dos sintomas e do historial clínico da pessoa. Os exames de diagnóstico consistem numa endoscopia digestiva alta (permite visualizar a parte superior do trato gastrointestinal, composta pelo esôfago, estômago e o duodeno - primeira porção do intestino
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delgado) e num teste respiratório, que deteta a bactéria mais comum associada a estes sintomas: Helicobacter pylori. Uma vez estabelecido o diagnóstico, o tratamento consiste na mudança de hábitos alimentares, na planificação dos horários das refeições e na prática de uma dieta equilibrada. Nesta fase, o apoio de um nutricionista é essencial. Em situações mais graves, quando os sintomas condicionam o dia a dia, o médico poderá prescrever medicação, nomeadamente antiácidos, para reduzir a secreção de ácido do estômago ou neutralizá-lo. A azia poderá ser um sintoma indicativo de outras patologias mais graves, como inflamações do estômago, úlceras pépticas e/ou cancro, as quais deverão ser despistadas por um médico gastroenterologista. A automedicação é contraindicada para estas situações, uma vez que poderá mascarar doenças mais graves. A DIFERENÇA ENTRE AZIA E REFLUXO Ao falarmos de azia, é importante distingui-la do refluxo gastroesofágico, conceitos que são, muitas vezes, confundidos entre si. A azia é um sintoma, já o refluxo gastroesofágico ocorre frequentemente em adultos saudáveis sem provocar doença. A situação de exceção ocorre quando o refluxo passa a patológico e produz sintomas e lesões no esófago que, a longo prazo, poderão causar complicações (Doença de Refluxo Gastroesofágico). O refluxo é definido pela passagem do conteúdo do estômago para o esófago, com ausência de vómitos. Esta condição ocorre frequentemente de forma assintomática, sobretudo após as refeições. É facilmente controlável com medicação acompanhada de medidas preventivas. Os fatores de risco para o desenvolvimento desta patologia são o consumo de alimentos ácidos e/ou cítricos (produtos derivados do tomate, laranja e limão), comportamentos aditivos como
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AZIA NAS FÉRIAS? ATENÇÃO AO QUE COME! Durante o período de férias é frequente existirem alterações nas nossas rotinas e nos nossos hábitos alimentares. E, na verdade, estes são os principais motivos que potenciam o aumento de episódios de azia. A falta de horários regulares para realizar refeições e o aumento da frequência de idas a restaurantes acabam por condicionar a qualidade da nossa alimentação. A redução da prática de exercício físico, a ingestão de maiores quantidades de alimentos e o aumento do peso estão igualmente no leque de fatores que propiciam o aparecimento das crises. O facto de vivermos alguns dias de forma mais relaxada, também potencia o aumento do consumo de bebidas alcoólicas, quer à refeição quer durante a tarde ou até ao serão. O consumo destas bebidas e o tabagismo estão diretamente associados a um aumento dos episódios de azia. Existem ainda outros comportamentos que favorecem estes sintomas: Comer rápido sem mastigar bem os alimentos, ingerir bebidas geladas e gaseificadas e deitar-se após as refeições. Assim, recomendamos que realize as suas refeições sem pressa, mastigando sempre muito bem os alimentos, e que opte por uma ementa saudável e ligeira, pobre em gorduras e molhos. Idealmente, também deverá controlar o consumo de álcool, reduzir o número de cigarros diários e aumentar a prática de exercício físico, como caminhadas ou corridas.
o consumo de álcool e tabaco, alguns fármacos específicos, como os contracetivos orais, a obesidade, condições clínicas como a gravidez e patologias como a hérnia do hiato. CONTROLAR OS EPISÓDIOS DE AZIA Quem sofre de azia conhece bem os seus fatores de risco: A ingestão de alguns alimentos, os horários irregulares para as refeições, a prática de atividade física intensa após as refeições, os hábitos sedentários (estar deitado ou sentado durante longos períodos), nomeadamente com o estômago cheio. Inclui-se também a utilização de roupa apertada, o stress, o excesso de peso ou comportamentos aditivos como o consumo de álcool, tabaco, o uso de fármacos como progesterona e relaxantes musculares. Condições médicas como a gravidez ou alimentação por sonda nasogástrica, Diabetes ou situações mais graves do trato esofágico poderão também contribuir para o aparecimento destas crises. Os alimentos que espoletam sintomas mais frequentemente são bebidas gaseificadas e/ou alcoólicas, chocolate, alimentos ácidos ou cítricos (laranja, limão e toranja), bebidas com cafeína (café e chá preto), alimentos ricos em gordura e açúcares (bolos e molhos) e temperos picantes (pimentas). Conhecendo as causas é mais fácil controlar as crises. Esteja atento ao que ingere e sinta-se bem!
SIGA ESTES CONSELHOS! Conheça 10 passos essenciais que o vão ajudar a reduzir os episódios de azia: 1. Conheça-se a si mesmo! Identifique as causas para os seus sintomas de azia e adote medidas de prevenção. No caso dos alimentos, deverá evitar os que irritam o seu estômago; 2. Faça as suas refeições calmamente, sem pressa, e mastigue bem os alimentos. A mastigação facilita o processo de digestão e a azia é mais frequente quando comemos rápido; 3. Selecione o tipo de confeção dos alimentos. Não importa apenas a quantidade de alimentos que con-
some, mas também o tipo de alimentos. Por exemplo, as batatas fritas são ricas em gordura, um dos principais responsáveis pelo aparecimento da azia! Opte por assar no forno as batatas e adicione pouca gordura. As batatas ficam estaladiças e o teor de gordura será muito inferior!; 4. Se for convidado para fazer uma refeição em casa de amigos e/ou familiares, escolha os pratos que realmente gostava de experimentar e opte por consumir quantidades moderadas; 5. Cuidado com os snacks e os aperitivos! Com o crescente número de convívios com a família e amigos, pecamos pela ingestão excessiva de aperitivos (por exemplo, rissóis e croquetes). Deixamos-lhe algumas sugestões de aperitivos saudáveis, para quando tiver de organizar convívios: Palitos de cenoura, patê de atum ao natural com queijo quark, camarão cozido, queijo fresco, tomate cherry, mozarela, salmão fumado ou palitos de fruta da época; 6. Também é possível comer sobremesa de forma saudável. Fruta fresca variada, gelado de iogurte ou sorvete de fruta, parfait de frutas e iogurte com aveia, são algumas opções de sobremesas para os convidados se deliciarem, de forma saudável e sem azia; 7. Levante-se e mexa-se! Depois de uma refeição mais calórica e exagerada, a tendência é deitarmonos no sofá para dormir ou ver televisão. Não ceda à inércia que potencia estes episódios de refluxo ou azia. Faça uma caminhada e procure manter-se ativo; 8. Atenção às bebidas alcoólicas: estas favorecem os episódios de azia. Conheça os seus limites e beba com moderação, pausadamente e em pequenos goles, de forma a não ingerir mais do que dois copos de vinho; 9. Programe as suas refeições com antecedência! Assim conseguirá uma gestão mais eficiente dos alimentos que consome e evitará refeições rápidas, desequilibradas e calóricas; 10. Planeie com antecedência a gestão dos episódios de azia. Se já sabe que tem propensão para apresentar sintomas de azia, tenha cuidado com a sua alimentação, faça escolhas adequadas e tenha a sua medicação sempre consigo. Siga as nossas recomendações e garanta um estilo de vida mais saudável com menos sintomas. Não deixe que a azia estrague as suas férias!
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> RECEITA SAUDÁVEL
INGREDIENTES (4 PESSOAS) 320G DE MASSA TALHARIM 200G DE CAMARÃO 4 TOMATES 50G DE RÚCULA 2 DENTES DE ALHO 4 FOLHAS DE MANJERICÃO 2 COLHERES DE SOPA DE AZEITE SAL E PIMENTA Q.B.
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Informação Nutricional por dose: Calorias (kcal) 370 | Lípidos (g) 6 | Hidratos de Carbono (g) 68 | Proteína (g) 16
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TALHARIM COM CAMARÕES E RÚCULA MODO DE PREPARAÇÃO: Coloque a massa a cozer al dente, com bastante água e sal q.b. Corte os tomates em cubinhos, sem as sementes, e coloque numa tigela. Acrescente aos tomates as folhas de manjericão cortadas com as mãos. Tempere com sal e pimenta e deixe repousar. De seguida, pique a rúcula juntamente com os dentes de alho. Doure-a lentamente com o azeite numa frigideira antiaderente. Junte os camarões e tempere com sal e pimenta q.b. Deixe cozer durante 3-4 minutos. Escorra a massa e junte à frigideira dos camarões. Salteie durante 1 minuto. Junte os tomates, misture tudo, aromatize com pimenta e coza durante mais alguns minutos. Sirva quente. Receita adaptada de: Bonomo, Giuliana; Receitas light saudáveis e saborosas; Editora: Everest > 44
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CAMARÃO O camarão é um tipo de marisco, dos mais consumidos em Portugal, com presença assídua nas nossas quadras festivas. É um alimento baixo em calorias, mas com uma riqueza nutricional assinalável. Fornecedor de nutrientes como o selénio, vitamina B12, fósforo, cobre, zinco, magnésio e iodo. Contudo, o camarão continua a ter uma má reputação pelo seu alto teor de colesterol. No geral, o camarão é um alimento saudável, que poderá fazer parte de um padrão alimentar equilibrado.
AF DULCOLAX Insercao Revista Holon 210x275.pdf
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> VIVA MAIS
MINIGOLFE
O DESPORTO QUE JUNTA A FAMÍLIA O minigolfe é uma atividade conhecida pelos momentos de diversão que proporciona, especialmente em família. Mas a sua prática também traz benefícios para a saúde. Vai uma partida? A origem do minigolfe não é consensual. Holandeses, chineses, franceses, escoceses, todos eles reclamam terem sido os pioneiros na prática desta modalidade. Dilemas à parte, foi no século XX que o minigolfe se tornou popular na Grã-Bretanha. Surgiu como alternativa ao golfe, com o objetivo de ser um desporto menos elitista e, portanto, mais acessível e democrático. Hoje é uma modalidade em crescimento que reúne adeptos um pouco por todo o mundo e é, para muitos, mais interessante do que o próprio golfe. O objetivo do jogo é simples: colocar a bola no buraco com o menor número possível de tacadas. É jogado em parques apropriados, com um ou mais percursos delimitados e com desenhos
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diferentes, podendo ser praticado por lazer ou ao nível de competição. Túneis, rampas e moinhos são alguns dos obstáculos que dificultam a missão e que contribuem para a diversão dos jogadores e para o sucesso deste desporto. MAIS SAÚDE E DIVERSÃO Considerada uma atividade de família por poder ser praticada em qualquer idade e promover o convívio social, o minigolfe é uma atividade divertida e com muitos benefícios para a saúde. Seja praticada em competição ou apenas por lazer, Ananias Quintano,
presidente da Federação Portuguesa de Minigolfe (FPM), afirma que este desporto é um poderoso antidoto contra a inatividade física: «Proporciona o exercício do corpo e da mente, além de unir famílias e amigos antes, durante e depois de cada partida». A sua prática traz ainda outras vantagens, como «o prazer do jogo, o facto de ser praticado ao ar livre e a ginástica mental da escolha de bola para cada pista em função do clima e dos desafios», sublinha. Ao mesmo tempo, e sem se dar conta, promove o bem-estar, autoestima e autoconfiança, a destreza mental, o foco e a concentração, bem como a competição saudável. E, claro, é ainda um poderoso relaxante, pois durante a sua prática libertamos endorfinas, as hormonas associadas ao prazer e à felicidade. TODOS A JOGO O minigolfe é um desporto bastante acessível e democrático, como refere Ananias Quintano. «É uma modalidade que poderá ser praticada por todos. Temos atletas a jogar as provas oficiais dos 10 anos mais de 80», acrescenta. Poderá ser jogado em campos específicos para a atividade, mas também em escolas, jardins de infância, centros de geriatria ou na sua própria casa. E, ao contrário do golfe clássico, não é necessário um grande investimento financeiro. «No minigolfe basta adquirir um taco, que custa entre 30 e 100€ e um mínimo de 10 bolas, num investimento total de 200€. Depois é só usar num qualquer campo disponível», explica o presidente da FPM. Outra opção passa por praticar a modalidade num dos vários campos oficiais de minigolfe que existem no país. A entrada contemplará o uso do campo
e o material (taco e bolas). Ananias Quintano não tem dúvida que o minigolfe é um desporto para todos e recomenda que os interessados visitem o site da FPM para obter mais informações.
AS REGRAS DO JOGO O minigolfe apresenta um conjunto de 27 pistas, das quais 18 constituem um circuito. A bola é jogada com o taco seguro sempre com ambas as mãos. Cada jogador poderá, no máximo, dar seis tacadas por buraco. Se não conseguir finalizar a pista, às suas contas acrescenta-se uma outra tacada de penalização, tendo o jogador de seguir para o buraco seguinte. Ao contrário do golfe, no minigolfe o jogador necessita, na maioria das vezes, apenas de um único taco e de uma variedade bolas que se distinguem por características como salto, dureza, peso, tamanho e rugosidade. O motivo para a existência de várias bolas relaciona-se com fatores como o campo e as condições atmosféricas. Fica a dica: Geralmente, com bom tempo usam-se bolas mais rápidas!
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ISABEL CONCEIÇÃO Farmacêutica
> DERMOFARMÁCIA HOLON
O SOL DEIXA MARCAS É no final do verão que notamos um agravamento das manchas na pele. O excesso de exposição solar, em especial sem proteção, acelera a produção da melanina, que se acumula de forma indesejada. Descubra como atenuar as manchas. Os dias mais quentes pedem roupas frescas e a pele mais exposta. É assim que nos damos conta de manchas mais escuras na nossa pele. Não é por acaso que surgem nas zonas do corpo mais expostas ao sol - face, mãos, ombros, braços e peito. Apesar de indolores, a verdade é que as manchas, também conhecidas por hiperpigmentação, são inestéticas e desagradáveis à vista. Entre as manchas mais frequentes, encontram-se as sardas ou efélides, o melasma, que surge no rosto e está associado a fatores genéticos e hormonais, as manchas de idade ou lentigos solares, que aparecem normalmente com o avançar da idade no rosto e nos braços, e a hiperpigmentação pós-inflamatória, que surge após a acne, queimaduras ou feridas. Estas manchas surgem porque a melanina - o pigmento natural castanho responsável pela proteção da pele contra os efeitos nocivos da radiação solar - é produzida em excesso, acumula-se e torna o tom da pele mais escuro em algumas zonas. A exposição solar excessiva, de longa duração e pouco cautelosa, é uma das principais causas que poderá estar na origem da produção excessiva de melanina. Mas acaba também por agravar o problema, escurecendo ainda mais as manchas, independentemente da sua causa. COMO TRATAR A HIPERPIGMENTAÇÃO? Atualmente, existem diferentes tipos de produtos cosméticos com ação despigmentante, que reduzem a produção de melanina,
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atenuando as manchas e deixando a pele mais uniforme. Durante os tratamentos, seja persistente! Os resultados poderão não ser imediatos e dependem da causa da hiperpigmentação. Existem outros tratamentos com efeitos positivos na remoção das manchas na pele: laser, luz pulsada e peeling’s. Seja qual for a sua escolha, complemente os seus tratamentos com proteção solar diária.
EVITE AS MANCHAS NA PELE! A proteção solar é o primeiro passo para evitar o aparecimento de hiperpigmentação. Mantenha a sua pele mais saudável, protegida e jovem aplicando todos os dias um produto com Fator de Proteção Solar (FPS) adequado ao seu tipo de pele. Ainda assim, evite a exposição solar excessiva, sobretudo nas horas de maior calor. Se já tem predisposição para o aparecimento de manchas na pele, aplique um produto despigmentante, antes do protetor solar. Aconselhe-se com os nossos profissionais, numa Farmácia Holon perto de si.
> ENTREVISTA ESPECIAL
Fotografia: Leonor Fonseca | Elite Lisbon
TERESA TAVARES «SOU APAIXONADA PELA MINHA PROFISSÃO» Apareceu pela primeira vez no ecrã na novela Jardins Proibidos e, desde então, nunca mais parou. Representar é uma paixão e um privilégio para Teresa Tavares, mas a atriz também é uma mulher de causas, que adora partir, de mochila às costas, à descoberta do mundo. H - ESTREOU-SE COMO ATRIZ EM 2000. COMO NASCEU ESTA VONTADE? TERESA TAVARES (TT) - Acho que me apaixonei pelo cinema com todos os filmes que vi e que ia buscar ao clube de vídeo. Um dia troquei as aulas de piano por aulas de teatro e senti-me mais livre do que nunca em cima do palco. Aí percebi que queria era ser atriz. Comecei a ter aulas de teatro com a Inestética Companhia Teatral, em Vila França de Xira, até
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que um dia soube de um casting aberto ao público para a novela “Jardins Proibidos”. Meti-me num comboio, vim a Lisboa fazê-lo e fui escolhida. H - TEATRO, CINEMA OU TELEVISÃO. EM QUE ÁREA GOSTA MAIS DE TRABALHAR? TT - É impossível escolher. Sou apaixonada pela minha profissão e poder fazer teatro, cinema e televisão é um privilégio.
H - DE TODAS AS PERSONAGENS QUE FEZ, QUAL FOI A QUE MAIS A MARCOU? TT – Não consigo escolher uma. Aprendi com todas e isso é extraordinário. Obviamente que, olhando à distância, há momentos que são muito marcantes, não só pela personagem em si, mas pelas circunstâncias e pelo que trouxeram para a minha vida. Mas a mais desafiante é sempre a que se está a fazer no momento. H - FOI MÃE NO INÍCIO DO ANO. COMO ESTÁ A SER A AVENTURA DA MATERNIDADE? TT - Está a ser uma belíssima aventura, cheia de desafios e muitas alegrias.
H - É CONHECIDO O SEU GOSTO POR VIAJAR, EM ESPECIAL DE MOCHILA ÀS COSTAS! ALGUMA RAZÃO ESPECIAL PARA O FAZER? TT - Viajar é das melhores coisas da vida. Conhecer novos lugares, pessoas com hábitos diferentes, partilhar experiências com elas, ver o mundo por outro ângulo. Gosto de viajar de mochila às costas quando vou para longe muito tempo porque é mais prático e, na verdade, não precisamos de muitas coisas. Mas quando viajo para cidades também gosto de ficar num bom hotel e fazer um plano de espetáculos e exposições para ver, e de restaurantes para experimentar. H - O QUE É QUE MAIS GOSTA DE FAZER NOS SEUS TEMPOS LIVRES? TEM ALGUM HOBBY? TT - Continuo a adorar ver filmes, ler e viajar. Durante a quarentena retomei as colagens, que não fazia há algum tempo. E não dispenso uma boa conversa ao pôr do sol com os amigos acompanhada por um bom vinho e umas belas amêijoas. Ou caracóis. Ou perceves. Ou camarão. Ou choco frito. Adoro isso tudo! H - PREOCUPA-SE COM A SUA IMAGEM E SAÚDE? TT - Bebo sempre 2 litros de água por dia e tento levar uma alimentação equilibrada. Não faço restrições porque adoro comer, mas vou gerindo as doses! Danço, faço yoga e bicicleta e vou ao ginásio, todas as semanas. Também faço massagens drenantes e tonificantes que ajudam a manter a saúde e a linha.
Fotografia: Leonor Fonseca | Elite Lisbon
H - A TERESA É TAMBÉM UMA MULHER DE CAUSAS. QUANDO É QUE DESPERTOU PARA A QUESTÃO DA IGUALDADE DE GÉNERO? TT - Ela sempre esteve cá. Com o passar dos anos, tornou-se claro que tinha de agir e usar a projeção que tenho para falar do assunto e contribuir para uma mudança de mentalidades. Há um longo caminho a percorrer para se chegar a uma real igualdade de géneros. E não é só de géneros.
TERESA TAVARES Nome completo: Teresa Tavares Idade: 37 anos Onde nasceu: Azambuja Filme preferido/que a tenha marcado: “Persona”, de Ingmar Bergman; “Cidade de Deus”, de Fernando Meirelles; “Blue Valentine”, de Derek Cianfrance; ou “Pedro, o Louco”, de Jean-Luc Godard Livro preferido/que esteja a ler: “Os Passos em Volta”, de Herberto Helder. Agora estou a ler “Serotonina”, de Michel Houellebecq Música: “Under the Table”, do álbum “Fetch the Bolt Cutters”, de Fiona Apple Viagem (que já tenha feito ou que gostasse de fazer): A Ilha do Príncipe e Nova Iorque foram destinos muito marcantes. Quero muito ir a Moçambique, Japão, Índia e Chile Comida preferida: Adoro comida tailandesa, petiscos portugueses e queijos
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> AO SERVIÇO DA COMUNIDADE
INÊS SOUSA Presidente da Associação Pedagógica e de Reabilitação de Albarraque
QURA
QUANDO OS ANIMAIS AJUDAM NA TERAPÊUTICA Há um lugar em Albarraque onde pessoas, cães e cavalos se entreajudam. O projeto QURA recorre aos animais como aliados nas sessões de terapia assistida de casos como o autismo, paralisia cerebral ou perturbações do foro intelectual, físico ou emocional. Mas há muito mais a descobrir.
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Desde tempos remotos que se conhece a forte ligação entre o Homem e alguns animais. Para além de companheiros fiéis, muitos se têm revelado verdadeiros aliados terapêuticos na promoção do bem-estar e da saúde. O projeto QURA – Associação Pedagógica e de Reabilitação de Albarraque -, nasceu em 2012, numa quinta do concelho de Sintra e, desde então, intervém em diversas áreas da saúde, através de terapia assistida por cães e cavalos e dão um contributo valioso na melhoria das competências físicas, cognitivas, emocionais e sociais daqueles que procuram apoio. A Molly, o Jimi e o Cooper são três dos terapeutas de quatro patas disponíveis para ajudar aqueles que procuram o centro de terapias especializado, sobretudo nas áreas da psicologia clínica, psicomotricidade e Intervenções Assistidas por Animais (IAA). Com o apoio dos terapeutas humanos, os pacientes desenvolvem diversas atividades consoante os objetivos que pretendem atingir. UM ESPAÇO DIFERENTE E INCLUSIVO Todos são bem-vindos, desde crianças a idosos, sendo que estas terapias são mais procuradas no apoio a casos clínicos de autismo, paralisia cerebral ou perturbações do foro intelectual, físico ou emocional. Um dos segredos está no facto de estas promoverem a interação e as relações sociais, de atuarem ao nível da aquisição de maior autonomia e no desenvolvimento das capacidades de linguagem e movimento. Inês Sousa, psicóloga clínica e fundadora da QURA, relembra o início do projeto, quando as equipas de profissionais da área da saúde e de treino animal se juntaram para recuperar um espaço, uma quinta em Albarraque. «Existia a perceção de que disponibilizar, num só espaço, as Terapias Convencionais e as Terapias Assistidas por Animais traria grandes vantagens aos utentes», ou seja, para além de evitar deslocações, permitiria uma maior proximidade entre o utente, os técnicos e o espaço terapêutico, e uma melhor articulação entre a equipa técnica que intervém junto de cada pessoa. Recuperado o espaço, o centro de terapias especializado começou por disponibilizar «atividades para crianças e escolas, treino de cães e serviços terapêuticos para a comunidade, quer no espaço próprio quer fora», explica a responsável, salientando que estes serviços são, na maioria dos casos, na área das Terapias Assistidas por Animais.
MAIS-VALIA DA TERAPIA COMPLEMENTAR Mas o papel da QURA, como Inês Sousa salienta, vai mais além da intervenção tradicional e pretende dar uma resposta holística que combina os saberes terapêuticos convencionais com uma vertente ecológica e naturalista. «A equipa de profissionais do projeto QURA tem procurado criar um espaço terapêutico de confiança e qualidade, no sentido de atender às necessidades e melhorar a qualidade de vida de cada pessoa», esclarece. Por isso, o projeto procura também servir a comunidade de forma mais alargada, «englobando serviços e objetivos como aulas de socialização e de treino canino, formações em parceria com entidades reconhecidas a nível nacional e internacional, promover atividades de lazer e aprendizagem ao nível da agricultura biológica, da ecologia e proteção da natureza e dos animais». Com a porta da instituição aberta para quem quiser usufruir dos vários serviços que a QURA proporciona, a psicóloga adianta que existe também a valência de «a equipa se deslocar para prestar os serviços ao domicílio, nas escolas, instituições e lares/residências». REFORÇAR O CONHECIMENTO Apesar de as terapias de intervenção assistida com animais estar amplamente documentada pelo mundo, a realidade portuguesa parece estar ainda aquém do desejável. «É uma área em crescimento e relativamente recente em Portugal, pelo que existe a necessidade de dar a conhecer a sua importância e os seus benefícios no complemento às terapias convencionais», defende Inês Sousa. Outro desafio com que o projeto QURA se debate, revela a responsável, prende-se com o facto de, por vezes, ainda existir alguma resistência na entrada dos animais em alguns espaços. Algo que, refere, começa a mudar. A responsável indica ainda que a QURA organiza workshops nas áreas relacionadas com terapias e animais e também apoia as famílias que necessitem de apoio ao nível do treino canino.
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> SAÚDE ANIMAL
ANTÓNIO MIEIRO Médico Veterinário
CUIDADO COM A FEBRE DA CARRAÇA As carraças são parasitas externos que se alimentam do sangue, não só do cão e do gato, mas também do Homem. Estas tendem a aparecer com maior incidência nos meses quentes do ano. No entanto, por efeito das alterações climatéricas, hoje a sua presença é uma constante. O termo “febre da carraça” está, como o próprio nome indica, relacionado com uma doença transmitida pela picada da carraça. Assim, no momento da picada, ao se alimentar do sangue do hospedeiro, a carraça está também a injetar o agente etiológico desta doença, sendo os mais frequentes a Babesia spp., Erlichia spp. e a Rickettsia spp. Ficando o nosso animal de estimação contaminado, este poderá atuar como reservatório da doença. Ou seja, se uma carraça se alimentar do seu sangue e, posteriormente, for picar um ser humano, este ficará, também, infetado. Trata-se, portanto, de uma zoonose. Os sintomas desta condição são um pouco inespecíficos e incluem prostração, falta de apetite, perda de peso, depressão, mucosas pálidas, anemia, gânglios linfáticos aumentados, dor
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articular manifestada por alterações na locomoção, e febre alta – sintoma que acaba por conferir o nome a esta doença. O tratamento é feito através da administração de um antibiótico (escolhido em função do agente etiológico). Em casos mais graves, se o quadro clínico evoluir para a desidratação e anemia severas, poderá ser necessária uma transfusão de sangue e fluidoterapia. Nos casos mais ligeiros e diagnosticados atempadamente o prognóstico é, geralmente, positivo. Assim, e por se tratar de uma doença grave e zoonótica, esta deverá ser evitada ao máximo. O modo mais eficaz de a evitar é fazendo uma boa prevenção no controlo das carraças do seu animal de estimação, através do uso de um desparasitante externo, com ação repelente das mesmas, e que cause a morte por contacto direto, como as pipetas, as coleiras e o spray.
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