Revista H#05

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Publicação biMesTRal Nº 5 aNo 2013 > NoveMbRo/dezeMbRo

PIEIRA TOSSE DPOC EXPETORAÇÃO

POLUIÇÃO TABAGISMO

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DPOC DPOC INFEÇÕES RESPIRATÓRIAS POEIRAS POEIRAS FADIGA TOSSE

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DPOC TOSSE OXIGENOTERAPIA POEIRAS

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TABAGISMO

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«Mudança de estilo de vida é urgente»

ESPIROMETR

TABAGISMO DIAGNÓ DIAG

OXIGENOTERAPIA

PReveNção da diabeTes

DPOC TOSSE

iNgesTão de hidRaTos de caRboNo Na diabeTes



Índice

EDItOrial

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Editorial

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Atualidade

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Diagnosticar precocemente é o melhor remédio exista uma abordagem rápida e eficaz de algum responsáveis por múltiplas complicações, este

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diagnóstico inicial torna-se ainda mais importante. Estima-se que na diabetes este atraso no diagnóstico possa demorar 7 anos. Um número impressionante para uma patologia que afeta cada vez mais a

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população portuguesa e mundial. E a verdade é que não é pela falta de existência de meios simples e rápidos para se fazer o diagnóstico. Veja-se o exemplo da DPOC, que pode ser diagnosticada com uma simples espirometria e, deste modo, começar o tratamento numa fase inicial, diminuindo as complicações. Sendo as farmácias a primeira linha de atendimento

O que Dizem os Especialistas Prevenção da diabetes «Mudança de estilo de vida é urgente»

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Um diagnóstico precoce é fundamental para que problema de saúde, sendo que nas doenças crónicas,

Opinião Eu quero envelhecer

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Em Foco DPOC «Diagnóstico precoce trava progressão da doença» Um Dia Todas Serão Assim 14 A Intervenção Farmacêutica 15 Calendário & Ações Farmácias 16 Farmácia Holon Amial

Bebé e Mamã O descanso do bebé Dia a Dia Síndrome de apneia obstrutiva do sono Dormir sem repouso Cuide Aqui da sua Saúde DPOC: Não ignore os sintomas! Viva Mais 40 Ingestão de hidratos de carbono na diabetes 42 Triatlo «Grandes benefícios em termos cardiovasculares» 44 Receita saudável

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NOVIDADES

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Saúde Digital

Cuidamos de Si 17 Unhas encravadas 20 Acne e rosácea

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H Júnior 25 Diverte-te 26 Trocado em Miúdos 28 Dentro & Fora de Casa 29 Une os Pontos e Pinta o Mimos

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Atuar Respira DPOC: «90% dos doentes são fumadores» Breves

no nosso atual sistema de saúde, têm um papel fundamental no alerta deste tipo de situações e no encaminhamento para o profissional de saúde adequado, para que se possa confirmar o diagnóstico

Edição: Hollyfar – Marcas e Comunicação, Lda. – Rua Aquiles

e iniciar o tratamento mais adequado.

Machado, nº 5F 1900-077 Lisboa

É fundamental o despertar de consciências para uma

Coordenador Editorial: Joana Bagagem (Holon) e Rita Lopes

intervenção cada vez mais precoce e eficaz, sendo

(Hollyfar) • Colaboram nesta edição: Ana Albernaz, Ana

que tal só se consegue com uma aposta forte e

Rita Marques, Carmen Silva, Fernando Soares, João Neto, Lisa

sustentada no bem mais precioso que possa existir

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na área da saúde: o conhecimento científico. Esta é uma trave mestra da política das Farmácias Holon,

Publicação bimestral • E-mail: revistah@grupo-holon.pt •

em que as suas equipas são altamente treinadas para

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estarem sempre atualizadas nas diversas áreas de

assinados apenas veiculam a posição dos seus autores.

saúde do âmbito da farmácia e motivadas para pôr

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Pedro Diamantino Diretor

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atualidade

«Portugueses devem declarar guerra ao consumo abusivo de antibióticos» O diretor-geral da saúde defendeu, no dia 26 de setembro, que Portugal tem um problema de resistência às infeções, pelo que os portugueses devem declarar guerra ao consumo abusivo de antibióticos. «Temos um problema em Portugal que é, sobretudo, a resistência das infeções e, uma vez que as bactérias são resistentes, os antibióticos deixam de fazer efeito. Isto é um problema absolutamente dramático, todos nós temos de combater este problema em conjunto, não são só os médicos», afirmou Francisco George, acrescentando que «todos os portugueses devem declarar guerra ao uso abusivo e indevido de antibióticos e trabalharmos no sentido de reduzir a taxa de resistência que é alta no nosso país». O responsável, que falava aos jornalistas à margem do 3º Congresso Ibérico dos Serviços de Urgência dos Hospitais EPE (entidades públicas empresariais), no qual foi orador, no Funchal, sublinhou que «não devemos usar antibióticos por iniciativa própria, a chamada automedicação é absolutamente uma contraindicação», referindo que «o antibiótico é um medicamento muito importante, tem de ser guardado, tem de ser preservado e deve ser tomado, exclusivamente, por prescrição médica» e, «em regra, nunca mais de cinco dias». «Há doenças, como infeções respiratórias, que são provocadas por vírus, e as doenças de natureza viral não devem ser tratadas com antibióticos, porque os antibióticos só fazem efeito a combater indicações de natureza bacteriana», alertou o diretor-geral da saúde, citado pelo “Jornal de Notícias”. Francisco George frisou que «não são os cidadãos que podem saber se têm uma infeção bacteriana ou viral, são os médicos, depois de determinados exames, e este é um trabalho de grande seriedade». 4

Meio milhão de utentes

Rastreio: Alentejo é a região

excluídos das listas do SNS

com mais casos de cancro

Entre janeiro e setembro deste ano cerca de meio milhão de utentes foram excluídos das listas do Serviço Nacional de Saúde (SNS), no âmbito do processo de atualização dos inscritos promovido pelas Administrações Regionais de Saúde, apontou o “Jornal de Notícias”. A Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) passa assim a contabilizar 10,2 milhões de utentes. A “limpeza” das listas do SNS – que exclui utentes com várias inscrições ou que já morreram – é considerada uma prioridade do Ministério da Saúde para este ano, que pretende que mais pessoas tenham acesso ao médico de família. Os dados de um relatório mensal da ACSS revelam ainda que o número de pacientes com médico de família aumentou de 84,5% para 88,2%, entre janeiro e setembro, sendo esperada uma subida mais acentuada até ao final do ano.

INEM renova frota de ambulâncias O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) vai adquirir 75 ambulâncias de emergência médica com a finalidade de substituir parte da sua frota de viaturas, bem como de ambulâncias disponibilizadas aos seus parceiros bombeiros, no âmbito dos protocolos de Posto de Emergência Médica celebrados. Segundo o “Portal da Saúde”, estas ambulâncias vão também ser utilizadas para dar continuidade ao plano do Instituto para melhorar a eficiência e a capacidade de resposta do Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM), apostando no reforço da cobertura de meios de emergência pré-hospitalar no território de Portugal Continental. O INEM conta atualmente com 262 postos de emergência médica em corporações de bombeiros no território de Portugal Continental, aos quais estão atribuídas 272 ambulâncias do Instituto. Já no que diz respeito a meios operados diretamente pelo INEM contabilizam-se, atualmente, 51 ambulâncias de emergência e 36 ambulâncias de suporte imediato de vida (SIV).

da mama Os resultados de um rastreio, apresentado no dia 20 de setembro pela Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), revelam que a região do Alentejo é a mais preocupante do país, pois «tem uma taxa de deteção superior ao que se esperava e penso que se deve à falta de acesso à mamografia. O exame não é feito e o rastreio, antigo e bem organizado, acaba por encontrar mais casos de cancro», explicou ao “Expresso” Vítor Rodrigues, professor de Medicina na Universidade de Coimbra e representante da Liga. A análise à informação recolhida (desde 1997 no Alentejo e de 2001 na região de Lisboa) indica ainda que das cerca de 60 mil mulheres entre os 45 e os 69 anos rastreadas por ano, 3% a 5% são encaminhadas para uma consulta de aferição. «Em caso de dúvida, conseguimos chamar as mulheres uma a duas semanas depois para irem ao nosso consultório, junto ao IPO de Lisboa», destacou o médico. O objetivo é clarificar os resultados obtidos na primeira mamografia, por exemplo, repetindo o exame e realizando outros. Do pequeno grupo que tem de repetir o exame, 95% das mulheres não vê confirmados os receios iniciais de cancro e apenas 5% são reencaminhadas para o hospital por terem uma lesão maligna. Mas, segundo o especialista, consegue haver boas notícias, pois «os tumores detetados são muito pequenos, ainda no início, e são mais fáceis de tratar», acrescentando, por outro lado, que «todos estes números são compatíveis com os países europeus». A Liga mostrou-se satisfeita com a organização e com os resultados, mas admite que é preciso melhorar a taxa de participação. «Por ano, fazemos 100 a 120 mil convocatórias, mas apenas 60 mil rastreios são realizados». O Algarve não foi incluído, uma vez que tem um rastreio próprio e não faz parte da LPCC.



OPINIÃO

Eu quero envelhecer Lembro-me de uma entrevista ao magnífico ator brasileiro Paulo Autran, em que lhe perguntaram qual era o segredo para continuar a subir aos palcos com os seus vigorosos 84 anos. Respondeu: “o segredo é gostar de viver! E como para viver mais é necessário envelhecer então eu quero envelhecer!”. Envelhecer com qualidade é um dos grandes desafios que se colocam, com o aumento da esperança de vida e consequente envelhecimento populacional. É um processo que se compreende como algo inevitável, mas também pode ser entendido como mais uma etapa da vida onde é possível continuar a ter um papel ativo e gratificante.

Fernando Soares, Diretor técnico da Farmácia Soares

Estamos todos convocados: Estado, Privados e Sociedade Civil. No plano da Saúde, Portugal atravessa uma fase de mudança que representa um novo paradigma social, contendo múltiplas oportunidades para um país que necessita de superar um contexto marcado pelas ineficiências do sistema de Saúde. As palavras “prevenção” e “sustentabilidade” parecem ter desaparecido da nossa língua... pior, das nossas ações! Na farmácia, conhecemos bem a realidade dos idosos, para quem envelhecer pode ser sinónimo de sofrimento e até de exclusão social. Como enfrentar estes desafios é uma questão particularmente importante para as Farmácias Holon: há já algum tempo que, antecipando algumas tendências, temos vindo a procurar os meios e serviços adequados para proporcionar um envelhecimento de qualidade. Servir e apoiar os idosos para que o aumento da esperança de vida se reflita no aumento da esperança na vida.

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Concretamente, os nossos serviços de Consulta Farmacêutica e de Preparação Individualizada da Medicação são dois exemplos do conjunto de meios que vigoram nas Farmácias Holon para dar uma resposta efetiva ao sofrimento na doença: a promoção da utilização racional dos medicamentos. Estes serviços dão resposta a todos os doentes polimedicados e a sua sensibilidade face às vulnerabilidades dos doentes idosos é extraordinária. No caso específico de um doente idoso com perda de memória, existe o risco elevado de não cumprir corretamente a toma dos medicamentos de acordo com a posologia prescrita pelo médico e/ou o risco elevado de desenvolver novas doenças resultantes da interação entre medicamentos. Trata-se de um doente que incorre no risco de não aderir à terapêutica, não atingindo os seus objetivos e agravando o seu estado de saúde. Estes serviços, preconizados pelas Farmácias Holon, são um apoio fundamental na eliminação daqueles riscos e oferecem as ferramentas necessárias para que os doentes idosos utilizem racionalmente os seus medicamentos. É este o ponto fundamental para que ganhem anos de vida e diminuam o sofrimento evitável. Com este apoio, ajudamos a reduzir a duração da doença, a diminuir as incapacidades dos doentes e a aumentar a sua funcionalidade física e psicossocial. Colaboramos com os idosos para que envelheçam com qualidade de vida. Envelhecer bem pode ser extraordinariamente belo e um padrão para inspirar o caminho dos mais novos.


O QUE DIZEM OS ESPECIALISTAS

Prevenção da diabetes «Mudança de estilo de vida é urgente» Com a prevalência da diabetes a aumentar em Portugal e o cálculo atual a apontar para 12,7% da população adulta que padece da doença, «ultrapassando 1 milhão de pessoas», é urgente uma estratégia rumo à adoção de um estilo de vida mais saudável e aos cuidados preventivos, defende João Filipe Raposo, diretor clínico da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP). H - Quais os principais cuidados a ter para prevenir o desenvolvimento da doença? João Filipe Raposo - Se para a diabetes tipo 1 não há grandes medidas de prevenção, na diabetes tipo 2 existem muitos estudos que demonstraram que mudanças de estilo de vida, que levam à redução do peso, previnem ou atrasam o aparecimento de diabetes. Porque há dificuldade na implementação destas medidas, têm de existir programas adequados às várias populações, com envolvimento de equipas multidisciplinares devidamente treinadas nas técnicas de educação. É também fundamental estender estes programas de prevenção para fora das equipas de saúde, com maior envolvimento de toda a comunidade.

H - Persistem algumas ideias erradas ou falta de informação da população sobre esta patologia, que é muitas vezes ignorada antes de se procurar um médico. Quais são os erros mais comuns? JFR - O maior problema em relação à diabetes tipo 2 tem a ver com o atraso no diagnóstico que, segundo alguns estudos internacionais, pode ultrapassar os sete anos. Em Portugal, calcula-se que quase 500.000 pessoas que têm diabetes desconhecem este diagnóstico e, portanto, não estão tratadas. É importante que todas as pessoas conheçam o risco de vir a ter diabetes e que, mesmo sem sintomas, procurem e discutam com a sua equipa de saúde que análises deverão fazer (e com que frequência), e que estratégias deverão e poderão adotar para prevenir a diabetes.

H - Qual a importância da Farmácia no diagnóstico e tratamento da doença? JFR - As farmácias podem prestar um apoio de proximidade e de continuidade de vigilância e de processo educativo para a gestão da diabetes. Tal será especialmente importante se os profissionais estiverem, tal como os outros elementos da equipa de saúde, devidamente treinados no acompanhamento da 7


«Em Portugal, calcula-se que quase 500.000 pessoas que têm diabetes desconhecem este diagnóstico e, portanto, não estão tratadas»

doença e integrados num circuito de informação que flua entre os diferentes atores deste processo - médicos e enfermeiros dos cuidados de saúde primários e hospitalares, dietistas/ nutricionistas, profissionais da área do exercício físico, psicólogos, entre outros. É extremamente importante que a informação seja coerente entre todas estas pessoas, sob pena de causar um efeito negativo na pretendida evolução favorável que todos desejam para as pessoas com diabetes.

H - Em época de crise económica, tem notado problemas ao nível da adesão à terapêutica ou controlo da doença? JFR - Em Portugal, os medicamentos para a diabetes, bem como muito do material que é utilizado para administração de insulina e autovigilância da glicemia, têm uma elevada comparticipação por parte do SNS, que pode chegar a 100%. Atendendo às dificuldades económicas, há é o risco de as pessoas terem mais dificuldade em fazer

escolhas saudáveis em relação à sua alimentação e plano de atividade física, ou em manter o seu acompanhamento nas consultas (transportes mais caros, dificuldades laborais), ou ainda na aquisição regular dos seus medicamentos da diabetes ou de outros para doenças associadas (hipertensão e dislipidémia, por exemplo). Seria bom que as pessoas com diabetes discutissem com os profissionais que os acompanham as estratégias alternativas que poderão utilizar neste momento.

Conhecer a doença O crescimento do número de doentes com diabetes tem vindo a trazer igualmente um maior conhecimento sobre a doença, fruto das constantes campanhas de informação. Contudo, ainda há quem confunda os diferentes subtipos. Traços gerais, os dois tipos de diabetes mais frequentes são a diabetes tipo 1 e a diabetes tipo 2. A diabetes gestacional, que surge durante a gravidez, tem também um destaque especial pelos riscos associados à mulher grávida e futuro filho. Diabetes tipo 1 - Geralmente diagnosticada durante a infância ou juventude, surge de forma rápida e associada a sintomas como poliúria (urinar muito), polidipsia (muita sede),

polifagia (muita fome) e emagrecimento. Estes sintomas, associados a um cansaço progressivo e que se pode tornar muito intenso, bem como a alterações de visão, levam a que a pessoa recorra ao médico e que o diagnóstico seja rápido. A diabetes tipo 1 surge porque foram destruídas as células do pâncreas produtoras de insulina (uma hormona fundamental para que o nosso corpo possa utilizar a energia dos açúcares que ingerimos). Para este tipo de diabetes é fundamental e indispensável o tratamento, com várias injeções de insulina ao longo do dia, ou utilização de bomba de insulina. Representa provavelmente cerca de 5% dos casos de diabetes.

Diabetes tipo 2 - Diagnosticada geralmente em idade adulta mais avançada, pode estar presente durante muitos anos sem que haja quaisquer sintomas. Detetada por análises de rotina ou já muito tarde, com o aparecimento de complicações associadas à diabetes, está fortemente associada à obesidade, ao sedentarismo e ao excesso alimentar. O tipo de diabetes mais prevalente (quase 95% dos casos) representa, pelos custos associados, um grande desafio para as políticas de saúde dos vários Estados. O tratamento passa pela adoção de um estilo de vida mais saudável e por associar medicamentos orais ou insulina.

Errata Na última edição da Revista H (nº 4), a fotografia de Maria João Quintela – entrevistada para a rubrica “O que Dizem os Especialistas” (página 7) – é da autoria de Alexandre da Silva. Por lapso, essa informação não foi colocada junto à imagem. Apresentamos as nossas desculpas aos leitores e, em particular, ao visado.

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em foco

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DPOC «Diagnóstico precoce trava progressão da doença» Tem mais de 40 anos, é fumador ou está exposto a poeiras e sofre de tosse persistente ou “catarro”? Então está na hora de realizar uma espirometria, um exame simples que o pode ajudar a detetar e prevenir doenças respiratórias crónicas, entre elas a doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) que, de acordo com dados da Fundação Portuguesa do Pulmão, afeta quase 15% da população nacional.

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EM FOCO

Nas palavras da pneumologista Paula Simão, o diagnóstico precoce da DPOC tem imensas vantagens. «A DPOC pode ser ligeira, moderada, grave e muito grave. Muitos dos diagnósticos são feitos nas fases mais tardias, quando já há muitos sintomas, designadamente quando o doente vem ao Serviço de Urgência por causa de uma constipação ou de uma infeção respiratória. Se nós conseguirmos fazer o diagnóstico e uma intervenção terapêutica eficaz no estadio ligeiro, é muito melhor. Pode até não ser necessário dar medicamentos. Basta que os doentes deixem de fumar. Deixar de fumar é determinante. Os doentes estabilizam e a doença não evolui». Por outras palavras, «o diagnóstico precoce trava a progressão da doença, sobretudo se conseguirmos intervir nos fatores de risco e se a terapêutica for otimizada. Um doente no estadio 2 que deixa de fumar, toma a sua medicação, toma a vacina antigripal e trata atempadamente as exacerbações pode modificar completamente a evolução da sua doença», garante a pneumologista.

Mudar mentalidades

«Um doente no estadio 2 que deixa de fumar, toma a sua medicação, toma a vacina antigripal e trata atempadamente as exacerbações pode modificar completamente a evolução da sua doença», garante a pneumologista Paula Simão

A pensar nas dificuldades do diagnóstico e tratamento da DPOC, em 1998, um grupo de cientistas incentivou o US National Heart, Lung, and Blood Institute e a Organização Mundial da Saúde a formarem a Iniciativa Global para Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease - GOLD). Este relatório de consenso reúne diretrizes para todas as etapas de diagnóstico e tratamento da doença que têm sido seguidas em todo o Mundo. De acordo com a Respira, Associação Portuguesa de Pessoas com DPOC e Outras Doenças Respiratórias Crónicas, o sucesso do tratamento da DPOC não depende apenas da inovação e desenvolvimento de fármacos mais eficazes, mas do envolvimento de todos os profissionais de saúde e da atitude do doente, que deve assumir-se como principal catalisador das mudanças necessárias nos seus hábitos diários. «Aprender a viver com a DPOC significa fazer mais das coisas de que gosta, adotar e manter hábitos de vida saudáveis de modo a maximizar a sua qualidade de vida».

Importância do diagnóstico Contudo, antes de tudo isto há que realizar o correto diagnóstico da doença, que passa, na maioria dos casos, pela espirometria. A farma12

cêutica Natália Oliveira, da Farmácia Diamantino, explica que este exame «é um método que permite avaliar o funcionamento do pulmão, através da determinação do volume de ar que o doente liberta numa expiração imediatamente posterior a uma inspiração máxima. Atualmente é considerado o método mais preciso e confiável que pode ser usado como suporte ao diagnóstico da DPOC, devendo, claro, ser sempre considerada a sintomatologia presente de forma crónica e progressiva (tosse, expetoração, dispneia ou dificuldade em respirar, cansaço fácil com atividade física e pieira) e a eventual exposição a fatores de risco (tabagismo, poeiras e gases inalados)». Apesar de este ser o exame padrão, há casos em que há contraindicações à sua realização, «pelo facto de os procedimentos necessários para a efetuar poderem ser um risco para o doente. Contudo, cada caso deverá ser estudado e avaliado pelo médico assistente. Entre as situações que poderão ser contraindicações à realização da espirometria encontramos: hemoptise (aparecimento de sangue na expetoração) de causa desconhecida; pneumotórax; instabilidade cardiocirculatória; enfarte do miocárdio recente; tromboembolismo pulmonar; aneurisma cerebral, torácico ou abdominal; cirurgia ocular recente; náuseas; vómitos; cirurgia torácica ou abdominal e situações que limitem o uso adequado da técnica da espirometria (por exemplo traqueostomia, incapacidade de o doente se manter sentado)», esclarece a farmacêutica.

Falta de sensibilização Embora seja comum a procura da farmácia para uma primeira opinião aquando de alguns sintomas mais simples, como a tosse ou catarro, e ali recebam muitas vezes a indicação para procurar o médico de família ou até um pneumologista para realizar um exame de diagnóstico de algum problema mais grave, segundo a experiência de Natália Oliveira, «é pouco frequente os utentes questionarem acerca da espirometria na farmácia». Tudo isto pode estar diretamente relacionado com a falta de sensibilização da população para as medidas de prevenção da DPOC. «Ainda temos muito que avançar (...). Enquanto farmacêuticos temos uma responsabilidade acrescida neste campo e devemos fomentar cada vez mais o ensino das formas de prevenção desta patologia, bem como da gravidade que esta mesma pode atingir se diagnosticada tardiamente ou se não for corretamente tratada», defende Natália Oliveira.


Evitar fatores de risco E que medidas de prevenção poderão ser adotadas? Sendo o principal fator de risco da DPOC a exposição prolongada ao fumo do tabaco, ou a outros fumos poluentes no ambiente ou no âmbito profissional, as principais medidas de prevenção são «a sensibilização dos utentes para a evicção tabágica (e se necessário referenciar à Consulta de Cessação Tabágica) e a proteção para evitar a inalação de poluentes no meio profissional». Na Farmácia, «é de extrema importância que o farmacêutico realize uma entrevista adequada por forma a poder reunir o maior número de dados possíveis que lhe permitam avaliar a necessidade ou não de referência à Consulta Médica, consoante se suspeite de uma possível situação de DPOC não diagnosticada, ou se verifique que não é este o caso. É sempre fundamental

o ensino no âmbito das medidas preventivas, realçando os perigos e complicações da DPOC», advoga a farmacêutica. Já o acompanhamento destes doentes é fundamental para evitar crises e o agravamento da doença. Aqui, cabe ao farmacêutico «verificar que o doente compreende todos os fatores de risco e complicações resultantes do agravamento da patologia, bem como a importância de cumprir rigorosamente a terapêutica instituída. O doente deve ainda saber como atuar perante uma crise. No domínio da terapêutica, é fundamental que o doente saiba usar corretamente todos os dispositivos prescritos. Em todos estes campos, e dada a sua proximidade e facilidade de contacto, o farmacêutico tem um papel fundamental na educação do doente e no esclarecimento das eventuais dúvidas que lhe possam surgir», na opinião de Natália Oliveira.

Tabaco, o inimigo número 1 Os dados estatísticos relacionados com a doença preveem um aumento na próxima década, sobretudo devido à contínua exposição a potenciais fatores de risco, bem como às alterações da própria estrutura etária populacional. À escala global, o tabagismo é o fator de risco para a DPOC de maior impacto, «quer no que toca à exposição ativa quer à passiva, que cada vez tem ganho mais importância, justificando, desde logo, regulamentação nacional e internacional rigorosa», elucida o pneumologista António Jorge Ferreira. O especialista esclarece ainda que «entre outros agentes etiológicos, destacam-se a poluição ambiental, sobretudo nas grandes cidades, as exposições profissionais (nomeadamente a poeiras e químicos no local de trabalho que podem ser responsáveis por 10 a 20 % dos casos), a combustão de biomassa (sobretudo carvão e lenha, com posterior inalação em ambientes pouco ventilados), o risco genético que pode ocorrer por deficiência de uma enzima protetora pulmonar (alfa 1 antitripsina). Também, a história de infeções respiratórias graves no período da infância foi associada à redução da função pulmonar e ao aumento de sintomas respiratórios em idade adulta». Para o investigador do Centro de Pneumologia da Universidade de Coimbra, «em termos preventivos, resultam fundamentais as atitudes proativas que visem a redução da exposição pessoal total ao tabaco de qualquer tipo, fumos, poeiras e produtos químicos ocupacionais e poluentes do ar interior e exterior». Contudo, «a cessação tabágica é, sem dúvida, a medida singular mais eficaz e custo-efetiva na redução do risco de desenvolvimento de DPOC, permitindo também diminuir ou mesmo parar a sua progressão».

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A Intervenção Farmacêutica As Farmácias Holon são espaços de saúde de excelência, que privilegiam a relação dos seus profissionais com os utentes e com os restantes profissionais de saúde, contribuindo diariamente para o bem-estar da população que servem. Ao entrar numa Farmácia Holon, o utente é recebido por um profissional qualificado, que o

Um Dia Todas Serão Assim

ajuda no processo de procura e consulta dos produtos e serviços que melhor se adequam às suas necessidades específicas, desenvolvendo-se um atendimento personalizado e dedicado.

Dada a grande diversidade de situações e necessidades dos utentes que acorrem à farmácia, e de modo a garantir a cobertura integral das expetativas dos mesmos, as Farmácias Holon delinearam a prestação dos serviços farmacêuticos em três níveis de atendimento. Após o acolhimento do utente na farmácia, o profissional procede à identificação do pedido, sua avaliação e encaminhamento de acordo com o mesmo. Dependendo da complexidade do pedido, do tipo de produto e/ou serviço, o utente será encaminhado para o tipo de atendimento mais adequado (nível I, II ou III).

O primeiro nível O primeiro nível de atendimento está orientado para a dispensa de medicamentos sujeitos a receita médica (MSRM), mediante a apresentação da mesma, bem como para o aconselhamento e dispensa de medicamentos não sujeitos a receita médica (MNSRM), com base no conteúdo técnico-científico dos Protocolos de Aconselhamento, que consistem num conjunto de critérios que orientam a intervenção. É ainda realizado o aconselhamento de outros produtos de saúde e bem-estar como, por exemplo, produtos de dermocosmética e puericultura. Este nível de atendimento é, de um modo geral, realizado na zona de público da farmácia e/ou no balcão. Sempre que o farmacêutico detete essa necessidade, o utente poderá ser encaminhado para os seguintes níveis de atendimento.

O segundo nível Para o nível dois da intervenção farmacêutica são encaminhadas todas as situações que requerem uma atenção mais especializada por parte do farmacêutico. Doentes a fazer muita medicação (polimedicados) ou com doenças controladas 14

ou suscetíveis de serem controladas através de aconselhamento farmacêutico breve são alguns exemplos. Geralmente, este nível é realizado no atendimento sentado. Incluem-se, ainda, neste nível de atendimento serviços como o CheckSaúde (medições dos parâmetros fisiológicos e bioquímicos, como a pressão arterial, a glicemia ou o colesterol, entre outros) e a Consulta Farmacêutica, realizados geralmente em gabinete. A Consulta Farmacêutica é um serviço em que o farmacêutico, em data e hora definida com o doente, analisa toda a medicação que o doente se encontra a tomar, avaliando também a eficácia do tratamento. Um dos objetivos é a promoção do uso correto e seguro dos medicamentos (prevenindo efeitos adversos, duplicações e interações entre medicamentos), bem como o controlo das doenças e prevenção das suas complicações. O doente poderá esclarecer também todas as suas questões relativamente aos medicamentos e problemas de saúde. Neste nível é igualmente feita a avaliação de

necessidade de encaminhamento para o nível três.

O terceiro nível Por fim, para este nível são encaminhados os doentes que, mediante a avaliação feita pelo farmacêutico, requerem a atenção de um especialista. As áreas de intervenção são variadas, incluindo a Preparação Individualizada da Medicação (PIM), que visa promover o uso correto e racional do medicamento (medicamento certo, na quantidade certa, à hora certa), o Serviço de Acompanhamento Farmacoterapêutico, a Administração de Vacinas, o Serviço de Nutrição, o Serviço do Pé Diabético, o Serviço de Podologia, o Serviço de Dermofarmácia, a Reabilitação Auditiva e a Recolha de Amostras Biológicas. Através desta metodologia, as Farmácias Holon acreditam estar no caminho certo para a prestação de um serviço de excelência à população que servem e melhoria contínua da sua qualidade de vida.


Um Dia Todas Serão Assim

CALENDÁRIO

Novembro Sessão “Dia a dia com a diabetes” Farmácias Holon

DPOC: Ensino da utilização dos dispositivos de inalação Farmácias Holon

Dia 14 Comemoração do Dia Mundial da Diabetes Comemoração do Dia Mundial da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC)

Dezembro Ação de solidariedade Make-a-Wish Farmácias Holon

Palestras sobre Podologia Um Dia Todas Serão Assim

AÇÕES FARMÁCIAS

Caminhada em Portalegre As Farmácias Esteves Abreu, Cunha Miranda e Portalegrense uniram-se em prol da promoção da saúde e bem-estar da população de Portalegre, realizando uma Caminhada, no dia 6 de outubro, que mobilizou cerca de 230 pessoas. Os participantes puderam ainda realizar rastreios de podologia, nutrição, glicemia e pressão arterial.

Caminhada Solidária A Farmácia Romeiro realizou uma Caminhada, no dia 6 de outubro, que aliou a promoção de adoção de um estilo de vida saudável à solidariedade e envolvimento com a comunidade. Parte do valor da inscrição reverteu a favor do Daniel, uma criança que nasceu com surdez severa profunda e que necessita da colocação de um implante coclear. Os resultados foram impressionantes: cerca de 246 inscrições, angariando 675 mimos que irão ajudar a concretizar o sonho do Daniel.

A Farmácia Helena realizou, no dia 4 de outubro, uma palestra subordinada ao tema “A saúde dos seus pés”. Esta palestra, que contou com uma audiência de aproximadamente 20 pessoas, teve como objetivo dar a conhecer este ramo das ciências da saúde, a podologia, o que trata e o seu público-alvo. Esta foi a primeira de várias palestras que se irão realizar nos meses seguintes sobre esta temática.

A Escola e a Pediculose No âmbito dos Projetos Escola, as Farmácias Moderna (Esmoriz) e Vitória (Paredes) deslocaram-se às escolas primárias de Gondalães e Bitarães, em Paredes, e Vinha e Praia, em Esmoriz, com o objetivo de sensibilizar os alunos para a pediculose. Nesta ação de formação foram abordados assuntos como o que são os piolhos, como evitar o contágio, como fazer o diagnóstico e como proceder ao tratamento. Estas ações envolveram mais de 300 crianças.

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Um Dia Todas Serão Assim

Farmácia Holon Amial Desde junho de 2013 que a rede de Farmácias Holon se encontra mais alargada e fortalecida. A abertura da Farmácia Holon Amial, no Porto, veio reforçar o conceito preconizado pelas Farmácias Holon a 100%, garantindo à comunidade envolvente o acesso a um serviço farmacêutico de excelência.

«As pessoas elogiamnos a disponibilidade e reconhecem a qualidade do atendimento, quer através do aconselhamento, quer através da diferenciação conferida pelos postos de atendimento sentado», confessa Inês Esteves, diretora técnica da Farmácia Holon Amial

Conseguir, em apenas alguns meses, ocupar um lugar de destaque num mercado a atravessar um período marcado por grandes alterações não é tarefa fácil mas, segundo Inês Esteves, diretora técnica da Farmácia Holon Amial, não tem segredos: «somos uma equipa jovem, altamente motivada e com muito orgulho de pertencer às Farmácias Holon e de aplicar na prática o seu conceito». A juntar a uma equipa com profissionais especializados e empenhados em prestar um serviço de nível superior, a Farmácia Holon Amial apresenta um conceito e uma divisão espacial inovadora, que a coloca na vanguarda, à semelhança das outras Farmácias Holon. Pensada ao pormenor, promove a utilização do espaço numa atitude livre, onde se consulta com acompanhamento, se procura com ajuda e se atende com dedicação. Tudo isto em áreas definidas e devidamente identificadas mediante um sistema de segmentação estudado, com o objetivo de garantir que o cliente encontra facilmente o produto ou o serviço que procura, transformando qualquer ida à farmácia numa experiência agradável. Apesar da sua curta existência, a Farmácia Holon Amial já conquistou a confiança da população que serve, como atesta a diretora técnica, «as pessoas elogiamnos a disponibilidade e reconhecem a qualidade do atendimento, quer através do aconselhamento, quer através da

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diferenciação conferida pelos postos de atendimento sentado». Certa de que representa uma mais-valia na comunidade que serve, a Farmácia Holon Amial começou desde logo a estabelecer uma relação próxima com a população através da realização de rastreios de podologia e do pé diabético. Com estas ações a Farmácia pretende identificar situações que possam requerer um encaminhamento para os profissionais de saúde responsáveis pelos Serviços Holon. A responsável acredita que esta é uma área que contribui para a satisfação e fidelização dos clientes «a abrangência e qualidade dos serviços prestados pelos farmacêuticos, nutricionistas, podologistas e enfermeiros aproximam-nos das pessoas e são, sem dúvida, um fator de diferenciação positiva face às outras farmácias». A Farmácia Holon Amial acredita ter todos os ingredientes reunidos para manter um crescimento sustentado, distinguindose pelo seu conceito inovador e dando contínuos motivos aos seus clientes para que reconheçam a qualidade do serviço prestado. A responsável não tem dúvidas de que estão no caminho certo: «apesar de estarmos numa fase inicial, notamos uma evolução progressiva e estamos confiantes no sucesso deste projeto».


Unhas encravadas Onicocriptose é o nome científico que se dá à unha encravada. Carateriza-se pela penetração de uma ou mais espículas ungueais (uma ponta ou porção de unha) no bordo da unha, causando dor e inflamação, inchaço ou vermelhidão, devido à entrada de bactérias. Nos casos mais severos pode ocorrer

cuidamos de si De uma forma geral, é mais frequente afetar o dedo grande/primeiro dedo (hálux) do pé, mas também pode afetar os restantes dedos do pé. Na maior parte dos casos, a dor só aparece ao andar mas também pode persistir mesmo em repouso. Ao andarmos, devido à dor, temos tendência a não apoiar o dedo dolorido, o que nos leva a adquirir posturas erradas e viciosas, ou alterar a marcha. A extração da unha deve ser evitada, pois quando ela voltar a crescer pode encravar novamente. O tratamento podológico visa desobstruir a passagem da unha, que pode então crescer livremente. A unha encravada pode ser causada por diversos fatores. O principal motivo causador da unha encravada é o corte incorreto das unhas, ou através de corte excessivamente curto ou, principalmente, corte dos cantos da unha.

infeção (granuloma) dos tecidos à volta da unha, podendo dar origem a pus (exsudado purulento). No entanto, existem outros fatores que podem ser responsáveis por este problema:

- A morfologia do pé. Desequilíbrio nos pontos de apoio plantar;

- O calçado. Foi criado para proteger e para se adaptar à formação e comportamento dinâmico do pé, mas a moda transformou-o num objeto de beleza externa e “tortura” interior. O uso de sapatos mais apertados/estreitos, os sapatos de “bico fino”, os sapatos de salto alto ou mesmo as meias apertadas são pressões que podem também levar à unha encravada;

- A unha com micose (onicomicose). Unhas muito grossas ou afetadas por fungos são unhas muito frágeis;

- A morfologia da unha. Quando as unhas apresentam uma curvatura maior do que a normal. Em geral, as unhas encurvadas pressionam o tecido; - A morfologia do dedo. Quando existem deformações nos dedos (dedo em garra, dedo em martelo, dedo sobreposto, outros);

- O excesso de transpiração (hiperhidrose). A transpiração e não mudar o tipo de calçado provoca uma maior concentração de humidade, o que facilita o amolecimento e a quebra das unhas, ficando sujeitas a encravar; - Os traumatismos. Pequenos traumatismos às unhas, como tropeções, pisadelas, queda de objetos pesados sobre a unha, outros, podem provocar um maior afluxo sanguíneo para o local, o que facilita a penetração de bactérias;

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- Posturas de descanso erradas. Quando se dorme de barriga para cima a pressão dos cobertores sobre os dedos em pacientes que têm a sensibilidade diminuída (diabéticos), associada a outros fatores (por exemplo, crianças em fase de amamentação que, por dormirem de barriga para baixo, desencadeiam o processo por pressionarem o dedo contra o colchão); - Problemas ortopédicos. A postura, a forma como anda, as deformações do pé como o joanete, dedos em garra ou em martelo, pé plano, pé cavo, pronação excessiva (queda do pé para dentro), entre outros.

Os sintomas O paciente inicialmente sente uma ligeira dor ao nível do bordo da unha que, por norma, aumenta com a deambulação e principalmente com o uso de sapatos estreitos ou com toque na unha. Se não for tratada logo ao primeiro sintoma, o bordo afetado pode formar um granuloma (infeção), onde pode existir pus e a pele ao redor fica inflamada (dor, edema, rubor/vermelhidão e calor).

Cuidados a ter com as unhas - Não cortar as unhas até ao “sabugo”, deixando sempre uma pequena porção da borda livre; - Não cortar as unhas pelos cantos, ou seja, não cortar os cantos às unhas; - Cortar as unhas a direito; - Não retirar ou afastar as cutículas, pois protegem a matriz ungueal (raiz da unha) da ação de substâncias químicas e/ou entrada de microorganismos; - Evitar o uso frequente de endurecedores de unha, pois podem causar ressecamento e manchas; - Evitar deixar os pés húmidos por muito tempo.

O tratamento e o podologista Existem várias técnicas podológicas para o tratamento da unha encravada, como retirar a espícula ou as ortoníxias (técnica mecânica). A mais comum é retirar a espícula (pequena porção de unha encravada). Ou seja, se a unha encravada não for grave o tratamento passa pela simples remoção da espícula, desinfeção e assepsia do local, assim como alguns conselhos podológicos domiciliários. Se houver infeção (granuloma) poderá ser necessária a aplicação ou toma de um antibiótico e/ou anti-inflamatório.

Após o arrancamento de uma unha, os tecidos dos bordos periungueais (à volta da unha) podem “invadir” o espaço da lâmina ungueal, que quando nasce novamente encrava ainda mais facilmente. O arrancamento ou ablação total da unha são totalmente desaconselhados, exceto em situações especiais, como em casos de neoplasias, entre outras. Também é importante perceber se existem na unha fungos (onicomicose), que possam estar a provocar a alteração do trajeto natural da unha; se assim for, terá de ser feito um tratamento anti-fúngico, conjuntamente com um procedimento de reeducação ungueal. As técnicas mecânicas para correção das unhas encravadas são chamadas ortoníxias, ou seja, pequenos aparelhos metálicos que permitem a correção do arco da unha de forma gradual. Não é um processo traumático nem doloroso e não é necessária a extração da unha para que ela seja corrigida. Esta técnica só deve ser aplicada por podologistas, pois são profissionais altamente qualificados, com amplo conhecimento em anatomia e patologias dos pés.

Quando a unha encravada se torna crónica e de difícil resolução com os tratamentos mencionados, o seu podologista poderá recomendar que faça uma correção cirúrgica da unha. Trata-se de um processo de reeducação ungueal, deixando-a normalizada, sem possibilidade de encravar.

A sua Farmácia Holon tem ao seu dispor o Serviço de Podologia, ministrado por profissionais especializados, que o ajudarão a resolver as patologias relacionadas com o pé.

O arrancamento total da unha não é o tratamento mais eficaz, podendo provocar alterações na matriz ungueal (raiz da unha), que frequentemente desencadeia deformações ou ausência definitiva da lâmina ungueal (unha).

Bibliografia: Fuente, J.L.M.d.l. (2009), Podologia General y Biomecánica (2ªedición ed.), Barcelona: Masson; Viladot, R., & Rochera, R. (2003), 15 Lições sobre Patologia do Pé (2ª Ed. ed.), Rio de Janeiro: Revinter.

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CUIDAMOS DE SI

Acne e rosácea A acne e a rosácea são duas das doenças dermatológicas mais frequentes, que podem compartilhar características comuns, tornando especialmente importante um diagnóstico preciso para um tratamento adequado. Não são geralmente condições médicas graves, contudo, poderão originar desconforto e ser muito constrangedoras para quem delas sofre.

A acne A acne é um problema de pele que ocorre geralmente no rosto, pescoço, peito, costas e ombros, que são as áreas da pele com maior número de glândulas sebáceas. Esta pode surgir sob a forma de lesões não inflamatórias, como comedões abertos (pontos negros) e comedões fechados (pontos brancos), ou de lesões inflamatórias do tipo pápulas (vermelhas com ou sem pus branco), nódulos ou quistos. As lesões da acne curam lentamente e, quando algumas começam a desaparecer, outras iniciam o seu aparecimento. Dependendo da sua gravidade, a acne pode causar sofrimento emocional e levar a cicatrizes na pele.

Causas e fatores de risco Três fatores contribuem para a formação da acne: - Hiperprodução de sebo pelas glândulas sebáceas; - Acúmulo de células mortas da pele; 20

- Proliferação bacteriana. A acne ocorre no folículo piloso quando este fica obstruído com sebo e células mortas, criando um ambiente propício à proliferação bacteriana. Diversos fatores podem despoletar ou agravar a acne, como: - Hormonas – Os androgénios, hormonas que aumentam durante a puberdade, estimulam a produção de sebo pelas glândulas sebáceas. As alterações hormonais durante a gravidez e os contracetivos orais também afetam a produção de sebo; - Medicamentos – Alguns fármacos contendo corticosteroides, androgénios ou lítio, estão relacionados com o aparecimento da acne; - Dieta – Estudos indicam que fatores dietéticos, incluindo produtos lácteos e alimentos ricos em hidratos de carbono, poderão desencadear a acne. Outros fatores de risco estão associados à acne, como a aplicação na pele de substâncias contendo gordura, história familiar de acne e

a fricção ou pressão sobre a pele, como, por exemplo, com telefones, capacetes, mochilas ou mesmo a franja do cabelo.

Tratamento Atualmente estão disponíveis tratamentos eficazes, sendo que, quanto mais cedo o tratamento for iniciado, menor o risco de duradouros danos físicos e emocionais. Estes atuam através da redução da produção de sebo, aceleram a renovação celular da pele, combatem a proliferação bacteriana e reduzem a inflamação. Existem variados produtos de cosmética destinados ao tratamento da acne ligeira, que geralmente contêm substâncias como o peróxido de benzoílo, o ácido glicólico, alfa-hidroxiácidos ou o ácido salicílico. Quando estes não são suficientes para controlar a acne estão indicados os tratamentos tópicos e orais de prescrição, que contêm substâncias retinóides, como a isotretinoína ou o adapaleno, que promovem a renovação celular e previnem a obstrução dos folículos pilosos, assim como alguns antibióticos que irão atuar



Rosácea

ao nível bacteriano. Estes tratamentos poderão causar efeitos secundários na pele como ardor, vermelhidão ou descamação. As cicatrizes deixadas pela acne podem ser atenuadas ou removidas através de procedimentos médicos como dermabrasão ou terapia com laser.

Cuidados diários Um cuidado adequado da pele é essencial para evitar ou controlar a acne: - Limpar a pele diariamente com produtos adequados a peles oleosas. Limpar ou friccionar em excesso tende a irritar a pele, agravando a acne; - Aplicar uma emulsão ou gel para controlar a produção de sebo; - Evitar aplicar cosméticos que contenham óleo na sua formulação, preferindo produtos oil-free ou não comedogénicos; - Retirar a maquilhagem antes de dormir, de forma a desobstruir os poros; - A proteção solar é essencial, visto que o sol agrava a acne e alguns medicamentos tornam a pele mais suscetível aos efeitos da radiação solar; - Evite o contacto do cabelo com o rosto, apanhando-o, assim como encostar as mãos ou objetos ao rosto, de forma a diminuir a fricção da pele;

A rosácea é um problema de pele crónico. Se não for tratada, esta tende a piorar ao longo do tempo, podendo os sinais e sintomas exacerbar-se por algumas semanas até alguns meses e depois regredirem, para mais tarde regressarem:

- Banhos quentes e saunas;

- Vermelhidão facial – Surge geralmente uma vermelhidão persistente na parte central do rosto. Pequenos vasos sanguíneos na zona do nariz e bochechas muitas vezes dilatam, tornando-se visíveis;

Embora qualquer pessoa possa desenvolver rosácea, estão mais propensas a desenvolver esta patologia as mulheres de pele clara com idade compreendida entre os 30 e 60 anos e com história familiar.

- Borbulhas – Por vezes também surgem pequenas borbulhas, com ou sem pus;

Tratamento

- Problemas oculares – Secura ocular, irritação, inchaço e pálpebras avermelhadas surgem em cerca de metade dos doentes com rosácea, sintomas que por vezes precedem os sintomas na pele; - Nariz aumentado – Raramente, a rosácea pode engrossar a pele do nariz, fazendo com que o nariz pareça bulboso. Ocorre com maior frequência nos homens. A rosácea pode, por vezes, ser confundida com a acne, reações alérgicas ou outros problemas de pele.

Causas As causas da rosácea são desconhecidas, mas esta pode ser devida a uma combinação de fatores hereditários e ambientais, alguns deles identificados que podem desencadear ou agravar a rosácea, através do aumento do fluxo de sangue para a superfície da pele:

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- Corticosteroides; - Medicamentos que causem vasodilatação, como alguns indicados para a pressão arterial.

Enquanto não surge uma cura para a rosácea, existe uma variada oferta de produtos cosméticos que, usados diariamente, poderão controlar e reduzir os sinais e sintomas, conferindo conforto à pele. Em casos graves estão disponíveis, sob prescrição, medicamentos tópicos, como o metronidazol, um antibiótico com ação anti-inflamatória.

Cuidados diários Uma das coisas mais importantes a fazer é minimizar a exposição a fatores que desencadeiam ou agravam a rosácea e proteger a pele através de algumas medidas: - Usar protetor solar com fator de proteção 30 ou superior; - Proteger o rosto do frio no inverno; - Evitar irritar a pele pela fricção em excesso; - Limpar a pele com um produto cosmético suave;

- Alimentos ou bebidas quentes; - Alimentos picantes; - Álcool; - Temperaturas extremas; - Exposição solar;

- Não apertar ou espremer as borbulhas, dado o risco de causar infeção ou cicatrizes.

- Exercício físico extenuante;

- Stress, irritação ou embaraço;

- Evitar o uso de produtos faciais que contenham álcool ou outras substâncias irritantes; - Se usar maquilhagem, considere o uso de um corretor de imperfeições de cor verde, de forma a neutralizar o excesso de coloração vermelha. Recorra ao Serviço de Dermofarmácia e usufrua de um aconselhamento personalizado e adequado ao seu tipo de pele.










O descanso do bebé O sono é essencial para o normal desenvolvimento do bebé, quer em termos fisiológicos, quer emocionais. E se, por um lado, permite ao cérebro manter, desenvolver e restabelecer

Bebé e mamÃ

muitas das suas funções, assume, por outro, um papel muito importante na relação precoce entre os pais e o seu bebé, permitindo a aprendizagem da separação e o desenvolvimento da autorregulação.

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Assim defendem Carla Pardilhão, médica pedopsiquiatra, e Maria João Nascimento, enfermeira especialista em Saúde Mental. Ambas fazem parte da equipa da Unidade de Primeira Infância - Consulta de Bebés Irritáveis, do Hospital Dona Estefânia, salientando que «a organização do sono é uma das tarefas mais importantes no quotidiano do bebé e, muitas vezes, um desafio para as famílias».

Cada bebé, cada ritmo Conforme explicam as especialistas, «após o nascimento do bebé, uma das principais etapas do primeiro ano de vida é a definição do ciclo sono-vigília». Desta forma, inicialmente o bebé deverá conseguir dormir por volta de 17 horas no total do dia, intercalados com períodos de vigília.

«As suas necessidades diárias de sono vão progressivamente diminuindo e alterando ao longo do seu desenvolvimento, uma vez que vai estar mais desperto para o mundo que o rodeia e interessado em novas aquisições». De acordo com as especialistas, «na maioria dos bebés, ao terceiro mês já está definido o seu padrão de sono, mas este só estará definitivamente organizado aos 12 meses». Carla Pardilhão e Maria João Nascimento realçam, no entanto, que «todos os bebés são diferentes e têm ritmos e características diferentes, pelo que existem variações nos seus ritmos ao longo das diferentes etapas do desenvolvimento de cada criança».

Dificuldades e consequências Segundo as profissionais, grande parte dos bebés tem dificuldade em adormecer, necessitando, para isso, da ajuda dos seus cuidadores. «O estabelecimento do ciclo vigília-sono depende de vários fatores, tais como o temperamento do bebé ou o meio ambiente. Os bebés reagem de forma diferente, e muito própria, às sensações de mal-estar, cólicas e fome, entre outras. Também o excesso de estímulos exteriores, como a luz, a temperatura, o ruído, o excesso de solicitações ao bebé e a ausência de rotinas, pode ser impeditivo de um sono tranquilo e incomodar o bebé. Muitas vezes também há fatores de stress ligados aos cuidadores, tais como conflitos familiares e doenças, entre outras». As dificuldades de sono poderão afetar o normal

funcionamento do bebé e da sua família, podendo causar, dessa forma, vários problemas: no bebé, a diminuição do bem-estar e consequente choro constante impedem-no de se autorregular mais rapidamente. Em situações extremas podem ser sujeitos a maus-tratos; nos pais, o cansaço resultante da impossibilidade de repousar, a exaustão e o desespero são muitas vezes o início de conflitos conjugais, de depressões maternas e/ou paternas, com graves repercussões a nível individual e social, assinalam.

Como obter um sono saudável Carla Pardilhão e Maria João Nascimento sublinham que para promover padrões saudáveis de sono, de modo a que este possa ser associado a uma experiência agradável para o bebé, os seus cuidadores devem procurar: - Assegurar, nos primeiros tempos, um apoio efetivo à mãe, de forma a permitir-lhe a disponibilidade total para responder às exigências do seu bebé; - Criar e organizar rotinas nos cuidados, rotinas alimentares, rotinas de banho, rotinas de adormecimento, tendo em conta as preferências pessoais do bebé, apresentando-lhe assim um ambiente acolhedor, previsível e, consequentemente, mais seguro; - A mãe deverá repousar e dormir com o seu bebé sempre que isso o acalme. De acordo com a médica e a enfermeira, contrariamente à opinião generalizada, muitos bebés necessitam de manter-se aconchegados e reconfortados junto do corpo da mãe, pelo que, desta forma, são criadas as condições mais adequadas para determinados bebés, ficando o seu ambiente protegido, controlado e adaptado às suas necessidades. As especialistas recomendam ainda que «nos casos em que as dificuldades de sono sejam intensas, persistentes, se associem a outros sintomas ou em que a situação gere grande instabilidade familiar, os pais deverão procurar ajuda junto dos profissionais de saúde, no sentido de se avaliar adequadamente o problema e encontrar soluções», ressalvando, contudo, que «geralmente os problemas de sono são transitórios e de rápida resolução».

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dia a dia

Síndrome de apneia obstrutiva do sono Dormir sem repouso A síndrome de apneia obstrutiva do sono afeta com maior frequência o sexo masculino, apresentando sintomas que tanto se podem manifestar de dia como de noite, uma vez que o sono não consegue cumprir a sua função reparadora. Trata-se de uma doença respiratória do sono que é provocada por colapsos intermitentes e repetidos da via respiratória superior ao nível da hipofaringe (atrás da língua). Estas situações, de acordo com a Associação Portuguesa de Sono, originam pausas respiratórias durante o sono, com duração superior a dez segundos e que se repetem mais de cinco vezes por hora. Estas pausas resultam numa diminuição do oxigénio, mas também no aumento do dióxido de carbono no sangue e, consequentemente, em todos os tecidos do organismo. Por regra, e segundo o Portal da Saúde, esta patologia é associada ao risco de doenças cardiovasculares - nomeadamente hipertensão, arritmias e isquémia do miocárdio –, cerebrovasculares – como é o caso do acidente vascular cerebral (AVC) -, diabetes, depressão e pior qualidade de vida, maior probabilidade de acidentes de viação e privação de sono. Quem sofre desta síndrome, na sua maioria homens entre os 40 e 60 anos, apresenta sintomas como a roncopatia (ressonar), com pausas respiratórias (apneias), que se agravam com o passar do tempo. O sono é agitado, apresenta despertares súbitos, com sensação de sufocação ou engasgamento e um aumento da necessidade de urinar durante a noite. Já durante o dia, os pacientes acordam cansados, sentem uma sonolência excessiva, cefaleias

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Formas de tratamento Segundo a Associação Portuguesa de Sono, a gravidade da apneia (que se pode classificar em ligeira, moderada e grave) é que determina o tipo de tratamento a adotar. Assim, as medidas que se destinam a todos os que padecem desta síndrome são: reduzir o peso, não ingerir álcool a partir da hora de almoço, não tomar medicamentos hipnóticos (para dormir) sem ser por indicação profissional, manter uma boa higiene de sono (estabelecer horários de sono regulares e com qualidade, no seu quarto, em vez do sofá, e dormir um número de horas suficiente), não fumar e dormir numa posição correta (em alguns casos, a apneia do sono surge quando se está deitado de costas, pelo que é aconselhado evitar dormir nessa posição). Para os casos moderados a graves, a ventilação é uma das opções. Esta consiste na aplicação de uma pressão de ar nas vias aéreas para evitar que estas encerrem durante o sono. Esta pressão é fornecida por ventiladores, que funcionam como compressores de ar, e é determinada durante o exame. O recurso à ventilação em geral permite melhorar a condição do doente de um dia para o outro, ajudando igualmente a reduzir ou a fazer desaparecer a sonolência de dia, bem como a possibilidade de problemas cardíacos e circulatórios e de outras doenças, como a diabetes. O tipo de tratamento de ventilação mais utilizado, seguro e eficaz designa-se por CPAP (Continuous Positive Airway Pressure), que significa pressão de ar positiva e contínua nas vias respiratórias. O tratamento cirúrgico deve ficar limitado a situações de evidente obstrução localizada das vias respiratórias superiores ou aos pacientes que não se adaptam ao ventilador. (dores de cabeça) matinais, sofrem de ansiedade e outras alterações do humor (irritabilidade, explosividade e desânimo nas atividades quotidianas), têm dificuldades de concentração, memória e atenção e problemas a nível sexual (dificuldade ou mesmo impossibilidade ao nível da ereção). O diagnóstico desta patologia é feito através de um exame, designado estudo polissonográfico noturno, que permite monitorizar a atividade cerebral e cardíaca, o fluxo respiratório da via aérea, os movimentos respiratórios e a medição da saturação de oxigénio no sangue durante o sono. Contemplada no Programa Nacional para as Doenças Respiratórias (PNDR), que diz respeito às atividades a desenvolver na Direção-Geral da Saúde (DGS) entre os anos 2012 e 2016, esta doença, apesar de não contar com nenhum estudo epidemiológico nacional, deverá ter uma prevalência nos adultos que se aproxima dos 20%.

O tipo de cirurgia também depende do tipo de obstrução: a cirurgia pode implicar uma resolução da obstrução nasal (como é o caso dos pólipos, hipertrofia dos cornetos ou desvio do septo nasal); uma melhoria do espaço velofaríngeo e da orofaringe (cirurgia de uvulopalatofaringoplastia ou à remoção das amígdalas); ou até mesmo cirurgias maxilofaciais mais agressivas, com avanço do maxilar inferior e superior. Ao contrário do tratamento com CPAP, a cirurgia procura a cura da síndrome da apneia obstrutiva do sono através da resolução do local de obstrução. Se escolher a via cirúrgica é essencial conhecer as probabilidades de resolução da sua condição e os riscos associados, para evitar criar falsas expetativas. Sobretudo em doentes com patologia moderada a severa é frequente a necessidade de manutenção de terapêutica com CPAP, mesmo após cirurgia. É importante a realização de uma polissonografia pós-cirúrgica para avaliar a eficácia terapêutica.

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DPOC: Não ignore os sintomas! Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, estima-se que em 2020 a doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC)

cuide aqui da sua saúde

possa vir a ultrapassar a mortalidade causada pelo cancro do pulmão. A doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) é uma doença que se caracteriza por uma limitação no fluxo respiratório, normalmente associada a uma resposta inflamatória anómala dos pulmões à inalação de partículas ou gases nocivos. Nesta doença, o revestimento dos brônquios e bronquíolos (vias respiratórias) fica inflamado, provocando uma produção excessiva de muco, que vai bloqueando as vias respiratórias e, em consequência, dificulta a passagem do ar. Para além disso, também os alvéolos pulmonares (semelhantes a pequenos sacos) podem ficar irritados: dilatam-se, as suas paredes entram em colapso e deixam de conseguir reter ar em quantidade suficiente para efetuar as trocas de dióxido de carbono pelo oxigénio. A limitação à passagem do ar não é completamente reversível e, geralmente, vai progredindo com o passar dos anos. Por esse motivo se afirma que é uma doença progressiva. A DPOC é uma doença debilitante, responsável por uma elevada perda de qualidade de vida, com repercussões no meio familiar e consequências negativas a nível profissional, económico e social. Para além disso, é ainda responsável por uma elevada mortalidade. De acordo com os dados do Observatório Nacional das Doenças Respiratórias (2011), em Portugal, estima-se que esta doença afete mais de meio milhão de pessoas, sendo que a prevalência continua a aumentar. O fumo de cigarro é a causa principal desta doença. Este contém substâncias irritantes que inflamam as vias respiratórias e que podem induzir danos nas mesmas, em alguns casos permanentes. Por esse motivo, a maioria das pessoas que sofre de DPOC são fumadoras, ou foram fumadoras no 37


O primeiro passo é limitar a exposição ao tabaco e aos poluentes ambientais. Está provado que o abandono do tabagismo é a medida de maior benefício e de maior eficácia no controlo da doença passado. No entanto, a exposição prolongada à poluição do ar, substâncias químicas e outros irritantes pulmonares, pode também contribuir para o desenvolvimento da doença. Inicialmente a DPOC pode ser uma doença silenciosa, não se traduzindo em queixas significativas por parte dos doentes. Um dos sintomas mais comuns é a tosse acompanhada de expetoração, principalmente durante a manhã, vulgarmente designada por “catarro matinal”. Este sintoma é muitas vezes desvalorizado pelos fumadores, sendo encarado como a forma do organismo “limpar” as impurezas do tabaco. Outros dos sintomas comuns da DPOC são a dificuldade em respirar (“falta de ar”) e o cansaço fácil, que inicialmente só surge aquando de esforços físicos significativos. Com o passar do tempo, até mesmo as atividades como o falar, o tomar banho ou o vestir, passam a provocar dificuldades na respiração e é comum o aparecimento de pieira ou chiadeira durante a respiração, especialmente quando estão presentes também infeções respiratórias (como a gripe). É nesta fase que, geralmente, os doentes procuram ajuda médica. 38

Doença crónica, mas controlável A DPOC é hoje definida como uma doença prevenível e tratável. Embora não haja, até ao momento, uma cura definitiva, existem tratamentos eficazes, capazes de travar o agravamento da doença, aliviar os sintomas, prevenir e tratar as crises (exacerbações) e reduzir a mortalidade. O primeiro passo é limitar a exposição ao tabaco e aos poluentes ambientais. Está provado que o abandono do tabagismo é a medida de maior benefício e maior eficácia no controlo da evolução da doença. Querer deixar de fumar e decidir fazêlo são os passos mais importantes. Lembre-se de que não está sozinho e na Farmácia poderá encontrar ajuda especializada. Muitas vezes é também necessário recorrer a terapêutica farmacológica, em particular a dois grupos de medicamentos: os broncodilatadores e os corticosteroides. Os primeiros dilatam as

vias respiratórias, facilitando assim a passagem do ar, prevenindo e aliviando a “falta de ar”. Já os segundos possuem uma função anti-inflamatória, controlando a inflamação e, consequentemente, a produção excessiva de muco. De um modo geral, estes medicamentos são administrados através de dispositivos inalatórios (erradamente, mas vulgarmente, apelidados de “bombas”). Há ainda cuidados preventivos que o doente deve adotar, nomeadamente a vacinação anual contra o vírus da gripe, pois esta infeção é responsável pelo agravamento da sintomatologia da DPOC. Em situações de crise (exacerbações) da DPOC poderão ser ainda necessários corticosteroides tomados oralmente (comprimidos) e/ou antibióticos. A adesão ao tratamento é fundamental! Interromper a terapêutica sem indicação do médico pode ter um impacto muito negativo no controlo da doença, podendo mesmo resultar num agravamento da mesma, por vezes difícil de reverter.


Nas situações mais graves pode, igualmente, ser necessária a utilização de oxigénio, quer por pequenos períodos, durante as exacerbações, quer de forma contínua quando há insuficiência respiratória crónica, sendo necessário, nestes casos, realizar oxigenoterapia pelo menos durante 16 horas por dia.

Há regras gerais que deverão ser seguidas na técnica de inalação: - Preparar o inalador para ser utilizado (ativação da dose) - vai depender das características de cada tipo de dispositivo; - Expirar (“deitar o ar todo fora”);

Praticar exercício físico adequado que estimule a capacidade respiratória, beber líquidos em abundância de modo a manter as vias respiratórias limpas e humidificadas, evitar a ansiedade e o stress, adotar uma alimentação equilibrada e manter o peso adequado são outros cuidados que contribuem muito para o controlo da doença e consequente melhoria da qualidade de vida.

- Colocar o inalador na boca (colocar o bucal entre os dentes com a língua por baixo) e iniciar a inspiração (“aspiração”) – o tipo de inspiração, rápida ou lenta, vai depender do tipo de dispositivo; - No final da inspiração, suster a respiração durante cerca de 10 segundos; - Expirar (“deitar o ar fora”) lentamente;

Inaladores e técnica de inalação O uso do inalador é a forma mais comum e prática de fazer a medicação para o tratamento da DPOC. Através da inalação, o medicamento vai chegar diretamente aos brônquios. É fundamental conhecer e proceder à técnica correta de inalação para garantir a eficácia do tratamento. Existem vários tipos de inaladores, que se usam de forma diferente.

- Se for necessária outra dose, esperar 30-60 segundos e repetir o procedimento. O seu farmacêutico poderá ajudá-lo a utilizar estes dispositivos da forma mais correta, estando disponível para esclarecer todas as suas questões e avaliar se a técnica de inalação que está a usar é a mais correta, através da demonstração.

Proteja a saúde dos seus pulmões Prevenir é sempre o melhor remédio! A adoção de estilos de vida saudáveis e evitar fatores de risco, nomeadamente o tabagismo, são medidas essenciais para garantir a saúde dos seus pulmões. É muito importante estar atento aos sintomas, nomeadamente se tem mais de 40 anos de idade e/ou se é fumador ou ex-fumador. Não os ignore e procure ajuda especializada junto do seu médico ou do seu farmacêutico. Se já lhe foi diagnosticada DPOC, pode contar com o seu farmacêutico para esclarecer todas as suas questões e prestar todo o aconselhamento necessário sobre os medicamentos que lhe foram prescritos, sobre a doença, fatores de risco e medidas preventivas que deverá adotar. Informe-se na sua Farmácia Holon sobre o serviço de Consulta Farmacêutica. Bibliografia: http://www.sppneumologia.pt; http://www. respira.pt/; http://www.portaldasaude.pt/portal; http:// www.who.int/mediacentre/factsheets/fs315/en/index. html; http://www.fundacaoportuguesadopulmao.org/ dpoc.html; http://www.goldcopd.org/

Nas situações mais Fique atento!

graves pode, igualmente,

- É fumador ou ex-fumador?

ser necessária a

- Tem tosse com expetoração, principalmente durante a manhã, na maior parte dos dias? - Constipa-se durante o inverno cada vez mais e durante mais tempo do que era habitual? - Cansa-se com facilidade a subir escadas e nas subidas? Fale com o seu médico ou com o seu farmacêutico.

utilização de oxigénio, quer por pequenos períodos, quer durante as exacerbações, quer de forma contínua quando há insuficiência respiratória (...)

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Ingestão de hidratos de carbono na diabetes A diabetes consiste num grupo de patologias que se caracterizam por elevados níveis de glicose (açúcar) no sangue, e que resultam de defeitos na secreção de insulina e/ou da sua

VIVA MAIS O organismo de uma pessoa diabética não produz e/ou não responde à ação da insulina, hormona produzida pelo pâncreas, e que é necessária para utilizar e armazenar os hidratos de carbono. Estas alterações podem causar hiperglicemia (aumento dos níveis de açúcar no sangue). A pessoa com diabetes tem valores de glicemia acima dos valores considerados normais (≤126mg/dl em jejum ou ≤200mg/dl noutras alturas do dia), ou hipoglicemia, quando a glicose

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ação. Estima-se que afete 400 a 500 mil portugueses. sanguínea é inferior a 70mg/dl. O tratamento da diabetes inclui, entre outros, a terapia nutricional, que tem como objetivo contribuir para um bom controlo dos níveis da glicemia e prevenir ou tratar outras patologias subjacentes, de modo a reduzir o risco de complicações. Para isso é também importante controlar o peso, a tensão arterial e o perfil lipídico. Os hidratos de carbono (HC), ou glícidos, fazem parte de alguns alimentos que o nosso organismo necessita diariamente. Durante a

digestão, os hidratos de carbono transformam-se em glicose, que é posteriormente utilizada para fornecer energia às células do nosso organismo. Baseando-nos na sua estrutura química, podemos dividi-los em 2 grupos: Hidratos de carbono simples - Compostos por apenas uma ou duas unidades básicas, como é o caso da frutose - açúcar presente na fruta, da lactose - açúcar presente no leite, e da sacarose


Baixo índice glicémico (≤55) Leguminosas (grão, feijão, ervilhas, lentilhas) Massa Flocos de aveia Arroz vaporizado Pão de mistura (trigo e centeio) Leite e iogurtes não açucarados Laranja, maçã, pêssego e pera

- açúcar de mesa; e outros como os extratos de malte, trigo, cevada e cerveja. Estão presentes em grande quantidade em alimentos como o açúcar e o mel, produtos de pastelaria e confeitaria, compotas, refrigerantes, etc. Hidratos de carbono complexos - Compostos por mais de três unidades, como no caso do amido e da fibra, que estão presentes na batata, massa, arroz, leguminosas (feijão, grão, lentilhas, ervilhas, favas), cereais e pão. Os HC simples são rapidamente decompostos e absorvidos na corrente sanguínea. Os HC complexos requerem mais tempo para a sua degradação e absorção. No caso específico dos alimentos integrais (HC complexos ricos em fibra), este processo torna-se ainda mais demorado, é o caso, por exemplo, do pão integral, cereais integrais, massa/arroz integral. Os HC simples, com elevado teor de açúcar, devem apenas ser consumidos ocasionalmente, uma vez que não têm benefícios nutricionais adicionais, para além de serem ricos em calorias. Todos os alimentos que contêm hidratos de carbono interferem nos níveis de açúcar no sangue após a sua ingestão, contudo, não têm todos o mesmo efeito na glicemia. Este efeito pode ser explicado através do índice glicémico (IG), que avalia o impacto dos alimentos na glicemia. Na diabetes deve-se dar primazia à utilização de alimentos com baixo IG, ou seja, alimentos que aumentam a glicemia de forma lenta e progressiva e permitem uma resposta adequada do organismo na produção de insulina. Alimentos com elevado IG não deverão estar tão presentes na alimentação uma vez que exigem um maior esforço do organismo para produzir insulina e controlar os valores da glicemia.

Exemplos de IG de alguns alimentos Médio índice glicémico (56 a 69) Batata cozida com casca Flocos de trigo integral Bolachas de água e sal Cuscuz Arroz basmati

Os HC complexos apresentam um índice glicémico mais baixo do que os HC simples, pelo que se deverá preferir a sua utilização na alimentação da pessoa diabética (ver tabela). No entanto, nem todos os alimentos com baixo IG são saudáveis, e é preciso ter em conta outros fatores, como a quantidade de calorias do mesmo e de gordura.

Recomendações gerais para o dia a dia - Distribua os alimentos com HC por 6 a 7 refeições ao longo do dia, em quantidades moderadas de cada vez; - Evite passar mais de 2h30 sem comer durante o dia e 8h durante a noite, para evitar picos de hipoglicémia; - Inclua, pelo menos, um alimento com IG baixo em cada refeição. Por exemplo, incluir uma peça de fruta nos lanches e legumes às refeições principais; - Substitua os alimentos ricos em HC de elevado IG - pão branco, batata, arroz branco, flocos de milho - por alimentos com IG mais baixo - pão de mistura ou integral, massa, arroz vaporizado, leguminosas, flocos de aveia. Além de terem um menor impacto na glicemia, são ricos em fibra e outros nutrientes essenciais e, por isso, mais saudáveis; - Misture HC simples, como a fruta, com HC complexos, como bolachas, tostas ou pão integrais de modo a obter uma resposta glicémica mais lenta;

Alto índice glicémico (≥70) Batata cozida sem casca Flocos de milho (cornflakes) Arroz branco Pão branco Melancia

- Não elimine os alimentos saudáveis com IG elevado, como é o caso de alguns frutos, do arroz branco e da batata. Para reduzir o seu impacto na glicemia, misture-os com alimentos ricos em fibra e de baixo IG (por exemplo, hortaliça, legumes, leguminosas, nozes, amêndoas); - Coma os alimentos com casca (quando possível). A batata e a fruta com casca (bem lavados) têm um IG mais baixo e são ricos em fibra; - Não cozinhe demasiado tempo os alimentos ricos em amido (arroz, massa, batata, leguminosas). O IG destes alimentos aumenta quando demasiado cozidos; - Inicie as refeições principais com sopa de legumes; - Controle o seu peso. Pessoas com peso saudável controlam melhor as glicemias do que pessoas com excesso de peso/obesidade; - Tempere as refeições com um pouco de vinagre ou sumo de limão. A acidez ajuda a reduzir o IG da refeição; - Procure ingerir quantidades moderadas de hidratos de carbono em cada refeição, mesmo dos alimentos com baixo IG. A quantidade é o mais importante em relação ao impacto dos alimentos na glicemia. Por exemplo, a maçã tem um IG baixo, mas se comer duas ou três de uma só vez irá ter um maior impacto na glicemia do que se comer só uma. Para um acompanhamento mais especializado, consulte a dietista/nutricionista da sua Farmácia Holon. 41


Imagens da Federação de Triatlo de Portugal

VIVA MAIS

Triatlo «Grandes benefícios em termos cardiovasculares» Para quem acha aborrecido praticar apenas um desporto, pode sempre enveredar pelo triatlo, que combina natação, ciclismo e corrida. Os benefícios ao nível da saúde começam no coração e estendem-se à mente, devido aos momentos de convívio proporcionados pela prática deste desporto. Há quem não se contente em praticar apenas um desporto e, por isso, prefira praticar três ao mesmo tempo, ou melhor dizendo, de uma forma combinada. O triatlo é um desporto de resistência no qual o atleta efetua três segmentos seguidos de natação, ciclismo e corrida, sendo que em Portugal, nos últimos anos, tem ganho cada vez mais adeptos. Bruno Salvador, técnico da Federação de Triatlo de Portugal, conta que, em 2008, a Federação «tinha 976 associados e este ano já 42

passou a fasquia dos 2.000, o que demonstra bem o enorme crescimento que a modalidade tem tido no nosso país». Um dos atletas mais reconhecidos, no âmbito desta modalidade desportiva, é Vanessa Fernandes, «a nossa melhor atleta até hoje, esteve entre as melhores do mundo e contribuiu muito para este crescimento».

Benefícios para o coração Mas o triatlo não se resume apenas a provas de alta competição, muito pelo contrário! Na verdade, de acordo com Bruno Salvador, a modalidade tem crescido muito, nos dois últimos anos, «entre a população ativa, mais e menos jovem, que vê no desporto uma atividade física para manutenção da sua saúde e um momento de prazer e convívio e, por isso, quase todas as competições têm uma prova aberta, onde o público em geral se pode inscrever». Provavelmente, na origem desta adesão ao triatlo está o facto de as pessoas terem vindo a aperceber-se das vantagens para a saúde ao praticarem esta modalidade desportiva. O triatlo

é «um exercício aeróbio, com grandes benefícios em termos cardiovasculares», refere o técnico, explicando que, «apesar de ser uma modalidade de endurance, que implica uma atividade de baixa a média intensidade por um longo período de tempo, não é monótona ou aborrecida, pois tem três disciplinas diferentes, com níveis de esforço e estímulos também distintos».

Cuidados a ter em conta Não obstante, antes de se enveredar por este desporto, são necessários alguns cuidados. Primeiro, o indivíduo deve «consultar um médico para saber se pode fazer exercício e/ ou se tem alguma limitação clínica a ter em conta». Ainda de acordo com Bruno Salvador, «toda a gente pode e deve praticar triatlo, desde que não tenha problemas ou doenças cardiovasculares». Por fim, o técnico aconselha a que se «procure uma pessoa especializada, que oriente o treino e saiba adequar o material a cada tipo de corpo e condição física». Neste sentido, por exemplo, «é importante saber escolher bem os ténis de corrida de modo a que sejam adequados à passada do atleta».



VIVA MAIS

Receita Saudável Rolo de carne com espinafres e batatas salteadas (4 pessoas) A adesão a uma alimentação mais equilibrada e saudável é fundamental no tratamento de todos os indivíduos com diabetes. Dos nutrientes fornecidos pelos alimentos, os hidratos de carbono (HC), são os mais evitados pelos diabéticos. Contudo, a sua ingestão é indispensável, devendo preferir-se os HC complexos. A batata, por exemplo, pode ser consumida, desde que com moderação, e em substituição de outra fonte de HC, como o arroz, a massa ou o pão. A adição de fibras às receitas também é aconselhada, uma vez que contribui para uma subida mais lenta e gradual das glicemias. Para tal, pode adicionar frutos oleoginosos (amêndoas, nozes, avelãs) ou sementes (linhaça, sésamo, chia) e acompanhar a refeição com uma salada ou legumes. 44

Ingredientes para o rolo de carne: 500g de carne moída de vaca e peru 200g de espinafres ½ requeijão magro (+/- 125g) 2 dentes de alho 4 colheres de sopa de farinha de linhaça 2 colheres de sopa de azeite Salsa e sumo de limão q.b. Sal, pimenta e noz-moscada q.b. Ingredientes para o acompanhamento: 4 batatas médias 2 dentes de alho 2 colheres de sopa de azeite Sal, pimenta e orégãos q.b. Modo de preparação: Numa tigela tempere a carne picada com sal, pimenta, salsa picada, os alhos esmagados, uma pitada de nozmoscada e umas gotas de limão. Entretanto, aqueça 1 colher de sopa de azeite numa frigideira, junte-lhe as folhas de espinafres, mexa e retire do lume assim que amolecerem. Esmague o requeijão com um garfo, junte-lhe os espinafres e misture bem. Corte um quadrado de folha de alumínio, polvilhe a superfície com a farinha de linhaça e por cima coloque a mistura da carne picada de modo a formar um retângulo. Espalhe a mistura de requeijão e espinafres sobre a carne e enrole, com a ajuda do papel de alumínio, como se fosse uma torta apertando bem mas não demasiado para evitar que o recheio escape. Coloque o rolo de carne no papel vegetal num tabuleiro, regue com 1 colher de sopa de azeite e leve ao forno préaquecido a 180º C, durante cerca de 35 minutos. Entretanto, prepare as batatas. Coza as batatas inteiras e com pele em água temperada com sal, durante 10 minutos (devem ficar firmes). Escorra-as, pele-as e corte-as aos quartos. Numa frigideira, coloque 2 colheres de sopa de azeite, junte os dentes

de alho esmagados e, quando começarem a alourar, adicione as batatas. Tempere com sal e pimenta. Deixe cozinhar sobre lume brando, mexendo de vez em quando até estarem douradas; se for necessário borrife com um pouco de água. Salpique com orégãos e sirva juntamente com o rolo de carne e uma salada a acompanhar. Valores nutricionais (por dose) Energia (kcal)

Proteínas (g)

Lípidos (g)

Hidratos de carbono (g)

Fibra (g)

440

36

20

24

6

Batata A batata é um tubérculo largamente utilizado em todo o mundo pelo seu valor nutricional, versatilidade e sabor agradável. É rica em amido, hidratos de carbono complexos (que fornece energia ao nosso organismo), água (80% da sua composição), mas também em alguns minerais, como o potássio, fósforo e magnésio. Além disso, é uma boa fonte de triptofano, substância que promove a sensação de bem-estar e previne a depressão. Contém também vitamina C, vitaminas do complexo B e fibras, que existem sobretudo na pele do tubérculo. A melhor forma de conservar as suas propriedades nutricionais e evitar aumentar o seu valor calórico é cozinhar as batatas inteiras e com casca, ao vapor, em água a ferver, salteadas ou no forno em papelote.



Linha Eucerin Even Brighter Eucerin Even Brighter é uma linha de produtos inovadora, altamente eficaz, que reduz visivelmente as manchas de pigmentação e uniformiza o tom da pele. Com B-resorcinol e ácido glicirretínico, as manchas de pigmentação são reduzidas, após 4 semanas de utilização, independentemente do tom de pele. O resultado é uma pele mais uniforme e luminosa do rosto, pescoço, decote e mãos. A linha está disponível em Creme de Dia (para todos os tipos de pele e com FPS 30), Concentrado (maximiza o efeito anti-manchas do cuidado diário) e Corretor de Manchas (uniformiza com precisão as manchas de pigmentação).

NOVIDADES

HOLONCARE Desodorizante e Antitranspirante Testados dermatologicamente e hipoalergénicos, HOLONCARE Desodorizante Roll-on e Antitranspirante Roll-on garantem uma escolha segura e de qualidade para os hábitos de higiene diários. HOLONCARE Desodorizante Rollon garante máxima hidratação e cuidado da pele, sem regular a transpiração. De formulação natural, com aloé vera e mineral de alume, protege a pele de forma natural e eficaz, sendo livre de alumínio, parabenos, álcool ou alergénios. HOLONCARE Antitranspirante Roll-on permite uma efetiva regulação da transpiração. Devido à presença de vitamina E, de aloé vera e à ausência de álcool, garante a proteção da pele sem a irritar. 46

FDC Nutri Stress FDC Nutri Stress é um suplemento vitamínico adaptado a períodos de maior esforço físico e inteletual. A sua fórmula reforçada com vitaminas do complexo B que intervêm na conversão de lípidos, hidratos de carbono e proteínas em energia, ou seja, permite converter mais eficazmente os alimentos ingeridos em energia para o dia a dia. O elevado poder antioxidante de FDC Nutri Stress (Vitamina E, C e Zinco) vai combater a formação de radicais livres que ocorre em situações de stress, atuando na proteção celular do organismo. Suplemento alimentar. Os suplementos alimentares não devem ser utilizados como substitutos de um regime alimentar variado. Não exceder a toma diária recomendada. Manter fora do alcance das crianças. Este suplemento alimentar não é um medicamento.

CB12: O neutralizador das causas do mau hálito O mau hálito afeta diariamente homens e mulheres de todas as idades, sendo um problema bastante incómodo e limitativo no relacionamento com os outros. Finalmente chegou a Portugal o primeiro agente de cuidados orais que elimina as causas do mau hálito, garantindo um efeito instantâneo que dura até 12h. A sua fórmula única patenteada, com acetato de zinco e diacetato de clorohexidina, atua nos gases responsáveis pela formação do mau hálito através de uma combinação de ingredientes única para um efeito sinérgico que garante eficácia durante todo o dia.

Libenar, para a higiene do nariz e olhos do seu bebé Quando o problema do seu bebé é o narizinho entupido, Libenar é a solução. A longa presença de Libenar no mercado faz dele o parceiro de confiança para a higiene diária dos narizinhos mais delicados. As doses individuais de soro fisiológico Libenar permitem irrigar e limpar as narinas secas ou com secreções nasais, permitindo que a criança volte a respirar melhor e, com isso, melhora a sua qualidade de vida e dos seus pais. * Na compra da segunda embalagem de Libenar soro doses individuais. Campanha exclusiva nas Farmácias Holon e válida até dia 31 de dezembro de 2013.



saúde digital

Portal do Utente https://servicos.min-saude.pt/utente/portal/ paginas/default.aspx O Ministério da Saúde, com o objetivo de melhorar a qualidade dos serviços prestados e facilitar a vida aos utentes, disponibiliza a Plataforma de Dados de Saúde - Portal do Utente. Esta plataforma visa chegar ao utente através da utilização de uma linguagem simples e acessível, respondendo às suas necessidades ao nível de serviços informativos (acesso público) e serviços eletrónicos (área reservada – “A minha saúde”, requerendo autenticação do utente). A área pública deste portal disponibiliza informação de elevada utilidade para o utente, nomeadamente: - “Dicionário do utente” - Repositório de informação médico-científica acerca das doenças e situações clínicas mais frequentes, bem como os respetivos exames e tratamentos mais comuns; - “Serviços” - Esta área disponibiliza informação sobre os requisitos e condições de realização de vários serviços de saúde e, em muitos casos, realizá-los através da internet; - “Prestadores” - Esclarecimentos sobre a localização, horários e outras informações relevantes sobre entidades como o Serviço Nacional de Saúde (SNS), entidades administrativas do Ministério da Saúde e farmácias. Na área reservada - “A minha saúde” - O utente passa a ter um papel ativo na manutenção, promoção e melhoria do seu estado de saúde, através das seguintes funções: - Registo de contactos de emergência; - Registo de informação sobre hábitos, medicação, alergias e doenças; - Registo das medições de peso, altura, glicemia, tensão arterial, colesterol, outros; - Carregamento de documentos de saúde (análises clínicas, relatórios médicos, outros); - Partilha dos dados de saúde com os profissionais de saúde do SNS. A partir do momento em que o utente autoriza a partilha de informação, o médico ou o enfermeiro de um serviço do SNS pode consultar os seus dados de saúde, sem os poder modificar ou eliminar, e, deste modo, chegar mais rapidamente ao diagnóstico/terapêutica.

Escreva-nos,

dê-nos a sua opinião e sugestões para o e-mail: revistah@grupo-holon.pt

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Respira DPOC: «90% dos doentes são fumadores» A doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) é a terceira causa de morte a nível mundial. Contudo, como é ainda bastante desconhecida entre a população, um dos objetivos da Respira – Associação Portuguesa de Pessoas com DPOC e Outras Doenças

atuar

Respiratórias Crónicas, de acordo com Luísa Soares Branco, sua presidente, é dar a conhecer esta patologia. A Respira tem ainda uma outra missão, de igual importância, que se prende com a divulgação da DPOC e formas de prevenção. «Queremos que a população reconheça a doença, que afeta já 800.000 portugueses. Apenas 13% dos casos estão diagnosticados, o que revela a grande falta de conhecimento face aos sintomas. A DPOC constitui já a terceira causa de morte no mundo».

Assumir o problema A DPOC é provocada, sobretudo, pelo tabagismo. Na verdade, de acordo com Luísa Soares Branco, «em 90% dos indivíduos, a origem da doença está relacionada com os hábitos tabágicos e, nos restantes 10%, a profissão constitui um fator de risco. Falamos, por exemplo, de bombeiros e mineiros».

A Respira nasceu «porque os doentes com DPOC não tinham quem os representasse junto das entidades oficiais e, por outro lado, não havia um espaço onde pudessem partilhar e trocar experiências», conta Luísa Soares Branco, explicando que os objetivos da Respira passam por «ajudar os associados no que necessitarem, quer seja ao nível dos serviços de saúde, quer seja ao representá-los perante as autoridades competentes e o poder político». Esta luta pelos direitos dos doente com DPOC já deu alguns frutos: «conseguimos que a comparticipação dos medicamentos utilizados no tratamento da DPOC passasse do escalão C para o B, ou seja, todos os broncodilatadores contam com uma comparticipação de 69%, o que é uma grande ajuda para os doentes; já que falamos de medicamentos muito caros», salienta a responsável.

Alguns dos sinais da DPOC prendem-se com a dificuldade em subir escadas, o cansaço, a tosse, entre outros. Contudo, «há a tendência para as pessoas menosprezarem estes sintomas, costumando atribuí-los ao stress e ao estilo de vida acelerado. Nunca assumem que o tabaco é o problema!», enfatiza a responsável. A DPOC tem efeitos nefastos na vida do doente. Apesar de ser uma doença do foro respiratório, certo é que as pessoas que sofrem desta patologia «têm tendência para apresentar uma síndrome depressiva, devido ao facto de se sentirem incapacitadas para realizar determinadas tarefas e, muitas vezes, não terem força suficiente para lutar contra este estado de espírito», diz a presidente da associação, acrescentando que, por isso, «há uma tendência para o doente com DPOC se isolar». Por esta mesma razão, a Respira criou sessões de aconselhamento direto, às quintas-feiras, «onde, basicamente, tentamos que as pessoas percebam que a doença pode ser incapacitante, uma vez que há determinadas tarefas que não conseguem fazer sozinhas, mas há outras que podem perfeitamente fazer», elucida Luísa Soares Branco.

Viajar de avião Um dos próximos projetos a desenvolver pela Respira é a tradução da brochura da EFA (European Federation of Allergy and Airways Diseases Patients’ Associations) - “Enabling Air Travel with Oxygen in Europe”. Esta brochura retrata as dificuldades que as pessoas que necessitam de oxigénio enfrentam quando viajam de avião «Queremos traduzir este trabalho da EFA, no qual participámos», adianta Luísa Soares Branco. Segundo a presidente, «a maioria das pessoas desconhece este facto, mas quem usa oxigénio líquido, como eu, não o pode levar consigo no avião. Como o oxigénio é fornecido a bordo, o preço do bilhete de avião pode custar três vezes mais do que o normal, o que é uma discriminação». Por exemplo, se o preço de um bilhete para os Açores for de 120 euros, a pessoa com DPOC terá de pagar 360 euros. «Esta situação implica que o doente com DPOC não possa decidir hoje que quer viajar amanhã, porque necessita ainda de uma autorização médica, daí que seja necessário preparar a viagem, pelo menos, com mês e meio de antecedência», sublinha a presidente. Ainda no âmbito desta temática, a Respira sugere algumas recomendações importantes para melhorar a qualidade de vida das pessoas que utilizam oxigénio, nomeadamente: - Uniformização, pela EASA (European Aviation Safety Agency), das regras para viajar com o oxigénio; - Promoção, pela gestão dos aeroportos, das normas de segurança especiais para pessoas com necessidades de oxigénio e para os seus companheiros de viagem; - Sites das companhias aéreas mais user friendly, com uma leitura mais fácil e formação adequada dos seus funcionários. 49


breves

Novo fármaco eficaz na colite ulcerosa e doença de Crohn

Tratamento inovador do cancro no cérebro em fase de ensaio A University of California, San Diego (UCSD), nos EUA, efetuou o primeiro tratamento genético conduzido em tempo real por ressonância magnética em doentes com cancro no cérebro, publicou o portal Univadis. Este passo constitui um avanço no ensaio clínico do novo fármaco, denominado Toca 511 (vocimagene amiretrorepvec), para o cancro. A tecnologia de navegação através de ressonância magnética permite aos neurocirurgiões injetar o medicamento diretamente no tumor cerebral. Esta tecnologia oferece confirmação visual sobre a injeção da quantidade correta de fármaco no tumor, permitindo aos clínicos efetuar ajustamentos para otimizar o local de injeção do fármaco. Já tinham sido feitas tentativas com tratamentos genéticos mas sem sucesso, devido à barreira protetora de sangue do cérebro, que é um mecanismo de defesa natural. Este mecanismo não permitia que os fármacos anticancerígenos atuassem sobre as células cancerígenas.

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Um novo medicamento, que está a ser desenvolvido para o tratamento da colite ulcerosa e doença de Crohn, tem demonstrado resultados muito positivos em ensaios, divulgou a revista “New England Journal of Medicine”. A colite ulcerosa e a doença de Crohn são doenças inflamatórias autoimunes que afetam o intestino delgado e cólon e surgem quando o sistema imunitário desencadeia um ataque no revestimento do trato digestivo, provocando inflamação crónica e sintomas como dor abdominal, diarreia e hemorragia retal. Denominado vedolizumab, o novo fármaco demonstrou ser eficiente nas duas doenças, particularmente em doentes com colite ulcerosa. O medicamento atua sobre o sistema digestivo, não afetando outras áreas do corpo, e ajuda a reduzir os efeitos secundários causados por outros tratamentos como aumento de peso, náuseas e dores de cabeça. Os resultados até agora alcançados oferecem uma nova esperança a quem sofre destas doenças e que não responde aos tratamentos disponíveis atualmente.

Consumo de peixe reduz risco de artrite reumatoide O consumo semanal de uma porção de peixe gordo, ou quatro de peixe magro, reduz em metade o risco de artrite reumatoide, atesta um estudo recente publicado nos “Annals of the Rheumatic Diseases”, revelou a plataforma Univadis. A artrite é uma doença que afeta o sistema osteomuscular, normalmente em pessoas com mais de 50 anos, causando inflamação, inchaço e rigidez nas articulações. A artrite reumatoide é uma das formas mais comuns desta doença e afeta principalmente os dedos, pulsos, braços e pernas. Os resultados do estudo levado a cabo por uma equipa de investigadores do Karolinska Institute, na Suécia, demonstraram que as mulheres que consumiam 0,21 gramas de ácidos gordos polinsaturados (PUFA) ómega 3, ou seja, o equivalente a uma porção ou mais de peixe gordo por semana ou quatro de peixe magro, apresentavam um risco 52% menor de desenvolver artrite reumatoide. Das mulheres que contraíram a doença, 27% consumia menos de 0,21 gramas de PUFA ómega 3 por dia. Estudos anteriores já tinham demonstrado uma ligação entre o consumo regular de ómega 3 e a prevenção de outras doenças, como cancros orais e da pele e stress cardíaco e mental.



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