Índice
EDItOrial
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Editorial
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Atualidade
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9 meses 10
acontecimento marcante na vida de uma mãe, de um casal e de toda uma família. É algo que nos faz renascer, abrir para o exterior e trazer algo de novo para um mundo que se quer diferente. Em várias instituições, muitos projetos devidamente
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enquadrados na realidade empresarial são muitas vezes comparados a um nascimento. É precisamente assim que encaramos a revista H. Decorreram 9 meses desde o lançamento da primeira edição e esta tem sido uma “gestação” muito recompensadora, dadas as
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excelentes críticas e participações que temos tido. Mais do que um projeto das Farmácias Holon, este é um projeto para vocês, os clientes das Farmácias Holon. É para vocês que existimos e é de vocês que queremos estar ainda mais perto, apresentando-vos todas as mais-valias que existem na gama de
O que Dizem os Especialistas «População não tem consciência de que o colesterol elevado é perigoso»
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O tema principal selecionado intencionalmente para esta edição da H foi o nascimento. É um
Opinião Igualdade de oportunidades
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Em Foco Nascimento Parto normal «mais seguro do que a cesariana» Um Dia Todas Serão Assim 14 Responsabilidade social 15 Calendário & Ações Farmácias 16 Farmácia Sousa Cuidamos de Si 17 Ser saudável com diabetes tipo 2 20 Problemas de pele do bebé
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Bebé e Mamã Vacinação nos primeiros 12 meses Passaporte para a vida Dia a Dia Cálculos renais: Saiba como prevenir Cuide Aqui da sua Saúde Medicação Revisão periódica obrigatória Viva Mais 40 Excessos alimentares ocasionais 42 Esqui: Sensação de liberdade 44 Receita saudável
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NOVIDADES
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Saúde Digital
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H Júnior 25 Diverte-te 26 Trocado em Miúdos 50
Serviços Holon, na qualidade dos Produtos Holon e
Dentro & Fora de Casa Une os Pontos e Pinta o Mimos
Atuar Raríssimas «Não se pode tratar de maneira igual o que é excecional» Breves
no atendimento diferenciado totalmente focado nas vossas necessidades. O Natal que se aproxima é uma festa de família, de convívio e de alguns excessos alimentares inevitáveis.
Edição: Hollyfar – Marcas e Comunicação, Lda. – Rua Aquiles
Mas mais do que nos privarmos destes pequenos
Machado, nº 5F 1900-077 Lisboa
prazeres, vale a pena seguir os conselhos que Coordenação Editorial: Joana Bagagem (Holon) e Hollyfar •
referimos na rubrica “Viva Mais”, porque não são os
Colaboram nesta edição: Adelaide Oliveira, Ana Albernaz, Ana
excessos entre as semanas de Natal e Ano Novo,
Rita Marques, Carmen Silva, João Neto, Lisa Gonçalves, Maria João
mas sim os excessos regulares que se cometem
Mendes, Maria Manuela Leonardo, Nídia Rodrigues, Patrícia Parrinha
entre o Ano Novo e o Natal, que podem interferir na
e Sara Silva • Fotografia: David Oitavem
nossa saúde, com repercussões na qualidade de vida,
Publicação bimestral • E-mail: revistah@grupo-holon.pt •
tal como referimos nos artigos sobre o colesterol e
Tiragem deste número: 10.500 exemplares • Os artigos
diabetes.
assinados apenas veiculam a posição dos seus autores.
Seja como for, antes, durante ou depois do Natal ou Layout: Series – Comunicação e Design, Lda. – Rua Rodrigues
passagem de Ano estaremos sempre ao seu lado. Um excelente Natal são os desejos de todas as Farmácia Holon, e em particular daquela que está mais perto de si. Pedro Diamantino Diretor
Sampaio, 31, 1º Dto. 1150-278 Lisboa; Site: www.series.com. Diretor: Pedro Diamantino • Propriedade: Holon – Comunicação
pt • Paginação: Helena Freitas • Execução Gráfica: Finepaper
Global, Lda • Capital Social: 5.000,00 euros • Órgãos Sociais:
– Rua do Crucifixo, 86, 3º Dto. 1100-184 Lisboa; E-mail: info@
Pedro Miguel Domingues Pires e Nuno Alexandre Antunes Machado
finepaper.pt • Impressão e Acabamento: Lidergraf Sustainable
(gerentes) • NIPC: 508025621 • Telefone: 219 666 100;
Printing – Rua do Galhano, 15 4480-089 Vila do Conde; Site:
E-mail: geral@grupo-holon.pt
www.lidergraf.pt • Número de Depósito Legal: 361265/13
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atualidade
Transplantes vão fazer parte dos contratos com os hospitais O ministério da Saúde vai incluir os transplantes nos contratos programa que faz com os hospitais, revelou o “Diário de Notícias”. A medida faz parte de um leque de iniciativas que o Governo está a analisar para dar resposta às recomendações do grupo de trabalho que avaliou os motivos da diminuição da colheita de órgãos e transplantes. «A proposta de contratualização irá incluir dados referentes a transplantações. O financiamento será feito pela atividade desenvolvida, embora, como acontece desde há anos, haverá a fixação de metas contratuais para cada centro de transplantação. Para os centros de colheita, a atitude deverá ser a de incentivar que equipas locais procedam às colheitas, quando possível», revelou o secretário de Estado Adjunto da Saúde, Fernando Leal da Costa. O ministério está a estudar o modelo, mas ainda não há valores definidos. «Para já a prioridade é compensar os hospitais que colhem mais e mantêm os dadores cadavéricos em condições de serem dadores», adiantou Fernando Leal da Costa, acrescentando que os dados da transplantação deverão passar a fazer parte do sistema de monitorização que compara os diferentes hospitais e que já estão a decorrer auditorias aos gabinetes de colheita. Entre as propostas está também o alargamento da rede de recolha de órgãos e de unidades a fazer transplantes. O ministério está a promover ações de sensibilização junto dos profissionais e administradores, ao mesmo tempo que está a estudar a descentralização do seguimento dos doentes transplantados e o sistema de monitorização do tempo de espera para transplante, que poderá ser o mesmo usado para as listas de espera para cirurgias.
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Metade da população
Doentes poderão ser enviados
tem excesso de peso
para hospitais com menos
No Dia Mundial da Alimentação, celebrado a 16 de outubro, foi divulgado que Portugal está entre os países europeus com maior número de crianças com excesso de peso (30%) e mais de metade da população adulta tem peso a mais. Mónica Santos, dirigente da Associação Portuguesa de Dietistas, adiantou à “Rádio Renascença” que, no caso português, a malnutrição está relacionada com o excesso de alimentos. Para fazer uma alimentação saudável, é preciso ter em atenção a quantidade, a qualidade e a variedade. «Podemos ter o nosso prato dividido em três partes: uma grande parte que são os cereais, uma outra grande parte que são as hortícolas, os vegetais - sob a forma de crus, cozinhados, variando as cores - e, depois, uma pequena porção do alimento proteico - a carne, o peixe, os ovos. As leguminosas também entram aqui», elucidou, salientando que «os alimentos mais caros da nossa alimentação são os proteicos, a carne e o peixe, e são aqueles de que precisamos em menor quantidade». A responsável chamou ainda a atenção para a necessidade de reduzir o desperdício alimentar, comprar apenas o que é preciso e utilizar as sobras para fazer outras refeições. Trata-se de dicas que podem ajudar também a reduzir a conta do supermercado ao fim do mês.
tempo de espera De acordo com o “Jornal de Notícias”, os médicos de família vão poder enviar os doentes para hospitais que tenham menos tempo de espera para consultas de especialidade. Quase metade (43%) das primeiras consultas realizadas, nos primeiros seis meses de 2013, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, ocorreram fora dos prazos adequados, enquanto o Centro Hospitalar Lisboa Central (que inclui o São José, Santa Marta e Curry Cabral, entre outros), a poucos quilómetros, respondeu, em tempo oportuno, a quase 95% das consultas. Ainda não há data para esta mudança mas, no futuro, esta informação vai servir para que os doentes possam selecionar, de entre um leque de proximidade, os hospitais para onde querem ser encaminhados em função do tempo de resposta.
OPINIÃO
Igualdade de oportunidades Em qualquer campanha eleitoral, os líderes dos vários partidos e os candidatos a qualquer cargo político apresentam os seus projetos sob a forma de discursos, mais ou menos elaborados, em que há um denominador comum: a defesa de uma sociedade mais justa, em que a igualdade de oportunidades possa ser uma realidade.
4 – Organizando ou participando em projetos na comunidade (em escolas, lares, instituições várias e autarquias), visando sempre a promoção da saúde e a prevenção da doença (por exemplo: “A escola também ensina a comer”, “Avaliação do risco cardiovascular”, “Caminhada para a Saúde”, entre outros);
Infelizmente, as correspondentes promessas raramente são cumpridas.
5 – Promovendo campanhas que integram produtos sazonais, permitindo que o utente beneficie de preços mais favoráveis para esses produtos na altura em que mais vai precisar deles.
Contudo, a igualdade de oportunidades devia estar sempre presente na sociedade em geral e nas empresas em particular. Acontece que, no universo das farmácias, há 83 que se associaram, constituindo as Farmácias Holon, porque acreditaram nesse valor e o elegeram como objetivo. Com efeito, sejam do norte ou do sul do país, do litoral ou do interior, de zonas mais ou menos desfavorecidas em termos económicos, todas as Farmácias Holon, sem exceção, oferecem igualdade de oportunidades aos seus utentes.
Maria Manuela Leonardo, Diretora técnica da Farmácia Vaz
De que forma: 1 – Prestando um atendimento de excelência virado para as necessidades do utente, que assenta na formação contínua de todos os seus colaboradores; 2 – Disponibilizando um leque de serviços (Consulta Farmacêutica, Serviço de Nutrição, Serviço de Podologia, Serviço do Pé Diabético, Serviço de Dermofarmácia, Serviço de Reabilitação Auditiva, Check Saúde e Preparação Individualizada da Medicação), que constitui muitas vezes a solução, ou parte da solução, de muitos dos problemas de saúde apresentados pelos utentes; 3 – Criando uma gama de produtos de marca própria que já se implantou no mercado em virtude da sua qualidade, efetividade e preço justo, quando comparada com a dos seus concorrentes;
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Esta é a nossa filosofia; isto é uma realidade em todas as Farmácias Holon, da mais pequena à maior. Foi esta realidade que me determinou a integrar este grupo. Ela constituirá também uma forte razão para os utentes escolherem as Farmácias Holon. Estou certa de que um dia todas as farmácias serão assim.
Sejam do norte ou do sul do país, do litoral ou do interior, de zonas mais ou menos desfavorecidas em termos económicos, todas as Farmácias Holon, sem exceção, oferecem igualdade de oportunidades aos seus utentes
O QUE DIZEM OS ESPECIALISTAS
«População não tem consciência de que o colesterol elevado é perigoso» Assintomático, o colesterol alto é um inimigo silencioso que vai comprometendo o sistema arterial e pode levar a doenças cardíacas graves. Conhecer o perfil lipídico é assim essencial, bem como a adoção de um estilo de vida mais saudável. H - O colesterol tornou-se uma condição menor, como se fosse “normal”. É normal ter níveis de colesterol elevados? Pedro Marques da Silva, médico administrador da Fundação Portuguesa de Cardiologia - Antes de mais, convém desmistificar que o colesterol não é uma doença. É uma substância de um grupo químico, essencial à vida e que é necessária para a produção de hormonas, para a constituição de membranas celulares, para a constituição dos ácidos biliares e sem a qual não podemos viver. Quando há perturbações genéticas graves do metabolismo do colesterol a vida não é viável. O que estamos a falar é de níveis de colesterol não saudáveis, que proporcionam o aparecimento de doenças cardiovasculares. Embora as alterações dos níveis de colesterol sejam frequentes, com valores acima dos 190 – os dados da Sociedade Europeia de Cardiologia apontam que em Portugal, nos últimos 15 a 20 anos, o valor do colesterol médio oscilou entre os 200 e os 220 mg –, há que ter cuidado em monitorizar os valores.
H - Qual a franja da população mais afetada? PMS - Não há grande variação entre o sexo feminino e masculino – as mulheres, em traços gerais, têm valores de “bom colesterol” mais elevados -, mas o colesterol total acima dos 190 ocorre em cerca de 66 a 70% da população portuguesa. Contudo, o colesterol acima dos 240 já só ocorre em 16% da população portuguesa. Há uma grande fatia da população que tem valores anormais, mas os valores considerados mais graves têm menor incidência.
H - Mas então qual é o grande problema em ter-se valores de colesterol elevados? PMS - Primeiro, as pessoas não têm consciência formal de que o colesterol é perigoso. Há até um estudo europeu que indica que, entre os portugueses que registam colesterol elevado, o principal receio que tinham em relação à possível causa de morte era o cancro. Apesar de o fator contributivo altamente significativo para terem uma doença cardiovascular grave, as pessoas não encaram o colesterol elevado como um fator de risco. 7
«Não há sintomas ou sinais diretamente relacionados com o colesterol elevado» Outro ponto assustador é o facto de raramente o colesterol elevado aparecer isolado. Ou seja, 80% dos hipertensos têm o colesterol elevado. O fator patogénico do colesterol é potenciado e agravado pela existência de outros fatores de risco, como é o caso da hipertensão, e 90% dos doentes diabéticos têm perturbações do metabolismo de lípidos, o que agrava a sua condição.
H - Devemos então estar atentos aos valores do colesterol como algo rotineiro? PMS - Sim, é fundamental a realização da análise. A Sociedade Europeia de Aterosclerose considera, nas suas últimas recomendações, que todos os homens depois dos 30 anos e todas as mulheres depois dos 40 anos devem conhecer o seu perfil lipídico. Contudo, no caso de a pessoa ter fatores de risco, o exame deve ser realizado mais cedo.
H - Quais são os fatores de risco? PMS - Se alguém na família teve um enfarte antes dos 55 anos de idade deve saber mais cedo os seus níveis de colesterol. Também nos casos em que na família os níveis de colesterol e dos triglicéridos são elevados, deve tentar conhecer mais cedo estes resultados. No caso de a pessoa ter artrite reumatoide, psoríase ou alguma doença autoimune, como é o caso do lúpus, deve procurar saber os seus níveis de colesterol.
H - E qual o exame mais indicado para detetar estas alterações? PMS - É realizado através de uma análise sanguínea. Embora se tenha discutido muito que tipo de análise sanguínea deve ser realizada, bem como se é ou não obrigatório a pessoa estar em jejum. As guidelines continuam a recomendar fazer um jejum de pelo menos 10 a 12 horas para analisar o valor do colesterol total, do colesterol LDL, dos triglicéridos e do colesterol HDL.
H - A que sintomas ou sinais devemos estar atentos? PMS - Não há sintomas ou sinais diretamente relacionados com o colesterol elevado. No caso dos triglicéridos, quando estão muito elevados, podem sentir-se dores abdominais e sensação de enfartamento. Podem ainda aparecer acumulações de gordura na pele ou xantomas, mas o colesterol elevado é assintomático.
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H - De quanto em quanto tempo deve ser repetido o exame? PMS - Se a pessoa tem os valores normais, só tem de repetir 3 a 5 anos depois. Quando se verificam alterações, há que definir se é necessário recorrer a terapêutica ou se passa pela alteração de hábitos de vida.
H - E que alterações de hábitos são essas? PMS - Passam por deixar de fumar, controlar o peso, procurar ter uma dieta nutricional equilibrada e variada, incidindo nas recomendações que já devem ser adotadas por qualquer pessoa. Aliás, evitamos usar o termo “dieta”, para não parecer um castigo, mas sim a adoção de um estilo de vida mais saudável que ajudará a evitar muitas outras doenças. Até há 15 ou 20 anos, os valores do colesterol elevado eram menos perigosos, mas entretanto surgiu a obesidade, o que aumentou enormemente a prevalência do tipo de dislipidemia e
as suas consequências. O colesterol agora é potencialmente mais grave, com partículas de LDL mais oxidantes, o que induz a aterosclerose e as de HDL – o colesterol “bom” - a baixar.
H - Que conselho gostaria de deixar aos leitores da H acerca do colesterol? PMS - Que procurem saber qual é o seu perfil lipídico, tal como o seu peso ou o valor da sua tensão arterial. Discutam com o seu médico qual o valor desejável, tendo em conta o seu grau de risco e, depois, estabeleçam um projeto terapêutico, farmacológico ou não, para atingir esses objetivos, sabendo que as consequências de não se tratar são muito piores do que aquelas que podem resultar da simples ignorância desse fator. Mesmo no caso daqueles que não têm valores alterados, tenham em atenção a adoção de um estilo de vida mais saudável, com vista à redução do risco de doenças crónicas degenerativas.
Nutracêuticos como auxiliares Certamente já se cruzou na prateleira do supermercado com alguns alimentos que “anunciam” vantagens terapêuticas no controlo de algumas patologias. Pedro Marques da Silva, que para além de ser administrador da FPC, faz parte do Núcleo de Investigação Arterial do Hospital de Santa Marta e do Serviço de Medicina da referida unidade hospitalar, esclarece que alguns destes produtos apresentam benefícios, quando utilizados em conjunto com a adoção de um estilo de vida mais saudável e com a terapêutica, nos casos em que esta é recomendada.
Alguns produtos, «quando utilizados nas doses adequadas, podem fazer baixar o colesterol total na ordem dos 17%. Contudo, estes produtos não podem nunca substituir a terapêutica farmacológica instituída. Apenas podem ser usados para complementar a mesma». O médico alerta ainda para o facto de que este tipo de produtos não deve ser administrado às crianças, «porque evitam a absorção de algumas vitaminas lipossolúveis e dos carotenos, o que pode perturbar o desenvolvimento infantil».
em foco
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Nascimento Parto normal «mais seguro do que a cesariana» Existem vários tipos de parto, sendo que a sua escolha está relacionada com fatores como o tamanho do bebé. No entanto, o mais recomendado é o parto normal, uma vez que a recuperação da mulher ocorre de forma mais rápida e natural.
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EM FOCO
O nascimento de um filho é um dos momentos mais belos na vida da mulher, mas não está isento de receios, sobretudo para quem vai ser mãe pela primeira vez. Neste sentido, a informação poderá ser a solução para travar alguns destes medos. No que toca ao parto, a sua escolha varia de acordo com as condições de cada gestante. Por outras palavras, a escolha do tipo de parto não depende exclusivamente da vontade da mãe ou do casal, estando condicionada por alguns fatores, como o tamanho do bebé (no que respeita aos primeiros partos de mulheres saudáveis) ou a existência de algumas doenças maternas e dos fetos, entre outros. Porém, o parto que apresenta mais benefícios para a mulher é o normal porque, como explica Lúcia Correia, médica ginecologista e obstetra na Maternidade Dr. Alfredo da Costa, em Lisboa, «é mais fisiológico, tem uma recuperação mais rápida e estimula a resposta imunitária do recém-nascido». Basicamente, existem dois tipos de partos, o eutócico (vulgarmente designado por normal) e o distócico (onde se inclui a cesariana e os partos vaginais instrumentados).
O normal versus natural Existem dois tipos de partos, o eutócico (vulgarmente designado por normal) e o distócico (onde se inclui a cesariana e os partos vaginais instrumentados)
O parto normal (eutócico) «é mais seguro do que a cesariana e mais indicado para as mulheres que não têm uma gravidez de risco», garante a equipa da Clínica EME SAÚDE, no Porto, acrescentando que «oferece menos riscos de infeção, prematuridade e hemorragia, além de mais vantagens para o bebé, dado que a passagem pelo canal vaginal fortalece o seu sistema imunológico, a pressão ajuda a eliminar o excesso de líquido nos pulmões e o contacto com as bactérias da vagina será a sua primeira “vacina”, que vai potenciar a saúde no primeiro ano de vida». No entanto, se houver necessidade de se recorrer a instrumentos obstétricos, como a ventosa ou o fórceps (instrumento que é colocado em ambos os lados da cabeça do bebé e o ajudam a sair), está-se perante um parto distócico, precisamente, «por haver distocias, ou seja, dificuldades encontradas na evolução de um trabalho de parto», explica a referida equipa. O parto normal e o parto natural (que também é um parto eutócico) «diferem apenas no uso ou não de intervenções químicas ou cirúrgicas, respetivamente», revelam os especialistas da EME SAÚDE, assinalando que, no que concerne especificamente ao parto natural, «não há
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intervenções», assim como episiotomias (cortes intencionais feitos na região perianal, em casos selecionados, para ajudar no parto ou evitar lacerações graves maternas). Por outro lado, «é humanizado, pois respeita as escolhas da mulher, nomeadamente a posição que quer ter durante o trabalho de parto». Além disso, a mulher pode ter sempre «alguém a acompanhá-la, como uma doula (assistente de parto) ou o marido e pode escolher o local onde quer ter a criança, nomeadamente no hospital ou em casa (que não é ainda muito recorrente em Portugal, por falta de rede de apoio)», esclarece a equipa da clínica do Porto.
A cesariana Incluída na “categoria” de parto distócico, a cesariana, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), é um procedimento cirúrgico indicado apenas para as mulheres ou bebés em risco, como posição inadequada do feto, descolamento prematuro da placenta e doenças maternas ou fetais que contraindiquem o parto vaginal. O tempo de recuperação é superior aos dos outros tipos de parto, já que nestes a recuperação demora, em média, 15 a 20 dias e nas cesarianas 30 a 40 dias. No entanto, segundo a Harvard Medical School, a decisão de quando e em que situação é necessário efetuar uma cesariana continua a ser uma questão muito contestada, sendo que as causas estão relacionadas diretamente com o feto, com a grávida ou com ambos. Em relação ao feto, costuma-se avançar para a cesariana em situações relacionadas com a restrição do crescimento intrauterino, o trabalho de parto iniciado muito longe do final da gravidez, as apresentações fetais anómalas, a gravidez múltipla com o primeiro gémeo numa posição desadequada, entre outras. Quanto às circunstâncias relacionadas com a mãe, são apontadas, como situações passíveis de cesarianas, os casos de hipertensão arterial grave, diabetes descompensada, doenças sistémicas, cirurgias uterinas prévias, anomalias uterinas, etc. Por fim, no que respeita às situações materno-fetais, são exemplos de indicação para cesariana a incompatibilidade feto-pélvica, a placenta prévia (compilação que surge quando a placenta está localizada na parte inferior do útero cobrindo-o total ou parcialmente), a pré-eclâmpsia grave, a síndrome HELLP (complicação obstétrica com risco de morte, considerada uma variação da pré-eclâmpsia), etc.
Os riscos Apesar dos avanços notáveis da medicina, o parto continua a poder ter algumas complicações associadas. Lúcia Correia indica que as principais complicações podem ser divididas em dois grupos: «as maternas e as fetais (do recém-nascido)», reforçando que, «felizmente, os cuidados médicos conquistados nas últimas décadas permitiram uma redução do número de complicações graves associadas aos partos». Na verdade, de acordo com a médica ginecologista e obstetra, «atualmente a mortalidade materna é inferior a um por cento e resulta de doenças gestacionais graves, como as patologias hipertensivas». No entanto, a hemorragia pós-parto «será das complicações atualmente mais frequentes, secundária a traumatismos decorrentes do parto
ou a hipotonia uterina (incapacidade do útero se contrair de modo eficaz após a expulsão do feto e da placenta)», sendo que, ainda segundo a especialista da Maternidade Dr. Alfredo da Costa, «a utilização de ocitocina veio reduzir drasticamente esta última complicação». Já no relativo ao feto, Lúcia Correia sublinha que os traumatismos (como, por exemplo, a fratura da clavícula) e a asfixia (definida como pH do sangue do cordão umbilical inferior a 7,10) serão as complicações mais frequentes». Outro acontecimento preocupante é a morte fetal intraparto, que «é um evento devastador, mas raro, ocorrendo com mais frequência quando associado a gestações complicadas com outras patologias envolvidas como a pré-eclâmpsia, a eclâmpsia e os diabetes gestacionais», elucida a médica, acrescentando que «devemos, contu-
do, diferenciar um parto que resulta num nado morto, daquele em que o diagnóstico de morte fetal se realizou antes do parto». Por fim, Lúcia Correia chama a atenção para o facto de «o parto em unidades hospitalares com cuidados maternos, fetais e neonatais permitir uma redução significativa das complicações materno-fetais, sobretudo se pensarmos que estas podem acontecer quando menos se esperam, pois “uma gravidez de baixo risco não significa um parto sem risco”».
O parto na água Um dos meios onde pode decorrer um parto eutócico é na água. Este tipo de parto é realizado numa banheira ou pequena piscina com água morna. De acordo com a American Pregnancy Association, a ideia subjacente a este tipo de parto é que, uma vez que o bebé passa nove meses dentro do saco de líquido amniótico, ao nascer num ambiente semelhante (dentro de água), a transição é mais suave para a criança e o parto menos stressante para a mãe, dado que, por exemplo, a água morna é relaxante e ajuda a aliviar as dores das contrações. Porém, este tipo de parto é contraindicado em casos de parto prematuro, parto de gémeos, quando a gestante é diabética, hipertensa, tem VIH positivo, herpes genital ativo ou hepatite B, ou quando o bebé tem mais de quatro quilogramas.
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Responsabilidade Social As Farmácias Holon assumem a responsabilidade social como
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um dos pilares de referência do seu posicionamento no mercado, desenvolvendo, nesse sentido, diversas ações que visam o apoio aos cidadãos mais vulneráveis.
A responsabilidade social tem vindo a adquirir, no seio empresarial, uma relevância cada vez maior; a importância atribuída à integração voluntária das preocupações sociais no quotidiano das organizações tem crescido de forma notória, refletindo a defesa dos valores comuns e aumentado o sentido de solidariedade e coesão. As farmácias, por serem a unidade de saúde mais próxima da comunidade, adquirem uma importância ímpar junto da população que servem. As Farmácias Holon encaram esta preocupação com a sociedade na sua plenitude, seja através da informação e formação diária das comunidades onde se inserem ou através do desenvolvimento de ações de solidariedade em parceria com as mais diversas instituições. O Natal é a altura do ano em que os sentimentos de solidariedade ganham maior força; por este motivo, ano após ano, as Farmácias Holon têm vindo a estabelecer parcerias com várias associações com o objetivo de angariar fundos que permitam a melhoria das condições de vida dos cidadãos por elas apoiados. Ajuda de Berço, Casa das Cores, Aldeia SOS são apenas algumas das instituições que já contaram com os donativos angariados pelas Farmácias Holon. Em 2012, as Farmácias Holon associaram-se à Cruz Vermelha Portuguesa, instituição que procura ajudar pessoas vulneráveis por todo o mundo, protegendo as suas vidas, saúde e dignidade. A identificação da Cruz Vermelha Portuguesa como instituição parceira baseou-se na partilha de valores e missão entre as duas entidades, uma vez que ambas contribuem para a defesa da vida, da saúde e da dignidade humana. O objetivo desta parceria passava por doar Produtos Holon que conseguissem cobrir algumas das necessidades inerentes aos projetos que desenvolvem por todo o país. O resultado foi impressionante: cerca de 10.000€ recolhidos em Produtos Holon!
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Apesar de a época natalícia fomentar, naturalmente, a ajuda ao próximo, as Farmácias Holon fazem questão de manter o seu espírito solidário durante todo ano. Exemplo disso é a parceria que mantêm há vários anos com a FENACERCI, responsável pelo famoso Pirilampo Mágico, que todos os anos se encontra disponível para venda nas Farmácias Holon. Além disso, são inúmeras as ações de esclarecimento gratuitas e acessíveis a toda a população prestadas pelas Farmácias Holon, nomeadamente
sobre complicações como a hipertensão arterial, a diabetes, o risco cardiovascular, entre muitas outras. É em tempos de maior conturbação económica e política que a aposta na responsabilidade social se torna mais premente. Conscientes disso, as Farmácias Holon apostam num modelo sustentável de farmácia que envolve a comunidade e contribui para a saúde e o bem-estar da mesma.
Apesar de a época natalícia fomentar, naturalmente, a ajuda ao próximo, as Farmácias Holon fazem questão de manter o seu espírito solidário durante todo ano
Um Dia Todas Serão Assim
CALENDÁRIO
Dezembro Sessão “Dia a dia com a diabetes” Farmácias Holon
DPOC: Ação de sensibilização Farmácias Holon
Ação de solidariedade Farmácias Holon
Cuidados de higiene no idoso
Um Dia Todas Serão Assim
AÇÕES FARMÁCIAS
Workshop “Leitura de Rótulos Alimentares” No âmbito do Serviço de Nutrição, 29 Farmácias Holon organizaram workshops com o intuito de formar os participantes no que diz respeito à leitura informada de rótulos alimentares, contribuindo desta forma para melhorar as suas escolhas alimentares. Em particular, a Farmácia Ferreira Pinto (Nisa, Portalegre) organizou a ação sob o mote “Ir às compras com a nutricionista”; neste âmbito, os participantes dirigiram-se a um supermercado local e, com a ajuda da nutricionista, aplicaram, na prática, os princípios para uma escolha saudável de alimentos, com base na leitura de rótulos.
Durante o mês de novembro, as Farmácias Nova Iorque e Torre das Argolas promoveram, junto da população sénior e respetivos cuidadores, ações de esclarecimento sobre os cuidados de higiene no idoso. Com estas sessões pretende-se prevenir o aparecimento de infeções, através da promoção de uma higiene cuidada, o que se traduz num aumento do bem-estar e melhoria da qualidade de vida. Estas sessões contaram com uma plateia de 49 idosos.
Sessão “Dia a dia com a diabetes”
DPOC: Farmácias Holon e associação Respira promovem ação de sensibilização Por ocasião da celebração do Dia Mundial da DPOC (doença pulmonar obstrutiva crónica), assinalado a 20 de novembro, as Farmácias Holon, em parceria com a associação Respira, estão a promover uma ação de sensibilização com a finalidade de identificar eventuais casos de DPOC. Estão a ser realizadas, gratuitamente, espirometrias (uma técnica não invasiva que permite efetuar o diagnóstico da DPOC e alterações da função pulmonar) nas 83 Farmácias Holon. Estes testes são realizados por técnicos cardiopneumologistas.
Para comemorar o Dia Mundial da Diabetes, que decorreu no dia 14 de novembro, as Farmácias Holon estão a promover, ativamente, sessões de esclarecimento sobre esta patologia de grande prevalência em Portugal. O objetivo passa por explicar a doença, os fatores de risco e as formas de a controlar. No fundo, são dadas as ferramentas aos indivíduos que padecem desta doença para que possam viver de forma saudável. Estas sessões já envolveram aproximadamente 450 utentes, de 26 Farmácias Holon. Até ao final do ano estas ações irão estender-se a mais dez Farmácias Holon.
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Um Dia Todas Serão Assim
Farmácia Sousa Decorria o ano de 2009 quando a Farmácia Sousa, localizada no centro da cidade de Tavira, decidiu incorporar a forma de estar e ser das Farmácias Holon, opção que se viria a revelar muitíssimo benéfica para o desempenho da farmácia.
«Queremos ser a farmácia de referência na comunidade onde estamos inseridos e demonstrar que as Farmácias Holon são as farmácias do futuro», afirma Ana Mónica Nobre, farmacêutica e responsável de marketing da Farmácia Sousa
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Ana Mónica Nobre, responsável de marketing da Farmácia Sousa, reconhece, sem margem para dúvidas, as grandes mais-valias da opção tomada de integrar as Farmácias Holon, «a performance da Farmácia Sousa tem evoluído em vários níveis. Podemos destacar uma evolução do espaço, dos serviços prestados, dos produtos disponibilizados e da equipa». Esta evolução marcadamente positiva é resultado da forma como a Farmácia Sousa encarou, desde o primeiro dia, o desafio Holon: com a determinação de que estava no caminho certo para contribuir para a prestação de um serviço de excelência à comunidade que serve. Para isso, foram pensados ao pormenor os detalhes da farmácia: desde a luminosidade, à visibilidade dos produtos, não descurando a criação de espaços que conferem maior privacidade, de modo a aumentar substancialmente a qualidade do atendimento.
como reconhece Ana Mónica, «a nossa equipa está mais preparada para aconselhar e dar resposta às várias situações que nos são apresentadas todos os dias». O reconhecimento dos clientes pelo trabalho realizado é, em muitos casos, o mais compensador. «A confiança depositada no aconselhamento da nossa equipa, a crescente adesão aos vários serviços que são prestados e outros eventos que são realizados» são apenas alguns dos aspetos que o traduzem e que motivam a equipa a superar-se constantemente.
Neste sentido, e consciente de que a farmácia representa muito mais do que a simples dispensa de medicamentos, a farmacêutica revela «apostámos na diferenciação pela prestação de variados serviços à população e aumentámos a oferta de Produtos Holon, que se distinguem pela elevada qualidade».
No entanto, a farmácia ambiciona mais do que a fidelização dos seus clientes, almejando contribuir, ativamente, para a adoção de estilos de vida mais saudáveis e «ajudar a prevenir e a detetar situações de risco para a saúde e contribuir para a implementação de estratégias que permitam o controlo do problema de saúde», declara a responsável. Exemplos de ações neste sentido são os Projetos Escola, tais como “A escola e a pediculose”, “A escola, o sol e a alimentação” ou “A escola também ensina a comer”, os rastreios de Avaliação do Risco Cardiovascular, workshops de Leitura de Rótulos, entre outros desenvolvidos pela Farmácia Sousa.
A equipa detém, inquestionavelmente, um papel fundamental no desempenho de qualquer farmácia. No caso da Farmácia Sousa, e após ultrapassado o processo inicial de adaptação, a equipa assimilou totalmente o espírito Holon, o que se reflete na prestação de um serviço acima da média,
Ana Mónica Nobre está determinada a dar continuidade ao trabalho que tem vindo a ser desenvolvido, tendo um objetivo bem definido para a farmácia: «queremos ser a farmácia de referência na comunidade onde estamos inseridos e demonstrar que as Farmácias Holon são as farmácias do futuro».
Ser saudável com diabetes tipo 2 «Informaram-me que tinha diabetes, explicaram-me muitas coisas, talvez demasiadas coisas, mas aquilo de que mais tive
cuidamos de si
consciência foi de que muito iria mudar na minha vida. (…) Demoraria algum tempo a voltar a pensar em mim como uma pessoa saudável apesar da diabetes. Foi o evoluir das emoções relativamente ao meu estado que fez com que eu acabasse por aceitar e adaptar-me».* Sempre que há uma mudança na nossa vida sofremos um processo de adaptação. A forma como a encaramos, modifica o que sentimos e acabamos por decidir como agir dali em diante. Um diagnóstico de diabetes acarreta o peso inevitável de novas preocupações, mas, se há uns anos esse peso dificilmente se poderia conotar com uma vida saudável, hoje em dia a realidade é bem diferente. Sim, é possível ser-se saudável com a diabetes tipo 2! Num processo nem sempre dotado de facilidades, é preciso renovar a aptidão para viver; é preciso que a preocupação inicial, carregada de medos, se transforme numa preocupação realista e saudável que aprendamos a aceitar, fazendo dela apenas mais um elemento a integrar na nossa vida. Mas, para isso, é preciso conhecê-la e aprendermos a adaptar-nos a esta doença, de forma a ter uma melhor qualidade de vida.
Diabetes tipo 2 A diabetes tipo 2 surge normalmente em pessoas com uma predisposição genética para tal e que, devido a hábitos de vida e de alimentação errados, e, por vezes, ao stress, vêm a sofrer da patologia quando adultos. De uma forma generalizada, neste tipo de diabetes, o pâncreas é capaz de produzir insulina, no entanto, a alimentação incorreta e a vida sedentária, tornam o organismo resistente à ação desta hormona, levando a que o pâncreas esteja em esforço constante para produzir cada vez mais insulina, até que a que produz deixa de ser suficiente, surgindo desta forma a diabetes, caracterizada, de forma simplista, por um aumento de açúcar no sangue.
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Alimentação Na diabetes tipo 2 a alimentação constitui a base do programa terapêutico. Deve ser feita uma alimentação equilibrada, que forneça uma quantidade de energia compatível com as necessidades de cada um, fracionada, evitando comer muito de cada vez, de forma a respeitar cerca de três refeições principais e três intermédias, com intervalos de duas a três horas e, sempre que possível, respeitando o horário das refeições. O principal objetivo é evitar grandes variações nos níveis de glicemia.
Exercício físico A prática de exercício físico é outro dos pilares sobre o qual assenta o tratamento da diabetes. A prática regular de exercício, durante pelo menos 30 minutos por dia, aumenta a sensibilidade à insulina, diminui a glicemia durante e após o exercício, aumenta a massa muscular, diminui a massa gorda e melhora os fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Se praticada com regularidade, a atividade física implica que as necessidades de insulina sejam menores.
Medicação Em muitos casos, numa fase inicial da doença, a pessoa poderá conseguir controlar os valores de glicemia através de uma alimentação saudável, de uma atividade física regular e, se for o caso, da perda de peso. No entanto, quando tal deixa de ser conseguido, há a necessidade de iniciar um tratamento com medicação oral, que pode vir a ser substituída ou complementada com o tratamento com insulina, sempre que se verifica a impossibilidade de controlar a diabetes com as doses máximas de comprimidos. Esta medida permite poupar várias estruturas do organismo ao desgaste provocado pela exposição prolongada a glicemias elevadas. É também comum haver a necessidade de utilização de medicamentos para controlar aqueles que são considerados os fatores de risco para o surgimento de complicações tardias: hipercolesterolémia e hipertensão arterial.
Controlo dos níveis de glicemia Uma diabetes controlada significa ter níveis de açúcar no sangue dentro de certos limites, o mais próximo possível da normalidade, sendo que para isso o melhor método é efetuar testes de glicemia capilar (através da picada no dedo) com regularidade, antes e após as refeições. 18
Outro método habitual para avaliar o estado do controlo da diabetes é a determinação da hemoglobina glicosilada (HbA1c), que nos permite uma visão global do controlo da diabetes nos últimos três meses. Segundo dados do Relatório Anual do Observatório Nacional da Diabetes (2012), uma pessoa bem controlada deverá ter um valor inferior a 6,5%, embora o valor deva ser lido de forma individualizada de acordo com a idade, os anos de evolução da doença e complicações já existentes.
Complicações agudas Para evitar ou minimizar as complicações agudas - hipoglicemia, hiperglicemia ou cetoacidose diabética - o cuidado com a alimentação, a prática de exercício físico regular, a toma da medicação e o controlo da glicemia são fundamentais; no entanto, a identificação dos sintomas inerentes a cada complicação é essencial para reverter situações que podem despoletar em maior gravidade.
Complicações tardias Sabe-se que a facilidade com que cada pessoa desenvolve complicações tardias é muito variável e depende dos fatores genéticos de cada um. Contudo, existe um conjunto de fatores de risco,
anteriormente já referidos, que quando presentes no indivíduo com diabetes, o tornam mais suscetível ao aparecimento de complicações tardias. Combater esses fatores através de um regime alimentar saudável, da prática de exercício físico e da toma correta dos medicamentos prescritos, contribui em muito para prevenir e retardar a progressão das complicações crónicas da diabetes. Outro aspeto de grande importância é a necessidade de uma vigilância regular por parte de um profissional de saúde, que possibilite a deteção de algumas complicações na fase inicial de desenvolvimento, permitindo atuar de forma a prevenir a progressão de lesões e, consequentemente, o surgimento de sintomas e limitações. Destaca-se a necessidade, inicialmente anual, de vigiar o estado da retina, dos rins e do pé da pessoa com diabetes. A diabetes tipo 2 requer educação e cuidados de saúde contínuos para prevenção de complicações e redução dos riscos a elas associados. Só assim se poderá ter uma perspetiva sobre a doença baseada no bem-estar e qualidade de vida, que permitirá à pessoa com diabetes manter a vida com o máximo de dignidade. * “Viver com a Diabetes”, da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal, 2004, p.139. Obra usada como referência bibliográfica para este artigo.
CUIDAMOS DE SI
Problemas de pele do bebé Aquando do nascimento, o bebé abandona o ambiente intra-uterino e contacta com um ambiente exterior onde tudo é novidade: o ar, os microorganismos, a diferença de temperatura, entre outros. A pele do bebé não está desde logo adaptada, uma vez que ainda não se encontra totalmente desenvolvida, sendo a sua função de proteção ainda imatura. A pele do bebé é três vezes maior do que a de um adulto relativamente ao seu peso corporal, havendo, por isso, maior absorção e risco acrescido de toxicidade. Além disso, é particularmente frágil, uma vez que não teve tempo para adquirir todas as funcionalidades da pele de um adulto (demora cerca de dois a três anos). Pelo facto do pH do recém-nascido ser superior ao do adulto (inicia-se com um pH próximo do neutro, evoluindo para um pH ligeiramente ácido), existe maior sensibilidade às infeções e irritações. Na criança, o filme hidrolipídico (composto por suor e sebo) quase não existe, não havendo assim proteção contra o ressecamento e desidratação da pele. Finalmente, a camada córnea é mais frágil (corneócitos menos coesos), havendo um aumento da permeabilidade aos agentes externos, tais como calor, frio, vento, ar condicionado, pó e microorganismos presentes no ambiente exterior. A pele do bebé é vulgarmente classificada de normal, embora seja sempre bastante delicada e frágil, pelo que se devem preferir sempre produtos hipoalergénicos (elevada tolerância e segurança máxima), sem parabenos, sem corantes, sem álcool e sem perfume (suave). 20
É muito importante que os produtos do adulto não sejam utilizados no bebé.
- Predisposição para alergias (asma, rinite alérgica, outras);
Os problemas de pele mais frequentes no bebé são a atopia, a crosta láctea e a pele reativa e intolerante.
- Aparecimento das placas (irritativas, secas e rugosas) em locais específicos (cara, pregas cutâneas e extremidades); - Dificuldade em dormir;
A atopia A atopia caracteriza-se pela perda de uma parte da barreira lipídica da pele que, não conseguindo manter a sua hidratação natural, leva à perda de água e secura extrema. Iniciando-se, geralmente, no terceiro mês de vida, pode ocorrer em crianças que tiveram asma ou rinite, podendo dar origem a eczemas. É uma doença crónica cada vez mais recorrente, estando associada a fatores genéticos e ambientais.
Quais são os sinais? - Ao toque, a pele é espessa, rugosa e apresenta escamas; - A pele é bastante seca, irritativa e provoca prurido (levando o bebé a coçar-se frequentemente);
- Piora com o calor (suor) e com o frio (agravamento da desidratação).
Quais são as causas? Sendo a pele atópica pobre em lípidos, torna-se mais vulnerável e permeável aos agentes externos, que podem provocar uma reação inflamatória (frio, calor, ácaros, roupa sintética, outros). Além disso, está associada, na maioria das vezes, a uma reatividade anormal do sistema de defesa imunitário cutâneo.
Quais são os cuidados? - Tratamentos com dermocosméticos: previnem e espaçam as crises e as recidivas, melhorando o conforto da criança;
- Cuidados adaptados de higiene no banho e em casa (ver caixa);
- Fatores psicológicos (stress, escola, medo, outros);
- Tratamentos médicos (corticosteróides tópicos, antibióticos, antialérgicos).
- Fatores mecânicos (pressão sobre a pele).
Quais são os cuidados?
Crosta láctea
- Banhos com água tépida (36º);
A crosta láctea surge quando o sebo (gordura) produzido é mais seco e se transforma em placas, obstruindo os poros. Desta forma, não é possível a libertação do sebo que continua a ser produzido pelas glândulas sebáceas, formando-se escamas oleosas e amarelas que, quando se concentram, formam crostas. Não acontece por falta de higiene e pode aparecer logo na primeira semana de vida ou até aos três anos (geralmente desaparece aos oito meses de vida).
Quais são os sinais? Traduz-se em escamas oleosas, amareladas, húmidas e não pruriginosas no couro cabeludo e, mais raramente, nas sobrancelhas. Dois terços dos bebés apresentam crosta láctea após a primeira semana de vida.
Quais são as causas? A crosta láctea pode ser induzida pela transferência de hormonas da mãe para o bebé antes do nascimento. Essas hormonas serão responsáveis por uma produção invulgar de sebo pelas glândulas sebáceas anexas aos folículos pilosos e capilares. Por outro lado, a produção excessiva de sebo e suor também pode levar ao aparecimento da crosta láctea (permite uma fácil proliferação do fungo Malassezia furfur).
Quais são os cuidados? Não retirar as crostas do bebé, uma vez que elas acabam por cair naturalmente. Deverá ser utilizado um champô adequado e suave. Durante a lavagem: - Massajar o couro cabeludo com a ponta dos dedos, com cuidado para não causar feridas na pele sensível (risco de infeção). Pode utilizar-se um óleo ou um produto para amolecer as escamas 30 minutos antes do banho; - Com a ajuda de uma escova de cerdas suaves libertam-se as escamas; 22
- Produtos sem perfume, sem conservantes e sem álcool; - Produtos sem sabão; - Cremes hidratantes e apaziguantes adaptados às peles hipersensíveis. Como medidas preventivas:
- Finalmente enxagua-se e seca-se suavemente com uma toalha. Estes cuidados devem ser repetidos diariamente. Na maior parte das situações são suficientes para evitar a acumulação das escamas oleosas e para prevenir o seu reaparecimento.
Pele reativa e intolerante Está-se perante uma pele reativa e intolerante quando a função barreira/proteção da pele não existe. O cimento (lípidos) que une os tijolos (células) é inexistente e, por isso, as células ficam menos agregadas, levando a uma maior permeabilidade, maior fragilidade e um limiar de tolerância reduzido.
- Evite expor o seu bebé aos agentes que despoletam a hipersensibilidade; - Proteja-o do vento, frio e variações de temperatura; - Proteja-o do sol e evite a exposição solar direta (chapéu, t-shirt e óculos de sol); Alguma dúvida, ou situação menos agradável com a pele do seu bebé, recorra ao Serviço de Dermofarmácia na sua Farmácia Holon.
Cuidados de higiene adaptados Banho: - Cortar as unhas regularmente;
Quais são os sinais? - Vermelhidões passageiras na pele;
- Utilizar água tépida para lavar o bebé; - Produtos lavantes sem sabão ou perfume;
- Desconforto cutâneo com sensação de picadas, esticão, ardor e comichão.
- Toalha 100% algodão;
Quais são as causas?
- Hidratar a pele do bebé com um emoliente específico.
A pele reage de forma exacerbada a determinados fatores:
Casa: - Temperatura entre 19 a 20ºC;
- Climáticos (frio, calor, vento, sol, outros); - Fatores externos (sabonetes, perfumes, água muito calcária, piscina, outros);
- Arejar e aspirar regularmente a casa (evita ambiente saturado).
Bebé e mamÃ
Vacinação nos primeiros 12 meses
Passaporte para a vida As vacinas salvam mais vidas do que qualquer outro tratamento médico. São o meio mais eficaz e seguro de proteção contra certas doenças. Mesmo quando a imunidade não é total, se o bebé estiver vacinado terá maior capacidade de resistência na eventualidade da doença surgir. O sistema imunitário do recém-nascido é ainda imaturo e inexperiente. Nos primeiros três meses de vida, os anticorpos da mãe, passados para o filho através da placenta, fornecem alguma proteção, embora não contra todas as doenças. Dos três meses até cerca dos dois anos de vida, altura em que o seu sistema imunitário já é suficientemente maduro, a criança continua a estar particularmente suscetível às infeções. Estudos recentes comprovam que o sistema imunitário, desde o nascimento, é capaz de
responder a inúmeros estímulos antigénicos, quer das vacinas, quer dos agentes infeciosos e, embora a criança faça bastantes vacinas no seu primeiro ano de vida, não há que recear que todos esses estímulos sobrecarreguem o seu sistema imunitário. Pelo contrário, é fundamental vacinar as crianças precocemente para evitar doenças graves, como a tosse convulsa ou certas meningites, mais frequentes nos primeiros meses de vida, que podem causar lesões permanentes ou até fatais.
Proteção segura e eficaz Algumas pessoas acreditam que a imunidade adquirida naturalmente – ou seja, pela doença – é melhor do que a adquirida pela vacinação. No entanto, as infeções naturais podem causar complicações graves e mesmo a morte. Isto é verdade, mesmo para as doenças que a maioria das pessoas considera “ligeira”, como o sarampo. É impossível prever quem vai ter uma complicação grave. As vacinas, como qualquer outro medicamento, 31
podem causar efeitos secundários (inchaço, dor e vermelhidão no local da injeção, febre e mal-estar geral), mas estes geralmente são ligeiros e de curta duração, enquanto os sintomas das doenças evitáveis pela vacinação podem ser graves. Várias das doenças cujas vacinas estão incluídas no Programa Nacional de Vacinação (PNV) atualmente não circulam no nosso país, mas existem noutros locais do mundo e podem ser reintroduzidas em Portugal se não houver imunidade de grupo (uma percentagem elevada da população adequadamente vacinada). E mesmo com os avanços atuais da Medicina, as doenças evitáveis pela vacinação podem complicar-se. As vacinas são o meio mais eficaz e seguro de proteção contra certas doenças. Mesmo quando a imunidade não é total, quem está vacinado tem maior capacidade de resistência na eventualidade da doença surgir. Mas não basta vacinar-se uma vez para ficar devidamente protegido. Em geral, é preciso receber várias doses da mesma vacina para que esta seja eficaz. Outras vezes é também necessário fazer doses de reforço, nalguns casos ao longo de toda a vida.
Cumprir o calendário O Programa de Vacinação Nacional permite que, aos seis meses de idade, o bebé já tenha a proteção básica para oito doenças (formas graves de tuberculose, difteria, tétano, tosse convulsa, hepatite B, poliomielite e meningites e septicémias por meningococos C e por hemófilos). Há ainda, fora do PNV, vacinas contra rotavírus (agente de diarreia) e contra pneumococos (agente de meningites, septicemias e pneumonias), que também são administradas antes dos seis meses. A melhor forma de ficar protegido contra determinadas doenças é cumprir o calendário de vacinação recomendado pelo Programa Nacional de Vacinação. As crianças são as principais destinatárias, embora também abranja os adultos.
dose da vacina contra a hepatite B (VHB), desde que o peso do recém-nascido seja igual ou superior a 2.000g. Ambas as vacinas deverão ser administradas na maternidade. Quando tal não ocorrer, serão administradas no centro de saúde, o mais brevemente possível, segundo o calendário recomendado. É aconselhada apenas uma dose de BCG. A vacina deve ser administrada tão precocemente quanto possível. Após os dois meses de idade, só deve ser administrada a BCG após prova tuberculínica negativa, tendo em atenção os intervalos recomendados entre a administração de vacinas vivas e entre estas e a prova tuberculínica.
Para vacinar o bebé, basta que os pais se dirijam ao centro de saúde da sua área de residência, ou outro serviço de saúde devidamente autorizado, e levem consigo o boletim de vacinas.
Aos dois meses de idade, recomenda-se a primeira dose da vacina pentavalente contra a difteria, o tétano, a tosse convulsa, a doença invasiva por Haemophilus influenzae b e a poliomielite (DTPaHibVIP) e a segunda dose da vacina contra a hepatite B (VHB). Aos quatro meses, o bebé receberá a segunda dose da vacina DTPaHibVIP e, aos seis meses, a terceira dose destas mesmas vacinas, assim como a terceira e última dose da VHB.
Segundo o esquema recomendado pelo PNV, logo à nascença o bebé deve ser vacinado contra a tuberculose (BCG) e receber a primeira
O esquema de vacinação do primeiro ano de vida completa-se, aos 12 meses, com a vacina contra as meningites e septicemias causadas
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pela bactéria meningococo C (MenC1), dose única, e a primeira dose da VASPR1, que protege a criança contra o sarampo, parotidite epidémica e a rubéola.
Proteção conferida pelas vacinas demora algumas semanas As vacinas ajudam o sistema imunitário porque, através da administração de componentes (antigénios) importantes dos vírus ou bactérias que provocam determinada doença, é acionada uma resposta com formação de anticorpos. Através deste processo, a vacinação faz com que o sistema imunitário responda rápida e eficazmente a um contacto posterior com os vírus ou bactérias que provocam a doença, prevenindo-a. A aquisição de proteção conferida pelas vacinas demora, em geral, algumas semanas.
Cálculos renais: Saiba como prevenir dia a dia
Conhecidos vulgarmente por “pedras” (ou “areias”) nos rins, os cálculos renais (litíase renal) resultam da formação de depósitos de minerais no interior dos rins. São um dos problemas mais frequentes do aparelho geniturinário e provocam dores intensas e incapacitantes. Mas se habitualmente estes minerais são filtrados pelos rins e dissolvidos na urina, em determinadas circunstâncias - como, por exemplo, quando a urina se torna cronicamente muito concentrada - estes vão-se acumulando nos rins, podendo cristalizar, formando os cálculos renais. A dimensão dos cálculos determina a sua passagem através das vias urinárias: se forem mais pequenos, podem eventualmente ser expelidos de forma espontânea na urina; já os maiores podem ficar retidos nos uréteres (canais que ligam a bexiga ao rim) ou na bexiga e poderão necessitar de ser removidos por um especialista. Os cálculos também podem ter diversas composições, ou seja, o tipo de mineral que os constitui, sendo os mais frequentes os cálculos de oxalato de cálcio e de ácido úrico. Trata-se de uma doença comum em Portugal e no mundo. É a terceira patologia mais frequente do aparelho geniturinário, depois das infeções urinárias e doenças da próstata. Afeta geralmente mais o sexo masculino. De acordo com o Portal da Saúde, os sintomas da litíase renal ocorrem devido à deslocação dos cálculos através das vias urinárias. O sintoma mais frequente é a dor, designada cólica renal, que surge precisamente na altura em que o cálculo desce e se desloca através das vias urinárias. A cólica renal caracteriza-se por uma dor muito 34
Verão favorece aparecimento de cálculos renais Apesar da estação do ano ser outra, convém saber que, segundo a Sociedade Portuguesa de Nefrologia (SPN), o número de cálculos renais tem tendência a aumentar no verão. Esta subida média de 20% é atribuída ao calor e à desidratação, que provocam um aumento da concentração de sais minerais na urina. «A ingestão de dois litros de água por dia pode ajudar a evitar a formação de cálculos renais», defendeu há alguns meses o presidente da SPN, Fernando Nolasco, citado pelo “Diário Digital”. Igualmente importante é estabelecer horários para as refeições e praticar exercício físico. De acordo com o especialista, «qualquer pessoa pode ter uma crise provocada por cálculos renais, mas há indivíduos que têm predisposição genética para o problema e, por isso, devem ter cuidados redobrados», salientando que «com a simples alteração dos hábitos de vida, é possível minimizar um conjunto de complicações associadas à doença renal».
intensa e incapacitante, que surge subitamente na parte inferior das costas, na cintura ou costelas e até mesmo na zona genital, e vai aumentando e diminuindo de intensidade ao longo do tempo de forma alternada. Naúseas e vómitos, hipersudorese (transpiração excessiva), dificuldade ou dor ao urinar, necessidade urgente de urinar, urinar mais frequentemente do que o habitual, perda de sangue na urina e febre são outros dos sintomas e sinais associados a esta condição.
Diagnóstico e tratamento O diagnóstico é feito com base no historial de queixas do doente e na observação do médico, que posteriormente solicita alguns exames para confirmar o diagnóstico. Normalmente estão incluídas análises ao sangue e urina, radiografia ao abdómen e ecografia renal. O tratamento depende do tamanho do cálculo, bem como da sua composição e das eventuais complicações associadas como, por exemplo, uma infeção.
Conforme já foi referido, os cálculos mais pequenos e não complicados poderão ser expulsos espontaneamente na urina, não necessitando de nenhuma intervenção em particular, mas há outros tipos que cálculos que poderão precisar de uma intervenção médica mais específica, optando-se assim pela litotrícia (procedimento médico em que é utilizada uma máquina que produz ondas de choque de alta energia para destruir os cálculos, sendo os pequenos restos resultantes expelidos espontaneamente na urina) ou pela cirurgia, que tem por finalidade a remoção do cálculo. Adicionalmente, a cólica renal pode ser controlada através de medicamentos analgésicos ou antiespasmódicos. Recomenda-se que evite beber água (apenas na presença de dor) e a aplicação de calor no local (preferencialmente húmido como, por exemplo, tomar um banho quente). Para evitar que a litíase renal o volte a incomodar, aconselha-se que beba água abundantemente, cerca de dois a três litros por dia (excetuando os episódios de dor, uma vez que a agravam), siga a dieta aconselhada pelo médico e, dependendo do tipo de cálculo, o especialista poderá ainda recomendar a toma de alguns fármacos específicos que ajudam a prevenir a formação de novos cálculos. Bibliografia: Revista “Saúde Ativa” nº 11.
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Medicação Revisão periódica obrigatória cuide aqui da sua saúde
Dificuldades de utilização da medicação, problemas de adesão à mesma e dúvidas na forma de a conservar são apenas alguns dos aspetos a rever pelo farmacêutico. Um erro cometido nestas áreas pode ser determinante para o desenvolvimento de um problema de saúde evitável no futuro. O farmacêutico é o seu maior aliado na garantia de uma revisão da medicação correta.
Há cerca de 10 anos, para fazer face à elevada sinistralidade rodoviária registada em Portugal, surgiu o Plano Nacional de Segurança Rodoviária (PNPR). Este plano tinha como objetivo reduzir em 50% o número de vítimas mortais e feridos graves até 2010¹. No dia 23 de fevereiro de 2005, o Ministério da Administração Interna deixava claro, em Diário da República, a preocupação com o efeito que a sinistralidade rodoviária causava na «evolução e prosperidade que a ciência e investigação médica proporcionaram às nossas sociedades», fazendo referência ao relatório da Organização Mundial de saúde (OMS), onde se anunciava que cerca de um milhão e duzentas mil pessoas morrem em resultado de acidentes de viação, ficando muitos outros milhões de condutores e passageiros com sequelas². O processo de globalização provocou avanços incríveis nas mais diversas áreas, mas acarretou também os chamados “custos do desenvolvimento”, onde o acesso de milhões de cidadãos ao veículo automóvel colocou desafios outrora inexistentes. O comportamento dos condutores, as condições da rede rodoviária e o estado de conservação dos veículos constituem, desde então, três pilares essenciais da segurança rodoviária e a Inspeção Periódica Obrigatória (IPO) surge como uma ferramenta de prevenção. Esta procura garantir que os veículos se encontram em boas condições de funcionamento, de forma a assegurar que a circulação na via pública se processe com segurança e qualidade ecológica. A IPO é uma ação periódica de verificação das condições de segurança dos veículos automóveis, efetuada somente em locais próprios por profissionais especializados. A periodicidade da inspeção varia em função da categoria e tipo de veículo e é necessária a apresentação de alguns
documentos, entre eles a ficha da última inspeção. O carácter obrigatório da IPO, reforçado pelas elevadas coimas aplicadas a quem não cumprir as exigências inerentes à mesma, torna claro que, no caso do veículo automóvel, não há dúvidas quanto à sua importância para condutores, passageiros e cidadãos em geral. E o medicamento? Será que a morbimortalidade associada ao uso dos medicamentos não justifica também uma “inspeção obrigatória”? Se as vítimas mortais de acidentes automóveis são contabilizadas em milhões de euros de despesa para o Estado, o que dizer dos erros associados ao medicamento? Dos internamentos hospitalares
evitáveis? Se 89% dos doentes que tomam antihipertensores não estão controlados, será que existe espaço para uma intervenção farmacêutica no sentido de melhorar os resultados e poupar recursos?³ A Revisão da Medicação (RM) apresenta uma grande diversidade de conceitos, variáveis de autor para autor, existindo quem defenda que esta deve estar focada apenas no processo do uso de medicamentos e outros que defendem, por exemplo, a procura por parte do farmacêutico que realiza a revisão de forma a reduzir os custos com a medicação utilizada pelos utentes. Esta aparente complexidade científica não compromete as mais-valias deste serviço, existindo já bons 37
A Consulta Farmacêutica, com todas as suas valências e potencialidades, é um contributo muito importante para a prevenção de futuras complicações, reduzindo custos em intervenções evitáveis e incrementando a qualidade de vida dos nossos utentes
exemplos com os quais temos algo a aprender. No Reino Unido, existe, desde 2005, um serviço de RM contratualizado e remunerado pelo National Health Service (NHS), tendo, posteriormente, sido criados serviços específicos para grupos de doentes, como doentes asmáticos, doentes com alta hospitalar recente e doentes com Parkinson4. Devido à falta de consenso relativamente à prática da RM, optou-se por ousar construir uma analogia relativamente à IPO. Neste caso, vamos ao local próprio para rever toda a medicação e, tal como no caso da inspeção automóvel, somos recebidos por peritos devidamente capacitados para a verificação das condições em que utilizamos os nossos medicamentos. Estas revisões incidem sobre os medicamentos sujeitos ou não a receita médica, suplementos naturais ou vitaminas, sendo outra das mais-valias a documentação desta informação, o que pode ser fundamental numa futura ida ao médico. Porque os veículos não são todos iguais, a periodicidade das inspeções é variável em função da categoria do veículo, ano de matrícula, etc., os doentes são cada vez mais complexos, sem dúvida, mas também diferentes entre eles, existindo linhas de orientação que ajudam a encontrar a periodicidade apropriada para cada um destes grupos. Nas Farmácias Holon, a RM surge como uma valência da Consulta Farmacêutica (CF). Acreditamos que o farmacêutico está numa posição única para ajudar os nossos doentes a obter o melhor resultado possível da sua medicação, estando capacitado para suprimir esta necessidade cada vez mais evidente. Acreditamos que a CF, com todas as suas valências e potencialidades, é um contributo muito importante para a prevenção de futuras complicações, reduzindo custos em intervenções evitáveis e incrementando a qualidade de vida dos nossos utentes. A Organização para a Cooperação e 38
Desenvolvimento Económico (OCDE) apresentou, em 2013, informação sobre importantes indicadores em Saúde. Portugal, em termos de percentagem do PIB, gastava em 2011 um pouco acima da média da OCDE; contudo, analisando os números por habitante, a média é bastante inferior aos restantes países da OCDE: os gastos em Saúde per capita são de 2.619US$ (2.196 euros), na média dos países chega aos 3.339US$ (2.631 euros) e, por exemplo, nos EUA é de 8.508US$ (6.629 euros). (ver gráfico) A diminuição das despesas de prevenção e Saúde Pública, em conjunto com a redução da despesa pública, conseguida através de medidas que incluíram a redução de salários, o aumento dos pagamentos diretos por parte dos utentes e a imposição de restrições orçamentais nos hospitais constituem sinais que não podemos ignorar; são sinais de alerta, mas também sinais de oportunidades para fazer a diferença.
O erro caminha de forma tão intrínseca com o quotidiano que é comum ouvir-se a expressão “errar é humano”; nas Farmácias Holon acreditamos que faz parte da nossa missão, «informar, acompanhar e fazer de tudo para o erro não voltar».
Bibliografia: ¹ Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária 20082015 http://www.ansr.pt/default.aspx?tabid=394; ² Decreto-Lei nº 44/2005, de 23 de fevereiro. Diário da República nº 38, I Série A. Ministério da Administração Interna. Lisboa; ³ Macedo ME, Lima MJ, Silva AO, Alcântara P, Ramalinho V, Carmona J. Prevalência, Conhecimento, Tratamento e Controlo da Hipertensão em Portugal. Estudo PAP. Rev Port Cardiol 2007;26:21–397; 4 Public Health Wales NHS Trust. Medicines use review by community pharmacists. 2011:28.
Excessos alimentares ocasionais VIVA MAIS É nesta época que muitos de nós cometemos excessos alimentares que provavelmente se vão traduzir num aumento de peso, difícil de perder posteriormente. Por este motivo, a palavra de ordem para esta época é moderação! Não há motivos para resistir, nem passar a véspera de Natal a contar calorias, desde que faça um “excesso equilibrado”. O erro mais grave em termos de alimentação que se pode cometer é, sobretudo, abusar na quantidade dos alimentos que ingerimos nesses dias. É importante comer de forma controlada e escolher, dentro dos alimentos mais calóricos,
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O Natal significa estar junto da família e amigos e partilhar longos momentos em torno da… mesa! apenas aqueles de que gostamos mais. Esta quadra festiva pode ser dividida em três fases: antes, durante e depois das festas. Em cada uma delas existem algumas estratégias que podem ser tidas em conta.
Antes das festas - Manter uma alimentação equilibrada e fracionada; - Fazer pequenos lanches ao longo do dia (fruta, laticínios magros, pão ou tostas integrais)
para evitar o descontrolo do apetite; - Fazer uma boa hidratação (1,5L de água/dia); - Realizar exercício físico, por exemplo caminhadas diárias de 45 minutos.
Durante as festas - Fazer um lanche antes do jantar, de forma a controlar o apetite; - Evitar os petiscos nas entradas, como os rissóis
e croquetes, preferindo, por exemplo, os frutos secos ou oleaginosos, que embora sejam bastante calóricos, são saudáveis e ricos em ómega 6 (por exemplo, duas nozes ou seis amêndoas); - Iniciar a refeição com sopa de legumes; - Ao servir o prato, começar por escolher alimentos mais saudáveis, preenchendo metade do prato com salada e/ou legumes. Desta forma, apenas resta a outra metade do prato, que deve ser dividida em duas, de forma a preencher metade com carne ou peixe (o peru ou o bacalhau são opções saudáveis!) e a outra metade com o farináceo - batata cozida, arroz ou massa - ou uma leguminosa - grão, feijão, ervilhas, favas, lentilhas, outros; - Há que ter cuidado com o excesso de bebidas alcoólicas e evitar fazer muitas misturas durante a noite. É importante não esquecer que as bebidas alcoólicas, principalmente as destiladas, são muito calóricas. As senhoras poderão beber um copo de vinho (cerca de 140 ml) e os senhores até dois copos, que devem tentar intercalar com um copo de água para se manterem hidratados; - Comer devagar e mastigar bem os alimentos; - As sobremesas doces ou fritas tradicionais nesta época têm um alto valor calórico, devendo optar-se por comer apenas uma de cada vez e em pouca quantidade. O ideal seria apenas prová-las, dando preferência a frutas depois das refeições.
E depois das festas? Depois de cometido o excesso não existe necessidade de se martirizar; deverá, sim, iniciar o processo para reverter a situação. O ideal será manter uma alimentação saudável ao longo do ano, de forma a permitir interrupções nesta época sem que se façam sentir ao nível do peso. Se tal aconteceu, é necessário fazer refeições mais leves nos dias seguintes:
Alimento
Valor calórico (Kcal)
Atividade física andar 5 km/h
nadar
Chocolate (3 quadradinhos – 18g)
96
18 min.
9 min.
Bombom Ferrero Rocher® (1 unidade)
72
15 min.
8 min.
Bombom Mon Chéri® (1 unidade)
42
8 min.
5 min.
Fatia de bolo-rei (50g)
199
40 min.
22 min.
Taça de leite creme (100g)
162
32 min.
18 min.
Rabanadas (100g)
293
58 min.
32 min.
Sonhos (50g)
195
40 min.
22 min.
Taça de arroz doce (150g)
347
68 min.
38 min.
Mousse de chocolate (100g)
278
56 min.
31 min.
Champanhe (1 taça de 125ml)
85
17 min.
10 min.
- Fazer uma boa hidratação (com água ou chás); Adaptado da Plataforma contra a Obesidade – Direção-Geral da Saúde
- Dar preferência a alimentos como verduras, legumes, fruta e peixe ou carnes brancas cozidos, assados ou grelhados; - Evitar o café, pois prejudica a desintoxicação;
- Reduzir ao máximo o teor de sal adicionado e alimentos ricos em sódio, que provocam retenção de líquidos;
- Dar preferência a alimentos ricos em fibra solúvel, como os flocos de aveia, pão integral e sementes de linhaça, que ajudam a saciar e a eliminar os excessos alimentares;
- Reforçar a prática de atividade física, como meio de compensar o excesso calórico. Aproveite o início do ano para começar caminhadas, inscrever-se no ginásio ou num desporto do
seu agrado. Tenha em consideração os exemplos apresentados do valor calórico de algumas opções alimentares características desta época festiva e a quantidade de exercício necessária para gastar as calorias das mesmas. Não perca tempo, comece já hoje! 41
VIVA MAIS
Esqui: Sensação de liberdade Para muitos portugueses, tempo frio e neve são sinónimos de prática de desportos de inverno, nomeadamente de esqui. Com cada vez mais adeptos, esta modalidade desportiva proporciona aos seus praticantes uma «sensação de liberdade». Contudo, há regras de segurança e conduta que devem ser cumpridas. Começou a fazer esqui aos dez anos e hoje, com 26, admite que «é um vício». Sara Freitas, produtora de eventos na Talking Heads, conta que iniciou a prática desta modalidade desportiva porque, «habitualmente, fazia férias na neve com os meus pais». A jovem é mais uma entre os muitos portugueses que quando chega a temporada de tempo frio e de neve rumam para destinos onde se possa praticar esqui. Quer optem por ficar por terras lusas, pela Serra da Estrela, ou por irem para locais mais distantes e fora do país, existem determinados cuidados que os praticantes de esqui não devem descurar. Sara Freitas relembra a importância da utilização de produtos que protejam do sol, dado que as grandes superfícies brancas que cobrem as montanhas são fortemente refletoras dos raios solares, elevando significativamente a exposição da pele e, por isso, aumentam os riscos de cancro da pele; daí que a proteção solar da face e superfícies do corpo expostas com adequados protetores seja fundamental.
A preparação Mas a preparação para uma boa “maratona“ de esqui começa mesmo antes de chegar à pista, uma vez que, por exemplo, deve ser realizado 42
um período de preparação física prévia à estadia na neve. Por outro lado, a escolha do esqui também tem grande influência no desempenho do desportista, já que se deve escolher um esqui adequado ao peso, altura e perfil do praticante, assim como usar meios de fixação adequadamente adaptados e em bom estado de conservação. Cumpridas estas “regras”, e chegado o momento de entrar em pista, é fundamental que se escolham pistas acessíveis ao nível da habilidade e capacidade física do praticante, assim como «realizar alguns exercícios de aquecimento, sobretudo ao nível das pernas e costas», acrescenta a produtora de eventos. O praticante deve ainda ter em consideração o fator fadiga, optando por períodos de pausa adequados, usar preferencialmente capacete, (especialmente as crianças), e respeitar as regras de conduta quando se encontra na pista. Com estas orientações em mente só resta aproveitar ao máximo, como salienta Sara Freitas, «a sensação de liberdade de descer uma pista, sobretudo, tendo em conta o ambiente envolvente». A produtora de eventos acrescenta ainda que esta é uma das razões pelas quais o esqui «faz bem ao corpo e à mente».
10 regras de conduta No esqui, as principais causas de acidentes são as quedas e as colisões. Consciente deste facto, a Federação Internacional de Esqui (FIS) criou dez regras de conduta para os esquiadores, que muito podem contribuir para uma menor incidência e gravidade de lesões: 1 - Respeito pelos outros: Um esquiador deve comportar-se de forma a não pôr em perigo ou prejudicar os outros; 2 - Controlo de velocidade: Um esquiador deve movimentar-se com controlo e adaptar a sua velocidade com as suas capacidades pessoais, condições do terreno, neve e clima, bem como a densidade do tráfego; 3 - Escolha da via: Um esquiador que vem atrás deve escolher a sua rota, de forma a não pôr em risco os que estão à sua frente; 4 - Ultrapassagem: Um esquiador pode ultrapassar outro, desde que deixe espaço suficiente ao que está a ser ultrapassado, para que este possa fazer qualquer movimento voluntário ou involuntário; 5 - Entrada na pista: Um esquiador que entre numa pista deve olhar nas diferentes direções, de forma a não se pôr em perigo ou aos outros; 6 - Paragem na pista: Deve-se evitar parar na pista em locais estreitos ou onde a visibilidade é reduzida; 7 - Subir ou descer a pé: Um esquiador deve manter-se sempre ao lado da pista; 8 - Respeitar sinais e marcas; 9 - Assistência: Em caso de acidente, todos os esquiadores têm o dever de prestar auxílio; 10 - Identificação: Todas as pessoas envolvidas num acidente, incluindo as testemunhas, devem trocar nomes, moradas e contactos.
VIVA MAIS
Receita Saudável Perna de peru assada e arroz de amêndoas com espumante (4 pessoas) O Natal e o Ano Novo são, por excelência, épocas festivas em que habitualmente se cometem excessos alimentares, devido à ingestão de alimentos de elevada densidade calórica. No entanto, alguns cuidados simples na hora de preparar as ceias e escolher a forma de confeção dos alimentos podem minimizar os efeitos de uma boa refeição sobre o aumento de peso em função dos “excessos”. Optar por carnes magras ou peixe, sem grandes molhos, com acompanhamentos pobres em gordura e uma boa salada ou legumes são escolhas acertadas. E, claro, não abusar das sobremesas que são, normalmente, alguns dos pratos mais calóricos. A regra é comer com moderação e compensar os consumos caloricamente mais ousados com o reforço da atividade física. 44
Ingredientes para a perna de peru assada: 1 perna de peru com cerca de 1,2kg 2 cebolas pequenas 4 dentes de alho 4 colheres de sopa de azeite 200ml de espumante 1 laranja 1 folha de louro 1 colher de sopa de pimentão-doce Sal e pimenta q.b.
Ingredientes para o arroz de amêndoas: 200g de arroz (1 chávena de chá) ½ cebola média picada 1 dente de alho esmagado 125ml de espumante 2 chávenas de chá de água 1 colher de sopa de azeite 80g de amêndoas em lascas torradas Sal e salsa q.b.
Modo de preparação: Retire a pele da perna de peru e lave. Prepare uma marinada com os alhos picados, 100ml de espumante, o sumo de laranja, o pimentão-doce, louro, sal, pimenta e o azeite. Barre a perna de peru com a marinada e reserve cerca de 2 a 4 horas para tomar gosto. Coloque o peru e a marinada numa assadeira, junte as cebolas picadas, o restante espumante e leve ao forno a 180ºC. Durante a assadura, vire a carne e regue com o molho. Entretanto, prepare o arroz de amêndoas. Numa panela, aqueça o azeite e aloure a cebola e o alho. Junte o arroz lavado e escorrido e mexa bem até secar um pouco. Acrescente a água previamente aquecida,
junte o sal e deixe ferver. Quando o arroz estiver quase cozido, adicione o espumante e deixe cozinhar até secar. Desligue o lume, misture as amêndoas e a salsa picada. Coloque numa travessa e sirva com a perna de peru assada e uma salada a acompanhar. Valores nutricionais (por dose) Energia (kcal)
Proteínas (g)
Lípidos (g)
Hidratos de carbono (g)
Fibra (g)
642
37
34
46
5
Amêndoa A amêndoa é um fruto oleaginoso bastante nutritivo. É rico em vitamina B1, vitamina E, potássio, fósforo, zinco, magnésio, proteínas (20%), fibras e gordura (50%), sendo a maior parte monoinsaturada. Este tipo de gordura mais a vitamina E (antioxidante), associados a uma dieta saudável, reduzem o colesterol LDL, o “mau colesterol” e aumentam o colesterol HDL, o “bom colesterol” e, por isso, desempenham um papel importante na prevenção de doenças cardiovasculares. O potássio e o magnésio presentes na sua composição ajudam na regulação da tensão arterial, contração muscular e produção de energia. A vitamina B1 e o zinco são importantes para a função imunitária e correto funcionamento do organismo.
Linha Eucerin Volume-Filler Eucerin Volume-Filler é uma linha anti-age inspirada nas mais recentes técnicas dermatológicas. Formulada com ácido hialurónico, oligopéptidos e magnolol, restabelece o volume perdido e redefine os contornos do rosto, para um aspeto mais jovem. O resultado é uma pele significativamente mais firme e as rugas e linhas de expressão são visivelmente reduzidas. A linha está disponível em Creme de Dia (para pele seca e para pele normal a mista, com FPS 15 + proteção UVA), Creme de Noite (com dexpantenol para regenerar a pele durante a noite) e Creme de Contorno de Olhos.
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informativo. Em caso de agravamento ou persistência dos sintomas consulte o seu médico ou farmacêutico. Adjuvante mucolítico do tratamento das infeções respiratórias em presença
Para evitar a progressão da osteoartrose e alívio dos seus sintomas, HOLONPROTECT ARTRO garante a máxima proteção das articulações nas quantidades corretas para tratamento diário. HOLONPROTECT ARTRO contém sulfato de glucosamina, sulfato de condroítina e manganês, que contribuem para a manutenção de ossos normais e para a correta formação de tecido conjuntivo. A toma aconselhada de apenas dois comprimidos por dia para esta dosagem garante uma adesão ao tratamento facilitada.
46
de hipersecreção brônquica. Precauções/contraindicações/ informações indispensáveis: gravidez, aleitamento,
Para uma descongestão nasal delicada Os bebés não sabem respirar pela boca*. Quando o bebé está constipado, as mucosidades obstruem as suas fossas nasais dificultando a respiração, alimentação e o sono. As recargas descartáveis utilizadas com o Aspirador Narhinel Soft-Rhinomer baby são muito higiénicas e facilitam a eliminação das mucosidades, prevenindo assim o aparecimento de complicações como otite e bronquite, muito frequentes nos bebés. Cada recarga, embalada individualmente, contém um filtro absorvente que assegura a máxima higiene e retém as mucosidades.
hipersensibilidade à composição; comprimidos: intolerância à galactose, deficiência de lactase Lapp, má absorção glucose-
Narhinel Soft Aspirador Nasal para bebé e Narhinel Soft Recargas
galactose; Xarope: intolerância à frutose. Perlonguets: lesões
– Especialmente desenvolvido para eliminar as secreções nasais
cutâneas graves e não é apropriado para crianças.
que incomodam o seu bebé. A aspiração nasal é recomendada
Posologia xarope: Adultos e crianças com mais de 12 anos:
sempre que o bebé tiver o nariz obstruído, tantas vezes quantas as
10 ml, 2xdia; Crianças dos 6 aos 12 anos: 5 ml, 2-3xdia
necessárias. Dispositivos médicos. Leia cuidadosamente a rotulagem
(correspondendo a 1,2 mg/kg de peso corporal); Crianças
e as instruções de utilização e em caso de dúvidas fale com o
dos 2 aos 5 anos: 2,5 ml, 3xdia (correspondendo a 1,25 mg/
seu farmacêutico. Material revisto em novembro 2013. Novartis
kg de peso corporal); Crianças de 1 aos 2 anos: 2,5 ml, 2xdia
Consumer Health.
(correspondendo a 1,6 mg/kg de peso corporal).
*Oral breathing in newborn infants. The Journal of Pediatrics, Volume
Posologia perlonguets: 1 cápsula/dia.
107, Issue 3, Sep 1985, 465-469
Reduflux, para o alívio duas vezes mais rápido da azia e indigestão Se sofre de azia ou indigestão experimente Reduflux, da gama Benegast - especialista em saúde gastrointestinal. Reduflux produz um efeito duas vezes mais rápido e duradouro e trata não apenas os sintomas, mas também as causas. É um produto natural, sem adição de açúcares, indicado para adultos e crianças com mais de 12 anos. Reduflux está disponível em comprimidos mastigáveis ou saquetas líquidas.
saúde digital
Saúde 24 www.saude24.pt Saúde 24 é um portal que contribui para a prestação de cuidados de saúde focados no cidadão, facilitando o acesso a informação e ao Serviço Nacional de Saúde (SNS). Tem como principais vantagens a possibilidade de identificar os cuidados de saúde necessários através de um processo de triagem, determinar a localização e o tipo de recursos mais adequados a utilizar e promover os cuidados em casa, atenuando a saturação nos serviços de urgência. Mediante registo, é possível aceder a um chat dirigido a pessoas com dificuldades auditivas ou na fala, garantindo assim igualdade no acesso aos serviços prestados. O portal permite realizar pesquisa de farmácias a nível nacional, consultar a rede de prestação de cuidados de saúde do SNS e ainda aceder a módulos de informação sobre situações que recorrentemente suscitam dúvidas, tais como a vacinação, intoxicações, gripe, outros.
Associação Portuguesa de Doentes de Parkinson www.parkinson.pt A Associação Portuguesa de Doentes de Parkinson (APDPk) tem como objetivo contribuir para a melhoria das condições de vida dos portadores desta doença, recorrendo a todos os meios disponíveis, nomeadamente através de intervenção junto dos organismos competentes, de modo a obter formas de apoio. O portal APDPk disponibiliza diversas informações relevantes para as pessoas que sofrem da doença de Parkinson e seus cuidadores, nomeadamente no que diz respeito à cirurgia de Parkinson, à importância da alimentação, à ajuda psicológica e técnica bem como truques e dicas para viver com a doença. Entre muitas outras utilidades, o site permite ainda a colocação de questões que serão respondidas por um médico neurologista.
Escreva-nos, 48
dê-nos a sua opinião e sugestões para o e-mail: revistah@grupo-holon.pt
Raríssimas «Não se pode tratar de maneira igual o que é excecional» Criada em 2002, a Raríssimas pretende defender os interesses de todos aqueles que padecem de doenças mentais e raras, bem
atuar
como os seus familiares e amigos. Tradicionalmente, julga-se que o que é raro, raramente acontece, mas em Portugal existem cerca de 800 mil portadores de doenças raras e várias centenas de doentes por diagnosticar.
Se a missão da associação se perpetua no tempo, Paula Brito e Costa, presidente e fundadora da Raríssimas – Associação Nacional de Deficiências Mentais e Raras – e «mãe do Marco», explica que os objetivos operacionais e estratégicos tiveram de ser redefinidos desde a fundação da associação.
identificavam. Atualmente, o grande indicador são os próprios doentes. 32% dos contactos são feitos pela mãe e apenas 3% pelo pai do doente». O que se mantém é a disponibilidade para ouvir e «no primeiro contacto diz-se muito pouco, porque a pessoa chora para desabafar», mas a «mensagem mais importante que gostamos de transmitir é a de que a pessoa não está sozinha. Enquanto a pessoa está a chorar, tentamos arranjar uma resposta, nem que seja meia resposta, para o seu problema».
A luta contra o desconhecimento tem-se mantido ao longo dos anos, para informar e sensibilizar sobre as doenças raras. Em 2008, este trabalho daria frutos com a então ministra da Saúde, Ana Jorge, a aprovar o Plano Nacional para as Doenças Raras, onde se traçavam uma série de metas a cumprir em prol da saúde destes doentes raros, mas que «tem estado na gaveta desde essa altura». Conforme explica a dirigente da associação, este é exatamente um dos grandes desafios, «que as diferentes tutelas percebam a nossa mensagem e quais são as nossas dificuldades e, essencialmente, as nossas necessidades, porque não se pode tratar de maneira igual o que é excecional. No fundo, há falta de prioridade política». Com sede em Lisboa e delegações na Maia e no Pico, nos Açores, a Raríssimas tem na sua Linha Rara, a operar desde 2009, um importante apoio aos doentes e às suas famílias. Pelo segundo ano consecutivo, em 2013, foi considerada, a nível europeu, a linha de apoio com maior número de pedidos respondidos em função da população do país. Novamente, Paula Brito e Costa alerta para a necessidade de um maior reconhecimento das necessidades destes doentes e conhecimento das patologias, até porque «erros genéticos acontecem até nas ervilhas». E é através do trabalho desenvolvido pela associação que se tem dado maior visibilidade a este problema e empowerment aos pais para lidar com esta realidade. Ao longo dos anos, as preocupações dos pais na primeira abordagem à associação também
têm mudado. «Antes, a abordagem era muito tímida e a grande maioria eram as mães – nunca eram os doentes – e os relacionados que não se
No fundo, o que a dirigente da associação gostaria de conseguir era dar resposta a todas as situações, mas também que as patologias raras fossem vistas como um problema de saúde com tanta relevância como outras doenças mais “mediáticas” e que «não pensem que só é raro o que é dismórfico. Há muitos cidadãos ativos, com um aspeto perfeitamente normal que sofrem de doenças raras graves. Mas o mais grave é quando se tem um filho doente nos braços ou se sofre de uma patologia com tantas manifestações que não se sabe por onde começar, porque o problema maior é a falta de diagnóstico».
”O Hemisfério de Sofia” Farmácias Holon apoiam livro solidário Sofia Dias, de 22 anos, sofre da Síndrome de Sturge-Weber, uma doença extremamente rara e neurológica, causada por uma má formação artério-venosa que acontece num dos hemisférios do cérebro. Com o objetivo de ajudar pessoas com doenças raras e na mesma situação de vida, Sofia decidiu lançar o livro “O Hemisfério de Sofia”, com cerca de 50 obras a óleo e desenhos a caneta da sua autoria. «Quero ajudar os outros, através da arte. É através da arte que conseguimos ultrapassar as dificuldades», explica. O Livro “O Hemisfério de Sofia”, que conta com o apoio das Farmácias Holon, tem o valor de 10€ e as receitas revertem a favor da Associação Raríssimas, da qual faz parte.
49
breves
GS1 apresenta standard para unidose O grupo de trabalho GS1® Healthcare, que agrega mais de 80 especialistas internacionais, assumiu o desafio de fornecer orientação na identificação de produtos em níveis mais pequenos de embalamento (em unidose), como um cateter individual, uma ampola ou um comprimido. A correta identificação de um medicamento ou dispositivo médico até ao momento da sua administração é um elemento-chave na dispensa de medicamentos em ambiente hospitalar, estando relacionado, segundo estudos preliminares, com até 41,5% dos erros de medicação.
Uma conversa enquanto se cozinha “Uma conversa enquanto se cozinha” é o conceito dos novos cursos de cozinha organizados pela Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP). Com temas como “Pratos de baixo índice glicémico” e “Doces quase sem açúcar”, os cursos procuram inspirar pessoas com e sem diabetes na confeção de pratos equilibrados e saborosos. 50
Disparidades da esperança
Consumo moderado
de vida e mortalidade infantil
de café pode reduzir o risco
diminuem em toda a UE
de diabetes até 25%
O relatório publicado pela Comissão Europeia sobre as desigualdades na saúde apresenta uma diminuição na diferença entre a esperança de vida mais longa e a mais curta nos 27 países da União Europeia (UE) em 17%, no caso dos homens, entre 2007 e 2011, e 4% para as mulheres, entre 2006 e 2011. Entre 2001 e 2011, a mortalidade infantil média na UE também diminuiu de 5,7 para 3,9 por mil nascimentos vivos. Portugal apresenta a sexta taxa de mortalidade infantil mais baixa mas, por outro lado, a esperança de vida fica abaixo da média comunitária. O relatório aponta vários exemplos onde existe uma correlação entre fatores de risco para a saúde, incluindo o consumo de tabaco e a obesidade, e as circunstâncias socioeconómicas.
Segundo um estudo internacional do Instituto de Informação Científica sobre Café, o consumo moderado de café pode reduzir até 25% do risco de desenvolvimento de diabetes mellitus do tipo 2. No seguimento de um teste oral de tolerância de glucose – com 12g de café descafeinado, 1g de ácido clorogénico e 500mg de trigonelina ou placebo –, a investigação apurou que o ácido clorogénico e a trigonelina reduziram as respostas iniciais de glucose e insulina, sustentando o efeito benéfico do café. São duas as teorias que sustentam esta conclusão: o facto de a cafeína estimular o metabolismo e aumentar o gasto de energia e o papel decisivo dos componentes do café ao equilibrarem os níveis de glucose dentro do corpo. Assim, «os consumidores de 3 a 4 chávenas diárias têm menor risco de vir a desenvolver diabetes tipo 2 quando comparados com indivíduos que bebem até 2 chávenas de café por dia ou não bebem de todo», refere Teresa Ruivo, gestora do Programa Café & Saúde em Portugal. «Uma associação inversa entre o consumo de café e a mortalidade total segue um padrão dose-dependente que tem sido demonstrado na população geral e que persiste entre os diabéticos», explica Pilar Riobó Serván, diretora de Endocrinologia e Nutrição no Hospital Fundação Jiménez Díaz-Capio de Madrid.
Resumo Clínico disponível no Portal do Utente O Resumo Clínico Único do Utente (RCU2) encontra-se disponível no portal do utente, tal como já acontece com o cronograma clínico e o boletim infantil e juvenil, sendo necessária autenticação com o cartão de cidadão. No RCU2, após a validação por parte do médico de família, o utente pode aceder a um resumo com dados clínicos importantes como alergias, medicação, diagnósticos, cirurgias e vacinação. A disponibilização iniciou-se no norte, estando previsto o alargamento a todas as regiões de saúde.
Farmácia do Instituto Galénico Português
Farmácia Gemunde Farmácia Holon Amial Farmácia Nova Farmácia Quinta da Igreja Farmácia Vitória Farmácia Adriano Moreira Farmácia Moderna
Farmácia Luciano e Matos Farmácia Costa Farmácia Diamantino Farmácia A. Guerra Pedrosa Farmácia Alves Farmácia Beato Nuno Farmácia Central-Cartaxo Farmácia Silva Farmácia Almeida Vaz Farmácia Alvide Farmácia Bairrão Farmácia Belém Farmácia Campelos Farmácia Central-Bucelas Farmácia Conceição Farmácia Confiança Farmácia Costa Maximiano Farmácia do Cruzeiro Farmácia Higiene Olivais Farmácia Holon Campo Grande Farmácia Holon Morais Soares Farmacia Idanha Farmácia Januário Farmácia Madragoa Farmácia Miramar Farmácia Nicolau Farmácia Normal de Lisboa Farmácia Nova dos Olivais Farmácia Nova Iorque Farmácia Quejas Farmácia Rocha Dias Farmácia Romeiro Farmácia Serejo Farmácia Soares Farmácia Tereza Garcia Farmácia Valentim Farmácia Vilar
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Farmácia Algarve-S. Bartolomeu de Messines Farmácia Godinho Belo Farmácia Helena Farmácia Lagoa Farmácia Paula Santos Farmácia Sousa
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EncontrE uma Farmácia Holon pErto dE si. um dia todas serão assim