Índice
EDItOrial
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Editorial
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Atualidade
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Opinião Não queremos ser números, somos pessoas!
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Humanizar
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Sem dúvida que um dos maiores desafios que se pode pedir a uma mulher moderna é o de ser mãe. Se já não bastasse a conciliação da vida profissional
O que Dizem os Especialistas «A melhor forma de prevenir a gripe é a vacinação» 40
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Em Foco Mulheres de Barriga
com a vida familiar e o próprio espaço e tempo para a vida pessoal, todas as alterações hormonais, físicas,
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psicológicas e sociais pelas quais a futura mãe passa durante uma gravidez tornam este processo passível de toda a ajuda e compreensão possível. Tal como é abordado no artigo sobre a qualificação dos recursos humanos das Farmácias Holon,
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acreditamos que a sua formação é um fator diferenciador e um dos elementos chave no serviço
premium que pretendemos prestar. No entanto, tão ou mais importante do que o conhecimento técnico, são as competências humanas que pode encontrar nos nossos colaboradores. É esta disponibilidade e empatia que todas as mães têm à sua disposição nas
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Um Dia Todas Serão Assim 14 Qualificação dos Recursos Humanos 15 Calendário & Ações Farmácias 16 Farmácia Holon Morais Soares Cuidamos de Si 17 Verrugas plantares 20 Fotoproteção no inverno H Júnior 25 Bem-vindos à brincadeira 26 Trocado em Miúdos 28 Dentro & Fora de Casa 29 Pinta o desenho
Bebé e Mamã Bebés prematuros: Cuidados a dobrar Dia a Dia Desgaste das articulações Cuide Aqui da sua Saúde Agora: O momento ideal para controlar a diabetes! Viva Mais 40 Alimentação saudável e económica 42 Karate: Um desporto para todas as idades 44 Receita saudável
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NOVIDADES
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Saúde Digital
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Atuar Europacolon Portugal Breves
Farmácias Holon, para que possam usufruir de todo o apoio possível e viver a gravidez do melhor modo. E é devido a este acompanhamento de proximidade e construção de relações de confiança que os
Edição: Hollyfar – Marcas e Comunicação, Lda. – Rua Aquiles
utentes reconhecem nas Farmácias Holon um valor
Machado, nº 5F 1900-077 Lisboa
acrescentado à sua saúde, seja na gravidez, na altura
Coordenador Editorial: Joana Bagagem (Holon) e Inês Marujo
de monitorizar e acompanhar a diabetes, tratar de
(Hollyfar) • Colaboram nesta edição: Adelaide Oliveira, Ana Albernaz, Carmen Silva, Diva Costa, Inês Aires, João Neto, Mafalda
problemas menores como verrugas ou até mesmo
Delicado, Maria João Mendes, Paulo Neto Freire e Tatiana Campenhe
prestar todos os aconselhamentos possíveis em
• Fotografia: David Oitavem
bebés prematuros.
Publicação bimestral • E-mail: revistah@grupo-holon.pt •
As Farmácias Holon são constituídas por pessoas
Tiragem deste número: 15.000 exemplares • Os artigos
formadas para o servir do melhor modo. Certamente
assinados apenas veiculam a posição dos seus autores.
que em qualquer Farmácia Holon será sempre
Layout: Series – Comunicação e Design, Lda. – Rua Rodrigues
recebido com um sorriso e toda a disponibilidade para encontrar a melhor solução para si. Pedro Diamantino Diretor
Sampaio, 31, 1º Dto. 1150-278 Lisboa; Site: www.series.com. Diretor: Pedro Diamantino • Propriedade: Holon – Comunicação
pt • Paginação: Helena Freitas • Execução Gráfica: Finepaper
Global, Lda • Capital Social: 5.000,00 euros • Órgãos Sociais:
– Rua do Crucifixo, 86, 3º Dto. 1100-184 Lisboa; E-mail: info@
Pedro Miguel Domingues Pires e Nuno Alexandre Antunes Machado
finepaper.pt • Impressão e Acabamento: Lidergraf Sustainable
(gerentes) • NIPC: 508025621 • Telefone: 219 666 100;
Printing – Rua do Galhano, 15 4480-089 Vila do Conde; Site:
E-mail: geral@grupo-holon.pt
www.lidergraf.pt • Número de Depósito Legal: 361265/13
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atualidade
Projeto “Cancro Sob Investigação” distinguido O primeiro prémio Hospital do Futuro 2012-2013 distinguiu o projeto “Cancro Sob Investigação (CSI)” promovido pelo Núcleo Regional do Norte da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) na categoria e-saúde, noticia o “PIPOP - Portal de Informação Português de Oncologia Pediátrica”. “Cancro Sob Investigação (CSI)” foi o nome escolhido para este projeto que teve como finalidade promover uma campanha de prevenção e sensibilização para o cancro de pele que percorreu praias e imediações localizadas no litoral norte do país, a fim de sensibilizar cerca de 1,5 milhões de veraneantes para os riscos da exposição solar excessiva e transmitir informação sobre hábitos de vida saudável e comportamentos de risco. O prémio foi atribuído ao projeto graças à tecnologia utilizada durante a campanha que recorreu à dermatoscopia computadorizada, permitindo aos dermatologistas realizar exames cutâneos a grupos de risco nas praias, através de um serviço remoto. No local, os técnicos captavam imagens microscópicas de lesões, através de equipamentos smartphone, as quais eram enviadas para dermatologistas que, por telemedicina, observavam as lesões potencialmente suspeitas por macroscopia e microscopia, através de Dermatoscopia Digital Computorizada, fornecendo assim um diagnóstico inicial em tempo útil. Nos casos de lesões suspeitas, os pacientes eram encaminhados de imediato para tratamento médico.
Intervenção precoce no cancro oral O Ministério da Saúde, através de despacho publicado no dia 15 de janeiro de 2014, em Diário da República, determina um novo alargamento ao Programa Nacional de Promoção de Saúde Oral (PNSO), que passa a abranger a intervenção precoce no cancro oral. O diploma produz efeitos a partir de 1 de março de 2014. O valor do cheque-diagnóstico é de 15,00€, sendo o valor do cheque-biópsia de 50,00€. O número de cheques a atribuir por utente, no âmbito da intervenção precoce em cancro oral, é de dois cheques-diagnóstico e de dois cheques-biópsia por ano. O Programa Nacional de Promoção de Saúde Oral tem proporcionado, ao longo dos anos, o acesso a cuidados de saúde oral a diversos grupos-alvo. Neste momento, beneficiam deste programa crianças dos 3 aos 16 anos, grávidas seguidas no Serviço Nacional de Saúde, beneficiários do complemento solidário para idosos e utentes infetados com o vírus do VIH/sida.
Cigarros «mais fortes e mais perigosos que nunca» Os cigarros podem provocar mais problemas de saúde do que até agora se julgava, incluindo cancro no cólon e no fígado, cegueira, diabetes e disfunção erétil, avança a “TSF”, referindo o relatório do governo norte-americano. Responsáveis pelos serviços de saúde dos EUA divulgaram o último estudo do “Surgeon General” sobre as consequências do consumo de tabaco, cinco décadas após o primeiro relatório onde se alertava que fumar provocava cancro do pulmão. «Surpreendentemente, 50 anos depois ainda estamos a detetar novas formas de como o tabaco prejudica e mata as pessoas», disse o diretor do Centro de controlo e prevenção de doenças, Thomas Frieden. «O tabaco ainda é mais prejudicial do que pensávamos», acrescentou. Os responsáveis pelo relatório do “Surgeon General” alertam para o facto de os cigarros 4
modernos serem «mais fortes e mais perigosos que nunca». «Os fumadores têm hoje um maior risco de contrair cancro do pulmão em relação ao primeiro relatório do “Surgeon General” divulgado em 1964, e mesmo que fumem menos cigarros», afirmam. «A forma como os cigarros são fabricados e os químicos que contêm alteraram-se com os anos, e algumas dessas alterações podem ser um fator de maiores riscos de cancro do pulmão», explicam. Quanto aos fumadores passivos, expostos ao fumo do tabaco, o documento refere que enfrentam riscos crescentes de ataque cardíaco.
Nascimento prematuro pode estar relacionado com bactérias Uma das causas mais comuns dos partos prematuros, a rutura da bolsa de líquido amniótico que envolve o bebé dentro do útero, pode estar associada à presença de bactérias, revela um estudo desenvolvido por investigadores da Duke University School of Medicine em Durham, na Carolina do Norte, publicado na revista científica PLoS One. De acordo com o portal “Sapo Saúde”, os investigadores trabalham com a hipótese de que as bactérias identificadas produziriam um afinamento das membranas que envolvem o bebé no útero, levando à sua rutura. Essa rutura ocorre em quase um terço de todos os partos prematuros. Normalmente, as membranas que compõem a bolsa amniótica rompem-se no início do parto. Quando se partem mais cedo, antes do início das contrações, isso pode – embora nem sempre aconteça – levar a um parto prematuro. A equipa de investigadores encontrou grandes quantidades de bactérias no ponto onde as membranas se rompem. Se for constatado que as bactérias são a causa – e não a consequência –, talvez seja possível desenvolverem-se novos tratamentos ou criarem-se práticas de controlo. «Talvez possamos ser capazes de tratar as mulheres afetadas com antibióticos», indica Amy Murtha, autora do estudo.
OPINIÃO
Não queremos ser números, somos pessoas! Temos um nome e queremos assim ser tratados: pelo nosso nome. Sim, porque tal como a fast food, também o fast health care faz mal à saúde.
Na passagem do milénio, numa conferência a esse propósito, Bill Gates dizia que os anos 80 tinham sido os anos da qualidade, os anos 90 o tempo do downsizing (nesta altura, nos EUA, tinham-se realizado, de facto, já fortes reduções de custos…) e a primeira década do novo milénio seria a década da rapidez, da instantaneidade. Assim, segundo Bill Gates, no novo milénio já não era apenas importante ter qualidade a baixo custo. Era essencial ser rápido! Com os smartphones, com a internet… os consumidores querem tudo, na hora, on-line, já! Na saúde, também notamos estas transformações dos consumidores. De facto, até em detrimento de alguma qualidade, agora todos querem tudo rápido. Ninguém quer esperar. Pago para ter já.
Paulo Neto Freire Sócio-Gerente e Farmacêutico Substituto na Farmácia Valentim (São Pedro de Sintra)
No entanto, na farmácia, os stocks têm de se reduzir. “Não tenho agora mas pode passar amanhã?” Bill Gates dizia que a primeira década do novo milénio seria o tempo da instantaneidade, mas já estamos na segunda década. É mesmo isso o que todos mais valorizam? A rapidez? Como sempre, neste retângulo, temos de fazer agora tudo ao mesmo tempo. Qualidade: deveria ser nos anos 80, mas é agora. Reduzir custos: era nos anos 90, mas também é agora. Rapidez: claro, tem de ser, e agora! Será mesmo assim? Novo ano, uma boa altura para PPP: Parar Para Pensar. O mais importante é mesmo ser rápido? É inevitável? Rápido, bom e barato. É só isto que as pessoas querem? É, sobretudo, isto que todos querem? Fui surpreendido, no Natal, por uma publicidade de uma conhecida marca de uísque. Essa marca oferecia um novo serviço: colocar o nome do cliente no rótulo da garrafa. Demorava algum tempo. Tinha de se esperar. Mas aquela garrafa de uísque tratava-me pelo meu próprio nome.
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pena esperar. Nas nossas farmácias, devemos ir contracorrente. Fazer mais devagar mas personalizado. Porque, com um serviço personalizado, vamos realmente ao encontro do que cada um mais anseia: ser tratado como pessoa. A D. Elvira, o Sr. Manuel Teixeira, a D. Olípia e o Eng. Evaristo… são os nossos clientes. Não o n.º 58 ou o n.º 110. E, para a D. Elvira e para o Sr. Manuel Teixeira há um conselho, há uma recomendação, há um cuidado. E este serviço é uma mais-valia. E este serviço pode não ser barato mas é reconhecido. Os nossos utentes até podem, numa primeira visão superficial, ficar entusiasmados com outros locais onde retiram os medicamentos das prateleiras, onde nada lhes é dito… Mas aí são números, e não cuidam de cada um. Não resolvem os seus problemas concretos, não têm uma solução de saúde. São os fast health care. Mas, o fast health care, como a fast food, cansa… E faz mal à saúde. E voltam às nossas farmácias. Vamos ser otimistas. Vamos ser realistas. Já temos qualidade. Já somos baratos. Podemos não ser muito rápidos mas… tratamos as pessoas pelo seu nome. Vamos valorizar isso. Conhecer bem cada cliente da nossa farmácia. Como na garrafa de uísque, colocar o nome de cada um no serviço que prestamos. Cada um, cada utente, é um ser complexo. Tem uma medicação mas tem também exames complementares de diagnóstico para fazer. Tem análises clínicas, tem uma dieta. E está tudo bem integrado e coerente? Não será que eu tenho uma solução de saúde mais integradora, mais personalizada? Porque faz melhor à saúde, não posso telefonar para o médico de família deste meu utente da farmácia? E para o seu familiar? É um serviço. É uma mais-valia. Se o faço, há o reconhecimento. E o utente, o familiar, volta. Na minha farmácia, devo pensar, estou na vanguarda. Estou na personalização. Entrei em sintonia com o que realmente os consumidores, agora, querem: ser tratados como pessoas, não como números.
A personalização. Tratar do meu caso. Eu sou eu. Os meus problemas são, mesmo, os meus problemas.
E apanhei o comboio. E não estou sempre atrasado. E, desta vez, fintei o Bill Gates. Na próxima conferência, a um custo de muitos milhares de dólares, Bill Gates vai dizer: agora vamos entrar na década da personalização. Cada consumidor, cada utente, quer ser tratado como um ser único, irrepetível, com os seus problemas e necessidades. Quem souber ir ao encontro das necessidades de cada um, triunfará.
Não são números. Não são estatísticas. Quem cuida de mim, individualmente, merece o meu reconhecimento. Pode ser mais devagar. Mas vale a
E eu já estou nessa. Valeu a pena o PPP - Parar Para Pensar neste início de ano. Sim, porque o fast health care faz mesmo mal à saúde.
O QUE DIZEM OS ESPECIALISTAS
«A melhor forma de prevenir a gripe é a vacinação» A gripe e a constipação são provocadas por vírus, daí não ser aconselhado o seu tratamento com antibióticos, pois estes devem ser utilizados para tratar infeções causadas por bactérias. O médico interno de Otorrinolaringologia Hugo Rodrigues alerta que o uso de forma indiscriminada de antibióticos contribui para que se corra «o risco de as bactérias se “habituarem” a estes medicamentos e de, no futuro, deixarem de ser eficazes». H - Quais as principais diferenças entre a constipação e a gripe? Hugo Rodrigues - Aquilo a que vulgarmente chamamos de constipação é uma infeção respiratória das vias aéreas superiores, que pode ser causada por uma série de vírus respiratórios. As queixas mais frequentes são a obstrução nasal, espirros, dores de garganta, tosse e, por vezes, febre, habitualmente baixa. Já a gripe, apesar de ser também uma infeção respiratória viral, é provocada por um vírus específico (influenza), e habitualmente os sintomas são mais intensos, como corrimento nasal, tosse seca e irritativa, dores de cabeça e no corpo, febre alta, calafrios, náuseas, vómitos, diarreia e sensação de fadiga intensa.
H - De que modo se pode tratar uma constipação? HR - Não há um tratamento específico para a constipação, ou seja, não existe um medicamento que “mate” os vírus que a causam. No entanto, podemos tratar os sintomas que surgem com a constipação, utilizando medicamentos com efeito anti-inflamatório e analgésico e aplicando soro fisiológico no nariz. É igualmente importante manter o organismo hidratado, bebendo água, chá e sumos. A constipação é autolimitada, ou seja, acaba por passar, na maioria dos casos, ao fim de uma semana.
H - E uma gripe? HR - Os sintomas da gripe habitualmente são mais intensos e de início abrupto, podendo causar uma maior debilitação, particularmente em pessoas mais vulneráveis, como idosos, crianças pequenas e doentes crónicos. Para além do tratamento sintomático, semelhante ao da constipação, poderá requerer uma avaliação médica mais cuidada, no sentido de prevenir complicações e o agravamento de outras doenças crónicas que possam existir. 7
H - Qual a importância da vacina contra a gripe? HR - A vacina contra a gripe é muito importante no controlo desta doença sazonal, que surge habitualmente nos meses frios. A vacinação reduz significativamente o risco de infeção pelo vírus da gripe e, nas situações em que uma pessoa vacinada seja infetada pelo vírus, os sintomas tendem a ser mais ligeiros. No fundo, a vacina “prepara” o nosso sistema de defesa para o contacto com o vírus da gripe. A vacinação deve ser feita anualmente, devendo ocorrer preferencialmente nos meses de outubro e novembro podendo, no entanto, ser feita durante todo o outono e inverno.
tempo de gestação superior a 12 semanas, mas também profissionais de saúde e outros prestadores de cuidados.
H - Por que motivo os antibióticos não devem ser tomados em casos de gripe e constipações? HR - Tanto a gripe como as constipações são causadas por vírus, quando os antibióticos servem para tratar infeções causadas por bactérias, não estando indicados em infeções respiratórias virais.
H - Que problemas advêm da utilização incorreta dos antibióticos? H - Por que razão é tão importante a administração da vacina contra a gripe, por exemplo, em crianças e idosos? HR - A vacinação contra a gripe está altamente recomendada a franjas da população que são particularmente vulneráveis, por terem maior risco de desenvolver complicações decorrentes da infeção pelo vírus da gripe. É o caso de pessoas com mais de 65 anos de idade, doentes crónicos e imunodeprimidos (a partir dos seis meses de idade), grávidas com
«A vacinação reduz significativamente o risco de infeção pelo vírus da gripe e, nas situações em que uma pessoa vacinada seja infetada pelo vírus, os sintomas tendem a ser mais ligeiros»
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HR - O uso de antibióticos deve ser feito de forma criteriosa, estando indicado apenas se houver suspeita de uma infeção bacteriana. A escolha do antibiótico é feita pelo médico, de acordo com a localização da infeção e o tipo de bactéria causadora da doença. O uso indiscriminado e não supervisionado deste tipo de medicamentos aumenta o risco de efeitos secundários e de interações entre medicamentos, para além de aumentar a resistência aos antibióticos.
H - Qual o perigo da resistência das bactérias aos antibióticos? HR - Apesar de ainda dispormos de antibióticos que nos permitem tratar a maior parte das infeções bacterianas, se os usarmos de forma pouco criteriosa, corremos o risco das bactérias se “habituarem” a eles e de, no futuro, estes deixarem de ser eficazes no tratamento destas infeções.
H - De que modo se podem prevenir as gripes e as constipações? HR - A melhor forma de prevenir a gripe é a vacinação. No entanto, há algumas medidas importantes para evitar a propagação da gripe e das constipações, como reduzir o contacto com outras pessoas, principalmente durante o período em que há sintomas, lavar frequentemente as mãos com água e sabão ou com toalhetes, usar lenços de papel de uso único. E ainda, ao espirrar ou tossir deve-se proteger a boca com um lenço de papel ou com o antebraço e nunca com as mãos (uma vez que estas se comportam como um “veículo” de transmissão do vírus).
em foco
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Mulheres de barriga Carregar um pequeno ser dentro de si durante nove meses é uma das maravilhas da natureza e, por isso, algo digno de ser elevado à categoria de superpoder. A gravidez é, no fundo, um momento mágico, mas também uma ocasião que exige alguns cuidados em prol da saúde da mãe e do bebé. O que é que uma mulher grávida tem em comum com o Batman, o Super-Homem ou mesmo o Homem-Aranha? A resposta é simples: também ela é um super-herói ou, neste caso, uma super-heroína. Ser portadora do milagre da vida – ter dentro de si um pequeno ser que se vai desenvolvendo ao longo de 40 semanas – é, definitivamente, algo digno de ser elevado à categoria de superpoder, sobretudo quando se tem em conta as alterações, físicas e hormonais, que a mulher sofre. Circunstâncias que, à primeira vista, podem parecer extremamente condicionantes, mas que as futuras mamãs, como super-heroínas que são, descobriram a solução para as contornar: manter a rotina diária normal. «Já estou no final da minha gravidez e tentei sempre continuar a fazer tudo», revela Inês Henriques, grávida de 38 semanas, acrescentando que «trabalhei até às 27 semanas de gestação», tendo parado devido a «algum cansaço», mas sobretudo por «sentir falta de tempo para mim e para tratar dos preparativos para a chegada do bebé». Quanto às tarefas domésticas, «continuo a realizá-las, se bem que cada vez mais lentamente». E depois do trabalho e das lides domésticas, Inês Henriques ainda arranja tempo para «passear muito e até há um mês frequentava o ginásio».
Cada preocupação a seu tempo Mas mesmo sendo super-heroínas, há um momento em que estas mulheres vacilam, que é quando surge nas suas mentes a pergunta “Estou grávida e agora?”. Durante a gravidez as preocupações são várias e quase todas 11
EM FOCO
elas centradas no bebé. Contudo, durante os aproximadamente nove meses de gestação, essas inquietações não são sempre as mesmas. Inês Henriques conta que no início preocupava-se com «as possíveis malformações do bebé ou a possibilidade de um aborto». Porém, à medida que as semanas foram passando a preocupação passou a ser «a “possível” prematuridade» e, conforme o tempo fazia com que esta preocupação fosse atenuada, surgiu uma outra: «os “perigos” do parto para a bebé».
Sidekicks: o médico O seguimento médico durante a gravidez não é imprescindível apenas na perspetiva de esclarecimento de dúvidas e aconselhamento, é sobretudo fundamental para «a avaliação de parâmetros importantes durante a mesma, tais como pressão arterial, peso e sinais e sintomas que possam sugerir patologia gravídica», como a diabetes gestacional, elucida a médica ginecologista obstetra Vanessa Olival. 12
É na altura destas vacilações que os sidekicks (ajudantes dos super-heróis) saem em defesa destas super-heroínas. Podem ser vários, no entanto um dos mais importantes é o médico e as suas sábias palavras conseguem fazer milagres. Mas, o seguimento médico durante a gravidez não é imprescindível apenas na perspetiva de esclarecimento de dúvidas e aconselhamento, é sobretudo fundamental para «a avaliação de parâmetros importantes durante a mesma, tais como pressão arterial, peso e sinais e sintomas que possam sugerir patologia gravídica», como a diabetes gestacional, elucida a médica ginecologista obstetra Vanessa Olival, acrescentando que também é essencial a realização de exames complementares «para a deteção precoce de malformações fetais e outras alterações analíticas maternas que podem influenciar o normal desenvolvimento do feto». Apesar da relação de parceria que se estabelece com o médico, infelizmente, este não consegue estar permanentemente, durante todos os momentos do dia, com a grávida, daí a importância, tanto em nome da sua saúde como da do bebé, de ela estar atenta a alguns sinais, nomeadamente «cefaleias, alterações visuais, epigastralgias, edema facial, aumento de peso em pouco tempo, diminuição dos movimentos fetais, perda de sangue e perda de líquido, entre outros», elucida Vanessa Olival.
vão dando lugar a semanas e as semanas vão dando origem a meses e, enquanto isso, estas super-heroínas começam a notar que os seus corpos se vão adaptando e alterando para responder às necessidades de um ser em desenvolvimento. Um dos sinais mais visíveis é, sem dúvida, o crescimento da barriga, que quando atinge certo tamanho «limita a mobilidade e consequentemente começa a haver alguma dificuldade em realizar tarefas diárias», salienta Marta Fernandes, grávida de 34 semanas. Atrás do aumento da barriga, vêm as dores pélvicas, por vezes, muito perto de serem “incapacitantes”, pois dificultam a locomoção, e a vontade quase constante “de ir à casa de banho”, devido à pressão sobre a bexiga. Para além da barriga, há ainda a salientar o aumento do volume dos seios. Estas alterações são fruto da mãe Natureza, que dotou o corpo da mulher com a capacidade de se transformar. Mas, verdade seja dita, esta mãe também precisa de uma mãozinha para que todos os momentos na vida da grávida sejam perfeitos ou, pelo menos, perto da perfeição. Essa mãozinha é, essencialmente, da responsabilidade da própria grávida que, mesmo tendo superpoderes, deve tomar algumas precauções. Para Marta Fernandes, faz parte da missão da grávida ter cuidados como «alimentar-se convenientemente, ingerir água, hidratar a pele com cremes adequados e ter em atenção as horas de sono».
Pontos fracos ultrapassados
Um corpo a mudar
Todos os super-heróis têm algum ponto fraco e o mesmo acontece com as grávidas. Um desses pontos fracos está, precisamente, relacionado com a alimentação: os enjoos. «Tive imensos enjoos e vómitos no início da gravidez e, por isso, era obrigada a comer com bastante frequência, assim como racionar criteriosamente o que e quando comer, uma vez que tinha de fazer muito mais refeições do que aquelas a que estava habituada», refere Inês Henriques, acrescentando que a sua principal preocupação era «variar o mais possível e tentar não cometer excessos». Isto porque o controlo do peso durante a gravidez é fundamental.
O momento de vacilação inicial passou e agora, sabendo-se apoiada por vários sidekicks, quer seja a família quer seja o seu médico, os dias
Outro dos pontos fracos destas super-heroínas diz respeito à toxoplasmose, sendo que no caso de quem não é imune, «deve evitar as saladas
O que fazer…
A médica ginecologista e obstetra Vanessa Olival deixa alguns conselhos relativos a: fora de casa e optar pelas carnes bem passadas», alerta Inês Henriques. Depois de pontos fracos identificados e tomadas as devidas precauções para os evitar ou prevenir, de cuidados inerentes à condição de grávida
postos em prática e da consciência de que o seguimento médico é fundamental, é chegada a altura destas super-heroínas descontraírem e aproveitarem os momentos mágicos que estão a viver, enquanto aguardam pelo momento em que terão os seus bebés nos braços.
Preparativos para a chegada Quem melhor para falar dos preparativos para a chegada do bebé do que estas super-heroínas? Marta Fernandes, grávida do segundo filho, diz que antes da chegada do bebé é importante «organizar as roupas essenciais/básicas, preparar o quarto da criança e a mala para levar para a maternidade». No entanto, acrescenta, é preciso ter em atenção questões mais pragmáticas como a «escolha do colégio ou da pessoa cuidadora (ama)». Mas alguns destes preparativos começam mesmo antes de se engravidar, como «fazer obras em casa, por exemplo para melhorar o isolamento», salienta Inês Henriques, acrescentando que, entre outros preparativos, teve em atenção «o berço no quarto dos papás para os primeiros tempos e os bens de primeira necessidade como fraldas e material para o banho».
- Enjoos: deve-se fazer uma alimentação variada e fracionada, comendo várias vezes durante o dia, mas pouco. Devem-se ainda evitar as gorduras, café, chocolate e chá. Se for necessário, existem também fármacos que aliviam as náuseas. - Pernas pesadas: no final do dia devem-se colocar os membros inferiores a uma altura superior ao tronco e se necessário usarem-se meias elásticas. - Cãibras: devem-se também descansar as pernas no final do dia e fazer suplementação à base de magnésio. - Hemorroidas: essencial beber pelo menos dois litros de água por dia e este é um conselho que se alarga para todas as situações e a todas as grávidas; evitar também refeições muito condimentadas.
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Recursos Humanos: A aposta nas pessoas Farmácias Holon é uma marca que se define, desde o seu início, e acima de tudo, como um projeto de pessoas para pessoas. Esta aposta inegável na qualificação e formação dos recursos humanos espelha-se de uma forma bastante evidente na estratégia traçada
Um Dia Todas Serão Assim
pelas Farmácias Holon, que tem revelado ser uma fórmula de sucesso.
O propósito das Farmácias Holon assenta na prestação de um serviço diferenciado e de valor acrescentado que se traduz num atendimento de excelência, personalizado e adaptado às necessidades dos seus clientes e comunidade envolvente. Esta promessa de valor só é alcançada quando se aposta nos profissionais que a colocam em prática todos os dias. É por isso que as Farmácias Holon proporcionam aos seus colaboradores, de forma contínua e diversificada, um plano de formação à medida das necessidades dos profissionais e ao encontro das necessidades dos nossos clientes. O profissional Holon é dedicado e atento a cada cliente, como se este fosse o único, apostando num atendimento diferenciado e personalizado. É um profissional completo onde a atitude proativa e dinâmica se concilia com um comportamento exemplar e conhecimentos técnicos e científicos de excelência. Esta tríade atitude-comportamento-conhecimento faz do profissional Holon uma pessoa capaz de dar respostas de qualidade e responsáveis aos seus clientes.
As competências-chave O farmacêutico é um dos profissionais de saúde mais próximos da população, o que faz com que a sua responsabilidade seja acrescida no que se refere ao papel que desempenha na promoção da saúde e do bem-estar. A garantia de que os nossos profissionais são capazes de superar este desafio e acrescentar valor no serviço proporcionado, no atendimento e aconselhamento de soluções, assenta na tríade atitude-comportamento-conhecimento, como base de sustentação. A definição das competências-chave, do “saber-fazer”, no que respeita aos profissionais Holon, é feita sem descurar o serviço que se pretende prestar e os respetivos padrões de qualidade. 14
Este perfil de competências permite selecionar os melhores profissionais e os mais alinhados com a missão das Farmácias Holon e, sobretudo, desenvolver os profissionais Holon de forma contínua, num sentido comum. Neste âmbito, a formação é uma prioridade e fazemos questão de apostar, de forma regular, em planos de formação à medida, que visem desenvolver não só as atitudes e os comportamentos no atendimento, mas também os conhecimentos técnicos e científicos. Igualmente de forma habitual e estruturada é avaliado o nível de competências dos profissionais Holon, através de ferramentas de diagnóstico como o “Cliente Mistério”. Esta avaliação permite conhecer, em simultâneo, o grau de cumprimento dos padrões de qualidade e dos protocolos definidos, assim como possibilita ter uma visão externa dos procedimentos implementados, através de uma visão de “cliente”. Esta avaliação é fundamental na medida em que permite identificar as lacunas existentes e desencadear as medidas necessárias para as ultrapassar. Deste diagnóstico surge a identificação posterior das necessidades de formação das equipas, que se
implementam no período formativo seguinte. Este ciclo de formação-avaliação repete-se de forma sistemática e regular, tendo em vista a melhoria contínua e a satisfação dos nossos clientes, através de uma análise transparente e isenta dos níveis de desempenho. Para além da formação, são desenvolvidas outras ferramentas de trabalho, que facilitam o bom desempenho do profissional de farmácia enquanto especialista, tais como os Protocolos de Aconselhamento. Estes são documentos técnicos que contêm um conjunto de indicações e critérios que orientam a intervenção do profissional, com o objetivo de aumentar a qualidade técnica do aconselhamento e de uniformizar as formas de atuação perante situações semelhantes no atendimento. No fundo, as Farmácias Holon reconhecem que as pessoas são imprescindíveis na implementação do conceito Holon e no reforço da identidade da marca, onde o atendimento ocupa um lugar de destaque. Nas Farmácias Holon, o profissional de farmácia faz verdadeiramente a diferença.
Um Dia Todas Serão Assim
Março
CALENDÁRIO
Lançamento da Consulta de Cessação Tabágica Mês Europeu da Luta contra o Cancro no Intestino Rastreios PSOF (Pesquisa de Sangue Oculto nas Fezes) Rastreios de Podologia Rastreios de hidratação e elasticidade da pele
Abril Lançamento da Consulta do Viajante Rastreios de Podologia Rastreios de hidratação e elasticidade da pele
Um Dia Todas Serão Assim
AÇÕES FARMÁCIAS
Sessão “A importância
Farmácias Holon doam 4.000€
da fruta”
à Raríssimas
A Farmácia A. Guerra Pedrosa (Vieira de Leiria), juntamente com o agrupamento de escolas da mesma localidade, desenvolveu um projeto no âmbito do Serviço de Nutrição para ajudar a sensibilizar as crianças para a importância do consumo de fruta, dar a conhecer os diferentes tipos e a relação existente entre as frutas e os seus nutrientes. De uma forma interativa, os alunos foram convidados a fazer corresponder aos nutrientes as partes do corpo que beneficiam dos mesmos. Estas ações já envolveram 123 crianças do 1º ciclo do ensino básico.
Este Natal as Farmácias Holon desenvolveram uma ação de solidariedade em parceria com a Raríssimas - Associação Nacional de Deficiências Mentais e Raras. Esta instituição tem como objetivo dar apoio a doentes, famílias e amigos que convivem com as doenças raras. Com o objetivo de adquirir equipamento médico para a Casa dos Marcos – projeto que visa dar uma resposta inovadora às necessidades dos doentes portadores de patologias graves – por cada compra de Produtos Holon identificados, foram doados 0,75€ à Raríssimas. No total, Farmácias Holon angariaram 4.000€ para ajudar a equipar a Casa dos Marcos.
Sessão “Dia-a-dia com a diabetes”
a explicação da patologia, as formas de a diagnosticar, a sua prevalência e os principais fatores de risco. A prevenção das complicações desta doença foi um dos chavões mais debatidos, com foco na importância da alimentação saudável, prática de exercício físico e correta medicação. Esta ação já foi realizada em 55 Farmácias Holon, abrangendo cerca de 1200 pessoas.
Projeto Escola - Higine Oral A Farmácia Algarve-Pragal deslocou-se à creche Ramalha, no âmbito dos Projetos Escola, com a finalidade de alertar os alunos para a importância de manter hábitos de higiene oral saudáveis. Através de uma apresentação, foram explicados quais os cuidados a ter, nomeadamente no que diz respeito à escovagem e à utilização de fio dentário; foram, ainda, dados alguns conselhos para ter dentes saudáveis. Contou com a participação de 50 crianças.
A Farmácia Central-Cartaxo realizou, no dia 24 de janeiro, uma palestra dirigida a toda a comunidade que sofre de diabetes mellitus e seus cuidadores. A sessão, que contou com uma plateia de aproximadamente 90 pessoas, teve como oradores dois médicos, um nutricionista, um enfermeiro e um farmacêutico. Os principais temas abordados versaram 15
Um Dia Todas Serão Assim
Farmácia Holon Morais Soares Localizada no coração de Lisboa, na rua que lhe dá o nome, a Farmácia Holon Morais Soares integra, em maio de 2013, as Farmácias Holon, incorporando o conceito a 100%; desde então, tem vindo a crescer de uma forma notória e sustentada.
«Queremos mudar a forma como as pessoas vêm a farmácia em Portugal e todos os dias temos uma nova oportunidade para marcarmos a diferença», garante Ricardo Januário, diretor técnico da Farmácia Holon Morais Soares
Ricardo Januário, diretor técnico da Farmácia Holon Morais Soares, não poderia estar mais satisfeito com os resultados que a farmácia que lidera obteve num tão curto espaço de tempo: «já ocupamos um lugar de destaque nesta comunidade, apesar da agressiva concorrência que se faz sentir, uma vez que estamos rodeados de várias farmácias». Consciente de que, para conseguir destacar-se num mercado pautado por uma grande oferta, é necessário marcar a diferença, o foco da farmácia tem sido, desde o primeiro dia, implementar o conceito de Farmácia Holon na sua plenitude e o crescimento da farmácia é o reflexo do sucesso do mesmo. O conceito Holon necessita, no entanto, de uma equipa qualificada e empenhada em colocá-lo em prática. No caso da Farmácia Holon Morais Soares, Ricardo Januário destaca a qualidade das pessoas que lidera, afirmando que são um dos «ingredientes secretos do sucesso». Neste sentido, o foco desta equipa tem sido, desde o início, a prestação de um serviço de excelência à comunidade, sendo muito recompensador o feedback dos clientes. «O reconhecimento por parte dos clientes é inequívoco e muito gratificante; não só
o demonstram quando regressam, como também por palavras ou gestos, incluindo quando trazem amigos e/ou familiares para fazerem ficha de cliente», confessa o farmacêutico. Posto isto, a Farmácia Holon Morais Soares tem como objetivo continuar a tendência de crescimento que tem caracterizado a sua existência, partilhando com o máximo número de pessoas a maneira de estar na farmácia e na saúde das Farmácias Holon. Mas a ambição desta equipa não se fica por aqui: «queremos mudar a forma como as pessoas vêm a farmácia em Portugal e todos os dias temos uma nova oportunidade para marcarmos a diferença», declara o diretor técnico. No fundo, a diferenciação passa pela importância que se atribui ao ato farmacêutico e à comunidade que se serve, que vai muito além da simples dispensa da medicação, sendo certo que a mais-valia não está confinada apenas ao conhecimento que se possui, mas àquilo que se faz com o mesmo. Para conseguir marcar a diferença, Ricardo Januário acredita que é necessário crescer essencialmente «ao nível dos cuidados de saúde primários, nomeadamente na medição e controlo dos parâmetros bioquímicos, na implementação dos Serviços Holon, na dinamização dos projetos de apoio à comunidade, entre outros aspetos». No fundo, conseguir mostrar ao cliente que as Farmácias Holon não são apenas locais onde se tratam doenças, mas também espaços de excelência onde se fazem diagnósticos. Em suma, o sucesso da Farmácia Holon Morais Soares assenta em dois pilares fundamentais: por um lado, a disponibilidade, o conhecimento técnico-científico e o foco no cliente da equipa Holon; por outro, o suporte da estrutura Holon que liberta a farmácia das tarefas relacionadas com os Recursos Humanos, Serviços, área Financeira, Logística e Marketing que, sendo asseguradas pela estrutura central com rigor, foco e dedicação, permitem à equipa o foco a 100% na prestação de um serviço diferenciado e de excelência.
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Verrugas plantares Quase todas as pessoas já tiveram uma verruga em algum momento da vida. Nas mãos ou nos pés, estas pequenas lesões aparecem com frequência. Também podem aparecer noutras
cuidamos de si As verrugas plantares, as quais serão abordadas neste artigo, aparecem com maior frequência em crianças e jovens. Nos adultos não é tão frequente pois, geralmente, têm uma maior imunidade. No entanto, ninguém está livre de ser infetado.
Aspeto e sintomas As verrugas plantares podem ser de três tipos: - Verruga plantar vulgar;
partes do corpo, mas tal é muito menos recorrente. - Verruga plantar em mosaico; - Verruga plantar plana. As verrugas vulgares têm um aspeto circular ou irregular, são normalmente rugosas e duras. Têm a mesma coloração da pele e são, normalmente, recobertas por uma camada espessa de pele (hiperqueratose), podendo apresentar pequenos pontos pretos no seu centro (estes pontos pretos são pequenos vasos sanguíneos coagulados). Conforme vão aumentando de tamanho, podem provocar dores fortes, e até mesmo causar
incapacidade ao caminhar. O crescimento destas verrugas faz-se para o interior da pele, devido à pressão do peso do corpo sobre a planta do pé. Estas são as verrugas mais frequentes. As verrugas em mosaico são verrugas que crescem em grupo. Não são verrugas com um crescimento para o interior da pele. São normalmente planas, tipo placa. São de difícil tratamento, pois são extremamente resistentes. Costumam ser recobertas por tecido hiperqueratosico, mas não costumam ter muita altura. São
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por muitas e diferentes pessoas, como piscinas e balneários coletivos. Mas basta andar descalço em lugares públicos para poder ser contagiado. Uma vez o contacto feito, qualquer pequena fissura, corte ou maceração da pele pode ser uma porta de entrada para o vírus. Convém manter os pés protegidos e manter uma boa higiene dos mesmos.
Diferenciação e tratamento As verrugas plantares são muitas vezes confundidas com calos e a sua avaliação e tratamento devem ser feitos por profissionais de saúde especializados. No Serviço de Podologia, presente nas Farmácias Holon, temos profissionais que avaliam a lesão e procedem ao seu tratamento.
verrugas pouco comuns. As verrugas planas são comuns em crianças. São lesões únicas, redondas, pequenas e lisas. Podem ter uma coloração igual à restante pele ou ser acastanhadas. Este tipo de verrugas dificilmente se encontra em adultos.
Causa É o papiloma vírus humano (HPV) o causador destas tumorações benignas, que podem aparecer em qualquer zona do pé. Existem mais de 100 tipos de HPV, mas somente alguns destes tipos são responsáveis pelas verrugas plantares. A infeção dá-se pela entrada do vírus em pele lesionada. O vírus penetra nos queratinocitos e desenvolve-se, alimentando-se da corrente sanguínea da pessoa infetada. Assim, vai progredindo e crescendo, tornando-se cada vez maior e/ou mais profundo, até a verruga começar a ser notada e começando a provocar dor. As zonas mais comuns para a entrada do vírus 18
são as zonas de descarga de pressão corporal e de atrito com o calçado, por exemplo: calcanhar, zona metatarsal plantar, polpas e laterais dos dedos.
Factos Normalmente, esta infeção começa com a incubação do vírus, que pode durar entre 4 semanas a 21 meses. Cerca de 35% das verrugas plantares desaparecem sem tratamento no primeiro ano de evolução, mas a maior parte das verrugas necessita de tratamento, que pode ser bastante demorado. O tempo de tratamento torna-se ainda mais prolongado quando existe debilidade a nível do sistema imunitário. As verrugas plantares são contagiosas e “auto contagiosas”. Uma pessoa que tenha uma verruga pode contagiar outras pessoas e também espalhar o vírus por outras partes do seu próprio corpo. O contágio pode ser através do contacto direto ou através da corrente sanguínea. Entrar em contacto direto com uma superfície que abrigue o vírus é o meio mais fácil de contágio. É simples isso acontecer em locais utilizados
Existem vários tipos de tratamento, mas o mais frequente é a aplicação de ácido para queimar a verruga, após deslaminação da lesão. Deste modo, o efeito do ácido será mais eficaz. Este tipo de tratamento, quando realizado por profissionais de saúde especializados, não deixa marcas e torna as recidivas quase inexistentes. O utente deve realizar tratamentos complementares em casa, com regularidade e insistência. A persistência é fundamental para se obterem resultados satisfatórios. O tempo de tratamento é muito variável, mas deixar uma verruga evoluir sem tratamento pode dar origem a uma lesão dolorosa. A dor que a verruga causa pode ainda provocar uma modificação na maneira de caminhar. Ao sentir dor, a pessoa vai deixar de fazer tanta pressão na zona afetada e começa a modificar o posicionamento dos pés no solo, alterando toda a sua postura. Devido a este fator, podem começar a surgir dores musculares ou mesmo desconforto articular. Por tudo isto, é importante verificar a saúde dos seus pés e procurar a ajuda de um profissional de saúde quando notar alguma modificação do aspeto da sua pele. Proteja-se e aos outros! Referências Bibliográficas: http://www.medicalnewstoday.com/articles/155039. php http://www.manualmerck.net/?id=230&cn=1864 http://www.mayoclinic.com/health
CUIDAMOS DE SI
Fotoproteção de inverno A fotoproteção é a principal estratégia na prevenção da saúde da pele. Como algumas atividades ou ocupações ao ar livre obrigam a uma exposição prolongada ao sol, deve haver um uso regular de filtros solares. Seja no verão ou no inverno, o uso do protetor solar é essencial para todos os que estejam expostos ao sol. Pode sentir frio lá fora, mas esse aspeto nada tem que ver com a intensidade da radiação ultravioleta do sol, que pode não diminuir de forma significativa no inverno. Embora exista uma tendência em associar o calor aos efeitos nocivos do sol, nomeadamente às queimaduras solares, estes efeitos podem ocorrer em qualquer altura do ano. É, portanto, recomendado o uso diário de protetor solar com fator de proteção solar (FPS) de, pelo menos, 15. Os amantes dos desportos de inverno, como os praticantes de esqui ou snowboard, devem ter cuidados redobrados, visto que a intensidade da radiação ultravioleta é superior com o aumento da altitude, a que acresce o poder refletor da radiação solar pela neve.
Os tipos de radiação ultravioleta A radiação ultravioleta representa apenas 5% da radiação solar que atinge a superfície da Terra. Esta radiação produz efeitos nocivos ao nível da pele, podendo ser dividida em UVA e UVB. Os raios UVA representam 95% dos raios ultravioleta que atingem a superfície da Terra. Estes atravessam as nuvens, o vidro e a epiderme e, contrariamente aos UVB, são indolores e penetram na pele em grande profundidade, até às células da derme. São os principais produtores de radicais livres, podendo alterar as células a longo prazo e desencadear: - Fotoenvelhecimento; - Fotossensibilidade; - Desordens pigmentares; - Desenvolvimento de cancro cutâneo. 20
Os UVB representam apenas 5% dos raios ultravioleta que atingem a superfície da Terra, contudo são estes os responsáveis pelas queimaduras solares ao nível da epiderme.
Os riscos de contrair cancro de pele Para além do envelhecimento prematuro, a radiação ultravioleta pode causar cancro de pele. O sistema imunitário da pele fica enfraquecido sob ação de luz solar intensa, a qual danifica as células da pele e altera o seu material genético. O sistema de reparação da pele não consegue eliminar os graves danos provocados pela radiação ultravioleta nas suas células e estas transmitem
informações erradas para as células filhas. Se estas se continuam a dividir sem entraves, podem sofrer mutações e originar um cancro de pele, anos mais tarde. Existem diferentes tipos e subcategorias de cancro de pele, sendo que o mais perigoso é o melanoma maligno. Os outros cancros de pele (não-melanoma) não são tão perigosos, mas são dez vezes mais frequentes do que o melanoma maligno. São particularmente afetadas as áreas de pele sujeitas a exposição repetida não protegida do sol. Estas incluem a cabeça, rosto, orelhas e dorso das mãos. Estes tipos de cancro, quando diagnosticados precocemente, tem um tratamento mais favorável. O cancro de pele não melanoma é classificado em três tipos diferentes: queratoses actínicas, carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular.
Na escolha adequada do FPS deve-se considerar o fototipo, ou seja, a caracterização da pele quanto à sua coloração e reação à exposição solar: Fototipo
Bronzeado
Branca
Sempre
Nunca
II
Branca
Sempre
Às vezes
III
Morena clara
Moderado
Moderado
IV
Morena
Pouco
Sempre
V
Morena escura
Raro
Sempre
Nunca
Pele muito pigmentada
Negra
Outros fatores, para além do fototipo, que devem ser tidos em consideração são o tipo de pele, a idade, o grau de exposição e hábitos de vida, a latitude e altitude em que se encontra, o histórico de exposição solar e antecedentes individuais ou familiares de doenças de pele relacionadas com a exposição solar.
Como atua o protetor solar Os protetores solares podem ter na sua formulação filtros químicos, que absorvem os raios UV, ou filtros físicos, que refletem os raios UV. Os filtros físicos possuem um baixo potencial alérgico, podendo ser especialmente importante para formulações de produtos infantis, para uso diário e para indivíduos com pele sensível. É comum a associação dos dois tipos de filtro solar para se obter um filtro solar com fator de proteção solar mais alto.
Como escolher o fator de proteção solar O FPS mede o grau de proteção na pele que um produto oferece contra os raios UVB, indicando quanto tempo uma pessoa pode ficar exposta ao sol usando um protetor solar sem causar eritema. Como exemplo, se um indivíduo pode ficar ao sol por 10 minutos sem nenhuma proteção, com um filtro com FPS 15 este tempo irá prolongar-se 15 vezes, ou seja, cerca de 2 horas e meia. Mar alto, montanha, países tropicais
Intolerante
O FPS adequado a cada tipo de pele é aquele que não permite o surgimento de eritema; assim, se usou protetor solar e mesmo assim se queimou, significa que ou o FPS usado é mais baixo do que deveria ser ou aplicou de forma incorreta.
Entender o rótulo
- Não comedogénico: protetor solar que não obstrói os poros, evitando assim a formação de borbulhas. São também indicados para pessoas com pele oleosa de tendência acneica.
Cuidados na proteção solar no verão e inverno - Aplicar o protetor solar 20 a 30 minutos antes de se expor ao sol, visto este ser o tempo necessário para se formar um filme protetor homogéneo que produza o efeito desejado; - Deve-se reaplicar o protetor solar a cada duas a três horas, especialmente se a exposição é mantida; - Os resíduos do protetor solar devem ser removidos da pele após a exposição solar; - Sempre que possível, evitar a exposição entre as 10 horas e as 16 horas;
do protetor solar
- Mesmo em dias nublados, cerca de 80% dos raios UV atravessam as nuvens e a neblina;
Na hora de comprar o protetor solar poderão surgir algumas dúvidas quanto à linguagem utilizada nos rótulos. Abaixo são citados alguns exemplos:
- Ter cuidado com a luz refletida, por exemplo, na areia, na neve e na água que pode atingir a pele mesmo se estiver à sombra;
- Anti UVA e UVB: protetor solar que protege contra os raios UVA e UVB;
- O uso de protetor solar na gravidez é seguro e recomendado, especialmente pelo risco elevado de surgirem discromias hiperpigmentares nessa fase, como o vulgar pano da gravidez;
- Hipoalergénico: utiliza substâncias com menor potencial de causar alergia; - Livre de PABA ou “PABA free”: protetor solar que não contém a substância PABA, que tem elevado Praia, largos períodos de atividade ao ar livre
Atividade ao ar livre moderada
Proteção muito alta FPS 50+ UVA FPS 50+
FPS 50+
FPS 50+
Fototipo III
FPS 50+
FPS 50+ / FPS 30
FPS 30 / FPS 15
Fototipo IV
FPS 50+ / FPS 30
FPS 30
FPS 15
Fototipo V e VI
FPS 30 / FPS 15
FPS 15
FPS 15
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- Isento de óleo ou “oil free”: protetor solar que na sua formulação não contém substâncias oleosas. Estes produtos são os mais indicados para pessoas com pele oleosa com tendência acneica;
- Os olhos devem ser protegidos utilizando óculos de sol com 100% de proteção contra UVA e UVB;
Proteção muito alta FPS 50+ Filtros físicos
Crianças Fototipo I e II
Eritema
I
VI
Tipo de pele
Coloração da pele
poder alergénico;
- Preferencialmente, usar protetores solares que protejam tanto da radiação UVA como UVB; - O vestuário é uma forma de proteção solar a que deve recorrer, protegendo assim a sua pele da exposição solar; - Não se esqueça de proteger os seus lábios, muito sensíveis à radiação solar, com um stick labial adequado. Recorra ao Serviço de Dermofarmácia da sua Farmácia Holon para esclarecer todas as suas dúvidas sobre a fotoproteção de inverno.
Bebé e mamÃ
Bebés prematuros: Cuidados a dobrar A maioria das mulheres fica surpreendida e afetada pelo fim repentino da gravidez e pela chegada de um bebé prematuro. É um momento extremamente emocional, sendo natural a ansiedade e o surgimento de receios. Nesta fase, é necessário ter o dobro dos cuidados para desfrutar da felicidade da maternidade. A duração normal de uma gravidez é de 37 a 42 semanas. Quando os bebés nascem antes das 37 semanas de gestação, estamos perante um bebé prematuro (também designado como pré-termo). Este pode classificar-se em prematuro limiar (quando nasce entre as 33 e as 36 semanas e/ou tem um peso à nascença entre os 1,5 e os 2,5 quilogramas), prematuro moderado (nasce entre as 28 e 32 semanas de gestação e/ou tem um peso à nascença entre 1 e 2,5 quilogramas) e prematuro extremo (aquele que nasce antes das 28 semanas de gestação e/ou pesa menos de 1 quilo)¹. Os bebés prematuros nascem com uma “ima-
turidade” dos seus órgãos e sistemas (respiração, controlo da temperatura, digestão, metabolismo, etc.), o que os torna mais vulneráveis às doenças e mais sensíveis aos agentes externos (luz, ruído, etc.). Merecem uma atenção especial e adequada às suas necessidades, já que o seu processo de amadurecimento biológico ainda não está concluído. Com o nascimento de um bebé prematuro, é natural que os pais fiquem assustados, principalmente se o bebé necessitar de cuidados especiais no hospital e tiver que permanecer por algum tempo na unidade de Neonatologia.
A melhor forma de fazer o medo desaparecer é estabelecer uma ligação de empatia com a equipa especializada que está a cuidar do bebé e colocar-lhe todas as dúvidas. Quanto mais depressa os pais estiverem esclarecidos e informados, mais fácil será gerir a situação. Já em casa, após alta clínica, os riscos dependem do histórico do bebé, do peso à nascença, do peso com que sai do hospital e se desenvolveu mais alguma complicação. Os cuidados a ter a mais, pelo facto do bebé ter nascido prematuro, estão maioritariamente ligados à palavra “dobro”. Deve-se redobrar 31
a atenção e observação do comportamento, do aspeto corporal e observar se surgem alterações às condições com que o bebé veio para casa.
O melhor alimento O leite materno protege o bebé de múltiplas doenças, nomeadamente das infeções e alergias, é o alimento nutricionalmente mais adequado às suas necessidades e favorece o estabelecimento da ligação afetiva entre a mãe e o bebé, extremamente importante para o desenvolvimento físico e emocional do recém-nascido. O bebé prematuro pode apresentar-se mais sonolento, havendo necessidade de o acordar e de o estimular para mamar. Tem também maior dificuldade na coordenação da sucção-deglutição, pelo que necessita de mais ajuda e tempo nas mamadas. O nascimento prematuro de um bebé não permite que se dê a normal acumulação de ferro e vitaminas que decorre normalmente no final da gestação. Por esse motivo, é frequente que os bebés prematuros tenham défice de ferro e vitaminas. Estes devem ser administrados sob a forma de suplementos, de acordo com as orientações do pediatra. Pela dificuldade em coordenar a sucção, deglutição e respiração, o prematuro engasga-se com maior frequência. Assim, durante as mamadas devem fazer-se pausas para que possa arrotar (colocando-o em pé no colo).
a fralda com maior frequência, de forma a prevenir o aparecimento de “assaduras”. O banho é outro aspeto importante, devendo-se verificar se a temperatura da água e a temperatura ambiente são as adequadas. Os bebés prematuros têm dificuldade em regular a sua temperatura. Por isso, é preciso ter-se atenção para que não arrefeça, nem aqueça demasiado. O choro é a forma que o bebé tem de comunicar. Existem vários motivos que levam o bebé a chorar: fome, fralda suja, sono, desconforto, cólicas, dor, excesso de estimulação. É necessário assegurar que as necessidades básicas do bebé estão satisfeitas: está alimentado, com fralda limpa e confortável. Pela sua imaturidade, o prematuro é mais propenso a infeções, as quais poderão também ser mais graves. Assim, devem tomar-se algumas medidas de forma a evitá-las, tais como: lavar sempre as mãos antes de tocar no bebé e antes de preparar os seus alimentos; lavar escrupulosamente os seu utensílios, como os biberões e chupetas; não permitir que se fume perto do bebé, preservando-o de ambientes potencialmente poluídos; evitar ambientes com aglomerados de pessoas; evitar que o bebé contacte com objetos, nomeadamente brinquedos que tenham sido utilizados por crianças ou adultos que estejam doentes, devendo todos os objetos do bebés ser lavados com frequência; evitar o desenvolvimento de lesões cutâneas e efetuar todas as vacinas recomendadas.
Cuidados especiais
Os bebés prematuros necessitam de maiores cuidados que aqueles que nascem de termo. Após a alta, é natural que necessitem de acompanhamento multidisciplinar em consultas de várias especialidades, tais como Neonatologia, Medicina Física e Reabilitação, Pediatria do Desenvolvimento, Oftalmologia, Otorrinolaringologia, entre outras. É de extrema importância que os pais não deixem de levar o bebé a todas as consultas que são programadas.
O bebé prematuro tem uma pele mais delicada, portanto poderá ser necessário mudar
Referências Bibliográficas: 1 http://www.xxs-prematuros.com/prematuro.htm
Pela imaturidade do sistema gastrointestinal, os bebés prematuros também podem bolçar mais. Contudo, é possível tomar algumas medidas para diminuir o refluxo, como colocar o bebé a arrotar após as mamadas, minimizando a mobilização logo após a refeição e deitando o bebé com a cabeça mais elevada.
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Um em cada dez bebés nasce prematuro Em Portugal nascem, por ano, cerca de mil bebés prematuros (menos de 32 semanas) e nos últimos anos registou-se um aumento global de entre 20 a 30 %, de acordo com dados da Fundação Europeia para os Cuidados do Recém-Nascido. Portugal, Grécia, Hungria, Inglaterra e o País de Gales são países nos quais se registam aumentos de prematuros acima da média europeia.
Idade corrigida e idade real Por ter nascido mais cedo, é natural que o bebé não apresente o mesmo grau de desenvolvimento que um bebé de termo que nasceu na mesma altura. A Idade real ou idade cronológica é o tempo de vida desde o nascimento. A idade corrigida é calculada a partir da altura em que era esperado que o bebé nascesse. Assim se, por exemplo, um bebé nasceu em 1 de março e se esperasse que apenas nascesse em 1 de junho e hoje fosse 1 de dezembro, o bebé teria nove meses de idade real e seis meses de idade corrigida. Para efeitos de avaliação de desenvolvimento, habitualmente corrige-se a idade do bebé até aos 2-3 anos, dependendo do grau de prematuridade.
Desgaste das articulações Essenciais para o movimento e para uma vida ativa, as articulações
dia a dia
têm como finalidade dar estabilidade às zonas de união entre os diversos segmentos do esqueleto, ou seja, os ossos, possibilitando a sua mobilidade. Com o avançar da idade, a atividade constante a que estão sujeitas e o estilo de vida atual, as articulações acabam por ser alvo de um desgaste progressivo, podendo causar dor, rigidez, inchaço e até mesmo perda da capacidade de movimentação.
O médico reumatologista Augusto Faustino explica que, em termos da saúde da articulação, há conceitos e questões que são muito diversos, tanto no que respeita às articulações propriamente ditas, como à fase da doença reumática. «Simplificando as coisas, podemos ter que pensar em questões que sejam mais mecânicas e questões que sejam mais inflamatórias da articulação, sendo que numa fase inicial predominam as alterações inflamatórias e, numa fase intermédia, ou mais avançada, predominam as alterações mecânicas». Segundo o especialista, este tipo de problemas «começa quase sempre com um processo inflamatório, que vai evoluindo e degradando a articulação», mas depende também «do tipo de inflamação, do envolvimento articular e da sua magnitude, até porque o “incêndio” - no sentido em que a inflamação pode ser considerada um incêndio - pode ser maior ou menor numa ou outra articulação ou ser mais sistémico, envolvendo todo o organismo». O clínico, que é também presidente da Liga Portuguesa Contra as Doenças Reumáticas, não tem dúvida de que a doença reumática mais prevalente a nível de desgaste das articulações é a osteoartrose. «Estamos a falar numa prevalência de cerca de 30% da população e, em determinadas faixas etárias, 70 a 80%. A maior parte da população, em determinada altura da vida, pode ter uma patologia degenerativa articular, uma artrose, que pode ser mais ou menos sintomática, mais ou menos evolutiva e mais ou menos incapacitante. Esta é também a patologia mais importante em termos de saúde pública», frisa, ressalvando, contudo, que «artrose tanto pode significar uma lesão da cartilagem muito 34
ou em mais que uma articulação. Se há um segmento que começa a doer e dói de uma forma permanente, essa dor tem que ser esclarecida. A dor pode ter várias características, mas se tiver características inflamatórias, que são muito simples de definir (é uma dor que incomoda de noite, que dá alguma prisão nos movimentos de manhã, mas que melhora à medida que a pessoa vai começando a movimentar-se), conta com opções terapêuticas muito válidas e eficazes, que permitem mudar completamente o rumo e evolução da situação», esclarece o clínico. «Depois», prossegue, «há que tentar excluir as situações que podem não ser a causa da dor, nomeadamente desalinhamentos articulares, alterações da estática da articulação ou lesões internas da articulação». De seguida, «há que tentar ajudar a articulação a ultrapassar as dificuldades que tem, controlando a inflamação, suplementando os compostos da cartilagem» e «insistir na atividade física, na mobilização da articulação, não esquecendo que esta tem que ser ajustada a cada situação, a cada causa, a cada pessoa e a cada fase da doença».
incipiente, com uma alteração inflamatória da membrana sinovial e com um processo inflamatório intra-articular que se consegue controlar praticamente só com medicamentos, como pode significar, numa fase terminal da articulação, um desgaste em que já não há cartilagem, em que o osso já não tem qualquer tipo de amortecedor e está em contacto osso com osso, com uma indicação formal para cirurgia para uma prótese da articulação». Augusto Faustino elucida, porém, que é fundamental «não associar artrose a um conceito de doença evoluída, irreversível, intratável, em que não há nada para oferecer aos doentes».
Não aos excessos
da própria resposta ao exercício», advoga, alertando que «se uma articulação, ao ser utilizada, começa a dar sintomas de desconforto ou de dor e esses sintomas vão-se agravando cada vez mais, é um sinal inequívoco de que o limiar de resistência da articulação está a ser ultrapassado». Posto isto, a utilização das articulações «deve ser moderada, equilibrada e racional». A hidroginástica constitui uma excelente opção para a globalidade dos problemas, tais como a artrose, artrite reumatoide ou espondilite anquilosante. «Excluindo situações em que existe um processo inflamatório muito ativo da articulação e em que a mobilização com o calor possa ser um estímulo de aumento da inflamação, não vejo mais nenhuma contraindicação, uma vez que, tratando-se de um sítio onde há um ambiente analgésico devido ao calor da água e em que há um ambiente de descarga pela pressão menor que a água exerce sobre as articulações, a hidroginástica é claramente a atividade mais adequada».
O reumatologista destaca que para a articulação “respirar” e “viver” de uma forma mais saudável não deve haver excessos de nenhuma natureza, isto é, «nem podemos ter uma articulação completamente imobilizada, nem podemos ter uma articulação ultrautilizada com atividades laborais ou exercício físico excessivo».
Tratamento
Assim, «o exercício terá de ser equilibrado, de baixo impacto em termos de agressividade da articulação e adaptado à pessoa, em função das suas características, das suas possibilidades e
À semelhança de tantos outros problemas, este tipo de situações deve ser identificado o mais precocemente possível. «O fundamental é não desvalorizar uma dor ou uma alteração numa
O médico salienta ainda que «mesmo em casos muito evoluídos de desgaste das articulações, é importante que se tenha noção de que hoje em dia existem alternativas em termos de cirurgia, apesar de ser «a opção que queremos evitar». «A verdade é que a esperança de vida é cada vez maior e a probabilidade de termos articulações a ser desgastadas e a durar mais tempo é maior e, portanto, a probabilidade de uma peça se estragar também é maior…». O especialista insiste que «aquele conceito que se tinha do reumatismo como algo muito estático, único e repetitivo é completamente errado: não há reumático nem reumatismo, há doenças reumáticas e essas são patologias muito variáveis, tanto de pessoas para pessoas, como na própria pessoa, uma vez que ao longo da evolução da doença podemos ter situações e realidades completamente distintas», argumenta, acrescentando que, por outro lado, «para este conjunto muito vasto de doenças e situações existem opções e respostas, pelo que não há hoje razão ou justificação para se negar a um doente a possibilidade de se tratar e de recuperar uma normalidade o mais absoluta possível em relação àquilo que era a sua vida antes de surgir a doença reumática, desde que, naturalmente, o doente cumpra um esquema terapêutico adequado à sua situação». Bibliografia: Revista Saúde Ativa nº 10.
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cuide aqui da sua saúde
Agora: O momento ideal para controlar a diabetes! A diabetes é uma doença muito prevalente na nossa sociedade. Em Portugal, estima-se que exista mais de um milhão de pessoas com diabetes, muitas delas ainda por diagnosticar, posicionando-se entre os países europeus que registam uma mais elevada taxa de prevalência desta doença.
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Complicações da diabetes: é possível prevenir!
A glicose (vulgarmente designada por açúcar) constitui a principal fonte de energia do nosso organismo, essencial para o seu normal funcionamento e para a prática das atividades diárias. Muitos dos alimentos que ingerimos são transformados em glicose no aparelho digestivo, sendo posteriormente absorvida para a circulação sanguínea. Para que possa ser utilizada, a glicose tem que passar do sangue para o interior das células, que constituem os nossos órgãos e tecidos. Na maioria das situações, esse transporte para dentro das células só é possível com a ajuda de uma hormona: a insulina. Esta é produzida pelo pâncreas e é responsável pela regulação dos níveis de açúcar no sangue (glicemia). Na diabetes mellitus esta situação está alterada, por problemas relacionados com a produção e/ou com a atuação da insulina no organismo, resultando daí uma subida anormal dos níveis de açúcar no sangue (hiperglicemia), característica desta doença.
Epidemia silenciosa manifesta-se cada vez mais cedo Existem vários tipos de diabetes, entre os quais se destacam a diabetes do tipo 1 e do tipo 2. O primeiro surge devido a uma destruição das
células do pâncreas que produzem a insulina, correspondendo a uma minoria dos casos de diabetes, mais frequentemente diagnosticada em crianças e jovens. Cerca de 90-95% dos casos registados de diabetes são do tipo 2, cuja ocorrência se encontra, muitas vezes, associada a hábitos de vida e de alimentação desequilibrados, bem como ao excesso de peso e obesidade. Este tipo de diabetes, geralmente diagnosticado no adulto, está a aparecer cada vez mais em idades mais jovens, em resultado das alterações dos hábitos de vida a que temos assistido nos últimos anos.
Sintomas típicos da diabetes no adulto
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Tratamento da diabetes: viver em equilíbrio
No adulto é habitual a diabetes não provocar sintomas no seu início e, por isso, pode passar despercebida durante anos. Os sintomas só surgem quando a glicemia está muito elevada e, habitualmente, de modo mais lento do que na criança ou no jovem. Contudo, o açúcar elevado vai provocando danos no organismo, mesmo que não se dê por isso. E é essa a razão pela qual, por vezes, já podem existir complicações quando é diagnosticada a diabetes.
A diabetes mellitus é uma doença crónica, o que significa que não tem cura. No entanto, hoje em dia existem métodos terapêuticos muito eficazes que permitem à pessoa com diabetes viver uma vida em pleno, sem limitações.
O facto de os sintomas passarem muitas vezes despercebidos é a principal causa do diagnóstico ser, muitas vezes, tardio. Este, realizado pelo médico, é feito através da avaliação dos sintomas manifestados e confirmado com análises ao sangue. No entanto, muitas vezes a hiperglicemia é detetada em exames de rotina ou realizados por outra causa.
A alimentação é um dos fatores que mais influencia a saúde e a qualidade de vida, não apenas da pessoa com diabetes, mas de todos os indivíduos. Devem ser adotados hábitos alimentares saudáveis, tais como comer diariamente frutas e legumes, reduzir o consumo de alimentos ricos em gordura, aumentar o consumo de saladas, comer peixe com mais frequência, evitar o consumo de álcool, fazer seis a oito refeições por dia e comer moderadamente a cada uma delas. Deverá ter um plano alimentar, definido por um especialista (nutricionista ou dietista), adequado às suas necessidades nutricionais, bem como tendo em consideração a toma dos medicamentos.
Atenção aos sinais e sintomas! - Urinar em grande quantidade e mais vezes; - Sede constante e intensa; - Fome constante e difícil de saciar; - Sensação de boca seca; - Fadiga; - Comichão no corpo (sobretudo ao nível dos órgãos genitais); - Visão turva.
A diabetes provoca alterações nos vasos sanguíneos e nos nervos. Sabe-se que estas alterações são causadas pelo excesso de açúcar no sangue, e que são uma causa importante de aterosclerose, de problemas ao nível do coração, dos rins, dos olhos e do pé. Em praticamente todos os países desenvolvidos, a diabetes é a principal causa de cegueira, insuficiência renal e amputação de membros inferiores por causa não traumática. A diabetes constitui, atualmente, uma das principais causas de morte, principalmente por implicar um risco significativamente aumentado de doença coronária e de acidente vascular cerebral (AVC). Além do sofrimento humano que as complicações relacionadas com a doença causam nas pessoas com diabetes e nos seus familiares, os seus custos económicos são muito elevados. Todas estas complicações são evitáveis através de um adequado controlo dos níveis de glicose no sangue.
Sintomas na criança e no jovem - Urinar muito (por vezes, pode voltar a urinar na cama); - Ter muita sede; - Emagrecer rapidamente; - Grande fadiga com dores musculares; - “Comer muito, sem nada aproveitar”; - Dores de cabeça, náuseas e vómitos.
O tratamento da diabetes passa por adotar uma alimentação equilibrada, pela prática de exercício físico regular e, em muitos casos, pela terapêutica farmacológica (medicamentos).
Como é do conhecimento geral, fazer exercício físico regularmente, para além de contribuir para melhorar e manter a saúde física, é também indispensável para o aumento da autoestima, fazendo parte de qualquer plano de hábitos de
vida saudáveis, especialmente para quem tem diabetes. Este deve ser planeado juntamente com a equipa de saúde. No que respeita aos medicamentos utilizados no tratamento da diabetes, estes podem ser de dois tipos: - Antidiabéticos orais: são comprimidos que, em geral, atuam estimulando a produção de insulina, melhorando a sua ação ou reduzindo a absorção de açúcares - existem vários tipos, com diferentes ações; - Insulina: injeção subcutânea, que substitui a insulina normalmente produzida pelo organismo - existem várias insulinas, com diferentes tempos de ação. No caso da pessoa com diabetes tipo 1, o tratamento passará sempre pela administração de insulina. No caso da diabetes tipo 2 o tratamento farmacológico pode passar pela toma de antidiabéticos orais, pela administração de insulina ou pela conjugação de ambos. O médico seleciona o tipo de medicação mais adequado a cada caso. Os medicamentos não curam a diabetes mas, em conjunto com a alimentação e com o exercício físico, permitem controlar os valores de glicemia. É importante que os medicamentos sejam tomados de acordo com as indicações do médico, na dose certa e no horário indicado. No caso particular da insulina, é importante verificar se está a utilizar a técnica correta de administração, com o auxílio do médico ou do farmacêutico.
dos valores dos níveis de açúcares nos três meses anteriores à análise.
Envolver a família para gerir melhor a doença Controlar e tratar a diabetes exige, por parte do doente, um compromisso que é para toda a vida. Todos os dias, em todos os momentos, em casa, no emprego, em férias, em qualquer lado ele toma comportamentos e atitudes, tornando-o o grande responsável pela sua saúde. É importante que a pessoa com diabetes e a sua família compreendam a doença e os seus tratamentos, envolvendo-se na melhoria do seu estado de saúde. Nas Farmácias Holon encontrará o melhor aconselhamento, disponibilizado por uma equipa de profissionais de saúde especializados nas diversas áreas, à medida das suas necessidades.
Olhe pela sua saúde… - Faça uma alimentação saudável e equilibrada, de acordo com as suas necessidades nutricionais – informe-se sobre o Serviço de Nutrição disponível nas Farmácias Holon; - Pratique exercício físico regular; - Evite o tabaco; - Cumpra todos os dias e com rigor as indicações sobre os medicamentos a tomar nas doses e horários recomendados, bem como a técnica correta de administração da insulina – fale com o seu farmacêutico; - Vigie os valores de glicemia, fazendo o registo dos mesmos, bem como os valores de pressão arterial e de colesterol;
Não adie mais, cuide agora da sua saúde! Informe-se na sua Farmácia Holon sobre todos os serviços que temos disponíveis para si. Referências bibliográficas: - Correia, L. et al. (2009) – Diabetes Tipo 2: Um Guia de Apoio e Orientação. Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP), Edição Lidel, Janeiro 2009. - Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal http://www.apdp.pt/ - Sociedade Portuguesa de Diabetologia - http://www. spd.pt/ - Controlar a Diabetes - http://www.controlaradiabetes. com/disease/infodiabetespt/pt/index.xhtml
- Saiba como agir em caso de hipoglicemia (baixa de açúcares); - Faça vigilância regular do pé: as pessoas com diabetes têm risco acrescido de desenvolver problemas nos pés – informe-se sobre o Serviço do Pé Diabético na sua Farmácia Holon; - Vigie a sua saúde oral e dos seus olhos. Uma boa autovigilância da diabetes ajuda a prevenir complicações e a viver uma vida em pleno!
A toma incorreta da medicação, bem como a não adesão aos regimes terapêuticos, comprometem o controlo dos níveis de glicemia, com risco acrescido de surgimento de complicações.
Como saber se a diabetes está controlada? A realização regular do teste da glicemia (“picada no dedo”), permite-nos saber de que forma a alimentação, a atividade física e a medicação estão a atuar no controlo da doença. Esta é uma das medidas essenciais de autovigilância. Para tal, é importante que a técnica de medição utilizada seja a correta e que a pessoa conheça os valores recomendados de glicemia, definidos em conjunto com o médico assistente. Para além disso, a pessoa com diabetes deverá manter um registo dos valores obtidos para que, em conjunto com o médico ou com o farmacêutico, possam monitorizar a evolução da doença. Para além disso, existe ainda um valor, designado por hemoglobina glicosilada (HbA1c), determinado laboratorialmente, que revela a média 39
Alimentação saudável e económica É possível fazer uma alimentação saudável e, ao mesmo tempo, económica? Sim, e deliciosa também! Seguindo algumas recomendações, é possível escolher opções mais económicas
VIVA MAIS
O preço dos alimentos é um fator que condiciona muito as escolhas alimentares e que, por vezes, se sobrepõe aos benefícios para a saúde. Sabe-se, por exemplo, que quem tem menores rendimentos compra menos produtos frescos, como hortícolas e fruta, e mais produtos ricos em gorduras e açúcares. De facto, como as despesas com a alimentação constituem uma fatia flexível do orçamento familiar, quando é necessário poupar, é comum fazê-lo na alimentação. Porém, as escolhas menos saudáveis têm consequências para a saúde. Algumas mais imediatas, como a falta de 40
sem perder qualidade nutricional e confecionar refeições saborosas, equilibradas e de baixo custo para toda a família.
energia ao longo do dia, e outras a longo prazo, como o aparecimento de doenças crónicas tais como a obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares e até mesmo cancro¹, ². Conscientes desta problemática, mas sabendo que é possível manter uma alimentação saudável a baixo custo, entidades como a Associação Portuguesa de Nutricionistas (APN) e a Direção Geral de Saúde (DGS) têm tido um papel ativo na informação aos consumidores, publicando inclusive alguns documentos com recomendações muito úteis. A APN criou, por exemplo, menus semanais económicos e saudáveis (disponíveis
em www.apn.org.pt > E-Books e Materiais Disponíveis > Livros e Brochuras), enquanto que a DGS publicou recentemente o livro “Alimentação Inteligente – coma melhor, poupe mais” (disponível em www.alimentacaosaudavel.dgs. pt > biblioteca alimentar e receitas > Publicações), que explora o tema de forma muito completa e prática, incluindo receitas, tabelas de preços, entre outras informações. Naturalmente que para além do conhecimento, é preciso também ter disciplina, organização, treino, tempo e paciência. Mas, no final, agradece o “bolso” e a saúde!
Conselhos para uma alimentação saudável, sem gastar muito: - Verifique os alimentos que tem disponíveis em casa e faça uma lista de compras: permite relembrar o que realmente é preciso comprar e evita a compra de alimentos desnecessários; - Evite ir ao supermercado com fome: há tendência para comprar mais; - Tente ir às compras com tempo: é um fator importante para escolher acertadamente (conseguirá analisar melhor os rótulos nutricionais e comparar preços);
- Procure os preços mais baixos entre os produtos semelhantes. Normalmente os de marca própria são opções mais baratas; - Tenha em atenção que os produtos processados/pré-preparados têm custo acrescido, além de terem muitas vezes desvantagens nutricionais; - Prefira os produtos da época: são mais económicos e nutricionalmente mais ricos;
(por exemplo: aves), e diminua a quantidade que come, usando as leguminosas (feijão, grão, favas, lentilhas, outros) ou os ovos em alternativa, ou em complemento, à carne e ao peixe; - Evite comprar fiambre ou outros produtos de charcutaria já cortados e embalados: peça para cortar no balcão apenas a quantidade de que necessita; - Tome o pequeno-almoço em casa: além de ser mais barato é normalmente mais equilibrado;
- Não desperdice: na compra de alimentos perecíveis (como fruta e hortícolas) deve pensar na quantidade exata de que necessita. Em casa, consuma sempre primeiro os alimentos com prazo de validade mais curto;
- Leve alimentos de casa para as refeições intercalares, como a merenda da manhã e da tarde;
- Escolha as carnes e os peixes mais económicos
- Se almoçar ou jantar fora de casa, experimente levar o almoço/jantar preparado de casa, numa mala térmica; - Inicie as refeições com sopa de legumes: é normalmente económica e nutritiva, diminuindo o apetite logo no início das refeições; - “Abuse” dos pratos de panela, como as caldeiradas, as jardineiras, as cataplanas, as feijoadas... Utilizando muitos hortícolas e pouca gordura adicionada. A grande variedade de ingredientes utilizada nestes pratos permite-lhe colocar menos quantidade de carne/peixe; - Reaproveite as “sobras”: poupa tempo e dinheiro. Pode apenas reaquecê-las ou utilizá-las noutros pratos; - Para bebida, opte pela água. A água da rede pública é própria para consumo e é uma opção mais económica; - Ponha de lado a chamada “junk food” ou “lixo alimentar”, como os refrigerantes, as guloseimas, as batatas fritas de pacote... Não têm qualquer vantagem nutricional, por isso poupe nas compras e deixe-os apenas para os dias de festa1,3. Recorra ao Serviço de Nutrição das Farmácias Holon e beneficie de um aconselhamento profissional e dedicado.
Referências Bibliográficas: 1 Gregório M., Santos M., Ferreira S., Graça P. Alimentação Inteligente – coma melhor, poupe mais. Direção Geral de Saúde. Lisboa, 2012. 2 Artigo “Crise Alimentar: frutas e legumes poderão ser as principais vítimas” (2011), disponível em www. apn.org.pt > Notícias. 3 Brochura “Dicas para escolhas alimentares compatíveis com uma alimentação saudável e económica”, disponível em www.apn.org.pt > E-Books e Materiais Disponíveis > Livros e Brochuras.
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VIVA MAIS
Karate: Um desporto para todas as idades O karate nasceu no Japão e, para além de ser uma modalidade desportiva, é uma filosofia de vida. Pode ser praticado dos três aos 80 anos, e, entre os seus benefícios, destacam-se a coordenação motora, a destreza, mas também a concentração e a autoconfiança. Praticado, essencialmente, dos três aos 80 anos, o karate é uma modalidade que une o desporto a uma filosofia de vida saudável, uma vez que «aos benefícios físicos em termos de motricidade, coordenação, destreza, velocidade, força, potência, controlo, acrescem assim conceitos como respeito, concentração e autoconfiança», explica César Silva, diretor do departamento de informação da Federação Nacional de Karate - Portugal (FNK-P). O karate é uma arte marcial desenvolvida particularmente em Okinawa, no Japão, a partir dos sistemas chineses de combate corporal sem armas, que após a II Guerra Mundial se disseminou pelo mundo inteiro. Em Portugal reúne cada vez mais adeptos, e sinal disso é que, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística e o Instituto Português do Desporto e Juventude, a FNK-P é, atualmente, a quinta federação em termos de número de praticantes federados, a maior em termos de desportos de combate, tendo em conta o número de coletividades registadas no Registo Nacional de Pessoas Coletivas. 42
Também em termos desportivos, a modalidade tem vindo a ganhar notoriedade, prova disso «são as 15 medalhas conquistadas nos últimos dez anos, culminando, em 2013, com a obtenção da medalha de bronze por Nuno Dias em kumite (combate) sénior, sendo a primeira medalha de Portugal no escalão sénior nesta prova de combate», salienta César Silva.
Respeito pela integridade física O karate é hoje reconhecido como um desporto ideal para jovens e adultos. Contudo, as idades de referência já mencionadas não impedem que o desporto seja praticado noutras idades: «existem casos registados de crianças que começaram a praticar antes dos três anos e de idosos que treinam após os 80 anos de idade», revela o diretor do departamento de informação da FNK-P. De realçar ainda que o karate é um desporto «inclusivo», já que permite a prática «por pessoas portadoras
de deficiência, sem qualquer necessidade de separação de turmas e com excelentes resultados em vários campos». Não obstante, César Silva alerta ainda que, como qualquer desporto de combate, «é necessário ter cuidado com a saúde de uma forma geral, com particular atenção à prevenção e recuperação de lesões». Mas, por outro lado, salvaguarda que o karate desportivo, bem como o lúdico (praticado pelas crianças), «não envolve grande contacto físico, mas recorre invariavelmente a exercícios em pares ou grupos e, neste sentido, o cuidado com a saúde dos outros e o respeito pela sua integridade física, é algo que os treinadores incutem nos praticantes». Apesar das suas mais-valias, de acordo com César Silva, antes do início da prática da modalidade, recomenda-se uma consulta médica, de modo a que se possa confirmar que o indivíduo não tem qualquer condição que proíba ou limite a prática deste desporto.
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Receita Saudável Lombo de carne fingido com puré de maçã (4 pessoas) Uma das principais despesas familiares é a alimentação. Sendo a única despesa que não podemos evitar, podemos, de forma saudável, reduzir o seu custo, como é o exemplo da receita sugerida. A carne de peru picada, misturada com outros ingredientes, permite reduzir a quantidade de carne utilizada e tem a vantagem de ter pouca gordura e ser económica. O prato contempla ainda a maçã que, além das suas qualidades nutricionais, tem baixo custo e é versátil, podendo ser utilizada como sobremesa ou como acompanhamento. Sugestão: prepare a refeição de véspera e leve na sua marmita para o trabalho! Assim, tem maior controlo sobre o que come, em termos nutricionais, de sabor e de custo. 44
Ingredientes para o lombo de carne: 500g de carne de peru picada (ou 250g de peru + 250g de porco) 100g de miolo de pão 1 cebola picada 2 ovos pequenos Sal e pimenta q.b. Pão ralado q.b. 1 chávena pequena de leite Margarina q.b. Vinho branco q.b. Modo de Preparação: Coloca-se o miolo de pão a amolecer no leite. Depois escorre-se muito bem. Junta-se à carne com os ovos, sal, pimenta e a cebola picada e amassa-se. Barra-se um tabuleiro com uma camada fina de margarina. Deita-se a carne no tabuleiro e molda-se um rolo, aconchegando no final com pão ralado. Rega-se com um fio de vinho branco e leva-se a assar em forno médio (180-200ºC), durante 30-40 min. De vez em quando rega-se com o próprio molho. Ingredientes para o puré de maçã: 8 maçãs Água q.b. Pau de canela (a gosto) Modo de Preparação: Descascam-se e cortam-se as maçãs aos pedaços, para dentro de um tacho. Junta-se água de forma a cobrir o fundo do tacho. Pode-se colocar um pau de canela a gosto. Deixa-se
cozer lentamente e depois de as maçãs estarem cozidas, tritura-se de forma a ficar em puré. Acompanhe também com uma salada a gosto. Valores nutricionais (por dose) Energia (kcal)
Proteínas (g)
Lípidos (g)
Glícidos (g)
Fibra (g)
455
37
9,5
57
7
Maçã A maçã é rica em fibras, tanto insolúveis (na casca) como solúveis (pectinas); é muito pobre em gorduras e equilibrada em frutose (açúcar da fruta). É rica em vitaminas, sais minerais, substâncias antioxidantes e fitonutrientes. Estas características tornam a maçã um alimento importante para uma alimentação saudável. O seu consumo regular ajuda a manter um peso adequado, proteger das doenças cardiovasculares, regular os níveis de colesterol, diminuir o risco de diabetes, melhorar a função digestiva e respiratória e prevenir alguns tipos de cancro. Desta forma, a maçã pode e deve fazer parte das várias refeições diárias: em média 100gr de maçã fornecem 65Kcal.
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saúde digital
Fundação Portuguesa de Cardiologia www.fpcardiologia.pt O novo site da Fundação Portuguesa de Cardiologia tem como propósito sensibilizar a população para a importância da prevenção das doenças cardiovasculares, através da adoção de um estilo de vida saudável. Neste portal poderá aceder a informação detalhada sobre o funcionamento do coração, os principais fatores de risco associados às doenças cardiovasculares e os sinais de alarme. Encontra, ainda, um descritivo de diversos conselhos para manter um estilo de vida saudável, nomeadamente, manter uma alimentação cuidada, fazer exercício físico regularmente, controlar a pressão arterial e o peso. No separador “atividades” são identificados todos os eventos relacionados com a prevenção das doenças cardiovasculares, designadamente, rastreios cardiovasculares, comemorações do mês do coração (em maio), entre outros.
Associação Portuguesa de Apoio ao Bebé Prematuro www.xxs-prematuros.com A Associação Portuguesa de Apoio ao Bebé Prematuro tem como missão ajudar os bebés prematuros e as suas famílias a ultrapassar aqueles que poderão ser os momentos mais difíceis das suas vidas. Parte deste auxílio passa pela informação que é transmitida no site, que abrange áreas específicas como a explicação do que é um bebé prematuro, sendo indicadas algumas causas e fatores de risco que podem potenciar a prematuridade. Encontra, ainda, um separador dedicado aos pais e à família, com informações e esclarecimentos sobre as dúvidas e as incertezas mais frequentes, particularmente, conseguir lidar com as emoções resultantes de uma também prematuridade enquanto pais.
Escreva-nos, 48
dê-nos a sua opinião e sugestões para o e-mail: revistah@grupo-holon.pt
Europacolon Portugal «É imperativo o rastreio nacional» Com sete mil novos casos em Portugal todos os anos e onze mortes por dia, o cancro dos intestinos é o segundo tumor maligno mais comum na Europa. A Europacolon Portugal tem vindo a exigir a criação do rastreio obrigatório, principalmente entre a população de risco,
atuar Vítor Neves, Presidente da Europacolon Portugal – Associação de Luta Contra o Cancro do Intestino, revela que esta foi fundada em 2006 e faz parte da organização Pan-Europeia EUROPACOLON. Com o «objetivo de prevenir mortes por cancro colorretal, melhorar a qualidade de vida e dar apoio a quem sofre desta doença», a associação tem como missão «unir doentes, profissionais da saúde, políticos, os media e o público em geral na luta contra esta doença». E um dos alertas vai para a «falha» no rastreio nacional, algo que o dirigente considera essencial para a prevenção da doença, uma vez que, «se diagnosticado precocemente, este tumor pode ser curado na maioria dos casos».
Consciencializar desde tenra idade Daí que, para 2014, o foco principal de atividade da associação seja «promover, sobretudo através do novo portal, redes sociais, media e ações de informação, a sensibilização dos cidadãos para a vantagem do aumento da literacia relativa aos processos de saúde, motivando-os a tomar parte ativa nas decisões terapêuticas, bem como exercer pressão junto dos órgãos decisórios para a implementação do rastreio do CCR, de base populacional em Portugal», descreve Vítor Neves. Além disso, a Europacolon Portugal pretende continuar com o Ciclo de Palestras e workshops dirigidos à comunidade, assim como com as Campanhas de Prevenção e Sensibilização relativamente às atitudes comportamentais que possam elevar os fatores de risco, «nomeadamente na faixa etária dos 10 aos 13 anos, continuando a execução do PPEA, através do “Projeto de Prevenção Escolar Alimentar”, que chegou já aos 4000 alunos». Já em março, altura em que se assinala o Mês Europeu da Luta contra o Cancro do Intestino, é realizado o 1º Peditório público na zona norte.
entre os 50 e os 75 anos. Em março, quando se celebra o Mês Europeu de Luta Contra o Cancro do Intestino, o alerta ganha maior eco. Apoio a Pacientes e Familiares
Sinais de alerta
Outra das áreas de intervenção desta associação é o apoio aos pacientes, assim como aos seus familiares. Um dos projetos para este ano é a continuação da implementação do Projeto Intervenção Domiciliária em Doentes Avançados em Cancro Colorretal, «agora através de meios financeiros próprios, que visa apoiar pacientes e familiares através de uma equipa multidisciplinar constituída por médico, psicólogo, nutricionista, assistente social e enfermagem, que apoiam os pacientes no seu domicílio, que já não têm hipótese de redução da doença e que não estejam internados», explica Vítor Neves. E porque no tratamento deste tipo de doenças, tão importante como as terapias é a atitude do paciente e o apoio familiar, a Europacolon Portugal presta o serviço consultas gratuitas de Nutrição e de aconselhamento Psicossocial, «com o lançamento agora das consultas de Psicologia via Skype».
Há que estar alerta a sintomas como: – Alteração persistente dos hábitos intestinais, com o aparecimento de prisão de ventre ou diarreia (ou uma alternância das duas), sem razão aparente e/ou fezes muito escuras; – Perda de sangue pelo reto/ânus ou misturado nas fezes sem irritação, dor ou prurido; – Sensação de que o intestino não esvazia completamente; – Dor forte ou desconforto abdominal, sem explicação aparente; – Cansaço sem razão aparente. Além disso, há ainda que ter em atenção: – Se já teve cancro no intestino grosso há um risco mais elevado de contrair cancro colorretal; – Se tem historial de doenças inflamatórias no intestino; –Se é obeso.
Linha de Apoio Criada em 2007, a linha de apoio da Europacolon (808 200 199) funciona, diariamente, das 14 às 20 horas. Além deste horário de atendimento, «a linha tem um gravador de chamadas durante 24 horas» para que consiga prestar-se toda a informação no sentido de esclarecer a população sobre os «sintomas da doença, o rastreio e diagnóstico, as atitudes preventivas, informação sobre direitos e apoio jurídico, e prestar apoio psicológico». O atendimento é feito por enfermeiras superiores, médico de medicina interna, médica nutricionista, um advogado e voluntários.
Como prevenir – Tenha uma dieta equilibrada, rica em fibra e inclua fruta fresca e vegetais (5 doses diárias, o que equivale aproximadamente a um consumo de 400gr/dia). – Evite o consumo em excesso de calorias, em especial de gordura animal. – A ingestão de Iíquidos também é importante, sobretudo água. – Faça exercício regularmente, de preferência diariamente para evitar o excesso de peso.
Europacolon Portugal, Associação de Luta Contra o Cancro do Intestino Estrada Interior da Circunvalação, nº 6657-1º- sala 145 4200-177 Porto Tel.: 22 540 0441 Linha de apoio: 808 200 199 Email: europacolon@mail.telepac.pt Site: www.europacolon.pt
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breves
Doença pulmonar: Apenas 13% dos casos de DPOC estão diagnosticados
Descoberta no leite humano proteína capaz de neutralizar o VIH Cientistas norte-americanos descobriram, no leite materno humano, uma substância que poderá proteger os bebés da infeção pelo vírus da sida e que poderá abrir caminho para novos estudos no combate à doença, divulgou o portal Sapo Saúde. A amamentação é uma das vias de transmissão do vírus das mães para os seus bebés. Em 2011, segundo as estimativas da UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância), 330 mil crianças no mundo terão sido infetadas pelo VIH, à nascença ou pouco depois, incluindo através da amamentação. Para prevenir esse contágio, utilizam-se medicamentos antirretrovirais, mas cujo acesso é bastante limitado nos países em desenvolvimento. Sallie Permar, da Universidade Duke (EUA), e colegas investigadores, que estavam à procura de alternativas aos antirretrovirais contra a sida, expuseram, in vitro, o leite de mulheres seronegativas a uma série de estirpes do VIH e constataram que o efeito protetor estava relacionado com uma proteína de grande tamanho. Depois de um processo de sucessivas separações das proteínas do leite, identificaram a responsável: a TNC, que neutraliza o VIH ligando-se ao invólucro viral. Há muito que se sabe que o leite materno possui qualidades protetoras capazes de inibir a transmissão mãe-filho do vírus da sida. Esta proteína poderá ser a explicação. 50
Segundo a Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), apenas 13% dos casos de doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) estão diagnosticados, estimando-se que a doença afete cerca de 800 mil portugueses, avançou o “Diário Digital”. Muitos doentes só procuram um médico depois de perderem cerca de 50% da capacidade respiratória. Carlos Robalo Cordeiro, presidente da SPP, salientou que «é fundamental promover o diagnóstico precoce, de modo a intervir atempadamente e abrandar o declínio da capacidade respiratória do doente», tendo assinalado que cerca de 86% dos doentes a quem foi feito o diagnóstico com base na realização de uma espirometria não estavam identificados. Bárbara Cristina, vice-presidente da mesma organização, sublinhou a importância da promoção da acessibilidade à realização de espirometrias através dos Cuidados de Saúde Primários, uma vez que «é impossível diagnosticar a DPOC à luz da simples observação sem a realização de uma espirometria». Segundo uma projeção da Organização Mundial de Saúde, esta será a quinta causa de incapacidade em 2030. Em Portugal, a mortalidade por doenças respiratórias constitui a terceira principal causa de morte a seguir às doenças cardiovasculares e ao cancro, de acordo com os dados do Programa Nacional para as Doenças Respiratórias.
Investigadores portugueses desvendam mecanismo causador de cancro no vírus da hepatite D A infeção com o VHD, o agente infecioso da hepatite D, está associada a um aumento da incidência de carcinoma hepatocelular. Através de uma abordagem de proteómica (análise das proteínas e variantes de proteínas), a investigação revela quais as alterações na expressão de genes celulares que resultam da replicação deste vírus. O estudo, divulgado pelo jornal “Ciência Hoje”, mostra, pela primeira vez, que o VHD altera o ciclo normal de regulação das células num ponto preciso da divisão celular, provocando erros no ciclo. Os investigadores acreditam que a interferência do vírus com este controlo é a causa do desenvolvimento de processos carcinogénicos nas células. Para além disso, mostraram ainda que algumas proteínas celulares que participam no suicídio das células cancerígenas são sintetizadas em menor escala na presença do VHD, o que contribui para reduzir as defesas do organismo e potenciar o desenvolvimento de cancro. A descoberta deste mecanismo de formação do cancro associado ao VHD poderá contribuir, a longo prazo, para o desenvolvimento de terapias específicas, atualmente ainda indisponíveis aos doentes.