Índice
EDItOrial
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Editorial
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Atualidade
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Inovação Calor, bom tempo, praia, campo, vigor, sol, luar, ar livre, correr, saltar, caminhar… eis o verão! E viagens,
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seja para perto ou para destinos longínquos, muitas, mas mesmo muitas viagens. No entanto, neste ambiente positivo e cheio de energia, encontramos
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por vezes desafios e obstáculos inesperados. Neste novo número da revista H abordamos estes desafios
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Opinião A burocracia e outras “maleitas”
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O que Dizem os Especialistas Varizes «Há uma predisposição familiar»
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Em Foco Doenças transmitidas por vetores «Pequena picada, grande ameaça»
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Um Dia Todas Serão Assim 14 Aconselhamento ao Viajante 15 Calendário & Ações Farmácias 16 Farmácia Luciano & Matos
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nas questões recorrentes, mas sempre atuais, da proteção solar, da má circulação dos membros inferiores ou das infeções sexualmente transmissíveis à, outrora longínqua, mas cada vez mais na ordem do dia, preocupação com as picadas de insetos. Estas picadas, que sempre nos deixaram à beira de
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Cuidamos de Si 17 Neuroma de Morton 20 O sol e a pele H Júnior 25 Diverte-te 26 Trocado em Miúdos 28 Dentro & Fora de Casa 29 Pinta o desenho
Dia a Dia IST: “Fogo que arde sem se ver” Cuide Aqui da sua Saúde Planeamento familiar: Sexualidade informada e segura Viva Mais 40 Alimente o cérebro: As maisvalias dos oligoelementos 42 Padel: Fácil e «muito divertido de se praticar» 44 Receita saudável
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NOVIDADES
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Saúde Digital
e conseguimos perceber que a prevenção deverá, mais uma vez, pertencer à definição de verão. Seja
Bebé e Mamã Síndrome de Down: O cromossoma do amor
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Atuar INFARMED: Garantir a qualidade e segurança dos medicamentos Breves
um ataque de nervos e que agora trazem com elas mais preocupações e mais doenças, apenas serão evitáveis com um maior esforço na prevenção por Edição: Hollyfar – Marcas e Comunicação, Lda. – Rua Aquiles
parte de todos nós. Mais uma vez, neste contexto,
Machado, nº 5F 1900-077 Lisboa
as Farmácias Holon inovam e criam o novo Serviço de Aconselhamento ao Viajante que nos poderá
Coordenador Editorial: Joana Bagagem (Holon) e Inês Marujo
ajudar a todos; está agora disponível nas Farmácias
Andreia Duarte, Carmen Silva, Catarina Monteiro, José Manuel
Holon, presentes em todo o território português e,
Furtado, Juliana Moreira, Mariana Rosa, Raquel Godinho •
(Hollyfar) • Colaboram nesta edição: Ana Albernaz, Ana Gaião,
Fotografia: David Oitavem
claro, também em Coimbra, onde se encontra um dos nossos orgulhos: a Farmácia Luciano & Matos.
Publicação bimestral • E-mail: revistah@grupo-holon.pt •
Integrante da rede de Farmácias Holon desde 2009,
assinados apenas veiculam a posição dos seus autores.
Tiragem deste número: 15.000 exemplares • Os artigos
foi este ano duplamente reconhecida pela sua
Layout: Series – Comunicação e Design, Lda. – Rua Rodrigues
competência e pela sua orientação para a prestação
Sampaio, 31, 1º Dto. 1150-278 Lisboa; Site: www.series.
de um serviço de excelência. É nestes momentos que
com.pt • United Creative – Estrada da Luz nº 90, 10ºH 1600-160 Lisboa; Site: www.unitedcreative.com • Paginação: Helena
é mesmo caso para dizer que “um dia todas serão
Diretor: José Pedro Freitas Pinto • Propriedade: Holon –
Freitas • Execução Gráfica: Finepaper – Rua do Crucifixo,
assim!”.
Comunicação Global, Lda • Capital Social: 5.000,00 euros • Órgãos
86, 3º Dto. 1100-184 Lisboa; E-mail: info@finepaper.pt •
Sociais: Pedro Miguel Domingues Pires e Nuno Alexandre Antunes
Impressão e Acabamento: Lidergraf Sustainable Printing
Machado (gerentes) • NIPC: 508025621 • Telefone: 219 666 100;
– Rua do Galhano, 15 4480-089 Vila do Conde; Site: www.
E-mail: geral@grupo-holon.pt
lidergraf.pt • Número de Depósito Legal: 361265/13
José Pedro Freitas Pinto Diretor
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atualidade
Alimentação Inteligente disponível online e gratuita A Edenred Portugal e a Direção-Geral da Saúde, através do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS), acabam de lançar um novo site destinado à promoção de escolhas alimentares saudáveis com baixo custo. O site inclui, entre outras informações, uma área com o Manual Alimentação Inteligente, vencedor do Prémio Nutrition Awards 2013. Depois do seu lançamento em 2013, o manual “Alimentação Inteligente – coma melhor, poupe mais” (criado no âmbito do Programa Europeu FOOD), é agora disponibilizado em formato digital de modo a que a informação esteja acessível a toda a população de forma gratuita. O manual digital pode ser consultado em www.alimentacaosaudavel.dgs.pt e está dividido em quatro partes iniciais, que descrevem o percurso do alimento desde o momento do planeamento, à compra, confeção e conservação do mesmo. O manual integra ainda uma descrição de como utilizar a Roda dos Alimentos para comer de forma mais saudável e a baixo custo, um guia para as escolhas diárias de alimentação e 5 passos para poupar na alimentação, que integra 5 conceitos chave para conseguir o equilíbrio nutricional com a poupança. Pretende-se mais uma vez, com a continuação deste projeto, uma melhoria nas escolhas nutricionais ao melhor preço, encontrando-se exemplos práticos como a reutilização de sobras, receitas, utilização adequada da energia, entre muitos outros conselhos.
“PortugalFit” quer combater sedentarismo Entre 31 de maio e 2 de agosto, 13 cidades portuguesas recebem o “PortugalFit”, uma iniciativa de vida saudável assente num roadshow de aulas de grupo realizadas ao ar livre e sem qualquer custo associado. A ação surge com o intuito de sensibilizar a população portuguesa para a importância da prática regular de exercício físico, estimando chegar a mais de 40 mil pessoas. A primeira paragem está marcada para 31 de maio, em Mafra, logo seguida de Oeiras e Açores, a 1 de junho. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, Portugal é dos países europeus com mais excesso de peso entre as crianças, uma realidade que tem sido acompanhada pelo aumento do sedentarismo e da obesidade na idade adulta. «O “Portugalfit” surge como resposta a uma tendência crescente para a prática de exercício físico regular, algo que queremos apoiar e impulsionar, como arma no combate a uma vida sedentária com um impacto negativo e grave para a saúde. Queremos juntar famílias inteiras e mostrar-lhes como pode ser divertido e importante pôr Portugal a mexer!», revela em comunicado a organização do evento. O trio de aulas de Bodyattack™, Bodycombat™ e Sh’bam™ promete animar a população residente, através de coreografias ao alcance de qualquer um.
Adesivos e pastilhas de nicotina podem provocar cancro Os adesivos e as pastilhas de nicotina que ajudam a deixar de fumar podem estar a aumentar o risco do consumidor contrair cancro. O alerta é dado pelo Instituto de Bioinformática da Virgínia, 4
nos Estados Unidos, que estuda as propriedades da nicotina, avança o portal “Sapo Saúde”. De acordo com os investigadores, a nicotina usada nos produtos destinados a ajudar as pessoas a deixar de fumar é altamente cancerígena. Os cientistas descobriram milhares de mutações genéticas provocadas pela nicotina nas células expostas à substância. A nicotina sempre foi vista como apenas viciante, mas esta investigação norte-americana vem revelar que a substância provoca mutações no ADN das células.
75% dos indivíduos não sabem que estão em risco de desenvolver zona Sete em cada dez indivíduos afirmam “já ter ouvido falar” da zona, mas revelam grande desconhecimento em relação à doença. Mais concretamente, 75% não sabem que estão em risco de vir a desenvolver a doença, cerca de 6 em cada 10 portugueses desconhecem que a zona é causada pela reativação do vírus da varicela e 80% não sabem que a zona pode ser prevenida. Estes são os principais resultados do inquérito “Zona e sua prevenção – O que sabem os Portugueses”, promovido pela Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) e pela Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), que teve como objetivo perceber o grau de conhecimento dos portugueses em relação à doença zona. A zona é uma doença dolorosa e debilitante que afeta cerca de uma em cada quatro pessoas ao longo da vida. Qualquer pessoa que tenha tido varicela (cerca de 95% da população Europeia) está, potencialmente, em risco, dado que esta doença resulta da reativação do vírus da varicela (vírus varicela-zoster), que a maioria das pessoas tem durante a infância. Acaba de chegar a Portugal a primeira e única vacina contra a zona e nevralgia pós-herpética. A vacina está disponível nas Farmácias, para a vacinação de adultos a partir dos 50 anos, numa única administração, mediante prescrição médica.
OPINIÃO
A burocracia e outras “maleitas” Desde que José Sócrates elegeu as farmácias como inimigo, fosse para ceifar o poder da sua principal associação, fosse porque elas pertenciam a um setor ambicionado pelos grandes grupos económicos, fosse ainda para lhes retirar a proteção que lhes permitia rendimentos estáveis para garantia do interesse público, têm sofrido ataques de vária índole. Começou pela tentativa de desacreditar perante a população um serviço de reconhecido mérito, apoiada em “manhosa” propaganda dos media ao apelidá-lo de “monopólio”, mesmo na certeza de que cada farmacêutico não podia possuir mais de uma farmácia.
José Manuel Furtado Diretor técnico da Farmácia Moderna-Monchique
Vieram depois a passagem de medicamentos para fora das farmácias, a liberalização da propriedade (em conflito com acórdãos do Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias), as descidas drásticas dos preços e das margens de comercialização, que inevitavelmente conduziram à insustentabilidade e ao encerramento de centenas de farmácias, com a consequência, o que é mais importante, de uma pior resposta à necessária cobertura farmacêutica e medicamentosa. Todo este quadro obriga o farmacêutico, que pela dimensão da sua farmácia tem de acumular as funções de diretor técnico com as de gestor, a prestar atenção redobrada aos aspetos económicos e financeiros, ainda sufocado por enorme carga burocrática e de exigências legislativas. Basta lembrar que atinge uma dúzia, o número de entidades que têm poder fiscalizador sobre o exercício farmacêutico, desde o INFARMED à ACT, e que, se fossem colocados à vista todos os documentos que a lei exige expor, as farmácias
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ficariam sem paredes para encostar móveis. Quantas vezes não nos fica a sensação de inutilidade do preenchimento de um formulário ou da elaboração de um documento? Quantas vezes não nos fica a dúvida se determinada exigência não foi criada para justificar trabalho na entidade fiscalizadora? Um amigo meu, estrangeiro mas com larga residência em Portugal, costumava dizer que este é “um país de faz de conta”: trabalha-se muito, mas resulta pouco. Não restam dúvidas de que há que agilizar procedimentos e, no nosso caso, libertar o farmacêutico para as tarefas para que foi formado técnica e cientificamente. Sigamos exemplos que vêm de fora. Na Letónia, também um pequeno país da União Europeia, é reconhecida a importância das microempresas para a economia nacional, facilitando-lhes as exigências burocráticas e fiscais ao ponto de, segundo testemunho de uma pequena empresária em reportagem televisiva, qualquer pessoa conseguir preencher os documentos exigidos por lei. Esta nossa mania pela burocracia faz as farmácias sofrerem, como qualquer pequena ou média empresa, de uma doença obstrutiva crónica, que parece provocada para as definharem e deixar espaço livre para estruturas de grande envergadura. Já em fase terminal se encontram muitas farmácias que desesperam pelo pouco oxigénio que o governo justamente lhes prometeu, com a compensação pelo que perdem com a venda de genéricos. É uma medida de implementação urgente para que não seja só “depois do porco morto que se lhe põe cevada ao rabo”.
O QUE DIZEM OS ESPECIALISTAS
Varizes «Há uma predisposição familiar» A “má circulação” de origem venosa, no fundo, as varizes, pode ser prevenida. De acordo com Augusto Ministro, médico especialista em angiologia e cirurgia vascular, a solução passa pela adoção de estilos de vida que incluam o exercício físico e a dieta equilibrada.
A “má circulação” de origem arterial
extremamente incapacitantes, críticos e motivo de referenciação urgente a cirurgia vascular.
H - O que é, então, a “má circulação” de origem arterial?
H - Como é que a DAP pode ser tratada?
AM - A “má circulação” de origem arterial ou doença arterial periférica (DAP) é mais frequente em indivíduos de idade avançada e do sexo masculino, resulta da doença obstrutiva aterosclerótica, ou seja, da deposição de placas de gordura na parede das artérias, levando ao seu estreitamento ou à sua obstrução completa.
H- O que pode causar a “má circulação” nas pernas?
H - Qual o sintoma mais frequente?
Augusto Ministro - A “má circulação” nos membros inferiores é um problema de saúde bastante prevalente entre homens e mulheres. O primeiro ponto a ter em conta quando se aborda esta temática é a sua diferenciação etiológica, ou seja, se ela é de origem arterial (artérias) ou de origem venosa (veias), o que por si só pressupõe medidas de tratamento e prevenção muitas vezes radicalmente opostas.
AM - O sintoma mais frequente é a chamada claudicação intermitente, ou seja, a dor na barriga das pernas com a marcha. Esta dor alivia com o repouso e tende a repetir-se quando o doente volta a caminhar uma distância sensivelmente idêntica. Numa minoria dos doentes a progressão da enfermidade pode conduzir a sintomatologia de dor em repouso, lesões tróficas e gangrena das extremidades. Estes sintomas são
AM - A doença arterial periférica nos seus estadios mais ligeiros a moderados, ou seja, no doente em que a claudicação intermitente lhe permite fazer a sua vida normal, o tratamento preconizado é médico. O doente deverá praticar exercício físico regularmente e preferencialmente supervisionado, assim como, controlar ativamente os fatores de risco cardiovasculares, para além da óbvia suspensão dos hábitos tabágicos (bastante frequentes nestes doentes). Os medicamentos utilizados incluem os antiagregantes plaquetários e as estatinas para reduzir o colesterol. Quanto ao tratamento interventivo, este está reservado para os estadios mais severos da doença, como a claudicação incapacitante e a presença de dor em repouso e/ou de lesões tróficas. Neste sentido, a intervenção pode passar pela chamada cirurgia convencional de pontagem 7
(bypass), ou pelo tratamento endovascular minimamente invasivo (por cateterismo). A opção terapêutica deverá ser adequada ao doente e padrão anatómico da sua doença.
sultante da má circulação venosa dos membros inferiores.
H - Quais os tratamentos existentes atualmente? H - Como se podem prevenir os problemas decorrentes da “má circulação” arterial?
AM - Em relação às varizes ou dores nas pernas de causa venosa, o tratamento pode variar desde o médico, através do uso de meia elástica e de fármacos flebotónicos, até ao tratamento cirúrgico. Atualmente a primeira linha de abordagem cirúrgica é a terapêutica minimamente invasiva, por radiofrequência ou laser (termo-ablação da veia safena sem a sua remoção), ou a oclusão venosa por ecoescleroterapia (espuma). A cirurgia convencional caracterizada pela fleboextração das veias safenas é atualmente considerada uma segunda linha de tratamento. A opção de tratamento depende, mais uma vez, do doente e do estadio da sua doença.
AM - No âmbito da “má circulação” arterial é fundamental a adoção de estilos de vida ativos e saudáveis, ou seja, deve ser estimulada a prática de exercício físico, evitando-se a obesidade e o sedentarismo. É igualmente crucial o controlo dos fatores de risco cardiovasculares clássicos, isto é, a tensão arterial, a diabetes e o colesterol.
A “má circulação” de origem venosa H - O que é a “má circulação” de origem venosa? AM - A “má circulação” de origem venosa, também denominada de insuficiência venosa crónica, deriva das varizes primárias, resultantes da incompetência das válvulas venosas e do enfraquecimento das suas paredes. Há uma predisposição familiar e fatores desencadeantes como a idade, sexo, número de gestações, alterações hormonais, obesidade, ortostatismo (posição de pé), dieta e obstipação. Por outro lado, e ainda que menos frequentes, existem também as chamadas varizes secundárias que resultam da obstrução das veias profundas dos membros inferiores.
H - Quais os sintomas? AM - Os sintomas mais comuns incluem a dor, o cansaço, o inchaço e o peso nas pernas. Também frequentes são as queixas de comichão e de cãibras nos membros inferiores. Estes sintomas tendem a agravar ao longo do dia e com a chegada das temperaturas mais quentes. Os casos mais graves evoluem com hiperpigmentação e fibrose da pele, sendo o último estadio desta doença a úlcera de perna.
H - É um problema que afeta, sobretudo as mulheres… AM - Sim, é altamente prevalente no sexo feminino. Dois milhões de mulheres com mais de 30 anos sofrem de doença venosa crónica. Mais de 50% das mulheres portuguesas com mais de 40 anos refere sentir que a sua qualidade de vida é afetada negativamente pela sintomatologia re8
H - Como se pode prevenir a “má circulação” de origem venosa?
O tratamento e prevenção da “má circulação” podem ser radicalmente opostos, dependendo da sua origem arterial ou venosa.
AM - Quanto à “má circulação” venosa é igualmente estimulada a adoção de estilos de vida que incluam o exercício físico e a dieta rica em fibras, de forma a evitar-se a obstipação. Deve-se evitar a permanência prolongada em pé sem se movimentar; assim como evitar pílulas anticoncecionais e a terapêutica de substituição hormonal. A medida preventiva mais eficaz é a utilização de meia elástica.
Medidas higieno-dietéticas Insuficiência venosa crónica dos membros inferiores (Varizes): - Exercitar as pernas em todas as circunstâncias; - Escolher um desporto apropriado – a prática regular de marcha a pé é a atividade mais benéfica para a circulação venosa; - Evitar os locais quentes, procurando sempre que possível locais mais frescos: caminhar à beira da praia é muito útil porque associa o exercício a temperaturas mais baixas; - Prevenir a prisão de ventre e o excesso de peso: comer alimentos ricos em fibras e gorduras polinsaturadas; - Vestir roupas confortáveis: evitar peças de roupa que comprimam os músculos das pernas e a cintura, bem como sapatos e tênis apertados, que dificultam a circulação do sangue; - Usar meias elásticas; - Manter as pernas elevadas: levantar um pouco as pernas enquanto se está sentado ou mantê-las elevadas por alguns minutos ao se deitar na cama, pois ajuda a dar um bom retorno do sangue às veias; - Dormir com os pés sobre uma almofada alta, para melhorar o retorno venoso; - Deixar de fumar; - Ter atenção às pílulas anticoncecionais.
em foco
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Doenças transmitidas por vetores «Pequena picada, grande ameaça»
As doenças associadas a vetores definem-se como infeções cujos microrganismos patogénicos são transmitidos de um indivíduo infetado para outro através da picada de um vetor, como mosquitos ou carraças, algumas vezes com a interação de outros animais que servem como hospedeiros intermediários, o que constitui uma ameaça à Saúde Pública. As doenças graves mais comuns são a malária (ou paludismo), o dengue, a febre-amarela, a febre do Nilo Ocidental, a doença de Lyme (ou borreliose de Lyme) e a febre hemorrágica Crimeia Congo. Embora aproximadamente metade da população mundial esteja infetada com um destes agentes, o que resulta em taxas de morbilidade e mortalidade elevadas, a distribuição da incidência destas doenças é muito desproporcionada. É sobretudo nos países em desenvolvimento que o seu impacto é maior, mas este é um problema que começa já a preocupar outras latitudes, nomeadamente Portugal. É que a ideia surgida no pós II Guerra Mundial de que o fim das infeções estaria próximo, através da generalizada utilização clínica dos antibióticos e da vacinação, a par da implementação das regras básicas de higiene, saneamento básico e segurança alimentar e do meio ambiente, não passou de uma mera quimera. Esta propagação pode ser facilitada por vários fatores, nomeadamente o aumento das viagens e comércio internacional, a introdução de novas práticas agrícolas, o aumento da mobilização da população da região rural para urbana e sobretudo as alterações climáticas, em particular as questões ligadas ao aquecimento global.
Surto de dengue Exemplo desta realidade foi o surto de dengue, em 2012, no arquipélago da Madeira, que durou 122 dias e atingiu 2168 pessoas.
As picadas de insetos são muito incómodas e em época estival não há quem seja imune às mesmas. Contudo, as doenças transmitidas por vetores, muitas delas apenas existentes nos países tropicais, estão agora a chegar a Portugal. O surto de dengue, em 2012, no arquipélago da Madeira, é um exemplo, daí que a Organização Mundial de Saúde (OMS) tenha dedicado este ano o Dia Mundial da Saúde a este problema, sob o lema «pequena picada, grande ameaça».
Este caso permitiu avaliar a capacidade de intervenção do país e, durante as comemorações do Dia Mundial da Saúde, a 7 de abril, que foi este ano dedicado às doenças transmitidas por vetores, Paulo Macedo, Ministro da Saúde, explicou que «a principal preocupação foi relativamente aos casos importados e, por outro lado, também ao apoio à região autónoma da Madeira». O Ministro da Saúde adiantou que «a Direção-Geral de Saúde tem uma relação estreita com a região autónoma da Madeira, designadamente, em termos de toda a campanha de prevenção, de montagem de armadilhas relativamente aos vetores, de acompanhamento do que tem vindo a acontecer e na região autónoma da Madeira tivemos muito boas notícias 11
EM FOCO
em que o número de casos desceu a pico e os únicos casos que agora existem são apenas casos importados de turistas».
Perigos em viagem Já toda a gente foi picada, em alguma altura da sua vida, por um inseto. Se em alguns casos se trata apenas de uma simples comichão e edema localizados, noutros, pode acarretar o perigo de desenvolvimento de uma doença mais grave. Fernando Ribas, dermatologista, alerta para o facto de haver «algumas condicionantes individuais que tornam algumas pessoas mais propícias às picadas de insetos». Caso de algumas regiões em que se vive, da idade da pessoa – «idosos e crianças são mais suscetíveis» - ou do sexo - «as mulheres têm mais tendência a ser picadas».
«O uso de repelente é aconselhado, mas há que ter algum cuidado na hora da sua escolha.
Medidas de prevenção Com o tema «Pequena picada, grande ameaça», a Organização Mundial da Saúde (OMS) pretende conscientizar as pessoas para o perigo destas doenças, que podem ser prevenidas.
insetos, que diferem
«Intervenções simples e baratas como os mosquiteiros ou a pulverização de inseticida no interior das casas salvariam milhões de vidas», afirma a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, para quem «ninguém no século XXI deveria morrer por causa de uma picada de mosquito».
na sua toxicidade e
Assim, adote medidas de proteção como:
Isto porque há vários tipos de repelentes de
efetividade.»
- Uso de roupas que protejam pernas e braços contra a picada de insetos; - Uso de roupa clara, pois permite ver os mosquitos sobre a mesma; - Uso de repelentes; - Instalação de telas mosquiteiras em portas e janelas das residências; - Cobrir os recipientes onde é armazenada a água; - Evitar locais com água parada; - Não acumular lixo; - Administração de vacina, quando adequada e disponível.
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Há ainda que ter atenção que, em muitas partes do mundo, os insetos que picam são responsáveis pela difusão de doenças como a malária, a febre tifóide, a febre-amarela, a febre do Nilo Ocidental e a encefalite. É por isso que, quando se visitam países tropicais, é necessário planear com antecedência as vacinações e há que adotar cuidados especiais para evitar expor-se a este tipo de insetos, principalmente aos mosquitos, que o dermatologista Fernando Ribas classifica como o «principal agente transmissor deste tipo de doenças».
Mais vale prevenir Assim, para prevenir as picadas dos insetos, toda a população, em particular a mais sensível a este tipo de picadas – idosos, crianças, imunodeprimidos – deve recorrer ao uso de repelentes. Além disso, há pequenos cuidados que se podem adotar como, no caso dos mosquitos, nas regiões onde o risco é mais elevado (zonas tropicais, margens dos rios, junto de águas paradas e até mesmo no campo) deve evitar-se sair ao anoitecer, usar roupa clara, com mangas compridas, calças até aos pés e meias. Não se devem aplicar perfumes ou cosméticos com cheiros ativos e atrativos. Em casa, as portas e janelas devem ser mantidas fechadas, desde o meio da tarde. Se necessário, devem ser usadas redes mosquiteiras e ar condicionado, e aplicar-se inseticida em toda a casa. Para noitadas ao ar livre, deve ser aplicado um repelente de insetos no corpo e na roupa, havendo toda a conveniência no uso de inseticidas de ambiente,
Pioneiros na investigação da malária Em Portugal, são vários os cientistas que se dedicam à investigação científica de doenças ditas tropicais, como é o caso da malária. Paulo Macedo destacou o «know-how atual e que está a ser desenvolvido em termos de investigação» no que se refere às doenças transmitidas por vetores e em relação à malária «estamos muito próximos de atingir uma vacina para a malária, o que será uma coisa fantástica». «A malária mata milhares e milhares de pessoas, cerca de três mil crianças por dia, portanto, há uma forte investigação e há um forte know-how acumulado ainda do Instituto de Higiene e Medicina Tropical e agora de outros centros de investigação», afirmou o governante.
tipo velas e lâmpadas especiais. E embora a aposta na prevenção tenha vindo a diminuir e, na Farmácia, em tempos de crise económica, «a venda desses produtos tenha caído substancialmente», é importante fomentar o uso do repelente. Já o dermatologista Fernando Ribas advoga que o segredo passa também por uma boa hidratação da pele, dado que «esta constitui uma barreira natural às picadas de insetos».
Maria Mota, investigadora no Instituto de Medicina Molecular, da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, é um desses casos. A cientista tem liderado trabalhos de investigação no campo da malária e já viu o seu trabalho reconhecido internacionalmente. Participou nas celebrações do Dia Mundial da Saúde e explicou que conseguiram descobrir que o parasita ainda no fígado não é invisível, como se pensava, e que existem sensores no organismo que o conseguem detetar e levar o sistema imunitário a combate-lo. A investigadora acrescentou que esta descoberta teve vários impactos. «Primeiro acabamos com um dogma em que pensávamos que o parasita não era detetado de todo. O parasita é detetado e, mais do que isso, encontramos a forma, porque encontramos a molécula do parasita que ativa este sistema, que simplesmente pode ser usado como adjuvante em vacinas e estamos agora com várias companhias, incluindo a GlaxoSmithKlein, a estudar a forma de usar esta descoberta para ver se podemos potenciar a resposta de uma vacina contra a malária». Mas a equipa da investigadora, ao testar dois tipos de inibidores, um mais clássico e um mais moderno, também já conseguiu identificar um medicamento capaz de inibir a ação do parasita.
Cuidados com repelentes O uso de repelente é aconselhado, mas há que ter algum cuidado na hora da sua escolha. Isto porque há vários tipos de repelentes de insetos, que diferem na sua toxicidade e efetividade, razão por que alguns não podem ser aplicados diretamente na pele, em crianças, grávidas e mulheres a amamentar. Estes produtos podem ser adquiridos na farmácia, onde um profissional realiza o aconselhamento do produto mais adequado, mas, ao adquiri-lo noutro local, há que ler atentamente a embalagem para verificar se o produto está devidamente autorizado pela Direção-Geral da Saúde (DGS). Só estes produtos com a menção DGS possuem uma toxicidade aceitável.
Aconselhamento farmacêutico O papel do farmacêutico é importante na avaliação da reação. Cabe a estes profissionais prestar informação sobre os cuidados a ter para proteção das picadas dos insetos, recomendar os repelentes mais indicados para cada situação, prestar informações sobre a sua aplicação e cuidados adicionais, aconselhar sobre a melhor forma de aliviar os sintomas das picadas, encaminhar para o médico e informar sobre todos os cuidados a ter no caso de viajar para regiões de risco elevado.
Consulta do viajante Se está a planear uma viagem para um dos países em que o risco de contrair uma doença transmitida por vetores é mais elevado, tenha em atenção os cuidados e medidas de prevenção recomendadas pela OMS (ver caixa), mas não se esqueça igualmente de marcar uma Consulta do Viajante, de forma a receber aconselhamento especializado e personalizado, realizando a administração de vacinas, se indicado. A Consulta do Viajante deve ser realizada, de preferência, 4 a 8 semanas antes da data da partida, mas pode ser muito útil mesmo se realizada na véspera da partida, pois os riscos podem ser minimizados se o viajante agir de forma preventiva, estando informado sobre precauções a ter antes, durante, e mesmo após a viagem. É que a «maioria dos viajantes não tem problemas graves de saúde durante a viagem e encontra-se assintomático no regresso. No entanto, anualmente cerca de 8% dos viajantes procuram assistência médica por problemas de saúde durante a viagem ou após o regresso», pode ler-se no site do Instituto de Higiene e Medicina Tropical. A OMS recomenda a realização de exame médico após o regresso de uma viagem internacional nos seguintes viajantes: - Viajantes portadores de doença crónica (por ex. doença cardiovascular, diabetes mellitus, doença respiratória crónica, outros); - Viajantes com manifestações clínicas nas semanas seguintes ao regresso a casa, particularmente em caso de febre, diarreia persistente, vómitos, icterícia, alterações do foro génito-urinário, doenças dermatológicas; - Viajantes que consideram que estiveram expostos a uma doença infeciosa grave durante a viagem; - Viajantes que estiveram mais de 3 meses num país em vias de desenvolvimento.
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Aconselhamento ao Viajante O turismo mundial atingiu valores recorde em 2013. Quer seja por motivos profissionais, lazer, aventura, novas experiências ou missões de voluntariado, há cada vez mais pessoas a viajar para os
Um Dia Todas Serão Assim
mais diversos destinos, sendo que os fatores associados à exposição a novos agentes transmissores de doenças podem colocar a saúde do viajante em risco.
Estudos internacionais revelam que muitos dos viajantes não procuram aconselhamento médico antes de viajar, realizando as suas viagens, muitas vezes para regiões de elevado risco, sem estarem cientes dos perigos subjacentes. As farmácias, devido à acessibilidade e horários alargados que as caracterizam, estão idealmente posicionadas para serem prestadoras de serviços de saúde de apoio à viagem. Conscientes desta realidade, as Farmácias Holon desenvolveram o Serviço de Aconselhamento ao Viajante, passando a disponibilizar aos seus utentes o acesso a um serviço prestado por profissionais com vastos conhecimentos sobre a matéria.
As valências do Aconselhamento ao Viajante Este serviço, que se destina a todos os viajantes, quer para destinos nacionais quer internacionais, tem como principal objetivo prestar um aconselhamento personalizado ao viajante sobre os riscos para a sua saúde relacionados com a viagem e as medidas preventivas mais adequadas. Pretende-se rever o estado de vacinação do viajante; prestar informação sobre riscos e medidas de prevenção de doenças como a malária; reforçar a posologia e precauções a ter com a administração de fármacos para a profilaxia da malária; informar sobre o risco e prevenção de doenças transmitidas pelo consumo de água e alimentos contaminados; prestar um aconselhamento específico a viajantes com características especiais (crianças, grávidas, idosos) ou com doenças crónicas e, finalmente, como proceder em caso de doença durante e após a viagem.
Principais perigos Várias são as ameaças a que os viajantes estão expostos durante o período em que se encontram 14
ausentes do seu meio, nomeadamente: - “Diarreia do viajante”: é a principal causa de doença no viajante, e pode ser acompanhada de náuseas, vómitos e febre. Em caso de diarreia, deve ser evitada a desidratação, consumo de leites e derivados e dar preferência a alimentos ricos em fibra e gordura; - Picadas de insetos: são diversas as doenças transmitidas pela picada de insetos, entre as quais a malária e o dengue. Evitar ser picado é a principal medida de prevenção destas doenças; - Água e alimentos contaminados: algumas
doenças como a hepatite A, a febre tifoide e as diarreias são transmitidas através do consumo de água e alimentos contaminados; - Malária: esta é uma doença grave, que se transmite através da picada de mosquito. Pode ser eficazmente prevenida se estiver informado, evitando a picada de mosquitos e cumprir rigorosamente a quimioprofilaxia adequada. Se vai viajar, recorra ao Serviço de Aconselhamento ao Viajante na Farmácia Holon mais perto de si e obtenha um aconselhamento especializado que lhe permitirá usufruir da sua viagem de forma segura.
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CALENDÁRIO
Julho Lançamento do Serviço “Aconselhamento ao Viajante” Caminhadas Holon
Um Dia Todas Serão Assim
AÇÕES FARMÁCIAS
Avaliação do risco cardiovascular As Farmácias Holon continuam a investir na prestação de um serviço de excelência e valor acrescentado às comunidades que servem. Neste sentido, em parceria com os laboratórios MSD, foram realizados rastreios de forma gratuita à população. Desde 15 de maio até à data já foram realizados 873 rastreios cardiovasculares; nos quais foram identificadas 435 pessoas com risco moderado e 281 com risco alto ou muito alto, tendo recebido o devido encaminhamento.
Projeto “A escola e o sol” As Farmácias Ferreira Pinto (Nisa) e SerraBárrio (Alcobaça) deslocaram-se às escolas da sua comunidade no âmbito do projeto “A escola e o sol”. O grande objetivo passou por sensibilizar os alunos, dando-lhes a conhecer os benefícios e malefícios do sol, os cuidados a ter com os sinais na pele, a forma de prevenir os escaldões, quais as horas mais seguras para a exposição solar e como usar um protetor solar. Estas ações envolveram cerca de 130 crianças.
Caminhadas Holon A adoção de um estilo de vida saudável é cada vez mais reconhecida pela população como a chave para alcançar bons níveis de saúde. Conscientes desta realidade, e dada a proximidade que mantêm com a comunidade, as Farmácias Holon têm organizado caminhadas um pouco por todo o país. Durante os meses de maio e junho, 19 farmácias realizaram caminhadas Holon, tendo envolvido aproximadamente mil participantes. As Farmácias Holon da zona de Almada foram ainda convidadas a estar presentes na 5ª edição da Caminhada da Grávida, Mamãs e Bebés, apoiando a iniciativa através da realização de rastreios que envolveram mais de 30 grávidas e recém mamãs.
Coração sénior, coração saudável Em maio, a Farmácia Ferreira Pinto (Nisa) realizou uma atividade com o objetivo de fomentar a adoção de um estilo de vida saudável, em particular junto da população sénior. Neste sentido, foi realizada uma aula de ginástica ao ar livre seguida de uma sessão de esclarecimento sobre a hipertensão arterial. Esta ação contou com a participação de 52 pessoas.
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Um Dia Todas Serão Assim
Farmácia Luciano & Matos Este tem sido um ano de reconhecimento para a Farmácia Luciano & Matos pela excelência e qualidade do seu trabalho. A equipa foi distinguida duas vezes como “Farmácia do Ano”, por ocasião da entrega dos Prémios Holon, no VII Encontro Holon, e dos Prémios Almofariz, evento organizado pela revista “Farmácia Distribuição”. Saiba o que torna esta farmácia tão especial. humano. Liderada pela proprietária e diretora técnica Helena Amado, a farmácia destaca-se por possuir uma equipa com uma formação e motivação acima da média, que presta um serviço de qualidade reconhecida, tendo ficado em 4.º lugar na avaliação do cliente mistério (que averigua a satisfação dos clientes e a qualidade do serviço prestado), num universo de 85 Farmácias Holon. Ao mesmo tempo, revela um sentido de responsabilidade social bastante vincado, ao manter nos quadros da sua equipa um elemento com trissomia 21, o Filipe André. Porém, as ações socialmente responsáveis não ficam por aqui, uma vez que frequentemente cedem o espaço da farmácia para angariação de fundos para instituições tais como a Associação Portuguesa de Insuficientes Renais e a Associação Acreditar. São ainda recorrentes as aulas de ginástica oferecidas aos utentes da instituição “Casa dos Pobres”.
Os prémios recebidos pela Farmácia Luciano & Matos refletem a capacidade desta farmácia se destacar simultaneamente em diversas áreas core de atuação.
Situada na baixa da cidade de Coimbra, a Farmácia Luciano & Matos sempre se preocupou em orientar a sua atividade para a prestação de um serviço farmacêutico de excelência. Para isso, dedicou-se à construção de uma equipa de profissionais qualificados, especializados e dedicados e à manutenção de um foco constante na satisfação das necessidades e expectativas dos clientes e da comunidade em que se inserem. Ao mesmo tempo, está consciente da necessidade de praticar uma gestão de recursos que garanta a sustentabilidade da farmácia, sem descurar a satisfação dos colaboradores. Neste sentido, os prémios recebidos pela Farmácia Luciano & Matos refletem a forma como esta farmácia tem a capacidade de se destacar, simultaneamente, em diversas áreas core de atuação. Uma destas áreas é, sem dúvida, o capital
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O envolvimento da farmácia com a comunidade na busca da promoção da educação para a saúde é também uma área que a Farmácia Luciano & Matos não descura. Só no ano de 2013 realizou sete ações distintas, destacando-se entre elas atividades como uma sessão “Dia a dia com a diabetes”, rastreios de avaliação do risco cardiovascular e workshops sobre hipertensão arterial. No total, envolveu mais de 100 participantes. Ao nível da gestão, a performance da Farmácia Luciano & Matos é, uma vez mais, exemplar. Prova disso é o sistema de gestão da qualidade certificado pela APCER. Posto isto, e apesar de ser bastante evidente o mérito dos prémios recebidos pela Farmácia Luciano & Matos, Helena Amado opta por partilhá-los, «esta distinção é para todos aqueles que de norte a sul com perseverança desempenham um papel fundamental no nosso país».
Neuroma de Morton O Neuroma de Morton é um neuroma benigno (não cancerígeno) caracterizado por uma compressão da anastomose do nervo plantar interno e externo que se encontra no 3º espaço intermetatársico, compreendido entre a 3ª e 4ª cabeça
cuidamos de si Também conhecido como Metatarsalgia de Morton, Neuralgia de Morton, Neuroma Plantar ou simplesmente por Neuroma Intermetatarsal, esta é uma patologia descrita por Thomas Morton, em 1876, que pode provocar uma sensação de dormência, formigueiro, de queimadura e choque que por vezes ascende até à perna. A intensidade da dor provoca uma incapacidade no caminhar e crises noturnas. O Neuroma de Morton é mais comum em indivíduos do sexo feminino do que no sexo masculino, muito por causa do tipo de calçado utilizado pelas senhoras, nomeadamente, os saltos altos e sapatos de ponta estreita. O excesso de peso, bem
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metatársicas, provocando assim o espessamento do nervo aí localizado. como o pé plano ou “pé chato” são fatores que contribuem para o aparecimento desta patologia. O diagnóstico do Neuroma de Morton deve começar por uma boa exploração da história clínica do paciente e de um exame físico que inspecione/ examine o pé, sendo depois confirmado através de meios auxiliares de diagnóstico como a ressonância magnética ou ecografia, que permita determinar a localização e a extensão da lesão. As radiografias do pé não permitem estabelecer nenhum diagnóstico, uma vez que se trata de uma lesão dos tecidos moles e não a nível ósseo. No entanto, permitem descartar problemas ósseos que possam gerar a mesma sintomatologia.
A terapêutica para este tipo de enfermidade no âmbito da Podologia passa, sobretudo, pela utilização de calçado adequado, evitando o uso de sapatos com salto e de sapatos com a frente estreita, o uso de suportes plantares personalizados que permitam “descarregar” a área lesada aliviando a pressão/inflamação aí presente e exercícios de alongamentos que promovam a descompressão. Aos primeiros sintomas, é aconselhável recorrer a um Podologista, uma vez que numa fase inicial é mais fácil de resolver este tipo de problema através de tratamentos conservadores. A cirurgia poderá ser uma solução, caso a gravidade da lesão assim o exija.
CUIDAMOS DE SI
O sol e a pele
O sol é essencial à vida na Terra e desempenha um
As queimaduras, ou eritemas solares, são o efeito nefasto imediato mais frequente da exposição solar, no entanto existem outras igualmente graves, nomeadamente:
• Fotocarcinogénese (cancro cutâneo).
• Fotodermatoses, ou seja, doenças cutâneas resultantes da exposição à radiação solar;
Neste sentido, torna-se urgente a proteção e limitação à exposição solar, de acordo com cada tipo de pele, de modo a que seja possível usufruir dos efeitos benéficos do sol sem colocar em risco a saúde.
ósseo. Além disso, melhora o
• Agravamento de outras dermatoses pré-existentes, como a acne, a rosácea, o cloasma, o lúpus ou o vitiligo;
A radiação solar
humor, sendo um excelente
• Fotossensibilizações;
papel benéfico na síntese de vitamina D, imprescindível ao crescimento e desenvolvimento
tratamento contra algumas formas de depressão sazonal. No entanto, em doses excessivas, pode ser muito perigoso e provocar lesões bastante graves a curto e longo prazo. 20
• Imunodepressão, por exemplo, reativando o herpes labial.
Consequências a longo prazo No longo prazo, as consequências da exposição solar excessiva e “descuidada” são as seguintes: • Fotoenvelhecimento (envelhecimento cutâneo precoce), com aparecimento de manchas, diminuição da luminosidade cutânea, rugas, perda de densidade e elasticidade da pele;
A luz solar é composta por raios com diversos comprimentos de onda: • Ultravioleta (UVA, UVB e UVC): 200 a 400 nm; • Visível (que o olho humano consegue detetar): 400 a 700 nm; • Infravermelho (sensação de calor, potenciação dos efeitos dos UV): 700 a 1000 nm. Os raios UVC são retidos pela camada de ozono, que atua como um escudo contra os efeitos maléficos do sol e, assim, apenas os raios UVA e UVB são responsáveis pelos efeitos a nível da pele. Os primeiros conseguem penetrar pro-
• Use um protetor solar que o proteja dos raios UVA e UVB. Um FPS elevado é suficiente, uma vez que este apenas diz respeito à proteção contra os raios UVB. Leia atentamente os rótulos e certifique-se de que também está protegido contra os raios UVA; • Renove a aplicação do protetor solar com frequência. Nenhum protetor consegue protegê-lo durante o dia inteiro, por isso, volte a aplicá-lo frequentemente, especialmente se nadar, fizer exercício ou transpirar muito; • Evite o sol direto durante o período de maior calor. Entre as 11h e as 16h é quando, normalmente, os raios UVA e UVB são mais fortes, por isso, deve procurar a sombra e proteger-se com vestuário adequado, chapéu e óculos de sol; • Dê aos bebés e crianças a proteção extra de que eles precisam. A sua pele é mais fina e apresenta menor capacidade de reparar os danos do que a pele dos adultos, por isso, certifique-se de que usam sempre um protetor solar de índice elevado e que não irrite as suas peles delicadas. Além disso, os bebés devem estar completamente tapados e protegidos da exposição solar direta; • Procure formas mais saudáveis de se bronzear. Os produtos de autobronzeamento podem conferir desde um leve brilho até um bronzeado profundo, sem os riscos associados à exposição solar intensa. Estes produtos estimulam a produção de melanina, o pigmento que dá cor à sua pele, sem colocar em risco a sua saúde; • As preocupações com o sol não devem estar presentes só na praia. Em qualquer atividade que exija momentos de exposição solar, incluindo no seu dia a dia, o uso de protetor é essencial, sendo ainda indispensável o uso de roupas leves e claras, chapéu e óculos de sol. fototipo
verão
primavera/outono
inverno
I
FPS 50+
FPS 30-50
FPS 15-25
II
FPS 30-50
FPS 15-25
6-10 FPS
III
FPS 15-25
FPS 15-25
FPS 6-10
IV
FPS 15-25
FPS 6-10
FPS 6-10
• I – Cabelos ruivos, sardas, olhos verdes ou azuis. Este tipo de pele é muito sensível, queima-se facilmente e raramente se bronzeia;
V
FPS 6-10
FPS 6-10
FPS 6-10
• II – Tez, cabelos e olhos claros. Tipo de pele sensível, queima-se com facilidade e bronzeia-se minimamente,
VI
FPS 6-10
FPS 6-10
FPS 6-10
fundamente na nossa pele e são responsáveis pelo fotoenvelhecimento e pelo escurecimento (bronzeado) da pele, enquanto que os segundos causam queimaduras solares, com aparecimento de eritema (vermelhidão), inflamação da pele, inchaço e dor.
Que protetor usar? Conhecer o tipo de pele (fototipo) e a reação à radiação solar é fundamental para encontrar o FPS adequado. São seis os fototipos:
• III – Cabelo e olhos castanhos. Tipo de pele com alguma sensibilidade, queima-se por vezes e adquire um bronzeado discreto. • IV – Tez morena, cabelos e olhos escuros. Bronzeia-se com facilidade e raramente se queima. • V – Pele, cabelos e olhos muito escuros. Insensível ao sol, bronzeia-se facilmente e raramente se queima.
Os filtros solares têm, assim, como objetivo proteger-nos destes dois tipos de raios, seja através da sua reflexão, seja através da sua absorção e consequente transformação em calor.
• VI – Pele, cabelos e olhos negros. Insensível ao sol, é muito pigmentada e nunca se queima.
Dicas
Regra geral, o fator de proteção solar deve ser igual ou superior a 15 nos adultos e igual ou superior a 20 nas crianças e pessoas com pele clara e sensível.
Não é necessário esconder-se do sol, basta tomar alguns cuidados para evitar problemas causados pela radiação, nomeadamente:
Consulte o seu farmacêutico e recorra ao Serviço de Dermofarmácia para descobrir qual o protetor solar adequado ao seu tipo de pele.
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Bebé e mamÃ
Síndrome de Down O cromossoma do amor
Um dos maiores receios das futuras mães, a trissomia 21, também conhecida como Síndrome de Down, é uma doença provocada por um cromossoma a mais no par 21, daí que haja quem o designe como cromossoma do amor. Um em cada 800 bebés nasce com trissomia 21 e estima-se que, em Portugal, haja cerca de 15 mil pessoas portadoras da doença. E se antes o problema era encarado como uma «fatalidade», atualmente a integração e aceitação com positividade são o caminho para vencer o preconceito.
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irmãos. É mesmo curioso que a Madalena é, de todos os meus filhos, a mais parecida comigo tanto emocional como fisicamente». Se atualmente ter Síndrome de Down não é sinónimo de isolamento nem impedimento para nada, com estas crianças a seguirem o ensino regular e a terem os apoios de acordo com as capacidades e dificuldades que vão sendo encontradas, como acontece com a Madalena, quando Fátima nasceu o preconceito era enorme e «estas crianças eram escondidas em casa e não chegavam a frequentar a escola», conta Soledade. Fátima nunca frequentou a escola porque, «além de ter nascido diferente, moramos num meio rural isolado e as condições não são as mesmas». Contudo, Soledade conta que, «dentro das minhas limitações, ensinei-a a ler e escrever e a realizar operações matemáticas simples. É normal ela ir à mercearia sozinha, sem qualquer problema».
Troca e partilha de experiências Grávidas com mais de 35 anos são, desde cedo, confrontadas com o receio de que o filho que esperam possa ter algum problema, sendo uma das preocupações mais comum o Síndrome de Down, apesar de esta ser uma patologia cuja causa não é conhecida, pelo que qualquer casal pode ter um bebé com trissomia 21.
que «a Madalena era linda e as pessoas iam visitar-me – não me refiro à minha família – e estavam quase a velar aquele bebé, como se não tivesse direito a nascer e fosse um fardo para a vida, trouxesse uma nuvem negra e conflito para a nossa família».
Contudo, apesar de haver testes de rastreio pré-natal cada vez mais eficazes, há quem só descubra no momento do parto que o seu bebé é «diferente», como foi o caso de Soledade Almeida e de Maria Gabriela de Viterbo Pitta Gouveia, conhecida como Bibá Pitta. «Foi um impacto enorme, não vou negar, mas foi um bebé feito com tanto amor que havia que, rapidamente, perceber qual era “a praia” onde tinha caído», conta Bibá. «Neste processo, nunca tive pena da Madalena ou pensei “porque é que me aconteceu a mim?”. Aceitei sempre a diferença, até porque felizmente tive uns pais bestiais que me educaram assim».
Tanto num caso como no outro, a preocupação maior foi com o bem-estar do bebé e em deixar o marido “fazer o luto”, mas as duas mães assumiram a postura de “leoas”, porque só depois deste processo é que se recomeça. Embora quando a doença é detetada nos fetos 95% dos pais optem por uma interrupção voluntária da gravidez, tanto para Soledade como para Bibá tal não passaria pelo seu pensamento, mesmo que tivessem sabido antes. A tal ponto que, mesmo «se para muitas pessoas era impensável ter outro filho depois de ter um bebé com trissomia 21, eu nunca tive medo, tanto que depois disso ainda repeti a experiência da maternidade duas vezes».
Aceitar a diferença
Atitude positiva
Contudo, a sociedade nem sempre é tolerante em relação à diferença, especialmente há 45 anos, quando nasceu Fátima: «o primeiro impacto, que foi um choque brutal, aconteceu mal nasceu e vi as pessoas a olharem para mim com piedade».
A anomalia genética provocada por um cromossoma a mais no par 21 faz com que os bebés nasçam com características físicas específicas, sendo a perturbação do desenvolvimento intelectual um dos problemas.
Experiência semelhante teve Bibá que revela 32
Para Bibá Pitta ser mãe de uma filha com trissomia 21 «é a mesma coisa. É igual aos
Inconscientemente, «alguns pais encaram o problema da criança como se este fosse revelador de defeitos neles próprios. Ou seja, como se tivessem de alguma forma falhado. Como se o problema do filho mostrasse à sociedade uma incapacidade ou falha dos pais. Daí que ocorra uma reação de choque inicial, confusão, rejeição, culpa e autocensura, frustração, raiva e até depressão», explica Tatiana Santos, Psicóloga Clínica e da Saúde. «Mais tarde, com ajuda e restabelecendo o equilíbrio e dinâmicas em casa, ocorre então o ajustamento e a aceitação da situação que efetivamente não se pode mudar». E aqui a ajuda do psicólogo é fundamental para a dinâmica da família: «Deve-se sempre trabalhar a aceitação do que não pode ser mudado. Trabalhando também os sentimentos de culpa. Deve promover-se e modelar-se as interações positivas entre os pais e a criança, mantendo o foco e o enquadramento no positivo. Recomendar tarefas que sejam exequíveis pelos pais e pela criança de forma a premiar o sucesso. Podem ainda usar-se recursos psicoeducativos de forma a dar algumas ideias de interação, elogios, etc. É também útil a promoção do encontro dos pais com outras famílias em situação semelhante para troca e partilha de experiências», advoga Tatiana Santos. Contudo, a psicóloga ressalva que «cada família tem o seu mundo particular e apenas durante o acompanhamento se pode criar uma intervenção ajustada àquela realidade que é subjetivamente diferente de todas as outras».
IST “Fogo que arde sem se ver” São silenciosas, pois frequentemente não têm sintomas, mas algumas levam à morte. No entanto, as doenças que se transmitem
dia a dia Quem nunca viveu um amor de verão que levante a mão? O verão é sinónimo de bom tempo, boas petiscadas, belas tardes na praia ou na esplanada e excelentes momentos de convívio com os amigos. Em suma, o indivíduo está mais feliz e quando está mais satisfeito com a vida fica mais recetivo a estímulos exteriores, assim como mais desinibido. E, por vezes, fruto deste estado de felicidade surgem os chamados amores de verão. Ainda que os estudos demonstrem não haver uma relação fisiológica relacionada
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sexualmente podem ser prevenidas através de um gesto tão simples como a utilização do preservativo. com o aumento da líbido no verão, revelam, no entanto, uma relação com a alteração dos comportamentos sexuais durante esta época do ano. E todos os fatores descritos anteriormente, quando em interação uns com os outros, acabam por criar as condições favoráveis à prática de relações sexuais ocasionais e, frequentemente, sem o uso do preservativo. Com as doenças sexualmente transmissíveis (DTS) que, como inicialmente são apenas
infeções, é mais correto chamar-lhes infeções sexualmente transmissíveis (IST), não se brinca! A vida sexual ativa pode andar a par com o contágio de infeções transmitidas através do contacto sexual, sendo que estas não escolhem idade, sexo ou estatuto social. Algumas destas infeções podem degenerar em doenças incuráveis e outras podem mesmo levar à morte. Por outras palavras, as IST podem provocar doenças tão graves como o cancro do colo do útero e situações de infertilidade.
que é crucial para prevenir as IST, mas que na realidade uma grande parte das pessoas ainda desconhece. Uma dessas informações, segundo Rita Castro, diz respeito ao facto de «as pessoas geralmente não saberem que se deve utilizar preservativo em todo o tipo de ato sexual (vaginal, oral e anal)». Mas não só! A investigadora afiança ainda que muitos desconhecem que «não é preciso ter muitos parceiros para adquirir uma IST, dado que esta pode ser adquirida com o parceiro habitual, embora quanto maior o número de parceiros maior o risco». Por outro lado, aponta que «não se deve ter relações sexuais quando se ingere álcool ou droga» e que «as IST podem com frequência ser assintomáticas, ou seja, não provocarem sintomas».
IST e os mitos mais frequentes
Mais sífilis precoce Relativamente às IST de notificação obrigatória, que em Portugal são a gonorreia, sífilis congénita e sífilis precoce, citando dados da Direção-Geral de Saúde, Rita Castro, membro do Grupo de Infeções Sexualmente Transmissíveis da Unidade de Microbiologia Médica do Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT), avança que, «em 2012, foram declarados 103 casos de gonorreia, seis de sífilis congénita e 235 de sífilis precoce». Porém, no respeitante a outras infeções, como por exemplo clamidiose, uma das IST mais frequentes sobretudo entre os jovens, «não existem dados oficiais visto não serem de declaração obrigatória», salienta a investigadora, acrescentando que «em alguns estudos que temos efetuado em colaboração com outras organizações, nomeadamente o CAOMIO e o Checkpoint, em grupos específicos foram diagnosticados, durante o ano de 2013, sífilis em cerca de 10% em ambos os estudos, gonorreia 1,4% e 7,4% e clamidiose 4% e 2,7%, respetivamente».
A salvação está no preservativo Mas não são apenas as infeções referidas que são preocupantes, já que as «infeções por vírus da imunodeficiência adquirida (VIH), interligam-se com as IST, sendo que estas facilitam a
transmissão do VIH», declara Rita Castro, assim como do vírus da hepatite B. O vírus do papiloma humano (VPH) é outro que se transmite sexualmente, sendo que este, num estado mais avançado, pode originar condilomas (uma doença que surge sob a forma de verrugas na vagina, vulva ou ânus nas mulheres e no pénis, na glande e no ânus, nos homens) e cancro. É importante salientar que há infeções, como as decorrentes do vírus da imunodeficiência adquirida, do da hepatite B e até do papiloma humano quando degenera em cancro, que podem provocar a morte. Mas há outras, como herpes genital, que são incuráveis, obrigando a tratamentos periódicos. Neste sentido, a prevenção é fundamental, sendo a utilização do preservativo a principal forma de prevenção de todas estas infeções. Acontece, no entanto, que muitas pessoas usam mal o preservativo. Este deve ser colocado a partir do momento em que existe ereção, no início do contacto sexual, pois as secreções anteriores à ejaculação têm espermatozoides, logo os agentes da transmissão sexual estão presentes. Em caso de relação sexual desprotegida, deve-se «recorrer de imediato à consulta médica», avisa a investigadora.
Com o parceiro habitual Apesar de todo o conhecimento disponível atualmente, já que se vive na chamada era da informação, há ainda alguma informação
Existem vários mitos associados às IST, alguns dos mais frequentes são: - Não se adquire uma IST através de sexo oral; - Pode adquirir-se IST nas casas de banho públicas; - Não se adquire IST se o parceiro sexual for virgem; - As pessoas com bom aspeto não têm IST; - O preservativo pode ser utilizado mais que uma vez; - As IST são sempre sintomáticas; - A aquisição de uma IST protege para nova infeção para essa IST.
Vírus, bactérias e parasitas As IST podem ser causadas por vírus, bactérias e parasitas. Relativamente aos vírus, aponta-se a infeção pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH), que provoca a síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA), a infeção por vírus do papiloma humano (VPH), que pode dar origem ao cancro do colo do útero, a hepatite B e o herpes genital. Quanto às bactérias, podem levar ao aparecimento da gonorreia, da sífilis (“cancro duro”), da infeção por clamídia e da úlcera mole venérea. Por fim, provocadas por parasitas existem a pediculose púbica (“chatos”), a escabiose (“sarna”) e a infeção por tricomonas (infeção cujo único sintoma é o corrimento amarelado com cheiro intenso, mas na maioria dos casos é assintomática).
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cuide aqui da sua saúde
Planeamento familiar Sexualidade informada e segura
Na década de 60, por cada mil crianças nascidas em Portugal, cerca de 70 morriam antes de completar um ano de idade. Em 2012, esse valor era de 3,4. Inúmeros fatores contribuíram para este sucesso, mas um deles foi (e continua a ser) preponderante: o Planeamento Familiar.
Portugal encontra-se entre os cinco países do mundo com a taxa de mortalidade materno-infantil mais baixa. Como é que se chegou até aqui? Em 1976, a Lei do Planeamento Familiar foi consagrada na Constituição Portuguesa. Esta lei, da autoria do Dr. Albino Aroso, também conhecido como o “pai” do planeamento familiar, vem introduzir nos Centros de Saúde da Direção Geral da Saúde a consulta de planeamento familiar como 37
uma das valências da saúde materna. O conceito evoluiu ao longo do século XX e acompanhou as transformações da sociedade. Hoje, entende-se que o planeamento familiar faz parte de um conceito mais alargado, a que se dá o nome de Saúde Sexual e Reprodutiva, ultrapassando os limites daquilo que é a dimensão médica e preventiva. Segundo a Direção Geral de Saúde, o conceito de Saúde Sexual e Reprodutiva “implica que as pessoas possam ter uma vida sexual ativa, segura e que possam decidir quando e com que
frequência têm filhos. Esta condição pressupõe o direito de cada indivíduo ser devidamente informado, de ter acesso a métodos de planeamento familiar seguros e eficazes, e acesso a serviços de saúde adequados que permitam às mulheres terem o acompanhamento necessário durante a gravidez e no parto. Abrange, também, o direito à saúde sexual, entendida como potenciadora da vida e das relações interpessoais. Os cuidados a prestar em Saúde Sexual e Reprodutiva constituem, por isso, um conjunto diversificado de serviços, técnicas e métodos que contribuem para a saúde e o bem-estar das mulheres e dos
Mais do que métodos contracetivos, o planeamento familiar é também um direito essencial para a igualdade de género, já que oferece às mulheres a oportunidade de determinar o seu futuro quanto à maternidade, possibilitando, deste modo, o pleno acesso à educação e a uma participação mais ativa na vida pública.
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homens ao longo do seu ciclo de vida.” O conceito de Saúde Sexual e Reprodutiva é, portanto, bastante lato, abrangendo tópicos como: - Identidade sexual, conhecimentos e autoconhecimento em matéria de sexualidade; - Contraceção e regulação da fecundidade (incluindo aqui a Interrupção Voluntária da Gravidez); - Pré-conceção e vigilância da gravidez; - Tratamento da infertilidade e Procriação Medicamente Assistida; - Infeções de transmissão sexual; - Problemas oncológicos ligados ao sistema reprodutivo; - Bem-estar sexual, problemas e dificuldades no desempenho sexual; - Violência e sexualidade; - Direitos sexuais e reprodutivos.
O Planeamento Familiar As atividades de Planeamento Familiar são, assim, uma componente da prestação de cuidados em saúde sexual e reprodutiva e, nessa
A escolha de um método contracetivo deve ser uma decisão esclarecida, com base em informação clara e com evidência científica, tendo em conta a segurança, eficácia, custo, efeitos secundários e reversibilidade de cada método.
perspetiva, a consulta de Planeamento Familiar deve assegurar, para além da dispensa de métodos anticoncecionais, atividades de educação para a saúde. A escolha de um método contracetivo deve ser uma decisão esclarecida, com base em informação clara e com evidência científica, tendo em conta a segurança, eficácia, custo, efeitos secundários e reversibilidade de cada método, dando respostas a questões como: É o mais conveniente e eficaz? Está adequado ao meu estilo de vida? É reversível? É um método acessível? Existem riscos para a saúde? Segundo a Sociedade Portuguesa de Ginecologia, “todos os métodos devem ser equacionados perante cada caso concreto, cabendo ao casal ou à mulher a escolha do método que entendem mais ajustado às suas preferências”. Existem, atualmente, inúmeras alternativas seguras e eficazes que permitem dar resposta a praticamente todos os casos. Dados do ano de 2013, divulgados pela consultora IMS Health, revelaram que “as portuguesas compraram, nos oito primeiros meses desse ano, mais dispositivos intrauterinos (DIU), implantes, pílulas e anéis vaginais”, tendo sido mais evidente o aumento das vendas dos contracetivos de longa duração (DIU e anel vaginal). Este é seguramente o resultado das campanhas de in-
formação, mas não é de desprezar o efeito que o atual contexto socioeconómico poderá ter provocado. Tempos de crise e de insegurança quanto ao futuro levam a uma retração da natalidade e a uma procura por meios mais eficazes de contraceção. Contudo, e apesar de a utilização de métodos contracetivos ser, em Portugal, bastante expressiva entre as mulheres, dados do último Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006) davam conta que cerca de 15% da população feminina residente, com idade compreendida entre os 15 e os 55 anos, não usava qualquer método contracetivo, apesar de não pretender engravidar.
O papel do profissional de saúde Estes dados indicam oportunidades cruciais para intervenção por parte dos profissionais de saúde, nomeadamente ao nível do reforço da educação sobre a contraceção. Por um lado, nas pessoas que já recorrem a estes métodos o objetivo passa por reforçar a capacidade de escolha do método contracetivo mais adequado ao estilo de vida da pessoa/casal, e por melhorar a qualidade do uso dos métodos contracetivos e da contraceção de emergência, uma vez que as falhas no uso dos métodos são responsáveis por uma parte significativa das gravidezes não desejadas. Por outro lado, nas pessoas que não
fazem contraceção, o esclarecimento de dúvidas, muitas vezes de ordem individual (como o medo de efeitos adversos ou de diminuição da fertilidade) pode ser determinante para a mudança de comportamento. Mais do que métodos contracetivos, o planeamento familiar é também um direito essencial para a igualdade de género, já que oferece às mulheres a oportunidade de determinar o seu futuro quanto à maternidade, possibilitando, deste modo, o pleno acesso à educação e a uma participação mais ativa na vida pública. Não será demais dizer que este foi um dos maiores avanços em termos de saúde pública do século XX. No entanto, atualmente, sobretudo nos países em desenvolvimento, cerca de 70% das mulheres ainda não têm acesso a métodos de Planeamento Familiar seguros e efetivos. A melhoria da saúde da população está relacionada com os avanços tecnológicos e a evolução das técnicas médicas. Mas, não menos vezes, os avanços em saúde dependem da difusão do conhecimento, do desenvolvimento de políticas e estratégias que levam até todos a informação chave que provoca as alterações na vida e na saúde da população. Foi assim que atingimos uma das mais baixas taxas de mortalidade materno-infantil do mundo, facto do qual nos devemos orgulhar.
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VIVA MAIS
Alimente o seu cérebro – as mais-valias dos oligoelementos “Naturalmente, as células cerebrais vão morrendo e não é possível substitui-las.” Por muitos anos, replicou-se esta ideia da inevitabilidade da perda de memória e senilidade. Assim, o que esperaria cada um de nós, ao envelhecer, seria a senilidade e/ ou demência, e o tratamento farmacológio seria a única opção para travar este processo.
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É verdade que, com o avançar da idade, as capacidades cerebrais, nomeadamente a memória a curto prazo, a velocidade de raciocínio e a capacidade de concentração, se alteram. Na realidade, podemos desde cedo reduzir o risco de desenvolver qualquer tipo de demência, em especial as mais graves. A fórmula passa essencialmente pela escolha de um estilo de vida saudável, incluindo hábitos alimentares equilibrados, prática regular de exercício físico, ser mental e socialmente ativo, evitar hábitos aditivos e controlar o nível de stress. Opte por dar uma “vida saudável” ao seu cérebro. A doença de Alzheimer é o estado patológico com maior peso nas doenças demenciais do século XXI, representando entre 50 a 70% de todos os casos. Esta é uma doença degenerativa e progressiva, causando lesões irreversíveis pela destruição das células cerebrais, impedindo o seu normal funcionamento. Desta forma, as pessoas ficam, gradualmente, privadas das suas capacidades cognitivas e memórias, essencialmente as mais
recentes, com agravamento resultante da disseminação desta destruição. É por este motivo que a realização de simples atividades diárias fica comprometida, podendo tornar-se perigosas para os doentes, que acabam, na maioria dos casos, por ficar dependes de outros. Aos fatores incontroláveis, como a genética, podemos juntar os controláveis, como: 1. Exercício físico; 2. Estimulação cerebral; 3. Qualidade de sono; 4. Stress; 5. Vida social ativa; 6. Hábitos alimentares.
Prevenir a perda de capacidades cerebrais através da alimentação Da mesma forma que o corpo beneficia com bons hábitos alimentares, o cérebro necessita de alimentos com distribuição nutricional saudável e mais adequada às suas necessidades, pois é um órgão de funcionamento complexo, ligações e capacidades múltiplas. Em termos energéticos e nutricionais, é um dos órgãos com mais e maiores necessidades. Isto não significa, no entanto, que devam ser privilegiados apenas os alimentos com maior densidade energética. O ideal é haver o balanço entre energia e nutrientes – e que representam melhor “combustível” para o cérebro. De forma geral, deverá favorecer as frutas e legumes, proteínas “magras” e gorduras mais saudáveis, mas também: - Seguir as orientações da dieta mediterrânica, dando preferência ao peixe, cereais integrais, frutos oleaginosos, ao azeite como gordura preferencial e lacticínios magros; - Evitar gorduras saturadas, de origem animal; - Evitar ingerir carnes vermelhas, “fast-food”, alimentos fritos, refeições preparadas e/ou muito processadas; - Preferir as gorduras de origem vegetal; - Evitar alimentos produzidos com farinha refinada, com elevado teor de açúcar e baixo teor de fibra e minerais; - Simultaneamente, fomentar o consumo de frutos e vegetais, variando as cores dos mesmos para maximizar o efeito de minerais e oligoelementos (recomendam-se 3 a 5 porções/dia).
em baixa quantidade no nosso organismo (mas não significa que sejam menos importantes do que todos os outros nutrientes). Dos oligoelementos existentes destacam-se: o ferro, o zinco, o iodo, o selénio e o magnésio como os mais conhecidos do público em geral, e que exercem um efeito positivo sobre as capacidades mentais. Níveis adequados destes nutrientes permitem o regular funcionamento das células, eficácia da função imunitária e o equilíbrio hidroeletrolítico, possibilitando inúmeros processos metabólicos essenciais no nosso organismo. Ao nível cerebral, ajudam a uma melhor irrigação de todo o sistema nervoso, à libertação dos neurotransmissores cerebrais (melhoria na “transmissão de informação” entre as células nervosas), à regular produção de hormonas e/ou componentes necessários às reações ocorridas no sistema nervoso. A carência de um ou mais destes nutrientes pode conduzir a cansaço físico e mental, ansiedade, distúrbios de sono, dificuldade de concentração e a falhas de memória, podendo atrasar a chegada de energia ao cérebro. Pelo anteriormente descrito, é fácil perceber a importância dos oligoelementos para a saúde geral e mental dos indivíduos. Visto que são vários os elementos que compõem este “grupo” de nutrientes, também são diversas as suas fontes alimentares. O truque e principal recomendação é fazer uma alimentação variada, sem eliminar grupos de alimentos, para assim ficar garantido o aporte destes nutrientes. Siga, diária e semanalmente, as recomendações da dieta mediterrânica. Em simultâneo, exercite o corpo e a mente, pois um cérebro mais “treinado” terá menos hipóteses de se “lesionar” com gravidade.
O que são oligoelementos? Por definição, são elementos químicos que existem naturalmente nos alimentos, em baixas concentrações, da mesma forma que são necessários
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Padel Fácil e «muito divertido de se praticar» O padel está a conquistar cada vez mais adeptos e praticantes em Portugal. Sendo um desporto praticado ao ar livre, caracteriza-se ainda por poder ser disputado em família e, segundo dizem, é “viciante”. Quando se pensa em jogos de família, provavelmente, as primeiras imagens que surgem na mente são as de jogos de tabuleiro. Porém, numa realidade onde o sedentarismo é um dos males que assola a sociedade atual, é chegado o momento de retirar o divertimento em família de dentro das paredes de tijolo e cimento e levá-lo para dentro de paredes de vidro ou de alvenaria; trocando, assim, os dados, os cartões, e as mil e uma pecinhas ínfimas por umas raquetes, mais propriamente raquetes de padel.
Em família Mas o que é o padel? É um desporto disputado a pares que utiliza raquetes e bolas próprias, jogado num campo retangular, com uma rede no meio, e todo ladeado por paredes de vidro ou de alvenaria. E uma vez que é um desporto de equipa com bastantes adeptos de ambos os sexos, assim como com uma grande abrangência etária (dos cinco aos 80 anos), é frequentemente jogado em família. 42
Divertimento garantido Pedro Plantier, jogador profissional e membrofundador da Federação Portuguesa de Padel, começou a praticar a modalidade há dez anos, depois de «ser convidado pelo meu antigo treinador de ténis, que na altura explorava um clube de ténis com três campos de padel», confessando que aquilo que o fascina neste desporto é, literalmente, «tudo». Ou seja, «desde o facto de ser um desporto de raquetes jogado a pares até à questão de a bola poder surgir pela frente, pelos lados ou por trás, sendo, por isso, um jogo de pura estratégia e muito divertido». Assim como fácil de aprender. De tal modo que é possível trocar bolas e disputar pontos desde o primeiro jogo e com o apoio de monitores especializados e jogando com alguma frequência, idealmente, duas vezes por semana, pode evoluir-se bastante em pouco tempo. Há mesmo quem diga que a principal razão do sucesso do padel é o facto de ser
altamente “viciante”, uma vez que a taxa de retenção daqueles que continuam a praticar a modalidade depois de experimentarem pela primeira vez é muito alta, superando os 80 a 90%. De acordo com a Federação Portuguesa de Padel, estima-se que em Portugal existam cerca de 2.500 a 3.000 jogadores e perto de 60 campos espalhados por todo o país.
Ao ar livre O padel acarreta, segundo Pedro Plantier, inúmeras vantagens para a saúde, para além de, como já referido, ser «fácil de se começar a jogar e muito divertido de se praticar», o facto de ser «jogado ao ar livre e normalmente em bons ambientes» também são pontos a seu favor. No entanto, o jogador alerta que, «consoante o nível praticado é mais ou menos exigente para a saúde» e, por isso, aconselha a «aquecer bem antes de entrar em campo e ter um equipamento adequado à prática da modalidade (raquete própria e ténis próprios)».
VIVA MAIS
Receita Saudável Batido antioxidante (4 pessoas) Os antioxidantes são vitaminas e minerais que têm a capacidade de neutralizar radicais livres, protegendo o organismo do seu efeito, ou seja, retardando o processo de envelhecimento das células e ajudando a prevenir o aparecimento de diversas doenças crónicas. São, muitas vezes, moléculas sensíveis à luz e ao calor e, por isso, não há nada melhor do que consumir alimentos ricos em antioxidantes sem processos de confeção. O caroteno é um destes antioxidantes e está presente em quantidade significativa na cenoura. O maracujá e as bagas de goji contêm outros tipos de antioxidantes.
Betacaroteno
Ingredientes: 3 iogurtes magros naturais (sólidos) 1 cenoura média 3 maracujás 1 colher de sopa de bagas de goji Adoçante q.b.
Modo de preparação: Num copo liquidificador, coloque todos os ingredientes. Ligue a liquidificadora até obter uma consistência de batido. Observação: um copo de batido contém metade da dose de caroteno recomendada em suplementos do mesmo.
Valores nutricionais Energia (kcal)
Proteínas (g)
Lípidos (g)
Glícidos (g)
Fibra (g)
Caroteno (mg)
Total
270
19,7
0,9
49,1
8,8
5,6
Por pessoa (1 copo)
135
9,9
0,4
24,6
4,4
2,8
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Betacaroteno é um pigmento que se converte no organismo em vitamina A, auxiliando a formação de melanina, responsável por proteger a pele dos raios ultravioletas e lhe conferir o tom bronzeado. É um potente antioxidante, prevenindo o envelhecimento celular. Tem igualmente uma ação benéfica para a visão noturna, aumenta a imunidade e confere elasticidade à pele. O consumo excessivo deste pigmento não é prejudicial, podendo apenas levar a uma coloração amarelada na pele, que desaparece com a redução do consumo. Algumas associações e autoridades de saúde recomendam o consumo de alimentos ricos em betacarotenos, ao invés da suplementação, já que esta última oferece igual benefício à alimentação. Consumir cinco porções diárias de frutas e legumes fornece, por dia, 6-8mg de betacarotenos. Das principais fontes destacam-se o óleo de palma, a cenoura (crua ou cozida), a batata-doce, os espinafres crus, o damasco seco e a couve-galega.
NOVIDADES
DIMEXANOL, trata a diarreia e reidrata. Se sofre de diarreia experimente DIMEXANOL, da gama BENEGAST - especialista em Saúde Gastrointestinal. Dimexanol tem dupla ação – atua na diarreia e desidratação. Dimexanol trata a diarreia qualquer que seja a sua causa porque arrasta para fora do organismo as substâncias que a provocaram. Simultaneamente, repõe a água e sais perdidos, promovendo uma recuperação mais rápida. É um produto natural, sem adição de açúcares, indicado para adultos e crianças com mais de 5 anos.
Eau Thermale Avène Solares 50+ Linha laranja A proteção solar muito elevada com um sistema fotoprotetor foto-estável, com um número mínimo de filtros e máxima eficácia. Contém um potente antioxidante, o Pré-Tocoferil e Água termal d’Avène, calmante e dessensibilizante. Sem silicones e sem parabenos. Resistente à água. Transparente na aplicação. Indicado em caso de exposição intensa, como a proteção solar das peles mais claras e na prevenção de fotodermatoses.
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Kit primeiros socorros HALIBUT Derma ® Plus, com uma solução em spray e em creme, para o alívio do desconforto cutâneo causado pela exposição solar excessiva.
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saúde digital
Instituto de Higiene de Medicina Tropical www.ihmt.unl.pt O Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT) é uma instituição centenária, ímpar na academia portuguesa. Vocacionado inicialmente para o estudo, ensino e clínica das doenças tropicais, evoluiu recentemente para uma abordagem integrada que vai desde o nível molecular aos sistemas globais de saúde, adotando, sem abandonar a sua vocação tropical, um forte empenho na resolução de problemas de saúde. Além de informação atualizada sobre a medicina e patologias tropicais, encontra também, no portal IHMT, informação sobre o projeto “mosquitoWEB”; este desafia o cidadão a capturar e enviar mosquitos por correio, contribuindo desta forma para a identificação precoce da presença de espécies exóticas de mosquitos.
Associação para o Planeamento Familiar www.apf.pt A Associação para o Planeamento Familiar (APF) é pioneira em Portugal na promoção do planeamento familiar, na criação de serviços para jovens, na formação de profissionais e na educação sexual nas escolas. No portal da APF é possível encontrar informação sobre quatro áreas fundamentais: - Saúde sexual e reprodutiva, onde são abordados temas como a contraceção, gravidez, aborto, doenças sexualmente transmissíveis, entre outros; - Educação sexual, onde é detalhada a importância da formação dos jovens sobre esta área em contexto familiar e escolar; - Sexualidade, área em que se responde a questões sobre sexo, desenvolvimento sexual, identidade e orientação sexual, entre outros temas; - Direitos, separador onde é reforçada a importância do conhecimento dos Direitos Sexuais e Reprodutivos.
Escreva-nos,
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dê-nos a sua opinião e sugestões para o e-mail: revistah@grupo-holon.pt
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Infarmed Garantir a qualidade e segurança dos medicamentos Assegurar que todos os medicamentos e produtos de saúde que usamos cumprem os padrões de qualidade, segurança e eficácia é o principal objetivo do INFARMED. Porém, o trabalho deste instituto não se limita a este papel. Saiba quais são as suas funções.
O INFARMED, Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, IP (INFARMED), sob a tutela do Ministério da Saúde, é a autoridade reguladora nacional que «avalia, autoriza, regula e controla os medicamentos de uso humano, bem como os produtos de saúde, designadamente os dispositivos médicos e os produtos cosméticos e de higiene corporal», conforme explica a instituição no seu memorando.
entrada de medicamentos no mercado nacional e, até mesmo antes, ao garantir a aplicação das Boas Práticas Clínicas (BPC) na realização de ensaios clínicos.
No fundo, a principal missão do INFARMED é garantir a qualidade, a segurança e a eficácia dos medicamentos, e dos produtos de saúde, prevenindo os riscos decorrentes da sua utilização, «assegurando os mais elevados padrões de saúde pública e a defesa dos interesses do consumidor». Tudo isto é assegurado através das diversas áreas de intervenção em que esta organização atua, tanto no plano nacional, como no contexto do sistema europeu.
As competências do instituto abarcam ainda o licenciamento e inspeção da atividade farmacêutica, quer ao nível dos fabricantes, distribuidores grossistas e farmácias.
Intervém ainda em várias atividades de cooperação, nomeadamente com os países de língua portuguesa com os quais colabora regularmente, «designadamente o Brasil, Cabo Verde, Moçambique e Angola e mantém igualmente um protocolo de colaboração com Macau. Promove diversas ações bilaterais de cooperação com outros países, nomeadamente os países aderentes à União Europeia e os países da América Latina e do Magrebe», elucida o instituto.
Diversas funções Ora estas funções são tão abrangentes que passam por investigar, avaliar e autorizar a
Também cabe a esta organização investigar, avaliar, registar, monitorizar e supervisionar os diversos produtos de saúde disponíveis no mercado.
No fundo, é o INFARMED que garante que os medicamentos e os produtos de saúde que estão disponíveis nos diferentes espaços de saúde têm selo de «qualidade, eficácia e segurança», sem esquecer o processo de monitorização de reações adversas a medicamentos e da utilização dos produtos de saúde.
Promoção do uso racional de medicamentos A supervisão da evolução do mercado, a avaliação dos medicamentos para inclusão no sistema de comparticipação do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e a elaboração de estudos farmacoterapêuticos e de avaliação económica dos medicamentos são igualmente responsabilidade do instituto.
limitam ao “trabalho de bastidores”, uma vez que também é responsável pela promoção do uso racional de medicamentos, incluindo medicamentos genéricos, tanto junto dos profissionais de saúde, como dos cidadãos.
Controlar os preços dos medicamentos Uma das mais recentes novidades relativas às funções do INFARMED é a criação do Sistema Nacional de Avaliação de Tecnologias de Saúde, para uma gestão mais rigorosa e garantia de equidade dos preços, quer nos medicamentos de inovação, quer nos dispositivos médicos. O novo sistema vai entrar em funcionamento no início do ano, permitindo acelerar os processos de avaliação, torná-los mais eficientes e estabelecer um preço equilibrado. O objetivo é garantir a equidade de acesso a nível nacional de medicamentos e dispositivos médicos, disponibilizando os tratamentos mais aconselhados à situação clínica de cada doente, adequando-os aos recursos do sistema de saúde nacional.
INFARMED Morada: Parque de Saúde de Lisboa - Avenida do Brasil, 53 1749-004 Lisboa Linha Verde do Medicamento: 800 222 444 Email: infarmed@infarmed.pt Web : www.infarmed.pt
Contudo, as funções deste organismo não se 49
breves
Acidente vascular cerebral em idade pediátrica Em Portugal são diagnosticados cada vez mais acidentes vasculares cerebrais (AVC) na infância. Este facto deve-se aos avanços nos exames complementares de diagnóstico e à melhoria dos cuidados perinatais, uma vez que muitos episódios ocorrem ainda dentro do útero materno ou em recém-nascidos, divulga o “Diário de Notícias”. O aumento da sobrevivência de crianças com problemas congénitos, que podem desencadear AVC, é outro fator decisivo para o aumento dos diagnósticos. Enquanto que no adulto o AVC está associado a fatores de risco como a hipertensão, a diabetes, colesterol elevado e consumo de tabaco, na pediatria as causas são mais diversas: doenças cardíacas congénitas, determinadas anemias e infeções.
Estudo demonstra que pacemaker reduz evolução da Uso intensivo do telemóvel aumenta risco de cancro cerebral O uso intensivo deste aparelho traduz-se numa exposição prolongada à sua radiofrequência o que, segundo um estudo da universidade de Bordeaux, aumenta o risco de sofrer cancro cerebral, avança a agência “EFE”. Esta prática está então associada à contração de dois tipos de tumores: os gliomas, agressivos, e os meningiomas, com menor gravidade e mais fáceis de operar. As pessoas que utilizam o telemóvel mais do que 30 minutos por dia, o que representa mais de 15 horas por mês, têm maior risco de vir a desenvolver esses tumores. 50
fibrilhação auricular Os resultados do estudo Minerva, divulgados no portal “Newsfarma”, revelam que a utilização de um pacemaker com algoritmos inovadores, que normalizam o coração durante um episódio de disritmias auriculares (nomeadamente o Reative ATP®), reduz significativamente a progressão da fibrilhação auricular (FA) em doentes com bradicardia (ritmo cardíaco lento). Para além da redução da evolução da doença em 58% (quando comparado com outros dispositivos), o estudo evidencia ainda que esta característica inovadora do pacemaker diminui em 52% o número de hospitalizações e visitas às urgências em doentes com FA, minimizando assim os custos associados com esta patologia, responsável por um terço dos internamentos de causa arrítmica.
Investigadores descobrem como eliminar células estaminais cancerígenas Uma equipa internacional, liderada por investigadores da Universidade de Coimbra (UC), descobriu como eliminar células estaminais cancerígenas através da manipulação da sua produção de energia, declara o portal “Newsfarma”. De acordo com várias evidências científicas, as células estaminais cancerígenas podem funcionar como uma semente. Resistem aos tratamentos convencionais e podem proliferar e gerar novas células malignas, sendo responsáveis pela reincidência de vários tipos de cancros.