PSICOLOGIA (M贸dulo 4) Prof. Me. Henrique Larenas Faria
SUMÁRIO 1. O debate do gênero ........................................................................................................ 3 O machismo .................................................................................................................. 3 O feminismo ................................................................................................................. 4 O fanatismo .................................................................................................................. 4 2.0 Gênero e cotidiano........................................................................................................ 5 3.0 Psicologia Social ............................................................................................................ 6 Referências......................................................................................................................... 8 Referências complementares .............................................................................................. 8
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Todo o material desta disciplina foi produzido pela Fatej e é protegido pela Lei 9.610/98,
MÓDULO 4
1. O debate do gênero O machismo e o feminismo têm sido uma grande discussão nos dias de hoje, porém ninguém para pra explicar os conceitos do que é o machismo e o que é o feminismo. A psicologia de gênero visa tratar estas questões sociais, sem ser tendenciosa e respeitando todas as diferenças.
O machismo Historicamente, o mundo caminhou por um percurso patriarcal (em que o pai da família tinha a voz final e mandava dentro do lar), e podemos perceber isso em todos os livros de história, e nas culturas que estudamos ao longo dos séculos. O machismo traz consigo este conceito de que o homem por sua natureza acaba sendo superior à mulher em diversos aspectos, e naqueles em que eles não são superiores, eles as reprimem através da força bruta. Durante a idade média, o modelo patriarcal se elevou muito com o auxílio da igreja, estabelecendo uma dinâmica em o pai da família tinha direito sobre as mulheres de sua casa, e também sobre os filhos. Se voltarmos mais no tempo, podemos ver o extremismo do machismo já na Grécia e em Roma, que caso o pai duvidasse da paternidade de seu filho, ele tinha o direito de matar a criança ainda bebê. Este modelo, apesar de não ser explícito hoje em dia, ainda é visto como predominante em muitas regiões do mundo, e seguido como regra absoluta em alguns países mais religiosos.
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O feminismo O movimento feminista se iniciou na época da revolução francesa e industrial, com a revolta e reivindicação das mulheres na conquista de seu espaço como igualitárias em direitos constitucionais, políticos e civis. Esta revolução se deu com propósitos de conquista de espaço, e hoje se segue em muitos lugares e o pedido pela marcha feminista, é o reconhecimento de igualdade como serhumano de homens e mulheres, em que direitos quanto ao corpo, estudo, profissão, carreira, e política sejam vistos e reconhecidos de forma que o gênero não seja impedimento para nenhum dos lados. Muitas destas reivindicações mostram o avanço da população e da raça humana quanto ao direito à dignidade frente ao gênero ou a classe social. Porém ainda sofre com preconceitos históricos já estipulados e muitas vezes ainda doutrinados por culturas e povos mais antiquados.
O fanatismo Assim como um processo pode ser estabelecido e novas mudanças tendem a ser sempre positivas, já vimos desde o começo do semestre que as pessoas pensam, sentem e interpretam as coisas de maneiras diferentes, e com isso podemos ter diversas formas de se levar uma reivindicação. O feminismo e o machismo hoje, caminham para lados opostos, em que o machismo é levado de forma agressiva onde o homem possui o direito soberano de fazer o que lhe é favorável enquanto a mulher deve apenas aguentar suas aventuras e ficar quieta, e o feminismo carregado de mulheres que pedem por reconhecimento igualitário, mas não quer se submeter à atividades físicas por se dizer não preparada fisicamente para exercer uma atividade excessivamente masculina. 4
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Independente do protesto, a ideia acaba por se dispersar em uma briga histórica entre homens e mulheres de todas as culturas, ainda deixando a herança de uma sociedade patriarcal como éramos desde a Grécia antiga. A maior questão é a forma em que um gênero subjuga o outro, sem necessidade e com diferenciação simplesmente porque o sexo da pessoa é diferente. Este tipo de situação, não deveria acontecer, porém algum fanatismo acaba por acontecer quando se perde este efeito, e faz a revolução sair da questão da igualdade, e começar a favorecer o outro gênero, invertendo a balança, e isso passa a não resolver de fato o problema.
2.0 Gênero e cotidiano Muitas brigas foram e estão sendo travadas até hoje, por conta dessas discussões, e a psicologia aliada à antropologia, e a sociologia, vem para estudar a reação entre homens e mulheres sobre estes assuntos. A doutora pela USP – SP, Maria de Fátima Araújo, em 2005 escreve em seu artigo “Diferença e igualdade nas relações de gênero: revisitando o debate”, uma nova leitura e discussão sobre o tema. Vale a pena conferir na integra o texto que será posto no complemento como bônus de aprendizagem Outro ponto importante é estabelecermos dentro de nós mesmos o conceito sobre estas revoluções históricas e com tantos argumentos que devem ser debatidos e repensados. A psicologia humana é muito mais do que o feminismo e o machismo, cada pessoa têm seu modo de pensar, agir e de interpretar aquilo que o outro faz, portanto o gênero não deve ser algo a ser considerado como diferença ou limitação. O gênero masculino ou feminino nunca foi impedimento para nenhum salto na humanidade, ou para a raça humana sobreviver. Pois, para que haja a vida, precisamos do casal de cada espécie, e suas diferenças os tornam completos.
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Antes de se dizer machista ou feminista, pense em sua vida, e veja o que está fazendo com as pessoas que você gosta, e como as trata. Será que nunca subjugou alguém porque era uma mulher, e a considerava fraca, ou até mesmo porque era um homem e achava que ele não iria entender? Somos feitos do mesmo esqueleto, dos mesmos neurotransmissores, o mesmo corpo que manifesta sentimentos e as mesmas expressões. Em nenhum momento deste curso, manifestamos as diferenças entre homens e mulheres, pois isso não existe. A diferença esta em cada um de nós, e não é porque ele é um homem e ela é uma mulher que essa diferença aumenta. Há homens mais sentimentais e mulheres mais fortes, há homens mais agitados e mulheres mais tranquilas, há homens mais preguiçosos e mulheres mais trabalhadoras, há homens mais distraídos e mulheres mais atentas. Há diferenças em todos os seres vivos, e o gênero não é responsável por isso.
3.0 Psicologia Social Quando falamos da psicologia, desde o começo do semestre, estamos tratando a psicologia como o centro do homem, e a ciência que estuda o comportamento humano, porém agora, vale utilizar todo este conhecimento adquirido e aplicar ele na sociedade. Um exemplo é perceber que apesar de termos cada um, uma forma de agir, e nossas expressões são marca registradas de nossos sentimentos, há também uma diferenciação de sentimentos em cada cultura. Podemos visualizar uma diferença em que em alguns países do oriente médio e asiáticos, é muito comum se comer insetos como grilos, gafanhotos e até baratas, já para nós, brasileiros, este é um comportamento que nos causa asco, porém pra eles, isso é normal.
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Sigmund Freud em 1914 escreveu seu livro Totem e Tabu, onde explica essa referência em que cada sociedade possui aquilo em que é sagrado e considerado normal, enquanto também possui aquela sensação de a outra sociedade faz algo fora do normal. Com este pensamento em mente, vale a gente perceber que além de cada pessoa ter o seu comportamento, vale analisarmos em qual cultura ela esta inserida e como você reage a esta situação. Freud (1914) ele coloca algo que na época foi chocante para se mexer com um tabu. Imaginemos um casal, que possui alguns meses de relacionamento, e sua atividade sexual está ativa. Porém após algum tempo, eles resolvem conhecer os pais um do outro, e neste momento, eles descobrem que possuem o mesmo pai em comum. Em uma situação dessa, o horror do incesto toma conta dos dois neste casal, e o tabu até então vem forte fazendo com que este relacionamento acabe, e não por conta da irmandade de criação, mas sim pela irmandade de relação consanguínea. Em algumas tribos indígenas, para que isso não aconteça, todas as crianças são consideradas filhas e filhos do chefe da tribo, então não há noção de tabu para nenhuma delas. Porém para a sociedade em que estamos acostumados, essa situação ainda nos causa incômodos. A psicologia social vem para nos ajudar a perceber essas situações em que nenhuma sociedade é igual, e teremos de lidar com todas essas culturas numa posição de líder em que estaremos como gestores de segurança. A partir de agora, vale colocar em nossas mentes que cada funcionário teu, terá uma história de vida, e uma forma de lidar com o mundo. Cada um, dentro de suas crenças, cada um com seu totem e seu tabu. (sagrado e proibido) E nossa função é guia-las, auxiliá-las e lidera-las independentes de toda essa personalidade.
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Referências LEITE, Dante Moreira. Estudos em Psicologia. UNESP, 2009. SCHULTZ, Duane P.; SCHULTZ, Sydney Ellen. História da psicologia moderna. Tradução de Marilia de Moura Zanella, Suely Sonoe Murai Cuccio. 2.ed. São Paulo: Cengage Learning, 2013. 490 p. Bibliografia. ISBN 9788522106813. COSTA, Silvia Generalli da (Coord.). Psicologia Aplicada a administração. 4. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2010. 272 p. ISBN-13: 978-85-352-4298-0.
Referências complementares FREUD, S. Três ensaios de sexualidade. São Paulo: 1905 LEITE, Dante Moreira. Estudos em psicologia. São Paulo: UNESP, 2009. MORIN, Estellem; AUBE, Caroline. Psicologia e gestão. São Paulo: Atlas, 2009. MOLINER, PASCAL; DESCHAMPS, Jean-Claude; ORTH, Lucia M. ENdlich. A identidade em Psicologia Social. Petrópolis: Vozes, 2009. Nicola Abbagnano. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 1990. Verbete Psicologia, subseção d, p. 810. 2010 SOUZA, Mauricio Rodrigues; LEMOS, Flavia Cristina Silveira. Psicologia e compromisso social. São Paulo: Escuta, 2009.
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