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MANUAL DE ELABORAÇÃO DE QUESTÕES PARA AVALIAÇÕES ESCRITAS

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MANUAL DE ELABORAÇÃO DE QUESTÕES PARA AVALIAÇÕES ESCRITAS: PADRÃO ENADE ORGANIZADOR: Prof. Victor Henrique Moreira Ferreira EDITOR Marcos Roberto Rosa Autores: Daniel de Oliveira Mara Regina Balena Nora Alejandra Patricia Rebollar DIRETORA EXECUTIVA Larisa Hemkemeier Webber de Mello COORDENAÇÃO ACADÊMICA Maria Aparecida Maes COORDENAÇÕES DE CURSO Administração - Profª Mara Regina Balena Ciências Contábeis - Prof. Marcos Roberto Rosa Design de Interiores - Profª Nora Patricia Alejandra Rebollar Jogos Digitais - Prof. Daniel de Oliveira NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE N.D.E Profª Elizete Lanzoni Alves (Administração) Prof. Ernando Fagundes (Ciências Contábeis) Prof. Evandro Moritz Luz (Administração) Prof. Joel Gregorio Perozo Vasquez (Ciências Contábeis) Prof. Victor Henrique Moreira Ferreira (Administração) DIAGRAMAÇÃO Laura Zimmermann Flores


Victor Henrique Moreira Ferreira

MANUAL DE ELABORAÇÃO DE QUESTÕES PARA AVALIAÇÕES ESCRITAS: padrão enade 1a EDIÇÃO PALHOÇA LEDIX 2017


SUMÁRIO 1. ELABORAÇÃO DE QUESTÕES 1.1 Orientações para a elaboração das questões 1.1.1 Elemento - base Como referenciar o elemento-base: 1.2 Questões Objetivas 1.2.1 Enunciado 1.2.2 Alternativas 1.2.3 Justificativas 1.2.4 Exemplos de questões objetivas a. AFIRMAÇÃO INCOMPLETA b. INTERPRETAÇÃO c. COMPLEMENTAÇÃO MÚLTIPLA d. ASSERÇÃO-RAZÃO e. VERDADEIRO-FALSO: f. ORDENAÇÃO g. RELAÇÃO E ASSOCIAÇÃO

1.3 Questões Dissertativas 1.3.1 Enunciados 1.3.2. Padrão de Resposta 1.3.3. Exemplos de Questões Dissertativas 1.4 Referências

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APRESENTAÇÃO Este manual tem como objetivo apresentar as orientações e métricas necessárias para o desenvolvimento de questões para avaliações em seus diferentes aspectos e nuances. É sugerido seguir as orientações deste manual, pois ele define todos os requisitos necessários para o atendimento dos padrões e metodologias definidos pela Fatenp no que tange à elaboração de questões para avaliações. Além da leitura deste manual, recomenda-se que o(a) professor(a) acesse as provas do ENADE (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes) de anos anteriores, como forma de se familiarizar cada vez mais com o vasto e rico material disponível virtualmente. Esses documentos apresentam informações importantes que devem ser consideradas no processo de elaboração das questões das avaliações escritas.

1. ELABORAÇÃO DE QUESTÕES As questões inéditas poderão ser utilizadas nas diversas atividades avaliativas eleitas por você, enquanto instrumento de verificação de conteúdos, de avaliação do processo de aprendizagem, entre outros objetivos. Os modelos propostos são semelhantes em sua forma e estrutura, às questões utilizadas no ENADE, que integra o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). O diferencial do ENADE é a apresentação das questões de forma contextualizada que valorizam a aplicação dos conteúdos desenvolvidos no curso e não a simples memorização. Nesse modelo, as questões devem ser formuladas a partir de um elemento-base, portanto, um contexto que leva o acadêmico a utilizar diversas competências para a resolução da questão.

IMPORTANTE: cada questão (objetiva ou dissertativa) deve ter no máximo 1 (uma) página.

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1.1 Orientações para a elaboração das questões As questões inéditas poderão ser utilizadas nas diversas atividades avaliativas eleitas por você, enquanto instrumento de verificação de conteúdos, de avaliação do processo de aprendizagem, entre outros objetivos. Os modelos propostos são semelhantes em sua forma e estrutura, às questões utilizadas no ENADE, que integra o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). O diferencial do ENADE é a apresentação das questões de forma contextualizada que valorizam a aplicação dos conteúdos desenvolvidos no curso e não a simples memorização. Nesse modelo, as questões devem ser formuladas a partir de um elemento-base, portanto, um contexto que leva o acadêmico a utilizar diversas competências para a resolução da questão. IMPORTANTE: cada questão (objetiva ou dissertativa) deve ter no máximo 1 (uma) página. As questões deverão apresentar conexão entre o elemento-base e o conteúdo ministrado pelo professor. Em relação à linguagem empregada no texto das questões, trazemos algumas observações vinculadas no documento do Inep (MEC/Inep, 2011, p. 6-7) sobre as questões do ENADE. O trecho chama a atenção para algumas qualidades essenciais que devem ser observadas ao se elaborar uma questão. Para sua ciência, reproduzimos essas qualidades a seguir.

Objetividade: vá direto ao assunto, use frases curtas e termos exatos, evitando a demonstração de erudição. Informação: apresente apenas as informações necessárias para a solução da questão. Originalidade: não aproveite questões de provas, livros, apostilas, exercícios, vestibulares ou concursos. Ordem direta: use os termos essenciais da oração em sua ordem natural: sujeito, verbo e complemento.

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Adequação: procure adequar a questão ao nível exigido e ao perfil do curso. Simplicidade: escolha cada palavra. Evite preciosismos, palavras rebuscadas e termos técnicos desnecessários. Correção da linguagem: adote o padrão culto, redigindo de forma apropriada e correta. Clareza: seja explícito, esclareça os conceitos, precise os termos técnicos, evite as expressões ou palavras de uso restrito a uma área de especialização. Precisão: seja preciso. Uma boa questão é a que admite uma única interpretação e uma só resposta. Impessoalidade: evite impressões e expressões pessoais, próprias do gênero literário ou da fala informal. Evite ainda chavões e gírias. Adjetivos: tenha cuidado especial com adjetivos e advérbios, eles podem apresentar forte carga de subjetividade ou imprecisão.

1.1.1 Elemento - base Gráficos, tabelas, figuras, esquemas, notícias e textos (de autoria do próprio autor da questão ou de outra fonte devidamente referenciada com nome, data, título, editora, local e número da página) conformam, portanto, o elemento-base. A seguir, algumas orientações sobre esse elemento.

a) O elemento-base pode conter texto idêntico ao apresentado ao longo das aulas. b) O texto deve ser retirado de fontes consideradas fidedignas e, na medida do possível, ele deve possibilitar contato com diferentes abordagens e perspectivas.

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c) Não se recomenda elementos-base de fontes não confiáveis, como blogs, sites colaborativos e sites comerciais, assim como de instituições consideradas concorrentes. Utilize fontes oficias e confiáveis (órgãos como institutos, fundações, associações públicas municipal, estadual e federal, MEC, secretarias de saúde, educação, administração, Petrobras, IBAMA, IBGE, EMBRAPA, CIDASC, UDESC, UFSC, USP entre outros), preferencialmente com aporte acadêmico, para dar cientificidade à questão. Não utilize fontes de sites de instituições privadas por possuírem direitos de uso.

d)Elementos protegidos por direitos autorais, ou seja, que demandam solicitação de autorização de reprodução, como tirinhas, fotografias, letras de música e mapas não podem e não devem ser reproduzidos.

É possível utilizar como elemento-base: Tabelas; Gráficos; Ilustrações ((figura, quadro, mapa, organograma, desenho, esquema, fluxograma, diagrama, fotografia, gráfico, planta) Imagens deverão ser retiradas do nosso banco de imagens Trechos de notícias citados direta ou indiretamente (5-8 linhas); Trechos de artigo científico citados direta ou indiretamente (5-8 linhas); Trechos de livros relacionados ao tema citados direta ou indiretamente (58 linhas); Trechos inéditos elaborados pelo próprio professor (5-8 linhas).

O elemento-base pode ter a tolerância de até 15 linhas, caso seja relevante para o entendimento do aluno.

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Como referenciar o elemento-base: Tudo o que é utilizado como elemento-base precisa estar referenciado adequadamente, como textos retirados de livros e sites e imagens, infográficos e tabelas, por exemplo. O mesmo padrão adotado em seus materiais, ou seja, de citações diretas (entre aspas) e indiretas deve ser aplicado ao banco, desde que não sejam de autoria própria, logicamente; pois, nesse caso, não é necessário referenciar, a menos que seja uma citação indireta. A referência deverá aparecer logo abaixo da citação, sendo que a informação bibliográfica precisa estar completa. O modelo aplicado é o mesmo utilizado na página final de referências dos capítulos da obra. A seguir, alguns exemplos: SOBRENOME, Nome. Título da obra. Cidade: Editora, ano, página xx. SOBRENOME, Nome. Título do artigo. Nome da Revista, Cidade, volume. x, número. x, data, página. xx.

1.2 Questões Objetivas São consideradas questões objetivas aquelas que apresentam possibilidades de resposta entre as quais o acadêmico pode escolher a correta. Vale lembrar que uma questão objetiva não diz respeito somente ao tipo de resposta, ela é objetiva tanto pelo enunciado claro, direto e preciso quanto pela organização e forma como o problema é contextualizado e apresentado. A seguir, serão especificados os elementos que compõem uma questão objetiva.

1.2.1 Enunciado A primeira parte do enunciado é o elemento-base. O enunciado da questão objetiva deve ser capaz de contextualizar os temas apresentados na obra, conectando o elemento-base ao conteúdo do respectivo capítulo. Para isso, é preciso estar atento aos itens a seguir. O enunciado é responsável por “amarrar” o elemento-base aos conteúdos estudados ao longo das aulas. Deve ser claro e objetivo. Ao utilizar comandos, como “Assinale as afirmativas corretas” ou “É correto afirmar que...”, é preciso indicar exatamente em relação a que o acadêmico deve julgar as informações corretas. Após criar um enunciado contextualizado, deve-se orientar o acadêmico quanto à forma de responder à questão, pois é fundamental apresentar elementos suficientes para que ele compreenda precisamente o que e como deve responder.

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O enunciado deve ser elaborado de maneira positiva, ou seja, não é permitido o emprego de expressões como exceto, não, incorreto e errado. Não é permitido o uso de questões que pedem que o acadêmico marque a alternativa incorreta ou falsa. Evite enunciados muito extensos. Evite inserir no enunciado citação de outros autores. Caso sejam utilizados, é indispensável citar a fonte (nome, data, título da obra e outras informações, ou seja, a referência completa, inclusive a página). Importante: é necessário amarrar o elementobase ao enunciado para o embasamento da questão.

1.2.2 Alternativas A elaboração das alternativas exige diversos cuidados, por isso destacamos, a seguir, o que é preciso estar atento ao elaborá-las. Ÿ Cada questão deve ter cinco alternativas (a, b, c, d, e). Ÿ Apenas uma das cinco alternativas deve ser correta. Ÿ O texto das alternativas deve ser gramaticalmente coerente com o enunciado da questão. É importante manter o paralelismo da forma gramatical: por exemplo, todas as alternativas começando por verbo, por substantivo ou por adjetivo. Ÿ As alternativas devem ter tamanho uniforme, pois diferenças consideráveis de extensão podem acabar interferindo na escolha da resposta. Ÿ As alternativas incorretas (distratores) deverão ser inquestionavelmente incorretas em relação ao enunciado da questão, embora seu conteúdo deva ser possível ou coerente. Não será aceito conteúdo absurdo ou explicitamente incorreto. Ÿ As alternativas incorretas (distratores) não devem ser parcialmente corretas, pois podem dar margem a contestações por parte dos acadêmicos. Ÿ Não é permitido repetir termos, expressões e palavras em todas as alternativas.

Observe, no exemplo a seguir, como a reutilização de termos pode induzir o acadêmico ao erro.

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EXEMPLO 01: “O grande poeta Homero criou a primeira Paideia grega, começando a explorar um modelo de educação que tinha como objetivo: a) a formação intelectual e social do ser humano. b) a formação total e de forma completa do ser humano. c) a formação emocional e social do ser humano. d) a formação parcial dos aspectos do ser humano. e) a formação corporal e fisiológica do ser humano.” Ÿ Não utilizar alternativas do tipo “todas estão corretas”, “nenhuma das respostas acima” ou

“NDA”. Ÿ Não tornar uma alternativa falsa pela inclusão da palavra “não” na frase, pelo uso do prefixo in ou por outros artifícios similares para não prejudicar a sua plausibilidade. Ÿ Não construir questões com elementos que levem, por exclusão, à resposta correta (totalmente, geralmente, somente, exclusivamente, apenas, sempre, nunca...). Ÿ Não devem ser propostas alternativas que possam funcionar como “pegadinhas”, uma vez que elas não permitem avaliar a aprendizagem.

Atenção: Não construir questões cujas respostas são cópias exatas do que está escrito no texto-base, valorizando apenas a memorização. Esse tipo de questão pode não gerar uma avaliação precisa da aprendizagem e não trabalha a reflexão nem o raciocínio prático.

Lembrete: Consideram-se ALTERNATIVAS os itens identificados pelas letras a, b, c, d, e. Não se deve confundir alternativa com AFIRMATIVA. As afirmativas são os itens identificados por algarismos romanos. No texto das questões, as afirmativas também podem ser chamadas de afirmações, asserções, proposições ou assertivas.

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1.2.3 Justificativas Para as alternativas corretas o autor deverá criar um texto de justificativa. A justificativa não deve repetir o conteúdo mencionado no enunciado ou alternativas, mas trazer complementos que tragam novas informações ao acadêmico e o levem a refletir. Ao redigir essas justificativas, tenha em mente que ela deve ser endereçada aos acadêmicos. Independentemente do modelo de questão utilizado, dentre os modelos permitidos, a justificativa deve ser incluída sempre ao final das alternativas. Sobre as justificativas, é importante mencionar ainda que: Em questões dos modelos 'Afirmação Incompleta' e 'Interpretação', apenas a alternativa 'A' deve ser justificada, explicando porque aquela é a resposta correta. Questões do tipo 'Verdadeiro ou Falso', 'Ordenação', 'Asserção-razão', 'Complementação Múltipla' e 'Relação-associação', admitem uma única justificativa, que deverá explicar individualmente todos os itens (no caso de Ordenação e Relação-associação) ou afirmativas (no caso de Verdadeiro ou Falso, Complementação Múltipla e Asserção-razão). Por exemplo, uma justificativa para uma questão de 'Complementação Múltipla' deverá ser estruturada da seguintes forma: “A afirmativa I está correta, porque...; a afirmativa II está incorreta, porque...” (e assim por diante).

1.2.4 Exemplos de questões objetivas A seguir, serão especificados os tipos de questão de múltipla escolha a serem aplicados. Cada um deles apresenta um ou mais exemplos. a) AFIRMAÇÃO INCOMPLETA Características: Ÿ O texto-base fornece um ponto de partida para abordar o tema que se deseja. Ÿ O enunciado termina em uma frase incompleta, e as alternativas devem complementar adequadamente o texto apresentado no enunciado.

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Ÿ É necessário inserir a justificativa seguindo orientações repassadas no item 1.2.3 deste Guia.

A justificativa precisa explicar porque a alternativa está correta e deve ser posicionada logo abaixo da alternativa 'A' (correta). Ÿ A resposta correta deve estar destacada com fonte vermelha. Nesse tipo de questão, atente para: paralelismo das afirmativas; construir alternativas em tamanho uniforme. EXEMPLO 02: Leia atentamente o excerto a seguir: As operações de comércio exterior vão garantir renda alta ao País este ano, num movimento que faz a roda da economia girar. Somente nos primeiros 65 dias de 2016 as operações de comércio exterior renderam US$ 5,2 bilhões. O resultado é bem melhor se considerado que em igual período do ano passado essas operações tiveram resultado negativo de US$ 6 bilhões. Com as exportações mais valorizadas e queda nas importações, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior estima um saldo positivo no comércio exterior de US$ 35 bilhões em 2016. Comércio exterior vai render US$ 35 bi ao Brasil em 2016. Portal Brasil, 21 mar. 2016. Disponível em: <www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2016/03/comercio-exterior-vai-renderus-35-bi>. Acesso em: 29/03/2016.

No mundo globalizado, a competição ocorre entre corporações em nível internacional. Nesse contexto, as legislações e determinações dos governos locais influenciam diretamente a competitividade das empresas e representam riscos que impactam decisões de curto, médio e longo prazo. O tipo de risco que envolve legislações e decisões governamentais é o: a) risco político. b) risco econômico. c) risco financeiro. d) risco demográfico. e) risco natural.

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Justificativa: As empresas, de forma geral, podem ser significativamente afetadas pelas ações dos governantes de qualquer uma das esferas políticas. Isso também se aplica aos segmentos, aos mercados e à economia do país como um todo. Ainda que a empresa seja a detentora do conhecimento e da competência técnica, isso não a dispensa da submissão às legislações e determinações locais. b) INTERPRETAÇÃO Características: Ÿ O elemento-base funciona como situação-estímulo apresentada por meio de uma frase

incompleta ou de uma pergunta. Ÿ O acadêmico utiliza as informações contidas no elemento-base para resolver a questão

(sempre pautando-se no conhecimento construído com base no estudo das aulas ministradas). Ÿ É necessário inserir a justificativa seguindo orientações repassadas no item 1.2.3 deste Guia. A justificativa precisa explicar porque a alternativa está correta e deve ser posicionada logo abaixo da alternativa 'A' (correta). Ÿ A resposta correta deve estar destacada com fonte vermelha. Nesse tipo de questão, atente para: paralelismo das afirmativas; construir alternativas em tamanho uniforme. EXEMPLO 03: Observe a seguinte figura:

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A figura apresentada ilustra uma história amplamente difundida, mas sem autoria definida, em que três gerentes de diferentes áreas se reuniram para discutir a descrição de um elefante. O primeiro gerente ficou responsável por descrever a parte traseira e chegou à seguinte conclusão: “Um elefante é como uma parede e possui uma corda presa ao centro”. O segundo gerente, responsável por descrever a tromba do animal, a referiu como: “uma gigantesca e espessa cobra que se mexe constantemente”, e, por fim, o terceiro gerente, responsável por descrever as orelhas do elefante, afirmou:


“Senhores, vocês estão todos enganados, este animal tem asas e pode voar”. Levando em consideração o conceito de visão sistêmica na administração e os conteúdos abordados ao longo das aulas, analise as frases a seguir e aponte a alternativa que explica a discussão entre os três gerentes, caso fosse feita uma analogia com a gestão de uma empresa. a) Essa situação faz uma analogia às atividades, às vezes especializadas, nas empresas, e à consequência da visão não sistêmica, em que cada departamento se ocupa de interpretar o ambiente de uma forma única e indiscutível. b) Trata-se de uma analogia com as etapas do planejamento estratégico, em que cada item deve ser analisado friamente, como se não houvesse relação com o outro. c) É algo comum na gestão estratégica, pois se compara com a análise fragmentada do mercado consumidor, interpretando-o de segmento em segmento. d) É uma analogia à forma de gestão sistêmica em que todos compartilham dos mesmos objetivos e pontos de vista, gerando, por fim, uma visão compartilhada do todo. e) Relaciona-se com a realidade do planejamento estratégico, pois traz os problemas para dentro da discussão e tenta interpretá-lo da melhor maneira, de forma participativa, sempre ouvindo os demais. Justificativa: Como afirma a alternativa, é uma situação em que diferentes áreas interpretam uma situação de forma única e não sistêmica.

Justificativa: Como afirma a alternativa, é uma situação em que diferentes áreas interpretam uma situação de forma única e não sistêmica. c) COMPLEMENTAÇÃO MÚLTIPLA Características Ÿ Nesse modelo, além do elemento-base, o enunciado deve apresentar no mínimo quatro afirmativas que se relacionam ao tema do enunciado. Ÿ As afirmativas (utilize, preferencialmente, o termo 'afirmativas', exceto na questão do tipo Asserção-Razão, onde deve ser utilizada a expressão 'asserções') são apresentadas em algarismos romanos. Ÿ As alternativas, nesse caso, devem propor quais afirmativas estão corretas. Ÿ A justificativa, conforme orientado no item 1.2.3. deste Guia, deve comentar cada uma das afirmativas apresentadas no enunciado. Esta justificativa deve estar posicionada ao final, depois de todas as alternativas. Ÿ Não é permitido que todas as afirmativas sejam corretas ou incorretas. Ÿ A resposta correta e a justificativa devem estar destacadas com fonte vermelha.

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EXEMPLO 04: Elisa é gerente de um setor e tem que tomar uma decisão difícil: demitir um dos componentes de sua equipe de trabalho. A organização em que trabalha não conseguiu alcançar as metas de vendas nos últimos anos. A equipe era maior, e alguns excelentes profissionais foram embora atraídos por propostas melhores de outras empresas. Com base nos indicadores de desempenho e nas reuniões de retroação, esse quadro foi revertido, uma vez que a organização melhorou sua política de remuneração, e os profissionais sentiram seus esforços reconhecidos. Agora, a gerente terá que despedir um deles, e o desempenho é que definirá o nome. O texto apresenta uma realidade difícil para qualquer gestor. Analisando o texto e considerando os propósitos da avaliação de desempenho, examine as afirmativas a seguir.

I. Alicerçar a ação do gestor. II. Nortear e mensurar o processo de treinamento e desenvolvimento. III. Fornecer subsídios para punições. IV. Facilitar o feedback das pessoas. V. Facilitar o progresso das organizações. São propósitos da avaliação de desempenho apenas o que se afirma em: a) I, II, IV e V. b) I, IV e V. c) I, II, III e IV. d) III e V. e) II e III. Justificativa: A afirmativa I está correta, pois, para tomar decisões relativas a aumentos salariais, promoções, remanejamento ou demissão, o gestor deve ter como base dados concretos. A afirmativa II está correta, afinal, também está entre os objetivos da avaliação de desempenho nortear e mensurar o processo de treinamento e desenvolvimento. A afirmativa III está incorreta porque a avaliação não tem caráter punitivo, assim, não é correto dizer que figuram entre seus propósitos demitir e punir pessoas. A afirmativa IV está correta, uma vez que é essencial que o colaborador tenha ciência de seu próprio desempenho. A afirmativa V está correta, pois a AD permite que as organizações identifiquem seus pontos positivos e negativos mais facilmente.

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d) ASSERÇÃO-RAZÃO Características Ÿ Nesse caso, há duas proposições ligadas pela palavra porque, sendo a segunda proposição uma possível “razão” ou “justificativa” da primeira. Ÿ O acadêmico, primeiramente, deverá julgar se as proposições são verdadeiras ou falsas, e, em seguida, avaliar a relação proposta entre elas. A asserção II, embora seja uma possível justificativa da I, deve ser construída de forma que faça sentido sozinha, ou seja, não pode ser uma continuidade da frase da asserção I. Ÿ As alternativas desse tipo de questão seguem um modelo fixo, que corresponde ao utilizado no ENADE. Ao construir as questões, basta replicar as alternativas desse modelo. Ÿ A justificativa, conforme orientado no item 1.2.3. deste Guia, deve comentar a assertiva I é verdadeira/falsa, porque a II é verdadeira/falsa e porque a II é uma justificativa da I (caso a alternativa correta seja "As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I." Esta justificativa deve estar posicionada ao final, depois de todas as alternativas. Ÿ Não deixe também de explicar a relação entre as proposições, ou seja, se uma justificaria a outra ou não. Ÿ A resposta correta e a justificativa única devem estar destacadas com fonte vermelha.

EXEMPLO 05: Leia atentamente o texto a seguir. Marcos Bagno (1999) apresenta e discute a criação de oito mitos sobre o funcionamento da linguagem. Esses mitos exteriorizam o preconceito e a intolerância que rondam os acontecimentos discursivos, focando nos usos da linguagem, principalmente naqueles que não seguem o padrão estabelecido pela gramática normativa. Segundo o autor, esses mitos servem para justificar a separação social e a inferiorização de determinados grupos pelo simples motivo de não falarem “corretamente”, como determinam as regras gramaticais. BAGNO, M. Preconceito Linguístico: o que é e como se faz. São Paulo: Loyola, 1999.

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As discussões de Bagno são importantes porque permitem a compreensão de que, quando se diz “fulano fala 'errado'” ou “ciclano fala 'certo'”, está se emitindo um juízo de valor que quase sempre exterioriza preconceitos linguísticos e culturais. Além disso, emitindo esse tipo de juízo de valor, deixa-se de avaliar a necessidade de adequação linguística aos reais acontecimentos discursivos. Considerando o texto apresentado e os conteúdos abordados no texto-base, analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. I. O conceito de “erro” e “acerto” em produções linguísticas (faladas e/ou escritas) é muito relativo. Para que o preconceito linguístico seja vencido, ele precisa ser analisado nas situações reais de comunicação.

Porque: II. Usar corretamente a língua/linguagem (falar e escrever “bem”, falar e escrever “certo”) está mais relacionado às situações reais de comunicação do que à obediência às regras estabelecidas pela gramática normativa. A seguir, assinale a alternativa correta. a) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. b) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. c) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. d) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. e) As asserções I e II são proposições falsas. Justificativa: A proposição I está correta, pois, embora exista uma norma-padrão para a língua/linguagem, seu uso implica possíveis adaptações e/ou variações, e é isso que faz a língua permanecer viva. Por essa razão, a proposição II está correta e justifica a primeira, pois o bom uso da linguagem prevê o reconhecimento da situação sociocomunicativa, ou seja, utilizar bem a língua/linguagem é saber a forma apropriada de se expressar em cada situação.

e)VERDADEIRO-FALSO: Características Ÿ Nesse modelo, além do elemento-base, o enunciado deve apresentar no mínimo quatro afirmativas que se relacionam ao tema do enunciado.

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Ÿ Os acadêmicos devem julgar e assinalar se as afirmativas são verdadeiras (V) ou falsas Ÿ Ÿ Ÿ

Ÿ Ÿ

(F). As afirmativas devem ser apresentadas com algarismos romanos. As alternativas, por sua vez, apresentam possíveis sequências de V ou F, sendo que apenas uma delas deve estar correta. A justificativa, conforme orientado no item 1.2.3. deste Guia, deve comentar cada uma das afirmativas apresentadas no enunciado. Esta justificativa deve estar posicionada ao final, depois de todas as alternativas. Não é permitido que todas as afirmativas sejam verdadeiras ou falsas. A resposta correta e a justificativa devem estar destacadas com fonte vermelha.

EXEMPLO 06: Ao longo de toda a história econômica moderna, o crédito tem sido o grande impulsionador da geração de emprego e renda. Nas sociedades modernas, o grande desafio é: "promover o desenvolvimento econômico e atender às demandas sociais, aspecto cada vez mais presente nas decisões empresariais. Ao dispor de informações fidedignas, captadas de fontes oficiais e pertinentes, processadas e disponibilizadas de maneira segura, o concedente de crédito pode melhor quantificar os riscos de crédito e reduzir os custos decorrentes da inadimplência. O tomador, por sua vez, beneficia-se pelo fato de poder ter sua capacidade de pagamento adequadamente avaliada e, com isso, obter melhores condições de prazo e juros, pois a importância das informações positivas atenua o peso das informações restritivas que eventualmente possam existir.” PINTO, L. de O. A Importância do Crédito para a Sociedade. Serasa Experian. Disponível em< http://www.serasaexperian.com.br/serasaexperian/publicacoes/serasa_legal/2001/01/serasalegal_0005.ht m>. Acesso em: 20 jan. 2015.

A partir desse excerto, é possível depreender a importância da concessão de crédito para a economia. Assim, em relação às funções sociais e econômicas do crédito, analise as afirmativas a seguir e assinale V para as verdadeiras e F para as falsas.

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I. ( ) O crédito tem o poder de aumentar a demanda por bens e serviços. II. ( ) A economia do país sofre influência da movimentação da inflação, diferentemente do crédito, que ocorre livremente. III. ( ) O crédito proporciona um aumento na circulação de bens e serviços. IV. ( ) O crédito pode endividar severamente pessoas e empresas, o que acaba atrasando o desenvolvimento da economia. V. ( ) Toda a população tem acesso aos bancos, portanto, todos têm acesso ao crédito. Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. a) V, F, V, V, F. b) F, F, V, V, F. c) V, V, V, V, F. d) V, F, V, V, V. e) V, F, V, F, F.

Justificativa: A afirmativa I é verdadeira, pois representa uma das finalidades do crédito, que é a de proporcionar maior demanda por bens e serviços. A afirmativa II é falsa, pois a abundância de crédito aumenta a demanda, o que pode levar ao aumento da inflação, por isso há relação entre crédito e inflação. A afirmativa III é verdadeira, pois quanto mais crédito estiver disponível, maior será a circulação de bens e serviços (aumento da demanda). A afirmativa IV é verdadeira, pois a utilização indiscriminada do crédito pode elevar o endividamento das pessoas e empresas até um ponto em que pode ser impossível pagá-lo. Assim, o crédito acaba perdendo sua utilidade, que é fomentar a atividade econômica. A afirmativa V é falsa, pois não é toda a população que tem acesso aos bancos, o que acaba dificultando, também, o acesso ao crédito. f)ORDENAÇÃO: Características: Ÿ Apresentação de uma situação que exige uma sequência correta de etapas, organizadas de acordo com uma determinada lógica ou ordem numérica. Ÿ As afirmativas apresentam diferentes possibilidades de sequências, sendo apenas uma a correta. Ÿ Para esse tipo de questão, deve-se compor uma justificativa única que comente individualmente cada uma das etapas.

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Ÿ A justificativa deverá apresentar cada um dos itens respeitando a sequência numérica, e

não a sequência na ordem da resposta correta. Ÿ A resposta correta e a justificativa única devem estar destacadas com fonte vermelha.

EXEMPLO 07: De acordo com Santos e Schmidt (2011), o lucro ou prejuízo líquido do exercício é a diferença apurada aritmeticamente entre o resultado das receitas e as despesas. Quando realizado o cálculo dos índices de rentabilidade, um dos principais indicadores que possuímos é o lucro líquido do exercício. Para que possamos chegar a ele, a principal fonte de informação é a Demonstração de Resultado do Exercício (DRE). SANTOS, J. L.; SCHMIDT, P. Contabilidade Societária. 04. ed. São Paulo: Atlas, 2011.

Considerando a estrutura da DRE, estudada nos conteúdos ministrados em sala de aula, temos os grupos listados a seguir. Ordene-os para fins de apuração do lucro líquido do exercício e posterior cálculo dos índices de rentabilidade: ( ) Receita operacional bruta. ( ) Participações de terceiros nos lucros. ( ) Imposto de renda e contribuição social. ( ) Custos e despesas das vendas. ( ) Resultado operacional. A seguir, marque a alternativa que apresenta a sequência correta: a) 1, 5, 4, 2, 3. b) 1, 3, 4, 5, 2. c) 2, 3, 4, 5, 1. d) 1, 5, 2, 3, 4. e) 2, 1, 3, 5, 4.

Justificativa: A ordem sequencial correta, para apuração do lucro líquido do exercício, considerando-se que a DRE é uma demonstração dedutiva, é a seguinte: primeiro, temos a receita operacional bruta (1), que representa o total de vendas da empresa. Na sequência, são deduzidos todos os custos e despesas incidentes sobre essas vendas (2), o que nos trará o resultado operacional (3). A seguir, vem o imposto de renda e a contribuição social (4), para após deduzir as participações de terceiros (5), não acionistas, nos lucros.

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g) RELAÇÃO E ASSOCIAÇÃO Características: Ÿ Elemento-base que serve de tema para uma lista de afirmações ou expressões, a qual o acadêmico deve utilizar para fazer a correspondência correta com outra lista de itens. Ÿ As alternativas apresentam diferentes sequências, sendo apenas uma delas a correta. Ÿ Para esse tipo de questão, deve-se compor uma justificativa única que comente individualmente cada uma das relações estabelecidas. Ÿ A justificativa deverá apresentar cada um dos itens respeitando a sequência numérica, e não a sequência na ordem da resposta correta. EXEMPLO 09: A sobrevivência da espécie humana depende do funcionamento adequado dos sistemas genitais masculino e feminino, embora não sejam vitais para o corpo. Ambos têm seu funcionamento mais ativado durante e a partir da puberdade e possuem as funções compartilhadas de produção e condução de gametas, sintetização e secreção de hormônios que definem as características e os órgãos sexuais e fornecimento da resposta sexual, denominada libido. Vimos no texto-base da disciplina quais estruturas do sistema genital masculino estão relacionadas à produção e condução de gametas. Analise cada uma delas e as correlacione com suas descrições corretas: 1. Ducto deferente. 2. Funículo espermático. 3. Epidídimo. 4. Túbulo seminífero. ( ) Unidade anatomofuncional dos testículos, ou seja, menor unidade que já cumpre funções do órgão, que é produzir os espermatozoides no processo denominado espermatogênese. ( ) Local onde os espermatozoides sofrem um processo de maturação, que pode levar em torno de 8 a 10 semanas. ( ) Local por onde os espermatozoides são conduzidos por contrações peristálticas após a maturação. ( ) Conjunto formado pelos vasos sanguíneos, nervos e vasos linfáticos, que também atravessam o canal inguinal.

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A seguir, marque a alternativa que apresenta a sequência correta: a) 4, 3, 1, 2. b) 2, 4, 3, 1. c) 1, 2, 4, 3. d) 2, 1, 3, 4. e) 3, 4, 2, 1.

Justificativa: Os espermatozoides são conduzidos por contrações peristálticas pelo ducto deferente (1). O conjunto de todas as estruturas que atravessam o canal inguinal é chamado de funículo espermático (2). Os espermatozoides saem dos testículos em direção ao epidídimo (3), onde ocorre a maturação. A espermatogênese é realizada pelo túbulo seminífero (4).

1.3 Questões Dissertativas As questões dissertativas permitem que o acadêmico expresse pensamentos, raciocínios e integre conhecimentos. Em geral, nas situações de avaliações, sugere-se que o acadêmico tenha 1 hora e trinta minutos para responder a 8 (oito) questões objetivas e 2 (duas) dissertativas. Estruturalmente, as questões devem seguir os mesmos parâmetros das questões objetivas, ou seja, devem apresentar um enunciado contextualizado com elemento-base e comando. É importante ressaltar que ambos devem estar relacionados aos conteúdos ministrados em sala de aula e de um comando para que o acadêmico saiba como proceder. Nesse tipo de questão, o elemento-base pode ser uma situação-problema ou um estudo de caso em que o acadêmico constrói a resposta.

1.3.1 Enunciados Quanto aos enunciados das questões dissertativas, deve-se atentar para: definir claramente a(s) tarefa(s) solicitada(s) (abrangência das respostas, aspectos a abordar e estruturação em itens, se for o caso); incluir todas as informações necessárias (a falta ou excesso de dados e informações prejudica a compreensão do problema e pode conduzir a uma questão sem resposta); evitar questões que exijam apenas memorização (“O quê?”, “Quando?”, “Quem?”, “Cite”); delimitar as possíveis respostas (um enunciado que não delimita a resposta dificulta a criação de critérios de avaliação);

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evitar enunciados que induzam o aluno a apresentar respostas subjetivas ou imprecisas (“Dê sua opinião sobre...”); evitar formulações vagas, imprecisas ou indefinidas (“Discorra sobre...”, “Comente...”).

1.3.2. Padrão de Resposta Cada questão dissertativa deverá trazer um padrão de resposta. Esse padrão não é propriamente um gabarito, deve, na verdade, apresentar critérios para que qualquer professor da disciplina possa realizar a correção da questão. É necessário apresentar: os conceitos que o acadêmico deve minimamente demonstrar que compreendeu; os critérios de peso dentro da resposta de cada questão, ou seja, os valores percentuais atribuídos a diferentes partes da resposta, considerando: abrangência, profundidade, abordagem e desenvolvimento da resposta esperada; partes essenciais; complexidade e número de itens, quando for o caso; Ÿ é possível apresentar vários questionamentos dentro da mesma questão. Para isso, é importante que: - o número de questionamentos se limite a quatro, no máximo, para que a questão não fique muito extensa ou cansativa; - para cada questionamento, deve-se atribuir valores para orientar a correção do professor. Por exemplo, no caso de questionamentos a, b e c, deve-se apontar quanto vale cada um (Ex.: a) 40%; b) 40%; c) 20%). Ÿ Ÿ

1.3.3. Exemplos de Questões Dissertativas EXEMPLO 1 A Ásia é um continente vasto, que inclui, Japão, China, Tailândia, Indonésia, Índia, Turquia, Afeganistão, Mongólia além de outros países como Arábia Saudita, Azerbaijão, Bangladesh, Barein, Brunei, Butão, Camboja, Catar, Cazaquistão, As Coreias, Emirados Árabes Unidos, Filipinas, Jordânia, Iêmen, Irã, Iraque, Israel, Kuwait, Laos, Líbano, Malásia, Maldivas, Myanmar, Nepal, Omã, Paquistão, Quirguistão, Singapura, Síria, Sri-Lanka, Tadjiquistão, Taiwan, Timor-Leste, Turcomenistão, Uzbequistão e Vietnam. NATIONS ONLINE PROJECT. Political Map of The Republic of Indonesia, 2016. Disponível em <www.nationsonline.org/oneworld/map/indonesia_map2.htm>. Acesso em 13 fev. 2017.

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Em um mundo absolutamente globalizado sabe-se que os sabores, os ingredientes e os métodos de cocção comuns ao continente Asiático podem ser encontrados ao redor do mundo, levado pelos seus imigrantes e adaptados a culturas locais. Pode-se igualmente afirmar que com a internacionalização que experimentamos nas últimas décadas, as especiarias e técnicas têm sido apreciadas pelo mundo todo, modificando paladares, conquistando novos apreciadores, desta que é considerada uma cozinha muito especial e saborosa. A partir dos excertos apresentados e levando em consideração os conteúdos estudados no texto-base, responda às seguintes questões: I. De que forma a Ásia vem contribuindo para a formação de uma gastronomia mundial diferenciada? II. Levando em consideração a divisão geográfica da China e suas características culinárias, cite e explique as características principais de dois pratos de uma dessas regiões trabalhados no textobase. Padrão de resposta: I. A contribuição a partir do continente asiático se dá pelo fato de se ter ferramentas e instrumentos de comunicações extremamente eficazes e velozes atualmente. Além disso, o continente asiático ser o precursor de muitas novidades gastronômicas, seja pelo significativo número de países e de ser o espaço geográfico para a intensa troa de mercadorias, temperos, preparos, métodos de cocção, entre outros. Contribui de forma significativa para a denominada “gastronomia moderna”. 50% II. O acadêmico poderá citar e explicar quaisquer dois pratos das seguintes regiões geográficas chinesas: Cozinha do Sul, Cozinha do Norte, Cozinha do Oeste, Cozinha do Leste. (50%). EXEMPLO 2 Leia atentamente o texto a seguir. “A perspectiva de se trabalhar em prol do desenvolvimento físico transcende a prerrogativa simplista e efetivação de práticas de cuidado que visem à mera atividade de alimentação, higiene e desenvolvimento, em que não se reconheçam as crianças em suas sequentes fases de conquista, talhando-as apenas na destreza motora, nas sutilezas da coordenação motora fina no sentido de se ter uma boa caligrafia, condição bastante propagada

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enquanto fundamental para o processo de alfabetização [...]. A Educação Infantil enquanto etapa da Educação Básica, parte pertencente ao sistema educacional brasileiro, não pode mais aceitar a manutenção de paradigmas que ofereçam apenas atendimento assistencial às crianças, que cuidem no sentido da mera proteção, higiene, alimentação, sem educá-las; que acreditem que o fortalecimento da coordenação motora fina e a pretensão de antecipação do processo de alfabetização no sentido estrito da leitura e da escrita seja o papel suficiente e adequado ao atendimento proposto; nem tampouco pode desconsiderar e abrir mão de conquistas alcançadas até aqui, sobretudo do ponto de vista da legislação existente.” ANGOTTI, M. Educação Infantil: para que, para quem e por quê. Campinas: Alínea, 2014. p. 21- 28.

Após a leitura do texto e dos estudos realizados em sala de aula, responda às seguintes questões: a) O texto defende as especificidades da Educação Infantil. Que argumentos apresentados, abordados e discutidos ao longo das aulas concordam com a posição do texto de ANGOTTI (2014, p.21-28)? b) Observe o seguinte trecho: “conquistas alcançadas até aqui, sobretudo do ponto de vista da legislação existente”. Mencione os principais marcos legais estudados e as conquistas que influenciaram o atendimento da criança. Padrão de resposta: a) Espera-se que o acadêmico identifique a importância dessa etapa educacional para o desenvolvimento humano, tendo finalidade em si própria. A partir dos estudos realizados em sala de aula, espera-se que o aluno identifique a Constituição de 1988, que reconhece a educação da criança pequena enquanto dever do Estado e direito da criança. E que, em seu artigo 208 (inciso IV), assegura que “o Dever do Estado para com a Educação será efetivado [...] mediante a garantia de atendimento em creches e pré-escolas para crianças de zero a seis anos”. O Estatuto da Criança e do Adolescente (em 1990), documento que associa a educação e a assistência na efetivação do atendimento global da criança desde o seu nascimento, estabelece no Artigo 54, inciso IV, que "é dever do Estado assegurar [...] atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a cinco anos de idade”. A Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional n. 9.304/1996 estabelece que a Educação Infantil passa a compor a primeira

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etapa da Educação Básica, ofertada em Creches para as crianças de 0 a 3 anos, e Préescola para crianças de 4 a 6 anos. (A LDB n. 9.494/2006 sofre alterações da Emenda Constitucional n. 53 de 2006, que estabelece a pré-escola para crianças de quatro a cinco anos de idade). (60%) b) Espera-se que o acadêmico identifique o reconhecimento da Educação Infantil enquanto primeira etapa da educação básica, o rompimento da fragmentação de atendimento por classe social (quando se estabelece a nomenclatura creche e préescola para referir-se ao atendimento de 0-3/4-5 anos, e não mais a instituições públicas/privadas), o reconhecimento da criança como sujeito de direitos, o caráter complementar e não mais de substituição das famílias e a articulação entre o cuidado e a educação. (40%)

1.4 Referências ANGOTTI, M. Educação Infantil: para que, para quem e por quê. Campinas: Alínea, 2014. BAGNO, M. Preconceito Linguístico: o que é e como se faz. São Paulo: Loyola, 1999. NATIONS ONLINE PROJECT. Political Map of The Republic of Indonesia, 2016. Disponível em <www.nationsonline.org/oneworld/map/indonesia_map2.htm>. Acesso em 13 fev. 2017. PINTO, L. de O. A Importância do Crédito para a Sociedade. Serasa Experian. Disponível em < http://www.serasaexperian.com.br/serasaexperian/publicacoes/serasa_legal/2001/01/ serasalegal_0005.htm>. Acesso em: 20 jan. 2015. PORTAL BRASIL. Comércio exterior vai render US$ 35 bi ao Brasil em 2016. 21 mar. 2016. Disponível em: <www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2016/03/comercioexterior-vai-render-us-35-bi>. Acesso em: 29 mar. 2016. SANTOS, J. L.; SCHMIDT, P. Contabilidade Societária. 04. ed. São Paulo: Atlas, 2011.

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