FCA Unicamp - Abre Aspas Nº 16

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FACULDADE DE CIÊNCIAS APLICADAS

ABRE ASPAS UNICAMP LIMEIRA

Nº 16 § maio/junho 2018

GREVE DOS CAMINHONEIROS:

o que ela diz sobre nossa alimentação?

Espaço Opinião

“Brasil e o desafio fiscal”, por Luiz Eduardo Gaio, do LABFIC

Relações com a Sociedade

Integra organiza 1ª feira de empreendedorismo de Limeira com ACIL

Eventos

Mulheres e Esporte: contexto e perspectivas


Universidade Estadual de Campinas Reitor Prof. Dr. Marcelo Knobel Coordenadora Geral da Universidade Profa. Dra. Teresa Dib Zambon Atvars

Diretor Associado FCA Unicamp Prof. Dr. Márcio Alberto Torsoni

Diretor FCA Unicamp Prof. Dr. Álvaro de Oliveira D'Antona

Assistente Técnico da Unidade FCA Unicamp Flávio Batista Ferreira


FACULDADE DE CIร NCIAS APLICADAS

ABRE ASPAS UNICAMP LIMEIRA

Nยบ 16 ยง maio/junho 2018


EDITORIAL O Abre Aspas é uma jovem publicação interna da Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA) da Unicamp, que tem o objetivo de divulgar diferentes ações realizadas por professores, alunos e funcionários e que contemplam o protagonismo e o engajamento estudantil, as atividades de extensão universitária e as relações da Faculdade com a sociedade, o fomento da interdisciplinaridade na instituição, entre outros assuntos. Chegamos agora à décima sexta edição, sendo que anualmente são produzidos quatro números, nos bimestres de março/abril, maio/ junho; agosto/setembro e outubro/novembro. A publicação é um dos produtos da Área de Comunicação e conta com a colaboração de todos na sugestão de pautas que possam ser abordadas em suas matérias. Nesta edição, a matéria de capa traz uma entrevista com a Profa. Julicristie Machado de Oliveira, docente do curso de Nutrição, sobre o que a recente greve de caminhoneiros pode dizer sobre nosso atual sistema alimentar, entre outros assuntos. Temos também os resultados da parceria da empresa júnior Integra com a Associação Comercial de Limeira, a qual resultou na organização da 1ª FENACIL, feira de empreendedorismo inédita que ocorreu na cidade no início de junho. Em eventos, a Profa. Larissa Galatti fala sobre o fórum permanente “Mulheres e Esporte: contexto e perspectivas”, aprovado para ocorrer na Faculdade em outubro deste ano. Temos ainda o ‘Espaço Opinião’, com um texto do Prof. Luiz Eduardo Gaio, e o ‘Retratos do Bimestre’, com imagens do cotidiano da FCA neste bimestre. Boa Leitura! Para fazer sugestões de pauta, mande um email para cristiane.kampf@fca.unicamp.br

Cristiane Kämpf Assessoria de Imprensa – FCA Unicamp

Expediente A revista eletrônica FCA Abre Aspas é uma publicação bimestral da Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp, em Limeira. Nº 16 – Maio/Junho 2018 Elaboração, produção e edição Cristiane Kämpf – MTB 43.669 Assessoria de Comunicação e Imprensa, FCA Unicamp Projeto gráfico Maurício Marcelo | Tikinet Diagramação Julia Ahmed| Tikinet



Já assistiu o vídeo institucional da Faculdade, com a participação de docentes, alunos e funcionários? Não perca! Está bastante interessante e já foi assistido mais de 13.000 vezes até o momento. Clique na imagem e confira!

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ÍNDICE

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GREVE DOS CAMINHONEIROS: O QUE ELA DIZ SOBRE NOSSA ALIMENTAÇÃO?

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ESPAÇO OPINIÃO

“BRASIL E O DESAFIO FISCAL”, POR LUIZ EDUARDO GAIO, DO LABIFIC

RETRATOS DO BIMESTRE

NOSSA HISTÓRIA COTIDIANA EM IMAGENS

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RELAÇÕES COM A SOCIEDADE

INTEGRA ORGANIZA 1ª FEIRA DE EMPREENDEDORISMO DE LIMEIRA COM ACIL

EVENTOS

MULHERES E ESPORTE: CONTEXTO E PERSPECTIVAS

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CAPA

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CAPA

“CRIAMOS UM SISTEMA ALIMENTAR COMPLETAMENTE DEPENDENTE DE COMBUSTÍVEL FÓSSIL” Entrevista com a Prof.ª Julicristie Machado de Oliveira Julicristie Machado de Oliveira, nutricionista formada pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, é docente do curso de Nutrição da FCA Unicamp. Nesta entrevista, ela comenta sobre as relações entre a recente paralisação dos caminhoneiros e nosso sistema alimentar, completamente dependente de combustível fóssil. Fala também sobre comensalidade, memórias gustativas e de como o comer e a comida precisam ser estudados e compreendidos para além dos aspectos nutricionais. “É importante que o nutricionista entenda que comer não pode ser somente baseado em cálculo de nutrientes. Comer significa muito mais”. Confira abaixo.

Como a recente paralisação de caminhoneiros e consequente crise de abastecimento de combustíveis no país, a qual em alguns lugares também gerou desabastecimento de alimentos em supermercados, pode nos ajudar a refletir sobre os modos de produção e consumo de alimentos atualmente? Esta paralisação causou uma série de transtornos em relação ao abastecimento alimentar e isso deixa bem claro que criamos um sistema que é completamente dependente de combustível fóssil. Tanto é que, internacionalmente, quando há crise do petróleo, as crises alimentar e econômica acabam se sobrepondo. Este é um problema grande porque, a partir do momento em que criamos esta vinculação, deixamos de utilizar outras formas de escoamento de alimentos que poderiam ser mais sustentáveis, como a malha ferroviária e a hidroviária, por exemplo. Esses são sistemas que deveriam ser mais utilizados para diminuirmos nossa dependência de combustível fóssil no processo de abastecimento. Poderíamos também fomentar alguns circuitos mais curtos de produção de alimentos: uma agricultura periurbana e até a própria agricultura urbana. Não acredito que uma cidade consiga produzir tudo que é consumido, mas pelo menos uma parte dos

alimentos poderia ser produzida em terrenos públicos, praças, escolas, ou nas áreas periurbanas, para que a gente pudesse ter um abastecimento menos dependente de um sistema rodoviário e de uso de combustível fóssil. Quando consumimos certo alimento, o que é importante saber sobre ele? É importante saber sobre o processamento do alimento, a origem do ingrediente, como ele foi tratado na indústria, os aditivos que recebeu. Mas também é importante ter noção sobre as relações de trabalho que existem por trás deste alimento, o nível de exploração ambiental... temos hoje vários ingredientes que são conhecidamente causadores de grandes impactos ambientais – o óleo de palma, por exemplo, é um alimento muito utilizado pela indústria, mas sabemos que ele tem uma relação muito grande com o desmatamento, principalmente nos países da África. A soja é um outro alimento que tem avançado muito com o desmatamento da floresta amazônica. Então é importante que a gente tente entender as relações políticas e econômicas que estão por trás dos alimentos, para além dos aspectos nutricionais.

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CAPA

Não acredito que uma cidade consiga produzir tudo que é consumido, mas pelo menos uma parte dos alimentos poderia ser produzida em terrenos públicos, praças, escolas, ou nas áreas periurbanas, para que a gente pudesse ter um abastecimento menos dependente de um sistema rodoviário e de uso de combustível fóssil.

Mas como alguém que não é da área de nutrição pode pesquisar e conhecer mais sobre isso? Hoje em dia há bastante divulgação sobre isso. Existem vários movimentos sociais levantando essas bandeiras e discutindo esses problemas do sistema alimentar – o movimento agroecológico, vegetariano, vegano, o movimento dos trabalhadores sem terra... todos eles têm discutido muito essas questões e proposto alternativas para que possamos acessar os alimentos e criar um sistema alimentar mais sustentável e justo. Além dos movimentos sociais, há muitos documentários bons hoje em dia. Um deles é ‘Sob a pata do boi’, documentário brasileiro que discute o desmatamento na Amazônia para criação de pastagens. Hoje em dia há também muitos documentários-denúncia e vários cineastas abraçando causas ambientais. Considerando o padrão alimentar brasileiro, podemos falar em mudanças significativas nos últimos 20 ou 30 anos? Quais seriam elas e por que ocorreram? Sim. Ocorreu, por exemplo, o aumento da produção e consumo de alimentos industrializados, já que a indústria alimentícia cresceu muito no pós-guerra, em vários países, e no Brasil também. Nesse período, houve uma alavancada na ciência e tecnologia de alimentos, o que não é necessariamente sempre ruim – alguns

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processamentos promoveram uma conservação maior de alguns alimentos e isso é importante – só que uma radicalização muito grande desses processamentos trouxe também uma série de problemas. Excesso de gordura saturada, sódio e açúcar na alimentação foram alguns deles. Tais componentes não teriam uma participação tão expressiva em nossa alimentação de não fosse a indústria. Uma outra questão foi a redução do consumo de feijão, principalmente pelas classes mais abastadas, e o aumento muito expressivo do consumo de carne. Hoje temos um consumo de carne muito mais elevado do que tínhamos há duas ou três décadas. São questões que certos movimentos sociais têm discutido: direitos animais, impacto ambiental da produção de carne, a concorrência que se estabeleceu entre agricultura e criação de pastos na ocupação de terras, o avanço da pastagem na Amazônia, que é um outro problema muito grande. Considerando o que conversamos até agora, qual a importância da inclusão de discussões sobre as relações existentes entre nutrição, política e cultura na formação de nutricionistas, como acontece no curso da Faculdade? Atualmente os nutricionistas têm atuações cada vez mais diversificadas. Uma delas é trabalhar com políticas públicas de alimentação e nutrição, políticas públicas de segurança alimentar e nutricional. E a segurança alimentar e nutricional é interdisciplinar e intersetorial, então é muito importante que pessoas de diferentes áreas, tanto na pesquisa quanto na prática da implementação da política conversem e se entendam, para poder criar um sistema alimentar que seja sustentável e promotor do direito humano à alimentação adequada e saudável. Para garantir esse direito às pessoas, é preciso que nutricionistas, agrônomos, economistas, sociólogos, advogados, entre outros especialistas, conversem entre si. Então, a sensibilização de que o olhar para a alimentação tem que abranger outras questões (além do aspecto biológico da nutrição) é muito importante para que os nutricionistas atuem de forma mais abrangente e efetiva.


CAPA

Dividir uma refeição, a comensalidade, por exemplo, também é importante para a saúde – não somente os nutrientes que compõem aqueles alimentos. As memórias gustativas que guardamos da alimentação e os momentos que dividimos com as pessoas queridas também são processos importantes relacionados à saúde e são promotores dela.

“Não podemos ficar isolados somente na recomendação dietética do nutriente e esquecer as relações que estão por trás do sistema alimentar – não só as questões políticas, mas também os aspectos culturais. Então, é importante que o nutricionista entenda que comer não pode ser somente baseado em cálculo de nutrientes. Comer significa muito mais.”

Não podemos ficar isolados somente na recomendação dietética do nutriente e esquecer as relações que estão por trás do sistema alimentar – não só as questões políticas, mas também os aspectos culturais. A alimentação é um marcador de identidade – ela diz sobre um povo, uma nação, as trocas que ocorreram, os processos de ocupação territorial, etc... a comida reflete tudo isso, tem uma riqueza muito grande, é histórica e expressa muitos elementos. Então, é importante que o nutricionista entenda que comer não pode ser somente baseado em cálculo de nutrientes. Comer significa muito mais.

As palavras saber e sabor tem a mesma origem etimológica. Que conhecimentos podemos adquirir através dos sabores das comidas, além do próprio paladar? Através do próprio paladar, através dos sabores, é possível aprender sobre culturas. Há um autor, Massimo Montanari, que diz que a comida é uma linguagem. Às vezes é mais fácil aprender sobre uma determinada cultura através da comida: como se come, as regras na mesa, os horários, o que compõe cada refeição, etiquetas, como se usa os talheres, os nomes das refeições, as razões das diferenças na nomenclatura... Por que no Brasil dizemos café da manhã e em Portugal ‘pequeno almoço’? Pelo paladar, pela experiência do gosto, do sabor, aprendemos na prática como diferenciar o que é comestível do que não é. A humanidade precisou experienciar, na prática, a relação com os alimentos, já que há várias plantas tóxicas e sempre foi preciso escolher o que comer e como. Essa é uma experiência importantíssima para a evolução da humanidade, para a manutenção dos povos – saber diferenciar um alimento tóxico de um não-tóxico. É um conhecimento muito tradicional, por exemplo, das mulheres indígenas do Rio Negro, que sabem identificar uma mandioca brava* sem precisar levá-la para

Professora Julicristie Machado de Oliveira fala sobre ‘A comida, o comer, a cultura: o ensino da Alimentação na Nutrição’ durante Quarta Interdisciplinar realizada em 23/05.

* A mandioca brava é uma variedade que contém ácido cianídrico, o qual, se ingerido, pode causar distúrbios gastrointestinais e neurológicos, levando a pessoa ao estado de coma ou causando morte

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CAPA fazer nenhum teste em laboratório. Elas sabem identificar a planta e manejá-la, eliminando a toxicidade do ácido cianídrico e tornando-a comestível. Esse é um conhecimento muito rico e é de experiência. É um conhecimento tão importante quanto o conhecimento acadêmico em relação à alimentação. E aquela questão, que também é abordada na filosofia, sobre os valores comparativos dos sentidos e o paladar sendo considerado como um sentido menos nobre...? O sentido do paladar é muitas vezes colocado como um sentido inferior. No livro ‘O gosto como experiência’, o filósofo Nicola Perullo conta como, ao longo da história, tudo o que é apreciado através da visão e da audição foi mais valorizado, já que esses seriam sentidos mais distantes do corpo e, portanto, permitiriam um julgamento mais preciso. E aquilo que é experienciado mais organicamente, através do paladar e do olfato, não é tão valorizado como conhecimento. Quais são os trânsitos entre alimentação, nutrição, artes, literatura e cinema? Na minha experiência como docente do curso de nutrição, as artes plásticas, a literatura e o cinema são atalhos importantes para que os alunos, expostos a um curso que é muito voltado para o conhecimento biológico, entrem em contato com os outros aspectos da alimentação. São ferramentas didáticas muito úteis para que eles possam entender que a comida simboliza, ou seja, pode dizer coisas importantes sobre determinados grupos populacionais, expressar cultura, ter diferentes sentidos, etc... Por exemplo, um dos trabalhos que minhas alunas fizeram na disciplina de Educação Alimentar e Nutricional foi entender por que, em um casamento, se utiliza chuva de arroz e o que isto significa. Elas trabalharam com um quadro de arte naïf e desdobraram a história do arroz. Investigaram que tipo de arroz temos hoje disponível no mercado, qual é o valor nutricional desses diferentes tipos de arroz, descobriram que a chuva de arroz no casamento significa prosperidade e explicaram essa história também,

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conseguindo estabelecer uma relação entre os aspectos nutricionais e simbólicos do alimento e também a maneira como ele se expressa na culinária. Ao final da atividade, elas ofereceram uma degustação de bolinho de arroz, que é uma receita que é muito comum no Brasil, normalmente feita a partir do arroz que sobra da refeição. Há outras possibilidades, como o cinema. Ele pode ser interessante para entendermos outros aspectos da alimentação, como a comensalidade, os vínculos que podem ser estabelecidos através da comida ... tem um filme muito bonito, ‘Lunchbox’, no qual um homem e uma mulher se conectam por uma marmita errante. A marmita chega na pessoa errada e, a partir deste momento, eles começam a trocar bilhetes e a história se desenrola. É um filme muito interessante para mostrar como o sabor pode expressar sentimentos…vou fazer um spoiler, ok? Em certo momento do filme, ela fica com raiva dele e aí apimenta demais a comida (risos)... e ela não precisou falar ou escrever mais nada, ele entendeu...ele percebeu, pelo sabor da comida, que ela estava com raiva dele e então ele escreve para pedir desculpas...então, é isso, a gente pode comunicar pela comida também. É engraçado que, quando a gente está com raiva de alguém, ou chateado com a pessoa, a gente não quer comer com aquela pessoa ou sentar à mesa com ela...Mas, ao contrário, quando a gente gosta muito de alguém, ficamos felizes de poder sair com a pessoa para dividir uma refeição. Isso porque a partilha da comida, a comensalidade, estreita os vínculos afetivos. A gente pode aprender sobre isso na nossa própria experiência de vida, mas também pelo cinema. O filme ‘A Festa de Babete’ também é outro filme interessante para pensar sobre essas questões....e há inúmeros outros filmes bons para pensarmos nossa relação com a comida. Com a literatura, é a mesma coisa. Rubem Braga, por exemplo, gostava muito de plantar. E gostava muito de falar sobre estas questões cotidianas que a gente, às vezes, banaliza, mas que são muito importantes, como a fruta, o passarinho, a árvore, o sol... todas questões que aparecem muito nas crônicas de sua autoria. Ele fala muito


CAPA de memória gustativa, de como eram as pitangueiras de antigamente, quando ele era criança, e de como elas mudaram... fala muito das frutas da própria infância, conta que cada família tinha um pé de fruta no quintal, o qual as identificava. Na casa dele, a família tinha um pé de fruta pão, que é uma fruta de origem asiática, rica em carboidrato...e aquela fruta identificava aquele lugar... Então, a partir dessas relações que ele estabelece com as frutas, há uma expressão de lembranças de infância, memórias gustativas, de momentos que foram partilhados.

Penso que a nutrição pode ser muito dura às vezes, muito baseada em cálculo, regras, normas, muito prescritiva, muito normativa....os corpos devem ser assim, as refeições devem ser assado... tudo é muito cheio de regras. E quando a gente chega com esse monte de regras, às vezes, as pessoas têm dificuldade de colocar isso em prática, justamente porque a comida tem outros significados, outros sentidos. É difícil transformar o alimento em um combustível...comida não é combustível. Comida é outra coisa. Então, é importante que a gente entenda isso.

Portanto, a literatura, as artes plásticas e o cinema podem nos ajudar a trazer o sensível da alimentação para dentro da nutrição. É essa ponte que eu procuro fazer: trazer o sensível da alimentação para a formação dos nutricionistas – os vários significados que a comida pode expressar, as relações afetivas que se estabelecem através dela, etc...

É difícil transformar o alimento em um combustível...comida não é combustível. Comida é outra coisa. Então, é importante que a gente entenda isso

Alunas e Professora ao final das apresentações dos trabalhos de conclusão do curso de Nutrição. Da esq. para dir.: Bianca, Ana Carolina (mãe do Antônio), Profª Julicristie (com Antônio no colo), Catarina, Marina e Mariana.

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ESPAÇO OPINIÃO

ESPAÇO OPINIÃO Conheça pensamentos, críticas e opiniões de diversos professores da faculdade sobre assuntos contemporâneos e temas relativos às suas áreas de atuação e pesquisas científicas. O espaço opinião traz textos assinados e produzidos pelos docentes especialmente para a revista abre aspas ou originalmente para outros veículos de divulgação. O objetivo é aproximar discussões científicas do público não-especialista e divulgar quem são e o que pensam os docentes da FCA. As opiniões expressas nesta coluna não refletem posicionamentos institucionais da faculdade ou da unicamp e são de inteira responsabilidade de seus autores. 14

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ESPAÇO OPINIÃO

BRASIL E O DESAFIO FISCAL

Por Luiz Eduardo Gaio

Luiz Eduardo Gaio fez sua graduação em Administração na Universidade Federal de Lavras. Seu mestrado e doutorado em Administração foram concluídos na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-RP/USP). Trabalhou, até 2011, como Gestor do Projeto Primeira Empresa Inovadora (PRIME), da FINEP, e como coordenador da SUPERA Incubadora de Empresas de Base Tecnológica. Atualmente é docente nos cursos de Administração e Engenharia da Produção da FCA e pesquisador pelo Group of Research and Teaching in Finance. É autor de mais de 50 artigos publicados em periódicos e anais de congressos.

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Brasil tem hoje um dos maiores desafios pela frente. Além de superar os problemas econômicos e políticos que prejudicam a sociedade como um todo, e principalmente, a população menos favorecida e mais dependente do estado, precisamos enfrentar e discutir o problema fiscal. A crise econômica até vem dando uma trégua, já a crise fiscal (das contas públicas) é crescente e preocupante!

Com um olhar mais pragmático sobre a ótica da Economia e Finanças percebo que a crise fiscal que se instalou vem levando o país aos poucos para uma situação de default. Só que ninguém está dando muita importância! Em uma linguagem mais simples e sem termos técnicos, o país precisa urgentemente organizar suas contas públicas para evitar calote, atraso de pagamentos ou busca de recursos em Fundos Internacionais (FMI).

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ESPAÇO OPINIÃO Atualmente a situação fiscal é complexa e cheia de amarras legais. O estado está gastando muito mais do que ganha e de forma errada. Se olharmos a situação das contas públicas disponibilizados pela Secretaria do Tesouro Nacional*perceberemos uma projeção de arrecadação líquida de aproximadamente R$ 1,22 trilhão no ano de 2018. Já seus gastos somam R$ 1,38 trilhão. Ou seja, estamos com um déficit orçamentário de R$ 160 milhões. Maior que todo o investimento em Educação ou Saúde! Déficit esse que vem sendo coberto pela emissão de dívidas no mercado financeiro, que hoje já ultrapassa 70% de toda nossa produção (PIB). Ou seja, se não organizarmos as contas públicas, não há como aumentarmos os investimentos em Infraestrutura, Saúde, Educação, Ciência e Tecnologia!

Ou seja, o orçamento do Governo está totalmente travado, sem margem de manobra. Além disso, gastamos de forma errada e que não beneficia os menos favorecidos e dependentes do estado. Para esse ano temos um orçamento onde duas contas comprometem cerca de 65% de todos os gastos, e 73% das receitas

O problema é que desses gastos, as despesas obrigatórias (aquelas travadas em lei) correspondem a R$ 1,25 trilhão. E vem crescendo mais do que as arrecadações! Ou seja, o orçamento do Governo está totalmente travado, sem margem de manobra. Além disso, gastamos de forma errada e que não beneficia os menos favorecidos e dependentes do estado. Para esse ano temos um orçamento onde duas contas comprometem cerca de 65% de todos os gastos, e 73% das receitas. Esses gastos * https://www.tesouro.fazenda.gov.br/pt/resultadodo-tesouro-nacional

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estão em Previdência (43% do total) e Folha de Pagamento (22% do total). O número é mais preocupante quando olhamos os percentuais das despesas importantes para sociedade, como Educação (8,1%), Saúde (8,4%), Defesa Nacional (5,3%), Assistência Social (6%) e Ciência e Tecnologia (0,5%). E por outro lado, vemos a população se mobilizando para reduzir impostos de combustíveis (aqueles destinados justamente para população de mais baixa renda) sem aceitar uma contrapartida em corte de gastos (não obrigatórios) ou aumento de impostos. Porém, o ditado popular “não existe almoço grátis” não é apenas um ditado no Brasil, em se tratado de contas públicas, ele é uma lei (Art. 14 da LRF). Em um orçamento público, não existe aumento de gastos, sem a contrapartida de um aumento de receitas (impostos)! Como também não existe uma redução de receitas (impostos) sem a contrapartida em corte de gastos ou remanejamento de receitas! Não podemos brigar com as regras da Aritmética. E a crença de que existe sempre espaço para se gastar mais, mesmo em um orçamento deficitário também é limitada,


ESPAÇO OPINIÃO

Diante disso, vejo que a sociedade deve ter um olhar mais racional dos fatos, analisando os números oficiais, buscando soluções lógicas com base na situação real do país. Afinal, teremos eleição esse ano e a solução para a crise fiscal deve ser uma das principais pautas! “In God we trust, all others bring data.” by W. Edwards Deming

Em um orçamento público, não existe aumento de gastos, sem a contrapartida de um aumento de receitas (impostos)! Como também não existe uma redução de receitas (impostos) sem a contrapartida em corte de gastos ou remanejamento de receitas! Não podemos brigar com as regras da Aritmética.

pois esbarra na regra de ouro (Art. 167 da CF), em que proíbe que as receitas financeiras sejam utilizadas para custear o funcionamento da máquina pública.

LABFIC – Laboratório de Finanças e Contabilidade O LABFIC realiza estudos de avaliação econômica, organização contábil e estruturação financeira de organizações públicas e privadas. Docentes: Prof. Dr. Johan Hendrik Poker Junior (Responsável) johan.poker@fca.unicamp.br Prof. Dr. Márcio Marcelo Belli marcio.belli@fca.unicamp.br Prof. Dr. Marcos José Barbieri Ferreira marcos.barbieri@fca.unicamp.br Prof. Dr. Marco Antônio Figueiredo Milani Filho marco.milani@fca.unicamp.br Prof. Dr. Paulo Sérgio de Arruda Ignácio paulo.ignacio@fca.unicamp.br Prof. Dr. Otávio Gomes Cabello otavio.cabello@fca.unicamp.br Linhas de Pesquisa: • Avaliação Econômica de Empresas • Finanças corporativas e públicas • Contabilidade corporativa e pública

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RETRATOS DO BIMESTRE NOSSA HISTÓRIA COTIDIANA EM IMAGENS

Ação do CVU – Centro de Voluntariado Universitário, organização estudantil da Faculdade, em instituição para idosos da cidade de Limeira, no dia das mães. “Conversamos, cantamos e tocamos juntos”.

Segunda edição do Conipe – Congresso Internacional de Pedagogia do Esporte, organizado pelo Laboratório de Estudos em Pedagogia do Esporte (LEPE – FCA Unicamp), sob coordenação do Prof. Alcides Scaglia, em parceria com o SESC Campinas e com fomento da CAPES e FAPESP

Profª Josely Rímoli (sentada), Prof. Marcelo Maialle (à dir.) e Prof. Márcio Torsoni (diretor associado) se reúnem com membros da prefeitura de Limeira para renovar convênio do cursinho comunitário Colmeia.


Imagens das participações dos professores e funcionários da Faculdade na 1ª Edição do Pint of Science em Limeira, produzido em conjunto com a Faculdade de Tecnologia da Unicamp. Participaram os professores Cristiano Torezzan, Mauro Cardoso, Diogo Cunha, Eduardo Marandola e Larissa Galatti.


RETRATOS DO BIMESTRE NOSSA HISTÓRIA COTIDIANA EM IMAGENS

Organizações estudantis se reúnem com Mário Botion, prefeito de Limeira, para solicitar reconhecimento oficial dos serviços desenvolvidos pelos alunos na cidade como sendo de utilidade pública para o município.

Seu Elzio do Santos, integrante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e morador do Assentamento Elizabeth Teixeira, localizado em Limeira, conversa com alunos, professores e funcionários da Faculdade durante Quarta Interdisciplinar.

Profa. Patrícia Prada promove ações de educação nutricional na escola municipal Leontina Busch, com alunos de graduação do curso de Nutrição e pós-graduação do CNEM – Programa de Pós-Graduação em Ciências da Nutrição e do Esporte e Metabolismo. Projeto da docente conquistou recursos da PROEC- Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da Unicamp.


Participação dos cursos de Nutrição, Ciências do Esporte, Engenharia de Produção, Engenharia de Manufatura, Administração e Administração Pública na UPA 2018 – Unicamp de Portas Abertas.


RETRATOS DO BIMESTRE NOSSA HISTÓRIA COTIDIANA EM IMAGENS

Ação da empresa júnior Eixo Público arrecada alimentos e roupas para pessoas em situação de rua e que frequentam o Centro Pop de Limeira.

O II International Workshop on Advances of Probiotics for Food and Veterinary Applications agrupou especialistas de diversos países com o objetivo de fazer difusão de conhecimentos e atualização sobre o estado da arte do tema probióticos e intercâmbios entre as áreas humana e animal. Estiveram presentes pesquisadores, estudantes de graduação e pós-gradução e membros da indústria. O evento é organizado pela Profa. Adriane Antunes, do curso de Nutrição.


Arrecadação de alimentos para instituições de Limeira. Ação realizada pela Lobatucada, bateria da Atlética X de Outubro, composta por alunos do curso de Administração.

Prof. Bruno Brandão Fischer, do curso de Administração e do Programa de Pós-Graduação em Administração, recebeu o prêmio de melhor trabalho apresentado no XXX Simpósio de Gestão da Inovação Tecnológica da Anpad - Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração. O artigo "Innovation Ecosystems in Brasil: Research Universities as Drivers of Competitiveness" foi escrito com Paola Shaeffer e Sérgio Queiroz, ambos do DPCT Unicamp.


INTEGRA ORGANIZA 1ª FEIRA DE EMPREENDEDORISMO DE LIMEIRA COM ASSOCIAÇÃO COMERCIAL

Time da empresa júnior Integra ofereceu consultoria relâmpago para empresários de Limeira e região durante a 1ª FENACIL – Feira de Empreendedorismo e Negócios da Associação Comercial de Limeira.

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RELAÇÕES COM A SOCIEDADE

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Integra – Consultoria em Engenharia e Gestão, empresa júnior da Faculdade, participou ativamente da concepção e execução da primeira FENACIL – Feira de Empreendedorismo e Negócios da Associação Comercial de Limeira (ACIL), organizada pelo Núcleo de Jovens Empreendedores (NJE ACIL). O evento, que foi realizado no Shopping Nações, teve duração de dois dias, contou com mais de 60 expositores da indústria, comércio e serviços da cidade e região e um público de aproximadamente 2.300 pessoas, sendo totalmente gratuito. Durante a feira, a Integra também foi responsável pela elaboração e oferecimento da Arena Fast Consulting, espaço com três stands no qual disponibilizou o serviço de consultoria expressa nas áreas de marketing, financeiro e planejamento estratégico para todos os empresários participantes. “Tivemos público de todas as cidades da região em um raio de 60km sem exceção, além de São João da Boa Vista, São Paulo, Ribeirão Preto, Campinas, Belo Horizonte, Sorocaba, Indaiatuba, Jundiaí e entre outras”, conta Flávio Luiz Miguel da costa Lago, membro do Núcleo de Jovens Empreendedores (NJE) e Conselheiro da ACIL. Para ele, a Integra trouxe para o grupo o que há de mais atual em teoria e conteúdo sobre empreendedorismo. “Eles estão no caminho certo e o futuro profissional destes alunos será promissor, seja como contratados de alguma empresa ou empreendedores próprios”. Willian Fujii, graduando em Engenharia de Produção e atual Diretor de Mercado da Integra, lembra que a empresa júnior vem consolidando sua parceria com a ACIL desde sua fundação, em 2009, quando a Faculdade começou a funcionar. “Nos últimos anos conseguimos uma cadeira no NJE e, portanto, neste ano, tivemos a oportunidade de participar ativamente da organização da feira e dar mais um passo importante na consolidação da nossa marca na cidade de Limeira”. O evento também ofereceu palestras e workshops para os empresários participantes e deve acontecer anualmente. Alessandra Torres, aluna egressa da FCA, também participou da Integra durante seus anos de graduação e atualmente é micro-empresária especialista em planejamento estratégico – ela foi uma das palestrantes da feira.

Alessandra Torres, aluna egressa da Faculdade e atualmente microempresária e especialista em planejamento estratégico, foi uma das palestrantes da FENACIL.

Luiz Gustavo Eustáquio é aluno do 2º ano do curso de Administração e fez o processo seletivo para ingressar na Integra no início de 2018. Atualmente, ele faz parte de um projeto que está mapeando os processos de uma imobiliária de Limeira, cliente da empresa júnior. Ele revela que a participação na feira proporcionou o fechamento de novos projetos para a consultoria e que foi uma experiência desafiadora. “Como estávamos em uma fast consulting, tínhamos que ouvir as questões trazidas pelos empresários e já pensar em possíveis soluções. Conseguimos avançar ainda mais na consolidação da Integra entre os empresários de Limeira e fechamos novos projetos”. Pedro Lopes Carvalhaes, atual presidente executivo da empresa júnior, informa que em 2017 foram realizados sete projetos de consultoria somente na cidade de Limeira. Neste ano, até o momento, já foram realizados cinco projetos no município e “a tendência é que este número aumente até o final do ano”, diz. Há ainda projetos sendo realizados em Iracemápolis, Campinas e Mogi-das-Cruzes.

Utilidade Pública – Organizações Estudantis buscam reconhecimento junto à Prefeitura de Limeira (com informações da Secretaria de Comunicação Social da Prefeitura de Limeira) No dia 12 de junho, representantes de várias Organizações Estudantis da Faculdade de Ciências Aplicadas e da Faculdade de Tecnologia da

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RELAÇÕES COM A SOCIEDADE Unicamp reuniram-se com o prefeito Mário Botion e protocolaram requerimentos que solicitam o reconhecimento oficial dos serviços desenvolvidos pelas organizações como sendo de utilidade pública para o município. Carvalhaes explica que o documento busca, além do reconhecimento, confirmar e documentar a responsabilidade das organizações estudantis com a cidade de Limeira. “É uma forma de retribuir todo o investimento que o poder público e a comunidade colocam dentro da universidade”. O prefeito defendeu a aproximação da universidade com o poder público e com a comunidade. Ele enalteceu a iniciativa das organizações estudantis. “São organizações constituídas dentro da FT e da FCA, formadas por líderes de cada segmento e com ações voltadas à nossa comunidade. É muito importante acolhê-las para que sejam reconhecidas e continuem contribuindo com o município”, declarou o prefeito. Os documentos protocolados pelas organizações foram transformados em processo administrativo individual e encaminhados para análise do setor jurídico da Prefeitura. As organizações devem atender a lei 1269/71, que determina os critérios para se enquadrarem como serviço de utilidade pública.

A Integra vem consolidando sua parceria com a ACIL desde sua fundação, em 2009, quando a Faculdade começou a funcionar. Nos últimos anos conseguimos uma cadeira no Núcleo de Jovens Empreendedores e, portanto, neste ano, tivemos a oportunidade de participar ativamente da organização da feira e dar mais um passo importante na consolidação da nossa marca na cidade de Limeira

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Confira mais depoimentos sobre a participação da Integra na FENACIL: “Surpreendente. Essa é a melhor definição de todos os resultados atingidos com a primeira edição da FENACIL. O envolvimento de todos durante a fase de elaboração do projeto levou a concretização de um evento marcante, com muita satisfação por parte de todos – organizadores, expositores e o público presente. Foram dois dias de muitas atividades, relacionamento e trocas de informações, num modelo de feira que mostrou-se muito bem sucedido. A atuação por parte da equipe de membros da Integra, atuando no modelo de “Fast Consulting” foi outro ponto alto do evento. Mas cabe ressaltar que a empresa júnior da FCA Unicamp esteve envolvida desde a concepção da feira, e seus integrantes tiveram participação ativa durante momentos relevantes da preparação do empreendimento. Acreditamos que, através da Fenacil, o relacionamento dos estudantes da FCA com a comunidade elevou-se a um patamar diferenciado de atuação. Com esse processo, a Integra atingiu excelente visibilidade, e esperamos que isso se reflita em mais e melhores oportunidades de atuação, no sentido de levar o conhecimento técnico de seus integrantes ao mercado, destacando-se sobretudo as micro e pequenas empresas da cidade. Finalizando, externamos a gratidão a todos os integrantes do NJE-ACIL e a Integra-FCA pelo empenho em realizar um projeto que elevou em muito a perspectiva de novos negócios em nossa cidade. Com certeza, esse seleto grupo de jovens estará à frente de novas edições da FENACIL, além de muitas outras iniciativas, tão bem sucedidas como esta.”

■ José França Almirall, Secretário de Desenvolvimento, Turismo e Inovação, Prefeitura de Limeira “Quero ressaltar a satisfação de poder ter a participação da equipe Integra em nossa feira. Só tivemos elogios dos visitantes. Muitos, até de outras cidades como Piracicaba e Americana, ficaram positivamente surpresos em saber que a Unicamp tem uma


RELAÇÕES COM A SOCIEDADE

■ João Paulo Motta de Godoy, Membro

do Conselho Deliberativo 2018-2019 da ACIL e membro do Núcleo de Jovens Empreendedores - NJE

São organizações constituídas dentro da FT e da FCA , formadas por líderes de cada segmento e com ações voltadas à nossa comunidade. É muito importante acolhê-las para que sejam reconhecidas e continuem contribuindo com o município (Prefeito Mário Botion)

empresa de consultoria. É muito bom ver como, apesar da pouca idade, esses alunos tiveram iniciativa e paciência de doar seu tempo para a FENACIL. Quero destacar a postura e o empenho do William, em especial, que tem se destacado frente aos outros alunos que passaram pelo NJE. Penso que esse destaque só ocorreu pois tivemos o desafio real da FENACIL, mas de maneira alguma duvido que qualquer outro membro da Integra teria se dedicado e se destacado como fez o William. Sorte e mérito dele estar nessa posição e desempenhar como ele fez.”

Membros da Integra ofereceram consultorias expressas sobre marketing e planejamento financeiro e estratégico para público da feira, que atingiu mais de 2.300 pessoas.

Organizações estudantis presentes na reunião: Associação AIESEC Limeira Associação Atlética Acadêmica da Saúde e Esporte da FCA

Associação Mercado de Trabalho em Engenharia da FCA/Unicamp Associação Time Enactus Unicamp Limeira

Associação Atlética Acadêmica Kamal Ismail

Atria Júnior – Empresa Júnior da Faculdade de Tecnologia da Unicamp

Associação Atlética Acadêmica X de Outubro

Centro Acadêmico Maria Cristina Faber Boog

Associação dos Estudantes de Engenharia da FCA/Unicamp

Integra – Associação dos Estudantes da FCA/Unicamp Liga do Mercado Financeiro da Unicamp

Associação Engenheiros Sem Fronteiras – Núcleo Limeira-Unicamp

Sinergia – Centro de treinamento em Energia

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EVENTOS

Mulheres e Esporte: contexto e perspectivas Este será o assunto do Fórum Permanente aprovado para ocorrer na Faculdade em outubro deste ano. A abertura das inscrições será divulgada no início do segundo semestre no site e fanpage da Faculdade. Fiquem atentos! O evento está sob responsabilidade da Professora Larissa Gallati, docente do curso de Ciências do Esporte e membra do LEPE – Laboratório de Estudos em Pedagogia do Esporte. Como justificativa para o tema proposto, ela Profª Larissa Galatti, docente do curso de Ciências do Esporte e responlembra que, durante muito sável pelo evento. “Durante muito tempo, o campo esportivo foi um tempo, o campo esportivo foi espaço de domínio masculino. As condições de acesso das mulheres ao campo esportivo, seja no lazer, na prática amadora, como treinadoras um espaço de domínio mas- ou gestoras ainda são desiguais e marcadas pelo preconceito”. culino e que as condições de acesso das mulheres ao campo esportivo, seja no lazer, na prática amadora, como treinadoras sobre mulheres no esporte. É importante ou gestoras ainda são desiguais e marcadas pelo que atletas, praticantes, treinadoras, gestopreconceito. ras, pesquisadoras e muitas outras mulheres envolvidas com práticas esportivas apresen“É preciso que as discussões sobre a presença tem trajetórias bem-sucedidas, assim como da mulher no esporte, além de abordarem atletas de elite, também promovam a participaos desafios enfrentados nesse percurso. O ção feminina nas diversas esferas esportivas. diálogo entre academia, profissionais envolDiversos grupos temáticos de trabalhos foram vidas com o esporte e estudantes é fundacriados em congresso nacionais de Educação mental para que as barreiras de gênero ainda Física e Ciências do Esporte com o objetivo existentes sejam superadas”, afirma Larissa. de debater gênero e a presença feminina no Mais informações e a programação completa campo esportivo. Entretanto, é quase impercepdo evento, aberto a todos os interessados, tível a existência de eventos promovidos pela comunidade acadêmica e aberto ao público será divulgada no início do segundo semestre. em geral integralmente destinado à discussão Acompanhe!

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EVENTOS

Atletas da AAAKI – Associação Atlética Acadêmica Kamal Ismail, das Engenharias, campeãs durante os Jogos Interprodução 2018.

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