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CONVENIÊNCIA
Mais espaço
para competir Setor de alimentação fora do lar perdeu, aproximadamente, 250 mil estabelecimentos durante a pandemia, deixando um espaço vago que pode ser ocupado pelo mercado de conveniência
ADRIANA CARDOSO
Os estabelecimentos comerciais de alimentação fora do lar estão entre os que mais sofreram durante a pandemia da Covid-19. Cerca de 250 mil bares e restaurantes fecharam as portas em definitivo nos primeiros meses de medidas mais restritivas de isolamento social, deixando um espaço que pode ser ocupado pelas lojas de conveniência. Conforme dados da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), do 1 milhão de bares e restaurantes que existia antes da pandemia, em março, 25% fecharam as portas definitivamente nos meses de isolamento social. Um dos principais problemas desse setor que empregava, até então, 6 milhões de pessoas, era, princi42 • Combustíveis & Conveniência
palmente, a falta de capital de giro para manter o negócio. “A Abrasel fez um estudo em 2016 que foi colocado à prova em 2020. Naquela época, a entidade constatou que os caixas de bares e restaurantes aguentariam apenas 16 dias sem empréstimos e sem recursos bancários”, disse Lucas Pêgo, diretor de Desenvolvimento da entidade, durante o webinar “Reestruturação no setor de food service – Como buscar eficiência operacional”, evento online dentro da Fispal Food Service. Ainda segundo Pêgo, quem ficou cinco meses com as portas fechadas sem quebrar aprendeu grandes lições, que devem ficar para o futuro. “Se teve uma coisa que as empresas aprenderam com a pandemia foi que é possível fazer mais
com menos e recorrer mais à tecnologia”, disse.
Espaço vago O mercado de alimentação fora do lar vinha numa tendência de alta desde 2019, com projeções para crescer 5% ao ano até 2022. “Na cabeça do empresariado, até a chegada da pandemia, o cenário era de crescimento real. Todo mundo pensava em expansão, crescimento e diversificação”, pontuou Sérgio Molinari, sócio da Food Consulting. Até que a pandemia trouxe a todos um banho de água fria. Mas nem tudo está perdido. O tamanho do mercado de alimentação fora do lar vai diminuir. Além dos cerca de 25% que fecharam no primeiro semestre de 2020, a previsão é de que mais 10% fe-