2 gnarus5 feminilidades no poema de mio cid

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Artigo

AS FEMINILIDADES NO POEMA DE MIO CID Por Lívia Maria Albuquerque Couto

Resumo: Neste artigo analisaremos a construção das feminilidades de alguns personagens por nós selecionados no Poema de Mio Cid à luz dos Estudos de Gênero. Apesar da problemática em torno de sua autoria, defendemos que tal documento foi escrito em 1207, pelo clérigo Per Abbat, e destinado às cortes castelhanas da época ao narrar os sucessos militares de Rodrigo Díaz de Vivar, conhecido como El Cid. Cabe salientar que este estudo busca especificidades dentro da referida região e nossas conclusões aqui apresentadas

baseiam-se

na

comparação

de

personagens históricos-literários criados por um autor que viveu no âmbito do reino de Castela no século XIII. Nesse contexto, veremos os tipos de mulheres apresentadas pelo autor neste documento medieval. Para tal, partimos do pressuposto de que as representações sociais estão calcadas nos interesses de grupos específicos. Sendo assim, a maneira como se dão suas construções, para nós, ajudam a entender como as mulheres estavam ou deveriam estar inseridas na sociedade castelhana dos séculos XII-XIII na perspectiva, especificamente, deste clérigo.


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Bodas das Filhas do Cid (Cantar II) e A Afronta de

Introdução:

Corpes (Cantar III). Importante destacar que

E

m nosso artigo preocupamo-nos em analisar, à luz dos Estudos de Gênero e através do Método Comparativo em

História, como foram construídas as feminilidades no Medievo Ibérico, utilizando como documento o

Poema de Mio Cid. Ele foi redigido a partir de fatos históricos sobre a vida de Rodrigo Díaz de Vivar, o EI Cid, cavaleiro que viveu no século XI na região de Castela. Levaremos em consideração na obra o seu momento de produção e o contexto social, nos quais, o autor estava inserido e o tipo de posicionamento dado por ele às mulheres presentes

no

Poema.

A

metodologia

de

comparação histórica a ser utilizada será norteada pelo

historiador

alemão

Jürgen

Kocka,

principalmente no artigo Comparison and Beyond1 e também no trabalho da historiadora americana Joan Scott, em especial, o texto Gender: A Useful Category of Historical Analysis2, presente em seu

usamos como base a versão elaborada por Colin Smith (2001) e a versão traduzida por Maria do Socorro Correia Lima de Almeida (1988). O primeiro cantar – O Desterro do Cid - começa com o El Cid sendo exilado, por ordem de Afonso VI. O infanzone deixa sua esposa, Doña Jimena, e filhas, Doña Elvira e Doña Sol, no Monastério de São Pedro de Cardeña, aos cuidados, devidamente patrocinados, do Bispo Don Sancho, o qual deve zelar sempre pela segurança e saúde de sua esposa e

filhas.

Daí

em

diante,

El

Cid

parte

tranquilamente para às suas empreitadas militares. Neste primeiro momento, podemos destacar um evento singular disposto na gesta, isto é, a despedida de Donã Jimena frente ao seu marido El

Cid, esta se prostra diante dos seus pés e daquele momento em diante verbaliza uma singular oração religiosa, pedindo a Deus pelo sucesso de seu marido em suas campanhas.

livro Gender and Politics of History. Neste, Scott

O segundo cantar – As Bodas das Filhas do Cid –

apresenta os vários sentidos em que a palavra

é iniciado retratando as primeiras e grandiosas

gênero pode ser apresentada e o referente uso

conquistas do Cid, em suas campanhas na região

feito tanto por historiadores homens como

do Levante e posteriormente, com os processos

pesquisadoras feministas, demonstrando assim,

que levam à conquista de Valência. Este cantar se

das mais simples às mais complexas, suas

encerra com um evento paradigmático para a

diferentes conotações.

nossa pesquisa, sendo então a narração dos

O Poema de Mio Cid, escrito em 1207, por um clérigo poeta de nome Per Abbat, encontra-se hoje dividido, para fins de estudo, em três núcleos

eventos que levam o Cid a aceitar as bodas de suas filhas com os Infantes de Carrión, através de uma mediação do soberano Afonso VI.

narrativos, aos quais, com frequência costumam

O terceiro cantar – A Afronta de Corpes –

ser denominados como: Desterro do Cid (Cantar I),

encerra a trama apresentando o desfecho da

KOCKA, Jürgen. Comparison and Beyond. History and Theory, n. 42, p. 39-44, fev. 2003. 2 SCOTT, Joan Wallach. Gender: A Useful Category of Historical Analysis. In: _____. Gender and Politics of History. New York: Columbia University Press, 1999. p. 28-50. 1

afronta através da restituição moral e financeira do Cid, obtida por meio de um torneio realizado neste sentido, pela convocação das cortes em


G N A R U S | 14 Toledo. O Campeador consegue recuperar sua

quando esta se encontra pedindo proteção para El

honra e seu prestígio frente ao Soberano e às

Cid, que fora desterrado:

cortes. Posteriormente retornou à Valência onde viveu com alegria até a sua morte. É importante

[...] Longuinhos, cego de nascença, feriute com a lança, e o sangue correu por ela abaixo e ensopou-lhe as mãos e, tendo-as levado ao rosto, abriu os olhos, olhou ao redor e acreditou em ti, que assim o curavas de seu mal; senhor, que ressuscitaste do sepulcro, foste por tua vontade aos infernos, arrombaste suas portas e livraste os santos padres, tu que és rei dos reis e pai e senhor do mundo, a ti adoro e em ti creio de coração e rogo a São Pedro que me ajude a implorar-te para que guardes de todo o mal o meu Cid Campeador e, posto que agora nos separamos, permite-nos voltar e encontrar-nos nesta vida4.

frisar que o clérigo Per Abbat informa que as Filhas do Cid conseguem atar uma segunda boda, com infantes oriundos de uma família dinástica mais poderosa, sendo estes de Navarra. Os motivos desta consideração por parte do clérigo será parte importante de nossa análise.

Análise das Feminilidades: Baseados nos Estudos de Gênero, na ótica de Joan Scott, vemos como é necessário conceituá-lo enquanto uma categoria útil à História e não apenas à História das Mulheres. O Gênero é tratado tanto para História das Mulheres quanto para a dos Homens, podendo também ser usado nas relações entre homens e mulheres, dos homens entre si e igualmente das mulheres entre si. Esse conceito

foi

criado

para

opor-se

a

um

determinismo biológico nas relações entre os sexos, dando-lhes um caráter fundamentalmente social3.

Essa seria a única parte na qual Doña Jimena tem participação efetiva, e estaria relacionada com a visão dualística da época, quando não vistas como objeto de pecado estariam relacionadas a santas ou mártires. Contudo, a personagem histórica – e, neste caso, a não literária – Doña Jimena foi tão excepcional frente aos entraves de seu tempo, que após a morte de seu marido em 1099, a mesma conseguiu governar o território de Valência por quase três anos, rendendo-se apenas, quando não mais conseguiu resistir às ameaças almôadas.

No entanto, é necessário destacar o fato de que

Através da omissão desta situação no Poema de

não existe consenso sobre a definição de gênero.

Mio Cid podemos constatar que a intenção, ou

Assim, podemos considerar que o feminino e o

melhor, na visão destes clérigos ao exercer um

masculino se definirão em cada sociedade, ou seja,

papel ativo, governando suas casas e bens, elas, as

são conceitos em construção. Mas, em nossa

mulheres, estavam ultrapassando a função do seu

análise enfatizamos que utilizaremos a definição

sexo, normalmente fraco e tentado ao mal.

elaborada por Joan Scott.

Logo, percebemos que o modelo ideal feminino

Não obstante, o primeiro evento a ser analisado

para época e ditado por um grupo especifico, isto

no Poema com relação aos tipos de feminilidade é

é, eclesiásticos, baseava-se numa visão dualística

a descrição de uma Oração feita por Doña Jimena,

do feminino, ou visto como santa, comparada a figura de Maria, ou a responsável pela perdição da

3

SCOTT, Joan Wallach. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação & Realidade. Porto Alegre, v. 20, nº 2, jul./dez/. 1995. p. 71-99

ANÔNIMO. Poema de Mio Cid. Tradução de Maria Socorro Almeida. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1988. Versão em prosa. p. 14. 4


G N A R U S | 15 humanidade, se comparada a Eva. Sendo que, isso

voltada a procriação e ao respeito subserviente

era perpassado em escritos oficiais, já que estes

dos intentos de seu marido.

tinham por função o "exemplum". Esses tinham função pedagógica, ou seja, enunciam uma moral e todos mesmo os destinados a divertir, como, por exemplo, os romances, as canções, os contos satíricos,

tinham

a

função

de

ensinar.

É

interessante destacar que a partir de toda a descrição que se segue durante o momento desta oração, é interessante destacar como neste momento – e ademais em toda a gesta – há uma construção de relação matrimonial entre Doña Jimena e El Cid, envolta em caracteres puramente assexuados, não sendo possível assim, enxergar em

Tão substancial quanto este primeiro evento, encontramos nas referidas "Bodas das filhas do Cid" (O Segundo Cantar do Poema), com os Infantes de Cárrion, um evento revelador destas questões de Gênero no Medievo. Curiosamente, o casamento é realizado ainda que a despeito das desconfianças nutridas pelo Cid em relação àqueles jovens infantes. Este matrimônio, contudo, só aconteceu graças à mediação do soberano Afonso VI, o qual suserano frente ao vassalo Campeador se interpõem como verdadeiro responsável por aquela união.

momentos da gesta, demonstrações de carinho e amor

envolvendo

o

casal.

Apesar

de

se

preocuparem um com o outro, a relação descrita entre o Cid e sua esposa é sempre feita de cima para baixo, quase como uma relação de vassalagem que envolve o casal. Doña Jimena interpela seu marido, e o trata, em palavras e gestos, como os demais pertencentes do séquito

Na entrega das mãos de Doña Elvira e Sol para o Rei efetuar o matrimônio, podemos perceber imediatamente como as mulheres se tornavam um instrumento de feudalidade, isto é, verdadeira moeda de troca, mais um item do enumerado jogo de ampliação de poderes que envolviam as relações de vassalagens nas cortes. Desta maneira:

A partir de ahora las hijas del Cid constituyen – en la mente de todos, incluido el rey – los peones en la lucha por el poder: el Cid siente por ellas una gran ternura, pero conmovedoramente obedientes, las mueve en el tablero como hacía cualquier otro señor medieval con sus mujeres. La acción en la corte se basa en el perjuicio económico que ha sufrido el Cid, y el detrimento a su honor, no en el daño físico causado a las mujeres en Corpes, ni en el hecho de que ellas han perdido a sus maridos6.

cidiano. Podemos perceber segundo Smith:

Lo que más pone de manifiesto las cualidades morales del Cid en el poema es, quizá, la frecuente presencia de los personajes femeninos. Éstos no toman iniciativas y rara vez tienen voluntad propia, pero dicen mucho y reaccionan con frecuencia; a veces, incluso vemos al Cid a través de sus ojos5.. Esta menção nos ajuda a corroborar com uma hipótese que defenderemos no decorrer de nossa pesquisa, se relacionando ao fato de um clérigo ter escrito o Poema, ao idealizar o tipo de amor a ser propagado em Castela, ou seja, um amor espiritual, sendo que, podemos considera-lo vassálico. Evidenciando assim a costumeira função

Quando as filhas do Cid são ultrajadas após o casamento, sendo abandonadas na Floresta, além da honra do Cid ficar “manchada”, a sua relação de vassalagem e suserania com soberano fica

matrimonial da mulher no Medievo, quase sempre ANÔNIMO. Introducción. In: Poema de Mio Cid. Edición de Colin Smith. 22 ed. Madrid: Catedra, 2001. p. 85-86. 5

ANÔNIMO. Introducción. In: Poema de Mio Cid. Edición de Colin Smith. 22 ed. Madrid: Catedra, 2001. p. 80. 6


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ele. Nessa situação, até pensaríamos que a atitude

felicidad o compatibilidad, a pesar del primer fracaso (3720-3724); pero lo contrario, repetimos, sería, más sorprendente en una narración medieval7.

imediata do Cid seria cingir a espada e defender

Com base em tudo que foi visto podemos

sua honra e a de suas filhas, frente aos Infantes de

assegurar que a Idade Média foi um período de

Carrión, mas o ideal que envolve o Cid é descrito

intensa misoginia. Ressaltando o papel que a Igreja

de forma tão perfeita que o clérigo descreve suas

Cristã Medieval teve para a propagação desta

ações de forma totalmente contrária. Logo,

visão. Dessa maneira, esta instituição estabeleceu

percebemos também como o clérigo atribuía

funções para a feminilidade, fundamentadas na

modelos de masculinidades no Poema.

sua concepção do que era certo para a sociedade.

estremecida, já que, se atribui a Afonso VI reparar um erro que, indiretamente pode ser atribuído a

É justamente por saber o peso de uma grande moeda política que tem em mãos, que o Cid consegue fazer com que

o

Podemos observar algumas destas no Poema do

Mio Cid, quando, por exemplo, a esposa e filhas do Cid necessitam de constante proteção, ou seja, estão

soberano

"voz

em Toledo, e naquele justiça

Castelhana,

este

Cid. Segundo, Georges Duby materna

este

Filhas do Cid, um casamento “melhor”, tornandoas senhoras dos Infantes de Aragão e Navarra, oriundos de uma casa dinástica mais poderosa e respeitada que os seus primeiros maridos. Com isso, mais uma vez, percebemos a intenção do

funerária, ao

que

reger as ‘obséquias’, os

no

patrocínio daquele matrimônio, consegue para as

“duas

parece, a dama para

reparando o erro que cometido

e

designavam,

último, de certa forma, havia

havia

funções da feminidade,

honra frente às cortes e soberano,

se

tratando das filhas do

consegue restituir sua ao

ativa",

essencialmente

momento, respeitando a

sob

custódia e não tinham

convocasse as cortes

toda

sempre

serviços que os ancestrais exigiam dos vivos”8. Este autor coloca em foco o ponto em que as mulheres não tinham escolha nas decisões tomadas para suas vidas. Eram tratadas como “joguetes” nas mãos dos homens, que poderiam ser seus pais, irmãos ou maridos.

clérigo ao demonstrar que casamento e amor não

Vemos ainda, que não deveria existir amor no

estariam necessariamente relacionados, e que o

matrimônio, já que ambos, marido e mulher,

dinheiro, basicamente, move toda a história do

deveriam apreciar somente à Deus. Nesse

Poema, pois as relações sociais e políticas estariam

contexto, os eclesiásticos apresentam o casamento

intercaladas. De maneira que:

se valora todavía la segunda boda de las muchachas por su posición social, no por la

ANÔNIMO. Introducción. In: Poema de Mio Cid. Edición de Colin Smith. 22 ed. Madrid: Catedra, 2001. p. 80. 8 DUBY, Georges. Damas do Século XII: a lembrança das ancestrais. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. p. 21. 7


G N A R U S | 17 como um "mal-menor". Podemos ressaltar que no

dos documentos medievais que temos acesso

discurso dos teólogos sobre o amor, este residia na

foram escritos à luz do olhar masculino e clerical.

relação com Deus, sendo assim, sinônimo da busca

Este fator adicionado à misoginia eclesiástica

do

do

medieval, baseada, principalmente, na explicação

afastamento do mundo e da renúncia aos prazeres

bíblica para o surgimento da mulher, fez com que

associados à vida terrena. Amar significava

esta fosse considerada um ser inferior, portador do

entregar-se a Deus com alma piedosa e corpo

"pecado original". Em contraponto, o exemplo

imaculado. Desse modo, estes introduziram no

ideal seria o de Maria, mãe de Jesus, que

casamento os valores da ascese, equilibrando o

engravidará virgem e foi escolhida para ser mãe do

“mal” da cópula com o “bem” da oração e com a

redentor da humanidade.

aperfeiçoamento

espiritual

através

ideia de cópula justa. “Casar-se no Senhor” significava não apenas unir-se com a bênção sacerdotal, mas seguir as interdições do tempo sagrado e das épocas inférteis (menstruação, gravidez). O amor no casamento só era, assim, “verdadeiro” quando submetido à disciplina da continência e os valores da hierarquia9.

Por conseguinte, a imagem feminina era pensada diante de uma dualística representação, sendo por muitas vezes construída pelos clérigos, como um ser inferior, fraco e auxiliar do homem e que por isso necessitavam da presença masculina ao seu redor. Sendo assim, segundo a Igreja, a mulher só teria valor pela virgindade, nesse caso, estariam às

Assim, ressaltamos os modelos de feminilidade

santas e mártires. Então, a forma mais pura de

perpassados neste documento medieval, já que as

amor entre homem e mulher seria o amor

mulheres no Poema de Mio Cid são protótipos

espiritual, que propagava a abstinência sexual,

femininos típicos da Igreja Cristã Medieval: são

pois dessa forma não haveria contaminação dos

passivas, raras vezes têm vontade própria e sempre

corpos e as mulheres estariam mais próximas do

têm que obedecer a seu senhor, marido ou pai.

amor divino.

Nisto, o autor reflete os costumes de sua época, representando às mulheres como instrumentos para descrever o Cid como esposo e pai, lhe dando uma dimensão de amor, ternura e vida doméstica ao lado da guerra e da honra. Logo, os modelos que todas as mulheres deveriam seguir. Aliás não só modelos de feminilidade, mas padrões comportamentais para toda a sociedade.

Contrapondo esta visão clerical e misógina sobre a mulher, se revelava o Amor Cortês, o qual “tratase do amor exclusivo, total, apaixonado que um jovem cavaleiro devota a uma dama de uma posição mais elevada que a sua, na maioria das vezes casada, às vezes com seu próprio senhor”, de forma

que

o

amor

e

casamento

seriam

incompatíveis numa mesma esfera10. Falando especificamente da presença feminina

Considerações Finais: A figura da mulher na Idade Média, ainda hoje, é pouco abordada pela historiografia. Grande parte

no Poema de Mio Cid, este por sua vez escrito quando a sociedade necessitava de “modelos de comportamentos”, principalmente, em se tratando 10

VAINFAS, Ronaldo. Casamento, Amor e Desejo no Ocidente Cristão. São Paulo: Editora Ática, 1996. p. 50. 9

FLORI, Jean. A Cavalaria: A Origem dos Nobres Guerreiros da Idade Média; tradução Eni Tenório dos Santos. São Paulo: Madras, 2005 p. 146.


G N A R U S | 18 da Cavalaria. Observamos, enfim, qual seria o modelo ideal a ser seguido pelos sexos femininos e masculinos, isto é, como estes deveriam se comportar perante a sociedade.

Ciências Sociais, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2008. DUBY, Georges (Org.). História da Vida Privada 2: Da Europa Feudal à Renascença. São Paulo: Companhia das Letras, 1990. DUBY, Georges. Eva e os Padres: Damas do Século XII. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.

Lívia Maria Albuquerque Couto é Graduanda em História pela Universidade Federal de Sergipe e Integrante do Vivarium – Laboratório de Estudos da Antiguidade e do Medievo (Núcleo Nordeste).

Referências Bibliográficas: Documentos medievais impressos: ANÔNIMO. Poema de Mio Cid. Edición de Colin Smith. 22 ed. Madrid: Catedra, 2001. ANÔNIMO. Poema de Mio Cid. Tradução de Maria Socorro Almeida. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1988. Versão em prosa. Obras de caráter teórico-metodológico: BUSTAMANTE, Regina Maria da Cunha; THEML, Neyde. História Comparada: Olhares Plurais. Revista de História Comparada, v. 1, n. 1, jun. 2007. Disponível em: <http://www.hcomparada.ifcs.ufrj.br/revistahc/ vol1-n1-jun2007/olharesplurais.pdf>. Último acesso em: 07/10/2007. KOCKA, Jürgen. Comparison and Beyond. History and Theory, n. 42, p. 39-44, fev. 2003. SCOTT, Joan Wallach. Gender: A Useful Category of Historical Analysis. In: _____. Gender and Politics of History. New York: Columbia University Press, 1999. p. 28-50. _____. Prefácio a Gender and Politcs of History. Cadernos Pagu, n.3. 1994. p. 11-27. _____.História das Mulheres. In: BURKE, Peter (Org.). A Escrita da História: Novas Perspectivas. São Paulo: Unesp, 1992. p. 63-96. Obras gerais:

A Construção das Masculinidades em Castela no Século XIII: Um Estudo Comparativo do Poema de Mio Cid e da Vida de Santo Domingo de Silos. Rio de

ALVARO, Bruno Gonçalves.

Janeiro, 2008. Dissertação (Mestrado em História Comparada) – Instituto de Filosofia e

FLORI, Jean. A Cavalaria: A Origem dos Nobres Guerreiros da Idade Média; tradução Eni Tenório dos Santos. São Paulo: Madras, p.141171, 2005.FLETCHER, Richard. Em Busca de El Cid. São Paulo: Unesp, 2002. TERESA LEÓN, María. Doña Jimena Díaz de Vivar: Gran Señora de Todos los Deberes. Madrid: Editorial Castalia, 2004. VAINFAS, Ronaldo. Casamento, Amor e Desejo no Ocidente Cristão. São Paulo: Editora Ática, 1996.


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