8 gnarus8 artigo a importância das histórias conectadas para um mundo de histórias plurais

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Artigo

ENTRE UMA HISTÓRIA MUNDIAL E MÚLTIPLAS HISTÓRIAS: A IMPORTÂNCIA DAS HISTÓRIAS CONECTADAS PARA UM MUNDO DE HISTÓRIAS PLURAIS Por Fernanda Chamarelli de Oliveira

Resumo: A partir de meados do século XVIII, desenvolve-se um conceito de história mundial e uniformizadora, a partir do movimento da ilustração e da revolução francesa. Caracteriza-se por ser uma história eurocêntrica, que vivencia um novo desenvolvimento do ser humano. Uma história que passa a designar como um todo a soma de todas as histórias individuais, que passa a representar a condição prévia de toda a experiência. O sentido desta história começa a se perder a partir dos desdobramentos das guerras mundiais, com o avanço da globalização e aumento de circulação de tecnologias, informações e pessoas ao redor do globo. Os estudos historiográficos passam a considerar uma multiplicidade de histórias e a analisar criticamente o sentido das histórias nacionais. Dentro deste processo de mudança está inserido o modelo de análise de histórias conectadas proposto por Sanjay Subrahmanyam, buscando um olhar alternativo para a história, desnaturalizando conceitos e reconhecendo as contribuições de uma pluralidade de práticas, valores e ideias que passaram a circular por diferentes regiões do mundo a partir do século XV. Palavras-chave: Histórias conectadas; Modernidade; Desnacionalização da história; História local; História global

S

anjay

Subrahmanyam

atualmente

Califórnia (UCLA), em Los Angeles, desde 2004,

considerando um dos grandes historiadores

onde ensina sobre história da Índia, história dos

indianos, sendo especialista em estudos

impérios ibéricos, da expansão e europeia e

sobre a presença portuguesa na Índia e tendo vários

histórias conectadas dos primeiros impérios

livros

em

modernos. Foi editor da Revista de História

Concorrência: Histórias Conectadas nos Séculos

Econômica e Social indiana há mais de uma década

XVI e XVII” e “Europe's India: Words, People,

e eleito em 2013 presidente da História Global

Empires, 1500-1800”. Leciona na Universidade de

Moderna Inicial no Collège de France, em Paris,

publicados,

como

é

“Impérios

Gnarus Revista de História - VOLUME VIII - Nº 8 - SETEMBRO - 2017


G N A R U S | 24 onde realizou uma série de

de contextos históricos,

palestras entre 2013 e

compreendendo

2014.

para a reconstrução de eventos,

Estudou na Universidade

parte

economia, onde também

de

processos

históricos a partir da

lecionou sobre história

época

e

moderna

necessário

desenvolvimento

Professor

de

contato entre diferentes mundos.

História

econômica

ter

as conexões e zonas de

Em 1993 foi nomeado na Universidade

é

conhecimento e entender

econômico comparativo. mesma

e

características que fazem

de Dheli, na escola de

econômica

histórias

que

e

Entendendo a época

posteriormente, em 1995,

moderna como tendo seu

passou a lecionar em Paris,

início em meados do

na Ecole dês Hautes Etudes

século XIV e estendendo-

em

se até meados do século

Sciences

Sociales,

sobre história econômica e

XVIII,

período

que

social no início da Índia

denomina early modern,

moderna e do mundo do Oceano Índico. Em 2002 é

Subrahmanyam debate a questão de que os

nomeado na Universidade de Oxford o primeiro

elementos constitutivos da modernidade não

titular da cadeira de história e cultura indiana,

estavam presentes apenas no espaço da Europa

permanecendo nela por dois anos, até assumir uma

Ocidental, mas sim em diferentes partes do mundo,

cadeira na UCLA, onde atuou como Diretor do

adquirindo diferentes conceitos e significados. Para

Centro de estudos para Índia e Ásia do Sul.

o autor, diversas sociedades passaram por

Em seu artigo "Connected Histories: Notes towards a Reconfiguration of Early Modern Eurasia", Subrahmanyam apresenta uma crítica ao modelo de história universal e ao modelo comparativo de análise da história, que seria responsável pela produção de grandes sínteses, além da produção de obras com uma ambição global que fomentam a escrita e a visão de uma história com uma perspectiva monocasual. A partir da proposta do modelo de histórias conectadas, frente

ao

modelo

de história

comparada,

Subrahmanyam busca repensar leituras tradicionais

processos semelhantes nesse período, porém conceberam diferentes ideias sobre os elementos que o compunham, como por exemplo, o conceito de império, sendo desta forma a experiência da modernidade uma transformação global. O reconhecimento deste período e de que nele fenômenos similares ocorriam de variadas formas em diferentes partes do globo contribui para romper com uma trajetória europeia imposta na história, com o desenvolvimento das civilizações grega e romana, seguidas pelo período medieval, Renascença e somente após esta, a chamada modernidade. Esse novo olhar contribui para que Gnarus Revista de História - VOLUME VIII - Nº 8 - SETEMBRO - 2017


G N A R U S | 25 haja a compreensão de que na verdade ocorreu um

escravo, inovação agrícola, urbanização, entre

fenômeno mais global.

outros.

Para delimitação do período da early modern o

Com

o

modelo

de

histórias

conectadas

autor identifica a ocorrência de uma série de

Subrahmanyam busca demonstrar a importância de

transformações que também são acompanhadas

se conhecer as variadas concepções e ideias que se

por mudanças políticas, sendo a mais importante a

formaram em diferentes sociedades neste período,

construção de impérios universais. No entanto, na

que passam por semelhantes processos de

África, Ásia e América já existiam diferentes noções

mudança,

de império, não sendo esta introduzida a partir do

conhecimento apagado por um modelo de história

contato com civilizações europeias, mas sim sendo

baseado em categorias nacionais e de história

modificada.

universal que foi estabelecido como modelo

As noções de humanismo e universalismo também emergem em vários vocabulários, e nesse período podem ser observadas como intensificadoras de hierarquia e dominação. No entanto, para se reconhecer a influência e o significado dessas noções, é necessário recorrer à análise de diferentes documentos, que não sejam apenas os da renascença e pós- renascença europeia. Mais uma vez, Subrahmanyam nos aponta a necessidade de

processos

esses

que

tem

seu

canônico de história pelas sociedades europeias a partir de meados do século XVIII. A partir da análise de histórias partilhadas entre diferentes sociedades e sua conectividade busca uma alternativa para a nacionalização da história, que na verdade contribuiu para propagar formas de dominação e hierarquia e para acentuar as diferenças e estabelecer

relações

de

superioridade

e

inferioridade.

entendimento e representação de uma história

Para Subrahmanyam a maior parte da dinâmica

global, e não uma história universal e uniformizada

para se compreender o período por ele

como a definida pelos saberes europeus no século

denominado de early modern está na relação entre

XVIII.

o local e o regional, que corresponderiam ao micro

Segundo Subrahmanyam, neste período que tem início em meados do século XIV, acontecem mudanças em relação às concepções de espaço e na etnografia, que se estabelecem a partir das viagens marítimas. É um período de descobertas e de uma redefinição geográfica, e por isso passa a ser desenvolvido um novo senso de limite do mundo. Com o avanço estabelecido pelas viagens marítimas europeias na conquista de territórios e contato com variadas sociedades e civilizações, aumentam os conflitos

em

relação

às

sociedades

pré-

estabelecidas e emergem questões como as que dizem respeito à colonização, uso do trabalho

e o global, macro. Portanto, o estudo de uma sociedade asiática não poderia ser realizado a partir de um estudo especializado sobre a região, mas sim considerando suas conexões com as diversas regiões e com outras sociedades, estabelecendo desta forma uma abordagem que transborda a realizada pelas histórias nacionais. Não é possível realizar uma macro-história sem que se atente para os detalhes que estão presentes na micro-história, pois as consequências para cada fenômeno ocorrido são diferentes em cada região. É como se fosse necessário pensar, como mencionado pelo autor, a partir de uma noção de encruzilhada, onde as diferentes regiões e culturas Gnarus Revista de História - VOLUME VIII - Nº 8 - SETEMBRO - 2017


G N A R U S | 26 se influenciam umas às outras, por isso a

Entre as críticas tecidas em relação ao trabalho de

importância de pensar não apenas em dimensões

Lieberman estão a de que o autor teria partido das

locais e regionais, mas também globais.

fronteiras geográficas estabelecidas pelos Estados

Com o objetivo de traçar suas considerações em relação ao modelo de análise da história comparada, Subrahmanyam discute o trabalho de Victor Lieberman, onde este autor busca comparar seis países: França, Rússia, Japão, Vietnã, Burma e Sião, selecionando doze fatores de possíveis integrações entre eles. Segundo Subrahmanyam, o trabalho

de

Lieberman

não

se

atenta

especificamente à região do sul da Ásia, assim como não faz referências à região ibérica, cujas análises seriam de grande importância no período pesquisado.

nacionais para realizar sua análise e estabelecer as comparações entre os países e o uso de generalizações. As fronteiras territoriais, para Subrahmanyam, são na verdade construções formais para delimitar um espaço de atuação política, porém as conexões e trocas culturais são estabelecidas entre diferentes regiões para muito além dessas fronteiras, fazendo com que essas demarcações não sejam de fato uma barreira nessa relação. Quanto ao uso de generalizações, ocorreria devido a aplicação, feita nos trabalhos de comparação, de hipóteses à toda área trabalhada e muitas vezes também a outras áreas. Lieberman teria

escolhido

áreas

para

pesquisa

que

comprovariam argumentos pré-estabelecidos para sua pesquisa, entre os quais estava a caracterização do período da early modern como o de um momento onde ocorre um forte movimento de consolidação política, ligada diretamente à centralização do poder, o estabelecimento e organização de uma cultura nacional e também uma interação destas transformações com uma crescente comercialização e com uma revolução militar. A contestação de Subrahmanyam está no fato de que se as áreas escolhidas fossem consideradas separadamente, por exemplo, ou se outras áreas compusessem a pesquisa, os resultados da análise seriam diferentes e não se poderiam apontar as exatas mesmas características para o período. Além disto, em seu trabalho, Lieberman teria valorizado as áreas do sul da Ásia a partir de sua comparação com os que seriam denominados como grandes países do período da early modern, em Gnarus Revista de História - VOLUME VIII - Nº 8 - SETEMBRO - 2017


G N A R U S | 27 uma tentativa de mostrar que os países asiáticos

A proposta do modelo de histórias conectadas,

seriam tão importantes quanto os países europeus.

que surge em meados da década de 1990,

Isso na verdade se apresenta como mais uma

realizando uma oposição ao modelo de história

contribuição para ratificar o modelo de história

comparada, busca uma nova visão sobre a história e

universal e eurocentrado, onde a história europeia

seu conceito, procurando deslocar o olhar de um

permanece como base de análise e comparações.

ponto de vista da história eurocêntrica e universal

Dois pontos presentes neste artigo nos parecem relevantes e importantes para nossa reflexão. Além de apontar a necessidade de observar a relação entre a micro-história, o local, o regional, com o global, a macro-história, Subrahmanyam nos leva a pensar que as consequências dos fenômenos que ocorrem não apresentam variações somente de acordo com as regiões, mas que existem diferentes subunidades dentro de uma mesma sociedade, e que por isso as variantes seriam não apenas regionais, mas também sociais. Não apenas um mesmo fenômeno pode ser experimentado de diferentes formas de acordo com a região, como dependendo do grupo social e de sua organização essa variação também pode existir dentro de um mesmo local, pois as diversidades e as diferentes representações de um mesmo fenômeno não estabelecem uma relação estritamente ligada a fronteiras

regionais

e

geográficas

pré-

estabelecidas. O outro ponto está diretamente relacionado à própria crítica que Subrahmanyam estabelece em relação ao nacionalismo e ao desenvolvimento de histórias nacionais, isoladas, que enfatizariam a diferença e as posições de superioridade pela crença em diferentes graus de civilização. O autor aponta que esta base não ocorre apenas com a expansão europeia no período da early modern, mas que todos os impérios nacionais se construíram em um processo baseado na identificação da diferença.

para a possibilidade de uma história cujo ponto de análise parta de uma percepção da existência de múltiplas

histórias,

da

desnaturalização

de

conceitos que vem sendo utilizados desde o século XVIII e de uma desnacionalização da história. Um ponto de vista de análise onde os saberes e as práticas culturais de variadas regiões não sejam identificados apenas pelas diferenças que marcam sua superioridade ou inferioridade, estabelecidas pela razão moderna europeia ocidental, mas onde se possam reconhecer as conexões entre estas regiões e diferentes locais e onde o saber dos povos que até então foram considerados “outros” dentro dessa perspectiva possa ser conhecida através de suas próprias produções e realizações e não contado pela visão canônica da modernidade europeia. Essa proposta de uma nova visão sobre a história e seu conceito está inserida em um processo maior, que tem início em decorrência das duas guerras mundiais, que se associa diretamente a uma queda do otimismo europeu e da crença no progresso, estabelecidos pelo conceito moderno de história e pela filosofia da história em meados do século XVIII. Inicia-se assim um processo de ruptura com a história tradicional, que envolvia uma crença de uma excepcionalidade europeia, que perpassava pelos fatores econômico, político, social, cultural e religioso. Um marco nesta ruptura é a produção da Escola dos Annales com a corrente da história das mentalidades e a proposta de trabalho de história comparada de March Bloch, que já buscava

Gnarus Revista de História - VOLUME VIII - Nº 8 - SETEMBRO - 2017


G N A R U S | 28 ultrapassar a fronteira estabelecida pelo nacional

história global?”, busca compreender de que

para a análise histórica.

formas a proposta de histórias conectadas pode

O teórico Reinhart Koselleck já apontava críticas a uma visão de totalidade de uma história geral, que foi formulada pelo conceito moderno de história do século XVIII. Para o autor, o que existe é uma pluralidade de histórias e essas histórias plurais não

auxiliar na substituição do modelo de histórias unívocas e desiguais, para uma visão onde não exista apenas um único ponto de vista sobre a história. Hartog analisa como o sentido de uma história

se integram em uma

universal se perde a

história única, pois são

partir

reciprocamente

desdobramentos

contraditórias, isto é, não

segunda guerra mundial

há um fim ou uma

e como o avanço da

finalidade. Essas histórias

globalização traz à vista

se

as

sustentem

em

dos

diferenças,

da

que

determinações inerentes

buscam por afirmação e

ao ser humano, de onde

reconhecimento. Para o

derivam

situações

autor, com o avanço da

conflitivas. Portanto não

globalização ocorre uma

existe

final

reivindicação por mais

harmonioso como antes

memória e identidade e

determinado

uma desterritorialização,

um

pela

filosofia da história, mas

representando

sim a abertura de novos

identidade e os valores

conflitos. Sendo assim,

culturais

não existe um modelo de

ligados a uma região

civilização

determinada por uma

nem

universal,

tampouco

modelo

de

um

fronteira

história

universal. Com o avanço do processo de globalização, saberes e lógicas não ocidentais passam a ser amplamente conhecidos, e com isso surgem novas correntes historiográficas na tentativa de lidar com

que

não

a

estão

territorial,

podendo estar presente em diferentes elementos que integram várias partes do globo. Sendo assim, com a globalização não se pode mais fazer referência a uma cultura unicamente regional ou a uma originalidade de cultura.

essa ideia. Os conceitos de história global e

Serge Gruzinski, em “Os mundos misturados da

histórias conectadas passam a ser discutidos por

monarquia católica e outras connected histories”,

diferentes autores, dentre os quais podemos

também discute a temática da história global e das

destacar François Hartog, que em seu artigo

histórias conectadas. O autor aponta a monarquia

“Experiências do tempo: da história universal à

católica como o berço de uma primeira forma de Gnarus Revista de História - VOLUME VIII - Nº 8 - SETEMBRO - 2017


G N A R U S | 29 economia-mundo e como a conquista da América

católicas, que existe uma transnacionalização, onde

obrigou a uma redefinição da ideia de local tanto

pessoas, conceitos e ideias passam a circular por

pelos invasores quanto pelos vencidos. Na verdade,

diferentes territórios, onde ocorre um intenso

o autor discute a dificuldade de definição do global

movimento de religiões, tecnologias e práticas

e do local neste período, apesar destes conceitos

culturais que eram até então desconhecidas.

não existirem na época. Gruzinski

trabalha

Como diferença, este primeiro período de com

os

conceitos

de

modernidade, como apontado por Mbembe, foi um

reterritorialização e relocalização, mostrando

período em que o Ocidente se apresentava como o

como havia uma circularidade de pessoas dentro da

único a conseguir edificar uma civilização, onde

monarquia católica e um intercâmbio de saberes,

apesar do grande afluxo de africanos à Península

pois terras dos continentes europeu, americano,

Ibérica e sua participação na reconstrução de

asiático e africano estavam ligadas entre si e sob

Espanha e Portugal após a grande peste, sua

uma mesma dominação.

presença em campanhas militares e na integração

Esses autores que apresentam estudos que buscam tratar de uma história não como uma projeção da história europeia ocidental, mas com uma visão de multiplicidade de histórias, e que debatem conceitos como o da modernidade e da colonialidade, se inserem no grupo de estudos póscoloniais e decoloniais, e vem apresentando relevantes contribuições para que se possa pensar em uma história além dos muros impostos pela razão ocidental. Pensar em histórias plurais, em histórias conectadas, histórias globais, exige não apenas o reconhecimento do outro, de sua história, de seus saberes e suas contribuições dentro de diferentes culturas. Exige um olhar diferenciado, um entendimento de que se faz necessário assumir perspectivas diferentes das hegemônicas para que sejam compreendidas as matrizes culturais de diferentes povos e também sua visão de mundo e a forma como interpretam e utilizam conceitos e

de tripulações marítimas na conquista da América, estes assumiram uma condição de inferioridade frente aos europeus, como corpos submissos e passíveis de exploração. Hoje, com a proposta das histórias

conectadas,

buscamos

uma

visão

diferenciada desta transnacionalização, onde se possa reconhecer as trocas culturais e tecnológicas, onde se possa reconhecer que o pertencimento a um grupo ou a uma cultura não está relacionado meramente a questões territoriais, onde essas trocas e esse processo de globalização já não mais nos permita tratar de histórias nacionais. Acima de tudo, essa proposta deve trazer em si a perspectiva de analisar as histórias sob diferentes olhares, e não sob uma visão única e uniformizadora. Pensar em histórias conectadas deve nos fazer pensar fora do lugar comum, deve nos fazer pensar, de fato, quem é o “outro”. Fernanda Chamarelli de Oliveira é mestranda no programa de História Social da Cultura na instituição PUC- RJ

ideias comuns a um mundo global. É compreender, como o filósofo africano pós-colonial Achille Mbembe, em “Crítica da razão negra”, que existe, a partir de uma primeira modernidade, iniciada com as conquistas marítimas das monarquias ibéricas

Bibliografia Serge. Os mundos misturados da monarquia católica e outras connected histories.

GRUZINSKI,

Revista Topoi. Rio de Janeiro, mar. 2001, pp. 175195. Gnarus Revista de História - VOLUME VIII - Nº 8 - SETEMBRO - 2017


G N A R U S | 30 HARTOG, François. Experiências do tempo: da história universal à história global? Revista história, histórias. Brasília, vol. 1, n. 1, 2013. KOSELLECK, Reinhart. História(s) Geschichte(n) e Teoria da História (Historik). Tradução de Luiz Costa Lima. Do original “Geschichte(n) und Historik”, in Erfahrene Geschichte. Zwei Gesprache, Universitatsverlag, Heidelberg, 2013. MBEMBE, Achille. Crítica da razão negra. Tradução de Marta Lança. Lisboa: Editora Antígona, 2014.

SUBRAHMANYAN, Sanjay. Connected Histories: Notes

towards a Reconfiguration of Early Modern Eurasia.

Modern Asian Studies, Vol. 31, n. 3, Special Issue: The Eurasian Context of the Early Modern History of Mainland South East Asia, 1400-1800. Julho, 1997, PP. 735-762. ______________________ Impérios em concorrência: histórias conectadas nos séculos XVI e XVII. Lisboa, Imprensa de Ciências Sociais, 2012.

Gnarus Revista de História - VOLUME VIII - Nº 8 - SETEMBRO - 2017


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