9-Gnarus9-Cinema-O Adubamento de Cavalaria no Filme Cruzada

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Coluna:

O ADUBAMENTO DE CAVALARIA NO FILME CRUZADA Por Ives Leocelso Silva Costa

Resumo: O filme Cruzada (2005), dirigido pelo britânico Ridley Scott, narra as aventuras de Balian de Ibelin, retratado como um ferreiro francês e filho bastardo de um barão cruzado. Balian é adubado na jornada para Jerusalém e acaba por tornar-se líder de sua defesa durante o cerco feito por Saladino em 1187, durante o qual nomeia cavaleiros os combatentes da cidade. Este artigo pretende analisar estes dois eventos distintos, apresentados como momentos de elevação de homens comuns à “nobreza”. Através de discussão historiográfica e análise de fontes, o adubamento de Cavalaria demonstrado no filme será contrastado com sua forma histórica da Idade Média Central. Palavras-chave: Cavalaria. Cruzadas. História e Cinema.

Introdução A Cavalaria medieval distingue-se por seus aspectos políticos, sociais, culturais e ideológicos: é uma confraria de guerreiros de elite, associados à nobreza,

comportamento cavalheiresco e a reputação são primordiais; é detentora de equipamentos e status que

distinguem

os

cavaleiros

dos

demais

combatentes, mesmo que montados; e é idealizada

com a qual muitas vezes se confunde; possui uma ética própria, uma cultura de honra onde o Gnarus Revista de História - VOLUME IX - Nº 9 - SETEMBRO - 2018


G N A R U S | 148 alcança patamares míticos

Compreendemos,

através da literatura e da

concordando

trova.1

D’Assunção Barros4, que a muito a revelar sobre a

eram servidores armados

época em que foi feito, mas

recrutados pelos senhores

pouco ou nada sobre o

locais entre a população;

período que retrata. Não

adubar – ou investir -

tentaremos,

significava, então, entregar século

contudo,

utilizar Cruzada como fonte

as armas para o combate. A do

José

análise de um filme tem

A princípio, os cavaleiros

partir

com

histórica, somente utilizá-lo

XII,

como ponto de partida para

contudo, os adubamentos

contrapor

tornam-se mais elaboradas,

a

percepção

contemporânea

com a inserção cada vez

da

investidura na Cavalaria e

mais forte da Igreja, que

seu significado com aquela

desejava limitar a violência

presente nas historiografia e

dos milites buscando-lhe

nas fontes medievais.

incutir uma ética cristã (proteger as mulheres, os clérigos e os desarmados).2 É neste contexto que ocorrem as expedições militares e religiosas conhecidas coletivamente como as Cruzadas. Unindo ao mesmo tempo o ideal cristão de salvação e redenção dos lugares santos com o espírito bélico da aristocracia medieval, as Cruzadas se apresentam como um fenômeno complexo e multifacetado. Ainda que não trate de uma expedição específica, o filme Cruzada3 se situa neste

O Adubamento de Balian como Cavaleiro e Barão de Ibelin

Cruzada5

uma

versão

altamente

ficcionalizada de Balian II de Ibelin, senhor cruzado de origem francesa. O Balian histórico era de família nobre, figura política atuante no Outremer, casado com a rainha Maria Comnena de Jerusalém e, à altura do Cerco de Jerusalém, um guerreiro de meia idade e pai de vários filhos.6 O filme nos traz um Balian (Orlando Bloom)

período, tendo como plano de fundo os Estados Latinos do Oriente e sua luta contra Saladino.

apresenta

consideravelmente mais jovem e de origem humilde: ferreiro viúvo e (sem seu conhecimento) filho único e

FLORI, Jean. A Cavalaria. São Paulo: Madras, 2005. passim. Ibid., p. 24-25. 3 Kingdom of Heaven, “Reino do Céu”, no original. 4 BARROS, José D’Assunção. Cinema e História: As Funções do Cinema como Agente, Fonte e Representação da História. Ler História, Lisboa, n. 52, p. 127-159, 2007. 1 2

CRUZADA. Direção: Ridley Scott. Produção: Scott Free Productions, Inside Track, Studio Babelsberg Motion e Pictures GmbH. [S.l.]: 20th Century Fox, 2005. 1 DVD (145 min). Título original: Kingdom of Heaven. 6 RUNCIMAN, Steven. História das Cruzadas vol. II: O Reino de Jerusalém e o Oriente Franco, 1000-1187. Rio de Janeiro: Imago, 2002. passim. 5

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G N A R U S | 149 bastardo do fictício Godfrey de Ibelin (Liam Neeson).

Em uma câmara de aparência solene, cercado por

O encontro com seu pai muda o curso de sua vida;

cavaleiros hospitalários, Godfrey ordena que seu filho

após uma altercação em que mata o padre de sua vila,

se ajoelhe-se, entrega-lhe o anel com o sinete de

Balian parte para a Terra Santa em busca de

Ibelin e o conduz em juramento - exortando as

redenção.

virtudes de um bom cavaleiro – após o qual o

No caminho para Jerusalém, Godfrey entra em conflito com o senhor local em defesa de Balian e é ferido com uma seta. O ferimento se agrava e, próximo à morte, o nobre investe seu filho cavaleiro e barão de Ibelin.

esbofeteia. Em seguida entrega-lhe sua espada, que repousa como que em um altar, e um hospitalário (David Thewlis), que faz as vezes de padre, comanda que Balian se erga como cavaleiro e barão. Balian assiste a tudo bestificado, tendo sido chamado às pressas e sem aviso.

Tabela 1: Juramento de adubamento de Cruzada x Ritual de Adubamento do Século XII Juramento de Adubamento de Cruzada

Ritual de Adubamento do Século XII

“Não tenha medo ao encarar os inimigos. Seja “Quanto a ti, agora que tu estás a ponto de ser feito corajoso e correto para que Deus te ame. Fale cavaleiro, lembra desta palavra do Espírito Santo: sempre a verdade, mesmo que isso te leve à morte. ‘Valente guerreiro, cinge tua espada’ (=Ps. 45:4); essa Proteja os indefesos e não aja injustamente. Esse é o

espada é de fato a do Espírito Santo, que é a Palavra

seu juramento. E isto é para que se lembre” (Godfrey de Deus. De acordo com essa imagem, sustenta então

esbofeteia Balian).7

a Verdade, defende a Igreja, os órfãos, as viúvas, aqueles que oram e aqueles que trabalham, ergue-te prontamente contra aqueles que atacam a Santa Igreja, a fim de que possas surgir coroado, na presença do Cristo, armado com o gládio da Verdade e da Justiça.”8

Há nesta cena dois elementos distintos: o

A entrega das armas, principalmente a espada,

investimento de autoridade e poder nobiliárquico e a

como símbolo de poder é testemunhada desde o

sagração de cavaleiro.

período Franco. Flori9 e Keen10 relatam como Luís, aos

7

CRUZADA. Direção: Ridley Scott. Produção: Scott Free

Productions, Inside Track, Studio Babelsberg Motion e Pictures GmbH. [S.l.]: 20th Century Fox, 2005. 1 DVD (145 min). Título original: Kingdom of Heaven.

Apud FLORI, Jean. A Cavalaria. São Paulo: Madras, 2005. p. 44. Ibid., passim. 10 KEEN, Maurice. Chivalry. New Haven; London: Yale University Press, 1984. passim. 8 9

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G N A R U S | 150 três anos de idade, recebeu de seu pai Carlos Magno

será precedida por uma missa e concluída com uma

uma espada adaptada para sua idade como

festa.13

representação de sua herança a um ducado.

Porém, é necessário frisar que Llull não descreve em

Entretanto, tal evento deveria ser público, pois o fator

sua obra como os adubamentos aconteciam, mas

essencial era a visibilidade da transmissão de

como acreditava que deveriam acontecer. Trata-se

autoridade. Uma cerimônia privada não atenderia

de uma tentativa da Igreja de aproximar-se da

tais fins.

cavalaria e de lhe incutir valores cristãos, numa

Por outro lado, Flori afirma que “a cavalaria não é, nos séculos XI e XII, uma confraria honorífica igualitária na qual se entra por meio de uma investidura promocional que seria a colação de um título ou de um grau honorífico. É a entrada em uma profissão, a corporação dos guerreiros de elite”11.

Nomear Balian cavaleiro, portanto, não seria necessário para o reconhecimento de seu status aristocrático, apenas para elevá-lo ao nível dos

tentativa de diminuir sua violência e trazê-la para o domínio eclesiástico: “Para tentar inculcar em todos os cavaleiros uma ética que lhes seja própria e geral, a Igreja elaborou para sua investidura rituais que retomam em grande parte a ideologia que ela propunha desde sempre aos reis e que ela tenta ampliar agora para o conjunto da classe guerreira”14. Conforme afirmam Zierer e Messias:

guerreiros montados de elite, algo que não era

“O Livro da Ordem de Cavalaria propõe elementos de transformação comportamental dos cavaleiros, pautados nos valores cristãos, visando um modelo possível de convivência com todas as ordens, para que os combatentes cumpram com os seus deveres de utilizar as armas para proteger os construtores da Igreja, o rei e os indefesos de todo mal que possa desestruturar a paz da sociedade feudal.”15

naquele momento. Uma cerimônia de adubamento um pouco distinta e de forte teor religioso é descrita por Ramon Llull: O escudeiro, diante do altar, deve ajoelhar-se, e que levante seus olhos a Deus, corporais e espirituais, e suas mãos a Deus. E o cavaleiro deve cingir-lhe a espada, para significar castidade e justiça; e, como significado de caridade deve beijar seu escudeiro e dar-lhe uma bofetada para que se lembre disso que prometeu e do grande cargo a que se obriga e da grande honra que recebe pela ordem de cavalaria.12

O Adubamento dos Combatentes no Cerco de Jerusalém (1187) Tendo obtido destaque por suas virtudes de cavaleiro e o favor do povo, Balian assume o comando

Há algumas semelhanças com a cena de Cruzada,

de Jerusalém após a pesada derrota das forças cristãs

principalmente a bofetada, mas param por aí. Em O

na Batalha de Hattin. Antagonizado pelo Patriarca da

Livro da Ordem da Cavalaria, Lull, pensador catalão

cidade (John Finch) – com quem na realidade

franciscano do século XIII, determina que o

trabalhou em conjunto16 - que afirma que não podem

pretendente à cavalaria (escudeiro de família nobre

defendê-la sem cavaleiros, Balian comanda todos os

que há anos praticava e se preparava para isso), deve

soldados e homens capazes de carregar armas que se

se confessar e fazer vigília antes do adubamento, que 11 12

FLORI, op. cit., p. 39.

LLULL, Ramon. O Livro da Ordem da Cavalaria (c. 1274-1276).

Trad. Ricardo da Costa. São Paulo: Editora Giordano, 2000. p. 73. 13

LLULL, Ramon. O Livro da Ordem da Cavalaria (c. 1274-1276).

Trad. Ricardo da Costa. São Paulo: Editora Giordano, 2000. passim. 14 FLORI, Jean. A Cavalaria. São Paulo: Madras, 2005. p. 44.

15

ZIERER, Adriana; MESSIAS, Bianca. O Mundo da Cavalaria do Século XIII na Concepção de Ramon Llull. Roda da Fortuna, Barcelona, v. 2, n. 2, p. 128-154, 2013. p. 151. 16 RUNCIMAN, Steven. História das Cruzadas vol. II: O Reino de Jerusalém e o Oriente Franco, 1000-1187. Rio de Janeiro: Imago, 2002. p. 397 et. seq.

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G N A R U S | 151 serviços ou uma situação social proeminente. O acto não permitia apenas criar um novo cavaleiro; como a aptidão para a investidura se transmitia, por sua natureza, de geração em geração, simultaneamente ele fazia surgir uma nova linhagem de cavaleiros.”20

ajoelhem e repete o ritual realizado por seu pai, escolhendo como alvo do tapa o servo do Patriarca, que assim sai de sua condição de servidão e atinge o novo status de cavaleiro. Runciman afirma que: “Uma vez que havia apenas dois cavaleiros na cidade, Balian consagrou cavaleiros todos os rapazes acima de dezesseis anos nascidos de família nobre, além de trinta membros da burguesia”17. De fato um adubamento em massa aconteceu, o que não era incomum no Outremer no século XIII. De acordo com Keen: “Na Terra Santa um número de novos cavaleiros foram criados nas vésperas da batalha de Ramleh, em 1101, e Orderic descreve como Cecília, esposa de Trancredo de Antióquia, investiu Gervásio Brito, Haimo, visconde de Dol e ‘um número de outros escudeiros’ nas vésperas de uma batalha em 1119.”18

Porém, essa investidura não elevava o novo cavaleiro à nobreza, como ressalta Flori: “Nos séculos XI e XII, quando “investir” significava “armar um homem para fazer dele um cavaleiro”, investia-se muitas vezes na véspera de uma batalha para se dispor de mais homens a cavalo. Nos séculos XIV e XV, fazia-se isso mais frequentemente depois da batalha que antes dela, recompensando, com a outorga de um título honorífico, os nobres guerreiros a cavalo que combateram bem.”19

É o que afirma também Aguiar: “A cerimónia de investidura tinha, portanto, o poder de elevar alguns homens ao estamento aristocrático, desde que estes se tivessem demonstrado valorosos no serviço aos seus

senhores:

reis,

infantes

ou

grandes

aristocratas”21. Transformar servos em aristocratas, mais ainda sem terem sido provados em batalha, não estava, portanto, dentre os poderes de um barão do século XII, não importa o quão virtuoso fosse. Conclusão Como depreendido dos comentários à obra de Ramon Llull, a criação de uma cavalaria idealizada, através da qual se ingressa por uma cerimônia rica de espiritualidade e transformação pessoal, é paralela à existência da própria cavalaria. De acordo com Flori:

adubamentos do século XII e dos séculos XIV e XV,

“O valor moral e religioso da investidura não se reforçou, todavia e podemos até considerar a formação de ordens laicas de cavalaria, no decorrer do século XIV, como uma tentativa de devolver à cavalaria um lustro moral que aos olhos de muitos ela havia perdido. [...] Uma cavalaria mítica, idealizada, sempre foi, segundo a palvra de S. Painter, apenas um “doce sonho’”22.

estas sim equivalentes a um verdadeiro título de

Este “doce sonho” continua a povoar o imaginário

enobrecimento, conforme já observava Marc Bloch

ocidental, contudo, aparecendo não só em filmes

em seu clássico A Sociedade Feudal:

como Cruzada, mas em diversos romances, séries de

É preciso destacar, portanto, a diferença entre os

“Por vezes, o rei usava do seu direito para recompensar, no campo de batalha, segundo o antigo hábito, algum acto de bravura: assim fez Filipe, o Belo, em favor de um carniceiro, na noite de Mons-en-Pevèle. Na maior parte das vezes, porém, era na intenção de reconhecer antigos 17

Ibid., p. 398. KEEN, Maurice. Chivalry. New Haven; London: Yale University Press, 1984. p. 80. 19 FLORI, Jean. A Cavalaria. São Paulo: Madras, 2005. p. 46. 20 BLOCH, Marc. A Sociedade Feudal. Lisboa: Edições 70, 1987. p. 358. 18

TV e games. Ao analisar este fenômeno, Bonet e Style constataram que: “Parte da atração que contos de cavaleiros de armadura brilhante exercem na imaginação contemporânea é a maneira pela qual eles 21

AGUIAR, Miguel. “Fazer Cavaleiros”: As Cerimónias de Investidura Cavaleiresca no Portugal Medieval (Séculos XII-XV). Cuadernos de Estudios Gallegos, Santiago de Compostela, ano LXII, n. 125, p. 13-46, dez. 2015. p. 20. 22 FLORI, op cit., p. 47.

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G N A R U S | 152 encarnam valores tradicionalmente associados com a masculinidade, como bravura, espírito de luta, força física e moral, valores que não são tão facilmente expressos em cenários contemporâneas. O cavaleiro também incorpora uma dimensão espiritual, em suas ações individuais e como membro de uma classe, em contraste com o materialismo que frequentemente se vê impregnar todas as ações na sociedade contemporânea.”23

Neste sentido, o imaginário medieval se faz mais atual do que nunca, como afirma Le Goff24, e permanece tocando os anseios e aspirações de homens e mulheres contemporâneos. Ives Leocelso Silva Costa é Mestrando em História (PROHIS-UFS), Bolsista da CAPES e Integrante do Grupo de Pesquisa Dominium: Estudos sobre Sociedades Senhoriais (CNPq-UFS)

REFERÊNCIAS

BLOCH, Marc. A Sociedade Feudal. Lisboa: Edições 70, 1987. FLORI, Jean. A Cavalaria. São Paulo: Madras, 2005. __________. Cavalaria. In: LE GOFF, Jacques; SCHMITT, Jean-Claude (org.). Dicionário Temático do Ocidente Medieval vol. I. Bauru: Edusc, 2006. p. 185-199. KEEN, Maurice. Chivalry. New Haven; London: Yale University Press, 1984. LE GOFF, Jacques. Heróis e Maravilhas da Idade Média. 2 ed. Petrópolis: Vozes, 2011. RUNCIMAN, Steven. História das Cruzadas vol. II: O Reino de Jerusalém e o Oriente Franco, 10001187. Rio de Janeiro: Imago, 2002. SCHNEIDER, Letícia Ferreira. A Mulher e a Espada: Uma Visão Cinematográfica das Mulheres Medievais. Revista Tempo de Conquista, Rio de Janeiro, n. 7, p. 1-17, jul. 2010. ZIERER, Adriana; MESSIAS, Bianca. O Mundo da Cavalaria do Século XIII na Concepção de Ramon Llull. Roda da Fortuna, Barcelona, v. 2, n. 2, p. 128154, 2013.

Fontes Fílmicas CRUZADA. Direção: Ridley Scott. Produção: Scott Free Productions, Inside Track, Studio Babelsberg Motion e Pictures GmbH. [S.l.]: 20th Century Fox, 2005. 1 DVD (145 min). Título original: Kingdom of Heaven. Fontes Impressas

LLULL, Ramon. O Livro da Ordem da Cavalaria (c. 1274-1276). Trad. Ricardo da Costa. São Paulo: Editora Giordano, 2000.

Bibliografia AGUIAR, Miguel. “Fazer Cavaleiros”: As Cerimónias de Investidura Cavaleiresca no Portugal Medieval (Séculos XII-XV). Cuadernos de Estudios Gallegos, Santiago de Compostela, ano LXII, n. 125, p. 1346, dez. 2015. BARROS, José D’Assunção. Cinema e História: As Funções do Cinema como Agente, Fonte e Representação da História. Ler História, Lisboa, n. 52, p. 127-159, 2007. BONET, Maria; STYLE, John. Utopia and the Middle Ages in Popular Culture: A Reading of Ridley Scott’s Kingdom of Heaven. Spaces of Utopia, Porto, n. 5, p. 55-93, 2007.

23

BONET, Maria; STYLE, John. Utopia and the Middle Ages in Popular Culture: A Reading of Ridley Scott’s Kingdom of Heaven. Spaces of Utopia, Porto, n. 5, p. 55-93, 2007. p. 73.

LE GOFF, Jacques. Heróis e Maravilhas da Idade Média. 2 ed. Petrópolis: Vozes, 2011. passim. 24

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