MANUAL DO PROFESSOR 2019
FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS - SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRIA - DRMG
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SUMÁRIO INTRODUÇÃO................................................................................................................................................ 7 1. IDENTIDADE DA REDE SESI...................................................................................................................... 8 1.1 A Rede Sesi de Educação................................................................................................................... 8 1.2 Visão da Rede Sesi de Educação........................................................................................................ 8 1.3 Princípios e Valores da Educação Básica do Sesi................................................................................ 8 1.4 Concepção Educacional da Rede Sesi de Educação............................................................................ 8 1.5 Gerência de Educação Básica - GEB................................................................................................... 9 1.6 Núcleo Pedagógico............................................................................................................................ 9 2. ATRIBUIÇÕES DO PROFESSOR, PROCEDIMENTOS E POSTURAS........................................................... 10 2.1 Relação professor/aluno................................................................................................................... 13 2.2 Professor Coordenador..................................................................................................................... 13 2.2.1 Perfil do Professor Coordenador............................................................................................... 14 2.2.3 Critérios de seleção para a função........................................................................................... 15 2.2.4 Tempo na função de Professor Coordenador............................................................................ 15 3 PROCESSOS PEDAGÓGICOS.................................................................................................................... 15 3.1 MATRIZ Curricular............................................................................................................................ 15 3.2 Plano de Curso................................................................................................................................. 15 3.3 Planejamento................................................................................................................................... 16 3.4 Material didático e Portal................................................................................................................. 16 3.5 Portal SESI EDUCAÇÃO..................................................................................................................... 16 3.6 Plataformas Educacionais................................................................................................................ 17 3.6 Dever de casa ................................................................................................................................. 17 3.7 Correção de cadernos...................................................................................................................... 18 3.8 Reunião pedagógica......................................................................................................................... 19 3.9 Enem e Saeb................................................................................................................................... 19 3.10 Olimpíadas..................................................................................................................................... 19 3.11 Trabalho de campo......................................................................................................................... 20 3.12 Trabalho em grupo......................................................................................................................... 20 3.13 Hábito de estudo............................................................................................................................ 20 3.14 Educação Tecnológica.................................................................................................................... 21 3.15 Rede SESI de Virtudes ................................................................................................................... 21 3.16 DISCIPLINA.................................................................................................................................... 22
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3.17 Eventos da escola ......................................................................................................................... 23 3.18 Hora Cívica.................................................................................................................................... 24 3.19 Leitura........................................................................................................................................... 24 4 BIBLIOTECA ESCOLAR............................................................................................................................ 25 5 ESCRITURAÇÃO ESCOLAR ..................................................................................................................... 25 6 AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA...................................................................................................................... 26 7 PROCESSO AVALIATIVO NO SESI............................................................................................................ 26 7.1 Organização do processo avaliativo.................................................................................................. 28 7.2 Correção ortográfica........................................................................................................................ 33 7.3 Atividades Avaliativas da Rede......................................................................................................... 34 7.4 Segunda chamada........................................................................................................................... 35 7.5 Critérios de promoção...................................................................................................................... 35 7.6 Estudos de recuperação................................................................................................................... 36 7.7 Entrega de Resultados..................................................................................................................... 37 7.8 Atendimento a alunos em situação especial .................................................................................... 37 7.8.1 Alunos egressos de estudos no exterior................................................................................... 37 7.8.2 Alunos com atestado .............................................................................................................. 37 7.8.3 Alunos com deficiência............................................................................................................ 37 7.9 Conselho de Classe.......................................................................................................................... 38 8. ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DAS AVALIAÇÕES.......................................................................... 38 8.1 Quanto ao tipo de item/questão....................................................................................................... 39 8.2 Princípios fundamentais para elaboração de itens............................................................................ 39 8.3 Quanto à estrutura do item/questão (múltipla escolha e discursiva).................................................. 42 8.4Quanto à elaboração de itens/questões de Língua Estrangeira: Inglês e Espanhol..............................43 8.5 Quanto à correção de itens/questões de múltipla escolha................................................................ 44 8.6 Quanto à correção de itens/questões abertas ou discursivas............................................................ 44 8.7 Habilidades ou operações mentais que aparecem com mais frequência nos descritores (das mais simples para as mais complexas............................................................................................................ 45 8.8 Quanto ao nível de dificuldades dos itens/questões.......................................................................... 46 8.9 Mapa da Prova................................................................................................................................. 46 8.10 Revisão Técnica das provas............................................................................................................ 46 9 ORIENTAÇÕES PARA APLICAÇÃO DAS AVALIAÇÕES.............................................................................. 47 9.1 Orientações para aplicação de provas no Ensino Fundamental – Anos Iniciais.................................. 47 9.2 Orientações para aplicação de provas no Ensino Fundamental – Anos Finais e Ensino Médio ���������� 48
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9.3 Entrega das provas.......................................................................................................................... 48 9.4 Entrega de trabalhos........................................................................................................................ 48 9.5 Devolução de provas........................................................................................................................ 48 9.6 Revisão de prova............................................................................................................................. 49 10. SESI EDUCAÇÃO INTEGRAL.................................................................................................................. 49 10.1 Carga Horária ................................................................................................................................ 49 10.2 Montagem do horário semanal....................................................................................................... 50 10.3 Parte diversificada......................................................................................................................... 50 10.3.1 Estudos orientados................................................................................................................ 50 10.3.2 Projeto de Vida...................................................................................................................... 51 10.4 Planejamento SESI Educação Integral............................................................................................ 51 10.5 Frequência..................................................................................................................................... 52
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INTRODUÇÃO Prezados Professores, O objetivo da Gerência da Educação Básica, com este Manual, é garantir uma unicidade nas ações com foco na qualidade do ensino, em todas as unidades da Rede SESI de Educação de Minas Gerais. Ações que contemplam os mesmos objetivos e finalidades, pautadas na realidade de cada escola, que surgem do engajamento da equipe visando alcançar resultados, são sempre bem-vindas. A Gerência de Educação Básica coloca-se como parceira e estimuladora dessas ações. Boa leitura e bom ano de trabalho! Gerência de Educação Básica
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1. IDENTIDADE DA REDE SESI 1.1 A REDE SESI DE EDUCAÇÃO As escolas da Rede Sesi de Educação de Minas Gerais têm, como entidade mantenedora, o Serviço Social da Indústria (Sesi-DR/MG), instituição de direito privado, filiada ao Sistema FIEMG (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais). A Rede Sesi oferece aos trabalhadores da indústria e seus dependentes, prioritariamente, e à comunidade em geral, Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio, Ensino Médio Articulado ao curso técnico, Ensino Médio Integral, Educação de Jovens e Adultos e Educação Continuada, além de outras modalidades de cursos livres.
1.2 VISÃO DA REDE SESI DE EDUCAÇÃO Ser reconhecida por nossos clientes pela gestão eficaz dos processos que garantam uma Educação de qualidade, prioritariamente, para os industriários, seus dependentes e comunidade em geral.
1.3 PRINCÍPIOS E VALORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO SESI • Trabalho em Equipe • Transparência • Valorização e respeito às pessoas • Satisfação do cliente • Organização • Inovação • Produtividade • Sustentabilidade
1.4 CONCEPÇÃO EDUCACIONAL DA REDE SESI DE EDUCAÇÃO A Rede Sesi de Educação de Minas Gerais prima por uma educação de qualidade e uma gestão comprometida com os princípios de “ética como base comportamental e educação como base do desenvolvimento”. Estabelece como finalidade da educação a formação das competências básicas, as quais são consideradas meios de efetivação da cidadania, de construção da identidade cultural, de desenvolvimento da consciência ética e de preparação para o mundo do trabalho.
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1.5 GERÊNCIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA - GEB A Gerência de Educação Básica (GEB) é o setor responsável pela gestão pedagógica das escolas do Sesi. Tem como objetivo idealizar, planejar e estruturar o ensino na rede visando à unicidade e melhores resultados a cada ano, fortalecendo as equipes gestoras das escolas. As ações da GEB incluem assessorias técnicas in loco e a distância, buscando o alinhamento e a excelência dos processos de gestão em todos os níveis, com ética nas relações, profissionalismo, transparência e compromisso no cumprimento das diretrizes estabelecidas.
1.6 NÚCLEO PEDAGÓGICO O Núcleo Pedagógico Sesi MG é composto por uma equipe de professores especialistas, de todas as disciplinas, que atuam na qualidade e execução dos planejamentos, atividades e avaliações. Acompanham a equipe docente nas suas várias dimensões, provocando avanços e possibilitando a troca de experiências entre as escolas Sesi MG. Atribuições: • Elaborar e revisar os instrumentos avaliativos. • Organizar e estruturar provas para as escolas da Rede Sesi. • Atualizar/revisar a matriz curricular relacionando-a ao material didático adotado e à BNCC. • Auxiliar o professor, quando necessário, nos planejamentos das aulas, nas atividades de casa e sala e nos trabalhos escolares. • Divulgar as diversas competições acadêmicas, dando suporte às equipes na orientação aos professores. • Esclarecer dúvidas dos professores e pedagogos em relação ao planejamento e orientar como proceder, caso haja necessidade de alguma ação pontual para determinada(s) turma(s). • Apoiar as demandas específicas da Gerência de Educação Básica. • Promover o intercâmbio de práticas docentes bem sucedidas. • Produzir e divulgar conhecimentos que incentivem novos cenários de aula. • Propor ações de formação continuada do professor. • Criar indicadores para avaliação da qualidade de ensino das escolas da Rede Sesi.
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O contato com os docentes do Núcleo Pedagógico pode ser feito por telefone (31)3252-7118 ou por e-mail: DISCIPLINAPLINAS
Ensino Fundamental Anos Iniciais e Língua Portuguesa EF Anos
nucleosesilinguaportuguesa@fiemg.com.br
Língua Portuguesa – Ensino Médio
nucleosesilinguaportuguesa@fiemg.com.br
Produção de Textos
nucleosesiprodtexto@fiemg.com.br
Literatura
nucleosesiliteratura@fiemg.com.br
Espanhol
nucleosesiespanhol@fiemg.com.br
Inglês
nucleosesiingles@fiemg.com.br
Educação Física
nucleosesieducacaofisica@fiemg.com.br
Matemática – Anos Finais e Médio
nucleosesimatematica@fiemg.com.br
Ciências
nucleosesiciencias@fiemg.com.br
Biologia
nucleosesibiologia@fiemg.com.br
Química
nucleosesiquimica@fiemg.com.br
Física
nucleosesifisica@fiemg.com.br
História
nucleosesihistoria@fiemg.com.br
Sociologia/Filosofia
nucleosesisociologia@fiemg.com.br
Geografia
nucleosesigeografia@fiemg.com.br
Arte
nucleosesiarte@fiemg.com.br
Regentes Matemática
nucleosesiregentesmat@fiemg.com.br
Regentes Língua Portuguesa
nucleosesiregenteslp@fiemg.com.br
2. ATRIBUIÇÕES DO PROFESSOR, PROCEDIMENTOS E POSTURAS Compete ao professor da Rede Sesi de Educação de Minas Gerais: I. conhecer profundamente o perfil do aluno, contribuindo para sua adaptação em relação às normas disciplinares, assim como as especificidades de cada disciplina; II. respeitar os direitos dos alunos, garantindo-lhes liberdade de expressão e oferecendo-lhes condições para que possam desenvolver integralmente suas potencialidades; III. proporcionar a aprendizagem eficaz dos educandos e estabelecer estratégias para atendimento aos alunos com necessidades educacionais especiais e daqueles que requerem uma recuperação por não terem atingido um rendimento suficiente; IV. desenvolver as atividades escolares nos dias letivos e nas reuniões pedagógicas definidas no calendário escolar; V. ministrar aulas nos dias estabelecidos, além de participar dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e às atividades de formação profissional contínua; VI. participar das atividades de integração da escola com a comunidade escolar; VII. preencher corretamente o sistema de gestão escolar - Classis e demais instrumentos de acompanhamento e avaliação, registrando a frequência e os trabalhos realizados pelos 10 | MANUAL DO PROFESSOR | 2019
alunos, disponibilizando-os nos prazos estabelecidos; VIII. estabelecer ambiente de trabalho agradável, organizado e disciplinado para os alunos; IX. zelar pela conservação, pela manutenção do material e do local de trabalho a fim de que seja referência positiva para os alunos; X. desenvolver uma relação ética e de respeito com os alunos e colegas de trabalho, posicionando-se contra qualquer tipo de discriminação cultural, social, étnica, de gênero e religiosa; XI. manter-se sempre atualizado em técnicas e recursos de ensino e aprendizagem, aplicando estratégias de ensino e aprendizagem flexíveis, participativas/interativas e inovadoras, valorizando e respeitando as experiências do aluno; XII. estar atento às rotinas escolares relativas a horário, calendário e cronograma e organização das atividades; XIII. ministrar aulas de sua competência, segundo orientação da Equipe Pedagógica da escola, com assiduidade e pontualidade, cumprindo fielmente o calendário escolar e comunicando antecipadamente faltas e atrasos; XIV. utilizar o plano de curso proposto para planejamento das aulas, comparecer às reuniões pedagógicas, conselhos de classe e demais atividades sociais, culturais, cívicas e educativas, quando convocado ou convidado, ainda que em horário e data diferentes dos usuais, respeitados os dispositivos pertinentes à legislação trabalhista; XV. acatar as decisões da Diretoria da escola, da Equipe Pedagógica e demais autoridades de ensino; XVI. proceder à correção dos exercícios, trabalhos, provas e tarefas realizadas pelos alunos, devolvendo-os aos respectivos signatários para conhecimento e análise, no prazo estipulado; XVII. elaborar relatório descritivo dos alunos, quando necessário; XVIII. zelar pelo bom nome da escola dentro e fora dela; XIX. tratar alunos, colegas e demais colaboradores da unidade escolar com cortesia e respeito; XX. manter o sigilo das informações e fatos referentes aos alunos e colegas de trabalho, ocorridos dentro e fora da escola; XXI. comunicar a ausência dos alunos à Equipe Pedagógica; XXII. cumprir e fazer cumprir as normas disciplinares contidas no Regimento Escolar. O professor, além dos direitos que lhe são assegurados pela legislação trabalhista combinada com a legislação do ensino, tem as seguintes prerrogativas: I. utilizar-se dos livros da biblioteca e das dependências da escola; II. requisitar todo o material didático que julgar necessário às suas tarefas, respeitadas as
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possibilidades da escola; III. opinar sobre a execução dos planos de curso e metodologias utilizadas; IV. propor, à Direção da escola, medidas que objetivem o aprimoramento de métodos de ensino, de avaliação e de disciplina. Cabe ao professor: I. não fazer uso do celular durante as aulas, reuniões pedagógicas, palestras e cursos. II. evitar, na comunicação com os alunos e familiares, uso de gírias e expressões que possam provocar constrangimento ou veicular preconceito. III. manter contato constante com o pedagogo, comunicando-lhe situações referentes ao desempenho dos alunos. IV. estabelecer um ambiente saudável, tranquilo e cordial na sala dos professores e demais dependências da escola. V. apagar o quadro, desligar e guardar, se necessário, o equipamento de audiovisual e tela de projeção, desligar as luzes e o ventilador após o término das aulas. VI. não se alimentar durante as aulas. A exceção é feita para a água, que poderá ser levada para sala em copos ou garrafas. VII. não comercializar qualquer produto aos alunos. VIII. manter posturas corporais mais formais perante alunos e pais durante as aulas e eventos na escola, como por exemplo, jamais assentar-se sobre a mesa. IX. ter um cuidado especial em relação às redes sociais, procurando não se expor aos alunos e pais, evitando intimidades e lembrando-se de que o professor é uma referência para seus alunos. X. não fornecer o whatsapp, facebook, e-mail e número de telefone celular ou residencial para alunos e pais. XI. utilizar os horários de aula para realizar apenas atividades inerentes ao cargo, não utilizando-os para realizar atividades de interesse particular. XII. não utilizar o horário de aula para a elaboração e/ou correção de provas ou outras atividades afins. XIII. comprometer-se com a qualidade das atividades escolares e com o cumprimento dos prazos estabelecidos pela escola. XIV. vestir-se de forma compatível com a função exercida. É vedado ao professor: I. servir-se da função para propagar doutrinas contrárias aos interesses nacionais, fazer proselitismo religioso ou político-partidário; II. ocupar-se, durante as aulas, de assuntos estranhos à finalidade educativa; III. ocupar os alunos com trabalhos em classe para, assim, corrigir tarefas, provas e preen12 | MANUAL DO PROFESSOR | 2019
cher diários de classe; IV. repetir instrumentos avaliativos idênticos aos dos anos anteriores; V. ministrar, sob qualquer pretexto, aulas particulares a alunos da escola; VI. ofender os alunos e os colegas quanto às suas convicções religiosas e políticas, a sua nacionalidade, cor, condição social e peculiaridades somáticas. O professor responderá, pessoalmente, por atitudes e atos que não correspondam aos padrões exigidos e explicitados pela Instituição ou aos interesses da comunidade escolar ou que se mostrem nocivos ao bem comum ou lesivos às pessoas e ao patrimônio, tornando-se passível de sanções. A aplicação das sanções aos membros do corpo docente orientar-se-á pela Consolidação das Leis do Trabalho, pela legislação de ensino e pelo Regimento Escolar da entidade mantenedora.
2.1 RELAÇÃO PROFESSOR/ALUNO Para estabelecer um bom relacionamento com os alunos, o professor deve estar sempre atento para: I. desenvolver com os alunos uma relação de respeito mútuo. II. usar o bom senso na resolução dos conflitos e dos problemas. III. usar a autoridade de educador e evitar o autoritarismo. IV. ter cuidado com o vocabulário em sala de aula. V. evitar fazer comparações entre alunos e entre salas de aulas ou mesmo entre escolas. VI. ouvir os alunos, dando-lhes atenção. VII. demonstrar interesse pela aprendizagem e pelos resultados dos alunos. VIII. não expor alunos que estejam vivenciando problemas familiares, emocionais, psicológicos ou físicos, mas, ao detectar algum aluno com esses problemas, informar ao setor pedagógico. IX. colocar o aluno para fora da sala de aula somente em casos de faltas graves e, ao tomar essa atitude, encaminhá-lo para o setor pedagógico. X. conhecer os deveres e direitos dos alunos.
2.2 PROFESSOR COORDENADOR O professor coordenador é um profissional que, aliado à equipe pedagógica, contribui para a contínua melhoria técnica do processo. Atua como articulador entre os professores, mantendo as relações interpessoais de maneira saudável, valorizando a formação dos docentes e a sua, além de desenvolver habilidades para lidar com as diferenças, contribuindo na construção de uma educação de qualidade. A validação das provas será feita por amostragem considerando que este não é o foco do
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trabalho do professor coordenador. O número de professores coordenadores/carga horária é determinado de acordo com o porte da escola. CRITÉRIOS (ATENDIMENTO DA ESCOLA)
Nº DE COORDENADORES
Somente Ensino Fundamental 6º ao 9º
Até 02
Somente Ensino Médio
Até 02
Ensino Fundamental 6º ao 9º e Ensino Médio
Até 03
Escolas que atendem a partir de 650 alunos no Ensino Fundamental 6º ao 9º e Ensino Médio.
CARGA HORÁRIA SEMANAL
3h/a para cada coordenador
Até 04
2.2.1 PERFIL DO PROFESSOR COORDENADOR Este profissional deve ter um perfil específico para o cumprimento de suas funções, tomando como referência os seguintes aspectos: Técnico Pedagógico • Apresentar conhecimento técnico, didático e pedagógico atualizado. • Ter conhecimento dos documentos norteadores: Regimento Escolar, Proposta Pedagógica e Manuais do Professor e do Aluno. • Conhecer aspectos referentes à área de conhecimento em que atua. • Dominar o uso dos recursos tecnológicos. Relações Interpessoais • Manter boa comunicação. • Ser capaz de trabalhar em equipe. • Manter bom relacionamento interpessoal. Desenvolvimento de Atitudes • Ser crítico, autônomo e criativo. • Ser flexível e promotor de mudanças. • Ter iniciativa e coragem de tomar decisões assertivas. • Ser ético, responsável, respeitoso, solidário e justo.
2.2.2 ATRIBUIÇÕES DO PROFESSOR COORDENADOR Trabalhar em parceria com a equipe pedagógica: • atuando junto aos demais setores da escola na implementação, atualização e aprimora-
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mento da Proposta Pedagógica, das Diretrizes e Políticas da Organização Pedagógica da Rede Sesi. • mantendo-se atualizado para dar suporte técnico aos professores sob sua coordenação; • contribuindo com sugestões para formação continuada da equipe docente. • incentivando os professores para o uso das novas tecnologias como uma forma de tornar a aula mais prazerosa e a aprendizagem mais significativa. • organizando a elaboração de simulados internos, atividades interdisciplinares, aulões, trabalhos de campo. Obs: O plano de trabalho será construído a partir de necessidade/demanda dos professores.
2.2.3 CRITÉRIOS DE SELEÇÃO PARA A FUNÇÃO O gerente e os pedagogos avaliam continuamente a atuação dos professores, sendo imprescindível que além de perfil adequado, eles tenham disponibilidade de tempo para assumir a função.
2.2.4 TEMPO NA FUNÇÃO DE PROFESSOR COORDENADOR O tempo de atuação do professor como coordenador fica a critério da escola que decide pela sua substituição ou permanência, conforme avaliação de desempenho do mesmo. Recomenda-se que o professor coordenador deverá permanecer, no mínimo, um ano na função.
3 PROCESSOS PEDAGÓGICOS 3.1 MATRIZ CURRICULAR O trabalho pautado no desenvolvimento de competências e habilidades traz um novo paradigma em relação ao tratamento que o professor deve dar aos conteúdos, estratégias de ensino e, consequentemente, às propostas de intervenção na sala de aula e no modo de ensinar. Para embasar um trabalho com base no desenvolvimento de competências e habilidades, a Rede Sesi elaborou as Matrizes Curriculares atualizadas a partir das diretrizes da BNCC.
3.2 PLANO DE CURSO O Plano de Curso é um instrumento que referencia os conteúdos e as habilidades a serem trabalhadas no processo de ensino aprendizagem concernentes a cada etapa letiva. É elaborado pelo Núcleo Pedagógico e contém sugestões/orientações para o desenvolvimento do trabalho em sala de aula. Ele tem como objetivo nortear os professores quanto ao seu planejamento e viabilizar a unicidade do trabalho na Rede Sesi de Educação. MANUAL DO PROFESSOR | 2019 | 15
3.3 PLANEJAMENTO A construção do planejamento do professor é um dos momentos mais importantes para a eficácia do ensino. Uma aula bem planejada é uma aula qualificada. É importante que o professor invista no planejamento das suas aulas e que o pedagogo acompanhe este trabalho, favorecendo a reflexão do que foi realizado e auxiliando nas decisões para o planejamento futuro. O planejamento deve ser pautado no processo de ensino e não somente na avaliação.
3.4 MATERIAL DIDÁTICO E PORTAL A Rede Sesi adota livros didáticos das editoras Moderna, Scipione, Santillana e Richmond os quais, oferecem recursos digitais, plataformas e assessoria. Assessoria de profissionais especializados que visam promover relacionamento e apoio ao professor na escola desde o planejamento até a avaliação: • Atendimento especializado pelo e-mail apoiopedagogico@moderna.com.br ou pelo telefone 0800 13 00 13. • Assessoria pedagógica presencial e a distância • Portal Educacional – www.moderna.com.br Login: colsesibh / senha: moderna • Portal Educacional (inglês) – www.richmond.com.br Login: colsesibh / senha: moderna • Portal Educacional (espanhol) – www.santillana.com.br Login: colsesibh / senha: moderna Publicações: • Revista Presente – publicação que traz textos com temas relevantes para a prática do professor e do gestor do Ensino Fundamental Anos Iniciais. Apresenta propostas de trabalho relacionadas aos conteúdos. • Revista Educatrix – conteúdos para formação do professor, tendências educacionais, atualização pedagógica e subsídios de apoio à práxis educativa.
3.5 PORTAL SESI EDUCAÇÃO O Portal SESI Educação é um ambiente educacional via web que oferece aos estudantes, responsáveis e educadores grande variedade de conteúdos educacionais, atualidades e projetos da Rede Sesi de Educação. Acesse e veja tudo que o Portal SESI Educação oferece: www.sesieducacao.com.br
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3.6 PLATAFORMAS EDUCACIONAIS Um dos objetivos do uso das plataformas é propiciar situações de aprendizagem adaptativa e agilizar a gestão dos resultados dos alunos. Elas nos permitem, a partir de dados, intervir e transformar resultados em intervenções pedagógicas. Atualmente existem diversas plataformas educacionais gratuitas que podem ser utilizadas no processo educacional. É preciso que o professor crie estratégias no seu planejamento para inserir a tecnologia em sala de aula, tornando-a mais interativa e estimulante. Para que o uso dessas plataformas possa ser efetivo e entre para a rotina da sala de aula, é importante que o professor conheça como cada uma funciona, pois isso garantirá um pouco mais de efetividade na intenção pedagógica na escolha desse recurso, seja em sala de aula ou como indicação de estudos, simulados ou dever de casa. Caso encontre alguma dificuldade, procure o pedagogo responsável.
3.6 DEVER DE CASA A proposição do dever de casa pelo professor é de fundamental importância e deve ser realizada regularmente, com qualidade na correção e na cobrança. É um importante instrumento para reforçar o que foi desenvolvido em sala de aula, favorecer o hábito de estudo, possibilitar o aparecimento de dúvidas que poderão ser esclarecidas pelo professor e elevar o rendimento do aluno. O dever de casa deve ser uma atividade que os alunos possam executar sozinhos, sem a dependência de um adulto. Para tanto precisa ser bem planejado, ter coerência com a aula e com o nível de autonomia do aluno e proporcionar significado. É um compromisso estabelecido entre professor e aluno, além disso, espera-se que a família atue estimulando os estudos e valorizando a escola, mas deixando que os filhos vivenciem sozinhos os desafios. Esta expectativa deve ser acordada com as famílias nas reuniões de pais do início do ano e mantidas durante o ano letivo, através de circulares e atendimentos individuais. O dever de casa não poderá ser pontuado, mas deverá ser cobrado e acompanhado pelo professor em parceria com o pedagogo. A escola deverá criar diferentes estratégias para incentivar esse momento de estudo em casa e garantir que todos os alunos o façam. No caso dos alunos com deficiência, que demandam adaptações nas avaliações/ conteúdo, o dever de casa deverá estar em consonância com a proposta individual. O dever de casa deverá ser proposto com regularidade, considerando: Educação Infantil: • 1º período: 2 atividades semanais • 2º período: 3 atividades semanais e uma prática de leitura podendo ser um livro ou qualquer outro portador de texto
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Ensino Fundamental: • 1º ano: atividades diárias de Língua Portuguesa e Matemática e outras disciplinas eventualmente. • 2º e 3º ano: atividades diárias de Matemática, Língua Portuguesa e uma outra disciplina (Geografia, História e Ciências), considerando o tempo para sua realização e correção. As disciplinas de Arte e Inglês terão dever de casa conforme o planejamento; • 4º e 5º ano: um dever de casa por disciplina por aula dada, considerando o tempo para sua realização e correção. As disciplinas de Arte e Inglês terão dever de casa conforme o planejamento; • Anos Finais e Ensino Médio: a quantidade de deveres de casa deverá ser proporcional à carga horária de cada disciplina. A coordenação pedagógica deverá monitorar a dosagem do dever de casa, de forma que os alunos tenham atividades para realizar todos os dias, e que durante o prazo de uma semana tenham deveres de casa de todas as disciplinas. No Ensino Médio, na medida do possível, evitar deveres de casa cobrados de um dia para o outro, considerando que a maior parte dos alunos participa do Programa Ebep. Os professores deverão diversificar as atividades de dever de casa e também a sua estratégia de cobrança/correção. Ao fazer a correção das atividades do dever de casa, o professor poderá optar por corrigir de forma coletiva, em dupla, por amostragem, individual, tirar dúvidas, em pequenos grupos, etc. O pedagogo deverá fazer o acompanhamento, juntamente com os professores, dos alunos que não realizaram o dever de casa, fazendo as devidas intervenções com o aluno e comunicando as ocorrências para a família, firmando parceria para que o aluno faça todos os deveres. O pedagogo deverá acompanhar o trabalho dos professores, promovendo intervenções junto a eles com o objetivo de ajudá-los a garantir a regularidade, a qualidade e a cobrança do dever de casa.
3.7 CORREÇÃO DE CADERNOS Cada escola deverá instituir, entre o grupo de professores, combinados e regras para a correção dos cadernos, tais como frequência, comentários, correção do aluno. O caderno é de propriedade do aluno, portanto a correção do professor não pode se sobrepor aos registros dos alunos, devendo ser discreta e respeitosa. Orienta-se não fazer uso de caneta vermelha para tais correções. A correção do professor deve funcionar como um diálogo entre o professor e o aluno,estimulando-o a dedicar-se cada vez mais aos estudos. O aluno precisa perceber que o professor lê e corrige seus registros, acredita nele e espera dele capricho e organização, portanto, é interessante estabelecer com a família e com o aluno uma periodicidade possível
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para a correção dos cadernos pelos professores e cumpri-la. Os comentários no caderno podem estimular ou desmotivar um aluno. Eles jamais devem fazer referência à pessoa do aluno, e sim à sua produção. Por exemplo, ao invés de escrever: “Você brilhou!” escreva “Percebi o seu esforço nesta atividade.” É importante, também, dar pistas e dicas sobre possíveis raciocínios de resolução de uma tarefa e explicar o porquê de um erro.
3.8 REUNIÃO PEDAGÓGICA A reunião pedagógica tem por objetivo propiciar espaço para: • formação continuada do corpo docente e técnico; • planejamento de atividades e/ou projetos interdisciplinares; • troca de informações e experiências, visando à integração do trabalho; • aprofundamento do espírito de trabalho em equipe.
3.9 ENEM E SAEB O Enem é o principal exame que dá acesso ao estudante brasileiro às universidades. A Gerência de Educação Básica entende que a preparação dos alunos para o Enem deve ser realizada ao longo dos anos escolares e intensificada no Ensino Médio, com ênfase no trabalho pautado no desenvolvimento de habilidades e competências, realizado no dia a dia da sala de aula. O Saeb, Sistema de Avaliação da Educação Básica, de responsabilidade do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), é um sistema composto por três avaliações externas, que são aplicadas em larga escala e que têm como principal objetivo diagnosticar a educação básica do Brasil. O resultado da avaliação do Saeb é usado para calcular o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), que também é calculado a partir dos dados de aprovação escolar obtidos no Censo Escolar e fornece, portanto, indícios sobre a qualidade de ensino oferecido nas escolas de todo o país.
3.10 OLIMPÍADAS A Gerência de Educação Básica, como mentora e inspiradora de ações pedagógicas de qualidade nas nossas escolas, estimula a participação voluntária de nossos alunos e escolas em competições acadêmicas como a OBA, a OBMEP, Canguru, entre outras, entendendo que estas são promotoras do desenvolvimento de diversas habilidades para a vida e também de conhecimento acadêmico. Caso você, professor, visualize outras formas de participação em outras olimpíadas, alinhe com o pedagogo a viabilidade de participação. MANUAL DO PROFESSOR | 2019 | 19
3.11 TRABALHO DE CAMPO O trabalho de campo deverá ser vinculado a um projeto interdisciplinar compatível com o conteúdo do ano escolar. A escola tem autonomia para definir a quantidade de trabalhos de campo, garantindo foco no âmbito pedagógico e/ou cultural. O trabalho de campo, com foco na indústria, será direcionado aos alunos do EBEP, como preparação para o Mundo do Trabalho. Será permitida uma viagem acima de 100km por ano escolar, mediante avaliação e autorização da GEB e do gerente regional (em formulário específico), desde que não seja realizada à noite. Não estão autorizadas, em nenhuma hipótese, viagens/deslocamentos noturnos. O formulário de solicitação de Trabalho de Campo deverá ser encaminhado para a analista responsável pela escola, juntamente com o projeto que o fundamenta, com antecedência mínima de 30 dias para realização da viagem. O trabalho de campo será realizado mediante a adesão mínima de 80% de alunos da turma e deverá ser sistematizado com o roteiro da visita e atividade a critério do professor. Os alunos que não participarem do trabalho de campo realizarão atividades relacionadas ao tema do projeto na escola.
3.12 TRABALHO EM GRUPO A preparação para o mundo do trabalho inclui a capacidade de trabalhar em equipe, para tal desenvolvimento é preciso que os alunos vivenciem na escola diversas situações de aprendizagem e avaliação, sob a mediação do professor, que deverá ter uma conduta de observação e intervenção, quando necessário. O professor deverá utilizar instrumentos avaliativos efetivos para os trabalhos em grupo,estabelecendo critérios de avaliação a serem observados desde o início do desenvolvimento do trabalho até a apresentação final. É importante deixar claro para os alunos os critérios de avaliação no momento da solicitação do trabalho. Os trabalhos em grupo deverão ser realizados em sala de aula, com a orientação e acompanhamento do professor. Não são permitidos trabalhos em grupo extraturno e fora da escola.
3.13 HÁBITO DE ESTUDO A escola deverá desenvolver ações/estratégias que auxiliem na formação de hábito de estudo dos alunos durante todo o ano letivo. É importante: • Conscientizar o aluno sobre a importância do estudo diário. Esse trabalho deve ser feito através de conversas, dinâmicas, estudos de casos, entre outros. As ações para a retomada deste trabalho devem ocorrer constantemente. • Montar com os alunos uma programação de estudos em casa, orientando-os para melhor adequação da sua rotina. 20 | MANUAL DO PROFESSOR | 2019
3.14 EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA As novas gerações de alunos estão transformando a educação e, como nativos digitais, têm uma relação bem próxima com os recursos tecnológicos, o que exige novas posturas e metodologias de ensino diferenciadas para atender à nova realidade da vida social e profissional. Assim, é fundamental que a Rede SESI de Educação acompanhe essa evolução, propiciando formas para que as salas de aula e o processo de ensino e aprendizagem ganhem uma nova dinâmica com a inserção de ferramentas tecnológicas. Um dos focos do Sistema Indústria é o trabalho com a Educação Tecnológica, em uma abordagem mais abrangente que ultrapassa a robótica, valorizando a ciência e a tecnologia nas escolas. Portanto, é necessário estimular o uso de recursos tecnológicos, aplicativos, plataformas virtuais de aprendizagem, sites, realidade aumentada, tecnologia 3D, jogos, gameficação, entre outros, o que torna a escola um espaço conectado às novas tecnologias, e estas sendo utilizadas como estratégia para o desenvolvimento de novos conhecimentos, do raciocínio lógico, da criatividade e de competências e habilidades. Uma das estratégias utilizadas é a metodologia Lego Education, que possibilita trabalhar o desenvolvimento de valores, ética, cidadania e a interação entre os alunos. Professores responsáveis pelo trabalho com a metodologia Lego®: • Ensino Fundamental: professor regente; • Anos Finais do Ensino Fundamental: professores de Ciências e Matemática; • Ensino Médio: professor de Física. As aulas deverão acontecer quinzenalmente, de acordo com o planejamento do professor (com base nas competências e habilidades da matriz de referência SESI) validado pelo pedagogo previamente.
3.15 REDE SESI DE VIRTUDES A Rede Sesi de Ensino desenvolve, desde 2017, o Projeto Rede de Virtudes em todas as unidades, da educação infantil ao ensino médio, visando atender a uma demanda social que clama por cidadãos mais éticos e que possam ser agentes de transformação para uma cultura de paz e de bem viver. O trabalho pretende desenvolver a consciência e a reflexão da comunidade escolar alunos, família e escola – para questões que permeiam nossa sociedade sob o olhar de valores morais, objetivando mudar positivamente nossa realidade e contribuir para um mundo melhor. Torna-se essencial refletir sobre o mundo atual, fortalecer e renovar os “valores”, inserindo no processo educacional virtudes que possibilitem a formação integral de nossos alunos.
MANUAL DO PROFESSOR | 2019 | 21
A lei 13.185, de seis de novembro de 2015, institui o programa de combate à intimidação sistemática (bullying), privilegiando mecanismos de prevenção, que promovam a efetiva responsabilização e a mudança de comportamento hostil. Nesse sentido, o trabalho com a Rede Sesi de Virtudes vem atender a essa necessidade de nossa sociedade, expressa na lei. A educação escolar não se restringe à mera transmissão de conhecimentos. Podemos afirmar que educar a partir de virtudes leva os alunos a se desenvolverem e entenderem seus direitos e deveres, buscando uma convivência saudável com os demais colegas, com a escola, com a família e a sociedade em geral. Objetivos: • Contribuir com a vivência e interiorização de virtudes indispensáveis à formação humana pelos alunos da Rede Sesi de Educação. • Promover ações de mobilização de toda a comunidade escolar em prol da construção de uma cultura de paz e de bem viver. • Combater preventivamente a intimidação sistemática (bullying) de acordo com a lei 13.185, de seis de novembro de 2015. Elegemos doze virtudes que consideramos fundamentais: • Paciência • Respeito • Solidariedade • Perseverança • Justiça • Honestidade • Compaixão • Gratidão • Generosidade • Tolerância • Gentileza • Lealdade
3.16 DISCIPLINA Disciplina não é só colocar o Regimento Escolar em prática, envolve principalmente o trabalho do professor para promover o engajamento de todos os alunos na aula, entre outros aspectos que norteiam e organizam o cotidiano escolar. O professor é o responsável pela disciplina da turma, em seu horário, dentro ou fora da
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sala de aula, contribuindo assim para a formação da autonomia do seu aluno enquanto estudante e pessoa. Indisciplina se caracteriza como transgressão de regras, desobediência a uma ordem. Ao lidar com essas transgressões, porém, não se pode colocar regras morais e regras convencionais em um mesmo patamar de resolução. Quebrar uma regra moral é muito mais grave. Algumas ações que podem contribuir na formação de uma personalidade ética e ajudar a vencer a indisciplina: • Estimular o respeito mútuo: quando o aluno se sente respeitado, as relações no ambiente escolar passam a se pautar por esse princípio. • Estabelecer relação de confiança: confiar na capacidade do aluno de avançar em seus conhecimentos e estar disponível para ajudá-los nesse processo. Fazer com que os alunos percebam que os professores são pessoas em quem eles podem confiar. • Estimular o sentimento de pertencimento: acolher o aluno de forma que ele se sinta pertencente ao grupo e que sua participação é importante no cotidiano da escola. • Reconhecer sentimentos: o aluno pode se sentir respeitado quando o professor reconhece seus sentimentos. • Promover aprendizagem significativa: aulas bem planejadas, que permitam que os alunos possam trabalhar em grupos, se ajudarem, despertando o interesse em aprender de forma significativa promovem engajamento e disciplina. Sempre que necessário, é primordial a consulta ao Regimento Escolar, que especifica os direitos e deveres dos alunos com o intuito de contribuir para a disciplina no âmbito escolar e, também, para favorecer as boas relações no interior da instituição.
3.17 EVENTOS DA ESCOLA Com o objetivo de estreitar os laços entre família e escola, estimulando a parceria na educação de nossos alunos, a escola promoverá dois grandes eventos: Festa da Família e Festa Junina. Festa da Família: tem como finalidade promover a convivência familiar, estreitando a parceria entre família e escola e ampliando os relacionamentos entre as famílias Sesi. Festa Junina: tem como objetivo resgatar uma manifestação cultural importante na nossa sociedade, e também promover a interação entre alunos, escola, família e comunidade. As produções dos alunos deverão ser expostas no decorrer do ano letivo, com pequenas mostras, a partir do desenvolvimento dos estudos e projetos nos diferentes anos escolares e turmas, trazendo a família para participar do cotidiano da escola.
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3.18 HORA CÍVICA O respeito à Pátria também precisa ser ensinado na escola, portanto, o Sesi promove atividades cívicas, como estudo do Hino Nacional Brasileiro, hasteamento da bandeira e canto do hino em todos os níveis de ensino, semanalmente. Trata-se de uma cerimônia cívica, que envolve todos os alunos da escola, acompanhada pelo Gerente da Unidade. É um momento solene caracterizado pelo hasteamento da bandeira.
3.19 LEITURA A prática da leitura é a base de toda a aprendizagem, portanto, durante a escolaridade as competências de leitura devem ser trabalhadas constantemente, por professores de todas as áreas do conhecimento. O professor é o mediador, que irá ensinar ao aluno as estratégias de leitura que o ajudarão a agir sobre o texto, articulando suas partes, relacionando conhecimentos, atribuindo significado e sentido ao texto. À leitura literária também atribuímos grande importância, pois a escola é um lugar privilegiado para estimular o gosto pela leitura. A leitura literária se constitui numa prática capaz de questionar o mundo já organizado, propondo outras direções de vida e de convivência cultural. Práticas pedagógicas criativas, que venham a somar e a enriquecer o trabalho com a literatura serão sempre bem-vindas. A escola deverá desenvolver atividades com foco no incentivo à leitura e à escrita, considerando como parâmetros de leitura mínima, por segmento: • Educação Infantil: 1 livro semanal. Três livros serão adquiridos pelos pais no decorrer do ano letivo através de sugestões da escola. Os demais livros deverão ser utilizados do acervo da biblioteca. • Ensino Fundamental – Anos Iniciais: 1 livro mensal. Três livros serão adquiridos pelos pais (um a cada etapa letiva). As demais leituras deverão ser feitas a partir do acervo da biblioteca da escola. • Ensino Fundamental – Anos Finais e Ensino Médio: 2 livros por etapa. Três livros serão adquiridos pelos pais (um a cada etapa letiva). As demais leituras deverão ser feitas a partir do acervo da biblioteca da escola. Os livros deverão ser avaliados de forma ampla, utilizando de estratégias, tais como: jogo, teatro, júri simulado, trabalho em grupo, resenha, propaganda, entrevista fictícia com uma personagem do livro, texto argumentativo, prova, entre outros, a critério da escola, validadas pelo pedagogo. Sugerimos a criação de bibliotecas de classe e a prática das rodas de leitura, nas quais, com a mediação do professor, os alunos terão a oportunidade de compartilhar experiências literárias, discutir temas relevantes que aparecem nos livros, aprimorando assim, suas vivências como leitor.
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Cabe ao pedagogo, criar, junto ao grupo de professores, estratégias para ampliar o trabalho desenvolvido com a literatura, em parceria com o bibliotecário, sendo as diretrizes aqui apresentadas, orientações mínimas para condução deste trabalho.
4 BIBLIOTECA ESCOLAR Mais do que um espaço de suporte às pesquisas, empréstimos e consultas, a biblioteca é um espaço cultural que permite o diálogo da literatura com os diversos campos do conhecimento humano, buscando estreitar os laços entre leitores, leitura e biblioteca. A Rede Sesi de Educação, através de suas bibliotecas, promove o conhecimento, a valorização da cultura e a informação de qualidade por meio de ações e projetos de incentivo à leitura. São eles: • Agenda cultural: incentiva a participação dos alunos e de suas famílias em eventos de cunho cultural que sejam promovidos pela escola ou eventos culturais que acontecerão na cidade, podem ainda contemplar dicas literárias e de cinema; • Autor do ano: visa à integração entre biblioteca, sala de aula, pedagogia e tem como finalidade apresentar aos alunos um autor brasileiro e suas obras; • Clássicos universais: apresenta uma forma interessante de se trabalhar com a leitura dos clássicos da literatura, garantindo ao aluno um repertório mínimo e contribuindo assim para o letramento literário do aluno; • Pensando bem: é um informativo mensal que proporciona às famílias dos alunos reflexões sobre temas relacionados à educação; • Semana do Livro e da Biblioteca: é um evento que busca fortalecer a importância da leitura e pesquisa para a formação dos indivíduos; • “Tô ligado”: amplia o arsenal de conhecimentos e informações dos alunos e, também, contribui com textos atualizados para que os professores possam utilizar em suas práticas. Estão disponíveis na intranet, regras para utilização e empréstimos das bibliotecas SESI para empregados do Sistema Fiemg.
5 ESCRITURAÇÃO ESCOLAR As escolas da Rede Sesi de Educação de Minas Gerais utilizam para gestão da escrituração escolar o software RM Classis, que permite o lançamento de informações (notas, frequência, conteúdo programático, atividades curriculares etc.) pelo professor através do Portal do Professor – via Web. Consta no endereço ftp://ftp2.fiemg.com.br/classis/ um tutorial para o professor com o objetivo de orientá-lo no uso do Portal do Professor. É importante que o professor mantenha os seus registros devidamente atualizados no Classis, atentando-se ao cumprimento do cronograma de lançamento dos dados. MANUAL DO PROFESSOR | 2019 | 25
6 AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA A avaliação diagnóstica é um instrumento que tem como objetivo detectar o nível de desempenho dos alunos em todas as disciplinas, com o intuito de identificar as habilidades que precisam ser retomadas no decorrer da 1ª etapa letiva. A aplicação da avaliação fica a critério da escola; nesse sentido, orienta-se que ela seja realizada na 1ª quinzena de fevereiro, aplicada pelo professor da disciplina em seu horário de aula.
7 PROCESSO AVALIATIVO NO SESI O sentido de avaliar se faz em promover a aprendizagem, portanto, a avaliação deve estar integrada aos processos de ensino e de aprendizagem. Avaliar para a aprendizagem é utilizar as informações daquilo que foi aprendido para ajustar percursos e assegurar que o aluno aprenda. Dessa forma, a avaliação precisa ser: • Planejada: possuir um percurso e ser clara; • Sistemática: fazer sentido, estar conectada aos objetivos de ensino; • Orientadora/Reguladora: precisa ter um ponto de partida e uma referência, se necessário, é importante rever a rota; • Contínua: a avaliação não é o fim do processo, e sim um meio; • Eficaz: tem que de fato atender ao que se propõe, e ajudar na tomada de decisão. A intencionalidade da avaliação deve ser a aprendizagem dos alunos.
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O processo avaliativo envolve:
Quem avalia? (sujeitos)
Como avaliar? (procedimentos)
Para que avaliar? (finalidades)
O que avaliar? (objeto)
Processo de Avaliação
Quando avaliar? (periodicidade)
Avaliar a aprendizagem é diferente de avaliar para a aprendizagem: Um processo de avaliação para a aprendizagem envolve: • Usar diferentes recursos; • Entender as diferentes dimensões da aprendizagem; • Avaliar em diversos momentos, pois a aprendizagem precisa de tempo para consolidar; • Dar devolutivas claras aos alunos, pois eles são os sujeitos da aprendizagem e precisam estar engajados em prol da própria aprendizagem; • Integrar a avaliação plenamente em outros processos de ensino. MANUAL DO PROFESSOR | 2019 | 27
7.1 ORGANIZAÇÃO DO PROCESSO AVALIATIVO A avaliação do rendimento escolar é parte do processo educativo e observará, de acordo com a legislação e o Regimento Escolar, os seguintes critérios: • avaliação contínua, processual, cumulativa e formativa do desempenho do aluno; • recuperação trimestral e no final do ano. Na Educação Infantil e no 1ª Ano do Ensino Fundamental, não haverá atribuição de nota. A avaliação será feita mediante observação, acompanhamento e registros do desenvolvimento do aluno. Para esse registro, serão utilizados portfólios e o Relatório de Desenvolvimento Individual do Aluno, que serão apresentados à família, no final de cada etapa letiva. Nos demais anos do Ensino Fundamental e Médio, o ano letivo será dividido em três etapas, com início e término fixados no calendário escolar. Deverá ser observado o seguinte critério de pontuação:
DISTRIBUIÇÃO DE PONTOS
ETAPA LETIVA
TOTAL POR ETAPA
MÉDIA POR ETAPA
1ª
30
18
2ª
35
21
3ª
35
21
Total Anual
100
60
A pontuação de cada etapa letiva será distribuída de acordo com os seguintes critérios: Anos Iniciais ao 3º ano do Ensino Médio • 10% (dez por cento) distribuídos em exercícios, trabalhos individuais e em grupos, seminários, dentre outros; • 90% (noventa por cento) distribuídos em avaliações de verificação de aprendizagem, em provas e simulados. A escola tem autonomia para definir quantas e quais tipos de provas serão realizadas em cada etapa. Essa organização deverá ser validada pela analista responsável pela escola e seguir o seguinte critério: Ensino Fundamental – Anos Iniciais 2º Ano Ensino Fundamental – Anos Iniciais LÍNGUA PORTUGUESA E MATEMÁTICA 1ª ETAPA
2ª E 3ª ETAPAS
24 pontos de provas
28,5 pontos de provas
3 pontos – Matemática – Atividade de Cálculo mental
3 pontos – Matemática – Atividade de Cálculo mental
3 pontos – Língua Portuguesa – Atividades de Estratégias de Leitura
3 pontos – Língua Portuguesa – Atividades de Estratégias de Leitura
3 pontos de trabalhos
3,5 pontos de trabalhos
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HISTÓRIA E GEOGRAFIA 1ª ETAPA
2ª E 3ª ETAPAS
27 pontos de provas de Ciências Humanas*
31,5 pontos de provas de Ciências Humanas*
3 pontos de trabalhos
3,5 pontos de trabalhos
* Trabalharemos com provas unificadas para as duas disciplinas denominadas Ciências Humanas.
CIÊNCIAS 1ª ETAPA
2ª E 3ª ETAPAS
27 pontos de provas
31,5 pontos de provas
3 pontos de trabalhos
3,5 pontos de trabalhos
3º Ano Ensino Fundamental – Anos Iniciais LÍNGUA PORTUGUESA E MATEMÁTICA 1ª ETAPA
2ª E 3ª ETAPAS
24 pontos de provas
28,5 pontos de provas
3 pontos – Matemática – Atividade de Cálculo mental
3 pontos – Matemática – Atividade de Cálculo mental
3 pontos – Língua Portuguesa – Atividades de Estratégias de Leitura
3 pontos – Língua Portuguesa – Atividades de Estratégias de Leitura
3 pontos de trabalhos
3,5 pontos de trabalhos
HISTÓRIA, GEOGRAFIA E CIÊNCIAS 1ª ETAPA
2ª E 3ª ETAPAS
27 pontos de provas
31,5 pontos de provas
3 pontos de trabalhos
3,5 pontos de trabalhos
4º e 5º Anos Ensino Fundamental – Anos Iniciais LÍNGUA PORTUGUESA E MATEMÁTICA 1ª ETAPA
2ª E 3ª ETAPAS
24 pontos de provas
25 pontos de provas
3 pontos – Matemática – Atividade de Cálculo mental
3 pontos – Matemática – Atividade de Cálculo mental
3 pontos – Língua Portuguesa – Atividades de Estratégias de Leitura
3 pontos – Língua Portuguesa – Atividades de Estratégias de Leitura
3 pontos de trabalhos
3,5 pontos da Avaliação da Rede 3,5 pontos de trabalhos
HISTÓRIA, GEOGRAFIA E CIÊNCIAS 1ª ETAPA
2ª E 3ª ETAPAS
27 pontos de provas
31,5 pontos de provas
3 pontos de trabalhos
3,5 pontos de trabalhos
MANUAL DO PROFESSOR | 2019 | 29
No Ensino Fundamental Anos Iniciais, para as disciplinas de Língua Estrangeira Moderna – Inglês e Literatura Infantil, a distribuição de pontos será flexível, conforme validação do pedagogo, considerando: trabalhos e/ou provas. Ensino Fundamental – Anos Finais 1ª ETAPA
2ª E 3ª ETAPAS
27 pontos de provas
28 pontos de provas
3 pontos de trabalhos
3,5 pontos de Avaliação da Rede 3,5 pontos de trabalhos
No Ensino Fundamental Anos Finais, para as disciplinas de Língua Estrangeira Moderna – Inglês, Literatura, Produção de Texto, Introdução à Física e Introdução à Química, a distribuição de pontos será flexível, conforme validação do pedagogo, considerando: provas, uma avaliação da rede e trabalhos. Ensino Médio 1º Ano 1ª ETAPA
2ª E 3ª ETAPAS
27 pontos de provas
28 pontos de provas
3 pontos de trabalhos
3,5 pontos de Simulado da Rede 3,5 pontos de trabalhos
Para o 1º ano, na 1ª etapa, trabalharemos com uma distribuição de pontos diferenciada, considerando o processo de adaptação dos alunos ao Ensino Médio. Orientamos que os pontos de prova sejam distribuídos, preferencialmente, em maior quantidade de avaliações com menor valor. A distribuição de pontos das disciplinas: Língua Estrangeira Moderna – Inglês, Língua Espanhola, Literatura Brasileira, Produção de Texto, Filosofia, Sociologia e Arte será flexível, conforme validação do pedagogo, considerando uma prova, um simulado da rede e trabalhos. 2º e 3º Ano 1ª ETAPA
2ª E 3ª ETAPAS
27 pontos de provas
26 pontos de provas
3 pontos de Trabalhos
3,5 pontos de Simulado da Rede 2 pontos Simulado Externo 3,5 pontos de trabalhos
A distribuição de pontos das disciplinas: Língua Estrangeira Moderna – Inglês, Língua Espanhola, Literatura Brasileira, Produção de Texto, Filosofia, Sociologia e Arte será flexível, conforme validação do pedagogo, considerando uma prova, um simulado da rede, um simulado externo que acontecerá na 2ª e 3ª etapa, e trabalhos. 30 | MANUAL DO PROFESSOR | 2019
Educação Física A disciplina de Educação Física será avaliada, em todos os níveis de ensino, por meio da observação criteriosa e planejada do professor, do engajamento, das atitudes e da participação do aluno em suas aulas. O professor deverá considerar os seguintes aspectos: • Cognitivo (processo de aquisição de conhecimento). • Afetivo (relações e laços criados). • Psicomotor (movimentos corporais). • Disciplina (obediência ao conjunto de regras e normas). • Social (integração dos indivíduos em um grupo). • Hábitos de higiene (cuidados com o próprio corpo). • Participação (vivência e intervenção) • Cooperação (União de esforços). • Expressividade (linguagem corporal). • Uniforme (responsabilidade). A autoavaliação também deverá ser utilizada, pautada em critérios pré estabelecidos e com metodologia adequada a cada faixa etária. EDUCAÇÃO FÍSICA 1ª ETAPA
2ª E 3ª ETAPAS
5 pontos – Autoavaliação
5 pontos – Autoavaliação
10 pontos – Avaliação de postura do aluno pelo professor
15 pontos – Avaliação de postura do aluno pelo professor
15 pontos – Atividades diversificadas –
15 pontos – Atividades diversificadas –
observação do professor
observação do professor
Arte A disciplina de Arte será avaliada, em todos os níveis de ensino, por meio da observação criteriosa e planejada pelo professor, do engajamento, das atitudes e participação do aluno em suas aulas. O professor deverá considerar os seguintes aspectos: • Cognitivo (processo de aquisição de conhecimento), • Afetivo (relações e laços criados), • Pictórico (competência de se expressar ou compreender linguagem de signos, cores e desenhos), • Disciplina (obediência ao conjunto de regras e normas),
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• Social (integração dos indivíduos em um grupo), • Participação (vivência e intervenção), • Cooperação (união de esforços), • Expressividade (linguagem corporal). A autoavaliação também deverá ser utilizada, pautada em critérios pré estabelecidos e com metodologia adequada a cada faixa etária.
ARTE – ANOS INICIAIS 1ª ETAPA
2ª E 3ª ETAPAS
5 pontos – Autoavaliação
5 pontos – Autoavaliação
10 pontos – Avaliação de postura do aluno pelo professor
15 pontos – Avaliação de postura do aluno pelo professor
15 pontos – Atividades diversificadas
15 pontos – Atividades diversificadas ARTE – ANOS FINAIS
1ª ETAPA
2ª E 3ª ETAPAS
5 pontos – Autoavaliação
5 pontos – Autoavaliação
10 pontos – Avaliação de postura do aluno pelo professor
15 pontos – Avaliação de postura do aluno pelo professor
15 pontos – Prova e atividades diversificadas
15 pontos – Prova e atividades diversificadas
ARTE - 1º ANO DO ENSINO MÉDIO 1ª ETAPA
2ª E 3ª ETAPAS
5 pontos – Autoavaliação
5 pontos – Autoavaliação
10 pontos – Avaliação de postura do aluno pelo professor
15 pontos – Avaliação de postura do aluno pelo professor
15 pontos – Prova e atividades diversificadas
3,5 pontos de simulado da rede 11,5 pontos – Prova e atividades diversificadas
Arredondamento Na primeira e segunda etapa, não será adotado o arredondamento matemático, prevalecendo as notas reais, incluindo os decimais. O arredondamento será feito apenas na nota final da última etapa letiva. Em relação à organização dos itens/questões discursivas e abertas: • No Ensino Fundamental Anos Iniciais está previsto 70% Itens/questões discursivas/abertas e 30% itens/questões múltipla escolha (fechadas). • No Ensino Fundamental Anos Finais está previsto 60% Itens/questões discursivas/abertas e 40% itens/questões múltipla escolha (fechadas). • No Ensino Médio, é necessário um equilíbrio na distribuição dos tipos de questões, sendo
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no mínimo, uma prova contendo 50% itens/questões discursivas/abertas e 50% itens/ questões múltipla escolha/fechadas.
7.2 CORREÇÃO ORTOGRÁFICA Excetuando-se as disciplinas de Língua Portuguesa e Produção de Textos, que já desenvolvem estratégias em comum e mais complexas relativas à correção de linguagem, os professores das demais disciplinas deverão circular as palavras grafadas de forma incorreta, em todos os trabalhos e provas dos alunos, conforme o nível de domínio da língua típico de cada faixa etária ou ano escolar. No cabeçalho da prova, constará o item “Erros ortográficos”, onde será registrado o valor descontado na prova em relação à ortografia. Critérios para correção de atividades e avaliações: As altas expectativas que os professores mantêm em relação aos alunos impactam positivamente no desempenho escolar. O professor que sabe “puxar mais”, na medida certa, de modo que desafie e mobilize as competências dos alunos terá melhores resultados. Estabelecer critérios de correção, com o adequado nível de exigência, poderá fazer com que os alunos apliquem maior empenho na execução das atividades e avaliações. Sinalizar em todas as atividades e avaliações, a partir da 2ª etapa do 2º ano e penalizar em trabalhos e provas a partir do 4º ano, a não utilização de: • Uso de letra maiúscula em início de frases. • Ponto final em respostas. • Grafia legível. • Ortografia • Aglutinação de palavras. Exemplo: De repente/Derrepente Erros ortográficos deverão ser sinalizados em todos os trabalhos e provas dos alunos levando em consideração o aspecto linguístico trabalhado. A partir do 4º ano, os alunos deverão ser informados: • a cada conjunto de 3 erros (desconsiderando-se erros repetidos), será descontado 0,1 (um décimo), no valor total da prova e não da questão, até o limite máximo de 1,5 ponto. • a não utilização de letra maiúscula em início de frase e de ponto final, nas respostas em provas e trabalhos será computado da mesma forma que os erros de ortografia, somando-se a eles. As frases elaboradas com sentido incompleto deverão ser penalizadas desde a 2ª etapa do 2º ano, e os valores a serem descontados acordados de acordo com cada avaliação, em cada questão.
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7.3 ATIVIDADES AVALIATIVAS DA REDE São instrumentos elaborados pelos professores do Núcleo Pedagógico-GEB, que integram o processo avaliativo em todas as escolas da Rede SESI. Têm por objetivo possibilitar a análise do aprendizado dos alunos tendo como parâmetro o ano escolar e o desempenho geral da rede. O resultado pode nortear o planejamento de estratégias didáticas que visam o aprimoramento do ensino/aprendizagem. • 4º e 5º ano do Ensino Fundamental – Avaliação da Rede – composta por questões discursivas e de múltipla escolha contemplando conteúdos das disciplinas de Matemática e Língua Portuguesa. • 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental – Avaliação da Rede – Contemplam conteúdos das disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, História, Geografia, Inglês, Literatura, Introdução a Física, Introdução a Química e uma proposta de Produção de Texto. • 1º ao 3º ano do Ensino Médio – Simulado da Rede – Contemplam conteúdos das disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática, Química, Biologia, Física, História, Geografia, Filosofia, Sociologia, Inglês, Espanhol, Literatura, Arte e uma proposta de Produção de Texto. Ausência em um dos dias de aplicação da Avaliação/Simulado da Rede Para os alunos que se ausentarem em um dos dias de aplicação de uma das atividades avaliativas citadas acima, com as justificativas previstas no item Segunda Chamada deste Manual, a nota obtida deverá ser duplicada pelo pedagogo e lançada em todas as disciplinas. Ausência nos dois dias de aplicação da Avaliação/Simulado da Rede Para os alunos que se ausentarem nos dois dias da aplicação de uma das atividades avaliativas citadas acima, com as justificativas previstas no item Segunda Chamada deste Manual, o professor deverá fazer uma regra de três em cada disciplina para substituir a nota perdida. Para fazer a regra de três, o professor deverá fazer a somatória de todas as notas das avaliações que já foram aplicadas na etapa. As notas de trabalho não deverão ser consideradas neste cálculo. A regra de três deverá ser feita em cada disciplina separadamente. Exemplo: TIPOS DE AVALIAÇÃO
VALOR
NOTA
REGRA DE TRÊS
1ª avaliação
8
6,5
24 – 17,7
2ª avaliação
8
7,1
3-X
3ª avaliação
8
4,1
TOTAL
24
17,7
24X = 53,1
Simulado da Rede
3
2,21
X = 2,21
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7.4 SEGUNDA CHAMADA Terá direito à segunda chamada de avaliação o aluno que apresentar, por escrito, justificativa comprovada, no prazo máximo de dois dias úteis, após a aplicação da avaliação, mediante formalização do pedido, através de requerimento disponível na secretaria escolar. Os motivos abaixo são considerados justificativas para a aplicação da avaliação em segunda chamada: • por razões de luto, no prazo previsto em lei; • por motivos de convocação oficial; • quando em atividades militares e no exercício efetivo de plantões; • quando afastado das atividades escolares por recomendação médica. Para os alunos do Ensino Fundamental Anos Iniciais, as provas serão aplicadas durante a etapa letiva correspondente, contemplando o conteúdo equivalente à prova perdida. As provas deverão ser aplicadas no contraturno ou sábado. Já para o Ensino Fundamental Anos Finais e Ensino Médio, as provas serão aplicadas no final da etapa letiva correspondente, no contraturno ou no sábado, contemplando todo o conteúdo trabalhado no período. Para o aluno que perder mais de uma prova da mesma disciplina em uma etapa, a nota da prova de segunda chamada terá o valor correspondente ao valor total das provas perdidas. Não haverá segunda chamada para as provas de recuperação. O aluno suspenso e/ou que for surpreendido “colando”, perderá o direito às avaliações de segunda chamada. Caberá à Equipe Pedagógica e ao Diretor/Gestor da escola validar o recurso referente à segunda chamada.
7.5 CRITÉRIOS DE PROMOÇÃO A avaliação de todos os conteúdos do 1º ano do Ensino Fundamental, em cada etapa letiva, terá caráter qualitativo e deverá pautar-se no Relatório de Desenvolvimento Individual do Aluno. Os resultados obedecerão aos seguintes critérios: • BD – Bom desempenho; • EA – Em aquisição; • DD – Demonstra dificuldade. Não serão atribuídas notas aos alunos do primeiro ano do Ensino Fundamental. O resultado, ao final do ano letivo, será consignado como: “Apto” ou “Não Apto”, devendo constar um desses termos no histórico escolar. A promoção do 2º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio será conferida ao aluno que obtiver pelo menos 60% dos pontos distribuídos e o mínimo de 75% de frequência do total da carga horária prevista na Matriz Curricular.
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7.6 ESTUDOS DE RECUPERAÇÃO A recuperação é uma estratégia de intervenção deliberada no processo educativo, desenvolvida pelo professor e pela escola, como nova oportunidade que possibilite aos alunos o desempenho esperado. Deverá ser contínua, planejada, interativa e reflexiva sobre o trabalho escolar, considerando-se as conquistas e as dificuldades dos alunos, para que sejam propostos novos e apropriados desafios. Os estudos de recuperação serão oferecidos nas seguintes modalidades: • recuperação paralela: é importante que o professor acompanhe o percurso de aprendizagem de cada aluno. Após cada avaliação realizada, o professor deverá analisar as habilidades que não foram desenvolvidas efetivamente, criando estratégias diversificadas para que seu aluno alcance os objetivos de aprendizagens propostos. Se foi detectado um problema de aprendizagem comum à grande parte da turma, cabe uma reflexão: a metodologia e a estratégia utilizadas foram coerentes com o objetivo pedagógico? Nesse caso, é importante retomar o conteúdo com urgência e sobre novas bases. Avaliar também é checar a qualidade e a eficácia do próprio trabalho. • recuperação trimestral: será oferecida no final da primeira e da segunda etapas letivas, conforme as datas estabelecidas no calendário escolar, destinadas ao aluno que não obtiver 60% (sessenta por cento) dos pontos distribuídos em cada etapa. Na recuperação da 1ª etapa são atribuídos 30 pontos, atribuídos em uma avaliação específica. O registro dos pontos obtidos está limitado a 60%. Caso o aluno não obtenha esse percentual, ou seja, 18 pontos, prevalecerá a maior nota. Na recuperação da 2ª etapa são atribuídos 35 pontos, atribuídos em uma avaliação específica. O registro dos pontos obtidos está limitado a 60%. Caso o aluno não obtenha esse percentual, ou seja, 21 pontos, prevalecerá a maior nota. • recuperação final: proporcionada ao aluno que não obteve êxito durante o ano letivo, desde que tenha obtido o mínimo de 40 pontos por disciplina. Nesta etapa, não serão considerados os pontos obtidos no decorrer do ano em cada disciplina. Serão atribuídos 100 pontos em uma avaliação específica. Caso o aluno não obtenha 60%, ou seja, sessenta pontos, prevalecerá a nota maior (da recuperação final ou do ano letivo). Na recuperação final, serão oferecidos plantões para orientação dos estudos conforme calendário de cada escola. Ao selecionar as habilidades a serem cobradas na avaliação de recuperação final, o professor deverá ter o cuidado de selecionar aquelas que são âncoras para as novas aprendizagens no ano escolar seguinte. Tanto na recuperação trimestral (1ª e 2ª etapa) quanto na recuperação final, o aluno terá direito a, no máximo, 3 (três) disciplinas para o Ensino Fundamental e 4 (quatro) disciplinas para o Ensino Médio. O professor deverá elaborar um roteiro de estudos contendo: conteúdos/habilidades com páginas do material didático, registro dos cadernos e uma lista de exercícios de revisão, possibilitando estudo efetivo. Esse roteiro não será pontuado e será realizado na modalidade de estudos autônomos.
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A divisão de pontos da recuperação trimestral e final deverá respeitar os seguintes critérios: 100% dos pontos em avaliação específica com no mínimo 10 e no máximo 20 questões. A participação do aluno nos processos de recuperação (trimestral ou final) está condicionada ao preenchimento de requerimento específico, disponível na secretaria escolar, e ao pagamento da respectiva taxa por disciplina, pelo seu responsável.
7.7 ENTREGA DE RESULTADOS Ao final de cada etapa, todos os alunos deverão receber o boletim de notas emitido pelo Classis, independente de estar ou não em recuperação. Após o período de recuperação, os alunos que realizaram a prova deverão receber novo boletim com notas atualizadas.
7.8 ATENDIMENTO A ALUNOS EM SITUAÇÃO ESPECIAL 7.8.1 ALUNOS EGRESSOS DE ESTUDOS NO EXTERIOR Os alunos egressos de estudos realizados no exterior terão tratamento segundo normas emanadas do Conselho Estadual de Educação, em legislação específica. Quando o curso for realizado no todo ou parcialmente em estabelecimento de ensino estrangeiro, é obrigatória a adequação ao curso da escola, mediante processo de classificação ou reclassificação, como previsto no Regimento Escolar.
7.8.2 ALUNOS COM ATESTADO O aluno regularmente matriculado que for acometido de doença que o impeça de continuar frequentando as atividades escolares terá direito ao atendimento especial, desde que apresente laudo médico comprovando sua incapacidade temporária, no prazo máximo de 2 (dois) dias úteis. O aluno tem direito às orientações dos professores, à reposição das atividades desenvolvidas e a receber o material didático necessário aos estudos. Também poderá desenvolver as tarefas em seu domicílio, se suas condições assim o permitirem. O tratamento especial aplica-se também à aluna gestante e aos estudantes convocados para o Serviço Militar, desde que suas faltas sejam, comprovadamente, por motivos decorrentes dessas condições.
7.8.3 ALUNOS COM DEFICIÊNCIA Os alunos com deficiência participarão do processo seletivo e serão matriculados nas classes comuns do ensino regular com o objetivo de propiciar-lhes o pleno desenvolvimento de suas habilidades cognitivas e de integrá-los ao convívio social, considerando o perfil do alunado, as características físicas da escola, os princípios e as diretrizes da instituição. Cabe ao professor, juntamente com o pedagogo e com o apoio da Gerência de Educação, buscar recursos e estratégias didáticas diversificadas a fim de promover o MANUAL DO PROFESSOR | 2019 | 37
aprendizado dos alunos com necessidades educacionais especiais e acompanhá-los ao longo de todo o ano letivo. O Plano de Desenvolvimento Individual (PDI) é o documento utilizado para registrar a evolução do aluno com deficiência, bem como as intervenções, recursos e estratégias usadas pela escola para atender o aluno. Cabe ao professor, juntamente com o Pedagogo, fazer o registro de forma processual e descritiva das intervenções pedagógicas e processos de avaliação. É este documento que respalda a escola, oferecendo ao aluno com deficiência instrumentos e adaptações nas atividades, para que a escola possa oportunizar seu desenvolvimento e avaliação através de intervenções individualizadas. Deve ser atualizado a cada etapa letiva. Todos os alunos que necessitam de adaptações (no material, nas avaliações, na distribuição de pontos, na condução do processo de ensino e aprendizagem) devem ter o PDI preenchido adequadamente e anexado ao laudo (com CID) atualizado em sua pasta.
7.9 CONSELHO DE CLASSE Orientações Conselho de Classe Ensino Fundamental Anos Iniciais O Conselho de Classe, nas séries iniciais do ensino fundamental, ao final de cada etapa, deverá contar somente com a professora regente, a pedagoga e os demais professores que atuam com a turma (Inglês, Arte, Educação Física, Música), pois as informações tratadas são de interesse somente dos professores que lidam diretamente com o aluno. Deverá ser estabelecida uma organização no horário, de modo que as professoras regentes façam um rodízio e estejam presentes apenas no conselho de sua turma. Orientações Conselho de Classe Ensino Fundamental- Anos Finais e Ensino Médio O Conselho de Classe deverá ser conduzido pelo pedagogo do segmento, contando com o apoio da equipe de professores na tomada de decisões. Deverão participar do Conselho todos os professores que atuam com a turma. Os participantes do conselho de classe deverão se orientar pelos documentos oficiais para a elaboração das estratégias de intervenção e apoio. Esses documentos são: • Planilha de Acompanhamento Socioemocional • Ata de Conselho e Classe • Ata de Resultados Parciais/Totais • Etc.
8. ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DAS AVALIAÇÕES Avaliação é um processo educacional que envolve a coleta de informações relevantes sobre o objeto educacional, a síntese dessas informações e sua interpretação, para que sejam tomadas decisões educacionais. O processo avaliativo deve, então, ser bem planejado levando-se em consideração o objeto de aprendizagem, o sujeito a ser avaliado, quando avaliar, como avaliar e quem avalia. 38 | MANUAL DO PROFESSOR | 2019
8.1 QUANTO AO TIPO DE ITEM/QUESTÃO A escolha do tipo de item (questão) a ser formulado depende da natureza do conteúdo, da complexidade da habilidade e do nível de competência que serão avaliados. Tipos de item: • Seleção de respostas prontas - múltipla escolha, verdadeiro ou falso, complemento • Resposta construída - discursiva • Desempenho - item oral • Modelo Enem
8.2 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS PARA ELABORAÇÃO DE ITENS Conteúdo 1. Cada item deve avaliar uma única habilidade predominante. Outras habilidades podem ser requeridas na resolução de um item, mas devem ser apenas condições necessárias. A habilidade predominante deve ser a condição suficiente. 2. O item deve estar baseado em conteúdo importante e relevante, evitando conteúdos triviais. 3. Cada item deve ser independente, a resolução de um item não deve atrapalhar ou ajudar a resolução de outro. 4. Os extremos devem ser evitados, procurar não elaborar itens sobre conteúdos muito específicos ou muito gerais. 5. A resolução do item deve ser independente de opiniões pessoais. 6. Evitar itens do tipo “pegadinha”, em que o aluno é levado ao erro por algum detalhe não relacionado à habilidade predominante do item. 7. O vocabulário e a linguagem adotados devem estar adequados ao grupo de pessoas que irá responder o teste (em termos de faixa etária, série, maturidade, etc.). 8. Itens baseados em conteúdos já publicados devem: • deixar claro que excerto do material apresentado está sendo requerido em cada questão. Quanto à utilização do suporte deve-se considerar: * Ensino Fundamental – Anos Iniciais: um mesmo suporte poderá ser utilizado para até 3 itens. * Ensino Fundamental – Anos Finais e Ensino Médio: um mesmo suporte poderá ser utilizado para até 2 itens. • colocar “Adaptado de” depois da citação caso o texto tenha sido editado. • usar a referência incluída apenas como base para construir a situação-problema, não como situação problema por si só. • incluir citação completa conforme normas ABNT, indicando: * títulos de textos e autores, usando fonte Arial em itálico; indicar autoria com fonte
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menor, conforme modelo: (AUTOR, título da publicação. Local: editora, ano.). Se houver adaptações, acrescentar o termo “adaptado”. * referências da internet de acordo com o exemplo a seguir: Disponível em : http:// educacao.uol.com.br/. Acesso em: 10 dez.2015. Tipo e formato O formato do item (respostas construídas pelo aluno ou múltipla escolha) deve ser definido em função da habilidade predominante que se quer avaliar. Considerar: • formulário com cabeçalho padrão de avaliação. • fonte Arial 13 (Ensino Fundamental – 1º ao 3º ano), Arial 12 (Ensino Fundamental – 4º e 5º ano); Arial 11 (Ensino Fundamental – 6º ao 9º ano) e Arial 10 (Ensino médio) para digitação dos itens; papel A4. • letra maiúscula para iniciar as alternativas que completem um enunciado encerrado com dois pontos (:). • letra minúscula para iniciar as alternativas que completem um enunciado sem pontuação. • não usar dois pontos (:) quando o enunciado for uma frase a completar. • identificação das alternativas de resposta por letras de A) a D) no Ensino Fundamental e A) a E) no Ensino Médio. • utilização imagens nítidas em tamanho legível. • especificar a pontuação nos itens/questões de todas as provas. Estilo 9. Após finalizar cada item: I - releia, faça revisão, correção e edição do que for necessário melhorar; II - minimize o texto a ser lido pelo respondente, procure “enxugar” o item; III - resolva o item novamente após modificá-lo para verificar se o sentido e as ideias originais foram preservadas. 10. Use gramática, pontuação e ortografia corretamente. 11. Evite utilizar recursos em cores, tais como figuras coloridas, legendas, gráficos, etc. nos quais a identificação da cor se faz necessária à resolução do item. (Salvo orientação contrária na encomenda dos itens). Enunciado do item: 12. Certifique- se de que “o que deve ser feito” estará claro para o aluno no enunciado do item. Inclua uma ideia central no enunciado e não nas alternativas. 13. Evite excesso de detalhes, pois a partir de certo ponto mais texto deixa tudo menos claro, ao invés de deixar mais claro. 14. Enuncie o item na forma positiva ou afirmativa, evite sentenças negativas, tais como, “NÃO CORRETO”, “NÃO VERDADEIRO”, “COM EXCEÇÃO DE”, “EXCETUANDO-SE” , etc. Se o item somente puder ser enunciado na forma negativa, use as palavras negativas em caixa alta, negrito e/ou itálico. 40 | MANUAL DO PROFESSOR | 2019
Alternativas do item 15. Formate as alternativas verticalmente ao invés de horizontalmente. 16. Elabore pelo menos duas alternativas erradas (distratores) plausíveis. Isso evita que o aluno elimine facilmente alternativas e “fique entre duas”. 17. Certifique-se de que apenas uma alternativa está correta e de que todas as demais estão incorretas. 18. Varie a posição da alternativa correta ao longo de uma prova ou conjunto de itens que você esteja elaborando (balancear as alternativas). 19. Organize alternativas em ordem lógica ou numérica. 20. As alternativas devem ser independentes, uma alternativa não deve eliminar nem reforçar a outra. 21. As alternativas devem estar equilibradas em termos de conteúdo, gramática e estilo do texto. 22. As alternativas devem estar equilibradas em termos de tamanho (quantidade de caracteres). 23. Evite usar “nenhuma das anteriores”. 24. Evite usar “todas as anteriores”. 25. Escreva as alternativas na forma afirmativa, evite o “NÃO” nas alternativas. 26. Evite dar pistas para a alternativa correta, tais como: • Expressões estritas: sempre, nunca, completamente, absolutamente. • Inclusão de partes do enunciado. • Inconsistências gramaticais ou lógicas que levem o aluno à alternativa correta. 27. Evite distratores impossíveis. 28. Use humor apenas se for compatível com o ambiente de ensino-aprendizagem em que o teste está inserido.
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8.3 QUANTO À ESTRUTURA DO ITEM/QUESTÃO (MÚLTIPLA ESCOLHA E DISCURSIVA) O primeiro passo para a elaboração do item/questão é definir a habilidade a ser avaliada.
Competência
Habilidade/ Descritor
Setença descritora
Item
Especificações de processos cognitivos e objetos de conhecimento
As habilidades muito amplas devem ser restringidas nas sentenças descritoras, a fim de focar no que deve ser avaliado. A sentença descritora deve conter três componentes: a operação cognitiva, o objeto do conhecimento e o contexto. O Item irá avaliar a capacidade do aluno de articular esses três componentes. Um item/questão compõe-se de:
SUPORTE
COMANDO
RESPOSTA
Os itens/questões devem ser elaborados de forma contextualizada, pois o contexto faz com que aluno mobilize seus conhecimentos, estruturando-os e aplicando-os com a finalidade de resolver a situação- problema. Um contexto adequado para o ensino e para a avaliação da aprendizagem não precisa estar ligado ao cotidiano. Basta permitir a inter-relação entre significados conceituais/ mobilização do conhecimento em uma situação nova. Para que isso ocorra, é necessário escolher um suporte, que pode ser de tipos variados. Esse suporte deve fazer parte da situação-problema a ser elaborada, pois do contrário, funcionará como simples pretexto.
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INDICADORES
Indicadores para avaliar a adequação da contextualização de um item de avaliação PRETEXTO
CONTEXTUALIZAÇÃO PARCIAL
O suporte (texto, figura, introdução, etc.) apresentado não é necessário para a resolução da questão.
A questão não faz sentido sem os suportes (estímulos) utilizados, mas nem todo material apresentado é requerido ou tem alguma finalidade na questão.
O material utilizado ilustra a questão ou serve como temática, mas não está relacionado ao raciocínio requerido para resolvê-la.
Existe relação entre o suporte e o que é pedido na questão, mas a resolução pode ser feita sem o uso de parte significativa do material apresentado. Os suportes utilizados apenas tangenciam o raciocínio requerido para resolver a questão. A questão pode ser resolvida sem que se entenda totalmente o contexto.
CONTEXTUALIZAÇÃO ADEQUADA Somente é possível compreender o que é pedido na questão com o suporte apresentado. O material contém informações sem as quais não se pode resolver a questão. Mesmo sendo possível dar uma resposta à questão sem utilizar algumas informações do suporte, trata-se, neste caso, de uma nova questão, cuja resolução depende de amplo e profundo conhecimento da área.
Após o suporte, vem o comando ou enunciado, propriamente dito. É nessa parte que a habilidade que se pretende avaliar deve estar. É no enunciado que deverá ser expressa a situação-problema. Ela deve ser única e deve estar bem definida no enunciado, sob pena de comprometer a validade do item com relação àquilo que se pretende avaliar. Esse comando, que pode ser em forma de complementação ou de uma interrogativa, precisa ser claro e representar o que o aluno deverá, efetivamente, realizar.
INDICADORES
Indicadores para avaliar adequação da situação-problema de um item de avaliação INDEFINIDA
IMPLÍCITA
Não existe situação problema definida no enunciado da questão e nem definida implicitamente nas alternativas. Há múltiplas situações- problemas, não especificadas no enunciado ou comando da questão. As diferentes situações problema aparecem nas alternativas.
A situação problema é única, mas se apresenta implicitamente no complemento do enunciado pelas alternativas. Lendo apenas o enunciado, sem recorrer às alternativas, não é possível identificar o que é pedido na questão, mas lendo o enunciado em conjunto com qualquer uma das alternativas é possível fazer essa identificação.
DEFINIDA Existe uma única situação problema na questão, que está explícita no enunciado. A questão, sem as alternativas, poderia ser convertida numa questão de resposta construída (com adaptações marginais no texto).
8.4 QUANTO À ELABORAÇÃO DE ITENS/QUESTÕES DE LÍNGUA ESTRANGEIRA: INGLÊS E ESPANHOL • Os professores terão flexibilidade na elaboração dos itens de Língua Estrangeira considerando a abordagem. • Nestas disciplinas os itens elaborados deverão ser coerentes com a proposta do livro didático, podendo utilizar, inclusive, os modelos de exercícios nele contidos.
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8.5 QUANTO À CORREÇÃO DE ITENS/QUESTÕES DE MÚLTIPLA ESCOLHA • Corrigir à caneta, com registro do valor obtido em cada questão/item. • Evitar rasurar as correções, pois a avaliação é um documento da vida escolar do aluno. • Descrever a ação do aluno e não emitir um julgamento de valor. • Considerar uma única alternativa de resposta. • Em caso de erro do aluno ao responder a questão/item, a observação da alternativa escolhida pode fornecer ao professor, informações sobre o percurso de aprendizagem do aluno e pode subsidiar futuras intervenções do professor durante a retomada da correção em sala. • Nas questões que requerem cálculos, a observação do registro do aluno também pode ser fonte de informação para a retomada da habilidade em sala de aula.
8.6 QUANTO À CORREÇÃO DE ITENS/QUESTÕES ABERTAS OU DISCURSIVAS • Corrigir à caneta, com registro do valor obtido em cada questão/item. • Evitar rasurar as correções, pois a avaliação é um documento da vida escolar do aluno. • Descrever a ação do aluno e não emitir um julgamento de valor. Ao corrigir questões/itens discursivos, o professor deverá considerar: • resposta condizente com o solicitado no enunciado. • organização das ideias, de forma que a elaboração da resposta esteja compreensível e demonstre uma elaboração mental com sentido e significado. O professor somente irá atribuir total à questão quando a resposta apresentar sentido completo. • se a escrita é apenas um texto rebuscado sem atender ao enunciado não deverá ser atribuída pontuação.
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(sintomas de exaustão)
CLASSIFICAR
LISTAR
SINTERIZAR
ORDENAR
ANALISAR Separar as partes constituintes de um objeto de conhecimento e determinar suas relações entre si e com a estrutura ou propósito geral.
AVALIAR Fazer julgamentos baseados em critérios ou padrões.
CRIAR Unir elementos para formar um todo coerente; reorganizar em um novo padrão ou estrutura.
APLICAR Executar ou usar um procedimento em uma situação dada.
(a lista mais completa de atividades)
SELECIONAR
GERAR (uma agenda de tarefas)
(a consistência de diferentes fontes)
VERIFICAR
REUNIR
(um time de especialistas)
Dimensão dos Processos Cognitivos
LEMBRAR Recuperar conhecimento relevante da memória de longo prazo.
COMPREENDER Construir significados para fatos, objetos, interações etc, apreendidos por meio de linguagem oral, escrita ou visual, por exemplo.
(fatos históricos em uma linha do tempo)
(características de um novo produto)
(cores primárias e secundárias)
RECONHECER
FORNECER
DIFERENCIAR (trapézios de não trapezios)
(orientações para iniciantes)
(animais de acordo com a espécie)
ESCLARECER
FACTUAL Os elementos básicos que os estudantes devem saber para se familiarizar com uma disciplina e resolver os problemas dela.
CONCEITUAL Inter-relação entre os elementos básicos de uma estrutura geral que lhes permite funcionar juntos.
PROCEDIMENTAL Como fazer alguma coisa, refletindo sobre critérios para o uso de habilidades, algorítimos, técnicas e métodos.
METACOGNITIVO Conhecimento da cognição de modo geral, bem como a consciência e o conhecimento de sua própria cognição.
LEMBRAR
EXECUTAR
DETERMINAR (a relevância de resultados)
(a eficiência de uma técnica)
(costumes com regulamentos)
INTEGRAR
(um projeto eficiente)
JULGAR
DESENHAR
REFLETIR
(testes de pH em amsotras de água)
(as instruções de uma palestra)
(como resolver uma equação quadrática)
IDENTIFICAR (estratégias para reter informação)
(a resposta de alguém a um choque cultural)
PREDIZER
USAR
(um viés de análise)
CRIAR
(sobre o próprio progresso)
DESCONSTRUIR
(estratégias adequadas às próprias competências)
Taxonomia de Bloom Revisada
Dimensão dos Conhecimentos
(um portifólio de aprendizagem)
8.7 HABILIDADES OU OPERAÇÕES MENTAIS QUE APARECEM COM MAIS FREQUÊNCIA NOS DESCRITORES (DAS MAIS SIMPLES PARA AS MAIS COMPLEXAS
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8.8 QUANTO AO NÍVEL DE DIFICULDADES DOS ITENS/QUESTÕES Em cada avaliação, o professor deverá, a fim de se instrumentalizar melhor, levantar as questões com maior índice de acerto, as que apresentam nível médio de dificuldade e as que apresentam menor índice de acerto. Na avaliação seguinte, convém igualmente observar e reavaliar os índices de dificuldade de questões semelhantes, de avaliações anteriores, fornecidas pela análise já efetuada. Recomenda-se a seguinte distribuição: 30% de questões de nível fácil; 50% de questões de nível médio e 20% de questões de nível difícil.
8.9 MAPA DA PROVA O mapa é um planejamento da prova, um retrato das habilidades a serem avaliadas. Deve ser elaborado antes da elaboração da prova. O formulário do mapa da prova deverá ser preenchido com base na Matriz de Referência da Rede Sesi de Educação. A coordenação pedagógica tem autonomia para escolher se irá utilizar o formulário do mapa da prova e alguma planilha para tabular os resultados da avaliação ou não. Ao elaborar o mapa de prova, o professor poderá, caso perceba a necessidade, detalhar a habilidade em uma sentença descritora, a qual deverá descrever qual operação cognitiva se espera do aluno na realização do item (verbo), a qual objeto de conhecimento a operação cognitiva está vinculado e em que contexto.
TIPO
NÍVEL
Múltipla Escolha Médio
ASSUNTO/TEMA
HABILIDADE
Compreender em Conjunto dos diversos contextos Números Racionais diferentes significados
SENTENÇA DESCRITORA Identificar diferentes representações de um mesmo número racional, nas formas decimal e fracionária, em um contexto de compra e venda.
8.10 REVISÃO TÉCNICA DAS PROVAS As provas, elaboradas pelos professores, deverão passar por um processo de análise e validação do pedagogo com o objetivo de aprimorar a qualidade do instrumento avaliativo. Cada escola deverá estabelecer qual a melhor forma de se efetivar esse processo. Cabe ao professor zelar pela qualidade do instrumento avaliativo e fazer uma revisão, criteriosa antes de entrega-la ao pedagogo. O pedagogo fará a revisão técnica da prova, nos seguintes aspectos: contextualização, foco no desenvolvimento de habilidades, normas e técnicas de elaboração, adequação de linguagem e vocabulário.
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9 ORIENTAÇÕES PARA APLICAÇÃO DAS AVALIAÇÕES 9.1 ORIENTAÇÕES PARA APLICAÇÃO DE PROVAS NO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS 2º Ano: O aluno que cursou o 1º Ano na Rede Sesi, de acordo com as orientações da Educação Infantil e 1º Ano, num curso normal do processo de alfabetização, deve terminar o 1º Ano sendo capaz de ler e escrever realizando a correspondência fonema grafema de todas as estruturas silábicas. É a primeira vez que os alunos irão realizar uma prova, portanto é importante conversar com a turma sobre a finalidade de uma avaliação, a importância de ser um trabalho individual, tranquilizando-os para que encarem as provas como algo que faz parte da vida de todo estudante. 1ª Etapa A professora deverá ler a avaliação para os alunos, questão por questão, iniciando a próxima quando todos estiverem terminado a questão, sem realizar comentários ou dar explicações. Questões abertas: ler o enunciado e esperar que todos respondam, Questões de múltipla escolha: Ler o suporte, o comando e as alternativas dando uma pequena pausa para que os alunos pensem na escolha. 2ª e 3ª Etapas A professora, juntamente com a pedagoga, deverá avaliar, criteriosamente, a necessidade da leitura da avaliação para os alunos. Poderão ser respondidas perguntas tais como: “Casa se escreve com s ou com z?, Perguntas relacionadas ao conteúdo deverão ser respondidas apenas com alguma pista que favoreça o raciocínio do aluno, de forma discreta, sem “entregar” a questão. Após a entrega da avaliação a professora deverá conferir se todas as questões foram respondidas e pedir que terminem. 3º, 4º e 5º Anos Os alunos deverão realizar com total autonomia, apenas perguntas relacionadas à ortografia poderão ser respondidas. Quando o aluno terminar e entregar, verificar se todas as questões foram respondidas e pedir que terminem, caso falte alguma.
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9.2 ORIENTAÇÕES PARA APLICAÇÃO DE PROVAS NO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS E ENSINO MÉDIO A prova deve ser elaborada para ser aplicada em 50 minutos. O simulado da Rede deverá ser aplicado em 100 minutos. Já em relação ao o simulado interno, o tempo de realização fica à critério da escola. No caso dos alunos com deficiência, o prazo deverá ser analisado caso a caso, atendendo a sua necessidade. O professor aplicador não deverá fazer intervenções durante a aplicação, exceto para alunos com deficiência que demandarem essa intervenção.
9.3 ENTREGA DAS PROVAS Após a aplicação das provas, o professor tem o prazo máximo de dez dias corridos para lançar a nota no Classis e devolver as provas aos alunos fazendo as devidas intervenções.
9.4 ENTREGA DE TRABALHOS Os alunos que não entregarem os trabalhos na data determinada terão uma nova oportunidade de entregá-lo na próxima aula da disciplina com a redução de 50% do valor. Não serão aceitos trabalhos após essa data.
9.5 DEVOLUÇÃO DE PROVAS No ensino fundamental, é importante a correção das questões erradas como tarefa de casa, sendo estas corrigidas pelo professor com a turma. Após os lançamentos das notas, caberá aos professores e pedagogos analisar os resultados da turma. Algumas hipóteses para análise de resultados se a média da turma for baixa: • A estratégia empregada para ensinar não foi adequada à realidade da turma. • As habilidades priorizadas na prova não correspondem ao que foi trabalhado em sala de aula. • O nível de desafio das questões é maior do que os alunos são capazes de resolver. • As questões foram mal elaboradas, prejudicando a compreensão pelos alunos. • O professor não observou, adequadamente, os parâmetros de correção, especialmente para redação e questões abertas. • De maneira geral, os alunos não têm se empenhado nos estudos. Algumas hipóteses para análise de resultados se a média for alta: • As estratégias empregadas foram adequadas à realidade da turma. • A correção das questões foi inadequada. 48 | MANUAL DO PROFESSOR | 2019
• As habilidades priorizadas nas provas estão aquém do que foi trabalhado em sala de aula. • O nível de desafio das questões foi baixo, facilitando a elaboração das respostas dos alunos. Caso as questões estejam compatíveis com o trabalho desenvolvido, o nível de exigência da prática está aquém da capacidade dos alunos. • Existe um grande empenho por parte dos alunos. Em qualquer uma das situações, os dados devem ser analisados e comparados com outras provas e também com os resultados de outras disciplinas. Realizada a análise, o professor deverá entregar a prova em sala, comentar sobre os resultados, chamando atenção para questões em que os alunos apresentaram mais dificuldades.
9.6 REVISÃO DE PROVA A revisão de provas poderá ser solicitada pelo responsável legal do aluno ou pelo próprio aluno, se maior de idade, dentro do prazo máximo de três dias úteis após a divulgação dos resultados.
10. SESI EDUCAÇÃO INTEGRAL A melhoria da qualidade do ensino regular é uma meta perseguida em todos os níveis da Educação Básica da Rede SESI MG. Várias estratégias são utilizadas para alcançá-la, dentre elas, a ampliação da jornada escolar com uma proposta pedagógica diferenciada e interdisciplinar, inseridas num contexto de produção de conhecimento. A escola tem autonomia para ofertar o Integral na 1ª etapa do 1º ano ou optar apenas pela oferta aos alunos do 3º ano do Ensino Médio. Pretendemos unir a oportunidade de ampliação do tempo de permanência do aluno na escola, a uma proposta pedagógica consistente, que possa fazer toda a diferença na formação integral dos alunos, gerando assim melhoria na qualidade do ensino e, consequentemente, elevação dos resultados. São objetivos do Ensino Médio Integral • elevar os indicadores de aprendizagem dos estudantes em todas as suas dimensões; • contribuir para formação de hábitos de estudo num ambiente que priorize os valores éticos, morais e sociais; • promover a construção da autonomia e do empreendedorismo.
10.1 CARGA HORÁRIA A carga horária do SESI Integral não é complemento da carga horária do Ensino Regular. É uma proposta diferenciada na qual o professor desenvolverá, nesse período, atividades curriculares e extracurriculares vinculadas às desenvolvidas no regular. MANUAL DO PROFESSOR | 2019 | 49
Deverão ser consideradas 12 aulas semanais divididas entre três dias, com exceção da sexta-feira. A escola deverá organizar o horário semanal estabelecendo o número de aulas por disciplina, considerando as necessidades dos alunos. Para tal, foi estabelecido uma matriz comum, que todos deverão trabalhar, e uma diversificada, ficando a cargo da escola definir as disciplinas para montar a estrutura final. A matriz curricular do Integral de cada escola será validada pela analista responsável.
Base comum (Para todas as escolas)
Parte diversificada (A escola tem autonomia para definir as disciplinas que irão compor esta parte)
Matemática Língua Portuguesa Produção de Texto/Atualidades Física Química Biologia Aulões: Geografia/História Literatura Sociologia/Filosofia Esporte Estudos Orientados/Projetos de Vida/Arte
10.2 MONTAGEM DO HORÁRIO SEMANAL Cada escola tem autonomia para montar o seu horário seguindo a carga horária estabelecida e a disponibilidade do professor. O recreio terá duração de 20 minutos.
10.3 PARTE DIVERSIFICADA 10.3.1 ESTUDOS ORIENTADOS Compreende-se por orientação, acompanhamento do dever de casa e formação de hábitos de estudo (aprender a estudar com apoio dos colegas e do professor orientador). Os estudos orientados deverão ser organizados em duplas, trios, momentos individuais, para realização de simulados, resolução de questões, estudo individualizado e dever casa, sob orientação de um professor. O professor pode e deve auxiliar os agrupamentos de alunos, de forma que possam sanar dificuldades semelhantes ou que possam ajudar-se mutuamente. Deve também sugerir e acompanhar métodos de estudo de acordo com cada disciplina e com a característica dos alunos, como, por exemplo, esquemas, resumos, grifamentos, leituras compartilhadas, dentre outros. É uma disciplina de orientação para o aluno. É importante que o aluno seja incentivado, neste momento, a aproveitar o tempo da melhor forma possível, realizando os deveres de casa e fazendo o possível para que sobre tempo para os estudos autônomos, para os quais ele deverá se planejar, de acordo com as suas necessidades e resultados de avaliações. É essencial que o aluno mantenha atualizado um quadro de planejamento de estudos, com metas e espaço para ir registrando o que conseguiu realizar. 50 | MANUAL DO PROFESSOR | 2019
10.3.2 PROJETO DE VIDA É um meio de motivar os alunos a fazerem bom uso das oportunidades da educação integral. Este projeto tem foco na excelência acadêmica, na formação em valores e formação para o mundo do trabalho. O professor responsável irá orientar e subsidiar os alunos em suas escolhas profissionais mantendo-os informados, observando e analisando as suas vocações. O planejamento deverá ser sempre atual e conectado ao mundo do trabalho. É uma disciplina de orientação para o aluno.
10.4 PLANEJAMENTO SESI EDUCAÇÃO INTEGRAL O planejamento do integral deverá ser elaborado considerando a análise do desempenho da turma durante as avaliações da etapa, e as habilidades contempladas no Foca no Enem. Paralelo ao estudo para o ENEM, os alunos precisam recuperar notas que estão abaixo da média. Para tanto, o acompanhamento e alinhamento do planejamento, não só com os professores do Integral, mas também com os professores do regular é de suma importância. Caberá ao professor organizar as propostas das aulas, pautadas nos conteúdos que serão contemplados nas avaliações da etapa, como forma de estudo para essas atividades. Algumas sugestões para organização das aulas: • Elaborar o horário do integral por área de conhecimento • Monitoria por área de conhecimento • Compartilhar com os alunos o planejamento semanal, para ele se organizem compareça às aulas Utilização das plataformas • Hora do ENEM • Plataforma Trilha do ENEM • Portal SESI Educação
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10.5 FREQUÊNCIA A frequência não é obrigatória, uma vez que a carga horária do Integral não está contemplada na nossa matriz como ampliação. Essa informação não é explicitada aos alunos, pois nosso objetivo é a adesão de 100%. Os diretores e pedagogos terão uma enorme interferência nesse processo junto aos professores. O controle e a impressão do diário de frequência das aulas serão feitos no Classis.
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