FB | Revista On Três Rios #15

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Financeiro Sabrina Vasconcellos (sa@fiobranco.com.br) Juliana Brandelli (juliana@fiobranco.com.br) Coordenação Bárbara Caputo barbara@fiobranco.com.br (24) 8864-8524 Edição Frederico Nogueira (frederico@fiobranco.com.br) Redação Aline Rickly (aline@fiobranco.com.br) Marianne Wilbert (marianne@fiobranco.com.br) Comercial Três Rios: Tamiris Santana tamiris.santana@fiobranco.com.br (24) 8843-7944 Petrópolis: Ingrid Rizzo ingrid@fiobranco.com.br (24) 8862-8528 Criação Felipe Vasconcellos (felipe@fiobranco.com.br) Jonas Souza (jonas@fiobranco.com.br) Estagiários Maicon Pereira (maicon@fiobranco.com.br) Tatila Nascimento (tatila@fiobranco.com.br) Colaboração Barão (contato@baraogastronomia.com.br) Bernadete Mattos (bemattos1@gmail.com) Bernardo Vergara (contato@betrip.com.br) David Elmôr (david@elmorecorreaadv.com.br) Diego Raposo (contato@diegoraposo.com) Eduardo Buzzinari Euler Massi (eulermoraes@gmail.com) Felipe Barroso (febarroso.design@gmail.com) Fernanda Eloy (fernanda@dafilha.com.br) Helder Caldeira (helder@heldercaldeira.com.br) Heverton da Mata (heverton@fiobranco.com.br) Leonardo Muniz (leonardo.sauer@hotmail.com) Leticia Knibel (leticia.knibel@fiobranco.com.br) Luiz Cesar (luizcesarcl@uol.com.br) Pedro Octávio (pedrooctavio@hotmail.com) Roberto Wagner (rwnogueira@uol.com.br) Samyla Duarte (samyla@fiobranco.com.br) Distribuição Gratuita e dirigida em Três Rios, Paraíba do Sul, Areal e Comendador Levy Gasparian. Também à venda nas bancas. Tiragem 3.000

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arece que foi ontem, mas já faz alguns anos. O evento surgiu tímido e com uma proposta muito interessante que visava contribuir com a economia local e com pequenos empresários. Este ano, chega à 13ª edição como uma feira consolidada e respeitada por diversos setores. Além de continuar com o objetivo inicial, atrai cada vez mais a população, que tem a chance de conhecer novidades, ficar mais próxima das empresas e instituições, além de curtir momentos de lazer. Uma reportagem especial apresenta o Centro Sul Negócios e desvenda que o sucesso é fruto de constantes inovações. Também parece que foi ontem, mas já são 15 edições! Pelo número, a Revista On é a debutante da vez. No lugar do lindo vestido, estão as belas edições de arte e fotografias que chamam atenção dos olhares atentos no salão; no lugar da menina que cresceu e se apresenta à sociedade, apresentamos conteúdo inteligente sobre a cidade e região. E, claro, o convidado especial para a valsa é você! Entre os destaques das páginas a seguir, as reportagens especiais que unem história e cultura sobre o município de Comendador Levy Gasparian e a matriz de São Pedro e São Paulo, em Paraíba do Sul. Vire a página e nos conceda o prazer desta dança!

Índice 10 Opinião 21 Cultura

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Música Entrevista Negócio Empreendedorismo Mercado de trabalho Carreira Comportamento Moda Capa SHUTTERSTOCK

Direção Felipe Vasconcellos (felipe@fiobranco.com.br)

Editorial

79 Cotidiano 89 Eu sei fazer 94 Saúde SHUTTERSTOCK

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Boa leitura!

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Papo de colecionador Esporte Km livre Viagem Sabores Guia

Fiobranco Editora Rua Prefeito Walter Francklin, 13/404 | Centro | Três Rios - RJ | 25.803-010 Telefone (24) 2252-8524 E-mail sac@revistaon.com.br Portal www.revistaon.com.br


CULTURA

ROCHA FIRME DE FÉ

E HISTÓRIA POR FREDERICO NOGUEIRA

FOTOS REVISTA ON

No dia 29 de junho a Igreja Católica celebra São Pedro e São Paulo. Considerados os principais líderes da Igreja Cristã Primitiva, os santos são padroeiros de Paraíba do Sul e dão nome à matriz localizada no centro do município. Presente no cotidiano de gerações de moradores, ela faz parte da cultura local e mantém viva a história da região em suas paredes, imagens e arquivo.

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MÚSICA

É NO PAGODE, É NO PAGODE “Ficamos combinados assim; eu pra você, você pra mim”. O trecho está no refrão de uma das músicas gravadas pelo Toque de Qualidade. Pagode, alegria, carisma e muita diversão embalam as apresentações do grupo trirriense que, embora com pouco tempo de estrada, já faz shows em diversas cidades e casas noturnas importantes na capital fluminense. Ficamos combinados, então, que é hora de conhecer [e reconhecer] a história e o talento dos rapazes. POR FREDERICO NOGUEIRA

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rês Rios passa algumas semanas sem festas sertanejas, sem baladas ao som de batidas eletrônicas, mas o pagode é normalmente garantido, seja em bares, clubes ou quadras de escolas de samba. Diversos grupos já foram criados e muitos deles, inclusive, a partir da reunião de amigos que levam a “diversão particular” para outros amigos. O grupo Toque de Qualidade tem quase três anos de existência, mas seus integrantes já têm longas ligações com a música. Rodrigo Viana, o vocalista, lembra que, na infância, morava em uma fa-

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zenda e as músicas que mais chamavam atenção eram das duplas Zezé di Camargo & Luciano e Chitãozinho & Xororó e, entre seus ídolos e inspirações, estão Djavan, Milton Nascimento, Tom Jobim e Roberto Carlos. “Desde criança me envolvo com música. Aos 12 anos comecei com o grupo ‘Assim Somos Nós’. Depois, participei de grupos como ‘Sempre Samba’, ‘Arte Negra Rios’ e tive uma breve passagem pelo ‘Nova Era’, além do ‘Rapha do Pagode’”, conta. Este último foi o que deu origem ao Toque de Qualidade. “Estávamos todos no grupo Rapha até que resolvemos levar

a coisa para um lado mais profissional”, comenta Jorge Henrique Barbosa, que, no grupo, toca tantan. “Desde novo me interesso por música, sempre incentivado por meus pais. Lembro que meu pai ouvia muito os vinis do Fundo de Quintal, Zeca e Partido em Cinco”. Entre as inspiração para Jorge do Samba, como é conhecido, estão, além destes, Jorge Aragão, Mestre Marçal, Revelação, Sensação, Bom Gosto e Exaltasamba. Além de Rodrigo e Jorge, o grupo é formado por Uelinton (violão), Maguinho (pandeiro) e Mário Jackson (surdo). Os primeiros ensaios aconteceram na


ENTREVISTA

“NÃO ENTENDO QUEM TEM CONHECIMENTO E NÃO O DIVIDE” POR FREDERICO NOGUEIRA

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Ele é carioca, mas considera-se trirriense e garante ter todos os hábitos de um cidadão do interior, afinal, mudou-se para a cidade aos cinco anos de idade. Diz que a cultura é uma marca forte de Três Rios e um diferencial em relação às outras cidades. Com uma frase emprestada de Ferreira Gullar, garante: “Como a vida é pouca, o homem inventou a arte”.

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oel São Tiago é conhecido e reconhecido em Três Rios pela atuação na cultura local. No dia da entrevista, o encontrei assistindo a uma partida de tênis na televisão. Ao dizer que aquele é seu esporte preferido e que já venceu alguns torneios, tive um espanto inicial. “Não é só você, muita gente também se surpreende quando descobre”, alivia. Deixamos o esporte para outra oportunidade e, em um bate-papo sobre a relação com a cultura, ele revela os desafios e prazeres do trabalho com produção cultural.

01 Como você chegou a Três Rios?

Meu pai, ferroviário, foi transferido para o município. Hoje, se me perguntar se quero voltar para o Rio de Janeiro, a resposta é não. Minha vida é aqui. Fico muito feliz em ter vindo para cá. Três Rios é um município muito diferente da maioria dos que já conheci na área cultural. Possui singularidades, como um grupo de amadores teatrais mais antigo que a cidade, donos de um prédio; uma banda que acabou de fazer 103 anos; uma

escola de dança que foi fundada em 1970; teve a primeira escola de samba criada na década de 1940. O fato de ter caído aqui foi muito bom para mim porque acabei em um lugar onde pude desenvolver meu interesse pela arte. Uma vez me perguntaram qual a identidade de Três Rios. Eu respondi que é a da cultura. Como uma cidade tão jovem foi capaz de criar tantos movimentos que permanecem até hoje? As pessoas só continuam porque acreditam que vale à pena.


EMPREENDEDORISMO

NEGÓCIOS

DE CASAL POR SAMYLA DUARTE

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Casais novos, antigos, tranquilos, agitados, distantes, vizinhos e até próximos demais. Entre tantas diferenças quando a questão é a convivência, é cada vez mais comum encontrar casais no mesmo ambiente de trabalho. É um convívio que dura praticamente 24 horas por dia e pode gerar benefícios e estresses tanto no lado pessoal como profissional.

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MERCADO DE TRABALHO

PROFISSÃO

MOTOTAXISTA POR FREDERICO NOGUEIRA

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Após longos anos de lutas da classe, inclusive com a participação do legislativo municipal do início da década passada, a profissão de mototaxista foi regulamentada em Três Rios em 2010. Enquanto trabalham para pagar as contas no fim do mês, eles prestam um serviço que já tornou-se essencial para a população. Conheça melhor os profissionais que fazem parte do dia a dia do trânsito da cidade.

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les estão sempre prontos a levar pessoas para o trabalho e salvam quem vive atrasado. Os mototaxistas prestam serviços considerados de grande utilidade para a sociedade e já compõem a paisagem das ruas de Três Rios. Tanauy Simões Schmitz foi um dos primeiros em Três Rios, mas trocou a profissão para trabalhar como vendedor em uma empresa e há dois anos e meio voltou às ruas com a moto. “Fiquei desempregado e resolvi voltar para o mototáxi porque, assim, geralmente dá para fazer outras atividades, como presto serviço de guincho”. Ele pretende continuar na profissão por mais alguns anos, embora afirme que seja cansativa. “Trabalho das 7h às 18h. O bom é que você não fica preso, se precisar resolver

FACILIDADE Por ser o próprio patrão, Sérgio consegue parar o expediente durante o dia se for preciso

outras coisas, é possível. O dinheiro é razoável, consigo pagar as contas e sobra algum no fim do mês”, garante. Cláudio Lavinas Arneiro começou na profissão quando viu que tinha tempo livre e seria uma possibilidade de aumentar a renda. “Trabalhava em portaria de escola e cursava educação física. Surgiu essa oportunidade porque as aulas aconteciam na parte da manhã, algumas vezes, e as tardes estavam livres”. Ele conta que anda de moto desde os 13 anos de idade e que este é um trabalho que “coloca adrenalina na corrente sanguínea, Tem que estar sempre atento ao trânsito, tomamos muitos sustos nas ruas”. Mesmo com tantos desafios, Cláudio garante que nunca se envolveu em acidentes. Já Dirceu do Nascimento Silva, o Diron, acaba de completar 11 anos na profissão. “Quando comecei, o mototáxi havia acabado de surgir na cidade. Cheguei a tomar conta de uma loja na Vila Isabel que reunia os profissionais. Naquela época, quem queria entrar no ramo nos procurava para saber o que fazer, e sempre indicávamos alguns cursos, por exemplo. Nós controlávamos um pouco a entrada para não permitir um crescimento desenfreado”, recorda. Como um dos mototaxistas há mais tempo na rua, Diron fala com propriedade das diferenças entre o passado e o presente. “De lá para cá, algumas coisas mudaram. Já podemos ser microempreendedores e temos alguns benefícios por

isso. No futuro, com certeza vamos ter outros”. Entre eles, está uma questão também citada por Sérgio Ribeiro Baião. “Tivemos muitos gastos para buscar a legalização. Fizemos curso durante uma semana, tivemos que pintar a moto, adesivar, pagar alvará anual, INSS, emplacar da cor certa. Teria que ter mais facilidade no crédito e redução na compra do veículo novo e no IPVA”, acrescenta. Sérgio atua há cinco anos como mototaxista e gosta da profissão pela liberdade que tem como patrão. “Se tiver um filho passando mal, você pode parar sem aborrecimento. Muitas vezes, quando você trabalha em uma empresa e precisa sair, o patrão deixa uma vez, mas na segunda já pensa em demitir. Um colega meu, por exemplo, saiu do emprego e veio para o mototáxi por-

ALTERNATIVA Cláudio começou na profissão para aumentar a renda


CARREIRA

POR ALINE RICKLY

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No dia dois de julho comemoramos o dia daqueles que estão 24 horas prontos para nos socorrer. Seja um acidente, um incêndio ou até para resgatar o bichinho de estimação, basta ligar 193 e acionar o Corpo de Bombeiros.

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alvar vidas é uma das principais tarefas no dia a dia de um bombeiro. Em qualquer situação de apuros, eles são os responsáveis por agir rapidamente e chegar ao local com todos os equipamentos necessários para prestar o socorro. Na terra, no ar, na água, eles podem ser considerados os verdadeiros super-heróis da vida real. “Somos bombeiros. Nada do que é humano nos é diferente”. Assim começa a entrevista no 15º Destacamento de Bombeiros de Três Rios com o 1º tenente Vinícius Lemos Villela. Aos 30 anos, ele conta que quando criança ficava fascinado com o barulho da sirene. “Toda criança tem um fascínio natural pelo Corpo de Bombeiros, pela atividade em si e por ajudar as pessoas”, afirma.

“Somos bombeiros. Nada do que é humano nós é diferente”, 1º Tenente Vinícius Villela

Antes de entrar para a academia, Villela passou pela aeronáutica e pela Força Aérea Brasileira. “Meu foco sempre foi a carreira militar e, apesar de não ter sido a primeira opção, sempre gostei da ideia de ser bombeiro. Quando saí da Força Aérea fiz o vestibular da UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) para a Academia de Bombeiro Militar Dom Pedro II,

passei, fiquei três anos nela e hoje sou 1º tenente”, relata. Ele acrescenta que é uma profissão com muitos desafios, onde presencia mortes e tragédias. “Você é uma pessoa quando entra e se transforma em outra no dia a dia. Ficamos até mais frios em relação a certas coisas”, confessa. Para ele, não existe sensação melhor que resgatar uma pessoa com vida, efetuar um salvamento e verificar que foi fundamental para ela estar viva. “É realmente indescritível quando conseguimos obter êxito no salvamento”, enfatiza. Diferente de Villela, Carlos Henrique Dutra de Oliveira, 40, nunca havia pensado em entrar para a corporação até fazer um curso de resgaste, gostar e querer ser bombeiro. “Aqui temos dois tipos de desafios. Um é lidar com revistaon.com.br

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COMPORTAMENTO

SEMPRE CONECTADOS POR SAMYLA DUARTE

De acordo com a Anatel, o país deverá ter até o fim do ano quatro milhões de aparelhos com banda larga de quarta geração, a tecnologia 4G. O primeiro trimestre do ano foi fechado com mais de 264 milhões de telefones móveis. Em apenas um mês, foram habilitadas mais de um milhão de linhas. O estado do Rio de Janeiro ficou em terceiro lugar, com 23 milhões de celulares. Estes números revelam uma verdadeira mudança na rotina da população.


MODA ESTILO

É HORA DE USAR O MOLETOM!

Basta a temperatura cair para saber que está na hora de tirar o bom e velho moletom do guarda-roupa. Além de confortável, ele esquenta e promete ser o ponto alto do inverno.

POR ALINE RICKLY

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ode ser uma blusa, um casaco ou até uma calça, se for de moletom já associamos ao frio e ao conforto. Nesta estação ele está com tudo e aparece de diversas formas. Seja estampado ou liso, para o dia a dia ou até uma situação mais formal, a dica é apostar nessa tendência. Segundo a designer de moda Helena Bonato, o moletom percorreu um longo caminho até chegar aos dias de hoje com suas peças sofisticadas e ousadas, sendo, inclusive, alvo de vários estilistas em suas coleções. “Não se sabe ao certo, mas por volta dos anos 1920 ele ‘deu as caras’ pela primeira vez. Na década de 1960 começou o ‘boom’ das camisetas nas universidades nos Estados Unidos e nos anos 1980 se popularizou com o filme ‘Flashdance’”, conta. De acordo com Helena, ele foi criado com o intuito de ser esportivo, mas se reinventou nos dias atuais. “Bordado, estampado, com tacha ou renda, em blusas ou vestidos, eles ganham cada vez mais espaço no guarda-roupa feminino”, diz. A estilista Natália Dutra explica que o moletom ensaiou por muitas vezes a volta à moda cotidiana, mas só neste inverno apareceu com força total. “As peças chegam ao Brasil com modelagens diferenciadas, como saias, calças, casacos, vestidos e até tênis”, garante. Natália conta que ele surgiu para aquecer

FOTOS REVISTA ON

“Não se sabe ao certo, mas por volta dos anos 1920 ele ‘deu as caras’ pela primeira vez”, designer de moda Helena Bonato

os esportistas antes e depois dos jogos e que muitas pessoas ainda o utilizam por questão de conforto e praticidade. “É quase impossível não ter um moletom dentro do armário”, comenta. Apesar disso, ela diz que ultrapassou a barreira do básico e virou um hit, o queridinho dos fashionistas. “O moletom vai estar presente em todos os tipos de ocasiões, porque suas modelagens são de fácil adaptação. Ele está sendo mesclado com tecidos finos como a seda, presente em acessórios e bolsas. Assim, pode ser usado em todos os momentos, sejam eles formais ou informais”, sinaliza. E quem concorda com Natália é a estudante de jornalismo Júlia Ourique Médici. Ela gosta de usar moletom sempre que a temperatura cai e lamenta não poder usar no estágio, mas quando está em casa aproveita o look completo. “Não é só por ser quentinho e confortável, mas por trazer uma sensação de proteção. Acho que uma roupa tão legal assim não

ESTAMPAS A tendência saiu do básico e partiu para outros tipos mais arrumadinhos

deveria sofrer tanto preconceito. Sabe aquele lance de ‘sexta-feira à vontade’ que rola nos Estados Unidos? Deveria ter aqui também. Todos de moletom e coque na cabeça e aquele chinelinho Havaianas com meia”, imagina. Natália comenta que eles invadiram as ruas, direto das passarelas, e assumiram as estampas divertidas de desenhos, frases, fotos e super-heróis. A gerente da Hering de Três Rios, Núbia Faria Simões, conta que a loja trabalha com moletom, já que o forte da marca é o básico.


CAPA

UM SUCESSO CHAMADO CENTRO SUL NEGÓCIOS POR FREDERICO NOGUEIRA

FOTOS ARQUIVO SICOMÉRCIO

Ele já está consolidado como a maior feira de negócios do Centro-Sul Fluminense. O começo foi modesto, em um espaço pequeno e com singela participação popular e empresarial. O cenário foi totalmente transformado, sem alterar os objetivos iniciais. Considerado como melhor local para lançar produtos e serviços, ele favorece o crescimento das empresas participantes e a economia da região. Entenda o sucesso do Centro Sul Negócios e conheça as novidades da próxima edição.


COTIDIANO

TERRA DE ONTEM,

DE HOJE E DE AMANHÃ POR ALINE RICKLY

“Terra boa, querida e gentil/ Pequena joia do nosso Brasil/ Tens o nome de um comendador que a ti devotou tanto amor. Levy Gasparian, Levy Gasparian/ Terra de ontem, de hoje e de amanhã”. A letra do hino escrito por Maria Aparecida Bravo Xavier retrata o município fluminense e suas características marcantes.

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EU SEI FAZER

PARA TODOS OS POVOS,

O ESPERANTO POR LETICIA KNIBEL

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Com o objetivo de romper barreiras linguísticas e culturais, o esperanto tornou-se o idioma planejado mais falado no mundo e a cada dia ganha mais adeptos.

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riado em 1887 pelo médico polonês Ludwik Lejzer Zamenhof, o esperanto é considerado uma língua franca, ou seja, uma forma de comunicação internacional entre pessoas que utilizam diferentes idiomas. “Comparada com as linguagens mais antigas, como a chinesa, que é milenar, este idioma é muito novo”, explica Jorge Linck, vice-presidente do Clube de Esperanto de Três Rios. Com o avanço tecnológico, principalmente com o surgimento da internet, o idioma se tornou o 26° que mais cresce no ciberespaço, inclusive já pode ser traduzido através da ferramenta do Google,

Aprender este idioma pode ser bastante interessante, principalmente para quem viaja para o exterior com frequência o que colaborou para melhorar o diálogo entre os esperantistas. Jorge explica que o esperanto não surgiu para ser único, mas para auxiliar na comunicação, pois a linguagem de um povo representa sua cultura e

serve de ponte para que as pessoas possam trocar informações, ideias, porém preservando a língua pátria. “Além disso, o idioma planejado colabora no aprendizado de outros”. O objetivo é facilitar a troca de conhecimentos e a criação de laços de amizade com pessoas das mais diferentes culturas. “Além disso, é usado em diversas situações, é um instrumento que cada um pode utilizar em viagens, na literatura, para a tradução de artigos e publicação de livros, entre outros”, destaca Linck. Os esperantistas são como membros de uma sociedade internacional, na qual barreiras como cultura, reli-


SAÚDE

CONVIVER COM ENXAQUECA POR SAMYLA DUARTE

FOTOS SHUTTERSTOCK

Se uma simples dor de cabeça já incomoda, imagine quando ela não é tão simples assim. A enxaqueca pode pegar qualquer um de surpresa, embora existam fatores de risco, e deve ser tratada com atenção. Com inúmeros agravantes, é importante estar informado e buscar orientação no momento certo.


SAÚDE

UMA (NEM SEMPRE) BOA NOITE DE SONO POR MARIANNE WILBERT E TATILA NASCIMENTO

Trabalhar, estudar, conviver com os problemas cotidianos e tentar resolvê-los. Ouvir mãe, pai, irmãos, amigos, chefe. Sair de casa, enfrentar trânsito, enfrentar a poluição sonora, às vezes se aborrecer. E, no fim do dia, dormir. Porém, a hora de dormir, descansar e sonhar pode se tornar um verdadeiro pesadelo para as pessoas que sofrem de distúrbios de sono.

“Às vezes durmo uma hora e tenho a sensação que dormi por muito tempo. Já cheguei a sentar na cama e chorar de raiva”, Leonardo Santos

por muito tempo. Fico virando de um lado para o outro e até um pernilongo me distrai. Já cheguei a sentar na cama e chorar de raiva”, revela. O estudante chegou a procurar uma psicóloga, mas mesmo assim não aprendeu a controlar

a ansiedade. “Quando fico ansioso tenho dificuldade para dormir, me alimento mal e sofro alterações de humor. Se ficar tenso, só consigo dormir com remédio”, diz. Com esse quadro, ele resolveu trocar o dia pela noite e passou a trabalhar em uma fábrica de embalagens das 22h30 às 6h. “Nunca faltei ao trabalho e não tenho sono durante o expediente, pelo contrário, sou bem ativo”, diz. Já a professora de inglês Vanessa Duarte, 21, começou a ter dificuldade para dormir aos 16 anos devido à depressão que teve. Na época, fez terapia durante um ano e tratamento com antidepressivo e calmante. “Sou extremamente ansiosa. Se vou sair amanhã, hoje já fico pensando na roupa que vou usar”, confessa. Outro fator que dificulta o sono dela é o estres-

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ontar carneirinhos, beber leite e ler não são garantias de uma boa noite de sono, ao menos para aqueles que rolam de um lado para o outro na cama, só observando a noite passar e a manhã chegar sem ter a chance de pregar os olhos. Essas pessoas, que sofrem de distúrbios no sono, se queixam de irritabilidade, falta de concentração e memória, indisposição para o trabalho e sonolência diurna, que acabam repercutindo em suas atividades cotidianas. Leonardo Santos tem 25 anos e sofre com o transtorno da insônia. Ele conta que já tem há muito tempo e que problemas familiares, como a morte do pai, agravaram a situação. “Às vezes durmo uma hora e tenho a sensação que dormi

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PAPO DE COLECIONADOR

ESSE CARA É ELE POR FREDERICO NOGUEIRA

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O cara que pensa no rei toda hora; que sabe qual disco tem “Nossa Senhora”; que ainda tem o sonho de conhecer; nunca foi a um show e não sabe o porquê... Esse cara é ele!

ARQUIVO PESSOAL

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música fez sucesso durante alguns meses enquanto a novela “Salve Jorge” esteve no ar pela “TV Globo”. Nas mídias sociais, buscavam encontrar o “cara” da canção e muitas diziam que ele não existe. A repercussão foi grande não apenas pela letra, mas, também, pelo cantor. Roberto Carlos é ídolo de várias gerações de brasileiros que, anualmente, sentam-se no sofá para assistir ao clássico show de fim de ano pela televisão ou fazem sacrifícios para estar na plateia, seja em casas de shows ou nos sempre divulgados cruzeiros. Há quem goste e, claro, também há quem não goste do artista. Enquanto alguns buscam entender os motivos que fazem Roberto Carlos ser chamado de rei, outros demonstram que são seus súditos. Certamente há inúmeros colecionadores da discografia do cantor em todo o país. Em Três Rios, um destes fãs chama a atenção. O aposentado José Roberto Monsores, que está prestes a

O CARA José Roberto com o estilo que remete ao rei


KM LIVRE

ESPORTE

NA TRAVE, NO SALTO, NO SOLO POR ALINE RICKLY

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Aos 13 anos, Flávia Saraiva é uma das apostas da ginástica artística para as Olímpiadas de 2016. Determinação, fé, foco, concentração e disciplina fazem parte do dia a dia da menina que foi selecionada para a Seleção Brasileira Feminina de Ginástica Artística.


TRANSPORTE

SUSTENTÁVEL POR LETICIA KNIBEL

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Nos últimos anos o mercado brasileiro sofreu uma grande mudança em relação aos veículos utilizados no dia a dia. O trânsito cada vez mais caótico das cidades e o incentivo constante para a adoção de medidas sustentáveis tem feito a população optar por bicicletas como meio de transporte.


VIAGEM CHECK-IN

A MURALHA QUE

DIVIDIU POVOS FOTOS ARQUIVO PESSOAL

Caminhar por aquelas muralhas de final inalcançável aos olhos e que guardam tanta história foi a realização de mais um sonho, talvez um dos momentos mais desejados de todas as minhas aventuras. A Grande Muralha da China, que fora construída no século 3 antes de Cristo com objetivos militares de proteção contra os ataques bárbaros, hoje tem função crucial no turismo do país e recebe visitantes de todo o mundo a fim de conhecer um pouco mais da história chinesa. Mais que uma das sete novas maravilhas do mundo, a Muralha é o símbolo maior de uma civilização milenar que tem muita sabedoria para dividir.

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VIAGEM CARTÃO POSTAL

VELA, CHEGA DE NO ISTAMBUL! A

R VAMOS PA RAPOSO POR DIEGO

CONTATO@

DIEGORAPO

SO.COM

a ponte de lácio Topiaki, temos reção à IsPa o o nd ce es D Bósforo com o a, seguimos em di á na confluência do foram escritas as Gálata e, cruzando el lá, ruas estreitas e íngremes Chifre de Ouro que história da antiga tambul moderna. De torre de Gálata que, do alto maiores páginas da mbul de hoje nos partem na direção da e uma bela visão em 360° Constantinopla. A Istassado rico e com dos seus 68m, oferec m um pa da cidade. lâl, nos coloca em contato co jovem. avenida-calçadão Istik e cosna e, nt e fre à te an go br Lo vi erna numa cidade uma Istambul supermod na Ásia, sobre esta pení Parte na Europa e parte tos famosos, caminhamos deparamos comeada de lojas da moda e bares conen ch sula coberta de monumimortal Aya Sofia, igreja bi- mopolita, re redor, se perca nas ruelas e becos que a Ao s: s. lo do cu rri sé quebra, co através dos ada em mesquita no guardam preciosidades arquitetônicas e, depela noirm fo ns tra 6 lo cu sé a no famosa zantina do esquita Azul, construíd s que tornam Istambul século 16, desafia a Mzar” a grandiosidade da pri- bares e clube Kat, no alto de um prédio com decoraséculo 17 para “rivalios dali temos o Palácio To- te, como o 5e uma vista de tirar o fôlego. meira. A alguns metr otomanos. O palácio guarda ção bacana ainda tiver tempo, não perca o palácio o. Se você piaki, lar dos sultões so harém onde eram “guardatesouros de cair o queix us se m co , çe rio ah cu lab o Yi e lm s ue Do seus tesouro s e quiosques do parq s. Ótisultão. Dos jardins io do lác s pa ão os irm a, os im e ac s re ais he M Bósdos” as mul afarizes, lagos e flore das mais belas vistas do diz com seus muitos chquenique! Ah, e claro, cruze do palácio temos uma a os dois continentes. ra um pi foro e da ponte que ligecer o tão famoso e animado ma opção pauma vez a ponte do Bósforo para ter o l é hispelo menos Não podemos esqu coração do Oriente gostinho de cruzar dois continentes! Istambuoderna! no o lh gu er m um r, za para Grand Ba smopolita, jovem e m jas. Reserve um tempo tória, é mulçumana, co com suas mil e uma lo . se perder neste universo

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VIAGEM DIÁRIO DE BORDO

Vanessa e Alexandre no Paquistão Paquistão Capital Islamabad População 190 milhões Localização Centro-sul da Ásia Clima Árido subtropical Moeda Rúbia paquistanesa

Como chegar

Voando Emirates até Dubai e depois até Lahore Antes de viajar

Visto necessário. Embaixada do Paquistão em Brasília. Quando ir

Evitar o inverno dos meses de novembro e dezembro e o Ramadan, período de jejum e orações muçulmano. 21

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m uma viagem a um Congresso em Las Vegas, conhecemos paquistaneses que manifestaram interesse em conhecer o Brasil. Após termos recebido os novos amigos em nosso país, ficou a promessa de retribuirmos a visita. No ano seguinte, quando comentamos que participaríamos de um evento de odontologia durante três dias em Dubai, fomos “intimados” a estender nossa viagem até o Paquistão. Assim, o que seria uma curta ida aos Emirados Árabes se transformou em uma exótica imersão em uma nova nação de cultura milenar. Voando do Rio até Dubai e de lá para Lahore são 17h30 de voo. O Paquistão, inimigo histórico da Índia, teve sua independência em 1947. Após disputas na região da Caxemira, posicionamento em favor Ocidental durante a Guerra Fria e aliança aos Estados Unidos na recente guerra ao terrorismo, o Paquistão apare-

Onde ficar

Pearl Continental Lahore (nos padrões do Copacabana Palace). Onde comer

Além da comida típica paquistanesa (Siri Pai Lahaore), pode-se encontrar restaurantes das redes mais conhecidas mundialmente. O que fazer

Visitar a Mesquita Badshahi, a fronteira Wagah com a Índia, forte de Lahore, museu de Lahore e o Jardim Shalamar


SABORES

Goulash Húngaro

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m prato do século 9, o Goulash, Gulache, Gulasch (em alemão) ou Gulyás (em húngaro), é um prato criado pelos vaqueiros e pastores da Hungria. É um guisado de carne de vaca que, às vezes, se adiciona carne de porco cortada em cubos e frita em banha de porco ou óleo quente, juntando-se a cebola, o alho e as especiarias, e depois é cozida lentamente com água. Pode-se acrescentar uma colher de farinha de trigo para engrossar o molho.

O autêntico Goulash era preparado com cebola, banha de porco, carne de vaca e de porco, páprica picante e doce e cominho, além da pimenta do reino. Originário da Hungria, logo se espalhou por toda Europa Oriental e até hoje é um prato conhecido e muito popular. Delicioso para os dias frios, pode perfeitamente ser adaptado por nós. O acompanhamento pode ser batata cozida, legumes cozidos ou mesmo o nosso conhecido arroz branco. Mais um prato simples dentre tantos que carregam a história de um povo.

INGREDIENTES

1 kg de acém ou alcatra cortado em cubos 2 colheres de manteiga ou banha de porco 2 cebolas médias picadas 2 dentes de alho socados 1 pimentão verde bem picadinho 2 colheres de sopa de páprica doce 1 colher de sopa de páprica picante 1 colher de farinha de trigo 1 pitada de cominho 1 kg de tomate em cubinhos, sem pele e caroço 1 lata pequena de extrato de tomate 2 litros de água


SABORES

Codorna ao mel trufado a la Sandra Duclos Clima perfeito

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o dia 21 de junho começa a estação mais fria do ano. Sem dúvidas, o inverno é uma das estações mais aconchegantes. É a melhor época para curtir o frio nas montanhas, o fogo da lareira, o fondue, a raclete, sopas, caldos, vinho, queijos, pratos quentes e sobremesas flambadas. As pessoas ficam mais próximas, mais juntinhas. Nada melhor que reunir os amigos para um jantar e um bom papo. As noites de inverno ficam mais gostosas para dormir e relaxar! E claro... tem ainda a opinião de que as pessoas ficam mais elegantes. O que é inegável. Eu particularmente gosto do frio. Tudo que o inverno proporciona é bom demais! O inverno na Serra convida aos encontros, ao aconchego e aos sentidos. Companheiro é aquele que compartilha o pão. O espaço social e afetivo da partilha, do afeto, dos encontros, das delicadezas e de momentos inesquecíveis. O fato é que dessa delicadeza vem

mais poesia, mais cuidado, mais olho no olho e intimidade. Tão simples! Aqui, nas montanhas, nem venta nesses dias. Pode passar, como em câmera lenta, uma nuvem leve, frisada e branquíssima, muito alta, a lembrar os Alpes ou os Andes, talvez. E o céu é tão profundamente azul que parece ser ele o responsável pela quietude da vizinhança: talvez tenham parado um pouco para degustar desse azul, desse sol, do ar mais fino, mais limpo e puro. O melhor a se fazer é aproveitar todas as coisas que só podemos fazer nessa estação, não é? Esta receita de inverno surgiu na cozinha de Sandra Duclos. A codorna nos remete “ao eterno” festa de Babette. E como a gastronomia pode mudar as nossas experiências com pessoas, lugares e momentos... com a vida! “De todos os sentidos, não há nenhum outro mais delicado, nem mais necessário à vida do que o paladar”, Nicolas de Bornerfons.

INGREDIENTES FAROFA DE CASTANHAS

200g de castanha de caju picada 50g de manteiga 50g de bacon bem picado 2 colheres de sopa de farinha de rosca Rendimento: 4 porções MODO DE PREPARO

Refogue o bacon até dourar, escorra a gordura. Leve novamente ao fogo e acrescente a manteiga, deixe caramelizar. Coloque as castanhas picadas e a farinha de rosca, misture bem. Tempere com sal e pimenta do reino a gosto. Reserve. Rendimento: 4 porções INGREDIENTES CODORNAS

4 codornas limpas e evolvidas com 1 fatia de bacon Sal e pimenta do reino a gosto 500 ml de vinho branco 100 ml de água filtrada 1 ramo de alecrim 1 colher de sopa de alho porro picado 200 ml de mel trufado 4 pimentas de biquinho Papel alumínio Barbante MODO DE PREPARO

Tempere as codornas com sal e pimenta. Recheie com a farofa de castanhas e amarre as peninhas com barbante. Coloque as codornas em uma assadeira e acrescente o vinho, a água, o ramo de alecrim, o alho porro picado e cubra a assadeira com papel alumínio. Leve ao fogo por 30 minutos a 180 graus. Retire o papel alumínio e leve novamente ao forno até dourar.



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