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Hotel
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Financeiro Sabrina Vasconcellos (sa@fiobranco.com.br) Juliana Brandelli (juliana@fiobranco.com.br) Coordenação Bárbara Caputo barbara@fiobranco.com.br (24) 8864-8524 Edição Frederico Nogueira (frederico@fiobranco.com.br) Redação Aline Rickly (aline@fiobranco.com.br) Marianne Wilbert (marianne@fiobranco.com.br) Comercial Três Rios: Tamiris Santana tamiris.santana@fiobranco.com.br (24) 8843-7944 Petrópolis: Ingrid Rizzo ingrid@fiobranco.com.br (24) 8862-8528 Criação Felipe Vasconcellos (felipe@fiobranco.com.br) Jonas Souza (jonas@fiobranco.com.br) Estagiários Maicon Pereira (maicon@fiobranco.com.br) Tatila Nascimento (tatila@fiobranco.com.br) Colaboração Barão (contato@baraogastronomia.com.br) Bernadete Mattos (bemattos1@gmail.com) Bernardo Vergara (contato@betrip.com.br) David Elmôr (david@elmorecorreaadv.com.br) Diego Raposo (contato@diegoraposo.com) Eduardo Buzzinari Euler Massi (eulermoraes@gmail.com) Felipe Barroso (febarroso.design@gmail.com) Fernanda Eloy (fernanda@dafilha.com.br) Helder Caldeira (helder@heldercaldeira.com.br) Heverton da Mata (heverton@fiobranco.com.br) Leonardo Muniz (leonardo.sauer@hotmail.com) Leticia Knibel (leticia.knibel@fiobranco.com.br) Luiz Cesar (luizcesarcl@uol.com.br) Pedro Octávio (pedrooctavio@hotmail.com) Roberto Wagner (rwnogueira@uol.com.br) Samyla Duarte (samyla@fiobranco.com.br) Distribuição Gratuita e dirigida em Três Rios, Paraíba do Sul, Areal e Comendador Levy Gasparian. Também à venda nas bancas. Tiragem 3.000
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arece que foi ontem, mas já faz alguns anos. O evento surgiu tímido e com uma proposta muito interessante que visava contribuir com a economia local e com pequenos empresários. Este ano, chega à 13ª edição como uma feira consolidada e respeitada por diversos setores. Além de continuar com o objetivo inicial, atrai cada vez mais a população, que tem a chance de conhecer novidades, ficar mais próxima das empresas e instituições, além de curtir momentos de lazer. Uma reportagem especial apresenta o Centro Sul Negócios e desvenda que o sucesso é fruto de constantes inovações. Também parece que foi ontem, mas já são 15 edições! Pelo número, a Revista On é a debutante da vez. No lugar do lindo vestido, estão as belas edições de arte e fotografias que chamam atenção dos olhares atentos no salão; no lugar da menina que cresceu e se apresenta à sociedade, apresentamos conteúdo inteligente sobre a cidade e região. E, claro, o convidado especial para a valsa é você! Entre os destaques das páginas a seguir, as reportagens especiais que unem história e cultura sobre o município de Comendador Levy Gasparian e a matriz de São Pedro e São Paulo, em Paraíba do Sul. Vire a página e nos conceda o prazer desta dança!
Índice 10 Opinião 21 Cultura
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Música Entrevista Negócio Empreendedorismo Mercado de trabalho Carreira Comportamento Moda Capa SHUTTERSTOCK
Direção Felipe Vasconcellos (felipe@fiobranco.com.br)
Editorial
79 Cotidiano 89 Eu sei fazer 94 Saúde SHUTTERSTOCK
#15
Boa leitura!
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Papo de colecionador Esporte Km livre Viagem Sabores Guia
Fiobranco Editora Rua Prefeito Walter Francklin, 13/404 | Centro | Três Rios - RJ | 25.803-010 Telefone (24) 2252-8524 E-mail sac@revistaon.com.br Portal www.revistaon.com.br
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OPINIÃO
A liberdade é azul Doutor Renato contava 70 anos mas não parecia, cabelos grisalhos, esguio, gozava de boa saúde, e Cida com 67 ainda mantinha fortes resquícios daqueles traços encantadores.
Roberto Wagner rwnogueira@uol.com.br
Roberto Wagner Lima Nogueira é procurador do município de Areal, mestre em Direito Tributário - UCAMRio, advogado tributarista e colunista do portal da Revista On.
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C
aminhava na Beira-Rio quando lembrei-me de Cida. Conto a você fiel leitor e leitora da Revista On. Trombaram e caíram os dois estatelados no calçadão. A primeira reação foi de Cida, indignada: - Você é cego, pô? – Perdoe-me, eu estava um pouco distraído, respondeu Agenor. Olhares trocados, ele pode logo perceber a beleza estonteante de Cida: altura mediana, cabelos a meia altura, cintura fina, coxas grossas e um fabuloso quadril que a definia com um formato impactante. Agenor tratou logo de reparar a primeira e péssima impressão, indagou se havia se machucado e ela respondeu que estava tudo bem. Convidou-a a tomar uma água de coco para pelo menos minimizar o fiasco do episódio, Cida aquiesceu. Trocaram ideias, descobriram que corriam quase todos os dias na mesma hora e acabaram por acertar um choppinho para o dia seguinte. Do nada surgiu o namoro, o relacionamento sério e o casamento. Agenor e Cida formavam um casal que chamava a atenção, ela dotada de um corpo escultural onde se sobressaía uma anca de parar o trânsito, e ele, corpo atlético e definido granjeava suspiros por onde passava. Eram de uma geração onde os corpos ainda não detinham o prestígio de hoje, porém, por índole própria eram cultivados pelos dois. Perdidamente apaixonados resolviam fácil a vida sexual, no entanto havia uma pendência renitente na relação afetiva do casal: o fetiche de Agenor. Ele era alucinado no bundão de Cida, e ela o negava categoricamente. Para Cida, o sexo era uma criação da natureza voltada à procriação, de maneira que uma relação que não contemplasse o pênis e uma vagina, era tudo, menos uma relação sexual amorosa. Ao contrário, para Agenor sexo era uma construção social de cada tempo e por isso sempre tentava argumentar: - Mas amor..., - Não insista Agenor, você sabe o que penso desse seu desejo anormal, retrucava Cida.
Aos 63 anos Agenor começou a dar sinais de ser portador de Alzheimer. A doença evoluiu rapidamente e Cida montou em casa, praticamente, um micro hospital, com enfermeira, fisioterapeuta, fonoaudiólogo e um médico (cunhado de Cida) geriatra com visitas regulares. Cida não arredava o pé do leito de Agenor, muito embora com o tempo ele quase não mais a reconhecesse. Aos 68 anos ele faleceu, a vida de Cida se tornou um vazio, que só era remediado com as visitas regulares do geriatra e seu cunhado, doutor Renato, que se tornou assim o mais próximo de Cida. Doutor Renato contava 70 anos, mas não parecia. Cabelos grisalhos, esguio gozava de boa saúde, e Cida com 67 ainda mantinha fortes resquícios daqueles traços encantadores. O namoro começou naturalmente, doutor Renato saía de seu consultório no final de tarde, passava numa delicatéssen, comprava um vinho e alguns petiscos, e rumava feliz para a residência de Cida. Não obstante a idade, o casal de namorados era sexualmente ativo em fantasias. As poucas horas juntas geravam uma química que incendiava o ambiente. Cida costumava indagar do cunhado, de onde vinha tanta energia assim, e ele respondia sempre sorrindo, diante dessas ancas a liberdade é azul, uma homenagem velada ao viagra. Num desses pegas ferozes de final de tarde, doutor Renato sussurrou docemente uma fantasia no ouvido de Cida: - Empina a popozuda para mim, minha eguinha! Cida sorrindo disse: - Pra já meu cavalão! Se acabaram. Final de festa, abraçados, pensaram cada um com seus botões: − Ela: “Que dó do meu querido ex-marido”. – Ele: − “Você não pode imaginar o quanto eu desejei que este dia existisse de fato, e não somente nos sonhos diários de toda minha vida”. Cida às gargalhadas completou: A liberdade é azul!
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OPINIÃO
Lentes de contato
Se conseguir controlar a inflação até meados de 2014, a presidente Dilma Rousseff será reeleita; caso contrário, o PT perderá a Presidência da República
Helder Caldeira helder@heldercaldeira.com.br
Helder Caldeira é escritor, articulista político, palestrante, conferencista e colunista do portal Revista On. É autor dos livros “A 1ª Presidenta”, primeira obra publicada no Brasil com a análise da trajetória da presidente Dilma Rousseff, e “Águas Turvas”. Também apresenta o “iPOLÍTICA”, com comentários nos telejornais da afiliada da Rede Record em Diamantino/MT.
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campanha política para as Eleições 2014 já está a pleno vapor, antecipadíssimas graças ao basbaque ex-presidente Lula da Silva que, comportando-se como supremo mandatário do Partido dos Trabalhadores e do próprio governo federal, tratou de comunicar ao Brasil que o (des) governo de Dilma Rousseff pleiteará reeleição. Aceso o estopim, pipocaram as candidaturas de oposição nas figuras do mineiro-come-quieto Aécio Neves, da acreana-natura Marina Silva, do carioca-verde Fernando Gabeira e do pernambucano-socialista Eduardo Campos. Há, inclusive, a possibilidade do tucano-triderrotado José Serra abandonar o PSDB e migrar para o recém-criado MD para ser candidato à Presidência da República. 2014 já é uma farofa no prato. Não por acaso, desde já os principais pré-candidatos estão protagonizando as propagandas políticas obrigatórias de seus partidos no rádio e na TV, exceto Marina, que segue a tortuosa tarefa de colher assinaturas para legitimar sua sigla Rede Solidariedade junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A “presidenta” não quer e não suporta quem possa ser-lhe contrário. A digital de Dilma está cravada na tentativa extemporânea de boicotar e liquidar, liderando a tropa de choque governista no Congresso Nacional, a criação de novos partidos que possam servir à oposição. Outrora presa e barbaramente torturada por, supostamente, defender as liberdades democráticas durante o Regime Militar, madame Rousseff na Presidência não convive bem com a democracia brasileira. Um peixe graúdo do Palácio do Planalto, logo após sair de uma reunião no gabinete presidencial, garantiu: Dilma e Lula estão preocupados e inquietos. Eles sabem que o suposto conforto dos 80% de aprovação popular é um embuste, maquiado no submundo dos institutos de pesquisas. Incomoda - e muito! - a desenvoltura ascendente do governador Eduardo Campos, especialmente
junto ao grande empresariado do país, aquele que financia - “por dentro” e “por fora” - as campanhas eleitorais. Por fim, o número expressivo de candidatos com farto potencial de votos tem tudo para fracionar o eleitorado e arrastar a decisão para um perigoso segundo turno. Outro dado que arrepia os cabelos palacianos é a situação econômica do Brasil. Sabe-se com absoluta clareza que o chamado “bem-estar econômico e social” é determinante no resultado das urnas. O eleitor nem se importou com os vastíssimos escândalos de corrupção protagonizados pela gestão petista. Ludibriados por “lentes de contato” de crédito fácil, derrame de esmolas sociais e artificialismos monetários, o povo brasileiro fingiu não ver a bandalheira política e reelegeu Lula em 2006 e abraçou Dilma em 2010. No entanto, agora em 2013, a fatura do descaso começa a aparecer, com a população superendividada, fartamente inadimplente, numa nação de infraestrutura precária e obsoleta e com a inflação espalhada e dando sinais de galope. Registre-se: se conseguir controlar a inflação até meados de 2014, a presidente Dilma Rousseff será reeleita; caso contrário, o PT perderá a Presidência da República. Aliás, por falar em “lentes de contato”, vale observar à miúde o look repaginado da presidente. Depois de assistir a propaganda política do PSB, exibida em horário nobre no dia 25 de abril, explorando maciçamente a leveza dos belos olhos verdes do agora rival Eduardo Campos, o marqueteiro do PT decidiu copiar o visual. Já no pronunciamento oficial em cadeia nacional de rádio e TV, que foi ao ar no dia 1º de maio em comemoração ao Dia do Trabalhador, Dilma Rousseff apareceu com a maquiagem mais clara e leve, seus cabelos ganharam tons ainda mais alourados e seus olhos, outrora castanho-escuros, surgiram esverdeados e brilhantes. Vale tudo para enganar os hibernais e pasmados eleitores brasileiros. Até lentes de contato.
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OPINIÃO
A maioridade penal não é a questão primordial A problemática da redução da maioridade penal no ordenamento jurídico pátrio. David Elmôr david@elmorecorreaadv.com.br
David Elmôr é advogado criminalista, originário de uma das mais respeitáveis bancas de direito do Brasil (SAHIONE Advogados), sócio sênior do ELMÔR, CORRÊA & MATOS Advogados
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o Brasil, um jovem alcança a maioridade civil quando atinge 18 anos de idade, neste momento cessa sua incapacidade, tornando-o habilitado a todos os atos da vida civil, como o casamento, o exercício de emprego público efetivo, o requerimento de Carteira Nacional de Habilitação, entre outros. Antes disso, com 16 anos de idade, ao jovem é facultado o direito de votar, ou seja, de escolher os dirigentes de nosso país, representantes em todas as esferas dos poderes executivo e legislativo. O aumento da criminalidade emerge uma série de dúvidas e incertezas na sociedade, sobretudo, no que diz respeito aos graves crimes praticados por menores de idade. Será que um jovem, menor de 18 anos, é incapaz de compreender a gravidade dos atos por ele praticados? Porque o menor de 18 anos não é punido de maneira severa quando comete um crime? Para a grande maioria da população estas são as grandes dúvidas, sendo que, para a primeira indagação, quase todos tem a resposta afirmativa. Contudo, no que tange a segunda questão, permanece a incerteza, com um toque de impunidade. O tema apresenta grande complexidade, sendo de difícil compreensão até mesmo para nossos parlamentares, que demonstram espantoso desconhecimento acerca da matéria. Para a maioria dos brasileiros não é diferente, pois, o que interessa para a população é a segurança pública e o bem estar social, com a consequente redução da criminalidade, e não questões de técnica jurídica. A sociedade quer uma resposta, e a legislação é vista como um empecilho, e não como garantia dos direitos individuais e coletivos, como peça fundamental do Estado Democrático de Direito. Não existem dúvidas de que um jovem, menor de 18 anos, tem plena consciência de seus atos, especialmente quando comete uma conduta delituosa. Todavia, a maioridade penal não pode ser reduzida por uma série de questões de ciência jurídica, na maioria técnicas, mas que produzem efeitos na esfera social, tendo em vista que o direito é uma ciência humana. O Brasil assinou a Convenção da ONU sobre os Direitos da Criança em 20/11/1989, se obrigando a internalizar em seu ordenamento jurídico as dis-
posições aprovadas no ajuste internacional. Desta forma, em 13/07/1990 passou a vigorar o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/1990) passando a dispor sobre a proteção destes, baseada no reconhecimento de direitos especiais. O Código Penal dispõe acerca das condutas proibidas, com a finalidade proteger os mais variados tipos de bens (vida, patrimônio, liberdade, etc.) que, quando violados por tais condutas, faz surgir a responsabilidade penal para aqueles que cometeram os crimes, estando estes, sujeitos as respectivas penas, que apresentam três características fundamentais: punição, retribuição e ressocialização. Diferentemente, o Estatuto da Criança e do Adolescente não prevê a possibilidade de cometimento de crime por menores de 18 anos, tendo em vista que estes são inimputáveis, não preenchendo o requisito da culpabilidade, pressuposto de aplicação da pena. Assim, a conduta delituosa do menor de idade é denominada como “ato infracional”, podendo lhe ser aplicada, no máximo, uma medida socioeducativa de internação (privação de liberdade), por período não superior a três anos. A medida socioeducativa de internação, ao contrário do que ocorre com a “pena” (Código Penal), não tem cunho punitivo (penalidade e retribuição), mas sim pedagógico, de índole disciplinar, tendo como característica basilar a brevidade, no sentido de que a medida deve perdurar tão somente para necessidade de readaptação do menor, respeitando, também, a especial condição de pessoa em desenvolvimento. A redução da maioridade penal não pode afrontar a Convenção da ONU, e também não pode deturpar uma série de princípios de direito, que, se desvirtuados, podem oferecer riscos as tão consagradas garantias constitucionais, ameaçando a própria democracia. Em suma, reduzir a maioridade penal como endurecimento de uma política criminal voltada para dar uma resposta aos anseios da sociedade não é a solução para redução da criminalidade, em contrapartida, não podemos negacear a verdade e fechar os olhos à realidade não se admitindo que os menores também possam ser criminosos. O problema é social.
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OPINIÃO
A internet e o fim da privacidade Contribuímos espontaneamente para alimentar estes gigantescos bancos de dados que registram não apenas nossos interesses de consumo, mas também nossas preferências políticas, religiosas, filosóficas, sexuais e até esportivas.
Eduardo Buzzinari
Eduardo Buzzinari Ribeiro de Sá é juiz de Direito do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro
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Era Digital inaugurou uma nova fase evolutiva do relacionamento humano. Mudamos nossa forma de nos corresponder, de fazer compras, de ouvir música, de ler livros, de ver fotografias e, sobretudo, de nos comunicar. As redes sociais eliminaram as barreiras da distância, aproximaram as pessoas e colocaram todos numa grande sala de bate-papo virtual. Não se discute que a tecnologia nos tem trazido benefícios e facilidades extraordinários, nem se olvida que este é um caminho inevitável e sem retorno. Contudo, é preciso que o encantamento com as inovações cibernéticas não nos retire a capacidade reflexiva quanto ao modo como as transformações sociais se conduzem. O crescimento do convívio no ambiente virtual traz como consectário lógico a mitigação do contato real e verdadeiro entre as pessoas. Enfraquecemos nosso lado humano, banalizamos nossas relações pessoais e renunciamos quase que inteiramente à nossa privacidade. Privacidade... Ela ainda é mesmo necessária? O direito à privacidade é consagrado pelo art. 5º, caput, X da Constituição da República e encontra respaldo legal no art. 21 do Código Civil, onde se assegura ao cidadão a possibilidade de manter sua vida doméstica, suas relações familiares e de amizade, seus hábitos cotidianos e pensamentos mais íntimos, desconhecidos do público em geral. Assim, o indivíduo possui o direito de que ninguém saiba a respeito da localização de seu domicílio, do conteúdo de sua correspondência, de suas relações com familiares e amigos, de sua intimidade sexual e de outros assuntos que só interessem à sua pessoa. Ou, como bem sintetizado na fala do Juiz norte-americano Cooly, em 1873, a privacidade significa o direito de estar só: the right to be alone. A par disso, dia após dia, nós inocentemente permitimos que nossa intimidade seja violada e armazenada em bancos de dados alheios sem que, muitas vezes, sequer nos demos conta do que se sucede. É preciso que nos conscientizemos de que nada é gratuito na rede mundial de computadores. As empresas hospedeiras de e-mails, mantenedoras de redes sociais e ferramentas de busca não foram criadas para favorecer a comunicação e o entendimento entre os povos. Elas foram criadas para gerar lucro. E quanto mais, melhor. Quando cadastramos
um e-mail, participamos de uma rede social ou utilizamos mecanismos de busca, nós pagamos pelo serviço com algo que nos é muito caro e valioso: nossas informações e dados pessoais. Tais elementos são convertidos em moeda de troca para a veiculação de toda sorte de publicidade em nossas páginas de navegação. Por meio de nossos acessos, as empresas prestadoras de serviços na internet conseguem mapear nossas áreas de interesse e fazer algo tão poderoso que nenhum outro meio de comunicação jamais conseguiu: uma publicidade inteiramente personalizada. Quem nunca se deparou, em suas páginas de navegação, com um anúncio publicitário que coincidisse exatamente com os termos de uma busca anteriormente realizada? Alguém certamente está lucrando com isso... O mais intrigante é que contribuímos espontaneamente para alimentar estes gigantescos bancos de dados que registram não apenas nossos interesses de consumo, mas também nossas preferências políticas, religiosas, filosóficas, sexuais e até esportivas. É o sonho de consumo de qualquer CIA, Gestapo, KGB ou DOI-CODI (que era o serviço secreto de inteligência brasileiro a serviço da Ditadura Militar). Enquanto tais dados estiverem sendo utilizados apenas para traçar perfis de consumo e fomentar anúncios publicitários, menos mal. Mas e se forem usados para outros fins? Existe uma infinidade de possibilidades criminosas e antidemocráticas para quem estiver de posse de tais informações... O certo é que o mundo mudou. A vida está em constante evolução. A Era Digital é uma realidade cada vez mais presente em nosso cotidiano. Não há caminho de volta e nem se pretende iniciar uma cruzada contra a informática e as inovações tecnológicas dela decorrentes. Mas, como se asseverou alhures, é preciso que o encantamento com a internet não nos retire a capacidade reflexiva quanto ao modo como as transformações sociais se conduzem. A permanência excessiva no ambiente virtual enfraquece nosso lado humano e banaliza nossas relações pessoais. Como bem pontuado por Michel Foucault, “a visibilidade é uma armadilha”. E toda essa superexposição a que nos leva a internet deve encontrar seus limites o mais depressa possível, antes que desapareça por completo o pouco de privacidade que ainda nos resta.
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SEU AMBIENTE
COM A SUA CARA Móveis de qualidade, para todos os gostos e mais perto que você possa imaginar. Um dos mais tradicionais grupos do setor apresenta suas marcas, produtos e vantagens para os clientes de Três Rios e região.
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camente corretos e atende todos os públicos, desde mobiliário para quartos de bebês até a terceira idade. Com design e fabricação próprios, é possível personalizar os itens por meio de visualização virtual do ambiente, o que facilita a realização de mudanças e correções antes da finalização dos projetos. A madeira
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e os derivados utilizados são de reflorestamento ou manejo sustentável, não agredindo o meio ambiente. A Show Móveis Sob Medida tem um mundo de possibilidades à sua disposição! Também com madeiras que não agridem o meio ambiente e com uma equipe experiente, a marcenaria própria garante que tudo saia como planejado, com exclusividade e profissionalismo em todos os projetos e acabamentos, seja para residências ou instalações comerciais. A Casa & Forma atua com móveis nacionais e importados, além da fabricação própria, para salas de estar, jantar e TV. Busca atender a demanda pela alta exigência e rigor pela qualidade, característicos dos clientes. Oferece mobiliário fino, de desenho moderno e contemporâneo e emprenha-se na constante pesquisa e análise de materiais utilizados. Diferente de todas as outras, a Evviva cria mais que móveis, ela cria espaços personalizados para sua casa, para receber amigos, família, trabalhar, passar o dia... enfim, oferece o conforto que você precisa para aproveitar o doce lar. São móveis planejados para atender seu gosto, que é único! Este é o Grupo Show Móveis, já presente nos lares de diversas famílias e que está pronto para contribuir com o seu lar! Afinal, nada melhor que chegar em casa e ver seus sonhos realizados.
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CULTURA
ROCHA FIRME DE FÉ
E HISTÓRIA POR FREDERICO NOGUEIRA
FOTOS REVISTA ON
No dia 29 de junho a Igreja Católica celebra São Pedro e São Paulo. Considerados os principais líderes da Igreja Cristã Primitiva, os santos são padroeiros de Paraíba do Sul e dão nome à matriz localizada no centro do município. Presente no cotidiano de gerações de moradores, ela faz parte da cultura local e mantém viva a história da região em suas paredes, imagens e arquivo.
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CULTURA
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la chama atenção pela imponência e traços de outras épocas. Está situada no centro da cidade considerada mãe de toda a região e guarda registros históricos. É quase impossível passar perto e não a admirar por alguns instantes. Aliás, já cabe um conselho: se ainda não conhece, visite a igreja matriz de São Pedro e São Paulo. Além de ser um local de encontro e fortalecimento da fé cristã, é um ambiente recheado de história. Porém, caso programe sua visita, inclua também outras no roteiro, como a de Santo Antônio da Encruzilhada e a de Nossa Senhora do Rosário, também antigas e importantes para a história da região. Um detalhe que chama a atenção é o fato de que esta matriz de São Pedro e São Paulo, cuja construção foi iniciada em 1860, não é a primeira dedicada aos santos, mas a terceira. “Na época em que o Garcia Rodrigues Paes se estabeleceu em Paraíba do Sul, fizeram uma capela em uma ilha que havia no meio do rio Paraíba do Sul, mas houve uma grande enchente e a capela foi arrastada. Fizeram outra capelinha no morro em frente ao Jardim Velho, que durou muitos anos. Porém, com o passar do tempo, foi necessário construir uma nova igreja”, revela a pesquisadora Cinara Jorge, que conta ter obtido estas informações através de um livro de Pedro Gomes da Silva, um dos maiores historiadores da região. Segundo Cinara, em 1833, quando Paraíba do Sul tonou-se vila, a construção da terceira igreja já era assunto recorrente na sociedade. “Em 1860 foi colocada a pedra fundamental, com a presença das autoridades e população. Ela foi inaugurada apenas em 1882, e, no ano de 1876 houve, inclusive, uma loteria do estado cujo lucro foi convertido para a realização das obras da matriz”, completa a pesquisadora. O livro de tombo, guardado nos arquivos da matriz, registra o início das obras com o seguinte texto: “Aos quatro dias do mês de Setembro do anno do Nascimento de nosso Senhor Jesus Christo de mil oitocentos e sessenta, n’esta villa da Parayba do Sul [...] para edificação da nova Igreja Matriz com o título e invo22
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Como foi inaugurada sem as torres, duas datas estão gravadas na fachada cação de S. Pedro e S. Paulo de Parayba do Sul”. Ainda no texto, há o registro da presença de um grande número de pessoas na ocasião, além dos membros da Câmara e do Barão de Parayba. A área destinada à construção, ainda segundo o auto de demarcação, estava em frente à ponte e teria a capacidade para a edificação que se pretendia, com um terreno de “duzentos e cincoenta palmos de comprimento, sobre sento e oitenta de largura”, diz os escritos. Na fachada da igreja, duas datas estão gravadas e Cinara explica o motivo. “A igreja foi inaugurada sem as torres. O sino é muito caro e é difícil conseguir alguém que faça uma doação. As torres só foram construídas em 1933 e é possível observar as diferenças na fachada. Como a matriz é do século 19, tem muitas pedras de cantaria, usadas pelos canteiros portugueses. Já as torres sineiras não possuem e têm pintura diferente, por isso as duas datas estão gravadas”. O altar-mor da matriz é feito em carvalho de origem europeia e foi doado por um grupo formado pela Condessa do Rio Novo, Barão de Entre-Rios, Visconde da Paraíba e Barão do Piabanha. Ainda no interior da igreja, dois grandes lustres chamam a atenção pela beleza. Hoje é preciso observar atentamente que a matriz está construída na direção da cabeceira da ponte, mas, no passado, um caminho de oitis embelezava o trajeto. “Quando a rodoviária foi construída, o caminho de oitis foi destruído, mas a praça ainda tem alguns daquele tempo”, acrescenta. Em tantos anos, quantos casamentos e batizados foram realizados na igreja? Um número enorme, visto que há um livro de registros de cerimônias entre 1719 e 1768. Um detalhe interessante é que casamentos e batizados de escravos e filhos de escravos eram registrados em livros separados.
VALOR A igreja é uma das que possuem importância histórica para a região
FREI Ariel Ribeiro da Costa está de volta à matriz
Carlos Gomes já regeu uma orquestra no interior da igreja Entre as curiosidades relacionadas ao local está uma que tem o compositor de ‘O Guarani’ como personagem principal. “Nesta igreja, o Carlos Gomes já regeu uma orquestra a convite do cônego Ignácio Félix de Alvarenga Sales. Quando estava em Paraíba, ele tinha inspirações para suas composições. Foi na cidade que ele escreveu um trecho da obra Lo Schiavo (O Escravo)”, revela Cinara. Segundo ela, Olavo Bilac é outro grande nome que visitava regularmente a cidade. Quem está hoje à frente da matriz é o frei Ariel Ribeiro da Costa, que conta com o auxílio de outro padre e um frade. Na realidade, o frei está de volta à igreja. “Minha ordenação foi em 1995 e surgiu a oportunidade de assumir essa paróquia em Paraíba do Sul. Como eu era recém-ordenado, o superior não me
colocou como pároco, mas como vigário cooperador. Vim no dia 9 de janeiro de 1996 e fiquei até março daquele ano conhecendo um pouco a realidade da comunidade. Depois, o frei Robson Macedo chegou para ser pároco e, quando ele saiu, permaneci como pároco até o final de 1999”, recorda ele, que retornou à cidade no último mês de abril, após a saída do frei Édson Damasceno. “O reencontro foi bom. A gente sabe que depois de 14 anos de ausência, algumas pessoas não estão mais. O mais triste é quando as pessoas chegam e perguntam: ‘Você lembra do fulano de tal? Ele morreu’. Assim que retornei, essa foi a cena mais recorrente, e causa saudade”, completa. Sua primeira chegada à matriz também marcou a chegada dos franciscanos ao local. “Naquela época, diziam
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HISTÓRIA A igreja na direção da ponte, sem a rodoviária
SEM TORRES O registro do século XIX mostra uma fachada diferente da atual
INTERIOR Grandes lustres e riqueza nos detalhes chamam a atenção de quem visita a igreja
que o povo não queria a chegada dos franciscanos. Vim meio envergonhado, seria minha primeira paróquia depois de ordenado. Mas logo vi que o povo não estava contra o padre que estava chegando, mas estava contrário à saída do padre Pedro Higino, que nos antecedeu, o que é muito diferente. Não estavam contra alguém, estavam contra uma situação, por gostarem muito do padre”, relata. Ele conta que admirava o padre Pedro e que este passou a 24
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ACERVO RADIO TRÊS RIOS
ARQUIVO PESSOAL CINARA JORGE
ARQUIVO PESSOAL CINARA JORGE
CULTURA
1960 Já com a rodoviária construída
ALTAR Imagens dos santos Pedro e Paulo são algumas que compõem o local
apresentá-lo para a comunidade. “Me acolheram com muito carinho e atenção”, afirma. Segundo Ariel, a relação da população com a matriz é forte, assim como a relação com os religiosos, que estão disponíveis para atender a comunidade diariamente. “O atendimento nas igrejas com religiosos é mais fácil porque vivemos em um número maior. O padre diocesano normalmente está sozinho em uma paróquia, então é mais difícil dar mais atenção”.
Para o frei, os santos Pedro e Paulo têm ensinamentos úteis até os dias de hoje. “Paulo tem uma contribuição fenomenal ao conhecimento de Jesus. As Cartas Paulinas contidas no Novo Testamento são aceitas por católicos e protestantes. De Pedro, temos as cartas de São Pedro. Há os que creem que o evangelho de Marcos é a evangelização de Pedro. Ele deixou a fé em Jesus, uma fé que não se baseia na força, mas mostra a força na fragilidade, afinal Pedro negou Jesus três vezes”.
Para o frei Ariel, os ensinamentos de Pedro e Paulo são úteis até hoje A tradicional comemoração pelo dia dos padroeiros, que movimenta a histórica matriz e redondezas, começou a ser pensada com antecedência e a comunidade pediu que três temas fossem trabalhados: fé, unidade e pertença. “Qual a minha identidade? Qual a identidade do paroquiano? O objetivo é mostrar que a comunidade é formada por diversas comunidades. Não é uma comunidade única, mas não é cada um por si. Todos possuem identidades diferentes e próprias, mas fazem parte de uma mesma paróquia”, esclarece o frei. Ele acrescenta sobre a importância da festa para a população. “As festas de padroeiros de cidades pequenas são mais que eventos religiosos, são eventos culturais, revelam a cultura de um povo, um modo de viver”, finaliza.
ADORAÇÃO O Santíssimo pode ser visitado durante todo o dia
BATISMO Livros do arquivo da matriz registram cerimônias de séculos passados
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MÚSICA
É NO PAGODE, É NO PAGODE “Ficamos combinados assim; eu pra você, você pra mim”. O trecho está no refrão de uma das músicas gravadas pelo Toque de Qualidade. Pagode, alegria, carisma e muita diversão embalam as apresentações do grupo trirriense que, embora com pouco tempo de estrada, já faz shows em diversas cidades e casas noturnas importantes na capital fluminense. Ficamos combinados, então, que é hora de conhecer [e reconhecer] a história e o talento dos rapazes. POR FREDERICO NOGUEIRA
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rês Rios passa algumas semanas sem festas sertanejas, sem baladas ao som de batidas eletrônicas, mas o pagode é normalmente garantido, seja em bares, clubes ou quadras de escolas de samba. Diversos grupos já foram criados e muitos deles, inclusive, a partir da reunião de amigos que levam a “diversão particular” para outros amigos. O grupo Toque de Qualidade tem quase três anos de existência, mas seus integrantes já têm longas ligações com a música. Rodrigo Viana, o vocalista, lembra que, na infância, morava em uma fa28
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FOTOS ARQUIVO PESSOAL
zenda e as músicas que mais chamavam atenção eram das duplas Zezé di Camargo & Luciano e Chitãozinho & Xororó e, entre seus ídolos e inspirações, estão Djavan, Milton Nascimento, Tom Jobim e Roberto Carlos. “Desde criança me envolvo com música. Aos 12 anos comecei com o grupo ‘Assim Somos Nós’. Depois, participei de grupos como ‘Sempre Samba’, ‘Arte Negra Rios’ e tive uma breve passagem pelo ‘Nova Era’, além do ‘Rapha do Pagode’”, conta. Este último foi o que deu origem ao Toque de Qualidade. “Estávamos todos no grupo Rapha até que resolvemos levar
a coisa para um lado mais profissional”, comenta Jorge Henrique Barbosa, que, no grupo, toca tantan. “Desde novo me interesso por música, sempre incentivado por meus pais. Lembro que meu pai ouvia muito os vinis do Fundo de Quintal, Zeca e Partido em Cinco”. Entre as inspiração para Jorge do Samba, como é conhecido, estão, além destes, Jorge Aragão, Mestre Marçal, Revelação, Sensação, Bom Gosto e Exaltasamba. Além de Rodrigo e Jorge, o grupo é formado por Uelinton (violão), Maguinho (pandeiro) e Mário Jackson (surdo). Os primeiros ensaios aconteceram na
VIA SHOW O grupo já se apresentou na casa de shows e se prapara para retornar ao cenário carioca
O Toque de Qualidade já se apresentou na Via Show, na capital fluminense casa do pai de Jorge Henrique, Lafayette Barbosa, e o primeiro show eles se recordam. “Foi no pagode do Indepa [Independência Clube], junto ao grupo Nova Era”, lembra Jorge. Mesmo com dificuldades naturais de quem sai do interior e busca realizar sonhos, os músicos já se destacam na região e conquistam espaços inéditos para trirrienses. “Posso dizer que estamos ‘rodados’. Já nos apresentamos em todas as casas e festas de Três Rios e fizemos shows em Paraíba do Sul, Vassouras, Juiz de Fora, Rio de Janeiro, Werneck, Levy Gasparian, Santana do Deserto, Pequiri, São Gonçalo, Niterói, entre outras”, enumera Jorge Henrique. O grupo se prepara para lançar a música “Antes que o sol se ponha” e, no segundo semestre, grava uma que mostra o reconhecimento no cenário musical: trata-se de uma composição do Xande de Pilares, do grupo Revelação, que presenteou o Toque de Qualidade com a canção. Para qualquer artista fazer sucesso, os fãs são importantes na caminhada, tanto nos shows como quando pedem as músicas nas rádios. Uma das primeiras e maiores fãs
dos rapazes é Dabada Cris, funcionária pública no Rio de Janeiro e rainha da bateria da G.R.E.S. Mocidade Independente de Vila Isabel, escola de Três Rios. “Pela minha trajetória enquanto militante do mundo do samba e por estar imbricada em minha origem afrodescendente, o samba e suas denominações me encantam. Tive a oportunidade de conhecer esta rapaziada linda no início da caminhada, por conta do mundo das escolas de samba, onde conheci alguns dos componentes há algum tempo”. Dabada convidou os amigos e, por que não dizer, ídolos, para se apresentarem no aniversário de 63 anos da mãe e garante que o grupo animou os convidados. “Creio que o diferencial esteja em não ficar somente na levada do samba, ou seja, eles incluem no repertório músicas de outros estilos musicais, mas sem perder a raiz de samba/pagode”, garante. Entre as músicas preferidas, está “Combinado”, que abriu este texto. Ela aproveita para mandar um recado publicamente aos amigos. “Tenho certeza que este momento lindo que estão vivendo é somente o início de um futuro brilhante para um grupo dedicado, responsável e parceiro. A humildade é a alma do negócio, e isso eles têm de sobra. Se dependerem de mim, estarei sempre pronta para aplaudir de pé”. Hoje, os rapazes já contam, inclusive, com um fã-clube, o TQzeiros. revistaon.com.br
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MÚSICA
Uma das novas músicas do grupo foi composta por Xande de Pilares
PARCEIROS DE ESTRADA Com o grupo Balacobaco, os trirrienses já fizeram algumas apresentações
INSPIRAÇÃO Com o cantor Chrigor o grupo também já dividiu o palco em Três Rios 30
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Enquanto eles brilham, a família acompanha de perto, como é o caso de Marco Aurélio Costa, irmão do Maguinho. “Ver meu irmão no palco é gratificante. Ver que ele está realizando o sonho de viver daquilo que mais gosta de fazer, junto aos outros membros do grupo, felizes pela construção de um trabalho sério, de respeito e muito amor à música e aos fãs”. Marco Aurélio dá apoio ao grupo e está em todos os shows. “As expectativas são as melhores. Quando um trabalho é feito com responsabilidade e seriedade, só pode dar certo. Então, acredito que o grupo ainda tem muito a crescer e conquistar”, finaliza. A fase difícil do início, eles garantem já ter superado, mas ainda não conseguem viver exclusivamente da música e, por isso, desenvolvem atividades paralelas. “Temos vários planos, como gravar um CD, um DVD, firmar o nome do grupo no Rio e São Paulo e, claro, viver da música. Já conquistamos bastante coisa na região neste tempo e isso já é um sonho. Mas, para o futuro, miramos no cenário nacional ou, quem sabe, se papai do céu permitir, o reconhecimento mundial”, informa Jorge Henrique. Para quem sonha trilhar o mesmo caminho e trabalhar com música, Rodrigo deixa um recado: “O caminho é árduo, mas compensador. O importante é nunca desistir”.
ÍDOLOS Os rapazes já tiveram a oportunidade de tocar com Luizito da Mangueira
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ENTREVISTA
“NÃO ENTENDO QUEM TEM CONHECIMENTO E NÃO O DIVIDE” POR FREDERICO NOGUEIRA
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Ele é carioca, mas considera-se trirriense e garante ter todos os hábitos de um cidadão do interior, afinal, mudou-se para a cidade aos cinco anos de idade. Diz que a cultura é uma marca forte de Três Rios e um diferencial em relação às outras cidades. Com uma frase emprestada de Ferreira Gullar, garante: “Como a vida é pouca, o homem inventou a arte”.
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oel São Tiago é conhecido e reconhecido em Três Rios pela atuação na cultura local. No dia da entrevista, o encontrei assistindo a uma partida de tênis na televisão. Ao dizer que aquele é seu esporte preferido e que já venceu alguns torneios, tive um espanto inicial. “Não é só você, muita gente também se surpreende quando descobre”, alivia. Deixamos o esporte para outra oportunidade e, em um bate-papo sobre a relação com a cultura, ele revela os desafios e prazeres do trabalho com produção cultural. 34
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01 Como você chegou a Três Rios?
Meu pai, ferroviário, foi transferido para o município. Hoje, se me perguntar se quero voltar para o Rio de Janeiro, a resposta é não. Minha vida é aqui. Fico muito feliz em ter vindo para cá. Três Rios é um município muito diferente da maioria dos que já conheci na área cultural. Possui singularidades, como um grupo de amadores teatrais mais antigo que a cidade, donos de um prédio; uma banda que acabou de fazer 103 anos; uma
escola de dança que foi fundada em 1970; teve a primeira escola de samba criada na década de 1940. O fato de ter caído aqui foi muito bom para mim porque acabei em um lugar onde pude desenvolver meu interesse pela arte. Uma vez me perguntaram qual a identidade de Três Rios. Eu respondi que é a da cultura. Como uma cidade tão jovem foi capaz de criar tantos movimentos que permanecem até hoje? As pessoas só continuam porque acreditam que vale à pena.
02 Onde e quando surgiu sua ligação com as artes?
Morava no [bairro] Portão Vermelho e estudava na escola perto de casa. Minha professora já havia sido atriz do Gatvc [Grupo de Amadores Teatrais Viriato Corrêa] e, por esse motivo, ela montava leituras de peças, criava atividades artísticas com a turma. Normalmente eu era o narrador das peças porque sempre fui falador, despachado. Quando entrei na 5ª série, já no Colégio Walter Francklin, a turma resolveu montar uma peça para o final de ano. Eu tinha 12 anos. Fui até essa professora, dona Leir, pedir ajuda e ela indicou que procurasse no Teatro Celso Peçanha. Foi a primeira vez que entrei em um teatro, que li as peças, mas não consegui encontrar nada que nos atendesse. Então escrevi uma história de dez minutos e foi o que apresentamos. Naquela época, aconteciam os famosos festivais estudantis e comecei a frequentar o teatro através destes festivais. Apesar de ser falador, sempre fui muito tímido, então tinha vergonha de chegar naqueles grupos que já estavam formados. Em 1980, no último ano do segundo grau, participei de uma peça com o colégio, na parte técnica. Assim comecei a frequentar mais aquele espaço, conhecer as pessoas. E frequentava muito o Sesc, por ser no caminho de casa, até que fui convidado para fazer parte do grupo de teatro da instituição. Em 1981 participei da peça “A cigana me enganou”, do Gatvc, como contra regra, que foi a última com a dona Violeta Silveira. 03 O que era o teatro na cidade e o Gatvc naquela época, início dos anos 80?
Nesse período, fui trabalhar como funcionário do teatro e comecei a organizar atividades artísticas. Tive a oportunidade de conhecer fundadores do Gatvc, fiquei quatro anos na função. O Gatvc era uma grande referência. Podemos dizer que é até hoje, mas naquela época era, inclusive, o espaço de reunião de pessoas. Os jovens que gostavam de teatro iam para lá todos os dias bater papo, cantar. Era o ponto de encontro cultural. O auge do teatro, de peças pelo Gatvc, foi na década de 1960. Na década de 70,
havia muito mais espetáculos estudantis. Alguns acham que estas peças abafaram os espetáculos do Gatvc porque os amadores do grupo dirigiam nas escolas e acabavam sem energia para dirigir pelo grupo. Houve ano de não ter uma peça do Gatvc, mas havia essa efervescência com a presença do grupo de jovens. 04 Pode-se dizer que o teatro teve gerações mais fortes e outras mais fracas?
Em 1997 e 1998 fui presidente do grupo. Foi o ano que fizemos muitos espetáculos, que o Rodrigo [Portella, diretor da Cortejo Cia de Teatro] começou a surgir e montamos várias peças. A peça mais premiada no Gatvc foi “Electra Blues”, dirigida por ele, que ganhou 25 prêmios. A geração do Rodrigo, da década de 90, foi forte. Na década de 80 tivemos alguns nomes de bons atores, atrizes e diretores. Agora não temos uma atividade regular, a não ser a Maria Elisa Amorim, que consegue manter o grupo dela com alguns jovens. Mas é normal, são ciclos. Só de termos um local onde as pessoas podem montar seus espetáculos, é muito bom. Daqui a pouco surge um novo movimento, novos nomes. 05 Quais foram suas primeiras produções culturais?
Foi o Primeiro Conclave Musical Popular, a primeira atividade artística que participei na organização. Foi no CAER, eu tinha 18 anos. Depois, fui organizar um festival de poesia no teatro. Enquanto fui funcionário do teatro, fazia peças no Sesc, que também sempre foi uma referencial nesta área. Em 1985 fui convidado a trabalhar no Sesc. Eles precisavam de um funcionário para a área de cultura, para ficar responsável por realizar atividades artísticas. Aceitei e estou até hoje. 06 Esses trabalhos foram levando ao reconhecimento na área...
As ações que realizei me levaram a buscar pessoas. Com isso, fiz contato com gente de diversas áreas. Assim, você vai criando um relacionamento e um respeito mútuo. Em 1984 entrei para o Conselho Municipal de Cultura revistaon.com.br
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ENTREVISTA
e fiquei até 1990. Eu era a pessoa mais jovem do Conselho naquela época. Agora ele está voltando e, com certeza, teremos muitas novidades. Ele é fundamental inclusive pela nova forma. Antes, era todo escolhido pelo poder executivo, que homologava os nomes dos conselheiros após uma indicação. A partir de agora, o Conselho passa a ter uma composição de representantes dos segmentos artísticos e representantes do poder executivo. Entro representando o setor de audiovisual. Há uma mudança, inclusive, no comportamento de cada um, do comprometimento de cada um. As pessoas estão representando um segmento, logo, a criação de ações depende deste representante. 07 E de onde vem sua ligaçã com o cinema?
Sempre adorei, sempre vi filmes. Tenho programas de porta do Cine Rex da década de 70. Gostava tanto que vendia pipoca na porta do cinema. Além de ganhar um dinheirinho, ficava ouvindo do lado de fora o som que vazava. Ia a quase todos os filmes. Quando as pessoas passaram a ter acesso ao VHS, o público diminuiu e eles só faziam sessão se houvesse mais de cinco pessoas. Lembro de uma vez que fiquei na calçada convidando pessoas para entrarem e o filme ser exibido. Durante a sessão, dois se levantaram e foram embora. Se o teatro é um ritual, o cinema é um templo. Fico ali entregue ao filme. Eu dou risadas, choro, fico suado. Aquilo é uma verdade e naquele momento estou entregue a ela. Tenho a meta de assistir dez filmes por mês. Com essa paixão, sonhava fazer filmes, mas nunca achei que seria possível, por ser algo distante. Sou da época que só existia película, não imaginava que chegaria o digital. Quando meus filmes foram apresentados, a emoção é indescritível, afinal consegui realizar aquilo que não imaginava que seria viável um dia [Joel escreveu e dirigiu os filmes “Uma escolha, uma renúncia” e “Paixão e carnaval”]. E tudo surgiu a partir do “BNH”. 08 Como surgiu o filme BNH?
O Rodrigo [Portella] morava no Rio e eu ia lá de vez em quando ou encontrava com ele em Três Rios e conversávamos 36
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muito. Surgiu a história de fazer um filme. Partiu dele e da Letícia [Lima, hoje atriz do “Porta dos Fundos”, canal do Youtube], acho que moravam na mesma república naquela época. Eles queriam fazer um curta-metragem e veio a história do BNH porque a Letícia tinha morado lá e era um pouco da história dela. Colocamos aquilo no papel, vimos os custos e partimos para a ação. O orçamento ficou em R$ 20 mil. Ninguém ganhou para fazer o filme, mas não podíamos perder. Fiquei meses visitando empresas, levando ofícios em busca de apoio. Só conseguimos, também, porque o Celso [Jacob], prefeito na época, nos ajudou. Um terço do valor foi passado pela Prefeitura. Ele e o Odairzinho [Odair Gama Júnior, controlador geral do município no período], que sempre foram envolvidos com a cultura, abraçaram a ideia e nos ajudaram. O trabalho de produção foi muito desgastante, levou meses. E lançamos o filme na quadra do Sesc, lotada. Depois exibimos no BNH. O filme começa com ‘a população de Três Rios apresenta’. Fiz questão de colocar assim porque as pessoas de fato abraçaram a ideia. 09 Aquele foi o momento certo para o primeiro filme na cidade?
Não sei, acho que o momento certo é quando você está a fim, quando está disponível para realizar. Você precisa querer e fazer. Muitas pessoas não realizam o que pensam porque só pensam e acham lindo. Acho que têm certo medo de ir à luta porque é tudo muito trabalhoso. Para fazer um filme de 20 minutos, fiquei meses em busca dos recursos, fazia isso nas minhas folgas, no meu tempo livre. O momento certo é aquele que você está disponível. Eu tinha que estar com muita motivação para ‘vender esse peixe’. Fui numa pessoa que disse “não posso te ajudar, está tudo difícil, acho que você não vai conseguir”. Quando ele terminou de jogar esse pessimismo em mim, eu disse que conseguiria e ainda
levaria o convite para ele ir ao lançamento. Se não tivesse muita vontade, essa pessoa me desanimava, mas eu levei o convite para ele. Obstáculos, na vida, temos sempre. Quando você faz produção, a batalha é maior ainda. Se você não estiver muito a fim, quando chegar o primeiro problema você volta. Tem que estar sempre disposto a enfrentar. Produzir é isso, é passar por obstáculos. Se não tem disposição de enfrentar e olhar o problema, nem entra nessa área porque é besteira, as dificuldades são enormes. 10 E houve desdobramentos a partir do início da produção cinematográfica...
Fizemos cópias do filme para vender. Não para ter lucro, mas para pagar os gastos e tentar produzir outros. Enviamos algumas cópias para a prefeitura, mas fui até a Secretaria de Educação tentar vender outras com o objetivo de deixar em todas as escolas. A Cida, que era a secretária, disse que não sabia se poderia fazer isso por questões burocráticas, mas disse que gostaria de fazer um trabalho de cinema com alunos da rede municipal. Me perguntou se eu faria. Disse que não, mas conhecia quem poderia fazer, que era o Rodrigo. Eles marcaram uma reunião e assim surgiu o projeto Educacine. O Celso ainda era prefeito e o Odair estava com ele. Essas pessoas viram que a cultura é um caminho importante. Os alunos do projeto, mesmo aqueles que não seguiram na área, tiveram, com certeza, alguma mudança na vida. Acho que esse é o papel de quem trabalha com educação não formal. Educamos através da arte. Esse é meu motivador: acreditar que através da arte podemos transformar a vida das pessoas. Esse trabalho de cinema teve importância no audiovisual da cidade. Acho, inclusive, que o fato de termos feito o filme ajudou muito para a televisão local. Pessoas dos cursos que aconteceram neste desenrolar foram para a televisão. Na hora, não
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pensamos nesses resultados, pensamos na possibilidade de fazer a diferença. Não entendo quem tem conhecimento e não o divide. 11 Quais seus projetos atualmente nesta área?
Estou fazendo um documentário sobre os 50 anos do Bambas do Ritmo [escola de samba]. Em 2009 comecei a filmar depoimentos com fundadores. Minha ideia é fazer um museu da imagem e do som na escola. Ao longo desses anos, alguma pessoas faleceram e eu não consegui filmar, outras consegui filmar e faleceram depois. Tenho depoimentos de pessoas que participaram da criação da escola, fatos que não estão escritos em lugar nenhum. Vamos apresentar o trabalho em janeiro de 2014 e, depois de apresentar, se entender que vale a pena mexer, vamos ajustar, não é uma obra fechada. Quero contribuir para deixar a história registrada. Você vai ver o depoimento de quem sugeriu as cores vermelho e branco na escola explicando os motivos. 12 Além do documentário, há o filme “Vampiros”. Em que fase está?
Fiz o teaser. Acho que vou me especializar em fazer teaser, adorei a experiência. Quando fiz, queria ver se era possível realizar o filme, mas cheguei à conclusão que naquele momento não seria. Esse filme vai sair, talvez daqui a cinco, dez anos. Não tenho compromisso, não disse a ninguém que faria o filme agora. Consegui fazer os dois filmes, fiz este teaser, está no Youtube, mostro para todo mundo. Agora, se só vou conseguir fazer daqui a alguns anos, qual o problema? Não é uma obrigação, é um prazer. Eu não gosto de nada em cima da hora, gosto de tempo, de planejar. Com antecedência você consegue pensar em ações, ver o que é exequível. Não existe projeto sem planejamento. Detesto improviso, detesto ‘em cima da hora’. E as pessoas que trabalham comigo já sabem como 38
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é meu método, trabalho sempre com pessoas que conheço há muito tempo. Não gosto de trabalhar com pessoas que deixam para depois de amanhã o que deveriam ter feito anteontem. Esse tipo de pessoa será sempre um péssimo profissional. Desconfie sempre de quem diz que trabalha muito, que não tem tempo para nada. Pode estar certo que isso é escassez de organização e planejamento. O Ferreira Gullar diz uma coisa muito interessante, que ‘a vida é um mutirão’. Ninguém faz nada sozinho, precisamos de pessoas que estejam comprometidas. 13 Há mais de 30 anos na cultura local, o que mudou neste período?
O ser humano é muito generoso com o passado. Sempre achamos que o passado foi melhor que hoje. Daqui a 20 anos vamos dizer que o que vivemos hoje é ótimo. As coisas mudam, isso é natural. Se disser que o teatro hoje tem menos peças, é verdade, mas em compensação outras áreas ficaram mais fortes. Na música então, sempre surgem novos nomes. Como alguém pode dizer se piorou ou melhorou? São momentos diferentes, situação diferentes. Não sei o autor, mas tem uma frase que acredito muito que diz que “a cultura comove, instiga, indaga e ilumina, mas só quando é partilhada ela verdadeiramente humaniza”. E as pessoas precisam se colocar como elementos da ação, ter um papel transformador. Não existe resultado sem ação. Você tem que pensar na forma que quer ser lembrado na história, cada um vai ter uma resposta para isso. 14 E como você quer ser lembrado?
Exatamente como uma pessoa que batalhou, que trabalhou acreditando que a vida pode ser melhor através das nossas ações e que somos capazes de transformar a vida das pessoas. Assim pauto minha vida cotidiana. Se eu penso nisso, tenho que trabalhar 24 horas com esse objetivo.
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SOLUÇÕES JURÍDICAS
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Usucapião
A usucapião é o modo de aquisição de propriedade em virtude de posse ininterrupta e prolongada. Ou seja, de um modo geral, aquele que possuir imóvel como seu, sem interrupção nem oposição, por determinado número de anos, variando o tempo de posse de cinco até 15 anos, dependendo da situação do imóvel e do modo como se dá a posse, poderá adquirir a propriedade, através de ação judicial, requerendo ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis. Diversas são as modalidades e trataremos hoje da usucapião extraordinária. A usucapião extraordinária está prevista em nossa legislação no artigo 1.238 do Código Civil que estabelece: “aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis”. Tem-se, pois, que os únicos requisitos exigidos para a sua configuração são a posse e o prazo de 15 anos. Esta espécie visa dar proteção àqueles que supostamente tenham adquirido o imóvel, mas que por algum defeito no título aquisitivo, que em tese seria hábil para transferir a propriedade, não se tornaram donos. Esse prazo poderá ser reduzido para dez anos se o possuidor houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual ou nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo, nos termos do parágrafo único do artigo 1.238 do Código Civil. Uma vez declarado por sentença esse direito, será o mandado levado ao Cartório de Registro de Imóveis para que seja matriculado o imóvel em nome do possuidor que passará a ser proprietário originário do bem. Mercadoria com defeito
O advento do Código de Defesa do Consumidor veio regulamentar as obrigações dos comerciantes em realizar trocas ou devoluções de mercadorias. O artigo 18 estabelece que o consumidor tem direito a trocar o produto adquirido quando houver defeito que o torne impróprio ao consu-
mo ou no caso de vício que lhe diminua o valor. É importante ressaltar que o consumidor não tem o direito de reclamar a qualquer tempo ou por qualquer motivo, como desejam alguns. Segundo o art. 26 do Código, se tratando de vícios aparentes ou de fácil constatação, o consumidor tem os seguintes prazos para reclamar destes defeitos: 30 dias - Quando a mercadoria adquirida for de natureza não durável, como produtos alimentícios e peças de vestuário. 90 dias - Quando se tratar de produtos duráveis, tais como eletrodomésticos, veículos automotores, etc. Assim, depois de constatado o defeito e apresentado ao comerciante para solucionar o problema, a lei estabelece que deverá ser resolvido em 30 dias. Se o problema não for resolvido nesse período, o consumidor poderá escolher entre as seguintes opções que constam do parágrafo primeiro do art. 18 do CDC: I - Substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso; II - Restituição imediata da quantia paga, devidamente atualizada; III - Abatimento proporcional do preço em outras mercadorias. Além destas hipóteses de troca de mercadoria por defeito, o Código de Defesa do Consumidor ainda prevê hipóteses de troca obrigatória, como o caso de quantidade diferente da especificada em sua embalagem ou quando não houver cumprimento a alguma oferta, como não cumprir o prazo para entrega.
O artigo 963 CPC determina que o inventário deverá ser aberto no prazo de 60 dias, porém, as consequências para o descumprimento do prazo é o pagamento de multa a ser definida por lei estadual e a continuidade dos bens em nome do falecido, o que pode prejudicar os herdeiros, por exemplo, em caso de interesse de venda dos imóveis. Quanto às dividas deixadas pelo falecido, a responsabilidade pelo pagamento é repassada aos bens que passam a compor a herança. Essa dívida deverá ser paga antes da divisão dos bens aos herdeiros.
LOCALIZAÇÃO O escritório está no Edifício Empresarial S & L
Inventário
Podemos dizer que o inventário significa a declaração de bens do falecido com a transferência imediata a seus herdeiros conforme dispõe o artigo 1.784 do Código Civil. Contudo, para formalização dessa transferência, é necessário seguir certo procedimento também trazido pela lei. Seguimos até o ano 2007 o procedimento dos artigos 982 e seguintes do Código de Processo Civil, ano em que foi publicada a lei 11.441, admitindo o inventário e partilha extrajudiciais, realizado por escritura pública, o que facilitou e agilizou a concretização formal da transferência patrimonial aos herdeiros.
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DE PAIS PARA FILHOS Ensinar educação financeira desde a infância contribui com a estabilidade no futuro.
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egundo dados divulgados pelo Indicador Serasa Experian de Educação Financeira do Consumidor, o comportamento financeiro do brasileiro recebeu nota 6 em uma escala que varia de zero a dez, onde dez é a melhor nota. Na análise do conhecimento, atitude e comportamento do brasileiro com relação às finanças pessoais e familiares, o conhecimento foi o item que recebeu a maior nota (7,5), seguido de atitude (6,3) e o comportamento (5,2). Isso mostra que o brasileiro possui conhecimento, mas não o utiliza. Um dado interessante que a pesquisa apontou é o fato de que, quando mais membros da família estão envolvidos nas decisões financeiras, as pessoas conquistam melhores índices de educação financeira. Isso nos leva a crer que esta educação também vem de casa. Os pais sonham que os filhos sejam financeiramente independentes quando adultos e, por isso, a Forbes elaborou uma lista com sugestões de ações e decisões a serem tomadas por eles para que os filhos sejam bem-sucedidos. Fazer um plano de previdência para o filho é uma das dicas já que, com isso, a aposentadoria já estará garantida desde cedo. Quando o assunto é carreira profissional, a Forbes mostra que é preciso pensar bem na hora de escolher a faculdade. No cotidiano, observamos que os melhores currículos recebem melhores salários, mas, para chegar ao melhor currículo, há muitos gastos. A opção no momento de escolha do lugar para cursar a graduação é iniciar em uma universidade mais barata e, mais tarde, transferir para outra, de maior prestígio. Se os pais ensinam a andar e falar, além dos
ensinamentos morais e éticos pertinentes àquela sociedade onde a família está, é importante que também comecem, desde cedo, a ensinar ao filho sobre os cuidados com as finanças, orçamentos e limites de gastos. Desta forma, as crianças aprendem ainda na infância e não precisarão de ajuda no futuro. Um possível inimigo das finanças pessoais que deve ser apresentado ao filho é o cartão de crédito. Sempre que puder, pague à vista e incentive a criança a tomar a mesma decisão quando precisar. Um item está relacionado diretamente a esta educação e à capacidade de prever gastos futuros: é importante abrir uma poupança ou outro tipo de investimento que garanta o pagamento dos estudos do filho, até o nível superior, sem comprometer o orçamento quando chegar o momento. Além disso, fazer o mesmo tipo de investimento pode ajudar na compra de carro, salas comerciais e outros gastos que contribuirão com o futuro do filho. O mercado oferece várias formas de investimentos para longo prazo, com diferentes formas de rentabilidade. Quanto maior a rentabilidade, mais exposição a riscos o investimento terá, não aplique antes de ter total conhecimento do investimento. Para finalizar, se você possui um negócio, os filhos podem ser funcionários. A experiência é válida para o aprendizado sobre alguma profissão, além de proporcionar o próprio dinheiro, que será administrado de forma sensata, uma vez que tem sido educado da forma correta. Ensinar o controle das finanças ao filho é ensinar a cuidar do futuro. Um abraço e até a próxima edição! revistaon.com.br
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VOCÊ IMAGINA,
ELES FAZEM! FOTOS DIVULGAÇÃO
O slogan da empresa diz que “você imagina, a gente faz”. Nos últimos meses, muitos artistas estão imaginando e eles estão fazendo. Conheça a empresa trirriense que se destaca na web com o desenvolvimento de sites para personalidades do mundo artístico.
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abe aquele ator que você acompanha diariamente pela televisão? E aquele que faz parte da história da dramaturgia brasileira e emociona diferentes gerações pela atuação? Humoristas, músicos, cantores... Algumas personalidades conhecidas nacionalmente estão mais próximas de Três Rios que a maior parte da população pode imaginar. Isto acontece pela competência e qualidade de uma empresa com sede no município que oferece confiança e certeza de bons resultados aos clientes. A Rian Design, empresa de comunicação visual e desenvolvimento de sites [entre outras ideias que tornam-se realidade pela qualificação e capacidade da equipe], é responsável pelos sites oficiais dos atores Kadu Moliterno, Caio Castro e Jonatas Faro. O primeiro, sucesso há décadas, é conhecido por diferentes gerações, seja pela participação no seriado “Armação Ilimitada”, da Rede Globo, quando interpretou o personagem Juba, ou por papeis mais recentes, como em “Malhação”. Por falar na novela adolescente, Caio Castro, também ganhou fama através da participação no seriado e hoje é considerado um dos melhores atores da geração e, ao lado de Jonatas Faro, arranca suspiros das fãs. Além do talento e da profissão, os três têm a confiança na Rian Design em comum. Cada site é desenvolvido com exclusividade e alia o gosto pessoal às mais recentes tendências de identidade visual e arquitetura da informação.
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JONATAS FARO Estreou na TV em “Chiquititas” e fez sucesso como antagonista em “Cheias de Charme”
Ainda entre as personalidades que já contam com sites desenvolvidos pela empresa trirriense estão os atores Carlos Machado, Pedro Bernardo e Alejandro Claveaux, o cantor Gabriel Levan (que participou do “The Voice Brasil”) e o humorista Jefferson Shchroeder. Além destes nomes que você conhece pela televisão, a Rian Design está presente no desenvolvimento dos sites das marcas, empresas e órgãos que fazem parte do seu dia a dia, como Sicomércio Três Rios, CDL, ASK Indústria, Serval, Revista On, Rádio Três Rios, Canal 5, Entre-Rios Jornal e Cine 3 Rios. Os produtos da Rian Design são simples e completos, sempre com toques artísticos que fazem a diferença. Fundamentais para ampliar o contato entre marcas, empresas, pessoas, clientes e público em geral, é o investimento certo para quem quer se destacar e aliar-se a quem já conquistou o reconhecimento por trabalhos realizados.
KADU MOLITERNO No papel de “Juba”, em “Armação Ilimitada”, tornou-se conhecido nacionalmente
CAIO CASTRO O jovem ator foi destaque na novela “Fina Estampa” no papel de “Antenor”
Rua Prefeito Walter Francklin, 13/406 Centro - Três Rios / RJ (24) 2255-3756 www.riandesign.com.br
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EMPREENDEDORISMO
NEGÓCIOS
DE CASAL POR SAMYLA DUARTE
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Casais novos, antigos, tranquilos, agitados, distantes, vizinhos e até próximos demais. Entre tantas diferenças quando a questão é a convivência, é cada vez mais comum encontrar casais no mesmo ambiente de trabalho. É um convívio que dura praticamente 24 horas por dia e pode gerar benefícios e estresses tanto no lado pessoal como profissional.
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icole Perro Jaloto é educadora física e psicóloga e André Tadeu da Silva Ferreira é professor de artes marciais. Eles estão juntos há 16 anos e são proprietários de uma academia que oferece dez modalidades de lutas. O mais interessante é que o casal bota a mão na massa mesmo! Ambos repassam os ensinamentos sobre artes marciais e participam do treinamento de alunos e esportistas. Eles se conheceram em 1997, no antigo boliche da Beira Rio, em Três Rios, por intermédio de amigos em comum. Na época, André era pintor de carros em uma montadora e Nicole estudava psicologia em Juiz de Fora. No mesmo dia, foram passear em Paraíba do Sul e conversaram durante toda a noite. Até aquele instante, nada havia acontecido. Na volta para Três Rios, uma forcinha dos amigos ajudou. “Quando voltamos, meu amigo pediu para eu levar o carro dele que ele iria de carro com a amiga da Nicole e assim formamos o casal. E eu, como morava atrás do cemitério, antes de levar a Nicole pra casa fiquei com o carro parado em frente ao cemitério conversando, e foi lá em frente que saiu o primeiro beijo”, conta André, aos risos. Depois disso, nunca mais se desgrudaram. Nicole conta que André costuma brincar com a situação e dizer que a união dos dois foi bruxaria, já que o primeiro beijo foi em frente a um cemitério, e o primeiro encontro, em uma festa para comemorar o Dia das Bruxas. Até surgir a ideia da academia, muitas dificuldades foram enfrentadas. André ajudou a mãe solteira a criar os cinco irmãos mais novos e trabalhou muito para sustentar a humilde casa, até conhecer o Taekwondo. Já ao lado de Nicole, ele era faixa vermelha na luta e precisava de dinheiro para fazer o exame de faixa preta e, com isso, conseguir dar aulas. “Vendo que a arte marcial era mesmo sua vocação, o ajudei a fazer o exame de faixa preta, que era no valor de R$ 500, muito dinheiro para a época. Ganhei esse dinheiro de aniversário da minha madrinha e dei a ele. Foi aí que tudo começou. Meu espírito empreen-
“Meu espírito empreendedor inquieto me disse que era a hora de abrir um espaço para ele dar aula”, Nicole Perro Jaloto, esposa de André Tadeu
dedor inquieto me disse que era a hora de abrir um espaço para ele dar aula”. Assim, Nicole começou a correr atrás do que já era um sonho para o casal. A academia começou a funcionar em uma sala na parte de baixo do Teatro Celso Peçanha, onde ela tinha feito aulas de teatro. As dificuldades financeiras só não foram maiores pela ajuda de familiares e amigos. Até então, Nicole estudava e trabalhava em Juiz de Fora e deixava a mãe ajudando André. O bom salário que ela ganhava segurava as dívidas da academia. Apesar de ser uma forma de ajudar, a ida diária à cidade vizinha já completava oito anos
FAMÍLIA NO TATAME André, Nicole e os filhos no empreendimento da família revistaon.com.br
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e André queria a esposa mais perto. Quando o primeiro filho do casal, Nicolas, completou três anos, ela largou o emprego e a academia tornou-se foco. Ela foi transferida para um local maior, onde é até hoje, ganhou espaço para mais modalidades e professores. Até Nicole começou a dar aulas! E é na hora de ficar perto que o amor fala mais alto junto à admiração. “Ela ainda não tinha terminado a faculdade em Juiz de Fora e acabou trancando. Ela resolveu fazer faculdade de educação física por causa da academia mesmo. Conseguiu terminar e, depois, ainda reabriu a matrícula e concluiu a de psicologia. Nesse meio tempo ficou grávida e teve a nossa princesa Mariah. Ela é realmente uma guerreira”, declara o lutador. Decidiram, então, que o melhor seria ela ficar na academia, já que poderia fazer o próprio horário e teria tempo para cuidar dos filhos. Com isso, André se dedica às aulas e Nicole fica com a parte financeira e algumas aulas. Quando a situação aperta, Nicole corre atrás
SONHOS REALIZADOS A união e formação da família contribuiu com o sucesso da empresa 48
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de outras atividades. Não só por gostar, mas como alternativa quando se “cansa” do próprio negócio. Hoje em dia é difícil se afastar por pura dedicação à equipe feminina de Jiu-Jitsu que comanda. O casal passa por cima de pequenos desentendimentos, comuns a qualquer relação. “Eu gosto de trabalhar com a Nicole, ela me traz tranquilidade quando está na academia. Às vezes temos uns desentendimentos, mas nada muito complicado. Eu sou uma pessoa que não reclamo de nada, ela que reclama”, conta André. Nicole também vê pontos positivos na relação. “Eu gosto também de tudo o que construímos até hoje, adoro chegar na academia e ver as turmas lotadas, tudo funcionando como
sempre sonhamos, mas às vezes é difícil trabalhar com o marido”, finaliza. Segundo a psicóloga Angelina Mondres, “o relacionamento entre casais que trabalham juntos, como em qualquer outro, apresenta pontos favoráveis e alguns desafios”. Para ela, a pressão diária da rotina de trabalho pode desgastar a relação, mas o mesmo acontece com os casais que não trabalham na mesma empresa. Inúmeros fatores como ciúmes, estresse e conflito de opiniões podem acometer tanto os casais que trabalham juntos como os que não dividem a mesma rotina. Porém, casais costumam unir qualidades como confiança, respeito e cumplicidade, o que fortalece os laços em qualquer ambiente. Quem vive a mesma situação é o casal Rodrigo Oliveira e Rose Gomes. Juntos na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, também estão juntos entre câmeras, microfones e pautas. Ele é cinegrafista, ela repórter e se conheceram assim, trabalhando. Os recém-casados passam 24 horas por dia juntos, mas nem sempre foi assim. Eles já namoraram à distância por conta de mudanças de emprego em emissoras de TV dentro do estado do Rio de Janeiro ao longo dos quatro anos que os unem.
RODRIGO E ROSE O casamento aconteceu no início do ano
DIVIDIR MOMENTOS Na hora do trabalho, o casal conversa apenas sobre o assunto
A pressão diária da rotina de trabalho pode desgastar a relação, mas o mesmo acontece com os casais que não trabalham na mesma empresa
“Se levar em consideração que você casa com quem ama e gosta de estar junto, levamos isso ao pé da letra”, Rodrigo Oliveira DESAFIOS Trabalhar em família tem prós e contras, segundo os casais
O casal se conheceu em 2005, e tornaram-se amigos. O tempo passou e a relação entre os dois ganhou outro “status”. Em 2010, receberam a proposta da emissora que estão até hoje para trabalhar em esquema de home-office, realizando produção, reportagem e edição de matérias para telejornais diários. De tudo, só enxergam o lado bom. “Se levar em consideração que você casa com quem ama e gosta de estar
junto, levamos isso ao pé da letra. Temos que nos policiar para que os assuntos profissionais não interfiram na vida pessoal”, conta Rodrigo. “Também considero a convivência o lado bom. E o lado ruim não tem. O que a gente faz é não misturar as coisas. Na hora do trabalho a gente só fala do trabalho. E na hora da folga não falamos de trabalho”. Caso precisem trabalhar em empresas diferentes, não terão divergências. “Não pensamos nisso, do mesmo jeito que nunca pensamos em trabalhar juntos. Caso aconteça de trabalhar em empresas diferentes,
não vejo problema”, diz o cinegrafista, logo completado por Rose. “Não descartamos essa possibilidade. Encaramos tudo de uma forma natural, separando o trabalho da nossa vida pessoal. Gostamos e curtimos a companhia um do outro. Acredito que, por isso, tudo acontece sem estresse. Somos muito tranquilos”, conta a repórter. Para Angelina, é importante estar atento caso o lado profissional comprometa o trabalho, assim como ao contrário. “Os pares vêm de vivências diversas e a convivência a dois já exige, com certeza, muitas adequações. É possível que, ao acumular vida afetiva e profissional no mesmo ambiente, os desafios possam ser um pouco maiores. No entanto, o que vai definir é quem são esses personagens e como vão reagir aos desafios”, finaliza. Ou seja, pode dar muito certo ou muito errado. Só quem vive ou já viveu situações como estas conhece os pontos positivos e negativos. Agora, se “o que Deus uniu, o homem não separa”, como diz a máxima, não deixe que o trabalho seja o responsável por este feito.
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O REFÚGIO PERFEITO
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Conheça o lugar certo para fugir do agito urbano, esquecer os problemas cotidianos, relaxar, descansar e ficar mais próximo da família e dos amigos. Ele fica bem pertinho, em Paraíba do Sul.
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urante a semana, a empresa cobra resultados, os professores cobram lições feitas e trabalhos prontos, a sociedade cobra pontualidade e você tem diversos compromissos. Tudo isso faz com que o tempo para a família e para os amigos seja reduzido e contribui diretamente para o cansaço físico e mental. Por isso, nada melhor que separar um fim de semana para aproveitar a vida, a natureza, as pessoas que você ama e ter momentos de tranquilidade e diversão. Se acha que precisa ir longe para encontrar esse lugar mágico, enganou-se! Em Paraíba do Sul está a Fazenda Hotel Jatahy, o ambiente perfeito para relaxar. A fazenda existe desde 1840, quando contava com produção cafeeira. Em 1935, tornou-se a Fazenda Pensão Jatahy, com o objetivo de hospedar pessoas que necessitavam recuperar a saúde em um lugar tranquilo. Mais tarde, tornou-se a Fazenda Hotel Jatahy e, hoje, Hilton Almeida, trineto do fundador da fazenda, e Carla Souza recebem os antigos e novos hóspedes com todo conforto e carinho que merecem. “O hotel é muito simples, sem gran-
A fazenda existe desde 1840 e recebe hóspedes desde 1935 des luxos, mas muito gostoso e acolhedor. Aqui, os hóspedes vivem o clima da fazenda, um refúgio na vida rural”, comenta Hilton. Os quartos são simples , confortáveis e arejados. Acomodam famílias inteiras, casais ou solteiros e privilegiam a vista para natureza onde podemos encontrar os encantos oferecidos. Piscina, bar, sala de jogos, campo de futebol, espaço para vôlei de areia, espaço de convivência com TV... Enfim, tudo o que você precisa para ter bons momentos. “Temos animais, horta, pomar,... São coisas que as pessoas não veem no dia a dia nas cidades. As crianças adoram, ficam livres, porque no cotidiano estão sempre entre quatro paredes, seja em casa, na escola, no parquinho”, completa Carla. A proposta da equipe da Fazenda Hotel Jatahy é acolher e atender sempre da melhor forma possível os
HISTÓRIA Embora não seja a original, a nova sede foi construída nos moldes da anterior
hóspedes. Isto inclui a realização de programações especiais frequentemente, como churrasco à beira da piscina, Noite de Botequim, Noite do Crepe, Foundue, Queijos e Vinhos, entre outras. Alguns eventos já se tornaram famosos e tradicionais e os hóspedes
sempre retornam para participar. Um deles é a colônia de férias, que possui duas edições anuais, sempre temáticas, com todas as atividades desenvolvidas a partir do tema central. O acampamento no Alto Jatahy, local dentro da Fazenda que é acessado por uma trilha, também chama a atenção de crianças, jovens e adultos, que, com apoio de recreadores, montam barracas, se divertem, aprendem sobre cuidados com o meio ambiente e aproveitam uma maravilhosa visão do céu noturno. Outra possibilidade de aproveitar a Fazenda Hotel Jatahy é durante a semana. Imagine uma reunião com os colegas do trabalho neste lugar incrível? Um dia de folga e convivência com quem está presente no seu dia a dia dará melhores resultados pessoais e para toda a equipe. Grupos de escola também podem aproveitar por um dia e desenvolver o aprendizado aos mais jovens de outras formas durante um dia em Jatahy. A Fazenda Hotel Jatahy possui, ainda, um centro hípico, com serviço de hospedagem de cavalos. Os profissionais que cuidam dos animais os deixam preparados para passeios, sempre com carinho e competência. Com o centro hípico, Jatahy oferece aos hóspedes a possibilidade de participar de cavalgadas diurnas e noturnas, acompanhados de instrutores. A Fazenda Hotel Jatahy fica a 19 km do centro de Paraíba do Sul. Ela está localizada na divisa do município com Vassouras. Chegando ao bairro Cavaru, são apenas mais 5 Km de estrada de terra em perfeitas condições de tráfego até chegar ao paraíso! Você pode fazer a sua reserva pelo telefone da própria fazenda (24) 9901-8259 ou pelos números da central de reservas (21) 2285-2019 / (21) 2225-6293. Por e-mail, o contato é reservas@jatahy. com.br. Visite também o site jatahy. com.br para conhecer ainda mais o lugar que, depois de conhecer, você vai querer voltar sempre.
CENTRO HÍPICO A fazenda oferece cavalgadas noturnas e diurnas aos hóspedes
PARAÍBA DO SUL O local encantador está na divisa do município com Vassouras
VIDA RURAL Jatahy é o lugar certo para fugir do agito cotidiano
LAZER A piscina é um dos lugares preferidos por crianças, jovens e adultos
BAR As festas no local animam os dias e as noites
SALA DE ESTAR No ambiente, os hóspedes se reúnem para bater papo e assistir TV
MERCADO DE TRABALHO
PROFISSÃO
MOTOTAXISTA POR FREDERICO NOGUEIRA
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Após longos anos de lutas da classe, inclusive com a participação do legislativo municipal do início da década passada, a profissão de mototaxista foi regulamentada em Três Rios em 2010. Enquanto trabalham para pagar as contas no fim do mês, eles prestam um serviço que já tornou-se essencial para a população. Conheça melhor os profissionais que fazem parte do dia a dia do trânsito da cidade.
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les estão sempre prontos a levar pessoas para o trabalho e salvam quem vive atrasado. Os mototaxistas prestam serviços considerados de grande utilidade para a sociedade e já compõem a paisagem das ruas de Três Rios. Tanauy Simões Schmitz foi um dos primeiros em Três Rios, mas trocou a profissão para trabalhar como vendedor em uma empresa e há dois anos e meio voltou às ruas com a moto. “Fiquei desempregado e resolvi voltar para o mototáxi porque, assim, geralmente dá para fazer outras atividades, como presto serviço de guincho”. Ele pretende continuar na profissão por mais alguns anos, embora afirme que seja cansativa. “Trabalho das 7h às 18h. O bom é que você não fica preso, se precisar resolver
FACILIDADE Por ser o próprio patrão, Sérgio consegue parar o expediente durante o dia se for preciso 52
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outras coisas, é possível. O dinheiro é razoável, consigo pagar as contas e sobra algum no fim do mês”, garante. Cláudio Lavinas Arneiro começou na profissão quando viu que tinha tempo livre e seria uma possibilidade de aumentar a renda. “Trabalhava em portaria de escola e cursava educação física. Surgiu essa oportunidade porque as aulas aconteciam na parte da manhã, algumas vezes, e as tardes estavam livres”. Ele conta que anda de moto desde os 13 anos de idade e que este é um trabalho que “coloca adrenalina na corrente sanguínea, Tem que estar sempre atento ao trânsito, tomamos muitos sustos nas ruas”. Mesmo com tantos desafios, Cláudio garante que nunca se envolveu em acidentes. Já Dirceu do Nascimento Silva, o Diron, acaba de completar 11 anos na profissão. “Quando comecei, o mototáxi havia acabado de surgir na cidade. Cheguei a tomar conta de uma loja na Vila Isabel que reunia os profissionais. Naquela época, quem queria entrar no ramo nos procurava para saber o que fazer, e sempre indicávamos alguns cursos, por exemplo. Nós controlávamos um pouco a entrada para não permitir um crescimento desenfreado”, recorda. Como um dos mototaxistas há mais tempo na rua, Diron fala com propriedade das diferenças entre o passado e o presente. “De lá para cá, algumas coisas mudaram. Já podemos ser microempreendedores e temos alguns benefícios por
isso. No futuro, com certeza vamos ter outros”. Entre eles, está uma questão também citada por Sérgio Ribeiro Baião. “Tivemos muitos gastos para buscar a legalização. Fizemos curso durante uma semana, tivemos que pintar a moto, adesivar, pagar alvará anual, INSS, emplacar da cor certa. Teria que ter mais facilidade no crédito e redução na compra do veículo novo e no IPVA”, acrescenta. Sérgio atua há cinco anos como mototaxista e gosta da profissão pela liberdade que tem como patrão. “Se tiver um filho passando mal, você pode parar sem aborrecimento. Muitas vezes, quando você trabalha em uma empresa e precisa sair, o patrão deixa uma vez, mas na segunda já pensa em demitir. Um colega meu, por exemplo, saiu do emprego e veio para o mototáxi por-
ALTERNATIVA Cláudio começou na profissão para aumentar a renda
que a esposa tem problemas de saúde, então, se precisar, ele pode atendê-la a qualquer momento”, explica. Segundo Diron, o valor mínimo das corridas era de R$ 1 no início, diferente dos R$ 3 cobrados hoje. “Realmente é um pouco ‘salgado’ para a população de Três Rios. Mas o que nos levou ao aumento foi a quantidade de pessoas trabalhando da forma que chamam de ‘clandestinos’. Antes, saíamos do centro para levar um passageiro no bairro e, no retorno, conseguíamos um passageiro também. Agora não, já que há motos rodando sem fiscalização. Fomos obrigados a aumentar porque os custos ficaram altos”. “Ficamos com dois reais durante quatro anos, tentamos manter. A empresa de ônibus abaixou o valor da passagem e isso impediu que nós aumentássemos naquela época. Mantivemos os R$ 2 até onde deu para segurar. Quando não deu mais, aumentamos”, completa Sérgio. Ele explica que, no início do aumento, o movimento caiu, mas logo os clientes retornaram. “Quando você começa a andar de moto, vê que é muito mais viável, chega mais rápido em casa, não precisa esperar. Muitas vezes, para chegar em determinados lugares, não há ônibus toda hora. É aí que ganhamos, nesse bom atendimento”, conta ele, que garante, ainda, que o mototaxista atua, inclusive, como uma espécie de psicólogo, médico e até conciliador de casais. “Já dei até conselho para salvar uma relação”, afirma. Segundo Sérgio, os movimentos são maiores no início do mês e os dias com mais clientes são segunda e sexta-feira.
MUDANÇAS Há 11 anos como mototaxista, Dirceu já observou melhorias na profissão
No início, o valor mínimo cobrado era R$ 1, enquanto hoje este valor é R$ 3 O problema dos mototaxistas que atuam sem a regularização, citado por Diron, é uma reivindicação recorrente dos profissionais que atuam seguindo a lei. “Eles cobram o mesmo valor que nós, mas não gastam com impostos. Nós temos sempre que andar certos, com documentos em dia, e a fiscalização é forte. Já com eles, essa fiscalização ainda não é frequente. Quando fomos legalizados, estava bom, sumiram porque ficaram com medo das represálias. Mas como foi afrouxando o cerco, eles foram voltando”, analisa Sérgio. Para Cláudio, esse problema cotidiano pode ser resolvido com a participação dos clientes. “A própria população faz com que isso continue. Enquanto usarem, eles vão continuar. As pessoas precisam dar mais valor aos que estão contribuindo. Claro que, às vezes, a pessoa está atrasada para algum compromisso e o primeiro que passa é o clandestino, então ela vai. Mas acho que todos devem andar dentro da lei. Muitos são nossos amigos, até conversamos, trocamos ideia sobre a regularização, porque isso será melhor para todos”. Como todo trabalho, a recompensa chega no fim do mês, quando é hora de fazer as contas. “Uma das coisas mais complicadas é no caso de sofrer um acidente. No momento que você para de trabalhar, para de entrar dinheiro e as contas chegam. Então, tem que manter o equipamento sempre em bom estado. O risco é grande por estarmos o tempo todo na rua”, informa Diron. Ele garante que não pensa em trabalhar novamente em uma empresa, como já fez no passado. “Dá para pagar as contas tranquilo se você trabalhar com responsabilidade”. Cláudio explica que muitos deles trabalham com metas diárias. “Alguns trabalham com a meta de R$ 30 por dia, outros são R$ 50, e tem os que querem R$ 120. Depende da disposição do cara para trabalhar”, explica ele, que trabalha, em média, 12 horas por dia. revistaon.com.br
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CARREIRA
POR ALINE RICKLY
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No dia dois de julho comemoramos o dia daqueles que estão 24 horas prontos para nos socorrer. Seja um acidente, um incêndio ou até para resgatar o bichinho de estimação, basta ligar 193 e acionar o Corpo de Bombeiros.
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alvar vidas é uma das principais tarefas no dia a dia de um bombeiro. Em qualquer situação de apuros, eles são os responsáveis por agir rapidamente e chegar ao local com todos os equipamentos necessários para prestar o socorro. Na terra, no ar, na água, eles podem ser considerados os verdadeiros super-heróis da vida real. “Somos bombeiros. Nada do que é humano nos é diferente”. Assim começa a entrevista no 15º Destacamento de Bombeiros de Três Rios com o 1º tenente Vinícius Lemos Villela. Aos 30 anos, ele conta que quando criança ficava fascinado com o barulho da sirene. “Toda criança tem um fascínio natural pelo Corpo de Bombeiros, pela atividade em si e por ajudar as pessoas”, afirma.
“Somos bombeiros. Nada do que é humano nós é diferente”, 1º Tenente Vinícius Villela
Antes de entrar para a academia, Villela passou pela aeronáutica e pela Força Aérea Brasileira. “Meu foco sempre foi a carreira militar e, apesar de não ter sido a primeira opção, sempre gostei da ideia de ser bombeiro. Quando saí da Força Aérea fiz o vestibular da UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) para a Academia de Bombeiro Militar Dom Pedro II,
passei, fiquei três anos nela e hoje sou 1º tenente”, relata. Ele acrescenta que é uma profissão com muitos desafios, onde presencia mortes e tragédias. “Você é uma pessoa quando entra e se transforma em outra no dia a dia. Ficamos até mais frios em relação a certas coisas”, confessa. Para ele, não existe sensação melhor que resgatar uma pessoa com vida, efetuar um salvamento e verificar que foi fundamental para ela estar viva. “É realmente indescritível quando conseguimos obter êxito no salvamento”, enfatiza. Diferente de Villela, Carlos Henrique Dutra de Oliveira, 40, nunca havia pensado em entrar para a corporação até fazer um curso de resgaste, gostar e querer ser bombeiro. “Aqui temos dois tipos de desafios. Um é lidar com revistaon.com.br
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o evento em si e o outro é lidar com a população, onde é preciso ter calma”, afirma. Para Dutra, o maior orgulho é quando conseguem resgatar uma vida. “Aqui aprendemos a esconder a emoção. A razão é que fica no evento”, diz. Quando o telefone toca e a emergência é confirmada, a adrenalina corre no corpo. “No primeiro momento pensamos nas ações que serão executadas para sermos mais ágeis. Bate uma euforia e queremos chegar o mais rápido possível para saber qual é a real situação”, conta Dutra, que se diz realizado na profissão. Há 30 anos na corporação, Paulo Nazareth, 50, sempre admirou o fato de ser um militar e optou por ser bombeiro. Para ele, os desafios são muitos, mas em Três Rios as ocorrências não são de “grandes vultos”. “Quando vamos para o socorro temos que estar preparados para tudo. Se o bombeiro não fizer ,quem vai fazer?”, indaga. Seja na terra ou na água, são eles que resolvem qualquer imprevisto e, para isto, os profissionais precisam ser capacitados. Joseir Velozo Donato, 40, está há 16 anos no Corpo de Bombeiros e é especialista em mergulho, salvamento no mar e, também, em montanhas. “Sou qualificado em busca e salvamento. Sempre quis essa profissão e acho que nasci para isso”, destaca. Ele conta que o maior desafio é o tempo de resposta do socorro. “Corremos contra o trânsito, o próprio acidente em si pode dificultar, por exemplo, quando é um incêndio de grande proporção”. Joseir já realizou mais de 500 buscas de cadáveres dentro d’água e adverte, principalmente, para as pessoas que procuram
os rios para nadar. “O rio é água turva, é irregular e cheio de buracos. A correnteza exige refluxo de água e existem rebojos que dificultam a natação até para quem sabe nadar. Por esses motivos, não tomem banho de rio”, alerta. Sobre o orgulho em ser bombeiro, ele diz que cada salvamento traz a satisfação de ver o sorriso de um agradecimento sincero. “O bonito da profissão é que não diferenciamos as pessoas e não medimos esforços para quem está do outro lado”. E para quem ainda acha que esse é um trabalho exclusivamente masculino, a cabo Francis Coelho é a prova viva de que não é verdade. Aos 40 anos, ela diz que admira a profissão e considera a mais bonita e emocionante do mundo. “Tem que ter dedicação, amor. Nós temos que dar a alma, pois lidamos com as pessoas no momento mais frágil da vida, onde elas podem ficar carentes ou agressivas e nós temos que retribuir com muito carinho”, comenta. Sobre o dia a dia, ressalta que a convivência com os colegas é boa. “Tudo aqui é bom e saudável. Ser bombeiro é a cada dia uma vitória, uma conquista. Dá a sensação que somos um instrumento de Deus. Nos sentimos os mais simples dos seres humanos”, frisa.
Tenente Villela lembra as chuvas de março de 2013 em Petrópolis que deixaram mais de 30 mortos. “Na ocasião conseguimos retirar duas pessoas com vida e uma menina na faixa dos 12 anos morta. Aquela imagem fica na cabeça. Na hora
tentei tirar a lama da boca, do nariz, fiz os procedimentos para reanimar e nada. É frustrante saber que não consegui resgatar uma vida e dizer para a família que a criança morreu”, lembra. Nas chuvas de 2011 que devastaram a Região Serrana, ele relata que chegou a retirar 14 corpos de escombros em Nova Friburgo. “É ruim para todo mundo, mas para nós, como profissionais, é uma experiência muito grande”. Em Três Rios, o maior acidente que presenciou foi o incêndio em uma loja na principal avenida do município, em 2012. “Ficamos umas cinco horas combatendo o fogo. Naquele dia tinham feito corte de água na cidade e nós não fomos comunicados. Mas, apesar disso, conseguimos controlar, o fogo não se alastrou e ficou restrito ao segundo andar da loja”, recorda. Quanto às aglomerações, o tenente alerta sobre os riscos. “Nós precisamos de espaço para nos locomover e a população, quando tumultua, atrapalha. Sem contar no risco de uma explosão ou se a pessoa vier a se ferir. Se isso acontecer, a responsabilidade é do bombeiro que não isolou o local como deveria”, diz. Já para Dutra, um fato que marcou, no início da carreira, foi um desabamento que aconteceu em 2000 em Petrópolis. “Achamos muitas famílias embaixo da laje”, rememora. Ele diz que todos os acontecimentos ficam guardados, mas não é algo pesado. “É uma coleção de histórias de tudo que já presenciamos”. E o que não faltam são relatos. Paulo Nazareth diz que o que mais lhe marca são os acidentes que envolvem crianças. “Lembro de um ônibus que tombou no
SEDE Localizada no centro de Três Rios, facilita o atendimento rápido à população
EQUIPE Tenente Villela (à direita), Nazareth (ao centro) e Dutra são alguns dos homens que resgatam vidas
EQUIPAMENTOS A corporação vai equipada com diversos objetos para os socorros
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Histórias emocionantes
“Quando vamos para o socorro temos que estar preparados para tudo. Se o bombeiro não fizer quem é que vai fazer?”, Paulo Nazareth
PROTEÇÃO Em casos de incêndio, os bombeiros usam uma roupa específica para a situação
guard rail (mureta de proteção) e só teve uma vítima fatal. Era uma menina de quatro anos”. Outro caso que ele se recorda foi de uma criança de 1 ano e 8 meses que foi achada boiando na piscina. “Levaram ela para o hospital e nós fomos buscar para encaminhar ao IML (Instituto Médico Legal). Parecia que ela estava dormindo. Aquilo acabou com o meu dia”, lamenta. Fora isso, Nazareth fala sobre o
compromisso com a profissão. “Quando tem trabalho com queimadas nós caímos dentro, porque não podemos deixar uma faísca. Temos que voltar para o quartel com o problema resolvido”, assinala. E dentro d’água as histórias também são emocionantes. “Lembro de um dia que estava de folga e um garoto se afogou. Nós conseguimos reanimá-lo na hora e foi comovente porque havia várias pessoas rezando em volta. Foi um dos dias mais importantes, embora ele tenha falecido depois no hospital”, conta Joseir. Na recordação da Francis, tem o socorro de um menino na faixa dos três anos em um incêndio no bairro Cantagalo. “Ele chegou quase morto, estava intoxicado. Foi um socorro difícil, mas conseguimos e ele está vivo até hoje”, relembra. Por essas e por muitas outras histórias é que comemoramos o dia dois de julho, afinal, esses sim, são heróis.
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COMPORTAMENTO
SEMPRE CONECTADOS POR SAMYLA DUARTE
De acordo com a Anatel, o país deverá ter até o fim do ano quatro milhões de aparelhos com banda larga de quarta geração, a tecnologia 4G. O primeiro trimestre do ano foi fechado com mais de 264 milhões de telefones móveis. Em apenas um mês, foram habilitadas mais de um milhão de linhas. O estado do Rio de Janeiro ficou em terceiro lugar, com 23 milhões de celulares. Estes números revelam uma verdadeira mudança na rotina da população.
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Ter um celular na mão é como ter o mundo. Eu, por exemplo, faço tudo com o meu: e-mail, fotos, vídeos... É sempre bom estar com ele ao lado para registrar os momentos”. Essa é a visão de Bruno Ramalho, 24 anos, vendedor em uma joalheria de Três Rios. Ele não pode usar o celular enquanto trabalha, diz que não dá para conciliar, mas confessa que foi complicado se adaptar: “Claro que enquanto estou no trabalho fico com aquela vontade de ver se tem alguma mensagem ou chamada. Por ter sempre uma atualização de dados de amigos nas redes, sempre ficamos com aquela vontade de ver se tem foto nova, mensagem no Whatsapp, chamada... Hoje consigo lidar melhor com isso”, confidencia. O jovem tem um iPhone 4S. Fora do horário de trabalho, o aparelho está sempre com ele. E, apesar de ser apegado ao smartphone, Bruno acredita que a mania pode ser prejudicial, já que os grupos se unem em uma mesa de bar e, ainda assim, não largam os aparelhos eletrônicos com aplicativos e acesso às mídias sociais. Uma roda de amigos se conecta ao mesmo tempo com outros amigos. Para ele, atualmente muitas pessoas estão sentindo grande necessidade de exposição. “Não se vai a um lugar para se distrair ou
“Não se vai a um lugar para se distrair ou dançar sem que você não pare e tire uma foto para postar ‘rapidinho’”, diz Bruno Ramalho
O MUNDO NAS MÃOS É desta forma que Bruno classifica o poder do celular
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dançar sem que você não pare para tirar uma foto e postar ‘rapidinho’ só para as pessoas verem onde você está, o que está fazendo”, diz. Se Bruno adora o smartphone dele, a universitária Larine Flores é apaixonada pelo dela. O aparelho substitui inúmeras funções que poderiam ocupar um espaço bem maior, como câmera digital, gravador, bloco de anotações, organizador de finanças e obrigações, lembretes de consultas médicas e muito mais. “Hoje em dia é mais fácil que eu saia com o cabelo bagunçado, esquecendo algum lanche, deixando a chave na porta que sem o celular. Mesmo em casa, ele fica do lado da cama o tempo todo, vai para a mesa do almoço, fica na pia enquanto tomo banho. É prático e os contatos são muito mais rápidos”, conta.
SITUAÇÕES Larine já chegou a trocar mensagens por celular com amigos ao lado revistaon.com.br
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COMPORTAMENTO
“A vontade é estar o tempo todo com o celular na mão. Sem celular é impossível ficar atualmente”, Larine Flores
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Larine constata que isso acaba por favorecer o surgimento de uma relação diferente entre amigos com o mesmo hábito. Ela chega a se comunicar com alguns amigos que estão ao lado pelo celular, mas há um motivo: o comentário em questão não pode ser dito em voz alta perto de outras pessoas. Também já aconteceu de trocar mensagens instantâneas com um amigo e esbarrar com ele na rua ao mesmo tempo. É uma situação que a universitária julga como boa e ruim ao mesmo tempo. O exemplo que ela dá é o de quando se encontra com os amigos para alguma confraternização. Alguns minutos se passam até que todos larguem os celulares e se concentrem no encontro. Mas eles voltam às mãos ansiosas automaticamente. “Um ponto positivo é que várias situações desconfortáveis são evitadas, como ficar perdida em algum lugar ou esquecer algo importante, já que aplicativos auxiliam em diversas funções. A vontade é estar o tempo todo com o celular na mão. Sem celular é impossível ficar atualmente.” A tecnologia da internet é cheia de benefícios, como a facilidade em executar inúmeras tarefas, entre elas fazer compras com custo inferior às lojas, pesquisas, acesso a e-mails e jogos, além de muitas
FACILIDADE A universitária tem acesso a ferramentas úteis em poucos toques 64
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outras. Mesmo sem conexão com a internet, envia e recebe mensagens de texto e imagens e serve como despertador. Esse é o parecer da psicóloga Luciana Nogueira Martins de Medeiros, graduada pela Universidade Católica de Petrópolis com MBA em Gestão de Pessoas pela FGV. “Tudo em excesso é ruim, o uso do celular deve ter um limite para não se tornar um vício”, diz a profissional. Como exemplo, temos os jogos virtuais. Segundo a Luciana, estudos demonstram que a liberação do neurotransmissor chamado dopamina ocorre nove minutos após iniciar tal atividade competitiva. Isso aumenta a sensação de prazer e cria uma dedicação cada vez maior ao jogo. Além disso, devemos citar as mídias sociais e as salas de bate-papo. Elas permitem que o internauta seja qualquer pessoa diferente do que realmente é. Isso deixa o indivíduo cada vez mais conectado, esperando alguma novidade ou “conquista”. “As pessoas quando estão sem o celular sentem-se mal, ficam nervosas e ansiosas, pois o aparelho virou um tipo de identidade pessoal e controle no mundo atual, porém torna-se uma dependência quando o indivíduo deixa de fazer ou concentrar-se em afazeres do seu cotidiano”, é nesse momento que a pessoa chega ao vício e se torna essencial a ajuda de um profissional. Quando isso afeta a rotina de trabalho, a situação piora. “O uso do celular pode ser prejudicial em certas funções, atrapalhando o desempenho organizacional”, finaliza a psicóloga. Se você está no grupo dos que não largam os aparelhos e conseguiu ler esta reportagem inteira sem colocar a mão no celular, parabéns!
PREJUÍZOS Para Bruno, muitas pessoas sentem necessidade de exposição
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MODA OPINIÃO
Fernanda Eloy fernanda.eloy@hotmail.com.br Designer de moda e proprietária da marca Fernanda Eloy e do blog de moda www.sushidechocolate.com FOTOS SHUTTERSTOCK
INVERNO LIVRE
Uma estação minimalista, que abusa do preto e branco, convivendo também com casacões coloridos, prova que a moda pode ser ainda mais diversificada
A
s propostas para os dias frios nunca estiveram tão esportivas e irreverentes. O versátil trench coat deixa de lado o ar sisudo e reaparece em versões coloridíssimas e muito mais feminino. Uma dica para deixá-lo ainda mais jovem é usar por cima do cropped. Com uma atmosfera que mistura sensualidade e romantismo, a dupla pele e vestido se tornam um dos hits do inverno. A pele chega ainda mais polêmica e multicolorida, enchendo os olhos das mulheres de plantão. A carte-
la de cores dos casacos pede para abusar dos coloridos ou investir no branco. O novo xadrez da temporada vem com tudo e pede peças de modelagens mais amplas e traz, na padronagem, desenhos que lembram as saias escocesas. Mas a principal tendência da estação é o minimalismo, as mulheres estão priorizando conforto e praticidade. Agora, para atingir o ideal de beleza, não precisa mais perder metade do dia para se arrumar. A proposta minimalista ganha impacto nas mangas enormes e destacam para as partes de
cima a estética da camisa básica; junto disso, cores neutras e golas altas. Outra regra importante é deixar o brilho de lado e exagerar na silhueta. Pense grande, dessa forma o look fica muito mais clean. Se você não é adepta ao estilo minimalista e prefere produções mais sofisticadas, os looks surgem cobertos de flores e remetem à alta costura dos anos 50. A ditadura da moda acabou, ela agora está cada vez mais versátil e dinâmica. Viva a guerra à monotonia, agora vale tudo!
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MODA ESTILO
É HORA DE USAR O MOLETOM!
Basta a temperatura cair para saber que está na hora de tirar o bom e velho moletom do guarda-roupa. Além de confortável, ele esquenta e promete ser o ponto alto do inverno.
POR ALINE RICKLY
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ode ser uma blusa, um casaco ou até uma calça, se for de moletom já associamos ao frio e ao conforto. Nesta estação ele está com tudo e aparece de diversas formas. Seja estampado ou liso, para o dia a dia ou até uma situação mais formal, a dica é apostar nessa tendência. Segundo a designer de moda Helena Bonato, o moletom percorreu um longo caminho até chegar aos dias de hoje com suas peças sofisticadas e ousadas, sendo, inclusive, alvo de vários estilistas em suas coleções. “Não se sabe ao certo, mas por volta dos anos 1920 ele ‘deu as caras’ pela primeira vez. Na década de 1960 começou o ‘boom’ das camisetas nas universidades nos Estados Unidos e nos anos 1980 se popularizou com o filme ‘Flashdance’”, conta. De acordo com Helena, ele foi criado com o intuito de ser esportivo, mas se reinventou nos dias atuais. “Bordado, estampado, com tacha ou renda, em blusas ou vestidos, eles ganham cada vez mais espaço no guarda-roupa feminino”, diz. A estilista Natália Dutra explica que o moletom ensaiou por muitas vezes a volta à moda cotidiana, mas só neste inverno apareceu com força total. “As peças chegam ao Brasil com modelagens diferenciadas, como saias, calças, casacos, vestidos e até tênis”, garante. Natália conta que ele surgiu para aquecer 68
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FOTOS REVISTA ON
“Não se sabe ao certo, mas por volta dos anos 1920 ele ‘deu as caras’ pela primeira vez”, designer de moda Helena Bonato
os esportistas antes e depois dos jogos e que muitas pessoas ainda o utilizam por questão de conforto e praticidade. “É quase impossível não ter um moletom dentro do armário”, comenta. Apesar disso, ela diz que ultrapassou a barreira do básico e virou um hit, o queridinho dos fashionistas. “O moletom vai estar presente em todos os tipos de ocasiões, porque suas modelagens são de fácil adaptação. Ele está sendo mesclado com tecidos finos como a seda, presente em acessórios e bolsas. Assim, pode ser usado em todos os momentos, sejam eles formais ou informais”, sinaliza. E quem concorda com Natália é a estudante de jornalismo Júlia Ourique Médici. Ela gosta de usar moletom sempre que a temperatura cai e lamenta não poder usar no estágio, mas quando está em casa aproveita o look completo. “Não é só por ser quentinho e confortável, mas por trazer uma sensação de proteção. Acho que uma roupa tão legal assim não
ESTAMPAS A tendência saiu do básico e partiu para outros tipos mais arrumadinhos
deveria sofrer tanto preconceito. Sabe aquele lance de ‘sexta-feira à vontade’ que rola nos Estados Unidos? Deveria ter aqui também. Todos de moletom e coque na cabeça e aquele chinelinho Havaianas com meia”, imagina. Natália comenta que eles invadiram as ruas, direto das passarelas, e assumiram as estampas divertidas de desenhos, frases, fotos e super-heróis. A gerente da Hering de Três Rios, Núbia Faria Simões, conta que a loja trabalha com moletom, já que o forte da marca é o básico.
“Três Rios é muito quente e agora que esfriou começou a procura. Quanto às cores, ela afirma que o preto e o branco são as mais procuradas. Neste inverno, Núbia diz que a tendência saiu um pouco da tradicional. “Tem modelos para esporte, para ficar em casa, para o dia a dia em geral, mas apareceram também os terninhos mais arrojados”, destaca. Helena acrescenta que a peça é indispensável para a maioria. “Mesmo que seja aquela blusa velha que você só usa nos dias frios em casa. Com a evolução, não é possível ter um só no armário. Tem blazer de vários tipos, calças, blusões de gola canoa. É só escolher um modelo e arrasar nesta estação. E o melhor é que é confortável, acessível, não exige cuidados específicos e pode durar por várias estações, além de estar sempre pronto para ser usado nos mais variados looks”, assinala. Nesses dias do inverno, vale apostar na tendência, afinal essa é a hora de usar o moletom!
BÁSICO A calça e o casaco juntos passam a sensação de conforto
GERENTE Núbia afirma que além dos modelos básicos, apareceram os terninhos
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UM SUCESSO CHAMADO CENTRO SUL NEGÓCIOS POR FREDERICO NOGUEIRA
FOTOS ARQUIVO SICOMÉRCIO
Ele já está consolidado como a maior feira de negócios do Centro-Sul Fluminense. O começo foi modesto, em um espaço pequeno e com singela participação popular e empresarial. O cenário foi totalmente transformado, sem alterar os objetivos iniciais. Considerado como melhor local para lançar produtos e serviços, ele favorece o crescimento das empresas participantes e a economia da região. Entenda o sucesso do Centro Sul Negócios e conheça as novidades da próxima edição.
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urante a abertura do 12º Centro Sul Negócios, em 2012, o gerente regional do Sebrae, Jorge Pinho, lembrou a primeira edição do evento, realizada no Caer (Clube Atlético Entre-Rios), em 2001, e falou ao público sobre o crescimento da feira. “Hoje já é um evento consolidado, soube se reinventar ao longo do tempo. Nasceu para ser uma rodada de negócios e, atualmente, esta é apenas uma parte do todo”, disse na cerimônia. O crescimento constatado por ele e pelos dados também é visto por empresários, participantes e visitantes. Embora desejado e sonhado, o grande sucesso da feira foi construído a cada edição e surpreendeu os envolvidos na organização. “Eu não imaginava que fosse tomar esta proporção. Naquela época, a prefeitura de Três Rios, inclusive, não tinha um orçamento grande, não tinha
CERIMÔNIA Orlando Diniz, Vinicius Farah e Julio Cezar Rezende de Freitas ne abertura da edição de 2011 da feira
“A feira é um instrumento de crescimento e desenvolvimento, gerando riqueza e qualidade de vida em Três Rios e na região”, Orlando Diniz, presidente da Fecomércio-RJ
dinheiro para investir na feira. Então, ela teve que crescer com recursos pequenos, com muito trabalho dos organizadores. Acredito que a primeira verba que a prefeitura aportou para o evento foi de R$ 1.500, muito pouco”, recorda Otorino Bilheri, presidente da Codetri (Companhia de Desenvolvimento Econômico de Três Rios). No primeiro ano, 50 expositores participaram do evento, que movimentou R$ 700 mil e contou com a participação de 5.000 pessoas. Já na última edição, foram 250 expositores, R$ 12,5 milhões em negócios gerados e um público de 44.500 pessoas. Hoje, o Centro Sul Negócios é realizado em uma área de 5.500 m², no campo do Entrerriense F.C., mu-
PALESTRAS Os participantes têm contato com informações que contribuem com o desenvolvimento do setor empresarial
dança ocorrida devido ao crescimento. A expectativa dos organizadores é que a próxima edição supere todos os números. “Por percorrer muitos lugares e eventos, já conheci feiras semelhantes a esta, mas que duraram poucos anos. Já o Centro Sul Negócios é totalmente diferente, não para de crescer. Era uma ideia modesta, focada e evoluiu ao longo
do tempo. Não sei o tamanho que ele vai tomar, mas o importante é que cresceu sem perder a motivação inicial. Ele tem se redescoberto a cada ano. Acho excepcional para a região”, completa Otorino. Por entender esta importância do evento, o Sicomércio Três Rios (Sindicato do Comércio), que sempre apoiou a realização, tornou-se organizador do revistaon.com.br
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PARCERIAS O Senac Rio é um dos parceiros que contribuem com a grandiosidade do evento
SEBRAE Iniciou o Centro Sul Negócios em Três Rios e apoia até hoje sua realização
SESC A instituição oferece seus principais serviços que atendem à população
Centro Sul Negócios em 2009, após o Sebrae nacional decidir não mais realizá-lo. Até hoje o Sebrae é parceiro na realização, assim como a Prefeitura, o sistema Fecomércio, a Codetri, o Sesc e o Senac. “Para manter a qualidade do evento e garantir a participação das empresas e da população, buscamos acompanhar as principais tendências do mercado, integrando setores como comércio de um modo geral, serviços, indústria, construção civil, utilidade pública, saúde e bem-estar e institucional em um único espaço”, explica Julio Cezar Rezende de Freitas, presidente do Sicomércio Três Rios, órgão que abrange, ainda, os municípios de Sapucaia, Paraíba do Sul, Areal e Levy Gasparian. Na opinião do presidente da Fecomércio-RJ ( Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro), Orlando Diniz, a feira é fundamental para estimular novos empreendimentos, movimentar a economia e fomentar a geração de empregos. “O Centro Sul Negócios amplia o mercado para as micro e pequenas
empresas, que representam quase a totalidade de estabelecimentos da região. A feira lhes confere grande visibilidade e contribui para difundir novas tecnologias. Assim, ela é um instrumento de crescimento e desenvolvimento, gerando riqueza e melhorando a qualidade de vida em Três Rios e na região”, analisa. O presidente do Sicomércio explica que, com as ações realizadas durante os dias do evento, os empresários podem compartilhar experiências, fechar negócios, conhecer novos mercados, ampliar a rede de relacionamento e os visitantes têm a oportunidade de conhecer as empresas instaladas na região e o que elas oferecem. “Além disso, o espaço gastronômico e cultural é um grande atrativo do público, que aproveita a feira também como opção de entretenimento”, completa. Para Julio, além da credibilidade conquistada pelo evento, o fato de Três Rios ser alvo de corporações de diferentes segmentos, que enxergam o município como promissor para consolidação dos negócios, agrega valor ao Centro Sul
Negócios. “É uma via de mão dupla. Uma vez que a cidade cresce e promove um evento desse porte, a tendência é que cada vez mais empresas se interessem em participar. Dessa forma, elas se aproximam de outros setores, do poder público e, claro, de seus clientes em potencial. Vale destacar a Rodada de Negócios que acontece durante a feira, que é uma ferramenta de atração das indústrias, além de funcionar como forma de integrar a participação das micro e pequenas empresas”, garante. A comparação do crescimento do evento com o desenvolvimento da cidadade também é feita por Orlando Diniz. “Nestes 13 anos, o Centro Sul Negócios cresceu e apareceu, junto com Três Rios. Hoje, o município e a região apresentam crescimento acima da média estadual e tem enfrentado com êxito seus principais desafios, identificados por pesquisas da Fecomércio-RJ, como o aprimoramento de sua infraestrutura e da mobilidade urbana. Graças ao empenho do Sicomércio de Três Rios, o volume
PREFEITURA E CODETRI Os órgãos apresentam dados que comprovam o desenvolvimento do município nos últimos anos
PARTICIPAÇÃO POPULAR Na última edição, 44,5 mil pessoas visitaram a feira e conheceram lançamentos de diversos setores
NÚCLEO CRIATIVO O conceito de economia criativa é transmitido aos participantes
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bons e importantes negócios. A região Centro-Sul é formada por sete municípios fluminenses, mas atinge um raio maior de consumidores que se desenvolvem ao longo de duas importantes rodovias federais, ambas com trechos que passam em Três Rios. Desta forma, há chances reais e já comprovadas por participantes de ampliação de mercado. Segundo o presidente do Sicomércio, o planejamento de uma edição começa no encerramento da anterior. “São levantados dados, números e feita uma pesquisa de opinião que ouve expositores e público. Em seguida, é feito um relatório e, a partir de então, discutidas novas ideias e propostas com a organização, diretores do Sicomércio e patrocinadores”, explica. Para a edição de 2013, que acontece entre os dias 14 e 17 de agosto, a locação de stands começou em meados
ABERTURA EM 2012 Diretoria do Sicomércio Três Rios e parceiros da feira durante a cerimônia na última edição
Um dos principais objetivos do CSN é aproximar pequenas e grandes empresas
SICOMÉRCIO TRÊS RIOS A entidade organiza o Centro Sul Negócios e oferece vantagens aos associados
de negócios aumenta a cada edição, bem como a programação, que mescla cultura e negócios habilmente. Desde a sua primeira realização, o Centro Sul Negócios tem se superado e é, hoje, a maior vitrine de negócios da região”, afirma. A Rodada de Negócios destacada por Julio está na programação da 13ª
edição e é formatada de modo que possibilita a ocorrência de negociações simultâneas. Nela, as pequenas empresas têm a possibilidade de iniciar um relacionamento comercial com grandes empresas, tornando-se fornecedoras. Além disso, as pequenas empresas podem interagir entre elas e realizar
do primeiro semestre. “A realização da feira é pensada o ano todo para melhor atender a todos os envolvidos”. A estrutura do Centro Sul Negócios 2013 mantém os Salões de Negócios, como nos anos anteriores. Nele estão a Feira de Produtos, Serviços e Franquias, em que a presença destas últimas é uma novidade; Salão das Indústrias, que reunirá as empresas que compõe o setor na região, com ênfase nos novos empreendimentos que estão se instalando no município; Salão dos Automóveis e Motos; Salão da Construção; Salão de Artesanato, atração que mostra todo o potencial na geração de trabalho e renda nessa atividade; Salão de Moda, com o objetivo de lançar as tendências das próximas estações; Espaço de Beleza, Saúde e Bem-estar; Salão Institucional; e a Sala de Imprensa, destinada aos veículos de comunicação. revistaon.com.br
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Um encontro temático para gestores de RH das empresas da região também está na programação. Esta edição contará, ainda, com espaço para apresentação de ações sociais promovidas pelas empresas; palestra sobre políticas de compras de grandes empresas e governo; clínicas tecnológicas, que são consultorias coletivas de duas horas para temas específicos; e serviço de orientação para empresários, com informações sobre crédito, inovação tecnológica, registro de marca e patentes, apoio a atividades empresariais e registro empresarial [com participação da Jucerja, Codim, Sebrae, Senac, INPI, bancos, CompraRio, etc). O espaço cultural, organizado com apoio do Sesc, e a praça de alimentação também estão garantidos e prometem agradar os visitantes. Em 2012, o Centro Sul Negócios teve apoio da Universidade Ativa, que promoveu ações de utilidade pública, saúde, oficinas e meio ambiente. Na edição 2013, o Instituto Ativa Brasil participa do evento com o projeto Cantos & Encantos do Brasil, desenvolvido há cinco anos em todo o país. Ele realiza trabalhos sociais e culturais, como apresentação de programas na área de saúde, emissão de documentos, oficinas de pintura, exposição de artes e oficinas educativas de reciclagem.
SALÃO CULTURAL Shows animam os visitantes durante a feira e após o fechamento dos salões de negócios 76
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Outra novidade em 2013 é a realização de uma feira de preços baixos dentro do evento, que promete atrair ainda mais visitantes. Nela, os participantes inscritos irão comercializar produtos por preços promocionais. Beatriz Costa Faria é empresária e participará pela primeira vez do Centro Sul Negócios. Associada ao Sicomércio há quatro anos e usuária do plano de saúde oferecido pela instituição, ela está otimista quanto aos resultados que virão. “Será a primeira vez que terá essa feira de preços baixos e espero queimar meu estoque de coleções passadas. Os clientes podem esperar preços excelentes com até 70% de descontos”, diz a empresária, que participará com duas lojas no evento. Vantagens para empresas
Além de organizar o maior evento de negócios do interior do estado, o Sicomércio Três Rios oferece, há anos, importantes contribuições às empresas e empresários, como o plano de saúde [Unimed] citado por Beatriz, que é oferecido com descontos especiais, assim como plano odontológico [Uniodonto]. “Como entidade de classe, o Sicomércio
O evento estimula a cultura da cidade, com apresentações musicais, de dança e teatro tem a missão de assegurar às empresas a geração de resultados. Para isto, oferecemos uma gama de serviços que estreitam a relação entre colaboradores e empresários e aumentam a produtividade. Defendemos a categoria por meio de convenções coletivas e proposição de ações; fornecemos palestras, cursos e workshops em parceria com a Fecomércio-RJ e outras entidades. Além disso, damos total suporte às organizações por meio da delegacia da Jucerja, com consultoria e acompanhamento de processos”, enumera Julio Cezar. Além dos planos de saúde e odontológico, a entidade possui os serviços de medicina do trabalho e segurança ocupacional, com elaboração de mapas de risco, laudos ergonômicos, de insalubridade, de periculosidade e avaliação ambiental, entre outros. “Tudo isso para zelar pela saúde e bem-estar
PROJETOS ESPORTIVOS Durante a feira, a população pode conhecer atividades desenvolvidas no município
RODADA DE NEGÓCIOS Pequenos empresários podem ampliar o mercado, tornando-se fornecedores
de todos os atores envolvidos no processo produtivo de uma organização. Temos convênios com laboratórios e médicos especializados por um valor diferenciado”, completa o presidente. Único local onde é possível emitir a Certificação Digital [ferramenta importante para transações comerciais] pronta para uso e com garantia e qualidade Pronova, o Sicomércio Três Rios possui 416 associados. Entre eles, 250
empresas utilizam o plano de saúde, abrangendo 1.800 usuários; 191 organizações são beneficiadas com o plano odontológico, o que atinge 1.600 usuários; e 185 empresas utilizam os serviços de medicina e saúde do trabalho. A delegacia da Jucerja, que funciona junto ao Sicomércio, registrou, em 2012, 1.530 atendimentos e registros de processos e 721 consultorias, o que confirma a confiança na equipe e cre-
dibilidade nos serviços prestados. “Ou seja, o Sicomércio é uma entidade que atua não apenas no comércio de bens e serviços, mas busca sempre estar envolvida em ações a atividades em prol do desenvolvimento da comunidade em que atua. Nossa base territorial engloba, além de Três Rios, os municípios de Sapucaia, Paraíba do Sul, Areal e Levy Gasparian”, finaliza Julio Cezar Rezende de Freitas.
EVOLUÇÃO DO CENTRO SUL NEGÓCIOS
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2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
Público
20.000
25.000
28.000
30.000
32.000
40.000
42.000
43.000
44.000
44.500
Volume de Negócios
3,5 milhões
4 milhões
5 milhões
5,5 milhões
6 milhões
7 milhões
9 milhões
12 milhões
12 milhões
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250
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2.200 m²
3.000 m²
3.500 m²
3.500 m²
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Ano
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COTIDIANO
TERRA DE ONTEM,
DE HOJE E DE AMANHÃ POR ALINE RICKLY
“Terra boa, querida e gentil/ Pequena joia do nosso Brasil/ Tens o nome de um comendador que a ti devotou tanto amor. Levy Gasparian, Levy Gasparian/ Terra de ontem, de hoje e de amanhã”. A letra do hino escrito por Maria Aparecida Bravo Xavier retrata o município fluminense e suas características marcantes.
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COTIDIANO DIVULGAÇÃO PMCLG
Teu grande rio Paraibuna é uma aquarela de grande beleza/ que outrora te legou a pródiga mãenatureza.
O
município foi desbravado pelo bandeirante Garcia Rodrigues Paes, filho do Fernão Dias Paes, figura ilustre da história brasileira. No livro “Novo Amanhecer”, Reinaldo de Oliveira Ferreira destaca: “A história do Brasil passou pelas terras do município de Levy Gasparian, deixando suas marcas de desbravamento e de lutas libertárias”. Segundo o historiador José Roberto Vasconcelos, Garcia Rodrigues Paes foi o primeiro desbravador de toda a região que compreende desde Barbacena, em Minas Gerais, até Japeri, no Rio de Janeiro. “A ele deve-se a abertura do Caminho Novo de Minas, aberto entre 1698 e 1704 que,
“Quando começaram a abrir o Caminho Novo, o objetivo era unir o Rio de Janeiro a Minas Gerais”, pesquisadora Cinara Jorge
passando por Japeri, Miguel Pereira, Paty do Alferes, Paraíba do Sul, Levy Gasparian, Simão Pereira, Matias Barbosa, Santos Dumont, Ewbank Câmara e Barbacena possibilitou na primeira via terrestre a ligação entre o Rio e as Minas Gerais. Garcia foi, também, responsável pela construção da primeira Igreja de Nossa Senhora do Mont Serrat”, revela.
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CORONEL ANTONIO PEÇANHA O colégio faz parte da formação de muitos munícipes
A pesquisadora Cinara Jorge conta que o distrito de Mont Serrat é mais antigo que todas as regiões desse território. “Era caminho de tropeiros, de manada, tudo passava por ali. Quando começaram a abrir o Caminho Novo, o objetivo era unir o Rio de Janeiro a Minas Gerais com a intenção de trazer a riqueza para perto da capital que, na época, era o Rio”, diz. Tempos depois, a região passou a ser chamada de Serraria, que era o nome da fazenda que pertencia a Hilário Joaquim de Andrade, o Barão do Piabanha. “O lugar era enorme. Ele era um dos maiores produtores de café de todo o Vale do Paraíba. O Barão era muito rico e importante na região”, destaca Cinara. Em 1833, quando foi criada a Vila de Paraíba do Sul, ele foi o primeiro presidente da Câmara de Vereadores [na épo-
ca não existia prefeito] e ficou no cargo por muito tempo. José Roberto diz que a Estação de Serraria contava, além do edifício principal, com armazéns, estábulos e casas dos funcionários. “Nasceu, assim, o núcleo urbano que, atualmente, compreende a área central de Levy Gasparian. Essa estação foi denominada Serraria por estar situada na área cedida pelo Barão do Piabanha, que doou, também, todo o terreno necessário para a passagem da estrada por sua imensa fazenda (possuía 1.090 alqueires, o que corresponde a mais de 60% do território atual do município)”, relata. Cinara conta, ainda, que, onde é o Colégio Estadual Coronel Antônio Peçanha, era a residência comercial do Barão. José Roberto acrescenta que ele foi, inegavelmente, a maior figura da história de Co-
Seus caminhos são parte da História, desde o Império até nossos dias/ Com marcos que nos enchem de glória, de patriotismo e ufarias.
José Roberto explica que até 1833 a região integrava a área rural da cidade do Rio de Janeiro. “Naquele ano, a Regência Trina criou o município de Parahyba do Sul, englobando vasta extensão de área que compreendia o que hoje é Três Rios, Areal, Comendador Levy Gasparian, Sapucaia, São José do Vale do Rio Preto e grande parte de Petrópolis, além de Paraíba do Sul”. Ele diz que Mont Serrat integrou por longo período a Freguesia [como se dividiam os municípios na época do Império] de Paraíba do Sul e só foi elevado a essa categoria em 1884, englobando as áreas que compreendem Levy Gasparian e Afonso Arinos. “Em 1938, com a emancipação de Três Rios, que na época se chamava Entre-Rios, Mont Serrat passou a lhe pertencer como 2º distrito. Em 1943 foi extinto e passou a pertencer ao recém-criado município de Afonso Arinos. Já em 1955 foi elevado a distrito e em 1963 passou a se chamar Comendador Levy Gasparian”, assinala.
ARQUIVO PESSOAL JOSÉ ROBERTO VASCONCELOS
mendador Levy Gasparian em todos os aspectos. “Como militar, lutou contra as invasões espanholas no sul do Brasil, sendo, depois, integrado à Imperial Guarda de Honra de d. Pedro I e colaborou para sufocar a Revolta Liberal de Minas, em 1842. Como fazendeiro, produzia madeira para construção, açúcar e principalmente café. O historiador conta que em 1855 houve uma epidemia de coléra no país e Hilário montou dois hospitais com médicos e medicamentos para atender a população pobre da região. “Segundo relatos de jornais da época, o próprio Barão visitava os enfermos, levando agasalhos, alimentos e remédios. Ele tinha banda de música, importante biblioteca em sua fazenda e recebia visita de cientistas e viajantes estrangeiros, como o francês Auguste de Saint Hilaire. Também hospedou e recepcionou os imperadores d. Pedro I e d. Pedro II”, destaca.
HISTÓRIA Fazenda Serraria, de onde se originou o município de Levy Gasparian
O historiador conta que a área hoje ocupada pelo centro de Levy surgiu em 1860 como parte das obras de construção da primeira rodovia moderna da América Latina, a Estrada União e Indústria, que ligava Petrópolis a Juiz de Fora. “Com base na documentação da época, pode-se tomar o dia 21 de junho de 1861 como o da fundação de Comendador Levy Gasparian, posto que, naquela data, procedeu-se a inauguração da referenciada rodovia, contando com a presença de d. Pedro II e da família Imperial que, partindo de Petrópolis, percorreu toda a estrada, parando para descanso em cada uma das doze estações de muda (espécie de rodoviária da época)”, conta. O nome do município foi dado em homenagem ao ilustre morador da cidade, o Comendador Levy Gasparian, que contribuiu para o desenvolvimento da região. “Ele comprou a Fazenda Amazonas e ali montou a Companhia Lanifício Alto da Boa Vista, uma das mais bem aparelhadas fábricas têxteis do Brasil”, diz Cinara. Ela destaca que o Comendador não se preocupou apenas em montar a fábrica, mas em dar moradia, diversão e modo de vida para aquelas pessoas que foram morar ali. “Ele trouxe muita gente de fora, inclusive família de japoneses. Calçou as estradas, construiu casas para moradia dos funcionários e, com um pensamento muito vanguardista, mandou plantar nas lajes roseiras e árvores para refrescar as residências. A região passou a contar com cinema, supermercado, farmácia e quadras de fute-
“A implantação da Companhia, popularmente chamada Fazenda Amazonas ou Fábrica da Amazonas, teve nas décadas de 1950 a 1980 grande importância econômica e social para Levy Gasparian”, historiador José Roberto Vasconcelos
bol. Os funcionários não precisavam sair dali para ter acesso ao lazer”, afirma. José Roberto diz que a empresa impulsionou o desenvolvimento urbano e do comércio do antigo povoado de Serraria, inclusive com várias iniciativas de cunho cultural, filantrópico e educacional. “A implantação da Companhia, popularmente chamada Fazenda Amazonas ou Fábrica da Amazonas, teve, entre as décadas de 1950 e 1980, grande importância econômica e social para Levy Gasparian. Atraiu mão de obra e gerou impostos aos cofres públicos”. Teu povo unido sempre lutará, contra o mal seja ele qual for/ Para o bem não esmorecerá com tantos ideais cheio de ardor. revistaon.com.br
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COTIDIANO
A insatisfação com o governo de Três Rios fez com que o povo gaspariense se reunisse em prol da emancipação. “Começaram a disseminar a ideia de que Levy estava relegado e começaram a movimentar uma campanha no sentido de emancipar o distrito. Uniram-se, então, a Afonso Arinos e Mont Serrat e conseguiram, em 1991, levar a efeito o plebiscito que perguntava ‘sim ou não’ aos moradores sobre a emancipação”, conta Cinara. José Roberto diz que nos anos 80, a diversificação do parque industrial local e a aceleração do crescimento urbano, não significaram melhoria dos serviços públicos como limpeza, coleta de lixo, abastecimento de água, calçamento e pavimentação de vias públicas, escoamento de esgoto, segurança, saúde e educação, que eram extremamente precários. “As reivindicações dos moradores de Levy, Afonso Arinos e Mont Serrat eram ignoradas pelas administrações trirrienses e foi essa constante elevação de descontentamento popular que acabou canalizada pela luta emancipacionista que, em 1991, com o apoio de todas as associações de moradores, comerciantes, industriais e produtores rurais locais, resultou em convocação de plebiscito em que o ideal separatista saiu largamente respaldado, criando-se naquele mesmo ano o município de Comendador Levy Gasparian, compreendendo, também, Mont Serrat e Afonso Arinos”, declara.
Eleito como primeiro prefeito de Levy Gasparian, Joel Maia mora na cidade há 60 anos e afirma que, antes da emancipação, o município não tinha nada e era subordinado a Três Rios. “Atualmente, Levy está completamente diferente do que era. É uma cidade tranquila, respeitada, com muitas obras e empregos. A educação é ótima e sinto uma satisfação imensa em ver o crescimento. Enquanto eu viver vou ajudar. Meu desejo é ver Levy crescer”, argumenta. Atualmente, ele é vice-prefeito do município. O prefeito Claudio Mannarino diz que antes da emancipação Levy era carente, faltavam médicos, água e as ruas eram esburacadas. “Hoje, somos o segundo maior IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), temos atendimento na saúde que atende também outros municípios. A emancipação fez muito bem para Levy”, assinala. Ele diz que, como cidade pequena e pobre, possui todas as dificuldades de uma família pobre. “Nossa administração prima pelo melhor e 90% do que fazemos é com recurso próprio. Aprendemos a driblar as dificuldades”, diz. Segundo ele, a base da economia é a indústria, embora não a ponto de sufocar a infraestrutura da cidade. Claudio destaca alguns diferenciais de cidade pequena, como a segurança. “Aqui nós dormimos de janelas abertas, o prefeito pode andar na rua”.
“A emancipação fez muito bem para Levy”, prefeito Claudio Mannarino
Cinara acrescenta que Levy tinha 4.668 eleitores, dos quais 3.111 compareceram ao plebiscito. Desse total, 2.603 votaram “sim”, 389 votaram “não”, e brancos e nulos foram 127 votos. “Quando acabou a emancipação, o Lanifício faliu, pois com o tempo e a globalização, as máquinas começaram a ficar obsoletas, necessitava de equipamentos mais modernos e não compravam, talvez porque o lucro já não fosse tão grande. Aquilo estava ficando atrasado em relação às outras tecelagens do mundo que vinham para o Brasil. Ainda hoje é possível ver as ruínas da fábrica”. José Roberto explica que o fechamento do Lanifício provocou triste impacto social, pois centenas de trabalhadores ficaram sem benefícios legais assegurados em lei e muitos ainda lutam na Justiça para reaver seus direitos trabalhistas. Seus governantes querem teu progresso, para que todos tenham fartura/ Zelando sempre pelas presentes, bem como pelas gerações futuras.
Sentir, representar, acreditar na
ARQUIVO PESSOAL JOSÉ ROBERTO VASCONCELOS
força do que pode acontecer/
BARÃO DO PIABANHA Hilário Joaquim de Andrade foi muito importante para a região 82
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NOSSA SENHORA DE MONT SERRAT A igreja está localizada no distrito de Levy Gasparian
alegria, saber erguer a sua bandeira.
DIVULGAÇÃO PMCLG
DIVULGAÇÃO PMCLG
Amar onde estamos, vivendo com
MUSEU O prédio foi construído em 1856
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) o município possui mais de 8.000 habitantes. “Passados pouco mais de 20 anos de sua criação, o município vive, apesar dos problemas que toda a pequena cidade vivencia, um progresso incomparável a todo o período que antecedeu a sua criação em 1861. Grande parte das suas ruas são calçadas, dispondo de abastecimento de água, escoamento de esgoto e iluminação pública. Os bairros e distritos dispõem de bons postos médicos, praças, áreas de lazer e esporte. Diversas empresas se instalaram e se desenvolveram, fazendo com que o nível de desemprego seja baixo. Infelizmente, como a região e o próprio país, a propagação do consumo de drogas ilícitas tem sido alarmante, a ocupação de margens do rio Paraibuna para fins residenciais e mesmo comerciais ainda é uma triste realidade e o único Museu Rodoviário do país ainda encontra-se fechado e em precárias condições, apesar dos es-
“Atualmente, Levy está completamente diferente do que era. É uma cidade tranquila, respeitada, com muitas obras e empregos”, Vice-prefeito Joel Maia
forços divulgados da administração municipal para uma solução”, analisa José Roberto Vasconcelos. Alexçandro Santana, 39 anos, mora em Levy desde que nasceu e é guarda municipal. “É uma cidade tranquila com monumentos naturais e culturais. O Museu Rodoviário será restaurado. Ele funciona em um prédio que foi inaugurado pelo imperador na primeira estrada asfaltada, ao lado da Estrada Real. A Igre-
ja de Nossa Senhora de Mont Serrat e a Pedra de Paraibuna também fazem parte dos pontos turísticos”. Alexçandro finaliza dizendo que Levy melhorou muito nos últimos anos e que é muito tranquila. “Meu carro fica aberto na rua e minha casa não tem chave”. “Quando as matas eram abundantes, o rio caudaloso e límpido, e o elemento indígena embatia pelas cercanias, a sede do atual município de Comendador Levy Gasparian, serenamente, como que aguardava pela coragem dos desbravadores que implantariam na região os ideais de um povo forte, voltado para o trabalho e com vocação para cuidar do seu próprio destino. Povo pacífico, mas determinado, que buscaria nos ideais autonomistas a liberdade necessária para ferir seu desenvolvimento”, descreve Reinaldo Ferreira no livro que conta a história de Comendador Levy Gasparian, uma dos municípios mais jovens da região, ao lado de Areal.
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om a missão de criar valor e atuar com soluções contábeis de excelência, de forma segura e transparente, assessorando os clientes na tomada de decisões, a JR Contabilidade completa uma década de serviços prestados aos empresários de Três Rios, região e outros municípios de todo o país. À frente da equipe está José Ricardo Salgueiro de Castro, que construiu esta história com a ajuda de diversas pessoas especiais ao longo da vida. Aos 18 anos, em 1972, ele começou a trabalhar no escritório de Edy Ferreira Salgueiro, o Dica. Foi naquele ambiente que José Ricardo aprendeu na prática a 86
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Já são 520 clientes e mais de 100 colaboradores diretos
contabilidade com pessoas mais experientes e teve acesso aos livros de legislação e todas as ferramentas que o escritório dispunha. Com isso, após terminar o ensino científico no Colégio Rui Barbosa, deixou de lado o desejo inicial de cursa engenharia eletrônica para aprender ainda mais a contabilidade. O curso de Ciências Contábeis foi realizado na Faculdade Machado Sobrinho e, desde
então, passou por cursos de especialização para ter conhecimento em diversos setores da profissão. No dia 1º de julho de 2003 foram iniciadas as atividades da JR Contabilidade, com 12 colaboradores, em uma sala na Avenida Condessa do Rio Novo. Já no início, a equipe era responsável pela contabilidade de 44 clientes. Dez anos depois, estes números cresceram, após muitas lutas, trabalho e qualificação da equipe. Já são 520 clientes e mais de 100 colaboradores diretos. Com isso, foi necessário mudar o endereço da sede da empresa. O atual escritório, construído na rua Nelson Viana, no centro de Três
Rios, oferece mais conforto aos clientes e colaboradores. Sua realização só foi possível com o apoio de amigos da empresa e de José Ricardo, que faz questão de ressaltar dois nomes: Antônio Carlos Machado Cardão e Josemo Correa de Mello, empresários responsáveis por metade dos custos totais, sendo 25% por cada um. A JR Contabilidade também possui um dos melhores ambientes virtuais de empresas de contabilidade do estado e disponibiliza aos clientes acesso rápido a ferramentas jurídicas úteis, formulários e consultas tributárias. Ser reconhecida na região sudeste
como centro de referência pela capacidade, eficácia e ética no segmento contábil e jurídico empresarial é a visão da JR Contabilidade, que mostra, dia após dia, estar no caminho certo. Hoje, a empresa busca investir em tecnologia para melhoria contínua dos processos e serviços; manter o Selo Gestão da Qualidade Contábil conquistado; e proporcionar ambientes sempre saudáveis para os colaboradores. Estes foram apenas os primeiros dez anos da JR Contabilidade, que já está pronta para caminhar aproxima década e fazer a diferença para cada um dos clientes, colaboradores e amigos.
SETOR FISCAL Vitor Leal
SETOR CONTÁBIL Fabiano Correa de Castro
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DIREÇÃO José Ricardo Salgueiro de Castro
SETOR JURÍDICO Oscar Salgueiro de Castro e Fabiana Correa de Castro Leal
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EU SEI FAZER
PARA TODOS OS POVOS,
O ESPERANTO POR LETICIA KNIBEL
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Com o objetivo de romper barreiras linguísticas e culturais, o esperanto tornou-se o idioma planejado mais falado no mundo e a cada dia ganha mais adeptos.
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riado em 1887 pelo médico polonês Ludwik Lejzer Zamenhof, o esperanto é considerado uma língua franca, ou seja, uma forma de comunicação internacional entre pessoas que utilizam diferentes idiomas. “Comparada com as linguagens mais antigas, como a chinesa, que é milenar, este idioma é muito novo”, explica Jorge Linck, vice-presidente do Clube de Esperanto de Três Rios. Com o avanço tecnológico, principalmente com o surgimento da internet, o idioma se tornou o 26° que mais cresce no ciberespaço, inclusive já pode ser traduzido através da ferramenta do Google,
Aprender este idioma pode ser bastante interessante, principalmente para quem viaja para o exterior com frequência o que colaborou para melhorar o diálogo entre os esperantistas. Jorge explica que o esperanto não surgiu para ser único, mas para auxiliar na comunicação, pois a linguagem de um povo representa sua cultura e
serve de ponte para que as pessoas possam trocar informações, ideias, porém preservando a língua pátria. “Além disso, o idioma planejado colabora no aprendizado de outros”. O objetivo é facilitar a troca de conhecimentos e a criação de laços de amizade com pessoas das mais diferentes culturas. “Além disso, é usado em diversas situações, é um instrumento que cada um pode utilizar em viagens, na literatura, para a tradução de artigos e publicação de livros, entre outros”, destaca Linck. Os esperantistas são como membros de uma sociedade internacional, na qual barreiras como cultura, relirevistaon.com.br
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EU SEI FAZER
gião e o idioma de cada nacionalidade não existem, não são motivos para que não haja intercâmbio entre as pessoas. “Cada povo criou sua língua e o esperanto criou seu povo”, cita Jorge. Por não ser uma linguagem comercial, não é tão difundida quanto o inglês, mas é possível encontrar esperantistas em qualquer lugar do mundo. “Há anos um paciente sofria de uma doença rara e encontrava-se hospitalizado. Então, um amigo nosso soube que a tal enfermidade era comum no Japão. Desta forma, conseguiu-se contatar um esperantista japonês que enviou detalhes por escrito sobre o receituário que muito ajudou ao paciente brasileiro, o que causou muita surpresa aos médicos brasileiros”, conta Celso Tinta, presidente do clube. Tinta também revela que não há dificuldades para aprender a língua. “A estrutura do esperanto é fácil de ser compreendida, demandando somente o empenho do estudante para assimilar as regras do idioma, totalizando 16 ao todo, como, por exemplo: todo substantivo termina com a vogal ‘o’; e mais, as palavras que o compõem são de radicais que aparecem na maioria dos idiomas, tais como ‘hotelo’ (hotel), ‘floro’ (flor)”, explica. Isto se deve ao fato de ter origem, cerca de 60%, da língua latina, sendo semelhante ao português, italiano e francês, entre outros. Além disso, todas as palavras são paroxítonas, então não há dificuldade em pronunciá-las. Linck ainda destaca que no esperanto se escreve como se fala, o que
ESTRELA VERDE Símbolo do esperanto, representa os cinco continentes, na forma tradicional 90
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“O Clube de Esperanto de Três Rios foi fundado em 2000 e, atualmente, é considerado de utilidade pública pelo município”, destaca Jorge Linck
torna ainda mais fácil a aprendizagem. Estima-se que, atualmente, mais de dois milhões de pessoas no mundo falem esperanto. Para Carlos Valle, que frequenta o clube há seis anos, a internet postula um grau muito grande de comunicação entre pessoas do mundo inteiro. Imagine a seguinte situação: uma pessoa que fala apenas português, mas que, por motivos diversos, precisa ou deseja se corresponder com uma pessoa que mora na China e que só fala mandarim. “Se ambos optarem pelo inglês, além do aspecto psicológico intrínseco nesse processo, de se aprender a língua de terceiros para poderem conversar, isso exigiria um tempo e esforço consideráveis de ambos para chegarem a um nível satisfatório de diálogo”. O esperanto, que é uma língua neutra, no sentido de pertencer a todos, contribuiria nesse processo pela facilidade no aprendizado e pela estrutura simples. Aprender este idioma pode ser bastante interessante, principalmente para quem viaja para o exterior com frequência. “Existe o chamado ‘Pasporta Servo’, que é um catálogo de pessoas que oferecem hospedagem, normalmente gratuita, para viajantes esperantistas. Pode-se, assim, ter um contato direto com a vida familiar e cotidiana de outro país”, revela Carlos. Celso conta que costuma falar com os amigos (esperantistas) por telefone ou quando os encontra e, com o advento da internet, constantemente utiliza o idioma em conversas pela rede. Jorge explica que o Clube de Esperanto de Três Rios foi fundado em 2000 e, atualmente, é considerado de utilidade pública pelo município por atuar constantemente no movimento educacional através de trabalhos vo-
INTERCÂMBIO Para Jorge, o esperanto ajuda a formar laços de amizade com pessoas do mundo todo
luntários para levar cultura e educação para a população. Hoje, o clube possui 30 membros que se reúnem às sextas-feiras para praticarem conversação e, também, para difundi-lo entre os novos integrantes. Em diversos lugares do mundo existem clubes que ensinam esta língua de forma gratuita. Na cidade, são oferecidos cursos regularmente para todos que estiverem interessados em aprendê-lo. Também é possível estudar através da internet, em sites especializados. “A importância de aprender o esperanto vai além de vencer uma barreira idiomática, mas de quebrar barreiras sociais, políticas e financeiras”, conclui Celso. Ou, como diz a
“A estrutura do esperanto é fácil de ser compreendida, demandando somente o empenho do estudante para assimilar as regras do idioma”, Celso Tinta
Os esperantistas são como membros de uma sociedade internacional, na qual barreiras como cultura, religião e o idioma de cada nacionalidade não existem máxima: “Para cada povo, a sua língua; para todos os povos, o esperanto”. La Alkemiisto
Carlos Valle conta que foi autorizado pelo escritor Paulo Coelho a traduzir seu romance “O Alquimista” (La Alkemiisto, em esperanto). “Meu irmão, Eurico, sabia que estava traduzindo um livro para o esperanto, mas por motivos profissionais não revelei a natureza do trabalho para ninguém. Eu já estava com o projeto pronto para editar quando ele disse que ia me dar a capa, embora sem saber do que se tratava”. Valle não imaginava que te-
ria a oportunidade de publicar a obra com a capa original. “O artista plástico Ivan Pinto disse que, a pedido de meu irmão, queria saber mais detalhes sobre o trabalho. Mostrei-lhe explicando finalmente do que se tratava’’. Carlos conta que Ivan tomou nas mãos o manuscrito e ficou algum tempo em silêncio e meditativo. “Tanto tempo que chegou a ser constrangedor! E finalmente ele disse: ‘Carlos, eu já tenho essa capa pronta lá em casa. Se você quiser vê-la e lhe agradar, pode ficar com ela’”. Diante da reação do tradutor, Ivan prosseguiu e explicou que, quando Paulo Coelho lançaria este livro, Ivan trabalhava para a editora que faria o lançamento. Encomendaram a
capa, mas quando o artista plástico levou a eles o trabalho, disseram que o autor fazia questão que a capa fosse de uma pessoa conhecida dele. “E foi assim que a capa que deveria ser a da primeira edição de ‘O Alquimista’ em português serviu de base para a capa da edição em esperanto, lançada no Congresso Brasileiro de Esperanto, no Rio de Janeiro, em 2009”, finaliza Carlos. Em esperanto é assim
Saluton! (Olá!) Kiu estas via nomo? (Qual é o seu nome?) Mia nomo estas... (Meu nome é...) Plezuro! (Prazer!) Per pacienco venas scienco (“Pela paciência vem a sabedoria)
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DE BEM COM A VIDA E SEM ESTRIAS FOTOS DIVULGAÇÃO
Elas são verdadeiras vilãs aos olhos de homens e mulheres. Podem aparecer vermelhas, roxas ou brancas e todo mundo diz que não tem jeito. Mas, com os avanços tecnológicos, é possível investir em um tratamento que, em determinados casos, faz com que a estria fique invisível a olho nu.
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arece um sonho, mas é realidade! Através do programa de tratamento “New Time”, desenvolvido pela fisioterapeuta Priscila Soares, é possível alcançar um resultado de 60% a 80% da melhora das estrias. O tratamento dura, em média, de seis a dez aplicações que podem ser semanais ou quinzenais. Segundo Priscila, o objetivo é estimular o colágeno nas regiões das bordas das estrias onde ele ainda é bom e fazer uma nova cicatrização. “Assim, as estrias ficam mais finas. Para auxiliar, uso ácidos ou equipamentos para afinar [quando a estria é mais grossa], ou aparelhos vasodilatado-
res [quando ela é mais funda]”, explica. A especialista afirma que, na maioria das vezes, é possível fazer a recuperação da pele. “As que possuem um calibre mais alto, consigo afinar, e as finas é possível deixar em um nível que não dá para ver”, destaca. Priscila acrescenta que a pele se regenera. “Se fizermos um estímulo, a pigmentação consegue voltar quando a estria é branca. Já a escura irá clarear”, afirma. Antes de iniciar as sessões é feita uma avaliação personalizada, onde a fisioterapeuta simula os resultados através de fotografias. Para quem mora em outra cidade, a consulta pode ser feita através do Skype. Os resultados do tratamento são
ANTES A maioria das mulheres procuram o tratamento porque possuem vergonha das estrias
DEPOIS Com o tratamento as estrias melhoram pelo menos 60% a olho nu
ANTES O tratamento estimula o colágeno na borda da estria onde ele ainda é bom
DEPOIS Após o término do programa é necessário, de acordo com a especialista, manter a pele hidratada
assegurados através de um certificado que dá ao cliente uma garantia mínima de 60% na melhora do local com estrias. O tratamento não é indicado durante a gravidez e para quem faz uso de corticoides ou anti-inflamatórios. Homens e mulheres, a partir da puberdade, podem investir neste tratamento. Letícia Alonso tem 18 anos e tinha vergonha de ir para clubes ou praias de biquíni. “Era muito desconfortável. Eu vivia enrolada na canga”, conta. Depois que investiu na técnica, a vergonha acabou. “Nesse verão não tive esse problema. Frequentei churrasco com os amigos na piscina e até fantasia com a barriga de fora em um aniversário”, comenta. A estudante destaca que está muito satisfeita com o “New Time”. “Recomendo para todas as mulheres que querem sentir-se bem com o próprio corpo”, indica. O custo depende do nível das estrias e as tecnologias associadas, partindo do valor de R$ 732. O valor total do procedimento pode ser parcelado em até 12 vezes sem juros no cartão de crédito. Após o término do programa é necessário, de acordo com a especialista, manter a pele hidratada, evitar exageros na musculação e ginástica similar, além do efeito sanfona. Se você que ficar de bem com a vida e sem estrias, agende uma avaliação!
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SAÚDE
CONVIVER COM ENXAQUECA POR SAMYLA DUARTE
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Se uma simples dor de cabeça já incomoda, imagine quando ela não é tão simples assim. A enxaqueca pode pegar qualquer um de surpresa, embora existam fatores de risco, e deve ser tratada com atenção. Com inúmeros agravantes, é importante estar informado e buscar orientação no momento certo.
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onviver com qualquer dor é um martírio. Uma cefaleia aliada a outros sintomas como náuseas, fotofobia e tonturas é ainda pior. Segundo o Ministério da Saúde, a enxaqueca atinge até 20% da população brasileira e, nesta estatística, está a vendedora Amanda Afonso. Ela sentiu os primeiros sintomas da enxaqueca há quatro anos. Começou com dores em locais diferentes da cabeça e os remédios comuns para patologias menos complexas não faziam mais efeito. “Foi quando um dia eu tive uma forte crise e fiquei com o lado esquerdo do rosto mais rígido, obedecendo menos movimentos como piscar o olho e sorrir”, conta ela. Depois disso, Amanda fez vários exames recomendados por um neurologista e todos eles apresentaram resultados normais, sem nenhuma informação diferente que pudesse chegar ao diagnóstico. Mesmo assim, após análises de datas e acontecimentos, o médico concluiu que a paciente tem enxaqueca por razões emocionais e visuais. As crises come-
Geralmente tenho que ficar em um cômodo bem escuro e em silêncio profundo”, Thiago Araújo Braga.
çam quando ela permanece em algum lugar com lâmpadas e luzes muito fortes ou fluorescentes, farol automotivo, flash de câmera digital, tornando o ambiente bem claro, ou até mesmo quando fica abalada emocionalmente e com o humor alterado. Antes do diagnóstico, a vendedora tomava muitos comprimidos e nunca adiantava. O remédio que ela costuma tomar agora é específico, muito forte e também certeiro. O fisioterapeuta Thiago Araújo Braga, de 30 anos, é mais uma vítima da enxaqueca desde os 11 anos de idade. Preocupada, a mãe dele procurou ajuda médica e constatou a doença. Para ele, não existem épocas específicas, mas sim algumas situações que
favorecem as crises, como alimentação inadequada, ingestão de bebidas alcoólicas e estresse. “Geralmente tenho que ficar em um cômodo bem escuro e em silêncio profundo. Para aliviar a dor, uso toalhas molhadas ou bolsas de água. Vale ressaltar que já deixei de fazer muitas coisas por conta das fortes dores”, conta Thiago. Ele acredita que o fator preponderante para o início das crises é o horário alternado de trabalho, incluindo as madrugadas, por ser funcionário de uma empresa ferroviária. “Acredito que meu sono desregulado, devido à rotina de trabalho, pode causar crise de enxaqueca. É muito complicado o dia a dia sabendo que a qualquer momento posso ter uma crise”, desabafa. Já na fase adulta, procurou ajuda de outro neurologista e iniciou tratamento, mas não deu continuidade por não ter surtido efeito. Com isso, Thiago preferiu aderir a métodos com eficácia momentânea e sempre toma dois ou três comprimidos de Dorflex para aliviar as dores.
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ARQUIVO PESSOAL
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SAÚDE
Inúmeros fatores podem ocasionar crises, como fortes odores, privação alimentar, certos alimentos”, Maurício Lima Lobato, neurologista
HORÁRIO DE TRABALHO Para Thiago, este é um dos fatores agravantes das crises
ANÁLISE Um especialista concluiu que Amanda tem enxaqueca por razões emocionais e visuais
É justamente este remédio o mais vendido na maioria das farmácias. De acordo com Ocimar Pires Nogueira, o ‘Mazinho’, que trabalha no ramo há 33 anos, o analgésico e relaxante muscular, que serve tanto para dor de cabeça quanto no corpo, é campeão de vendas. “Já entre os específicos para dor de cabeça, o mais vendido é a Neosaldina, que é o mais indicado pelos farmacêuticos quando os clientes buscam um remédio para dor de cabeça”, revela, completando que existem outros, também muito procurados, como Novalgina (dipirona). Ter enxaqueca é sempre grave, por isso é imprescindível a orientação de um médico especialista no assunto.
Neurologista com formação pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, Academia Brasileira de Neurologia e Sociedade Brasileira de Neurofisiologia Clínica, Maurício Lima Lobato afirma que enxaqueca pode ser chamada também de cefaleia primária, que é a dor de cabeça sem a presença de lesão cerebral. Isso pode levar a um tipo de cefaleia com características específicas, como dor latejante em apenas um lado da cabeça juntamente com sintomas que podem variar entre náuseas, tonturas, perda visual momentânea, visão dupla, sensibilidade à luz e ao barulho e formigamentos pelo corpo.
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Apesar de não haver lesão cerebral que justifique as dores, inúmeros fatores podem ocasionar crises, como fortes odores, privação alimentar, certos alimentos como queijos gordurosos, molho shoyu, condimentos, embutidos e chocolate, e até mesmo a menstruação. Este último fator reforça o fato de que mulheres são mais propensas a terem enxaqueca, de acordo com Maurício. Ele deixa claro que é importante o paciente conhecer o motivo da própria dor para se policiar e evitar novos desconfortos. O uso de analgésicos, como dipirona e paracetamol, é indicado e permitido desde que dentro dos limites adequados. “O uso indiscriminado destas medicações pode levar a um estado de tolerância, onde as mesmas perdem progressivamente o efeito, levando a uma cefaleia crônica (persistente e contínua) e refratária. Dessa forma, o paciente deixa de ter uma dor que antes era ocasional e passa a tê-la de maneira contínua. São inúmeras as opções terapêuticas para o tratamento das crises, muitas específicas para enxaqueca, como os triptanos, por exemplo, e o médico que cuidar do paciente deve adequar a escolha da medicação ao perfil clínico dele”, completa.
Com duração de cerca de três dias, a enxaqueca pode se prolongar. É comum pacientes procurarem o pronto socorro e, ocasionalmente, surgir a necessidade de internação. Segundo Maurício, ainda há uma predisposição genética e o comportamento hereditário para tal condição. Acostumado a lidar com pacientes que sofrem de enxaqueca, Maurício deixa algumas recomendações. “O paciente deve estar bem orientado pelo seu médico sobre qual medicação utilizar em caso de crise, a fim de se evitar abuso de analgésicos. Em alguns casos, em pacientes com múltiplas crises ou crises de forte intensidade, pode ser interessante a introdução de uma medicação preventiva de uso contínuo para evitar que a dor se instale ou, se vier, que venha de maneira mais leve. É fundamental entender que o tratamento da enxaqueca deve ser multifatorial, ou seja, uma combinação de tratamento farmacológico (preventivo e medicação para o momento da crise) aliada ao combate aos fatores desencadeantes”, finaliza.
SINTOMAS Tonturas, perda visual momentânea e visão dupla são algumas das características de um tipo de cefaleia
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SAÚDE
UMA (NEM SEMPRE) BOA NOITE DE SONO POR MARIANNE WILBERT E TATILA NASCIMENTO
Trabalhar, estudar, conviver com os problemas cotidianos e tentar resolvê-los. Ouvir mãe, pai, irmãos, amigos, chefe. Sair de casa, enfrentar trânsito, enfrentar a poluição sonora, às vezes se aborrecer. E, no fim do dia, dormir. Porém, a hora de dormir, descansar e sonhar pode se tornar um verdadeiro pesadelo para as pessoas que sofrem de distúrbios de sono.
“Às vezes durmo uma hora e tenho a sensação que dormi por muito tempo. Já cheguei a sentar na cama e chorar de raiva”, Leonardo Santos
por muito tempo. Fico virando de um lado para o outro e até um pernilongo me distrai. Já cheguei a sentar na cama e chorar de raiva”, revela. O estudante chegou a procurar uma psicóloga, mas mesmo assim não aprendeu a controlar
a ansiedade. “Quando fico ansioso tenho dificuldade para dormir, me alimento mal e sofro alterações de humor. Se ficar tenso, só consigo dormir com remédio”, diz. Com esse quadro, ele resolveu trocar o dia pela noite e passou a trabalhar em uma fábrica de embalagens das 22h30 às 6h. “Nunca faltei ao trabalho e não tenho sono durante o expediente, pelo contrário, sou bem ativo”, diz. Já a professora de inglês Vanessa Duarte, 21, começou a ter dificuldade para dormir aos 16 anos devido à depressão que teve. Na época, fez terapia durante um ano e tratamento com antidepressivo e calmante. “Sou extremamente ansiosa. Se vou sair amanhã, hoje já fico pensando na roupa que vou usar”, confessa. Outro fator que dificulta o sono dela é o estres-
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ontar carneirinhos, beber leite e ler não são garantias de uma boa noite de sono, ao menos para aqueles que rolam de um lado para o outro na cama, só observando a noite passar e a manhã chegar sem ter a chance de pregar os olhos. Essas pessoas, que sofrem de distúrbios no sono, se queixam de irritabilidade, falta de concentração e memória, indisposição para o trabalho e sonolência diurna, que acabam repercutindo em suas atividades cotidianas. Leonardo Santos tem 25 anos e sofre com o transtorno da insônia. Ele conta que já tem há muito tempo e que problemas familiares, como a morte do pai, agravaram a situação. “Às vezes durmo uma hora e tenho a sensação que dormi
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nosso corpo”, diz Elisama. Dessa forma, as pessoas que trabalham à noite têm um sono muito ruim e costumam ter problemas, porque trocam o seu ciclo biológico. “Estas pessoas têm hábitos alterados e acabam até envelhecendo mais rápido, além de adquirir doenças em tempo mais curto do que aqueles que dormem regularmente de noite”, complementa. São diversos os fatores que interferem na qualidade do sono, como medicamentos, estado emocional, alimentação e até algumas doenças. “Entre as enfermidades, destacamos a apneia obstrutiva do sono, a depressão e a ansiedade”, salienta Fabricio. “A apneia é um termo médico que significa ausência de respiração. Costuma ser mais comum em homens acima do peso, com mais de 40 anos, embora todas as pessoas possam ser acometidas. Um detalhe importante é que o ronco noturno não está diretamente relacionado ao transtorno, mas frequentemente está presente”, completa. Além da apneia, ainda há outras patologias que afetam o sono, como destaca Elisama: “Há a síndrome de pernas inquietas, a insônia, as parassonias do despertar, como o sonambulismo, a síndrome de vias aéreas superiores, a narcolepsia, o hipotireoidismo, entre outras”. Uma noite mal dormida causa prejuízos à saúde, como diminuição da libido, desatenção, falta de concentração, déficit de memória, irritabilidade, alterações de apetite e até ganho de peso. “Existe uma séria preocupação com os riscos a médio e longo prazo. Dormir mal repercute negativamente na saúde das pessoas e, em alguns casos, aumenta o risco de doenças como acidente
distintas”, explica o neurologista Fabricio Hampshire. Problemas respiratórios também podem atrapalhar o sono, como a flacidez da musculatura da faringe, a obesidade, as doenças nasais (rinite, sinusite, polipose nasal), desvios do septo nasal, aumento de amígdalas e de adenoide, além de alterações faciais, como hipognatia e retrognatia (pessoas com queixo curto ou queixo para trás). A otorrinolaringologista Elisama Baisch explica que um bom sono é aquele em que o paciente pode fazer todas as fases do sono, mantendo, em média, três ou quatro ciclos. “Há três fases do sono: 1, 2 e 3 (fases não-REM) e REM (Rapid Eye Movement, ou ‘movimento rápido dos olhos’, que é o pico da atividade cerebral, quando ocorrem os sonhos). Quando o paciente passa por todas estas fases, de maneira simétrica, ele terá um bom sono. Têm pessoas que completam todas as fases em cinco horas e já têm um sono reparador; já outras precisam de nove a dez horas para completar os ciclos de sono”, esclarece. Do ponto de vista biológico, o sono da noite é o melhor, pois nosso organismo precisa do repouso noturno para melhor funcionamento. “Nosso ciclo biológico corresponde a trabalhar de dia e dormir de noite, pois é regulado por uma substância chamada melatonina, que dá este ritmo ao ARQUIVO PESSOAL
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Do ponto de vista biológico, o sono da noite é o melhor
ELISAMA A especialista diz que o sono da noite é o melhor 100 Junho | Julho
AGRAVANTES Problemas familiares contribuíram com os problemas de Leonardo
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se no trabalho e quando a carga horária é intensa. “A minha insônia é tão chata que eu chego em casa à noite, começo a ver seriados e quando vejo já são duas da manhã e ainda não dormi. Além disso, meu sono é muito leve e por mais que eu durma, tenho a sensação de estar cansada no dia seguinte. Parece que não desligo completamente e isso atrapalha até a concentração”, destaca. Alex Carvalho, 30, sofre de insônia há 13 anos. Segundo ele, começou com a ausência da família e amigos. “Foi neste momento que me dei conta que estava com pequenos sintomas de depressão, o que me levou a ter problemas de insônia”, diz. Ele não faz uso de remédio e afirma que o melhor a fazer é pensar positivo. “De fato, confiar mais em mim e acreditar que sou capaz de lidar com esse problema tem me ajudado bastante. Hoje sofro de insônia, porém a cada dia vem diminuindo. Na minha opinião, um dos motivos que causam a insônia é o estresse”, finaliza. Segundo especialistas, embora não exista uma quantidade padrão de horas para se considerar que alguém teve uma boa noite de sono, a média gira em torno de seis a oito horas por dia, porém, as necessidades e o padrão de sono mudam com a idade. “É frequente encontrarmos, por exemplo, pessoas de 70 anos querendo dormir como faziam aos 20 e, evidentemente, as condições fisiológicas são
DEPRESSÃO Para Alex, a insônia foi desencadeada pelo transtorno
vascular encefálico ou infarto agudo do miocárdio”, alerta o neurologista. Para aqueles que se deitam e dormem, mas acordam no meio da madrugada e não conseguem dormir novamente, há a possibilidade que sofram de SAOS (apneia obstrutiva do sono) e devem procurar um otorrinolaringologista, um neurologista, ou até mesmo um pneumologista, para fazer uma consulta e realizar os exames necessários para detectar a doença. “Os distúrbios respiratórios do sono são diagnosticados através de vários exames, como CT de seios paranasais, endoscopia nasal com fibra flexível, sonoendoscopia e polissonografia respiratória e neurológica”, explica a otorrinolaringologista. Caso a doença seja diagnosticada, o tratamento varia desde medidas de mudança comportamental, como mudança dos hábitos de sono e de alimentação; perder peso; praticar atividade física, até procedimentos cirúrgicos, como cirurgias da faringe, do nariz, de correção de desvio septal e injeções de substân-
São diversos os fatores que interferem na qualidade do sono, como medicamentos, estado emocional, alimentação e algumas doenças. cias enrijecedoras na faringe (injeção roncoplástica). Ainda há aparelhos para dormir, que podem ser intraorais, feitos por dentista especializado em sono, ou podem ser os CPAP’s (aparelhos de pressão positiva contínua de ar), que reduzem para zero o índice de apneia. Uma alimentação leve próxima da hora de dormir também pode ser uma boa solução para quem sofre de insônia. “Deve-se evitar ingerir alimentos ou bebidas que sejam estimulantes como
aqueles à base de cafeína, principalmente à noite. Uma dica interessante é optar por uma refeição frugal. Certamente, abusar numa feijoada ou outro prato de difícil digestão, após as 20h, irá atrapalhar o sono de qualquer um”, recomenda Fabricio. O ideal é que as refeições noturnas sejam, em média, duas horas antes da hora de dormir. Além disso, para ter uma noite de dar inveja à Bela Adormecida, o neurologista Fabricio ressalta a importância de respeitar as horas de sono: “É necessário ter uma hora certa para dormir, porém, ir para cama somente quando estiver com sono. Outras dicas seriam evitar assistir TV no quarto, não se alimentar à noite na cama, manter um ambiente escuro e silencioso para dormir, ouvir boa música ou ler um bom livro antes de se deitar, evitar ingerir grande quantidade de líquidos após as 20h e procurar ajuda caso você ou seu companheiro de quarto percebam problemas durante o sono”, finaliza.
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PAPO DE COLECIONADOR
ESSE CARA É ELE POR FREDERICO NOGUEIRA
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O cara que pensa no rei toda hora; que sabe qual disco tem “Nossa Senhora”; que ainda tem o sonho de conhecer; nunca foi a um show e não sabe o porquê... Esse cara é ele!
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música fez sucesso durante alguns meses enquanto a novela “Salve Jorge” esteve no ar pela “TV Globo”. Nas mídias sociais, buscavam encontrar o “cara” da canção e muitas diziam que ele não existe. A repercussão foi grande não apenas pela letra, mas, também, pelo cantor. Roberto Carlos é ídolo de várias gerações de brasileiros que, anualmente, sentam-se no sofá para assistir ao clássico show de fim de ano pela televisão ou fazem sacrifícios para estar na plateia, seja em casas de shows ou nos sempre divulgados cruzeiros. Há quem goste e, claro, também há quem não goste do artista. Enquanto alguns buscam entender os motivos que fazem Roberto Carlos ser chamado de rei, outros demonstram que são seus súditos. Certamente há inúmeros colecionadores da discografia do cantor em todo o país. Em Três Rios, um destes fãs chama a atenção. O aposentado José Roberto Monsores, que está prestes a
O CARA José Roberto com o estilo que remete ao rei revistaon.com.br
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PAPO DE COLECIONADOR
José Roberto tem recortes de jornal com ídolo fixados nas paredes de casa
COLEÇÃO Todos os discos gravados por Roberto Carlos estão em perfeito estado de conservação
VOZES... Pelo timbre parecido, os CDs do cantor Paulo Sérgio estão guardados pelo fã do rei
...E MAIS VOZES Pelo mesmo motivo, o colecionador também gosta de ouvir as músicas de J. Neto
PAREDE DA CASA Recortes de jornais e fotos de Roberto Carlos estão em todos os cômodos
IMAGENS As recordações se unem às fotos pessoais e formam um mosaico que decora a residência
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completar 53 anos de idade [em agosto], tem todos os discos da carreira do artista, além dos mais recentes CDs. Alguns, inclusive, estão nas duas versões. “A voz dele, bicho, mora!”, diz, cheio de gírias pertinentes à Jovem Guarda sobre sua admiração pelo cantor. Simpático, ele faz questão de apresentar todos os álbuns e mostrar que conhece profundamente a obra do ídolo. “Qualquer capa de vinil que você pegar, eu sei todas as faixas que tem. Todos os discos são originais e eu guardo com muito carinho isso, rapaz. Não é brincadeira, não”, garante, com a alegria de compartilhar sua paixão e mostrar o cuidado que tem com os itens. Ao entrar na casa do José Roberto já é possível notar o que o cantor representa para o trirriense. Na verdade, ao conhecer José Roberto essa observação já pode ser feita. Ele veste-se, quando sai de casa, com camisa social, normalmente de cor azul ou branca em referência ao estilo do rei. Estilo este que fica nítido, também, em seu corte de cabelo semelhante ao de Roberto Carlos. Nas paredes da casa onde mora, fotos e recortes de jornais com a imagem do cantor se unem às fotos pessoais. Em destaque, um grande quadro com José Roberto portando um violão e fazendo pose de artista. A admiração é antiga. “Eu curto Roberto Carlos desde os 11 anos de idade. Minha mãe gosta do Roberto Carlos, mas eu gosto muito mais. Pela televisão mesmo eu assistia, quando ainda era preto e branco e todo ano comprava os discos. É fogo, cara. Isso que é gostar do cantor mesmo”, explica. Entre as primeiras canções, “Mexerico da Candinha”, do disco de 1965 da Jovem Guarda, é uma das primeiras que ele lembra ter ouvido. Na coleção, estão discos clássicos, como “É proibido fumar”, gravado pela CBS, e “Splish splash”, ambos do início da década de 1960. A coleção não fica restrita aos discos
1976 O disco reúne faixas que ficaram de fora de outros LPs
1965 Marca a fase rockeira e adolescente do cantor
2012 As duas faixas inéditas do álbum fizeram parte da trilha sonora da novela “Salve Jorge”
do Roberto Carlos. Há espaço para cantores com vozes parecidas com a do Roberto Carlos! São CDs e discos de Jota Neto, Paulo Sérgio e Ricardo Braga, todos com timbres semelhantes ao do maior ídolo do colecionador. “Eu chorei quando o Paulo Sérgio morreu”, lembra. Por isso, ele já sabe que se o ídolo também partir
e ele vivo estiver, vai sofrer novamente. “Não gosto nem de pensar”, diz. Mas, até lá, ainda há um sonho a ser realizado. Roberto Carlos não sabe da existência deste fã mais que especial em Três Rios, afinal, José Roberto nunca foi a um show do cantor. “Sou doido para ir e nunca fui. Ninguém me
chama, é complicado. Ainda não tive a oportunidade. Mas um dia eu vou ver ao vivo. Não posso parar de sonhar”. Para finalizar a conversa, um pedido: “Se você marcar uma hora para ver o show dele ao vivo e me chamar, eu vou. O Roberto Carlos não é mole não”, finaliza. São tantas emoções...
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NA TRAVE, NO SALTO, NO SOLO POR ALINE RICKLY
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Aos 13 anos, Flávia Saraiva é uma das apostas da ginástica artística para as Olímpiadas de 2016. Determinação, fé, foco, concentração e disciplina fazem parte do dia a dia da menina que foi selecionada para a Seleção Brasileira Feminina de Ginástica Artística. revistaon.com.br
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lávia nasceu em Campo Grande, no Rio de Janeiro, em 30 de setembro de 1999. Com 1,33m de altura e 31 quilos, ela surpreende pela educação e conquista todos com seu jeito de menina sapeca e, ao mesmo tempo, doce, educada, humilde e gentil. O sorriso é uma marca registrada, pois vive estampado no rosto. Quem vê, não acredita que apesar de pequena ela treina seis horas por dia, estuda, tem uma alimentação regrada e teve que aprender a viver longe da família. “Acho que a Flávia já era ginasta quando criança. Ela começou a andar com oito meses, era levada e vivia de cabeça para baixo na árvore em frente a minha casa”, lembra a mãe, Fábia Brito Lopes Saraiva. A história com a ginástica começou, segundo a mãe, quando ela tinha sete anos e a professora a chamou na escola para observar os desenhos que a filha fazia no caderno. “Eram traves e parale-
“Segundo Georgette Vidor, Flávia vai despontar como uma das melhores do Brasil no ano que vem”
las assimétricas”, conta a mãe. Quando mais nova, Flávia assistia na televisão os irmãos Diego e Daniele Hypólito. Foi assim que Fábia resolveu levar a filha na escolinha Moacir Bastos, em Campo Grande, onde Georgette Vidor, coordenadora geral do projeto “Esporte para todos”, promovido pela Ong Qualivida, e da seleção brasileira de Ginástica Artística Feminina, a viu pela primeira vez. “Foi por acaso e por coincidência que tive o primeiro contato com a Flávia. As grandes ginastas sempre caíram nas minhas mãos. Na ocasião, fui ver o projeto da Ong, olhei o corpo dela e já disse para a mãe que ela tinha jeito. Logo depois a Flávia começou os treinos. Ela treinava quatro vezes por semana e começou a se destacar. Eu precisava que ela treinasse 110 Junho | Julho
DETERMINAÇÃO Ela sabe o que quer e corre atrás dos objetivos
em um ginásio com todos os aparelhos para alto rendimento e a convidei para mudar para Três Rios”, explica Georgette. A treinadora conta que, a partir daquele instante, Flávia começou a “dar um salto” e, se continuar assim, “vai despontar como uma das melhores do Brasil no ano que vem”, acredita. Sobre as qualidades da menina, Georgette destaca que ela é focada, sabe o que quer e acredita nas instruções dos treinadores. “A Flávia tem tudo para estar em 2016. Ela tem entendimento, não é deslumbrada e possui um comportamento excepcional. É simpática, humilde, tem carisma e empatia. Além disso, é uma pessoa fácil de treinar, está sempre disposta, ou seja, tem qualidades que fazem a diferença. Sem dúvida nenhuma vai longe”, afirma a treinadora. Já Alexandre Batista de Oliveira Carvalho é o treinador responsável por Flávia em Três Rios. Ele conta um pouco da rotina da atleta. “Ela treina quatro horas de manhã e duas horas à noite. É um treino bem forte. A alimentação é de cinco a seis vezes por dia, evita frituras e doces, mas tem um dia livre para comer o que gosta”, diz. Alexandre traba-
lha como treinador há 15 anos e garante ser muito difícil achar uma menina com a idade da Flávia e com o foco e a determinação que ela possui. “Vida de atleta não é fácil, mas ela está sempre disposta, não é de reclamar e nunca deixa de fazer o treino”, afirma. Sobre os pontos fortes, ele destaca: “Ela mantém um nível bom em todos os aparelhos, apesar de se destacar na trave. Segue o estilo da Daniele Hypólito”.
PARALELAS Flávia tem um bom desempenho em todos os aparelhos
“Ela é uma gracinha. Quem dera se todos os alunos fossem assim”, professora de matemática, Liliane Guedes Baio
Entre as conquistas, constam o título de vice-campeã brasileira no individual geral e no solo e campeã na trave no Campeonato Sul-americano na Bolívia, em 2012. O treinador ucraniano Oleg Ostapenko esteve no ginásio em Três Rios por alguns dias e, ao observar Flávia, disse que é uma menina boa, com capacidade e que pode conseguir chegar às Olimpíadas. Enquanto isso, a treinadora Juliana Fajardo diz que Flávia tenta superar todos os dias os próprios limites. “Ela foi selecionada para a Seleção Brasileira de Ginástica Artística competindo com mais nove meninas e conquistou o 3º lugar”, revela. Georgette explica que o fato de ter sido selecionada ainda não é fixo. “Todas as meninas convocadas precisam mostrar a cada momento que
APOIO DE MÃE Mais que mãe e filha, elas são grandes amigas
estão aptas para estarem entre as melhores do Brasil”, diz. E não são apenas os treinadores que acreditam no talento da atleta. A “musa inspiradora” para a carreira da jovem, Daniele Hypólito, também dá força para a ginasta. “Conheço a Flávia há uns três
ESCOLA Ao lado da professora e do diretor, Flávia prova que é possível conciliar a ginástica com os estudos revistaon.com.br
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ROTINA Flávia passa seis horas por dia treinando no ginásio
“Tive a oportunidade de conhecer a Flavinha durante alguns treinos e ela é uma menina que tem muito futuro”, Daniele Hypólito
anos e acho que, se ela continuar lutando pelo objetivo de chegar às Olimpíadas, ela vai conseguir”, destaca. Daniele aproveita para deixar um conselho. “Que ela continue determinada, treinando e correndo atrás dos sonhos dela. Tive a oportunidade de conhecer a Flavinha durante alguns treinos e ela é uma menina que tem muito futuro”. Flávia passa a semana inteira longe dos pais, apenas no sábado vai para casa em Campo Grande. A família sente saudade, mas acredita no sonho da menina. “Ligo todos os dias porque sinto muita falta, mas torço para que ela realize o sonho, que também é o da família”, comenta o pai, João Saraiva Ubirajara. Ele ainda destaca que 112 Junho | Julho
FAMÍLIA Os pais e o irmão sentem saudades e ligam todos os dias para a atleta
a atleta sempre foi calma, sorridente e carinhosa e que, quando era pequena, só andava com os pés para cima. A mãe acrescenta: “Parece que foi feita de cabeça para baixo”. O irmão caçula, João Saraiva Junior, também fala todos os dias com a irmã. “Tenho muito orgulho dela por ser ginasta e pela conquista de entrar para a Seleção Brasileira”. Na escola, ela também é elogiada. “A Flávia é uma menina fantástica, educada, concentrada, quieta e disciplinada. Tem boas notas, bom relacionamento e a ginástica não atrapalha os estudos”, diz o diretor geral, Marcos Costa Reis Dutra, o famoso “Formiguinha”. A professora de ciências, Nádia de Lima dos Anjos, afirma que ela é interessada e faz todas as atividades da disciplina, enquanto a de matemática, Liliane Guedes Baio, diz que a aluna participa das aulas e sempre pega as matérias quando precisa faltar. “Ela é uma gracinha. Quem dera se todos os alunos fossem assim”, enfatiza. A colega de classe e também ginasta Rebeca de Andrade diz que a Flávia é engraçada e dedicada. “Ela acredita no potencial que tem. Nos dá força e nós damos para ela também”, afirma.
A mãe se orgulha em ter descoberto cedo o que a filha quer ser quando crescer. “Sei que ela quer ser ginasta e no futuro uma grande treinadora. No início, quando a Georgette quis levá-la para Três Rios, foi um susto e cheguei a falar para ela não ir, mas ela é decidida e disse que ia”, rememora. “Quando foi convocada para a Seleção Brasileira, a emoção foi muito grande. Nunca achei que ela fosse conseguir”, confessa. A mãe acrescenta que a filha tem uma disciplina imensa, é dedicada e tem uma educação que todos elogiam. “Apesar de ter sido uma criança muito sapeca, ela é muito carinhosa, meiga, consegue fazer amizade em todos os lugares que vai. Tem horas que dá saudade, mas torço para que ela consiga alcançar os sonhos que tem”. Flávia confessa que nunca teve medo de dar saltos, nem mortal. “Quando comecei a treinar, vi que era isso o que eu queria para minha vida”, conta. Enquanto ela participa de campeonatos, treina e corre atrás dos objetivos, ficamos aqui, como espectadores, na torcida para que ela represente o país com medalha de ouro em 2016.
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TRANSPORTE
SUSTENTÁVEL POR LETICIA KNIBEL
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Nos últimos anos o mercado brasileiro sofreu uma grande mudança em relação aos veículos utilizados no dia a dia. O trânsito cada vez mais caótico das cidades e o incentivo constante para a adoção de medidas sustentáveis tem feito a população optar por bicicletas como meio de transporte.
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ma pesquisa publicada pela Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares) revela que o Brasil é o quinto maior mercado mundial de bicicletas. Os dados ainda apontam que 50% delas são usadas em substituição a veículos poluidores, ou seja, parte da população está trocando os transportes comuns para se deslocaram para o trabalho, escola, igreja, faculdade e comércio na boa e velha magrela! Em Três Rios não é diferente, ainda que o crescimento seja discreto. Elas estão em todos os lugares. “Hoje em dia todo mundo tem carro, mas às vezes precisa se deslocar dentro do bairro e não acha vaga. Por isso as pessoas estão se conscientizando que utilizar a bicicleta é bem melhor”, explica Guilherme Bastos Soares, proprietário de uma loja do segmento, que vende e faz manutenção de diversas marcas. A praticidade não é o único fator que pesa na escolha. O gasto mensal para mantê-la é muito menor quando comparado ao investimento feito em carros e motos. Alex Sandro da Rocha Ítalo, que faz a parte de manutenção na loja
ESTACIONAMENTO Pode-se encontrar bicicletas paradas em todos os pontos da cidade
A praticidade não é o único fator que pesa na escolha pela bicicleta. O gasto mensal para mantê-la é baixo de Guilherme, explica que os valores variam de acordo com o tipo de ‘bike’, mas, em geral, o custo é entre R$ 40 e R$ 50. “Para quem a utiliza para trilhas, é indicado fazer uma revisão a cada 15 dias. Já para os que usam diariamente na cidade, a cada 30 dias. Assim ela terá um funcionamento perfeito”, destaca Ítalo. Além de baixo custo para conservá-la, vale ressaltar que não há despesas diárias, como estacionamento. É comum vê-las “estacionadas” em vários cantos de Três Rios e os bicicletários existentes estão sempre lotados. Guilherme explica que há vários modelos, como passeio, trilha e BMX, mas o mais procurado pelos consumidores na cidade é a mountain bike. E, com os devidos cuidados, ela pode durar a vida toda! Para mantê-la, basta fazer a revisão periodicamente e evitar buracos e cargas excessivas. “Deve-se ficar atento à lubrificação das peças e trocar as sapatilhas de freio sempre que necessário. Quando as pessoas não tomam as precauções devidas, o aro pode ficar danificado”, ressalta Alex. Outro ponto importante é o valor da bicicleta, acessível a todos os bolsos. “Os preços variam entre R$ 250 e R$ 1.000”.
BICICLETÁRIOS Localizados na Praça da Autonomia, estão sempre lotados, com os mais variados tipos de bike revistaon.com.br
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Há diversos tipos de bikes e o mais procurado pelos trirrienses é a mountain bike
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Eduardo dos Reis Vaz conta que começou a andar de bicicleta quando pequeno, mas somente em 2004 passou a utilizá-la com frequência, principalmente para praticar exercícios físicos. Hoje em dia costuma utilizá-la durante a semana também para se deslocar pela cidade. “Às vezes uso para ir à padaria, por exemplo. Mas para o preparo físico, costumo pedalar três vezes na semana por uma avenida na cidade. Nos finais de semana pratico mountain bike e chego a andar até 90 quilômetros no total”. Vaz destaca que é importante o município oferecer ciclovias para quem se desloca de bicicleta, além da conscientização dos motoristas em relação aos ciclistas. “E não deixando de ressaltar, quem usa bicicleta também tem que respeitar as leis de trânsito”.
A educadora física Ingrid Carvalho Mello explica que os benefícios das pedaladas são muitos, como a melhora na respiração, já que o esforço aumenta a frequência cardíaca, beneficiando a oxigenação dos pulmões e tecidos. Além disso, reduz colesterol, triglicérides, diminui a ansiedade e a depressão, aumenta o bem-estar e melhora a qualidade do sono. “E, claro, ajuda a emagrecer. Combinada com uma dieta saudável e com baixas calorias, esta prática auxilia na manutenção do peso e favorece o emagrecimento, reduzindo a gordura corporal”, destaca. Ingrid ressalta que a primeira providência ao iniciar qualquer atividade é procurar um médico, assim como um educador físico. “Juntos, eles podem traçar as melhores condições para a realização da atividade, como ajustar a frequência e a carga”. Qualquer pessoa pode andar de bicicleta, contudo quem possui alguma patologia na coluna ou na articulação do joelho deve tomar alguns cuidados, como ajustar a altura do banco e do guidão, o tempo gasto na atividade e a carga a ser empregada, encontrar o tipo de bicicleta ideal, manter a postura
ATIVIDADE EM GRUPO Eduardo conta que costuma reunir os amigos nos finais de semana para pedalar 116 Junho | Julho
“Em média, dirigir o carro 30 minutos gasta aproximadamente 80 calorias, enquanto andar de bicicleta pelo mesmo tempo gasta 126”, explica Ingrid Mello
DIVISÃO Embora útil para os ciclistas, a placa indica que a prioridade é do pedestre
correta durante a pedalada. “Em média, uma pessoa que dirige um carro por 30 minutos gasta aproximadamente 80 calorias, enquanto uma pessoa que anda de bicicleta por 30 minutos gasta 126”, completa a profisisonal. Cada organismo reage diferente aos estímulos e o metabolismo influencia na quantidade de calorias gastas.
Gabriel Bretas conta que anda de bicicleta desde criança e atualmente costuma pedalar aos finais de semana pela Beira Rio. “As vantagens desta prática são muitas: não polui, é silenciosa, emagrece e é muito mais saudável, pois reduz dos riscos de doenças cardiovasculares. As desvantagens são, principalmente, a falta de estacionamento e de proteção contra a chuva”. Ele destaca que, para facilitar a vida dos ciclistas, as cidades devem oferecer mais ciclovias e bicicletários. “Em Três Rios, só temos o da Praça da Autonomia e alguns ao longo da Beira Rio”. É importante lembrar que usar equipamento de segurança é fundamental. “Eu uso e recomendo. Alguns deles são a luva, óculos, capacete, sinalizador noturno (se você pedala a noite), e roupas de cores vivas. Não esquecer da água, para hidratação, também é importante”, conclui Eduardo.
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Casamento de Ceci Miranda e Lucas Magrani Cerimônia inspirada em rituais celtas reuniu familiares e amigos dos noivos para celebração da união do casal
Como colunista social, já participou de “O Cartaz”, “Diário de Três Rios”, “Jornal Arealense”, “Jornal de Areal”, “Tribuna Post” e “Bafafaetc”. Atualmente assina uma coluna para o “Entre-Rios Jornal” e para o portal Revista On. Comanda um programa diário na 87,7 FM.
muito bom gosto, assinado por Fátima Miranda, com arranjos florais de origami confeccionados por Ana Miranda. O cerimonial foi conduzido por Daliana Miranda, inspirado em rituais celtas. Ceci vestia modelo assinado pela Boutique Espaço do Corpo e buquê em origami. O bufê foi do chef Júlio do Eclettico e doçaria do Buffet Sossego. Entre outros presentes, Mara Rúbia, Marise Vasconcelos, Eliane Dias, Elizete Maciel, Lúcia Barbosa, Ricardo Dutra e Cláudio Peralta. A mãe da noiva, Terezinha Miranda, e os pais do noivo, Gê e Ismael Magrani, eram só alegria. Resumindo, tudo estava impecável, pode-se assim dizer.
PEDRO OCTAVIO
33 anos de colunismo social
No dia 19 de abril, se casaram no Cartório de Registro Civil de Três Rios, Ceci de Miranda Fernandes e Lucas Magrani. Foram padrinhos dela, os irmãos Jorge Sereno e Pedro Guarani e a tia Iraci; os primos Raul de Miranda, Marcela e o namorado Cláudio Maurício, Isabel e Salo Maldonado, Luismar Leal, Mirian Reis, Aparecida Medeiros (amigos e integrantes do grupo Mobile), Juliana Bittencourt e o namorado Felipe. Dele, os irmãos Gabriela e Jefferson Magrani, e mais, Nati e Osvaldo, Roberta e Rodrigo, Marianne Mockdece e Cláudio. A simpática recepção foi no Restaurante Eclettico, que ganhou décor indiano, de
PEDRO OCTAVIO
Pedro Octavio C. Quintella
PEDRO OCTAVIO
FAMÍLIA As tias da noiva, todas Miranda: Daliana, Ana, Paula, Fátima e a mãe Terezinha
NOIVOS Ceci Miranda e Lucas Magrani no dia do casamento 118 Junho | Julho
CELEBRAÇÃO Os irmãos do noivo, Gabriela e Jefferson, Ceci, Lucas e os pais dele, Gê e Ismael Magrani
Prêmio APL
O consagrado cartunista sul-paraibano Ulisses Araújo participou da exposição “Traços pelos Direitos Humanos”, realizada na Associação Brasileira de Imprensa-ABI, no Rio. A mostra teve como curador Ivan Conzensa de Souza (filho de Henfil), que é presidente do Instituto Henfil, e reuniu os mais importantes cartunistas do país. Ulisses ganhou, ano passado, o “Prêmio Especial” do Salão
As atenções do mundo social e intelectual da Cidade Imperial estiveram voltadas para a solenidade do Prêmio da Academia Petropolitana de Letras - APL 2012, que tem na presidência a acadêmica Christiane Michelin e é um dos mais esperados e destacados de Petrópolis. A solenidade, em grande estilo, aconteceu na Concha Acústica do Museu Imperial, com a presença de acadêmicos, autoridades,
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CARTUNISTA Ulisses Araújo, um gênio na arte, reconhecido pelo talento
Internacional de Humor de Piracicaba-SP, que é classificado como um dos mais importantes e conhecidos do mundo. Aos sábados, mostra seu trabalho no Globinho, no “O Globo”. Congresso
As veterinárias trirrienses Patrícia Silva de Oliveira, da Vet Mania, e Marlen Luci Viana, da S.O.S. Veterinária, participaram, em Natal, Rio Grande do Norte, do 34º Congresso Brasileiro da Anclivepa. O professor Denilson Shikako fez a palestra de abertura. Entre os palestrantes, os professores Maria Clara Clarinda Fioravanti, Maria Luiza De Cápeo, Marco Augusto Machado e os americanos Jennifer Lauren e John Bonagura. O congresso é classificado como o maior evento técnico-científico da Medicina Veterinária da América Latina.
Gama – Entrerriense, e colocou à venda os estandes para o evento. Para fazer a reserva entre em contato através do telefone (24) 2252-1722 ou através do e-mail siclmerciotr@sicomerciotr.com.br
Voo Livre
REVISTA ON
Exposição – ABI
# É com grande prazer e muita honra que passo a fazer parte da equipe dessa prestigiosa revista, assinando a partir de agora uma coluna. Meu agradecimento ao diretor Felipe Vasconcellos e ao editor, jornalista Frederico Nogueira. # Rosângela e o empresário Marco Aurélio Rego Vaz (leia Posto Ipirangão) estiveram na Europa. Visitaram Madri e Lisboa e, em Roma, receberam o “O Prêmio do Milhão”, que tem o patrocínio da Ipiranga.
SOLENIDADE Revista On é homenageada pela 3ª vez neste ano
personalidades da sociedade petropolitana e da imprensa. O Duo Alberto Magno & Clayton Tesch abrilhantou a festividade juntamente com os atores Beta Machado e Mauro Xavier. Coquetel foi assinado por Buffet Toque de Requinte e Rotima Cerimonial. Foram mestres de cerimônia, a presidente da APL, Christiane Michelin, e o diretor de Relações Públicas e Cerimonial, o acadêmico Fernando de Souza da Costa. Entre os homenageados estava a Revista On, na categoria de homenagens especiais. Agradecemos a Academia Petropolitana de Letras, pela homenagem que nos foi prestada. Centro Sul Negócios
O Sicomércio-TR anuncia que está defina a data para a realização da maior feira de negócios do interior do Estado do Rio de Janeiro, que é o Centro Sul Negócios: 14 a 17 de agosto, no Estádio Odair
# A Rádio 87 FM, tem nova comunicadora. Trata-se da Tânia Mendonça, que está comandando o programa “Nosso Programa”, das 12h às 14h. Um sucesso. # Nasceu, dia 12 de abril, no Hospital Monte Sinai, em Juiz de Fora, Ális, filha da Eliane e do subsecretário de Saúde, Rafael Martello. Mais uma neta para Ana Maria Pessoa e para o neurocirurgião Rodolfo Martello. # Dicas: nunca se deve estender a mão, num restaurante, quando um amigo está à mesa. Uma saudação com a cabeça é suficiente, mesmo que se chegue perto para conversar. # Nas quadras do TENISESPORT de Juiz de Fora, foram realizadas as partidas finais do torneio de tênis, e os tenistas Nilson Tavares (O Tapa) e Talita Souza confirmaram a superioridade trirriense. O Tapa foi o vice-campeão da 3ª Classe e a Talita foi a campeã da categoria feminina. # Presidente da 14ª Subseção da OAB-TR, Sérgio de Souza participou do Colégio de Presidentes da Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Rio de Janeiro, que foi realizado no Hotel Vale Real, em Itaipava. revistaon.com.br
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VIAGEM CHECK-IN
A MURALHA QUE
DIVIDIU POVOS FOTOS ARQUIVO PESSOAL
Caminhar por aquelas muralhas de final inalcançável aos olhos e que guardam tanta história foi a realização de mais um sonho, talvez um dos momentos mais desejados de todas as minhas aventuras. A Grande Muralha da China, que fora construída no século 3 antes de Cristo com objetivos militares de proteção contra os ataques bárbaros, hoje tem função crucial no turismo do país e recebe visitantes de todo o mundo a fim de conhecer um pouco mais da história chinesa. Mais que uma das sete novas maravilhas do mundo, a Muralha é o símbolo maior de uma civilização milenar que tem muita sabedoria para dividir.
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Brasil,
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VIAGEM CHECK-IN
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ma construção que levou mais de mil anos para ser concluída não se trata de uma mera construção. Foi com esse pensamento que encarei horas intermináveis de voo para descobrir mais um dos grandes patrimônios da humanidade, a Grande Muralha da China. Confesso ter ido à China, mais precisamente a Pequim, com outros objetivos além da muralha, mas não posso esconder de ninguém que a cereja do bolo era a grande muralha. Sempre tive muita curiosidade em ver de perto aquele monumento gigantesco e tão antigo que o tempo, com seus caprichos, fez questão de manter vivo e representativo. Dados como os mais de 8.000 quilômetros de extensão, aproximadamente 10 milhões de trabalhadores mortos durante as obras e uma história iniciada no século 3 a.C. são apenas números perto da mística daquele imponente e infinito monumento. Ao chegar à capital da China, Pequim, minha grande preocupação era de que maneira eu conseguiria ir até a
Muralha, afinal não conhecia ninguém por lá, não tinha nenhum meio de transporte e não falava nada da língua do país, que ainda reluta um pouco à língua inglesa. Como sempre digo que Deus acompanha os viajantes, os meus planos começaram a se tornar concretos bem cedo. Assim que adentrei no albergue que havia agendado, tive o prazer de conhecer dois viajantes, uma suíça que estava desbravando a Ásia e um cidadão chinês que morava no interior do país e estava na capital visitando uns clientes. Era a formação de um trio de sucesso: eu, cheio de saúde para explorar; a suíça, com as coordenadas da ida para a muralha já traçadas e definidas; e o chinês, com o domínio da língua local. Daquele momento em diante, senti que o sonho realmente se tornaria realidade, não havia mais barreiras para que a expedição se concretizasse e em dois dias estávamos partindo em uma van para a região de Badaling, uma das principais portas de acesso a muralha. Era uma manhã quente e iluminada quando, após percorrer aproximados 70 quilômetros de estradas, chegamos às estruturas da muralha. Ao sair do carro, de cara pude avistar aqueles muros em formato de serpente cortando a vegetação nas montanhas. Foi de arrepiar
idadãos Contato caommac região que habit De chap do sol e éu para se esc onder scaldan te 122 Junho | Julho
aquele primeiro contato com ela. Naquela altura, estava extasiado e ávido por começar a percorrer os quase 10 quilômetros que nosso guia havia trilhado para a aventura. Assim, fomos percorrer as estruturas, que subiam e desciam em perfeita harmonia, na companhia daquele sol que parecia ser destinado somente a nós, de tão quente. Durante a caminhada, nosso guia ia dividindo histórias e curiosidades sobre a muralha, seu povo e sua cultura, fazendo com que a distância fosse facilmente esquecida e percorrida sem maiores problemas. Foram aproximadamente três horas de exploração, onde eu pude entender mais detalhadamente como aquela estrutura fora desenhada e construída por mãos humanas, em um tempo onde não existiam técnicas de engenharia. Ao questionar isso perante nosso guia, fui esclarecido com palavras de que a necessidade de se proteger contra ataques fez com que o povo se unisse e, coletivamente, se superasse como forma de manutenção do território e posterior sobrevivência. Sintetizei aquelas palavras com o mesmo entendimento do ditado “a união faz a força” e acabei por me certificar do poder da força humana. Antes de ir embora, ainda pude apreciar as tumbas da dinastia Ming, dinastia essa que foi responsável pelo principal período de expansão da muralha. Após esse dia inesquecível, ainda tive algumas boas surpresas na cidade de Pequim, que por sinal é lindíssima e culturalmente evoluidíssima, mas sensação como a que tive na muralha da China não sei se voltarei a ter. Recomendo mais essa aventura recheada de história aos leitores da Revista On. Nos vemos em breve para uma nova aventura!
Grande Muralha da China Construção Iniciada entre 221 e 210 a.C., no governo de Qin Shi Huang Extensão Aprox. 8.000 km Formato Uma grande serpente Objetivo Defesa militar Fronteiras Mar Amarelo e Deserto de Gobi
Localização Próximo de Pequim
Quando ir A melhor época para visitar as estruturas da Grande Muralha da China é entre os meses de maio e agosto, quando acontece a temporada de verão chinesa. Como chegar Voando pela companhia Tap. Para o trecho Rio de Janeiro x Pequim, com escalas em cidades europeias, o bilhete aéreo de ida e volta sai na média de R$ 4.300. Onde ficar Considerando essa viagem como uma perfeita oportunidade para uma experiência mochileira, indico um albergue que utilizei e recomendo a todos os tipos de viajantes pelo altíssimo nível da hospedagem. O albergue se chama Peking Youth Hostel e se localiza em Pequim, no endereço Nan Luo Gu Xiang – 113 no distrito de Dong Cheng.
Onde comer Há um leque de opções no mínimo exóticas, porém uma delas não tão diferente e muito gostosa. Estou me referindo ao pato de Pequim, uma iguaria local que é de dar água na boca. Recomendo o restaurante Dadong Roast Duck, localizado em Pequim. O que fazer Explorar a Grande Muralha da China por diferentes portas, podendo ter contato com os povos que habitam as cercanias da Muralha e ainda dedicar um tempo para conhecer os túmulos da dinastia Ming que se encontram na região de Tianshou. Antes de viajar Turistas brasileiros necessitam de visto consular para entrar no país. O visto para turistas é solicitado junto aos consulados da China no Brasil, têm validade de 90 dias para uso e de até 30 dias de estada com um custo de R$ 100 para uma entrada e de R$ 150 para duas entradas. Quem leva A empresa Betrip - Solução em Viagens. Para maiores informações sobre roteiros, datas e valores: (24) 8829-2645 ou www.betrip.com.br
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VIAGEM CARTÃO POSTAL
VELA, CHEGA DE NO ISTAMBUL! A
R VAMOS PA RAPOSO POR DIEGO
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DIEGORAPO
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a ponte de lácio Topiaki, temos reção à IsPa o o nd ce es D Bósforo com o a, seguimos em di á na confluência do foram escritas as Gálata e, cruzando el lá, ruas estreitas e íngremes Chifre de Ouro que história da antiga tambul moderna. De torre de Gálata que, do alto maiores páginas da mbul de hoje nos partem na direção da e uma bela visão em 360° Constantinopla. A Istassado rico e com dos seus 68m, oferec m um pa da cidade. lâl, nos coloca em contato co jovem. avenida-calçadão Istik e cosna e, nt e fre à te an go br Lo vi erna numa cidade uma Istambul supermod na Ásia, sobre esta pení Parte na Europa e parte tos famosos, caminhamos deparamos comeada de lojas da moda e bares conen ch sula coberta de monumimortal Aya Sofia, igreja bi- mopolita, re redor, se perca nas ruelas e becos que a Ao s: s. lo do cu rri sé quebra, co através dos ada em mesquita no guardam preciosidades arquitetônicas e, depela noirm fo ns tra 6 lo cu sé a no famosa zantina do esquita Azul, construíd s que tornam Istambul século 16, desafia a Mzar” a grandiosidade da pri- bares e clube Kat, no alto de um prédio com decoraséculo 17 para “rivalios dali temos o Palácio To- te, como o 5e uma vista de tirar o fôlego. meira. A alguns metr otomanos. O palácio guarda ção bacana ainda tiver tempo, não perca o palácio o. Se você piaki, lar dos sultões so harém onde eram “guardatesouros de cair o queix us se m co , çe rio ah cu lab o Yi e lm s ue Do seus tesouro s e quiosques do parq s. Ótisultão. Dos jardins io do lác s pa ão os irm a, os im e ac s re ais he M Bósdos” as mul afarizes, lagos e flore das mais belas vistas do diz com seus muitos chquenique! Ah, e claro, cruze do palácio temos uma a os dois continentes. ra um pi foro e da ponte que ligecer o tão famoso e animado ma opção pauma vez a ponte do Bósforo para ter o l é hispelo menos Não podemos esqu coração do Oriente gostinho de cruzar dois continentes! Istambuoderna! no o lh gu er m um r, za para Grand Ba smopolita, jovem e m jas. Reserve um tempo tória, é mulçumana, co com suas mil e uma lo . se perder neste universo
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VIAGEM DIÁRIO DE BORDO
Vanessa e Alexandre no Paquistão Paquistão Capital Islamabad População 190 milhões Localização Centro-sul da Ásia Clima Árido subtropical Moeda Rúbia paquistanesa
Como chegar
Voando Emirates até Dubai e depois até Lahore Antes de viajar
Visto necessário. Embaixada do Paquistão em Brasília. Quando ir
Evitar o inverno dos meses de novembro e dezembro e o Ramadan, período de jejum e orações muçulmano. 126 Junho | Julho
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m uma viagem a um Congresso em Las Vegas, conhecemos paquistaneses que manifestaram interesse em conhecer o Brasil. Após termos recebido os novos amigos em nosso país, ficou a promessa de retribuirmos a visita. No ano seguinte, quando comentamos que participaríamos de um evento de odontologia durante três dias em Dubai, fomos “intimados” a estender nossa viagem até o Paquistão. Assim, o que seria uma curta ida aos Emirados Árabes se transformou em uma exótica imersão em uma nova nação de cultura milenar. Voando do Rio até Dubai e de lá para Lahore são 17h30 de voo. O Paquistão, inimigo histórico da Índia, teve sua independência em 1947. Após disputas na região da Caxemira, posicionamento em favor Ocidental durante a Guerra Fria e aliança aos Estados Unidos na recente guerra ao terrorismo, o Paquistão apare-
Onde ficar
Pearl Continental Lahore (nos padrões do Copacabana Palace). Onde comer
Além da comida típica paquistanesa (Siri Pai Lahaore), pode-se encontrar restaurantes das redes mais conhecidas mundialmente. O que fazer
Visitar a Mesquita Badshahi, a fronteira Wagah com a Índia, forte de Lahore, museu de Lahore e o Jardim Shalamar
Construções h
istóricas
muitas rais m o c ís a P as cultu diferenç
ceu em nossos jornais com as históricas e turbulentas primeiras eleições civis. Para visitar o Paquistão convém que se preencham três requisitos básicos: conhecer alguém local, conhecer e respeitar a cultura muçulmana e escolher a estação do ano adequada. Conhecer alguém local facilita desvendar qualquer destino, mas um lugar com tantas diferenças culturais e mais de 15 dialetos locais exige um bom guia. A cultura muçulmana é um longo capítulo à parte e exige muito conhecimento e respeito. O Paquistão é uma nação islâmica. A visão ocidental do islamismo, que se resume a extremismos e homens-bomba, foram as primeiras perguntas que nos fizeram lá: “É isso que pensam de nós?”. O que nos chamou a atenção foi que eles sabiam muito de nós (Lula, Dilma, pró-álcool, Petrobrás, muito mais do que samba, futebol e Amazônia). Sua capital é Islamabad, mas nossa estada foi em Lahore, centro intelectual a minutos da Índia e uma cidade que não dorme. Os destinos milenares visitados são preciosidarevistaon.com.br
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VIAGEM DIÁRIO DE BORDO
des totalmente desconhecidas pelo Ocidente. Mesquitas nos moldes do Taj Mahal estão espalhadas pelo país e uma das universidades mais antigas da civilização se encontra nesta rica região de relevo e clima variados. Outro ponto conhecido do Paquistão é o K2, segundo monte mais alto do mundo. A Troca da Guarda na fronteira entre Paquistão e Índia é um show à parte de disputa entre as nações em clima de rivalidade hoje amistosa. A exótica gastronomia também marcou nossa visita e pudemos experimentar “iguarias” como o tradicional cérebro de carneiro. Tivemos a oportunidade única de sermos recebidos num lar paquistanês e não em um hotel. Conseguimos, assim, aprender parte dos valores dessa cultura que valoriza a família e o respeito aos mais velhos. Frases ditas por eles marcaram profundamente nossas almas: “Quando vocês nascem fracos e indefesos, seus pais cuidam de vocês. No Ocidente, depois disso, seus velhos ficam fracos e indefesos e vocês os abandonam em outros lares”. Isso explica a complexa estrutura familiar paquistanesa que segue moldes semelhantes ao indiano, ora estampada na novela Caminho das Índias, onde todos viviam juntos numa enorme casa. As experiências e cenas vistas iriam muito além das páginas dessa revista, mas o prazer em relembrá-las e contá-las aqui nos fez recordar com carinho dos amigos e de como fomos recebidos nesse país tão diferente de nós, mas com tantas grandes semelhanças...
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Noite
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Mesquita de B adshari
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ante a viagem Com um grupo dur
Cultura local
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SABORES
Goulash Húngaro
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m prato do século 9, o Goulash, Gulache, Gulasch (em alemão) ou Gulyás (em húngaro), é um prato criado pelos vaqueiros e pastores da Hungria. É um guisado de carne de vaca que, às vezes, se adiciona carne de porco cortada em cubos e frita em banha de porco ou óleo quente, juntando-se a cebola, o alho e as especiarias, e depois é cozida lentamente com água. Pode-se acrescentar uma colher de farinha de trigo para engrossar o molho.
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O autêntico Goulash era preparado com cebola, banha de porco, carne de vaca e de porco, páprica picante e doce e cominho, além da pimenta do reino. Originário da Hungria, logo se espalhou por toda Europa Oriental e até hoje é um prato conhecido e muito popular. Delicioso para os dias frios, pode perfeitamente ser adaptado por nós. O acompanhamento pode ser batata cozida, legumes cozidos ou mesmo o nosso conhecido arroz branco. Mais um prato simples dentre tantos que carregam a história de um povo.
INGREDIENTES
1 kg de acém ou alcatra cortado em cubos 2 colheres de manteiga ou banha de porco 2 cebolas médias picadas 2 dentes de alho socados 1 pimentão verde bem picadinho 2 colheres de sopa de páprica doce 1 colher de sopa de páprica picante 1 colher de farinha de trigo 1 pitada de cominho 1 kg de tomate em cubinhos, sem pele e caroço 1 lata pequena de extrato de tomate 2 litros de água
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MODO DE PREPARO
Em uma panela grande, frite a cebola, o alho e a carne na manteiga. Coloque a carne e frite bem com os temperos. Coloque as pápricas, cominho, pimenta e a farinha de trigo. Tempere com sal e coloque a água. Cozinhe em fogo baixo até a carne ficar macia e acrescente o tomate picadinho e o extrato de tomate. Cozinhe por mais 15 minutos. Cozinhe batatas ou legumes e sirva como acompanhamento. Rendimento: para 10 pessoas
Bernadete Mattos Consultora graduada em gastronomia bemattos1@gmail.com Luiz Cesar Apresentador do programa Papo Gourmet, no Canal 5 luizcesarcl@uol.com.br
Nikko Sushi revistaon.com.br
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SABORES
Codorna ao mel trufado a la Sandra Duclos Clima perfeito
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o dia 21 de junho começa a estação mais fria do ano. Sem dúvidas, o inverno é uma das estações mais aconchegantes. É a melhor época para curtir o frio nas montanhas, o fogo da lareira, o fondue, a raclete, sopas, caldos, vinho, queijos, pratos quentes e sobremesas flambadas. As pessoas ficam mais próximas, mais juntinhas. Nada melhor que reunir os amigos para um jantar e um bom papo. As noites de inverno ficam mais gostosas para dormir e relaxar! E claro... tem ainda a opinião de que as pessoas ficam mais elegantes. O que é inegável. Eu particularmente gosto do frio. Tudo que o inverno proporciona é bom demais! O inverno na Serra convida aos encontros, ao aconchego e aos sentidos. Companheiro é aquele que compartilha o pão. O espaço social e afetivo da partilha, do afeto, dos encontros, das delicadezas e de momentos inesquecíveis. O fato é que dessa delicadeza vem
mais poesia, mais cuidado, mais olho no olho e intimidade. Tão simples! Aqui, nas montanhas, nem venta nesses dias. Pode passar, como em câmera lenta, uma nuvem leve, frisada e branquíssima, muito alta, a lembrar os Alpes ou os Andes, talvez. E o céu é tão profundamente azul que parece ser ele o responsável pela quietude da vizinhança: talvez tenham parado um pouco para degustar desse azul, desse sol, do ar mais fino, mais limpo e puro. O melhor a se fazer é aproveitar todas as coisas que só podemos fazer nessa estação, não é? Esta receita de inverno surgiu na cozinha de Sandra Duclos. A codorna nos remete “ao eterno” festa de Babette. E como a gastronomia pode mudar as nossas experiências com pessoas, lugares e momentos... com a vida! “De todos os sentidos, não há nenhum outro mais delicado, nem mais necessário à vida do que o paladar”, Nicolas de Bornerfons.
INGREDIENTES FAROFA DE CASTANHAS
200g de castanha de caju picada 50g de manteiga 50g de bacon bem picado 2 colheres de sopa de farinha de rosca Rendimento: 4 porções MODO DE PREPARO
Refogue o bacon até dourar, escorra a gordura. Leve novamente ao fogo e acrescente a manteiga, deixe caramelizar. Coloque as castanhas picadas e a farinha de rosca, misture bem. Tempere com sal e pimenta do reino a gosto. Reserve. Rendimento: 4 porções INGREDIENTES CODORNAS
4 codornas limpas e evolvidas com 1 fatia de bacon Sal e pimenta do reino a gosto 500 ml de vinho branco 100 ml de água filtrada 1 ramo de alecrim 1 colher de sopa de alho porro picado 200 ml de mel trufado 4 pimentas de biquinho Papel alumínio Barbante MODO DE PREPARO
Tempere as codornas com sal e pimenta. Recheie com a farofa de castanhas e amarre as peninhas com barbante. Coloque as codornas em uma assadeira e acrescente o vinho, a água, o ramo de alecrim, o alho porro picado e cubra a assadeira com papel alumínio. Leve ao fogo por 30 minutos a 180 graus. Retire o papel alumínio e leve novamente ao forno até dourar. 132 Junho | Julho
INGREDIENTES ARROZ NEGRO
120 g de arroz negro Água fria (três vezes o volume do arroz) 2 colheres de sopa de azeite 1 colher de sobremesa de cebola picadinha Sal a gosto Raspas de limão taiti
INGREDIENTES PURÊ DE MANDIOQUINHA
400 g de mandioquinha 200 ml de água 100 ml de creme de leite 1 colher de chá de manteiga Sal e pimenta do reino a gosto MODO DE PREPARO
MODO DE PREPARO
Disponha a codorna em um prato e espalhe por cima o mel trufado. Coloque o purê de mandioquinha e o arroz negro com as raspas de limão. Decore com a pimenta de biquinho e um ramo de alecrim.
Em uma panela coloque a mandioquinha e a água, deixe cozinhar por 15 minutos ou até ficar macia. Coloque a mandioquinha cozida em um processador e processe até obter uma consistência pastosa, leve novamente ao fogo e acrescente o creme de leite, a manteiga, o sal e a pimenta a gosto. Cozinhar por cinco minutos. Reserve! RECEITA DE INVERNO EM HOMENAGEM A SANDRA DUCLOS
Barão Chef do restaurante Barão Gastronomia & Eventos, indicado e recomendado pelo Guia Quatro Rodas 2012 e 2013. www.baraogastronomia.com.br Facebook.com/baraogastronomiaeventos contato@baraogastronomia.com.br
HENRIQUE MAGRO
Refogue a cebola com o azeite até dourar, acrescente o arroz negro e misture bem com a cebola. Despeje lentamente a água e tempere com sal a gosto. (calcule 10g de sal por litro de água) O tempo de cozimento varia de acordo com a qualidade do arroz. Uma média de 15 a 25 minutos de cozimento
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GUIA
Cinema
DVD
ODEIO O DIA DOS NAMORADOS (MAURÍCIO FARIAS - 2013)
JOÃO BOSCO 40 ANOS DEPOIS
THE ROLLING STONES CHARLIE IS MY DARLING
João Bosco comemora 40 anos de carreira com uma reunião de sucessos e convidados especiais, como Chico Buarque, Milton Nascimento, João Donato, Roberta Sá, Toninho Horta, Trio Madeira Brasil e Cristóvão Bastos.
Filmado durante um fim de semana na Irlanda após “Satisfaction” alcançar o primeiro lugar das paradas, “Charlie is My Darling” é um diário íntimo por trás das cenas da vida na estra da com os jovens Rolling Stones.
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No longa, do mesmo diretor de “De pernas pro ar” e “Até que a sorte nos separe”, Débora (Heloísa Périssé) precisa criar uma campanha romântica no Dia dos Namorados. Seria fácil, se ela não fosse a pessoa menos sentimental do mundo e se o cliente não fosse Heitor (Daniel Boaventura), ex-namorado que ela dispensou. Em meio a esse desafio, ela recebe a visita do fantasma de seu amigo Gilberto (Marcelo Saback), que tem a dura missão de amolecer seu coração de pedra, obrigando-a a rever sua vida e descobrir o que as pessoas pensam dela de verdade. O elenco também conta com Fernando Caruso, André Mattos, Danielle Winits, Daniele Valente, Júlia Rabello e o rapper MV Bill. O roteiro é assinado por Paulo Cursino.
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