FB | Revista On Petrópolis #08

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#8 Direção Felipe Vasconcellos (felipe@fiobranco.com.br) Financeiro Sabrina Vasconcellos (sa@fiobranco.com.br) Juliana Brandelli (juliana@fiobranco.com.br) Coordenação Bárbara Caputo barbara@fiobranco.com.br (24) 8864-8524 Edição Aline Rickly (aline@fiobranco.com.br) Redação Frederico Nogueira (frederico@fiobranco.com.br) Rafael Moraes (rafael@fiobranco.com.br) Novos negócios Petrópolis: Ingrid Rizzo ingrid@fiobranco.com.br (24) 8862-8528

Editorial

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com muito orgulho que apresentamos aos nossos leitores a oitava edição da Revista On Petrópolis! Desta vez, uma figura marcante com uma personalidade forte e determinada está presente na capa e na editoria Inspiração. Com simplicidade e gentileza, após troca de torpedos, ligações e e-mails, o deputado federal Hugo Leal recebeu a Revista On, na sua casa, em Nogueira, onde revelou sua história, formações acadêmicas, trajetória política e sonhos para o futuro. Segundo ele, o céu é o limite e você tem acesso ao conteúdo detalhado nas próximas páginas. Esta edição conta a carreira do Mestre Ivo. Carnavalesco desde criança, ele fala um pouco sobre sua paixão pela escola de samba Imperatriz Leopoldinense e sua devoção a São Jorge. Você vive na correria de estudos para o concurso? Confira dicas de profissionais especializados na área e dos concurseiros de plantão. Ao virar as páginas, temos as tendências dos óculos escuros com o retorno do estilo retrô, o dom de criar da artesã Silvia Vilela, a importância do diagnóstico precoce no autismo e a lembrança dos saudosos tempos, quando os bailes de carnaval de Petrópolis eram ícones no país. Acha que acabou por aí? Tem colecionador de perfumes, futebol americano e dicas de vinhos para consumir no verão. Aproveite o conteúdo enquanto nós pensamos na próxima edição! Boa leitura!

Alexandre Seabra alexandre@fiobranco.com.br (24) 8852-8529 Três Rios: Tamiris Santana tamiris.santana@fiobranco.com.br (24) 8843-7944 Criação Felipe Vasconcellos (felipe@fiobranco.com.br) Neílson Júnior (neilson@fiobranco.com.br) Robson Silva (robson@fiobranco.com.br) Estagiária Tatila Nascimento (tatila@fiobranco.com.br) Colaboração Eduardo Jorge (eduardojorge.com@gmail.com) Helder Caldeira (helder@heldercaldeira.com.br) Heverton da Mata (heverton@fiobranco.com.br) Leticia Knibel (leticia.knibel@fiobranco.com.br) Roberto Wagner (rwnogueira@uol.com.br) Foto de capa Ezio Philot/Cia Fotográfica Distribuição Gratuita e dirigida em Petrópolis, Itaipava, Nogueira, Corrêas, Pedro do Rio e Posse. Também à venda nas bancas. Tiragem 5.000 Fiobranco Editora Rua Prefeito Walter Francklin, 13/404 | Centro | Três Rios - RJ | 25.803-010 Telefone (24) 2252-8524 Email sac@revistaon.com.br Portal www.revistaon.com.br Impressão WalPrint

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Opinião

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Carreira

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Educação

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Estilo

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Inspiração

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Eu sei fazer

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Saúde

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Cotidiano

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Papo de colecionador

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Esporte

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Gastronomia

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Viagem

ÉZIO PHILOT

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SHUTTERSTOCK

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ANA CLARA SILVEIRA

Índice

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OPINIÃO

Pérola Tinha vergonha daquela vida miúda, despretensiosa, vivida por ambos. Não os compreendia e pensava consigo: − viver é isso?

Roberto Wagner rwnogueira@uol.com.br

Roberto Wagner Lima Nogueira é procurador do município de Areal, mestre em Direito Tributário - UCAMRio, advogado tributarista .

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abe o leitor o que lhe trago aqui? Uma pérola. Não acredita? Leia. Oliveira papeava com seu amigo. Falavam sobre a vida e suas perspectivas. O amigo já decidira seguir a profissão do pai, comerciante. Oliveira não, não desejava seguir a vida medíocre de seus pais, funcionários públicos aposentados da prefeitura de Tombos. Oliveira sonhava alto. Pensava em estudar, fazer mestrado, doutorado, mudar o mundo, “deixar rastro” como sugere São Josemaria Escrivá de Balaguer em “Caminho”. Assim o fez, dedicou-se aos estudos, obteve disputadíssima vaga em uma universidade federal e seguiu, após, para fora do país. Nas férias, visitava os pais na pequena cidade de Tombos e tinha vergonha daquela vida miúda, despretensiosa, vivida por ambos. Não os compreendia e pensava consigo: − viver é isso? Oliveira criou uma empresa que exportava produtos de informática de Xangai para o Brasil. Enriqueceu, teve filhos, casa na Europa, carros, lanchas e muitos atrativos do mundo moderno. Viveu um amor fortíssimo com uma francesa com quem teve seus dois filhos. A crise econômica de 2008 colheu Oliveira no auge de seus investimentos, a turbulência foi violenta e em poucos meses seus negócios ruíram. Separou-se da mulher e os filhos ficaram com ela em Nice, na França. Oliveira adoeceu e voltou ao Brasil. Endividado e já passando da meia idade, Oliveira veio tratar de sua doença próximo dos pais. Tratava em hospitais na grande Belo Horizonte e nos finais de semana ia para Tombos visitar seus pais, bastante idosos nesta ocasião. Dos negócios antigos só restaram dívidas impossíveis de serem pagas. Os filhos já adultos raramente faziam con-

tato, não tiveram uma boa relação na juventude com o pai, sequer o conheciam a fundo, aliás, nem ele a si mesmo. Longe de um passado que não mais voltava, Oliveira abriu uma pequena lojinha de comércio em Tombos. Apaixonou-se por Luana, psicóloga da prefeitura e foram morar juntos na casa dos pais de Oliveira. Seus pais faleceram e na casa passaram a morar apenas ele e Luana. A rotina do casal era espartana, Oliveira abria seu comércio às 8h invariavelmente e Luana começava a atender no município às 11h, de segunda à quinta. Almoçavam juntos em um restaurante da cidade e às 18h ambos já estavam em casa. Finais de semana gostavam de cozinhar em casa. Os sonhos de deixar marcas no mundo foram esquecidos. Oliveira agora só queria deixar marcas no coração de Luana e conhecer o seu próprio coração. Amava e era amado, sentia uma imensa falta de seus pais. Caminhavam juntos de mãos dadas, adorava rever as fotos do álbum de família de seus pais e curtia cada cantinho de Tombos. Sua alegria maior era o dinheirinho que tinha para comprar seus remédios, pagar a farmácia em dia, comer quando tinha fome e ler bons livros que chegavam à única e modesta livraria da cidade. A simplicidade de Luana era a sua paixão e alimento cotidiano. Oliveira, a partir de Luana, católica convicta, reaproximou-se um pouco da religiosidade, no entanto, gostava mais de visitar a Igreja quando estava vazia. Para ele as pessoas atrapalham a religião, assim naquele vazio de assentos e imagens, aproveitava para ler Schopenhauer e Nietzsche. Oliveira era assim, inteiro, paradoxal, humano: uma pérola.

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OPINIÃO

Desqualificação geral

Helder Caldeira helder@heldercaldeira.com.br

Helder Caldeira é escritor, articulista político, palestrante, conferencista, colunista do portal Revista On e autor do livro “A 1ª Presidenta”, primeira obra publicada no Brasil com a análise da trajetória da presidente Dilma Rousseff e que está entre os livros mais vendidos do país em 2011. É apresentador do quadro “iPOLÍTICA” com comentários nos telejornais da afiliada da Rede Record em Mato Grosso.

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primeiro artigo do ano deveria ser inspirador de sentimentos nobres, ainda que sobre política, que no Brasil é um assunto nauseabundo. No entanto, penso que devemos começar 2013 lançando os olhos sobre uma realidade que vem sendo mascarada pelos governos e pela própria população: o contrassenso da desqualificação brasileira em pleno século 21. Ao contrário do que bradam a presidente da República e os micos de circo que gravitam nas cercanias palacianas, é cada dia maior o abismo entre a pobreza que continua a crescer e a riqueza cada vez mais concentrada. Cumpre alertar que não se trata de um discurso marxista anacrônico. É apenas a realidade do país, nua e crua. Há mais de um século nenhum dos governos investiu na educação como pilar do desenvolvimento do país, sustentáculo da nação. As prioridades dos presidentes eram outras e prevaleceu a máxima: manter a população ignorante facilita o acessos dos larápios ao poder. A situação ficou bem pior na última década, desde a ascensão à Presidência do metalúrgico semialfabetizado e seus asseclas despudorados. Muito além de enfiarem as mãos nos cofres públicos, registrando os maiores assaltos e escândalos de corrupção da história recente, ficou estabelecida a sensação generalizada de que qualquer um, ainda que sem mínima qualificação, poderia “chegar lá”. Há dez anos, o próprio Lula da Silva utilizava esse discurso para tentar dar legitimidade aos seus primeiros dias como presidente do Brasil. Criou a lorota das sucessivas tentativas de “golpe das elites” e inundou o país com programas assistencialistas pedestres, molhando a mão dos miseráveis com esmolas mensais em troca de índices duvidosos de popularidade. Entregou para Dilma Rousseff uma nação desgovernada, à beira da falência, com a democracia frouxa e

um sem fim de obras malfeitas, inacabadas ou absolutamente inexequíveis. Mas o discurso governamental será sempre outro, o ilusório: “o Brasil vai muito bem, obrigado!” Para resumir a ópera, façamos uma rápida observação no dia a dia do brasileiro comum, mergulhado na nova classificação de “Classe Média” (que hoje significa apenas: “pobre motorizado e com dívidas até o pescoço”). O que acontece quando você precisa de um pedreiro, um marceneiro, um vidraceiro ou algum técnico que possa realizar instalações elétricas, hidráulicas e de telefonia e internet em sua residência? A resposta é uma só: é cada dia mais difícil encontrar um profissional qualificado que possa executar esses serviços básicos com mínima qualidade. Isso sem falar nos preços impraticáveis que os poucos bons profissionais que restaram cobram pelos seus serviços. Como não investimos na obrigatoriedade da qualificação técnica, uma massa que se iludiu com as promessas babilônicas de “facilidades” de Lula da Silva acabou ficando sem rumo diante da alta tecnologia e da concorrência frontal dos profissionais (bem mais preparados e estudados) de outros países em crise que estão desembarcando no Brasil em busca de emprego. Daí, já começa a onda: o bom pedreiro fala espanhol; o melhor encanador tem forte sotaque britânico e o melhor instalador de antenas vive vermelho feito tomate e, nem de longe, sua cútis revela a antiga palidez escandinava. Aos diletos brasileiros restou a desqualificação geral e o português mal falado, muitas vezes nunca escrito. E se você, caro leitor ou leitora, acha que estou sendo muito duro e radical nesta coluna, aguarde mais alguns anos, talvez meses. Por pior que possam parecer minhas palavras, prevalece o inexorável: discursos lulistas não sedimentam uma nação. Ao contrário: afundam-na.


Cara de pau e lixo Eduardo de Oliveira eduardojorge.com@gmail.com

É jornalista, mestre em ciência política e coordenador do curso de jornalismo da Universidade Estácio de Sá (Campus Petrópolis).

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as últimas semanas de 2012, alguns municípios brasileiros passaram a enfrentar um mesmo problema: a coleta de lixo irregular ou inexistente. Em nosso Estado, a situação em Duque de Caxias foi a mais comentada na imprensa – mas Petrópolis também entrou na lista dos mais sujos. Nas últimas semanas, os caminhões de coleta limitaram-se a passar nas ruas principais ou, então, simplesmente desapareceram de alguns bairros. Não se trata de uma opinião, avaliação ou “intriga da oposição”: o lixo esteve lá, em todo lugar, fazendo proliferar ratos e insetos. Tanto pior que ele se acumule na época de chuvas fortes, provocando mais transtorno. Aí o cidadão se pergunta: se a coleta aconteceu regularmente durante três anos e vários meses, porque deixou de ser eficiente justamente no fim de um mandato? Se os responsáveis tivessem alguma coisa a dizer, decerto iriam apresentar algum bom motivo ou desculpa: problemas na terceirização do serviço; problemas de pessoal; questões burocráticas; falta de dinheiro; problemas nos caminhões; ou (essa é boa) o fato de no fim do ano o consumo aumentar, devido ao Natal, provocando mais produção de lixo. Em Petrópolis, usaram até mesmo de sublimação, de espécie “delubiana” ou “genoínica”. Segundo matéria de um telejornal local, que mostrava imagens das toneladas de lixo não recolhido nas ruas, o departamento responsável pelo

serviço informou que “a coleta segue acontecendo regularmente”. É preciso ser muito cara de pau. O mais curioso é que, seja qual for o motivo que provocou o acúmulo de lixo nas ruas, ele terá sido determinante, ora veja, justamente no “finzinho” de um mandato. Os brasileiros já viram esse filme: quando um prefeito não se reelege nem faz sucessor, é “normal” que, por uma cansativa coincidência, vários serviços da prefeitura deixem a desejar no fim de seu governo. Mas o que realmente falta, nestes casos, não são caminhões, funcionários ou dinheiro. O que realmente falta, neste caso, é responsabilidade, honestidade, hombridade. Afinal, quando um prefeito deixa, propositalmente, problemas para um sucessor que é adversário político, não atrapalha o governo seguinte – afeta a cidade inteira. O problema do lixo é apenas um exemplo do que pode acontecer na saúde, na educação e em outros departamentos. E sempre haverá um motivo sensacional para justificar estes descasos. Mas uma administração deliberadamente ruim e suas desculpas esfarrapadas se justificam por um único motivo: a falta de “vergonha na cara”, como dizia minha avó. Para os prefeitos que entram, fica o desejo de boa sorte na resolução dos problemas que herdaram. Principalmente dos problemas que poderiam ter sido evitados. E que tenham vergonha na cara de não repetir seus antecessores no quesito da cara de pau.

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UMA HOSPEDAGEM

BOA PRA CACHORRO FOTOS REPRODUÇÃO

Para quem precisa viajar por um dia, uma tarde ou até um mês inteiro e não pode levar o cachorro, a Auspedagem do Bosque é a solução ideal para ter a certeza de que seu melhor amigo estará sendo muito bem cuidado enquanto você está longe.

A AULA DE NATAÇÃO Para os que gostam ou precisam emagrecer são incluídas as aulas na piscina

paixonada por cães, a empresária Christiana Bonorino montou, há seis meses, o empreendimento que faltava em Itaipava. Trata-se de uma hospedagem para cachorros, onde o diferencial é o carinho e a atenção que são oferecidos pela empresária. Além de cuidar dos animais, ela também oferece o serviço de adestramento, contribui para a socialização dos cães e ainda disponibiliza a prática de exercícios físicos. Com um espaço no bosque de 600 metros quadrados, a Auspedagem oferece todo o conforto que um cão merece. “O nosso objetivo é atender as necessi-

HORA DA BOLINHA A programação do dia segue uma agenda que incluem várias atividades


LOBA Pastora suiça treinada por Christiana que foi campeã na exposição de 2012 - Ninhadas disponíveis em abril.

dades do cliente, oferecer o espaço aos animais, promover a sociabilidade entre eles e o cuidado diário”, diz Christiana. Para os cachorros que precisam emagrecer, ela inclui no dia a dia a aula de natação e além disso, existe a “hora da mangueira” e a “hora da bolinha”, onde os animais brincam, correm, sobem e descem uma pequena ladeira, praticando exercícios. Antes de dormirem são escovados para ficarem limpinhos. A empresária ajuda a educar os cães mas cita a importância de “deixar o cachorro viver como cachorro e ter amigos da mesma espécie”. Ela diz que a humanização dos animais é prejudicial para eles, o que não quer dizer que ele não possa ser paparicado. “Você pode fazer carinho, brincar, mas deve ter a dosagem certa. Um cão mimado demais não consegue entender que é um cão”, comenta. A empresária também oferece o serviço de adestramento, no qual os animais ficam por dois meses na Auspedagem e são treinados duas vezes por dia. Assim, os donos podem ir visitá-los e recebem dicas e treinamento para lidar com os cães. “Um cachorro educado e adestrado proporciona prazer em sair com ele”, afirma. Para Christiana, cada raça tem uma particularidade e é preciso saber lidar com cada uma delas. “O adestramento educa para que o cachorro possa ser companheiro do dono”, argumenta.

O sucesso do estabelecimento se comprovou no final do ano, quando Christiana recebeu 40 hóspedes. “Os cachorros pequenos coloco para dormir em quartos, não misturo com os grandes. Todos eles se adaptam ao espaço e ficam muito bem aqui, pois são bem tratados e vivem cada dia intensamente”, diz. Para mostrar a satisfação dos animais, a empresária faz um acompanhamento de fotos e filmagens e envia diariamente para os donos. A Auspedagem trabalha com pacotes de adestramento e proporciona o sistema “Day care”, que funciona como uma creche. “Esse pacote oferece um dia de lazer, onde o cachorro chega às 9h e sai às 17h. É uma boa maneira de socializar, cansar e divertir e válida para quem não tem tempo de brincar durante o dia com o cão”. Também tem o pacote de ades-

REPOUSO A estrutura ideal para a estadia do seu cão

tramento individual, no qual o amiguinho fica de 40 a 60 dias hospedado e tem aulas sozinho, e o pacote de grupo, que reúne dez pessoas ao mesmo tempo em oito aulas que acontecem aos sábados e domingos de 8h às 12h. “É uma forma de ensinar o próprio dono a adestrar seu cachorro”, diz. O adestramento básico consiste em ensinar o que é necessário para o dia a dia, como o ‘junto’, ‘senta’, ‘deita’, ‘fica’ e ‘aqui’, que são indispensáveis para este companheiro ser um escudeiro fiel. A Auspedagem do Bosque também adestra cães para pista e conta com o handler José Candido (profissional que cuida e prepara cães para exposições com experiência há mais de 15 anos no ramo). “O pacote de adestramento é definido depois de conhecermos nosso cliente, pois cada raça e cada idade tem uma forma

A Auspedagem do Bosque oferece todo o conforto que um cão merece. de aprendizado que pode demandar mais ou menos tempo, mas não existe cão não adestrável”, garante Christiana. Hélio Dias Vieira hospedou seu Golden Retriever, chamado Hammer, por dois meses pela primeira vez e gostou do serviço. “A Chris é apaixonada por animais e isso faz com que eles sejam extremamente bem tratados. Ela se apega e cuida deles”, diz. Posteriormente, o Hammer passou um mês para ser adestrado para exposições. “Eu indico a Auspedagem porque vi o tratamento que meu cachorro recebeu”, afirma. Para hospedar seu animal de estimação, algumas exigências são feitas pela Auspedagem, como estar com a carteira de vacinas em dia. “O animal deve estar vermifugado e com controle de carrapatos e pulgas, além de trazer a própria ração. Também é feita uma entrevista para conhecer um pouco do dono e do hóspede”, conta a proprietária. Como forma de prevenção, a piscina do local é cercada e os cachorros só podem entrar nela acompanhados da proprietária. De acordo com Christiana, um cão, quando é estimulado a brincar, correr e praticar esportes, gasta energia de forma lúdica e divertida, assim fica calmo o resto do dia e consegue descansar sem fazer travessuras em casa!

Estrada União e Indústria, 8125 Alameda F, casa 332 - Bonsucesso chrisvet@gmail.com Tel: (24) 2222-8495 Cel: (21) 7839-7205 www.facebook.com/auspedagemdo.bosque


CARREIRA

O MESTRE DA

FOLIA POR ALINE RICKLY

FOTOS ARQUIVO PESSOAL

“Estão querendo tirar meu nome do samba, tirar meu tempo de bamba, dizendo até que eu já me despedi, mas ainda não chegou minha vez de ir embora... Canto mais um samba, que é pra todo mundo ver, a minha bandeira do samba, Deus ajuda a defender...”

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enito di Paula é um dos ídolos de Ivo Mendes da Silva, ou o “Mestre Ivo” como é conhecido na cidade do samba e pelos petropolitanos. Um sujeito que não tem preconceitos, vive com alegria nos olhos e a satisfação de ser carnavalesco. Ivo é do tipo que faz amigos por onde passa, seja na fila do banco, no elevador ou simplesmente caminhando pelas ruas. Nascido em 1965, no morro do Cantagalo, na zona Sul do Rio de Janeiro, se mudou para Petrópolis em 1982 e já era apaixonado pelos batuques das escolas de samba. “Quando era criança brincava na rua com balde, caixa de leite em pó e barbante. Eu e os meus amigos saíamos pela rua batucando”, lembra. Quem também se recorda desta ocasião é sua mãe, Francisca de Oliveira da Silva, a Chica. “Ele sempre gostou muito de carnaval. Quando tinha uns cinco anos já colocava os amiguinhos da rua para tocar e fazia um bloco”, conta. Francisca acha que o filho a puxou, pois também gosta das marchinhas carnavalescas. “Ele acordava e dormia pensando em carnaval. O negócio dele é realmente o samba. O Ivo sempre foi simples, humilde e a alegria da casa”, comenta a mãe orgulhosa. O carnavalesco já passou por blocos como o “Sufoco de Olaria” e o “Cacique de Ramos”, ambos quando ainda morava no Rio. Mas, sua grande paixão 14

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é o Grêmio Recreativo Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense, na qual participa desde 1980, quando entrou como baterista e também foi ritmista. Quando se mudou para a cidade imperial, descia para o Rio todos os dias. Na ocasião, se formou em músico percussionista, mestre de bateria e diretor de harmonia. “Já em Petrópolis, fui mestre da bateria do Grêmio Recreativo Unidos da 24 de Maio. A escola me acolheu como se eu tivesse nascido aqui e pude mostrar meu trabalho aos petropolitanos”, conta. Em 2000 fundou o Grêmio Recreativo Escola de Samba Mirim da Cidade Imperial para trabalhar com as crianças. “Na escolinha temos, em média, 1.000 crianças e é um sucesso. É um projeto que atua

dentro das escolas municipais depois das aulas tradicionais e também engloba a capoeira e o balé”, afirma. Para o mestre, esta é uma forma de retirar essas crianças da rua e fazer a inclusão social. “Além de ser uma maneira de ensinar o samba, que é uma das raízes do Brasil”. Em 2010, Ivo foi eleito presidente da LEBOP (Liga das Escolas de Samba e Blocos de Petrópolis) e é representante do Conselho Municipal de Cultura da cidade no segmento de samba e carnaval. “O samba para mim é cultura, amor, alegria, carinho e respeito, além de ser a minha vida. Neste ramo conquistei a credibilidade que dinheiro nenhum compra”, enfatiza. O carnavalesco diz que é extremamente organizado e considera ter cons-

FILHO DE PEIXE, PEIXINHO É! Ivo (à direita) com o filho Iverson que também adora um samba

AMIGOS O mestre da folia tem grandes amizades como do cantor Arlindo Cruz


truído um legado em Petrópolis. “Eu vivo o carnaval com orgulho porque ele é harmonia, integração. O samba a gente disputa na avenida, depois é festa e confraternização”, destaca. Sobre a situação atual da festa da folia em Petrópolis, o mestre afirma que precisa ser revista. “O carnaval está muito grande, dividido e a cidade não comporta. É preciso fazer projetos com planejamentos sobre a festa”, sugere. Animado, ele conta que na cidade do samba fez amigos como Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz e Bezerra da Silva. “Conheço todo mundo que faz parte do samba”, diz. Pai de dois filhos, Ivo ressalta que sempre foi muito sozinho, mas teve uma vida digna e de muito trabalho. Devoto de São Jorge, ele ressalta que seus figurinos sempre são camisas do santo ou de alguma escola de samba. O filho mais velho, Iverson Frederico Mendes da Silva, considera o pai um exemplo e o acompanha sempre. “Ele me ensinou a ser correto, trans-

ESCOLINHA MIRIM Mestre Ivo comanda as crianças no carnaval de 2004 na Rua do Imperador em Petrópolis

parente e honesto. Meu pai é agitado, mas ajuda em tudo e é muito atencioso. Posso dizer que nasci no samba e fui criado nas festas”, conta. A esposa, Cristiane Maria de Souza, com quem Ivo está há seis anos, diz que ele tem uma personalidade forte e é muito decidido no que faz. “Nos conhece-

mos, coincidentemente, no samba. Ele é hiperativo, não para, está sempre procurando algo para fazer”, declarou. E é com esse jeito animado de ser que Ivo segue sua carreira no carnaval. A canção que introduz essa matéria mostra que o mestre vai ficar com seu samba e, no bom sentido, é mesmo “osso duro de roer”.


EDUCAÇÃO

À ESPERA DE UM EDITAL

POR FREDERICO NOGUEIRA

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No primeiro semestre de 2012, a Caixa Econômica Federal registrou mais de um milhão de candidatos inscritos em seu concurso para formação de cadastro de reserva para o cargo de técnico bancário, com exigência de nível médio. A procura por concursos aumenta a cada ano no país. Bons salários e estabilidade estão nos maiores motivos da busca. Mas, com tanta concorrência, como conseguir uma vaga?

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uem nunca parou em uma banca de jornal e se deparou com exemplares chamativos da “Folha Dirigida” noticiando vagas em concursos e editais abertos, que atire a primeira caneta esferográfica preta ou azul. Institutos, bancos, estatais, prefeituras, tribunais, entre outros são as metas de quem passa horas analisando provas antigas e sonhando com o futuro. Priscila Novo de Sousa tem 32 anos e pretende prestar concurso para o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) por gostar de direito do trabalho e pela boa remuneração. A dedicação aos estudos, segundo ela, poderia ser maior, mas outras atividades a impedem que seja assim. “Estudo entre uma e duas horas por dia, mas gostaria de me dedicar em tempo integral, pelo menos dez horas, mas o trabalho e a faculdade me consomem boa parte do tempo”. Este não será o primeiro concurso de Priscila. Ela já participou de vários e, classificada, conquistou as vagas

EXPERIENTE Priscila quer subir com calma os degraus para atingir seu objetivo

PROFESSOR Para Fabrício Rezende, a dedicação aos estudos é fundamental

disponíveis, como no IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Faetec e Prefeitura Municipal de Três Rios. Enquanto cursa direito, encara a

universidade como um tempo valioso para as tentativas de conseguir a sonhada vaga. “Nos primeiros que me inscrevi, foi devido à remuneração. Depois vi

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EDUCAÇÃO

que poderia subir degrau por degrau e comecei a fazer pensando na estabilidade, para ter calma e estudar em longo prazo, que é o que faço agora, pois considero minha faculdade como um período ideal para tentar o concurso”. Bacharel em direito, Fabrício Rezende é servidor concursado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro e trabalha há oito anos com turmas preparatórias para concursos públicos. Ele garante que um erro dos interessados em concursos é buscar os estudos apenas quando o edital é publicado. “Sempre há procura por aulas, mas ela torna-se mais alta nesses períodos. Porém, a preparação requer algum tempo”. Com o edital recentemente publicado do TRT-RJ, é com uma turma voltada para este concurso que Fabrício trabalha atualmente. Os que passarem receberão remuneração mensal superior aos R$ 4.000. “Certamente os alunos procuram, em grande parte, o binômio estabilidade-remuneração. Na esfera pública, o servidor tem garantia de permanência no serviço. Ademais, em geral, sua remuneração é melhor àquelas pagas pela iniciativa privada”. Com a experiência adquirida, Priscila já sabe onde precisa evoluir. “Tenho dificuldade nas questões de língua portuguesa, por incrível que pareça. O que deveríamos saber mais é o que mais tem derrubado candidatos. Sempre que posso, faço aulas com uma professora sobre esta matéria, especificamente”. Porém, estudar e passar em concursos não estão ligados apenas a este “saber” humano. É necessário conseguir driblar o nervosismo. “Hoje não costumo deixar a tensão tomar conta. Com o tempo diminui. Já sei que se não for dessa vez será na próxima e, como tenho a pretensão de fazer provas de peso no futuro, sei que o nervosismo pode atrapalhar muito”, revela Priscila. E, se você ainda não fez provas para concursos, mas tem interesse, acostume-se: na maioria dos casos a primeira prova não é a última. “O candidato deve ter em mente que a aprovação em concurso público requer tempo e dedicação. As chances de aprovação começam a surgir após dois ou três anos de muitos estudos. Um 18

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candidato aprovado no primeiro concurso é muito incomum. E a maioria desiste quando não consegue. Nós, professores, temos outro papel muito importante, que é o de motivar após alguns ‘fracassos’. Mas a maior motivação surge quando os alunos veem um colega aprovado e notam

“As chances de aprovação começam a surgir após dois ou três anos de muitos estudos”, professor Fabrício Rezende

que a realização do sonho é possível”, conta Fabrício que deixa, ainda, uma dica. “Como os editais de concursos são publicados dois ou três meses antes das provas, o candidato deve estudar antecipadamente, utilizando editais passados”. O sonho e a dedicação já fazem parte do cotidiano da agente de negócios Sonilda Araújo há alguns anos. Pós-graduanda em direito privado em Petrópolis, ela já entrou no curso superior com o objetivo de

PROJETO DE VIDA Para não perder tempo, Sonilda estuda até quando vai ao mercado

prestar concurso, “nunca pensei em exercer a advocacia. Mas você faz a faculdade e não aprende tudo, depois é necessário estudar ainda mais. Você tem que ter consciência de ser um projeto para o futuro. Principalmente os grandes concursos, para juiz e promotor, por exemplo” Com foco na defensoria pública, Sonilda começou a preparação específica para este concurso em 2010 e sabe que o caminho para o sucesso é longo e árduo. “A cada dia evoluo mais, descubro onde tenho dificuldade e busco solucionar. Este ano fiz a prova da defensoria, vi minhas falhas e percebi que ainda tenho muito para aprender. Você não precisa gostar de tudo, mas é necessário saber as matérias”. Durante os estudos, ela já publicou um artigo jurídico e aprendeu que está no tempo certo de preparação. “No primeiro ano de estudos você se localiza na matéria; no segundo, você começa a assimilar e, no terceiro ano, começamos a aprender a matéria”, conta. Para Fabrício, a aprovação em um concurso requer dedicação, bons professores, bom material bibliográfico e a realização de muito exercícios. “O candidato deve saber, ainda, conciliar os estudos com momentos de lazer, os quais são fundamentais para a continuidade da preparação”. Estudos, estudos e lazer? Então ele ainda cabe no pacote? Segundo Priscila, sim. “Faço caminhadas para não perder a saúde. As festas que vou são, normalmente, de amigos e familiares, raramente perco noites inteiras de sono por causa de lazer. Baladas consomem muita energia, que é necessária para a dedicação aos estudos”. Pilhas de livros em casa já fazem parte da vida de Sonilda. “Eu vou ao mercado ouvindo aulas. Amigos passam por mim na rua e eu não vejo. Você se fecha muito em busca deste projeto de vida”, comenta. Mas ela garante que todas as lutas, que incluem derrotas no caminho, serão recompensadas e a desistência não deve fazer parte desta batalha. Como um lema da caminhada em busca do sonho, ela tem uma frase que deixa como motivação a todos os que também conhecem a dificuldade passada por quem espera ver seu nome na lista de classificados. “O sacrifício é temporário, mas desistir é para sempre”.


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ESTILO

QUEM NÃO TEM COLÍRIO USA ÓCULOS

ESCUROS POR ALINE RICKLY

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O trecho clássico da canção de Raul Seixas descreve o acessório principal dessa matéria. Apesar de ser usado durante o ano inteiro, é no verão que as pessoas usam e abusam dos óculos escuros.

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s tipos, formatos, cores e tamanhos são os mais variados. A cada estação, uma novidade, uma volta ao passado e com um toque do futuro. Os óculos escuros além de serem essenciais para proteger os olhos dos raios ultravioletas também são acessórios indispensáveis para compor um look. A estilista Manoela Salgado é apaixonada pelo acessório e tem uma coleção. Ela considera que ele, sozinho, imprime o estilo que a pessoa quer compor. “Ele tem a capacidade de carregar o look”, afirma. Segundo ela, o importante é que sejam escolhidos de acordo com a personalidade. “O óculos muda você, mas você não muda o óculos”, destaca. Manoela ressalta algumas dicas importantes para quem está a procura do óculos perfeito. “Para começar, não se compra sem experimentar. A escolha requer uma atenção maior e, também, o bom senso. O ideal é equilibrar os traços do rosto com o formato do óculos. Por exemplo, quem tem o rosto redondo deve optar por óculos mais quadrados, e quem possui o rosto mais quadrado deve escolher os estilos 20

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mais arredondados”, sinaliza. A estilista Julia Maria Cogliatti afirma que eles refletem e completam o estilo das pessoas que o adotam no dia a dia. “Com a armação correta podemos realçar os pontos fortes e esconder os defeitinhos. Além disso, o acessório que combina com o feitio de rosto e a cor certa tem o poder de deixar o visual mais harmonioso”, enfatiza. A estudante Karoline Turba, 22 anos, diz que na hora de comprar analisa se o acessório combina com o seu jeito de vestir. “Levo em consideração se o formato combina com o meu tipo de rosto e se tem proteção suficiente para os meus olhos”, comenta. Para a estudante, o objeto é quase parte da roupa e, por isso, deve harmonizar com o que ela veste. Adepta do uso diário de óculos escuros, ela confessa que ele é um forte aliado para esconder as olheiras e o sono estampados no rosto pela manhã, mas também é indispensável em dias de praia e piscina. Para os homens, Manoela afirma que as lentes degradês são clássicas e modernas ao mesmo tempo, além de

torná-los mais charmosos. A diferença entre os estilos estão, segundo ela, no formato. “Os femininos costumam ser mais delicados, enquanto os masculinos são mais brutos”, ressalta. Bruno Rodrigues, 23, tem, atualmente, cinco modelos diferentes de óculos escuros. “Uso para proteger do sol e por-

ESTILISTA Apaixonada por óculos, Manoela afirma que eles têm o poder de mudar um visual


ARQUIVO PESSOAL

VARIEDADE Bruno tem um tipo de óculos para cada ocasião

COMPOSIÇÃO DO LOOK Para Karoline o acessório deve combinar com o que ela veste

que acho que realça o visual”, diz. Todas as suas compras foram, conforme explica, impulsivas. “Estava passando, vi o acessório, gostei, parei, experimentei e comprei”, conta. O jovem tem modelos para cada ocasião, inclusive para corridas esportivas. “Se tiver sol, eu coloco o óculos no rosto”, afirma. Manoela chama a atenção que o acessório pode ser utilizado durante todo o ano e não apenas no verão como muitos acreditam. “Eles são sinônimos de conforto e estilo. As lentes degradês, por exemplo, são ótimas para o inverno”, comenta. Prova de que a maioria das pessoas usa mais no verão é o aumento nas vendas desse segmento na estação mais quente do ano. Gerente de uma loja tradicional de óculos em Petrópolis, Bianca Alves garante que o fluxo é diferente neste período, o que não significa que não deixa de vender o ano inteiro. “Aqui temos lentes para cada ocasião, até para quem vai viajar para lugares com neve”, afirma. Empresário de uma loja trirriense, Edvanio dos Santos concorda com a afirmação da Bianca. “No verão, a procura de óculos solares aumentam”, diz. Segundo ele, os compradores deste acessório podem ser divididos em: consumidores de óculos solares, que seguem a moda através de uma marca ou estilo, muito influenciados por artistas e celebridades, e consumidores de óculos receituário, que buscam a estética da armação com o rosto, o conforto e o preço do produto.

Tendências

De acordo com Manoela, a linha forte dos óculos escuros em 2013 é dos anos 80 com referência aos anos 60. “As armações mais grossas e coloridas remetem ao que era usado na década de 80. As gatinhadas têm uma pegada dos anos 60. A novidade é que misturaram o gatinho com armações mais grossas”, completa. Quanto às cores, ela afirma que estão bem coloridas, democráticas e para todos os gostos. Os clássicos, de acordo com a estilista, são as armações pretas e tartaruga. As lentes espelhadas, ela explica, que foram ressuscitadas diretamente da gaveta do brega. “Há dois anos era considerado cafona e agora é uma tendência forte. As grandes marcas estão vindo forte com essas lentes”, revela. Os estilos também seguem a moda das roupas e, por isso, é natural que vejamos pelas ruas as armações candy colors (cores pastéis ou de bala). “O flúor também é uma tendência retrô, um antigo mais recente com referência aos anos 80, na qual eram comuns as cores vibrantes”. Na loja onde Bianca é gerente, os espelhados e as cores mais fortes tomam conta do estoque. “Temos muitos óculos coloridos. Quanto ao formato, a moda são os redondos, mas o tamanho não importa. Também temos os aviadores que estão sempre em alta”, informa. Já na loja trirriense, Edvanio destaca que o forte está nas armações pequenas e nas cores vibrantes. revistaon.com.br

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O HOMEM DO PROGRESSO POR ALINE RICKLY

FOTOS ARQUIVO PESSOAL

Ele já quis ser padre na adolescência e até engenheiro cartográfico. O destino o guiou para o curso de direito e depois para o de economia. Ao longo dos anos, foi um dos mais renomados profissionais do país em direito eleitoral e administrativo, ocupou diversos cargos no poder público, e destacou-se no Congresso Nacional ao criar a Lei Seca. Com responsabilidade e determinação, Hugo Leal conquistou, em 2012, o mérito de ser o deputado fluminense que mais trabalhou por um Brasil moderno e competitivo em uma reportagem da “Revista Veja”.

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ascido no sul de Minas Gerais, na cidade de Ouro Fino, Hugo vem de uma família tradicional e muito católica. Quem o vê atualmente, nem imagina que na adolescência teve a pretensão de ser padre e passou um ano e meio no seminário. Sua inquietude nunca permitiu que ficasse parado. O fato de ser leonino talvez justifique sua personalidade forte, determinação e luta pelos ideais de milhares de pessoas. Nos dias atuais, à frente do PSC (Partido Social Cristão), ocupa o cargo de deputado federal pela segunda vez. Quando tinha 16 anos saiu de Ouro Fino e foi para Eunápolis, na Bahia, onde passou quase um mês no Seminário dos Frades Capuchinhos. “Estava no segundo ano do ensino médio e fui para a Bahia conhecer os frades. Acabei conhecendo outras cidades próximas como Alcobaça, Cabrália, Prado e Porto Seguro. Quando voltei para Minas Gerais falei com a minha mãe que queria ser padre e fui para o seminário em Patos de Minas, onde fiquei um ano e meio”, rememora. Posteriormente, Hugo percebeu que não era bem aquilo que queria. A mãe, Vicentina de Paula Melo Pereira da Silva, confessa que na ocasião, achou bonito, ficou feliz, mas que nunca achou que ele tinha vocação para ser padre. “Apesar disso, sinto profundamente que a estadia 22

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Aos 16 anos saiu de Ouro Fino e foi para Eunápolis onde passou quase um mês no Seminário dos Frades Capuchinhos no seminário foi como um alicerce para sua carreira política”, acredita. Quando criança, Vicentina diz que ele sempre foi muito ativo, responsável, gostava de jogar futebol, vôlei, participava das feiras de ciências e de artes da escola, além de tocar na banda de fanfarra. “O Hugo tinha muitos amigos, era muito sociável, solícito com todos, e sempre teve um coração enorme”, afirma. Quando voltou do seminário, foi direto para o curso pré-vestibular e, em 1981, fez uma prova para a Marinha do Brasil. “Passei e fui servir na escola de oficiais preparatórios para reservas no Rio de Janeiro”, conta. O primeiro vestibular prestou para o curso de engenharia cartográfica. É curioso, mas ele explica o motivo. “Eu fazia, na Marinha, navegação estimada com compasso e astronômica (de dia pelo sol e à noite pelas estrelas) e achava aquilo interessante”, revela. Em seguida, achou sua primeira profissão, quando fez

o vestibular para direito na FND (Faculdade Nacional de Direito), atual UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). No mesmo período, concluiu o curso na Marinha e fez prova para o Instituto Rio Branco que forma diplomatas, mas segundo ele, esse último “não deu certo”. Hugo declara que sempre foi inquieto e que não aceitava algumas situações do cotidiano. Em 1983, resolveu retornar às origens e estudar filosofia e teologia na Escola Mater Ecclesiae, em Botafogo. No mesmo ano, começou a frequentar Petrópolis, pois tinha amigos da época do seminário estudando no Instituto Franciscano. Em 1985, interrompeu os estudos na Mater Ecclesiae. “Eu sempre tive uma relação muito estreita com a Igreja Católica. Nunca tive problemas de conflitos com a política, pois considero que tudo é complementar”, ressalta. Hugo afirma que respeita todas as doutrinas. “Ele é muito ligado às coisas de Deus, comprometido com a Igreja Católica, mas também é ecumênico”, diz a mãe. Ainda no mesmo período, resolveu fazer o curso de economia, na Universidade Candido Mendes. Assim, estudava direito pela manhã, estagiava em um escritório de advocacia à tarde e cursava economia à noite. “Naquele momento eu precisava ter uma visão mais racional e o


“Eu escolhi Petrópolis para ser meu pouso, meu porto seguro. Esta é a minha cidade”

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FAMÍLIA Os momentos com a esposa e os filhos são essenciais para Hugo

curso de economia me ajudou”, afirma. No ano de 1987 colou grau na faculdade de direito e em 1990 se formou em economia. Sete anos depois, voltou para a faculdade, para fazer o curso de especialização em Políticas Públicas e Gestão Governamental na UFRJ, concluído em 1998. Carreira política

Ainda na faculdade de direito, Hugo começou a militância no PCB (Partido Comunista Brasileiro), atual PPS (Partido Popular Socialista). “Eu era de uma corrente chamada ‘Reforma’. Lembro que na época tinha que ler os livros ‘O Capital’, do autor Karl Marx, e “Dialética da natureza”, de Friedrich Engels. Ambos foram marcantes”, afirma. Em 1985, foi chamado por um amigo para participar da campanha do candidato Saturnino Braga. “Esta foi a primeira eleição para prefeito depois da ditadura, pois, no período militar, os prefeitos das capitais eram nomeados”, explica. A partir de então, começou a militar como advogado nas campanhas. Depois, foi delegado do PDT (Partido Democrático Trabalhista) junto ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral) em 1988. “Já em 1989, trabalhou a campanha presidencial do Leonel Brizola, mas ele perdeu. Em 1990, Brizola foi candidato a governador e ganhou. No ano seguinte, fui convidado para ser diretor geral 24

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do Departamento de Depósitos Públicos. Foi a primeira vez que ocupei um cargo público, aos 29 anos”, relembra. Em 1992, acompanhou algumas campanhas do PDT no Rio e do Sérgio Fadel em Petrópolis. Já em 1994, Brizola renunciou como governador, para se candidatar novamente à Presidência da República, pois naquele período ainda não era permitida a reeleição. “Pedi para sair do governo e fui trabalhar a campanha do Brizola”, conta. Em 1995, foi para Itaguaí ocupar o cargo de presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano, onde ficou até 1996, quando seguiu para Petrópolis para ajudar o candidato do PDT Luvercy Ambrósio, lançado por Fadel. “Ele tinha poucas chances. Eu estava acompanhan-

PALESTRA Em 2005 participou de um evento na Universidade Católica de Petrópolis para falar sobre a reforma do judiciário

do as eleições em Itaguaí e monitorava em Petrópolis. Lembro que aconteceu um fato inusitado, pois o Paulo Rattes estava na frente e o Leandro cresceu após a renúncia do Paulo Gratacós, que o apoiou. Nesta eleição teve recontagem de votos em Itaguaí e me pediram para fazer em Petrópolis também, porém, devido a um entendimento do TRE, não foi possível recontar e o Leandro assumiu”, disse. Já no final de 1996 como advogado do PDT, foi convidado para ser assessor técnico dos deputados em Brasília. Dois anos depois, saiu para fazer a campanha para Anthony Garotinho como governador, quando foi coordenador jurídico. “Logo após a eleição, o Garotinho me chamou para ser chefe da Casa Civil, mas após um novo entendimento, fui convidado para ser o secretário de Administração do Estado, onde fiquei de 1999 a 2002”. Quando o atual prefeito de Petrópolis, Rubens Bomtempo, se candidatou pela primeira vez, Hugo esteve presente na campanha no ano de 2000. Em 2002, se lançou como deputado estadual pelo PSB (Partido Social Brasileiro). “Mas meu sonho era ser deputado federal, só vim a estadual por causa da composição”, revela. Já nesta eleição, conquistou 10.500 votos em Petrópolis e 30.500 ao todo. “Não fui eleito, mas fiquei na suplência”, disse. O número de votos chamou a atenção da Rosinha Garotinho, que o chamou para ocupar a presidência do DETRAN (Departamento Estadual de Trânsito), onde permaneceu de janeiro de 2003 a maio


FORMATURA Quando concluiu a faculdade de economia foi orador da turma na colação de grau

PAIS Ao lado de Leal Pereira e Vicentina da Silva quando serviu à Marinha

de 2005. “Num órgão como esse, não basta ter uma visão só da gestão, é preciso também buscar o porquê, os objetivos e a conscientização. O DETRAN tem que trabalhar redução de acidente, prestar um bom serviço, mas não pode ser só isso. Ele precisa ter uma responsabilidade social e nunca pode perder essa essência” assinalou. Há sete anos fora do departamento, Hugo destaca que foi um período marcante. “Eu fico feliz de fazer amigos nos locais onde passo, porque, afinal, a gente aprende todos os dias. A melhor lição vem de quem sabe menos que nós. Eu fui intenso no momento em que atuei”, afirma. Em 2005, assumiu na Assembleia e quando “estava gostando”, foi chamado para ser secretário de Justiça do esta-

do. “Ali, era preciso discutir a questão da acessibilidade e da justiça. Fiquei de agosto daquele ano até abril de 2006, mas fiz uma posse bonita”, confessa. Foi em 2006 que o sonho virou realidade. Hugo se candidatou a deputado federal pelo PSC (Partido Social Cristão) e foi o segundo mais votado, com 112.789 votos. “Foi muito emocionante porque era algo que eu buscava. A política é uma forma de você servir, realizar as coisas. Não procuro seguir tradição familiar e não tenho interesses de corporação”, alega. Quanto aos planos para o futuro Hugo afirma que pretende cumprir três mandatos como deputado federal e depois “o céu é o limite”, diz. Lei Seca

COLAÇÃO DE GRAU Em 1987 se formou advogado pela Faculdade Nacional de Direito

“Começou quando eu estava no DETRAN. Saíamos para fazer operações e nós entendíamos que tinha que ter a GM (Guarda Municipal) e a PM (Polícia Militar). Sempre tinha uma história e um depoimento de acidente no trânsito, de pessoas que se recusavam a fazer o exame do bafômetro. Isso era frustrante”, conta. Hugo explicou que é autor da lei de conversão que instituiu a Lei Seca. “Em 2007, havia tido um número grande de acidentes de trânsito no período entre Natal e Réveillon e saiu uma medida provisória que proibia a venda de bebidas nas rodovias. Antes de devolver a lei, resolvi aprimorá-la”, explica. San-

cionada em 2008, a lei 11.705, pune, aferido pelo teste do bafômetro, o motorista flagrado dirigindo um veículo com uma concentração igual ou superior a seis decigramas de álcool por litro de sangue. Para ele, foi fundamental a participação da Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego) e da SBA (Sociedade Brasileira de Alcoologia) durante o período de pesquisas. Em dezembro do ano passado, foi sancionada a lei 2.760/12, de sua autoria, que tornou mais rigorosa a Lei Seca. Além de dobrar o valor da multa em caso de embriaguez, o texto permite outras provas para caracterizar os flagrantes, como vídeos, perícia e o depoimento de testemunhas. Desde 2009, a Operação Lei Seca já abordou um milhão de motoristas no estado do Rio de Janeiro. A média de condutores alcoolizados parados nas blitzes caiu de 20% para 8,6%. “Agora, se a pessoa se recusa a fazer o teste do bafômetro e a polícia identifica sinal de embriaguez, pode detê-la apenas com exames clínicos feitos na hora”, garante. Ranking do Progresso

A edição 2.301 da “Revista Veja” apontou Hugo Leal como o deputado fluminense que mais trabalhou por um Brasil moderno e competitivo em 2012. Ele alcançou a nota 9,5 no ranking do progresso, a segunda mais alta do país. A avaliação teve por base o desempenho de deputados e senadores em nove eixos de atuação, como a redução da carga tributária, o aprimoramento da gestão pública e a diminuição da burocracia. No ranking nacional, ele conquistou o segundo lugar. “Eu não sabia que estava sendo avaliado. Um amigo que me contou sobre a reportagem. Essa publicação aumenta a responsabilidade até para eu descobrir onde perdi meio ponto”, brinca. O deputado ressalta que ficou muito feliz. “Confesso que é resultado de muito trabalho. Estou orgulhoso tanto pelo lado pessoal quanto pelas pessoas que votaram em mim. É mais um momento de incentivo e de que estou no caminho certo”, enfatiza. O assessor Roberto Rocha diz que o prêmio foi um desafio e que ninguém sabia que essa pesquisa estava sendo revistaon.com.br

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REUNIÃO Nesta foto, a presença de religiosos e do Padre Quinha (ao fundo), por quem Hugo tinha uma grande admiração

realizada. “O Hugo é uma pessoa admirável, positiva e profissional. Esta publicação é uma vitrine”, acredita. Na opinião do padre Luis Garcia Mello que conhece o deputado há mais de 13 anos, ele é um defensor da vida. “Sempre valorizou o ser humano e abraçou a visão cristã, não só na valiosa campanha pela Lei Seca, como também nos valores da família. Agora é reconhecido como um dos deputados mais atuantes do Congresso Nacional”, declara. Família

Casado com a cirurgiã-dentista Luise Leal, é pai da Laura, 20 anos, e do Luís Guilherme, 17. A mulher diz que o Hugo é trabalhador, comprometido e inteligente. “Como marido, é fácil de agradar e é companheiro. Como pai é excelente! Amigo e parceiro dos filhos, sempre aberto ao diálogo”. Na opinião dela, as características mais marcantes são: idealista, carismático e realista. “Ele é um político preparado e competente, capaz de realizar qualquer função”, acredita. Hugo investe na educação e cultura dos filhos, mas também tem as horas de diversão, além de ser muito cuidadoso e atencioso com eles. No dia da entrevista, o som ao fundo era da banda do caçula, Luís Guilherme Leal, que depois falou orgulhoso do pai. “Apesar da profissão, ele tenta ser muito presente nos momentos que estamos juntos. Assistimos jogos do Fluminense, ele apoia meus sonhos e cobra as responsabilidades, mas sem 26

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TÍTULO Em 1999 foi homenageado como cidadão petropolitano pelo então vereador Rubens Bomtempo

Paixão por Petrópolis

exageros. Além disso, tenta passar a sua experiência. Como pessoa, acredito que se não fosse político seria mais reservado, assim como eu, porém também é do tipo que puxa piada na mesa”, deixa escapar. Vicentina lembra que o Hugo sempre estudou muito. “A política, vejo como uma missão que Deus deu a ele. No início, teve muito apoio do Brizola e depois conquistou o espaço pelo próprio trabalho. A colocação no ranking do progresso é reflexo da personalidade dele, que é um menino que trabalha”, destaca. A mãe acrescenta que ele é igual ao pai. “Brincalhão, mas responsável e muito organizado”, completa. Ela ainda aponta outra característica importante, dizendo que ele é agregador e não é de apontar as pessoas. “Ele faz o trabalho dele e pronto”, comenta. Além disso, ela diz que ele é muito carinhoso e atencioso. “É um filho de ouro”.

Sua ligação estreita com a cidade da região Serrana tem explicação. Segundo o deputado, existem duas coincidências com o local onde nasceu. “Primeiro, a altitude, acho que sou o ‘menino das montanhas’. E, segundo que o aniversário de emancipação das duas cidades é no mesmo dia, 16 de março”, revela. Em 1994, comprou sua primeira casa em Petrópolis. Chegou a morar onze meses, mas precisou voltar para o Rio devido a necessidade dos filhos estarem na capital, onde estudavam. A paixão, ele conta que nasceu de uma relação e uma identificação com o clima da cidade. “Eu escolhi Petrópolis para ser meu pouso, meu porto seguro. Esta é a minha cidade. Eu gosto de conhecer as pessoas na rua, onde eu nasci era assim”.

PARCERIA Leonel Brizola o incentivou na carreira política

CRISTÃO Na foto ao lado do Dom Filippo na Universidade Católica


FERNANDA ALMEIDA

MANIFESTAÇÃO NO CENTRO DO RIO Hugo participou da passeata em defesa aos royalties do petróleo em novembro de 2012

Em janeiro de 2013 lamentou a perda do padre José Carlos Medeiros Nunes (padre Quinha), na qual admirava muito. “Ele era uma pessoa muito importante, amava o que fazia e vejo que a melhor forma de homenageá-lo é dando continuidade à sua obra”, acrescenta. Hugo acredita que Petrópolis precisa recuperar a autoestima, tendo em vista que é a única cidade imperial das Américas. “Petrópolis tem muitos distritos e cada um tem as suas particularidades, são bairros com diferentes realidades, até o clima muda de uma ponta a outra. Administrá-la é uma arte”, diz. Ele critica também a estrada de subida da Serra. “Ela é inviável para o petropolitano e para os turistas. Tem que ter a duplicação da pista. A estrada foi construída para subir charrete e hoje sobem caminhões tritrens. Sem dúvidas este é o calcanhar de Aquiles da cidade”, argumenta. Além disso, lembra que não há miséria em Petrópolis, mas sim pobreza. Ainda assim, não deixa de fazer elogios. Para ele, o povo petropolitano possui uma diversidade rica de costumes e não há nenhum município no estado igual. “A riqueza de Petrópolis está na população, na gastronomia e no meio ambiente”, afirma. Sobre a atual situação da cidade, ressalta que vai se dedicar à área mais preocupante que é a saúde. “Vou atuar de acordo com a demanda que é ditada pela população”, afirma. O atual prefeito de Petrópolis, Rubens Bomtempo, conta que iniciou a vida pública no PDT, ao lado de vários companheiros que honraram sua trajetória política, entre eles, destaca o depu-

“Ele criou uma das leis mais importantes em vigor no país, a Lei Seca, que já salvou milhares de vidas”, vice-governador Luiz Fernando Pezão

tado federal Hugo Leal. “Ele esteve ao nosso lado em momentos importantes e decisivos da história política de Petrópolis”, reforça. O prefeito destaca que militaram juntos no PSB, quando estreitaram as relações políticas e trabalharam por várias conquistas para a população. “Atualmente, nossa amizade e compromisso com o bem-estar e a qualidade de vida da população, continuam sendo o nosso principal elo. Mesmo em partidos diferentes, mantemos uma relação cordial, pois nossas visões têm o mesmo objetivo, que colocam o interesse público acima de tudo”, afirma Bomtempo. O país

Sobre as mudanças que o país necessita, o deputado federal ressalta que a infraestrutura é muito precária e preocupante. “Eu bato nessa tecla há anos. Falta um sistema de logística no Brasil. Este é o maior problema e sem infraestrutura não dá para crescer”, assinala. O parlamentar considera que saúde e educação sempre serão problemas emblemáticos, mas que já possuem uma linha a seguir. “Na saúde, por exemplo, tem que melhorar o

SUS (Sistema Único de Saúde)”, sugere. Outro fator criticado por ele é a alta carga tributária. “Para ser empreendedor atualmente, tem que ser herói”, destaca. Quanto à questão da redistribuição dos royalties do petróleo no Rio, na qual é o coordenador da bancada fluminense na defesa dos estados produtores de petróleo, ele acredita que é uma grande luta. “Dizer que o Rio não deve ganhar esses 5% é uma injustiça. É um direito do estado, está escrito na Constituição. Acredito que a pergunta a ser feita é para onde estão indo os 95% restantes? Na minha opinião, essa discussão envolve uma inveja do Rio, que é o estado brasileiro mais comentado, mais citado, bonito e reconhecido”, destaca. Para o vice-governador do Rio de Janeiro Luiz Fernando Pezão, Hugo Leal tem sido um parlamentar incansável na defesa do estado. “É exemplar sua atuação na Câmara Federal, defendendo com competência, os interesses da população fluminense, a fim de evitar perdas financeiras de nossos municípios e estado, no caso da redistribuição dos royalties do petróleo”, destaca. Pezão ressalta outra marca importante do deputado em sua passagem pela Câmara. “Ele criou uma das leis mais importantes em vigor no país, a Lei Seca, que já salvou milhares de vidas. Baseado nessa lei, o governo criou a ‘Operação Lei Seca’, que se tornou uma referência nacional no combate à mistura álcool e direção. Graças ao projeto, o Rio é o estado do país que mais reduziu o número de vítimas fatais em acidentes de trânsito. Contamos com a experiência e competência do Hugo Leal na elaboração de projetos que beneficiam a população fluminense”, enfatiza. O líder do governo Arlindo Chinaglia afirma que o deputado se destaca pela sua capacidade política desde que chegou à Câmara. “Ele tem como característica importante priorizar os assuntos mais relevantes. O Brasil deve muito ao Hugo no que se refere à Lei Seca, pelo seu conhecimento específico e por ter convencido os parlamentares a votarem a favor. Ele foi decisivo nesta questão”, enaltece. Com a visão de progresso, o ex-seminarista, advogado e economista comprova através de projetos e emendas que a missão de realizar boas ações pode ser seguida e comungada com todo o país. revistaon.com.br

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EU SEI FAZER

O DOM DE SER E CRIAR POR LETICIA KNIBEL

FOTOS ANA CLARA SILVEIRA

Não são todos que nascem com a habilidade e a criatividade para realizar trabalhos manuais. Silvia Vilela é exceção. Seu trabalho como artesã revela em suas peças que tal destreza vai além do que se vê.

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esde muito pequena, ela já observava e tinha curiosidade em aprender o ofício de sua mãe, que trabalhava como costureira. “Lembro que ficava ao lado da máquina de costura, observava o trabalho dela e me interessava pelo que produzia. Já com uns oito anos comecei a fazer várias perguntas e, com toda a paciência, minha mãe passou a me ensinar a desenvolver algumas peças”. Silvia aprendeu rapidamente a costurar e logo passou a criar roupas para as bonecas. Mais tarde, junto com a irmã, aprendeu a fazer bonecas e bichos de pelúcia. “Eu tinha muita facilidade. Observando, aprendi e como tinha acesso ao material que precisava para minhas criações, tudo ficou mais prático”, revela. Paciência não era uma das qualidades da artesã. Quando as peças não davam certo, ela confessa que ficava extremamente irritada, mas a insistência fez com que seu trabalho evoluísse e, hoje, pode dizer que a calma é uma das suas principais características. Silvia revela que muito do que aprendeu foi sozinha. “Eu sou autodidata. Consigo olhar uma peça, um molde, um desenho e fazer a ‘engenharia da coisa’, só analisando”, explica. Ela ressalta que trabalha com o que mais gosta de fazer na vida e não se vê 28

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em outra atividade. Desde a adolescência, produz alguns objetos para vender, mas ,atualmente, a demanda cresceu, graças, principalmente, à propaganda boca a boca por parte dos clientes.

DEDICAÇÃO Todos os artigos são fabricados com carinho pela artesã

Lília Rodrigues de Albuquerque Mello conta que conheceu Silvia em 2006, através de um amigo em comum, o artista plástico Walter Berner. “Ao necessitar de um casal de índios, que seria utilizado como mascote da sala de leitura que coordenava no colégio onde trabalhava, encomendei a partir do contato que tive com vários trabalhos produzidos por ela”. Desde então, Lília solicitou vários artigos, tanto para sua casa, quanto para a casa de leitura que coordena, atualmente, no Vale do Cuiabá. No total, já comprou em torno de 45 peças. “Recentemente pedi dois fantoches (Sofia e Ananias) que se tornaram os mascotes do local onde trabalho, em decorrência de um projeto intitulado ‘Teia de Poemas’. Os dois são personagens de um livro chamado ‘A caligrafia de Dona Sofia’ cuja história foi contada por mim, dando início ao projeto”, destaca. Outra fã do trabalho da Silvia é a caçula Júlia Silveira, que diz não se lembrar exatamente quando passou a se interessar pelo trabalho da mãe, mas acredita que foi na infância, quando ficava atrás e queria ajudar em algo. “Então, aos poucos, ela me deixou fazer as tarefas simples, como cortar os fios de linha que estão sobrando ou separar algum material que precisava”. E, de acordo


LEMBRANCINHAS Uma das peças que fez mais sucesso foi o arranjo com tulipas

DETALHES Só de ver um objeto a artesã consegue fazer outro igual

PRODUTO DE PERSONALIDADE Para Júlia os bonecos são diferentes do que é encontrado no mercado

com o interesse e conforme foi crescendo, Silvia passou a ensinar outras formas de costura à Júlia. “Eu acho que é um trabalho maravilhoso: o artesanato já é um trabalho lindo no geral, mas as peças que a minha mãe produz têm algo a mais, diferente dos que a gente vê por aí. Acho que por ela amar tanto o que faz, isso resulta num capricho maior e ajuda muito na criatividade”, comenta. Os clientes chegam de forma muito espontânea devido à divulgação entre os próprios compradores. “Conforme as pessoas conhecem meus produtos, vêm me procurar aqui em casa, o que tornou tudo muito prático. Esse é um dos motivos que fez com que eu não me interessasse em abrir uma loja, pois há muita despesa e pouco público”, explica Silvia. Lília conta que para sua casa, a artesã criou uma toalha de mesa com 12 guardanapos, a partir de uma pequena toalha de linho. “Como ficou pequena para minha mesa de jantar, ela nunca foi usada. Até que tive a ideia de utilizá-la como centro de uma grande toalha. Mais uma vez, o bom gosto, a criatividade de Sílvia e as suas mãos de fada transformaram aquele

objeto impregnado de um grande valor afetivo numa peça maravilhosa, acompanhada de um caminho de mesa e dois pequenos caminhos para os aparadores que tenho na sala de jantar”, conta.

outros”. Júlia destaca que o diferencial do trabalho da mãe é que foge do padrão visto em outros lugares, é algo diferente. “As peças são únicas: mesmo que o cliente queira algo igual ao desenho ou molde que leva, nunca será feito exatamente do mesmo jeito e. E essa é a graça, a originalidade em cada trabalho produzido”. Silvia não encontra dificuldade para produzir nenhum tipo de peça. Mesmo que não consiga os tecidos ou acessórios necessários para a produção, usa a criatividade e dá um jeito de confeccionar o produto pedido. “Certa vez tive que fazer uma cortina que nunca tinha feito antes, então aprendi a produzir a peça fazendo. Na primeira tentativa deu errado... Mas, modéstia à parte, isso não acontece! Normalmente, logo no início, já consigo fazer o artigo”, garante Silvia. A grande dificuldade da artesã, às vezes, é entender como irá confeccionar a peça, constantemente retiradas de um desenho comum. “Eu tenho muito que agradecer a Deus pelo meu dom, pois no artesanato em geral, eu olho e digo ‘isso eu consigo fazer’, basta ter interesse e principalmente tempo”, conclui.

“Eu sou autodidata. Consigo olhar uma peça, um molde, um desenho e fazer a ‘engenharia da coisa’, só analisando”, artesã Silvia Vilela

As peças produzidas pela artesã são as mais variadas. É possível encomendar desde bolsas e carteiras de tecido a decoração de festas e quartos de bebês. “Como consigo trabalhar com muitas coisas, minhas criações são ‘temporais’. Houve uma época em que produzi muitos casacos estilo ‘dupla face’. Depois veio a decoração dos quartos de crianças. Eu faço tudo: tapetinho, protetor de berço, cortina, almofada, bonecos, entre

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UM NOVO SORRISO PARA OS PETROPOLITANOS FOTOS DIVULGAÇÃO

Quality Odontologia abre as portas e oferece novo método de “Diagnóstico Digital” aos pacientes

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m sorriso bonito abre novos caminhos e pode mudar a vida de uma pessoa. Uma boca saudável cria novas oportunidades, melhora a autoestima e traz felicidade, além de inibir a entrada de doenças. Pensando no bem-estar dos pacientes, nasce a Quality Odontologia, no Shopping Pedro II, no centro histórico de Petrópolis. Os profissionais com experiência de até 30 anos de profissão oferecem atendimento de qualidade, com tecnologia de ponta, para todas as idades. Ao marcar sua avaliação, o paciente pode optar pelo “Diagnóstico Digital”. São feitas fotografias, intra e extra-orais, após uma raspagem de tártaro e limpeza profissional. Com essa documentação fotográfica, são apresentadas as necessidades primárias do paciente através de uma maneira de fácil entendimento e elucidação de dúvidas. Os grandes diferenciais da empresa estão na capacidade dos seus especialistas e na forma como cada tratamento é pensado.

DIAGNÓSTICO DIGITAL O sistema oferece uma maneira de fácil entendimento ao paciente


QUALIDADE Os diagnósticos são debatidos entre os especialistas antes do tratamento

Cada um dos cinco dentistas estuda, separadamente, o caso clínico para, depois, em conjunto, o diagnóstico ser debatido na busca do caminho mais eficaz. “Acreditamos que o sucesso do tratamento está no planejamento ideal. Somos cinco profissionais, atuando de maneira integrada, para que o melhor seja oferecido. Com isso, aumentamos o grau de satisfação do paciente e o sucesso do tratamento, pois os riscos de intercorrências diminuem significativamente”, explica o especialista em implantodontia e odontologia estética Rodrigo Sutter. Atentos às novas técnicas, tratamentos e tecnologias, os profissionais são especializados em diversas áreas de atuação, criando, assim, um grupo heterogêneo, capaz de atender a qualquer tipo de necessidade do paciente. “Estamos trabalhando neste momento com uma grande inovação tecnológica que são os braquetes

autoligados. Estes não necessitam ser amarrados, pois possuem um clip de fechamento tornando a pressão sobre os dentes uniforme e com menos fricção, proporcionando alinhamento dentário mais rápido e fisiológico, diminuindo as indicações de extrações de dentes, com resultados de excelência, mais conforto e estética”, garante o ortodontista, Fernando Benini - o único credenciado pelo Damon System (método inovador de aparelhos ortodônticos) na região. “Investimos pesado em conhecimento e tecnologia. Nos atualizamos sempre, frequentando cursos de especialização e atualização ou congressos no país e no exterior. A intenção é estar em constante renovação, trazendo técnicas modernas, capazes de solucionar os desafios que chegam, sempre de maneira rápida, simples e indolor”, conta o Dr. Denis Guidini. Uma equipe qualificada e diversificada proporciona o conforto de fazer o tratamento de toda a família em um só lugar, sem o inconveniente de deslocamentos. “A Quality oferece todo tipo de tratamento odontológico, desde a limpeza profissional, passando pelas restaurações estéticas, tratamentos de canal, até os casos mais complexos de ortodontia e reabilitação oral através de implantes”, afirma a dentista Tatiana Brunelli. Ligue para a Quality, pergunte sobre o “Diagnóstico Digital” e marque uma consulta.

Dra. Aline Cruz Cirurgiã -dentista e Especialista em Ortodontia

Dr. Denis Guidini Especialista em Prótese Dentária; Implantodontia com atuação em Odontologia Estética

Dr. Fernando Benini Especialista em Ortodontia (Credenciado ao Damon System) e Dor Oro Facial. Pós-graduações na Universidade de Michigan e Kentucky (EUA)

Dr. Rodrigo Renato Sutter Especialista em Implantodontia; Dentística, Odontologia Estética com atuação em reabilitação oral e cirurgia oral menor.

Dra. Tatiana Brunelli Especialista em Implantodontia; Radiologia e Imaginologia com atuação em reabilitação oral e odontologia estética.

Shopping Pedro II – sala 912/913 Rua do Imperador, 288 – Centro – Petrópolis/RJ Tel: (24) 2231-4690 | 2243-6440


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SAÚDE

MUNDO PARTICULAR POR ALINE RICKLY

FOTOS REVISTA ON

“Escravos de Jó jogavam caxangá / Tira, bota deixa o Zé Pereira ficar/ Guerreiros com guerreiros fazem zigue-zigue-za”. O que a cantiga tem a ver com esta matéria? Vamos tratar de um tema que está em voga nos últimos tempos: o autismo. E esta canção marcou a entrevista realizada no Grupo Amigos do Autista de Petrópolis.

Quando o Ricardo completou um ano comecei a perceber uma diferença. Não sabia o que era. Comecei a levá-lo em pediatras, fui a São Paulo fazer exames. Mas não acusava nada. Eu sabia que tinha algo errado, minha família dizia que eu estava doida. Eu percebia que ele não falava, não me olhava, estava sempre parado. Quando ele fez três anos, entrei em desespero e foi um otorrinolaringologista que disse que o meu filho era autista”, conta Andréia Marcelino Tardelli. A mãe do Ricardo Fernando Tardelli Filho, 7 anos, procurou, em seguida, um neurologista que a pediu para fazer, durante um mês, um vídeo sobre todas as atividades dele. “Comecei a filmar quando ele acordava,

“Quanto mais cedo for identificado [o autismo] melhor para a criança que poderá ter um desempenho mais produtivo no tratamento”, membro titular da Academia Brasileira de Neurologia, Paulo Junqueira

comia, brincava, ia para a escola e até quando dormia. Foi assim que obtive o diagnóstico concreto de que meu filho tinha, de fato, autismo”, disse. A aflição da Andréia foi e continua

sendo a de muitas mães espalhadas pelo mundo. A diferença é que atualmente o tema é mais divulgado e tem gerado inúmeros debates sobre as causas do transtorno. De acordo com a pesquisa feita pelo Center of Disease Control and Prevention [sigla para Centro de Controle e Prevenção de Doenças], uma em cada 88 crianças foram identificadas com autismo nos Estados Unidos em 2008. “No Brasil não há estatísticas sobre o número exato, o que se sabe é que existe um aumento constante de diagnósticos precoces”, diz o neuropediatra e membro titular da Academia Brasileira de Neurologia, Paulo Junqueira. “Quanto mais cedo for identificado, melhor para a criança que poderá ter um desempenho mais produtivo no tratamento”. revistaon.com.br

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SAÚDE

Entre as características que servem de alerta aos pais estão o fato da criança não olhar nos olhos, andar na ponta dos pés, enfileirar carrinhos ao invés de brincar com eles e a fascinação pela rotina e por coisas que giram. As principais dificuldades enfrentadas pelo autista são, segundo Paulo, o que chamam de comprometimento da tríade. “Este fator engloba a dificuldade de interação social, comunicação e comportamento. Mas nenhuma criança é igual à outra. Algumas têm o grau máximo e outras possuem graus menos intensos”, destaca. O neuropediatra Heber de Souza Maia Filho, salienta que o diagnóstico é clínico, baseado em um conjunto de alterações do comportamento relacionados ao desenvolvimento da linguagem, a socialização e ao padrão repetitivo ou restrito de interesses. A psicóloga Márcia Loureiro, coordenadora técnica do GAAPE (Grupo Amigos do Autista de Petrópolis) atende, atualmente, cerca de 75 pacientes com a patologia. A instituição conta com profissionais de diversas áreas como fisioterapia, fonoaudiologia, shiatsuterapia (promove o equilíbrio entre o físico e o emocional), pedagogia, assistente social e terapeuta ocupacional. “As crianças chegam aqui encaminhadas por órgãos competentes, médicos, escolas e também pela mídia”, comenta. No local, a psicóloga sinaliza que eles trabalham com objetivos, um de cada vez. “Temos que entender aquela criança. Aqui buscamos o equilíbrio, a autonomia, a autoestima e a reinserção social de cada um”, ressalta. Ela enfatiza que eles são carinhosos e carismáticos. “Essas crianças são apaixonantes”, diz.

Caroline Alves percebeu o autismo no filho, Thiago Alves de Lima Braz, porque ele não reagia ao que ela falava. “Depois que iniciou o tratamento, percebi uma melhora na fala, agora ele conhece as cores e sabe o alfabeto”, comemora. Já Vilma da Silva Machado, observou os movimentos repetitivos da Agnes Machado da Silva, 5. “Ela queria ver sempre o mesmo DVD e tinha dificuldade na fala. Eu nunca tinha escutado falar em autismo. Quando a trouxe para o GAAPE, percebi uma evolução no comportamento. Hoje a Agnes interage com as pessoas, fala o nome dos coleguinhas e canta o tempo todo”. O fato da cantoria constante foi o que chamou a atenção durante a entrevista e o motivo pela qual esta matéria foi introduzida pela cantiga de uma brincadeira que a Agnes participou quando estava na sala de fisioterapia junto com Weverton dos Santos, 4. Chirliane dos Santos, mãe do

CANTIGA Na brincadeira, Agnes e Weverton cantam escravos de Jó

MESTRE EM NEUROCIÊNCIAS Ana Paula estimula a melhora da linguagem do autista

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EVOLUÇÃO Após iniciar o tratamento, Weverton ficou mais tranquilo

AMOR E CARINHO Andréia se dedica ao filho e o estimula a conviver com outras crianças

Ainda não há um consenso sobre os fatores que influenciam o autismo Weverton, conta que até um ano e cinco meses ele não andava, era isolado e agressivo. “Qualquer barulho ele ficava nervoso, agora está mais tranquilo”, garante. A fonoaudióloga e mestre em neurociências Ana Paula Botelho Henriques Dias, ressalta que, atualmente, há uma conscientização maior dos profissionais por diagnóstico e tratamento. “Em contrapartida, o governo tem feito poucas ações em favor do autismo”, lamenta. A profissional acrescenta detalhes da anomalia como o fato dessas pessoas não se adaptarem a ruídos e a nada que mude a rotina. “Eles se interessam por barulhos e objetos particulares, têm manias de arrumar e enfileirar de maneira sistemática. Brincam de forma diferente e que não fazem muito sentido”, assinala. Ana Paula destaca que o diagnóstico pode ser confirmado na faixa etária de dois a três anos e que a intervenção precoce é fundamental. “Os autistas possuem uma grande dificuldade com a percepção da face, da voz e da mímica corporal. Eles não percebem o que os outros dizem ou sentem. Não conseguem manter uma conversa, se interessam mais por objetos do que por pessoas. São crianças centradas nelas mesmas como se tivessem em um mundo particular”, observa.


ARQUIVO PESSOAL

ESPECIALISTA Heber afirma que existem mais autistas do sexo masculino do que feminino

Causas

Um dos pontos mais discutidos na atualidade é a respeito dos fatores que influenciam o autismo, porém ainda não há uma conclusão, como explica Paulo Junqueira. “Há alguns anos achava-se que a patologia era decorrente da falta de carinho da mãe, o que hoje sabemos que é um mito. O que temos

certeza é que não existe influência de estilos de vida. Qualquer ser humano, seja qual for a classe social, pode ter autismo”, comenta. O neuropediatra cita que existe um consenso de que o transtorno seja causado por uma anomalia nas estruturas e funções cerebrais, ou seja, um distúrbio no desenvolvimento do cérebro. “Há múltiplas causas envolvidas e os primeiros sintomas podem ser percebidos até a criança completar três anos de idade, período no qual o cérebro passa por uma fase crítica do desenvolvimento”, explica. Heber concorda com Junqueira e acrescenta que a única certeza é que o autismo “tem origem neurobiológica e uma forte carga genética”. Tratamento

Mais importante que ter a certeza do autismo é a iniciação do tratamento imediato. Junqueira explica, em primeiro lugar, que o transtorno não tem cura e que a terapia a qual a criança é submetida não

requer medicamento. “A medida é proporcionar um bombardeio de estímulos, trazendo o autista para o nosso mundo”. Segundo Ana Paula, existem autistas com pouco ou nenhum comprometimento cognitivo o que os tornam mais adaptáveis. “Autistas que falam são capazes de interagir e podem se alfabetizar normalmente. Já os que têm mais problemas com a linguagem possuem mais dificuldades na alfabetização. O que pode modificar esse quadro neurobiológico é a intervenção precoce”, enfatiza. De acordo com a fonoaudióloga, sua função visa o melhoramento da linguagem. “Trabalho com recursos como figuras, e histórias, ajudando a incentivar as habilidades para ensinar a ler e a escrever”, diz. Já a fisioterapeuta Verônica Guerra intervém nos sintomas. “Usamos o movimento como ferramenta para aquisição da linguagem que é um dos aspectos de dificuldades nos circuitos psicomotores. Sempre respeitando o limite corporal e emocional”, enfatiza.

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COTIDIANO

Ó ABRE ALAS QUE EU QUERO PASSAR! POR FERNANDA TAVARES

FOTOS DIVULGAÇÃO DO SESC QUITANDINHA

Folia familiar. É dessa forma que os saudosistas do carnaval antigo lembram do cenário petropolitano carnavalesco. Os luxuosos bailes e as matinês infantis atraíam visitantes de outras cidades. Apesar das mudanças ocorridas com o tempo, muitos esperam que a alegria inocente dos pierrôs e colombinas tornem a povoar a imaginação dos petropolitanos.

A

única cidade imperial das Américas já foi conhecida por seus grandes bailes de carnaval nas décadas de 40, 50 e 60. A grandiosidade do Hotel Quitandinha, o luxo do Clube Petropolitano e as bandas que percorriam as cidades eram o imã da diversão. Em um dos primeiros bailes de carnaval do Hotel Quitandinha, em 1945, mais de 20 mil pessoas vestiram as fantasias e se entregaram ao espírito carnavalesco imperial. Atualmente, poucos bailes sobrevivem e os apaixonados pela história esperam resgatar os tempos áureos do carnaval em Petrópolis. Cenários de cinema, bailes de máscaras, crianças ainda vestidas de pierrôs e colombinas. Era nesse mundo de fantasia que as pessoas curtiam os bailes imperiais. Os mais famosos da época, do Hotel Quitandinha, começaram, segundo informações da assessoria do Sesc Rio, antes mesmo dos dias carnavalescos, já na semana de inauguração, em fevereiro de 1944. Cerca de duas mil pessoas compareceram à festa que contou com participações especiais de Grande Otelo, Virgínia Lane, a peruana Yma Sumac, as orquestras de Gaó, Carlos Machado e Ray Ventura, Os Milionários do Ritmo e Galvão, The Codolbans, Jean Clayton, Mariquita Flores, Antonio de Córdoba, Madeleine Rosay, Príncipe Maluco, Don e Dolores, Margo Dowling e Glória Thomas. Os destaques das quentes noites pré-carnavalescas ficaram por conta das 36

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TRADICIONAL Os bailes do Quitandinha são relembrados como os tempos aúreos do carnaval em Petrópolis

fantasias de marinheiro e guerrilheiro russo (estes dois, em alusão a personagens da guerra). Isso e os fogos de artifício em volta do lago. A animação e a magia do segundo carnaval do Quitandinha, em 1945, seriam decisivos para atrair ainda mais gente aos festejos do ano seguinte, que contariam com uma foliã de fechar o salão: Lana Turner, então badalada pelo filme “O destino bate a sua porta”. Uma das atrizes mais conhecidas de Hollywood ficou no

hotel-cassino por um mês, em 1946. Mas não eram só as estrelas que curtiam os bailes. Os petropolitanos compareciam em peso. “Minhas recordações vão desde os bailes do Quitandinha até o Preto e Branco do Petrô. Também tinha o bloco do Bafo da Onça que era divertido e as matinês para os pequenos. Adorava as danças nos salões e os desfiles de carros alegóricos. Hoje, ainda existem os desfiles, mas, a sensação de segurança não é mais a mesma”, diz Wânia Moraes, educadora da rede municipal. Segundo os registros históricos dos jornais antigos, até 1947 os bailes de gala eram promovidos nos teatros, mas, em 1953, um grande sucesso mudaria o cenário carnavalesco da cidade: a criação do Baile de Máscaras na nova sede do Clube Petropolitano. Após 30 anos, outra novidade, o Baile do Preto e Branco, que perpetua em Petrópolis, foi a grande inovação do carnaval. “O carnaval era mais animado, tinha o perfil de família mesmo. As pessoas vinham de longe para passar os dias festivos aqui. Os foliões se respeitavam e o que fazia mais sucesso era o baile de máscaras do Petropolitano. Nos preparávamos o ano inteiro para o grande dia. Hoje, percebo que tudo mudou e muitos não sentem segurança em sair à noite ou deixar os filhos participarem dessas festas. Esperamos, claro, que a glória dos antigos bailes retornem um dia”, diz a servidora pública Madalena Seabra.


Cenários de cinema, bailes de máscaras, crianças ainda vestidas de pierrôs e colombinas.

BAILE DO QUITANDINHA Em 1945, mais de 20 mil pessoas se entregaram ao espírito carnavalesco Imperial

DIVULGAÇÃO CLUBE PETROPOLITANO

Atualmente, apesar de centenas de pessoas prestigiarem o Baile do Preto e Branco, o saudosismo dos tempos passados ainda encanta os turistas, como é o caso da paisagista carioca Maria Vitória Almeida. “O carnaval petropolitano era conhecido como o melhor carnaval das cidades de veraneio na época. Começava no sábado com o Baile a rigor que era no Clube Petropolitano e se chamava Baile de Máscara, depois, vinha o do Castelo que fica na entrada de Petrópolis e, na minha opinião, era o melhor deles. Seguíamos a maratona participando do baile de Nogueira e todos eles eram animadíssimos. Por isso, todos os anos, quem morava no Rio viajava para Petrópolis para passar o carnaval. Muito bom! Hoje, sou avó e, infelizmente, minhas filhas não aproveitaram o que eu curti, porque na infância delas raramente tinha algum baile na cidade. Passei a levá-las para Caxambú, onde tinha carnaval típico do interior, e, hoje, minhas netas vão para Búzios. Na minha opinião, faltam clubes na cidade e carnaval de rua para as crianças, com matinês e concursos de fantasias”, afirma. Já a professora Andresa Chaves tem ótimas recordações sobre esse período. “Lembro que assistia aos blocos de rua no colo do meu pai e era divertidíssimo. Gostava muito, também, das matinês do Clube Dom Pedro, onde as crianças se esbaldavam. Infelizmente, não consegui fazer o mesmo com os meus filhos, parece que a tradição acabou”, comenta. Até 2012, a cidade imperial contou com uma programação de carnaval com desfiles de escolas de sambas e bailes em 14 bairros e distritos. No ano passado, o grande homenageado foi o caricaturista Lan, de 87 anos. Residente em Pedro do Rio há 38, Lan retrata seus desenhos cheios de curvas e bem humorados, com seu olhar único, sobressaltando, principalmente, as paixões

BAILE DE 1964 O Clube Petropolitano reunia um dos melhores bailes de carnaval da cidade

que fizeram este italiano brasileiríssimo nunca mais deixar o Rio de Janeiro: o futebol, o samba e as mulheres. Neste ano, o prefeito Rubens Bomtempo optou por investir a verba de R$ 1 milhão que seria destinada ao desfiles das escolas de samba na área da saúde que, segundo ele, está em um estado de calamidade. Porém os tradicionais “Baile do Fantasma” e o “Banho a Fantasia” acontecem normalmente, assim como os bailes do Alto da Serra, Praça Pasteur, Pedro do Rio, e as matinês no Obelisco. Apesar das tentativas de resgatar o carnaval na cidade, o brilhantismo passado deixa marcantes saudades. revistaon.com.br

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fiobranco.com

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PAPO DE COLECIONADOR

SOFISTICAÇÃO EM VIDROS POR LETICIA KNIBEL

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Perfumes remetem ao poder, à sensualidade e à beleza. Atualmente, eles ocupam espaço (muito espaço!) nas prateleiras daqueles que amam colecionar diferentes fragrâncias.

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xiste um provérbio português que diz o seguinte: “No menor frasco está o melhor perfume”. Isto até pode ser verdade, mas não há nada como comprar o vidro da sua essência favorita e usá-la sem dó, mesmo sabendo que quanto mais mililitros, mais caro se paga pelo produto. Prova disso é o que diz a advogada Dalle Schmid, que coleciona alguns dos mais famosos aromas. “Meu interesse por fragrâncias começou, a princípio, por causa das embalagens que sempre achei interessantes e, depois, pelo cheiro”, conta.

“Sempre liguei o uso do perfume à sofisticação e à elegância. Acredito que está relacionado à personalidade da pessoa e ao humor”, produtor de moda Dod Almeida

Dalle explica que o fascínio pelos cosméticos começou cedo. Sua inspiração surgiu a partir de uma amiga que tinha

muitos frascos, não deixava ninguém tocar e também não os usava. Schmid explica que não entendia a lógica de ter todas aquelas fragrâncias e não desfrutá-las. “Então decidi que quando tivesse a oportunidade de ter as minhas, eu as usaria”, revela. A ideia de colecionar está ligada a manter guardado, seja qual for o objeto, mas, assim como Dalle, algumas pessoas gostam de aproveitar ao invés de deixar a coleção conservada em algum canto. Quem concorda com este pensamento é o produtor de moda e colecionador Rodolfo Almeida, conhecido como Dod, revistaon.com.br

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PAPO DE COLECIONADOR

que, atualmente, possui quase 40 frascos e garante usar todos. Há mais de dez anos, ele coleciona diversos vidros das mais variadas essências, tanto para o dia quanto à noite. “Sempre liguei o uso do perfume à sofisticação e à elegância. Acredito que está relacionado à personalidade da pessoa e ao humor. Cada dia uso um cheiro diferente, variando com meu estado de espírito”, diz. O produtor ainda explica que algumas fragrâncias só usa em ocasiões especiais, devido ao cheiro e, principalmente, ao preço, pois nem todos podem ser comprados constantemente. Especialista no assunto e autora do livro “Brasilessencia: A cultura do Perfume”, Renata Ashcar explica que são seis as classificações dos cosméticos: floral, aromático, oriental, cítrico, chipre e amadeirado. “Estas famílias olfativas combinadas a diversas subcategorias como, por exemplo, frutal, floral e doce, formam o que chamam na linguagem técnica de genealogia olfativa”, destaca. Para Dalle e Dod, os preferidos são os Coco Mademoiselle (oriental floral) e Dior Addict (oriental amadeirado), respectivamente. Ambos destacam não gostarem dos aromas muito cítricos e os aldeídos (notas sintéticas utilizadas

ESSÊNCIA As notas de coração expressam o tema principal da fragrância 40

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CURIOSIDADE Hoje, são quase 1.000 extratos naturais e mais de 3.000 opções em sintéticos no mercado

para realçar o aroma das substâncias naturais) florais, usados nos estilos clássicos e sofisticados, como o famoso Chanel Nº 5, eternizado pela diva do cinema Marilyn Monroe. Sabendo que os extratos são compostos pelas mais diversas substâncias, vale destacar que o que os tornam caros, muitas vezes são, justamente, os ingredientes. “Imagine que para fazer um litro de óleo de rosas são necessárias cerca de três toneladas de pétalas. Isto explica o valor exorbitante desta maravilhosa matéria prima, cerca de 15 mil euros o litro. Mas acho que não é somente isto. Muitas

CHEIRO Cada perfume possui três aromas (De saída, de corpo e de fundo)

“Muitas vezes, a publicidade, a embalagem e todo o conceito da marca, fazem com que o perfume seja mais caro”, especialista em perfumes Renata Aschar

vezes, a publicidade, a embalagem e todo o conceito da marca, fazem com que o perfume seja mais caro”, explica Renata. Além do alto valor, os colecionadores encontram dificuldade para achar determinadas marcas como Chanel, Chloé, Thierry Mugler, entre outros, até mesmo em importadoras. O jeito é encomendar ou comprar em sites especializados, o que encarece ainda mais o produto. Para Dalle e Dod, os diferenciais na hora de comprar são, além da embalagem e vidros especiais, o toque de baunilha e uma boa fixação. “O fixador não é um elemento extra, adicionado na fabricação. Popularmente fala-se em fragrância com bom poder de fixação, ou seja, que persiste por várias horas”, comenta Ashcar. A especialista ainda enfatiza que isso se deve às notas de fundo, também chamadas notas de base, que são constituídas por ingredientes mais densos e persistentes; eles atuam na composição de modo a proporcionar uma difusão mais lenta.


CHARME Os vidros chamam a atenção pela beleza

FIXAÇÃO São as notas de fundo que determinam quanto tempo o aroma ficará na pele

Entre os muitos frascos colecionados por Schmid e Almeida, as raridades são os vidros de Poison (Christian Dior) e Polo Sport (Ralph Lauren). O primeiro não é

mais produzido e o segundo pertence a uma edição limitada. Quanto aos mais caros destacam-se os das marcas Chloé, Chanel e Dior, dependendo da fragrância.

“Em média, no Free Shop, cada um custa US$ 250. No Brasil, o preço chega a quase R$ 450”, revela a advogada. Entre os mais de 80 perfumes, os favoritos [e mais caros] dos colecionadores são: Coco Mademoiselle (Chanel), Premier Jour (Nina Ricci), Prada Candy (Prada), Hypnose (Lancôme), Ange ou Démon (Givenchy), Addict (Christian Dior), CH (Carolina Herrera) e Chance (Chanel). Uma dica importante que Dod destaca está relacionada à forma de conservação do produto para que ele não perca a cor e odor característicos: “não se deve deixar os frascos no banheiro, por causa do calor e nem expostos à luz”. Outra questão interessante que Dalle ressalta é para quem fica na dúvida na hora de comprar. “Primeiro escolha um aroma com o qual se identifique e depois passe! As vendedoras podem não gostar muito, mas é uma boa opção para saber se o perfume combina com a pele e se pode causar alguma alergia. É a única forma de saber qual tipo de fragrância irá agradar mais”, conclui.

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ESPORTE

LOBOS NO ATAQUE ICIA KNIB

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Unidos, e rentáveis nos Estados es lar pu po is ma s rte po co petropolitano, Considerado um dos es a curiosidade do públi o ad ert sp de tem no natos. ca o futebol ameri se destacado em campeo tem e qu al loc e tim do ão principalmente pela atuaç

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m projeto de inclusão, patrocinado em 2007, pela AFAB (Associação de Futebol Americano no Brasil) e pela FEFARJ (Federação de Futebol Americano do Rio de Janeiro), deu vida ao time que, na época, era conhecido como Petrópolis Wolves (em português, lobos). Cinco anos depois, após passar por muitas dificuldades, a equipe encontrou seu “lar” quando filiou-se ao Sport Club Internacional, quando passou a se chamar Internacional Wolves-Petrópolis. De acordo com Monique Bertoldi, assessora da equipe, os principais nomes dos times são: Drake Stockler, Matheus Wilbert e Tiago Barbosa. “Mesmo não sendo um esporte tão popular, conseguimos atrair a atenção dos jovens, cada vez mais interessados em jogar. Além disso, em todas as partidas feitas na cidade, a torcida tem marcado presença”, revela Matheus Wilbert, o coach (treinador da equipe de ataque). Matheus explica que o futebol americano (american football), assim como o da bola redonda (association football), um esporte que veio do Rugby Football (esporte coletivo originário da Inglaterra). O desporto estadunidense foi jogado ofi42

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cialmente pela primeira vez em 1869 em uma partida que envolveu as universidades americanas de Rutgers e Princeton. “De lá para cá sofreu várias alterações nas regras e tornou-se o número um dos Estados Unidos. Atualmente, é uma das atividades que mais cresce em todo o mundo”, destaca Wilbert. O treinador revela que sua paixão pelo esporte começou cedo, quando tinha nove anos. “Na escola costumava jogar com os amigos e sempre tive vontade de ser treinador de futebol americano”, confessou. Guilherme Cohen, que joga como linebacker (função que equivale ao quarterback da defesa, pois é ele quem chama a jogada e alerta os companheiros sobre o possível lance do ataque), explica que o jogo é dividido em quatro períodos de 15 minutos, o objetivo principal é avançar o máximo possível até entrar na “end zone” (zona final), onde é marcado o touchdown (quando o jogador do ataque cruza o plano de gol do adversário com a posse da bola). As formas de ataque são passar a bola ou correr com ela. “O ataque tem quatro tentativas para chegar ao touchdown ou conseguir uma nova oportunidade, que

se chama first down (avanço contado que o jogador faz em campo, mesmo que ele seja derrubado, vale para o time que está avançando) para chegar mais perto da end zone”. Cohen ressalta que toda jogada deve ter 11 jogadores no ataque e na defesa. Normalmente os times principais contam com 53 atletas. “Meu primeiro contato com o esporte foi na escola. Um amigo falava muito sobre o jogo e parecia ser interessante, então em um domingo liguei a televisão e estava passando. Achei incrível toda a dinâmica que o envolve”, diz. Bertoldi conta que os treinos ocorrem aos sábados, mas as aulas para pré-adolescentes acontecem nas quartas-feiras. “O trabalho com o público infanto juvenil é diferenciado, pois é mais voltado ao condicionamento físico, à lateralidade, desenvoltura e ao equilíbrio. Inicialmente não tem jogo, a idade mínima é de 12 anos”. Quem quiser fazer parte do time deve ir aos treinos nos horários indicados. Já para fazer parte da equipe principal, deve realizar o try out ( seleção para escolher novos jogadores). “O futebol americano é minha atividade preferida, não só pela parte física, mas,

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POR LET


também, pelo fato de estar entre amigos. Este é um dos esportes que mais preza a união do grupo para obter resultados”, ressalta Tiago Barbosa, que joga como wide receiver (atleta que atua pela lateral do ataque e tem como objetivo correr uma rota definida, desmarcar-se, para depois receber a bola). Matheus conta que entre as dificuldades encontradas pelos Wolves está a falta de apoio. Monique concorda e diz que eles precisam, no momento, de patrocinadores. “Atualmente, são 64 jogadores que na hora de viajar, para os campeonatos, precisam tirar dinheiro do próprio bolso para locação de ônibus e outras despesas”, explica. Apesar de todos os problemas enfrentados, o time tem conquistado espaço e destaque nos campeonatos. “Participamos do Cabofolia Bowl, um torneio de futebol americano de praia, disputado na Praia do Forte em Cabo Frio e terminamos na quinta colocação. Depois, participamos do Primeiro Campeonato Estadual de Futebol Americano de Grama do Rio de Janeiro, na competição chamada de LiFFA

(Liga Fluminense de Futebol Americano) e terminamos na terceira colocação”, revela Wilbert. Ele ressalta, ainda, que oficialmente o Wolves é a única equipe federada e ativa em Petrópolis. Os planos para o futuro são muitos, mas Monique conta que o objetivo é continuar representando Petrópolis e o Clube Internacional que os acolheu, ter os jogadores convidados para os times principais, como os grandes times cariocas ou mesmo para a federação. “Além disso, vamos continuar fazendo a parte social, com arrecadação de alimentos não perecíveis nos jogos, para doar às instituições, e seguir com a parceria firmada na campanha Outubro Rosa no ano passado”. Para o treinador, é importante ressaltar que este esporte ensina a ter disciplina, além de ser uma prática saudável. “Ensina também a ouvir e a trabalhar em equipe e, acima de tudo, requer muita concentração, raciocínio rápido e inteligência. Tudo isso é aprimorado com treinos e jogos e quem pratica acaba aprendendo coisas muito importantes para a vida”, conclui.

Expressões e objetivos do Futebol Americano

O objetivo do jogo consiste em marcar mais pontos que o adversário, onde as pontuações são: touchdown (que ocorre quando o jogador do ataque cruza o plano de gol do adversário com a posse da bola); field goal (quando o time de ataque opta por chutar a bola em direção à trave do adversário. Se a bola passar entre as traves da equipe, marca os pontos); safety (quando a defesa consegue derrubar o atacante que está com a posse da bola, dentro do próprio plano de gol do ataque). “E ainda existem as pontuações extras, como o PAT (point after touchdown), que consiste em um ponto, onde a equipe do ataque após marcar o Touchdown tem direito a chutar a bola e se acertar o chute ganha esse ponto de bonificação”, explica Matheus. A outra pontuação extra é o two-point conversion, pois a equipe do ataque ao invés de chutar, tenta fazer um novo touchdown.

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GASTRONOMIA

VINHO PARA ALIVIAR

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CALOR

POR LETICIA KNIBEL

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Uma estatística divulgada pelo Instituto de Economia Agrícola revela que os brasileiros estão consumindo mais vinhos. As pesquisas mostram que nos próximos anos o consumo pode chegar até nove litros por pessoa a cada 12 meses.

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uem disse que vinho só é bom no inverno? O sommelier Estevão Domingos dos Santos explica que eles também são consumidos no verão. Para ele, os mais procurados são os brancos, rosés e os espumantes, o que inclui os champagnes. “Recentemente houve um grande aumento na compra dos rosés de todos os tipos. Virou moda entre homens e mulheres por ser mais fresco e, também, por ser degustado gelado. Ele tem um pouco do paladar do vinho tinto, mas não tem a mesma complexidade por ser mais leve”, afirma. Para o tabelião Newton Toledo Filho, beber com os amigos é um dos prazeres da vida. “O vinho é uma bebida que contém charme, história, ritual de degustação e íntima relação com os acompanhamentos”, revela. Toledo conta que aprendeu a consumir vinhos há 15 anos e, com o tempo, passou a ficar mais exigente e a comprar produtos mais sofisticados, não necessariamente caros. “Esta é uma bebida democrática e cada um deve descobrir por si o que melhor atende o seu gosto. É importante verificar a origem e qualidade para poder 44

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De acordo com o sommelier Estevão Domingos, os vinhos mais consumidos no verão são os chilenos, os argentinos e os portugueses avaliar todas as vantagens que o vinho tem”, destaca. Estevão conta que alguns dos vinhos mais consumidos no verão são os chilenos, os argentinos e, mais recentemente, os portugueses e acrescenta que o perfil do público também está se expandindo. “Antes, a maioria dos consumidores pertencia à classe A. Atualmente, encontramos pessoas das classes B e C que estão muito interessadas e procuram entender melhor sobre o assunto”, diz. O comerciante Edmir dos Santos Rabello Júnior conta que há muita procura por vinhos brancos e frisantes (que possuem gás carbônico em sua composição, porém em menor quantidade). Apesar da diversidade, os franceses e champagnes também são campeões de venda na esta-

ção mais quente do ano. “Mesmo sendo muito consumido durante o verão, ainda prefiro degustar vinhos tintos, como, por exemplo, o Malbec, independente da estação”, revela Edmir. Em relação aos vinhos nacionais, o comerciante destaca que atualmente aumentou o número de vendas, principalmente das marcas Miolo e Casa Valduga. Para a professora Thais Freitas, algumas uvas deixam o paladar do vinho mais ácido, mais forte. “Prefiro quando o vinho compõe o sabor junto ao prato que está acompanhando. O sabor do vinho já é marcante e não pode ser totalmente predominante. Prefiro o cabernet sauvignon ou merlot”, revela seu gosto. Sobre o champagne, o sommelier Domingos ressalta que só pode ser considerado assim o vinho espumante produzido na região com este mesmo nome, na França. “Dentro deste local de fabricação, alguns critérios rígidos devem ser seguidos para que a bebida possa ser chamada desta forma”, explica. Para completar o prazer de tomar um vinho, nada melhor que um bom acompanhamento. Newton destaca alguns pratos que são consumidos junto


Para o empresário Afonso Henrique de Percia Simas, os brasileiros estão aprendendo a apreciar os vinhos, mesmo durante o verão DIFERENCIAL Vinhos brancos e espumantes em temperaturas mais baixas são indicados no verão

PRODUTOS As garrafas dos espumantes chamam a atenção pela beleza

com os rótulos brancos ou espumantes: canapés, peixes, frutos do mar, aves, queijos e saladas. “Para cada um existe um tipo de prato que mais combina. Normalmente vem informado no rótulo do produto”. Para Estevão, um dos pratos mais pedidos por seus clientes é o risoto de camarão com vinho branco. Afonso Henrique de Percia Simas é empresário e possui uma tradicional

casa de vinhos em Itaipava. Ele destaca que os brasileiros estão aprendendo a apreciar o vinho, inclusive o tinto. Para atrair mais clientes durante esta época de calor, a casa costuma oferecer pequenas degustações. “Às vezes, algumas vinícolas também fazem uma apresentação dos produtos. A ideia é difundir o consumo entre o público”, conta. Thaís destaca que no verão costu-

ma consumir mais carnes brancas, que são mais leves, por isso prefere beber vinho branco. Ela ainda explica que os espumantes servidos com canapés e torradinhas também são uma boa pedida. “Possibilitam um acompanhamento mais rápido e fresco”, diz. O sommelier Domingos afirma que, geralmente, o diferencial está na temperatura na qual a bebida é servida. “Tecnicamente, a pessoa toma o vinho entre oito e seis graus centígrados e os espumantes de seis a quatro. Só que o brasileiro prefere tomá-los mais frios e essa temperatura não é adequada para eles”, conclui ao revelar a preferência brasileira de dois a três graus.

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GASTRONOMIA ITALIANA NA SERRA FOTOS DIVULGAÇÃO

Localizado em Itaipava, o restaurante Trattorie da Serra reúne os melhores pratos da Itália em um espaço agradável e aconchegante

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rattorie é uma palavra italiana que, em português, significa restaurantes. Segundo a empresária Manuela Vianna, o nome foi escolhido para representar trattoria, que é um lugar aonde você vai com a família encontrar os amigos. “A ideia surgiu do meu marido que sempre quis ter um restaurante neste estilo e eu, como cliente, achava que faltava em Petrópolis um local especializado e de qualidade neste ramo”, explica Manuela. O restaurante oferece um cardápio variado de massas. De acordo com a empresária, elas são feitas com sêmola italiana orgânica, um grão que absorve menos água e, por isso, fica sempre “al dente” ou no ponto, o que faz com que seja diferente dos pratos brasileiros. Apenas o gnnochi (nhoque) é feito de batata ou aipim. “As massas são servidas em cestinhas de queijo parmesão. Aqui, a pessoa escolhe o molho de sua preferência”, diz. Além das massas, o restaurante oferece, também, filé de trutas. “Resolvemos incluir esse peixe porque é de água doce e a criação é na região serrana”, afirmou. Segundo Manuela é comum que as trattorias tenham dias específicos para cada prato. No restaurante, a quinta-feira é dia do nhoque e os clientes recebem 30% de desconto mais uma cortesia. Já a sexta é dia do peixe com 20% de desconto mais uma surpresa. O domingo é destinado aos assados e a famosa costela no bafo. Ao chegar ao local, as pessoas também são recepcionadas com a bruschetta (pão italiano com recheio ou cobertura) de cortesia.

O casal carioca Marcos Moggi e Janiny Almeida aprovam o cardápio do Trattorie, assim como o atendimento. “Somos recebidos como amigos e a Manuela tem a preocupação de que o cliente saia satisfeito”, conta Janiny. Marcos afirma que entre os pratos preferidos do casal estão o panzerotti (um prato que fica entre o pastel e o calzone), o spezzatino (picadinho de filé mignon) e as massas servidas nas cestinhas. “Os pratos são bonitos, têm uma boa apresentação. Gostamos também do petit gateau (bolo de chocolate acompanhado de sorvete) e eu aproveito para tomar a cerveja imperial”, comenta. O chef da casa, Paulo Hnag, é o responsável por todas as delícias servidas. “Sou muito exigente na cozinha e adoro os pratos enfeitados. Geralmente, uso as cores da Itália para colorir o que é servido”, destaca. Atualmente, o local conta com sete colaboradores e todos fizeram um curso de certificação de boas práticas. O Trattorie oferece, ainda, uma adega. Também são representantes exclusivos na região serrana de duas vinícolas, a “Quinta das Arcas” e a “Adega de Favaios”. O marido da Manuela, Luiz Fernando Vianna, fez curso pela ABS (Associação Brasileira de Sommeliers) e ressalta que, além de comercializarem no restaurante, também possuem preços atrativos direto do importador para revendedores. Se você procura o melhor da comida italiana em um lugar discreto, aconchegante e com bom atendimento, acaba de encontrar o local certo. O Trattorie da Serra reúne sofisticação e qualidade nos serviços, no centro de Itaipava.

TRUTA O chef Paulo Hnag preparou um filé de truta com geleia de pimenta e legumes cozidos

AMBIENTE O Trattorie da Serra é um restaurante que reúne boa gastronomia e bom atendimento

TRATTORIE DA SERRA Estrada União e Indústria, 9.430 Lojas 2 e 3, Itaipava, Petrópolis – RJ Tel.: (24) 2222-6331 | 4104-0341 sac@trattoriedaserra.com.br


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VIAGEM DIÁRIO DE BORDO

Chile Capital Santiago Área 756.950 km² População 17.248.450 hab. Moeda Peso Chileno Fuso horário GMT -4

Cordilh e

ira dos

Andes

Quando ir

Para quem quer ver neve e curtir o frio, deve viajar entre meados de junho e setembro.

o

evad

N Valle

Como chegar

As principais companhias que voam para Santiago são Tam, Lam e Gol. Onde ficar

Para quem gosta de interagir, eu indico os albergues. São muitas opções pela cidade, baratos e com boa estrutura. Onde comer

Nas lojas do metrô, Estação Santa Lucía e no Mercado Central de Santiago. Procurar pelas empanadas de queijo que são maravilhosas, algo próximo do nosso pastel de queijo. O que fazer

Passeio ao Valle Nevado, as cidades de Valparaíso e Viña Del Mar, vinícula Concha y Toro, além de uma boa caminhada pelo centro da cidade, onde você encontrará muitos cafés, parques e feiras de artesanato, e o Cerro Santa Lucía. Dica

Santiago não é uma cidade barata, portanto não esqueça de usar sua calculadora. A moeda local é contada de um jeito diferente, isso ajudará a ter uma noção do quanto se gasta em reais. Outra dica que dou é a utilização dos cartões para viagens, como o Visa Travel Monney. Você carrega em dólares antes de sair do país e saca em moeda local em caixas eletrônicos no seu destino de viagem, muito prático. 48

Janeiro | Fevereiro

Tatiana Rocha de mochila no Chile

V

iajar sempre foi algo fascinante para mim, uma oportunidade de conhecer outros lugares e experimentar a fundo a cultura dos mais diferentes tipos. Já faz muito tempo que planejava um mochilão, mas por diversos motivos isso não aconteceu no tempo em que eu esperava, mas em 2012 pude partir para essa experiência magnífica. Escolhi como destino a América do Sul, já que estudo espanhol há um tempinho e isso seria uma boa oportunidade para treinar a língua e saber um pouco mais sobre os hispanohablantes. Minha prima foi uma companhia ótima, alguém com quem pude dividir além das fotos, muitas recordações inusitadas. Comecei por Santiago, no Chile. A cidade me surpreendeu bastante, muito agitada, prédios enormes, trânsito intenso e muitas coisas para ver. Os passeios que mais gostei foram ao Valle Nevado com mais de 3.000 metros de altitude, onde pude apreciar uma bela vista e a possibilidade de praticar vários esportes na neve. Percebi, que lá os óculos escuros e o protetor solar são mais necessários que na praia, pois a neve reflete bem os raios do sol. Senti falta também de um remedinho para enjôos, já que passei por mais de 40 curvas durante o trajeto e elas são bem acentuadas. Achei a infraestrutura da cidade muito boa, as linhas de metrô são ótimas e as ruas são bem sinalizadas, o que me possibilitou fazer praticamente tudo a pé ou de metrô. Visitei o Parque Arauco, um dos maiores shoppings da América Latina, vale a pena conferir, mas é bom reservar algumas horas pois realmente é enorme. O Cerro Santa Lucía, na região central de Santiago, é um parque bem diferente, ar-


Viña del mar

Cerro Sant a

Lucía

Valle Nevado

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risco dizer que é um conjunto de praças. Durante a subida, nos deparamos com uma praça, muitas plantas e uma vista maravilhosa de toda a cidade com a cadeia de montanhas dos Andes ao fundo. Os doces são uma beleza à parte, as vitrines das docerias, cafés e padarias são de dar água na boca, e o sabor é melhor ainda. Perdi a conta de quantas vezes troquei um prato salgado por um docinho, até porque, confesso que achei a comida sem tempero, mas as empadas de queijo eram sempre muito boas, adorei! Depois de cinco dias, parti para o próximo rumo da viagem. De ônibus cruzei a cordilheira dos Andes e me deparei com paisagens deslumbrantes. Dei sorte de ir em setembro, pois a neve já não é tão intensa e, com isso, não há muito risco do fechamento da estrada por conta das nevascas, porém é bem frio do mesmo jeito. Depois de cinco horas cheguei a Mendoza, na Argentina, mas essa história fica para uma próxima vez!

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