FB | Revista On Petrópolis #03

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#3 Direção e Produção Geral Felipe Vasconcellos felipe@fiobranco.com.br Produção Sabrina Vasconcellos Heverton da Mata Edição Rafael Moraes rafael@fiobranco.com.br Redação Priscila Okada Frederico Nogueira Comercial Igor Pachá igorpacha@fiobranco.com.br (24) 8864-8524 Criação Felipe Vasconcellos Robson Silva Colaboração Aline Rickly Bernadete Mattos Fernanda Tavares José Ângelo Kitty D’Angelo Leonardo Farroco Leticia Knibel Luiz Cezar Estagiário Neílson Júnior Distribuição Petrópolis, Itaipava, Nogueira, Corrêas, Pedro do Rio e Posse Produção Gráfica WalPrint Tiragem 5.000 Foto de capa Ezio Philot | Cia Fotográfica Fiobranco Editora Rua Prefeito Walter Francklin, 13/404 Centro | Três Rios - RJ 25.803-010 Sugestão de pauta redacao@revistaon.com.br Trabalhe conosco rh@revistaon.com.br 4

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Editorial

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hegamos à On #3 com um profissional que tem o dom de fazer bem ao paladar. O chef Sormany Justen apresenta sua história, dificuldades e conquistas ao longo do caminho que o colocaram no topo das listas gastronômicas. Por falar em gastronomia, há a estreia da editoria “Sabores”, com Bernadete Mattos, Luiz César e pratos deliciosos para você fazer em casa. As dicas de decoração para o ano que ainda inicia estão nas próximas páginas. Sabe o que acontece nos jardins do Imperial? Fomos descobrir para te contar. No caminho, a força de pessoas que lutam pela vida quando se descobrem com câncer, nos motivou a contar essas outras histórias petropolitanas. Ah, a arte ainda tem espaço com um artista que utiliza a madeira como matéria prima para a criatividade. Delicie-se com as próximas páginas. Buon appetito!


Índice 6 Opinião 11 Cultura 14 Lazer 20 Eu sei fazer 22 Saúde 24 Design e Decoração 30 Inspiração 38 Esporte 42 Papo de Colecionador 48 Aconteceu 50 Sabores

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52 Viagem 56 Espaço Festas 66 Guia

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OPINIÃO

Henrique e suas circunstâncias Veja você que Henrique era um “chato”, buscava no fundo no fundo, a verdade

Roberto Wagner rwnogueira@uol.com.br

Roberto Wagner Lima Nogueira é procurador do município de Areal, mestre em direito tributário - UCAM-Rio, professor de direito tributário da UCP – Petrópolis – e colunista do Três Rios Online.

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enrique é um jovem contemporâneo, de maneira que vive numa época marcada por um profundo relativismo, onde tudo depende tão somente de um ponto de vista. E como diz Leonardo Boff: todo ponto de vista é a vista de um ponto. Se assim é, será a verdade apenas um ponto de vista, variante segundo a subjetividade de cada pessoa? Henrique é um rapaz incomodado com o relativismo atual. Alguns de seus amigos que gostam de refletir – e são poucos – sustentam com ele que o relativismo atual é positivo, ou seja, é maravilhoso viver numa sociedade múltipla. No entanto, Henrique retruca dizendo que essa postura pode levar à falsa ideia de que “tudo é válido”, o que fatalmente é um retrocesso social. Infinitas discussões acadêmicas nas muradas da Universidade Católica de Petrópolis (UCP). Enfim, Henrique é um intelectual. Em casa, é cercado por pais também formados em universidade e que, assim como ele, curtem os avanços do mundo moderno, só que, curiosamente, não nutrem os mesmos questionamentos do rapaz. Vivem a vida no aqui e agora, sem maiores indagações físicas ou metafísicas. Por exemplo, a mãe é frequentadora assídua de academia e é uma mulher de 47 anos, exuberante. Certa feita, Henrique presenciou o seguinte diálogo entre os pais. Ela reclamava do marido: você só está interessado em meu corpo! − engano seu, também sou amarradão no meu, respondeu o marido. Estas eram as circunstâncias do lar de Henrique. Virada de ano, família toda reunida, tios, tias, avós, sobrinhos e muita bebida. Todos comemoravam o início de mais um ano. No final

da festa, os estragos eram visíveis, havia gente deitada por todos os lados da casa, cada um mais ressaqueado que o outro. Logo ali, todavia, estava Henrique refletindo sobre o novo ano que se iniciara há pouco. Aproveitou que sua bela mãe se aproximou dele na varanda e, olhando para ela, falou-lhe: − estou sentindo um vazio..., e a mãe disse: − aproveite e vá malhar. − Não sei bem mãe, acho que estou com uma sensação de insegurança..., a mãe: − bobagem, vá ao shopping dar um passeio com a namorada. Henrique, então: − estou sentindo uma angústia aqui no peito, mãe. − Já sei meu filho, tome um lexotan (medicamento usado, entre outras situações, para ansiedade, tensão e outras queixas somáticas ou psicológicas associadas à síndrome de ansiedade) e após entre no twitter, no facebook e vá bater um papo, que isso passa. Veja você que Henrique era um “chato”, buscava no fundo no fundo: a verdade. Mas quem pode apresentar a verdade a ele num mundo onde sequer a questão da verdade é posta em questão. Em meio a dúvidas, foi se retirando da varanda com o cuidado de não pisotear as pessoas que jaziam “mortas”. Ao passar próximo à vó, sentada num confortável sofá, lascou-lhe um beijo na testa. A vó, meiga, segurou o braço do neto e, sem falar qualquer palavra, puxou-lhe para perto, abriu carinhosamente sua mão e colocou em sua palma, um belo crucifixo de remota data, não sem antes sussurrar-lhe ao ouvido: − foi de seu avô que era lindo e inquieto como você. Henrique, tocado com o gesto, e peito emproado, saiu a caminhar firme em meio a corpos caídos pela varanda e sala, com o crucifixo apertado em suas mãos.


Flanelinhas em Petrópolis A indesejada conduta dos guardadores clandestinos de veículos

Oneir Vitor Guedes oneirvitor@hotmail.com

Oneir Vitor Guedes formou-se em direito pela Universidade Federal de Juiz de Fora e, atualmente, atua como advogado e consultor jurídico nas áreas cível e criminal, além de ser colunista do Três Rios Online.

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insegurança na sociedade atual constitui um grande obstáculo ao exercício dos direitos de cidadania, de maneira que tarefas rotineiras como estacionar o carro têm se tornado cada vez mais árdua. Neste cenário, percebe-se que a ação do famigerado flanelinha se tornou um grande problema em Petrópolis, principalmente em áreas comerciais e nas proximidades de grandes eventos. Trata-se de um indivíduo que se vale do medo natural do cidadão diante da violência urbana, para oferecer um suposto serviço de vigilância sobre os veículos estacionados em vias públicas. Colocam os condutores em uma incômoda situação de constrangimento, de forma que o motorista deve optar entre pagar ao guardador ou ter seu veículo ou até mesmo sua integridade física atingida. Uma análise atenta dos jornais locais é capaz de evidenciar o catastrófico impacto da conduta sobre o município: loteamento de ruas, intimidação e extorsão de motoristas, danos a veículos e disputas por território, são apenas alguns dentre os muitos fatos abomináveis já relatados pela mídia. O governo federal até tentou regulamentar esta atividade através da lei 6.242, editada na década de 70, que condiciona o exercício da suposta “profissão” ao preenchimento de uma série de requisitos, dentre eles a ausência de antecedentes criminais e registro em órgãos públicos competentes. Por óbvio, tal estratégia não funcionou e, hoje, esta norma é mais uma “letra morta” na legislação pátria, afinal é um absurdo tentar colocar fita colorida em um embrulho de marginalidade e violência. Não se trata de uma questão social ou trabalhista, mas sim uma matéria relativa à segurança pública e a liberdade de ir e vir do cidadão. Felizmente, a tendência do legislador nacional é a criminalização da atividade dos flanelinhas, como pretende o projeto de lei 2.701, recentemente

apresentado no Congresso Nacional pelo deputado Fábio Trad. Algumas cidades, como Belo Horizonte, já se adiantaram, vedando expressamente a conduta em seu código municipal de posturas. Em outras, como Vitória e Ribeirão Preto, já foram ajuizadas ações civis públicas com objetivo de pleitear, no judiciário, que o poder público seja obrigado a retirar todos os guardadores das ruas. Enquanto o projeto de criminalização não é aprovado, o motorista petropolitano, vítima desta conduta, poderá requerer a repressão policial com base em delitos já existentes. Via de regra, todos os guardadores que atuam sem a autorização expressa do poder público cometem a contravenção penal de exercício irregular de profissão ou atividade (mesmo que esteja apenas “pedindo para tomar conta”, tal delito estará configurado). Caso o flanelinha não faça apenas um pedido ao condutor, mas sim uma cobrança, exigindo pagamento antecipado pela utilização da vaga, e com isso impedindo o motorista de estacionar sem efetuar a pagamento, tal ato configurará o crime de constrangimento ilegal. Se esta cobrança se der de forma ameaçadora, mesmo que a ameaça esteja implícita, tal fato configura o crime de extorsão. Em suma, como muitas outras cidades do Brasil, Petrópolis vive hoje um grande problema de segurança pública com a ação dos flanelinhas e todos devem assumir sua parcela de responsabilidade na solução do problema, até mesmo o motorista, que jamais deve ser conivente. É de se imaginar que surgirão reações contrárias a essa necessária repressão penal, um ato típico daqueles que buscam justificar na questão social todo tipo de criminalidade. Mas para estes, deixo aqui uma incômoda pergunta, cuja resposta negativa costuma implicar em consequências deletérias: “Pode vigiar o carro aí, patrão? Hein?”

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OPINIÃO

Boiando no Rio

A abrangência da lei da ficha limpa, apesar de princípio democrático óbvio, não atinge as famigeradas nomeações para cargos públicos comissionados

Helder Caldeira helder@heldercaldeira.com.br

Helder Caldeira é escritor, articulista político, palestrante, conferencista, colunista do Três Rios Online e autor do livro “A 1ª Presidenta”, primeira obra publicada no Brasil com a análise da trajetória da presidente Dilma Rousseff e que já está entre os livros mais vendidos do país em 2011. É apresentador do quadro “iPOLÍTICA” com comentários no telejornais da Rede Record.

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Brasil comemora a aprovação, pelo Supremo Tribunal Federal, da vigência da lei da ficha limpa já para as eleições de 2012, declarando-a constitucional. A partir de agora, cidadão “ficha suja” não poderá mais ser candidato a cargos eletivos. Mas será que isso eliminará da vida pública os bandidos, larápios nacionais, canalhas engravatados, que infestam a administração dos municípios, estados e do país? Claro que não! Infelizmente, a abrangência da nova lei, apesar de princípio democrático óbvio, não atinge as famigeradas nomeações para cargos públicos comissionados. Nesse sentido, as administrações fluminenses se tornaram um exemplo tétrico da falta de responsabilidade com a “Res Publica”, com a coisa pública. É comum assistirmos políticos serem defenestrados da esfera federal por suspeitas de “malfeitos”, corrupção e afins absurdos e ganhando “cargos de confiança” em prefeituras e até no Governo do Estado do Rio de Janeiro. O governador peemedebista Sérgio Cabral Filho tem feito isso com certa frequência para dar sustância à “pseudoaliança” que estabeleceu com Lula, Dilma e o PT, para atingir seus oposicionistas César Maia e Anthony Garotinho. Nessa querela, quem perde é o povo fluminense. Porque, quando a descarga é dada em Brasília, “tudo que é leve” vem boiar aqui no Rio de Janeiro. Vejamos dois exemplos clássicos. Quando a histórica petista Benedita da Silva foi exonerada do primeiro governo Lula após ser flagrada utilizando recursos públicos para uma viagem pessoal à Argentina, aonde ela veio parar? Foi nomeada secretária estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, cargo que ocupou – usou e abusou – até ser

eleita deputada federal em 2010. Uma de suas assessoras que a acompanhou durante o “Café da Manhã de Oração” argentino, despencou de Brasília e se tornou presidente da FIA/RJ (Fundação para a Infância e a Adolescência do Rio de Janeiro) e hoje é pré-candidata à prefeitura de Italva, no noroeste do estado. Em Petrópolis, uma das assistentes de Benedita veio ocupar um cargo de diretoria na então Secretaria Municipal de Ação Social, Trabalho e Cidadania, durante o governo Rubens Bomtempo. Esse foi só um dos casos emblemáticos. Outro acaba de acontecer! Há quatro meses, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, foi exonerado do posto de ministro do Trabalho e Emprego após gravíssimas acusações de irregularidades nos contratos e repasses de recursos públicos para Organizações Não-Governamentais (ONGs) ligadas a seu partido político. Quando uma pessoa desse naipe fica desempregada? Nunca! Eis que na sexta-feira, dia 17 de fevereiro de 2012, véspera do feriadão de Carnaval, o Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro estampou a nomeação de Carlos Lupi para o cargo de assessor especial do prefeito peemedebista da capital, Eduardo Paes. Segundo informações do gabinete, o ex-ministro fará “um trabalho de ponte entre Brasília e os interesses do Rio de Janeiro”. É mole?! Infelizmente, reitero, a lei da ficha limpa não é mais severa e ainda não abarca as nomeações politiqueiras para cargos públicos. Enquanto isso não acontece, seguiremos a contemplar as sujidades boiando nos rios. Ou melhor, no Rio. Mas estamos dando os primeiros passos. Estamos começando a limpar a casa política. Ainda que a faxina não seja totalmente eficiente e completa. Um dia chegaremos lá!


O advogado de fato e o advogado de direito

Singelas diretrizes para o aperfeiçoamento profissional e o preparo acadêmico David Elmôr david@elmorecorreaadv.com.br

David Elmôr é advogado criminalista, originário de uma das mais respeitáveis bancas de direito do Brasil (SAHIONE Advogados), Sócio Sênior do ELMÔR & CORRÊA Advogados

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ecentemente, em uma conversa informal com amigos que residiram fora do Brasil, cheguei à conclusão de que em nosso país, de maneira geral, a classe dos advogados não atinge um elevado índice de respeitabilidade perante a sociedade, ao contrário do que se verifica na maioria dos lugares do mundo (ex. EUA, Europa e Japão), e isto se dá devido à má preparação científica dos mesmos e a uma postura indesejável adotada por muitos “profissionais” no mercado de trabalho. Nesta ponderação, traçamos aqui, uma breve diretriz, em oito dicas, para orientar jovens operadores do direito, de forma a demonstrar que o profissional de sucesso, respeitável e confiável, é o “advogado de fato”, e não o “advogado de direito”. O advogado de direito, geralmente, é aquele “profissional” que não trabalhou de forma efetiva na vida acadêmica, ou seja, que não estagiou de maneira produtiva, e, de certa forma, ao terminar o curso de direito, é “atirado” ao mercado de trabalho sem nenhum preparo, apenas empunhando uma carteira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O advogado de fato não se sedimenta da noite para o dia. Isto, tendo em vista que, para tanto, é necessário percorrer uma longa jornada, tortuosa, no entanto, extremamente gratificante àqueles que a ela se entregam. Desta forma, para se tornar um profissional de qualidade (advogado de fato) é fundamental que se tenha disciplina e personalidade para seguir os

passos adiante traçados: ESTAGIE: o quanto antes, estagie na vida acadêmica, especialmente em um escritório de advocacia com grande demanda, no qual possa conhecer as mais variadas áreas do direito, de forma a tornar aguçadas suas preferências no campo jurídico; CONHEÇA-SE: defina sua identidade com base no que você é. Identifique seus principais valores e tire partido de suas virtudes. Determine o que é ter sucesso para você. Isto é fundamental para traçar seus futuros objetivos; ESPECIALIZE-SE: cada vez mais, o cliente está à procura de especialistas, pois todos estão em busca de respostas rápidas e eficientes. A especialização conduz à confiabilidade e ao respeito, de forma a criar uma referência em seu âmbito de atuação no campo jurídico; APRIMORE-SE: quem se aperfeiçoa naquilo que gosta tem mais chances de alcançar seus objetivos. Os advogados com mais horas de prática serão sempre os melhores. “Somos aquilo que fazemos repetidamente. Portanto, a excelência não é um ato, mas um hábito.” (Aristóteles) Nesse diapasão, com estas quatro orientações iniciais, denominadas como “bases para capacitação profissional”, encerra-se a primeira etapa do planejamento de carreira jurídica aqui proposta. Na próxima edição, estamparemos as quatro considerações finais, que tratarão das “bases para visibilidade profissional”. Aos amigos operadores, aos acadêmicos de direito e aos pleiteantes à carreira jurídica, até breve!

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OPINIÃO

Está difícil de acreditar

Previsões espetaculares sobre epidemias, revoluções, guerras, crises econômicas, questões ambientais etc, podem até preocupar muita gente, mas, na privilegiada ótica retrospectiva, é difícil acreditar piamente nestas “profecias”.

Eduardo de Oliveira eduardojorge.com@gmail.com

É coordenador do curso de jornalismo da Universidade Estácio de Sá (Campus Petrópolis). Jornalista, mestre em ciência política

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esde sua origem, a imprensa tem um notório interesse pelo sensacional. E, mais particularmente, pelas previsões sensacionais. E esta característica, que surge com os primeiros jornais, ainda no século 18, há algumas décadas conta com um poderoso aval: a ciência – ou, pelo menos, pesquisas feitas pela chamada comunidade científica. O problema é que a credibilidade da palavra “ciência”, embora sirva para respaldar o anúncio de grandes descobertas, endossa também grandes bobagens. Particularmente, no que diz respeito ao futuro: previsões espetaculares sobre epidemias, revoluções, guerras, crises econômicas, questões ambientais etc, podem até preocupar muita gente, mas, na privilegiada ótica retrospectiva, é difícil acreditar piamente nestas “profecias”. Mesmo quando surgidas de um trabalho científico. Quem já passou dos 40, ou nem isso talvez, provavelmente se lembra da infância e de aterrorizantes previsões científicas para os dias de hoje. Para começar, há algumas décadas ainda havia uma coisa chamada guerra fria. E a destruição do planeta, graças à guerra nuclear entre EUA e URSS, não era uma questão de “se”, mas de “quando”. Naquele tempo, se houvesse um confronto dessa natureza certamente seria uma catástrofe, o fim do mundo, uma desgraça, mas, de forma alguma, uma surpresa. Não bastasse isso, a imprensa de então ainda falava em tom grave sobre outras questões. Sobre a poluição, por exemplo. Era grande a preocupação dos cientistas com o resfriamento global (sim, era resfriamento mesmo). Os resultados? Mais mortes e destruição. Acompanhadas, é claro, de epidemias de “novas” doenças e, a princípio, incuráveis. Se aquelas previsões estivessem corretas, a vida hoje seria bem diferente, para não dizer difícil. A quantidade de alimentos produzidos em todo o planeta não bastaria para nem metade da

humanidade. Ah! Também não haveria água. Uma dessas previsões, vinda lá dos anos 70, era de que as reservas hídricas potáveis estariam reduzidas a menos de 10% em 2010. Petróleo, então, nem pensar: a crise de 1973 ensejou a divulgação de inúmeras projeções sobre as reservas do produto. A mais otimista era que elas estariam esgotadas bem antes de 2020. Enquanto isso, e em algum momento qualquer, um terremoto já teria feito o mar cobrir várias cidades litorâneas no Pacífico e, talvez, aqui no Atlântico também. Mesmo as previsões “boas” falavam de como hoje seria banal viajar para a Lua, colonizar Marte ou da facilidade de implantação de membros artificiais. Enfim: estava tudo errado. O número de previsões espetaculares (e análises preocupantes) continua grande. No passado, a maioria não passava de rematada bobagem, mesmo que fosse uma bobagem “científica”. A pergunta, pois, é óbvia: se havia tanta previsão errada no passado, porque elas deverão estar certas agora? Em tempos de aquecimento global, tsunamis, mais epidemias, ameaças de guerra mundial etc. Aqui e ali, ainda encontramos na mídia o mesmo cenário do passado: um clima de “o fim está próximo”, que existe há muito tempo sem que “o fim” jamais tenha chegado. Isto quer dizer, portanto, que no quesito “previsões catastróficas” devemos duvidar da ciência? Ou da imprensa? Ou de ambos? Pelo visto, muitas vezes parece que sim. Talvez as mais acertadas previsões científicas, boas ou más, já tenham sido feitas há muito tempo. Talvez até tenham virado notinhas escondidas em algum jornal. Mas, por algum estranho motivo, sempre foram (ou ainda são) as previsões erradas que têm um espaço garantido na mídia. O que é sensacional e “cientificamente comprovado”, nestes termos, parece sempre mais atraente que a verdade.


CULTURA

Mem贸ria Expedicion谩ria POR LEONARDO FARROCO

FOTOS REVISTA ON

Museu petropolitano preserva hist贸rias e curiosidades da 2陋 Guerra Mundial

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CULTURA

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m 2012, a entrada do Brasil na 2ª Guerra Mundial completa 60 anos. A data simbólica convida a refletir sobre a importância do conflito que moldou o mundo das décadas seguintes. Em Petrópolis existe um local que se dedica a preservar a memória do conflito, o museu da FEB (Força Expedicionária Brasileira), localizado na Avenida Koeller, 255, atrás do Palácio Rio Negro. Além de Petrópolis, existem outros museus semelhantes pelo Brasil: em Curitiba (PR), Campo Grande (MS) e no Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro. Mesmo distante da Europa, o Brasil participou da Segunda Guerra Mundial com mais de 20 mil soldados que deixaram suas famílias para trás para lutar na Itália. No museu é possível encontrar painéis que permitem remontar histórias e curiosidades da época. Entre os objetos doados pelos veteranos - no total são 478 fotos e 195 outros itens - é possível descobrir peças curiosas, cada uma contando uma história: medalhas, cantis, munições, livros de bolso de italiano e francês, uma bíblia. Ao observar

MEMÓRIA DE BATALHA Insígneas nazistas trazidas por soldados brasileiros

cada um dos objetos, é possível montar um quebra-cabeça, remontar situações do dia a dia da convivência entre os soldados, suas angústias e momentos de felicidade durante os oito meses de campanha na Itália. Um dos guias do museu, Manoel Roberito Filho, não foi para o combate, mas toda a semana ele doa parte de seu tempo para mostrar aos visitantes, curiosidades da época e da Guerra. Além das peças trazidas da Itália, no local também há um mural com o nome dos petropolitanos que participaram do conflito. Manoel conta que esta parte do museu desperta atenção especial entre as crianças que visitam o local, pois segundo ele “elas se animam enquanto procuram o nome de algum parente”. História Viva

IMPROVISO Além dos soldados do eixo, o idioma também era um adversário

“Eu não matei ninguém”. As primeiras palavras do veterano Cleber Butturini na entrevista, deixam claro que ele tem intenção de um relato sincero

A VETERANA Maria de Lurdes foi a única petrolitana a participar da guerra

FÉ No campo de batalha os soldados buscavam forças em suas crenças

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Os objetos do museu ajudam a remontar situações do dia a dia da convivência entre os soldados de sua participação na Segunda Guerra Mundial. A afirmação é sustentada com orgulho, por ter “cumprido meu dever, quando meu país assim solicitou”. A notícia do chamado para a batalha veio em uma lista publicada no jornal. Pouco tempo depois, uma carta confirmando a informação chegou em sua casa: era a convocação oficial. Nesta hora, restava apenas se despedir dos familiares e se preparar para a viagem. Ao ser convocado, Cleber tinha 19 anos e era torneiro mecânico na indústria têxtil. Como o exército precisava de soldados com esta qualificação para realizar a manutenção de armamentos e veículos, ele foi escalado para fazer parte da Companhia de Manutenção Leve, a 1ª DIE. Filho de um alfaiate italiano, a viagem foi a primeira de Cleber a outro país - ainda que durante a campanha, ele não tenha visitado a província natal de seu pai. Não estar na linha de frente ou participar de ataques a posições inimigas não era garantia de segurança. “Dois amigos meus morreram em acidentes de trabalho. Cheguei a sofrer um, mas não foi grave”. Em uma conversa com um veterano nem tudo precisa ser sobre guerra. “Você sabia que não é o sol que derrete a neve? É a chuva!” A descoberta deste fato, conta


Dos soldados brasileiros enviados à Guerra, 204 eram de Petrópolis Cleber, chamou a atenção dos brasileiros acostumados com o clima tropical. Além das memórias, ele também trouxe da Itália uma lembrança que carrega até hoje em volta do pescoço: um crucifixo abençoado pelo Papa Pio XII no Vaticano em 1942. Hoje, em seus 89 anos, se dedica a um hobby que cultiva desde a juventude: a música. É com orgulho que ele mostra suas habilidades no teclado, bateria e pandeiro – neste último inclusive, ele afirma ser “capaz de bater de frente com qualquer pagodeiro que tenha por aí”. E a cobra fumou

Visitar o museu da FEB permite viajar no tempo e conhecer essa parte importante da história do Brasil. Um ponto curioso é o brasão da Força Expedicionária Brasileira: uma cobra fumando um charuto.

TRIBUTO Mural com as fotos dos pracinhas petropolitanos

APRESENTANDO MEMÓRIAS Manoel Filho é um dos guias do museu

De onde teria surgido a ideia do desenho? Até 1942, o Brasil havia adotado uma postura de neutralidade na Guerra, mantendo relações tanto com o Eixo quanto com os Aliados. Ao ser indagado sobre as chances do Brasil participar do conflito, Getúlio Vargas chegou a responder que “mais fácil uma cobra fumar do que a FEB embarcar”. Em função dos navios mercantes brasileiros afundados pela Alemanha, o Brasil declarou guerra aos países do Eixo

em 22 de agosto de 1942. A cobra fumou. Um ponto curioso é que durante esse período, a expressão representava algo que dificilmente poderia acontecer. Atualmente o sentido é outro, sendo usado para ilustrar a algo que vai ocorrer de forma intensa ou violenta. Petrópolis na Guerra

Dos 25 mil e 700 soldados da Força Expedicionária Brasileira, 204 eram de Petrópolis. Cinco perderam suas vidas no conflito: João Maurício Campos de Medeiros, Justino José Ladeira, Fernando Fontes, Hivio Domênico Naliato e Francisco Luiz Roberto Boening. Os dois últimos nomes são familiares para moradores de Petrópolis, pois localidades da cidade fazem homenagem a estes combatentes. Outra curiosidade é que entre todos os petropolitanos enviados para os campos da Itália, havia apenas uma mulher: Maria de Lurdes Mercês, que participou como enfermeira. Após o conflito ela chegou a ser capitã. Atualmente, os soldados de Petrópolis participam de reuniões da associação de veteranos da cidade. As palavras do ex-combatente Cleber resumem o sentimento de seus colegas: “Me sinto feliz ainda hoje. Principalmente por ter cumprido o meu dever”. É para manter viva a lembrança dos sacrifícios sofridos na Itália, que o museu da FEB ajuda a perceber a importância da paz. revistaon.com.br

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LAZER

Nos jardins do

Museu Imperial POR FERNANDA TAVARES

FOTOS REVISTA ON

“O vento morno embala a vida que dança no jardim florido. Uma borboleta revoa movida por grande anseio renascido. Ouve-se o canto de um canário que, na árvore, faz seu ninho. Perto do lago, gato sedentário. É um novelo de lã enroladinho. A jovem, imóvel, livro ao colo, loira boneca, no banco, divaga. Vive sua história... Desejo tolo, ser real a encantadora saga. Um galante cavaleiro mouro, atraído por tão linda visão, para mirar tal tesouro fica, extasiado pela paixão.” (Mardilê Friedrich Fabre)

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etrópolis é conhecida internacionalmente como a única Cidade Imperial das Américas. O título reflete cada vestígio da monarquia encontrado em residências, bairros e ponto turísticos. O diferencial da cidade é que os elementos que reconstituem a história do reinado de dom Pedro II encontram-se totalmente incluídos na paisagem moderna de uma metrópole. Um exemplo disso são os jardins do Museu Imperial. Localizados em pleno centro urbano, reúnem no mesmo lugar, exemplares exóticos da flora, estátuas, inclusive uma de dom Pedro II, lagos e espaços para a realização de atividades alternativas. A beleza toma conta do lugar já nos portões de entrada. Árvores centenárias abrigam esquilos, macaquinhos e várias espécies de pássaros, como sabiás. Projetados pelo paisagista francês Jean Baptiste Binot, sob orientação pessoal do imperador dom Pedro II, os jardins abrigam árvores de incenso, jaqueiras, ciprestes lusitanos, magnólias, azaleas, palmeiras australianas, manacás, pau-brasil, cambucás e amélias. A beleza emociona os visitantes e moradores que, diariamente, visitam o espaço para fazer uma caminhada entre as ruelas. “Esse lugar é lindo. Aqui encontramos paz, não escutamos os barulhos

HISTÓRIA NACIONAL Estátua de dom Pedro II no jardim central

dos carros, apenas os cantos dos pássaros. Sempre trago os meus netos para passearem por aqui, eles correm, visitam os peixinhos e vêem de perto todas as lindas formas da natureza preservada”, disse a aposentada Sueli Paiva, 54. Além das caminhadas, os pátios do museu são palco de várias atividades físicas, voltadas para todas as idades. Uma delas, a prática de Tai Chi Chuan, ocorre

às segundas, quartas e sextas, das 7h30 às 8h, sob a coordenação da professora Begõna Javares e às terças e quintas, das 8h às 9h e das 9h às 10h com a orientação do professor Rafael Motta. “A prática do Tai Chi Chuan, também conhecido como Taijiquan, proporciona vários benefícios para a saúde do corpo e da mente. Um deles é o desenvolvimento do conhecimento da biomecânica humana, ou seja, através da prática constante, aprimoramos os movimentos bilaterais e estimulamos as motricidades. O exercício da ginástica do taijiquan, o qigong, estimula as regiões do cérebro que normalmente não utilizamos. O exercício também melhora o funcionamento da memória, através de técnicas de fixação dos movimentos, a mente se torna pré-disposta a manter sempre uma linha clara de raciocínio e fácil memorização”, afirmou Rafael, 30, que cursa educação física e é formado como professor da técnica pelo grupo “Gesto Cotidiano”, há 20 anos orientando a prática da técnica nos jardins do museu. Segundo o professor, a procura pelo Tai Chi Chuan é grande porque ao longo dos anos, o praticante percebe o fortalecimento, de um modo geral, do corpo físico. “Até o sistema imunológico melhora, a respiração, estrutura óssea e a correção da postura são benefícios do

DANÇA ALEMÃ Grupos se apresentam todos os sábados revistaon.com.br

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LAZER

DIVERSIDADE Visitantes observam flora e fauna do local

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o mesmo status ou importância atribuída aos outros acervos. “Quase sempre, os jardins do museu são vistos como um corredor que leva o público aos itens de maior interesse, como o prédio e o circuito de exposição permanente. Por isso, estamos empenhados em comunicar melhor a importância do acervo paisagístico no âmbito do complexo casa-jardim e, o ponto de partida é o estabelecimento de situações prazerosas do público com os jardins do imperador d. Pedro II. Para isso, existe um projeto, chamado de ‘Nos jardins do Museu Imperial’ que visa, sobretudo, aproximar duas dimensões até então distintas: a memória

individual e a institucional. Pretendemos registrar, organizar e divulgar histórias protagonizadas por frequentadores nos jardins do Museu Imperial para formar um conjunto de memórias individuais que farão parte do registro institucional. É o frequentador construindo a memória da instituição”, declarou Maurício. Som e Luz

DIVULGAÇÃO

Tai Chi Chuan. Muitas pessoas procuram o exercício como forma de recolhimento e silêncio interno, o que permite que as emoções sejam trabalhadas no cultivo da serenidade. Alguns alunos ficam marcados pela melhora da interação social, já que a cultura da atividade aponta valores como formação do indivíduo, respeito mútuo, disciplina, dedicação e companheirismo”, ressaltou. Além do Tai Chi Chuan, os jardins recebem, ainda, dezenas de pessoas que fazem, diariamente, caminhadas e alongamentos no entorno do museu, além de Yoga. As aulas de Yoga ocorrem no primeiro e no terceiro domingo de cada mês, das 9h30 às 11h. Nos encontros, são trabalhadas técnicas respiratórias e de concentração, exercícios psicofísicos de força e flexibilidade, entre outros. Todos os sábados, grupos de dança alemã se apresentam a partir das 15h no pátio central do museu. Para o diretor do espaço, o historiador Maurício Vicente, o Museu Imperial estuda, preserva e comunica acervos públicos de diferentes naturezas: o histórico, o artístico, o arquitetônico e o paisagístico. No entanto, esses trabalhos não são vistos, pelo público em geral, com

REPOUSO Local de descanso em frente ao prédio do museu

TAI CHI CHUAN A professora Begona Tavares pratica a arte milenar com um aluno

Nas noites de quinta, sexta e sábados, os jardins do museu ganham vida própria. Voltar no tempo e reviver alguns dos mais importantes momentos do segundo reinado no Brasil, é esse o objetivo do espetáculo “Som e Luz”. A superprodução utiliza efeitos especiais de iluminação e sonorização para reviver a história de dom Pedro II. A viagem começa no dia do baile das princesas, quando as irmãs Isabel e Leopoldina são apresentadas a seus futuros maridos: o conde d'Eu e o duque de Saxe. Toda a corte está subindo a serra para comparecer ao evento. Enquanto a narração em off – na voz de Paulo Autran – guia os espectadores pelo jardim do atual museu (simulando o trajeto de subida da serra), a iluminação cenográ-


DIVULGAÇÃO

ARTE MILENAR Os praticantes do Tai Chi Chuan fazem os exercícios em frente a fachada do museu

fica complementa a magia do espetáculo. De frente para a fachada do prédio, uma das principais surpresas do espetáculo: o palácio está iluminado e pronto para a festa, como há 150 anos. Inclusive, é possível ver através das janelas, a silhueta de d. Pedro II. Mas como a viagem apenas começou, o “Som e Luz” Petrópolis prepara outra surpresa: uma cortina torna-se a tela em que são projetadas cenas do filme que complementa o show. O espetáculo ainda reserva espaço para contar sobre a guerra do Paraguai, a assinatura da lei Áurea e termina com a chegada da república. Em 45 minutos, a noite petropolitana é iluminada pelos

efeitos especiais que permitem oferecer uma das mais inesquecíveis e emocionantes aulas de história brasileira. Serviço:

O Museu Imperial fica aberto diariamente. “Som e Luz”: as apresentações acontecem de quinta a sábado, às 20h. Adultos pagam R$ 20. Estudantes, professores e idosos com mais de 60 anos pagam meia. Menores de sete anos e maiores de 80 não pagam. Às sextas, os moradores de Petrópolis pagam o preço promocional de R$ 5, mediante a apresentação de identidade e comprovante de residência.

Um pouco de história... O Museu Imperial, erguido, primeiramente como Palácio da Concórdia foi construído para ser a residência de verão da família imperial brasileira. Em 1822, numa de suas viagens em direção a Villa Rica, na busca de apoio para a independência do nosso país, d. Pedro I ficou encantado com aquele aprazível vale entre as montanhas, no coração da Mata Atlântica. Hospedou-se na Fazenda do Padre Corrêa e chegou a fazer uma oferta para adquiri-la. Como a proposta não foi aceita, ele resolveu comprar as terras vizinhas, a Fazenda do Córrego Seco, por 20 contos. O Imperador não teve tempo para realizar seu sonho de construir a residência de verão. Com a crise política e sucessória em Portugal, d. Pedro I teve que voltar à Europa e não mais regressou ao Brasil. Ao morrer, deixa de herança aquelas terras para seu filho, d. Pedro II. O novo imperador levou adiante o sonho do pai e começou a construir o prédio, em estilo neoclássico, em 1845. Dezessete anos mais tarde a obra estava concluída. Para dar início à construção, d. Pedro II assinou um decreto em 16 de março de 1843, criando Petrópolis. Uma grande leva de imigrantes europeus, principalmente alemães, sob o comando do engenheiro Júlio Frederico Koeler, foi incumbida de levantar a cidade, construir o Palácio e colonizar a região. Em 29 de março de 1940 o presidente Getúlio Vargas cria o Museu Imperial. A inauguração do espaço acontece em 16 de março de 1943, durante as comemorações do centenário de Petrópolis. revistaon.com.br

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EU SEI FAZER

A arte de

entalhar POR LETICIA KNIBEL

FOTOS REVISTA ON

O trabalho do artesão é apenas uma prova de que “na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma,” como dizia Antoine Lavoisier.

A

té os mais céticos devem acreditar no ditado popular “filho de peixe, peixinho é”. Descendente de um carpinteiro, Marcelo Monteiro Pezzuto, 44, herdou do pai a habilidade para trabalhar com a madeira. Essa história relembra épocas remotas, quando os filhos seguiam as profissões dos pais, dando continuidade à história da família, aos ensinamentos, às experiências passadas de geração em geração. Aos 13 anos aprendeu o ofício por um conhecido chamado Eclair, que costumava expor as peças de madeira que fazia na praça d. Pedro, no centro de Petrópolis. Como o então jovem trabalhava para ele na época, acabou aprendendo a entalhar. O professor não possuía nenhuma peça feita por ele em casa, a primeira que ganhou foi entalhada por seu aprendiz. “As placas mais detalhadas, eu aprendi a fazer com o Eclair, porém as peças com nomes eu fiz sozinho”, rememora Marcelo. Suas mãos transformam pedaços de madeira em verdadeiras obras de arte. E esta é apenas uma das formas para desig-

A paciência é a principal técnica para produzir as obras nar o entalhador, habilidade que se resume na arte de cortar ou esculpir pedaços de madeira. O trabalho desse tipo de artesão implica no uso de diferentes desenhos que dão feitio às mais diversas esculturas em alto relevo, desde uma simples placa com um nome à mais complexa e detalhada produção de um casario, transformando a madeira natural em objeto de decoração. O artesão explica que não teve muita dificuldade em aprender a técnica. Basicamente ele risca um esboço do desenho sobre a madeira e depois começa. Mas, de um jeito muito simples, disse que a principal técnica usada para fazer suas obras é a paciência. Ainda no processo de produção, há a preocupação com o formato e a pintura das

placas, pois existem diferentes maneiras de reproduzir o desenho ou o nome na peça de madeira através de determinados produtos utilizados. Assim, é possível colorir a madeira com verniz, tinta a base d’água ou viochene (produto utilizado para dar uma coloração mais forte na madeira). Marcelo explica que, dependendo do

INÍCIO DO PROCESSO A madeira vai ganhando forma nas mãos habilidosas do artesão revistaon.com.br

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EU SEI FAZER

Para o artesão, o entalhe na madeira é uma terapia tipo de placa, costuma fazer a reprodução à “mão livre.” Ele esclarece que a maioria das letras e formatos utilizados nas placas com nomes é criação dele. Desta forma, chega a uma figura rústica e ao mesmo tempo característica para o trabalho. É como se fosse sua marca. A irmã do artesão, Maria do Carmo Pezzuto, conta que adora esse tipo de trabalho e que suas placas preferidas são as naturais, sem tinta. “Tem que ter dom, talento e dedicação para realizar esse tipo de artesanato”, destaca Maria. As madeiras mais utilizadas na confecção das peças são eucalipto, cedro e angico branco. As duas últimas são madeiras de lei (mais resistentes a agentes externos e insetos como o cupim, por exemplo, elas precisam autorização para serem cortadas) e a produção é feita com sobras compradas de indústrias moveleiras. “A melhor peça para fazer as placas é o cedro. Por ser muito macia, nem preciso bater o martelo para moldar,” destaca Marcelo. O artesão demonstra, dessa forma, sua preocupação com a natureza ao trabalhar de maneira ecologicamente correta e dentro da lei, principalmente.

O ARTESÃO E A “XODÓ” Marcelo expõe, orgulhoso, sua placa preferida 20

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PROJETO FUTURO Dentre seus planos está a produção de uma placa da antiga fazenda de São José do Vale do Rio Preto

Após algumas tentativas sem sucesso de expor seu trabalho em algumas feiras e estradas locais (nas quais muitos turistas passam), Marcelo Pezzuto foi convidado para montar um estande no Concurso Hípico de Inverno, no Brejal, em 2008. Além de ter seu trabalho divulgado e fazer bastante sucesso no evento, parte do dinheiro que ganhou com as vendas de suas peças foi doado ao Atelier e Oficina Arte em Comum, localizado no Brejal. O artesão faz peças sob encomenda. “As placas mais pedidas são as de nomes, principalmente para sítios”, explica. O tempo de produção dessas obras depende do tamanho e do desenho pedido, mas, em geral, precisa de até uma semana para entalhar uma placa de madeira grande, rica em detalhes. Marcelo conta, também, que independente do tempo que leva para fazer uma obra dessas, o valor das peças varia de acordo com o tamanho do desenho, da madeira, formato e outros detalhes que ele avalia. As placas com nomes, ele cobra R$ 5 cada letra, independente do tamanho e do formato. Apesar de não ser sua principal fonte de renda, o trabalho como artesão ajuda a pagar as contas no final do mês. No entanto, para Pezzuto, o entalhe é muito mais que uma forma de ganhar dinheiro, é uma terapia. “Quando era criança meu tio fez uma placa de madeira com meu nome e eu fiquei todo alegre. Só que na época ele estava aprendendo e sempre falava que não tinha ficado bom, mas eu adorei. É incrível a paciência que ele tem. São trabalhos lindos e de muita sensibilidade. Ele é realmente um talento”, elogia a sobrinha Catierine Pezzuto Morelli.

MATERIAL DE TRABALHO As ferramentas de trabalho tornaram-se companheiras de Marcelo

Para quem vê, apenas paciência não é suficiente para explicar o trabalho feito pelo artesão. Talento, dom e habilidade são peças fundamentais para compor essas obras de arte. Nos projetos futuros, está a confecção de desenhos das antigas fazendas de São José do Vale do Rio Preto, além de esculturas com os nomes dos países participantes da Copa do Mundo, em 2014. Artesanato local

O Brejal, bairro da Posse, quinto distrito de Petrópolis, é o local do Atelier e Oficina Arte em Comum, lugar na comunidade no qual diferentes formas de artesanatos são ensinados às mulheres. Além de atrair turistas, esse tipo de atividade visa, principalmente, ajudar na renda mensal das famílias locais. Pode-se encontrar trabalhos feitos em tricô, crochê, palha nativa (taboa) e também em madeira natural ou pintada.


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SAÚDE

Um motivo para acreditar na vida POR JOSÉ ÂNGELO COSTA

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Descobrir a existência de uma grave doença como o câncer desmotiva qualquer pessoa, que vê a sua frente apenas um caminho: a morte. Pensando nisso, instituições filantrópicas prestam assistência psicológica aos pacientes através de atividades que os inspiram a reencontrar a vontade de viver.

S

uperar a enfermidade com trabalhos motivacionais. Este é o objetivo principal de grupos ou entidades filantrópicas que assistem os portadores de câncer em Petrópolis. A APPO (Associação Petropolitana de Pacientes Oncológicos) nasceu em 1992, através de um movimento organizado para evitar que 50% do tratamento fosse cortado na cidade. A atual presidente da instituição, Ana Cristina Coelho Mattos, está engajada no projeto desde sua criação, contribuindo na melhoria da qualidade de vida e amenizando o sofrimento dos pacientes. “Nós sempre priorizamos o atendimento ao paciente até porque tentamos ter todo um cuidado com ele. Não podemos expor essas pessoas e, por isso, temos que protegê-las”, destaca. Os voluntários, na maioria ex-pacientes, estão predestinados a apoiar psicologicamente aos que estejam internados no CTO (Centro de Terapia Oncológica) 22

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e que, de alguma forma, necessitam de uma atenção especial. Neste ponto, a experiência vivida durante o tratamento é fundamental. “Fazemos um trabalho de orientação com os que estão na quimioterapia”, garante. Ana afirma que, apesar de a sociedade estar mais receptiva, no início, o preconceito atrapalhou o trabalho. “Muita gente ainda acha que vai morrer por este problema e prefere se omitir”. Além da assistência emocional, recebem ainda alimentos, vestuário, medicação, bolsa de higiene e limpeza, além de empréstimos de perucas, cadeiras de rodas, colchões, próteses e atendimento jurídico. Desde 2004, são organizadas palestras de conscientização e aplicação de questionários, em vias públicas, para traçar um perfil de hábitos e costumes da população petropolitana. Geralmente, esse tipo de ação acontece em igrejas, escolas, hospitais e clubes como forma de orientar a sociedade quantos aos riscos, caso a

ANA CRISTINA COELHO MATTOS Presidente da APPO diz que o objetivo da instituição é preservar a imagem do paciente oncológico


SUPERAÇÃO Solimar Medeiros Fortuna afirma que conseguiu superar a doença graças ao apoio da entidade e da família

identificação não seja feita precocemente. As campanhas sociais também se tornaram constantes. Uma delas, “Quem ama, se cuida!”, tem por meta salientar a manutenção de hábitos saudáveis como fator preponderante na prevenção. A principal, entretanto, é a “Saúde da mama, uma nova caminhada”, a favor da saúde das mulheres. A vendedora autônoma Solimar Medeiros Fortuna, 61 anos, descobriu que estava doente há nove anos. A primeira suspeita foi durante o auto exame no banho. No dia seguinte, em uma consulta médica, pediu para fazer o exame de mamografia onde foi confirmada a presença de um nódulo no seio. Com a detecção, começou a pensar que a situação não teria jeito e iria morrer. Logo em seguida, passou por uma cirurgia e ficou na expectativa entre 15 e 18 dias para o resultado da biópsia onde foi evidenciado o câncer de mama. “A notícia não foi fácil. Comecei a quimioterapia”, conta. Ela obteve a cura e, hoje, atua como colaborada em palestras, visitas e campanhas promovidas pela entidade. Outra mulher que conseguiu se recuperar foi Sônia Leite Guimarães, 62. Para ela, a superação é variável, ou seja, há altos e baixos, mas é necessário buscar forças e encarar a realidade. “Eu acho que tudo na sua vida é destino e, a gente, quando nasce, já está determinado. Sou espírita e acredito em reencarnação, em carmas. É o resgate de vidas passadas e tinha que

passar por isso”, acredita. Hoje ela atua na APPO. Sônia conta que pelo fato de ter acompanhado de perto a quantidade de pessoas precisando de ajuda, poderia fazer alguma coisa para ajudar. Atualmente, aproveita cada momento como se nada de mau ocorresse. “Estou ótima, muito bem. Vou para a praia, piscina, coloco o biquíni”, disse animada, acrescentando que se sente uma jovem. Criado no ano 2000, o Grupo Realizar surgiu com a meta de reconduzir o doente ao prazer de viver estimulando o aprendizado e o desenvolvimento do seu potencial artístico. A vice-presidente, Cristina Volker, é psicóloga na área de oncologia. Na visão dela, proporcionar atividades como aulas de dança de salão, Yoga e pintura em tela, por exemplo, podem contribuir com o processo de superação das dificuldades emocionais durante a terapia médica descobrindo habilidades que jamais imaginavam ter. “É aprender a tirar proveito de uma coisa que foi ruim e pode-se equilibrá-la. Abrem-se possibilidades desconhecidas e, ao mesmo tempo, os pacientes acreditam mais neles”, elucida. Dentro da ONG é realizada uma metodologia de estudos e resultados para avaliar a influência dos cursos oferecidos no avanço da autoestima. A médica mostra como essas ações podem favorecer quem está em circunstância delicada. “Tive uma paciente que fez 80 anos e estava com câncer de mama. Essa mulher ficou abalada e não sabia escrever. Tem uma filha que mora em outro lugar e gastava uma fortuna com telefone para se comunicar com ela. Então, a incentivei a entrar no curso de alfabetização e começou a redigir cartas.

Para a presidente da APPO, Ana Cristina Coelho Mattos, a entidade prioriza o bemestar e a qualidade de vida dos pacientes oncológicos com visitas motivacionais de ex-pacientes às pessoas que estão em tratamento quimioterápico.

GRUPO REALIZAR A psicóloga e vice-presidente da ONG, Cristina Volker, acredita que, ao receberem assistência motivacional, os pacientes superam a adversidade

Após isso, foi para a dança de salão, arrumou um namorado, mas a doença voltou. Hoje, está tendo o apoio justamente dele”, descreve. Capacidade interna e força para superar

A psicóloga Marília Antunes Dantas trabalhou em hospitais psiquiátricos e gerais com pacientes pré e pós-operatórios. Segundo ela, todos os atendimentos de amparo são considerados benéficos, todavia, dois eventos são fundamentais para obter evolução no tratamento. “A primeira delas é a relação com a própria vida. Uma notícia de um câncer é um tsunami na cabeça da pessoa. Se ela tem uma tendência depressiva, não conseguirá suportar o peso dessa informação. A outra questão tem a ver com capacidade interna e a força para lidar com esta realidade”, esclarece. No entender da especialista, a doença geralmente está associada a palavra “morte” e, assim, não há forças para lutar. O livro “Sobre a Morte e o Morrer”, é sugerido pela especialista para elucidar as fases pelas quais o ser humano atravessa após tomar conhecimento de algo muito sério, ou seja, descobrir que está gravemente adoentado, por exemplo. “Você tem revolta, barganha, depressão. São cinco etapas até o sujeito aceitar essa condição. Eu acho que essa obra é essencial para quem presta serviços de adesão aos pacientes terminais ou com outras enfermidades”, finalizou. revistaon.com.br

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DESIGN E DECORAÇÃO

Criatividade, cores fortes e elementos clean POR FERNANDA TAVARES

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Estar atento às novidades do mercado, às cores da moda e às inovações dos móveis. Todos esses detalhes devem conduzir aqueles que procuram por uma ornamentação diferente para a casa neste ano de 2012. Mas, além de estar de olho nas tendências, o gosto pessoal é o forte da decoração.

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uzes, cores e acessórios. Permear o mundo dos arquitetos e designers de interiores é abrir um leque de possibilidades. Para quem está em busca de um novo conceito para a casa, o importante é ficar atento às novidades do mercado, que oferecem reminiscências da década de 1970, com cores fortes como amarelo, verde, laranja e vermelho nos móveis, abajures e luzes adicionais. Tapetes coloridos e feitos com materiais artesanais, móveis em madeira e pisos perfeitos são indicados para os que buscam boa imagem sem muito trabalho. A palavra de ordem é simplificação. As tendências das casas brasileiras seguem o que foi indicado pela moda européia. “Nós, que trabalhamos com decoração, sabemos que as tendências criativas são lançadas nas grandes feiras que ocorrem no início de cada ano, fora do Brasil. Nós, brasileiros, percebemos o que pode ser incorporado dentro da nossa cultura e transformamos em design”, explica a arquiteta Kity Amaral. O forte da decoração vai de encontro às cores da moda para tecidos de sofás, almofadas, cortinas e acessórios conjugados. “Esse mundo da decoração é muito abstrato. É difícil seguir uma tendência. Temos que levar em consideração diversos fatores como clima e gosto pessoal, antes de modificar o ambiente de uma casa.

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“Dos elementos que nunca saem de moda em cidades frias como Petrópolis, a madeira e pedra são, sempre, grandes pedidas em qualquer local e acessório” Podemos afirmar que pedra e madeira são muito utilizadas nas decorações das casas que ficam em climas frios, como Petrópolis. Os americanos e europeus já buscam os laminados madeirados, porque não é costume deles usar a madeira de lei nos móveis e na decoração”, desmistifica Kity. De forma geral, quem procura por ornamentação vai estar sempre atento às cores e tecidos que estão em alta em cada ano. “Hoje podemos encontrar cozinhas em vermelho, amarelo, verde, seguindo o estilo retrô dos anos 70. Tudo é muito pessoal, mas, sempre se percebe uma ligação forte com as cores que entram na moda. Apesar dessa linha, a decoração depende muito do gosto de cada cliente. As roupas, as pessoas seguem, podem ser baixas, altas, gordas ou magras, todos entram na moda de determinada grife. Agora, com decoração é diferente. Os móveis são eternos, tem que se pensar muito antes


Em breve uma nova marca, um novo salto.

Inovar faz parte do dia a dia de uma agência de publicidade. E desta vez, a Kanguru resolveu fazer isso de dentro pra fora. Criamos uma nova marca com a nossa cara, com o nosso estilo. Aguarde para conferir esta nova fase da Kanguru Comunicação.

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DESIGN E DECORAÇÃO

de escolher um elemento que vai acompanhar a decoração da sua casa por muito tempo”, afirmou a arquiteta. Para mudar a ornamentação sem deixar de lado o gosto pessoal e sem estar por fora das tendências, a dica é abusar nos acessórios. “As pessoas devem investir em luminárias, abajures, tapetes e cortinas, acessórios de decoração que dão uma repaginada no visual da casa, estão sempre na moda com elementos e cores novas e são de fácil renovação, ou seja, não custam muito para serem trocados mais tarde”, aconselha Kity. Para o vendedor de móveis Daniel Marques, as pessoas estão em busca de qualidade. “Percebo que o preço é levado em consideração, mas, não mais do que o visual e o material de que é feito o produto. A redecoração de uma casa, por exemplo, mexe com os sentimentos das pessoas que buscam um acessório que transmita traços de sua personalidade. As vendas no começo do ano são sempre boas e neste isso não tem sido diferente”, conta. Os sofás podem receber capas coloridas ou mantas feitas com elementos artesanais, feitos a mão. Para a iluminação, a tendência é deixar de usar as grandes luminárias de teto apenas em locais de referência como sala de jantar e estar. Alguns abajures modernos conseguem agregar informação ao ambiente, iluminar uma parte maior da residência e fazer parte da decoração nova. A ideia

APARÊNCIA CLEAN Detalhe para o papel de parede, a luminária e acessórios modernos 26

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LUMINÁRIA Moderna, ela substitui os cristais pelo aço

Para a arquiteta Kity Amaral, as pessoas devem investir em luminárias, abajures, tapetes e cortinas, acessórios que dão uma repaginada no visual da casa de “mais vale uma peça grande e elegante do que uma dúzia de pequenas peças” é o forte do ano. Para os demais ambientes, superfícies e linhas limpas são a melhor escolha. Um grande espaço aberto com janelas e tetos altos está em alta. Espelhos e janelas são

muitas vezes usados em conjunto. Esta é uma grande técnica do design: usar a luz natural para adicionar um toque na iluminação de determinado ambiente. Outra tendência que tem norteado os projetos de decoração é a da substituição: bambu em vez de madeira, usado em pisos e móveis, é um novo recurso renovável. Existem diferentes tipos de bancos de couro, para descansar os pés, muito elegantes. O laranja, o amarelo dourado e o verde limão, dão tons muito populares, como aconteceu há décadas. Desenhos marcantes e padrões de flores para almofadas, cortinas e roupas de cama. Diferentes tons de tinta de parede estão na moda. Dentre elas, castanho, preto e creme. Também existem técnicas para adicionar textura a casa, como imagens nas paredes. O design de teto é aplicado como forma de melhorar o ambiente. Móveis de jardim e materiais estão disponíveis em diferentes estilos e cores na decoração deste ano. Existem muitos estilos de mobiliário de jardim. “A ideia é conseguir melhorar o ambiente com uma iluminação especial em um determinado canto ou peça. Podemos iluminar uma escultura, por exemplo. Usar um abajur de pé revestido com papel de arroz em um canto da sala de estar. Além de versáteis, algumas peças ficam bonitas em qualquer espaço e são econômicas”, garante Kity. Para facilitar a limpeza dos locais e dar uma aparência de modernidade, os tacos e pisos amadeirados estão de volta. “São muito mais fáceis de limpar e são lindos. Alguns elementos que dão trabalho e fa-


zem mal à saúde como os carpetes, felizmente saíram de moda. A ideia agora é o piso de madeira ou amadeirado com grandes tapetes decorativos. Além de deixar o local mais bonito, esses elementos criam um ambiente mais acolhedor, muito aconchegante em cidades frias como Petrópolis”, completa Amaral. Para os tecidos, a ideia é misturar a fibra natural e rústica com a seda. Já os acessórios, devem ser singulares. Os cristais e pratas foram abandonados por causa do trabalho com a limpeza. Entram os acessórios de madeira e acetato para os ambientes que pedem um visual mais eclético. “A decoração vem de encontro com a modernidade. Temos que levar em consideração que estamos no Brasil. As tendências que são lançadas fora do país demoram, às vezes, quatro anos para chegarem aqui, como no caso das gavetas de cozinha que são projetadas para fecharem sozinhas. Os conceitos são lançados, mas cada fabricante cria o que deseja para vender e no

GERAL A tendência é utilizar elementos retrôs em todos os ambientes

tempo dele”, disse Cris Moura, arquiteta. A dona de casa Maria Cristina Azevedo acredita que os acessórios básicos ainda são os mais procurados. “Gosto de ver essas novidades nas cores dos móveis,

tapetes e sofás, mas, apesar de achar lindo, dou preferência às cores mais comuns como branco, preto e bege, porque não tem erro, ficam sempre charmosas e na moda”, acredita.

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Sormany Justen

DA SIMPLICIDADE AO SUCESSO

POR JOSÉ ÂNGELO COSTA

FOTOS ARQUIVO PESSOAL

Considerado um dos mais renomados chefs de cozinha, o petropolitano, nascido em 14 de julho de 1963 e criado na região da Duarte da Silveira, tem uma origem muito humilde. Perdeu o pai de forma precoce e a vida difícil fez com que tomasse uma iniciativa ousada para um jovem de família modesta. Deixou o Brasil em meados da década de 1980 e decidiu trabalhar em restaurantes nos Estados Unidos. E foi na terra do Tio Sam que adquiriu toda a base para se tornar um profissional com reconhecimento na gastronomia típica da Itália.

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EZIO PHILOT CIA FOTOGRテ:ICA


INFÂNCIA Na foto de 1964, Sormany Justen com apenas um ano de idade

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o completar nove anos, Sormany entrou para o coral dos Canarinhos de Petrópolis e lá ficou até os 18. Antes de sair do grupo, entretanto, decidiu fazer um curso de torneiro mecânico no Senai. Em seguida, entrou para a Celma (empresa que faz revisão e reparo de turbina, partes e acessórios aeronáuticos) e ocupou o cargo de auxiliar de mecânica de inspeção da linha do jato, tornando-se profissional após concluir exames de especialização na área. Mas isso ainda era pouco para os anseios dele, que sempre gostou de trabalhar com produtividade. Era quase impossível, para ele, atuar em um único local e fazer a mesma coisa toda hora. Se tornaria chato, cansativo. Nesse período, tinha o emprego durante o dia, estudava à noite e ainda era segurança de boate na cidade, além de ter que arrumar tempo para a academia. E não parou por aí. Resolveu arriscar com vendas. Iniciou em uma confecção sediada no município, depois em uma firma de Blumenau e, mais tarde, abriu a própria loja de roupas no Edifício Marquese. Por falta de experiência, capital e pelo fato de ser muito jovem, não conseguiu manter o negócio e decidiu, então, viajar para os Estados Unidos em maio de 1985 na tentativa de buscar melhores condições de vida. Desembarcando no país norte-americano, enfrentou todas as

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dificuldades possíveis. “Cheguei lá com apenas US$ 146 no bolso. Era dinheiro emprestado de dois amigos meu”, revela. A recepção também foi feita por dois conterrâneos que já residiam naquele país. A partir deste dia, iniciou a trajetória até se tornar um dos mais conhecidos chefs de cozinha. “Comecei lavando prato e trabalhando como padeiro em uma rede de bolinhos e docinhos. Esse foi meu primeiro emprego”, revela. Em outra ocasião, viu um anúncio no jornal sobre um restaurante mexicano que precisava de cozinheiro. Sormany Justen estava somente há quatro meses na América e não pronunciava uma palavra sequer em inglês, todavia, decidiu arriscar e pedir a vaga. A direção do estabelecimento aceitou fazer o teste, mas, logo no primeiro dia, o gerente quis mandá-lo embora porque não sabia falar a língua local. Durante a entrevista, Justen ressalta a importância dessa história. Com a negação do administrador, a luz no fim do túnel partiu do chef de cozinha que deu uma segunda oportunidade. Foi-lhe entregue o cardápio e repassada a tarefa, que consistia em decorar pelo menos 30 ou 40% dos pratos disponíveis no cardápio até o dia seguinte. Naquela noite, o jovem brasi-

CANARINHOS Integrou o grupo de meninos cantores até completar os 18 anos

FAMÍLIA Com quatro meses de vida, no colo da mãe e ao lado do pai

leiro não dormiu e, quando retornou à loja, conhecia tudo. “Qualquer coisa que o cara perguntasse eu respondia. Daí eu fiquei e ganhei a chance de chegar ao cargo de subchefe de cozinha através de cursos. Depois, consegui fazer outros para ser chef de cozinha”, explica. No momento em que passou por várias experiências, descobriu o interesse pela culinária e também a necessidade de se transferir para restaurantes mais


Quando chegou à América do Norte, o primeiro emprego de Sormany foi em um restaurante lavando pratos creme de abóbora, risoto de funghi, ravióli de muzzarella e grana padano com tomates e manjericão, além,, Piemonte e Lugano (Suíça). Empreendedor por natureza é claro, da clássica pizza. Todas estas variedades de cardápio, assim como a preparação de massas, são experiências adquiridas ao longo de sua afanosa, porém proveitosa, jornada nos EUA.

O INÍCIO Preparando a massa no primeiro restaurante em que trabalhou nos EUA

sofisticados, pois, àquela altura, o serviço exercido até então estava penoso. Sormany conta que ainda não se sentia um cozinheiro, mesmo contratado como um. “Era preciso aprender tudo muito rápido, pois nos Estados Unidos as pessoas não têm essa paciência. A quantidade de gente em busca de emprego é tão grande que te dispensam na hora. Assim, enquanto um levantava uma caixa de tomate, eu erguia duas. Enquanto dois se dividiam pra arrastar um saco de batata, eu fazia sozinho. Tudo eu realizava em dobro para mostrar a minha pretensão em aprender”, relata.

atuar na cozinha italiana. Meu sonho era ter um restaurante”, frisa. Desde então, Sormany aprimorou seus conhecimentos em cidades como Roma, Toscana, Úmbria, Varese, Trentino investiu em vários negócios em Petrópolis, entretanto, o restaurante atualmente dirigido por ele é o que mais deu resultados. Nele, o chef oferece opções de pratos especiais para os amantes da comida italiana. Dentre eles estão ossobuco de vitelo, risoto de camarão com

Carta de vinhos

O restaurante comandado por Sormany Justen possui uma enoteca composta por 750 rótulos, que lhe renderam no ano passado o título de 8ª Melhor Carta de Vinhos do Brasil. Para o chef de cozinha, a classificação no Guia Quatro Rodas acabou sendo uma surpresa. “Na hora me emocionei. Peguei o telefone na mesma hora, liguei para o meu

A culinária italiana

Foi justamente pelo empenho e força de vontade que o petropolitano conseguiu ser contratado por um restaurante italiano como ajudante de cozinha, onde preparava o molho, a massa e também aprendeu fazer pizza. Depois, se transferiu para um francês e, desde então, só ficou nesta especialidade. Foi nesse momento, enquanto falava da comida francesa, que o chef deu a dica para interessados em seguir a profissão. “Tem que conhecer a base da cozinha francesa. Caso contrário, nunca será um”, garante. Mas a culinária tradicional da Itália era o que realmente despertava seu interesse e a chance surgiu quando ele começou a trabalhar com um chef nascido naquele país. “Só queria

EMPREENDEDOR O sonho de Sormany em ter um restaurante se tornou realidade em 2004 revistaon.com.br

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trabalhar ao lado do chef e considera a história de vida dele muito interessante, principalmente, pela superação. “É legal ver a pessoa desde pequena sempre batalhando e buscando o melhor pra si. Com certeza, é algo que a gente se baseia”, salienta o colaborador. Amigos e família

O apoio dos funcionários

O restaurante de Sormany já foi eleito o oitavo com a melhor carta de vinhos do Brasil sommelier, que é o Carlos Henrique, e dei os parabéns. Porque é lógico, sem ele eu não conseguiria fazer esse trabalho. Aliás, não é só sem ele. Na verdade, passaram por aqui vários degustadores e todos são meus amigos até hoje. Grandes profissionais que estão no mercado do Rio de Janeiro. Eles ajudaram a construir esta carta”, acredita. Ao todo, são 3.000 tipos de vinhos que ficam armazenados. Antes de serem colocadas para a degustação, as bebidas são analisadas e escolhidas por Sormany, na companhia de sommeliers. A casa trabalha com diversas importadoras que garantem a venda do produto. “A prova disso tudo é que eu sou um cara que presto consultoria para diversas empresas, tanto na gastronomia quanto no ramo de vinhos. Já fiz mais de 12 menus de degustações com produtores de países como Argentina, Itália, França e Espanha”, conta o chef. 34

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Sormany tem 16 funcionários que o ajuda a manter o restaurante inaugurado em 2004, na Estrada União e Indústria, em Itaipava. Um desses colaboradores é o subchefe de cozinha Maurício Pires. Desde que chegou ao local, iniciou o aprendizado com o mestre e hoje agradece por ter se tornado um profissional. “Eu vim para cá e aprendi muito. Tudo o que sei foi através dele. Agora, depois de dois anos, ele me passou a responsabilidade de atuar na cozinha, porque está sempre viajando para buscar novidades”, destaca. O estímulo, entretanto, não o faz menos exigente no momento em que os pratos devem ser preparados para servi-los aos clientes. “Ele fica em cima para fazermos tudo certo”. Sommelier e um dos gerentes do estabelecimento dirigido pelo chef de cozinha, Carlos Henrique acompanha o dia a dia do patrão há quase quatros anos e, neste tempo, passou a conhecer as vontades e particularidades de Sormany. Uma delas é oferecer aos clientes somente produtos de qualidade, como forma de promover um diferencial no cardápio. O degustador de vinhos diz ter tido a chance de descobrir novidades a partir do momento em que começou a

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AMIGOS O chef Roberto Ravioli ao lado de Sormany

O fotógrafo petropolitano André Carvalho chegou aos Estados Unidos antes mesmo de Sormany Justen. Foi ele quem o recebeu no apartamento onde residia com outras pessoas, quando o chef decidiu partir para a América do Norte. Naquele tempo, sempre havia alguém no Brasil querendo ir morar lá e por isso, eram feitos contatos por cartas, com os que já estavam lá. Foi assim que André ficou sabendo do interesse do amigo. A relação amistosa vinha de cedo, pois os dois estudaram juntos no segundo grau. “Ficou dormindo na sala da nossa casa, no chão mesmo. Não tinha colchão, não tinha nada. Dormia em cima de um tapete”, relembra. Uma curiosidade desta época é que a ocupação do lugar onde viviam só deveria ser feita por duas pessoas. O fato é que havia mais gente e a turma ficou ainda maior com a chegada de Justen. Por isso, quase não podia andar em pé pela sala durante o dia, porque se o dono

ENOTECA A adega possui mais de 3.000 vinhos armazenados na área climatizada e em exposição


soubesse, todos ali seriam prejudicados. “Nós sabíamos quantos [ocupantes] tinham. O senhorio tinha a chave e na hora que ele quisesse, podia entrar nos quartos. Essa história parece mentira não é? Não se falava uma palavra”, descreve. Família

Casado e pai de duas filhas, Sormany Justen não restringe a preocupação apenas com a esposa e as meninas, pois a mãe, Aide Maria de Avellar Justen, de 78 anos, sempre recebeu atenção especial. Ela foi uma das responsáveis por fazer o chef buscar melhores condições de vida no território norte-americano. De acordo com a aposentada, o principal objetivo do filho era ajudar na construção de uma residência para ela. “Disse que só voltaria pra cá quando conseguisse fazê-la. A obra durou três anos e meio e toda semana perguntava sobre o andamento do serviço”, fala. Quando viajou para os Estados Unidos, dona Aide ficou apreensiva pelo fato de ser muito novo e ainda não dominar

CARINHO Ao lado da patroa mais querida

a língua, contudo, conseguiu alcançar os objetivos desejados e nunca abandonou a família. O carinho e a atenção com os parentes, por sinal, tem sido uma prioridade contínua. “Destaco a preocupação

com os familiares. Ele quer formar as filhas e faz o impossível pra dar conta de tudo. Ele não paga conta atrasada de jeito nenhum. Pra mim, nunca deu trabalho e foi sempre foi maravilhoso”, concluiu.

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PUBLIEDITORIAL

Surge um novo bairro em Três Rios

VENDAS Corretores capacitados estão no local para prestar atendimento aos futuros moradores

FOTOS DIVULGAÇÃO

Próximo ao centro da cidade, a melhor notícia vem agora: você pode morar lá!

O

crescimento de Três Rios é notável. São empresas e pessoas chegando, gostando e ficando. A princípio, os bons ventos são favoráveis, mas o município está preparado para acolher estes novos moradores e deixar que os filhos da terra possam escolher viver sem a agitação típica de uma cidade em evolução? Agora sim! Em primeiro de março, aconteceu o lançamento do Residencial Park dos Ipês. Localizado a três quilômetros do centro, 1.869 lotes foram divididos em uma área de 97 hectares. Foram seis meses de planejamento pela Shangri-Lá Empreendimentos até que os terrenos estivessem disponíveis. Perto da natureza, o cronograma da obra conta com a instalação de rede de água, esgoto, energia elétrica, ruas com asfalto e iluminação pública. São três visuais que os moradores poderão aproveitar: um voltado para o vale do rio Paraibuna, com vista para as corredeiras; outro voltado para a represa do Clube Caça e Pesca; e um terceiro da BR-040. O residencial fica a 700 metros da rodovia. As vendas já começaram e os futuros

moradores já podem conhecer o espaço. Após tantos benefícios, se estiver pensando que este investimento está distante de sua realidade, está enganado. Os lotes têm parcelas a partir de R$199. A diferença entre valores mais altos e mais baixos não acontece por um lote ser maior que o outro, mas pela localização e conformação do solo. Assim que o terreno é adquirido, a casa própria já pode começar a ser planejada e construída. Para o pagamento, não há restrição cadastral nem a necessidade de comprovação de renda. O financiamento próprio pode ser feito em até 180 meses. Totalmente legalizado, aprovado pela prefeitura e registrado no cartório, o Residencial Park dos Ipês é indicado para você, que busca melhorar a qualidade de vida de toda a sua família. O sonho da casa própria fica ainda mais agradável cercado pela natureza e distante do agito urbano. Para outras informações e visitas ao local, ligue para (24) 2255-4183 ou entre em contato através do e-mail parkdosipes@shangri-la.com.br. Enquanto Três Rios cresce, seus sonhos se realizam no Park dos Ipês.

NATUREZA O ambiente é cercado por verde e próximo ao rio Paraibuna

ESTRUTURA O residencial tem energia elétrica, rede de água, asfalto e iluminação no cronograma da obra

PREÇOS Os valores também atraem a chegada de moradores ao novo espaço


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ESPORTE

Bicampeões até no

vermelho POR JOSÉ ÂNGELO COSTA

FOTOS REVISTA ON

O time de hóquei do Esporte Clube Corrêas é o único remanescente no Estado do Rio de Janeiro e que ainda mantém Petrópolis ligada à história deste esporte. Conquistou dois títulos nacionais, sendo o primeiro em 2002 e o segundo, ano passado, após vencer em casa o Sport Recife, um dos mais fortes e tradicionais de todo o país. Este reconhecimento, entretanto, não é suficiente para esconder a outra realidade vivida por jogadores, comissão técnica e direção: a falta de investimentos e infraestrutura adequada para o custeio da equipe. 38

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O presidente Marco Antonio Motta diz que a substituição do material desgastado só será possível se a equipe de hóquei tiver o patrocínio do empresariado

MATERIAL OBSOLETO Tacos como este são usados nas quadras, mas estão danificados e precisam ser repostos

DIVULGAÇÃO

O

primeiro contato da cidade com o hóquei aconteceu na época do então presidente Getúlio Vargas, entre as décadas de 30 e 50, quando havia uma área de patinação, hoje o Rink Marowil, na Praça da Liberdade. Desde então, o esporte ganhou a simpatia da população. O apreço foi tanto que clubes como o Petropolitano, Serrano, Internacional e Sesi tiveram equipes próprias. Mas foi no Corrêas, que a modalidade começou a ganhar projeção nacional e até internacional. Em 1997, a agremiação resolveu apostar na iniciativa, porém, as dificuldades estruturais não permitiram que o profissionalismo fosse implantado e diversificado. Segundo o presidente Marco Antonio Motta, a recomposição de todos os itens utilizados em treinos e torneios depende de muito dinheiro pelo fato de serem importados de outros países. “Para suprir o desgaste dessas peças, nós dependemos de patrocínio, coisa que agora não temos”, conta. As instalações internas sofreram

OS HERÓIS Equipe que conquistou o bicampeonato brasileiro de hóquei em 2011

um processo de mudanças ao longo dos anos graças ao hóquei, entretanto, ainda são consideradas deficitárias pela falta de espaço para acomodar os equipamentos e os troféus obtidos durante as competições. “Dependemos de mais investimentos para fazer um trabalho legal. Veja que na escolinha nós temos 130 crianças treinando. É o material que se gasta no dia a dia”, esclarece. Para o dirigente, conciliar a carência de incentivos com o status de bicampeão brasileiro não é uma tarefa das mais fáceis, pelo fato de os atletas não terem um salário. O bom desempenho obtido nas quadras e a vontade de competir dependem simplesmente da paixão em atuar no hóquei, mas, ainda assim, o lado financeiro pode ser decisivo na manutenção de um elenco. Motta revelou que recebe apenas o auxílio da secretaria municipal de Esportes e do MEP (Movimento Esportivo de Petrópolis). Contudo, é necessária uma colaboração fixa do empresariado para se organizar e sustentar o plantel. “Não carecemos exatamente de dinheiro, mas precisamos de material de boa qualidade e ter condições de pagar profissionais para o treinamento da equipe que, atualmente, é realizado por jogadores e ex-jogadores”, elucida o presidente do clube. Ricardo Bondhardlt, conhecido como “Bucha”, é o atual técnico da equipe do Corrêas. Antes, no entanto, atuou como goleiro e, ao encerrar a carreira, passou a se

dedicar ao treinamento do grupo. De acordo com ele, desde o início, o trabalho sempre foi difícil porque não havia estrutura, quadras e vestiários. “Tudo é importado. As joelheiras, os tacos, as caneleiras. Esse detalhe é a maior dificuldade que temos”, frisa. Rememorando os tempos do Serrano Futebol Clube, o treinador comenta que, devido à ausência de investimentos, a modalidade esportiva foi interrompida por um tempo na cidade, retornando mais tarde para o Sesi. “Naquele momento, observamos que ali também não teria mais espaço e, então, foi para o Corrêas”. Na ocasião, foi montado o primeiro elenco, talvez um dos mais fortes, que se tornaria campeão brasileiro em 2002,

MARCO ANTONIO MOTTA Para o presidente do clube, não há como permanecer com a equipe de hóquei sem investimentos revistaon.com.br

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ESPORTE

lismo. Segundo ele, todos são obrigados a se virar, economizando do próprio bolso e, por isso, é necessário que apareçam novos incentivadores. “Terá que ser feita alguma coisa no futuro. O material vai acabar e tem que ter grana para se repor. Acho que também falta mais interesse por parte do governo e as empresas precisaram aparecer mais. Teria que ser feito como no vôlei, cuja uma organização patrocina o time”, diz acrescentando que a prefeitura colabora com as passagens para a disputa de torneios em outras regiões do país. Jogadores ATLETAS A falta de estrutura pode prejudicar o desempenho do time dentro de quadra.

Para o jogador Jacson Nascimento, a paixão pelo esporte faz com que os atletas superem os obstáculos estruturais resultando no bom desempenho da equipe durante as competições composto por jogadores em nível de seleção e outros vindos da Europa. “Nós conseguimos manter esse time porque tínhamos patrocínio e tudo o que há hoje no clube foi por causa dessa empresa que nos promoveu. Tinha acompanhamento médico e odontológico”, admite. Após a saída dos patrocinadores, só permaneceu a escolinha e o grupo principal teve que ser desmanchado. Ricardo passou a ajudar, mas apenas com o time de base do hóquei que acabou sendo o embrião da equipe que ganharia a taça contra o Sport Recife em 2011. “Naquele tempo, existia um intercâmbio estudantil e uns portugueses que atuavam no continente europeu. Eles treinavam no Corrêas para não perder o ritmo e jogaram o campeonato”. Bucha conta que, sem dinheiro, realmente fica difícil a realização de um trabalho com mais qualidade e profissiona40

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Jacson Nascimento integrou o elenco em 2006 e retornou ano passado para a disputa do Brasileiro. Para o atleta, no Brasil, o hóquei não tem a mesma estrutura de muitos clubes do primeiro mundo onde o esporte é mais valorizado. “Até mesmo aqui na América do Sul, países como Argentina e Chile, dão uma ótima condição aos seus esportistas”. Assim como o técnico, ele acredita que a ausência de infraestrutura interfere, e muito, nas partidas. Contribui para os atletas não renderem o ideal nas quadras. “Quando vamos a um campeonato, temos que passar por cima de todos esses aspectos. Fomos vitoriosos em 2011 sem ter condições adequadas”. Da mesma forma, pensa Sahmi Henri-

SEM ESPAÇO Devido à carência de infraestrutura, os equipamentos são obrigados a ficar em um único lugar

que da Conceição Pacheco, 16. “Mesmo sendo bicampeão, tento me manter no hóquei. É um esporte caro. Sobrevivemos sem patrocínio. Nós conseguimos o segundo lugar no campeonato juvenil sem muito apoio”, conta. O jovem salienta que a equipe sempre tem a colaboração do próprio presidente Marco Antonio Motta. Ainda de acordo com ele, a manutenção vem do orçamento do clube. O time, segundo Henrique, é bom e está preparado para brigar por qualquer título, ainda que com dificuldades. Para ele, todos estão empenhados em se destacar cada vez mais no esporte. “Nós somos os únicos no Estado do Rio. Petrópolis tem uma tradição muito grande, mas pouca gente sabe”, conclui. Ao menos cinco integrantes do feminino estão atuando na Seleção Brasileira e no masculino, o Jacson (Nascimento). A determinação permanece sempre visando o prazer em competir. “Mesmo com os contratempos vamos tentando conservar o grupo. Não temos espaço. Os troféus ficam junto com as ferramentas e o material. Entramos em qualquer etapa para competir”. Na opinião dele, apesar do comprometimento, o desinteresse da iniciativa privada em investir afeta direta ou indiretamente o rendimento. “Prejudica, porque na maioria dos casos, até as categorias de base recebem para treinar. Então


estrutura. “Nós viemos porque gostamos. Do contrário, não estaríamos aqui”, declara. O grupo gasta com passagem de ônibus para ir ao local e se depara com equipamentos obsoletos. “O material atrapalha muito também. Ao viajar, temos que ficar pedindo dinheiro, procurando patrocinadores. Passamos um aperto grande, mas adoramos o hóquei”. A esperança agora é a torcida por um futuro promissor. “Vamos ver se aparece algum parceiro”, torce. CARLOS ALBERTO LANCETA Secretário de Esportes diz que espera poder ajudar o clube com mais eficiência no futuro

chegamos aqui sem incentivo financeiro”, expõe. Para os jovens, é mais complicado ter que conciliar o trabalho, os estudos e a atividade esportiva. Marcinho Gomes, 17, é um deles. Há seis anos no clube, diz ser muito ruim ter que treinar sem qualquer tipo de

Poder público

A secretaria de Esporte destinou uma pequena verba para ajudar o hóquei do Esporte Clube Corrêas. Era uma divisão do projeto “Canhotinha de Ouro”. A entidade deveria receber R$ 3 mil, todavia, por não ter legitimidade, devido à falta de certidões e dívidas junto aos tributos municipais, estaduais e federais, tiveram dificuldade de obter a quantia. “Foi feita uma proposição que fosse repassado para a Liga Petropolitana de Desportos e esta encaminhasse

para eles. Só que a entidade também não está com legitimidade. Daí buscou-se a alternativa de um instituto e esse processo está em tramitação junto à secretaria de Educação porque o ‘Canhotinha’ era desta pasta”, esclarece o secretário de Esporte e Lazer, Carlos Alberto Lanceta. Mesmo com recursos escassos, a secretaria teve como amparar na competição realizada em Petrópolis e na viagem para Sertãozinho. Este socorro, por sinal, tem sido contundente através de repasses feitos pela secretaria de Fazenda. Carlos Alberto Lanceta espera que, a partir da nova constituição da lei orgânica do município, e do Fundel (Fundo Municipal de Desenvolvimento do Esporte e Lazer), possa ajudar este ano de forma mais eficaz. “Dentro da divisão de recursos do Fundel, que é a lei específica 6.766, o dinheiro é carimbado. Trinta por cento será para o esporte educacional e o comunitário. Outra parte, 40%, para o desporto. Poderia colaborar se eu tivesse essa verba, mas não tenho”, finalizou o secretário.

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PAPO DE COLECIONADOR

Da monareta

em diante POR JOSÉ ÂNGELO COSTA

FOTOS REVISTA ON

SHUTTERSTOCK

Dizem por aí que a cobiça por motos é algo inexplicável. Não é simplesmente um meio de transporte, mas um instrumento de admiração ou adoração e até mesmo de classe, entre variados grupos de pessoas, principalmente, se a maioria deles é formada por homens. Agora, imagine esse entusiasmo transformado em uma vasta coleção que reúne diferenciados modelos.

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EXPECTATIVA O colecionador aguarda apenas o alvará do município para poder, enfim, abrir o museu de motocicletas antigas, o primeiro da Petrópolis

E

m um enorme galpão situado na rua Cândido Portinari, no bairro Mosela, estão guardadas as 80 motocicletas que fazem parte da coleção do gerente de importação e exportação de uma empresa que faz manutenção em motores de aviões, Guaraci de Oliveira e Silva. A maioria delas é importada do Japão e foi restaurada com os itens originais. O petropolitano revela que a paixão por veículos em duas rodas vem de berço, pois desde criança é apaixonado pelo negócio, além de ter herdado o gosto do pai. A ideia de reunir marcas antigas começou por volta de 1987, quando na companhia de outra pessoa, visitou um ferro-velho no distrito de Itaipava em busca de peças para carro. Chegando ao local, deparou-se com uma moto pequena que lá estava e decidiu levá-la para casa. De tanto mexer nesse tradicional meio de transporte, se deu conta de como seria interessante colecionar modelos clássicos, entre eles Honda, Yamaha, Suzuki e Kawazaki. Por muitos anos, as raridades ficaram entulhadas na garagem de apenas 100 m na residência do próprio Guaraci. Pensando na mobilidade, aumento da demanda e versatilidade do negócio, adquiriu, em abril do ano passado, o galpão, onde antes funcionava uma gráfica. O novo espaço, com 600

O galpão de 600 m guarda a coleção de 80 motocicletas m de extensão, tornou-se mais apropriado para abrigar confortavelmente a coleção. “As motos estavam apertadas, umas nas outras. Agora, separadas aqui, tem até como você circular. Ficou mais visual”, garante. Desde então, o empreendimento acabou virando um ponto de encontro entre amigos e conhecidos, que aproveitam a oportunidade para bater papo sobre o assunto. De sexta a sábado, o colecionador recebe várias pessoas. Ele sempre aproveita para adquirir novos conhecimentos através das dicas dadas por colegas que conhecem ou vislumbram motocicletas. Almejando um caminho mais rentável e amplamente atrativo, está em andamento o projeto de implantação do primeiro museu de Petrópolis especializado neste ramo. Tudo foi planejado visando colocá-lo em atividade muito em breve. “Espero que fique pronto nos próximos meses o alvará do município. A ideia é criar uma entrada, um roteiro para a cidade e ter lucro. Se eu conseguir manter isso aqui aberto e o pessoal pagando, já vai ser ótimo”, acredita. Quem revistaon.com.br

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PAPO DE COLECIONADOR

Baixada Fluminense. Na condição de conhecedor do ramo, acredita no sucesso do projeto do colega petropolitano. “É uma coisa que se expande no Brasil inteiro. A gente sempre dá orientações para ele, porque temos mais experiência. Com certeza, vai dar certo”, confia. Sobre a abertura do museu, Ralf também avalia positivamente a iniciativa pelo fato de ser algo inovador e um novo atrativo para a cidade. “É algo bem diferente dos museus de Petrópolis. Interage com o novo e o antigo. Acredito que vai se renovando a cada dia”, assegura. Família INOVAÇÃO Esta é a pequena oficina montada para fazer a restauração da coleção

visita o espaço tem a oportunidade de observar a criatividade do colecionador. Nas paredes ao fundo do imóvel, um painel exibe fotos que destacam o motociclismo, todas extraídas de revistas e catálogos como forma de chamar a atenção do público. Em outro ponto, foi montado um mini-bar com TV de LCD, mesas e cadeiras para oferecer mais comodidade aos visitantes. Uma das novidades da própria coleção é uma área implantada nas instalações do futuro museu, onde Guaraci pode fazer a restauração dos veículos. Ela apresenta todo o estilo de uma oficina mecânica tradicional, com ferramentas e outros equipamentos essenciais para o reparo das motocicletas. Com a ajuda de um auxiliar, o colecionador consegue deixá-las praticamente do jeito em que foram fabricadas. “Eu tenho o Otávio que trabalha comigo há sete anos. É o meu braço direito. Tá sempre fazendo a manutenção, deixando limpas as motos e a oficina também”. O colecionador ainda revela que pretende reformar motos de terceiros. “É o meu sábado. Fico o dia inteiro aqui, só fazendo a conservação de alguma coisa, desmontando outra e vendo detalhes”, frisa. Quanto à aquisição das motos, diz preferir comprá-las através de sites na internet pelo fator preço. “Adquiro pra acabar de montar, porque não consigo muita coisa aqui no Brasil, devido aos modelos serem importados. No país, acaba sendo um pre44

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ço mais caro. Tem gente que vem aqui e também oferece. Geralmente, comenta que tem um amigo e pergunta se interessa”, revela. “Estou sempre escutando as pessoas para tentar aproximar ao máximo e ter um negócio dedicado, a cópia fiel de quando foram lançados os motociclos”, acrescenta. Amigos

Guaraci de Oliveira e Silva sempre deixou claro, durante a entrevista, o prazer em compartilhar seu gosto pessoal com os amigos, além de trocar ideias sobre o assunto. Um deles é Ralf Kyllar, diretor de uma loja de motocicletas em Duque de Caxias, na

INSTALAÇÕES Ao todo, o galpão possui 600 metros de extensão é tornou-se ideal para abrigar as 80 motocicletas

A concretização de se tornar colecionador não foi uma das mais fáceis tarefas. Para isso, Guaraci recebeu toda a ajuda necessária, principalmente dos familiares. Neste grupo, um personagem destaca-se: Lorival de Oliveira e Silva, 81 anos, pai do colecionador. Visando a felicidade do filho, fez de tudo na tentativa de obter os recursos indispensáveis para organizar o acervo. “Não tenha dúvida, nós demos muita força a ele, inclusive na época que estava para comprar o galpão. Eu tinha um apartamento lá em Peró. Falei que se precisasse eu me desfazia dele, pois a vontade de arrumar o espaço era grande. Fizemos uma reunião e minha filha também tinha imóvel e vendeu. Assim, fomos juntando dinheiro. Eu não acreditava que iria conseguir”. Recordando a linha do tempo, o aposen-


Jipe. Chegamos em um posto e vimos uma moto antiga vermelhinha. Daí eu perguntei se o cara vendia. O rapaz disse que sim e levamos a moto. Deste dia em diante, iniciou tudo”, relata. Detalhes

IMPORTADAS Quem visitar o galpão terá a chance de curtir modelos japoneses tradicionais como Honda, Yamaha e Suzuki

tado revela fatos curiosos sobre a vida do filho desde a juventude e os primeiros contatos com motos. “Ele tinha a monareta que havíamos dado para ele. Isso foi em 1980, quando tinha 13 anos, comprei a motocicleta e daí passou a andar nela. O resultado é que tomou conta. Parei de ir ao

trabalho com ela e deixei com ele. Este foi o início de tudo”, desvenda. Lorival acompanhou todo o progresso da coleção e também ajudou a desenvolvê-la. “A primeira que veio foi uma adquirida no ferro-velho. A segunda, fomos em Corrêas porque eu queria comprar um

Segundo Lorival, o filho sempre restaura as motocicletas conforme os padrões tradicionais de fabricação e não admite que nada esteja engatilhado, como se diz popularmente. “O negócio dele é colocar peça original. Inclusive, tem até uma pessoa que faz para ele. Eu fico admirado. Até para-lama, cano de descarga, o sujeito já fez perfeitinho. Igual você não acha para comprar. Guaraci já foi duas vezes no Uruguai buscar peças, porque lá ainda existe. Tem muita moto velha lá. Ele pegou amizade com uma mulher que vende peças de moto. Ele falou que fica às vezes três ou quatro horas conversando com ela”, revelou o aposentado.

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R E A L I Z A Ç Ã O

LOCAL:

ESTÁDIO DO ENTRERRIENSE

Três Rios- RJ | A partir das 21h

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www.trfolia.com.br revistaon.com.br

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ACONTECEU

Festival MPB reuniu nova geração de artistas

POR JOSÉ ÂNGELO COSTA

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ealizado entre os dias 02 e 05 de fevereiro, o Festival MPB Petrópolis ofereceu encontros inusitados no palco do Theatro dom Pedro com importantes nomes da atual geração da Música Popular Brasileira. O cantor, compositor e arranjador Danilo Caymmi, filho do eterno ídolo Dorival Caymmi, foi o escolhido para fazer o show de abertura do evento. Na companhia do contrabaixista Ney Conceição, considerado um dos maiores do país e do mundo, interpretou várias canções prestando uma homenagem ao pai. As pessoas lotaram as cadeiras na parte de baixo do teatro para acompanhar a apresentação. A cantora Mako, uma simpática e talentosa japonesa, porém com alma brasileira, destacou-se no segundo dia, dividindo espaço com Roberto Menescal, Wanda Sá e Pian Orquestra. Dando procedência, Nuno Netto, visto como um artista popular iniciou o terceiro dia, mas foi Leila Maria quem exalou emoção no palco com sua capacidade de improvisação adquirida no Jazz. O encerramento da jornada musical ocorreu em pleno domingo de verão, com muito calor e sol, mas que nem assim espantou os petropolitanos. Como parte da alteração feita no roteiro, o Trio Dubrá, um grupo de jovens artistas representando o valor da tradição local, tocou às 18h. A missão de fechar o festival ficou com Marcelo Powell e Thais Motta. Eles homenagearam a Banda Powell e ofereceram, aos admiradores, uma releitura de clássicos da composição nacional. Canções como

“Acho importante para a Região Serrana ter um evento cultural desta natureza”, Danilo Candido Tostes Caymmi 48

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TRADIÇÃO LOCAL O Trio Dubrá, grupo de jovens cantores com raízes petropolitanas, se destacou no início do show de encerramento

Berimbau foram exploraA seleção do espaço das ritmicamente na parte físico que sediou as atravocal e instrumental. ções musicais também Criado pela Promove foi algo estrategicamente Arte e Eventos, o MPB pensado. O organizador surgiu a partir de um laspreocupou-se com a postro do Petrópolis Jazz e sibilidade de ocorrência Blues, evento ocorrido em de fortes chuvas, além de outubro de 2011, consioferecer comodidade para derado sucesso devido ao ORGANIZADOR as pessoas. “Mas não é só foco turístico do municí- O produtor Edigar Silva por isso. Foi uma questão pio, assistido por pessoas planejou o MPB Petrópolis de explorar os espaços de de várias partes do Brasil seguindo a iniciativa do Jazz Petrópolis. Uma das coie também da Argentina. e Blues Festival, realizado sas que a gente tem ideia “Isso nos demonstrou que, em outubro do ano passado é não colocar o evento só no segmento de um projeem um determinado loto com caráter de festival, cal, mas sim usar espaços chama a atenção do público, cria um cli- do Centro até o final de Itaipava. Assim, ma ‘festivo-cultural’ e também pomove beneficiamos a população e o comércio. o desenvolvimento econômico da cidade. Essa é a proposta”, comenta Edigar. Na Todos esses fatores fizeram que tomásse- avaliação da produtora Ana Paula Teixeimos esse rumo”, afirma o produtor Edigar ra, quem compareceu ao festival demonsSilva. Segundo ele, a iniciativa começou trou satisfação ao curtir uma atração cula ser organizada logo após o término do tural diferente. “Fizemos todo o possível Jazz e Blues e a escolha de fevereiro, pelo para divulgar esse evento e a programação fato de a região ter mais uma atividade al- foi escolhida a dedo. Eu gostei e as pessoas ternativa, antecipando o carnaval. “Tenta- que vieram também. A gente quer manter, mos trabalhar em caráter de antecedência levantar a bandeira da boa música e valoripara que tudo funcionasse bem”, frisa. zá-la cada vez mais”, garante.


Segundo ela, o município é muito rico culturalmente e está estrategicamente situado próximo ao Rio de Janeiro, facilitando a diversificação deste tipo de iniciativa. “Acho que temos que ter cada vez mais produções desta natureza aqui. O potencial é muito grande. Vamos voltar com a segunda edição do Jazz e Blues, que foi em outubro do ano passado. Temos mais planos para a cidade”. Quanto à realização de um segundo MPB, Ana Paula confirma a ideia, todavia, serão necessários ajustes para que a receptividade do público seja melhor ainda. “Acho que nesta época, algumas coisas influenciaram. Por causa do período de pré-carnaval, muitas coisas acontecem e as pessoas vão se programando. Além disso, tem o pessoal voltando de férias. Foi bom esse amadurecimento e sentimos o feedback”, esclarece. Participantes

Nascido em 7 de março de 1948, Danilo Candido Tostes Caymmi iniciou a carreira artística ainda na adolescência tocando flauta e violão. O seu primeiro trabalho registrado como compositor foi a música “De Brincadeira”, feita em parceria com Edmundo Souto e interpretada por Mário Castro Neves em 1967. Daí em diante, se destacou entre os maiores nomes das canções populares. Ao ser convidado para participar do MPB Petrópolis, o artista ressaltou o valor do festival para a cidade. “Eu acho importante para a Região Serrana ter um evento cultural des-

RECEPTIVIDADE Os petropolitanos marcaram presença para acompanhar as atrações

ta natureza, já que passou por uma visibilidade não muito agradável das chuvas de 2011. Então, isso funcionou até como um bálsamo trazendo uma música boa e de qualidade que minha família sempre pretende fazer nas gerações. É com prazer enorme e redobrado que estamos aqui”, salientou. A cantora japonesa Mako mostrou-se satisfeita em poder fazer parte de um show voltado para a música popular e ao final de sua exibição no palco revelou a impressão diante do público. “No início fiquei meio preocupada, mas acredito que todo mundo tenha curtido. Achei maravilhoso, um máximo e tomara que continuem a fazê-lo”, disse. Assim como os demais artistas, o instrumentista Marcelo Powell, que encerrou o festival, acredita no potencial do município e na possibilidade de que o evento possa galgar caminhos progressistas no futuro. “Com certeza, isso pode contribuir muito e eu torço para que isso aconteça para que haja um incentivo ainda maior e que ocorra de uma maneira mais frequente. Digamos anualmente, mês a mês ou semanalmente até”, concluiu.

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SABORES

Carpaccio di Cipriani Finíssimas fatias de carne crua, com uma maionese temperada com limão, creme de leite, molho inglês, sal e pimenta branca moída.

BEBIDA

PORÇÃO PARA UMA PESSOA

60 ml de maionese fresca 3 colheres de creme de leite 1 colher de chá de mostarda ou gotas de limão 1 colher de chá de molho inglês Pimenta branca moída 300g de Carpaccio (fatias finas) Rúcola para guarnecer

N

Bernadete Mattos Consultora graduada em gastronomia bemattos1@gmail.com Luiz Cesar Turismólogo estudioso da culinária brasileira luizcesarcl@uol.com.br 50

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JULIANE VIEIRA STÚDIO CLICK

a gastronomia mundial existem pratos que ultrapassam o tempo e se tornam lendários. Um deles é o prato italiano Carpaccio, criado no famoso Harry´s Bar em Veneza, Itália. No ano de 1930, o americano Harry Pickering, com sua tia e o namorado dela, hospedaram-se no luxuoso Hotel Europa-Britannia, em Veneza, para uma temporada de férias. Frequentavam diariamente o Bar, onde Giuseppe Cipriani preparava drinks para os clientes. Passados dois meses, a tia e o namorado desapareceram depois de uma briga e abandonaram Harry com uma dívida imensa. Logicamente, ele deixou de frequentar o local. Cipriani percebeu que o problema de seu cliente e amigo era financeiro. Com pena desse jovem americano, colocou à sua disposição o dinheiro que havia poupado. Com esse montante, Harry pagou as despesas com o hotel e cruzou o Atlântico de volta a sua terra. Tempos depois o jovem regressou, saldou sua dívida e como forma de agradecimento, entregou-lhe mais 30 mil liras. Era capital mais que suficiente para, juntos, poderem abrir o bar que Cipriani tanto sonhava... O bar foi batizado de Harry´s Bar, na Via Vallaresso, número 11.323, próximo ao embarcadouro de San Marco. Logo, o Harry`s se transfor-

Para acompanhar, o Bellini. Essa bebida também foi criada por Giuseppe Cipriani. Em sua composição: três pêssegos frescos batidos no liquidificador e 200 ml de prosecco gelado. O preparo é fácil. Basta despejar os pêssegos batidos num copo gelado. Depois encha com prosecco e sirva imediatamente. mou em um sucesso. Dentre os frequentadores famosos estão: Orson Welles, Aristóteles Onassis, Truman Capote, Peggy Guggenheim, Charlie Chaplin, Barbara Hutton e mais cabeças coroadas da Europa como Afonso 13 da Espanha, Rainha Guilhermina dos Países Baixos, Rei Paulo da Grécia e até mesmo Lady Diana e o Príncipe Charles. Entre as criações preparadas por Giuseppe Cipriani, encontram-se bebidas simples, mas geniais como o Bellini e o Tiziano. No entanto, a criação mais famosa é o Carpaccio. Ele foi inventado para a cliente e amiga Condessa Amália Nani Mocenigo, que teve prescrição médica de uma dieta rica em carne crua, para curar sua anemia. Hoje, embora esse prato seja servido com diferentes molhos, encontra-se em quase todos os cardápios italianos e em vários países. É com muito carinho que brindamos você com as receitas originais do Carpaccio e do Bellini. Salute!


SE FOR DIRIGIR, NÃO BEBA.

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Desde 1853 você não via uma notícia assim. Olá, Petropolitano. Você é nosso convidado especial: queremos que seja o primeiro a participar desta experiência cervejeira única. Agende a sua visita no site www.bohemia.com.br/cervejaria.

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VIAGEM DIÁRIO DE BORDO

Uruguai Capital Montevidéu Área 176.215 km² População 3,4 milhões (estimativa 2010) Moeda Peso uruguaio –

1,00 = R$ 0,09

Fuso Horário GMT-3

Argentina Capital Buenos Aires Área 2.780.092 km² População 40 milhões (estimativa 2010) Moeda Peso argentino

– 1,00 = R$ 0,41 Fuso Horário GMT-3 Quando ir

De setembro a dezembro ou de abril a junho, quando as temperaturas são mais agradáveis Como chegar

Percurso no Brasil para uma viagem mais rápida, pelas principais BR. Para melhor aproveitá-la, pelo interior do Paraná e Santa Catarina No Uruguai: entrar por Rivera ou Chui e seguir em direção a Colônia de Sacramento, pelo litoral (mais agradável e caro) ou pelo interior Para chegar a Buenos Aires: ferry-boat (o rápido cruza em aproximadamente 60 minutos) Onde ficar

Punta Trouville Apart, em Montevidéu, tel: (598) 2712 0903, USD 110 a estadia diária para um casal com café da manhã - www. booking.com Pousada El Capillo, em Colônia de Sacramento, USD 120 a estadia diária para um casal com café da manhã www.booking.com Buenos Aires Design Hotel, tel: (54 11) 5237 3100 Pousada Recanto das Palmeiras, em Nova Petrópolis, tel: (54) 3281 2288, R$230 a estadia diária para um casal 52

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Murilo Galvão

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urante muitos anos, vi circular Land Rover maravilhosos que aguçavam minha imaginação sobre viagens a destinos remotos. Uma sensação de plena liberdade. Hoje, com minha mulher, realizei quase todos os sonhos do passado. Encontramos o que procurávamos por caminhos difíceis, de aventura, porém prazerosos. Guardamos fotos e lembranças de viagens a Ushuaia na Argentina, Lençóis Maranhenses, Atacama, Pantanal, Machu-Pichu, Huaraz no Peru, Patagônia, Lima e tantos outros. Desta vez, porém, decidimos por um roteiro urbano. Passamos por Guarujá, Nova Petrópolis, Gramado, Colônia de Sacramento, Carmelo, Buenos Aires, Montevidéu , Punta del Leste, Punta Ballenas no Uruguai, Morretes, Garopaba e Maresias. Roteiro para 27 dias de viagem e mais de 6.500km de estrada. Após uma passagem por Guarujá, chegamos a Gramado na semana do Natal. Nas ruas, cobertas por iluminação e decoração espetaculares, centenas de turistas na cidade que se tornou referência natalina. O “Circuito Romântico”, pelas estradas da região, é passeio obrigatório, bem como um almoço típico no restaurante Colina Verde. Entrando no Uruguai, chegamos à Colônia do Sacramento, ex-pedaço do Brasil português. A cidade, parada no tempo, oferece um charme todo especial com restau-

Onde comer

Colina Verde, em Nova Petrópolis/RS - Refeição colonial Setentaesete, em Garopaba/SC Mercado del Puerto, em Montevidéu - Carnes e peixes Restaurante do Teatro Sollis Tradicional O que fazer

Off-road leve pelas lagoas dos Patos e dos Peixes

Museu de Arte Latino-americana de Buenos Aires Feira de Santelmo, em Buenos Aires Teatro Sollis, em Montevidéu Circuito Romântico, em Nova Petrópolis Antes de viajar

Seguro saúde e o seguro Carta Verde para o auto, contra terceiros, obrigatório para todos os estrangeiros circulando no Mercosul (cerca de R$300 por 30 dias ou frações)


rantes acolhedores, construções históricas e museus. Chivitos, peixes, carnes e o bom Tannat uruguaio não faltaram em nosso programa de três dias. Buenos Aires foi a próxima parada e onde passamos o Natal. Apesar dos problemas econômicos do país, segue sofisticada e oferece muitas opções de lazer. Como já estivemos por lá muitas vezes, preferimos viver a vida da cidade, sem preocupações típicas de turistas, como uma manhã de domingo na Recoleta, um garimpo na feira de Santelmo e uma visita ao Malba (Museu de Arte Latino-Americano). Outra viagem no “buquebus” e já estávamos de volta ao Uruguai, desta vez, rumo a Montevidéu. A convivência com o passado dá a marca da capital uruguaia. Um almoço no Mercado del Puerto, uma visita ao Teatro Sollis e uma caminhada pela Costanera, são programas obrigatórios. Também ocupada por brasileiros, com eles dividimos o espaço na noite alegre do Réveillon. Carrasco, Maldonado, Punta del Este,

Barra e San Ignácio são os balneários sofisticados da costa uruguaia que esbanjam alegria, colorido e preços altos que não parecem assustar seus visitantes. Em Punta Ballenas, uma visita a Casa Pueblo é um programa imperdível pela vista maravilhosa, exposições e a simpatia do próprio artista, Carlos Vilaró, que nos recebeu e ofertou uma de suas serigrafias, devidamente autografada. De volta ao Brasil, uma pequena aventura off-road pelas lagoas dos Patos e a dos Peixes, santuários de aves, com dunas e pequenas lagoas. Morretes parece parada no tempo com seu casario colonial intocado e uma vida que passa sem contagem do tempo, diferente da nossa. Na saída, a bela estrada da Graciosa. Garopaba e Maresias nos ofereceram o descanso merecido na reta de chegada, após tantos quilômetros rodados. Já em casa, mais uma coletânea de fotos e lembranças e, ainda com as malas por desfazer, pensando na próxima ...

lagoa d os pato s

TO cOLoNIA sACRAMEN

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ESPAÇO FESTAS

Talita e Sérgio

FOTOS CIA FOTOGRÁFICA / ÉZIO PHILOT E RODRIGO BITTENCOURT

Data 21/01/2012 Cerimônia Sagrado Coração de Jesus - Vale do Cuiabá Recepção Quinta da Paz Resort

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alita e Sérgio se conheceram na escola, quando ainda estavam no ensino médio. Começaram a namorar no terceiro ano. Desde então, passaram nove anos e meio. “Já estávamos planejando o casamento, mas, no Réveillon de 2011 para 2012, o Sérgio chegou lá em casa com as alianças de noivado sem eu saber e me pediu em casamento. Ele é comunicativo, mas na hora de fazer o pedido oficial, ficou nervoso. Só saiu o ‘quer casar comigo?’”, conta Talita.

“Começamos a planejar a cerimônia oito meses antes. A escolha da recepção foi porque eu tinha ido em um casamento na Quinta da Paz Resort e achado bonito. Logo depois, o Sérgio me levou no dia dos namorados, em 2011, para comemorarmos lá e aí ficou de vez na nossa cabeça. O resultado final foi um evento bem pessoal. Nunca vi uma cerimônia tão legal quanto a nossa”, afirma Talita. A escolha da igreja foi baseada, além da simplicidade, na localização, pois fica próxima ao resort. O clima diferente encontrado por Talita também contribuiu com a opção dos noivos em realizar a cerimônia no Sagrado Coração de Jesus do Vale do Cuiabá. Embora não estivesse nervosa, a noiva diz ter chorado muito. E não foi só ela, o noivo também derramou lágrimas no grande dia. “Foi diferente de

SUSHI IMPERIAL Os convidados puderam desfrutar da comida japonesa

tudo o que já havia sentido antes. Um nervosinho o dia inteiro, mas uma coisa boa. Fiquei hospedada no resort dias antes e isso ajudou a tranquilizar porque estava um clima bom. Na hora de entrar fiquei bem calma, mas muito chorona”, enfatiza. Na igreja, a presença de velas era grande. O branco e o verde predominavam. Tanto as flores quanto o tapete era branco. A luz não era forte. Talita entrou ao som de “Pompa e Circunstância”, uma composição do autodidata em música Edward Elgar. A missa foi celebrada pelo amigo do casal, Frei Leonardo. Um diferencial no casamento foi a presença de demoiselles – damas de honra adultas . Talita convidou duas amigas que usaram um modelo amarelo no estilo de vestido grego, de um ombro só, para entrarem junto com as damas. Já na festa, as cores foram puxadas para o laranja, tudo decorado por Anderson Barcellos. As flores eram misturadas em tons de laranja, forte e claro, rosa e etc. Talita vestiu um modelo “tomara que caia” off light Tutti Sposa, com bordados delicados, brilhos prateados, aplicações de renda, saia de tule e uma cauda que prendia no próprio vestido, o que possibilitou que a noiva aproveitasse a festa depois. As damas de honra foram vestidas pela marca Ponto Elegante, em tons de pérola, com faixa amarela. A mãe

ANDERSON BARCELLOS Toda a decoração da festa foi voltada para o laranja

da noiva optou por um modelo vermelho da Gamela, já a mãe do noivo escolheu o Atelier 55. O noivo usou um terno preto da Vila Romana, com detalhes no tecido, camisa branca e gravata prata. O bufê foi responsabilidade de Maria Luiza Campos. Foram servidos, salgadinhos, bobó de camarão, filet picadinho, entre outros pratos. Além disso, teve também comida japonesa feita pelo Sushi Imperial e open bar com Oswaldo Lounge e Cia. A festa para 330 convidados foi animada pelo cantor Ricky Vallen e pela empresa de som Pólux. “Durante todo o evento tivemos assessoria completa da ProMolter que prestou um excelente trabalho. Não precisei me preocupar com nada, muito pelo contrário, eu dancei a festa inteira. A equipe foi dez”, destaca a noiva. Depois da cerimônia o casal curtiu a lua de mel no Caribe, passando pela Colômbia. “A escolha foi baseada em um local que tivesse praia. Vimos vários, mas decidimos pelo Caribe e consultamos a agência Objetiva Viagens e Turismo em Petrópolis”, ressalta Talita.

QUINTA DA PAZ RESORT Meses antes do casamento, os apaixonados passaram o dia dos namorados no espaço revistaon.com.br

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ESPAÇO FESTAS

SERVIÇOS Foto Cia Fotográfica / Ézio Philot e

Rodrigo Bittencourt Filmagem Cristiano Oliveira Cerimonial ProMolter Recepção Quinta da Paz Resort Decorador

Anderson Barcellos

Mobiliário pista e projeto ProMolter Toldo Seriflex Religiosa Frei Leonardo Música de Cerimônia Pompa e

Cirscunstância DJ e empresa de som Pólux Cantor Ricky Vallen Bufê Maria Luiza Campos

NOITE DE NÚPCIAS Após a cerimônia os noivos foram para o Caribe

Bolo Tânia Sabaia Doces Liliana Rodrigues Chocolate Vera Brand Sushi Sushi Imperial Bem casados Fabiana Figueirinha /

Gabriela Rabelo Open Bar Oswaldo Lounge e Cia. Cabelo e Maquiagem Marcos e Beto

– Espaço MeB

A escolha da igreja foi baseada na simplicidade e localização, pois é próxima ao resort

Vestido da Noiva Tutti Sposa Roupa do Noivo Vila Romana Vestido das damas Ponto Elegante Roupa mãe da noiva Gamela Roupa mãe do noivo Atelier 55 Agência de Turismo Objetiva

Viagens e Turismo Convite Rasa dos Convites Buquê Bia Gelli BIA GELLI Talita exibe seu buquê antes do casamento 58

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Identidade Visual Duda Design Manobra e Segurança ItaTrade


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ESPAÇO FESTAS

Mariela e Gustavo Data: 09/04/2011 Cerimônia: Igreja do Sion Recepção: Quinta do Bosque

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FOTOS CIA FOTOGRÁFICA / ÉZIO PHILOT


Sem dúvidas foi o dia mais especial que vivi até hoje, um sonho concretizado diante de lutas e dificuldades. Parece como um toque de mágica. Lógico, que com muita dedicação e preocupação, mas foi incrível! Estava com muito medo que chovesse, que alguma coisa desse errado, mas graças a Deus, tudo deu certo”, diz Mariela. O casal se conheceu no trabalho, embora ele estivesse na área de engenharia e ela no setor comercial. Depois de um tempo, ficaram mais próximos, quando Gustavo foi morar em Macaé e Mariela foi atrás dele. Após um namoro de seis anos, os dois resolveram se casar. “Começamos a planejar tudo com um ano de antecedência. Procuramos os profissionais, escolhemos a igreja com muita cautela, porque optamos pela mesma que o Gustavo fez a primeira comunhão e a crisma, além de ter sido onde os pais dele se casaram”, revela. Mariela se arrumou no Solar do Império, hotel onde também passou a noite de núpcias. A noiva usou um modelo San Patrick, vindo direto de Barcelona para a ocasião. O vestido branco e tomara que caia, tinha uma cauda longa e vários babados. Sua única dama de honra vestiu um modelo parecido da Isa

BIANCA PIRES Os noivinhos foram feitos de acordo com a personalidade dos noivos

Drummond. A mãe da noiva escolheu um verde da Art em Núpcias, enquanto a mãe do noivo optou por um modelo prata da Isa Drummond. O noivo entrou com um terno preto. A Igreja do Sion foi decorada por Anderson Barcellos. Mariela entrou sozinha ao som da marcha nupcial tradicional, com o diferencial dos trompetes e clarins, feitos por Samuel dos trompetes. “A decisão de entrar sozinha, foi porque perdi meu pai aos 14 anos e prometi que quando casasse ninguém entraria no altar comigo. É como se ele estivesse presente ali”, esclarece. A recepção aconteceu na Quinta do Bosque. O Bufê ficou por conta da Sandra’s Buffet. “Conhecia a Sandra de longa data e sempre dizia que ela iria fazer o meu casamento e foi o que realmente aconteceu”, comenta Mariela. Foram servidos salgados, além da tradicional mesa de frios, arroz à piamontese e scalopinho ao molho madeira, paejas e escondidinho de carne seca, entre outros. Quanto à decoração da igreja, o branco foi a cor escolhida com exceção do tapete que foi vermelho e a festa, em tons de vermelho e rosa. “Quando vi a casa de festas fiquei boquiaberta uns cinco segundos. O Anderson Barcellos supe-

ANDERSON BARCELLOS A decoração da igreja foi baseada no branco

rou todas as minhas expectativas. Recebi muitos elogios. Foi como se ele tivesse adivinhado meus pensamentos”, diz. O bolo todo branco foi obra de Tânia Sabaia. O detalhe dos noivinhos foi produzido por Bianca Pires. Mariela com sua cachorrinha, Vida, que ela queria que estivesse presente na festa de alguma forma, e o Gustavo, com a roupa característica, por trabalhar embarcado. A festa foi animada pela Bateria da União da Ilha. “Foi um prêmio ter eles no meu casamento. Morei na Ilha durante 25 anos e passei toda a juventude lá. Quando eles entraram com o samba, os convidados ficaram surpresos”, lembra Mariela. “Tudo durante a cerimônia e a recepção foi perfeito, sem dúvidas o fator que contribuiu foi a escolha dos profissionais envolvidos”, ressalta. A lua de mel foi comemorada na Polinésia Francesa, no Taiti. O casal conheceu ilhas como Bora Bora e Morea. “As passagens foram uma surpresa do Gustavo. Eu queria ir para a Itália. Mas fiquei muito feliz com a escolha dele. Nunca vi nada mais lindo na vida como o Taiti”, elogia Mariela.

LILIANA RODRIGUES A festa teve doces de diversos tipos

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ESPAÇO FESTAS

SERVIÇOS Foto Cia Fotográfica / Ézio Philot Filmagem Cristiano Oliveira Cerimonial ProMolter Recepção Quinta do Bosque Decorador

“Tudo durante a cerimônia e a recepção foi perfeito, sem dúvidas o fator que contribuiu foi a escolha dos profissionais envolvidos”

Anderson Barcellos

Mobiliário ProMolter Religiosa Padre Pedro Paulo DJ e empresa de som Pólux Bateria União da Ilha Músicos Com Classe Bufê Sandra’s Buffet Bolo Tânia Sabaia Doces Liliana Rodrigues IGREJA DO SION Após a cerimônia os noivos foram para a casa de festas

Chocolate Vera Brand Bem casados Fabiana Figueirinha Cabelo e Maquiagem Isabel Soares Vestido da Noiva San Patrick -

Internovias Vestido da dama Isa Drummond Roupa mãe da noiva Art em Núpcias Roupa mãe do noivo Isa Drummond Agência de Turismo CVC Buquê Bia Gelli

CVC Gustavo surpreendeu Mariela quando lhe entregou as passagens de lua de mel para o Taiti 62

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Bem casado Fabiana Figueirinha (24) 2231.4865

Topo de Bolo Bianca Pires (24) 2242.0015

Buffet Sandra’S (24) 2231.4242

Decorador Anderson Barcellos (24) 2245.0612

Bolo Tânia Sabaia (24)2242.9293

Velas Marcia Nina (24) 2222.2594

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sofisticação

tecnologia

qualidade

beleza

estrutura

profissionais

inspiração

seu evento com o charme da serra

Cerimonial e locação de móveis ProMolter (24) 2245.2255

Filmagem Cristiano Oliveira (24) 2237.6917

Doce Liliana Rodrigues (24) 2237.5468

Fotografia Cia Fotografica (24) 2245.2929

Iluminação/Sonorização/DJ Pólux - Carlinhos (24) 2291.4940

Agência de Turismo Hemisfério Turismo (24) 2246.1583

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GUIA

Música

Cinema

O Artista

(Michel Hazanavicius – 2011)

SOB FEITO Os ingredientes para o início da Sob Efeito não se diferem de outras bandas de rock: jovens, garagem e instrumentos. Em 2001, Bruno Jordão e os irmãos Bernardo e Gustavo Cabral começaram a estudar música e se reunir todo final de semana para colocar em prática o que aprendiam. Influenciados por bandas como Pink Floyd,

Led Zeppelin, U2 e Red Hot Chili Peppers, a banda teve em sua formação Luana Chaves no vocal. Após o primeiro álbum, Luana saiu e Raphael Curioni assumiu, compondo a formação atual. Cheia de energia, a Sob Efeito se prepara para mais um CD. Para ouvir, acesse: http://www.myspace.com/sobefeito

DVD DUAS FACES JAM SESSION

TÂNIA MARA ACÚSTICO

Comemorando 40 anos de carreira, Alcione gravou o show com as presenças de Áurea Martins, Djavan, Emílio Santiago, Lenine, Maria Bethânia e Martinho da Vila. (R$29,90)

Um show apenas para convidados, contou com as participações de Paula Fernandes e da dupla Fernando & Sorocaba. No repertório, canções inéditas como “Amor infinito” e “Roda gigante”. (R$29,90)

Um filme mudo e em preto e branco. A produção francesa “O Artista”, de Michel Hazanavicius, levou a estatueta de melhor filme na última edição do Oscar. Ambientado na Hollywood dos anos 20, o filme conta a história de George Valetin (Jean Dujardin), um astro do cinema mudo que se recusa a participar de produções faladas. Ele acaba se apaixonando por Peppy Miller (Bérénice Bejo), nova musa do cinema falado. A queda da bolsa de 1929 e o surgimento de novas técnicas de produção de vídeo estão presentes no filme, que mostra, de forma divertida e emocionante, a decadência do cinema mudo. Os críticos veem a obra como uma homenagem aos artistas do cinema mudo e à história do cine mundial. Simples, cômico, musical, emocionante. Mesmo não sendo tão atraente para os dias atuais, esteticamente falando, “O Artista” mostra que é capaz de acordar um lado adormecido nos fãs da sétima arte e levar prazer com muito pouco. Afinal, há ótimos perfumes em pequenos frascos.

Livros A ARTE DA PAQUERA É preciso saber se relacionar nos dias de hoje. Thiago de Almeida e Daniel Madeira reuniram conceitos, resultados de pesquisas e conhecimento sobre o assunto para tornar o ato da sedução algo mais simples. (Letras do Brasil, R$32)

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A INVENÇÃO DE HUGO CABRET Hugo é um menino órfão que vive escondido na central de trem de Paris dos anos 1930. Ele guarda um incrível segredo, que é posto em risco quando o dono da loja de brinquedos cruza o caminho do garoto. (Edições Sm/ Lafonte, R$33,90)

O MENINO DO PIJAMA LISTRADO

Uma fábula sobre amizade em tempos de guerra. Da janela do quarto, Bruno pode ver uma cerca, e, para além dela, centenas de pessoas de pijama. Entre elas está Shmuel. (Companhia das Letras, R$26,90)

O SEGREDO DE LUÍSA Luísa tem a com a ideia de abrir uma empresa para vender a deliciosa goiabada que sua tia produz. Fernando Dolabela ensina tudo o que é preciso saber para ir do sonho ao mercado. (Sextante/GMT, R$29,90)


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