FB | Revista On Três Rios #09

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capa






#9 Direção e Produção Geral Felipe Vasconcellos felipe@fiobranco.com.br Produção Sabrina Vasconcellos Heverton da Mata Edição Rafael Moraes rafael@fiobranco.com.br Redação Aline Rickly Frederico Nogueira Comercial Ana Carolina anacarolina@fiobranco.com.br (24) 8843-7944 Criação Felipe Vasconcellos Robson Silva Colaboração Bernadete Mattos Bernardo Vergara Diego Raposo Luiz Cezar Priscila Okada Estagiário Neílson Júnior Distribuição Três Rios, Paraíba do Sul, Areal e Com. Levy Gasparian Produção Gráfica WalPrint Tiragem 3.000

Editorial

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ão é sempre que acordamos com bom humor. Se você está em um desses dias, pensando que nada dá certo em sua vida e não há motivos para sorrir e sonhar, a Revista On #9 chegou e mostra exemplos de quem não desistiu da felicidade e do sucesso. A superação e a realização de sonhos estão no sorriso estampado na capa. Eles não couberam na pequena caixa de sapateiro e precisaram se transformar em grandes sapatarias. A história de Sivanil de Souza, que já quis ser o “rei dos sapatos”, é a inspiração desta edição. Humilde, criativo e sonhador, ele fala sobre suas origens, a família e os negócios. Ainda sobre empreendimentos, uma lanchonete famosa na cidade ganhou espaço nas páginas da revista devido ao modelo de gestão diferente do que é ensinado em salas de aula. Ah, e nossa capa está coincidentemente ligada ao início deste sucesso. Se neste local, o uso da voz do atendente indica que o lanche está pronto, outros profissionais têm a voz como principal ferramenta de trabalho. Há quem sonhe e é reconhecido por transformá-lo em realidade. É o caso do Leonardo, um trirriense que, com sua simples vocação, chama a atenção de nomes nacionalmente conhecidos. Para algumas pessoas, a vocação está em cuidar de outras famílias. São as empregadas domésticas. A dedicação ao outro e a superação se unem em um projeto que leva alegria para quem muitas vezes está esquecido ou sofrendo. Fazer o que gosta e contribuir com a sociedade. Esta ação também move Cide Clei Pacifico de Jesus que, nas quadras, ensina jovens sonhadores do mundo da bola. Por falar em sociedade, estamos em ano de eleição e buscamos uma resposta para uma questão que pode definir novos rumos do país: como está a relação dos jovens com a política? Com a proximidade do dia nos namorados, a Revista On mergulha nesta data de duas formas: pelo beijo, que fortalece os relacionamentos, e pela internet, que permite o encontro de pessoas distantes. Se você é casado, já percebeu se está com uns quilinhos a mais? Nesta edição, você ainda pode ver jornais antigos da região, saber como contribuir com o meio ambiente, conferir os acessórios para o inverno, aprender um prato delicioso,... ufa! E isso é só o começo. Espante o mau humor, veja a #9 e aproveite o conteúdo inteligente! Boa leitura!

Foto de capa JClick

Fiobranco Editora Rua Prefeito Walter Francklin, 13/404 Centro | Três Rios - RJ 25.803-010 Telefone (24) 2252-8524 Email contato@revistaon.com.br

Ops! Erramos Na matéria “Os traços da Sabedoria” (p. 59) encerramos com a declaração da neta da Dilma Abdu, Lilianne Abdu Mesquita e não da Larissa como foi publicado. Na matéria “Mínimos detalhes” (p.108) o motoclube ao qual Sérgio pertence é o maior da América Latina e o terceiro maior do mundo.

Na página 110, ao contrário do publicado, o animal de estimação se chama gato. Na matéria, “Trirrienses atrás das grades” (p. 104), colocamos que no caso do tráfico de drogas não há liberdade provisória, quando na verdade, é mais difícil de obter a concessão, porém não é impossível. Na mesma matéria, citamos que o

escritório em questão atendeu 16 casos em 2011. No entanto, esses casos são referentes somente ao artigo 33 (tráfico de drogas) e não representam todos defendidos pela empresa. Na matéria “Produção Vertical” (p.36), foi publicada a palavra textura no decorrer do texto, quando o correto é tecido.


Índice 8 Online 12 Opinião 22 Cultura 32 Meio ambiente 35 Negócio 40 Empreendedorismo 44 Mercado de trabalho 47 Carreira 50 Educação 54 You fashion 59 Mix 60 Comportamento 80 Inspiração 90 Cotidiano 97 Eu sei fazer 103 Saúde 112 Papo de colecionador 116 Km livre 120 Esporte 124 Aconteceu 126 Viagem 136 Espaço festas 144 Sabores 146 Guia

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OPINIÃO

Fé e má-fé

Fé sem mistério é má-fé, é ludibriação do povo crente e carente

Roberto Wagner rwnogueira@uol.com.br

Roberto Wagner Lima Nogueira é procurador do município de Areal, mestre em Direito Tributário - UCAM-Rio, professor de Direito Tributário da UCP – Petrópolis – e colunista do Três Rios Online.

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apóstolo Paulo tem uma famosa definição que diz: “a fé é a substância de coisas esperadas”, ou seja, ela é o que dá realidade àquilo que não existe ainda, mas que acreditamos e confiamos, que colocamos em jogo o nosso crédito e a nossa palavra. O futuro existe na medida em que a nossa fé consegue dar substância, isto é, realidade às nossas esperanças. A má-fé é a subversão de tudo isto. A má-fé elimina o mistério de nossas vidas e nos oferece “certezas” para tudo, um jogo de toma-lá-dá-cá, um negócio bilateral entre nós e Deus. Dou-te cem, ganho duzentos. No cenário da má-fé as novas “igrejas” de resultados (o que vale é o rendimento material) invadem nossos bairros. Certa feita, pediram ao dramaturgo e escritor Nelson Rodrigues que ele se manifestasse sobre a chamada “educação sexual”. Disse ele: “vou ser o mais taxativo possível: − sou contra. E, para evitar qualquer dúvida, ou sofisma, direi com maior ênfase: − ‘absolutamente contra’. Não sei se me entendem. A educação sexual devia ser dada por um veterinário a bezerros, cabritos, bodes, preás, vira-latas e gatos vadios. No ser humano, sexo é amor. Portanto, os meninos, as meninas deviam ser preparadas, educados para o amor. Se meu leitor progressista ainda não está satisfeito, direi algo mais. O homem é triste porque um dia separou o sexo do amor. Nada mais vil do que o desejo sem amor. A partir do momento da separação, começou um processo de aviltamento que ainda não chegou ao fim. E assim, o homem tornou-se um impotente do sentimento e, portanto, o anti-homem, a antipessoa”. (“O reacionário”, Rio de Janeiro: Agir. 2008, p.163). Pois muito bem. No campo da fé, nos dias atuais, separaram a fé do mistério. Assim como

o sexo deve ser inseparável do amor, a fé também é inseparável do mistério. Não é possível uma fé verdadeira que subsista sem o mistério. Fé sem mistério é má-fé, é ludibriação do povo crente e carente. Como diz Dom Henrique Soares da Costa, bispo auxiliar de Aracaju, “caminhamos pela fé e não pela visão”. Diante de tamanho mistério, como, então, aceitar as “curas” vendidas pelas “igrejas” que surgem aos borbotões? Sem falar no desejo insano por curas e milagres a qualquer preço (R$), em nítida exploração da crença do povo, pura má-fé. Como diz ainda Dom Henrique: “O nome de Deus é santo e misterioso! Isto significa que não poderemos nunca compreender Deus totalmente. Ele é o nosso outro, o misterioso, o infinito, o santo! Respeite profundamente a Deus e tudo quanto tenha relação com Ele! Ele não é seu compadre, não é o cara legal! Ele é Deus! Você é somente pó que o vento leva! Ele está no céu, você está na terra!” Com essa ardilosa separação cotidiana entre fé e mistério, o que vemos é um “mercado religioso”, onde a fé é pautada única e exclusivamente pelo dinheiro. O mistério sucumbiu ao dinheiro, já não estamos mais no campo da fé e sim da má-fé. Quando separamos a fé do mistério que a envolve, já não vivemos mais para Deus, mas para nós mesmos. “Viver para si mesmo é o novo nome da morte”, diz frei Raniero Cantalamessa, (“Nós Pregamos Cristo Crucificado”. São Paulo: Loyola, 1996, p. 13). Há uma passagem de Santo Agostinho, em “De civitate Dei” (Cidade de Deus), que bem revela essa dualidade entre fé e má-fé, vejamos “Os bons se servem do mundo para gozar de Deus, os maus ao contrário querem servir-se de Deus para gozar o mundo”.


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OPINIÃO

Faltando o trabalho Os turistas no serviço e as hipóteses de faltas justificadas

Oneir Vitor Guedes oneirvitor@hotmail.com

Oneir Vitor Guedes formou-se em direito pela Universidade Federal de Juiz de Fora e, atualmente, atua como advogado e consultor jurídico nas áreas cível e criminal, além de ser colunista do Três Rios Online.

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cidade de Três Rios tem atraído grandes empresas e novas oportunidades de emprego têm surgido. Mas se tem uma figura que estes patrões não desejam contratar é o funcionário conhecido como “turista”, apelido dado àqueles que fazem das faltas injustificadas ao serviço uma verdadeira rotina. Para você que não quer ser considerado um “turista”, uma dica é faltar apenas naquelas situações em que a legislação trabalhista prevê que o trabalhador pode ausentar-se do serviço legitimamente, casos em que o empregador estará proibido de efetuar qualquer desconto. São as chamadas faltas justificadas. Começamos pela falta em virtude de casamento, período denominado “licença gala”, no qual o empregado que casar tem direito a faltar o serviço por três dias consecutivos. Outra hipótese é a falta em função do falecimento de um parente. Nesse caso o empregado tem direito a faltar por dois dias consecutivos. Mas nada de querer faltar por ocasião do óbito de um tio, primo ou muito menos da sogra, pois somente justificam esses dias de falta o falecimento do cônjuge, de um ascendente (pai, avô, etc.), descendente (filho, neto, etc.), irmão ou dependente registrado na carteira. Uma hipótese interessante é a falta justificada para doação de sangue. Todo trabalhador tem direito a faltar o serviço no dia em que for doar sangue e o patrão não pode realizar qualquer desconto no salário. Por isso, muitos que precisam faltar ao trabalho em determinada data, optam por doar sangue de manhã e ficar todo o resto do dia de folga. Contudo, nada de querer bancar o engraçadinho e sair doando sangue toda semana, pois a lei só permite esta falta uma vez a cada doze meses. Vejamos algumas outras hipóteses: nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para ingresso em universidade, o empregado não precisa trabalhar. Quem atua como mesário no dia das eleições ganha o direito de faltar ao trabalho por dois dias. O tra-

balhador pode ausentar-se para ser parte em um processo, jurado ou testemunha (não está liberado do serviço pelo dia inteiro, mas apenas tempo necessário ao comparecimento no órgão judiciário). Em caso de nascimento do filho, o pai poderá faltar ao serviço por cinco dias no decorrer da primeira semana. Se ainda não possuir título de eleitor, a lei permite que o funcionário falte por até dois dias para tirar este documento (estes dias de ausência nem precisam ser consecutivos). O trabalhador também poderá faltar quando precisar se apresentar ao órgão de seleção do serviço militar obrigatório ou tiver de cumprir outras exigências relativas ao alistamento militar. Há, ainda, a hipótese mais comum, que é a falta justificada por atestado médico. Pouca gente sabe, mas o patrão pode exigir que os atestados sejam emitidos apenas por médicos da empresa ou ligados a ela por algum convênio, ou seja, a empresa não é obrigada a aceitar atestado emitido por médico do SUS (Sistema Único de Saúde) ou por médico particular, caso disponibilize profissional de medicina para avaliar a saúde do trabalhador supostamente enfermo. Vale lembrar que, em caso de doença ou acidente de trabalho, apenas os 15 primeiros dias de afastamento são remunerados pelo empregador (após este período deve-se requerer a concessão de benefício cabível junto ao INSS). Em relação aos “atestados de acompanhamento médico” (usados quando colaborador se vê obrigado a faltar em função de uma enfermidade em um de seus familiares próximos), o patrão não é obrigado a aceitar tal atestado e abonar a falta (não há qualquer norma no país regulando esta situação, embora existam vários projetos de lei neste sentido). Assim, a aceitação ou não fica a critério da empresa. Para finalizar, alerta-se aos “turistas” que fiquem atentos e evitem as faltas injustificadas, afinal, em um mercado de trabalho extremamente competitivo como o atual, um dia qualquer o patrão e os companheiros acabam descobrindo que a presença daquele “turista” na empresa não era tão importante como imaginavam.


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OPINIÃO

Política da perereca Fôssemos um país diferente, com alguma seriedade e dignidade, essa cambada de vagabundos sequer poderia se candidatar

Helder Caldeira helder@heldercaldeira.com.br

Helder Caldeira é escritor, articulista político, palestrante, conferencista, colunista do Três Rios Online e autor do livro “A 1ª Presidenta”, primeira obra publicada no Brasil com a análise da trajetória da presidente Dilma Rousseff, que está entre os livros mais vendidos no país em 2011. É apresentador do quadro “iPOLÍTICA” com comentários no telejornal da Rede Record.

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nvestir na manutenção da ignorância do povo é apenas uma estratégia política milenar, vigente nos países medíocres desde a invenção do verbo governar. Um povo asnático é amplamente manobrável, diz a máxima. Sob esse signo, nações foram sedimentadas, povos ganharam nome e governantes ascenderam ao poder. Por óbvio, no Brasil a dinâmica não é diferente: investe-se pesado para que o povão continue encurralado. Daqui alguns meses, os brasileiros vão às urnas para eleger – ou reeleger – prefeitos e vereadores. Parafraseando obliquamente uma pérola do cancioneiro popular brasileiro, sucesso imortal da saudosíssima Dercy Gonçalves nos idos anos de 1960, “a vizinha é boa praça, a vizinha é camarada, vai soltar a perereca pra alegrar a garotada”. E em outubro, todos serão obrigados a sacar seus títulos eleitorais, fazer uni-duni-duni-tê, digitar na urna eletrônica e eleger algum salamê-minguê para administrar a cidade. A pessoa vai subir ao palanque e prometer um monte de mentiras. Você vai acreditar! Ele – ou ela – vai falar mal do concorrente. Você vai confirmar! A figura vai deitar falatório sobre as mazelas da cidade. Você vai concordar! Por fim, o candidato – ou candidata – vai prometer uma dúzia de casas populares, uma creche aqui e outra ali, um tapa-buracos nas ruas, na saúde e na educação, vai garantir algumas cestas-básicas para os tempos difíceis e adornará seu palavrório com salvas de fogos de artifício. E você vai aplaudir! Na política da perereca, daqui algum tempo, a pessoa que você elegeu estará atolada em escânda-

los de corrupção, de desvios de dinheiro público ou de alguns “malfeitos”, como gosta de classificar dona Dilma. Pula-pra-lá, pula-pra-cá, nada será investigado com seriedade e decência, o bandido de colarinho branco continuará impune e você, eleitor-idiota, vai continuar sustentando a bandalheira, trabalhando quatro meses do ano só pra pagar os impostos que bancam as mamatas dos pererequeiros. A dinâmica é simples assim. Pior: “tudo continuará como dantes no quartel D’Abrantes”. Alguns dirão: que pessimismo! E eu vos digo: pessimismo coisa nenhuma! Isso é comédia. A comédia nauseabunda da vida política do Brasil varonil. Não há perspectiva de mudança, porque, no fundo, a culpa é nossa! É muito mais fácil enganar e sacanear os hipócritas. Não somos vítimas inocentes desse processo. Somos cúmplices! Gostamos da pererecada! Fôssemos um país diferente, com alguma seriedade e dignidade, essa cambada de vagabundos sequer poderia se candidatar. Mais da metade dos políticos estaria na cadeia, vendo o sol nascer quadrado. Fôssemos um povo realmente inteligente, não aceitaríamos candidamente todas essas barbaridades protagonizadas pela politicagem brasileira. É isso que permite afirmar categoricamente: quando um prefeito rouba ou vereador se vende, a culpa é sua, caríssimo (e)leitor. Então, continue acreditando, confirmando, concordando e aplaudindo. A estratégia da ignorância funcionou. Já dizia Dercy, em sua magnum opus: “A perereca da vizinha está presa na gaiola, xô perereca, xô perereca!” E quem quiser que cante outra. Ou eleja outra. Ou solte definitivamente a perereca, pra alegria da garotada!


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OPINIÃO

O advogado de fato e o advogado de direito (parte 2)

Singelas diretrizes para o preparo acadêmico, para o aperfeiçoamento e visibilidade profissional David Elmôr david@elmorecorreaadv.com.br

David Elmôr é advogado criminalista, originário de uma das mais respeitáveis bancas de direito do Brasil (SAHIONE Advogados), Sócio Sênior do ELMÔR & CORRÊA Advogados

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o intento de traçar um planejamento de carreira jurídica no âmbito da advocacia, na última edição (março/abril 2012) nós elencamos quatro orientações denominadas “bases para capacitação profissional”, que estamparam singelas diretrizes para o aperfeiçoamento do advogado (advogado de fato), encerrando, assim, a primeira etapa do referido plano. Agora, emergiremos as quatro considerações derradeiras, que tratarão das “bases para visibilidade profissional”. Há aproximadamente 30 anos, o profissional liberal se sobressaía no mercado de trabalho pelo simples fato de ser um bom profissional. Atualmente, com a grande concorrência existente, não basta ser um bom advogado, é necessário também que seja empreendedor, que venda sua imagem. Conhecem a história da mulher de César (imperador romano)? Não basta que seja honesta, também tem que parecer honesta. É mais ou menos por aí. Conforme foi ressaltado na última edição, vale salientar que o advogado de fato não se sedimenta da noite para o dia, isto, tendo em vista que, para tanto, é necessário percorrer uma longa jornada, tortuosa, no entanto, extremamente gratificante àqueles que a ela se entregam. Assim, para se tornar um advogado de qualidade, o aperfeiçoamento profissional é um valor que deve ser permanentemente exercitado (vide “bases para capacitação profissional”, na edição anterior), além disso, cabe seguir os passos adiante traçados para alcançar visibilidade no mercado de trabalho, vejamos: Associe-se: sentindo-se capacitado, associe-se. A união de forças deve visar o atendimento

das necessidades dos clientes e a expansão das atividades, através de um ato de sinergia. É importante realizar a integração de competências com o objetivo de alcançar maiores e melhores resultados pela cooperação entre pessoas. Esta aliança deve ser estratégica, dentro de um panorama capitalista, portanto, seja amigo de seu sócio, mas não seja sócio do seu amigo; Estratégia: inove. Além de prestar serviços diferentes dos concorrentes, é imprescindível desenvolver uma estratégia consistente, tanto para a empresa (escritório), quanto pessoal. Defina seu público-alvo e trabalhe baseado em projetos detalhados (plano de ação). Potencialize seu tempo. Filosofia: é preciso construir uma cultura organizacional no escritório para que todos trabalhem em sinergia, compartilhando a mesma filosofia, inclusive no atendimento aos clientes. Transparência: é a alma de todos os negócios. O maior interessado no deslinde de qualquer caso é o cliente, por isso ele deve estar ciente de todos os procedimentos. Explique como funciona o procedimento, alerte sobre os riscos da demanda, diga sobre as probabilidades baseando-se na jurisprudência, mas, em se tratando de processo judicial, nunca fale em tempo e êxito, pois não é o advogado quem julga. Jamais crie dificuldades para vender facilidades. Execute atividades altamente seletivas para reforçar sua credibilidade e prestígio. Nesta ponderação, com estas oito dicas elementares, nós encerramos o singelo planejamento de carreira jurídica proposto. Todavia, por fim, cabe destacar uma valiosa dica: o mau advogado promete resultados seguros como tática de venda dos seus serviços. Reflita!


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CULTURA

POR FREDERICO NOGUEIRA

FOTOS REVISTA ON

Homens, senhoras e creanças. Os senhores podem ser de EntreRios, Parahyba do Sul ou cidades visinhas. Produzida com esmero e capricho, esta matéria informar-te-á sobre a recuperacção de antigos jornais da região. Differentes epochas ficaram registradas em páginas que contam o passado e explicam o presente. Alguns jornais são tão antigos, que as palavras que você leu agora e notou que estão erradas, eram grafadas corretamente destas formas.

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á uma sala na Casa de Cultura de Três Rios que é um verdadeiro shopping de conhecimento. Assim como em um edifício comercial, cheio de lojas e vitrines atraentes e com o poder de te prender por horas sem ver o tempo passar, aquela sala também faz isso. Lá estão reunidos jornais e publicações oficiais de décadas passadas que contam a a história de Três Rios, inclusive antes da emancipação, quando ainda pertencia a Paraíba do Sul. Alguns deles, os mais jovens talvez nem conheçam o nome. São exemplares de A Tribuna, O Arealense, O Cartaz, Correio Trirriense, O Diário e Entre-Rios Jornal. Também como em um shopping, a sala recebe grande número de visitas, principalmente de estudantes que buscam informações para trabalhos acadêmicos. Enquanto as vitrines permitem ver sem tocar, os jornais precisam ser manipulados para o conhecimento ser adquirido gratuitamente. Com isso, um problema começou a surgir, como explica o secretário municipal de Cultura e Turismo, Marcos Pinho. “À medida que os anos passam,

ACERVO As prateleiras de uma sala da Casa de Cultura contam com mais de 18 mil páginas de jornais

A digitalização foi o meio encontrado para preservação dos jornais antigos o papel fica impregnado por bactérias e fungos e quase se solidifica, ele ‘quebra’ facilmente. Muitas páginas já se perderam por conta do manuseio e desses outros problemas”. O resultado encontrado para que tal fonte de pesquisas e registros históricos não acabe, foi a digitalização dos arquivos. “Havia um edital aberto da Secretaria Estadual de Cultura, chamado Memória Fluminense. Contamos com a parceria da ONG Recicla Três Rios, que foi a proponente do projeto, porque, hoje, a maior parte dos recursos destinados à cultura está para a iniciativa privada e não para secretarias municipais”, conta Marcos. O acervo é grande e o edital contemplou apenas uma pequena parte dele. “Temos cerca de 18 mil páginas de jornais e, neste primeiro edital, digitalizamos aproximadamente 3.000. Vamos caminhar cinco ou seis anos em busca de novos editais para fazer o mesmo com outras páginas. Mas esse é um processo contínuo. Daqui a 30 anos, as notícias de hoje também serão utilizadas como fonte de pesquisa”. Com tantas páginas, a escolha das que seriam digitalizadas no primeiro momen-

PROGRAMAÇÃO CULTURAL Uma das chamadas anuncia o show do cantor e compositor Caetano Veloso no município

MENTORA Marilene acredita que a população precisa conhecer a história para amar a terra

to seguiram um critério. Uma das mentoras do projeto, a professora Marilene de Fátima Ferreira da Silva dos Santos, conta qual foi. “Sugerimos jornais de anos entre 1926 e 1970. Foram publicações de nove anos escolhidos com base nos que foram mais procurados para pesquisas e em datas importantes para o município. Por exemplo, os de 1928 foram escolhidos por este ser o ano do início da campanha da autonomia e os de 1938 por ter acontecido a emancipação do município”. A ANJ (Associação Nacional de Jornais), incentiva a digitalização de arquivos de jornais. Ela disponibiliza uma cartilha sobre formas de que os jornais executem esse trabalho com equipe própria e custos reduzidos. Ricardo Pereira, diretor executivo da entidade, ressalta o valor da digitalização. “É importantíssima para a preservação da cultura e para a história do país, dos estados e das comunidades, por menor que sejam. De um modo geral, os jornais têm consciência disso e procuram preservar suas coleções. Até recentemente não iam além disso, porque os custos eram proibitivos. Hoje, os valores já são razoáveis e, mesmo jornais de menor porte, além de entidades de preservação e promoção da cultura, museus, prefeituras e ONGs, têm condições de digitalizar seus acervos, não apenas de jornais, mas de qualquer material impresso, assim como fotos, gravuras, etc.”. assineon.com.br

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CULTURA

CULTURA Anúncio apresenta horários das sessões de cinema na cidade. O filme em cartaz era “E o vento levou”

Ricardo lembra, ainda, dois importantes pontos a serem observados antes de iniciar o processo. “Além de preservar os acervos, a digitalização permite aos jornais obter receita com eles, o que ajuda a reduzir os custos de manutenção dos mesmos. E não basta apenas digitalizar. É preciso contar com sistemas de busca e recuperação do material que compõe os acervos para tornar mais fácil e barata a localização de textos e imagens sobre temas específicos. Para isso, é preciso contar com softwares que estão disponíveis no mercado, cujos preços são, hoje, mais acessíveis do que há alguns anos”. Marilene explica como foi o processo de digitalização em Três Rios. “Três empresas do Rio de Janeiro trabalharam no projeto. Uma faz o banco de dados, a

RECORDAÇÃO A avenida Beira Rio nem sempre esteve lá. Os periódicos mostram sua construção 24

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MEMÓRIA Os jovens podem ler notícias de fatos que não viveram

Segundo a ANJ, o processo de preservação de documentos está menos caro outra faz a higienização, a digitalização e a acomodação dos jornais originais em caixas preparadas para conservação do material, e a terceira é a responsável por fazer a supervisão museológica”. Os jornais já podem ser acessados por um computador instalado na Casa de Cultura. Os visitantes podem, ainda, levar o material para casa. Para isso, basta levar um pen drive de 8Gb novo, na embalagem, para

não oferecer riscos ao sistema. O próximo passo é permitir que este acesso seja feito através da internet, de qualquer lugar. Marcos Pinho reforça que a democratização do acesso ao conteúdo é um ganho a mais com o projeto. “A pessoa pode fazer buscas por páginas, por títulos e por anos. Acredito que a busca por fatos que aconteceram na data de nascimento de cada um também será um atrativo. Agora, precisamos que outros editais saiam e instituições se candidatem a participar de novos projetos”, completa. Para Marilene, a preservação da memória e da identidade do local é outro ponto positivo. “Tendo isso registrado, os fatos não se perdem. A juventude passará a conhecer a história e, com isso, amar a terra. Fazer uma criança gostar da cidade que nasceu sem

PESQUISA Os jornais antigos servem como fontes para trabalhos acadêmicos


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CULTURA

SEMELHANÇAS Algumas notícias antigas dão a sensação de que o tempo não passou

que conheça, é meio superficial. Quando ela começa a aprender sobre pessoas que lutaram pela cidade, conhecer a história, ela mostrará mais interesse”, diz. Os jornais

Um dos exemplares mais antigos encontrados no acervo da Casa de Cultura é A Tribuna, de 1931. Isto porque a maior parte dos anteriores a esta data não estavam lá, já que passam pelo processo de digitalização. Neste jornal, pode-se ler, ainda no topo, logo abaixo do nome, o telefone da redação que, acredite, era o número 59. Sim, apenas 59. Em seguida, outra informação curiosa para um

jornal: “publica-se aos domingos”. O que mais chama atenção nos periódicos destes anos são a grafia e as expressões que não costumamos ouvir hoje em dia. Na capa da edição de 19 de abril de 1931 do mesmo jornal, a manchete traz “Hontem e Hoje!” em destaque, sobre certa comemoração da própria publicação. Nesta época, ou “epocha” como era escrito, toda a região tinha o nome de Parahyba do Sul. No centenário da cidade, comemorado na edição de 15 de janeiro de 1933, uma homenagem estampa a capa e, em seu primeiro parágrafo, o texto traz: “Transcorrendo hoje o nosso primeiro centenario, ao lado dos outros Municipios visinhos, como Vassouras e Nova

DESTAQUE Na página principal, a inauguração “moderna estação de tratamento de água da América do Sul” 26

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Algumas notícias de décadas passadas são semelhantes às atuais Iguassú, não podemos deixar passar em silencio esta data tão auspiciosa ao povo parahybano do sul”. Em alguns destes jornais, a publicidade de uma “Empreza Funerária” ficava no rodapé da página, onde são citados todos os serviços oferecidos. Por sinal, notas de falecimento não faltavam. Um exemplo é o caso da morte de uma mulher chamada Mariana. Segundo a nota, ela faleceu “após longos padecimentos e em avançada idade”. No texto, são citados diversos membros da família e, ao fim, antes do desejo de “sinceras condolências”, um parágrafo chama a atenção. “Dotada de peregrinas virtudes, gosava na nossa cidade de um vasto circulo de relações, tendo sido seu enterro muito concorrido”. Notícias sobre crimes também estão presentes em uma das páginas. Após recordar alguns que haviam acontecido pouco tempo antes, chega-se ao texto sobre o novo (e bizarro) crime. “Entre-Rios é abalado pela notícia de um encontro macabro num casebre para os lados do Triangulo, arrebalde próximo de sua séde. (...) Sr. José F. C. levou ao conhecimento da policia que tinha em casa dous cadáveres mumificados, cobertos de cal”. Os anos passaram, os jornais mudaram,


FOTOS ANTIGAS Imagens guardam cenas do cotidiano da então pacata Três Rios

GRAFIA Palavras usadas na década de 30 chamam a atenção pelas diferentes formas que eram escritas

mas as notas fúnebres continuavam lá. O Cartaz, do início da década de 1970, traz as notas com o título “Necrologia”. Nesta ocasião, são dois falecidos. Um deles teve seus “despojos mortais” velados em uma igreja e, em seguida, “acompanhados por parentes e amigos, saíram para a inumação no Campo Santo da Cidade”. Folheando os jornais desta época, isto é, aproximadamente 40 anos atrás, algu-

mas notícias parecem atuais. É o caso de uma onde “SAAETRI explica calçadas quebradas dizendo-se tratar do ônus do progresso” e outra, estampada na página principal de O Cartaz em fevereiro de 1975: “Vendaval açoitou a cidade: fez parar indústrias com muita água e lama”. Para recente? Fica ainda mais quando observamos as fotos que retratam o córrego Purys transbordando e a

Rua 14 de Dezembro inundada. Para quem não viveu nestes anos, é uma experiência fantástica folhear os jornais e encontrar a Beira Rio ainda sendo projetada, asfaltada e preparada para os desfiles de carnaval; ver os estádios com arquibancadas lotadas, quando o América foi campeão invicto de 1974 sobre o Entrerriense, segundo a notícia; saber que já passaram pela cidade cantores como Caetano Veloso e Martinho da Vila; conferir espaços publicitários com o lançamento do carro Passat e a chegada no Cine Rex do filme “E o vento levou”. Para quem viveu, é a possibilidade de recordar todos esses momentos, inclusive os que aconteceram e não deixaram marcas, como o projeto de uma fonte luminosa na praça São Sebastião, um “aprazível logradouro situado no coração de Três Rios. O velho coreto existente será demolido, dando lugar à fonte”. Por falar nisso, guarde essa Revista On. Em algumas décadas, seus filhos, netos e bisnetos gostarão de saber como foi a região em 2012.

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PUBLIEDITORIAL

AUXÍLIO JURÍDICO AO SEU ALCANCE FOTOS DIVULGAÇÃO

Problemas em família, com o patrão ou com os empregados? Precisando de ajuda e consultoria jurídica? Um novo escritório, com profissionais qualificados, está à disposição dos trirrienses.

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ue bom seria se todas as pessoas se entendessem facilmente. Mas sabemos que não é assim. Por isso, os moradores de Três Rios e região já podem contar com os serviços da Fonseca Andrade & Silveira. O escritório de advocacia possui profissionais especializados em direito civil, direito processual civil, administrativo, constitucional, trabalhista e tributário. O escritório atua tanto no campo preventivo das relações obrigacionais, estruturando negócios, como na solução de conflitos, sempre visando preservar os interesses de seus clientes. Hoje, tem representatividade em quatro importantes capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília. Os profissionais da Fonseca Andrade & Silveira fundamentam suas atuações nas mais modernas doutrinas e jurisprudências, mediante constante pesquisa a acervos jurídicos, físicos e digitais. O

família (separação e guarda de filhos); execuções (cobranças, repetições e embargos); anulatórias (compra e venda, registros, escrituras e condomínio).

ATUAÇÃO Os profissionais trabalham com a prevenção e solução de conflitos

escritório procura antecipar cenários e soluções, mantém um constante diálogo com o cliente, informa sobre alterações legislativas e fornece informações que possam influenciar suas atividades. Conheça alguns dos serviços prestados, divididos por área de atuação: Direito civil: defesa em relações de consumo; responsabilidade civil; arrolamentos e inventários; posse e domínio;

Direito trabalhista: defesa em reclamatórias trabalhistas; acordos; termos de ajustamento de conduta; acidentes de trabalho; recursos trabalhistas; impugnações; embargos; mandados de segurança. Direito administrativo e empresarial: licitações e contratos com o poder público; processos e procedimentos administrativos; concessões e permissões de serviços públicos; contratos sociais; negócios e atos jurídicos; registro e licenciamento de marcas; alvarás e licenças. Direito tributário: defesas em autuações; anulatórias de débito tributário; recuperações de crédito; ações cautelares. Vale ressaltar que os honorários dos profissionais da Fonseca Andrade & Silveira são calculados mediante negociação direta com os clientes com base na relevância, no vulto e na complexidade dos trabalhos a serem executados. Entre em contato e encontre a solução para seus problemas.

SOLUÇÃO Algumas das áreas com profissionais capacitados são o direito civil, trabalhista e administrativo

ATENDIMENTO Com sede em Juiz de Fora, o escritório expande para o Centro-Sul Fluminense

(32) 3215-2000 | (32) 8886-0058 fas.advogados@bol.com.br facebook.com/FASadvogados Av. Rio Branco, 2828 / 705 Ed. Executive Plaza – Centro Juiz de Fora – MG CEP: 36.016-311


PUBLIEDITORIAL

NÃO DEIXE O SONHO VIRAR PESADELO FOTO SHUTTERSTOCK

Nascer, crescer e ser independente. Para muitos, essa liberdade vem acompanhada por um novo lar, seja sozinho ou com uma nova família. Para evitar dor de cabeça no momento da compra da casa própria, você deve estar atento a algumas dicas.

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ão é tão simples como comprar uma bala (nem tão barato). E, diferente da bala, que dura menos de cinco minutos, uma casa é adquirida com a intenção de servir durante longos anos. Muitos problemas surgem por simples falta de informação de compradores e vendedores. O advogado Roberto Lúcio Silveira Filho explica detalhes importantes para a concretização da compra ou venda de imóveis. “Para a segurança e tranquilidade, detalhes de fundamental importância, devem ser observados. Parte-se da emissão da certidão atualizada do imóvel (Certidão de Ônus Reais), junto ao cartório do Registro de Imóveis competente. Nela poderá ser verificado quem realmente é o proprietário e se o mesmo pode negociá-lo. Além disso, também será possível saber se existem quaisquer ônus ou impedimento como hipoteca, penhora, arresto e intransferibilidade judicial”. Ele ainda acrescenta que, caso seja um apartamento, há mais observações a serem feitas. “Deve-se avaliar o contexto onde o imóvel está. Por exemplo, pode ser que ele não tenha qualquer tipo de problema, mas o condomínio tem e este cairá sobre o comprador. Isso deve ser levado em conta na negociação, seja para um abatimento ou para a desistência da compra”, afirma. Se você adquire imóvel de “pessoa física”, devem ser exigidos, para fins de registro no Ofício Imobiliário competente, os seguintes documentos com

relação ao vendedor: Certidão Negativa da Vara Cível; Certidão Negativa da Vara de Execução Fiscal; Certidão Negativa de Tributos Federais; Certidão Negativa Trabalhista. Já os documentos relacionados ao imóvel são: Certidão de Ônus Reais; Certidão Negativa da Vara de Execução Fiscal; Certidão de Quitação Fiscal e Enfitêutica, emitida pela prefeitura; Certidão Negativa (Bombeiros); Declaração de Quitação Condominial; e, para o caso de imóvel foreiro, o vendedor deve apresentar o alvará emitido pelo detentor do foro, após pagar a taxa de laudêmio, que varia entre 2,5% e 5%. Ao adquirir um imóvel de pessoa jurídica, as mesmas orientações são válidas, além de outras particularidades, como a apresentação da CND (Certidão Negativa de Débitos) do INSS, salvo nos casos em que a empresa tenha como uma das atividades em seu contrato social a comercialização de imóveis. Para um negócio ser fechado sem riscos, a presença de um corretor é fundamental. Ele faz o intermédio entre vendedor e comprador. “Muitos negócios são mal feitos por conta da falta do auxílio jurídico. Os imóveis disponíveis são avaliados perante o gosto do futuro comprador. Não adianta mostrar uma casa de um quarto para alguém que precisa de três”, explica. No trecho entre Juiz de Fora e Rio de Janeiro, a Albuquerque Lima & Silveira – Imóveis é a solução para todas

essas dúvidas e, também, para ajudar na realização do sonho. “O profissional gabaritado para fazer uma avaliação de imóveis de forma judicial deve estar cadastrado e possuir o Cnai (Cadastro Nacional de Avaliadores Imobiliários). O juiz, nessa questão do inventário, precisa fazer a avaliação para colocá-lo a leilão e saber o valor exato. Ele, então, chama o perito. Este precisa ter esse cadastro. Nós temos uma pessoa cadastrada”, comenta Roberto. Por isso, para vender ou comprar um imóvel, entre em contato com os profissionais que oferecem suporte administrativo e jurídico:

Rodrigo de Albuquerque Lima (CNAI – 05245 / CRECI – 047021) (21) 7841-6053 lima_albuquerque@ig.com.br

Roberto Silveira (OAB/RJ 137.782) (32)8886-0058

robertosilveira.advogado@yahoo.com.br


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MEIO AMBIENTE

ECONOMIA ECOLÓGICA POR ALINE RICKLY

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Você economiza água? Recicla o lixo? Sabe os benefícios e a importância de fazer economia ecológica? Entende a relação com desenvolvimento sustentável?

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á mais de dez anos, Amélia Schinaider do Amaral, 77, moradora da Vila Isabel, em Três Rios, separa o lixo doméstico no terraço da sua casa. Ela lava as latas de leite condensado e de leite, separa tudo de forma bem limpa e, depois, liga para o José Romero, ou Zé, como ela prefere chamar, encarregado de buscar o entulho. Amélia ainda deixa o espaço disponível para que os vizinhos também depositem os lixos residenciais e quando avista nas ruas garrafas pets, entre outros materiais, recolhe e leva para casa. José leva o lixo para um galpão no bairro Pilões, onde uma equipe organiza papelões, garrafas, vidros, latinhas, cadernos e, quando chega a uma quantidade considerável, vende para uma empresa especializada em reciclagem. Exemplos como estes contribuem na criação de uma consciência ambiental. A reciclagem transforma o material colhido nas ruas em matéria-prima para outros produtos. Atualmente, a economia ecológica é um tema de importância econômica, política e social, afinal, os recursos economizados hoje, serão os mesmos utilizados pelos filhos, netos, bisnetos e etc. Entende-se por desenvolvimento sustentável aquele capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. Para Amélia, cuidar 32

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do meio ambiente é, além de tudo, uma distração. “Considero esta uma forma de limpar a rua. Tenho consciência de que faço a minha parte. Em média, acumulo cerca de 500 quilos de lixo por mês”, diz. José Romero, 63, responsável por recolher o material, participa há mais de dez anos do projeto “Recicla Três Rios”. “Quando o material chega, é colocado em uma mesa onde é separado. Depois de organizado, vai para a prensa onde agrupamos de forma a enviar para a empresa que leva para reciclagem”. No local há pedaços de vidros, brinquedos, livros, ventiladores entre outros. Algo que chama a atenção é que o lugar não tem os mesmos aspectos de um lixão, não há moscas, nem odor, tudo é feito com cuidado para manter as boas condições do espaço. “Com este trabalho, deixam de ir, no mínimo, 45 toneladas de material para o lixão”, destaca. Para o secretário de Meio Ambiente e Agricultura de Três Rios Thiago Vila Verde, economia ambiental é uma questão de desenvolvimento sustentável. “A economia ecológica não abre mão do progresso, mas mantêm a qualidade de vida. O que procuramos é arrumar um jeito de usar o meio ambiente degradando da menor forma possível. O homem depende da natureza como moradia e matéria-prima. Neste contexto, uma coisa está ligada a outra”, afirma. Algumas dicas que o secretário dá para quem quer

contribuir com a economia ecológica é o uso de lâmpadas econômicas, energia solar ou eólica, a reciclagem do lixo, separar o óleo da cozinha, usar o pó de café utilizado em plantas ou colocar em água para combater o mosquito da dengue. A secretaria recolhe óleo de cozinha usado. A cada quatro litros, a pessoa que levou ganha um produto de limpeza. “A reciclagem do óleo permite a fabricação da massa que cola o vidro, de sabão, biodiesel , entre outros”, esclarece Thiago. De acordo com a EcoEco – Sociedade Brasileira de Economia Ecológica, três agentes interferem na natureza: as pessoas, as empresas e os governos. Mas estudos apontam que as práticas das empresas são responsáveis por mais de 90% do dano ambiental. Para a EcoEco, o objetivo da economia ecológica é trabalhar um sistema com a melhor capacidade de gerar resultados sociais compatíveis com o meio ambiente. A prioridade deste conceito é definir a escala sustentável da economia. O empresário Sauro Sola, já adotou algumas medidas para amenizar os impactos sobre a natureza em sua construtora. Por estas iniciativas, conquistou o selo verde da secretaria de Meio Ambiente e Agricultura. “Procuramos maneiras de tornar o processo menos danoso e, para isto, inserimos algumas ações como o método construtivo da alvenaria estrutural, que traz um conforto térmi-


co porque a parede é mais larga que a convencional, então isso filtra um pouco a entrada do calor e minimiza o uso de ar-condicionado e, consequentemente, o de energia”. A empresa também realiza a reciclagem do entulho de obra, considerado o grande vilão da construção civil. “Esse material é jogado numa máquina junto com cimento, areia, brita e água e é transformado em piso. Esta foi uma iniciativa pioneira na região”, enfatiza. Além disso, a construtora investiu na estação de tratamento de esgoto. Desde 2009 utilizam o RAFA – Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente – que remove entre 80% e 90% da carga orgânica presente no esgoto. A empresa também se preocupa em começar todo o empreendimento com a licença ambiental. Nos planos futuros, a ideia é investir mais nos processos de economia ambiental. “Pretendemos incluir energia solar para iluminar corredores e a parte externa dos próximos prédios e realizar a captação da água da chuva para molhar a área. São medidas que não são caras e são fáceis de ser implementadas”, diz Sauro. Na própria sede da empresa, a presença de janelas de vidro permite a entrada da luz do dia o que diminui o gasto com luz elétrica neste período. A empresa responsável pela rodovia que liga o Rio de Janeiro a Juiz de Fora também mostra que está preocupada com o meio ambiente. Em agosto de 2011, iniciou o projeto de instalação de iluminação sustentável nos trevos e acessos à BR-040. Segundo o assessor de imprensa Flavio Menna Barreto, esta iniciativa visa contribuir com a preservação da natureza, além de reforçar o conceito de responsabilidade socioambiental da organização. “Ao todo, 188 luminárias com lâmpadas de LED são mantidas à energia solar foram instaladas. Esta tecnologia reduz 75% do consumo de energia, o que contribui significativamente para uma redução de gás carbônico na atmosfera”, enfatiza. A concessionária também monitora a fauna ao longo da rodovia e promove um projeto de educação ambiental e de plantio de mudas de árvores nativas. Iniciativas simples de conscientização ambiental podem contribuir para incentivar atitudes ecologicamente cor-

THIAGO VILA VERDE O secretário de Meio Ambiente e Agricultura destaca que a economia ecológica não abre mão do progresso, mas mantêm a qualidade de vida

retas. Para agregar valor, o engenheiro Celso Bandeira, da Universidade Federal de Juiz de Fora, coordena um projeto chamado “Minha escola sustentável”. A atividade é voltada para cerca de 500 alunos do ensino fundamental de Juiz de Fora. Entre as medidas propostas pelo programa estão o aproveitamento da água da chuva, instalação de biodigestor e implantação de práticas e tecnologias socioambientais. “Os alunos demonstram muito interesse, se envolvem bastante com o projeto. Temos um retorno muito bom também por parte dos professores. Acreditamos que este é o caminho para que essas crianças se tornem cidadãs mais conscientes e, isso, é o que nos motiva. Como educadores, temos o papel de atuar junto com a sociedade para modificar o quadro que vemos hoje. Certamente, conscientizar a educação de base é a estratégia certa”, declara. Seja através da reciclagem, do aproveitamento da água da chuva, da utilização da luz solar ou até mesmo medidas mais simples como fechar a torneira enquanto escova os dentes e não jogar lixo nas ruas, o importante é saber que uma atitude ecologicamente correta hoje irá influenciar, diretamente, nos recursos naturais do futuro. Afinal, queremos que nossos filhos, netos e bisnetos possam desfrutar de um ar puro, da diversidade da fauna e da flora, da abundância da água potável e de um ambiente limpo, não é verdade? assineon.com.br

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NEGÓCIO

DE QUEM É

ESSA VOZ? POR FREDERICO NOGUEIRA

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Se você mora em Três Rios, já ouviu um carro de som anunciando “comunicamos, com pesar, o falecimento de...”. Se não ouviu isso, quem sabe um anúncio do tipo “não perca a promoção da loja...”. E, se gosta de rádio, já deve ter sintonizado uma FM quando uma voz diz “e aí, bonitinha?”. Conheça algumas pessoas que têm a voz como a principal ferramenta de trabalho e fazem parte do cotidiano trirriense.

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om o carnaval ganhando força novamente, como foi visto no final de fevereiro, os mais saudosos se recordam da voz que abria os desfiles em tempos passados dizendo “deixem livre a passarela, vem aí a escola de samba... Vamos receber com aplausos”. Humberto Bello era o responsável pelo anúncio. “Dava muita emoção abrir o carnaval”. Nascido em 1924 em Paraíba do Sul, antes da emancipação de Três Rios, começou a trabalhar como corretor em uma rádio e, quando saiu, montou a

Para Tovar de Paula, não é possível ensinar locução, apenas dar dicas própria empresa de propaganda volante. “Também coloquei caixas de som em uma praça de Paraíba do Sul, que funcionavam à noite. Comecei com a minha voz e com a do melhor locutor que tínhamos e ainda temos na região,

na minha opinião, que é o Tovar”. Além de fazer propagandas volantes, Bello se recorda que já subiu em muitos palanques anunciando candidatos a governadores, senadores e até presidentes na cidade. “Lembro-me de anunciar Tenório Cavalcanti. Andava com uma capa preta e uma metralhadora embaixo dela”. Embora tenha diminuído o ritmo de gravações nos últimos seis anos, os mais jovens ainda se recordam de sua voz nas notas fúnebres. O comendador Humberto Bello explica onde buscou inspiração para iniciar o serviço na cidade. “Ouvi assineon.com.br

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NEGÓCIO

Humberto Bello deu início às notas de falecimento em Três Rios em Minas Gerais e achei interessante. Antigamente, as gráficas imprimiam notas de falecimento e colocavam no comércio, mas nem todos viam. Com o anúncio volante, milhares de pessoas ouvem”. Há uma lenda que dá conta da existência de uma gravação do tipo feita pelo próprio Bello sobre sua morte. Seria verdade? “Gravei de brincadeira, depois apaguei. Seria um estouro comunicar meu falecimento e convidar para meu sepultamento”, conta rindo. Humberto explica que sempre usou a voz a favor da sociedade onde vive, tendo ajudado entidades e igrejas. Ele se recorda, inclusive, de nomes importantes para o município e pede: “Coloque, por favor, pois são importantes”. Ele cita Georgino Salustiano da Silva e diz que “foi quem lutou para a fundação da Câmara de Dirigentes Lojistas da cidade, e foram os comerciantes que sempre me prestigiaram”; Abílio José de Moraes que

O MISTÉRIO DAS VOZES Para Ricardo, o crescimento da internet diminuiu a imaginação dos rostos dos locutores 36

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PÚBLICO Ricardo afirma que o contato com os ouvintes faz o profissional crescer

“foi um ótimo presidente do Asilo São Vicente de Paulo”, para o qual Bello emprestou a voz durante anos na Campanha do Agasalho; e Áquilas Rodrigues Coutinho, autor do hino da cidade que “deveria ser tocado em todas as escolas”, afirma. Ele deixa, ainda, uma lição. “Muitas vezes fiz propaganda volante ao vivo, falava errado e as pessoas gritavam comigo. Mas tive que ser audacioso e não desisti. Vencem os audaciosos”. Citado por Bello como o dono da melhor voz da região, Tovar de Paula nasceu em Além Paraíba, onde começou a usar a voz como trabalho em uma campanha política. Depois, passou por rádios na cidade natal e em Três Rios, até que, em meados de 1973, começou a trabalhar com Humberto Bello. “Quando a pessoa vai fazer um discurso, os outros acham que é louco pela forma como fala. Quem é educado conversa com ritmo, impostação e inflexão. Tudo isso entra na arte de falar em público. Fazer uma locução não é, rigorosamente, conversar com uma pessoa”, comenta. Aos 69 anos e com uma voz que continua marcante e inconfundível nos comerciais, Tovar conta alguns segredos para quem precisa trabalhar com a voz. “No teatro, por exemplo, a pessoa não pode falar como em uma conversa cotidiana. Na novela você pode dar um pouco mais de naturalidade, mas também precisa ter uma expressão. Tudo precisa

de interpretação, ritmo, boa colocação de voz. Treinar, ler jornais e revistas em voz alta, ajuda muito. Mas não se ensina a ser locutor, dão-se dicas, busca-se espelhos”, conta o experiente locutor. Outra voz ouvida diariamente nas ruas é a de Marcos Veríssimo Oliveira de Aguiar. Ele começou por necessidade. “O locutor que gravava para minha empresa foi embora, então tive que passar a fazer as gravações para não depender de outra pessoa”, conta. O início aconteceu em 2000 e, hoje, ele faz tudo sozinho em seu estúdio. “Em

PIONEIRO Humberto Bello foi um dos primeiros a usar a voz em carros de propaganda volante


ARQUIVO PESSOAL

sava que seria difícil entrar nesse meio, mas hoje consigo viver do meu trabalho”, conta ele que, ao falar da esposa Beatriz, diz ter um estilo romântico em seus trabalhos. Ele conta, ainda, que o contato com o público, mesmo por telefone, contribui com a vida pessoal. “O rádio faz companhia para as pessoas e elas dão retorno por telefone. Isso me faz crescer”. O mistério da voz e o cuidado sem mistérios

TIMBRE ELOGIADO A voz de Tovar de Paula continua em comerciais ouvidos diariamente nas ruas da cidade

uma negociação rápida, o processo não leva mais de duas horas. Quando o comercial é mais complexo, pode levar até dois dias para a aprovação do spot”. Sua voz também já foi ouvida em notas de falecimento, porém ele resolveu colocá-la em serviços mais alegres. “Pedem para gravar muitos anúncios para rádio, TV e carro de som. São notas de lojas, bailes, utilidade pública, destaques do ano e até para buscar animais perdidos. Já achei vários cachorros, inclusive o meu”, comenta. Mas não espere encontrá-lo apresentando um programa de rádio ou um evento. “Não consigo. Dentro do meu estúdio de gravação consigo falar até com outras pessoas me observando, mas em rádio ou em cima de um palco a voz não sai”. Enquanto isso, Ricardo Mendes não consegue ficar longe desse meio de comunicação. “Rádio é a coisa mais fantástica que existe”, disse o locutor. Quando criança, ouvia os programas dos clássicos Antônio Carlos e Luiz de França, além de Luiz Carlos Silva, o Lulu. “Comecei a gostar ouvindo em casa, com meu avô e minha mãe, Clara. Achava meio fantasioso. Pensava que a pessoa estava dentro daquela caixinha, não imaginava que estivesse em um estúdio”, lembra. Nascido em Levy Gasparian, a primeira vez que conheceu um estúdio foi em uma rádio comunitária. Passados 14 anos desde esse dia, Ricardo se mostra satisfeito com a escolha da profissão. “Pen-

Por colocarem a voz diariamente em contato com o público, qualquer conversa simples é motivo de curiosidade, como conta Ricardo. “Às vezes estou no supermercado e, ao pedir algum produto, reconhecem minha voz. A frase que mais ouvimos é ‘te conheço de algum lugar’”, afirma. Marcos Aguiar completa dizendo que “algumas pessoas chegam e perguntam se a minha voz é a que está no carro”. Outro mistério é saber “de quem é essa voz?”, ou seja, buscar um rosto para o timbre ouvido. “Antes do crescimento da internet e das redes sociais, as pessoas imaginavam mais. Hoje, nossos rostos estão na rede, é só buscar”, diz Ricardo. Para ele, duas situações desfavorecem a principal ferramenta de trabalho: ficar sem dormir e quando surge uma gripe. “Mas, nesse caso, tenho alguns macetes de impostação para não deixar parecer que estou tão gripado”. Enquanto isso, Marcos conta que o tempo seco é um grande vilão para o profissional e explica como previne possíveis problemas. “Tomo sempre muita água, evito bebidas geladas e, se percebo que estou ficando afônico, procuro um médico o mais rápido possível”. A atitude está correta, segundo os profissionais da saúde. Jonatan de Moraes Bandeira, bacharel em fonoaudiologia, mostra a importância do acompanhamento clínico. “Uma de nossas funções é orientar o profissional no uso da sua voz para que não ocorram exageros e esforços desnecessários, tendo como consequência sérios prejuízos no seu trato vocal. No geral, é importante ficar atento aos seguintes sinais de alteração: cansaço ao falar, dor ou sensação de ardência na garganta e rouquidão”. O

fonoaudiólogo passa algumas dicas de cuidados com a voz (veja o quadro). Dr. Gustavo Korn é especialista em otorrinolaringologia, mestre e doutor pela Escola Paulista de Medicina, membro da diretoria da Academia Brasileira de Laringologia e Voz (ABLV) e coordenador da Campanha da Voz. “O profissional é como um atleta. Da mesma forma que o esportista faz alongamento antes de praticar sua modalidade, é importante que a pessoa que usa a voz para trabalhar busque orientação também antes de iniciar na carreira”. Segundo ele, é importante ingerir entre seis e oito copos de água por dia, evitar alimentos que causem refluxo e falar pausadamente para uma melhor saúde vocal. A Campanha da Voz, em sua 14ª edição no mês de abril, será dividida em duas partes. “Nós apresentamos à população uma laringe gigante no Ibirapuera, em São Paulo, e oferecemos serviços para avaliação da saúde vocal. Hoje, um dos maiores objetivos é mostrar formas de prevenção ao câncer de laringe e descartar possíveis casos. Quando ele é descoberto rapidamente, as chances de cura são grandes”, finaliza. Para cuidar da voz, deve-se evitar: - Gritar sem suporte respiratório; - Falar com golpes de glote; - Tossir ou pigarrear excessivamente; - Falar em ambientes ruidosos ou abertos; - Utilizar tom grave ou agudo demais; - Falar excessivamente durante quadros gripais ou crises alérgicas; - Praticar exercícios físicos falando; - Fumar ou falar muito em ambientes de fumantes; - Uso de álcool em excesso; - Falar abusivamente em período pré-menstrual; - Falar demasiadamente; - Rir alto; - Falar muito após ingerir grandes quantidades de aspirinas, calmantes ou diuréticos; - Discutir com frequência; - Cantar inadequada ou abusivamente assineon.com.br

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PUBLIEDITORIAL

IMPRESSÃO

TERCEIRIZADA FOTOS DIVULGAÇÃO

Com certeza você já passou por apuros na hora de imprimir um documento. O orçamento do cliente atolou na impressora e, por pouco, não perdeu uma oportunidade de negócio. Em Três Rios, a Extra Charge oferece o serviço conhecido como “Outsourcing de impressão”. Não entendeu nada? No texto abaixo vai saber como é possível facilitar o funcionamento da sua empresa na hora de colocar seu produto no papel.

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á teve problemas com a impressora e não soube solucionar? Os seus problemas podem ter um fim se você optar pela terceirização deste serviço. É isso mesmo! Você pode adquirir uma máquina da Extra Charge e ter todo o suporte necessário, inclusive a troca de cartuchos. Mensalmente é feito um balanço que mede a quantidade de folhas impressas. O cliente paga por página impressa. Segundo o empresário Alexandre Gumiere, este método não é novo na Extra Charge. “Já alugava impressoras antes, mas estou investindo mais nessa atividade que está se propagando agora e é um facilitador para as empresas. É uma forma de abstrair várias fases do processo. Nós cuidamos da impressora inteira. Temos responsabilidade sobre tudo que acontece com a máquina, exceto por

mau uso, até porque nós ensinamos o cliente a usar”, diz. Entre os benefícios gerados estão a economia do tempo em fazer estoque, logística de hardware, o controle total do que, por quem e onde se imprime, o pagamento por documen-

Segundo Alexandre, o cliente testa o serviço e não devolve mais. to produzido, a utilização de impressoras modernas sem investimento, a manutenção gratuita, redução de custos, melhor qualidade das impressões, entre outros. De acordo com Alexandre, os negó-

cios locais têm se interessado pelo sistema. “A maioria dos meus clientes são de Três Rios, mas tenho impressoras alugadas em Paraíba do Sul também”. Atualmente, a Extra Charge tem máquinas alugadas em empresas trirrienses e da região. “O cliente testa e não devolve mais. Quem experimenta, raramente quer outra coisa”, garante. Antes de instalar a impressora, é feita uma consultoria gratuita para verificar a necessidade do cliente. “O serviço se adapta de acordo com a demanda. Temos diferentes tipos de impressoras para oferecer. É uma maneira das empresas se preocuparem mais com o produto final. Impressão sempre é um problema, desta forma é uma dor de cabeça a menos”, ressalta. Norival Rodrigues é sócio-gerente de uma clínica em Três Rios. Há dois


Para solicitar uma consultoria gratuita, envie um email para atendimento@extracharge.com.br ou ligue (24) 2251-3568. Descubra o quanto sua empresa pode economizar com impressão.

“A medida é indicada para usuários que imprimem mais de 1.000 páginas por mês”

TERCEIRIZAÇÃO Alexandre aluga as impressoras e oferece todo o suporte necessário ao cliente

MÁQUINA Impressoras alocadas geram relatórios sobre o número de impressões

anos optou pelo sistema de locação de impressoras e se mostrou satisfeito com o serviço. “É mais econômico e eu tenho menos aborrecimento. Qualquer problema, o técnico vem e soluciona na hora. Com certeza é muito mais negócio terceirizar este departamento. Fora a agilidade e comodidade que proporciona”, relata. Na clínica são feitas, em média, 12.000 impressões por mês. A atividade se enquadra para qualquer tipo de empreendimento, como é o caso de uma indústria de esquadrias de alumínio em Paraíba do Sul. A agente administrativa Camila Lopes também garante que é um método mais econômico, além de rápido. “Antes tínhamos duas impressoras e um fax. Agora substituímos por um único aparelho. Não precisamos nos preocupar com recarga de cartucho e nem com manutenção. Aderimos ao serviço a mais de um mês e estamos satisfeitos”, diz. A medida é indicada para usuários que imprimem mais de 1.000 folhas por mês. A própria impressora emite relatórios com a quantidade utilizada pela organização. Alexandre revela que quanto mais o cliente imprime, mais barato fica. “Este é um mercado que está em

CLIENTE Norival se mostrou muito satisfeito com a terceirização da impressora na clínica

expansão”, acredita o empresário. A maioria dos clientes fecham o contrato de locação por dois anos, embora o tempo mínimo seja de um ano. “De qualquer forma, nós nos adaptamos à necessidade do locatário”, informa. Atualmente, Alexandre estuda formas acessíveis para alugar as máquinas também para pessoas físicas. “Pretendo disponibilizar, em breve, para os clientes menores”, completa. Desta forma, empresários conseguem produzir mais e se preocupar cada vez menos com as dificuldades relacionadas à atividade. O Outsourcing de impressões é o serviço que faltava para suprir essa necessidade do mercado.


EMPREENDEDORISMO

O HANGO

NOSSO DE CADA NOITE POR FREDERICO NOGUEIRA

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“Um cachorrão sem batata e um cheese bacon!”. A voz alta informa que o lanche está pronto e você já pode ir buscá-lo. Esqueça todos os modelos clássicos de gestão ou publicidade e com garantia de sucesso. Tradicional em Três Rios, uma lanchonete desafia o tempo, os manuais e, com estilo bastante peculiar, faz sucesso e agrada os mais variados clientes. “Quatro, cinco, seis bifes e...” a chapa está ligada!

A

história do Hango Burguer começou há 35 anos, com três jovens amigos. José Eduardo Travassos (o Zeca), Sebastião Cândido Vieira Filho (o Ponês) e, para surpresa durante a apuração da matéria, Sivanil de Souza, capa desta edição, quem teve a ideia. O início foi com um trailer, enquanto ainda moravam em Volta Redonda. Ele foi colocado em funcionamento durante uma exposição em Barra do Piraí. “Mas não começamos muito bem. Por exemplo, se devíamos vender 100 lanches para ter lucro, vendíamos 40”, recorda Ponês. O grupo se mudou para Três Rios, estacionou o trailer na praça São Sebastião e o colocou em atividade uma semana depois. “Ali ficou lotado, para nossa surpresa”, comenta e acrescenta que outro amigo também passou a cuidar do negócio, Jairo Eliel de Souza Salgado. Mudaram para a esquina onde está o prédio dos Correios, para o atual Olga Sola, para próximo ao Sebrae [quando abandonaram o trailer], e, finalmente, para a rua Duque de Caxias, onde funciona até hoje. 40

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Com o grupo se desfazendo aos poucos, buscando outros negócios, Zeca entregou a lanchonete para dois de seus irmãos, que já trabalhavam no local, e foi para Cabo Frio. Isso aconteceu no final da década de 1980, quando o Hango ainda estava na São Sebastião. Começava, então, a gestão dos irmãos Marcos Antônio Travassos e Roberto Vagner Travassos, Marquito e Tim, que ainda comandam o empreendimento. “O movimento naquela época era melhor que hoje. Não tinha nem como atender os clientes direito. Se voltasse um daqueles anos, ficaria rico. Em época de carnaval, eram 1.000 pães por dia. Atendia todas as classes sociais”, recorda Marquito sobre o início da lanchonete. Ele nunca fez cursos de gestão de negócios nem coloca anúncios publicitários, mas, ainda assim, sua lanchonete é uma das mais procuradas em Três Rios. Para ele, o sucesso parte do atendimento e da qualidade dos sanduíches, além do molho especial que ele mesmo prepara e poucas pessoas sabem a receita. “Sei que meu hambúrguer e meu molho são gostosos. Tem casal que chega e um dos

dois reclama pelo hálito que ficará depois, mas não deixam de comer”, conta. Este molho especial agrada tanto aos frequentadores que não se contentam em aproveitá-lo apenas ali. “Vidro de molho está sempre sumindo. Nos finais de semana, levam três ou quatro. De catchup é de sacanagem, mas, o de molho levam porque é gostoso. Alguns ainda falam comigo, dias depois, que não conseguiram resistir à tentação”, revela. Embora Marquito dê os créditos do sucesso à qualidade do atendimento, há quem reclame. “Vai gente de todas as idades, mas a maioria são jovens. Às vezes falam que a forma é errada, que há gritaria e reclamam por não tirar o pedido na mesa e levar o lanche. Mas é assim que está funcionando. Quando tem muito movimento, colocamos senha nos pedidos. Se mudar, pode até dar errado. E tem outra, como são muitos jovens, podem passar a chamar na mesa só de ‘zueira’ e atrapalhar o trabalho”, acredita. Hoje, Marcos e Roberto têm duas lanchonetes, ambas no centro. “A da galeria do BNH tem tele-entrega, mas a outra


não tem condições de oferecer o serviço. Tem quem goste mais de comer em um que no outro, mas o material é o mesmo, o que diferencia é quem está na chapa e a forma de montagem do lanche”, explica Marquito, que já abriu filiais em outros bairros e as fechou após algum tempo, mas continua com a vontade de dar novos rumos ao negócio e abrir mais uma lanchonete. Um dos funcionários do empreendimento da Duque de Caxias é Tiago Corrêa Travassos. Ele bate ponto na lanchonete há oito anos. “Comecei fazendo os lanches na chapa e depois passei para o atendimento”, conta. Suas anotações e sua voz chamam a atenção dos clientes. “Antes de estar nessa função, já era hábito gritar os pedidos para o pessoal que fica na chapa e para os clientes. Os pedidos que anoto, não esqueço, guardo quem pediu cada um”. Sobre o método de atendimento, ele diz que sempre funcionou e, como Marquito disse, há quem reclame. “Queria poder tratar ainda melhor as pessoas, chegar nas mesas, dar boa noi-

MARQUITO Marcos Antônio Travassos está com o irmão à frente da lanchonete desde 1989

te, perguntar sobre a família, mas não dá tempo de fazer isso, então preciso fazer desta forma”, explica Tiago. Segundo ele, a lanchonete conta com cinco funcionários e cada um tem um dia de folga. “Nos finais de semana fechamos às 5h, nos outros dias o expediente acaba por volta de 1h”. Há seis anos na cidade, o pintor Weldson Albuquerque Santos é cliente desde

que chegou. “Minha irmã morava aqui perto e, passando, conheci. Os lanches que como mais são o cheese tudo (ou x-tudo) e o cachorrão, aliás, o segundo é o que mais tenho pedido ultimamente. O atendimento é nota dez”, revela. A preferência é compartilhada por outros clientes, embora Tiago afirme que os pedidos são sempre variados. Moradores de Paraíba do Sul, Maria Aparecida Ferraz, Sandro Ferraz e Celina Ferraz sempre param para lanchar no retorno de suas viagens e preferem o famoso cachorrão. “É muito bom. E fico impressionada com a eficiência deles. O pedido sempre chega direitinho, anotam muito pouco”, disse Maria Aparecida. Sobre o atendimento, a família só faz uma ressalva. “Seria interessante trazer o lanche na mesa, ficaria melhor ainda, mas, tirando isso, o serviço é ótimo”, enfatiza Sandro. Hambúrgueres, alface, queijo e (muito) molho especial! Sem cebola, picles ou pão com gergelim, o sanduíche está pronto. Mas vá buscar! Afinal, o sucesso não chega de bandeja.

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MERCADO DE TRABALHO

Papel de destaque

REPRODUÇÃO

As novelas e seriados sempre ressaltam as empregadas domésticas. Relembre duas inesquecíveis:

SECRETÁRIA DO LAR POR PRISCILA OKADA

FOTO SHUTTERSTOCK

LAÇOS DE FAMÍLIA Papel que revelou Juliana Paes, Ritinha era uma empregada voluptuosa, que vivia fugindo do seu patrão, Danilo (Alexandre Borges), casado com Alma (Marieta Severo).

H

á 29 anos, o ambiente de trabalho da doméstica Rosimere dos Santos Ribeiro Mariano, 42 anos, é o mesmo. Todo esse tempo foi dedicado à casa de Aloisio Braz dos Santos. A relação deixou de ser apenas empregatícia. Ao participar de todos os eventos íntimos e cuidar do bem-estar de todos, ela se tornou uma amiga da família. Ela chegou com 13 anos na casa dos Santos através de uma indicação. “Eu tinha muitos irmãos e todos tentavam nos ajudar de alguma forma, foi quando falaram de mim para a Ruth, a matriarca, falecida há cinco anos”, relembrou o momento do convite. “Eu era nova. Queria brincar, fazer coisas que meninas da minha idade faziam, mas eu tinha que ajudar a colocar dinheiro em casa. 44

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Depois de conhecer profundamente a família, ter sido acolhida com tanto carinho e atenção, passei a enxergar com outros olhos”, recorda. De lá para cá, Rosi, como é chamada, viu os filhos da patroa crescerem. Quanto às conquistas com o trabalho diz: “consigo ajudar nas despesas, ganhamos abrigo aqui na casa deles, meu esposo tem um terreno e com o dinheiro que ganhamos, estamos arrumando o ‘nosso canto’ e moramos na casa do meu patrão, que considero um avô para os meus filhos”, revela ao demonstrar carinho. De acordo com a Federação Nacional das Empregadas Domésticas, a experiência de Rosimere contraria um fenômeno crescente: a substituição das chamadas mensalistas por diaristas. Algumas vezes, apenas para eliminar o

TV GLOBO DIVULGAÇÃO

Elas estão escassas nas residências, mas quem as tem, não quer deixá-las ou substituí-las. As empregadas domésticas dedicam suas vidas para cuidar de famílias e acabam se tornando parte delas.

A DIARISTA Marinete (Cláudia Rodrigues) representava, de forma cômica, a imagem de milhões de brasileiras que trabalham como empregadas. A atrapalhada Solineuza (Dira Paes) ainda garantia várias risadas.


vínculo empregatício, já que elas continuam trabalhando no local. Mesmo trazendo algum gasto a mais, as relações trabalhistas entre patroas e empregadas que seguem a lei provam que o retorno trazido por boas alianças pode ser vantajoso para as duas partes. “Manter-se distante de alguém que está, praticamente, 24 horas na sua casa é impossível para mim. Ainda mais se a empregada doméstica é responsável e honesta. É por conta dessas qualidades, da fidelidade e amor que a Rosimere tem pela minha família que ela trabalha aqui há 29 anos”, resume Aloisio. O vendedor garante que hoje os laços entre seus parentes e Rosimere são de “amizade profunda”. A doméstica acredita que sua profissão, apesar dos preconceitos que ainda sofre, trouxe somente vantagens para sua vida. O carinho mútuo é a principal moeda de troca nas boas relações do trabalho. “Ela passa muito tempo com meus filhos e, com isso, participou da formação

deles. Há um respeito recíproco entre nós, o que a torna fundamental em nossa casa”, elogia a professora Maria Rocha, 57 anos. Ela é patroa de Benildes Matos, 46,

Rosimere Mariano trabalha há 29 anos como doméstica e é tratada como membro da família

há dez anos. Manter a proximidade com a família garantiu à doméstica uma vida melhor. “Aqui, sou tratada com respeito. Com esse trabalho, vi que dá, sim, para construir um patrimônio”, defende. O bom relacionamento entre patrão e empregado não pode ser justificativa para o não cumprimento das leis tra-

balhistas. Maria Rocha acredita que assegurar os direitos dos empregados é dever de quem contrata, sobretudo quando o relacionamento é tão próximo. “A relação é bem mais estreita, já que o ambiente em que ela fica é a casa. Há bem mais humanidade e permanência. Mas algo que aprendi com minha família é que não se pode fazer distinção e a empregada tem de ser tratada com dignidade”, argumenta. Pesquisas

Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) confirmam que, enquanto a população e as opções de emprego crescem, o número de empregadas domésticas no Brasil caiu consideravelmente. São quase 100 mil a menos em dois anos. Já os salários delas subiram 5,3% acima da inflação em 2011, o dobro do aumento conquistado em média pelas outras profissões. Um processo que já aconteceu em países desenvolvidos.

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CARREIRA

SIMPLES VOCAÇÃO POR ALINE RICKLY

FOTOS REVISTA ON

Ainda jovem, Leonardo de Freitas Gonçalves se interessou pela arte da marcenaria. Ninguém previa, mas era apenas uma questão de tempo até alcançar o sucesso na profissão. O marceneiro trirriense não teve medo de arriscar e, hoje, possui em sua lista de clientes, nomes como Carlos Alberto Parreira, Rodrigo Santoro e Ronaldo Fenômeno, além de ter produzido móveis para a Ilha de Caras.

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os 18 anos, Leonardo começou a trabalhar na marcenaria com o irmão no bairro do Triângulo, em Três Rios. Na época era ajudante, mas já percebia sua aptidão para a atividade. O ambiente familiar da fábrica fez com que ele se interessasse cada vez mais. Quando o irmão se mudou, Léo, como é conhecido pelos amigos, assumiu a empresa. Depois de muito esforço, alcançou reconhecimento não só na cidade onde trabalha, mas em todo o estado. Inicialmente, a fábrica produzia todos os tipos de objetos, inclusive janelas e portas de casas. “Quando tomei a frente do empreendimento, comecei a trabalhar com arquitetos do Rio e, assim, conheci outros clientes. Com o tempo, me especializei na parte de mobiliário, que é com o que trabalhamos agora. Com o desenvolvimento da empresa, foi preciso aumentar o número de funcionários. No início, éramos apenas eu e mais um, hoje tenho 16 empregados na fábrica”, afirma. A escala de produção também era menor. De acordo com o empresário, a quantidade de material produzido por mês varia muito. “O consumo, antes, era de dez a 15 chapas (matéria-prima) ao mês e hoje são, em média,150 chapas”. Luís Eduardo Alves dos Santos, 34, está na empresa desde o início. “Traba-

lhei com o irmão do Léo, que passou a marcenaria para ele. Acompanhei o grande salto que a empresa deu através de muito trabalho, dedicação e sempre pensando um passo a frente”, conta. Luís Eduardo é o responsável pelo acabamento, pintura e verniz. No estabelecimento, são produzidos artigos para toda a casa: salas, quartos, cozinhas, entre outros. Um diferencial é que há uma mao de obra especializada em mobília de cozinha com ferragens importadas.

Para Carlos Alberto Parreira, Leonardo é talentoso, eficiente e caprichoso Em Três Rios, o empreendedor já produziu os móveis de algumas lojas famosas, mas a grande clientela é no Rio. “Aqui na cidade descobriram a minha empresa há pouco tempo, cerca de três ou quatro anos”, diz. O empresário enfatiza que vende a qualidade dos produtos e afirma que seus móveis, geralmente, são mais caros que em outros lugares, mas leva em conta o tipo de matéria pri-

ma. “O mix de produtos é muito grande, por isso não trabalhamos com tabelas de preços, cada peça tem um orçamento individual. É mais caro porque é feito sob medida”, destaca. A empresa trabalha, em média, com oito projetos por mês, simultaneamente. “É muito frequente fechar o apartamento inteiro. Aqui nós não paramos, é correria de janeiro a janeiro”, enfatiza. Os clientes chegam, geralmente, por indicação, mas há também os que acham na internet ou anotam o telefone quando avistam o carro da empresa na rua. Os móveis seguem as tendências da arquitetura. De acordo com o marceneiro, a cada dois anos, há uma feira em Milão que muda as características em voga e acaba refletindo aqui. Além disso, ele está sempre atento aos eventos que acontecem no país. “Em 2004 fui pela primeira vez na ForMóbile - Feira Internacional de Fornecedores da Indústria Madeira e Móveis - em São Paulo. Saí daqui meia noite e desci lá sozinho, sem saber para que lado ir. Foi pedreira, mas o resultado foi bom. Vi muitas novidades no país, além de equipamentos usados em pequena e grande escala, também consegui contato com fornecedores, entre outras vantagens de participar de um evento deste porte”, afirmou. Na fábrica, os equipamentos são de assineon.com.br

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CARREIRA

última geração. Tudo é informatizado. Todo o processo de fabricação é realizado na própria marcenaria, desde a transformação da matéria-prima até a entrega. Os sistemas de corte e furação são computadorizados e o de acabamento é automatizado. A tecnologia existente hoje na empresa foi adquirida na ForMóbile. Sobre os produtos, o empresário afirma que são de acordo com o gosto do cliente. “Se ele trouxer o desenho ou quiser desenvolver aos poucos o projeto, nós fazemos. Não tem nem limitação de cor. Se não tiver aqui, compramos em São Paulo, no Paraná ou outros lugares. Também temos fornecedores que trazem produtos importados. Aqui nós dançamos conforme a música”, brinca o empresário. Robson Auad, 35, integra a equipe há mais de dois anos e ocupa o cargo de gerente administrativo. “É muito bom fazer parte de um projeto que está ARQUIVO PESSOAL

AVANÇO Atualmente todo o processo de produção é informatizado e automatizado

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PRODUÇÃO LOCAL Leonardo já produziu os móveis de algumas lojas em Três Rios

dando certo. É bacana participar deste crescimento”, declara. Leonardo atende celebridades como o jogador Ronaldo Fenômeno, o ex-técnico da seleção brasileira Carlos Alberto Parreira e o ator Rodrigo Santoro, além de já ter participado da Ilha de Caras. “Em 2008 fiz o quarto do filho do Ronaldo, agora ele me contratou para fazer o apartamento inteiro”, conta. Para Parreira, o marceneiro já começou a produzir os móveis do terceiro apartamento. “Conheci o Leonardo através da minha filha que é arquiteta. Ele já fez muitas coisas nas minhas casas no Rio e em Angra dos Reis. Solicito os serviços da fábrica há uns três anos. Ele é muito talentoso, eficiente e caprichoso, além de estar em um processo de crescimento muito importante”, elogia Parreira. Já na Ilha de Caras, Leonardo explica que todos os anos a decoração muda, os organizadores convidam vários arquitetos e cada um faz um ambiente. “Eu participei como parceiro do evento em 2011 com uma estante e, esse ano, com uma cabeceira de cama”, comenta. Quem fica orgulhosa com o sucesso do empresário é a mãe, Luzia de Frei-

CÔMODO Um dos quartos produzidos pela empresa é do filho do jogador de futebol Ronaldo Fenômeno 48

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PRODUÇÃO Todas as fases de fabricação dos móveis são feitas na empresa

PRIMOGÊNITO Luís Eduardo está na empresa desde que foi fundada

tas Gonçalves, 70. “Desde menino ele tinha interesse em trabalhar com o irmão. O Léo sempre foi muito responsável, estudioso e inteligente.Quando criança já tinha espírito de adulto. Eu me lembro quando ele fez um quadro, em 1992, no colégio. Ficou tão lindo que eu guardo de lembrança até hoje. Além disso, é um filho maravilhoso. Tenho o maior orgulho dele”, diz. Além da vida agitada na marcenaria, Leonardo é casado e tem uma filha de três anos. Para a esposa, Isabelle Matta Gonçalves, 35, o marido é um profissional criativo e apaixonado pela profissão. “As peças dele sempre superam minhas expectativas. Ele tem muito amor ao trabalho e é muito satisfatório acompanhar sua dedicação e crescimento”. Em relação à parte pessoal, Isabelle não mede as palavras para elogiar. “Os gestos e atitudes deixam mais evidente


o grande amor que nos une. Juntos, estamos em busca da realização dos nossos sonhos”. Como pai, ela acredita que ele aprende a viver com as virtudes e com os próprios limites. Mesmo com todas as viagens e tarefas, Leonardo se esforça para ficar com a família. “Às vezes é difícil, mas tento sempre voltar para casa. Tenho certeza que não vale a pena

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FAMÍLIA Com o apoio da esposa e o carinho da filha, Leonardo se sente profissionalmente realizado

MÃE Luzia Gonçalves se orgulha do sucesso do filho

fazer 20 apartamentos e não ver minha filha crescer”, garante Léo. Nas horas vagas, é nas quadras de tênis que ele se diverte. Sempre interessado pelo esporte, aprendeu nas aulas em Três Rios. “Jogo há seis anos e pratico sempre nos fins de semana e, às vezes, à noite”, confessa. Para o advogado tributarista Roberto Wagner

Lima Nogueira, ele é um amigo dedicado e tenista “cruel”. “O Léo sempre ganha quando jogamos”, confessa. “Ele é um ser humano de bem com a vida. Sua fábrica é, certamente, uma grife no setor de móveis no estado. Não é à toa o reconhecimento por parte de pessoas renomadas como o Ronaldo Fenômeno e Carlos Alberto Parreira”, enaltece. Na vida profissional, o empresário já se sente realizado, mas ainda almeja voar mais alto. “Preciso melhorar o lado social e ambiental da marcenaria, além de oferecer uma melhor qualidade de vida aos funcionários”, diz. Também faz parte dos planos de Leonardo, a abertura de uma loja no centro da cidade, ainda no meio do ano. “Não posso descartar a possibilidade de montar várias lojas futuramente”, ressalta. Aos 35 anos, o marceneiro comprova que a simples vocação foi o fator principal que deu origem ao sucesso e reconhecimento da sua carreira e, é assim, que ele autografa os móveis de grandes figuras da sociedade brasileira.

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EDUCAÇÃO

DE VOLTA ÀS SALAS DE AULA POR RAFAEL MORAES E FREDERICO NOGUEIRA

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Colégio, cursos e universidades são ambientes que exalam juventude, certo? Pela vontade de aprender, sim, já pela idade, não é bem assim. Pessoas que carregam as marcas do entardecer estampadas no rosto e nas mãos estão de volta às salas de aula. A sabedoria dos cabelos brancos é tão grande que a população da terceira idade está em busca de novos conhecimentos.

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oi-se o tempo em que avôs e avós eram pessoas quase imóveis e intocáveis. Sai a figura do senhor de boina que passa horas jogando cartas, entra o animado com o novo curso. Esqueça a imagem da idosa frágil e enxergue as alunas nas salas de aula conhecendo um novo idioma. “Ensinar é ótimo, mas aprender é melhor ainda”. As palavras são ditas por quem pode, de fato, fazer tal afirmação. Com 45 anos de profissão, a professora de matemática Einy Fonseca da Silva estuda a língua inglesa há dois anos. Sua idade? Setenta e três anos. “Sempre gostei de inglês e este foi o primeiro motivo para começar. Como ainda está nos meus planos fazer um mestrado e, para isso, há exigência de outro idioma, optei por este porque tenho mais facilidade que o francês”, explica. A professora acrescenta o fato de não sair do ambiente escolar como outro fator de peso na escolha. Com um casal de filhos, ambos formados [ele em marketing e ela em arquitetura], Einy acredita que o retorno às salas de aula pode interferir na vontade de ou-

tras pessoas. “Não só para meus filhos, mas para todos que convivem comigo. Nós sempre servimos de exemplo, seja para o mal ou para o bem, como neste caso. Mesmo se não chegar ao mestrado, algo de bom terei feito”, conta orgulhosa. Ela estuda dois dias na semana e garante que só não está mais empenhada por falta de tempo. “Já levei outras pessoas da terceira idade para estudar com minha professora”. A responsável por levar o novo conhecimento a Einy é Maria Eugênia Gomes Barbosa, há 50 anos em salas de aula. Segundo ela, a procura de pessoas desta faixa etária pelo curso tem crescido. “O rendimento do adulto é melhor que dos mais novos, assim como os resultados. Eles vem por interesse pró-

“O rendimento do adulto é, muitas vezes, melhor que o dos mais novos”, professora Maria Eugênia Gomes Barbosa

DO OUTRO LADO Durante anos, Einy ensinou matemática. Hoje, senta-se na carteira para aprender inglês assineon.com.br

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EDUCAÇÃO

EDUCAÇÃO DIFERENCIADA Maria Eugênia tem métodos específicos de ensino para a terceira idade

prio, já as crianças e adolescentes cansam da rotina”, afirma. Maria Eugênia tem didáticas específicas e conteúdos diferenciados para este grupo. “O principal objetivo é mantê-los ativos, porque há um esquecimento natural com o avançar da idade. Com estudos e leitura, estão sempre atentos”. Alguns de seus alunos gostam tanto das aulas que pedem para aumentar a carga horária semanal. “Quando pergunto qual é o dia preferido deles, respondem que o do inglês é o de maior alegria”. Um conselho dado por ela, é que mais pessoas se interessem por estudar e aprender, afinal, desta forma é possível até mesmo conhecer outros lugares, pessoas e culturas. A dica da professora é compartilhada pela psicóloga Carina Duque Valle. “A participação do idoso nas diversas áreas da educação, seja no estudo de línguas, informática, cursos técnicos ou universitários, onde há a convivência e troca com pessoas de outras faixas etárias, deve visar à melhor interação social, elevação da autoestima, alegria de viver, combinando sempre o aprendizado ao lazer”, resume a profissional. A troca de experiências citada por ela funciona da seguinte forma: os mais 52

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“O fato de ficar em casa sem objetivos práticos pode levar o idoso à depressão”, gerente de RH Ângela Kopke

jovens apresentam as tecnologias e artefatos da atualidade, enquanto os idosos compartilham suas histórias de vida, o que favorece o vínculo social. “No entanto, cada pessoa aprende de uma forma e as expectativas em relação ao ensino em cada faixa etária são diferentes. Quando se trata da educação da terceira idade, existem cursos voltados exclusivamente para este grupo, com metodologia específica. Cabe ao idoso experimentar e decidir em qual ambiente se sentirá melhor acolhido”, explica Carina. Em alguns casos, a experiência fala mais alto no aprendizado, como no caso de Gilmar Rosa Milares, 55, que ainda não está na terceira idade [entendida como acima dos 65 anos em países desenvolvidos e 60 nos que estão em desenvolvimento]. Encanador industrial aposentado, ele iniciou há poucos meses

um curso de montagem e manutenção de computadores, pois pretende mudar de ramo, além de gostar deste tipo de tecnologia. “Foi fácil a adaptação com os mais jovens, mas sempre termino as atividades primeiro que eles”. Gilmar achava que existia um limite de idade para se dedicar aos estudos, mas, ao retornar para a sala de aula, viu que pessoas mais velhas do que ele já estavam em busca de mais conhecimento. Agora, pretende fazer novos cursos e, até mesmo, mudar de emprego. “Estou trabalhando no momento, mas, para minha idade, o serviço já está pesado. Trabalhar com manutenção seria bem melhor”. O caso de Gilmar Rosa não é único. A gestora de RH Ângela Kopke recorda que após 30 anos no mercado de trabalho, o profissional adquire direito à aposentadoria, mas, ainda assim, a maioria dos brasileiros não encerra suas atividades e o primeiro motivo para a escolha é o valor do benefício. “Outro motivo é que, muitas vezes, o aposentado realmente gosta da profissão e não lhe agrada a ideia de encerrar abruptamente alguns projetos. Em longo prazo, ele pode não se ver na mesma profissão e, por isso, sai em busca de outros meios que lhe agradem para continuar trabalhando, mas, desta vez, sem estar preso a horários”.

MUDANÇA DE PROFISSÃO Com o curso técnico, Gilmar pensa em iniciar uma nova carreira


APOIO FAMILIAR Para Carina, o incentivo deve estar, também, dentro de casa

Para Ângela, o fato de receber o benefício financeiro, ainda que de pequeno valor, dá certa tranquilidade ao aposentado para investir em novos setores que,

antes, seriam menos rentáveis. Desta forma, surge a necessidade de capacitação e, para isso, o retorno aos cursos e escolas. Ser e sentir-se útil para a sociedade também oferece benefícios. “O fato de ficar em casa sem objetivos práticos pode levar lentamente à depressão. A inatividade também leva à doença e à morte. Muitos acreditam que, quem sempre trabalhou, deve continuar fazendo-o, mesmo aposentado, ainda que por poucas horas semanais e com rentabilidade baixa, uma vez que na terceira idade já não se tem mais a responsabilidade de manter uma família e criar filhos pequenos”, garante a gestora. Um apoio fundamental para a mente não parar de funcionar está dentro da própria casa, como explica a psicóloga Carina. “A família é essencial para a valorização do idoso. Ela deve ter um olhar sobre a velhice produtiva, incentivando a busca do aprendizado como uma forma de lazer e manutenção da autonomia”, afirma. Ângela Kopke comenta que, com uma

parcela considerável da população na terceira idade, sobretudo em função do aumento da expectativa de vida, muitos setores de investimentos vislumbram, nesse grupo, um nicho de mercado, oferecendo serviços especializados como turismo, cursos de capacitação, lazer, entre outros. “Com isso, criam condições para o aposentado desfrutar desta fase da vida ao mesmo tempo em que geram mais oportunidades de emprego. Por outro lado, a inserção dessa parcela da população no mercado de trabalho está diretamente relacionada à estratégia e ao foco da empresa”. Diferente das crianças que, ainda inexperientes, choram no primeiro dia de aula, os mais velhos chegam com sede de saber nos colégios e cursos técnicos. As marcas do entardecer estampam, agora, testes, provas e diplomas. As mãos que aconchegam voltam a segurar caneta, ferramentas e papéis. Os fios brancos, sábios fios brancos, ainda carregam toda a juventude para os novos tempos de escola.

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COMBINAÇÃO MAIS QUE PERFEITA POR ALINE RICKLY

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Entra e sai estação e eles continuam lá, prontos para complementar um look. Alguns clássicos são cartas marcadas e podem ser usados durante todo o ano, outros surgem como novidade dependendo da época. Vários estilos se misturam e compõem as tendências dos acessórios no inverno. Caveiras, corujas, pássaros e estampas animalistas fazem parte da sensação desta temporada.

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ão cordões, brincos, bolsas, cintos, anéis, cachecóis, luvas, objetos que ajudam a compor o visual e que dão um “up” nas combinações. Mas, assim como as roupas, os acessórios também acompanham as tendências mundiais do mundo da moda. Segundo o estilista Eraldo Silva, as joias e bijuterias vêm com influência dos anos 60, no tom prateado. Os colares serão os mais volumosos. O que tem de novo neste inverno é o fato de usar mais de um bracelete, seja no mesmo braço ou não. “Os anéis continuam grandes, vão usar pulseira de couro, metálicas e acrílicas. A pérola segue com sua posição de destaque. Eu acredito que a grande tendência é o couro porque ele vem com tudo nas bijuterias”, diz. Quanto às cores, as nudes, mostarda, café, azul, petróleo, vinho e bordeaux, serão preferência. “Mas como em todo inverno, o preto é a base”, lembra. As bolsas serão estruturadas em tamanhos e cores variadas. “O hit serão as

ANIMAL PRINT Estampas de animais aparecem em diversos acessórios

retangulares com destaque para as vermelhas, as com zíper, também as com franjas e detalhes metálicos (pratas ou dourados). Também estarão no mercado as mais versáteis com três alças, para serem usadas no ombro ou na mão”, destaca. “Uma coisa nova que ganhou destaque com o casamento da Kate Middleton na Inglaterra é o chamado ‘Fascinator’ peça feita de plumas, penas e pedrarias,


YOU FASHION

PINGENTES Antes as caveiras eram usadas como símbolo de rebeldia. Agora surgem até em visuais românticos EMPRESÁRIA Josiana exibe uma das bolsas da estação além do cordão e das pulseiras

PRODUTORA DE MODA Fabiana Dalcol já aderiu a cintura marcada

que se usa na cabeça”, informa. E, claro que a estação pede os acessórios que esquentam as produções como os cachecóis, chapéus, gorros e boinas. Outro destaque que o estilista enfatiza são as cinturas marcadas, em geral com cintos finos, faixas amarradas e laços. “A moda neste inverno estará masculinizada. Vai ser normal, por exemplo, ver mulheres com gravatas”, acrescenta. A empresária trirriense Josiana Lima afirma que o retrô vem com a novidade do atual. Também destaca a linha animalista com pingentes em forma de corujas e pássaros, além das estampas em onça. Quanto aos tamanhos, destaca os colares maiores, mais de uma pulseira no braço e brincos grandes. “A coleção ressalta os produtos maiores”. Além disso, as pedrarias aparecem em vários acessórios como correntes, gargantilhas, pulseiras e anéis. Para a empresária, os artigos representam a autoestima da mulher. “Não é apenas uma peça que completa o vestuário. Acima de tudo, é uma forma de valorizar, de ficar mais elegante e mais

“O que tem de novo neste inverno é o fato de usar mais de um bracelete, seja no mesmo braço ou não” bonita”, acredita. Mayara Jordano Pereira, 19 anos, é adepta a se encher de acessórios. “Eu sou muito perua e gosto de variar. Sempre uso muitas pulseiras no braço, relógio, brinco nas orelhas, etc. Nem para malhar eu fico sem”, assume. Para o gerente de uma loja petropolitana, Humberto Santos Leonídio, o forte da estação são as estampas referentes aos animais. “Percebemos na nova coleção que há uma mistura entre os bichos numa mesma peça”, afirma. Na loja, já é possível perceber que as bolsas pequenas com corrente douradas continuam em alta. “Elas vieram do verão e prometem continuar no inverno”, ressalta. Produtora de moda em Três Rios, Fabiana Dalcol enfatiza a presença do dourado e do cobre, mas acredita, também, nos tons terrosos e mostarda. Quanto aos cintos, ela indica para usá-los em calças, vestidos e blusinhas com o objetivo de marcar a cintura. “Um detalhe importante é que os maxi-colares são usados até mesmo por

cima de blusas mais fechadas”. Já sobre as estampas, a produtora não deixou de falar sobre o estilo “animal print” que invadiu as ruas e as vitrines das lojas. “É cobra, zebra, onça, presentes em diversos acessórios”, diz. Outra tendência em voga para o inverno 2012 é o chamado “caveirismo”. Segundo Aida Regina Stadler Vieira, proprietária de uma loja de acessórios em Petrópolis, os maiores consumidores são os jovens de 15 a 25 anos, o que não exclui as outras idades. “Além das caveiras, recebemos muitos artigos com o símbolo da paz”, comenta. A estilista Thaís da Silva Santos explica que as caveiras saíram dos shows de rock e pularam direto para o guardaroupa. “Já é comum encontrá-las em bolsas, anéis, colares, brincos em muita ou pouca quantidade. Elas vêm dos palcos, das roupas dos astros do rock e das groupies. Algumas já perderam a identidade de má e ganharam lacinhos e brilhinhos”, afirma. A jornalista Ana Luiza Rodrigues está sempre antenada no mundo da moda e acompanha as tendências mundiais. “Quando o Alexander Mcqueen e o Alexandre Herchovitch colocaram as ‘caveirinhas’ nas coleções, eu fiquei doida. Caveira tem essa coisa da rebeldia dos piratas e o contraste com o fashion. Eu acho um charme. Já comprei anéis e lenços com caveiras”, admite. Segundo a estilista Thaís, o importante é que os acessórios são essenciais para qualquer produção. “Há muitas estações eles têm sido a aposta certa para incrementar o visual”, encerra. assineon.com.br

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COMPORTAMENTO

BEIJA EU! POR FREDERICO NOGUEIRA

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Ele movimenta 29 músculos da face. Essa ginástica facial ajuda a evitar o envelhecimento precoce. Os batimentos cardíacos aumentam, o corpo queima calorias e proporciona prazer. Sem mais palavras, você já deve ter experimentado. Estamos falando do beijo. Mas... o que significa beijar? Qual a importância do gesto em um relacionamento? Ficou com vontade? Leia as próximas linhas antes. Com certeza o seu será valorizado.

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RELAÇÃO JOVEM O namoro de Lays e Diogo teve início com um selinho

“Ele [beijo] tem a função de renovar algo que o tempo diz que está velhinho” Lays Xavier, 19 anos

Penso que podem passar 30 anos e a sensação será a mesma. Quando não for, chegará a hora de mudar alguma coisa”. Ok, você pode estar pensando que ela lembrou do primeiro por ainda curtir um namoro recente. Mas não! O primeiro beijo na pessoa amada é inesquecível, mesmo após os 30 anos. Isso porque Carlos Alberto de Andrade e Luci Rodrigues de Andrade estão casados há 28 anos e, antes, namoraram dois. “Foi no Bambas do Ritmo”, conta Carlos Alberto. O casal diz ter acontecido durante uma festa na escola de samba. Para eles, os beijos mudaram para melhor com o passar dos anos. “A frequência e a intensidade aumentam. O relacionamento precisa ser renovado sempre. O tempo ajuda no crescimento de outros sentimentos, como respeito e amizade”, acredita Carlos, enquanto a esposa fugia da foto. Reparou na semelhança dos discursos? Ele renova recentes e antigos relacionamentos. Mais uma prova de que o

primeiro beijo não cai em esquecimento? Ok, o leitor venceu. Com quase 64 anos de casamento, Abel Abbiate Gonçalves, 87, também tem a lembrança do primeiro com Olinda Maria Vasconcellos Gonçalves, a tia Doca, 84. “Lembro que foi no Cine Glória. Vocês mais novos nem conhecem esse cinema. Nesse dia, morreu uma pessoa ligada à família e fomos ao velório, em seguida ao cinema. Já nos conhecíamos, ficávamos nos olhando”, conta Abel que deixa, ainda, um segredo para o duradouro matrimônio. “É importante respeitar um ao outro, ficar unidos, prezar pela família”. Por que o primeiro beijo não é esquecido pela maior parte dos casais? E, de fato, qual é a importância dele nos relacionamentos? Com a palavra, os estudiosos do tema que faz bem ao coração. Thiago de Almeida é psicólogo, especialista em relacionamentos amorosos e autor de livros sobre o assunto, como “A arte da paquera”, assinado com Daniel Madeira. Para ele, o não esquecimento deste primeiro beijo, que normalmente acontece na adolescência, tem um motivo, seja por ser o primeiro na vida da pessoa ou o primeiro do relacionamento. “Ele é carregado de expectativas, tem um sentido comemorativo. Percebemos que as pessoas sonham com esse momento, que não é só biológico, mas, também, psicológico”. A psicóloga e sexóloga Walkíria FerREVISTA ON

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m casa, pai e mãe se beijam. Nos filmes, o mocinho beija a mocinha e vivem felizes para sempre. Na mesa ao lado, um estalo, uma aliança é retirada do bolso do paletó e a promessa de felicidade eterna também surge. Na balada, um, dois, três beijos em bocas diferentes. Faz parte do cotidiano. Namorados na escola, casais ao acordarem, ao se encontrarem, ao se amarem. Com a evolução do mundo, cobranças e mais cobranças, falta de tempo, mas as relações amorosas ainda guardam o sutil gesto do tocar dos lábios. Os romanos tinham três tipos: osculum, basium e suavium, dados de formas diferentes em pessoas de níveis também diferentes de proximidade. Se tem a capacidade de emocionar quando distante, como na cena final do filme “Cinema Paradiso”, é natural que traga boas lembranças quando acontece bem debaixo do seu nariz, literalmente. Seu primeiro beijo foi bom? Quantos você já deu? Quantos lábios tocaram os seus? E, o mais importante, recorda-se do primeiro com a pessoa que faz seu coração bater mais forte agora? Com tantos beijos e histórias envolvidas, os próximos parágrafos podem melar seus dedos de tanto amor exalando... Lays Xavier Ferreira Lopes tem 19 anos. Há pouco mais de três está namorando Diogo de Assis Paula, 20. O primeiro do casal não foi esperado nem planejado, como ela conta. “Foi um selinho tímido, em frente à livraria de um shopping. Foi a primeira vez que saímos juntos, éramos amigos. Resolvemos namorar e, só com esse selinho, já andamos de mãozinhas dadas pela cidade. Não precisamos de um ‘mega beijo’ para saber que daria certo”. Ela aproveita para contar que apenas dois dias depois Diogo foi pedi-la em namoro ao futuro sogro. Da sensação dos primeiros beijos, ela não esquece. Mas são iguais aos de hoje? “Acho que cada um é sempre como se fosse o primeiro. Os de hoje às vezes são mais corridos, mais rápidos devido ao tempo, mas ainda têm o mesmo sentimento de sempre”. Lays finaliza ao explicar como vê a importância deles em um relacionamento. “A função é renovar, todos os dias, uma coisa que o tempo diz que está velhinho [risos].

RESPEITO E AMIZADE Casado há 30 anos, Carlos Alberto afirma que é importante renovar o relacionamento a todo instante assineon.com.br

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nandes, que aborda assuntos como este em seu site, prefere explicar a diferença entre carinho e carícia antes de chegar ao tema. Sobre o primeiro, diz que é “todo e qualquer toque físico, olhar ou gesto que temos com alguém, sem a intenção de provocar uma excitação sexual; é também a atenção que dedicamos a uma pessoa fazendo com que ela se sinta importante e respeitada. Assim, podemos fazer ou dar carinho aos nossos amigos, pais, filhos, marido, esposa, namorado (a), parentes”. Já a carícia, ela explica ser o toque, olhar ou gesto com a intenção de provocar excitação sexual, ou seja, feita apenas com a pessoa com a qual partilhamos a intimidade. Ainda segundo a sexóloga, o beijo pode manifestar carinho ou carícia em uma relação. “O que irá estabelecer essa diferença será justamente a intenção com que é dado, ou seja, de provocar ou não uma excitação sexual. Costumamos dar início aos contatos íntimos através do beijo e, na medida em que ele vai se erotizando, faz aumentar a intimidade e a excitação sexual, tornando-se um importante tempero para as nossas relações”. Provado, portanto, que beijar é bom e faz bem. Mas provado, também, que a falta dele pode ter um significado. “Ele é considerado um termômetro do relacionamento, um reflexo da correspondência amorosa. Provavelmente, o relacionamento que não tem beijo pode significar

ESPECIALISTA EM RELACIOMENTOS AMOROSOS Thiago de Almeida vê o beijo como ingrediente importante para as relações

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REVISTA ON

COMPORTAMENTO

CINE GLÓRIA O primeiro beijo, o casal ainda guarda na memória

Para a sexóloga Walkíria Fernandes, o beijo pode ser um carinho ou uma carícia um desligamento de vínculos, um desinteresse pela relação, um desapego. O beijo significa uma proximidade física e, a falta dele, o contrário”, explica Thiago. Walkíria ressalta que sua ausência, especialmente durante relações sexuais, faz com que a qualidade do relacionamento fique comprometida, mas não aconselha que fique sempre atrelado ao sexo. “Muitos casais só se beijam quando vão ter relações sexuais e, desta forma, o beijo se torna um indício de sexo. O ruim disso é que, se a pessoa não quer o sexo, ela passa a evitar o beijo também”. O tempo passa, o relacionamento se renova pelos lábios e o avançar da idade não é motivo para o afastamento do singelo gesto. “Mais ou menos beijos não estão ligados à idade e sim ao interesse de uma pessoa pela outra”, afirma o psicólogo Thiago de Almeida. “Nos relacionamentos entre casais mais maduros, pode passar a ter um caráter muito mais de afeto, companheirismo do que propriamente erótico. Passa a ter um sentido muito mais de aconchego e cumplicidade. É com o passar do tempo que se percebe que esses são componentes imprescindíveis para um relacionamento conjugal

SEXUALIDADE Walkíria explica que o beijo não deve estar atrelado ao sexo

mais satisfatório”, completa Walkíria. Pronto, agora sim! Após ter todas essas informações e ver que ninguém esquece o primeiro beijo, o que você vai fazer? Caso tenha alguém ocupando o coração, não perca a oportunidade de dar aquele beijo especial. Se ainda não tem, se arrume, coloque uma roupa interessante, passe um perfume e não se esqueça de pentear o cabelo. Alguém irá te observar. Ou, quem sabe, abaixe a revista e olhe para os lados, vai que a boca da sua vida está aí... O beijo é tão importante que tem o dia 13 de abril só para ele. Ah! O texto não disse, mas ele pode causar herpes, cárie, hepatite, mononucleose infecciosa, além de dependência física que pode durar três, 30 ou 70 anos, mas sabendo em quem “colar” sua boca, beije!


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COMPORTAMENTO

NAMORO VIRTUAL

POR FREDERICO NOGUEIRA

FOTOS REVISTA ON

Já faz algum tempo que namoros e casamentos não são arranjados pelos pais (ao menos em grande parte do mundo) e você já pode escolher sua cara metade. Mas não seria coincidência demais se todos tivessem a “alma gêmea, metade da laranja, sonho lindo de viver” morando na mesma cidade ou até no mesmo prédio? Se você diz que homens não valem nada ou que desistiu de entender as mulheres, pode ser que um rapaz da Nova Zelândia seja tudo o que te falta ou uma linda italiana esteja à sua espera e possa te oferecer mais que um delicioso macarrão. Como conhecê-los? Bem-vindo ao mundo da internet!

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om o avanço tecnológico, os limites geográficos não são barreiras para o relacionamento com outras pessoas, seja para troca de informações, conhecimento de novas culturas ou parcerias profissionais. Se antes amigos surgiam na escola, na vizinhança ou no trabalho, agora é diferente. Essas relações podem surgir em uma sala de bate papo ou com um amigo de amigo de amigo em rede social que curtiu seu comentário ou fez 66

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namorado

uma piada engraçada. Nasce uma amizade e, depois de certo tempo... a janela do MSN piscando, faz o coração acelerar, a ausência nas redes sociais causa preocupação. O cupido acertou e, desta vez, foi com um clique. Afinal, “quem foi que disse que pra tá junto precisa tá perto?”, como questiona uma música. Vinicius Rosa Espírito Santo tem 22 anos, é estudante de direito e atualizou seu status no Facebook para “relacionamento sério” há cerca de dois meses. “Estava

conhecendo um pessoal norte-americano, para treinar o inglês. Conheci três garotas e começamos a conversar. Nasceu, então, uma amizade. Com uma delas, a Brittane, ficou mais forte e começou a dar saudade, precisava falar todos os dias, ver pelo Skype”, conta. Embora ela more nos Estados Unidos e ele em Três Rios, o jovem acredita que pode conhecê-la um dia, pois pretende realizar intercâmbio, e, caso ambos morassem no Brasil, ele afirma que já a teria encontrado. “Todo mundo


A internet ajuda a iniciar ou manter um relacionamento saudade. Nos finais de semana, ficamos praticamente o dia todo online”, confessa Jéssica. Segundo a jovem, a família apoia o relacionamento, embora o pai tenha medo de que ela vá embora morar com sua paixão. “O resto da família fica com dó, dizem que não sabem como conseguimos ficar tão distantes”. Sobre os planos para o futuro do casal, Jéssica sonha e pretende realizá-los, tornando o relacionamento menos virtual. “Pretendo me mudar para Sertãozinho [onde Jacson mora] antes que o ano acabe, conseguir um trabalho e terminar minha faculdade por lá. Tenho muitos sonhos ao lado dele, casar, ter nossa casa, nossos filhos, sermos uma família”, planeja. Ela concorda que amar à distância não é fácil, como disse Vinicius. “Se alguém disser que é, mente! Podem concordar que é possível, porque é, mas não é fácil passar dias e dias longe de quem se ama. Em nosso aniversário de namoro estaremos juntos, com toda certeza”, finaliza. Sonhos, planos, amor, paixão e saudade. Sentimentos do mundo real por pessoas que se falam pelo virtual. Segundo a doutora em antropologia e soARQUIVO PESSOAL

quer ter contato, quer beijar, mas têm coisas que a gente não escolhe, acontece. Conhecer uma pessoa incrível e ela estar longe é difícil. Não sei o que acontece lá, ela não sabe o que acontece aqui, acho que é muito mais complicado do que em um relacionamento real”. Em outros casos, a tecnologia ajuda a manter o relacionamento. É o caso da estudante de engenharia mecânica Jéssica Fragoso Farias, 20. Moradora de Petrópolis, ela conheceu o jogador de hóquei Jacson Rodrigues Nascimento, 23, em 2006, quando ele foi jogar no time da cidade e estudou na mesma turma do colégio. “Éramos só amigos, o ano terminou e ele foi jogar em Recife. Não tivemos contato depois disso”, conta. Eis que o destino o levou a jogar novamente na cidade em 2011. “Encontramo-nos em junho, trocamos telefones, emails, ele me chamou para sair, fomos ao cinema, jantamos e o namoro começou. Passamos o resto do ano juntinhos. Fui conhecer a família dele no Rio Grande do Sul durante minhas férias. No carnaval, ele estava comigo, mas recebeu uma proposta para jogar em São Paulo”. Com isso, a internet é uma importante ferramenta para o casal. “Algumas vezes é bem melhor que o telefone. Conversamos todos os dias pelo Skype, quase sempre quando chegamos da faculdade [ele estuda administração], e o celular usamos mais durante o dia para matar a

INTERCÂMBIO APAIXONADO Vinicius tem um “relacionamento sério” com a norteamericana Brittane

PLANOS Jéssica pretende se mudar até o fim do ano para perto de Jacson

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COMPORTAMENTO

SITE DE RELACIONAMENTOS Anna e Denis já passaram do namoro para o noivado, mesmo à distância

ciologia pela Université Paris V, Carmen Rial, já há uma área que estuda tais relacionamentos, a ciberantropologia, e as emoções apresentadas são possíveis e não podem ser descartadas. “Como podíamos, também, quando a comunicação era epistolar, como alguns filmes mostraram. A diferença está, talvez, na velocidade. Antes, para ter a resposta de uma carta, tinha-se que esperar semanas. E, claro, a imaginação trabalhava durante este tempo. Agora esta resposta pode chegar em segundos”, explica. Para ela, há aspectos positivos e negativos nesta evolução da sociedade e sua relação com a tecnologia. “Vejo os jovens falando mais de seus sentimentos, pois precisam escrever e o aumento da escrita entre eles é algo que julgo muito positivo, ainda que, às vezes, prefiram usar quase que outro idioma. O que considero negativo é que Estados e empresas podem controlar vidas privadas, pois têm acesso a enormes quantidades de informações sobre o cotidiano, preferências e gostos dos indivíduos. O que Foucault chama de biopoder (poder de controlar os corpos) aumentou no mundo online. O mundo virtual tem suas especificidades, mas como são os mesmos seres humanos que estão em relação, os sentimentos implicados nestas trocas não são diferentes”. O psicólogo Iuri Guilherme Paulini Lopes da Costa sabe que há relacionamentos saudáveis na internet, mas é necessário ficar atento ao outro lado, que 68

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pode causar danos. “No mundo virtual há muita farsa, tem gente querendo ser quem não é e imaginando os outros como não são. Muitas vezes lemos as palavras e interpretamos de uma forma diferente da qual foi escrita”, explica. Para ele, algumas pessoas utilizam a ferramenta por medo de rejeição. “Lá não tem contato de olhares, você pode pensar no que vai dizer”. Não apenas com relação aos namoros, o psicólogo faz uma análise da atual sociedade virtualizada. “O computador ocupou um lugar que era da televisão, quando, na hora do jogo ou da novela, as pessoas não se falavam. Chegam no meu consultório e reclamam que não estão sendo ouvidas, isso já é resultado do uso exagerado do computador”.

O uso exagerado do computador está fazendo com que as pessoas não tenham com quem conversar na vida real O amor não escolhe gênero, cor e muito menos idade para chegar. Virtualmente também é assim. A contadora Annamim Gripp, 43, já havia ouvido histórias de casais que se conheceram desta forma e, em 2010, o cupido.exe instalou o aplicativo em sua vida. Através de um site de relacionamentos, teve o primeiro contato com o mestre de obras Valdenir Veloso Silva, 43, que deixou um recado em sua página. “Entrava em sites assim para procurar amizades, já tenho vários amigos feitos desta forma, mas com o Denis [apelido do Valdenir] foi diferente”, conta. Após pouco mais de um mês de conversa, decidiram que estava na hora de se conhecerem pessoalmente. Ele, morador de Saquarema, foi até a cidade da, até então, amiga virtual, Três Rios. “Passeamos pelo shopping, conversamos. Foi uma sensação meio inexplicável, não sabia direito o que ia acontecer, só lembro que estava muito nervosa, mas deu tudo certo”. Após o

encontro, passou mais um mês até que o pedido de namoro surgisse. Anna revela que, por ter ouvido histórias que geraram decepções, teve receio. “Tinha medo que não fosse a mesma pessoa na vida real como era online, mas superou minhas expectativas”. Hoje o casal continua utilizando a internet como principal forma de contato. “Vemo-nos sempre pela webcam e, pessoalmente, tentamos nos encontrar a cada 15 dias, devido à distância, mas acontece de ser uma vez por mês, devido aos trabalhos”, conta ela que afirma ter planos para o futuro ao lado de Valdenir. No carnaval de 2002, Sinara Rocha preferiu ficar em casa a cair na folia. Para passar o tempo, entrou na internet e partiu para uma sala de bate papo. Fã da banda, não teve dúvidas ao iniciar uma conversa com alguém que usava o apelido “Led Zeppelin”. Do outro lado estava Marcus, mecânico de avião que, embora morasse nos Estados Unidos, estava no Brasil naquele período. “Ele não é muito fã de internet, então, depois de algumas conversas virtuais, trocamos números de telefone e continuamos conversando. Estava levando na brincadeira, achava que jamais daria certo um namoro a distância”, confessa. Porém, depois de um ano, a decisão pelo matrimônio. “Marcus me pediu em casamento pelo telefone, imagina a reação da família! Mas a cerimônia aconteceu, foi em julho de 2003, em Paraíba do Sul”. Felizes, eles continuam juntos e morando fora do Brasil. “A distância nos uniu muito, mas não foi fácil ter um relacionamento assim, mesmo com toda a tecnologia que temos”, completa. Sinara sabe que, embora seu caso tenha o final feliz dos sonhos, há os que terminam em pesadelo. “Existem muitas pessoas maliciosas atrás de um monitor. Temos que ter muito cuidado, não sabemos quem está do outro lado”, afirma. Cuidado, o arquivo pode estar corrompido

Em contato com a delegada titular da 108ª DP, Cláudia Teresa Nardy Abbud, ela informou que na cidade ainda não houve ocorrências relacionadas a casos de namoro virtual, apenas por divulga-


CUIDADOS O advogado Ciro Jorge afirma que a internet é uma excelente ferramenta de comunicação, mas deve ser usada com consciência

DIFICULDADES Para o psicólogo Iuri Guilherme, a internet não proporciona um importante gesto do relacionamento, a troca de olhares

ção de fotos e vídeos sem autorização, o que gera processo como crime virtual. Especialista em direito eletrônico e tecnologia da informação, o advogado Ciro Jorge vê a internet como uma das melhores ferramentas de comunicação e

está entre as melhores invenções da humanidade, mas é preciso ter consciência ao usá-la. “Os cuidados que devemos ter na internet são os mesmos da rua, ou até maiores, pois não estamos vendo quem está do outro lado”. Segundo ele, três pon-

tos devem ser sempre levados em conta ao conhecer uma nova pessoa: segurança [da máquina e do contexto onde a máquina está sendo usada], bom senso e não conversar com estranhos. “Hoje é muito mais fácil conhecer pessoas na internet que em shoppings, até porque as pessoas estão saindo menos”. Para ele, quanto mais tempo tiver o contato pela internet, maior a confiança no outro, pois mentiras são sustentadas durante pouco tempo. Ciro ressalta que a internet não é um mundo sem lei, como alguns imaginam. “Se você conversa com alguém em determinado site, tem uma segurança. Quando sai deste lugar, torna-se um relacionamento interpessoal. Então, quando você conhece pessoalmente e não é quem você achou que seria, vai processar um fantasma? A jurisprudência está avançando, mas ainda não há uma resposta concreta para determinados casos no direito eletrônico”. Segundo ele, calúnias na internet ou agressões morais têm o mesmo valor para o direito, quando ocorrem no mundo real.

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35 anos de qualidade em transporte! Almoço marca o aniversário da empresa

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o dia 16 de abril a empresa Transa Transporte Coletivo comemorou 35 anos. Para festejar a data foi oferecido um almoço para amigos e funcionários. Cerca de 200 pessoas passaram pelo local, entre elas o vice-prefeito de Três Rios José Ricardo Salgueiro de Castro e o vereador Carlos Alberto Barbosa Domingues. Na ocasião, foram homenageados os mais antigos colaboradores da organização e sorteados prêmios. Também foi revelado o vencedor do concurso cultural interno “35 anos de boas histórias”. Para o diretor da empresa, Carlos Roberto Fonseca, completar 35 anos é muito importante. “Passamos por algumas dificuldades, mas conseguimos superá-las. Vivenciamos, nos anos 80, uma Três Rios esvaziada e, a partir de 2000, uma retomada do nosso crescimento. Temos conseguido acompanhar as mudanças que a nossa cidade traz e que o país também trouxe”, afirma. No evento, ficou clara a relação familiar entre a direção e os funcionários. O tratamento com carinho e respeito demonstrou ser um dos diferenciais do empreendimento. Segundo a psicóloga e diretora da empresa Virgínia Antunes Fonseca, essa conotação de família ajuda a transformar o local de trabalho em uma continuidade do lar de cada um. “Somos uma equipe muito coesa. Escutamos o lado profissional e pessoal. As ações internas proporcionadas fazem com que os colaboradores se sintam em

COMEMORAÇÃO A festa foi dividida em três turnos para que todos os funcionários pudessem participar

Segundo Carlos Fonseca, a empresa vivenciou uma Três Rios esvaziada nos anos 80, mas se recuperou a partir do ano 2000 casa. Em qualquer organização, a valorização principal deve ser a do ser humano”, garante. Ainda de acordo com ela, o segredo do sucesso é a consciência de trabalhar em equipe. Durante o almoço, os colaboradores mais antigos foram homenageados. Dentre eles estavam Manoel Rodrigues da Conceição, Antônio Cézar Conrado, Aílton de Souza Ferreira, Waldemir José da Silva, Johnny Henrique Schmitz, Hude-

BARREIRAS Para Carlos, a empresa tem conseguido enfrentar as mudanças na cidade


PUBLIEDITORIAL

O EVENTO Colaboradores se revezaram para almoçar

PRÊMIO Durante o evento foram sorteados ventiladores e sanduicheiras

lacimar Jefferson Kopke, Sérgio Lardosa Cocchi e José Tavares Mota, que estão há mais de 20 anos na Transa. Além deles, foram homenageados o funcionário José Id Chagas, que morreu em 27 de fevereiro e Pedro Noel, um dos fundadores da empresa, morto em 2002 por problemas decorrentes a um transplante de fígado. Morador de Petrópolis, Sérgio Cocchi, 76, faz parte da família Transa há 23 anos. O respeito e o carinho fazem com que ele se sinta bem e à vontade. Sérgio foi convidado para participar da equipe por Pedro Noel. “Ele sempre foi meu amigo. Quando saí do meu emprego, me chamou para trabalhar aqui porque dizia que precisava de mim. Cheguei sem grandes pretensões e acabei ficando e cada vez fico mais empolgado porque aqui me acolheram bem, me deram valor e eu pude contribuir um pouco para a evolução da Transa”, conta o ex-piloto de avião. Johnny Henrique Schmitz completa 35 anos de trabalho na Transa em outubro e considera uma alegria muito grande. Na homenagem, Carlos Fonseca elogiou o colega de infância dizendo que se tem alguém que se aproxima da perfeição, certamente é ele. “Eu sempre tive muito orgulho de trabalhar aqui. Nesses 35 anos, presenciamos muitas coisas alegres e boas. Muita gente passa em nossas vidas e trazem muitas coisas boas também. Crescemos como pessoa e profissional. Quando me ofereceram essa oportunidade, tentei agarrar com

unhas e dentes. Estou muito contente por comemorar esses 35 anos com todos vocês”, comenta Johnny. Também presente desde o início, Waldemir José da Silva, 60, recebeu homenagem no dia do aniversário da empresa. “Quando compraram a Transa, fui junto. Inicialmente era motorista e aqui fui crescendo e hoje ocupo o cargo de inspetor”, diz. Waldemir conta que sua vida é mais no ônibus do que em casa. Para ele, o crescimento foi devido ao bom atendimento e à pontualidade dos horários.

No evento, ficou clara a relação familiar entre a direção e os funcionários. O tratamento com carinho e respeito demonstrou ser um dos diferenciais do empreendimento

FESTA Mais de 200 pessoas passaram pela garagem da Transa no dia 16


PUBLIEDITORIAL

HOMENAGEM Virgínia também recebeu elogios do Johnny Schmitz

HOMENAGEADO Waldemir trabalha há 35 anos na Transa

FUNCIONÁRIO HÁ 35 ANOS Carlos considera Johnny a pessoa mais próxima da perfeição

ANIVERSÁRIO Diretores e colaboradores posaram para foto na mesa do bolo

Sobre a campanha de aniversário, quem explicou foi o publicitário Halisson Cestari. “O conceito foi baseado em emoções. Procuramos focar em todo tipo de sentimento que acontece dentro do ônibus que é um caldeirão de emoção. Paralelamente, aconteceu um concurso cultural interno onde os funcionários tinham que contar o fato mais marcante vivenciado em um coletivo”, destaca. No concurso, três textos se destacaram. O primeiro recebeu o título “Perereca” e foi escrito por Rufina do Nascimento, ganhadora de uma televisão LCD 32 polegadas. O segundo colocado foi Paulo Henrique Reis com a história “Vencendo barreiras”. Ele ganhou um notebook. Gilmar Bevilaquia recebeu

SÉRGIO COCCHI O gerente de manutenção está na equipe há 23 anos

Durante todo o evento foram sorteados vários prêmios e uma viagem para Cabo Frio com direito a acompanhante e despesas pagas. um Home Theater pelo terceiro lugar com a história “Menino Perdido”. Diante de tantos textos emocionantes, foram premiados mais cinco autores do concurso com a quantia de R$ 150. São eles: Marcelo Monsores de Azevedo, Patrícia Maria Oliveira de Barros, Claudiano José Silva, Fernando Luiz Malheiros da Costa e Luis Claúdio Machado. Durante todo o evento foram sorteados vários prêmios e uma viagem para Cabo Frio com direito a acompanhante e despesas pagas. Dionizio Cardoso foi o ganhador. “Nem sabia que ia ter sorteio. Foi uma surpresa muito boa. Vou ver como faço para viajar”, disse. A Transa tem como filosofia o investimento em saúde, educação e lazer para a equipe. Mantem instalações modernas e a preocupação com a capacitação de seus profissionais que recebem treinamentos constantes através de palestras, workshops, seminários e cursos. Através de um serviço de qualidade, com pontualidade e segurança, a empresa busca um modelo de transporte mais acessível e humano.


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COMPORTAMENTO

Quando o casamento pesa na

balança POR PRISCILA OKADA

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Após o matrimônio, muitos casais sentem a diferença na balança. Por que isso acontece? Especialistas falam sobre o assunto e dão dicas para que os temidos quilinhos não sejam um fantasma na vida a dois.

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afirmação popular de que casar engorda ganhou nova comprovação científica com recente estudo da Universidade de Queensland, na Austrália, publicado no jornal norte-americano “The New York Times”. Eles acompanharam mais de 6.000 mulheres com o peso normal, inicialmente entre 18 e 23 anos, por um período de dez anos. Os resultados não deixam dúvidas: aquelas com companheiro e filhos, engordaram, em média, nove quilos;

as que tinham um companheiro, 7 quilos; e, por último, as solteiras sem filhos acrescentaram 5 quilos. No Brasil, uma pesquisa com mais de 3.500 pessoas também comprovou que, após o casamento homens e mulheres ganham alguns quilinhos. Isso aconteceu com 91% dos entrevistados casados. A empresária Roseli Couto dos Anjos e o gerente de vendas Samir dos Anjos se casaram em 1988. Alguns anos depois, os quilinhos extras já eram evidentes, princi-

palmente nela. Basta olhar as fotos antigas e comparar a diferença. “A mesa passa a ser o centro das atenções. Sempre gostei de cozinhar, aliás, trabalho com comida. Você recebe mais pessoas, sai para jantar, fica em casa depois que tem filho, perde um pouco da vida social”, explica Roseli que passou por uma cirurgia para retirar a vesícula, que complicou ainda mais o quadro, pois sua digestão demora um pouco mais do que uma pessoa em situação normal. “Eu faço, há alguns anos, acomassineon.com.br

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COMPORTAMENTO

DEPOIS Para recuperar o peso, ela entrou para aula de luta e o marido passou a fazer caminhadas ANTES Mariana engordou seis quilos depois do casamento

panhamento com uma nutricionista para diminuir o peso. Por mês, cheguei a perder três quilos”, acrescenta. Na correria do dia a dia, apelam para as comidinhas rápidas, mais calóricas. Samir chegou a ganhar 32 quilos e Roseli, 25. “Acho que a pessoa se acomoda porque já está em casa, está casado, tem filho, já tem tudo e acaba se desleixando. Acho errado, não deveria ser assim, mas acredito que fazemos isso”, diz Samir que atualmente já recuperou a forma. Casada há um ano e três meses, Mariana Lavinas já passou por essa etapa de peso. “No início, comprava muita besteira no mercado e fazia muita comida diferente para agradar o meu marido. De 54 quilos, cheguei aos 60 e o meu marido com 75 quilos, chegou aos 85. Agora, depois de um ano de casados, voltamos para o nosso peso normal”. O segredo para voltar à forma física ela revela: “eu comecei a fazer aula de luta e ele a caminhar”, finalizou. A nutricionista Rosana Ferraz Lima Aguiar conta que muitos casais a procuram tardiamente. “Normalmente, quando isso acontece, o problema já está instalado. Dificilmente alguém nessa situação faz uma consulta preventiva, o que seria muito mais fácil de resolver. Curiosamente, muitos procuram ajuda antes do casamento, para estarem em forma na grande ocasião ou para caberem no vestido dos sonhos”, revela. 76

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Nos Estados Unidos, um trabalho mostrou que as mulheres engordam mais. A endocrinologista Kalina Massi Novelino acredita que a explicação pode estar no metabolismo feminino, que é mais lento e queima menos gordura que o do homem. Ainda de acordo com ela, as mulheres são as que mais a procuram em seu consultório. A euforia afasta a comida

O ginecologista e terapeuta sexual Amaury Mendes Júnior explica, de maneira científica, porque ocorre esse ganho de peso após o casamento. “Antes do casório, ainda na fase da paixão, as endorfinas produzidas no cérebro (dopamina, serotonina, oxitocina, epinefrina) e os hormônios sexuais (testosterona e estrogênio) estão em ebulição devido ao clímax relacional. Assim, com tal saciedade, o corpo nem sente falta de comida, pois o alimento dos pombinhos agora e durante algum tempo (em média 26 meses) será provido com o tesão produzido pela química corporal”, esclarece. De acordo com Amaury, é normal que todo este “curto-circuito” corporal seja normalizado para que a vida possa ser vivida com mais realidade do dia a dia e, desta forma, as tensões passam a entrar pela porta da frente e encontram hospeda-

gem em outros prazeres para amenizar os problemas que virão pela frente. Para Rosana, como a autoestima não está mais vinculada ao aspecto físico, perde-se um pouco do freio e um tolera um pouco mais de gordura no outro. “Vale lembrar que a autoestima deve ser, acima de tudo, uma opção individual. Nesse sentido, um corpo adequado nos ajuda a gostarmos de nós mesmos, nos dá mais energia e nos valoriza. Em consequência, acabamos por nos dar um presente que, certamente vai agradar a pessoa com a qual escolhemos viver”, complementa Aguiar. Dicas para manter a forma física

A questão é o que fazer para manter o contorno depois de encontrar o par ideal. Para o professor de educação física Bruno Verly Bastos Coelho, a primeira dica para os casais é fazer uma atividade física, de preferência juntos. Outra opção é tentar não mudar muito os hábitos alimentares. “Cada um tenta trazer hábitos da casa dos pais e essa união pode não ser favorável. Noto que esse ganho de peso se dá pela junção da alimentação inadequada somada ao sedentarismo. Muitos me procuram querendo emagrecer, mas não tem um foco do que querem e porque querem. É preciso manter o espírito da conquista. Em outras palavras, não relaxar só porque já casou”, orienta. Amaury norteia que o casal cuide da


DEPOIS Roseli faz acompanhamento com uma nutricionista e Samir já recuperou a forma

ANTES A foto é a prova de que o casal não está de bem com a balança

alimentação, que retornem o contato com os velhos amigos, viajem e tenham cuidados físicos. Ainda de acordo com ele, é preciso evitar a compra de alimentos calóricos; escolher restaurantes saudáveis; pra-

ticar e incentivar o outro a fazer atividades físicas; e encontrar outras maneiras de lazer que não a comida. O terapeuta sexual deixa uma outra dica aos casais: namorem bastante. “Quanto mais excitação, suor,

pulso acelerado e pressão, melhor. Isso equivale a uma sessão de ginástica de alto impacto e queima várias calorias”. Por isso, se você está casado, não se desespere. Com um pouco de disciplina e força de vontade é possível manter a velha e boa forma.

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Filho de ferroviário e criado na periferia, já foi engraxate para ganhar dinheiro. Seu perfil se confunde com milhares de brasileiros abafados pela desigualdade social e falta de oportunidade, no entanto, a força de vontade, determinação e foco de Sivanil de Souza, 53 anos, o fez quebrar esse paradigma e se transformar em um dos grandes empresários trirrienses.

POR RAFAEL MORAES

DE SOUZA

SIVANIL

A DETERMINAÇÃO E O FOCO QUE DEFINEM

JCLICK


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PASSADO Há 33 anos Sivanil e Rose subiram ao altar

ficava aberta até tarde e o patrão passou a deixar o jovem morar em sua casa. “Eu me hospedava lá com eles, estudava de manhã e trabalhava à tarde. Fiquei ali bastante tempo, uns quatro anos talvez”, complementa sem precisão. Da infância, tem poucas recordações. “Tenho boas imagens do campo na Ponte das Garças. Brincávamos muito de futebol”, garante. A frustração foi não ter aprendido a jogar. “Meu pai montou time e eu não aprendi de jeito nenhum. É uma coisa que eu gostaria de fazer. Até hoje eu vejo o pessoal jogando futebol lá na quadra de areia, acho legal, mas não consegui. O Rafael joga futebol mais ou menos”, avalia o talento futebolístico do filho mais velho, Rafael Machado, que está à frente do marketing do grupo de empresas da família. Filho de pais separados, a dificuldade o acompanhou de perto na infância. Segundo ele, o pai sempre esteve presente no sentido de orientar sobre os cuidados com os negócios. “Ele é muito conservador”, disse ao revelar que comemorou, com o genitor, os 87 anos de vida. “Estivemos lá, foi uma festa, fizemos JCLICK

om uma história de contraponto ao comum, quando abriu a boca no escritório à beira da movimentada avenida Condessa do Rio Novo, em Três Rios, o empresário Sivanil de Souza mais lembrava um locutor com aquela voz grave e imponente. O sorriso fazia parte da composição do rosto, mesmo quando foi forçado a lembrar do passado difícil. A feição amena desmonta a concepção de um empresário agitado por conta da responsabilidade de gerir 12 lojas espalhadas pelo Estado do Rio de Janeiro. Sivanil tem origem em uma família pobre. Parte da vida viveu no bairro Ponte das Garças de onde ainda guarda algumas lembranças. “Fiquei lá até os 15 anos, quando eu comecei a trabalhar. Meu primeiro emprego foi na lanchonete Kibon, que era do Mário Cesário. Eu estudava no bairro e vinha para o centro”, lembra. Nessa época, a lanchonete

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“Não é porque eu tenho loja que vou mudar meu jeito de ser. Continuo vendendo sapato”, Sivanil de Souza

um churrasco legal”. Sobre sua formação enquanto empresário agressivo e, ao mesmo tempo, cauteloso, explica: “Fui criado em um espaço onde minha mãe me falava ‘você deve se arriscar e fazer o que quer’ e meu pai assim: ‘olha! Muito cuidado, será que isso vai dar certo? Tem que arriscar no meio dos negócios, mas tem que ter o cuidado, porque senão a coisa não vai bem’. Então, é por causa destes dois modelos, de um arriscar e o outro retrair, que estou aqui”. Sivanil tem dois irmãos, Elisa que mora em Petrópolis, e Cícero. “Tenho outros irmãos por parte de pai, que tem uma família muito grande. Ele está no terceiro casamento”, contou. Enquanto seu pai se aventurava no amor e era fiel a um único emprego, Sivanil fez o caminho inverso. Inovava nos negócios e construía uma vida concisa e forte com Rosimery Machado Pereira de Souza, 52. “Casei cedo e, graças a Deus, comemorei 33 anos de casado dia 31 de março que passou”, disse ao apontar o matrimônio como um marco em sua vida. Fã de Guima-


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ORGULHO Sivanil ao lado dos filhos Rafael e Mariane

rães Rosa, garante que foi a leitura a responsável por aproximar o casal. “Uma das coisas que nos uniu foram os livros que tínhamos lido. Era muito interessante. Aos 18 anos começamos a namorar e já tínhamos lido a maioria dos clássicos de Júlio Werner a Machado de Assis”, conta ele que foi confirmado pela esposa. “Íamos namorar e líamos muito. O namoro era mais secundário”, revela Rose, como é conhecida, fã de Marina Colaçante, Carlos Eduardo Novaes e José Saramago. Leitor assíduo de livros e revistas, o empresário explicou que o tempo extra pela falta de oportunidade na escola foi focado no sonho de se tornar empresário. “Desde pequeno, sempre soube que seria dono do meu empreendimento”. O livro preferido já foi “100 anos de solidão” de Gabriel García Marquez, mas depois de ler “Grande Sertão: Veredas” se apaixonou pela história de Guimarães Rosa. Em meio a grandes histórias, vive o

casamento dos sonhos de qualquer casal, pois mesmo com o passar dos anos, o que para muitos é um fator complicador, demonstra um amor adolescente por Rose. “Não tenho segurança nenhuma sem ela que é nossa âncora”, qualifica a esposa que trabalha há 16 anos na primeira loja do grupo. “A família unida com certeza é a base de tudo. Lá em casa conversamos sobre tudo”, assegura a relação de cumplicidade com a esposa e os filhos, Rafael Machado de Souza, 32, diretor-executivo da empresa da família e a veterinária Mariane Machado, 28. Católico praticante, o empresário vai à igreja todos os dias em que está em Três Rios, talvez como forma de agradecer seu sucesso profissional e pessoal. Quando não faz a visita, está viajando para acompanhar, de perto, suas lojas em outras cidades. “Não vou muito à missa devido a minhas viagens”, justifica. O objetivo do grupo em 2012 é se tornar a melhor empresa para se traba-

Eu já tive, mas agora não tenho o menor interesse em ser o rei do sapato lhar no sul fluminense dentro do ramo em que atua. “A estratégia de negócio é essa”, revela Sivanil. Segundo ele, a empresa cria oportunidades, tanto para os clientes comprarem, quanto para os colaboradores se desenvolverem como pessoas. “É uma cultura de oportunidades, baseada no mérito, de muito trabalho e valorização dos colaboradores e clientes, visto que esses pontos estão claramente expressos em nossa missão: vender calçados e acessórios da moda, através da concessão de crédito”, complementa. A missão de hoje é muito diferente daquela almejada pelo jovem garoto inspirado pela mãe empreendedora. Uma assineon.com.br

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VIAGEM Em meio aos compromissos da empresa, a família encontra espaço para passear

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FIM DE ANO A família na festa promovida pela empresa

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caixinha de sapateiro e lá estava ele querendo “descolar” uma grana para pagar a sessão de cinema no sábado. Era 1966 e o ponto de trabalho era a rodoviária velha, em frente onde ainda está localizada sua primeira loja. Para chegar onde está, revela o que fez: teve foco. “Eu comecei a trabalhar muito cedo e sempre tive certeza que conseguiria. Eu sou uma pessoa muito focalizada no que eu quero fazer”, explica. As tentativas foram inúmeras, vendeu picolé, foi engraxate aos sete anos e chegou a trazer o primeiro trailer de hambúrguer para Três Rios. Antes de abrir a primeira loja do grupo, havia sido dono de outros empreendimentos. Por insistência ou determinação, conseguiu atingir seus objetivos. “Tive a felicidade de ter pessoas que me ajudaram e me instruíram a persistir nesse caminho”, garante. Uma das pessoas que contribuíram

para o sucesso de Sivanil de Souza foi o ex-sócio João Baptista de Rezende. Eles pouco se conheciam, mas quando João comprou o ponto próximo à rodoviária velha, lhe foi sugerida a sociedade. “Não tínhamos aproximação para fazer sociedade. Éramos só conhecidos. Depois, ele saiu da loja onde trabalhava e montou outros negócios. Quando fui fechar a compra do ponto, o encontrei na praça e disse que estava sabendo da aquisição e se eu não queria lhe dar uma oportunidade para abrirmos um negócio juntos. Sabia da luta dele. Concordei com a proposta, entreguei a chave da loja e começamos”, recorda Rezende sobre o início de uma sociedade que durou 13 anos. Com a característica de inovar, lançaram a “Menor prestação do Brasil”, considerada tanto para João, quanto para Sivanil, uma grande jogada de marketing. “Depois de quatro anos de loja,


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“Desde pequeno, sempre soube que seria dono do meu empreendimento” nós resolvemos criar o crediário. Nisso, foi lançada essa ideia. Foi interessante esse slogan que surgiu dele, quando fez os textos para propaganda”, revela João. “Nós criamos a oportunidade das pessoas com pouco dinheiro, comprarem”, explica Souza. “O fato mais engraçado foi chegar à conclusão de que era necessário terminar a sociedade. Fizemos uma festa para comunicar aos amigos que estávamos terminando, mas estava tudo em paz”, conta Rezende sobre o fim da sociedade. “Dividimos a sociedade em 2002, vai fazer 10 anos dia 30 de agosto que dissolvemos essa parceria. Na época, tínhamos três lojas em Três Rios e uma loja fora. Ele ficou com algumas e eu com outras. A partir de então, partimos para uma expansão muito forte, fomos para Angra dos Reis, Volta Redonda, Valença, Vassouras, Itaguaí e Macaé”, completa Sivanil. Família

“Para mim, toda família representa o alicerce que te estrutura”, disse a filha Mariane Machado. Ela optou pela medicina veterinária, mas ainda é peça importante nas decisões da empresa. “Todas as determinações estratégicas do negócio são levadas para nossa família, porque nós quatro, eu, Rafael, Rose e Mariane, resolvemos”, garante Sivanil que agora prepara o filho para assumir seu lugar. “Ele já está há 15 anos na empresa e conhece tudo, sempre foi responsável pelo marketing. Neste momento, estamos em transição, pois além da função que sempre ocupou, terá que assumir outras responsabilidades. É uma preparação para a sucessão”, explica. “A maior aventura humana é ser pai. Rafael é um garoto adorado na cidade, todo mundo gosta e, Mariane, é uma menina que, quem a conhece, gosta. São profissionais formados. Meu fi-

DIA DAS MÃES O estoque cheio prova que os negócios estão bem

lho é um jovem empresário, então, vai ter um crescimento maravilhoso pela frente. Isso é muito significativo para mim”, confessa o pai orgulhoso. Enquanto fala sobre a expansão da empresa, cujo um dos objetivos é abrir uma nova filial a cada ano, vai mesclando os planos de descansar e aproveitar o que construiu. Com uma carga horária menor, não ultrapassa 8 horas diárias na empresa, programa viagens para dentro e fora do país, mas se afastar totalmente do grupo está fora de

cogitação. “Eu falava que eu queria me aposentar. Tinha a ideia de parar aos 50, depois passei para 55. Agora eu não sei”, confessa ao dizer que planeja trabalhar meio expediente depois de 60 anos. Sua vitalidade, a capacidade inesgotável de continuar inovando e o foco obstinado, são características apontadas pelos filhos e amigos. “Eu admiro a sabedoria dele em escutar as pessoas e tirar proveito de toda e qualquer situação que, para muitos, não teria solução”, aponta a filha Mariane. Rafael, assineon.com.br

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INSPIRAÇÃO Guimarães Rosa o acompanha através de uma crônica anexada na parede

garante. Atualmente, suas empresas contam com 240 funcionários. Em um ritmo menos acelerado, o empresário reserva tempo para ouvir música, para o curso de inglês, pilates e se distingue daquele jovem sôfrego para conquistar seu espaço. Atualmente encara os problemas de outra forma. “Tal-

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parceiro direto no escritório central da empresa, admira, entre outras qualidades, a liderança de seu genitor. “Aprecio o bom humor, sua capacidade intelectual e sua bagagem cultural”, revela. Eterna amante de Sivanil, Rose dispara: “É uma pessoa inteligente, faz tudo pela família, é inovador, leal e amigo. Não admite que nada atrapalhe nossa felicidade. Como empresário, se tiver que ‘engolir sapo’, vai engolir. Sempre quer fazer o melhor”, avalia o homem com quem vive há mais de três décadas. Amigos

Pelo jeito simples de ser, conquistou muitos amigos e companheiros que o acompanham desde o início. O colaborador mais antigo garante que ele gosta de ensinar e está sempre pronto para auxiliar no que for necessário. “Considero-o um verdadeiro ser humano justo”, revelou o comprador da empresa Evandro Carvalho Alves. “Nossa empresa reflete o empresário Sivanil”, complementa. Essa popularidade logo é percebida quando chega na loja. Ao cumprimentar cada vendedor, consegue estreitar a relação com os que têm a responsabilidade de fidelizar seus clientes. “Não é porque eu tenho loja que vou mudar meu jeito de ser. Continuo vendendo sapato”, 86

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vez seja fácil me deixar estressado por pouca coisa. O que é verdadeiramente importante eu consigo manter a calma. Minhas contas estão pagas, as lojas vendem, estão organizadas, aqui está tudo administrado”, avalia a situação que lhe proporciona gozar do que construiu. Dos amigos, dois foram lembrados de súbito: o médico Manoel Vasconcellos e o advogado Antônio Sérgio Soares, quem considera como um irmão. Os dois lhe renderam elogios e confirmaram suas características mais evidentes: determinação e foco. Sérgio conhece Sivanil desde 1986 e se diz gratificado pelo carinho do amigo. “Durante esses longos anos de envolvimento profissional, conseguimos acumular experiências que serviram de alicerce para fortalecer nossa amizade”, completa ao reforçar a obstinação do companheiro. “Quando ele pensa em realizar algum projeto, não há ninguém que possa demovê-lo de sua ideia. Penso que é por isso que se tornou um grande empresário”, acredita o advogado. As relações com Manoel começaram há 15 anos. Por ele, o médico diz nutrir uma admiração pela liderança, empreendedorismo e, mais uma vez, pelo foco

EQUIPE O empresário com os colaboradores na reinauguração da primeira loja


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REFORMA Sivanil cumprimenta os clientes na reinauguração de sua primeira loja

nos objetivos. “Tê-lo como amigo é, sem dúvida alguma, uma honra”, finaliza. Poderia haver um pouquinho de hipocrisia no discurso desse empresário em relação ao passado. Ele até diria que aqueles eram bons tempos, senão fosse sincero. “Quem vai sentir saudade de ter sido engraxate? Eu não tenho a menor nostalgia desse tempo. Lembro que quando eu era engraxate, tinha uma liberdade de ficar andando na rua o dia inteiro. Era uma diversão pra mim”, aponta o único ponto “positivo”. Foco ajustado, após se tornar empresário, voltou para as salas de aula e concluiu o segundo grau aos 45 anos em uma turma no colégio Walter Francklin. O gestor que pretende crescer ainda mais no estado, almeja conquistar maiores espaços, entretanto, ainda dá valor às pequenas coisas, como ver televisão, ouvir, música e ler. Talvez esses sejam os estímulos necessários aos olhos e ouvidos para manter o foco no presente.

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COTIDIANO

RECORDISTA DA LEI POR RAFAEL MORAES

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Os vereadores são eleitos para criar projetos de leis que beneficiem a população, mas um parlamentar sul-paraibano levou a sério sua função e teve 34 propostas aprovadas na câmara municipal. O feito lhe rendeu um certificado de legislador que teve maior número de leis aprovadas na cidade. Dentre as principais conquistas estão o transporte coletivo adaptado e a isenção da taxa de inscrição em concursos públicos para assalariados e desempregados.

A

line Aparecida da Costa Romeu, 15 anos, tem hemangiomas (pequenos tumores benignos) e não consegue ficar em pé. Ela estuda no Colégio Estadual Barão de Palmeiras, em Werneck, e se transportar de ônibus era uma tarefa complicada ao levar a cadeira de rodas que usa. O projeto do vereador Márcio Abreu Oliveira determinou que as empresas de ônibus adaptassem os veículos para portadores de necessidades especiais e Aline foi beneficiada pela lei aprovada na câmara. Mara de Souza Costa, mãe da jovem estudante, nunca foi a uma sessão da câmara, por isso só ficou sabendo do projeto quando os primeiros carros adaptados começaram a circular. No entanto, sobre o benefício para a filha, ela garante: “melhorou muito para quem precisa”. Outro projeto que Marcinho, como é conhecido, acredita ser um dos mais importantes está relacionado à isenção da taxa de inscrição em concursos públicos no município para desempregados e assalariados. A auxiliar de serviços gerais Sueli Alves Amaral foi beneficiada em dois concursos: em 2009 participou de um processo seletivo para vaga de auxiliar de serviços gerais e 2011 para monitor escolar. “Consegui média, mas não estava entre as vagas oferecidas”, explica. Apesar de dizer que não deixaria de prestar o concurso caso tivesse que pagar a taxa, ela garante: “tinham muitas pessoas que só fizeram o concurso por causa da isenção”. “Em 2005, a prefeitura abriu um concurso público municipal e diversas pessoas que estavam desempregadas 90

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me procuraram querendo fazer o exame, mas não tinham dinheiro para pagar a taxa de inscrição. Aquilo mexeu muito comigo”, lembra Marcinho sobre o primeiro projeto.

Sobre o recorde, o parlamentar ainda comemora a possibilidade de incentivar outros vereadores sul-paraibanos. “Quando entrei no legislativo, em 2005, encontrei uma prática de simples indicações. Os novos vereadores chegavam e aprendiam isso, mas esse não é o papel principal do vereador”, questiona. A certidão que garante o recorde foi expedida no dia 16 de abril de 2012. O levantamento buscou registros entre janeiro de 1983 e março de 2012 e não levou em consideração projetos para mudança de nome de rua. Adendos às regras municipais

ACESSIBILIDADE Márcio posa em frente ao ônibus adaptado. Um projeto de sua autoria

CERTIFICADO Marcinho recebe a prova de que é o vereador com maior quantidade de leis aprovadas em Paraíba do Sul

Primeiro emprego - Determina que 10% das vagas das empresas beneficiadas com incentivo fiscal, sejam direcionadas para o primeiro emprego. Notificação compulsória – Garante o registro em estabelecimento público ou privado de serviço de saúde que prestar atendimento ao idoso vítima de violência ou maus-tratos. Maus tratos aos animais - Permite ao município punir com sanções administrativas, como multas, além das penas do código ambiental, civil e penal. Amigos do meio ambiente – Homenageia pessoas físicas ou jurídicas que tenham contribuído com atividades que preservam o meio ambiente. Coleta de lixo - Institui a coleta seletiva nos órgãos públicos e escolas de Paraíba do Sul. Vereador mirim - Formação política da juventude sul-paraibana através da câmara mirim.


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FILHOS DA NAÇÃO POR FREDERICO NOGUEIRA

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Eles têm o poder de transformar, renovar, mostrar novas ideias e plantar sementes para o futuro da nação. A grande questão é que o último movimento político que colocou pessoas novas nas ruas, chamou a atenção do país e teve resultados concretos, aconteceu há 20 anos. Afinal, o que houve na relação entre a política e a juventude? Ela ainda existe, embora, na maior parte dos casos, de forma negativa, apesar da necessidade de seu fortalecimento. Enfim, o futuro deste solo depende dos novos filhos da mãe gentil.

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Só consigo pensar que grande parte dos políticos é corrupta e muita gente que nem tem a ver com política, resolve tentar um cargo. Estes, geralmente, ganham”. A visão sobre a atual situação do país é da estudante de Artes e Design Bárbara Maria. Aos 19 anos, ela não está sozinha nesta opinião. Com a criação e aderência das redes sociais, principalmente por parte dos jovens, chovem críticas, opiniões e discordâncias sobre os denominados “escândalos” produzidos nas esferas do poder. Enquanto grande parte dos jovens com esta opinião já tenham desacreditado nas mudanças, Bárbara completa o pensamento. “Mas, ainda assim, acredito que tem alguém por aí fazendo algo que presta. Essa parte só não costuma ser muito divulgada”. Questionada se ainda assim gosta dessa ciência, foi direta. “Para ser sincera, não, mas sei que eu estou errada, porque é importante saber um pouco”. Com pensamento semelhante, Vicente Guimarães Serpa Vieira, 21, resume seu gosto pela política. “Tenho um pouco de interesse. Digamos que o suficiente para saber que o Brasil está do jeito que vemos porque as verbas não vão para os lugares certos”. Para ele, é necessária a renovação dos políticos. “Existem muitos jovens com condições de se candidatarem. Quem sabe, desta forma, as coisas mudam? Eu só me candidataria para presidente”, brinca ao explicar ser esta, a única forma de realizar grandes transformações. E a Bárbara? Um dia a veremos nas tribunas ou nos palanques? “Não, porque além de não gostar, a pressão nesse tipo de trabalho é ainda maior que nos outros e eu não saberia como lidar”, explica a jovem. Também com 21 anos, Matheus Cruz Sodré é presidente da “ala” jovem de um partido em Três Rios, portanto, apenas com essa informação, fica claro seu interesse pelo assunto. Ele explica o que entende por política de forma bastante particular. “É tudo aquilo que nos cerca, decisões, regras e até mesmo aquela puxadinha de saco na relação patrão-empregado. Para mim, é organização e, acima de tudo, arte e ciência”. Trirriense, mostra-se bem informado sobre o assunto em todos os níveis de

Parte dos jovens desacredita que mudanças possam acontecer governo e sente-se à vontade para opinar. “O federal tem evoluído a passos largos e nosso país tem conseguido estar em condições magníficas; no estadual há muito a ser feito, afinal, o estado é antigo e cheio de paradigmas a serem modificados; no municipal, posso resumir que a inovação, a experiência e a ousadia estão provando que conseguem andar juntas”. Ele acredita que, somando inovação e inteligência que têm com a sabedoria e a experiência dos mais velhos, os jovens podem dar nova forma à prática atual. “A juventude precisa estar presente para defender o futuro. É necessário aparecerem novos nomes para que possamos mudar e modificar nossa situação”, diz. Outra voz reforça o coro. “O jovem tem conquistado o seu espaço não só na política, mas, também, na iniciativa privada. Nós precisamos suceder nossos pais, nosso diretor, presidente, o patrão. Isso faz com que as coisas possam ser inovadas e melhoradas, aproveitando todo o gás que a juventude nos reserva. Isso é comum em todos os lugares e por que não na política?”. O questionamento é de Júlio de Souza Bernardes. Aos 24 anos, Canelinha, como é conhecido, é vereador em Paraíba do Sul e tem o título de um dos mais jovens eleitos no Estado do Rio de Janeiro. Como já deve ter ouvido por aí, algumas pessoas duvidam de profissionais recém-chegados ao mercado, por acreditar que são incapazes. Na política, como conta Júlio, não é diferente. “No início, tudo é mais difícil. Mas isso não tirou o meu estímulo, pelo contrário, quanto mais tentaram me atrapalhar mais eu quis mostrar que poderia fazer. Com o tempo as pessoas começam a te enxergar de outra forma”. O interesse pela vida pública partiu, primeiro, de dentro da própria casa, já que seu pai também foi vereador, mas, também, da escola. “Foi com os movimentos de grêmios estudanassineon.com.br

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COTIDIANO

“Com o tempo, as pessoas começam a te enxergar de outra forma e te respeitar” vereador Júlio de Souza Bernardes

tis que comecei. Esse é o maior formador de quadros da política. Temos diversos exemplos como Ulisses Guimarães, José Serra e Lindbergh Farias”, cita. Senador em exercício, Lindbergh confirma a importância das escolas e universidades na formação e inserção dos jovens no meio político. Embora já estivesse filiado a um partido aos 16 anos, foi durante a faculdade que se destacou. “Entrei para a Universidade Federal da Paraíba em um momento de agitação e efervescência política. Lembro que saíamos da aula direto para passeatas e eventos, isso entre os anos de 1988 e 89. Inicialmente, integrei o Centro Acadêmico de Medicina e, em seguida, o Diretório Estadual dos Estudantes da Paraíba. Nessa época, fui a um congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes) em Campinas, onde fui eleito secretário-geral”, conta. Lindbergh assumiu a presidência da União Nacional do Estudantes em 1992. Ele foi o líder dos caras-pintadas, que batalharam pelo “Fora Collor”, movimento político ocorrido naquele ano, onde milhares de brasileiros saíram às ruas

GRANDES MOVIMENTOS A juventude unida consegue realizar transformações no país, como aconteceu na época de Lindbergh Farias 94

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em passeatas para pressionar a saída do poder do então presidente da República Fernando Collor de Mello. Para o senador, hoje com 42 anos, a participação da juventude foi fundamental naquela decisão. “Os jovens foram a alavanca dos movimentos mais importantes da época. Fizemos mobilizações memoráveis, que reuniram mais de um milhão de pessoas”, recorda. Ele reforça, ainda, que o atual crescimento do país precisa do apoio da nova geração. “Nossa jovem democracia está amadurecendo. Hoje, vivemos um processo de mudança na sociedade. Acho que o país tem a chance histórica de dar um grande salto e virar, de fato, uma nação economicamente desenvolvida e socialmente justa. Participar deste processo, opinar, criticar, se manifestar é essencial para a própria existência de um Estado democrático de direito”, finaliza. Também de Paraíba do Sul, Tiago Martins tem apenas 19 anos, mas uma longa história na política. Aos 15 anos foi eleito no projeto vereador mirim do município; em seguida, deputado estadual juvenil; participou do parlamento do Mercosul em Brasília; foi presidente do Parlamento Jovem Brasileiro e, atualmente, é presidente de um partido em sua cidade. “É na juventude que a sociedade deposita as suas maiores expectativas por um futuro melhor, mas, infelizmente, também é neste segmento que encontramos mais ocorrência dos principais problemas da atualidade. Esta contradição entre a esperança nas novas gerações e a triste realidade do jovem gera a necessidade que o poder público e a sociedade civil construam espaços que escutem e respondam aos chamados da juventude”, diz. Sobre o afastamento dos jovens de temas políticos, ele entende o motivo. “A principal razão é o velho modo com que ela é feita. No entanto, a política nada mais é do que a discussão saudável com o objetivo de propor soluções para os problemas que a sociedade enfrenta”. Porém, Tiago começa a ver mudanças na relação da população com o tema. “Não é fácil criar uma nova consciência em pouco tempo, isso leva anos, mas uma coisa eu já percebo: a população está mais atenta, não se contenta mais com a velha

DÚVIDAS Júlio diz que no começo houve quem duvidasse de sua capacidade

e conhecida ‘política da dentadura’”, afirma ele, que cursa administração pública. Ligada às salas de aula e à política, Vanessa Souza da Silva é mestra em educação, doutoranda em língua portuguesa e atua como vereadora em Comendador Levy Gasparian. Ela aponta a importância da escola na preparação dos alunos para o exercício da cidadania, mas percebe um problema. “Não noto muitos jovens interessados em participar dos assuntos relacionados a essa ciência, o que é muito ruim, pois todos somos partícipes de tudo o que acontece em nosso país”. Procurado para comentar a ações em escolas municipais, visando a formação política dos adolescentes, não houve retorno por parte do secretário de Educação de Três Rios, Marcus Medeiros Barros. Joacir Barbaglio Pereira, presidente da Câmara de Vereadores de Três Rios, entende a opinião de jovens como Bárbara. “Todas as áreas têm bons e maus profissionais, por que na política seria diferente? O problema é que essa parte ruim ficou mais em evidência. Se ouvem falar que só têm ladrões e bandidos no poder, como imaginar outra situação?” Joa conta que os legisladores tentam tirar tal estigma e aproximar as ações da população, inclusive dos mais novos. “Temos ido às escolas levar informações, mostrar o que fazemos e convidá-los a assistirem nossas sessões. Porém, ainda assim, o resultado tem sido pequeno. Os jovens ocupam uma grande parcela do eleitorado, mas ainda são poucos en-


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“Não noto muitos jovens interessados em participar dos assuntos relacionados à política” vereadora Vanessa Souza da Silva

FORMAS DE APROXIMAÇÃO Joa vê falhas nos partidos políticos, que deveriam acolher os jovens

tre os candidatos”. Segundo ele, escola e família precisam ensinar, desde cedo, noções de como a política é feita e, indo além, encontra outro núcleo responsável por tentar aproximar os experientes dos renovadores. “Até os partidos têm certa culpa. Há alguns meses estou como presidente de um e ainda não recebi jovens

para filiação. Porém, também não fizemos convites ou divulgação. Isso precisa ser feito”, reconhece. Vanessa faz uma ressalva na generalização. “Nós temos pessoas sérias e bem intencionadas no poder. Ainda existem pessoas que não vendem ou trocam sua decência pelo poder ou pelos benefícios que advém dele. Não podemos generalizar nada na vida”. Ex-secretária de Educação de Comendador Levy Gasparian, ela compara a mudança que pode acontecer com a participação dos jovens a um momento histórico. “Na Idade Média, as pessoas achavam impossível mudar o poderio da Igreja Católica. Em 1517,

surge um homem aparentemente comum: Martinho Lutero. Suas ideias mudaram o mundo e acabaram com uma hegemonia. Ele é um bom exemplo de que a história é feita por pessoas que lutam pelos seus ideais e não se vendem. Se as pessoas de bem começarem a desanimar, pensando que não há como mudar, estaremos perdidos e só teremos no poder pessoas interessadas em seu próprio benefício. A mudança não é fácil, mas é possível”, finaliza. Já viu aquela campanha sobre o serviço militar? “Se você tem 18 anos, aliste-se”? O que acha de iniciar outra como: “Se você é jovem, transforme o país”? Se não quiser ser vereador, senador ou presidente da República, saiba, ao menos, quem colocar nestes postos e cobrá-los de forma correta. Aliás, 2012 é ano de eleições municipais. Caso não seja tão jovem, consegue recordar em quem votou na última eleição? Se a resposta for negativa, quem sabe seja hora de rejuvenescer para tentar, mais uma vez, amadurecer. Demais filhos da pátria amada agradecem.

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EU SEI FAZER

POR ALINE RICKLY

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Que rir é bom todo mundo sabe. Mas algumas pessoas esquecem os motivos para esbanjar felicidade devido à carência que os cerca. Idosos em asilos, crianças com problemas de saúde internadas em hospitais ou as que estão sozinhas em um orfanato. Para alegrar o dia dessas pessoas, um grupo de jovens de Paraíba do Sul criou o projeto “Risos de vida”, que visita instituições carentes e leva o melhor remédio para os pacientes, o sorriso!

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á pensou em visitar uma criança internada em um hospital? E em aparecer em um orfanato? Quantas vezes esteve em um asilo este ano? Na correria do dia a dia é difícil parar e se preocupar com pequenas atitudes, como a de gastar um tempinho para visitar instituições carentes. O trabalho, os estudos e os filhos já ocupam todo o tempo disponível. Entretanto, mesmo com as tarefas cotidianas, cinco jovens sul-paraibanos escolheram dedicar um dia para ir a lugares onde a maior carência é de atenção. E, para tentar preencher um pouco do vazio, vão fantasiados com a intenção de levar um sorriso a cada paciente. Jaleco, peruca, nariz de palhaço e

Para a enfermeira Jaqueline Lopes, uma simples visita com o intuito de olhar o outro e despir-se de preconceitos, pode auxiliar na recuperação de um paciente

muito bom humor. É assim que o jornalista Fernando Cesar, 23, a recepcionista Elisângela Vieira, 30, o agente de saúde Paulo Ramão, 24, a enfermeira

Jaqueline de Freitas Lopes, 24 e a recreadora, Cláudia Soares Rodrigues, 37, se vestem para transmitir alegria nos lugares onde visitam. O grupo, formado há um ano e meio, busca boas risadas. “O resultado é que saímos renovados, mesmo que esse sorriso dure apenas alguns segundos”, afirma Fernando. A Revista On acompanhou uma das visitas a um asilo em Paraíba do Sul e pôde comprovar a felicidade levada a cada um dos idosos. Nair Brígida dos Santos, 97, disse que adora quando tem visita no local e logo pergunta: “O que é isso na cabeça?”, referindo-se às perucas dos palhaços. Floriza Maria da Conceição, 74, afirma que está melhor no lar do assineon.com.br

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que em casa. Todos almejavam tirar fotos com os palhaços. Edevaldo Couto da Silva, 59, quis ver o retrato assim que foi tirado e pediu para levá-lo impresso para ele guardar. Alguns estavam sentados à mesa onde almoçam, outros assistiam desenho na televisão e a minoria repousava em suas camas. O grupo foi recebido de forma afetiva. No início, feições demonstravam a desconfiança. Alguns estavam assustados por causa dos trajes. Eles queriam saber o que era aquilo. Mas depois se familiarizaram e deram muitas risadas. Adilson Santos Oliveira, diretor do lar, explica que cuida de 37 pessoas com idades que variam entre 46 e 98 anos. “Eles ficam desamparados, então, quando chega alguém de fora, se alegram”, comenta. Adilson acrescenta que o abrigo recebe poucas visitas de voluntários. “Quem vem mesmo é a família, mas temos internos aqui que

GRUPO Fernando, Paulo e Elisângela vestidos com o jaleco e as perucas no asilo em Paraíba do Sul

DESCANSO Nilza Rodrigues, mesmo deitada, recebeu carinho dos voluntários 98

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EU SEI FAZER

ALEGRIA Um simples sorriso eleva a autoestima e causa a sensação de felicidade

não possuem mais ninguém”, explica. Os jovens já visitaram hospitais em Vassouras, Três Rios e Paraíba do Sul e têm planos para continuar com o projeto. “Nós começamos com a cara e a coragem. Vamos sem nada planejado. Quando chegamos e vemos a criança ou o idoso, surge a ideia de contar história. Eles nos abraçam porque estamos de jaleco, mas não vamos aplicar uma injeção ou um medicamento. É assim que surge o diálogo. Para eles, é gratificante demais, ficam muito felizes e, para nós, é uma sensação única, que não tem explicação”, garante Elisângela. Fernando conta que a finalidade é contribuir com o esquecimento dos problemas. “Nós sabemos que encon-

ATENÇÃO Aos 59 anos Edevaldo topa sair na foto, mas quer vê-la impressa depois

tramos essas pessoas nos momentos difíceis da vida”, diz. Quando aceitou participar do projeto, a enfermeira Jaqueline confessa que não tinha a dimensão do quanto esse trabalho mudaria sua vida. “Uma visita simples com o intuito de olhar o outro, de despir-se de preconceitos, pode auxiliar na recuperação de um paciente, seja qual for a idade”. Ainda de acordo com ela, presenciar os olhos brilhantes das crianças, ouvir suas risadas e saber que por algum momento contribuíram para que elas abstraiam a enfermidade, é compensador. Para a enfermeira, estar atenta ao outro com a intenção de proporcionar cuidado é um ato de amor. “O grupo é mais que um projeto, pois estamos unidos a fim de praticar um sentimento incondicional pelo ser humano”, destaca. A recreadora Cláudia Soares Rodrigues, conhecida como “baianinha”, já realizava trabalhos voluntários em instituições em Paraíba do Sul e Três Rios e foi convidada por Fernando a integrar o grupo “Risos de vida”. “Quando estamos nos lugares, dedico às pessoas todo o meu amor e carinho. Já chego com a fantasia de palhaço, brinco e abraço. Desta forma, é possível cativá-los mais fácil. Cada momento é uma lição de vida. Com certeza recebo muito mais do que levo, não sou eu que faço bem a eles, são eles quem me fazem bem”, enfatiza. Na opinião da psicóloga Letícia Rinaldi, o trabalho de voluntários em hos-


DIRETOR Adilson também se alegrou ao receber o grupo

INTERAÇÃO Para conversar, Fernando senta e dá toda a atenção aos idosos

pitais, orfanatos e asilos faz com que os internos saiam da rotina. “É uma forma de ajudá-los a enfrentar a doença, a solidão, entre outras coisas que os colocam para baixo e diminuem a vontade de viver, lutar e buscar um objetivo na vida”, explica. A psicóloga cita o benefício de um sorriso a partir da produção de endorfinas (antidepressivos naturais do corpo).

“Elas se espalham e dão a sensação de bem-estar físico e emocional. Quanto mais sorriem, maior quantidade de endorfina é liberada. Além de aumentar a autoestima, o que causa a sensação de felicidade, um simples sorriso não tem efeito colateral e não tem custo”, afirma. Para a assistente social Marise Agostinho, o trabalho feito por estes voluntá-

rios é muito importante. “Através de uma simples brincadeira, podemos trazer de volta os sonhos e o desejo de ser e ter uma vida melhor, mesmo diante de tantas adversidades. Um sorriso pode mudar atitudes, comportamentos e, também, ensinar a brincar”, acredita. A assistente social ressalta como diferencial a disponibilidade do grupo em fazer bem ao próximo sem qualquer interesse ou remuneração. “Vejo nesta equipe uma forma de valorizar o indivíduo pelo sorriso. Eles doam seu tempo e seu amor sem esperar algo em troca. Essa é uma atuação de extrema necessidade e gera um resultado positivo para essas pessoas que estão em hospitais, asilos ou orfanatos”, explica. A troca entre o grupo “Risos de vida” e os internos mostra que não é preciso muito para alegrar uma vida. Simples gestos, atitudes, um pouco de atenção e a demonstração de carinho fazem com que aquelas pessoas não se sintam tão sozinhas e, com isso, passam a estampar em seus rostos, belos sorrisos.

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SHUTTERSTOCK

SAÚDE

Corpo e mente em

equilíbrio POR ALINE RICKLY

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Fugir do sedentarismo e, ao mesmo tempo, aliviar dores lombares, corrigir a postura, aumentar a flexibilidade, o condicionamento físico e diminuir o estresse, parece milagre, mas é a sensação do momento. O pilates é a técnica responsável por esses feitos.

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SAÚDE

I

magine-se distante da agitação das academias, da música alta, da rapidez dos movimentos, da quantidade enorme de pessoas a todo instante. Agora pense em uma atividade oposta a tudo isso. Nada de se render ao spinning, a exercícios aeróbicos, musculação, corridas e a levantar muito peso. Agora é o pilates que vem para desmitificar tudo que foi visto até então, pois, é na calmaria das clínicas e dos estúdios, ao som de músicas tranquilas, que o método vem mostrar como é possível aliar o equilíbrio entre o corpo e a mente. O método foi criado durante a 1ª Guerra Mundial (1914-1918) pelo alemão Joseph Hubertus Pilates, cujo objetivo era se manter, junto com os companheiros, mais saudável durante o conflito. Na época, Joseph havia se tornado enfermeiro e passou a desenvolver estes exercícios usando as camas dos hospitais, cintos e molas para fortalecer os doentes. Assim, começou a criação dos primeiros protótipos dos aparelhos usados na técnica. Atualmente, os mais usados nas clínicas são: o Cadillac, feito para corrigir as necessidades individuais, estimular mudanças de desequilíbrios, favorecer o desenvolvimento da força, flexibilidade, mobilidade articular e estabilidade; o Universal Reformer pode agregar cerca de 100 exercícios em diferentes posturas para estabelecer movimentos constantes e fluentes;

FISIOTERAPEUTA Rodrigo Rabello é formado e autorizado a dar aula de Pilates 104 assineon.com.br

Influenciado pela yoga, zen budismo, artes marciais e atividades praticadas pelos antigos gregos e romanos, o método tem como princípio básico, mente e corpo sãos o High Chair, também conhecido como cadeira, ajuda pessoas com movimentações limitadas; e o Small Barrel, que contribui para o aumento da mobilidade da coluna, da cintura escapular e dos ombros, fortalecendo essas regiões. A prática pode ser realizada sem aparelhos, o que é chamado de Mat Pilates. Neste caso, faz-se o uso de bolas, molas e faixas elásticas de diferentes resistências e cores. À medida em que o aluno evolui, muda-se a cor da faixa e os tamanhos das molas. De acordo com o fisioterapeuta petropolitano Rodrigo Rabello, a técnica aplicada no solo utiliza a força do próprio corpo, às vezes mais difícil do que com uso de um aparelho. “O pilates não traz impacto nas articulações, sendo assim, é indicado nos tratamentos de coluna, postura (a fim de prevenir lesões), consciência corporal e respiratória, além de aliviar tensões e dores crônicas”, comenta. O fisioterapeuta acrescenta que esta é uma atividade que pode ser indicada para qualquer idade, desde crianças até idosos. “Um cadeirante, pacientes cardíacos, com patologias neurológicas, também podem praticar, desde que apresentem um atestado médico indicando as restrições do aluno”, adverte. O cardiologista Luiz Augusto Maciel Fontes, deixa claro: todo paciente, antes de procurar qualquer atividade física, deve consultar um especialista. “É necessário que seja feita uma avaliação para saber a faixa etária, o uso de medicamentos, as doenças pré-existentes, as queixas e objetivos daquela pessoa. A realização do exame clínico/ cardiológico pode levar à necessidade de se pedir um eletrocardiograma. O importante é colher um bom exame antes de liberar qualquer indivíduo para uma ati-

vidade, inclusive o pilates”, esclarece. A jovem Iara Castellani, 26, recorreu à técnica há um ano por não gostar de academias. “Eu era sedentária e, então, vi que precisava fazer algum tipo de exercício físico e a técnica me pareceu interessante. No estúdio onde pratico, as aulas são personalizadas, com apenas

CADILLAC Através do pilates, o aluno pode favorecer o desenvolvimento da força

ATIVIDADE O método é indicado até para bailarinas

UNIVERSAL REFORMER Um único aparelho pode agregar 100 exercícios diferentes


A jovem Iara Castellani era sedentária e achou a técnica interessante. Após um ano de pilates, afirma ter um melhor condicionamento físico e melhora da respiração dois alunos por horário. Hoje tenho um melhor condicionamento físico e melhorei também na parte da respiração”, conta. A fisioterapeuta trirriense Ana Paula de Souza, garante os resultados expostos por Iara. “A maioria das pessoas respira errado e o pilates ensina a maneira correta e devagar, que oxigena mais o corpo, além de proporcionar mais resistência, fortalecimento e ajuda a moldar, evitando também a flacidez”, expõe. Já a fotógrafa Ana Clara Silveira, 24, pesquisa clínicas que oferecem a prática. “Gosto do estilo dos movimentos dos exercícios. Não fui feita para ambiente de academia, não quero ficar repetindo as mesmas séries, puxando ferro, então, a melhor opção em minha opinião é o pilates”, acredita. A técnica se tornou conhecida mundialmente depois que Joseph abriu uma clínica nos EUA. Influenciado pela

APARELHO A High Chair permite que pessoas com movimentações limitadas possam se exercitar

yoga, zen budismo, artes marciais e atividades praticadas pelos antigos gregos e romanos, o método tem como princípio básico, mente e corpo sãos. De acordo com Solaine Perini, presidente da ABP – Associação Brasileira de Pilates, essa técnica é indicada para pessoas que estão buscando condicionamento físico, atletas de alto rendimento, bailarinos, idosos, adolescentes a partir de 12 anos e em casos de reabilitação. Também é recomendado para prevenir a osteoporose, eliminar ou diminuir o estresse, dores nas costas e dor crônica. Em gestantes também pode ajudar, no entanto, mulheres que nunca praticaram não devem iniciá-lo na gestação. Segundo Rodrigo, na gravidez é uma forma de preparação para o parto normal. Através da prática regular de pilates, os alunos podem comprovar uma melhora do equilíbrio e das respostas imediatas, assim como prevenção de quedas e maior controle de movimento (ocasionadas pela diminuição do Sistema Nervoso Central e seus neurotransmissores). “Há um restabelecimento do condicionamento muscular, articular, que diminuem gradativamente com a idade por causa das células e seu funcionamento, maior controle corporal nomeado, consciência corporal (perdido com a ausência da atividade física), além da melhora da autoestima, funcionamento dos órgãos

OBJETO A bola é bastante utilizada no Mat Pilates

PILATES As atividades no solo requerem maior força do corpo

BENEFÍCIOS A prática contribui para melhora do equilíbrio dos alunos assineon.com.br

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SAÚDE

O pilates é um dos exercícios que mais ganhou adeptos no mundo

ATIVIDADE Alguns exercícios são feitos com molas e bolas

THERA-BAND As cores das faixas mudam conforme a evolução do aluno

ADOLESCENTES Matheus e Luiz Paulo buscam a correção da postura e o fortalecimento dos músculos 106 assineon.com.br

internos bem como os sistemas cardiovascular (coração e circulação sanguínea) e cardiorrespiratório (coração e pulmões). A postura também evolui devido a todo este ‘alinhamento’ de músculos e articulações”, explica Solaine. Conforme explica o ortopedista André Pedrinelli, presidente do Comitê de Traumatologia do Esporte da SBOT (Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia), a atividade é um exercício dinâmico. “O pilates trabalha com cadeias motoras e com a distribuição de cargas até o membro superior. Por isso melhora a postura. É uma forma de agir com desequilíbrios e usar a musculatura na razão do que você precisa. Nos dias atuais, já vemos os hospitais sendo ampliados para disponibilizar estes serviços nas próprias unidades”, diz. Pedrinelli relata que os pacientes que são recomendados a procurarem o pilates são, geralmente, os que sofrem com desvio postural e dificuldade de equilíbrio. “É mais comum que pessoas acima de 14 anos pratiquem o exercício, mas não tem contraindicação”, informa. Vergínia Geovanini Onofre, 82, pratica o método há seis meses e não pretende suspender as atividades. “Optei pelo pilates devido às dores no corpo e no pescoço. Agora melhorou. Fiquei mais animada e acho que toda pessoa deveria praticar”, recomenda. Wiron Correia Lima, presidente da Sociedade Brasileira de Fisioterapia, afirma que a diminuição das dores está associada ao equilíbrio muscular. “Devido à potencialização efetiva há uma redução da dor a longo prazo. Porém, se falarmos em equilíbrio corpóreo, a redução pode ser a médio prazo devido a redistribuição de cargas sobre o eixo central da coluna vertebral”, descreve. Para Wiron, a presença de um fisioterapeuta é sempre válida para aumen-

tar a segurança da prática e reduzir o risco de lesões associadas. “É importante também saber lidar com doenças genéticas que a pessoa possua. No caso das neurológicas, dependendo do tipo e das disfunções, o paciente pode se beneficiar”, argumenta. Nos últimos anos, o pilates tem sido abordado na imprensa e é um dos exercícios que mais ganhou adeptos no mundo. Mas os profissionais da área acreditam que não é apenas modismo. Para Rodrigo, a técnica está no auge por ter o apoio dos médicos e trazer resulta-

JOVEM Iara acredita ter conseguido melhorar o condicionamento físico e a respiração em um ano de exercícios


ALUNA Vergínia, 82 anos, procurou a técnica há seis meses e pretende continuar as aulas

dos imediatos. “Entre um e dois meses, o aluno já começa a perceber mudanças no corpo e na mente”. Solaine acredita que este crescimento no país segue em

ascensão. “Com o aumento de pesquisas que vêm apresentando os efeitos desta prática nas funções do corpo humano e a sua influência na qualidade de vida dos seus praticantes, o método está em uma posição favorável em relação ao custo-benefício”. Ana Paula acredita que ainda é cedo para considerar como tendência do século, embora, tenha se falado muito no assunto. “Não posso dizer que é uma prática da moda, é além disso. Pilates é qualidade de vida em primeiro lugar. Costumo dizer que é uma atividade para casar, porque é algo para a vida toda”, defende. Mitos e Curiosidades

De acordo com a fisioterapeuta trirriense, o pilates não é indicado para perda de peso, diminuição de celulites e para ganho de massa muscular. “O que se ganha é resistência, fortalecimento. Para emagrecer o ideal são as atividades aeróbicas”, completa Ana Paula de Souza.

A atividade pode ser ministrada por fisioterapeutas, mas também por educadores físicos, como relata Solaine. “O pré-requisito básico para ser um profissional com formação no método Pilates pela ABP é ter graduação completa em fisioterapia ou educação física. Assim, estimula-se o ensino e a pesquisa com a prática. Em atividades de condicionamento físico, promoção da saúde e prevenção de doenças, os profissionais de educação física estão amparados pela resolução nº 201/2010, do Conselho Federal de Educação Física (CONFEF), que regulamenta esta prática com finalidade de exercícios de ginástica. Em contra partida, a atuação voltada à prevenção de doenças e também de reabilitação está regulamentada pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) na resolução n° 386/2011, que descreve as competências e obrigações destes profissionais utilizando o método Pilates”, esclarece.

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PUBLIEDITORIAL

SOLOS DE EDU ARDANUY ARREPIAM TRÊS RIOS FOTOS DIVULGAÇÃO

Guitarrista se apresentou em workshop promovido pela Music Station, ASK e Tagima

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oite de sexta-feira. Teatro, grande público, aplausos e solos de guitarra. No dia 27 de abril, a Music Station, em parceria com a ASK e a Tagima, promoveu um workshop com o guitarrista Edu Ardanuy em Três Rios. Com entrada gratuita, este foi, segundo os organizadores, o primeiro de muitos que virão. Considerado um dos melhores do país, Ardanuy está na estrada há mais de 20 anos e, entre outras bandas e projetos, mostra sua arte de tocar guitarra na Dr. Sin, formada em 1992. O músico, que tem como influências Deep Purple, Led Zeppelin, Jimi Hendrix e Eddie Van Halen, começou sua relação com os acordes e escalas através do irmão e de amigos. “Quando era mais novo, tocava oito, dez, até 12 horas seguidas por diversão, por isso fui me aperfeiçoando. Hoje não posso mais tocar todo esse tempo, tenho contas a pagar”, brinca Edu que, além de integrar a Dr. Sin e realizar workshops pelo país, dá aulas em São Paulo. Ele considera seu workshop como um “workshow”. “Toco uma série de músicas e, entre uma e outra, o público faz perguntas. As mais comuns são relacionadas aos equipamentos, influências, minha carreira, qual o caminho para compor. Esses encontros não são muito didáticos. Aula acontece na 108 assineon.com.br

ra oportunidade de ver o artista de perto. “Já assisti muitos vídeos dele no Youtube e o cara é bom mesmo”. Gabriel Cerqueira, 19, também estudante, estava entusiasmado com a apresentação. “Também toco guitarra e admiro muito o trabalho dele”. Music Station PIONEIRA A Music Station conta com amplo espaço para os músicos e profissionais do som

escola, o workshop é mais uma festa, onde o público me escuta tocando de uma forma mais intimista”, explica. O público, formado por pessoas de todas as idades, encheu o Teatro Celso Peçanha e assistiu aos solos que comprovam e explicam o porquê de Edu ser considerado um dos melhores. A primeira pergunta da plateia foi acompanhada por um pedido. “Queria que você tocasse o solo de Isolated [da Dr. Sin]”. E assim foi feito. Durante a execução, queixos caídos e olhos sem piscar. No final, assim como nas demais músicas apresentadas, todos se manifestavam com aplausos. Os motivos para estar ali eram resumidos em poucas palavras. Para o estudante Pedro Gonçalves, de 21 anos, foi a primei-

Desde 1998 na cidade, a Music Station é pioneira em artigos para músicos e profissionais do som. O crescimento, tanto em seu espaço físico como na quantidade de produtos disponíveis, é notável. A loja mais completa em artigos de áudio, conta com diversos modelos de todos os instrumentos musicais, indicados para iniciantes e profissionais, além de peças e materiais didáticos. Marcas como Tagima, Takamine, Tama e ASK estão disponíveis no catálogo, que conta com violões, guitarras, baixos, baterias, instrumentos de percussão, sopro e muitos outros. A loja do músico e do profissional do som é formada por uma equipe que entende do assunto e pode ajudar sua banda ou evento a não desafinar. E, para facilitar, compras podem ser feitas em até 24x no cheque ou carnê. Isto sim é um show! Rua Manoel Duarte, 14, loja 4 e 5, Plaza Center Centro - Três Rios – RJ Tel: (24) 2252-2951 www.lojamusicstation.com.br


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PUBLIEDITORIAL

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PAPO DE COLECIONADOR

ÁVIDO PELO SABER POR RAFAEL MORAES

FOTOS REVISTA ON

Na terra dos comendadores, apenas um impera cercado pelas flores. O nome bíblico lembra um profeta que, desde outras eras, ainda se reverbera. O número 13 é seu forte, pois lhe proporcionou muita sorte. Atinado a aprender, concentra em casa mais de 570 provas do seu saber. Pratica a caridade sem nenhuma outra vontade. Com a letra y ou i, os dois se aproximam pelo estudo que os fascinam. Em sua casa abriu as portas para que, de sua história, tomássemos nota.

E

le nasceu em 1944 e aos 68 anos coleciona certificados. A maioria chega quase que por acaso, são homenagens por trabalhos voluntários, palestras e orientações a pastores. O advogado Moysés Barbosa é embaixador, mantenedor e provedor da paz, títulos recebidos de entidades da França, São Paulo e Minas Gerais, respectivamente. Também é comendador, doutor honoris causa, conde e barão. Nascido na capital do estado, veio para Três Rios aos dois anos. Descen112 assineon.com.br

“Só me interesso por cursos que tenham a ver com o que eu faço” Moysés Barbosa

dente de italianos e portugueses, casou-se há 40 anos, com a, também advogada, Ivanir Maria Belisário Barbosa. Deste relacionamento, nasceram três filhos: Moisés, 38, Moysanir, 36 e Milene, 32. Evan-

gélico de berço, seus estudos se orientam a partir de sua religião. Bispo desde 2009 pelo ministério Evangélico Internacional, dom Moysés, como também é chamado, presta serviços voluntários de assessoria jurídica para igrejas e ministra palestras. A coleção, que hoje chega a 570 certificados, começou ainda no século passado. O primeiro, fora as formações colegiais, foi em 1960, um curso bíblico universal em uma instituição chamada “A voz da profecia”. “Quando comecei a me interessar mais por estudos antes de entrar na faculdade, fiz cursos à distân-


“O dia em que ele disse que iria pendurar tudo, eu perguntei: ‘pelo amor de Deus, quem vai limpar?’” Ivanir Barbosa, esposa

CERTIFICADOS O da direita garante sua aprovação no antigo ginásio, atualmente o 9º ano

cia, vários. Naquela época era por correspondência. Atualmente ainda faço, mas com pouca frequência”, explica. Apesar da quantidade, há um único requisito para que chame a atenção: “só me interesso por cursos que tenham a ver com o que eu faço, por exemplo: ministério evangélico, poesia, assessoria jurídica, jornalismo. Se for dentro da área que atuo, me interesso”, completa. Foi com

esse apetite e a oferta de temas que a coleção foi crescendo. A noção do montante que se formara surgiu de forma inesperada, quando, por ingenuidade, Moysés resolver colocar alguns certificados em molduras. “Estavam todos dentro de uma pasta. Quando comecei a selecionar fui verificar quantos quadros precisava fazer: na primeira remessa, teria que pedir 350. Fiz só 150 [risos] e o restante está guardado”, relembra. Para guardar parte da coleção, as paredes de sua casa no bairro Gulf em Comendador Levy Gasparian foram decoradas com as homenagens e registros de cursos realizados. “O dia em que ele disse que iria pendurar tudo, eu perguntei: ‘pelo

ACERVO O comendador folheia a pasta que guarda o restante da coleção

amor de Deus, quem vai limpar?’ [risos]”, revelou com bom humor Ivanir. “Ele sempre ajuda. É muito bom”, completou ao demonstrar orgulho pelas conquistas do marido. Com 40 anos de casado, marido e mulher esbanjam cordialidade mútua. Sobre ele, Ivanir só profere elogios. “Fico muito feliz. Sou até suspeita, mas sempre foi uma pessoa dedicada, estudiosa. Sempre

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PAPO DE COLECIONADOR

ligada à cultura. É advogado, pastor, aposentado, então tem uma vida dedicada ao estudo, ao conhecimento. Com isso, nos ajuda a crescer também”. RankBrasil

Em 2010, o comendador Moysés ganhou mais um certificado: o do brasileiro com maior quantidade de certificados em várias categorias. Na ocasião, tinha 416. O RankBrasil é o único sistema oficial de registro de recordes no país. A empresa atua há 12 anos com os principais objetivos: revelar talentos, valorizar as riquezas das mais diferentes regiões e gerar conhecimento. “Trabalho voluntário me gerou muitas homenagens e agradecimentos. Palestras em escolas, igrejas e formaturas, sempre sou chamado para fazer e isso gera um reconhecimento em forma de certificado”, justifica parte da coleção. Família

Com três filhos e uma neta, ele é um exemplo a ser seguido. O maior conselho ensinado aos herdeiros está relacionado ao conhecimento. “É preciso estudar, ler, tem que procurar se aperfeiçoar, não pode

ORGULHO Ivanir tem apreço pelas conquistas do marido

achar que só saber ler, escrever e ter letra bonita é o suficiente. Tem que acompanhar a evolução cultural, educacional em todos os aspectos. Tem que se especializar. Até conhecimentos gerais mesmo. Na internet, tem que aproveitar tudo de bom. O que não for bom, deleta”, aconselha. Sobre o conteúdo aprendido em seus estudos, diz sempre aplicar na vida pessoal, quase sempre de forma automática, natural. “O conhecimento é absorvido de uma maneira que passa a fazer parte

TROFÉU Ele veio acompanhado do certificado; mais um para a coleção

do seu dia a dia e você usa determinadas coisas que aprendeu e nem se lembra”, garante e acredita que o saber é uma ferramenta que transforma e deixa o ser humano mais versátil, além de proporcionar uma mobilidade para debater assuntos e discutir temas que surgem de repente. O derradeiro

COMENDADOR Esse é o documento que o confere o título 114 assineon.com.br

ESTUDANTE Moysés não pensa em parar de aprender

Foi possível determinar o primeiro certificado, mas difícil mesmo é saber qual será o último, pois vontade é o que não falta para o comendador Moysés. O mais recente foi sobre políticas e estratégia, concluído em 09 de dezembro, ministrado em Três Rios. “Ainda não tenho nenhum em vista. Não pretendo parar. Gosto de estudar, pesquisar...”, garantia interrompido pela próxima pergunta. Sobre os cursos que mais gostou, disse com a certeza de uma operação matemática: “adorei todos os cursos de teologia, esse que terminei em dezembro e o de direito”, aponta. Aposentado pelo Tribunal Regional do Trabalho, o bispo, quando não está estudando, gosta de proclamar a palavra de Deus e cuidar do jardim que possui em casa. “Isso alivia o stress que é uma beleza [risos]. Já tem até poesia pelo mundo, feitas por colegas que tomaram conhecimento através de imagens do Facebook.


ARQUIVO PESSOAL

ANIVERSÁRIO Da esquerda para direita, a nora Virgínia, filho Moisés, Moisanir, Ivanir, Moysés, a neta Lívia e a filha Milene na comemoração aos 68 anos do comendador

Eu quem cuido de tudo, podo, tiro o lixo e faço a manutenção. Uma vez por semana me dedico a ele”, diz orgulhoso. Para este jovem desbravador do conhecimento, a vida segue o curso sem se preocupar com tempo, pois, enquanto conquista novos títulos, surge uma ávida vontade de adquirir novos saberes, que,

para ele, funciona como o elixir da longa vida. Para esse comendador alquimista, conhecer o novo faz bem e fornece subsídios para ajudar o seu trabalho de aconselhamento em igrejas. Este poeta acredita que é o conhecimento que abre portas e traz novos certificados para essa coleção interminável.

MEDALHAS E TÍTULOS DO COMENDADOR

- Mérito Cruz de Cristo - Marcas da Cruz - Cruz Vermelha - Pavilhão Nacional - Armas da República - Armas de Porto Alegre - Mérito Cultural - Mérito do Trabalho - Rotary Clube - George Washington - Lions Clube - Sesquicentenário da Independência - Segurança do Trabalho - Mérito Maçônico - Comenda A. B. Christie - Ordem do Mérito Coroa Imperial - Transporte Ferroviário - Mérito Literário - Corpo de Bombeiros - Amigo do Escotismo - Sindicato dos Rodoviários (MG) - Presidente Getúlio Vargas - Mérito Desportivo - Mérito Jurídico - Mérito Jornalístico - Jubileu de Ouro (1ª vitória do futebol brasileiro na Copa do Mundo) - Martinho Lutero - Pedro II - 500 Anos do Descobrimento do Brasil

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KM LIVRE

VAI ÁLCOOL, GASOLINA OU

GNV? POR RAFAEL MORAES

FOTOS REVISTA ON

A dúvida enche a cabeça dos motoristas na hora de abastecer. Os preços variam muito e é o que, quase sempre, determina a escolha pelo produto. Neste cardápio, o gás surge como uma opção mais barata e a favor da natureza, mas ainda se cerca de incertezas sobre a preservação do motor. As opiniões se dividem, no entanto, na maioria das vezes, é o resultado na hora de acertar a conta com o frentista que é levado em consideração.

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E

conomia, alto rendimento e preservação do meio ambiente, esse é o sonho de qualquer motorista e o motivo pelo qual os empresários Alexandre Gumiere e Rafael Machado, além do locutor Lelis de Freitas, fizeram a conversão de seus automóveis para o GNV (Gás Natural Veicular). No entanto, adaptar o motor requer rigorosa manutenção preventiva. “Até o momento estou satisfeito, pois a economia já chegou a 70%. Meu carro fazia 6 km por litro de gasolina e agora rende, normalmente, 8 km por m³ de gás. Se levarmos em conta o valor de 2,85 da gasolina e 1,68 do gás, a economia fica muito grande”, revelou Alexandre. Rafael Machado adaptou três veículos da empresa de sua família. Segundo ele, a recompensa já não é tão atraente com o antes. “Hoje com o preço do gás próximo do preço ao do álcool e com a disseminação dos motores flex, a economia anda em torno de 30%”, avalia. Para o mecânico Cleiton Jeovane Onofre que trabalha com gás há nove anos, as vantagens são grandes e a evolu-

ção das peças para adaptação é constante. No local onde trabalha, há uma avaliação antes de ser instalado o kit. “É verificado cabo, vela, filtro de ar e as condições do motor. O carro tem que funcionar 100% na gasolina para que possamos adaptar”, explica. Ele acredita que se não fosse segura e vantajosa a conversão, não sairiam carros com gás de fábrica. A GM lançou, em 2004, o Astra Multipower capaz de rodar com álcool, gasolina e GNV sob o desenvolvimento da Bosch. Contrário a isso, a visão do chefe de oficina Marcelo da Silva Cleveland, que trabalha em uma concessionária autorizada em Três Rios, não é tão otimista sobre a conversão. Segundo ele, há um “desgaste prematuro do motor, ressecamento das válvulas, pistões, anéis de seguimento e pane na unidade de comando”. Quando é feita a conversão essa unidade recebe uma falsa ordem emitida pelo emulador que desliga os bicos para liberar o gás. De acordo com Cleveland, geralmente, nos autos adaptados, a vida útil desta central é curta, queima e sempre está com problema.

SATISTAÇÃO Lelis comprou um veículo já adaptado e se diz contente com a aquisição

Ainda assim, ele percebe um aumento de carros a gás na cidade. “Há bastante veículos adaptados, ainda mais depois da instalação de postos com GNV em

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KM LIVRE

VANTAGENS DO

GNV

O gás é usado como matéria-prima nas indústrias siderúrgica, química, petroquímica e de fertilizantes. O Gás Natural fornece calor, gera eletricidade e força motriz com a vantagem de ser menos poluente que outros combustíveis, como os derivados de petróleo e o carvão. Na área de transportes, tem a capacidade de substituir o óleo diesel, a gasolina e o álcool. Ele é uma mistura de gases extremamente leves, com aproximadamente 90% de metano. É encontrado na natureza associado ao petróleo, existindo também em poços. É considerado um combustível alternativo, mas não renovável. Entretanto, suas vantagens econômicas convencem os donos de veículos a optarem pela conversão, que varia entre R$ 1.400 e R$ 5.050.

Dentre os motivos para manter o motor ligado estão:

Um carro popular de R$ 24 mil que pagaria R$ 960 de IPVA, teria uma redução de 75%, o equivalente à R$ 720

A diferença do m³ do gás para litro de gasolina é de 42,81%. Para o álcool, o percentual chega a 27,87% Ainda é preciso levar em consideração a autonomia de 30%, ou seja, se um carro anda 10 km com um litro de gasolina, com 1m³ de gás, o mesmo carro percorreria 13km

* Os valores dos combustíveis foram baseados na síntese dos preços praticados no Estado do Rio de Janeiro entre 15/04 e 21/04/2012, divulgados pela ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis)

CONVERSÃO O carro de um cliente estava passando pela conversão na empresa em que Cleiton Jeovane trabalha 118 assineon.com.br

Três Rios”. Na empresa em que trabalha, já chegou a atender carros convertidos com o mesmo problema: “geralmente o defeito está em unidades queimadas, responsáveis pela falha constante do carro”, explica. Quanto aos riscos, Alexandre se diz preparado. “Já li sobre isso e percebi que o carro adaptado deve funcionar um pouco na gasolina e depois passar para o gás para manter um bom funcionamento do motor. Nessa geração cinco (tipo de kit indicado paro o carro dele), o veículo já faz a transição automática entre a gasolina e o GNV. Assim, não me preocupo com este detalhe”. Ele diz confiar no sistema, visto a aprovação pelos órgãos do governo. “Se estragasse o motor realmente, o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) não deixaria que os carros fossem convertidos”, defende ao apontar que as montadoras têm homologado convertedoras para evitar a perda da garantia do carro. “Acho que é uma questão de manutenção. Existem profissionais treinados

para a instalação do kit gás. A gasolina também exige manutenção. O motorista não deve temer a mecânica”, acredita o locutor Lelis de Freitas que diz economizar 60% no combustível. Ele comprou um carro de motor 2.0 já adaptado há sete meses e garante estar satisfeito. “Eu uso os dois tipos de combustíveis. Saio de casa e ando 1 km com o veículo na gasolina. Na estrada passo para o gás e a economia é muito grande, além do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores)”, explica sobre a redução do imposto anual que chega a 75%. No dia da entrevista, Lelis tinha levado seu auto para fazer uma revisão no equipamento de conversão. Gás, gasolina, diesel ou álcool, o importante é avaliar o custo benefício. O que se pode perceber é que a manutenção do veículo e o estado de conservação influenciam no bom ou mau funcionamento do kit gás. Entretanto, o que os motoristas querem mesmo é economizar na hora que o frentista perguntar: vai de álcool, gasolina ou gás?


km livre

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ESPORTE

Projetando

sonhos POR PRISCILA OKADA

FOTOS REVISTA ON

O devaneio da maioria dos meninos é ser jogador de futebol. Cide Clei também teve essa vontade. Os anos passaram e ele não virou jogador, mas dedicou a vida a projetos que tiraram jovens das ruas para buscar portunidades profissionais.

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C

om sorriso sempre estampado no rosto e amor ao esporte, Cide Clei Pacifico de Jesus sempre gostou do futebol. Nascido em Três Rios, morou longos anos no bairro do Triângulo, onde praticava o esporte com os amigos. Cide, como gosta de ser chamado, participava das partidas de futebol que aconteciam na cidade. O destino, em certo dia de jogo pregou-lhe uma peça: uma contusão o deixou impossibilitado de jogar por um tempo. Nesse período, surgiu uma oportunidade. “Comecei a tomar conta do time em que jogava”, lembra. O gosto pelo comando o fez criar seu primeiro time de campo, o CRB, treinado no campo da Ilha do Sola. Não demorou muito e foi convidado para atuar como técnico no Social Olímpico Ferroviário, quando dirigiu categorias infantis e adultas. “Além do Social, fui treinador do time infantil do Entrerriense Futebol Clube e campeão internacional com a equipe infantil do América”. O tempo passou e o técnico se encantou pela modalidade de salão. “Nessa época fui contratado para trabalhar como inspetor em um colégio católico em Três Rios. Muita gente talvez se lembre de mim desse período. Nele, criei torneios internos e trabalhei com equipes infantis e adultas”, recorda. Os anos se passaram e, mais uma vez, recebeu um convite que o fez sair da escola. “Fui chamado para ser treinador do time infantil de Paraíba do Sul, quando, pela primeira vez, assinaram minha carteira como professor de futsal”, lembra. Não pense que parou por aí. Cide ainda deu muitas voltas antes de aterrissar em terras trirrienses novamente. Mas, como nem tudo são flores, após longos anos de trabalho, o treinador foi pressionado por não ter formação na área. “Sem especialização, fui abordado pelo Cref (Conselho Regional de Educação Física), que impôs a todos os profissionais que atuavam como treinadores de modalidades esportivas a fazerem um curso para continuar a exercer a função. Nesse tempo, eu já tinha minha carteira assinada como professor pelo time de Paraíba do Sul”, disse. Com os

Cide Clei foi inspetor de um dos colégios mais tradicionais de Três Rios

dados, o conselho liberou uma carteira provisionada, que lhe deu o direito de atuar como técnico no futsal. “O Bernardinho, técnico da seleção brasileira, também possui essa mesma liberação, só que no vôlei”, informou. Há sete anos, Cide firmou uma parceria com o Clube Atlético Entre-Rios, onde possui um projeto infantil de futsal. Cerca de 100 crianças participam em dois segmentos. Um tem o objetivo de ensinar os princípios básicos do esporte e o outro de inserí-los em competições. “O aluno aprende na escolinha e, se eu perceber que ele está bem treinado e com habilidade, o encaminho para a turma de competição. No clube, eles pagam uma mensalidade para manutenção de equipamentos e, quando são convocados para competições, as despesas ficam por conta do projeto, que tenta arrecadar fundos com patrocinadores”, explica. Com esses jogadores, a equipe de Três Rios foi a primeira da cidade a participar do torneio brasileiro de futsal, em Cascavel. Eles jogaram pela Liga de Futsal do Rio de Janeiro e ficaram em segundo lugar no campeonato do Estado. Por motivos pessoais e falta de patrocinadores, o técnico ficou um ano afastado. Neste período, trabalhou em projetos comunitários dentro da cidade e promoveu amistosos em Juiz de Fora e Volta Redonda. No ano passado, a equipe voltou com força. “Participamos do campeonato internacional em Balneário Camboriú-SC, disputamos o campeonato Carioca e o ‘Tv Rio Sul’ de Futsal. Fomos eleitos como a equipe mais organizada, ganhei como melhor treinador e, apesar de não termos sido classificados, considero que fizemos uma boa campanha”, enfatizou. assineon.com.br

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ESPORTE

TREINOS Cide Clei orienta 100 alunos no projeto

Cide Clei foi inspetor de um dos colégios mais tradicionais de Três Rios

Durante a entrevista, alguns alunos chegaram para mais um dia de treino. Brenner da Silva Vieira, 10, era um deles. O atleta mirim, há quatro anos na escolinha, já participou de duas competições: “Tv Rio Sul” de Futsal e Rio Futsal. Segundo ele, o maior sonho é representar a cidade jogando em um grande time. “Quero muito realizar e o professor me ajuda bastante com isso”, resumiu com o elogio. O mais antigo dos alunos, Bruno Nascimento Vicente, 13, iniciou a prática junto com a formação do projeto, há sete anos. “Graças ao Cide, que me viu jogar em outro time, contra uma equi122 assineon.com.br

pe que ele treinava, hoje estou aqui. Na época eu não tinha técnica”, conta. Não é só de amigos e atletas infantis que o técnico pode se orgulhar. Anderson Calixto da Silva, 32, é auxiliar de Cide há dois anos e meio. Ele concorda com os alunos e conta como entrou para o grupo. “Meu sonho sempre foi trabalhar em competições grandes. Há 10 anos no futsal, fui chamado por Cide Clei para ajudá-lo nessa batalha,” lembra. Em relação ao amigo, Silva é só elogios. “Ele é engraçado, tem uma mente muita aberta e, por ter uma visão mais fria de jogo, me auxilia a lidar melhor nos momentos de competições”, completa. Dificuldades

A reclamação que se estende a diversos atletas brasileiros é, também, o dilema da equipe trirriense. “Nossa maior dificuldade está em conseguir patrocínios. Hoje até temos alguns, mas ainda são insuficientes para custear al-

PROMISSORES O treinador acredita no talento dos meninos Brenner, Bruno e Kauan


SONHOS Além dos campeonatos nacionais, a equipe trirriense já particiou do internacional em Balneário Camboriú

guns trabalhos. Estamos com planos de nos reunir com vários representantes possíveis contribuidores para conseguir um subsídio maior, que nos ajude a pagar a federação esportiva e a arbitragem”, adianta. O treinador conta que os gastos com aluguel, arbitragem e locomoção para cada partida são caros e difíceis de conseguir. “O campeonato começa em agosto. Até lá, temos que arrecadar R$ 5.000 para disputá-lo o campeonato. Tenho que agradecer aos pais dessas crianças, que fazem de tudo para ajudar”, desabafa. Além da financeira, outra dificuldade é comentada por ele. “Dependemos de condução emprestada para nos levar aos jogos. Infelizmente não temos um ônibus próprio. Esse ano temos a pretensão de disputar o campeonato internacional. Só precisamos do transporte para viabilizar nossa participação”, compartilha.

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ACONTECEU SHUTTERSTOCK

O crescimento do Shopping Américo Silva FOTOS DIVULGAÇÃO

Em julho de 2011 foi anunciada a expansão do empreendimento. Menos de um ano depois, os consumidores têm um novo ambiente para compras e lazer.

I

naugurado em dezembro de 2009, o Shopping Américo Silva iniciou uma nova etapa em sua recente e notável história em Três Rios. No dia 22 de março, foi inaugurado o segundo piso. Na primeira etapa, foram abertas duas lojas e um quiosque. Um dos lançamentos mais aguardados do primeiro semestre do ano, a loja de departamentos Leader Magazine iniciou suas atividades com distribuição de brindes e descontos. No momento da abertura, novos clientes já aguardavam para conhecer a loja e foram recebidos com festa pelos colaboradores da empresa. Com investimento de R$ 4,5 milhões e geração de 61 empregos diretos, esta é a primeira unidade da rede na região Centro-Sul fluminense. Hoje, já são 62 em todo o país. Quarenta e 124 assineon.com.br

três estão no Estado do Rio de Janeiro. A implantação da loja em Três Rios inicia o projeto de expansão não apenas do shopping, mas, também, da empresa, que pretende dobrar o número de unidades no Brasil até o final de 2013. Para o diretor comercial da Leader, Sérgio Griffel, a região está de portas abertas para a rede. “O Rio é uma praça em que, apesar de já estar consolidada, ainda há espaço para crescer porque há forte identificação do público com a marca”. Estiveram na inauguração o diretor de vendas da Leader, Carlos Eduardo Brunini, o diretor do Leader Card Frederico Tostes, e o diretor financeiro Guilherme Bastos. Américo Silva Neto, o empreendedor responsável pelo shopping, disse estar satisfeito com a rápida aceitação do pú-

A próxima etapa da expansão será inaugurada no segundo semestre blico ao novo local de compras e explica o processo de ampliação do projeto. “Hoje foram inauguradas a Leader, uma ótica e um quiosque de plano de saúde. As outras lojas estão em fase de construção. A próxima etapa começou a ser construída em abril e tem previsão de inauguração para o segundo semestre deste ano, quando entrarão em funcionamento uma academia, duas salas de cinema, várias lojas e quiosques”, destacou. O cinema em questão é o Cine Show,


CLIENTES No primeiro dia de funcionamento os visitantes fizeram compras na Leader

CRESCIMENTO DA REDE Foram investidos R$ 4,5 milhões na nova unidade e gerados 61 empregos diretos

ÓTICA Também com festa, foi inaugurada outra loja com produtos de qualidade e preços diferenciados

ESCADA ROLANTE A novidade levou curiosos de várias idades ao shopping

PLANO DE SAÚDE Um quiosque com o serviço está instalado no corredor do segundo piso

que chegará à cidade com duas salas, sendo uma com projetores 3D. O prédio ainda tem espaço para abertura de uma terceira. Júlio Cezar Rezende de Freitas, presidente do Sicomércio de Três Rios, também prestigiou a inauguração e comentou a chegada da Leader. “Estamos acostumados a receber grandes indústrias e, desta vez, é um empreendimento comercial. Ela é uma empresa de grande porte, tem origem no nosso estado e recebemos com prazer. A localização da cidade também é um dos fatores que atrai esses novos investidores, visto o acesso a duas importantes rodovias federais e proximidade com outras cidades da região”. Também em dia de festa, o empresário Tiago Tepedino explicou a escolha do segundo piso do shopping como local para a instalação de sua nova ótica. “Escolhi para atender esse público que vai até a Leader. Um dos diferenciais desta loja é o preço dos produtos. São menores e os produtos são de qualidade. O espaço que temos é maior, inclusive com área para as crianças”. Outra novidade para Três Rios foi a instalação da escada rolante Atlas Schindler, primeira deste modelo da região . Ela dá acesso ao novo pavimento comercial. No primeiro dia de funcionamento, atraiu olhares curiosos de adultos e crianças. Com rampa e escada de acesso, o local conta com um elevador da ThyssenKrupp, empresa alemã que é uma das líderes do segmento. Unindo-se ao Shopping Olga Sola, serão mais de 100 empreendimentos comerciais em um só espaço, quando todas as lojas estiverem em funcionamento. assineon.com.br

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VIAGEM CHECK-IN

SENSATION

WHITE POR BERNARDO VERGARA

FOTOS ARQUIVO PESSOAL

O evento é destinado aos amantes da boa música eletrônica que gostam do mix “som + estrutura grandiosa + gente bonita”. A franquia da festa Sensation White roda o mundo com apresentações e performances variadas, porém sempre com a característica dos trajes brancos exigidos para seus frequentadores. Dentre as festas anuais, o ponto alto é a edição de virada de ano, que em 2009 e 2010 foram realizadas na cidade de Düsseldorf, na Alemanha, onde tive a oportunidade de ver de perto e conto para vocês.

A

festa que foi idealizada no ano de 2000 na cidade de Amsterdã por dois irmãos. O início foi uma apresentação na Amsterdã Arena para aproximadamente 20 mil pessoas. No segundo ano, como forma de homenagear o irmão morto num acidente de carro, Duncan Stutterheim, proprietário da Sensation, pediu a todos os visitantes que comparecessem ao evento vestidos de branco. A ideia seria muito bem aceita por todos e os 40 mil ingressos postos a venda seriam vendidos, criando ali o nome “Sensation White” e uma das maiores festas de música eletrônica do planeta. Desde então, o evento viraria uma referência e rumaria para diversos outros países do continente europeu e, posteriormente, da América do Sul, levando a todos os amantes da música eletrônica os maiores DJs, as melhores performances e as tendências da música. Dentre os eventos espalhados durante o ano, a festa de virada de ano é a 126 assineon.com.br

cereja do bolo e, para essa importante data, tudo se torna ainda mais grandioso. Nos anos de 2009 e 2010, a cidade de Düsseldorf, na Alemanha, foi escolhida para sediar o evento.

EXPECTATIVA Amigos prontos para ir ao evento


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VIAGEM CHECK-IN

TUDO BRANCO Reunidos, o grupo curte a festa. A cor da roupa faz parte da decoração do evento

Düsseldorf Região Renânia do Norte | Vestfália Área 217 km² População 582.222 Data de Fundação Século 12 Densidade Demográfica 2.683 (hab. por km²) Temperatura média anual 8 °C

Quando ir

Dia 31 de dezembro, quando acontece a festa Como chegar

Voando de Lufthansa no trecho Rio x Dusseldorf, com escalas em Frankfurt. A passagem fica em torno de R$ 2.500 (ida e volta) Onde ficar

Hotel Radisson Blu Harbour, localizado na região central da cidade, 128 assineon.com.br

Já em 2011, por motivos que não foram muito bem explicados ao público, não tivemos a festa. Para 2012, espera-se que o evento de virada de ano retorne à cidade alemã. A festa, que não para de agitar as grandes capitais, acontece no mês de maio em Kiev, na Ucrânia, e Praga, na República Tcheca. Em junho é a vez de São Petersburgo, na Rússia; julho em Amsterdã, na Holanda; e setembro em Oslo, na Noruega. Esse privilégio foi dado ao Brasil também a partir do ano de 2009, quando uma parceria entre a Sensation e uma cervejaria deu o nome da edição brasileira de Skol Sensation e foi sucesso naquele ano, colocando 40 mil pessoas para balançarem o Anhembi, em São Paulo. Esse ano, a edição Brasil já tem data: 2 de junho. Em 2009, quando estava morando na cidade de Dublin, na Irlanda, tive a oportunidade de curtir a tão badalada Sensation de virada de ano em Düs-

seldorf. Partimos eu, Ludhi e mais três amigas rumo a Alemanha atrás daquele espetáculo. Quando chegamos à cidade, nos assustamos com um clima gelado e alguma neve. Era inverno europeu, mas, por outro lado, pudemos ver como uma cidade pequena recebia tanto calor de pessoas de vários cantos do mundo atrás de um único objetivo, a festa! Lá, conhecemos pessoas das mais diversas culturas nas ruas, nos bares e no hotel. Em todos os cantos onde passávamos, a pergunta era: “Sensation tonight”? E todos balançavam a cabeça positivamente. Eu tinha uma ideia do que veria aquela noite, mas confesso que, ao entrar naquela arena e me deparar com 40 mil pessoas vestidas de branco e dançando em uma vibe inexplicável, fiquei extasiado! Aquela foi “a virada do século’’. Aqueles que tiverem a oportunidade de curtir essa festa na edição de final de ano na Alemanha ou em qualquer outro país e data, não percam. A experiência é única!

com vista para o rio Reno. Diárias em quarto duplo na faixa de R$ 225

metros de altura para observar a vista da cidade e do rio Reno e desbravar a região de Kaiserswerth, que retrata bem as construções do passado de Düsseldorf

Onde comer

Na região chamada Altstadt há uma concentração de aproximadamente 260 bares e restaurantes, entre eles destacam-se o Im Gondenen Ring ( Burgplatz 21) e o Zum Schiffhen (Hafenstrasse) O que fazer

Subir a torre Rheinturm de 234

Antes de viajar

Turistas brasileiros não necessitam de visto para ficar na Europa por até 90 dias. Além do passaporte, com vigência mínima de seis meses, é obrigatório um seguro saúde internacional com cobertura mínima de 30 mil euros


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VIAGEM CARTÃO POSTAL

LÃO VALOR SEIO DE BA

IA PAS

U PAÍS TURQ

ROS

120 A 150 EU

POR DIEGO RAPOSO

QUEM NUNCA SONHOU VOAR? AR ENSA NO RECOMP es nos õ al b e as d Ver dezen te n e reend céus é surp

PRIMEIRO SUST O O tamanho dos panos no chão dão a dim ensão da grandiosidade do s balões

o chegem dos balões. A conta: la co de a u ce te on lavras, cal onde ac es já toma ra mim, não há paifiquem para o lo a surpresa pelo tamanho dos balõ que, assim como pa e, qu o nd ze di empl rteza omeço garmos, e expliquem ou ex pessoas e tenho ce que pafotos ou vídeos que. Acredito, ainda, que nenhum na cesta cabem 25 enderá com a proporção. Aquilo a forma a sensação que tiv rer sem experimentá-la, como eu, você se surpre panos no chão, de repente, tom instruleitor deveria morlugares para conhecer antes de recia um monte deos ver o quanto é grande! Após as amos a ro “100 e, só então, podeme decolagem e aterrissagem, começlevados aquele famoso liv ach ão sicas sobr gi os. Fomos morrer”. urquia, em uma ree), a apro- ções báar voo, sem trancos nem solavanc T da or ri te in no levant o São Jorg Tudo começa istem e nasceu o famosbul de avião. De cara, pelo vento! nd (o ia óc como disse, não exmetros ad e, ap s C ra m ho ta mada as Is du de e a as hora e mei mos deVoamos por qu ar a sensação. O balão sobe 800 ximadamente uma uma paisagem sempre tropical, so te árido. região, além do para explic acostumados comrar beleza em um local incrivelmen egar no palavras os ver toda a paisagem particular das as cores possíe podem 100 balões de todato a decolagem e, safiados a encont m ao nascer do sol e você precisa ch de a rc ce e l so do nascer quila quan Os voos acontece de para se programar. nos veis. A aterrisagem foi tão tranmos brindados com um espun va a da ci um à , or 30 ri 4h te s fo dia an , acho difícil dia, por volta da eiros pisamos no solo, Antes de nascer onela que encontramos os companh anhã assim que celebrar a aventura. Mesmo às 7hr ter realizado i po para da m pegou no hotel. Fo um pequeno café partimos mante recusar. Fico por aqui. Muito felizar? ra pa s do va le os , alguém a sonhou vo de aventura. Fom lo menos, 100 chineses, e, de lá Afinal, quem nunc o. nh pe , so m te co es o up em gr

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VIAGEM DIÁRIO DE BORDO

França Capital Paris Área 543.965 km² População 65,3 milhões Moeda Euro Fuso Horário GMT+1

Quando ir

Entre maio e agosto, pois é verão. Como chegar

Passagem aérea Rio X Madrid e Madrid X Paris (voos diretos Rio X Paris são bem mais caros) Onde ficar

Ficamos em hotéis 3 e 4 estrelas (pela agência de viagens) Onde comer

Comemos em lugares que achávamos charmosos e contemplavam a culinária local O que fazer

Sempre ter em mãos o mapa da cidade. As agências programam tempos livres e nestes, conhecemos de verdade o lugar. Metrôs e ônibus são as opções. Dica

Levar dinheiro extra, pois além dos suvenires, há também as visitações não programadas (Palácio de Versalhes: 8 Euros, Torre Eiffel: 13,40 Euros, Museu do Louvre: 10 Euros, Catedral de Notre Dame: 2 Euros, passeio de barco no Rio Sena: 13 Euros).

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Susana Mariana em Paris: viagem imperdível!

U

ma grande amiga na época e agora mais que isso, parceira inseparável de viagens, Andréa, disse que faria uma viagem internacional e me chamou para ir junto. Nunca, antes, havia pensado em tal feito. Na verdade, minha intenção era conhecer todo o Brasil, mas como nunca fecho portas às oportunidades, topei. O grupo, liderado por nossa “guia oficial” Francine, também contou com tia Geisa e, em Roma e Madrid, com Rafael e Mariane. Saímos do Brasil no dia 15 de julho e retornamos no dia 29 do mesmo mês. Foram 15 dias de “revisitação”. Digo isso porque tudo o que vimos e ouvimos nos reportou às aulas de história do antigo colegial. França, Itália, Espanha, Bélgica e Holanda: um banho de história e cultura. Nosso voo (de 10 horas) chegou a Madrid tranquilamente e o espetáculo começou aí: o imponente Aeropuerto de Barajas, onde fizemos conexão para Paris. Verão na Europa, chegamos a Paris à noite, debaixo de muita chuva e frio, nos hospedamos e mesmo o mau tempo não nos impediu de fazermos um reconhecimento dos arredores de onde nos hospedamos. Fomos ao Toka Sushi, onde jantamos. Demos muita sorte de encontrar esse restaurante com cozinha aberta, pois os parisienses, assim como verificamos depois, também os holandeses, jantam muito cedo e os bares e restaurantes ficam abertos apenas para bebidas. Noite de sono reposto, partimos para nossa incursão parisiense: cidade linda, limpa, organizada e muito, muito fria. Não só no clima, mas também nos olhares distantes de seu povo, nada acolhedores. O que sublima esse fato é a história que a cidade encerra e a mistura elegantíssima de classe e bom gosto. Começamos pelo Palácio de Versalhes (Château de Versailles) construção imponente e luxuosa no subúrbio de Paris e seus maravilhosos jardins. Precisaríamos de um dia inteiro para visitar os dois e como dispúnhamos de uma manhã, optamos


pelos jardins. Sem dúvida, a parte mais marcante do passeio. O lugar é imenso. É necessário preparo para andar. Ficamos exaustas e não conhecemos nem metade do lugar. A Fonte de Netuno é bela e deve ser visitada. Algumas horas são suficientes para nos encantarmos e nunca mais esquecermos este lugar cheio de bosques e labirintos verdes. No mesmo dia, visitamos o maior cartão postal da França, a Torre Eiffel, e conseguimos chegar ao topo, de onde a vista é inenarrável. Ponto mais alto de Paris: majestosa e altiva, como se toda a cidade sucumbisse a seus pés. O Arco do Triunfo e a Avenida Campos Elísios (Avenue des Champs-Elysées) são outros cartões postais da cidade. A avenida é um dos metros quadrados mais prestigiados da Europa! Tivemos o grande prazer de degustar um menu francês no restaurante-bar L’Atelier Renault nesta avenida! Numa das quatro noites, fomos a um dos bairros mais boêmios de Paris: Montmartre, onde há artistas de todo tipo. Lá, após subirmos num funiculaire (meio de transporte), conhecemos a Basílica Sagrado Coração (Basilique du Sacré Coeur). Toda feita em mármore branco. Bem no alto, silenciosa, observa a cidade. Assistimos a uma parte da missa que acontecia. Em Montmartre pudemos apreciar um paladar um pouco diferente, o kebab: uma espécie de sanduíche feito com carne de cordeiro assado que fica girando num grande espeto. Também visitamos: Museu do Louvre, Catedral de Notre Dame e fizemos um passeio de barco (Les Vedettes du Pont-

Vista inenarravel da Torre Eiffel

Neuf) pelo totalmente despoluído rio Sena e passamos pela Pont-Neuf (Ponte Nova) que é, apesar de seu nome, a ponte mais antiga de Paris, construída com pedras. Fizemos alguns passeios previstos pelo pacote da agência, mas em sua maioria ficamos por nossa conta. Com um mapa e bastante disposição para andar, dá para ir a qualquer lugar de Paris de metrô, que funciona muito bem e custa apenas um euro. Este é o resumo de cinco dias de viagem. Ainda falta contar sobre a visita a Bruges, Amsterdam, Roma e Madrid...

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A festa rolou no TR Folia 2012 18 mil pessoas estiveram no Estádio do Entrerriense nos dois dias do evento

N

os dias 4 e 5 de maio, 18 mil pessoas

Ivete sacudiu o público com toda a sua energia e

lotaram

o

seu carisma em quase duas horas de apresentação.

Futebol

Clube,

Estádio

Entrerriense e

Outro episódio que marcou a noite foi a participação

vivenciaram momentos de muita alegria

da personagem Chayene, interpretada por Claudia

e descontração na terceira edição do TR Folia,

Abreu na novela global “Cheias de Charme”. A atriz

uma das mais importantes micaretas da região. As

incorporou a estrela do forró e, junto com Ivete,

maiores expectativas giraram em torno da baiana

cantou e dançou no palco na gravação de uma

Ivete Sangalo, que abriu a festa. “Estou muito feliz

cena do folhetim. Os atores Bruno Mazzeo e Luiz

por estar aqui. Também sempre quis me apresentar

Henrique Nogueira, que dão vida, respectivamente,

desde o primeiro TR Folia”, disse ela ao saber que

aos personagens Tom Bastos e Laércio Migon,

os fãs queriam tê-la como atração logo na primeira

também estiveram no evento.

edição do evento, em 2010.

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em

do

Três

Rios,


No segundo dia, foi a vez do funkeiro Naldo e da

Levi mostrou que sabe mesmo dominar o palco.

banda Jammil e Uma Noites botar a galera para

Após os shows, a festa continuou rolando até

dançar. Com suas perfomance e músicas dançantes,

altas horas sob o comando dos DJs. No camarote

Naldo não deixou ninguém parado e cantou seus

Premium, a animação ficou por conta de Vinícius

principais hits. Depois de se apresentar no TR Folia

Magalhães e Michel Souza. No camarote W!One, o

em 2010, o Jammil retornou ao evento, agora com

público dançou ao som de Sandro Valente, Lara Luz

a nova formação, que conta com o vocalista Levi

e Rafael Nazareth. Já no lounge da pista, Lucas Gaia

Lima. Juntamente com o veterano Mano Góes, um

e Blade agitaram todas.

dos fundadores do grupo, Fotos: Richard Play / Wanderson Monteiro

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ESPAÇO FESTAS

Maria Fernanda & Tiago Data 21/01/2012 Cerimônia Matriz de São Pedro e São Paulo Recepção Espaço Livre

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FOTOS FLÁVIO DUARTE


M

aria Fernanda e Tiago com muita dedicação do casal. “Os detaestão juntos há oito anos. lhes fazem toda a diferença”, afirma. EnO primeiro encontro tão, no dia 21 de janeiro de 2012, aconteaconteceu em uma festa ceu a troca de alianças. O casal escolheu junina em Juiz de Fora, onde moram modelos da Vida de Noiva para a cerimôatualmente. Ambos empresários, co- nia. Maria Fernanda usou um vestido da meçaram o matrimônio do outro lado coleção Nupcial de Porto (Portugal) by do oceano. “Quando éramos namora- Vida de Noiva, em cetim italiano drapedos, fomos para Portugal. Depois de ado no corpo. Mantilha em tule e renda um ano que estávamos lá, nos casamos na conservatória, que tem o mesmo significado que o civil aqui no Brasil”, explica Maria Fernanda. A ida para a terra de Cabral aconteceu porque ela é descendente de portugueses e os dois tinham vontade de conhecer o país e a cultura. Foi uma fase que durou quatro anos. Lá, o casório aconteceu no dia 17 de janeiro de 2007. “Mas sonhávamos casar na igreja no retorno ao Brasil, e assim fizemos”, conta. Parte da família dela é de VIDA DE NOIVA Paraíba do Sul e a de Tiago Maria Fernanda usou é de Juiz de Fora. “Resolveum vestido em cetim mos, de comum acordo, que drapeado no corpo o casamento seria realizado em Paraíba do Sul, onde fui criada”. A escolha pela Matriz de São Pedro e São Paulo tem francesa bordado em cristais. Acessórios uma justificativa. “Fiz minha primeira em Madreperola e cristal também da comunhão nela, esse foi um dos moti- Vida de Noiva, confeccionados em Belo vos”, revela Maria Fernanda. Horizonte. Para a festa, um lindíssimo Os preparativos para o grande dia fo- vestido curto em gazar de seda. A dama ram resolvidos com a ajuda da família e de honra foi vestida por Lurdinha Noi-

vas. O cabelo e maquiagem da noiva foram produzidos por Lulu Cabeleireira. A noiva afirma que não houve correria, pois tudo estava pronto no dia mais esperado pelo casal e o nervosismo foi menor que o imaginado. “A entrada foi a hora mais aguardada. Estava tão feliz de ver as pessoas de tão longe compartilhando o momento mais importatnte das nossas vidas. Outro momento emocionante foi quando passou um vídeo com nossas fotos”, relembra. O telão, assim como a filmagem e a fotografia, foram da Multimagem Foto & Vídeo. A recepção aconteceu no Espaço Livre Eventos, em Werneck. “É um salão rústico e bem estruturado. Quando conhecemos, nos identificamos, afinal, o ambiente era tudo o que procurávamos”. Com som e música da Sonorização e Iluminação Andrade, a beleza da noite também estava na decoração da Gizarte Buffet, responsável, ainda, pelo bufê, bolo e doces. “A festa, para 150 convidados, foi maravilhosa, a decoração ficou linda, superou nossas expectativas”, afirma. A lua de mel de Maria Fernanda e Tiago foi em Amsterdã, na Holanda, ou melhor, começou lá. “Sempre tivemos vontade de conhecer, mas passamos, também, por Londres e Estocolmo. Foi uma viagem romântica de sete dias”.

ESPAÇO LIVRE O ambiente rústico e aconchegante atraiu os noivos

MATRIZ DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO A chegada na igreja foi um momento emocionante para a noiva

GIZARTE Decoração uniu o branco aos tons alaranjados

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PUBLIEDITORIAL

FAZEMOS PARA

VOCÊ FOTOS JCLICK

Praticidade e conforto na hora de realizar um casamento, festa de 15 anos ou um simples café da manhã é o sonho de todo cliente. Todos estão em busca de suporte para que tudo saia como planejado. Para isso, profissionais especializados se encarregam de cada detalhe do evento e garantem a segurança, comodidade e satisfação do contratante.

C

om a correria do dia a dia, realizar uma festa, seja de casamento, aniversário de 15 anos ou até mesmo uma simples comemoração, pode se tornar um “bicho de sete cabeças”. Os detalhes a serem pensados, vão do bufê à decoração, sem mencionar a fotografia, filmagem e segurança. Para solucionar estes problemas, surgem os profissionais especializados que dão todo o apoio necessário antes e durante a organização do evento. Passou a ser comum, por exemplo, a contratação do cerimonialista, profissional que presta assessoria e consultoria em eventos sociais e corporativos, além de auxiliar a coordenação da festa. Os principais benefícios, quem explica é o cerimonialista Flávio Barbosa. Na opinião dele, agilidade, comprometimento e satisfação são garantidos ao cliente. “No dia do evento, disponibilizamos uma equipe que acompanha a preparação do espaço e controle dos demais serviços contratados”, diz. Quanto ao preço, Flávio diz que depende do evento, do local onde será realizado e do número de profissionais envolvidos no dia. Na equi-

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Os detalhes a serem pensados, vão do bufê à decoração, sem mencionar a fotografia, filmagem e segurança pe, constam recepcionistas, seguranças e zeladores uniformizados e com rádio intercomunicador. “Em média, custa R$ 1.500 um evento em Três Rios para 200 convidados”, afirma. Adriane Guerra, responsável por um bufê em Três Rios, acredita que a contratação deste serviço é a melhor forma do cliente ficar despreocupado. “Trabalhamos com produtos de alta qualidade, preparamos em ambientes seguros, higienizados, além de a equipe ser treinada para atender, com atenção e respeito, às necessidades do cliente”, destaca. Para Adriane, o atendimento personalizado garante a segurança necessária e confiabilidade que somente


DETALHES O decorador se preocupa com cada item para que toda a festa esteja em harmonia

DIVISÃO A localização de cada detalhe faz toda a diferença

os especialistas do ramo podem oferecer. A profissional realiza aniversários de 15 anos, casamentos, coquetéis empresariais, festas infantis, inaugurações, cafés da manhã, entre outros. Além disso, Adriane também oferece comidas típicas, como japonesa, árabe e mineira. A contadora Luciene da Silva Teixeira organizou a festa de 15 anos da filha no ano passado. Para ter tranquilidade, optou por contratar profissionais que se responsabilizaram por garantir que tudo saísse como o planejado. “Já conhecia o trabalho do Flávio Barbosa

e, por isso, contratei, também solicitei o bufê da Adriane Guerra. A execução dos serviços me agradou muito, saiu tudo como planejado. Fiquei satisfeita e foi um dia inesquecível”, comenta. Júlia Lessa Rodrigues casou recentemente e aderiu aos especialistas. A opção pelo Flávio veio de encontro à necessidade de ficar mais à vontade no grande dia. “Também optei pela EDM Digital Vídeo para fazer a filmagem. Fiquei encantada com o trabalho deles. A fotografia foi feita pela Jclick. O bufê da Adriane atendeu a tudo o que pedimos.

CRIATIVIDADE Um bar descontraído com luzes de neon

Sem contar a beleza da decoração da recepção feita pelo Luciano Reis”, contou. A empresária Claudia Duarte Lima solicita o trabalho da Adriane em todas as festas. “Ela sempre organiza porque eu confio no talento dela. Ela sempre tem uma surpresinha e faz além do combinado”, comenta. Para quem está organizando uma festa, as bebidas também são essenciais. Um bar descolado faz com que o evento fique ainda mais perfeito. A Jpetrusbar presta um serviço característico. “Um bar com leds e neon é um dos nossos

DECORAÇÃO A presença das flores na igreja dão um toque especial no grande dia

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ADRIANE GUERRA

PUBLIEDITORIAL

CANTINHO MINEIRO A contratação de uma empresa especializada garante a tranquilidade no dia do evento

diferenciais”, acredita o responsável José Petrucio Bezerra da Silva. A empresa disponibiliza uma carta de drinks tropicais, máquina de frozen, caipirinhas com as frutas da época e caipivodkas. “Também levamos drinks sem álcool para as crianças e os adolescentes”, diz. José Petrucio conta que também tem como opção pirofagia, tequileira e bares temáticos. Para ficar bonito e aconchegante, o decorador Luciano Reis auxilia o contratante. “Ajudo desde a escolha das forminhas de doces aos arranjos da festa. Fico atento a tudo que possa in-

VISUAL Decoração caprichada impressiona convidados 142 assineon.com.br

CONJUNTO A integração entre os elementos proporcionam um belo evento

terferir na decoração, seja na cerimônia ou recepção. No caso de um casamento, meu objetivo é que a noiva tenha a sensação de estar em um conto de fadas”, destaca. O fato de escolher um decorador, segundo Luciano, é fundamental, porque ele é o profissional que tem experiência. “Sabemos o que dá e o que não dá certo em uma festa. Sem contar que o trabalho tem harmonia e está dentro das tendências do momento, o que garante a escolha certa. Para não ter erro, faço um projeto e posiciono tudo para que o cliente saiba o que esperar.

Isso os deixa mais tranquilos”, ressalta. Outra questão importante em uma comemoração é a sonorização. Para resolver este problema, a HS Sonorização presta um serviço de qualidade. Marcos Veríssimo Oliveira de Aguiar é o responsável pela luz e som de eventos e shows. “O cliente contrata porque tem a certeza da seriedade e o cumprimento de tudo o que foi combinado, além da garantia de profissionais qualificados”, diz. Marcos fornece equipamentos com uma grande variedade de preços. Uma comemoração, pequena ou não, merece ser registrada. Para isso, Rodrigo Vieira e Juliane Vieira, do Stúdio Jclick eternizam cada movimento. “A fotografia é a maneira de guardar um momento único e especial”, diz Rodrigo. De acordo com o fotógrafo, os clientes chegam através de indicação, propaganda ou até mesmo pelo site ou rede social. E para tentar reviver um momento, um bom filme é a dica ideal. A fim de proporcionar prazer e emoção, a EDM Digital Vídeo atua há 20 anos como produtora especializada em filmes de casamento. O resultado é um produto exclusivo para cada cliente. Depois de contratar os profissionais, o ideal é relaxar, aproveitar a ocasião ao som de uma boa música e, ainda, degustar uma boa bebida, beliscar um delicioso aperitivo, desfrutar de uma bela decoração, aparecer no vídeo e ser fotografado para guardar para sempre os melhores momentos.


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SABORES

INGREDIENTES

Escargot Bourguignon Carne magra de baixo teor calórico e fácil digestão. Possui um sabor típico. A receita mais famosa desse molusco foi criada por Caréme para a nobreza francesa.

220g de manteiga 3 colheres de salsa picada 2 dentes de alho amassados 1 cebola picada, sal e pimenta a gosto. Casca de limão ralada. 40 escargots 40 conchas

PREPARO

Pré-aqueça o forno. Misture a manteiga, salsa, alho, cebola, sal e pimenta. Por último, raspas de casca de limão. Coloque um escargot em cada concha e cubra com o molho de manteiga. Forno por 10 minutos. Sirva com pão e a manteiga de alho. Serve quatro pessoas. Acompanha bem um vinho tinto encorpado.

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SHUTERSTOCK

ercado de mistérios, desinformação e preconceitos, o escargot atravessa a história juntamente com os homens. Entretanto, sua carne é uma das iguarias mais apreciadas da cozinha francesa. Seu consumo se espalhou por todo o mundo e é sinônimo de requinte. Foi Antonin Caréme, grande chefe francês, o verdadeiro precursor do uso dos caracóis, na fina gastronomia francesa. É uma carne magra, de baixo teor calórico e fácil digestão. Possui um sabor típico, que alguns consideram melhor do que o das ostras. A receita mais famosa desse molusco foi criada por Caréme para a nobreza francesa: “Escargot Bourguignon”, assados na própria concha, com molho de manteiga, alho e ervas. No Brasil, o escargot ainda é pouco consumido, sobretudo por ser muito caro, por não termos tradição de consumo desse molusco e, também, pelo fato de serem recentes nas indústrias de conservas. Em geral, os moluscos comercializados por aqui são importados. Normalmente, vêm em latas, apenas com a carne e são colocados dentro do próprio caracol para o preparo e servir. Contudo, a produção brasileira, embora ainda pequena, já apresenta uma carne de qualidade, que você encontra em bons fornecedores, em geral, congelados. No entanto, também é possível adquiri-lo fresco e vivo. Comê-lo é uma questão de vencer preconceitos e de ter informações corretas sobre as propriedades alimentícias de sua carne e as formas de prepará-la. Existem muitas receitas que utilizam o escargot como ingrediente como omeletes e qui-

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ches, por exemplo, mas a mais tradicional forma de degustar essa deliciosa iguaria é com manteiga aromatizada. Prepare um molho à base de alho, salsa, manteiga, noz-moscada e ervas aromáticas como herbes de provence, estragão, tomilho, segurelha e outras. Coloque um pouco do molho dentro da concha antes de inserir a carne do escargot e, depois, cubra com mais molho de manteiga. Em seguida, arrume-os com a abertura da concha para cima em um prato refratário especial, com pequenas cavidades próprias para acomodar o caracol. Se o caracol vazio não for encontrado, pode-se acomodar a carne do escargot e o molho em cogumelos grandes, com o talo cortado, virados com a parte côncava para cima. Ponha no forno bem quente e depois de sete

minutos leve diretamente para a mesa. Para comê-lo, há talheres especiais: uma pequena pinça na mão esquerda segura o caracol enquanto a carne é retirada, com um garfo de dois dentes curvos, de dentro da casca. Em seguida, mergulhe-o na manteiga derretida e coma. A quantidade mínima por pessoa é de meia dúzia. O pão branco (a tradição francesa manda limpar o molho do prato com o pão) e o vinho tinto são apropriados para acompanhar um molho tão ativo e aromático.

Luiz Cesar Apresentador do programa Papo Gourmet, no Canal 5 luizcesarcl@uol.com.br

JCLICK

Bernadete Mattos Consultora graduada em gastronomia bemattos1@gmail.com

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GUIA

Música

H KM.4

á sete anos na estrada, sendo os seis primeiros com o nome de Signos, a Banda KM.4 completa o primeiro ano de sua nova fase. Em sua formação estão Linyque Vieira (vocalista e guitarra base), Marcus Mattos (guitarra solo), Diego Novaes (contrabaixo) e Alan Vieira (bateria). Com o estilo pop rock, as influências musicais são ecléticas: Jota Quest,

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Detonautas, Tim Maia, Roberto Carlos, Paralamas, Raimundos, Nando Reis, Zé Ramalho e Guns N’ Roses. O som dos rapazes já chegou a diversas cidades da região, como Três Rios, Levy Gasparian, Volta Redonda, Juiz de Fora e, indo mais longe, em Guarapari, no Espírito Santo. Na discografia de demonstração, que não foi comercializada, gravaram shows na Três

Rios Expo Fest e na Eco Levy. Atualmente, a banda finaliza o primeiro CD, “Meu mundo”, com 10 faixas inéditas, já gravadas. O lançamento está previsto para acontecer ainda este ano. O clipe da primeira música de trabalho deste álbum já está disponível na internet e o site oficial em fase de finalização. Para ouvir, acesse: http://www.bandakm4.com.br e http:// www.facebook.com/kmquatro


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