FB | Revista On Três Rios #11

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#11 Direção Felipe Vasconcellos (felipe@fiobranco.com.br) Financeiro Sabrina Vasconcellos (sa@fiobranco.com.br) Juliana Brandelli (juliana@fiobranco.com.br) Edição Rafael Moraes (rafael@fiobranco.com.br) Redação Aline Rickly (aline@fiobranco.com.br) Frederico Nogueira (frederico@fiobranco.com.br) Novos negócios Três Rios: Ana Carolina Travassos anacarolina@fiobranco.com.br (24) 8843-7944 Petrópolis: Bárbara Caputo barbara@fiobranco.com.br (24) 8864-8524 Portal: Tamiris Santana tamiris.santana@fiobranco.com.br revistaon.com.br Criação Felipe Vasconcellos (felipe@fiobranco.com.br) Robson Silva (robson@fiobranco.com.br)

Editorial

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á sempre uma surpresa quando toda a redação se envolve na vida dos personagens de capa. Desta vez foi a humildade de um grande empresário de Três Rios que nos conquistou. Entre os desencontros entre nós e a agenda de Marco Aurélio, uma reunião desmontou toda a imagem aparentemente sisuda, quando no primeiro minuto de conversa, em seu escritório na avenida Condessa do Rio Novo, o sorriso se fez constante em eu rosto. Foi assim que aquele empresário totalmente racional e sério deu lugar ao homem humano que se preocupa mais com os outros do que consigo. Todos os detalhes dessa inspiração trirriense estão entre as próximas páginas. Marco Aurélio não tem nada a ver com eleições, apesar de já ter sido convidado a disputar cargos, mas, neste período eleitoral, é inevitável não contribuirmos com o evento que vai implicar diretamente com o futuro da cidade nos próximos quatro anos, por isso, preparamos um conteúdo especial no sentido de ajudar os leitores escolherem seus candidatos. Ainda nesta edição tem um alerta sobre o câncer de mama, autismo e os perigos de comer nas ruas. As mulheres que praticam o balé em idade adulta também foram registradas para trazer a sutileza dessa dança e equilibrar com a garra do time do América que, com muita dificuldade, chegou à série B do campeonato Carioca. Parece muito! Tem muito mais. Surpreenda-se nas próximas páginas. Boa leitura!

Estagiário Neílson Júnior (neilson@fiobranco.com.br) Colaboração Bernadete Mattos (bemattos1@gmail.com) Bernardo Vergara (bernardo.comercial@hotmail.com) Diego Raposo (contato@diegoraposo.com) Euler Massi (eulermoraes@gmail.com) Fernanda Eboli (fernanda@dafilha.com.br) Helder Caldeira (helder@heldercaldeira.com.br) Heverton da Mata (heverton@fiobranco.com.br) Leonardo Muniz (leonardo.sauer@hotmail.com) Leticia Knibel (leticia.knibel@fiobranco.com.br) Luiz Cesar (luizcesarcl@uol.com.br) Oneir Vitor (oneirvitor@hotmail.com) Priscila Okada (priscila_okada@hotmail.com) Roberto Wagner (rwnogueira@uol.com.br) Foto de capa JClick (www.jclick.com.br) Distribuição Gratuita e dirigida em Três Rios, Paraíba do Sul, Areal e Comendador Levy Gasparian. Também à venda nas bancas. Tiragem 3.000

Fiobranco Editora Rua Prefeito Walter Francklin, 13/404 | Centro | Três Rios - RJ | 25.803-010 Telefone (24) 2252-8524 E-mail sac@revistaon.com.br Portal www.revistaon.com.br Impressão WalPrint


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Índice 12 Opinião 23 Online 28 Cultura 32 Negócio 44 Mercado de trabalho 47 Comportamento 62 Mix 64 Moda 66 You fashion 72 Inspiração 80 Eu sei fazer 83 Saúde 99 Cotidiano

117 Especial Eleições 138 Aconteceu 140 Viagem 150 Espaço festas 152 Sabores 154 Guia

ANDRÉ LUIZ PEREIRA NUNES REPRODUÇÃO WIKIPÉDIA

106 Km livre 110 Esporte

72 54 JCLICK

103 Papo de colecionador


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OPINIÃO

Sem máscara

Deus não quer cópias de Moisés e Elias, mas pessoas que O enfrentem cara a cara sendo quem são, deixando de lado suas máscaras

Roberto Wagner rwnogueira@uol.com.br

Roberto Wagner Lima Nogueira é procurador do município de Areal, mestre em Direito Tributário - UCAM-Rio, professor de Direito Tributário da UCP – Petrópolis – e colunista da Revista On.

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á coisa de dias encontrei com Bruno numa esquina da cidade. Todavia, isto não vem ao caso, o que importa, leitor da Revista On, é a história de Bruno (Luiz Felipe Pondé, “Meu inferno mais íntimo”). Prestes a finalizar seu curso na universidade, Bruno entrou em crise existencial, qual o sentido da vida? Um amigo indicou-lhe um psiquiatra. Na primeira sessão, Bruno relatou seus dramas. Assim, se passaram muitas sessões, reclamação de um lado e silêncio do outro. Certa feita, Bruno tirou do bolso um papel e leu um conto para o psiquiatra que era mais ou menos assim: - Um jovem rabino, angustiado com o destino de sua alma, conversava com seu mestre, mais velho e mais sábio, e assim o perguntava. “O Senhor não teme que, quando morrer, será indagado por Deus do porquê de não ter conseguido ser um Moisés ou um Elias? Eu sempre temo esse dia”. - A minha angústia, doutor, está na resposta do mestre que foi assim: “Quando eu morrer e estiver na presença de Deus, não temo que Ele me pergunte pela razão de não ter conseguido ser um Moisés ou um Elias, temo que Ele me pergunte pela razão de eu não ter conseguido ser eu mesmo”. - o que você extrai disso que me leu? - sei lá doutor, pensei que você iria me explicar, e você me vem com mais perguntas! Por hoje tá bom Bruno. Chegando em casa Bruno leu “Luz do mundo” de Bento XVI. Neste livro, o Papa fala sobre a sucessão de João Paulo II e as cobranças que recebeu para ser “igual” ao seu predecessor. Disse Bento XVI: “simplesmente disse a

mim mesmo que sou o que sou. Não busco ser outra pessoa. O que posso dar, dou, e o que não posso, nem sequer tento dar”. Sessão seguinte. Bruno relata ao psiquiatra que só fez pensar no conto do jovem rabino e na resposta de seu mestre. E ele indaga-o: - enfim, você chegou há alguma reflexão sobre o conto? Sim, doutor. - o conto fala do medo de não estarmos à altura da vontade de Deus, fala também do medo de não sermos morais e justos como Moisés e Elias, o que seria para nós um grande parâmetro moral. - Só isso? - O que tem a dizer da resposta do mestre (sábio ancião)? - Não sei doutor. - Pois é, talvez o mestre quisesse dizer que Deus (se existe) não está preocupado se você consegue seguir parâmetros morais exteriores, Deus está preocupado se você consegue ser você mesmo, com seus talentos e defeitos. - Como assim ser eu doutor? Eu já sou eu! - Se já é você, que angústia é essa que te trouxe aqui? - Deus não quer cópias de Moisés e Elias, mas pessoas que O enfrentem cara a cara sendo quem são, deixando de lado suas máscaras. Quiçá Deus pergunte a ti se teve coragem de ser você mesmo nos piores momentos em que ser você mesmo seria aterrorizante. Aí está o cerne da “moral do conto”. Dias após, Bruno entrou numa igreja, assistiu a uma missa e rezou a Deus pela primeira vez com toda sua verdade, sem máscara. Já estava ciente de que é muito mais fácil seguir padrões exteriores do que seu “eu” e sua “alma”, seu maior desafio, e quem não sabe disso, ainda não sabe de nada. Deus cria o homem como alguém que é capaz de criar a si mesmo.


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OPINIÃO

Facebook e Gil Brother nos bastidores de uma nova revolução O poder das redes sociais como fonte independente de informação

Oneir Vitor Guedes oneirvitor@hotmail.com

Oneir Vitor Guedes formou-se em direito pela Universidade Federal de Juiz de Fora e, atualmente, atua como advogado e consultor jurídico nas áreas cível e criminal, além de ser colunista do portal Revista On

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imprensa tornou-se uma espécie de quarto poder. Da mesma forma que o legislativo, o executivo e judiciário, a mídia é capaz de interferir nos rumos da sociedade na qual ela está inserida, fazendo isso através da forte influência que exerce sobre a formação da opinião pública. Infelizmente, assim como os outros três, este tem se mostrado corrupto e desvirtuado. Seja em um grande veículo de comunicação, seja em um periódico de circulação local, uma notícia pode não ser apenas uma notícia. Ela muitas vezes é o resultado de lobbies, negociatas, favorecimentos, boatos, adulterações primárias, interesses confessáveis e inconfessáveis, especulações, jabás, mutretas, acobertamentos, falsificações, calúnias e malandragens. Como elemento deste poder, a manipulação é um instrumento de controle capaz de obter a obediência incondicional de grande parte da sociedade, que sequer se dá conta de seu estado de alienação. Mas, se considerarmos que a Constituição Federal garante que “todo poder emana do povo”, parece justo e razoável que este mesmo povo tome as rédeas do quarto poder, afinal ele foi estabelecido sem qualquer forma de legitimação. Lendo os livros de história constatamos que nenhum poder pode ser tomado sem que haja uma revolução. Sendo assim, podemos dizer que a revolução começou, as redes sociais são armas e a internet é o palco desta guerra. É certo que a maioria dos vídeos postados no Youtube não passam de mera distração, contudo uma única filmagem exibida neste site é suficiente para denunciar atrocidades cometidas por autoridades em qualquer canto do planeta. No twitter, 140 caracteres bastam para revelar, ao mundo, segredos até então escondidos pelo jornalismo tradicional. Na maior rede social do mundo, o Facebook, enquanto muitas pessoas se limitam a reclamar da segunda-feira, há internautas que, com uma simples atualização de status, podem trazer a tona informações que estavam na frente de todos, mas poucos haviam se dado conta. Mostrar a realidade tal qual é na verdade e não tal como é mostrada pelo quarto poder, constitui a mais autêntica

subversão. Somente a verdade é revolucionária, ela deve ser a ferramenta mestre nesta insurreição. Assim, graças à internet, cada vez mais indivíduos escapam ao controle das consciências preconizado pelo estruturado sistema de manipulação. Sites como o de Mark Zuckerberg foram a gênese de acontecimentos recentes que entraram para história, tais como a Primavera Árabe e o “Occupy wall street”. A chamada maioria silenciosa começa a adotar uma postura ativa, trazendo luzes e cores ao cenário, até então dominado pela imprensa marrom. No Brasil, enquanto a principal rede de TV ocupava a cabeça dos telespectadores com as brigas entre as personagens Rita e Carminha, a greve nas universidades federais sequer era mencionada em seus noticiários. Diante disso, internautas de todo país se mobilizaram para atenuar esta alienação coletiva. E neste ponto entra o comediante Gil Brother, citado no título deste artigo, um dos símbolos da livre expressão nesta nova era digital, que publicou um desbocado vídeo comentando o assunto e teve milhares de visualizações em seu canal no Youtube e em sua página no Facebook. A revolução começou, e você, caro leitor, tem um papel fundamental neste processo. Não se limite a usar a rede social para curtir montagens feitas com o Mussum, comentar o desempenho do seu time ou cutucar perfis do sexo oposto. Estamos diante do mais democrático e participativo meio de difusão e debate de ideias, jamais existente em outro momento histórico e que poderá alavancar a cultura humana de uma forma jamais pensada pelos gurus, futurólogos e profetas dos tempos antigos. Use essa ferramenta inigualável como uma tribuna para suas manifestações, interaja e forme grupos com pessoas de interesses afins. Expresse-se verdadeiramente, questione representantes políticos e grandes corporações, defenda uma causa em que você acredita, por mais tola que ela possa parecer aos olhos daqueles que ainda permanecem alienados pelo sistema de manipulação global. Como disse o filósofo francês Voltaire, “posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-la”.


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OPINIÃO

Bodes e laranjas A CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) instaurada no Congresso Nacional para investigar a quadrilha e os tentáculos do bicheiro Carlinhos Cachoeira é um cadáver insepulto

Helder Caldeira helder@heldercaldeira.com.br

Helder Caldeira é escritor, articulista político, palestrante, conferencista, colunista do portal Revista On e autor do livro “A 1ª Presidenta”, primeira obra publicada no Brasil com a análise da trajetória da presidente Dilma Rousseff e que já está entre os livros mais vendidos do país em 2011. É apresentador do quadro “iPOLÍTICA” com comentários nos telejornais da afiliada da Rede Record em Diamantino/MT.

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CPMI instaurada no Congresso Nacional com o objetivo de investigar a quadrilha e os tentáculos do bicheiro Carlinhos Cachoeira acabou. É um cadáver insepulto. Criada pelo afã de vingança política do ex-presidente Lula da Silva e como cortina de fumaça para o julgamento do Mensalão, a CPMI se tornou uma gigantesca pedra no sapato da cúpula petista e da tal base aliada ao governo Dilma Rousseff. Por mais que as lupas tentassem alcançar alvos oposicionistas, a sujeira grossa sempre estava embaixo de um tapete governista. Se por um lado a CPMI do Cachoeira morreu, por outro ressuscitaram os discursos pela abertura de uma investigação amplíssima nas contas e condutas da Delta Construções S.A., a maior empreiteira a receber recursos do famigerado PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), um elefantão branco e gordo que data do governo Lula e trafega lentamente em sua segunda versão na administração Dilma. Estima-se que apenas nos últimos três anos, a Delta faturou o equivalente a R$ 4,4 bilhões em contratos governamentais, dos quais se destaca R$ 1 bilhão em licitações do Governo do Estado do Rio de Janeiro e de prefeituras fluminenses. Essa mudança de foco é resultado de uma iniciativa do tucanato, após algumas descobertas assustadoras. Diante de um volume imensurável de informações, o PSDB decidiu contratar uma empresa especializada em realizar o cruzamento de dados e a ela subordinou a vasta documentação da CPMI, que tem origem na Receita Federal, no Ministério Público, nas investigações da Polícia Federal, nas quebras de sigilo bancário e

em arquivos de áudio e vídeo que integram os diversos inquéritos contra os supostos acusados. Em apenas uma semana de trabalho e com menos de 5% dos dados cruzados, o resultado é assombroso. Uma bomba de tamanho potencial que o PDT, através do deputado federal Miro Teixeira, se colocou imediatamente à disposição para dividir a fatura de pagamento pelos trabalhos. O que já se sabe, por exemplo, é que Carlinhos Cachoeira é um peixe-miúdo no lamaçal, uma frutinha perto do laranjal criado para drenar e roubar dinheiro dos cofres públicos. As investigações em torno do bicheiro goiano apenas possibilitaram apontar um modus operandi, a identificação de um caminho comum por onde empresas privadas desviam dinheiro público, incluindo aqui o abastecimento, através de laranjas, das contas bancárias malocadas de partidos políticos. Em ano eleitoral, esse “caixa dois” é uma bomba atômica! Em outras palavras: se antes a situação já era complicada, agora o Brasil tem um enorme bode na sala. É aquela velha história: uma família não sabia como viver numa casinhola e procurou um sábio para ajudá-los. Ele ordenou que colocassem um bode no meio da sala e voltassem um mês depois. Por óbvio, a vida da família naquela casa, que já era apertada, tornou-se insuportável. Trinta dias depois, quando voltaram ao sábio, ele mandou que retirassem o animal. Felizes e contentes, eles agora comemoravam o espaço aberto com a saída do bode. A casinhola é a mesma: minúscula e mazelar. O que mudou foi a compreensão, o foco. Pois, de agora em diante, o foco está num bodão chamado Delta Construções, estacionado bem no centro da sala do cofre brasileiro.


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Gil Brother,

o Away de Petrópolis

POR LETICIA KNIBEL

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O bom humor e a simpatia, misturados com passos de dança ao som de James Brown e Bob Marley, ajudaram um lavador de carros a se tornar um humorista conhecido nacionalmente.

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olêmico, sarcástico, com humor ácido, respostas criativas e verdadeiras. Essas são apenas algumas das características do ator Jaime Gil da Costa, 56 anos, mais conhecido como Gil Brother, o Away de Petrópolis. Atualmente, quem vê o sucesso que seus vídeos fazem na internet, dificilmente acredita na dura realidade que este petropolitano viveu e em todos os momentos complicados que a vida lhe trouxe.

Nascido e criado em uma família humilde, a infância de Jaime foi muito difícil. Seu pai abandonou a casa e oito filhos. Diante da situação, sua mãe foi trabalhar em uma fábrica de tecidos, o que era muito complicado na época. “Passamos muita necessidade, sofremos com frio e fome, morávamos num barraco,” explica o comediante. Para ajudar a família, Gil trabalhou na roça e plantou arroz com a avó, e realizou outros tipos de “biscates” em Petrópolis. Assim, lava-

va carros, fazia shows na rua e também vendia doces. Além disso, trabalhou em construções como ajudante de pedreiro e servente. Away fez parte de um grupo que vemos diariamente nos noticiários: daqueles que sofrem com o descaso e a falta de oportunidade da sociedade, dos que vivem uma realidade difícil e acabam seguindo por caminhos muitas vezes sem volta. Felizmente, esse não foi o caso dele. “Nunca fui mendigo e vagabundo. revistaon.com.br

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“Eu conheço o Gil desde a década de 80, quando ele lavava carros nas ruas”, Mateus Tavares.

BOLETIM DE NOTÍCIAS Na hora da gravação não podem faltar seus bordões e palavrões em cada notícia comentada

Já me envolvi com coisas erradas das quais me arrependo e hoje vejo que a infelicidade na vida acontece com quem não tem oportunidade. Não havia chance de melhorar e ajudar minha família e isso foi a porta para entrar no caminho errado,” conta. Depois de morar no Rio de Janeiro, Gil Brother voltou para Petrópolis e começou a realizar shows na rua, nas horas vagas, quando não estava lavando carros. “Eu não tinha rádio e usava os sons dos carros para fazer meus shows de dança”, revela. Foi dessa forma que seu talento foi descoberto. Away conta que, certa vez, enquanto lavava carros próximo a um colégio, estava com uma fita do cantor Bob Marley no bolso e duas meninas se aproximaram para “trocar uma ideia”, revela. “Daí ela pediu que eu colocasse a fita e comecei a dançar. Isso fez um sucesso, pois as meninas chamaram outras pessoas que me incentivaram a dançar todos os dias nas ruas”, lembra. A partir desse momento, Away passou a ser ainda mais conhecido em Petrópolis. Não há quem não se lembre do “cara de dreads” dançando na cidade. Esse fato foi fundamental na vida do ator para alcançar a mudança que tanto esperava e que o levaria ao sucesso. Com um jeito “escrachado”, carismático e criativo, Gil Brother chamou a atenção de um grupo de humoristas, que já o conhecia das ruas. Quando eles conseguiram um 24

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espaço na mídia, resolveram dar uma oportunidade ao petropolitano. “Fui para a mídia e lá me descobri um bom humorista que faz sucesso pelo tipo de humor, falando o que penso e com meu jeito único”, revela Away. Na época que foi trabalhar com esse grupo, em 2002, Gil ficou famoso por sua atuação no vídeo “Mataram meu passarinho”. Com direito a cenas de perseguição, a repercussão da história criada para a TV foi imensa, resultando em uma continuação. Outro vídeo que fez muito sucesso na época mostra o ator interpretando um professor de Direito. Tais histórias, elaboradas cheias de palavrões, gírias e humor escrachado ficaram também conhecidas pelos bordões ditos por Away, como “criado a leite com pera e ovomaltino’’, “garotinho juvenil”, “te passo uma lambida no pescoço”, entre outros. Tais expressões só contribuíram para cativar ainda mais fãs. A estudante de publicidade Ana Clara Silveira, conta que conheceu o trabalho de Gil Brother através de amigos. “Assistíamos os ví-

O HUMORISTA Gil Brother usa seu jeito polêmico e escrachado para desenvolver seu trabalho

deos através do Youtube e meus amigos tinham as falas dele decoradas. De tanto escutar, acabei decorando também! Achava bacana o trabalho dele com o grupo de humoristas e continuo gostando agora. A maneira dele de comentar assuntos do dia a dia e atualidades é engraçada demais”, confessa Ana Clara. Away explica que essas expressões surgiram da malandragem da rua, da cadeia. “Leite com pera surgiu quando eu morava com minha família e a mulher da quitanda me dava frutas passadas e eu misturava o leite com a pera para dar aos meus sobrinhos e eles engordavam. São sarados até hoje”, brinca. O ator conta que não acreditava na repercussão do seu trabalho. Quando deixou o grupo que fazia parte, em 2008, chegou a pensar que não voltaria mais a trabalhar como humorista e também não acreditava na quantidade de fãs que já possuía na época. A ausência de seu trabalho fez falta enquanto estava longe da mídia e esse foi apenas um dos motivos que levou o produtor Mateus Tavares a convidar Gil para participar de um projeto para web. Em 2011, começou a ser gravado o projeto do Canal Away.


Aos que criticam seu trabalho, Gil enfatiza: são pessoas que pararam no tempo, preconceituosas “Eu conheço o Gil desde a década de 80, quando ele lavava carros nas ruas da cidade e dançava fazendo um show que até hoje é mencionado pelas pessoas. Por diversas vezes eu o encontrava ao sair do colégio e sempre que podia batia um papo com ele, sempre alegre e muito solícito. Enfim, por saber que eu sou de Petrópolis e também conhecer a origem do nosso trabalho, apresentado através de um projeto coeso, o Gil se sentiu à vontade e resolveu aceitar a proposta”, explica Mateus. Quando indagado sobre o novo projeto, Away revela que está gostando, está muito feliz e surpreso, “perprécto”, principalmente por ser um trabalho feito para seus fãs. “Trabalho livremente e de coração aberto, ganho meu dinheiro de forma alegre.” O ator ainda explica como funciona o novo trabalho. “Quem define é o Mateus. Tudo do Canal Away sai da cabeça dele. Ele me instrui, passa as coisas e faço a atuação. Eu gosto de ser dirigido por ele, pois entende a cabeça dos nossos fãs e faz o que eles gostam”. Com relação à criação dos vídeos do site, José Ricardo Marques, diretor de produção, revela que trabalhar com Gil é uma loucura, pois nunca sabem o que esperar. “Ele não para de surpreender a gente, é divertido na maior parte do tempo, mas, di-

NEGÓCIO Gil sentado na cadeira do Yahoo!, parceiro do Canal Away

EQUIPE Away gravando junto com José Ricardo, diretor de produção e Alexandre Barroso, diretor de fotografia

ferentemente do personagem que apresenta nas telas, é uma pessoa tranquila e cheia de histórias pra contar. É impressionante a transformação que acontece quando se aponta uma câmera para ele. As atuações quase sempre ficam boas já na primeira tentativa”, explica Marques. Porém, nem todo o sucesso causado por seus vídeos é capaz de conquistar o público em geral, afinal, ninguém é unanimidade. Para a professora Lilia Ferreira, esse novo tipo de humor “escrachado” não agrada a todos. Mesmo com vários programas que apresentam essa forma de entretenimento, Lilia é contrária a esse tipo de expressão. “Não vejo humor no modo como ele fala, pelo próprio personagem que encarna: um contestador rude, desbocado, que algumas vezes ridiculariza as pessoas desnecessariamente. Admiro sua tenacidade ao vencer as dificuldades que já enfrentou, porém não concordo com a maneira que ele se coloca para expressar suas opiniões”, opina a professora. Aos que criticam, Gil enfatiza que são pessoas que pararam no tempo, preconceituosas. Apesar das opiniões contrárias, os dados apresentados sobre o sucesso do novo projeto servem para demonstrar o quanto esse tipo de humor está crescendo e é aceito pelo público. “Foram 35 milhões de visualizações no Youtube em apenas seis meses e mais de 150 mil inscritos; 146 mil inscritos no Facebook do Canal Away. Com três meses de canal chamamos a atenção do Yahoo!, um gigante da internet. Assim surgiu nossa primeira grande

“O futuro é hoje! É agora! O amanhã, ó, a Deus pertence”, acredita Gil Brother parceria. Lá, apresentamos semanalmente o ‘Boletim Away de Notícias do Yahoo Brasil’”, relata Mateus. A produtora do Canal, Thais Pereira, explica que apesar de todo sucesso o comportamento do ator não mudou. “Por trás das câmeras ele é uma pessoa que muitos não conhecem, é um cara humilde e humano, de coração bom. Muito diferente do que estão acostumados a ver na net com sua ‘lambida’”, conta Pereira. A produtora ainda relata um fato curioso que presenciou recentemente sobre a fama de Away. “Fomos surpreendidos por uma fã em frente a um shopping no Rio, que abandonou o carro no meio da rua e veio correndo gritando para tirar uma foto com o Gil. Isso gerou um transtorno no trânsito e muita confusão”. O trabalho que Gil vem realizando ao longo desses anos e o sucesso quase imediato fizeram com que milhares de pessoas se tornassem fãs do artista e o novo projeto, junto à atual produtora, continua, trazendo novidades e algumas mudanças em 2012. Mas Away é bem enfático ao falar sobre o futuro: “O futuro é hoje! É agora! O amanhã, ó, a Deus pertence. Fim de papo”. revistaon.com.br

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CULTURA

O SOM DA

PERCUSSÃO POR ALINE RICKLY

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Parece uma orquestra como as que vemos nos filmes. Alunos uniformizados, cada um na sua posição com o respectivo instrumento e, à frente, o maestro. Nas competições, tudo é muito bonito e encantador, mas a realidade da Commutr (Corporação Musical Municipal de Três Rios) é bem diferente. É com muita dificuldade e força de vontade que o projeto sobrevive há cinco anos. 28

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udo começou em 2007, quando o maestro Marcos Doffini foi convidado pelo atual secretário de Educação Marcus Medeiros, na época diretor do Colégio Estadual Condessa do Rio Novo, para assumir a banda de fanfarra. Em 2010, já sob outra direção, o colégio encerrou o contrato com Doffini, mas, alunos, pais e o próprio maestro decidiram levar o projeto adiante. Atualmente, cerca de 60 alunos, com idade média entre sete e 30 anos, compõem o grupo. Todos buscam um único objetivo: fazer crescer o projeto da banda, agora, de percussão e sopro. Talento há de sobra. Prova disso foi a conquista, em 2011, do Campeonato Nacional de Bandas e Fanfarras em Barra Mansa. “Este projeto de música visa capacitar e formar músicos da comunidade trirriense e cidades vizinhas”, explica Doffini. A diretora da banda Dayane de Barros Silva Abreu, conta que as aulas acontecem durante a semana e os ensaios aos domingos. “Esta é uma iniciativa que contribui para o aprendizado. Têm crianças que são agitadas e, esta, pode ser uma forma de tranquilizá-las”, acredita. Segundo ela, os alunos ficam empolgados quando os campeonatos se aproximam. Marcos concorda com a diretora e acrescenta que os ensaios ficam mais cheios nestas ocasiões. Dayane ainda comenta sobre a exigência e o compromisso que eles tentam agregar durante as aulas e os ensaios. “Buscamos florescer o interesse pela música, a responsabilidade e o respeito. Isso não é só aqui, mas na vida e no cotidiano de cada um. Ensinamos que é preciso ter compromisso e marcamos em

Alguns alunos chegam até a banda após assistirem os desfiles cívicos do dia da Independência

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cima da questão da maturidade”, explica. Os alunos chegam de inúmeras formas até a banda, uma delas é após os desfiles cívicos do dia da Independência. “A maioria que nos procura vem das fanfarras da cidade”, diz Dayane. De acordo com Marcos, qualquer pessoa, independente da idade, pode se matricular. Quanto ao tempo de adaptação, o maestro conta que é variável. “O que o aluno estudar e desenvolver vai definir o tempo que pode chegar a seis meses”, afirma. Apesar das conquistas e do sucesso da Commutr, os organizadores já pensaram em suspender o projeto. “É muito difícil trabalhar com música aqui na cidade”, lamenta Dayane. A diretora confessa que a paixão é o motivo principal de continuar acreditando. “Amamos a música e, por isso, não largamos, mas dá muita dor de cabeça”. Jonathan Silva, 19 anos, faz parte da banda desde o início. “Sempre fui músico. A banda é tudo na minha vida”, afirma. Douglas de Paula Souza, 18, se empolga ao falar do projeto. “Pretendo seguir a carreira na música. Aqui já aprendi muito”, ressalta. Para o secretário municipal de Cultura e Turismo, Marcos Pinho, a banda é fundamental e, como todo movimento cul-

APRESENTAÇÃO A corporação também participou de competição em São Pedro da Aldeia

ALUNO Jonathan faz parte da banda desde o início revistaon.com.br

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CULTURA

A Commutr vive, em 2012, uma nova fase, após se associar a Banda Sinfonia Celeste

EDUCAÇÃO Marcus Medeiros se considera padrinho do projeto

tural, tem uma importância significativa na área de transformação social. “A cultura é um elemento capaz de realizar um processo de cidadania. A música exerce um papel importante nesse contexto”, enfatiza. Pinho diz que serão criados programas para incentivar a cultura na cidade. “Nós sabemos das dificuldades para manter uma banda. A compra de instrumentos requer verba”, concorda. Alguns equipamentos são empresta-

ENSAIO Os alunos participam do projeto porque gostam

dos. O maestro explica que algumas escolas compram para os desfiles cívicos e, depois, deixam com eles. Um detalhe importante também são as roupas. Segundo Dayane, é fundamental que todos estejam uniformizados. “Os campeonatos são muito rigorosos, recebemos um regulamento e temos que cumprir”, destaca. O secretário de educação Marcus Medeiros se considera padrinho do projeto e conta que já se interessava por bandas de fanfarras. “Eu apostei no sonho do Doffini, que era o meu também”. Medeiros sabe que a estrutura é complicada, assim como o deslocamento, a aquisição e manutenção de instrumentos, vestimentas e alimentação, no entanto, não deixa de elogiar a força de vontade dos músicos.

APRENDIZADO No projeto, os jovens praticam a responsabilidade e compromisso nas aulas e ensaios

“As pessoas devem perseverar. Se acreditam, têm grandes chances de chegar ao sonho”. Marcus tem certeza de que esta é uma forma de inserir valores como respeito, disciplina e socialização nos jovens. “Eu confesso que não acreditava na conquista do campeonato brasileiro, foi preciso coragem para chegar ao objetivo. A Commutr deu projeção para a cidade. A tendência é avançar mais”, acredita. Nova Fase

O projeto Commutr ganhou, em julho de 2012, um novo reforço. A banda se associou a BSC (Banda Sinfonia Celeste) e agora utiliza a Assembleia de Deus Central para as aulas. Segundo Doffini, qualquer pessoa pode assistir aos ensaios. “O espaço ofereceu, além da estrutura física, a questão de disciplina, pois nele temos algumas regras e doutrinas a serem seguidas”, contou. São três salas preparadas para atender os alunos. Neste momento, os músicos contam com 50 instrumentos de sopro, além dos de percussão.

DIRETORA Dayane afirma que, junto com o maestro Marcos, reforçam o conceito de maturidade com os alunos


DIVULGAÇÃO

OBJETOS Alguns instrumentos são emprestados

CAMPEONATO A Commutr se apresentou em Conceição de Macabu

Esta nova proposta deu um gás a mais nos idealizadores desta história. Doffini já se prepara para trabalhar com diversas turmas divididas por idade. “Para 2013 já temos a pretensão de dar aulas de flauta doce para crianças de sete a 11 anos”, disse. Apesar das mudanças, o maestro reafirma que o projeto continua sendo

comunitário e para qualquer pessoa. “Continuamos oferecendo aulas de músicas gratuita para quem se interessar”, explicou. Para o presidente da BSC, Marcos Vale Martins, a Commutr só tem a acrescentar. “A ideia encaixa perfeitamente no nosso perfil. Esta é uma forma de resgatarmos os jovens

para que eles agreguem a música ao seu dia a dia”, enfatizou. De acordo com o presidente, o objetivo final é que seja criada uma verdadeira orquestra. Com paixão e orgulho pela banda, Doffini finaliza em grande estilo dizendo que “a corporação é movida a aplausos do público e vitórias nos campeonatos”.


NEGÓCIO

Euler Massi emassi@invistaativa.com.br

Agente autônomo de investimentos, certificado pela Ancord e autorizado pela CVM. Também é palestrante da Ativa Educar, braço educacional da Ativa Corretora, onde opera no mercado de capitais e presta assessoria personalizada para clientes, pessoas física e jurídica na cidade do Rio de Janeiro. Cursa gestão financeira pela Universidade Estácio de Sá.

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Novos investimentos

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onstruir algo seu, à própria maneira, cujo lucro vá direto para o seu bolso, é o sonho de muitas pessoas. Somos uma nação com característica empreendedora e pagamos o preço por arriscar nossas economias em busca de nossos sonhos. Afinal, abrir um negócio por aqui ainda é arriscado. No país, 27% das empresas que se estabelecem fecham antes de completar um ano (fonte: “Revista Meu Próprio Negócio” especial ano 10, edição 37) Os fatores são diversos, mas a falta de planejamento é um dos principais. No entanto, existe um modelo de negócio que representa uma alternativa para quem deseja maximizar as chances de sucesso: o franchising (franquias). O faturamento no setor cresceu 16,9% em 2011, chegando a R$ 88,8 bilhões, segundo a ABF (Associação Brasileira de Franchising). A possibilidade de fracasso é infinitamente menor por ser um negócio que conta com a credibilidade de uma marca ou nome já conhecidos no mercado, com formato testado e aprovado. A quantidade de franquias que abrem e não dão certo é de apenas 1%, de acordo com a associação. O número de empreendedores no Brasil não para de crescer. Dos países do G-20 que participaram da última edição da GEM (Global Enterpreneurship Monitor), o Brasil é o que possui a maior taxa de empreendedores em estágio inicial.

Entre os fatores que impulsionam um negócio estão: foco prioritário e constante para as necessidades do mercado, fluxo de caixa positivo, dedicação integral para o estudo do produto e setor, ótima rede de relacionamento, escolha criteriosa de sócios e equipe de colaboradores. Vale ressaltar, muita disposição para momentos difíceis, atitude mental positiva e certeza do que quer! Agora, se você pode montar o próprio negócio, mas não tem o perfil empreendedor, não quer o dia a dia de empresário, o mercado financeiro oferece outras oportunidades de investimentos, como CDB (Certificado de Depósito Bancário), LCI (crédito imobiliário – livre de IR para pessoa física), títulos públicos, fundo imobiliário (modalidade de investimento que paga dividendos mensalmente, livres de IR para pessoa física), carteira de ações, entre outras formas que, bem assessorado, você poderá ter várias opções com boa rentabilidade. Os riscos são variáveis, mas vale a regra, quanto menor a rentabilidade oferecida, menor o risco, quanto maior a possibilidade de retorno, a curva de risco se ajustará. O que faz diferença para obter bons resultados, é a assessoria e acompanhamento da carteira de investimentos, o que não isenta de possíveis prejuízos, mas podem diminuí-los consideravelmente! Um abraço e até a próxima edição.


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UMA HISTÓRIA DE CONSTRUÇÕES FOTOS DIVULGAÇÃO

O talento para o ramo da construção civil foi passado de geração em geração. Atualmente, a Rodrigues Monteiro Construtora se firma como uma marca forte no mercado regional e dá mais um importante passo em sua história.

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história da Rodrigues Monteiro Construtora começa há mais de 50 anos com Sebastião Monteiro quando, junto com os filhos, prestava serviços como empreiteiro no setor da construção civil na região. “Em 1991, eu e meu pai, Jorge Rodrigues, incentivados por um amigo, decidimos realizar o sonho de construir algo superior em benefício da realização de projetos e obras de médio e grande porte para os setores público e privado”, conta Ricardo da Silva Monteiro, diretor da empresa. Após 20 anos de atividades, a empresa tornou-se referência em projetos de arquitetura, engenharia e urbanismo com a execução de obras de infraestrutura e reformas residenciais, prediais, comerciais, industriais e rurais, além de restauração de estruturas, instalações elétrico-hidráulicas, legalização e aprovação de projetos junto aos órgãos competentes.

Com 20 anos de atividades, a empresa é referência em projetos de arquitetura, engenharia e urbanismo Com a missão de “construir com qualidade para a edificação dos sonhos dos clientes”, a empresa consegue atingir o objetivo. A empresária Márcia Aparecida Liparisi conheceu a construtora e logo soube que seria a ideal para o que precisava. Ela já utilizou os serviços da Rodrigues Monteiro em postos de gasolina e em um edifício, além de indicar para amigos e familiares, garante: “tudo o que eu queria e imaginava foi feito. A equipe foi muito responsável durante toda a execução da obra”. O empreendedor Fábio Pereira Costa

já conhece a tradição da família há 40 anos, quando, a partir de seu pai, teve o primeiro contato com Sebastião Monteiro. Com o tempo, a empresa já deixou marcas em residências, reformas e construção de prédios comerciais para Fábio. Ele mostra satisfação com todos os trabalhos. “Ainda hoje estão prestando serviço para mim. Nunca parei de trabalhar com a Rodrigues Monteiro. O comprometimento e a responsabilidade para com os serviços e com os clientes são incomparáveis”, afirma. Ricardo diz que estes depoimentos são possíveis porque a empresa garante a execução dos projetos com altos padrões de qualidade, atendimento personalizado e busca a satisfação plena das necessidades do cliente. “Cada projeto tem sua personalidade, extraída do desejo, do sonho e da vontade de cada um que nos procura. Os projetos são feitos com base nas informações obtidas nas


MINISTÉRIO PÚBLICO Obras da construtora estão presentes no crescimento de Três Rios

EMPRESAS PRIVADAS A Rodrigues Monteiro tem a missão de construir com qualidade

UPA TRÊS RIOS Paisagismo, fundação e infraestrutura têm a assinatura da empresa

RESIDÊNCIAS Projetos compatíveis ao perfil do cliente

PROFISSIONAIS Com uma equipe capacitada, os sonhos dos clientes tornam-se reais

entrevistas com os clientes. A opinião é fundamental para transformarmos ideias na materialização do projeto”. A empresa se divide em dois setores: o de projeto e o da construção. Na fase do projeto, há o agendamento de uma reunião para mapear a demanda do cliente. Em seguida, é iniciada a etapa de seu desenvolvimento para apresentação, ajustes e aprovação. Na fase de construção, são realizadas visitas técnicas ao local da obra. “Assim, diagnosticamos as eventuais intervenções a serem feitas e alinhamos todos os processos de desenvolvimento do projeto, como a arquitetura, a estrutura e as instalações elétricas. Os clientes têm o apoio constante do nosso setor técnico, com engenheiros, arquitetos e designers”, ressalta. A Rodrigues Monteiro Arquitetura e Construção passa a ser, a partir deste momento, a Rodrigues Monteiro Construtora. É mais um passo na história construída e fundamentada pela empresa e seus colaboradores. “Os desafios são grandes, estamos em constante atualização, tanto na busca de novas tecnologias como no aperfeiçoamento humano. Teremos condições de atender demandas ainda maiores”. Ricardo ressalta que a evolução sucessiva é dada nos momentos certos e visa beneficiar os clientes da empresa. “No começo, como empreiteiros, podíamos abraçar apenas algumas causas do setor. Anos depois, atingimos outros patamares, quando oferecemos serviços de arquitetura contemporânea e urbanismo. Agora, como construtora e alinhada as mais avançadas técnicas de construção,

DETALHES Ricardo busca a constante atualização da empresa

criamos uma proposta que se diferencia no mercado da construção civil, pois três fatores essenciais se alinham para atender as exigências do setor: qualidade, economia e o menor prazo de entrega.” A cidade cresce, a região evolui e as expectativas da população também aumentam. Portanto, são inúmeros os motivos para a Rodrigues Monteiro Construtora se posicionar estrategicamente e satisfazer os mais diversificados sonhos, com projetos de excelência, em benefício de seus clientes.

Rua Doutor Vasconcelos, 87 Centro - Três Rios/RJ Tel: 24 2252-1470 | 24 2255-1813 www.rodriguesmonteiro.com.br


NEGÓCIO

COMÉRCIOFRANQUEADO POR FREDERICO NOGUEIRA

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Ao ver um comercial na TV ou internet, natural que apareça a vontade de comer determinado lanche anunciado ou usar um perfume como o da atriz da novela das 21h. Há algum tempo, a vontade não bastava para os moradores da região: só conseguiriam ter acesso a algumas marcas caso visitassem grandes cidades, após uma ou duas horas de viagem. Mas o crescimento de um sistema de negócios no país ecoou em Três Rios e, com ele, a chance de consumir produtos e serviços conhecidos nacional e mundialmente.

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urante um passeio pelo centro de Três Rios, grandes marcas chamam a atenção e movimentam o comércio. Parte destas lojas chegaram ao município pelo sistema de franquias, também chamado de franchising. Ele consiste em uma empresa [a franqueadora] que autoriza um terceiro [o franqueado] a explorar os direitos de uso da marca, de distribuição de produtos e/ou serviços em um mercado definido e de utilizar um sistema de operação e gestão de um negócio de sucesso e, para tanto, se compromete com o pagamento de royalties. A presidente da Associação Brasileira de Franchising 36

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- Rio de Janeiro (ABF-RJ) Fátima Rocha, completa. “É união dos interesses de dois parceiros que trabalham sob um único sistema, buscando o sucesso e lucro mútuo”. Segundo Fátima, o sistema teve início no Brasil em 1960, com uma escola de idiomas. “Até 1981, o franchising esteve concentrado nas áreas de distribuição de veículos, combustíveis e engarrafamento de bebidas, que são áreas tradicionais de franquia de produtos e marca. Em 1992, o mercado de foi aberto à competição internacional e, em 1994, foi promulgada uma legislação específica para o setor, que passou a reger as relações entre franqueados e franqueadores. A partir

a década de 90, o setor atingiu taxas de crescimento impressionantes”. O setor fechou o ano de 2011 com faturamento de R$ 88,8 bilhões, o que significa o crescimento de 16,9% em relação ao ano anterior. Para 2012, a ABF acredita que o ritmo de crescimento é sustentável em torno de 15%. Os responsáveis pelo aumento são, principalmente, o cenário econômico favorável no país e aumento do poder de consumo da população. “Porém, mesmo antes desse ‘boom’ da economia brasileira, o sistema já apresentava crescimento sustentado. Vários são os fatores, entre eles destacam-se a capacidade empreendedora do brasileiro,


o alto custo do capital no Brasil e a baixa mortalidade das empresas no setor de franquia”, ressalta Fátima Rocha. Se está funcionando tão bem e crescendo tanto, tende-se a pensar ser este o negócio ideal, o método mais fácil de ganhar dinheiro. Mas é preciso ter calma. Para a gestora de projetos do Sebrae Cláudia Pacheco, o investimento em uma franquia não garante que o retorno chegará. “O que ajuda neste investimento é que a rede faz análise da região onde poderá se instalar. Nós já tivemos em Três Rios uma franquia que fechou. Este sistema não é uma garantia de sucesso, você é o gestor do negócio. Se você tem, mas não acompanha a rotina da loja e não tem características empreendedoras, não dará certo, assim como qualquer outro negócio. A franquia dura mais tempo porque o franqueador estuda o perfil do possível franqueado, vê se há identificação e, com isso, diminui o risco do investimento”. Em nota, o Sicomércio Três Rios informou que a chegada das franquias no município é reflexo do desenvolvimento

O setor fechou 2011 com faturamento de R$ 88,8 bilhões

ANTES DO “BOOM” A empresária Janne Sauerbronn Muniz abriu uma das primeiras franquias em Três Rios

COLCHÕES Marivaldo se tornou franqueado em 1997 e já abriu a segunda loja

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NEGÓCIO

econômico atual. “A população sai favorecida com mais opções de consumo, serviços padronizados e de qualidade”. Cláudia Pacheco reforça o motivo dos investimentos na área. “É uma cidade bem localizada, com a população de dez municípios que também faz compras aqui. A economia está aquecida. Há uma década era bem diferente, não haveria o investimento que tem acontecido. Além disso, as redes fazem uma análise para o futuro. Não abririam essas unidades caso fosse uma situação momentânea”. Antes deste crescimento na última década, a empresária Janne Sauerbronn Muniz abriu uma das primeiras franquias no município. “Há 30 anos iniciei, com uma sócia, uma loja de presentes e, neste comércio, percebemos que metade do faturamento vinha da venda dos perfumes e produtos de beleza. Deixamos, em 1984, de vender os outros artigos e passamos a comercializar só esta linha. Separamos a sociedade e, em 1989, abri uma loja com o design já enviado por essa marca”, conta sobre a rede de cosméticos que, segundo a ABF, é a primeira no ranking de unidades no país. Janne revela que foi através da marca e da rede que aprendeu a ser empreendedora e, garante que se não tivesse se tornado franqueada, talvez não seria gestora de um negócio de sucesso até os dias atuais. “Eu teria parado no meio do caminho. A franquia dá uma segurança. Já passei por

LANCHONETE Antônio César é sócio com o irmão em uma franquia de fast food desde 2010 38

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“Há uma década não havia o investimento que tem acontecido em Três Rios”, Cláudia Pacheco, gestora de projetos do Sebrae todos esses planos econômicos que surgiram, congelamento, hiperinflação, já tive que pagar mercadoria antes de vender. Quem sobreviveu àquela época pode ser chamado de artista”. Quando o comércio começou a seguir um novo caminho no centro da cidade, rumo à rua Gomes Porto, a empresária não teve medo de investir em mais uma unidade. “E, agora, também há o quiosque no shopping. Não tenho medo de abrir uma nova no futuro”, garante. Segunda marca no número de unidades no país de acordo com a ABF, uma rede de colchões chegou à cidade através de Marivaldo Sebastião Câmara. Ele já trabalhava na empresa e conhecia o sistema de franquias, quando abriu a loja em 1997. “Você já entra no mercado com o nome forte. Em algumas franquias você paga royalties, no meu caso, os produtos são consignados. Se vender 20 colchões, envio o pedido para a empresa, eles fabricam e retornam as peças.

RECENTE INAUGURAÇÃO Por sentir falta de um local para depilação, Rafaela se tornou franqueada de um centro de fotodepilação

Ganho por comissão”, conta Marivaldo. O empresário já abriu a segunda unidade na cidade e revela como é o processo. “Quando a empresa vê que o município comporta outra unidade, a preferência é minha. Se eu não quiser, então outra pessoa poderá abrir”. Já no “boom” das franquias, Antônio César Santos de Oliveira abriu com o irmão, em 2010, a unidade trirriense de uma rede mundial de lanchonetes fast food que oferece a oportunidade do cliente montar o próprio sanduíche. Vindo de Brasília, já conhecia a rede. O irmão tentou abrir em Niterói, mas não conseguiu, então César o convenceu a iniciar a lanchonete em Três Rios. “Havia um pessoal de Juiz de Fora querendo abrir aqui e, como já tínhamos a franquia, saímos na frente”, recorda. Para abrir a loja, ele conta o que precisou fazer. “A rede precisa aprovar o ponto do negócio, mandam o desenho do design da loja, os colaboradores fazem treinamento e devemos seguir o que é colocado, não podemos mudar. Algumas unidades, por exemplo, têm cenoura nos itens disponíveis porque os franqueados pediram autorização”. O contato com o franqueador é contínuo e ele precisa enviar relatórios semanais sobre gastos e faturamento. “Se eu não seguir os ‘mandamentos’, recebo pontuação negativa e se chegar a determinado número, podem tirar minha franquia”. Segundo César, o começo foi mais difícil e hoje, após dois

FUTURO Além de consumidor, Leonardo é um dos investidores de uma marca de culinária italiana


anos, o retorno começa a aparecer. Entre as recém inauguradas está um centro de fotodepilação. Rafaela D’Angelo Rattes Campos é uma das proprietárias. “Morava no Rio de Janeiro e, quando vim para Três Rios, sentia falta de um lugar para fazer depilação, precisava sair da cidade para fazer isso. Pensava em abrir um centro de depilação. No ano passado meu marido foi a uma feira de franquias e pegou vários panfletos de marcas disponíveis. Como esse é um método novo, nos interessamos e abrimos com mais dois amigos”. Há pouco tempo no mercado, no Brasil há dois anos, o receio não foi por conta da curta história da marca. “Meu medo estava em saber se oferecia os resultados esperados e se as pessoas da cidade aceitariam um processo inovador. Mas acreditamos nos números, já que são várias unidades em todo o mundo”, revela. Segundo a empresária, ter o acompanhamento constante por parte do franqueador facilita. “Não quer dizer que o negócio pode ficar abandonado, mas tudo já che-

A rede franqueadora realiza acompanhamento constante nas unidades ga formulado, mandamos relatórios e os primeiros números estão satisfatórios”, conta. Como o crescimento não para, novas marcas estão para chegar ao município. O empresário Leonardo Miguel Rezende é um dos investidores em uma franquia de culinária italiana a ser inaugurada nos próximos meses. Diretor de uma rede sapatarias, ele se prepara para o novo desafio. “Como é um ramo novo, de alimentação, acho que vamos encontrar o suporte e a segurança necessária por ser franquia. Não é garantia de sucesso, mas uma possibilidade maior de chegar lá”. Além de ser consumidor dos produtos da marca, sempre achou que a cidade precisava de uma unidade. Sabendo que o sócio procurava um espaço para abrir um novo negó-

cio e já havia mostrado interesse por esta rede, ofereceu um espaço e aconteceu o convite de formar a sociedade. De franqueado para franqueador, Leonardo já pensou em transformar suas sapatarias em um rede e levar a marca para todo o Brasil através do franchising, mas sabe das dificuldades. “É aquela ‘pulguinha’ que de vez em quando nos perturba. No Brasil não há uma rede de franquias de sapatarias no tamanho e molde que temos hoje. É preciso formatar o negócio, mas é difícil fazer isso. Então, ficamos divididos entre focar para ser um franqueador ou continuar buscando a excelência como temos feito. Até agora, opto pela segunda opção”, finaliza. Vale lembrar que o Brasil é um dos únicos países do mundo que possui uma lei específica para o setor, chamada de lei de franquia. Para transformar um negócio em uma, é preciso adequação jurídica e de gestão. A ABF orienta as empresas que têm esse desejo. Já o Sebrae, pode orientar um futuro franqueador se o negócio é viável ou não, através do seu perfil.

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MERCADO DE TRABALHO

DIVERSÃO E TRABALHO,

SONHO CONSUMADO POR PRISCILA OKADA

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Milhares de pessoas vão para o trabalho, todos os dias, entediadas com a rotina e o desprazer pelo que fazem. Entretanto, para outras, diversão e trabalho estão lado a lado.

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azer o que gosta como forma de trabalho e de “ganhar a vida” é um dos maiores objetivos de qualquer pessoa. Desde a infância somos incentivados a buscar o que gostamos. Existem profissionais que encontraram essa união e compartilham o segredo. Há 33 anos, a água começou a fazer parte do cotidiano de Silvio Carlos Teodoro, que, antes do curso de salva-vidas, era responsável por limpar piscinas e zelar o patrimônio de um clube trirriense. Adorador da prática esportiva na água, buscou o curso profissional que mais se enquadrava nessa atividade, o de salva-vidas. Desde então, Teodoro descobriu o que mais gosta de fazer. “Ao mesmo tempo em que estou trabalhando, me divirto. Meu trabalho é um lazer”, conta sorridente, além de revelar algumas vantagens. “Quando estamos com outros colegas, podemos nos revezar e ficar dentro d’água. Além disso, o ambiente é ótimo, conversamos com as pessoas, rimos bastante e compartilhamos momentos felizes dos frequentadores”, argumenta. Toda segunda-feira, reserva o dia para cuidar da piscina do clube onde trabalha, para que a água esteja pronta para ser utilizada durante a semana. O momento também serve como reflexão para ele, que dedica os tempos livres e tranquilos para estar em dia com a atividade física e treinamentos para competições de natação. A idade? Para ele não é um empecilho, já que, aos 59 anos, a saúde e a cabeça es44

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O salva-vidas Silvio Carlos consegue unir o trabalho e o lazer na mesma atividade tão em plena forma. Para os interessados nesta profissão ele orienta ser necessário ensino fundamental, estar em dia com as obrigações eleitorais, não ter sofrido nenhum tipo de condenação criminal, ter no mínimo 18 anos, além de passar pelo rigoroso processo seletivo. A formação deve ser completa, por isso, segundo ele, também é preciso nadar muito bem, ter conhecimento das técnicas de respiração, massagem cardíaca, oceanografia, cuida-

SALVA-VIDAS Silvio Carlos Teodoro adora a prática esportiva na água

dos com o banhista e agilidade nas ações de prevenção e salvamento, quando segundos tornam-se preciosos. Cristiane Pereira Martins transformou a necessidade em felicidade quando optou por fazer o curso de segurança. Viúva e mãe de quatro filhas, teve que ir à luta para ganhar o sustento da família. Atualmente, se divide em três atividades: a de estudante universitária, auxiliar administrativa em um clube esportivo e a de segurança. De acordo com Cristiane, que encontrou na nova habilidade [segurança] uma forma de faturar um dinheiro extra, a atividade veio para completar sua vida. “Posso estar em vários lugares. Eu gosto de eventos e festas e, mesmo com a responsabilidade de zelar pelo espaço e pelas pessoas, consigo me divertir e assistir alguns shows. Quanto ao preconceito por ser mulher, ela revela: “posso dizer que não sofro discriminação. Para lidar com algumas situações, como brigas, saio bem e, geralmente, a mulher é mais ouvida neste caso, pois tentamos contornar as situações de uma forma mais calma”, se qualifica. Para Flávio dos Reis Paiva, garçom há 30 anos, “o prazer em atender às pessoas é muito grande. Na vida, você tem que começar com alguma profissão e nessa eu me identifiquei rapidamente. Todos me conhecem, converso bastante e tenho o prazer em atender bem”, argumenta. A profissão de garçom é uma das que mais fazem parte da cultura popular. O atendimento, quase sempre personalizado, faz


GARÇOM Flávio dos Reis Paiva diz ter prazer em atender os clientes

SEGURANÇA Cristiane transformou a necessidade em felicidade quando optou por esta profissão

com que esse profissional se torne, em alguns casos, personagem principal de bares e restaurantes. Alguns clientes os maltratam, outros os adoram. Essa é uma das poucas profissões em que se avalia o profissional ao contrário, ou seja, quanto menos for notado, melhor estará fazendo seu serviço. “Não chamar atenção, nesse caso, não é desmerecimento, é competência. Ninguém gosta de ser interrompido por um garçom que quer, desesperada-

mente, anotar o pedido ou quando, sem querer, esse profissional derruba a bandeja sobre o cliente”, afirma Paiva. Para o garçom, ter técnica é importante, mas o que vale mesmo é o atendimento afetuoso. “O garçom cativante é o melhor, porém, a simpatia deve ter limite. Importante mesmo é o profissional ter sensibilidade, perceber quando e como se aproximar, ser atencioso sem ser chato, enfim, ser ‘legal’ sem ser inconveniente. Nesta

profissão, o bom humor é fundamental”. Quanto à questão financeira, ele observa que “se a empresa tiver um bom atendimento e crescer, os funcionários tendem a ir pelo mesmo caminho. Não trabalho só por dinheiro, mas o que eu ganho aqui não dá para reclamar”, finaliza. “Eu trabalho brincando, mas não brinco trabalhando”. É assim que o educador físico Marcus Viana descreve o que faz para ganhar a vida. Na verdade, seu trabalho pode até parecer brincadeira, mas é uma atividade séria, desempenhada em torno de atividades lúdicas, que proporciona ao público momentos de alegria e descontração. “O bom de trabalhar feliz é que você não vê o que faz como uma obrigação, isso beneficia, principalmente, a vida familiar. Não levo tristeza e trabalho para casa, sou inteiro na profissão e na vida pessoal”, explica o recreador. Ao conhecer um pouco mais sobre pessoas que conseguiram unir o trabalho ao lazer, talvez seja possível buscar um equilíbrio na vida e, quem sabe, ser tão feliz e realizado como estes profissionais.

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COMPORTAMENTO

CRIANÇAS DE FASES POR ALINE RICKLY

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Elas são pequenas, estão cada vez mais espertas, atentas, amigáveis, extrovertidas, introvertidas e inocentes, inúmeros são os adjetivos que as tornam iguais mesmo com suas particularidades. A cada idade uma nova etapa e um novo desafio para os pais. No início, os brinquedos tradicionais como bonecas e carrinhos chamam mais atenção e, conforme elas crescem, os aparelhos digitais passam a atraí-las mais. Sem contar os aspectos da personalidade que evoluem com o passar do tempo.

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lgumas características em comum podem ser percebidas em diferentes crianças com a mesma idade. E isso não é apenas uma coincidência. Elas passam, sim, por fases quando cada faixa etária possui um padrão de amadurecimento, aprendizado e assimilação. Estes fatores foram pesquisados pelo

teórico Jean Piaget, que em seus estudos mostrou as principais etapas do desenvolvimento cognitivo das crianças de acordo com suas idades. A psicóloga Letícia Rinaldi explica os estágios da evolução segundo Piaget. “Até os dois anos as crianças passam pelo estágio sensório-motor quando elas não representam mentalmente os objetos,

após essa fase começa o avanço da capacidade simbólica. É característico, neste período, por exemplo, o egocentrismo. Após essa idade elas já possuem uma organização mental integrada”, informa. Márcia Filgueiras tem três filhos e percebe que a idade é um fator importante que acarreta mudanças. Ela é mãe do João Victor Filgueiras, 10 anos, Garevistaon.com.br

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COMPORTAMENTO

INFORMAÇÕES Stephany está sempre atenta a sites que possam ajudá-la com o desenvolvimento de seus filhos

“A pedagoga Patrícia Bastos explica que no início a criança experimenta o mundo a partir dos sentidos e por isso são comuns as mordidas” ga, já é possível entender o mundo. “Agora o abstrato toma forma em todos os aspectos sociais da criança”, afirma. Sobre a diferença entre meninos e meninas ela ressalta: “em minha opinião é mais uma influência social, da família e da mídia. Na educação infantil vemos esse processo começar quando o menino não quer usar o lápis rosa porque é ‘de menina’ e, consequentemente, elas não poderem brincar com super-heróis e carrinhos porque são brincadeiras ‘de meninos’”, enfatiza. A escola representa um papel importante para o amadurecimento das crianças, como explica Patrícia. “A instituição de ensino ajuda muito para que os pequenos se tornem independentes. Uma criança que faz a educação infantil, por exemplo, tende a se desenvolver melhor e mais rápido, porque aprende a dividir as coisas, os espaços, as pessoas. Aprende a comer sozinha, ir ao banheiro e a se limpar. É claro que com a presença do professor que estimula a independência. No entanto, esta prática na escola tem que ir para além dela, ou seja, é necessário que exista uma continuidade em casa”, alerta.

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briel Filgueiras, 6, e Lucas Filgueiras, 3. Márcia confessa que eles têm muitas coisas incomuns. “O João Victor é mais dependente, tem ciúmes dos irmãos, não se dedica ao colégio e não faz nada sozinho. Tenho que estar perto para ele fazer o dever de casa e até para vestir uma roupa. Já o Gabriel sempre foi tranquilo, interessado pelos estudos e independente para se vestir. O Lucas ainda depende por ser pequeno, mas já escolhe as roupas, o carro que quer sair e começou a querer imitar as atitudes dos irmãos”, comenta. Atualmente, João Victor e Gabriel querem jogar futebol, videogame e assistir filmes, enquanto o caçula quer brincar com os bonecos, carrinhos, guitarra e os diversos brinquedos próprios para a idade dele. O curioso é que, com apenas três anos, Lucas já se sente “grande” e está

sempre atento às conversas, como no dia da entrevista em que ele mesmo contou sobre o que gosta de fazer, suas brincadeiras e filmes preferidos. Na lista constam Chaves, Scooby Doo, Homem aranha, Super-homem, Batman e claro, não poderia faltar o Ben 10, personagem preferido pela maioria dos meninos nesta idade. Bernardo Britto tem apenas cinco anos e já faz tudo sozinho. A mãe, Bianca Lago Britto, conta que a maturidade veio de acordo com o que lhe era imposto. “Agora o comportamento dele é de querer mostrar que é homem”, comenta. Também apaixonado por Ben 10, futebol e lutas, Bianca conta que ele está começando a entrar na fase do videogame. “Teve uma época que adorava montar quebra-cabeça. O Bernardo brinca sozinho, coloca os bonecos para conversar”, diz. Ela conta que teve que colocá-lo na escola cedo, principalmente para que aprendesse a compartilhar as coisas. “Por ser filho único ele era muito egoísta”. Também baseada nos estudos de Piaget, a pedagoga Patrícia Bastos explica que, no início, a criança experimenta o mundo a partir dos sentidos e, por isso, é comum inclusive as mordidas. “Até os dois anos, elas colocam tudo na boca para conhecer o que está ao seu redor”, diz. Na fase do egocentrismo, Patrícia explica que é normal que elas estejam mais grudadas à mãe e que não queiram dividir nada. “Este é um período mais caracterizado pelo pensamento do que pela linguagem”. A partir dos sete anos, segundo a pedago-

ANIVERSÁRIO Bianca ao lado do Bernardo na festa com o tema do filme Madagascar, que ele adora

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BRINCADEIRA DE CRIANÇA Aos três anos, Lucas se considera grande, mas gosta de brincar com bonecos e carrinhos

VIDEOGAME Gabriel e João Victor se divertem com jogos de futebol e de carros


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RELAÇÃO Para a psicóloga Isis Kronemberg, criar um bom relacionamento com os filhos é a melhor forma de compreendê-los

Stephany Rodrigues Almeida Andrade colocou o seu primeiro filho, Manoel Almeida de Andrade, para estudar com um ano e dois meses e percebeu muitos avanços. Mãe de primeira viagem, ela teve que aprender a lidar com a promoção da independência. “O Mano-

el aprendeu a andar com nove meses e com um ano e dois meses já estava falando bastante. A escola foi ótima para o desenvolvimento. Depois que entrou, ficou mais esperto”, ressalta. A mãe faz de tudo para que o filho consiga fazer as coisas sem a ajuda dela. “Sempre tentei estimular as atividades vendo o que posso fazer. Ele gosta de comer sozinho, tomar banho, mas é claro que tenho que ficar supervisionando. Agora, com cinco anos, ele está na fase das letras, tudo pergunta: ‘Mãe como que escreve isso?’, até no computador ele sabe mexer e gosta”, disse. Manoel é vaidoso e a mãe conta um fato engraçado: “com três anos ele ganhou uma bota do Ben 10 e queria usá-la em todos os lugares”, recorda. Há três meses nasceu a segunda filha da Stephany, Antonela Almeida de Andrade. “Mesmo em pouco tempo, percebo que cada semana ela muda. Ela é quietinha e começou a sorrir agora. Tento conversar porque acho que é uma forma de estimular. Quando canto, ela fica paradinha me olhando”, relata. Para se ade-

quar às diferentes fases dos dois filhos, Stephany está sempre atenta a sites na internet que ajudam a entender as crianças. A psicóloga Isis Kronemberg Marinho considera primordial a busca por informações, visto que hoje há no mercado centenas de livros sobre o desenvolvimento da criança, sem mencionar a internet. “Também é recomendado conversar com pais mais experientes, os avós da criança e educadores que também podem ser uma fonte de dicas e de tranquilidade. O mais importante é observar o filho e conhecê-lo. Criar, desde cedo, um bom relacionamento, ao passo que conforme ele for crescendo será possível que os pais o compreendam e vice-versa”, destaca. Letícia Rinaldi encerra ao dizer que o importante é sempre amar os filhos sem esquecer os limites. “Eles precisam brincar, se sujar, usar sua criatividade, mas não podemos deixá-los fazer o que bem entender. A criança que percebe conseguir tudo na hora que bem entende, quando maiores, serão difíceis de se ajustarem às regras sociais e ao mundo lá fora”.

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COMPORTAMENTO

POR PRISCILA OKADA

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O nome leva o indivíduo a se reconhecer e a ser reconhecido como parte de um grupo de pessoas, seja em casa, na escola ou na sociedade. Muitos pais os escolhem com intuito de homenagear alguém próximo da família ou algum ídolo. Especialistas falam a respeito do assunto que pode ir além do que se imagina.

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ual é o seu nome? A pergunta é banal para a maioria das pessoas, mas para algumas pode ser bastante embaraçosa ou o início de uma maratona de explicações. Às vezes é preciso até mesmo soletrá-lo. Trata-se daqueles indivíduos batizados com nomes incomuns, seja de origem estrangeira, artístico ou fruto da criatividade privilegiada dos pais. Para piorar, a resposta pode ser seguida de risos e piadinhas por parte do interlocutor. “Já me acostumei com estranhamentos. Mesmo sendo um nome fácil de entender, as pessoas sempre acham que é apelido”, conta Michael Jackson Ferreira de Paula, 36 anos. “Curiosamente, as pessoas não brincam tanto com o meu nome. Eu sou motoboy e cada um aqui no ponto tem um apelido, o meu 50

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[ratinho], por incrível que pareça não tem nada a ver com o meu nome”, brinca. A origem do famoso nome? A madrinha de Michael era fã do ídolo pop e convenceu a mãe a registrá-lo dessa forma. “Quando eu era mais novo e não sabia quem era essa figura, achava estranho, não gostava. Mais tarde, na minha adolescência, ele fazia muito sucesso, aí passei a gostar”, argumentou. Nascido no Rio de Janeiro e criado no nordeste por muitos anos, Michael revela que os professores sempre o chamavam pelo primeiro nome. “Não sei se era para me preservarem, mas deu certo, pois nunca sofri preconceito”, afirmando que quando chegou a Três Rios, há 15 anos, também não teve grandes problemas. “Acho que é cultural. No Brasil, as pessoas costumam chamar sempre pelo primeiro nome e acham

Ao completar 18 anos, qualquer pessoa pode alterar o nome, caso haja constrangimento que o ‘Jackson’ é o meu sobrenome”, afirmou. Quanto ao preconceito ele fala. “Infelizmente, nunca ouço o nome de um executivo com a mesma homenagem do meu nome. Em uma entrevista de emprego isso gera um desprestígio, certamente que outra pessoa que tenha as mesmas características, mas que não tenha um nome diferente tem mais chances de pleitear a vaga’’, acredita, mas deixa claro que tem orgulho em se chamar assim. “Não posso dizer que sou único, mas raro posso di-


zer que sou. Muitas pessoas também se aproximam de mim por curiosidade, isso é legal. Minhas filhas também adoram quando passa um clip musical do Michael na televisão, elas me chamam e fazem o comentário – ‘Pai, o cara com o nome igual o seu está na TV’”, finaliza. O estudante Jean Claude Van Damme Silva Santos, 13, costuma passar por situações inusitadas graças ao nome. “Geralmente são agradáveis, todo mundo quer me conhecer”, conta. Para ele, que leva na esportiva as brincadeiras dos amigos, dá até para tirar algumas vantagens. “As pessoas não se esquecem de você. Mesmo quando não lembram o nome, sabem que é algo diferente, eu adoro meu nome.” A exclusividade agrada principalmente aos pais, que são fãs do ator bélgico, reconhecido mundialmente pelos filmes de lutas. “No início tínhamos receios dele não gostar do nome que escolhemos, cheguei a levá-lo no cartório e deixei escolher se queria permanecer com o nome e ele quis”, relatou o pai orgulhoso. Cuidado

Para a psicopedagoga Tereza Guaraciaba, o assunto merece atenção, principalmente por parte dos pais. Segundo ela, é importante que a pessoa tenha um nome com o qual se sinta confortável e orgulhosa. “Se for constrangedor, vai

MICHAEL JACKSON O mototaxista diz nunca ter sido vítima de piadas com o nome

VAN DAMME O jovem pretende atuar como o seu ídolo

causar problemas para o indivíduo o resto da vida. É uma marca”, analisa. De acordo com Tereza, dentro da sala de aula, o orientador pode fazer de tudo para que os educandos respeitem uns aos outros. Mas fora, a criança está sujeita a ser alvo de piadas, exposta ao ridículo. “A pessoa que foi trabalhada e tem uma personalidade estruturada vai lidar bem com isso. Agora, existem crianças que se envergonham em falar o próprio nome”, aponta e conta situações em que essa exposição pode ser prejudicial. “Quando ele vai tirar um documento, ela pode não ser reconhecida pelo próprio nome, a pessoa passa a adotar um apelido por vergonha”, enfatiza. Para minimizar esses riscos, Tereza dá a dica aos pais: “evitem colocar um nome muito grande. Se você vai fazer um tipo de homenagem, tem que medir as consequências. Use nomes simples. Para quem repete o nome do pai, do avô, o ideal é que ela tenha sua própria referência, caso contrário essa criança pode crescer frustrada e pode ficar apagadinha em relação às outras”. De acordo com o substituto do cartório de registro civil Fábio Paço do Vale Silva, a lei federal nº 6.015/73 assegura o direito de não fazer o registro de uma criança se o oficial considerar que o nome indicado pelos pais possa trazer algum constrangimento ao indivíduo. Recentemente, oficiais de um hospital de Curitiba apoiaram-se nessa determinação para se recusar a fazer o registro de uma menina a quem o pai queria chamar Hyzaboh. O registro foi negado em três cartórios. Para Fábio, a lei é importante. “Além de não fazer o registro, o oficial deve explicar para a pessoa que o nome vai ridicularizar a criança, que vai ser alvo de deboche na escola, por exemplo”. A

FÃ O jovem trirriense adora ser comparado com o bélgico

decisão é baseada puramente no bom senso do oficial, mas como é uma escolha subjetiva, a lei dá aos pais o direito de recorrer ao juiz competente, quando não se conformarem com a recusa. “O objetivo da lei é colocar em primeiro lugar o direito da criança de não ser exposta ao ridículo”, afirma Silva e completa ao dizer que a lei não se restringe ao primeiro nome. Sobrenomes que possam trazer algum transtorno também podem ser questionados. Substituição

Se o nome constrangedor for registrado, a pessoa tem a opção de mudar. Ao completar 18 anos, o indivíduo tem o prazo de um ano para, pessoalmente ou por procurador, alterar o nome, desde que não prejudique os apelidos de família. Passado esse tempo, ele terá de entrar com uma ação judicial. Apresentando uma justificativa ao juiz, a pessoa consegue alterar o registro. Os pedidos de alteração oficial são diversos, “e, em geral, podem ser solicitados em um cartório de registro civil, que encaminhará a solicitação ao Ministério Público e ao juiz competente”, diz o advogado Cassio Gonçales. A pessoa interessada deve reunir os documentos que comprovem sua pretensão de alteração de prenome ou sobrenome (para erro de grafia, por exemplo, certidão de nascimento, RG, etc) e no caso de prenome constrangedor, documentos e/ou testemunhas que demonstrem o constrangimento. revistaon.com.br

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LUZ, CÂMERA, PRODUÇÃO! FOTOS DIVULGAÇÃO

Com experiência no ramo, a produtora audiovisual de Petrópolis quer transformar ideias e necessidades de pessoas e empresas da região em realidade.

EQUIPE Profissionais das áreas de comunicação, artes gráficas e filmografia compõem a Theobald Filmes

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elas imagens e boas ideias conquistam e, pensando nisso, uma empresa de produção audiovisual está há mais de uma década oferecendo os melhores serviços aos clientes. Trata-se da Theobald Filmes. Seu início é lembrado por Marcelo Theobald, diretor comercial da produtora. “Eu e o Hugo Theobald (diretor geral) participávamos de promoções em um shopping petropolitano. É engraçado e parece mentira, mas conseguimos ser sorteados três vezes seguidas em uma dessas promoções e os prêmios eram produtos eletrônicos. Assim, conseguimos trocá-los por uma filmadora e outros equipamentos. Desta forma começamos, inventando roteiros, produzindo e editando”.

A empresa realiza a pós-produção em plataforma Apple O tempo passou e Hugo, com um grupo de amigos, começou a produzir um programa chamado “Flagrante”, exibido pela TV Cidade Imperial, em Petrópolis. Com o trabalho, a emissora contratou a equipe para produção de vinhetas e comerciais. Depois disso, Hugo começou uma pequena produtora em sua própria casa, que se transformaria, mais tarde, na Theobald Filmes. Sem medo de inovar, o diretor de fotografia ainda assina

os roteiros e a edição dos trabalhos, formando, com sua equipe, a produtora que está sempre à frente das melhores produções de Petrópolis. Agora, a Theobald Filmes entra no mercado de Três Rios e região. Com profissionais capacitados, a produtora está pronta para atender à demanda de comerciais, institucionais, programas de TV, vinhetas 3D e 2D, vídeos de treinamento, motivacionais, entre outros. A pós-produção tem edição e finalização na plataforma Apple, com os softwares Final Cut, After Effects, Cinema 4D e Apple Color. Se você entende um pouco do mundo audiovisual, já conseguiu perceber a qualidade dos produtos. Caso seja totalmente leigo no assunto, vale sa-


QUALIDADE Com equipamentos de ponta, a produtora desenvolve trabalhos incríveis

COMPROMETIMENTO A Theobald Filmes garante a entrega do material produzido no tempo combinado

ber que estas são as melhores ferramentas disponíveis no mercado. A Theobald Filmes também aluga equipamentos, como câmeras HDSLR, lentes e filtros, equipamentos para iluminação, geradores, tripés, grua, travelling,... Tudo o que você precisa para transformar suas ideias em realidade.

Há menos de um ano na Theobald Filmes, a produtora executiva Eliana Castilho tem em seu planejamento fazer a empresa trilhar novos caminhos. “Procurei a Theobald para orçar um trabalho pessoal, fiquei impressionada com a qualidade técnica e humana da empresa e logo fizemos uma parceria e produzimos um documentário para TV que ficou muito bom. Desde então, me envolvi tanto que hoje me associei à empresa e estamos trabalhando no posicionamento da Theobald no mercado publicitário, institucional e programas para TV. Nossa meta é ser a melhor produtora de vídeo do interior do Estado”. Além de Eliana, Hugo e Marcelo, a equipe é formada por Alexandra Viard (secretária de produção), Abraão Segat (operador de câmera e editor), Rafael Motta (operador de áudio) e Gregori Bastos (diretor de fotografia). Com inovação e grande capacidade, a Theobald Filmes lhe convida para conhecer seus trabalhos já desenvolvidos, para se apaixonar e se propõe a produzir o que você ou sua empresa precisa com destaque de belas produções e imagens.

Rua Armando Martins, 11 Petrópolis / RJ Tel.: (24) 2246-0371 E-mail: contato@theobald.com.br Acesse: www.theobald.com.br


SHUTTERSTOCK

COMPORTAMENTO

NA PONTA DOS PÉS POR ALINE RICKLY E RAFAEL MORAES

FOTOS REVISTA ON

O balé clássico pode ser calmo para quem assiste a uma apresentação sentado na cadeira ou pela TV, mas para quem usa a sapatilha, essa dança pode ser a solução para melhorar a qualidade de vida, ajudar a perder os quilinhos indesejados e realizar o sonho de quem está na fase adulta. Em Três Rios e Areal, por exemplo, academias apostam em turmas voltadas para mulheres que dançavam quando crianças ou eram apaixonadas pela modalidade, mas tiveram a oportunidade agora. 54

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profissão não faz diferença. O que importa é a paixão pela dança e a disposição de enfrentar 90 minutos intensos de exercícios. Arquitetas, psicólogas, advogadas, fisioterapeutas, professoras, nutricionistas, estilistas... têm a mesma paixão e uma mesma necessidade: gostam de dançar e precisam realizar uma atividade que ajude na manutenção de um corpo mais sadio. Diante desta vontade, a estilista Márcia Pinheiro, 52 anos, que se mudou do Rio de Janeiro para Anta, distrito de Sapucaia, cidade a 44 km de Três Rios, sentiu falta de um lugar para fazer suas aulas. Assim, ela procurou uma academia trirriense e foi pioneira em uma turma específica para adultas. “Quando comecei a fazer aulas, era com meninas de 14 anos. Ficava até com vergonha. Com o tempo, a atividade foi divulgada e hoje temos uma turma só nossa”, contou. A estudante Bruna Gonçalves, 23, diz que a dança relaxa e contribui para o condicionamento físico. “O abdômen e as pernas ficam definidos. Sem contar que depois do trabalho não há nada melhor para relaxar. Aqui encontro tranquilidade”, afirma. Por ser ao mesmo tempo uma atividade prazerosa [os movimentos acontecem de acordo com o compasso da música] e um exercício físico que libera endorfina, uma substância responsável pelo prazer, o balé proporciona muito bem-estar. A psicóloga Octávia Barros, 43, procurava algo que lhe encantasse e encontrou. “Eu precisava disso, uma atividade que proporcionasse um momento lúdico na minha vida e, que ao mesmo tempo,

ESTILISTA Márcia Pinheiro voltou a usar sapatilha no balé em Três Rios

400 calorias são perdidas em uma hora e meia de aula

trabalhasse o meu corpo para aprender a respirar e a encontrar o equilíbrio”, salienta ao comemorar o compartilhamento de experiências e emoções com as colegas de aula. A diferença entre alunas mais novas e as adultas vem das explicações de Mariclara Mockdece Neves e Nasta Abdu, respectivamente, professoras em academias de Três Rios e Areal. “Com certeza é mais fácil dar aulas para as adultas. Elas gostam e se dedicam mais”, conta Mockdece. O

empecilho que pode ser superado é, segundo ela, o fato das adultas não terem a experiência de quem já praticou quando jovem. Abdu visualiza a alternativa, “quando elas já fizeram na infância, chegam com uma linguagem corporal mais dançada”, revela. Este é o caso da arquiteta Juliana Kloh, 35, que fez balé quando criança e sempre teve vontade de voltar. “Encontrar esta turma em Três Rios foi realmente um presente”. Amanda Vilela, 27, e a irmã Priscila Vilela, 31, também praticaram a dança na infância, quando a mãe escolheu a atividade para as filhas. “Comecei a dançar aos três anos, mais tarde tive que parar por causa da faculdade e do trabalho, mas não aguentei ficar longe. Faço uma vez por semana, às vezes duas”, contou Priscila. revistaon.com.br

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COMPORTAMENTO

ATIVIDADE FÍSICA Através da dança clássica as bailarinas ganham força e resistência

Os benefícios

Mais que um estilo de dança, o balé também pode ser considerado uma atividade física. “Ele integra a música, a dança, o corpo e ainda alonga. É relaxante, uma terapia de verdade”, acredita a aluna Priscila sustentada pela professora Mariclara que define como uma arte que desenvolve, além da postura, ritmo, musicalidade, autoconfiança, flexibilidade e equilíbrio. “Em um mês a barriga endurece, a postura fica outra, e o melhor é que é duradouro”, afirma Márcia Pinheiro. Mockdece disse que uma de suas alunas tinha problemas com o equilíbrio e o balé ajudou amenizar. “É bom até para o andar no dia a dia”, completa. Daniele Andrade Macedo, 32, trabalha na academia de Nasta em Areal e enumera os pontos altos das aulas. “Aqui fazemos alongamentos e treinamos a mobilidade articular, que contribuem para manter o físico, permitindo o ganho de resistência e força”. “Em uma hora e meia de aula, 400 calorias são queimadas. O balé pode ser considerado um esporte e supre a necessidade de uma academia, pois fortalece as pernas, membros infe56

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INTERAÇÃO A convivência contribui para que as aulas sejam ainda mais agradáveis

riores, glúteos e os músculos inferiores. A atividade é liberada para qualquer idade”, ressalta Mariclara. Isso foi confirmado em um trabalho realizado pelo professor fisioterapeuta

Tim Watson, da Universidade de Hertfordshire, no Reino Unido. Ele concluiu que o balé clássico apresenta melhor resultado em sete de dez quesitos de condicionamento físico. O estudo


AMADURECIMENTO O fato delas serem mais velhas ajuda a se dedicarem mais

comparou o desempenho de nadadores olímpicos e bailarinos. Foram avaliados o salto à distância, salto em altura, porcentagem de gordura corporal e equilíbrio psicológico. Os nadadores ficaram à frente nos aspectos de resistência, força nos músculos anteriores e posteriores das coxas e índice de massa corporal. No entanto, o trabalho confirmou que o balé pode ser considerado uma grande atividade física ao proporcionar um maior condicionamento, equilíbrio corporal entre outros benefícios, como desenvolver a coordenação motora, favorecer o alinhamento da postura e aumentar a força muscular. Hortência Bonato, 24, escolheu essa modalidade de dança por não gostar de academia. Ela começou aos 12 anos, parou anos depois e recomeçou recentemente. A nutricionista confessa que havia voltado por causa da companhia das amigas e, depois, porque precisava fazer um exercício físico. “O balé é fantástico, tira o estresse, ajuda a memória, coordenação e ainda dá força e disciplina. É completo”, acrescenta. História

O balé clássico surgiu nas cortes italianas no início do século 16. Ainda que não se saiba de onde veio a inspiração para os seus primeiros passos e coreografias, foi do termo italiano balletto (“dancinha”, “bailinho”) que se originou à palavra francesa ballet. Neste época, a dança era considerada uma diversão da nobreza. O apreço foi tanto que a princesa italiana Catarina de Médici (1519-1589) a introduziu em uma nova corte quando se casou com o rei da França Henrique II. revistaon.com.br

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Agora vocĂŞ sabe onde encontrar

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Especial dia das Crianças


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MODA

Fernanda Eboli fernanda@dafilha.com.br Designer de moda, proprietária do e-commerce www.dafilha.com.br e do blog de moda ww.sushidechocolate.blogspot.com FOTOS CAMILLE NUTTALL

SONHOS DE OUTROS MUNDOS

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moda de festa infantil não para de crescer e esta lançando lindas coleções. Hoje, as crianças estão mais independentes, o que pode ser bom ou ruim. Os pais não escolhem mais as roupas, os filhos já têm seus estilos formados e sabem muito bem o que querem. Diariamente, eles são vítimas do exagero da mídia, o que os torna cada vez mais precoces, consumistas, individualistas e vaidosos. Portanto, os pais devem ficar antenados às escolhas dos seus filhos para orientá-los na hora da compra. Para não cometer exageros na hora de ir a uma festa e correr o risco da criança parecer um adulto mirim ou ficar infantil demais para sua idade, sugiro sempre a produção com tecidos lúdicos como o tule. Ele dá uma jovialidade à roupa fazendo referência às bailarinas e, ao mesmo tempo, proporciona uma sofisticação. Para compor com o tule, a grande tendência do momento são as cores pastéis, detalhes de lantejoulas, miçangas e penas. Um universo de princesas, fadas e bailarinas. Em dias frios, uma ótima escolha são os casaquinhos de tricô que dão um toque de romantismo à roupa e, ao mesmo tempo, proporciona liberdade de movimento e conforto às crianças, afinal elas gostam de se divertir e não podemos abrir mão deste detalhe tão importante. Falando em acessório, acho muito charmosos os arcos com detalhes mais elaborados como os da foto. Para aquelas pequenas mais ousadas, amo essa boina com paetê bordado. Salto não é o ideal para essa idade, sugiro sapatilha e sapatos boneca. 64

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YOUFASHION

BÁSICAS SIM,

MAS COM ESTILO!

POR ALINE RICKLY

FOTOS REVISTA ON

Nada melhor para o dia a dia que uma boa calça jeans e uma blusa regata com uma cor sóbria e que não chame a atenção. Sem exageros e com o mínimo de conforto, é o que muitas mulheres procuram para a rotina e nem por isso deixam de estar estilosas e bem arrumadas.

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ara ir trabalhar ou estudar, não é preciso investir tanto no look como para uma balada ou um encontro a dois. O que não quer dizer que, por este motivo, as mulheres vão sair por aí desarrumadas, pois existem inúmeras formas de compor estilos descolados que permitam sofisticação, mesmo de forma básica. Para garantir tal informação, a designer de moda Leticia Gabrich diz que o segredo é optar por peças clássicas, prontas para usar e que o estilo básico pode ir a qualquer lugar, desde que se tenha uma atenção especial na hora de compor o look. “É necessário também ter bastante atenção no modelo, pois é ele que vai dizer se você está ou não adequada à ocasião”, adverte.

LIGADA NA MODA Helena dá algumas dicas para que as mulheres estejam em sintonia com as últimas tendências 66

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“Um look básico serve para qualquer ocasião hoje em dia”, designer de moda Helena Bonato

Quem concorda é a também designer de moda Helena Bonato. “Tudo depende da escolha certa da modelagem das roupas. Um look básico pode ir a qualquer ocasião hoje em dia. Por exemplo: um vestido preto básico, curto, com uma sapatilha preta de glitter daria um ótimo visual para um casamento. Um jeans skinny com blazer azul marinho, bata branca e uma sandália nude de salto também seria uma composição agradável para um jantar de negócios”, afirma. No leque de roupas básicas, Leticia cita algumas que não podem faltar no guarda-roupa feminino. “De uma forma bem direta são aquelas peças que nunca saem de moda e combinam com tudo. Podem ser chamadas, também, de peças curingas, pois parecem ficar ali esperando aquele dia em que não há tempo para escolher entre tantas opções e sabemos que elas combinam com tudo e servem para qualquer oportunidade”, destaca. Entre esses modelos chaves, a designer cita o jeans, o cardigã, a saia de cintura alta preta, o blazer, o cachecol e acrescenta: “A camisa branca simples, da mesma forma que o jeans, é 100% versátil”.


DESPOJADA Pâmela gosta de andar à vontade

TRADICIONAL O jeans continua com destaque e pode ser usado com um lenço para dar um toque a mais na produção

Sobre as cores, Gabrich sinaliza que na atualidade não há um padrão para os tons básicos. “A moda está cada vez mais democrática, mas para não ter erro, o branco, preto, marrom, vermelho, azul e suas va-

riações são sempre certeiras”, garante. A trirriense Pâmela Chaves não se considera presa à moda, mas gosta de se vestir com roupas confortáveis. “Como estudo à noite e não tenho que ir uniformizada, uso

a calça jeans e umas blusas básicas, normalmente sem estampas”, afirma. A estudante é a favor de cores neutras, mas acompanhadas de acessórios. “No verão, prefiro os tons brancos e verdes para roupas”, diz. Gerente de uma loja tradicional em moda básica em Petrópolis, Tamiris Portugal explica que a procura pelo preto e branco é normal, assim como o jeans, mas que, curiosamente, as peças coloridas estão ganhando destaque ultimamente. “O cliente agora procura ainda mais o que está na moda”, diz. A designer Helena ainda dá algumas dicas essenciais para as mulheres. “Atualmente temos que estar atentas às informações e com o estilo não é diferente. É indispensável estar sempre de olho nos últimos lançamentos de roupas e acessórios para montar um look moderno e bem arrumado”. Segundo ela, a camiseta pode ser branca com uma modelagem mais sofisticada e o jeans pode ter uma lavagem mais detonada. “São pequenos detalhes que deixam as mulheres mais arrumadas”.

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A SABEDORIA

PEDE PASSAGEM POR FREDERICO NOGUEIRA

FOTOS ARQUIVO PESSOAL

Se a vida é tratada como uma grande viagem, com chegadas e partidas, a de Marco Aurélio Vieira Soares acontece de ônibus. Ao lado do primo André Soares, comanda uma das maiores empresas de transporte da região. Carreira, família, desafios e muita humildade são ingredientes para formar sua personalidade. Membro atuante na sociedade, não se cansa de aprender e ensinar. Agora, comemora o sucesso [e o progresso, com o perdão do trocadilho] de uma vida dedicada ao empreendimento da família, que completa 60 anos.

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JCLICK

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le lembra ser natural do município de Vassouras apenas quando questionado sobre o local de nascimento. Em Três Rios desde 1975, Marco Aurélio Vieira Soares adotou a cidade como sua terra e, nela, tem o respeito e o reconhecimento da população. O jeito tranquilo e o ar sério são marcas registradas de alguém que não faz questão de aparecer, mas de observar tudo a sua volta. Com ele, minutos de conversa se transformam rapidamente em horas. Atual diretor-executivo da Viação Progresso com o primo André Soares, sua inteligência e a constante busca pelo saber fazem dele inspiração para quem não tem medo de sonhar e crescer como pessoa. Filho de Esmeraldina Vieira Soares e Hélio Vieira Soares, um dos fundadores da empresa que dirige atualmente, Marco Aurélio nasceu e cresceu perto dos ônibus da família. “Os locais de brincadeira eram dentro da Progresso, que ficava ao lado da nossa casa”, conta. Na época, a família já havia migrado para Barra do Piraí. Segundo dos quatro filhos do casal, quem confirma a relação com a empresa é a irmã mais velha, Sandra Regina. “Nossa família inteira anda com óleo diesel na veia”, brinca. Mas há uma explicação para esta ligação tão forte. A empresa foi fundada em novembro de 1952 e Marco Aurélio nasceu em outubro de 1958. Por este motivo, sua vida, as de seus irmãos e primos se confundem com a da viação. A família Soares conheceu o lado empreendedor a partir de Francisco Soares da Costa Filho, o Chiquinho, avô de Marco. Precisando criar os filhos, teve a ousadia de arriscar ao sair da vida rural e começar um negócio na zona urbana, ainda em Vassouras. Montou uma mercearia e, em seguida, passou para uma padaria. “Nela, meu avô colocou os filhos para trabalhar. Tempos depois, a vendeu para eles, que pagariam com a própria produção. Com a experiência, meu pai e tios se lançaram em uma nova área, quando compraram dois ônibus. Arlindo, Paulo e Hélio foram os únicos que continuaram na sociedade”, conta Marco. Até que as brincadeiras se transformaram em deveres aos 14 anos. “Meu 74

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ESTUDIOSO Marco Aurélio na conclusão da oitava série no Colégio Cândido Mendes, em Barra do Piraí

“Nossa família inteira anda com óleo diesel na veia”, irmã Sandra Regina

pai aprendeu fazendo e achava que nós também deveríamos passar por esta experiência”, conta. Aluno dedicado na escola, passou a dividir seu tempo com as primeiras obrigações profissionais. “Sempre muito estudioso e inteligente, não admitia tirar menos de dez. Foi trabalhar, mas a escola sempre esteve em primeiro lugar”, revela a mãe. Sua primeira função na empresa foi a de lavar a frota que já começava a crescer. “Nessa época, havia uma linha, às 6h, para fazer o transporte de estudantes de Barra do Piraí para Vassouras. Para não precisar escalar ninguém, eu era o cobrador”, relembra Marco que, em seguida, passou a ser o responsável pelo almoxarifado. Com a mudança da sede para Três Rios, Hélio se mudou para o município, enquanto o irmão Arlindo ficou em Vassouras e Paulo foi para Juiz de Fora. Assim, Marco finalizou os estudos iniciais no Colégio Ruy Barbosa, enquanto continuava no almoxarife. “A mudança para a cidade foi excelente. Lembro que a primeira vez que vi escolas de samba de verdade foi aqui”. Para escolher um

curso superior, optou por engenharia mecânica na Universidade Católica de Petrópolis. “A escolha foi, em parte, pelo contato que já tinha na empresa e, também, porque sabia que minha vocação estava nas exatas. Não sabia se continuaria na viação, porque a via como a empresa do meu pai e dos meus tios, não imaginava que um dia eles fossem desocupar as cadeiras para dar lugar aos filhos. Então, precisava estudar para fazer a ‘carreira solo’”, revela. Durante o curso, ele fez estágios na faculdade e passou pela Santa Matilde, até que, no final dos estudos, retornou à empresa da família, de onde não saiu mais. Homem de família

Nascido e criado dentro da empresa, não é surpresa descobrir que seu casamento também começou nela. Foi durante viagens com a equipe de futebol da Viação Progresso que Marco Aurélio conheceu Rosilene Kopke e lhe deu, mais tarde, o sobrenome Soares. “Eu trabalhava lá e viajava com eles para torcer. Começamos uma amizade e, depois, namoramos por cinco anos, até que, em 1987, aconteceu o casamento”, conta a esposa. Segundo ela, o marido é, em casa, a mesma pessoa que apresenta na empresa. Desta forma, o mais indicado para explicar quem é Marco Aurélio Vieira Soares é o primo André, com quem divide a sala da diretoria. “Ele tem objetivos definidos e busca alcançá-los. Tem uma determinação muito forte e é dedicado a tudo que faz. Além disso, tem um coração muito grande”, conta. Rosilene completa. “Ele tem um jeito sério e as pessoas acham que é bravo, mas com algum tempo de conversa, os outros veem que não é assim”. O casal tem três filhas: Natália, 25 anos, Vanessa, 23, e Amanda, 15. A mais velha acaba de concluir o curso de medicina. Vanessa segue o mesmo caminho da irmã e está nos períodos finais do curso. Já a mais nova, ainda em idade escolar, passa pelo que as irmãs já passaram. “Assim como meu pai fez comigo, estou levando a Amanda para nos ajudar na empresa. É importante para o crescimento dela”, conta Marco. A filha, que


só tem elogios para o pai, está animada com a experiência. “Meu pai é meu herói, um verdadeiro anjo, é a melhor pessoa que conheci. Ajuda em tudo que preciso e é muito tranquilo. Para eu não ficar sozinha em casa, sem fazer nada, me colocou para ajudar na secretaria, onde estou aprendendo muito”. Se ao lado de todo grande homem há uma grande mulher, o engenheiro foi privilegiado. A primeira grande mulher de sua vida, Esmeraldina, de quem Marco garante ter vindo seu lado organizado, emociona-se ao falar do filho. “Ele é muito parecido com o pai, até as atitudes são semelhantes. Quando meu marido faleceu [em novembro de 2002], foi um choque para todos nós e é até hoje. Foi o Marco que me levou ao nosso sítio, que era uma grande paixão do Hélio, logo depois do acontecimento. Ele, assim como os irmãos e os primos, são muito competentes e o sucesso da empresa mostra isso”. Do pai, guarda um enorme orgulho e garante: “quem conviveu com Hélio Soares, o ‘Hélio da Progresso’ como o chamavam, sejam seus irmãos de Maçonaria, seus companheiros de Rotary, colaboradores da empesa, enfim todos que com ele conviveram tiveram a oportunidade de ouvir suas palavras que eram recheadas de princípios da moral e da ética. A elevada sabedoria conquistada na faculdade da vida foi, sem dúvida alguma, o que o formou em um grande homem”. Esse respeito e apreço pelo genitor é resultado de uma boa relação, algo que estende mesmo após a separa-

GERAÇÕES A partir da esquerda, André, Arlindo, Esmeraldina, Paulo e Marco

ção. “Lembro-me que minha despedida dele foi prometer que o conselheiro ia, mas que os conselhos ficavam. Estou me esforçando muito para seguir seus passos”, revela. Sandra comentou o lado profissional de Marco. “Além de um excelente irmão, o vejo como um trabalhador completo. Ele o André cresceram muito como executivos nos últimos anos”. Amigo desde 1977, o ortodontista Ignácio Vieira de Melo Neto diz que vive aprendendo com Marco Aurélio e que ele o ensinou a ter metas e objetivos desafiadores. “Ele é meu amigo do coração. Tenho alguns amigos, mas ele é o único que tenho confiança plena. Apesar do nível que tem, é a pessoa mais humilde que conheço. Ele me orienta sempre sobre a vida, me faz ser uma pessoa melhor e devo muito a ele nesse sentido. O tempo, muitas vezes é pouco, mas se nos cruzarmos na rua, pode ter certeza que os compromissos dos dois serão adiados”, afirma o compadre. Dar de si antes de pensar em si

DIRETORES Os primos André e Marco Aurélio comandam juntos, desde 2005, a empresa da família

Além de ser conhecido pela carreira profissional e dividir o tempo com a família e os amigos, Marco Aurélio participa ativamente do Rotary Club Três Rios desde 1988 e da sociedade espírita. No clube de serviços, onde foi, por mais de uma vez, presidente, considera cada um dos companheiros rotarianos como amigos que, juntos, prestam ser-

viços à comunidade. Um dos lemas do Rotary é “dar de si antes de pensar em si”. “Diria que todas as pessoas que um dia pensam em entrar em uma instituição como esta já deve ter este pensamento. O que o Rotary faz é ser uma ferramenta para melhorar ainda mais este dom”, afirma. Entre os projetos realizados, um dos que mais o marcou foi o “Ver para aprender”, com a avaliação da acuidade visual de crianças e doação de óculos. “Realizamos o projeto e vimos a carência que existe nesta área. Hoje tentamos transformar esta ideia em algo maior, um projeto para a sociedade em geral”. Já a doutrina espírita entrou em sua vida quando ele menos esperava. “Tenho como uma das minhas características ser questionador. E encontrei, no espiritismo, muitas respostas para as dúvidas”. Tudo começou com a esposa Rosilene que exerceu grande influência nesta direção, pois foi ela quem aderiu à doutrina primeiro. No entanto, somente depois de um acidente sofrido, Marco Aurélio aceitou o espiritismo. “Foi a noite mais angustiante da minha vida. Sonhei com um livro chamado ‘Ação e Reação’. Pedi para minha esposa ver se ele existia e ela o encontrou. Com esse livro, que é espírita, comecei a me interessar pelo assunto. E como gosto de me dedicar a tudo o que entro para participar, estudo sempre e me dá muito prazer viver a doutrina espírita”. Para Marco Aurélio, estes ensinamentos contribuíram com seu processo de transformação revistaon.com.br

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INSPIRAÇÃO

pessoal. “Até então, eu era muito técnico, muito engenheiro. Deixei de ser um pouco assim e passei a ser mais gente. Agora consigo administrar isso bem em mim”, finaliza. O melhor caminho

Nas comemorações do cinquentenário da empresa, em 2002, Hélio Soares lançou um desafio. “Meu pai disse que estávamos comemorando aquele marco, mas a preocupação não era em relação à festa, e sim ao que a empresa faria para garantir outros 50 anos. Mal sabia que estava criando um propósito para uma renovação que aconteceria pouco tempo depois”, recorda. Desde 1987, a empresa contava com sete diretores, filhos dos

CELEBRAÇÃO Na festa de formatura da filha Natália (ao centro) com Amanda, Rosilene e Vanessa

PRIMEIRO ÔNIBUS A linha inicial da viação ligava o centro de Vassouras ao hospital da cidade

três fundadores. “Não foi fácil a saída dos pais para a entrada dos filhos. O que nos ajudou foi entender que a empresa estava se tornando o elemento aglutinador da família. Tivemos ao nosso lado profissionais competentes e dedicados como a participação do advogado Wilson Carvalho. Não tenho dúvidas em afirmar que um dos grandes propósitos da Viação Progresso em relação à família Soares é manter nossa união”, ressalta Marco Aurélio. Assim, irmãos e primos foram divididos pelas áreas com as quais mais tinham afinidade, como explica André. “Eu sempre gostei de fazer escalas, de tráfego e mecânica. Entrei na empresa quando fazia o curso de eletromecânica, por isso fui para a direção operacional da empresa. Já o Marco ficou na superintendência”, recorda. A empresa passou por uma nova trans76

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formação em 2005, após André conhecer, através de uma palestra, um consultor que, apresentado à família, tornou-se responsável por uma importante transição. “Assim, surgiu a ideia de reduzir o número de diretores e fomos eleitos, eu e o Marco Aurélio”, lembra. Os primos são os atuais diretores da Viação Progresso. “É uma direção compartilhada. Sabíamos que seria um desafio muito grande por serem duas pessoas, mas nossos pensamentos são complementares. E isso, mais uma vez, fortalece a união do grupo. A melhor decisão para a empresa é o resultado das nossas conversas, da soma das ideias”, completa Marco. O que poderia ser um problema para os colaboradores, a dupla encara como importante ferramenta no crescimento profissional. “Muitas vezes, um gerente quer nossa opinião sobre algum assunto

A Viação Progresso conta com mais de 500 colaboradores e 130 veículos e eu apresento um lado e o André outro. Isso faz parte do processo de amadurecimento. Não estamos aqui para tomar decisão, mas para apresentar os caminhos. Isso é delegar poder, o que ajuda muito na nova organização”, garante Marco. Atualmente, a empresa conta com mais de 500 colaboradores e uma frota de 130 veículos, com filiais em Barra Mansa, Vassouras, Paraíba do Sul, Juiz de Fora e São José do Vale do Rio Preto e tem a cerificação ISO 9001, que garante a


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FAMÍLIA Marco Aurélio é o orgulho da mãe e exemplo para a filha caçula

REVISTA ON

NOVA FASE A pintura mais recente da frota fez parte do processo de renovação da empresa

COLABORADOR ANTIGO Barizon está na Viação Progresso há 43 anos

seriedade e funcionalidade do modelo empresarial e serviços prestados. Desafios existem, mas a missão da empresa é citada sem titubear por todos os colaboradores: “encantar nossos clientes para que possam confiar suas vidas em nossas mãos, tendo como princípios a segurança e o atendimento

Marco divide a direção da empresa com o primo André

exemplar”. Como explica Marco Aurélio, a missão da empresa é desafiadora, pois se tratando de transporte coletivo ,os desejos dos clientes são individuais. “Por isso, investimos em benefícios para os usuários dos serviços, como segurança e comodidade”. André completa o pensamento e a preocupação. “O sucesso da empresa está em cima dos valores e o primeiro deles é sobre pessoas. Há o respeito na nossa família que passamos para todos os colaboradores e para os clientes”. João Carlos Barizon é um dos mais

antigos colaboradores da empresa, onde está há 43 anos. Atualmente como assessor da diretoria, viu de perto o crescimento da organização. “Quando cheguei, a empresa tinha 30 carros. A Progresso é a continuidade da minha casa, estou há uma vida inteira nela. É um orgulho contribuir com o crescimento e, se precisasse recomeçar, não titubearia em tomar a mesma decisão”. O clima familiar permite que histórias como a de Barizon exista e esteja presente em cada um dos bilhetes de passagem que a população da região já conhece muito bem. Comemorando 60 anos no próximo mês de novembro, não há dúvidas de que a família Soares consegue manter o progresso [mais uma vez, com o perdão do trocadilho] da empresa e a coloca no caminho certo, junto com cada um dos clientes e colaboradores. revistaon.com.br

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EU SEI FAZER

MIL E UMA

IDEIAS POR ALINE RICKLY

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Você já imaginou um fogão criado a partir de pedaços de máquinas de lavar roupa? E se uma de suas funções fosse esquentar a água do chuveiro? Então, que tal fazer uma plantação em uma banheira? Ou ainda, quem sabe, uma churrasqueira com restos de metal? Parece surreal, mas um protético trirriense usa a imaginação para tornar indispensáveis para sua própria casa, materiais, antes destinados ao lixo.

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riatividade é a palavra-chave de Isaias Aguiar Machado, 68. É com ela que inventa inúmeros objetos para sua casa. Nascido em Mar de Espanha, o mineiro é protético há mais de 40 anos. Embora esteja atualmente aposentado, não consegue ficar parado; continua trabalhando e, mais que isso, pensa, imagina, monta e remonta maneiras de facilitar sua vida e até mesmo de economizar energia. Suas primeiras invenções aconteceram ainda na infância, quando usava pedaços de madeiras para fazer seus carrinhos. “Naquela época não existiam brinquedos como existem hoje. Meu maior problema era na hora de fazer as rodinhas. Hoje em dia eu tiro de letra”, garante. Depois de casado, resolveu fazer um fogão à lenha, igual ao que tinha na casa dos seus pais. A única regra é que Isaías não queria gastar nada na produção. A primeira medida foi fazer um curso de solda. Depois, começou a procurar objetos no ferro velho, úteis para sua engenhoca. “Um amigo me deu três máquinas de lavar. Delas eu tirei as chapas. Fiz tudo no martelo e fui revestindo. Foi tudo pensa80

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“Suas primeiras invenções aconteceram ainda na infância quando ele usava pedaços de madeiras para fazer seus carrinhos” do, desde o local onde as cinzas iam cair até a maneira como encaixei os tijolos refratários [que conservam o calor]. Fui montando e deu certo”. Segundo o protético, é um fogão sem fumaça, ideal para cozinhas de fazendas. Para ele, o segredo é a porta onde a lenha é colocada. O fogão aquece a água de um reservatório de 130 litros [também feito por Isaias] através de um cano que a leva para o chuveiro por outro tubo de forma que fica tão quente que é preciso regulá-la com a água fria também. “É uma economia gigante de energia”, contou. E não para por aí! A churrasqueira da casa também foi feita por ele com metais reutilizados. É tão resistente que pode durar eternamente, segundo ele. Além

disso, ela possui rodinhas para facilitar a locomoção de um lado para outro. Em uma rápida conversa, ele expõe as diversas medidas criativas que usou ao longo da vida. Até dono de alambique, já foi. “Na época, precisava de dinheiro para formar meus filhos na faculdade e com a produção de cachaça em Santana do Deserto conseguia um lucro de R$ 12 mil por mês”, comentou. Mas, não era uma simples produção. Isaias criou mecanismos para ter me-

ESPOSA Marilena apoia o marido em todas as suas ideias


DIVERSAS UTILIDADES Além de aquecer a água do chuveiro, o fogão também é usado no natal para fazer os pratos da ceia

PLANTAÇÕES Isaias mostra com orgulho as cebolinhas plantadas na banheira

OBJETO CRIADO A mesa foi feita com peças que seriam jogadas no lixo

nos mão de obra. “Era tudo mecanizado, assim diminuía os gastos e não precisava de tanta gente trabalhando”, revelou. No quintal da casa é possível perceber as invenções do protético. Ele é apaixonado por plantações e tem alfavaca, cebolinha, erva cidreira, capim limão e babosa em recipientes curiosos, como banheira, bidê e até em caixa d’água. Os portões e grades da casa são todos feitos em metal pelo próprio Isaias. Eles revelam, curiosamente, símbolos e

dedicação para produzir cada um. Casado há 42 anos com Marilena Guimarães Machado, o protético sempre conta com o apoio dela em suas ideias. “O Isaias sempre gostou de inventar coisas. Eu acho ótimo. Quando quer, vai atrás e consegue. Está sempre a procura de algo para fazer. Já fez curso de massagista, fotografia, de tudo um pouco”, contou Marilena. Segundo ela, tudo que tem que resolver, chama o marido. “Tudo ele arruma”, destacou.

FAMÍLIA Ao lado da filha e do genro, Isaias conversa sobre suas criações

NETOS Os pequenos demonstram um enorme carinho pelo avô

Com três herdeiros e seis netos, batalhou para que todos os filhos concluíssem o ensino superior. Atualmente, uma é formada em desenho industrial e também é advogada, a outra é dentista e o filho, engenheiro mecânico. Segundo a dentista Marisol Guimarães Machado, o pai a ajudou em tudo, até o primeiro consultório foi ele quem deu. “É um bom pai. Sempre teve muitas ideias, é criativo e faz muitas coisas até para a minha casa. Já fez meu portão, as grades da escada, sempre leva plantas, árvores, sempre tenta apoiar de alguma forma”, afirmou. Mas o maior hobbie do protético é pilotar sua moto. Aos 68 anos, vai até para Guarapari sozinho nela. “Da última vez, fiz a viagem em cinco horas e 40 minutos”, comemora. E não é uma moto qualquer, até som ela tem. Com tantas ideias e uma empolgação fora de série, Isaias é um exemplo para a sociedade. Consegue enxergar utilidades nas pequenas coisas, não gosta de desperdiçar e é adepto a reaproveitar qualquer material que pode se tornar um objeto indispensável e fundamental para a sua rotina.

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SAÚDE

Somos o que comemos

Leonardo Muniz leonardo.sauer@hotmail.com

Médico Coordenador de Reconstrução de seios do Departamento de Cirurgia Plástica do Hospital Federal de Ipanema/RJ e Cirurgião Plástico do Centro de Tratamento de Queimados - Hospital Pedro II/RJ

N

as últimas décadas, o fenômeno da urbanização causou uma mudança no habitat do ser humano, com a saída do homem do meio rural para o meio urbano. Com isso, houve um grande impacto na saúde das pessoas, uma vez que come-se mais e exercita-se menos. Fast food é o termo usado para definir comidas rapidamente prontas, consumidas por conveniência. Os exemplos clássicos são os hambúrgueres, pizzas e cachorros-quentes, associados geralmente a bebidas como os refrigerantes. Os perigos das comidas fast food devem ser avaliados no contexto do padrão de vida em regiões urbanizadas. As refeições rápidas se adequam ao estilo de vida das cidades, onde as pessoas possuem pouco tempo disponível para preparar e ingerir os alimentos. Com isso, alimentos que sejam rapidamente preparados, encaixam-se perfeitamente a esse ritmo de vida agitado das cidades. Os alimentos classicamente denominados de fast food possuem uma desproporção nutricional, onde há excessos de lipídios, açúcares e sódio com pouca quantidade de nutrientes importantes para corpo humano. Gorduras, carboidratos e sal estão em grande número, enquanto fibras e vitaminas, por exemplo, estão diminuídos. Os carboidratos são fontes de energia importantíssimas e são armazenados no organismo, especialmente nos músculos e no fígado, na forma de glicogênio, porém, quando ingeridos em níveis que ultrapassam o gasto diário do organismo, eles são convertidos em triglicerídeos no fígado, sendo liberados na corrente sanguínea para serem armazenados no tecido adiposo (gordura). Sabemos que níveis aumentados de triglicerídeos no sangue aumentam o risco de doenças cardiovasculares. O diabetes mellitus tipo 2 é uma doença metabólica diretamente relacionada com altas ingestões de açúcares que levam consequências nefastas ao organismo, podendo conduzir uma pessoa à insuficiência renal, cegueira, infarto do miocárdio, etc. Os alimentos vendidos nas redes de fast

food possuem altos níveis de sódio. Por exemplo, um único hambúrguer de carne bovina com queijo pode ter quase toda necessidade diária de sódio, associado a uma porção de batatas fritas e um copo de refrigerante, o limite diário de sódio facilmente é extrapolado em uma única refeição. O excesso de sódio predispõe a hipertensão arterial e pode causar alterações na função renal. As gorduras são outros componentes destes alimentos que estão em níveis elevados, em especial as gorduras trans (não sintetizada pelo organismo). Estas podem aumentar os riscos de doenças cardiovasculares por diminuírem os níveis de HDL [colesterol bom] e aumentar os níveis de LDL [colesterol ruim]. Não podemos deixar de citar, também, a presença de conservantes, aromatizantes, flavorizantes e outros elementos químicos presentes nestes alimentos, que podem trazer malefícios à saúde. O aumento da obesidade é um fenômeno mundial conectado diretamente a alta ingestão de calorias e pouca atividade física. Ficar horas sentado em frente ao computador comendo e bebendo alimentos com alto teor calórico e baixo valor nutricional é a rotina trilhada diariamente pela maioria dos obesos. A obesidade leva não só a problemas metabólicos, como também a problemas nos músculos, ossos e articulações, degradando progressivamente estas estruturas corporais. Além disso, a obesidade se relaciona a distúrbios psicológicos, podendo levar a um quadro de isolamento social e até mesmo evoluir para depressão. Baseado em todos esses aspectos negativos das comidas fast food, algumas redes começaram a introduzir alimentação saudável nos cardápios, como saladas e sucos de frutas a fim de que os clientes tenham uma opção de comida menos nociva ao corpo. Consumir esses alimentos esporadicamente, a princípio, não leva a problemas de saúde, mas a ingestão regular e pouca atividade física podem ser o caminho para uma série de problemas.

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SAÚDE

DELÍCIA,

SEM CUIDADOS VOCÊ ME MATA POR FREDERICO NOGUEIRA

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Não adianta! Passamos muito tempo na rua, seja por trabalho ou diversão e, quando a fome chega, não há como resistir aos deliciosos convites que surgem nas esquinas e calçadas. Churrasquinho, pipoca, cachorro-quente... O problema surge quando um alimento que serviria apenas para matar a fome se transforma no início de uma dor de cabeça. Ou, nestes casos, de barriga...

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vendedora A.C.C., que trabalha no comércio de Três Rios, teve uma surpresa ao comprar um pacote de pipoca em uma das carrocinhas do centro da cidade. “Foi a segunda vez que comprei com aquele senhor e havia uma barata junto, ou um mosquito, não tenho certeza do que era. Não fiz nada, não denunciei. Mas acho que lugares assim precisam ter higiene já que trabalham com alimentação”. O depoimento pode ser familiar para qualquer pessoa que conheça casos de amigos ou familiares que tenham tido surpresas semelhantes ao se alimentarem nas ruas. Por isso, clientes devem estar atentos ao local escolhido para o lanche e vendedores precisam saber como oferecer produtos de qualidade.

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Susi limpa sua carrocinha de pipoca e churros diariamente com álcool Trabalhando há um ano e meio no calçadão do centro do município, Susilene Félix sabe que precisa ter cuidados no manuseio e no preparo dos produtos que vende diariamente. Ela comercializa churros e pipoca, mas garante: toma todas as precauções antes, durante e depois dos serviços. “Uso óleo limpo, sempre novo para fritar os churros e fazer a pipoca. Estou sempre com luvas porque também pego no dinheiro, trabalho sozinha.

Em casa, preparo a massa dos churros e trago uma quantidade razoável para não sobrar. Aqui, ela fica dentro de isopor enquanto não a utilizo. Isso é para não ficar em contato direto com o ambiente”. Susi, como é conhecida, também limpa com álcool a carrocinha todos os dias e, a cada três meses, faz a dedetização com uma empresa especializada. Alfeu Soares Ferreira Junior está no ramo da alimentação há 13 anos e tem um dos grandes causadores de problemas entre os ingredientes do cachorrão que vende na praça São Sebastião: a maionese. Porém, com a experiência adquirida, ele sabe como não oferecer riscos aos clientes. “A pior coisa é a maionese mesmo e os molhos que precisam estar sempre frescos. No calor, por


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SAÚDE

exemplo, eu coloco até gelo embaixo deles. Trago todos os dias apenas o que sei que vou usar. A salsicha também tem que saber armazenar e não pode deixar no mesmo molho muito tempo. Como também trabalho com o cachorrão de linguiça, preciso fazê-la todos os dias, porque o molho leva pimentão, que azeda muito rápido”, garante. Alfeu conta que, com a esposa, já aprendeu técnicas para lidar com alimentos na rua através de cursos do Sebrae. Também famoso na mesma praça do Alfeu, Douglas Ferreira Dias, o Subrim, comercializa churrasquinho. Com hora para chegar e sem hora para sair do local de trabalho, ele ouve, há 12 anos, a mesma piada: “sempre tem alguém para perguntar se é churrasquinho de gato”, conta. Ele informa que não. Em sua página no Facebook, realiza postagens diárias informando o cardápio do dia, já que, além do tradicional espetinho de carne bovina, oferece carne de frango, porco, coração, kafta, salsichão e pão de alho em alguns dias da semana. Para evitar problemas à saúde dos clientes, Douglas segue uma rotina. “Todas as manhãs, limpo a grade da churrasqueira e lavo o carrinho com

CUIDADOS DIÁRIOS Susi lava a carrocinha e utiliza sempre produtos novos

“Deve-se prestar atenção mesmo que não seja possível perceber a contaminação a olho nu ou pelo gosto”, Dr. Bactéria

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DR. BACTÉRIA O biomédico ressalta que determinados grupos devem ter cuidados maiores 86

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FRITURA O óleo que Susi utiliza é sempre renovado para não oferecer riscos aos clientes

cloro. Compro sempre alimentos frescos, tanto o pão quanto as carnes. Poderia até comprar e armazenar uma quantidade grande, mas prefiro comprar aos poucos. Outro ponto importante é que, com o tempo, aprendi quantos espetinhos posso trazer por dia para não sobrar”. Os três vendedores afirmam que, com estes cuidados, nenhum cliente retornou para reclamar de problemas causados por seus produtos. Mas, o que fazer quando os vendedores, diferentemente destes, não seguem tais métodos e cuidados? Quais riscos os alimentos oferecem para a saúde? Quem explica é o biomédico especializado em saúde pública e marketing Roberto Figueiredo, o famoso Dr. Bactéria, conhecido por participar de quadros em programas de televisão. “Muitas vezes, entre os deliciosos e apetitosos ingredientes, vem adicionadas bactérias que estamos sujeitos quando saímos às ruas da cidade. Por isso, deve-se prestar bastante atenção ao que se come, mesmo que não seja possível perceber a contaminação a olho nu ou pelo gosto”. O biomédico ressalta que

MAIONESE Segundo Alfeu, o produto é o que merece maior atenção entre os itens do cachorro-quente que vende

há grupos específicos que devem ter cuidados ainda maiores. “Crianças com menos de cinco anos, gestantes, idosos com mais de 60 anos e pessoas imunodeprimidas (com aids, câncer, transplantados renais, etc) fazem parte do grupo que mais sofre com os alimentos contaminados, podendo ter sérios problemas de doenças veiculadas por alimentos”. Entre as dicas para os consumidores ficarem atentos, assim como os vendedores, ele explica que quem serve os pratos não deve ser responsável pelo dinheiro e os alimentos devem ficar cobertos para evitar pragas, vetores ou poeira. Comer na rua é, então, mais perigoso que em restaurantes caros? Ele afirma que não. “Estes microrganismos podem ser encontrados em todos os locais de manipulação e preparo de alimentos. Os perigos são os mesmos, os riscos é que


GARANTIA O vendedor Subrim garante que, diferente das piadas, as carnes são frescas e de qualidade

A Vigilância Sanitária faz vistorias após as denúncias da população são diferenciados conforme o nível de treinamento, conscientização e fiscalização existente”, finaliza. A fiscalização dos estabelecimentos que comercializam alimentos de origem animal, isto é, desde matadouros e fábricas até as carrocinhas de cachorro quente, fica a cargo da Vigilância Sanitária. Um dos fiscais de Três Rios é Vinícius da Cunha, veterinário especializado em higiene e inspeção de produtos de origem animal e vigilância sanitária de alimentos. Segundo ele, todos os comércios do ramo de alimentação precisam da licença sanitária para funcionar e a população é fundamental para o trabalho de fiscalização. “Aconselhamos que a pessoa, ao encontrar problemas no alimento, sempre que possível, tire fotos e nos procure, porque a prova é importante. Assim, vamos fazer a vistoria no local e coletar amostras. Não podemos

culpar alguém sem averiguar, precisamos saber de onde o problema partiu”. Ele acrescenta que, dependendo do alimento, não adianta guardá-lo, porque são perecíveis e o vendedor poderá questionar, dizendo que o produto ficou desta forma após a compra. Os fiscais seguem procedimentos que podem culminar com a interdição do local. “Nós vistoriamos e, caso a denúncia proceda, fazemos um termo de notificação com um prazo para o problema ser solucionado. Após seu término, caso não tenha cumprido, damos um termo de intimação com um novo prazo e, caso não cumpra novamente, é gerado um auto de infração e multa”. A fiscal Gisele Nasser informa que as denúncias devem ser feitas na sede do órgão (em Três Rios ele está no prédio da Secretaria de Saúde) e não são aceitas por telefone, visto o grande número de trotes recebidos. Mesmo que seja necessária a presença do denunciante, a fiscal garante o sigilo. “Nosso trabalho é fiscalizar, então é importante que as pessoas denunciem. Atualmente, o número está baixo, mas não quer dizer que os problemas não existem. O consumidor não pode simplesmente passar mal e deixar de lado, precisa entrar em contato”, finaliza. revistaon.com.br

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SAÚDE

MUNDO PARTICULAR POR ALINE RICKLY

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“Escravos de Jó jogavam caxangá / Tira, bota deixa o Zé Pereira ficar/ Guerreiros com guerreiros fazem zigue-zigue-za”. O que a cantiga tem a ver com esta matéria? Vamos tratar de um tema que está em voga nos últimos tempos, o autismo. E esta canção marcou a entrevista realizada no Grupo Amigos do Autista de Petrópolis.

Quando o Ricardo completou um ano, comecei a perceber uma diferença. Não sabia o que era. Levei a pediatras e fomos até São Paulo fazer exames, cujos resultados nada acusavam. Eu sabia que tinha algo errado, minha família dizia que eu estava doida. Eu percebia que ele não falava, não me olhava, estava sempre parado. Quando ele fez três anos eu entrei em desespero e foi um otorrinolaringologista que disse que o meu filho era autista”, declara Andréia Marcelino Tardelli. A mãe do Ricardo Fernando Tardelli Filho, 7, procurou em seguida um neurologista que a pediu para fazer, durante um mês, um vídeo com todas as atividades dele. “Eu comecei a filmar quando ele acor88

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dava, comia, brincava, ia para a escola e até quando dormia. Foi assim que obtive o diagnóstico concreto de que meu filho tinha, de fato, autismo”, disse. A aflição da Andréia foi e continua sendo a de muitas mães espalhadas pelo mundo. A diferença é que, atualmente, o tema é mais divulgado e tem gerado inúmeros debates sobre as causas do transtorno. Segundo uma pesquisa feita pelo Center of Disease Control and Prevention [Sigla para Centro de Controle e Prevenção de Doenças), uma em cada 88 crianças foram identificadas com autismo nos Estados Unidos em 2008. “No Brasil não há estatísticas sobre o número exato, o que se sabe é que existe um aumento constante de diagnósticos pre-

coces”, diz o neuropediatra e membro titular da Academia Brasileira de Neurologia, Paulo Junqueira. “Quanto mais cedo for identificado, melhor para a criança, que poderá ter um desempenho mais produtivo no tratamento”. Entre as características que servem de alerta aos pais estão o fato da criança não olhar nos olhos, andar na ponta dos pés, enfileirar carrinhos ao invés de brincar com eles e a fascinação pela rotina e por coisas que giram. As principais dificuldades enfrentadas pelo autista é, segundo Paulo, o que chamam do comprometimento da tríade. “Este fator engloba a dificuldade de interação social, comunicação e comportamento. Mas, nenhuma criança é igual à outra. Algu-


mas têm o grau máximo e outros menos intensos”, destaca Junqueira. O mestre em neurologia Heber de Souza Maia Filho salienta que o diagnóstico clínico é baseado em um conjunto de alterações do comportamento relacionados ao desenvolvimento da linguagem, a socialização e ao padrão repetitivo ou restrito de interesses. Heber destaca que o número de garotos autistas é maior que o de garotas. “A relação é de quatro meninos para uma menina”, informa. A psicóloga Márcia Loureiro, coordenadora técnica do GAAPE (Grupo Amigos do Autista de Petrópolis), atende atualmente cerca de 75 pacientes com a patologia. A instituição conta com profissionais de diversas áreas como fisioterapia, fonoaudiologia, shiatsuterapia, pedagogia, inclusão digital, assistência social e terapia ocupacional. “As crianças chegam aqui encaminhadas por órgãos competentes, médicos, escolas e também pela mídia”, comenta. No local, a psicóloga sinaliza que eles trabalham com objetivos, um de cada vez. “Temos que entender aquela criança. Aqui buscamos o equilíbrio, a autonomia, a autoestima e a reinserção social de cada um”, ressalta. Fabíola Malheiros Costa Silva, 32, percebeu o autismo no filho, Pietro Costa Silva, 3, pelo atraso na fala, a demora para andar e o isolamento. “Quando descobri, passei por um estado de luto. É muito difícil aceitar que seu filho é diferente e tem limitação”, conta. Para estimular o desenvolvimento, Pietro faz tratamento com duas fonoaudiólogas, fisioterapia, equoterapia e terapia ocupacional. Já Sandra Cabral Viana, 35, só

detectou a diferença no Isaque Jansen de Souza Machado, 4, com dois anos e meio. “Ele gritava muito. Quando descobri achei que era apenas uma dificuldade em aprendizado, depois me dei conta de que era muito mais grave. Fiquei perdida sem saber o que fazer”, comenta. Vilma da Silva Machado, 35, observou os movimentos repetitivos da Agnes Machado da Silva, 5. “Ela queria ver sempre o mesmo DVD e tinha dificuldade na fala. Eu nunca tinha escutado falar em autismo. Quando trouxe para o GAAPE, percebi uma evolução no comportamento. Atualmente, Agnes interage com as pessoas, fala o nome dos coleguinhas e canta o tempo todo”. O fato da cantoria constante foi o que chamou a atenção durante a entrevista e o motivo pela qual esta matéria foi introduzida pela cantiga da brincadeira que Agnes participou quando estava na sala de fisioterapia junto com Weverton dos Santos, 4.

CANTIGA Na brincadeira, Agnes e Weverton cantam escravos de Jó

MESTRE EM NEUROCIÊNCIAS Ana Paula estimula a melhora da linguagem do autista

INSERÇÃO Ricardo frequenta a escola tradicional e gosta de brinquedos inusitados como o balde simbolizando uma bateria

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ESTÍMULOS Da esq. para dir., a fisioterapeuta Monique Braga com as mães do Isaque e do Pietro

A fonoaudióloga e mestre em neurociências Ana Paula Botelho Henriques Dias, ressalta que, presentemente, há uma conscientização maior dos profissionais por diagnóstico e tratamento. “Em contrapartida, o governo tem feito poucas ações em favor do autismo”, lamenta. A profissional acrescenta detalhes da anomalia como o fato dessas pessoas não se adaptarem a ruídos nem a nada que mude a rotina. “Eles se interessam por barulhos e objetos particulares, têm manias de arrumar e enfileirar de maneira sistemática. Brincam de forma diferente e que não fazem muito sentido”, assinala. Ana Paula destaca que o diagnóstico pode ser confirmado na faixa etária de dois a três anos e que a intervenção precoce é funda-

mental. “Os autistas possuem uma grande dificuldade com a percepção da face, da voz e da mímica corporal. Eles não percebem o que os outros dizem ou sentem. Não conseguem manter uma conversa, se interessam mais por objetos do que por pessoas. São crianças centradas nelas mesmas como se tivessem em um mundo particular”, observa.

ARQUIVO PESSOAL

Causas

AFETO A psicóloga Márcia considera as crianças autistas carinhosas e apaixonantes

Um dos pontos mais discutidos na atualidade é a respeito dos fatores que influenciam o autismo, porém ainda não há uma conclusão, como explica Junqueira. “Há alguns anos, achavam que a patologia era decorrente da falta de carinho da mãe, o que hoje sabemos ser um mito. O que temos certeza é que não há influência de estilos de vida. Qualquer ser humano, seja qual for a classe social, pode ter autismo”, comenta. O neuropediatra cita que existe um consenso sobre o transtorno ser causado por uma anomalia nas estruturas e funções cerebrais, ou seja, um distúrbio no desenvolvimento do cérebro. “Há múltiplas causas envolvidas e os primeiros sintomas podem ser percebidos até a criança completar três anos de idade, que é o período no qual o cérebro passa por uma fase crítica do desenvolvimento”, explica. Heber concorda com Junqueira e acrescenta que a única certeza é que o autismo “tem origem neurobiológica e uma forte carga genética”. revistaon.com.br

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CUIDE BEM DA SUA MAMA POR ALINE RICKLY

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O câncer de mama é o segundo mais comum no mundo e o mais frequente entre as mulheres. A estimativa é que a doença seja responsável por mais de 400 mil mortes por ano. Em 2012, de acordo com o portal brasil.gov.br, o Ministério da Saúde custeou mais de 100 mil procedimentos para quimioterapia no estágio inicial ou localmente avançado. No Outubro Rosa, movimento popular internacionalmente conhecido, manifestações a favor da prevenção acontecem em todo o mundo. O nome remete à cor do laço rosa que simboliza, mundialmente, a luta contra o câncer de mama e estimula a participação da população, empresas e entidades.

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egundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o câncer de mama corresponde a 22% dos novos casos da doença a cada ano. O instituto esclarece que, se diagnosticado e tratado oportunamente, o prognóstico é relativamente bom. Porém, destaca que as altas taxas de mortalidade se devem ao diagnóstico em estágios avançados. Em Petrópolis, os números são alarmantes. O câncer na mama representa a maior quantidade de atendimentos feitos pelo CTO (Centro de Terapia Oncológica), incluindo atendimento ao SUS (Sistema Único de Saúde), particulares e por planos. Em 2011, foram registrados 241 casos, sendo 240 mulheres e um homem. No CTO Três Rios, o índice é pequeno, já que a instituição atende apenas por convênios particulares e planos. Segundo as estatísticas de 2012, três casos foram identificados até o mês de agosto. De acordo com a Secretaria de Saúde do município,

“Uma em cada nove mulheres já teve ou vai ter câncer na mama”, oncologista Carla Ismael

36 casos foram registrados pelo SUS. A oncologista Carla Ismael explica que o tumor na mama é o mais comum no Brasil e, no mundo, atinge, na maioria das vezes, o público feminino. “Uma em cada nove mulheres já teve ou vai ter câncer na mama”. Carla ressalta, todavia, que a doença é curável quando diagnosticada precocemente. Rosimeri de Oliveira Paes, 52, ou Méri, como é conhecida em Três Rios, conta que teve um tumor na mama esquerda pela primeira vez há 12 anos. “Tenho um histórico de câncer na

família. Minha mãe, irmãs, tias e primas também tiveram. Perdi algumas pessoas por isso”, comenta. Na ocasião, Méri sentiu o nódulo através do autoexame e foi até um médico. “A biópsia apontou como maligno e logo iniciei o tratamento. Fiz quimioterapia antes da operação, tive que retirar a mama e fazer radioterapia depois”, relata. Após esse episódio ela conta que ficou bem, mas sempre fazendo exames. Recentemente, a ex-cabeleireira sentiu novamente um nódulo. Primeiramente, o tumor se apresentou como benigno, mas, um ano depois, o câncer já havia se manifestado e foi necessário retirar também a mama direita. “A diferença entre um caso e o outro foi que no segundo eu senti dor e o tratamento foi mais extenso e agressivo”, comentou. A secretária administrativa Renata de Carvalho, 32, detectou o nódulo pela primeira vez em um passeio à praia. Quanrevistaon.com.br

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APOIO Rosimeri tem ajuda da família e, principalmente, do marido

do descobriu, ela confessa: “A primeira coisa que veio na minha mente foi a palavra morte”, disse. Renata foi submetida à quimioterapia, onde o cabelo caiu e ela sentiu muito mal-estar. “Não podia sentir cheiro de nada nos primeiros dias após o tratamento. Depois, era como se eu nem estivesse doente”, relata. Com o resultado positivo na quimioterapia, Renata foi para o procedimento cirúrgico, quando retirou um quadrante da mama e esvaziou a axila. Da experiência, a secretária conclui que as pessoas com casos de câncer na família devem se submeter ao exame antes dos 40 anos. “Eu tenho uma filha de 14 anos e não vou permitir que ela só faça a mamografia aos 40. Vou pedir que nosso ginecologista nos ajude nesta prevenção”, comenta. Ela também chama a atenção para o fato de que as pessoas não devem ter medo dos resultados. “Eu sei que não é uma doença fácil, mas se diagnosticada a

Inca recomendam a mamografia anual de rotina a partir dos 35 anos. Marilene Gomes Jardim Costa conta que, em janeiro de 2009, havia realizado vários exames, pois tinha um cisto na mama direita. “Sempre fui cuidadosa com a minha saúde. Em um dos exames, a médica achou o aspecto estranho. Eu já sentia umas dores no local, principalmen-

TRANSFERÊNCIA O cisto de Marilene acabou virando um tumor maligno

DETERMINAÇÃO A filha Pâmela ajuda a cuidar da mãe e está sempre ao lado

RENNE RAIBOLT

tempo, o resultado é a cura”, disse. A mastologista Marilda Plácido indica que, ao descobrir uma modificação na mama ou se a mamografia apresentar alguma alteração, a mulher deve procurar um ginecologista que irá encaminhá-la ao especialista, caso necessário. Dentre os principais fatores de risco no caso do câncer de mama, Marilda assinala o histórico familiar de pelo menos um parente de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) com diagnóstico abaixo de 50 anos ou com casos de câncer de mama bilateral ou de ovário, em qualquer faixa etária. Segundo a especialista, tanto a Sociedade Brasileira de Mastologia quanto o

ONCOLOGISTA Para Carla, o diagnóstico precoce é a melhor forma de combater o câncer de mama

“Ao descobrir uma modificação na mama ou se a mamografia apresentar alguma alteração, a mulher deve procurar um ginecologista”,

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mastologista Marilda Plácido

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te quando estava dirigindo e passava no quebra-molas. Quando fui a um médico em Petrópolis, ele disse, pela apalpação, que era câncer”. A partir de então, Marilene começou a quimioterapia, mas tentou levar uma vida normal. “Procurei não me entregar e isso foi muito importante”, destacou. Depois do tratamento, fez a cirurgia e foi necessário fazer a mastectomia e se submeter à radioterapia. “Após essa decisão resolvi também diminuir a outra mama, mas com certeza vou fazer a reconstituição da que estou sem”, relatou. Carla atenta para o fato de que a faixa etária da incidência está diminuindo ao longo dos anos e que nos homens é mais raro. “Geralmente o tumor não dói, só quando é inflamatório, que é o menos registrado. A mamografia é fundamental e as mulheres não precisam ter medo”, ressalta. Marilda enfatiza que o câncer de mama começa naquele local, mas com tendência a se disseminar para outros órgãos e, quando isso ocorre, diminui a possibilidade de cura. Por isso, a importância do diagnóstico precoce. “Tumores menores que um centímetro têm possibilidade de cura de cerca de 95%. O grande problema no Brasil é que a maior parte dos casos é descoberta em estágio avançado e isso ocorre, muitas vezes, porque a mulher tem medo de sentir dor na mamografia ou da comprovação de algum problema, seja uma alteração ou o próprio câncer de mama”, finaliza. Com todas essas dicas, não deixe o tempo passar. Cuide bem do seu corpo, do seu bem-estar e da sua mama.


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SHUTTERSTOCK

COTIDIANO

Comercial de papel POR FREDERICO NOGUEIRA

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Você é daqueles que, ao avistar alguém entregando panfletos na rua, liga o celular, abaixa a cabeça ou disfarça, como se não visse aquela mão te oferecendo um pedaço de papel? Ou é do tipo que sai de casa para comprar uma bala e retorna quase fantasiado de banca ambulante de jornais, com papéis de todos os tipos, cores e formatos, arrecadados das mãos dos panfleteiros durante o caminho? Conheça, por todos os lados, esta forma de publicidade.

Marli é a verdadeira trabalhadora! Luta muito pela vida. Tem que pagar água, luz, prestação, impostos. Marli tem que fazer tudo que você imaginar”. É desse jeito, na terceira pessoa, que Marli da Silva Paula se apresenta. Conhecida por quem anda pelo centro do comércio trirriense, fica em uma esquina distribuindo panfletos, normalmente de

cursos ou empresas que fazem empréstimos financeiros. Há aproximadamente quatro anos ela presta esse serviço. “Comecei a trabalhar em um mercado e, sem motivo nenhum, me mandaram embora. Não ia ficar de braços cruzados dentro de casa, então aproveitei essa oportunidade”. Ela conta que sua carteira de trabalho já foi assinada como auxiliar de produção,

auxiliar de serviços gerais e empacotadora. “Tenho profissão, mas não consigo outro serviço, por isso estou aqui”. Diariamente, ela distribui cerca de 1.000 panfletos. “Começo às 9h e vou almoçar às 12h. Depois volto, pego mais e fico até às 16h30”. E os transeuntes recebem bem este serviço? “São bem educados. Alrevistaon.com.br

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COTIDIANO

“Para o publicitário Felipe de Souza, este tipo de comunicação de serviços atinge diretamente a um público que ainda não está inserido na internet ou não tem tempo de assistir TV” gumas pessoas não pegam, até porque não são obrigadas, não é? Mas o papel não dá choque, eu também não dou, então podem pegar”, brinca. Outro que distribui panfletos eventualmente é Reinaldo Vicente da Silva. “Coloque meu apelido também, todos me conhecem como ‘mãozinha’”, diz. Aos 62 anos, ele conta que também faz o serviço por não conseguir outro emprego. “Com essa idade, trabalho é difícil. Essa é a oportunidade que tenho de ganhar um ‘dinheirinho’. Tenho amigos que gostam do meu serviço, então me convidam. Faço por dinheiro e pelas amizades que tenho”. Após trabalhar 30 anos no comércio e adquirir experiência como representante de calçados em fábricas de outras cidades, está há cerca de um ano e

FORMAS, CORES E TAMANHOS Panfletos distribuídos podem gerar o resultado esperado, mas algumas pessoas insistem em jogá-los em calçadas 100 Setembro | Outubro

meio neste ofício. Um dos maiores problemas desta forma de divulgação fica nas calçadas: os papéis vão direto para o chão. Mas Reinaldo tenta solucionar isso. “Chamo a atenção das pessoas e mostro que aquilo é nosso trabalho, que devem, pelo menos, ler e, caso não tenham interesse, que joguem no lixo. Sempre chego, dou boa tarde, peço licença, e isso conquista as pessoas”, conta. Já Uilson, que não quis ter os sobrenomes publicados, estava em outro ponto da cidade distribuindo panfletos. O motivo do serviço não foi a idade avançada, já que tem 20 anos. “Estou de férias da faculdade e não consegui um emprego para esse período, então um amigo me chamou para fazer esse trabalho. É tranquilo, faço meu horário. Já fiz isso no ano passado e escolho sempre um ponto onde muitas pessoas passam”, conta o estudante de filosofia que revela, ainda, receber R$15 pela distribuição de 1.000 panfletos. Ok, você acaba de conhecer algumas pessoas com as quais esbarra diariamente nas ruas. Porém, elas estão ali divulgando outros nomes, como de cursos, artistas, lojas, cartões, celulares, perfumes etc. Um dos panfletos recebido durante a matéria, contava que as inscrições para determinado curso encerravam nos próximos dias. Walace dos Santos Alves é

OPORTUNIDADE Por não conseguir outro emprego, Reinaldo está há pouco mais de um ano na distribuição de panfletos

o coordenador administrativo do local escrito no papel. Ele contou que, naquele caso, era divulgado um curso, fruto de uma parceria, mas não era realizado pela empresa. No entanto, confessou também usar esse meio de divulgação. “Nós usamos carro de som, rádio, panfletos e, mais recentemente, a TV local. Não colamos cartazes. Mas, aqui, quando há distribuição de panfletos, normalmente é feita nos bairros, deixando em caixas de correspondências. Apenas um dia da semana realizamos a distribuição na rua”, conta. E como saber se as pessoas chamadas para realizar o trabalho estão realmente fazendo a distribuição e não jogando todos no lixo ou levando para casa? “São pessoas confiáveis, mas, ainda assim, ando na rua para fiscalizar, ver se estão distribuindo”, revela Walace, que faz questão de deixar impressa na lateral do folheto a frase: “não jogue esse panfleto em vias públicas, preserve o meio ambiente”. Outra empresa que utiliza panfletos é uma imobiliária nova na cidade. Renata Maia Bressan Oliveira conta o motivo da escolha. “Tem um custo baixo e retorno muito rápido. O movimento aumentou bastante em uma semana de divulgação. Preferimos não usar carro de som porque, com o texto falado, as pessoas podem perder alguma informação. Temos também um site, mas ele precisa ser divulgado e está no panfleto”. Ela revela que, para a impressão de 5.000 folhetos, gastou R$150 e que pede para que os distribui-


CÓDIGO DE POSTURAS Alexandre Mansur explica que é necessária uma autorização para distribuir papéis e colar cartazes em vias públicas

dores fiquem em locais movimentados. “Por oferecermos, ainda, o serviço de empréstimo consignado, os mais idosos são uma grande parte do público-alvo, mas distribuímos para qualquer pessoa. Um jovem que recebe pode levar para casa e trazer um futuro cliente”, conta satisfeita com o resultado da campanha.

Mas, se você precisa divulgar sua marca e sonha com bons resultados, como saber se essa forma pode te levar ao sucesso? Para o publicitário Felipe de Souza, este tipo de comunicação de serviços atinge diretamente a um público que ainda não está inserido na internet ou não tem tempo de assistir TV. “É uma forma barata e chega a um público muito variado, é indicado, especialmente, para quem precisa atingir as classes D e E”. Já na colagem de cartazes em vias públicas, ele não vê muitos resultados. “Assim são divulgados, principalmente, shows e viagens com promoções imperdíveis. Não adianta colocar muitas informações desta forma, pois as pessoas não param para ler”. São inúmeros trabalhadores envolvidos em uma divulgação. Mas, para finalizar, pode ou não pode fazer “comercial de papel”? Quem explica é o secretário municipal de Ordem Pública, Alexandre Mansur. “A fiscalização de posturas visita os logradouros públicos para verificar se há cartazes ou faixas afixados, já que são proibidos em Três

Rios. A multa pode variar, não há um valor definido. Precisamos observar se a pessoa é reincidente ou se é a primeira vez que está fazendo. Quando o acusado não tem conhecimento do código de posturas, determinamos um tempo para que sejam retirados, sem multa. Panfletos também são proibidos, salvo os que tem autorização prévia. Quando percebemos que a pessoa desconhece a lei e que não houve maldade, também pedimos que recolha o que foi distribuído”. Ele ainda acrescenta que esse tipo de publicidade causa problemas ao meio ambiente. Ainda assim, é possível conseguir autorização para distribuir os folhetos. “Para ser liberado, é necessário buscar a equipe de fiscalização de posturas ou o balcão da prefeitura, explicar o objetivo e motivos daquela distribuição. Como temos muitos pedidos, autorizamos os sem fins lucrativos, como informativos de utilidade pública, campanhas beneficentes e de prevenção a doenças”, finaliza.


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PAPO DE COLECIONADOR

AS MAGRELAS POR FREDERICO

NOGUEIRA

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Não é nome de um filme nem a condição física daquela sua amiga com pouco peso. Magrela é o apelido carinhoso dado às bicicletas. Documentos do século 15 mostram projetos do italiano Leonardo Da Vinci que nunca foram executados, mas podem ser as primeiras bicicletas inventadas no mundo. Meio de transporte ecologicamente correto, elas são, também, objetos de coleção para um apaixonado trirriense.

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mbora Da Vinci tenha feito este projeto, foi apenas por volta de 1880 que “nasceu” uma bicicleta semelhante às atuais, com guidão, rodas de borracha, quadro, pedais e correntes. Muito divulgada atualmente como alternativa sustentável de locomoção nas grandes cidades, ela une o charme do passado à tecnologia do presente e, com isso, permite a existência de milhares de modelos em todo o mundo. Com tantas qualidades, a paixão é inevitável para algumas pessoas, como José Silas da Rocha, 70 anos. Silas, como é chamado (“os americanos me chamam de ‘Sáilas’, lidei algum tempo com eles na minha profissão”, enfatiza), tem no

A experiência profissional permite que Silas faça, sozinho, algumas peças para suas bicicletas sangue o gosto pelo meio de transporte e pela possibilidade de inventar e ajustar os modelos. “Meu pai morreu em cima de uma bicicleta, em um acidente, e aprendi a andar justamente nela, que foi uma herança do meu avô”, conta. Metalúrgico, serralheiro industrial e artístico, aprendeu muitos destes ofícios

com o pai, que faleceu quando tinha 17 anos. Com o acontecimento, para ajudar em casa, Silas abriu uma oficina de bicicletas. “Estava fazendo um curso e larguei para abrir este negócio. Naquela época, eram poucas marcas nacionais e a maioria vinha de fora. O ganho que eu tinha era muito pouco porque precisava competir com pessoas com mais experiência que, além de consertarem, vendiam peças para as bicicletas. Como a concorrência era grande, passei a fazer outras atividades”, relembra. Durante a realização destes “bicos”, aprendeu outras técnicas e conseguiu uma vaga na área de metalurgia da Santa Matilde, em Três Rios, onde trabalhou por 25 anos. revistaon.com.br

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PAPO DE COLECIONADOR

Apenas depois da aposentadoria conseguiu dedicar tempo maior à paixão que nunca ficou adormecida, já que, mesmo enquanto trabalhava, os amigos e conhecidos levavam suas magrelas para Silas consertar. Atualmente ele tem mais de 20 modelos. O número é incerto porque algumas estão desmontadas e as peças espalhadas pelo cômodo da casa que abriga a coleção. “A restauração é uma paixão, mas na contramão vem a dificuldade para arranjar as peças. Algumas eu consigo fazer com o que aprendi, outras preciso comprar, o que torna um hobby caro”.

Em um papo com o colecionador é impossível não se espantar com as informações que possui sobre nomes de marcas, anos de modelos, peças e outras particularidades que apenas um apaixonado por bicicletas sabe. “Aprendo muito com conversas, com leitura. Já convivi com muitas dessas marcas. Sempre busco adquirir conhecimento com tudo o que tenho contato”. Com a experiência, ele garante que consegue colocar todos os modelos que pega, em pé novamente, prontos para uso ou apenas para enfeite. “Sou apegado, não jogo fora. Não é interessante vender, mas algumas eu troco”. Ele aproveita para contar uma curiosidade: bicicletas com marcha não são novidades. “Tenho uma da década de 1950 que já veio com a tecnologia”. Mas as bicicletas não foram a única paixão em duas rodas de Silas. “Quando começou a época das lambretas, consegui comprar uma e tenho, hoje, um modelo de 1956. É o xodozinho da minha mocidade, as meninas brigavam para sair numa delas. A lambreta era o picolezinho da época, já não era mais um sorvetão”, brinca. Ele conta que comprava, restaurava e vendia, também, estes meios de transporte, mas nunca deixou de lado as bicicletas. Silas tem cinco filhos: quatro mulheres e um homem. Uma delas é Seila Re-

PASSEIOS E CONSERTOS Silas utiliza sua coleção sempre que pode, seja para construir novas peças ou passear

MODELOS Atualmente, ele guarda, em casa, cerca de 20 bicicletas montadas

PAIXÃO O gosto por bicicletas está com o colecionador desde a juventude

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“Quando você toma gosto pela ferrugem, você sai enferrujado mesmo”, José Silas gina Marci Rocha, que acha interessante a paixão do pai, mas garante que não teria o mesmo cuidado com as bicicletas. “É bonito o trabalho que ele faz, porque hoje é muito difícil ver uma pessoa com este cuidado com as coisas antigas”. A filha conta que, eventualmente, a família recebe visitas em casa que se encantam pela coleção. “Ele já vendeu duas bicicletas que ficou muito tempo consertan-

DETALHES As mais antigas chamam atenção pela conservação dos itens, diferentes das atuais


CUSTO Para manter as bicicletas, algumas peças têm preços altos, o que dificulta o crescimento da coleção

BRASILEIRA O colecionador tem modelos nacionais entre as peças

INOVAÇÕES ANTIGAS Silas tem as provas de que a tecnologia já era empregada nas bicicletas em décadas passadas

do com muito esforço. Quando viu indo embora, com o comprador levando, já entrou em casa e se arrependeu”. A esposa, Neusa Elena Marci da Rocha, revela que já conheceu o marido com esta paixão. “Ele tinha apenas uma e não era muito antiga naquela época. Mas, mesmo com essa, ele fez modificações e precisou vender. O Silas sempre teve essa queda por bicicletas. Admiro a paciência dele”. Com tempo reduzido para a dedicação ao hobby, devido a outros afazeres, a coleção fica guardada e sempre que possível, corre para o cômodo onde elas estão. Além de consertar, Silas gosta de passear sobre duas rodas, principalmente com os três netos. “É ótimo levar as crianças, a família, para um lugar mais afastado do centro e passear de bicicleta por fazendas, principalmente. É muito saudável. Quando voltam, estão com as baterias recarregadas”. Abandonar as magrelas, ele não pensa. Muito menos em vendê-las ou trocá-las. Mas não almeja aumentar a coleção, apenas dedicar-se às que possui e, sempre que possível, encontrar com outros amantes do velho meio de transporte. “Quando você toma gosto pela ferrugem, você sai enferrujado mesmo”, filosofa Silas como todo bom colecionador. revistaon.com.br

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KM LIVRE

CUIDADO AO ESTACIONAR POR FREDERICO NOGUEIRA

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Seu veículo ainda não é dobrável para guardar na bolsa nem virtual para deixar entre os aplicativos do smartphone. Então, sempre que sai com ele de casa para trabalhar ou se divertir, é necessário encontrar um lugar para deixá-lo. Se a rua oferece riscos, os estacionamentos são as escolhas ideais. Ainda assim, é necessário ter atenção na segurança que o local oferece aos automóveis e saber como agir em caso de problemas.

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magine deixar seu automóvel novo, com a pintura impecável, dentro de um estacionamento e quando retornar para pegá-lo, encontrar um risco na lateral. Problemas podem acontecer, mas deve haver prevenção por parte dos estacionamentos e dos clientes. Tiago Vinícius Ribeiro da Costa é proprietário de um estacionamento no centro de Três Rios há dois anos. O empreendimento, também de sua mãe, está com a família há dez, tempo suficiente para que ele presenciasse diversas situações no local. Problemas graves, ele garante nunca 106 Setembro | Outubro

ter acontecido, já que investem em benefícios para os clientes. “Nossa localização é boa, é totalmente coberto, temos monitoramento por câmeras todo o dia, cerca elétrica e estamos com dois manobristas, porque alguns clientes têm medo de não conseguirem estacionar”. O investimento nas câmeras, segundo Tiago, é válido. “Além de oferecer segurança aos mensalistas, que deixam os carros à noite, oferece a quem deixa apenas parte do dia. Vira e mexe, chega alguém dizendo que uma parte do carro foi amassada aqui dentro. É muito fácil

acontecer alguma coisa na rua, entrar aqui, não vermos antes devido ao movimento e, depois, falar que o problema aconteceu no estacionamento. Mas com as câmeras, podemos comprovar. É difícil acontecer, mas se for aqui, com um manobrista, arcamos com os gastos, sem problemas”, garante. Para escolher um estacionamento, a securitária Lindalva de Souza Alves sempre busca segurança. “Eu escolho pela qualidade do serviço, das pessoas que atendem e localização. Precisa, antes de tudo, oferecer segurança. Até hoje, tendo cuidado,


Estacionar o veículo em local coberto evita problemas na pintura meu automóvel não sofreu nada”. Já Otacílio Bressan Magiolo, gerente de outro estacionamento em Três Rios, lembra que os movimentos começam a crescer no final do ano. Ele afirma que, desde que começou a trabalhar no local, nunca houve problemas com clientes, mas já viu, no próprio veículo, os danos causados por deixá-lo em locais sem proteção. “Aqui, as pessoas procuram segurança e sombra para deixar o carro. Ficar no tempo, sem cobertura, é mesmo um risco. Tenho um carro que ficou com mais de 40 marcas após uma chuva de pedras. Isso pode acontecer com carros na rua, mas, também, em estacionamentos sem estrutura adequada”. Ele lembra, ainda, que o sol é outro vilão para os carros. “Não vai acontecer nada se ficar um tem-

BENEFÍCIOS Além da segurança contra roubos, os estacionamentos proporcionam comodidade aos clientes

po no sol. Mas, se ficar todos os dias por um grande período, a pintura vai sofrer”. Rodrigo Mauro Silva, sócio em uma oficina automotiva na cidade, concorda que os estacionamentos devem oferecer

estrutura que dê comodidade ao cliente e que o verão é um vilão para os veículos. “Além de aumentar a temperatura interna, estraga a pintura, bancos e as partes plásticas se ficar muito tempo

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KM LIVRE

Por lei, os estacionamentos são responsáveis por danos causados aos veículos durante a prestação do serviço exposto ao sol. A incidência dos raios solares sobre a lataria provoca manchas esbranquiçadas e queimaduras na pintura”. Segundo ele, os automóveis que mais sofrem com os efeitos são os de cores escuras, por reterem mais calor. Com relação à chuva ácida, Rodrigo garante que também estraga a pintura e causa manchas na lataria e nos vidros, mas passa a solução. “Para proteger e remover as manchas na pintura, deve-se fazer o polimento automotivo. Já no caso das manchas no vidro, uma dica meio estranha mas funcional: a lavagem da superfície com água, em seguida sua limpeza com jornal e, para finalizar, cortar uma cebola ao meio e passá-la em movimentos circulares. Com isso, adeus manchas”, explica o profissional. Embora útil diariamente, o estacionamento não deve virar o novo lar do seu automóvel. Segundo Rodrigo, parado

PROCURA CRESCENTE Segundo Otacílio, a procura pelo serviço aumenta no final do ano

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COBERTURA É importante que o veículo fique abrigado fora da luz solar e do calor, que podem danificá-lo

PINTURA Carros expostos ao sol por muito tempo sofrem com manchas

muito tempo, o carro apresentará diversos problemas, como deformação dos pneus e oxidação nos freios de disco. “O ideal é que, ao menos uma vez na semana, alguém ligue o veículo por, no mínimo, 15 minutos”. Mas estes problemas e suas soluções são assuntos para outro KM Livre. Em casos de danos ao veículo ou furto ocorridos dentro de estacionamentos, o usuário do serviço é amparado pela lei, como explica o advogado e consultor jurídico Oneir Vitor de Oliveira Guedes. “O Código de Defesa do Consumidor, em seu artigo 14, ampara o cliente na relação estacionamento/fornecedor, atribuindo à

empresa que disponibiliza o serviço de estacionamento, a responsabilidade objetiva. Isso significa que ela responderá pelos danos causados ao consumidor, independente da demonstração de culpa. E se o estacionamento for terceirizado, teremos a hipótese de responsabilidade solidária, isto é, tanto a empresa contratante quanto a contratada serão responsáveis perante o consumidor lesado”. Ele ressalta que muitas empresas tentam desencorajar os clientes a acionarem a justiça, com cartazes ou bilhetes informando que não se responsabilizam por danos ou furtos no veículo. “Estes avisos, tanto nos estacionamentos que cobram como nos gratuitos, são inválidos perante a lei e servem apenas para tentar desencorajar os consumidores a buscarem seus direitos e mascarar a responsabilidade objetiva desses estabelecimentos”. Para auxiliar o cliente, o advogado passa algumas dicas. “Antes de sair, é importante que ele verifique se houve algum dano no veículo, para que possa registrar o problema ainda no local. Andar em volta do carro para fazer esta avaliação é essencial. Não deve deixar para reclamar horas ou dias depois. Isto pode possibilitar o argumento do responsável pelo estacionamento de que aquele fato não ocorreu naquelas dependências”.

SEGURANÇA Lindalva mora em outra cidade e busca, sempre, este item na escolha por um estacionamento


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ESPORTE

ESQUADRÃOAMERICANO POR FREDERICO NOGUEIRA

Chegou a hora de tirar as camisas e bandeiras vermelhas dos armários ou, se ainda não tem, dar um jeito de conseguir para não ficar fora da torcida. A equipe de futebol profissional do América deu um importante passo na história e volta a projetar o nome da cidade nos gramados. O “esquadrão que não teme desafios” lutou, sofreu e alcançou a sonhada ascensão no futebol estadual.

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paixão e o brilho nos olhos da população que tanto esperou por este momento. Presidente do clube durante a campanha vitoriosa e ligado ao América desde a adolescência, José Michel Farah também esteve à frente da diretoria no início dos anos 90. Foi neste período que a equipe trirriense disputou a primeira divisão do Estadual e fez partidas, em Três Rios, contra os grandes clubes do estado. Subiu, se manteve por alguns anos e caiu. “Quando chegamos à primeira divisão, tínhamos um empresário. Quando ele saiu, começamos a cair”, relembra e acrescenta que “subir é muito

difícil, mas cair é muito rápido, fácil”. Em 2009, Farah foi eleito, novamente, para a presidência do clube e, na cerimônia de posse, prometeu que levaria o América de volta aos campeonatos profissionais. Assim foi feito, mas com calma. “Naquele ano, outros membros da diretoria queriam que o clube entrasse na série C em 2010, mas eu disse que não tínhamos estrutura, tanto humana quanto física. A sede estava abandonada, uma enchente destruiu algumas partes dela e era preciso pagar uma dívida com a federação de R$ 20 mil”. Ajustes feitos, em 2011 o clube entrou JUCELINO NOGUEIRA ENTRE-RIOS JORNAL

o dia 22 de julho deste ano, o América Futebol Clube já estava classificado para a próxima temporada da série B do Estadual e fazia o primeiro jogo da final da série C contra o Paduano. Fora de casa, a partida terminou empatada. No domingo seguinte, dia 29, o jogo da volta fez lembrar outras décadas aos mais saudosos amantes do futebol local. A torcida compareceu em peso ao estádio do Tiezão e vibrou em todos os lances. Com o resultado final, o Paduano levou a taça para Santo Antônio de Pádua enquanto o América fez renascer a

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ANDRÉ LUIZ PEREIRA NUNES REPRODUÇÃO WIKIPÉDIA

UNIÃO Os jogadores ressaltam o companheirismo como arma para a vitória

O América F.C. está de volta à série B do Estadual na disputa da série C sob o comando do técnico Ricardo Barreto, que esteve à frente do alvirrubro também no passado, na primeira divisão. “Naquele ano chegamos ao ‘quase’. Tudo estava indo muito bem, parece que foi assim porque tinha que ser, não tem outra explicação. Bateu o desânimo, a tristeza, mas continuamos sonhando”, conta Farah. Para o campeonato de 2012, alguns membros da comissão técnica foram trocados, inclusive o treinador. “Depois de uma luta muito grande, passamos para a sonhada segunda divisão, que era a coisa mais almejada do futebol de Três Rios”, enfatiza. Com apenas 22 anos, que é a média de idade dos jogadores, Tainan Dias fez parte da equipe. Não só contribuiu com o resultado como viu seu nome na seleção dos melhores atletas da competição e foi premiado pela Ferj (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro). Entrou no clube em 2011 e já sabia a tradição que possuía e os espaços que já ocupou no cenário do futebol carioca. “No ano passado, não participei da última fase, mas, mesmo longe, tive a sensação de que todo o trabalho desenvolvido, a de-

dicação e o empenho foram em vão. Já neste ano, parabenizo ao grupo inteiro, somente nós sabemos as dificuldades que enfrentamos no caminho”. Tainan classifica o ano como “maravilhoso” e faz questão de ressaltar, ainda, os trabalhos desenvolvidos pelo supervisor técnico Cassius Salerma, o preparador físico Vandirlan Leal, o treinador Júnior e o auxiliar técnico Denílson. “Ficamos muito unidos nesse campeonato e formamos uma família”. O Júnior citado por Tainan é Elair Seta Júnior, à frente da equipe na última temporada. “Foi uma trajetória maravilhosa”, resume o técnico. Ele era treinador de goleiros no clube e, a convite de Farah, passou para o novo cargo, com ainda mais cobranças e responsabilidades. As dificuldades, segundo Júnior, foram maiores no início. “Na primeira fase, ficamos sem jogadores no meio de campo por problemas no cadastro. Quando garantimos o acesso à série B, senti que os garotos começaram a dar uma relaxada, mas logo nos unimos novamente. Todos estão de parabéns”, afirma. Um dos nomes mais comentados na resenha esportiva entre os responsáveis pelo avanço do América na competição é o do goleiro Maromba. Com 22 anos, Bruno Carlos Alves Campos está no clube há dois e tem passagens pelo Paraíba do Sul F.C. e pelo Três Rios F.C.. Para ele, a equipe teve mais garra após a derrorevistaon.com.br

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FAMÍLIA AMERICANA Mesmo com dificuldades, os alvirrubros batalharam pela subida

ARQUIVO PESSOAL TIAGO TAVARES

ARQUIVO PESSOAL TIAGO TAVARES

ESPORTE

NOVOS DESAFIOS Para o próximo ano, novas barreiras terão que ser superadas pelo América

ta no ano anterior e já na segunda fase da competição viu que tinha chances de subir. “É muito bom saber que o esforço não foi em vão. Fico grato por fazer uma boa campanha com toda a equipe”. Maromba lembra que sua posição é a mais cobrada pela torcida e brinca: “o goleiro pode pegar dez bolas no jogo ou até 20, sendo todas difíceis, mas, se o time perder por 1 a 0 com falha do goleiro, ele é celebrado o resto da vida. Isso é vida de goleiro!”. Maicon da Silva Timóteo, 21, também atuou nos jogos que levaram o América à série B. Com a pouca idade, conheceu as glórias do clube através das histórias contadas pelo pai, Valdir Moacir Timóteo, o Zinho, que jogou pelo Entrerriense F.C.. “Ele fala sobre a época que os grandes times vinham na cidade, a rivalidade entre os clubes locais e sobre a torcida que lotava os jogos”. Com a recente subida, Maicon acredita que o envolvimento da população com o clube voltará com as partidas que acontecerão e vê a união do

“Agora, o América precisa decidir se monta um time para ficar na série B ou um para já subir para a série A”, José Michel Farah

HOMENAGEM José Michel Farah recebeu uma placa comemorativa da Ferj 112 Setembro | Outubro

ÚRSULA NERY REPRODUÇÃO FERJ

REVISTA ON

grupo como responsável pela conquista. “Foi um ano bem difícil, mais que 2011. Sofremos em cada fase para conseguirmos a classificação. Se o grupo não estivesse fechado, não teríamos conseguido”. Farah deixou a presidência do clube em agosto, mas sabe o que deve ser feito para o sucesso continuar. “Agora, o América precisa decidir se terá um time para disputar e permanecer na segunda divisão ou se quer um time para disputar e já passar para a elite do Estadual. Parece a mesma coisa, mas é muito diferente. Claro que queremos chegar

JOVEM DESTAQUE Tainan Dias (à esquerda) se destacou e viu seu nome na seleção da Série C

à série A, mas é melhor fazer um trabalho para manter na segunda e ir com calma”. Ele ainda conta que, na nova fase, os gastos serão maiores. “O clube tem grandes parceiros que ajudam nessa área, mas os gastos serão ainda maiores a partir de agora, com mais jogos”. O novo presidente, Marco Aguiar, o Badah, que atuava como diretor de esportes no clube, já sabe os desafios que virão e prepara-se para enfrentá-los com a diretoria. “As despesas serão muito elevadas e esta será, mesmo, a maior dificuldade. O América tem uma boa estrutura, mas precisaremos, com o tempo, fazer ajustes. Já houve jogos com Vasco e Fluminense, por exemplo, no passado, mas possivelmente hoje isso não aconteceria, devido às regras e exigências. Costumo dizer que o Maracanã já sediou final de Copa do Mundo e hoje está passando por diversas reformas para ficar em dia”. Para finalizar, Badah pede o apoio da torcida, dos jogadores, da comissão técnica e da população para esta nova fase que, segundo ele, será muito diferente da passada. “No meu ponto de vista, a competição na série C foi 80% amadora e 20% profissional. Já na série B, acredito que seja 100% profissional. Por isso, precisamos estar preparados, não há tempo para erros. São jogos em sequência. Vamos entrar, tentar uma boa colocação e aprender como evoluir e voltar à série A”. Como força a mais para as futuras conquistas, está no hino do clube a certeza do sucesso: “América! América! És o orgulho do esporte de Três Rios. América, esquadrão que não teme desafios”.


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ELEIÇÕES2012

A VERDADEIRA CARA DO ELEITOR POR RAFAEL MORAES

Eles são mais de 140 milhões no país. Os eleitores brasileiros gozam de uma democracia garantida pela Constituição e, neste ano, terão que cumprir o dever de escolherem quem desejam no comando do executivo e legislativo municipais. Em

nossa microrregião (Areal, Comendador Levy Gasparian, Paraíba do Sul e Três Rios), 108.603 pessoas devem comparecer às urnas. Todos os dados foram retirados do site do Tribunal Superior Eleitoral. O conteúdo que começa agora tem como

objetivo ajudar você, eleitor, a se decidir quando chegar o dia 07 de outubro. Para abrir o Especial Eleições, a Revista On preparou um resumo para mostrar quem são, de fato, os cidadãos que vão decidir o futuro destas quatro cidades.

47,61%

52,31% 0,08% NÃO TIVERAM O SEXO INFORMADO PELO TSE

4,41% Superior

Areal Atualmente a cidade tem 11.423 habitantes (IBGE/2010), cujos 9.143 são eleitores. Destes, 4.439 são homens. Apenas 2,26% dos eleitores têm ensino superior, 59,6% não completaram o ensino fundamental , 323 são analfabetos e 34,55% estão entre o ensino médio e superior incompleto. De acordo com os dados do TSE, 0,05% não informaram a escolaridade.

0,07%

34,46%

Outros

Médio

Fundamental

47,01%

11,06%

Lê e escreve

Comendador Levy Gasparian São 8.180 habitantes (IBGE/2010) e 7.033 eleitores, dos quais 51,2% são mulheres. Apenas 2,09% dos eleitores têm ensino superior, 61,82% não completaram o ensino fundamental , 138 são analfabetos e 34,15% estão entre o ensino médio e superior incompleto. De acordo com os dados do TSE, 0,014% não informaram a escolaridade.

2,99% Analfabeto

Paraíba do Sul O município sulparaibano tem 41.084 habitantes (IBGE/2010), sendo 33.099 eleitores. Destes, apenas 853 eleitores têm ensino superior, 59,04% não completaram o ensino fundamental , 1.266 são analfabetos e 34,47% estão entre o ensino médio e superior incompleto. De acordo com os dados do TSE, 0,10% não informaram a escolaridade. Três Rios Atualmente são 77.432 trirrienses (IBGE/2010), sendo 59.328 eleitores dos quais 31.331 são mulheres. Do total do eleitorado, apenas 1.670 têm ensino superior, 56,91% não completaram o ensino fundamental, 1.517 são analfabetos e 37,67% estão entre o ensino médio e superior incompleto. De acordo com os dados do TSE, 0,06% não informaram a escolaridade.

É fato que as mulheres são maioria entre os eleitores. No grupo de separados judicialmente e divorciados, elas são praticamente o dobro dos homens. Estão, de fato, reafirmando o espaço já conquistado e não abrem mão de seus sonhos e planos de vida. Nesta perspectiva, casamento e filhos estão em segundo plano para a maioria das brasileiras. Diante disso, o número de eleitores solteiros na microrregião é quase o dobro dos casados. 118 Setembro | Outubro

{

1.548

eleitores da região votam pela primeira vez

35%

têm entre 18 e 34 anos

55%

do eleitorado da região têm entre 35 e 69 anos o que reforça as teorias de envelhecimento da acima de 70 anos não população brasileira tema obrigação de votar

9.196

acima de 70 anos não são obrigados a votar

Esqueça aquela história de casa cheias de crianças, famílias com cinco, seis filhos. Isso mesmo! As mulheres conquistaram seu espaço na sociedade, mercado de trabalho e, com isso, proporcionalmente diminuiu o tempo para se dedicar por inteira para a família, o que acaba contribuindo para o envelhecimento do país.

Solteiro

64,11%

Casado

Separado/ Divorciado Outros

30,34% 3,46% 2,09%


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ZONA SEGURA POR RAFAEL MORAES

FOTOS NELSON JR. ASICS-TSE

De acordo com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), as eleições não são uma experiência recente no país, visto o livre voto depois da chegada dos colonizadores para eleger os administradores de povoados, vilas e cidades. De lá para cá, muitas mudanças na forma de legitimação de poder aconteceram. O Brasil aposta nas urnas eletrônicas para proporcionar eleições livres de fraudes, entretanto, nem sempre essa sensação é sentida pela sociedade e pesquisadores.

120 Setembro | Outubro

EMÍLIA SILBERSTEIN

A

pesar de toda publicidade acerca da segurança dos dados das urnas eletrônicas, alguns eleitores ainda desconfiam de tal proteção e acabam se rendendo às pressões de candidatos corruptos que optam pela compra de votos. Por um lado, o TSE garante conservação das informações com uma série de protocolos e testes realizados antes dos pleitos. Contudo, um pesquisador da UNB (Universidade de Brasília) aponta uma falha no sistema. O erro apontado pelo doutor em ciência da computação Diego de Freitas Aranha, está relacionada à vulnerabilidade presente no RDV (Registro Digital do Voto), um arquivo de natureza pública instituído em 2003 como substituto do voto impresso verificável pelo eleitor. “Nossa metodologia de testes foi capaz de reconstruir com exatidão a ordem em que os votos foram inseridos em eleições simuladas com até 475 eleitores. De posse da lista ordenada de identidades dos eleitores, obtida pelo mesário ou um observador que monitora a seção eleitoral, é possível fazer a correspon-

DIEGO ARANHA Ele coordenou a equipe que descobriu uma falha na urna eletrônica

dência perfeita entre a identidade do eleitor e seu voto”, explica o professor adjunto do departamento de ciência da computação da Universidade de Brasília como conseguiu reverter a aleatoriedade dos dados gravados pela urna. Ainda de acordo com o professor, neste teste de segurança pública elaborado pelo TSE em março de 2012, a leitura de informação pública foi realizada de forma não rastreada. Aranha também aponta outro problema encontrado. “Após os testes, também descobrimos que o registro de eventos (LOG) da urna armazena o instante de tempo

em que cada voto foi confirmado. Assim, torna-se também possível recuperar um voto específico inserido em um lugar e hora determinados”, alerta. Em contrapartida, o secretário de tecnologia da informação do TRE/RJ (Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro) André Sant’Anna garante que o teste demonstrou ter atingido o objetivo de melhorar os aspectos de segurança da urna eletrônica. “Todas as questões apresentadas foram corrigidas e melhoradas pelo TSE”, explica. Entretanto, salienta a importância de se avaliar o evento antes de se ponderar sobre o resultado do teste. Ainda de acordo com ele, esse tipo de teste é inédito no mundo e não há registro que algum país tenha realizado algo semelhante em relação ao seu processo eleitoral. “Cabe ressaltar que não se trata apenas de um desafio de invasão de sistemas, mas sim da possibilidade ofertada de forma democrática e aberta ao cidadão brasileiro interessado e qualificado para que esse possa contribuir com o aprimoramento do processo como um todo”, defende.


ELEIÇÕES2012

SEGURANÇA Segundo dia de testes da urna eletrônica com produto congelante

Ainda assim, Diego avalia que a partir dos problemas encontrados, fez uma leitura de que o software da urna eletrônica é produto de um processo de desenvolvimento imaturo do ponto de vista de segurança. “É injustificável a presença de uma vulnerabilidade publicamente conhecida desde 1995 em um equipamento de importância crítica para a manutenção da nossa democracia”, questiona. Aranha foi premiado pelo TSE, mas não se mostrou satisfeito com o resultado. “Conquistamos o primeiro lugar no evento, por apresentar a contribuição mais significativa para o incremento de segurança do sistema eletrônico

dos dados. “As urnas são transportadas com o auxílio policial para garantir a segurança e também são armazenadas em local com vigilância policial 24h”, revela juíza da 174ª zona eleitoral de Três Rios Mara Grumbach Mendonça. Ainda de acordo com ela, no dia das eleições, a movimentação dos funcionários da justiça eleitoral começa muito cedo, para que as urnas sejam distribuídas aos locais de votação e estejam em funcionamento a partir das 8h. “Após as 17h, quando se encerra o horário de votação, todas as urnas são novamente transportadas ao seu local de origem para se iniciar a apuração dos votos. O trabalho da justiça eleitoral somente termina quando se encerra a apuração e a totalização dos votos”, completa. De acordo com o TSE, após as 7h30 do dia da eleição, a urna eletrônica é ligada e na presença dos mesários e fiscais de partidos políticos, é emitido em cada seção eleitoral um relatório denominado “zerésima”, que contém toda a identificação daquela urna e comprova que nela estão registrados todos os candidatos com zero voto. A votação paralela é uma auditoria, quando são convidados fiscais de partidos políticos e coligações, representantes da Ordem dos Advogados do Brasil, bem como entidades representativas da sociedade. É realizada em local designado pelos tribunais regionais eleitorais, após o sorteio de duas a quatro urnas eletrônicas na véspera da eleição. Simultaneamente à votação oficial, é apresentada auditoria de verificação do funcionamento das urnas eletrônicas.

NOVIDADE Urna eletrônica com leitor biométrico

de votação. Mas, no documento de apreciação elaborado pela comissão avaliadora, recebemos a pontuação desprezível de 0,0313 em uma escala de 0 a 400. Considero duas hipóteses válidas para a nossa pontuação ínfima: a comissão nomeada pelo TSE não entendeu a seriedade das consequências provocadas pela vulnerabilidade encontrada, ou houve uma tentativa deliberada de descaracterizar e minimizar o ocorrido. Em minha opinião, ambas as hipóteses são absolutamente preocupantes”, explica. Além de avaliações do nível técnico envolvendo programação, algoritmos e quebra de segurança, o manuseio e operacionalidade antes, durante e depois dos pleitos, também estão ligados à garantia de inviolabilidade revistaon.com.br

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Três Rios Barros (PSOL) e Caluzinho (PSOL)

Infra-estrutura A Firjan fez uma perspectiva para a indústria visando o ano de 2020. Como resultado identificou a possibilidade de aumento de 51% nas contratações. Qual é sua proposta para que a cidade esteja preparada para esse aumento significativo? Neste pequeno espaço diria que, apesar de medidas de obras estaduais, Três Rios não se acha preparada para tanta procura dos 2% de incentivo do ICMS. Faltam: hotel 4 estrelas, restaurante, creches atendedoras da demanda, hospital / referência. Outras carências como oferta de moradias. Levantamento, constatou que necessitamos maior disponibilidade de energia elétrica. Educação Diante desse dado fica claro ser impossível contratar mão de obra sem qualificação, ou seja, a educação está concomitantemente ligada a esta perspectiva. Dos 59.328 trirrienses que votam, o número de analfabetos é quase proporcional ao de graduados (2,5% analfabetos e 2,8% graduação). Qual é sua proposta para mudar esse cenário? Atender reclamos do corpo docente, fundamental instrumento na formação intelectual dos futuros trirrienses. Sonho do saudoso Darcy Ribeiro. Apoiar Pro-Jovem, do governo federal. GT para aproveitar tempo ocioso das EM. Nesses locais novos cursos profissionalizantes: pedreiro, carpinteiro, eletricista, mecânico. Jovens e adultos Economia Apesar das boas perspectivas, a indústria fluminense vendeu em maio de 2012, -6,48% se compararmos com o maio de 2011, o que tem implicado em um saldo negativo na balança comercial da cidade. Como o município, gerido por você, poderá contribuir para mudar esse cenário econômico? Ouvindo sugestões de empresários, criaremos Grupo de Trabalho para realizar profundo estudo sobre esta matéria. O comércio está se transformando num setor em permanente crescimento e seu ordenamento é necessário.

Saúde A saúde é um problema nacional e não só de Três Rios. Criar uma solução para suas mazelas seria como descobrir a cura para o câncer. Qual é sua principal proposta voltada para essa área? *Nesse reduzidissimo espaço, destaco: Saúde preventiva. Remédios fitoterápicos. Profissionais bem remunerados. Fim do esgoto à céu aberto. Informatizar tudo. Marcações de consultas, sem filas das madrugadas. Se a informática permitir, marcação das próprias casas. As respostas foram reproduzidas na íntegra. Os três candidatos responderam as mesmas perguntas, cujo espaço máximo para cada questão foi de 350 caracteres. Todos assinaram e concordaram com o regulamento sobre o conteúdo publicado. 124 Setembro | Outubro

Perfil Nome completo José Barros Pinto Data de nascimento 04/12/1930 Naturalidade Pocrane/MG Estado civil Viúvo Grau de instrução Ensino médio completo Ocupação Outros Coligação Partido não coligado Composição da coligação CNPJ da campanha 16.225.083/0001-57 Limite de gastos R$ 300 mil Declaração de bens Apartamento: R$ 100 mil Veículo automotor terrestre R$ 20 mil Total = R$ 120 mil

Número do candidato

50


Três Rios TIM (PR) e Roberto de Souza (PR)

Infra-estrutura A Firjan fez uma perspectiva para a indústria visando o ano de 2020. Como resultado identificou a possibilidade de aumento de 51% nas contratações. Qual é sua proposta para que a cidade esteja preparada para esse aumento significativo? Implantação de um programa de ``Qualificação Técnica´´ em parceria com os sindicatos e as industrias, para que as vagas sejam ocupadas pelos trirrienses.

Educação Diante desse dado fica claro ser impossível contratar mão de obra sem qualificação, ou seja, a educação está concomitantemente ligada a esta perspectiva. Dos 59.328 trirrienses que votam, o número de analfabetos é quase proporcional ao de graduados (2,5% analfabetos e 2,8% graduação). Qual é sua proposta para mudar esse cenário? Implantação do programa “Educação para Todos” em parceria com as associações de bairros e as igrejas.

Economia Apesar das boas perspectivas, a indústria fluminense vendeu em maio de 2012, -6,48% se compararmos com o maio de 2011, o que tem implicado em um saldo negativo na balança comercial da cidade. Como o município, gerido por você, poderá contribuir para mudar esse cenário econômico? Criar uma política de apoio e incentivo municipal as industrias trirrienses em parceria com a FIRJAN.

Perfil Nome Completo: Nilton Da Silva Bernardes Data de Nascimento 15/11/1958 Naturalidade Três Rios/RJ Estado Civil Casado Grau de instrução Ensino médio completo Ocupação Comerciante Coligação Administrando para todos Composição da coligação PR / PPS / DEM / PTC / PV CNPJ da campanha 16.240.759/0001-81 Limite de gastos: R$ 1 milhão Declaração de Bens Dinheiro em espécie R$ 150 mil Total = R$ 150 mil

Saúde A saúde é um problema nacional e não só de Três Rios. Criar uma solução para suas mazelas seria como descobrir a cura para o câncer. Qual é sua principal proposta voltada para essa área? Ampliar o Convênio com o Hospital N. S. da Conceição, Implantar a Fundação Municipal de Saúde para contratar mais profissionais da área, transformar o SASE em Hospital 24 Horas, UTI Néo Natal, Pronto Socorro Infantil, Central de Exames Complexos, Centro de Oncologia, tratamento com Câmara Hiperbárica e melhorar o atendimento nos Postos Médicos.

Número do candidato

As respostas foram reproduzidas na íntegra. Os três candidatos responderam as mesmas perguntas, cujo espaço máximo para cada questão foi de 350 caracteres. Todos assinaram e concordaram com o regulamento sobre o conteúdo publicado.

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ELEIÇÕES2012

Três Rios Vinicius Farah (PMDB) e Zé Ricardo (PP)

Infra-estrutura A Firjan fez uma perspectiva para a indústria visando o ano de 2020. Como resultado identificou a possibilidade de aumento de 51% nas contratações. Qual é sua proposta para que a cidade esteja preparada para esse aumento significativo? Promovemos uma expansão histórica com a abertura de 1041 novas empresas que geraram diretamente 8.721 novos postos de trabalho, e para atender a este mercado já ofertamos gratuitamente e vamos ampliar os cursos técnicos e de qualificação, especialmente por meio do CVT – Centro de Vocação Tecnológica e da Escola Municipal de Qualificação. Educação Diante desse dado fica claro ser impossível contratar mão de obra sem qualificação, ou seja, a educação está concomitantemente ligada a esta perspectiva. Dos 59.328 trirrienses que votam, o número de analfabetos é quase proporcional ao de graduados (2,5% analfabetos e 2,8% graduação). Qual é sua proposta para mudar esse cenário? Estes dados referem-se a um passado de mais de 20 anos de estagnação. Os maiores índices estão entre adultos para quem vamos ampliar turmas de Educação de Jovens e Adultos. No entanto, 85% das crianças cadastradas no Bolsa Família frequentam escolas no município. O presente aponta resultados de queda do analfabetismo e aumento da escolaridade. Economia Apesar das boas perspectivas, a indústria fluminense vendeu em maio de 2012, -6,48% se compararmos com o maio de 2011, o que tem implicado em um saldo negativo na balança comercial da cidade. Como o município, gerido por você, poderá contribuir para mudar esse cenário econômico? Único esteio da economia local por muitos anos, o comércio trirriense colhe hoje os benefícios do círculo virtuoso Desenvolvimento – Emprego - Renda -Consumo. Atraídos pela tradição do comércio de qualidade e pela inovação das grandes redes, consumidores de cidades vizinhas também prestigiam o comércio local e não há como negar o avanço do setor. Saúde A saúde é um problema nacional e não só de Três Rios. Criar uma solução para suas mazelas seria como descobrir a cura para o câncer. Qual é sua principal proposta voltada para essa área? A Saúde em nossa gestão teve um salto de qualidade. Os investimentos passaram de 11 para 56 milhões. Foram contratados em três anos e meio 916 profissionais e novos veículos foram adquiridos. Conquistamos a UPA e o SAMU e as Unidades de Saúde da Família já cobrem 85% do município. Tratamos a Saúde com seriedade e vamos continuar neste caminho. As respostas foram reproduzidas na íntegra. Os três candidatos responderam as mesmas perguntas, cujo espaço máximo para cada questão foi de 350 caracteres. Todos assinaram e concordaram com o regulamento sobre o conteúdo publicado. 126 Setembro | Outubro

Perfil Nome Completo Vinicius Medeiros Farah Data de Nascimento 21/06/1965 Naturalidade Três Rios Estado Civil Casado Grau de instrução Superior incompleto Ocupação Comerciário Coligação Por uma cidade cada vez melhor Composição da coligação PRB / PP / PDT / PT / PTB / PMDB / PSL / PSC / PRTB / PHS / PSB / PSDB / PSD / PC do B / PT do B CNPJ da campanha 16.154.336/0001-49 Limite de gastos R$ 1 milhão Declaração de Bens Quotas de capital: R$ 9.900 Quotas de capital: R$ 19 mil Depósito bancário: R$ 29,44 VGBL: R$ 103.213,11 Quotas de capital: R$ 13 mil Outros fundos: R$ 11.268,86 Outros fundos: R$ 17.062,03 Outros créditos: R$ 8.132,10 Outros fundos: R$ 1.972,91 Total = R$ 183.578,45

Número do candidato

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ELEIÇÕES2012

Areal De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a população em 2010 é: 11.423. A área da cidade é de 110,919 Km² com uma densidade demográfica de 102,99 habitantes por quilômetro quadrado. A cidade já pertenceu a Três Rios e, após dois movimentos emancipacionistas (1957 e 1963), conquistou a independência político-administrativa em 10 de abril de 1992. As informações sobre os candidatos foram retiradas do tse.jus.br.

Araújo (PT)

Geraldo Alves (PMDB)

Waldeth Brasiel (PR)

Lázaro Sanábio (PT)

Celso da Padaria (PSC)

Flávio do Açougue (DEM)

Características Nome Completo José de Araújo Arruda Data de Nascimento 18/04/1964 Naturalidade Areal/RJ Estado Civil Casado Grau de instrução Ensino médio completo Ocupação Comerciante Coligação Partido não coligado Composição da coligação CNPJ da campanha 16.114.171/0001-81 Limite de gastos R$ 1 milhão Declaração de Bens Casa: R$ 400 Galpão: R$ 300 Total = R$ 700

Características Nome Completo Geraldo da Cruz Alves Data de Nascimento 06/04/1946 Naturalidade Areal/RJ Estado Civil Divorciado Grau de instrução Ensino fundamental incompleto Ocupação Empresário Coligação Sou mais Areal Composição da coligação PP / PMDB / PSC / PHS / PSD / PC do B CNPJ da campanha 16.227.002/0001-58 Limite de gastos R$ 300 mil Declaração de Bens Terreno: R$ 7.500,00 Prédio residencial: R$ 180 mil Veículo automotor: R$ 45,7 mil Sala comercial: R$ 18 mil Ações (linha telefônica): R$ 2.470 Bens imóveis ( herança): R$ 58 mil Veículo automotor: R$ 31 mil Veículo automotor: R$ 25.580 Dinheiro em espécie: R$ 80 mil Depósito bancário: R$ 38 mil Veículo automotor: R$ 29.500 Aplicação de renda fixa: R$ 458,08 Depósito em conta corrente: R$ 513 Quotas de capital: R$ 5.000 Total = R$ 521.721,08

Características

Número do candidato

Número do candidato

Número do candidato

13

128 Setembro | Outubro

15

Nome Completo Waldeth Brasiel Rinaldi Data de Nascimento 21/12/1941 Naturalidade Três Rios/RJ Estado Civil Viúva Grau de instrução Superior completo Ocupação Aposentado (Exceto Servidor Público) Coligação Quem Ama Areal Vem com a Gente! Composição da coligação PRB / PDT / PTB / PTN / PR / DEM / PTC / PSB / PSDB / PT do B CNPJ da campanha 16.130.398/0001-10 Limite de gastos R$ 1,5 milhão Declaração de Bens Casa: R$ 100 mil Veículo automotor: R$ 73 mil Total = R$ 173 mil

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Com. Levy Gasparian De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a população em 2010 é: 8.180. A área da cidade é de 106.888 Km² com uma densidade demográfica de 76,53 habitantes por Km². Menos populosa se comparada aos outros municípios, abriga o único museu rodoviário da América Latina. A ideia de emancipação começou a ser elaborada ainda na década de 80, mas foi em 91 o desligamento de Três Rios. As informações sobre os candidatos foram retiradas do tse.jus.br.

Cláudio Mannarino (PMDB) e Joel da Silva (PMDB) Nome Completo Cláudio Mannarino Data de Nascimento 03/03/1955 Naturalidade Três Rios/RJ Estado Civil Casado Grau de instrução Superior incompleto Ocupação Servidor Público Estadual Coligação Levy no rumo certo Composição da coligação PRB / PDT / PT / PMDB / PSC / PHS / PTC / PSB / PSD / PC do B CNPJ da campanha 16.242.595/0001-21 Limite de gastos R$ 1,5 milhão Número do candidato

Declaração de Bens Depósito conta corrente: R$ 600 Veículo automotor terrestre: R$ 80 mil Dinheiro em espécie: R$ 180 mil Total = R$ 260,6 mil

15

Irineu Duarte Guiraldelo (PR) e Suzana Novaes (PSDB) Nome Completo Irineu Duarte Guiraldelo Data de Nascimento 25/07/1967 Naturalidade Três Rios/RJ Estado Civil Solteiro Grau de instrução Ensino médio completo Ocupação Comerciante Coligação Frente humanitária todos por Levy Composição da coligação PSDB / DEM / PP / PR / PT do B CNPJ da campanha 16.310.537/0001-98 Limite de gastos R$ 1 milhão Número do candidato 130 Setembro | Outubro

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Declaração de Bens Nenhum bem declarado Total = R$ 0,00


Paraíba do Sul De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a população em 2010 é: 41.084. A área da cidade é de 580,525 Km² com uma densidade demográfica de 70,77 habitantes por quilômetro quadrado. Mais antiga dentre as outas, abrigava Três Rios e, por consequência, Comendador Levy Gasparian e Areal. A cidade tem ligação forte com a inconfidência, tanto que abriga parte dos restos mortais atribuídos a Tiradentes. As informações sobre os candidatos foram retiradas do tse.jus.br.

Canelinha (PTB)

Graça Marco (PMDB)

Marcinho (DEM)

Chiquinho Vereador (PDT)

Magal (PSC)

Mariângela Santos (PSDB)

Características

Características

Características

Nome Completo Júlio de Souza Bernardes Data de Nascimento 18/01/1988 Naturalidade Paraíba do Sul/RJ Estado Civil Solteiro Grau de instrução Superior incompleto Ocupação Vereador Coligação Juventude e experiência a favor do povo Composição da coligação PDT / PTB CNPJ da campanha 16.122.488/0001-60 Limite de gastos R$ 500 mil Declaração de Bens Consórcio: R$ 12.561,15 Veículo automotor: R$ 34.419 Outros depósitos: R$ 6.236,41 Total = R$ 53.216,56

Nome Completo Maria das Graças Bousada Marcos Data de Nascimento 09/03/1953 Naturalidade Cachoeira Alegre/ MG Estado Civil Casada Grau de instrução Superior incompleto Ocupação Comerciante Coligação O retorno do progresso Composição da coligação PMDB / PSC / PPS / PSB / PSD CNPJ da campanha 16.035.538/0001-71 Limite de gastos R$ 990 mil Declaração de Bens Veículo automotor: R$ 25 mil Casa: R$ 326.419,11 Total = R$ 351.419,11

Nome Completo Márcio de Abreu Oliveira Data de Nascimento 22/08/1974 Naturalidade Paraíba do Sul/RJ Estado Civil Casado Grau de instrução Superior completo Ocupação Vereador Coligação É hora de mudar Composição da coligação DEM / PSDB / PRB / PTN / PHS / PMN / PR / PV / PRTB / PSL CNPJ da campanha 16.348.248/0001-88 Limite de gastos R$ 300 mil Declaração de Bens Quotas de capital: R$ 5.477,50 Casa: R$ 15 mil Casa: R$ 3.500 VGBL: R$ 7.135,98 Veículo automotor: R$ 55.021,58 Veículo automotor: R$ 22.484,67 Casa: R$ 43.551,38 Quotas de capital: R$ 43.753,64 Poupança: R$ 3.704,56 Veículo automotor: R$ 33.906,80 Depósito bancário: R$ 992,54 VGBL: R$ 367,08 Total = R$ 234.895

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ELEIÇÕES2012

COMÉRCIO ILEGAL POR RAFAEL MORAES

Você já parou para pensar quanto vale o seu voto? Essa é a pergunta que todos os eleitores deveriam fazer quando lhes ofertassem R$ 40, R$ 50, gasolina, cargo público ou qualquer outra regalia em troca do “confirma” no dia 07 de outubro. A Justiça Eleitoral possui canais para receber denúncias, mas ainda precisa da ajuda da população, que, em parte, prefere o dinheiro a denunciar os corruptos.

132 Setembro | Outubro

votar, podem influenciar os pais em casa. Para Helder Caldeira, este é mais que um começo, “é uma ação efetiva. A Justiça Eleitoral de Três Rios dá um exemplo extraordinário. Porque a escola é o ponto nevrálgico da sedimentação da sociedade”. Corroborando com essa ideia, Humberto Dantas também aposta na educação política suprapartidária. “Não gosto da balela: mas o sujeito não tem nem o que comer! Isso é fruto da má política. Mas ele não sabe nem escrever! Isso é fruto da má política. A política bem feita acerta a vida do povo e isso só acontece se tivermos o bom cidadão”, apoia a ideia ao completar que entramos em um círculo vicioso em que a educação e a ética precisam quebrar isso. “Existem bons exemplos desse movimento na sociedade, falta ganhar força”, conclui.

A despesa com a corrupção pode ter chegado à R$ 85 milhões em 2010 no Brasil prefeitura’. Você aceita? Pode ser que sim. Isso é compra de voto: promessa futura em troca de seu apoio. E isso você encontra em toda a sociedade, apesar de ser mais barato comprar quem precisa mais e tem demandas mais simples”, exemplifica o cientista político. Com todos esses fatos, como encontrar a solução? Profissionais da Justiça Eleitoral de Três Rios fazem visitas em escolas da cidade para conscientizar os jovens, futuros eleitores, que mesmo sem

Coibição eleitoral ARQUIVO PESSOAL

O

país desvia entre 1,38% a 2,3% do PIB (Produto Interno Bruto) para custear os rombos causados pela corrupção. Esse efeito em cadeia começa com o eleitor que se vende nas eleições e colabora com candidatos corruptos. “Empregado por candidato, passível de forte punição legal, mas, principalmente, esperado por parcelas expressivas do eleitorado. É cultural e, assim, a revolução começa pela educação política”, define e avalia o cientista político Humberto Dantas. Mas, afinal, a que se deve esse comportamento dos brasileiros? À necessidade, falta de informação? “Não é a necessidade que faz as pessoas venderem seus votos. Isso é lenda! Tampouco um desvio de caráter ou coisas do gênero. Em minha opinião, esse tipo de ‘excrescência’ é fruto de dois fatores que, aliados, destroem princípios básicos da democracia e produzem os tétricos resultados eleitorais no Brasil: a falta de acesso à informação [e a ausência de desejo e interesse em detê-la] e a absoluta falta de educação [em amplo sentido]”, opina o articulista político Helder Caldeira, autor do livro “A primeira presidenta”. Ainda assim é preciso pensar que o comércio de votos não se restringe ao dinheiro, como explica Humberto. “Mas pense no caso de um candidato que lhe oferece uma cesta básica. Você aceitaria? Com um bom emprego, uma boa renda, morando e se alimentando, você se sentiria ofendido. Mas e se o candidato disser: ‘vote em mim. Se eu for eleito você terá um belo emprego na

HUMBERTO DANTAS Para o cientista político, vivemos uma crise moral

“É um pouco triste saber que o resultado não virá agora ou em poucos anos. Mas é preciso começar a dar esses passos”, disse Helder sobre o processo de conscientização dos jovens. Triste é, mas enquanto este quadro não é revertido, a Justiça Eleitoral trabalha de forma mais enérgica para coibir os infratores, seja através de denúncias de compra de votos, como boca de urna. De acordo com o juiz da 28ª zona eleitoral Luiz Fernando Ferreira de Souza Filho, quem fizer a arregimentação de eleitor ou a propaganda de boca de urna estará sujeito à detenção que varia de seis meses a um ano, com alternativa de prestação de serviços à


REVISTA ON

JUÍZA Mara Grumbach é titular da 174ª zona eleitoral, responsável por Areal e Três Rios

comunidade pelo mesmo período. A multa pode chegar a R$ 15.961,50. O magistrado ainda esclarece sobre a punição dos candidatos envolvidos nestas transgressões. “Em relação a punições a candidatos, podemos afirmar que a mais importante é aplicação de multa por propaganda eleitoral irregular. A resolução do TSE (Tribunal

Superior Eleitoral) 23.370/2011 tem vários dispositivos regulamentando a propaganda, tais como publicidade na internet, em outdoor, em rádios, TV e impressos, que, se violados, ensejam aplicação de multa. O artigo 299 do código eleitoral diz que ‘dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a oferta não seja aceita’ a reclusão é de até quatro anos e pagamento de cinco a 15 dias-multa”, completa. A juíza Mara Grumbach Mendonça explica que a principal estratégia da Justiça Eleitoral para coibir a compra de votos é a fiscalização e a 174ª zona eleitoral, a qual é responsável, cuida dos municípios de Areal e Três Rios. “A nossa equipe de fiscalização acompanha, diariamente, a conduta dos candidatos a vereador e prefeito, fazendo ronda pela cidade e apurando as denúncias que chegam”, ressalta. Ela também esclarece que toda notícia de captação ilícita

de apoio é autuada e são realizadas diligências para se apurarem os fatos. “Caso não se confirme a infração, após a oitiva do Ministério Público, os autos são arquivados e, em caso contrário, os autos são remetidos ao MP para a propositura da ação cabível”, completa. “Vivemos uma crise moral e esse problema é tenso demais para o desenvolvimento da democracia”, disse o cientista Humberto Dantas sobre os candidatos que aproveitam das mazelas da população e usam o poder econômico para se elegerem. Para identificar esses corruptos, o site do TSE (tse.jus. br) traz informações sobre os pretendentes aos cargos públicos, assim como o portal do TER-RJ (Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro) tem um canal [tre-rj.gov.br] para denúncias de propaganda eleitoral. Afinal, o trabalho já foi iniciado, mas a participação da população é muito importante para a manutenção da democracia, já que, quase sempre, quem não tem boas ideias e não é honesto, se elege.

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ARTE FÁBIO ABREU

ELEIÇÕES2012

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ELEIÇÕES2012

MULHERES NA DISPUTA POR RAFAEL MORAES

O páreo é duro. Entraram na briga com unhas pintadas, cabelos bem escovados, salto alto, sorriso no rosto e uma simpatia que só elas têm. Depois de 119 anos que votaram pela primeira vez, vêm reivindicando seus direitos, agora de forma mais ativa. Em três cidades da região (Areal, Comendador Levy Gasparian e Paraíba do Sul), elas concorrem ao cargo executivo e mostram a força política que têm conseguido com o avançar dos anos.

F

oi na Nova Zelândia, país da região sul da Oceania, que as mulheres conseguiram, pela primeira vez no planeta, o direito de votar. No Brasil, esta conquista aconteceu 41 anos depois com o decreto 21.076 de 24 de fevereiro de 1932, expedido pelo então presidente Getúlio Vargas. Assim, foi instituído o Código Eleitoral Brasileiro, cujo artigo 2 define o eleitor como cidadão maior de 21 anos, sem distinção de sexo. Passaram 80 anos e elas, mais que meras coadjuvantes da sociedade, têm assumido o papel principal em organizações, ministérios do governo, Presidência da República, exemplos que inspiram inúmeras outras “Dilmas” país afora. Na região, quatro mulheres disputam cargos no poder executivo, sejam como vices ou não. Waldeth Brasiel (PR) é candidata à prefeita de Areal, Suzana Novaes (PSDB) à vice em Comendador Levy Gasparian, Mariângela Santos (PSDB) a vice-prefeita em Paraíba do Sul, enquanto Graça Marco (PMDB) é candidata à prefeita em outra chapa. “Esse movimento é mundial. O Brasil, por exemplo, garantiu espaço ao gênero minoritário nas vagas de candidatos em eleições proporcionais seguindo 136 Setembro | Outubro

orientações de um documento assinado em 1995 na China pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso”, avalia o doutor em ciência política pela USP (Universidade de São Paulo) Humberto Dantas ao fato da candidatura delas ter aumentado 168% no estado do Rio de Janeiro em 2012 se comparado com o pleito em 2008. Waldeth Brasiel começou sua carreira política em 1996 quando foi candidata à vereadora em Três Rios. Foi eleita vice-prefeita trirriense em 2000, eleita deputada estadual em 2002, a primeira mulher deputada da Região Centro-Sul e reeleita em 2006. Agora disputa o cargo de chefe do executivo arealense. Em uma avaliação da mulher na política, acredita que “o atual cenário tem a marca feminina. As mulheres sempre tiveram medo de se pronunciar no campo político, receio de dar voz aos seus anseios. Mas isso mudou”, garante. Para a candidata sulparaibana Graça Marco, as mulheres estão conquistando seu espaço. Segundo ela, muito mais que merecido e fruto de muito trabalho, dedicação, competência e sensibilidade. “A grande verdade é que esse aumento é a certificação de que a participação das mulheres na vida pública está dando

muito certo e trazendo bons resultados”, acredita. Neste contexto, Dantas explica que “não estão lutando por um espaço vazio, mas sim por algo que vinha sendo ocupado e, neste caso, as dificuldades são maiores”. Entretanto, o cientista atribui esse aumento mais a uma imposição legal, quando a lei 9.504 de 30 de setembro de 1997, determina o mínimo de 30% e o máximo de 70% para candidaturas de cada sexo. “Até a eleição passada as vagas em candidaturas proporcionais reservadas para mulheres que não fossem preenchidas ficavam vazias, hoje tem que ser ocupadas, sob pena de os homens perderem espaço, proporcionalmente. A despeito de tal interpretação da Justiça Eleitoral, se no resultado final o número de mulheres tiver aumentado, teremos chegado onde o país sinaliza: numa maior diversidade”, explica. Ainda de acordo com Humberto, a mensuração desta evolução feminina, não é uma eleição majoritária [executivo], pois a vitória pode estar associada a uma série de fenômenos. “No caso de 2010, muitos apostam que se Lula apoiasse um poste, o artefato estaria eleito. Assim, nas eleições proporcionais, esse sentimento de diversificação é mais verdadeiro”.


Inspiração

Coincidência ou não, após o país eleger Dilma Rousseff a primeira mulher Presidente da República, o número de candidatas aumentou consideravelmente. Na região, são 67,6% pleiteantes femininas a mais, em relação a 2008. Em Areal são 38 candidatas, contra 19 em 2008. Paraíba do Sul são 53 em 2012 quando, em 2008, 34 disputaram os cargos. Três Rios é a cidade em que mais mulheres se candidataram [195%]: 60 em 2012, enquanto, em 2008, foram 21. Comendador Levy Gasparian foi a cidade região que registrou queda: 34 em 2008 e 30 em 2012. Apesar dos números favoráveis, o cientista político da USP Humberto Dantas, não se convenceu desta influência. “Pode até contribuir, mas precisamos considerar isso mais natural. Temos estados que são governados, faz três mandatos, por mulheres, caso do Rio Grande do Norte, onde o gênero já não é um atributo que causa qualquer es-

“O sistema eleitoral tem dado respostas mais interessantes às diversidades”, cientista político Humberto Dantas

tranheza”, avalia positivamente. Elas [candidatas] acreditam na influência, mesmo que de forma indireta. “Com certeza, cada vez mais, ela [Dilma] tem demonstrado fibra, coragem, vontade, sonhos, esperanças e capacidade de lutar por uma sociedade mais justa”, disse Mariângela que já foi secretária de Ação Social e vereadora. A gaspariense Suzana Novaes diz que, no seu caso, o fato de ter uma presidente mulher foi apenas uma coincidência em seu projeto. Ela garante ter participado do processo de emancipação da cidade e disputado o cargo de vice-prefeita em outro pleito.

Graça Marco acredita na influência. “A presidente Dilma Rousseff é um grande exemplo de mulher pública”, relembra Graça que diz ter 18 anos de vida política e estar no segundo mandato como vereadora. Para Waldeth Brasiel, “a presidente Dilma vem fazendo um trabalho sério, justo e maravilhoso. É muito natural que esse desempenho venha a influenciar as mulheres, principalmente as que seguiram pela política”. “Eu gosto da ideia de ver mais mulheres na política, mas não sei se por meio de regras que as obriguem a disputar eleições. Acredito que se educássemos a sociedade sob uma lógica democrática, o movimento seria mais natural”, conclui Dantas que ainda sugere uma discussão menos pela igualdade baseada em características anatômicas e mais pelos atributos característicos do ser humano. “Não se trata de algo homogêneo. Assim, a contribuição vai ao sentido da pluralidade, da diversidade, da criação de um ambiente mais democrático”, conclui.

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ACONTECEU

GILBERTO GONÇALVES É HOMENAGEADO PELA AERONÁUTICA FOTOS CARLOS ALBERTO MOISÉS

O evento aconteceu no dia 31 de agosto e contou com autoridades da Força Aérea Brasileira

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homenagem foi entregue na cerimônia de comemoração do 70º aniversário do HCA (Hospital Central da Aeronáutica). Além de Gilberto, o cardiologista Evandro Tinoco diretor do hospital Pró-cardíaco também foi agraciado. Eles receberam a placa das mãos do diretor do HCA, o brigadeiro médico Celso Gonçalves Bencardino. O reconhecimento é pelo trabalho desempenhado pelo médico no tratamento de pacientes com câncer. Gilberto Augusto Gonçalves Júnior é especialista em ginecologia pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro)

O reconhecimento é pelo trabalho desempenhado no tratamento de pacientes com câncer

HOMENAGEM Gilberto recebe a placa do brigadeiro Bencardino

e em cirurgia oncológica pelo Inca (Instituto Nacional do Câncer), além de ser o responsável, desde junho de 2011, pelo tratamento cirúrgico dos pacientes com câncer ginecológico da Aeronáutica, Gilberto ainda tem consultório em Três Rios e no Rio de Janeiro. Comemoração

COMEMORAÇÃO A esposa Carmen Nasser Monnerat acompanhou a cerimônia com o marido 138 Setembro | Outubro

Ainda na comemoração, o HCA realizou uma exposição com concurso de pinturas nas categorias óleo sobre tela, aquarela e técnica mista, tendo como tema o septuagésimo aniversário do hospital. O concurso fez parte dos eventos comemorativos na semana de 27 a 31 de agosto.


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VIAGEM CHECK-IN

VIVA LA VIDA FOTOS ARQUIVO PESSOAL

Aproveitar a vida ao extremo é a proposta desse paraíso. Para aqueles que ainda têm esse propósito de vida, eu lhes apresento um dos lugares perfeitos para isso. O balneário de Ibiza, na Espanha. A capital da música eletrônica, do topless e das noitadas intermináveis, convida você, leitor da Revista On, a desfrutar dessa riqueza natural durante a temporada de verão europeu. Ah! Quer outras boas notícias?? Essa temporada dura três meses, não é tão cara quanto dizem e está totalmente de portas abertas para turistas brasileiros. É só se programar, chamar os amigos e botar os pés na areia...

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J

á pensou na combinação de verão com praias paradisíacas + os melhores clubes de música do planeta + azaração? Isso existe, acontece durante o verão europeu e está em uma pequena ilha na Espanha chamada Ibiza. Essa cidade não é tão falada à toa, se trata simplesmente da capital do circuito eletrônico mundial e residência das maiores franquias de boates do planeta. A pequena ilha, que junto a mais cinco ilhotas formam o arquipélago de Ilhas Baleares é o destino de mais de 4 milhões de turistas durante o ano. Podemos dizer que quase toda essa invasão acontece entre os meses de junho e setembro, quando a temporada do verão europeu ferve. A infraestrutura de hotéis, restaurantes, bares e baladas para receber todos esses turistas é um dos pontos altos. A ilha que respira música eletrônica, tem ainda paisagens naturais de deixar o turista sem ar, monumentos preservados como patrimônio da humanidade pela Unesco, sem falar nos 18 quilômetros de praias banhadas pelo Mediterrâneo que formam a geografia do lugar. A temporada de festas é oficialmente aberta em junho e se estende até o final de setembro, quando, durante esses três meses, algumas das maiores franquias mundiais de música eletrônica abrem suas portas e cedem suas pick ups para os maiores DJ’s do planeta. Para quem curte a noite e o som eletrônico, eu diria que é uma experiência única e

inesquecível poder ver de perto boates como Pacha, Space, Amnésia e Privilege em dias de casa cheia, com monstros sagrados tocando, um público lindo e uma vibe enlouquecedora. Por gostar da tal combinação música eletrônica + noite, já estive por lá duas vezes, a primeira no verão de 2009 e outra no último verão. De ambas as passagens, tenho histórias maravilhosas e curiosas, mas reconheço que esse último verão, ao lado de grandes amigos, foi especial. Para essa temporada, fechamos um grupo de quatro amigos: eu, Iguinho, Dioguinho, Ludhi e lá conhecemos a Larissa. Separamos uma semana para curtir tudo o que a ilha tinha para nos oferecer e não deixamos passar nada em branco. Nossos dias eram aproveitados entre praias, passeios, piscina e nossas noites sempre regadas a muita música e azaração. Alguns de nós nem arranhavam a língua local, mas os desempenhos nas boates com a tal ‘‘comunicação universal’’ era sucesso total [risos]. As boas e cômicas histórias não têm como serem divididas aqui, até porque nós necessitaríamos de mais páginas. Se quiserem realmente saber desses contos, parem um dia desses com um de nós e batam um papo, tenho certeza que irão rir bastante e sairão convencidos que a ilha merece uma visita o quanto antes. Então está lançado mais um convite a vocês, conhecer a temporada de verão de Ibiza!!

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VIAGEM CHECK-IN

Ibiza Região Ilhas

Baleares/Espanha

Área 575 km² População 110 mil habitantes Línguas Espanhol e Catalão Moeda Euro Temperatura Média Anual 18.2ºC

Quando ir

De junho a setembro, quando acontece o verão europeu e a ilha é tomada por turistas de diversas partes do mundo. Como chegar

Voando pela companhia Ibéria (www. iberia.com) no trecho Rio de Janeiro x Ibiza, com escalas em Madri e Palma de Maiorca. A passagem fica em torno de R$ 2,7 mil para ida e volta. Onde ficar

Hotel Mare Nostrum (www.marenostrumhotelibiza.com), localizado na bela praia d’en Bossa. Diárias em quarto duplo na faixa de R$ 200. Onde comer

Restaurante La Torreta (Plaça de La Villa 10/Santa Eulalia Del Rio) especialista em cozinha mediterrânea e Restaurante Sa Carboneria (Isidor Macabich 3/ Eivissa) com especialidade em frutos do mar e cozinha espanhola. O que fazer

Ir de ferry boat (embarcação) passar o dia na ilha de Formentera, alugar uma scooter e conhecer praias paradisíacas ao redor da ilha, curtir o magnífico pôr do sol no restaurante Café Del Mar escutando uma boa música eletrônica e curtir a noite nos quatro principais clubes da cidade, Pacha, Amnésia, Space e Privilege. Antes de viajar

Turistas brasileiros não necessitam de visto para ficar na Europa por até 90 dias. Além do passaporte, com vigência mínima de seis meses, é obrigatório um seguro saúde internacional com cobertura mínima de 30 mil euros. 142 Setembro | Outubro


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CASINHA DE IDIOMAS FOTOS DIVULGAÇÃO

Wizard Três Rios lança novidade para facilitar o ensino de línguas aos mais novos

D

esde a primeira semana de agosto, os alunos da Wizard Três Rios têm um motivo a mais para aprender outros idiomas. A escola inaugurou a casa de madeira Wizard Kids. Com o propósito de aliar diversão e ensino, o novo espaço é voltado para os alunos entre três anos e meio e 12. A diretora da escola, Deise Grossi, conta que a inspiração surgiu de outra franquia do curso. “Em Florianópolis, eles criaram uma casa da árvore, a casa do Tarzan. Vi esse material e tive a vontade de fazer aqui em Três Rios. Ela é voltada para crianças porque, para elas, é necessário estar sempre inovando, buscando diferenciais. Desta forma, a vontade de estudar línguas estará sempre presente, não cairá na rotina”. Ainda como novidade, as turmas

têm aula na casinha, como é chamada, quinzenalmente. A reação dos estudantes, segundo Deise, não poderia ser melhor. “Eles ficam enlouquecidos por fazerem aulas na casa, um espaço diferente das salas de aula”. A diferença é sentida, também, pelos professores,

que ganharam, no espaço, a oportunidade de tornar as aulas mais dinâmicas com a instalação de uma TV interativa da LG. Os alunos podem, com a tecnologia, utilizar a caneta Magic Touch e libertarem a criatividade. Benefícios para as crianças, para os

DIGITAL O novo espaço conta com uma TV interativa

AUXÍLIO AO ENSINO Segundo Deise, as novidades são importantes para a satisfação dos alunos


INAUGURAÇÃO As crianças aguardavam ansiosamente pela abertura da casinha

COMPETÊNCIA A equipe está sempre em busca de novidades para oferecer aos alunos

professores e, também, para os pais. “Eles sempre nos escutam e apoiam as novidades que lançamos porque percebem a motivação dos filhos”, ressalta Deise. Como a nova geração já nasceu inserida na tecnologia, a empresária conta que as atenções das crianças no ambiente lúdico criado na escola se voltaram, também, para outro detalhe. “Apesar da TV, elas falam muito sobre o fato da casinha ser de madeira. Estão achando

tudo lindo, maravilhoso. Aproveitamos isso e inserimos o principal, que é ensinar inglês. Existem várias formas de aprender e, brincando, é uma delas”. A sala diferenciada é o mais recente investimento da escola, que promete não parar de oferecer inovações aos alunos da cidade e da região. “A próxima novidade virá de um congresso da Wizard na Flórida (USA). É só aguardar para ver”, finaliza Deise.

Wizard Três Rios Rua Duque de Caxias, 408, Centro Três Rios – RJ Telefone: (24) 2252-0887


VIAGEM CARTÃO POSTAL

ÃO, INVERNO OU VER M! O DAQUI É SEMPRE BO RAPOSO POR DIEGO

T

sabem que Paris é odos que me conhecem e não me canso de minha cidade preferida vez por ano. A cada visitá-la, pelo menos uma com uma nova desnova chegada me encanto te, uma rua ou um restauran coberta, seja uma loja, umé uma cidade de superlativos! m, mi canto.... Paris, para s sempre me perguntam Por conta disso, os amigoico a sorveteria Berthillon, ind aonde é bacana ir. Sempre z melhores sorveterias do de s da considerada uma 1954 e sua pequena loja faz em a ad nd fu i fo a El o. ra nd mu esperam pacientemente pa es es nc fra Os je. ho até a fil serem atendidos. Saint-Louis, mas sempre A loja oficial fica na Ilê no final da ponte de Stha compro em uma banquinás da famosa catedral de Notre atr a fic Louis. Esta ponte

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CONTATO@

DIEGORAPO

SO.COM

assim que termina a ponte Dame [imperdível]. Logo verde com letras douradas. você vê o famoso toldo de 3 euros e é bem pequena, Cada bola custa em torno ncentrado e vale o preço. O mas o sorvete é super coe que você esta comendo uma de “Chocolat noir” parec barra de chocolate gelada!tá por ali e caminhe pela ilha, Aproveite que você es itas ruazinhas charmosas. mu ela é bem pequena e tem descanse os pés na beirada Se preferir, simplesmente encantando com mais um do Sena apreciando e se entardecer em Paris! Endereço Loja: le, 75004 Paris, França 31 Rue Saint-Louis en l’Î +33 1 43 54 31 6


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VIAGEM DIÁRIO DE BORDO

Paranapiacaba Cidade Santo André (SP) Área 174,840 km² População 673,9 mil

Quando ir

Evitar épocas de chuva Como chegar

Eu prefiro de trem, mas pode ser de ônibus ou carro Onde ficar

Hospedaria dos Memorialistas Onde comer

Na própria hospedaria ou nos restaurantes locais O que fazer

Trilhas, ecoturismo ou participar dos festivais de música e teatro Dica

Visitar o Clube Lyra Serrano

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Paranapiacaba,

a viagem inesquecível de Aurora Garcia

M

inha viagem não é sofisticada, nem cara. Sempre que posso dou uma fugida para Paranapiacaba, uma vila inglesa que fica em Santo André (SP), formada por casas de madeira onde viviam os funcionários da rede ferroviária. Como é um lugar alto, o frio e a neblina que se formam, dão a impressão que você está em Londres. Tem até uma réplica do Big Ben para que a impressão se torne real. Enfim, minha viagem começa em Três Rios, na rodoviária, pegando o ônibus às 22h40 até São Paulo. A chegada em Sampa foi por volta das 4h30. Pegamos o metrô até a estação da Luz, de onde iniciamos uma inesquecível viagem de trem (uma das poucas no Brasil) até Rio Grande da Serra. Foi uma hora subindo a serra, acompanhando o nascer do sol pela janela do trem. Até agora não gastei nem R$ 80. Em Paranapiacaba, as casas são todas de madeira proporcionando fotos incríveis. O turismo ecológico é bem organizado, com guias treinados, várias modalidades de trilhas e arvorismo [para quem tiver coragem]. A prefeitura de Santo André drena, para lá, todos os festivais de inverno, de música, teatro e dança. A programação é sempre muito rica. Na gastronomia, além de várias opções, temos o cambuci (fruta nativa) vendido sob a forma de licor, em calda ou em sorvete. Muito gostoso e, trazer um licor de cambuci, é um presente diferente.


Sempre fico na Hospedaria dos Memorialistas, cujos proprietários são Zélia e Pedro. A Zélia já apareceu na “Globo” mostrando como se faz um delicioso sorvete de cambuci. O casal recebe todos com muito carinho. Você se sente em um hotel quatro estrelas. Acabamos nos tornando amigas e sempre nos falamos pela internet. Como é um local diferente, em Paranapiacaba são filmados diversos comerciais e até o programa sobre carros da “Globo”, que esqueci o nome. O local tem várias histórias interessantes, como o “pau da missa”, por exemplo, uma árvore que fica exatamente dividindo a parte nova da parte velha, onde eram fixados avisos de missas. Depois, acabou virando um lugar de todo tipo de divulgação, desde venda de carros até para procurar namorado. Esse foi assunto de um programa da Regina Casé chamado “Um pé de quê?” Tem, também, a lenda da noiva que se matou porque o pai do noivo proibiu o casamento por ela ser pobre. Dizem que ela sempre aparece por lá procurando o noivo. É a neblina que aparece do nada e de repente desaparece. Esse fenômeno acontece por causa da altitude.

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ESPAÇO FESTAS

Ursula & Ciro Data 18/08/2012 Cerimônia Igreja de São Judas Tadeu Recepção Sítio Ximango

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FOTOS ARQUIVO PESSOAL


E

m maio de 2011, o engenheiro Ciro Prates Dutra Cal Xavier, 30 anos, pediu a advogada Ursula Cristina Novaes Assumpção da Mata, 30, em casamento. “Lembro que tínhamos saído de férias e ele estava planejando fazer o pedido durante a viagem, mas não apareceu o momento certo. Alguns dias depois, retornamos ao Rio e ele fez o pedido na casa da minha família, em Três Rios”, conta Ursula. Apesar de se conhecerem a mais tempo, o casal está junto há cinco anos. Ursula lembra que foi uma amiga que os apresentou. “A Alice [amiga] conheceu o Ciro na faculdade e o trouxe para o nosso grupo de amigos em 2001, mas nós nunca nos falamos muito, talvez por timidez. Só em 2007 começamos a namorar”. Após o pedido de casamento, os preparativos começaram. “A ideia de oferecer uma festa para celebrar a nossa união e reunir todas as pessoas queridas sempre nos deixou muito animados e motivou nosso envolvimento em todos os detalhes do casamento”, relata. A noiva destaca que Ciro é muito criterioso e um verdadeiro “rato” da internet, o que fez com que pesquisassem, exaustivamente, sobre fornecedores em blogs e fóruns de casamento. “Passamos a conhecer diversos profissionais e contratamos alguns deles, mas a maior parte dos fornecedores foi escolhida por referências de pessoas próximas”, disse. A cerimônia aconteceu na Igreja São Judas Tadeu e a recepção no Sítio Ximango, ambos em Três Rios. “Optamos por um casamento matinal. Apesar de ter acordado cedo para me arrumar, com um

tempo mais restrito do que se fosse um casamento à noite, tudo aconteceu muito calmamente. Convidei as madrinhas para se arrumarem comigo, com a minha mãe e tia no Salão Allure”, comentou. Em contrapartida, o noivo reuniu os amigos no Hotel Olivier e ofereceu um brinde antes da cerimônia. Para Ursula, a manhã do casamento foi muito alegre. “Estar com as nossas famílias e amigos nos deu segurança e

“Parece clichê, mas é pura verdade, foi o melhor dia das nossas vidas”, Ursula da Mata

LUCIANO REIS

tranquilidade. Em compensação, a noite que antecedeu o grande dia foi de muito nervosismo. Foi difícil controlar a ansiedade e conseguir dormir”, confessa. Ursula usou um vestido do Atelier Carol Hungria, clássico, branco, com a base em bucol fosco, saia volumosa de tule francês e aplicações de renda mariscot. O corpete tinha aplicações de renda assim como as mangas compridas. O véu e a cauda também eram de tule. Ciro optou por um terno acinzentado Vila Romana. O blazer com dois botões tinha uma modelagem moderna e acinturada, sendo a calça mais clássica de corte reto. A camisa era branca, de algodão e a gravata de MIRYAN BARANDIER

IGREJA DE SÃO JUDAS TADEU Ciro e Ursula estão juntos há cinco anos

seda com estampa de pequenos padrões geométricos em preto e branco. Durante a cerimônia, o momento de maior emoção, segundo a noiva, foi quando a avó dela levou as alianças H. Stern ao altar. “Ela estava muito emocionada e contagiou todos”. Na festa, o momento mais marcante para Ursula foi a abertura da pista, porque foi o primeiro contato depois de casados que tiveram com os amigos. Ainda sobre a festa, ela acrescenta que foi muito animada. “Tudo saiu melhor do que esperávamos, para nossa extrema felicidade. Parece clichê, mas é pura verdade, foi o melhor dia das nossas vidas”, afirma. Os noivos receberam 200 convidados que puderam desfrutar do bufê da Adriane Guerra Gourmet, o bolo do Atelier Doces Momentos e os doces da Lúcia Sattler Doces Finos. As fotos de toda a celebração foram feitas por Alexandre Macedo e a filmagem por Pepê Figueroa, ambos do Rio de Janeiro. O cerimonial foi realizado por Janiques Cerimonial. No Sítio Ximango, o mobiliário foi da MC Locações junto com o acervo do local. A decoração foi realizada por Luciano Reis e a música ficou por conta da HS Sound, Rio Cordas e do DJ Fabrizzio. Após realizarem o sonho, os pombinhos embarcaram para a lua de mel. “Fomos para a Espanha e depois para a Itália. Nossa intenção era visitar lugares que nos enriquecessem culturalmente e que também tivessem uma boa oferta de gastronomia e vida noturna”, encerrou Ursula.

SÍTIO XIMANGO Os noivos receberam 200 convidados

LUA DE MEL O casal curtiu a cidade de Roma na Itália

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SABORES

Crianças, cores e apetite As crianças adoram comer pratos decorados e divertidos. Faça com que a hora de comer seja uma brincadeira.

N

a correria do dia a dia, proporcionar uma alimentação saudável aos filhos é um desafio para as mães. Preocupadas com a saúde dos filhos, elas fazem de tudo, tornando as refeições mais atraentes para as crianças em todas as faixa etárias. As crianças adoram comer pratos decorados e divertidos. Faça com que a hora de comer seja uma brincadeira. Está mais que provado: Comemos primeiro com os olhos! Com as crianças não é diferente. Que tal fazer esse agrado hoje para seu filhote? Não requer dom, muito menos habilidade, apenas um tempinho e força de vontade para fazer seu filho se alimentar bem. O uso das cores tem uma ligação direta no desenvolvimento da criança. Estímulos decorrentes da presença de figuras coloridas contribuem para o aprimoramento da capacidade motora e cognitiva, raciocínio, fala, audição, entre outras funções. Isso acontece porque a criança é completamente influenciada pelas cores desde a fase inicial de vida, se estendendo por muitos anos. As cores alegres e vibrantes comprovadamente chamam a atenção do pequeno. Por esse fato, os pais devem usar e abusar do “mundo colorido” como peça importante também na educação dos filhos. Educação colorida

As cores facilitam no processo de assimilação dos ensinamentos por parte dos pais, entretanto, é preciso que eles estejam preparados para utilizar essa importante ferramenta de aprendizado. Não basta encher a casa de figuras coloridas e não estimular a criança. É fundamental que os pais associem a cor ao objeto. Uma dica é convidar o filho a comer uma deliciosa maçã de cor vermelha. A criança se sentirá estimulada por ser uma fruta de coloração vibrante. Com uma dose de criatividade, os pais podem criar pratos ricos em nutrientes, decorados com cores e formas distintas, que podem ser o atrativo que faltava para que o filho passe a comer alimentos saudáveis. Assim como diziam as nossas mães 152 Setembro | Outubro


quando éramos pequenos “Nada de sobremesa antes de acabar de comer!” e ficávamos desanimados em ter que fazer o esforço pelo tão desejado doce que seria servido. Pois bem, vamos acabar com esse trauma de infância? Que tal transformar os pratos das crianças em algo divertido e, ainda por cima, saudáveis? Use cortadores e aros para moldar a comida em forma de flores, bichos, carrinhos... o que a sua imaginação mandar! Crianças e adolescentes magros demais são, com toda razão, uma preocupação para pais zelosos que oferecem diariamente uma alimentação de qualidade aos filhos. Para acabar com as dúvidas, os médicos fazem nas consultas habituais uma tabela onde são colocados, lado a

lado, todos os meses, a altura, o peso e a idade da criança. Essas medidas são comparadas com uma outra tabela, chamada de curvas de crescimento, que segue padrões mundiais de saúde. Com isso, é possível averiguar se o desenvolvimento da criança está compatível com o esperado. Se a criança está dentro dessas curvas, não tem com o que se preocupar. O problema acontece quando os números ficam abaixo - magreza excessiva - ou acima - sobrepeso - dos limites estabelecidos. É nesses casos que a criança ou adolescente merece ter vigilância.

Luiz Cesar Apresentador do programa Papo Gourmet, no Canal 5 luizcesarcl@uol.com.br

JCLICK

Bernadete Mattos Consultora graduada em gastronomia bemattos1@gmail.com

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Música

Cinema

TOQUE DE QUALIDADE Na estrada desde 2010, o grupo faz apresentações em toda a região e já dividiu o palco com artistas como Gilsinho da Portela, Mumuzinho e Bruno Ribas. Na última edição da Três Rios Expo Fest, fecharam o show do cantor Zeca Pagodinho. As músicas mais conhecida e que fazem sucessos nas rádios são

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“Peraí”, “É hoje” e “Combinado”. O Toque de Qualidade é formado por Jorge do Samba (tantan), Mário Jackson (surdo), Uelinton (violão), Maguinho (pandeiro) e Rodriguinho (vocal). Para curtir o samba: www.grupotoquedequalidade.com.br

Gonzaga – De pai pra filho (Breno Silveira) Do mesmo diretor de “Dois filhos de Francisco”, o filme conta a história do relacionamento de conflitos entre Luiz Gonzaga (Nivaldo Expedito de Carvalho) e seu filho Gonzaguinha (Júlio Andrade), que seguiu a mesma carreira do genitor, mas nunca foi valorizado pelo pai como artista. Baseado em gravações reais, o filme tem como objetivo homenagear Luiz Gonzaga no centenário de seu nascimento. A cinebiografia do rei do baião está prevista para ser lançada em outubro. Para conhecer mais, acesse: www.gonzagadepaiparafilho.com.br


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