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Ford Focus e Fiat Bravo disputam o concorrido segmento dos hatches médios.

COMPARATIVO

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AUTONOR 2015 Feira de Tecnologia Automotiva, de 16 a 19 de setembro, em Recife-PE, chega à 10ª edição com resultados satisfatórios.

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www.balcaoautomotivo.com.br

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E, também neste período, presenciou mudanças nas áreas de Atendimento, Garantia, Estoque e Entrega, que lojistas de autopeças relatam em nossa reportagem de capa.

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Ao longo de nove anos, o jornal Balcão Automotivo tornou-se a principal publicação do setor, com informações todo mês que fazem a diferença no dia a dia dos negócios da reposição.

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FÓRUM IQA

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3º Fórum IQA da Qualidade Automotiva reuniu representantes das entidades do setor com o objetivo de mostrar os impactos da qualidade no mercado de reposição.

LEI FEDERAL DO DESMONTE

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Em vigor desde 1º de maio, o próprio cidadão agora poderá ser o agente fiscalizador com o uso da tecnologia. Próximo passo previsto é a renovação da frota.



3 Diretor Executivo Bernardo Henrique Tupinambá Diretor Comercial Edio Ferreira Nelson

ANO X - Nº 108 - SETEMBRO DE 2015 www.balcaoautomotivo.com.br

Editor executivo Bernardo Henrique Tupinambá Editor-chefe Silvio Rocha (silvio.rocha@premiatta.net) Editor de veículos Edison Ragassi (edison.ragassi@premiatta.net) Redação Simone Kühl (simone.kuhl@premiatta.net) Colaboradores Arthur Henrique S. Tupinambá Fauzi Timaco Jorge / Karin Fuchs Departamento de Arte (arte@premiatta.net) Supervisor de Arte/Projeto Gráfico Fabio Ladeira (fabio.ladeira@premiatta.net) Assistente de Arte - Juan Castellanos Fotografia Eduardo Portella Amorim / Estúdio Premiatta Departamento Comercial (comercial@premiatta.net) Diretor Comercial Edio Ferreira Nelson (edio.nelson@premiatta.net) Executivo de Contas Richard Fabro Faria (richard.faria@premiatta.net) Marketing / Distribuição (marketing@premiatta.net) Internet (webmaster@premiatta.net) Supervisor de Desenvolvimento Aryel Tupinambá (aryel@premiatta.net) Financeiro (financeiro@premiatta.net) Analista Financeira / Tatiane Nunes Garcia (tatiane.nunes@premiatta.net) Assistente Administrativa Stéphany Lisboa (administrativo@premiatta.net) Atendimento ao leitor Telefone: 11 5084-1090 (atendimento@premiatta.net) Impressão Coan Gráfica

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9 anos de jornal Balcão Automotivo Por: Silvio Rocha | Fotos: Divulgação

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á nove anos, a Prána Editora & Marketing lançava a primeira edição do jornal Balcão Automotivo, que nascia com a proposta de levar informações diferenciadas não apenas para os empresários do setor, mas para toda a sua equipe. À época, chamava a atenção pelo visual e papel diferenciados, marcas que o acompanham até os dias de hoje. Aos poucos, o slogan referência nacional de informação sobre peças e serviços automotivos fez da publicação a mais admirada do aftermarket brasileiro. Com uma equipe antenada às movimentações e presente aos principais eventos, não demorou a merecer o respeito de fontes, empresas e representantes de entidades do setor, com informações mensais que fazem a diferença no dia a dia para os negócios tanto para quem está na linha de frente quanto na retaguarda. E, nesta edição comemorativa e fiel ao seu propósito de contribuir com a evolução do segmento, empresários do varejo de autopeças analisam o que mudou e evoluiu nesses nove anos, nos quesitos atendimento, garantia, estoque e entrega. Ainda neste mês, os avanços na lei federal do desmonte que passou a vigorar desde o dia primeiro de maio, que com o uso da tecnologia o próprio cidadão será o agente fiscalizador. Autoridades também preveem que o próximo passo é a renovação da frota. Comemorando 50 anos de sucesso, a Metalúrgica Schadek, que é hoje uma das empresas mais tradicionais do mercado de reposição automotiva, realizou um grande evento com a

presença de colaboradores, clientes e muitos parceiros na cidade de Porto Feliz (SP). Na primeira semana de setembro, a Isapa reuniu seus representantes para a 13ª Convenção de Vendas. O encontro contou, mais uma vez, com o comparecimento de lojistas, que contribuíram para a formação de uma equipe mais preparada, integrada e motivada para oferecer melhores soluções aos clientes. E no dia 11 de setembro o Grupo Sabó abriu as portas de sua fábrica em Mogi Mirim (SP) e mostrou em detalhes todas as etapas de seus processos de produção, desde a concepção de um novo item até sua finalização e entrega para o mercado. Em comparativo, Ford Focus e Fiat Bravo são avaliados, veículos que disputam o segmento dos hatches médios. E a Jaguar passa a comercializar no Brasil o novo sedã esportivo de luxo XE. Linha XE da marca inglesa traz quatro versões diferentes de sedãs. O saldo de mais uma edição da Feira de Tecnologia Automotiva do Nordeste – AUTONOR, realizada de 16 a 19 de setembro, no Centro de Convenções de Pernambuco, foi bastante positivo. A Feira contou com 380 expositores, gerou aproximadamente R$ 35 milhões em negócios e teve 38 mil visitantes. E, claro, não podíamos deixar de falar sobre um importante evento do setor: o 3º Fórum IQA da Qualidade Automotiva, que aconteceu na capital paulista e abordou os impactos da qualidade na reposição, alta proteção do mercado doméstico e a questão da inovação.

Jornalista Responsável Silvio Rocha – MTB: 30.375

O Editor

Tiragem: 20 mil exemplares Os anúncios aqui publicados são de responsabilidade exclusiva dos anunciantes, inclusive com relação a preço e qualidade. As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. Balcão Automotivo é uma publicação mensal da Premiatta Editora Ltda. com distribuição nacional dirigida aos profissionais automotivos e tem o objetivo de trazer referências ao mercado, para melhor conhecimento de seus profissionais e representantes.

DESTAQUES DA EDIÇÃO PÁG. 22

SEDÃS DE LUXO

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PREMIATTA EDITORA LTDA TEL (11): 5677.7773 OU 5084-1090 CONTATO@PREMIATTA.NET JORNAL BALCÃO AUTOMOTIVO RUA ENGENHEIRO JORGE OLIVA, 111 - TÉRREO CEP 04362-060 - VILA MASCOTE - SÃO PAULO - SP

CONVENÇÃO ISAPA Importadora realiza sua 13ª convenção de Vendas com seus representantes e recebe pela segunda vez a participação de lojistas do mercado.

50 ANOS

comemorando meio século de atuação no segmento, Schadek realiza grande festa em Porto Feliz (SP) com a presença de colaboradores, clientes e parceiros.

Linha Xe da Jaguar traz quatro versões diferentes de sedãs, sendo três delas abaixo de r$ 200 mil, e duas opções de motorização com transmissão de 8 marchas.

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VISITA À FÁBRICA Sabó abre as portas de sua fábrica em mogi mirim (SP) e apresenta sua linha de produção, destacando seu grande diferencial: tecnologia em produtos e processos.


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ecoNomIa e GeSTão

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Economia ou... Política? Por: Fauzi Timaco Jorge* | Foto: Divulgação

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omo toda ciência, a Economia Política se vale de outros campos do conhecimento para o estabelecimento de suas leis, princípios e teorias. Quando aconteceram as primeiras tentativas de transplante ou implante de órgãos, os cardiologistas tiveram que esperar o avanço da imunologia para complementar o que seria uma simples “amarração” de um novo coração transplantado para outro corpo humano. Só assim foi possível precaver o transplantado de uma rejeição do novo órgão, teoricamente perfeito em sua morfologia e funcionamento. Consideradas as devidas correlações, o mesmo se dá com a Economia Política: incentivos ao consumo levam ao endividamento de uma população não acostumada ao usufruto de uma renda insistentemente aquém dos desejos que a própria sociedade insiste em alimentar à população. O que se vê, então, é um efeito perverso da integração de novos consumidores, hoje responsáveis por uma inadimplência que beira os R$240 bilhões e que congrega mais de um terço da força de trabalho, ou aproximadamente 53 milhões de indivíduos. Alguém já disse há algum tempo: a Economia é como o vento que, no oceano, faz soçobrar o barquinho. É da natureza do vento ventar; é da natureza da Economia certas ações que, inevitavelmente, provocarão outras consequências não previstas. Veja, por exemplo, uma dedução nesta linha: sendo o ensino gratuito, os cidadãos não têm porque poupar para a educação dos seus filhos. Por sua vez, a previdência privada só evolui graças à ineficiência da previdência social. De um lado, ocorre uma diminuição das possibilidades de investimento, que advém dos recursos poupados e repassados aos investidores e, do outro, uma poupança compulsória, com fins específicos, significando subtração ao consumo de uma parcela substancial da renda do cidadão. O equilíbrio das contas públicas não se faz sem um consenso nacional. Interesses de ordem política, quando prioritários, provocam tais distorções. Neste sentido, temos, enquanto nação, muito a aprender com todos os demais países que estão à nossa frente, na estratégia competitiva internacional. Um Congresso voltado para os verdadeiros interesses nacionais requer cidadãos plenamente conscientes de suas responsabilidades perante o povo que o elegeu. Praticar uma proporcionalidade de votos é um princípio democrático, há muito abandonado e relegado a segundo plano. Uma câmara alta - o Senado - que equalize a natureza e poder do voto e uma câmara baixa - a Câmara dos Deputados formada por representantes proporcionais da população eleitos em distritos eleitorais que deixem claro e expresso seus anseios e necessidades para todos aqueles que os representará, é uma questão até mesmo para uma nova Assembleia Constituinte, formada por próceres da República e não pelos que ali estão hoje, protegendo seus interesses pessoais, em sua grande maioria. A prática de um jogo do tipo “quanto pior, melhor” não deve se sobrepor aos verdadeiros interesses nacionais, não é mesmo? Quando se praticou uma redução nos encargos sociais, particularmente no que se referia à contribuição previdenciária sobre a Folha de Pagamento, não se acompanhou a evolução real do emprego graças a este incentivo. Empresários foram beneficiados com um recolhimento menor desta contribuição, o que provocou uma sensacional expansão do déficit previdenciário. Para o sindicalismo pleno de viés político, este fato não iria afetar o bolso do

empregado.Assim sendo, não lhe dizia respeito. Hoje, quando se tenta uma amenização desta perda de receita, forças políticas contrárias já não se contentam com o presidencialismo de cooptação, praticando agora um “vice-presidencialismo de coalização”. Ou será também um “vice-presidencialismo de cooptação”? A Economia não deve ser subjugada pela Política. Senão... Dá no que está dando. É preciso um concerto pra valer, não acha? Concerto, aqui, tem o sentido de uma grande orquestração de interesses, entre todos os segmentos da sociedade. A realidade brasileira demanda reflexão e atitudes. Há que se considerar, ademais, a questão do projeto e do processo. A carência de lideranças no período atual leva à constatação da falta de um projeto. É possível, na área de engenharia e arquitetura, cumprir a missão sem a existência de um projeto? Pode até ser. Mas a obra resultará menos eficiente, muito provavelmente. Desvios de prazos e custos acontecerão, como acontece com a sociedade brasileira. Se há um projeto nacional, a exemplo de outros países que abraçaram investimentos a fundo perdido na educação, por exemplo, como é o caso da Coreia do Sul, o processo deve exigir ampla participação de toda a sociedade. Há alguns anos participei de uma Congresso da ENANGRAD, voltado para Cursos de Administração. Nesta linha de pensamento, discutíamos a necessidade de uma ação transformadora da nossa realidade educacional. Uma diretora de escola de Ensino Médio no sul do país nos deu um exemplo sobre como agir para tal transformação. Sua escola só dispunha de um consultório dentário e um odontólogo, em tempo integral. Não havia como ampliar esta disponibilidade e era humanamente impossível cuidar de todos os que ali vicejavam. As crianças apresentavam péssima dentição, de maneira geral. Refletindo sobre as atitudes, o Conselho Diretor decidiu tratar os dentes e empreender uma educação bucal única e exclusivamente para os entrantes. Em oito anos o problema foi gradual e definitivamente resolvido. Talvez seja o caso de “jogarmos fora” uma geração para que o projeto e o processo se complementem... Ainda sobre o acoplamento entre economia e política e sua interdependência, dia destes assisti a uma (brilhante) palestra apresentada pelo Dr. Octávio de Barros, diretor de Planejamento e Estudos Econômicos do Bradesco, em um Seminário promovido pela Automotive Business, publicação voltada para o setor automotivo. Uma de suas afirmações, amplamente suportada por uma centena de slides, foi categórica: o Brasil atravessa um momento

muito particular em sua recente história econômica, em que “o setor privado caminha ao largo do setor público”. Isto significa que a economia brasileira, a exemplo da economia norte-americana, inglesa, italiana, francesa e tantas outras que já passaram por este estágio, começa a ser desenhada pelo setor privado. Superamos as eras de planos mirabolantes do tipo I PND, II PND, PACs e tantos outros. Agora, o setor privado já encontra sustentação suficiente para caminhar pelas próprias pernas. Alguns dirigentes de associações de classe ali presentes foram categóricos: ideal seria que o Governo não participasse das decisões do setor automotivo (até mesmo porque, para alguns destes dirigentes, a importação de veículos, amplamente suportada pelas próprias montadoras ali presentes, representava atrativos adicionais aos veículos produzidos neste solo tupiniquim). A Economia busca responder a algumas questões fundamentais: quê e quanto produzir, como produzir e para quem produzir. A primeira destas questões, em um regime econômico capitalista, é de responsabilidade dos indivíduos, com suas necessidades e desejos, e das empresas que irão possibilitar os bens para a satisfação destas necessidades e desejos; a segunda questão é respondida pelas demais ciências, voltadas para os processos de obtenção destes bens; a terceira e última, neste regime capitalista, é respondida pela capacidade de cada indivíduo de, com suas competências e habilidades, obter aquilo de que necessita. Como nem todos têm acesso direto e imediato a todos os fatores de produção - capital, terra, trabalho, tecnologia e capacidade empresarial - a sociedade reclama a participação de um ente que os represente, para a organização e conciliação dos interesses envolvidos: o governo. Foi assim quando houve a crise de liquidez internacional, com a subprime nos Estados Unidos. Tem sido assim, quando alguma marolinha nos assola, com ampla revisão de tributos incidentes diretamente sobre a base consumo. E também com economias mais experimentadas, que já passaram por diversos regimes, como é o caso das economias europeias.

*Economista, escreve regularmente nesta coluna e pode ser acessado pelo e-mail fauzi@balcaoautomotivo.com.br



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INDÚSTrIa

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SABÓ: SINÔNIMO DE QUALIDADE E INOVAÇÃO Em visita à fábrica, empresa apresenta seu grande diferencial: a tecnologia em produtos e processos Por: Simone Kühl | Fotos: Divulgação

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o dia 11 de setembro, o Grupo Sabó abriu as portas de sua fábrica em Mogi Mirim (SP) e mostrou em detalhes todas as etapas de seus processos de produção, desde a concepção de um novo item até sua finalização e entrega para o mercado. Segundo Lourenço Agnello Oricchio Jr., diretor Geral da Sabó Américas, foram investidos 15 milhões de dólares nos últimos três anos, com 15 linhas novas completas para o mercado. Além disso, diante do atual cenário econômico, o diretor também comentou que a empresa acredita e tem investido na exportação, no aftermarket e na automatização de todos os seus processos. A fábrica Em um espaço de 20 mil metros quadrados de área construída desde 2007, sendo que o total é de 70 mil metros quadrados, Lourenço Oricchio conta que a fábrica de Mogi Mirim foi projetada desde o seu início, diferentemente da fábrica de São Paulo que aumentou de acordo com o seu crescimento. “Hoje produzimos neste espaço retentores e sistemas de vedação para montadoras, mas temos área para expandir nossos processos e integrarmos mais linhas, como reposição. Já a fábrica de São Paulo é responsável pela produção de juntas e retentores que atende à reposição. Com um total de 400 colaboradores, hoje a fábrica de Mogi Mirim trabalha em dois turnos, produzindo 112 mil peças por dia, mas também tem capacidade para trabalhar até em três turnos e produzir 320 mil peças por dia”, revela. Durante a visita, o diretor destacou a tecnologia nos

Linha de produção Sabó: destaque na tecnologia em seus processos de fabricação

Fábrica em Mogi Mirim (SP)

processos de produção, tecnologias estas que levaram anos para se adequarem e chegarem a melhores resultados, e são hoje o grande diferencial e segredo da Sabó, mostrando as fases de desenvolvimento do produto no departamento de engenharia de projeto, a criação e teste do item, sua fabricação e testes em várias situações para comprovar sua qualidade e garantir sua eficiência antes de começar a comercializar no mercado. Após testado, o produto entra para a etapa de produção em massa, onde os técnicos monitoram e gerenciam os equipamentos de fabricação, todos automatizados, de forma a garantir uma maior agilidade e um menor índice de erros.

Finalizado, o item vai para o estoque até chegar aos canais de venda no mercado. Referência no setor Comprovando sua qualidade em produtos e processos, a empresa agrega em sua história uma conquista de importantes prêmios no setor, entre eles: GM Supplier of the Year Award – 2014, GM Europe QSP, Certificado de Mérito GM, Fornecedor do ano Mercosul GM, GM Worldwide QSP, Prêmio Qualidade Mercosul VW e Value to the Costumer VW. Grupo sabó Multinacional brasileira, é especialista em sistemas de vedação, possui plantas no Brasil e Argentina, e através da sua coligada Kaco, nos Estados Unidos, Alemanha, Áustria, China, Hungria, além dos escritórios técnico-comerciais na França, Inglaterra e Japão. É uma das maiores fornecedoras de vedação para as mais importantes montadoras do mundo, exportando para mais de 40 países. Sua linha atende equipamentos originais e de reposição utilizados em carros, caminhões, ônibus, motocicletas e máquinas agrícolas. Fábrica Mogi Mirim (sP) Endereço: Av. Romário Schincariol, 955 Distrito Industrial - 13803-584 – Mogi Mirim (SP) telefone: (19) 3022-5350 Portal: www.sabogroup.com.br



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TÉRIA caPa DE CAPA

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EM QUASE UMA DÉCADA, O QUE MUDOU NO VAREJO? Na edição comemorativa de nove anos do jornal Balcão Automotivo, empresários do setor analisam o que evoluiu no atendimento, garantia de peças, estoque e entrega Por: Karin Fuchs | Fotos: Divulgação

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á quase uma década, mais precisamente há nove anos, a Prána Editora & Marketing lançou a primeira edição do Jornal Balcão Automotivo com a proposta de levar informações diferenciadas não apenas para os empresários do setor, mas para toda a sua equipe. Informações que fazem a diferença no dia a dia para os negócios para quem está na linha de frente e na retaguarda. Ao longo desses anos, o jornal tornou-se a principal publicação do setor e, também neste período, presenciou e acompanhou muitas mudanças, principalmente nos quesitos Atendimento, Garantia, Estoque e Entrega. Empresário de São Paulo, Plínio Castro, da Castro Autopeças, comenta que o mercado de reposição mudou conforme o ciclo. “Nós tivemos um período de forte presença dos importadores e foram contestadas as marcas tradicionais. Com a crise e a valorização do dólar, as tradicionais estão voltando com mais força e com a globalização muitas trouxeram as mesmas marcas que os importadores.Assim, prevaleceram as tradicionais, marcas desapareceram, pois as multinacionais conseguem suportar mais o aumento do dólar e gerir melhor os preços”, analisa. Diretor da Jaicar, Alair Jr. pontua as principais mudanças no atendimento, ao longo desses novos anos. “Nós contratamos uma consultoria para treinamento de líderes gerenciais com foco no atendimento; realizamos reuniões semanais com a equipe; temos o cliente oculto; medição de tempo dos processos; gerenciamento de atendimentos (totem de senhas); pós-venda; painel de acompanhamento de pedido (TV); pesquisa de satisfação (avaliação do atendimento dos profissionais envolvidos); acompanhamento de ligações (gravadas ou online) com feedback com o vendedor, entre outros”, cita. Tudo isso, segundo ele, voltado à principal preocupação da loja: “sem dúvida, a principal preocupação de nossa empresa é o atendimento, sempre buscamos o máximo em excelência. Também criamos um departamento de marketing,com profissionais competentes para acompanhar todas as redes sociais”, acrescenta. No grupo Motocap, o empresário José Dionísio Gobbi afirma que o cliente ficou mais exigente e, consequentemente, gerou a necessidade de ter funcionários mais qualificados para atender esta demanda. “Como também a necessidade de buscar alternativas para atendê-lo, oferecendo produtos diversificados, marcas e preços. Esta é uma situação que temos notado e as empresas precisam se adequar à realidade, à concorrência, proporcionando cada vez melhores condições de atendimento”, defende. João Pelegrini, do grupo Pelegrini, destaca a importância da tecnologia neste contexto. “O profissional teve que se adequar às novas Alair Jr., da Jaicar, de Goiânia-GO tecnologias, como o catálogo eletrônico, e os meios

de comunicação também estão mudando. Há praticamente uma década e-mail era uma novidade, como o MSN e o Skype. Além disso, a busca de produtos pela internet facilitou o atendimento, proporcionando mais velocidade neste sentido. Hoje é tudo mais dinâmico, é preciso ter agilidade nas respostas e eficiência na entrega. O mundo do atendimento teve que se adequar à nova realidade tecnológica”, explica. Alexandre Lima, diretor do grupo Apul, também destaca o papel da tecnologia. “A disponibilização do atendimento pelo site, MSN, Skype e, agora pelo WhatsApp, mudou muito a forma de atendimento. Também agilizamos as que são feitas pelo televendas e no balcão, com a colocação de fichas de atendimento”, especifica. Diretor Executivo da Jocar, Moisés Sirvente, também fala sobre mudanças implementadas no atendimento.“Centralizamos o nosso atendimento telefônico, colocamos um PABX mais inteligente e melhoramos o controle das respostas aos e-mails de dúvidas e orçamentos dos clientes. Também temos uma empresa que nos ajuda a monitorar e responder as solicitações dos clientes nas redes sociais. Damos uma atenção muito especial ao ReclameAqui e à nossa avaliação no ebit (avaliação do e-commerce)”, pontua. Na Placin Autopeças, Fernando Jeronimo faz as suas considerações sobre evolução no atendimento. “Hoje, diferentemente do passado, o consumidor pesquisa mais, sabe o que quer e o quanto custa. Por isso, a equipe tem de estar muito bem treinada. Além disso, há quase uma década trabalhávamos com cerca de 5 mil itens, hoje são 20 mil e, mesmo assim, este volume não atende a demanda. Mais um motivo para a equipe estar sempre se reciclando, para saber das novidades e lançamentos. Nesse sentido, o respaldo tem sido muito maior, por estarmos cadastrados em quase todos os e-mails das fábricas e, constantemente, recebemos informações delas”, afirma. Castro também comenta o quanto a internet facilitou a comunicação. “Tanto o consumidor como o mecânico estão mais bem informados. O cliente não chega mais crú na loja, não é mais leigo, e o reparador sabe mais sobre o real defeito do carro e em relação ao preço das peças, o que tornou o nosso negócio muito mais competitivo”, avalia. Garantia No quesito garantia, Alair Jr. conta que houve um pequeno aumento de demanda ao longo de nove anos, tendo em vista que os problemas são proporcionais ao crescimento de uma maneira geral. “Mas, com certeza, evoluiu bastante em relação à informatização e processos, e montamos uma equipe exclusiva direcionada aos processos de garantias”. Para Moisés Sirvente, a maioria dos problemas permanece a mesma. “Nós temos dificuldade de João Pelegrini, do grupo Pelegrini, de Uberlândia-MG



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conseguirmos algumas informações técnicas, algumas vezes, temos que resolver a garantia com o nosso cliente sem nenhum amparo da fábrica ou do distribuidor, e muitos fornecedores dificultam a garantia com burocracia. Mas houve uma melhora em algumas indústrias, principalmente, as que querem ter uma marca forte para os consumidores finais. Elas assumem a garantia e resolvem o problema diretamente com o consumidor final. Porém, ainda são poucas que fazem isso”, pondera. Jeronimo comenta sobre os empecilhos colocados pelas fábricas. “Se não tiver tudo preenchido corretamente, se tiver uma vírgula Alexandre Lima, diretor do grupo Apul, de Santa errada, ela retorna. Nenhuma fábrica nega a Maria-RS garantia, desde que esteja dentro do que ela quer que seja feito. Está muito mais rigoroso e uma garantia feita hoje leva, no mínimo, 60 dias para que a peça seja reposta no meu estoque. Ao mesmo tempo, o cliente precisa de uma resposta imediata. Assim, nós fazemos a substituição da peça, algumas vezes conseguimos cortesia e, quando a garantia é improcedente, absorvemos o prejuízo”, lamenta. Mesma avaliação tem Gobbi. “Antigamente, a garantia era um pouco amadora. Com o Código de Defesa do Consumidor, o consumidor ficou mais amparado e ciente de seus direitos. A garantia é um produto que você tem em seu estoque e que não gera receita, qualquer demanda que o consumidor tem ele leva para o lado da garantia e os fornecedores ficaram mais criteriosos. Em algumas situações eles fazem a substituição em caráter de cortesia e os empresários de autopeças têm de ter muito cuidado em relação a isso, pois é um custo”, alerta.

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Para Castro, a garantia continua a mesma há anos. “Não houve muito progresso nesse sentido, a fábrica não tem gestão para isso. Até porque por um bom tempo, o seu faturamento principal vinha das montadoras e não representávamos nem 15% do faturamento das grandes empresas. Agora, elas estão se voltando para o mercado de reposição e precisam rever esta questão e ter uma gestão eficiente para atender o pós-venda”, alerta. Ao contrário, no grupo Apul, Lima conta que a garantia reduziu bastante ao longo dos anos. “Até porque o mecânico está mais ciente dos procedimentos”, acrescenta. E para Pelegrini, a tecnologia veio como uma aliada para este José Dionísio Gobbi, do grupo Motocap, processo. “Hoje, você tira uma foto mostrando as de Colatina-ES avarias da peça e a fábrica consegue processar a garantia online. Hoje já existe este modelo com algumas indústrias que trabalhamos e a maioria das vezes quando se tem um bom relacionamento, credibilidade, elas processam esta garantia mais rapidamente”. Estoque Para Fernando Jeronimo, sem dúvida o que mais mudou em relação ao estoque foi a grande variedade de marcas e modelos de veículos que chegou ao mercado nos últimos anos. “Como comentei antes, tínhamos 5 mil itens, hoje este número quadruplicou e, mesmo assim, o motoqueiro corre o dia todo até o distribuidor para buscar peças que faltam. É preciso ter capital para ter estoque com itens novos e manutenção dos antigos”. O mesmo diz Sirvente: “com o aumento da variedade dos modelos de veículos, está cada vez mais difícil conseguir ter estoque de tudo. Utilizar o do distribuidor ajuda, principalmente, quando eu entrego para o cliente. Porém, para os clientes que visitam a loja física, a maioria ainda prefere pegar a peça na hora. É muito difícil decidir o que tem que ter na loja e o que não. Utilizamos o nosso ERP para nos auxiliar e estamos constantemente tentando melhorá-lo para termos menos faltas e o mínimo de peças paradas no estoque”. Castro complementa, afirmando que “antes, tínhamos muitos itens de poucos, agora, são poucos itens de muitos. A variedade é o que irá importar, pois apostar no estoque do distribuidor pode ser um tiro no pé. É preciso ter estoque com reposição rápida e não viciar em não ter mais quase nada na loja. Para tanto, é preciso gerir melhor o capital, mapear itens de maior saída e compartilhar com o cliente o dinamismo do mercado: os carros que desvalorizam mais rapidamente perdem a venda de peças e vice-versa”, expõe. Análise similar faz Gobbi: “certamente, o que mais mudou foi a quantidade. Hoje, se você tiver um estoque muito inchado te gera um custo financeiro muito alto e, ainda, tem a questão da própria garantia, alguns fornecedores te dão 90 dias a partir da emissão da nota fiscal deles e não da sua emissão. Tem que administrar o estoque de forma que as compras sejam feitas basicamente diariamente, buscando uma forma de trabalhar com o estoque até do próprio distribuidor”, sugere. Pelegrini destaca, mais uma vez, a importância da tecnologia.“É preciso ter um estoque totalmente informatizado. E, quando se utiliza a tecnologia, estar atualizado, pois as mudanças são muito grandes em termos de veículos e a tecnologia embarcada neles. Tem que usar ferramentas para gerenciar, administrar seu negócio. E quando se fala em estoque tem a carga tributária, a substituição tributária que obriga o pagamento do imposto antes da saída da mercadoria das indústrias. Se você não tiver extremamente organizado para fazer o pedido, você estoca peças erradas e estoca impostos”, explica. Plínio Castro, da Castro Autopeças, de São Paulo-SP A fim de solucionar a questão do estoque, a



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Jaicar criou o seu próprio centro de distribuição e, consequentemente, o aumento de estoque próprio para não deixar seu cliente desassistido. “Com o aumento de variedade de marcas, tivemos que aumentá-lo ainda mais. E, sem dúvida, está cada dia mais difícil ser competitivo. Temos que criar e inovar. Melhoramos muito as nossas compras, de maneira assertiva, utilizando relatórios detalhados e bem analisados, acompanhando lançamentos de novos produtos no mercado, mantendo bom relacionamento comercial com nossos fornecedores”, pontua Alair Jr. Já o grupo Apul focou em linhas de produtos. “Focamos mais em serviços rápidos de conveniência (troca de lâmpadas, palhetas e baterias) e reduzimos o portfólio (latas, parabrisas, guarnições e tintas). Entramos no projeto Âncora e nos aproximamos mais dos mecânicos. Nós temos que fortalecer o aftermarket, pois as concessionárias são concorrentes muito poderosas para o setor”, avalia Alexandre Lima. Entrega Na parte de entrega, Alair Jr. comenta que muitas mudanças foram implementadas nas lojas nesses últimos nove anos. “Entre elas, nós reformulamos o layout do departamento, onde integramos faturamento, caixa, conferência e expedição, aumentamos o número de colaboradores e adotamos comissionamento para eles e para os separadores. Também criamos rotas de entregas no sistema e um painel de acompanhamento de faturamento (disponibilização para entrega, com horários)”, cita. No grupo Apul, Lima comenta que cresceu muito a venda sob encomenda. “Com a internet, tornou-se um diferencial conseguir disponibilizar o produto rapidamente, com prazo para pagamento, garantia, e, algumas vezes, oferecendo também serviço de instalação do item em questão”. E no que diz respeito à internet, a Jocar, que opera fortemente no comércio eletrônico, adotou uma logística eficiente. “Pelo nosso e-commerce, entregamos para todo o Brasil e temos

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parceria com várias transportadoras para conseguir fazer isso. A variedade de marcas e modelos de veículos não influencia nas entregas, mas sim na minha administração do estoque”, revela Sirvente. Na visão de Gobbi, “como os atacadistas estão criando unidades nos estados, a entrega otimizou para itens que adquirimos dos distribuidores. E das fábricas que temos oportunidades de comprar, hoje elas recebem o pedido para produzirem, com isso, os prazos de entrega estão dilatando um pouco”, avalia. Fernando Jeronimo diz que da parte dos clientes eles esperam uma entrega mais do que expressa. “Eles estão exigindo cada vez Moisés Sirvente, da Jocar, de São Paulo-SP mais de nós nesse sentido. Na loja temos dez motoqueiros e peças em estoque para entrega no máximo em 40 minutos; é difícil quem faça isso em menos tempo que nós”. Para finalizar, João Pelegrini acrescenta que entrega está diretamente relacionada à velocidade, à logística. “E temos de estar muito atentos para que isso ocorra de maneira eficiente, mas vejo que não estamos dando a atenção que deveríamos à entrega. O nosso grande desafio é cuidar de todos os processos que envolvem os nossos negócios para podermos nos adequar à realidade que estamos passando atualmente, principalmente porque se antes faturávamos R$ 100 com um custo de R$ 80, hoje se fatura às vezes R$ 70 com o mesmo custo”, compara.



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aNÁLisE DO CONsULtOr Consultor do Sebrae-SP, abaixo, Davi Jerônimo mostra um panorama do que mais mudou em nove anos nos quatro quesitos abordados nesta matéria. Confira: atendimento: “Houve uma modernização com o famoso CRM e as empresas têm que se preocupar muito com o que chamamos de input, entrada, onde o cliente vai acessar a empresa por algum tipo de canal, remoto ou presencial, e, independentemente do canal, é preciso estar preparado. Primeiramente, com informações técnicas do produto, o CRM tem de ser bem apurado no pré-requisito do tipo de produto e a frequência que o cliente vai à loja. O que mudou foi usar as informações que tenho do meu funcionário para tomar uma decisão e também o pós-venda. Há praticamente uma década, as empresas não se preocupavam com o pós-venda e hoje elas precisam ser bem ativas na questão do feedback do cliente em relação ao meu atendimento”. Jerônimo dá algumas dicas de como ter um pós-venda eficiente: “É preciso ter um canal específico. Ele pode ser remoto, presencial ou por telefone, mas tem de ter um departamento destinado a falar com o cliente, como por exemplo, um fale conosco. E a resposta tem de ser rápida. O cliente quer que o seu problema seja resolvido no menor tempo possível”. Garantia: “Até dois anos atrás, a garantia tinha como foco atender a lei, o Código de Defesa do Consumidor. Com a concorrência acirrada, as empresas acabaram assumindo este custo para deixar o cliente satisfeito. Essa troca de favor entre cliente e fornecedor acaba sendo diluída, resolve o problema do consumidor rapidamente e não se posterga ou passa para um terceiro. Com isso, a empresa ganha em seu posicionamento e, posteriormente, a loja envia o produto para a assistência técnica. Quem está se atentando a isso está ganhando participação de mercado e vendo a fidelização do cliente”.

Estoque: “Estoque no varejo é complicado, é o grande causador da necessidade de capital de giro da empresa. Sempre orientamos que o estoque tem que ser controlado e com prazo do giro. Estoque hoje é custo e como o mercado é muito competitivo, principalmente o de autopeças, as margens de lucro não são excelentes ou não são as que o empresário gostaria de ter. O estoque pode acabar com o lucro do negócio. Tem que ter peças de reposição, saber qual é o tempo necessário de reposição e o tempo de entrega do seu fornecedor. Ter hoje estoque para 30 ou 60 dias é muito arriscado”. Entrega: “É preciso entender o ciclo, desde Davi Jerônimo, consultor do Sebrae-SP a compra do fornecedor, entrega na loja, venda e recebimento. Chamamos isso de “lei de time”, quanto tempo isso dura para o estoque estar adequado nesse ciclo. Comprar um produto e vendê-lo em 60 dias, corre-se o risco de ter que recorrer ao banco ou outros meios para poder alavancar dinheiro para pagar o fornecedor e o lucro fica no estoque. O segmento já está entendendo melhor a situação de que hoje inventário e estoque não são uma boa estratégia para a empresa, assim, ela trabalha com o mínimo que puder. No setor de autopeças a questão é a quantidade, empresário tem de ter uma boa gestão, fazer as curvas A, B e C para saber qual produto tem giro rápido. Trabalhar com reposição e os itens de menor saída, fazer compras em pequenas quantidades”.



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PARABÉNS, SCHADEK! Comemorando meio século, empresa realiza grande festa em Porto Feliz Por: Simone Kühl | Fotos: Divulgação

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anos de sucesso! Podemos resumir nestas palavras a trajetória da Metalúrgica Schadek, que é hoje uma das empresas mais tradicionais do mercado de reposição automotiva. E, para celebrar suas bodas de ouro, foi realizado na cidade de Porto Feliz (SP) um grande evento com a presença de colaboradores, clientes e muitos parceiros na noite do dia 21 de agosto, no Porto Feliz Tênis Clube. Noite mais que especial Para iniciar a festa, a apresentadora Luciana Martins convidou o diretor-presidente

Carlos Magalhães para receber o jubileu de ouro, pelos 50 anos da empresa. Ao lado do diretor Daniel Moreno e da gerente comercial Rosimeire Cenci, Magalhães agradeceu a todos que confiaram no trabalho da empresa e à cidade de Porto Feliz que os acolheu tão bem. Após, os convidados puderam assistir ao show de Stand Up Comedy feito pelo comediante Rogério Vilela, seguido de um delicioso jantar e da presença da banda Medida Certa. Ao final, foi entregue ao público um livro comemorativo que narra toda a história da Metalúrgica Schadek.

ParCEirOs ParaBENiZaM a CiNQUENtENÁria “É uma grande satisfação trabalhar com uma marca com tamanha expressão como a Schadek. Ao longo dos nossos 35 anos de fundação, posso dizer que temos uma parceria muito forte com a empresa. Por isso, é uma grande honra festejar com o Sr. Carlos e com toda a família Schadek esses 50 anos de existência, dedicação e produtos de primeira qualidade”. Carlos Eduardo Monteiro, da Auto Norte “É um grande prazer comemorar junto com o Sr. Carlos os 50 anos da Schadek. Para nós, brasileiros, é muito importante ver uma indústria nacional pujante e atuante nesse mercado. Meus parabéns”. Nilton Rocha de Oliveira, da Pellegrino “Agradeço o convite de estar aqui nessa comemoração hoje e gostaria de deixar meus parabéns para o Sr. Carlos e toda a equipe Schadek por terem chegado até aqui, pois hoje é muito difícil vermos uma empresa celebrar 50 anos e ainda estar tão bem. Desejo que eles continuem sempre fortes e importantes no mercado de reposição”. Ana Paula Cassorla, da Pacaembu “Fico muito honrado de estar presente nesse evento, gostaria de parabenizar a Schadek que é uma empresa tão

renomada no nosso mercado, parabenizar o Sr. Carlos por tudo que ele fez e vai continuar fazendo, com certeza”. Alcides J. Acerbi Neto, da Jahu “Estar nesse evento comemorando o aniversário da Schadek é um grande prazer para nós que temos a Schadek como fornecedora há 20 anos. Ver uma empresa de 50 anos preservando a ética como a Schadek tem feito não é para qualquer uma, é muito difícil em um mercado tão concorrido como o nosso. Então, além da satisfação de estar aqui, é muito emocionante ver o Sr. Carlos ainda à frente da empresa com seu empreendedorismo. Para nós que somos parceiros é motivo de muito orgulho participar dessa celebração”. Rogério Colla, da Auto Pratense “É muito prazeroso para nós que somos clientes da Metalúrgica Schadek ver que uma empresa nacional conseguiu se manter no mercado nesses 50 anos contra todas as adversidades do setor. Por isso, só temos a parabenizar, principalmente o empreendedorismo, determinação e vontade do Sr. Carlos de fazer o trabalho correto. Para nós, que somos distribuidores, é muito bom ver a empresa completar meio século de vida tão solidamente”. Juveci Barbosa, da Comando Auto Peças

“Gostaria de parabenizar a Schadek, em nome do Sr. Carlos, pela sofisticação do evento, tudo estava maravilhoso. Com 50 anos de trabalho, eu tenho certeza que ele já deve ter enfrentado muitas crises, mas sempre mostrou que a empresa veio para ficar. Parabéns, Schadek!”. José Ilídio, da Real Moto Peças “Nossa distribuidora tem 54 anos e temos uma parceria com a Schadek há 50 anos, ela fez parte do nosso portfólio desde o início. Então, para nós, é um imenso prazer estar participando desse evento comemorando este importante marco para a Schadek”. Luiz Carlos Bianchi, da Bianchi Distribuidora de Auto Peças “Temos uma parceria com a Schadek de 50 anos, somos um de seus primeiros clientes. O Sr. Carlos é uma pessoa maravilhosa, com uma conduta de política comercial fantástica, ele sempre foi muito sincero e fiel em sua proposta de trabalho. Parabéns Schadek, parabéns Sr. Carlos. Espero que meus filhos e netos possam vir comemorar os 100 anos da empresa”. Luiz Augusto Passaglia, PPL Distribuidora de Peças



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História Fundada em 17 de agosto de 1965, a metalúrgica Schadek já conquistou reconhecimento mundial e mantém liderança no segmento em que atua, sendo detentora do maior portfólio de bombas de óleo e bombas d’água da indústria brasileira de reposição. A empresa está instalada em Porto Feliz (interior do Estado de São Paulo) há mais de 30 anos. O nome “Schadek” veio do fundador da fábrica, o imigrante húngaro Zoltan Schadek, que abriu um pequeno negócio para produção de peças metálicas fundidas sob pressão, utilizadas em automóveis e aparelhos domésticos. Inicialmente, os produtos eram fabricados com base em desenhos e amostras fornecidos pelos primeiros clientes e atendiam apenas encomendas locais. E foi assim que a metalúrgica deu seus primeiros passos.

Para reforçar e administrar os trabalhos que eram desenvolvidos, o imigrante contratou novos funcionários e passou a contar com um importante aliado, que, anos depois, se tornou o protagonista da história da Schadek: o projetista Carlos Magalhães, atual diretor-presidente da empresa. Magalhães desempenhou um papel extremamente significativo na metalúrgica. Em pouco tempo, tornou-se mais que um colaborador. O projetista conseguiu elevar a qualidade das peças, aumentar o portfólio de produtos, organizar a produção e trazer pontualidade às entregas, além de uma série de outros avanços. Dessa forma, a Schadek ganhou a confiança do mercado. A presença de Carlos Magalhães também passou a ser tão vital que, ainda na década de 60, o jovem profissional assumiu o controle completo da metalúrgica.

A expansão dos negócios fez a Schadek buscar novos espaços. O interior do estado de São Paulo mostrou-se, então, uma boa alternativa. Assim, Porto Feliz foi escolhida para abrigar a fábrica. As obras tiveram início em 1978 e, no ano de 1982, a Schadek foi inaugurada em terras porto-felicenses. Em 50 anos, Magalhães e a Schadek transpuseram obstáculos e alcançaram um patamar que poucos poderiam imaginar. Da pequena fábrica fundada na capital paulista até a moderna empresa no interior de São Paulo, foram diversas mudanças, tanto nos processos de produção quanto na estrutura física. Hoje, a empresa conta com mais de 350 funcionários e, além da efetiva participação na indústria nacional, exporta seus produtos diretamente de Porto Feliz para cerca de 30 países e está entre os fabricantes de maior crescimento no ramo.



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Os novos hatches médios O Ford Focus recebeu novo visual, calibragem de direção e suspensões, já o Fiat Bravo passou por reestilização e ganhou acessórios, eles disputam o segmento dos hatches médios

Por: Edison Ragassi | Fotos: Estúdio Premiatta

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o final de junho a Ford lançou o hatch médio Focus 2016. O visual é igual ao do comercializado na Europa e Estados Unidos. A grade central cresceu, assim como os faróis. Na parte traseira, os designers mudaram detalhes do para-choque, tampa do porta-malas e lanternas. Ele disputa clientes com o Bravo, da Fiat, o qual recebeu modificações estéticas em fevereiro. Imprimiram visual esportivo, ganhou novo desenho no para-choque dianteiro, molduras negras nas lanternas traseiras, novas rodas com desenho exclusivo para cada versão. O modelo de entrada do Focus tem acabamento SE, utiliza propulsor 1.6L Sigma Flex TiVCT. Sua potência é de 135 cv (E)/131 cv (G), o torque chega a 16,7 kgfm a 5.250 rpm (E)/ e 16,2 kgfm a 3.000 rpm (G), a transmissão é manual de 5 velocidades. A opção de entrada do Bravo é a Essence, com propulsor E.TorQ 1.8L 16V Flex e câmbio mecânico de cinco marchas. Entrega potência de 132cv (E)/130

Suspensão dianteira

O novo Focus teve a suspensão dianteira e traseira recalibradas, já o novo Bravo versão Essence continua com a calibração da versão anterior

Motor

quatro rodas, tem nova geometria na dianteira. Os elementos foram redesenhados e receberam maior espessura e as buchas são feitas com composto de borracha mais rígido. E a suspensão traseira Multilink foi revisada, incluíram um reforço na longarina da torre do amortecedor. No Bravo a suspensão dianteira é independente McPherson e a traseira com travessa de torção de seção aberta e barra estabilizadora. Tanto a Ford como a Fiat utilizam sistema de freios a disco nas quatro rodas e direção com assistência elétrica. O novo Focus vem de série com rodas de liga leve de 17”, sistema AdvanceTrac, sistema de conectividade SYNC com tela colorida de 4,2”, AppLink e Assistência de Emergência. Faróis de neblina, acendimento automático dos faróis, espelho

Amortecedor e freio No Ford Focus o propulsor é o 1.6L Sigma Flex TiVCT, com potência de 135 cv (E) e torque de 16,7 kgfm a 5.250 rpm (E). O Fiat Bravo utiliza motor E.TorQ 1.8L 16V Flex, entrega potência de 132 cv (E) e torque de 18,9 kgfm (E) a 4.500 rpm

cv (G) com torque de 18,4 kgfm (G) / 18,9 kgfm (E) a 4.500 rpm. A engenharia da Ford trabalhou as condições de dirigibilidade do Focus. A direção elétrica recebeu nova calibração, a curva de assistência ficou mais refinada, isso para melhorar o conforto em baixas e médias velocidades e melhor controle nas altas. O sistema de suspensão, independente nas

O Novo Focus recebeu nova carga nos amortecedores e molas, a Fiat manteve a carga do modelo anterior. Em ambos os freios são a disco nas quatro rodas



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retrovisor eletrocrômico, sensor de chuva, chave programável MyKey e ar-condicionado, entre outros, por R$ 69.900. Já o novo Bravo tem preço sugerido de

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R$63.680, com alarme antifurto, ar-condicionado com saída de ar para o banco traseiro, computador de bordo A/B (distância, consumo médio, consumo instantâneo, autonomia, velocidade média e tempo

de percurso), faróis de neblina, rodas de liga leve 16 polegadas, pneus 205/55 R16, central multimídia com tela de 5” touchscreen (comandos de voz e Bluetooth), entre outros.

Custos de peças e serviços Novo Focus hatch 1.6L Peças Serviços Amortecedor dianteiro lado direito:.............................................R$ 441,00............................................R$ 80,00 Amortecedor dianteiro lado esquerdo:......................................R$ 461,00 .......................................... R$ 80,00 Amortecedor traseiro: ...........................................................................R$ 408,00*...................................... R$ 80,00 * Disco de freio dianteiro:........................................................................R$ 343,00*....................................... R$ 80,00* Jogo de pastilhas dianteiras: .............................................................R$ 393,00 ...........................................R$ 80,00 Disco de freio traseiro: ...........................................................................R$ 282,00* .......................................R$ 120,00 Jogo de pastilhas traseiras:.................................................................R$ 224,00............................................R$ 80,00 Óleo/ litro: ....................................................................................................R$ 42,56 Filtro de óleo: ..............................................................................................R$ 40,00 Filtro de ar:....................................................................................................R$ 80,00 Filtro de combustível: ............................................................................R$ 40,00 Filtro anti-pólen:........................................................................................R$ 85,00 Velas (jogo com 4 unidades):............................................................R$ 76,00 ..............................................R$ 60,00 * custo para cada peça

Fiat Bravo 1.8L Peças Serviços Amortecedor dianteiro:........................................................................R$ 303,01*........................................R$ 230,00 Amortecedor traseiro: ...........................................................................R$ 215,73........................................ R$ 160,00 Disco de freio dianteiro:........................................................................R$ 342,25*...................................... R$ 203,00 Jogo de pastilhas dianteiras: .............................................................R$ 406,15 .........................................R$ 145,00 Disco de freio traseiro: ...........................................................................R$ 253,77* .......................................R$ 203,00 Jogo de pastilhas traseiras:.................................................................R$ 603,32..........................................R$ 261,00 Óleo/ litro: ....................................................................................................R$ 41,41.............................................R$ 145,00 Filtro de óleo: ..............................................................................................R$ 30,66 ..............................................R$ 85,00 Filtro de ar:....................................................................................................R$ 42,01.............................................R$ 101,50 Filtro de combustível: ............................................................................R$ 15,06...............................................R$ 87,00 Filtro anti-pólen:........................................................................................R$ 138,20............................................R$ 58,00 Velas (jogo): .................................................................................................R$ 239,36 ..........................................R$ 72,50 * custo para cada peça

Colaboraram: Ford Motor Company, Fiat Automóveis, concessionária Ford Navesa- Giovanni Gronchi e concessionária Fiat Itavema- Itaim.

LaNçameNTo

Jaguar disputa segmento dos sedãs de luxo Linha XE da marca inglesa traz quatro versões diferentes de sedãs, sendo três delas abaixo de R$ 200 mil, e duas opções de motorização com transmissão de 8 marchas Por: Edison Ragassi | Foto: Divulgação

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Jaguar passa a comercializar no mercado brasileiro o novo sedã esportivo de luxo XE. Sua estrutura é 75% em alumínio. A versão de entrada é a Pure, vem com bancos em couro Luxtec, volante multifuncional em couro granulado, acabamento Black Piano e detalhes contrastantes espalhados pelo painel de instrumentos, o design é no estilo Riva Hoop. É equipado com sistema Stop/Start, transmissão automática ZF de 8 velocidades, sistema de monitoramento de pressão nos pneus, faróis Xenon com luzes de circulação diurna em LED, All-Surface Progress Control, Jaguar Drive, sistema multimídia com navegador, 6 alto-falantes e sensor de estacionamento traseiro. O motor é o 2.0 Si4 Turbo de 240 cv, tem preço sugerido de R$ 169.900. A opção seguinte é a 2.0 Si4 Pure Tech, tem a mais o teto solar elétrico, câmera traseira de estacionamento e limpadores de para-brisa automáticos com sensor de chuva ao preço de R$ 177.000. A versão 2.0 Si4 R-Sport custa R$ 199.900, tem visual mais agressivo com saias laterais, para-choques diferentes e aerofólio traseiro. Os bancos são esportivos revestidos em couro Taurus com acabamento bicolor. O topo de linha XE S custa R$ 299.000, tem propulsor 3.0 V6 Supercharged de 340 cv de potência e 45,89 kgfm de torque. Conta com sistema Adaptive Dynamics de amortecedores ativos e configuráveis. Entre as novidades tecnólogicas, o inédito Head-Up display com tecnologia a laser que proporciona maior definição na imagem projetada no para-brisa

dianteiro. Além disso, vem equipado com Keyless Entry, sensor de estacionamento 360º, monitor de ponto cego com sensor de aproximação de veículos e detecção de tráfego em marcha à ré, entre outros. Com estas opções, a Jaguar entra na disputa pelo segmento de sedãs Premium de luxo, dominado pelos modelos alemães.



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FÓrUm

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Reversão da baixa competitividade para a retomada do crescimento Alta proteção do mercado doméstico e pouca inovação foram temas do 3º Fórum IQA da Qualidade Automotiva Por: Karin Fuchs | Foto: Divulgação

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a segunda quinzena de setembro, o IQA realizou em São Paulo o 3º Fórum IQA da Qualidade Automotiva. Um dos painéis reuniu representantes das entidades do setor com o objetivo de mostrar os impactos da qualidade no mercado de reposição, principalmente pela sua relevância, por representar aproximadamente 80% da reparação nacional. Sob a coordenação de Edson Brasil, vice-presidente de Vendas e Marketing do grupo Arteb, alguns dos avanços foram expostos pelos representantes das entidades do setor, como a certificação de autopeças pelo Inmetro e os esforços da cadeia para aprimorar a qualidade de produtos e serviços. A falta de peças, sobretudo as cativas, e a importância da inspeção técnica veicular também fizeram parte dos debates. Conselheiro do Sindipeças para o mercado de reposição, Elias Mufarej disse que a entidade tem trabalhado o quesito qualidade no canal independente e citou algumas das ações, como a que culminou a certificação de autopeças pelo Inmetro. “E estamos chegando ao ponto de equalizar a qualidade das peças produzidas no mercado local com as de outros países”, acrescentou. Ele também falou sobre o acompanhamento das inovações das montadoras, divulgadas aos associados, e a iniciativa junto a outras entidades para o retorno da inspeção técnica veicular. Bandeira também defendida por Antonio Fiola, presidente do Sindirepa Nacional e Sindirepa-SP. “No período de inspeção veicular em São Paulo a qualidade do ar melhorou significativamente e hoje voltamos a níveis piores do que em 2006. Foi um dos maiores retrocessos”, lamentou, complementando que a inspeção melhora também a qualidade da manutenção dos veículos. Sobre o abastecimento do mercado, Ana Paula Cassorla, vice-presidente da Andap/Sicap, destacou a abrangência dos distribuidores em território nacional. “São cerca de 300 empresas de distribuição, muitas têm filiais, e um portfólio com até 50 mil itens. Elas têm um papel muito importante de fazer a peça chegar ao varejo, ao reparador e aos frotistas. Peças mecânicas e elétricas de alguma forma chegam, pois a concorrência é grande, muitas empresas participando deste mercado com diferentes marcas. Se há desabastecimento, ele se concentra em peças cativas e de design”, afirmou. Fiola defendeu que o problema de desabastecimento é relativamente sério, principalmente nas cidades do interior. “Nós tivemos um aumento grande de modelos de veículos que não foi acompanhado em estoque de peças cativas”. Ele disse ainda que “dificilmente temos notícia de um carro parado na oficina por falta de informação, temos um grande aliado que é o Senai, mas seria fundamental a parceria com a montadora. Se um carro fica na oficina por falta de peça ou informação, isso é ruim para a própria imagem da montadora”. E, para enfrentar tamanha diversificação de marcas e modelos, Francisco de La Tôrre, presidente do Sincopeças

SP, comentou que “o papel do varejo é atender o reparador de forma rápida, até porque a cultura no País é de manutenção corretiva. Hoje são cerca de 2.200 modelos e marcas de veículos (leves e pesados) e, ainda, o varejo teve que se adequar a questões fiscais. Isso tudo tem feito com que ele se profissionalize rapidamente”, analisou. Segundo ele, o varejo tem parceiros estratégicos, mas não pode ir contra o livre comércio. “Os chineses impuseram um preço no mundo todo e o certo seria a certificação do Inmetro em todas as autopeças. Em relação à venda de peças pela internet, algumas vezes ela é feita sem informação e qualidade adequadas. Orientamos o varejista que ocupe esta lacuna”, expôs. O executivo também comentou o avanço com a lei do desmonte, à medida que ela irá garantir a rastreabilidade de peças que possam retornar ao mercado de reposição. “Falta amarrar a inspeção técnica veicular, o que vai garantir que a frota circulante tenha qualidade, e também falta uma política para a renovação da frota”, defendeu. Equação da Qualidade Automotiva Diretora da Prada Assessoria, Letícia Costa palestrou no evento destacando o quanto qualidade é importante e fundamental para a competitividade da indústria automobilística nacional.“A última inovação foi com o sistema flex fuel, posteriormente, houve melhorias no que já existe. Para ser uma indústria competitiva, é preciso falar mais em uma revolução do que inovação, o que requer investimento, capital humano e mudança de gestão”. De acordo com ela, os mecanismos de proteção de mercado no País só aumentaram a lacuna de competitividade. “É um mercado fechado, protegido e altamente dependente do mercado doméstico. Mas cedo ou mais tarde o Brasil terá

que abri-lo e o nível de proteção no mercado doméstico irá cair”, previu. Mostrando um cenário para os próximos anos, Letícia Costa comentou que para os próximos anos haverá excesso de capacidade, em curto prazo, a saída é exportação e, em longo prazo, é preciso buscar soluções para a inserção da indústria automobilística brasileira no mercado global, o que demanda competitividade. “O que se vê hoje é um mercado muito mais voltado à certificação de peças, do que na satisfação do cliente. A certificação é importante, mas não é suficiente para que fechemos a lacuna qualidade de produtividade. Qualidade pode ser um saída para a crise. Se o Brasil quiser ter uma indústria automobilística terá que exportar para outros países e não somente para os seus vizinhos”, finalizou. Qualidade na retomada do crescimento Gerente da Qualidade Corporativa da Bosch, Bruno Neri destacou alguns pontos para que haja qualidade na retomada do crescimento, como as manutenções da qualificação de mão de obra, da base de fornecedores, do planejamento da qualidade do produto e localizações, alterações de fontes e projetos de redução de custos homologados e acordados com os clientes. “Hoje,na base dos fornecedores,nós temos baixa demanda,apesar de complexa, situação financeira crítica, estoques insuficientes de matéria prima e componentes, realocações emergenciais de subfornecedores e alto esforço para manter a conscientização de qualidade”, exemplificou. E, entre as medidas para equilibrar o cenário descrito acima, Neri comentou sobre o acompanhamento in loco da primeira linha de gestão e de interrupções de produção e retomadas. “Como também a revisão trimestral da pirâmide de fornecedores, iniciativas no chão de fábrica com eles e auditorias especiais nos lançamentos”, concluiu.





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A partir do mês de agosto, a Tecfil passou também a administrar a indústria química Tecbril. O grande objetivo dessa mudança é o ganho de competitividade no mercado devido à sinergia existente entre as duas empresas. As duas empresas, sediadas na cidade de Guarulhos, na capital paulista, agora possuirão a mesma gestão contribuindo para o constante desenvolvimento e crescimento de ambas. O portfólio de produtos bem como a identidade no mercado de cada empresa será mantido individualmente.

Produção de motocicletas cresce 11,6% em agosto

Conforme levantamento divulgado pela Abraciclo, a produção de motocicletas em agosto registrou 114.162 unidades, volume 11,6% superior a julho (102.330), que contou com período de paralisação para férias coletivas nas fabricantes localizadas no PIM – Polo Industrial de Manaus. Em comparação a igual período do ano passado (129.767), os índices são negativos, com decréscimo de 12%. Já no acumulado do ano a retração chega a 11,9%, passando de 1.038.714 motocicletas, em 2014, para 914.752, em 2015.

CURTAS

Pioneira na adoção do modelo associativista no mercado automotivo brasileiro, a Rede PitStop anuncia o lançamento de mais uma importante plataforma tecnológica: seu aplicativo para smartphones e tablets. A nova ferramenta traz toda a base de membros da Rede, composta por mais de 1000 pontos de venda, entre lojas, oficinas e retíficas das linhas leve e pesada, em mais de 370 cidades brasileiras. O app pode ser instalado gratuitamente em aparelhos com os sistemas Android (no Google Play) e iOS (na App Store). O objetivo dessas ferramentas é disponibilizar aos membros todas as informações relacionadas à empresa, como pacote de benefícios, ações promocionais e histórico das atividades desenvolvidas pelo seu consultor de Campo.

Com apoio da Investe SP, SKF inaugura fábrica da Kaydon no Brasil Foi inaugurada no dia 10 de setembro, em Cajamar (SP), a nova fábrica da Kaydon Corporation. A inauguração acontece quase dois anos depois da SKF global ter concluído a aquisição da Kaydon, com sede nos Estados Unidos e um ano depois de anunciada a construção de uma fábrica no Brasil. O investimento faz parte da estratégia de ampliar o portfólio de soluções da SKF para os mais diversos segmentos industriais. O projeto recebe apoio da Investe São Paulo, agência de promoção de investimentos ligada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo. Em coletiva a empresa anunciou que tem projetado investimentos para o setor automotivo que logo serão anunciados, no momento o que pode ser dito é que a fábrica também será adaptada para as necessidades do mercado.

Peças remanufaturadas podem contribuir para a reciclagem automotiva A ANRAP (Associação Nacional dos Remanufaturadores de Autopeças) anunciou que as peças remanufaturadas podem contribuir para a reciclagem automotiva. Segundo a associação, a remanufatura é um processo industrial certificado e que pode ser rastreado, pois tem procedência. Além da garantia de originalidade e mais segurança ao usuário, o produto remanufaturado também tem como foco a sustentabilidade global. Mundialmente, mais de 110 indústrias reciclam produtos, incluindo o setor automotivo; equipamentos elétricos, médicos e de comunicação; e outros. Adicionalmente aos benefícios para o meio ambiente, a reciclagem também aumenta a geração de empregos.

O legado de Osvaldo Dias Peres No ano de 1963, praticamente junto à indústria nacional, nascia a Aplic, abreviação de Auto Peças Limitada Indústria e Comércio, na Vila Leopoldina, zona oeste de São Paulo. Genuinamente nacional e com dois sócios na linha de frente, entre eles, Osvaldo Dias Peres, logo ela se tornaria uma das principais indústrias de autopeças do País, tendo desde o início o eixo de comando como principal item fabricado. Nos anos 70, a Resolit, marca forte de engrenagens no mercado nacional, foi incorporada à Aplic que, assim passou a ser denominada Aplic Resolit, unificando também a produção de eixos e engrenagens em um mesmo local. Osvaldo Dias Peres, reconhecido por seu grande trabalho no setor, deixará muitas saudades.

De pai para filho: Osvaldo Dias e Marcos Peres durante a 11ª edição da Automec, em 2013, no estande da Aplic Resolit, onde receberam clientes e parceiros para comemorar os 50 anos e autografar o livro da empresa

Delphi apresenta catálogo online de sistemas de conexão

A Delphi Automotive PLC lançou sua nova geração de catálogos de sistemas de conexão: um novo e completo catálogo online que detalha o que os conectores e sistemas de conexão Delphi oferecem para as indústrias e segmentos de produtos. O catálogo está disponível em inglês no site delphi.com, mas pode ser acessado diretamente pelo link: http://delphi.com/manufacturers/cv/connection-systems/catalog

Contran torna facultativo o uso do extintor em automóveis

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Tecfil incorpora administração da Tecbril

Rede PitStop lança aplicativo para smartphones e tablets

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A mudança na legislação ocorre após 90 dias de avaliação técnica e consulta aos setores envolvidos, e torna facultativo, também, em utilitários, camionetas, caminhonetes e triciclos de cabine fechada. O equipamento será obrigatório para todos os veículos utilizados comercialmente para transporte de passageiros, caminhões, caminhão-trator, micro-ônibus, ônibus e destinados ao transporte de produtos inflamáveis, líquidos e gasosos.

Pósitron é vencedora em cinco categorias do Prêmio Marca Brasil 2015 A Pósitron, marca da PST Electronics, conquistou o primeiro lugar em cinco importantes categorias do Prêmio Marca Brasil 2015, um dos mais expressivos para empresas e fabricantes do Brasil. Os segmentos conquistados pela empresa neste ano foram no setor de sonorização & acessórios para autos: alarme, câmera de ré, módulos de vidro, sensor de estacionamento; e no setor de mototurismo: alarme para motos.



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Magneti Marelli Aftermarket amplia portfólio de amortecedores Cofap Lançamentos são para diversos modelos das marcas asiáticas Honda, Hyundai, Kia, Mitsubishi, Nissan e Toyota. O contínuo lançamento para novas aplicações reflete o objetivo fundamental da empresa em oferecer aos consumidores o maior catálogo de amortecedores do mercado, que já atende a 98% da frota circulante, com as mesmas soluções de qualidade pelas quais alcançou o reconhecimento dos fabricantes de veículos, leves e pesados, em mais de 50 anos de experiência na indústria automobilística brasileira.

Ford roda 250 milhões de km no Campo de provas

No Campo de Provas de Tatuí (SP), a Ford completou 250 milhões de quilômetros de testes. O número representa 6.250 voltas no globo terrestre. A unidade é preparada para experimentação de carros, picapes e caminhões e funciona há 37 anos. Em Tatuí, foram desenvolvidos os dois veículos globais criados no Brasil, EcoSport e Ka, modelos comercializados em vários continentes. A Ford também desenvolveu o Edge, a Ranger, o New Fiesta e o Focus Hatch e Fastback nas instalações de experimentação.

NGK INAUGURA PRÉDIO E MODERNIZA OPERAÇÃO LOGÍSTICA Para modernizar os seus processos e atender às necessidades de seus clientes, a NGK construiu um novo prédio para centralizar todas as operações logísticas em sua fábrica, na cidade de Mogi das Cruzes, interior de São Paulo. A cerimônia de inauguração reuniu executivos da empresa, autoridades municipais e parceiros logísticos da fabricante mundial de componentes automotivos. A ampliação é parte do plano de investimento da multinacional no Brasil, que tem como meta ampliar sua capacidade produtiva anual para 100 milhões de velas até 2020. O novo prédio permite duplicar a capacidade operacional de armazenagem e entrega dos produtos comercializados pela NGK. Nos últimos anos, a multinacional investiu fortemente na modernização das instalações de Mogi das Cruzes, aprimorando a sua eficiência e reforçando a sua competitividade.

Estevão Caputto, presidente fundador da Sampel (1946 - 2015) Começando do zero, na década de 1960 ele iniciou sua trajetória no mercado de peças automotivas, baseado no princípio de que para se ter sucesso era necessário excelência e muita dedicação e só assim seria possível entregar algo a mais para seus clientes. Com o mesmo instinto lutador, foi o grande alicerce da família Caputto. Ao lado de sua esposa e companheira de vida, construiu uma família como poucos e exerceu até seus últimos dias o papel de um grande homem, pai, avô, filho, irmão, sogro, tio e amigo. Sempre vivendo intensamente e com o coração aberto, deixou um grande legado para os seus. Construiu uma família forte, uma empresa sólida, uma vida e uma história de um homem exemplar.

Gordon Hensley é nomeado vice-presidente sênior de R & D e Gestão de Projetos da Dayco A Dayco anuncia Gordon Hensley como vice-presidente sênior de Pesquisa, Desenvolvimento, Engenharia de Produto e Gestão de Projetos. Hensley, que possui capacidade comprovada de construir equipes de alta performance e gerenciar relações complexas no OEM e gestão da cadeia de logística, junta-se à Dayco com experiência de mais de 25 anos na indústria automotiva. Gordon atuou como diretor Global de Gestão de Projetos para Magna Powertrain, onde liderou o grupo de Pressão de Fluidos e Controles de Projetos no mundo inteiro; aumentou a rentabilidade; realizou duas aquisições integradas, entre outras realizações. Hensley também trabalhou para The Gates Corporation, Ford Motor Company e Ricardo Consulting Engineers.

Desempenho do setor De acordo com os dados divulgados pela Anfavea sobre a indústria automobilística em agosto, as exportações de autoveículos, que englobam automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, aumentaram 10,5% este ano comparado com o ano passado. O volume de veículos exportados este ano chegou a 260 mil unidades enquanto no mesmo período do ano passado era de 235,3 mil. O balanço mostrou crescimento também na análise mês a mês: foram 34,6 mil unidades enviadas para outros países em agosto, o que representa um salto de 21,9% ante a julho com 28,4 mil veículos. E, segundo a Fenabrave, o total de emplacamentos no mês de agosto foi 8,44% menor que o registrado em julho. Ao todo, foram comercializadas 319.246 unidades em agosto de 2015, contra 348.674 em julho deste ano.

CURTAS Lançamentos Kolbenschmidt (KS) para a linha leve No mês de setembro a KS lançou no mercado de reposição anéis de segmento, arruelas de encosto e bronzinas de biela e mancal que atendem diversos veículos entre as montadoras Honda, Citroën, Peugeot e Renault. Os produtos da marca Kolbenschmidt (KS), Pierburg e B.F são comercializados no mercado brasileiro de reposição pela MS Motorservice Brazil, divisão do Grupo KSPG AG responsável pelas atividades de vendas e prestação de serviços para o aftermarket.

Continental lança plataforma digital para consulta completa sobre produtos A Divisão ContiTech, do Grupo Continental, lança no Brasil sua plataforma digital completa para consulta ao banco de dados de todos os produtos do portfólio, ligada diretamente ao site da ContiTech e ao catálogo online. O PIC (Centro de Informação de Produtos, na sigla em inglês) é um projeto inovador da empresa, que lista para os mecânicos e clientes finais todas as informações relacionadas a cada produto. O site em português do PIC da ContiTech é www.contitech.com.br/aam/pic

Total e Tata Motors assinam acordo de parceria global O grupo francês Total e a Tata Motors acabam de assinar um acordo global para a prestação de serviços de reposição (aftermarket). A parceria prevê o fornecimento dos lubrificantes de alto desempenho da marca Total nos pontos de venda e de serviços da Tata Motors nos mercados internacionais. Por meio desta parceria, a Total também participará do processo de aperfeiçoamento de qualificação da rede Tata Motors e apoiará a modernização das oficinas da companhia indiana em todo o mundo.



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AUTONOR 2015 Feira de Tecnologia Automotiva do Nordeste chega à 10ª edição com resultados bastante animadores, apesar do desaquecimento da economia Por: Silvio Rocha | Fotos: Divulgação

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saldo de mais uma edição da Feira de Tecnologia Automotiva do Nordeste – AUTONOR, realizada de 16 a 19 de setembro, no Centro de Convenções de Pernambuco, surpreendeu a todos, principalmente os expositores, que registraram resultados acima do esperado. Para a grande maioria dos participantes, a Feira foi um sucesso, o que motivou um aumento na procura por estandes para o próximo evento. “Um grande número de empresas expositoras deste ano já confirmou participação na edição de 2017. Isso mostra que as empresas estão acreditando no mercado de autopeças brasileiro e também na força do evento como instrumento de promoção e fomento de negócios”, afirma Emanuel Luna, diretor da Autonor Empreendimentos, empresa responsável pela organização da feira. Nesta edição, a Feira contou com 380 expositores, gerou aproximadamente R$ 35 milhões em negócios e recebeu nos quatro dias 38 mil visitantes. Segundo Luna, na atual conjuntura do País, os segmentos de reparação de veículos e o comércio de carros usados registraram um crescimento significativo. Isso gerou reflexos positivos no setor de autopeças e, consequentemente, na feira. “Nossas expectativas diante desse momento do País em realizar a feira são as melhores possíveis, a Feira já teve um público muito bom no primeiro dia, está bonita e ocupando todo o pavilhão do centro de exposições. As marcas mais importantes do segmento estão aqui. É um momento de felicidade, de agradecimento, é um ânimo que dá para o setor, para atravessarmos melhor esse momento”, diz Emanuel. José Carlos de Santana, presidente Sincopeças-PE, afirma que “pelo momento de dificuldade que o País através a Feira demonstra que os empresários estão deixando de lado a ‘crise’ e focando

no trabalho, no que possuem de melhor e fazendo a diferença. Esse é um momento de reflexão, das empresas se alinharem, que com certeza após esse período virão dias melhores”, garante. “A Autonor tornou-se uma realidade, é uma grata surpresa diante das dificuldades que o País está atravessando, diante desse momento de falta de perspectiva, a Feira é uma resposta firme e forte da região do Nordeste, que é um setor que sempre soube responder bem nos momentos de crise, como a reposição. Eu quero parabenizar os organizadores do evento, pois ela está muito forte e bonita. Só tenho a mencionar a alegria e felicidade em ver a Feira tão boa em meio a esse momento de crise, pois parece que a crise ainda não chegou até aqui”, destaca Francisco de La Tôrre, presidente do Sincopeças de São Paulo. Já Álvaro Pereira, tesoureiro do Sincopeças-SP, enfatiza que “o mundo é dos fortes, dos líderes, daqueles que têm vontade de vencer e sempre veem o mundo de maneira otimista, assim são os representantes que organizaram essa feira de uma maneira muito boa. Posso dizer que ultrapassou minhas expectativas”. Outro fator que contribuiu para o sucesso da Feira foi a qualificação do público visitante que, em sua maioria, era constituído de empresários e profissionais ligados à cadeia de reparação automotiva vindos de vários estados da região. Isso favoreceu a realização de negócios e o estabelecimento de relacionamentos comerciais permanentes. Momento de homenagem Um dos pontos altos da cerimônia de abertura da Autonor 2015 foi a homenagem que a organização da Feira prestou a familiares de Antônio Maciel Lins, influente varejista de autopeças local e ex-presidente do Sincopeças-PE. “O Antônio Maciel é uma pessoa que está muito ligada à história de autopeças de Pernambuco, ele exerceu todas as funções na cadeia de autopeças, foi um grande amigo, um grande parceiro. É uma pessoa que começou junto comigo essa ideia de se fazer uma feira em Pernambuco. Ele era um visionário e foi um momento de muita alegria relembrar e comemorar o trabalho que ele fez”, diz Emanuel Tenório. Para José Carlos de Santana, “foi uma homenagem muito bem aplicada a uma pessoa que fez com que essa feira chegasse ao sucesso que está hoje. Com o conhecimento dele, ele foi a muitas fábricas junto com o Emanuel, o apresentando e o inserindo no setor de autopeças e começando com ele essa feira praticamente do zero. Fico muito feliz desse reconhecimento que teve em vida e em sua ausência nessa

homenagem tão merecida”, conta. “É um motivo a mais de felicidade, de ver a Feira se consolidar no calendário nacional exatamente na terra do Sr. Antônio Maciel, ele sempre foi um homem que andou à frente, sempre teve os projetos mais avançados e sempre acreditou, ele tinha essa capacidade de nos motivar a seguir os seus sonhos”, relata Francisco de La Tôrre. Por fim, Álvaro Pereira destaca que “essa homenagem ao meu amigo do ‘Chapéu de Couro’ foi algo que tocou muito o nosso coração, ele foi um homem de batalha, posso dizer que ele sempre esteve jogando como centroavante e capitão do time”.



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Expositores

ABR

Affinia

Alfatest

Ampri - Sampel - Fremax

Apex

Bosch

Brokits

Chiptronic

Cobreq

Continental

Dayco

Driveway

FHollanda

Filtros Wega

Finder

Grupo Schaeffler

IKS - Valclei

IRB

Isapa

Kitsbor - Efrari

Marflex - Speed Brake

Motul

Nytron

Radnaq

Raja

Raven - King Tony

Rede Âncora

Reflex & Allen

Rufato

SKF

Takao

Taranto

Tecfil

Tecnomotor

TSA

Tuba

Vetor

Vibrasil

Viemar

ZF Sachs



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Fatos & Fotos

Para assistir em vídeo a cobertura completa e as entrevistas da Autonor 2015, acesse o nosso portal: www.ctra.com.br



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13ª Convenção de Vendas Isapa Repetindo o sucesso do ano passado, importadora recebe lojistas em evento Por: Silvio Rocha | Fotos: Divulgação

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ealizada na primeira semana do mês de setembro, como já é de costume, a Isapa reuniu seus representantes para a 13ª Convenção de Vendas no Hotel Fazenda Hípica Atibaia (SP). O encontro contou, mais uma vez, com o comparecimento de lojistas referências no mercado, que aceitaram de prontidão o convite da empresa. A participação dos lojistas junto aos representantes contribuiu para a formação de uma equipe mais preparada, integrada e motivada para oferecer melhores soluções aos clientes, através da oportunidade de ouvi-los e entendê-los melhor quanto às suas necessidades e opiniões. Sobre a presença dos lojistas, os diretores ressaltaram: “Para nós é muito importante poder contar com eles no evento, podemos perceber que nossos representantes escutam mais atentamente quando os clientes falam o que é preciso melhorar”, diz o diretor Roland Setton. “Ficamos honrados com a presença deles, o que mostra a credibilidade que a Isapa tem no setor”, completa o também diretor Alberto Douek. Nova Campanha de Vendas De acordo com Douek, todo ano, antes da exibição do planejamento de vendas, são realizadas premiações aos representantes em diversas categorias, com entrega de troféus e gratificações em dinheiro para os profissionais. E, ao final do encontro, são apresentadas as regras da campanha de vendas, que vai de setembro de 2015 até agosto de 2016. “A nova Campanha tem o nome de ‘Corrida dos Campeões’, em que os representantes vão acumulando pontos durante sua duração”, explica Setton. Referência em qualidade Além de difundir ainda mais o conhecimento das marcas trabalhadas pela empresa no encontro, a Isapa faz questão de destacar que atesta a idoneidade de todo fornecedor.“Sempre visitamos a fábrica, independentemente de sua localização, e comprovamos sua qualidade”, informa Douek. Outro ponto que evidencia sua competência é a conquista do título de melhor distribuidor de peças importadas, em que a Isapa já foi eleita 14 vezes seguidas, segundo pesquisa realizada junto a varejos de autopeças de todo o Brasil.

Roland Setton e Alberto Douek, diretores

Perspectivas e projeções Em relação ao primeiro semestre, os diretores da Isapa apontam que o

Equipe de representantes de vendas Isapa

crescimento, mesmo pequeno, foi positivo e saudável, em virtude do momento econômico que o País atravessa, o que faz com que a empresa consiga se manter em uma boa posição no mercado. Na contramão de muitas teorias sobre a crise, o objetivo da Isapa é continuar investindo em estoque para sempre ter à disposição as peças solicitadas pelos clientes, contudo as variações do dólar também influenciam nos preços, mas para não repassar valores altos a empresa busca soluções que não prejudiquem os elos da cadeia.“Nós abaixamos nossa margem, lutamos por mais descontos com o fornecedor e aumentamos um pouco o nosso preço”, contam. Outra importante ação que contribui para o fortalecimento e crescimento da marca é a participação das feiras do setor. A Isapa participa da Feira Autopar, na região Sul; da Autonor, no Nordeste; e da Automec, em São Paulo. Cenário para importação Não é novidade que o aumento do dólar diante desta recessão econômica tem dificultado muito a importação no País, mas para a Isapa este cenário, apesar de difícil, não muda seus planos de investir em peças e em novas ações de vendas, como é o caso da realização de sua convenção, que novamente foi um sucesso.“Mesmo com as dificuldades do dólar, procuramos sempre investir, nos esforçando para proporcionar aos clientes condições especiais”, aponta Douek. “A empresa tem 53 anos de mercado e essa não é nossa primeira crise, e digo também que não é a mais difícil que enfrento, vamos continuar a viver um dia de cada vez e conseguiremos passar bem por esse período“, conclui Setton.



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eNcoNTro

Lojistas repercutem encontro “Só tenho a enaltecer essa iniciativa que vem a acrescentar tanto para nós, do varejo de autopeças, quanto para a empresa e colaboradores envolvidos. O evento possibilita a troca de informações com vários profissionais, e diante dessa crise esse investimento é um diferencial que merece muito ser valorizado. Em relação ao mercado, nós não temos do que reclamar, estamos crescendo dentro das expectativas, prospectando novos clientes e abrindo filiais”. Rogério Carnevale, da Josecar Distribuidora de Autopeças (São Paulo-SP) “Essa iniciativa é muito importante, pois o representante consegue ouvir o outro lado do balcão, e dessa forma poderá oferecer e abordar melhor o produto. Esse evento gera mais ânimo para os colaboradores trabalharem a marca, visto que o cenário de importação está mais difícil, eles podem ver que a empresa está investindo em estoque e em melhores condições para eles trabalharem. Em nossas lojas estamos percebendo que diferentemente dos outros pontos de venda, nas filiais mais próximas de periferias estão mais receosos,

diminuindo as compras, pois estão vendo que o cenário pode mudar a qualquer momento. Outra forma de medir como está o mercado é a inadimplência, que está crescendo, e as pessoas não vão conseguir sanar suas dívidas antes do décimo terceiro, o que limita o crédito e faz com que o dono do carro postergue seu conserto”. Roberto Rocha, da Auto Peças Rocha (Campinas-SP) “Acredito que é muito interessante a empresa trazer seus clientes para poder enriquecer ainda mais essa convenção, são ângulos diferentes de se enxergar o mesmo tema, estamos em um elo da cadeia e eles, em outro. Podemos passar para os representantes as nossas dificuldades, o que achamos que é preciso mudar. Quem está tentando se fortalecer nessa crise, como a Isapa, irá sair mais forte dela. O Espírito Santo é um estado que tem uma frota de automóveis pequena e teve uma retração nessa crise, estamos passando por momentos difíceis, mas estamos nos adaptando. Não é a primeira crise e nossas perspectivas são boas, temos que ser otimistas, pois a frota está envelhecendo e os carros não

param de quebrar”. Fabiano Massariol, da Auto Imports (Vitória-ES) “Com oito anos no mercado e quatro lojas, posso afirmar que essa iniciativa é muito boa para discutirmos novas ideias, e a Isapa está inovando cada vez mais no setor. A região Norte, que atuamos, tanto o Acre como Rondônia, a linha de importados é grande e a frota é nova, então o mix da Isapa nos atende muito bem, somos clientes fiéis e para nós a marca é de primeira linha. Sobre a recessão econômica, o mercado realmente está mais devagar, estamos estagnados e diminuímos nossos índices de compra, contudo estamos fazendo novos planejamentos e olhando melhor para os nossos negócios, temos duas lojas de varejo e duas de serviços mecânicos”. Reinaldo Carvalho, da Rondomaza Distribuidora de Autopeças e Acessórios (Rio Branco-AC)



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iX 35 reestilizado Fabricado em Goiás, o utilitário esportivo foi redesenhado, recebeu equipamentos, novas versões, configurações e continua com o motor 2,0 litros Por: Edison Ragassi | Foto: Divulgação

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ia 25 de agosto, a imprensa especializada brasileira conheceu o New Hyundai iX35. Ele é fabricado em Anápolis (GO) pela CAOA Montadora de veículos. O SUV recebeu nova grade dianteira, as luzes de neblina foram redesenhadas, incluíram na dianteira um spoiler e luzes de LED no conjunto ótico. Utiliza motor Flex 2.0 de 16 válvulas, o qual entrega 167 cv (E)/157 (G) a 6.200 rpm e torque de 20,6 kgfm (E)/19,2 kgfm (G) a 4.700 rpm. O câmbio é automático de 6 marchas e a direção tem assistência elétrica progressiva com controle de torque. O New iX 35 é comercializado em três versões. A de entrada custa R$ 99.990 e traz: arcondicionado com saída para os bancos traseiros, sistema de som leitor de MP3, Bluetooth, entrada auxiliar, conexão USB, sensor de estacionamento, entre outros. Nos bancos o acabamento parcial é de couro, rodas aro 18 e chave tipo canivete. A opção intermediária tem preço sugerido de R$ 109.990, as rodas são aro 18 com outro desenho, botão de partida e entrada sem chave, controlador de velocidade, sistema multimídia com tela de LCD, câmera de ré, GPS e rack de teto. E a topo de linha custa R$ 122.990, vem com bancos, volante e manopla do câmbio de couro, maçanetas cromadas, protetor externo para a base das portas, ESP (controle de estabilidade) e TCS (controle de tração), ar-condicionado dual zone, regulagem elétrica do

banco do motorista com ajuste lombar, airbags laterais e de cortina, lanternas traseiras em LED e duplo teto solar. Para celebrar a chegada do novo veículo, a fabricante criou a série especial Launching Edition. Ela é oferecida na cor laranja, limitada a 300 unidades.A empresa projeta comercializar em média 1.700 unidades por mês do New iX 35.



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Volvo inaugura novo Centro de Distribuição O Grupo Volvo América Latina está inaugurando um novo Centro de Distribuição de peças. O espaço, duas vezes maior que o atual, oferece mais eficiência aos processos de recebimento e distribuição de peças, aumentando a agilidade dos serviços de entrega de pós-venda para os clientes da marca. Localizado em um ponto estratégico em São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba, possui fácil acesso às duas principais rodovias que cortam o Paraná, está próximo do aeroporto, do Porto de Paranaguá e da sede de um grande número de transportadoras. Velas aquecedoras para motores diesel da NGK chegam ao mercado brasileiro A NGK é reconhecida mundialmente pela qualidade e investimentos constantes em pesquisa e desenvolvimento. Com o mesmo padrão de todo o portfólio da fabricante, as velas aquecedoras são produzidas com a mais alta tecnologia, proporcionando uma partida rápida e suave, menor emissão de poluentes e maior durabilidade. Para saber onde encontrar os componentes, solicitar a tabela de aplicação dos produtos da marca e esclarecer dúvidas, o consumidor deve entrar em contato com o SAC da NGK pelo 0800-197-112, de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 18h. MWM Motores Diesel nomeia diretor e gerente Comercial para peças de reposição A MWM Motores Diesel nomeou Thomas Püschel para a diretoria de Vendas de peças de reposição, acumulando o seu cargo de diretor de Vendas de Motores e Marketing, reportando-se diretamente ao Sr. José Eduardo Luzzi - presidente & CEO da Navistar Mercosul. E Marco Antonio Marques assume a gerência de Vendas de peças de reposição, reportando-se ao Sr. Thomas Püschel.

FOTOS: DIVULGAÇÃO

FIQUE DE OLHO Real Moto Peças passa a distribuir linha de utilitários da Susin Francescutti A Real Moto Peças é a nova parceira da Susin Francescutti. A organização caxiense passa a fornecer sua linha voltada a utilitários para a integrante do Grupo Real. Com atuação no segmento de distribuição de autopeças e acessórios, o Grupo representa as principais indústrias de peças e acessórios do mercado automotivo. A partir da parceria, os produtos da Sufran serão distribuídos em filiais da Real Moto Peças em São Bernardo do Campo, Campinas e Ribeirão Preto, SP; Belo Horizonte e Uberlândia (matriz), MG; Brasília, DF; Goiânia, GO; e Belém, PA. MANN-FILTER lança novo elemento filtrante do ar para SUV No mês de setembro a MANN-FILTER lançou, em linha leve, o elemento filtrante do ar C 24 032. O novo item é indicado para Dodge Journey 2.7 24V V6 Gasolina (08/08-) e para FIAT Freemont 2.4 16V Gasolina (08/11). Os elementos filtrantes do ar são importantes para filtrar as partículas presentes no ar fazendo com que o motor tenha o máximo de desempenho e economia de combustível. Outras informações sobre a MANN+HUMMEL disponíveis em www.mann-hummel.com

DAF Caminhões Brasil está entre as marcas mais desejadas em pesquisa da Fenabrave A DAF, uma das marcas líderes no mercado europeu de caminhões e subsidiária da PACCAR Inc, está entre as três marcas mais desejadas na categoria Caminhões e Ônibus, segundo levantamento realizado pela Fenabrave, Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores. A pesquisa foi aplicada em concessionários de todo o País, com o objetivo de avaliar o relacionamento dos distribuidores com o mercado.





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Nova geração do WRX Sedãs esportivos da Subaru chegam para disputar mercado com modelos alemães. Os carros da marca japonesa utilizam motor boxer e tração integral Por: Edison Ragassi | Fotos: Divulgação

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m Campinas (SP), a Subaru mostrou para a imprensa especializada, no final de julho, a nova geração do esportivo WRX e WRX STI. As duas versões são equipadas com o motor boxer de quatro cilindros, turbo e injeção direta. Neste tipo de propulsor os pistões são contrapostos e trabalham paralelamente

ao solo. Isso contribui para a redução do centro de gravidade e o aumento da estabilidade. O WRX 2.0 entrega 270 cv de potência e 35,7 kgfm de torque. A transmissão é automática, denominada Sport Lineartronic, com até 8 velocidades e opção de troca manual, por meio dos paddle shifts. Já o WRX STI tem propulsor 2.5, câmbio manual de 6 velocidades, a potência é de 310 cv e 40 kgfm de torque. Ambos os modelos utilizam tração integral e os vários sistemas de controle de estabilidade desenvolvidos pela fabricante japonesa nas competições de rali. Importado do Japão, o WRX custa R$ 147.900 e o WRX STI sai por R$ 194.900.


www.balcaoautomotivo.com.br


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LeGISLação

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AVANÇOS NA LEI FEDERAL DO DESMONTE Com o uso da tecnologia, o próprio cidadão será o agente fiscalizador. Autoridades preveem que o próximo passo é a renovação da frota Por: Karin Fuchs | Foto: Divulgação

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m 1º de maio passou a vigorar a Lei Federal nº 12.977/14 que regulamenta e disciplina a atividade de desmontagem de veículos em todo o País, a exemplo de lei similar do Estado de São Paulo, que já vigora desde julho do ano passado. Em comum, autoridades no assunto defenderam que ela somente terá eficácia se houver fiscalização e o cidadão também cumprirá este papel. Os pontos de vista foram apresentados em evento realizado em São Paulo, no mês de agosto, pela Funenseg (Escola Nacional de Seguros), intitulado “Seminário sobre a Lei do Desmonte, Acidentologia e Vitimação no Trânsito”. Sobre os primeiros passos, Daniel Annenberg, presidente do Detran, contou que já está sendo implantado um sistema de forma que pelo celular será possível identificar as peças principais e as respectivas procedências, com a criação de um sistema regulado de desmontagem de veículos e abastecimento do mercado de autopeças, regulando e incentivando o processo de cadastrados. “A segunda etapa é que cada veículo desmontado terá um código de barras, peça a peça será cadastrada, permitindo a rastreabilidade desde a desmontagem até a venda ao consumidor final. Já começamos a cadastrar as peças dos desmanches legais, o que se dará de forma informatizada, interligando o Detran, leiloeiros, empresas de reciclagem, comerciantes e empresas fabricantes de etiquetas”, afirmou. Interligação que se faz necessária para a aplicabilidade da lei em todo o País, a fim também de evitar que haja comércio ilegal de peças entre estados.“Pois o objetivo principal da legislação é combater o desmanche ilegal.Acontecia muito de desmontes participarem de leilões públicos e misturarem peças de veículos legais

Seminário sobre a Lei do Desmonte, Acidentologia e Vitimação no Trânsito foi realizado em São Paulo, no mês de agosto, pela Funenseg

com outras, fruto de furtos e roubos de veículos. E a fiscalização precisa ser feita em todo o País para que não haja comércio ilegal entre estados”, enfatizou o presidente do Detran. E com o uso da tecnologia,Eraldo Ferreira,diretor do Detran,previu que o próprio consumidor cumprirá o papel de fiscal. “Isso porque ao comprar a peça no desmonte ele verificará a procedência a partir da existência da etiqueta (código de barras) na mesma”, especificou. Sobre os próximos passos com a legislação, Annenberg defendeu a renovação da frota.“Nós, do Detran, queremos levar uma proposta ao governador do Estado de São Paulo para que isso seja feito com veículos de mais de dez anos de uso”, antecipou. Uma questão de segurança Nas palavras de Claudio Contador, diretor do Centro de Pesquisa e Economia do Seguro (CPES), da Funenseg (Escola Nacional de Seguros), a principal questão da lei do desmonte é a segurança. “No ano de 2012, 34,3 mil pessoas morreram em acidentes de trânsito no País.A perda é gigantesca quando uma pessoa tem uma vida produtiva interrompida e a sua produção é perdida”, disse. Reduzir o número de acidentes de trânsito e as suas sequelas é o grande desafio para a sociedade brasileira, na visão do presidente do Observatório Nacional de Segurança Viária, José Aurélio Ramalho. “90% dos acidentes de trânsito são causados pelo fator humano e, em 2013, resultaram em 196,7 mil internações no País, sendo que 36% dos acidentes envolvem motocicletas, percentual bem superior à média mundial”, especificou. Já Armando Vergílio dos Santos Júnior, presidente da Fenacor, Federação Nacional dos Corretores, falou sobre a indústria da criminalidade.“Os desmanches ilegais alimentam a indústria da criminalidade e milhares de vidas que se perdem. Envolve segurança pública, pessoas que são diariamente vítimas de assaltos. Em países onde lei similar foi aprovada, o número de roubos e furtos de veículos caiu drasticamente”, validou. Ainda de acordo com ele,“não há estatísticas, mas dezenas de milhares de acidentes acontecem pelo uso de peças inadequadas nos veículos, e outro efeito extremamente positivo da legislação é ao meio ambiente, pois não haverá mais descarte aleatório dos subprodutos das carcaças”, avalia. Para finalizar, Robert Bittar, presidente da Funenseg, antecipou que uma das iniciativas do CPES, Centro de Pesquisa e Economia de Seguros, da Escola Nacional de Seguros, é criar um banco de dados referente à acidentologia e vitimação no trânsito. “Com estatísticas nacionais e de microrregiões, o nosso objetivo é mensurar os custos com acidentes de trânsito e as perdas econômicas, de forma que a Escola seja uma fonte de informação para esta finalidade. Em breve, lançaremos o portal de acidentologia”, concluiu.




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