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DE BALC ÃO PAR A BALC ÃO
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NOVEMBROAZUL
ESPECIAL
MUDE SUA MENTE
DIA DO BALCONISTA
Novos rumos pela transformação de pensamento e atitude.
Reconhecimento, ações e aprimoramento profissional.
O alerta contra o câncer de próstata é um dever de todo veículo de comunicação
32 M A R K E T I N G
PLANEJE
n o134
SUAS AÇÕES PARA 2018
50MIL
Estratégias são a garantia de sucesso para sua empresa.
ES PLAR EXEM DO MERCA PARA O ÇÃO
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ANO XII
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NOVEMBRO DE 2017
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OSI DE REP utomotivo lcão A 20 mil Bamil Reparacão 0 3 + va Automoti
Com milhares de empresas em todo o País presentes nos grandes centros e nas cidades mais remotas, o varejo de autopeças cumpre um papel de fundamental relevância para o mercado. Segundo fabricantes, distribuidores e executivos de entidades do setor ouvidos em nossa reportagem de capa, a pulverização é o ponto alto deste elo. PÁG. 6
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VARE JO
40 ANOS DE PRPK História da loja e transição da direção para os filhos.
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PESADOS & COMERCIAIS
60 ANOS DE EATON
Indústria referência em soluções de eficiência energética.
3 | EDITORIAL
NOVEMBRO AZUL
ANO XII
COM O VAREJO FORTE, TODOS GANHAM Com milhares de empresas em todo o País, presentes nos grandes centros e nas cidades mais remotas, o varejo de autopeças cumpre um papel de fundamental relevância para o setor, atendendo a clientes do Oiapoque ao Chuí, levando a marca de fabricantes, informações e conhecimento. Em todo o Brasil, pulverização é o ponto alto deste elo para os fabricantes, distribuidores e executivos de entidades do setor. Acompanhe em nossa reportagem de capa como os entrevistados veem e reconhecem a importância do varejo de autopeças no País. Com o final do ano se aproximando, este é o momento em que as empresas fazem o seu planejamento para o próximo, incluindo as verbas de marketing e divulgação. Especialista orienta como realizar o planejamento, alerta para erros cometidos e dá dicas para não estourar o Budget da empresa. O economista Sérgio Duque ainda informa o índice de desempenho do varejo automotivo. No final do mês de outubro, a Associação Comercial de São Paulo divulgou que se deve esperar um final de ano bom para o comércio em geral por conta de vários fatores.
de atitude. Confira sete dicas essenciais para conseguir mudar de vida e ter melhores resultados. A PRPK Auto Peças faz 40 anos. Paulo Afonso Lopes Calvo, fundador, prova que com muito trabalho, foco e dedicação é possível abrir um negócio e deixar um legado aos filhos. Também: a história de superação de Renata Silveira, que começou vendendo pilha e hoje é dona da Silveira Auto Peças, em Aracaju (SE). E, é claro, não podíamos deixar de lembrar de uma data tão especial no nosso setor, dia 26 de novembro, Dia Do Balconista de Autopeças. Separamos algumas ações e iniciativas que fabricantes têm preparado. A todos os amigos do balcão, o nosso Parabéns! E ciente da sua responsabilidade como veículo de comunicação, o jornal Balcão Automotivo adere à ‘Campanha novembro azul’, que alerta os homens em idade acima de 50 anos sobre a prevenção precoce do câncer de próstata.
DA EDIÇÃO Até mais!
Especialista explica o que é preciso fazer para descobrir novos rumos na vida e conquistar seus sonhos através da transformação de pensamento e mudança
Departamento Comercial
Editor-chefe Silvio Rocha (silvio.rocha@balcaoautomotivo.com.br)
Diretor Comercial Edio Ferreira Nelson (edio.nelson@balcaoautomotivo.com.br)
Redação Simone Kühl (simone.kuhl@balcaoautomotivo.com.br)
Executivo de Contas Richard Fabro Faria (richard.faria@balcaoautomotivo.com.br)
Colaboradores Fauzi Timaco Jorge / Karin Fuchs
Executivo de Contas Wanderley Klinger (wanderley.klinger@balcaoautomotivo.com.br)
Departamento de Arte (arte@premiatta.net) Supervisor de Arte/Projeto Gráfico Fabio Ladeira (fabio.ladeira@premiatta.net)
Executivo de Contas Adalberto Franco (adalberto.franco@balcaoautomotivo.com.br)
Depto Audiovisual/ Fotos/ CTRA Vídeos Wanderlei Castro (ctra@balcaoautomotivocom.br) Assinaturas (assinaturas@premiatta.net)
O EDITOR
ZNEWS EDITORA E MARKETING
ANO XII - Nº 134 - NOVEMBRO DE 2017 www.jornalbalcaoautomotivo.com.br
Financeiro Analista Financeira / Luciene Moreira (luciene@balcaoautomotivo.com.br) Marketing Tatiane Sara (marketing@balcaoautomotivo.com.br)
ANUNCIANTES
Jornal Balcão Automotivo
Impressão SerzeGraf Jornalista Responsável Silvio Rocha – MTB: 30.375
TIRAGEM: 20 MIL EXEMPLARES Balcão Automotivo é uma publicação mensal com distribuição nacional auditada, dirigida aos profissionais automotivos e tem o objetivo de trazer referências ao mercado, para melhor conhecimento de seus profissionais e representantes. Os anúncios aqui publicados são de responsabilidade exclusiva dos anunciantes, inclusive com relação a preço e qualidade. As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores.
Rua Acarapé, 245 - CEP 04139-090 Chácara Inglesa - São Paulo - SP Tel (11) 5677.7773
Aplic Resolit ...........................17
LNG............................................14
Bacurity .................................. 18
Lontra ..................................... 56
CHG ......................................... 40
Magneti Marelli ................... 09
Corven ................................... 37
Mann Filter .............................53
Dana ........................................05
NGK ......................................... 19
Dasa ........................................ 43
Nytron ......................................50
Dayco .......................................27
Pathway ................................. 39
Delphi.......................................15
Pellegrino .............................. 07
Devigili Varity ...................... 34
Radnaq .................................. 24
DS...............................................25
Remsa ......................................20
Fiat Mopar ............................ 29
Sampel .....................................35
Ford - Motorcraft ........ 02/59
Schulz ..................................... 55
Fremax .....................................11
SK ............................................. 30/31
FTE ........................................... 16
Takao ...................................... 23
Hipper Freios ....................... 51
Tecfil .........................................60
Illinois ...................................... 45
TSA ............................................38
Isapa ........................................ 49
Universal ............................... 33
J.Flex ....................................... 58
Vetor ......................... 13/21/47/57
Juntas Santa Cruz .............. 58
Viemar .................................... 52
KYB ............................................41
VP ............................................. 54
FIQUEPORDENTRO
ZEN
É PELO SEGUNDO ANO UMA DAS 150 MELHORES EMPRESAS PARA SE TRABALHAR
BALCÃO AUTOMOTIVO | NOVEMBRO DE 2017 | 4
MONROE
LANÇA AMORTECEDORES NA REPOSIÇÃO PARA VEÍCULOS LEVES E PESADOS A empresa anuncia a chegada de novas aplicações do componente para os segmentos de veículos leves e pesados. Os lançamentos contemplam modelos importantes no cenário nacional como o Hyundai HB20, nas versões hatch e X, Fiat Palio Sporting, Chevrolet
P
ela segunda vez consecutiva, a ZEN, fabricante de autopeças instalada em Brusque (SC), aparece com destaque no ranking das 150 Melhores Empresas Para se Trabalhar no Brasil, elaborado pela revista Você S/A, em parceria com a Fundação
Instituto de Administração. Este ano, a companhia se classificou em quarto lugar, na categoria Indústria Automotiva, deixando para trás grandes corporações, o que reforça ainda mais o êxito em suas ações na área de gestão de pessoas.
KYB DO BRASIL REALIZA CONVENÇÃO DE VENDAS NACIONAL Nos dias 17 e 18 de outubro, a empresa reuniu a sua equipe comercial e realizou a sua Convenção de Vendas para fechamento dos resultados do 1º semestre de 2017 (abril a setembro, de acordo com o calendário do Japão). Durante o evento, a equipe apresentou os resultados de cada região, bem como as novidades,
HIPPER FREIOS
CONFRATERNIZAÇÃO MARCA ENCERRAMENTO DO II HIPPER DESAFIO DE MATEMÁTICA DA HIPPER FREIOS
N
o dia 31 de outubro foi realizada a cerimônia de encerramento do II Hipper Desafio de Matemática. Neste ano, foram premiados 16 alunos, sendo distribuído um total de dois notebooks, quatro tablets e 10 smartphones. Além disso, os seis alunos que ficaram nas
melhores colocações ganharam um pacote de viagem de três dias para o Parque Beto Carrero e à cidade de Curitiba (PR), com direito a um acompanhante. Todos os alunos classificados para a segunda etapa receberam um certificado e medalha, e as escolas kits de livros.
AMPRI
APRESENTA NOVA LINHA DE RESERVATÓRIOS DE BOMBA HIDRÁULICA
demandas e informações para desenvolvimento do trabalho. Também foram apresentadas as ações do Grupo ao redor do mundo e as diretrizes para o alcance das metas nos próximos semestres.
SEMINÁRIO
AUTOMOTIVO DO NORDESTE 2017
Cruze, Honda City, Peugeot 3008, Nissan Tiida, Iveco Tector e Mercedes-Benz O-500. Mais informações sobre os produtos Monroe podem ser consultadas por meio do serviço de relacionamento com o cliente no 0800-166-004 ou através do site www.monroe.com.br.
Com a preocupação em ampliar cada vez mais o portfólio, sem fugir de sua especialidade, que é a fabricação de itens de direção, a Ampri apresenta ao mercado a nova linha de reservatórios de
bomba hidráulica que chegam para fortalecer ainda mais a linha de direção. A troca do reservatório é indicada junto à substituição da bomba hidráulica, já que para aplicação da mesma deve ser efetuado um processo de limpeza do sistema.
REDE PITSTOP
FIRMA PARCERIA COM A MASTRA ESCAPAMENTOS
N
o período da tarde de 8 de dezembro será realizada a 5ª edição do Seminário Automotivo do Nordeste, no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza. “O evento é um momento importante para a geração de ideias inovadoras que melhoram a gestão das organizações do setor. Todos os anos trazemos
as maiores autoridades nacionais para nos ajudar a melhorar nossas linhas de pensamento, estratégias e planejamentos”, destaca Ranieri Leitão, presidente do Sincopeças Nacional e do SSA. O tema proposto deste ano é repensar o mercado, suas oportunidades e desafios no Brasil pós-crise.
A
Rede PitStop acaba de anunciar a Mastra Escapamentos como a nova parceira para integrar o time de fabricantes que fazem parte da
plataforma Negócios em Rede. A Mastra Escapamentos passa a oferecer seus produtos para os mais de 1000 membros espalhados em mais de 420 cidades do País. Com a nova parceria, a Rede PitStop dá mais um passo na estratégia de fortalecer o relacionamento com os principais fabricantes do mercado de reposição nacional.
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CAPA
A SUPREMACIA
|| BALCÃO AUTOMOTIVO | NOVEMBRO NOVEMBRODE DE2017 2017 ||
DO VAREJO DE AUTOPEÇAS EM TODO O BRASIL, PULVERIZAÇÃO É O PONTO ALTO DESTE ELO PARA OS FABRICANTES, DISTRIBUIDORES E EXECUTIVOS DE ENTIDADES DO SETOR
C
om milhares de empresas em todo o País, presentes nos grandes centros e nas cidades mais remotas, o varejo de autopeças cumpre um papel de fundamental relevância para o setor, atendendo clientes do Oiapoque ao Chuí, levando a marca de fabricantes, informações e conhecimento.
P O R: K A R I N F U C H S | F OTO S: D I V U LG AÇ ÃO
Em números, o economista especializado no mercado de reposição de autopeças, Sérgio Duque, ilustra esse potencial. “O varejo tradicional tem 23,1 mil pontos de vendas que, somados aos centros automotivos (9,5 mil), auto elétricas e retíficas, (2,8 mil), o universo é de cerca de 50 mil empresas”, diz, com base no Cadastro Nacional de Atividades Econômicas, de 2016. Para quem questiona a participação de retíficas, conceitualmente, Duque as expurgaria desta conta. “O correto é considerar o varejo tradicional, centros automotivos e auto elétricas. Também não estamos colocando nessa conta os 32 mil postos de combustíveis e as mais de 7,3 mil concessionárias”. Na ponta, os elos que compõem o varejo abastecem cerca de 100 mil oficinas no Brasil. E na outra ponta, na indústria de autopeças, a partir de estatísticas do Sindipeças, Duque mostra que de um faturamento estimado em R$ 65 bilhões para este ano, 24% referem-se à participação do aftermarket ou R$ 15,6 bilhões. Mas a conta vai um pouco mais além.
Faturamento por região
rápida que em outros setores”, especifica.
Região Participação Faturamento Sudeste 55% R$ 19,5 bilhões Sul 22% R$ 7,83 bilhões Centro-Oeste 8% R$ 2,85 bilhões Norte 3% R$ 1,07 bilhão Nordeste 12% R$ 4,27 bilhões Total 100% R$ 35,52 bilhões
Retomada pós-crise que Ranieri Leitão, presidente do Sincopeças Brasil e do Sistema Sincopeças/Assopeças (Ce), também vislumbra como um impulsionador de negócios de autopeças no Brasil. “Eu tenho certeza que isso dará ao varejo uma visibilidade muito boa, pois o varejo é ágil, rápido e se tiver como aproveitar esse momento, ele sairá na frente”.
• Previsão do faturamento do varejo de autopeças para este ano
Francisco De La Tôrre, presidente do Sincopeças-SP
“Quando falamos que a fábrica irá faturar esse valor para o varejo, na cadeia de distribuição há dois intermediários: atacadista e varejista. A margem média do atacadista é em torno de 40%, depois o varejista aplica mais 50%. Portanto, o faturamento na ponta de consumo, o quanto o varejo fatura, chega a cerca de R$ 35,6 bilhões”. A participação difere entre as regiões do País (ver Box).
Na avaliação de Sérgio Duque, a previsão é de uma retomada de crescimento no próximo ano. “O faturamento do varejo está defasado, cerca de 16% a menos do que faturava em 214, ou um índice de 84% de capacidade na comparação entre ambos, em função de todos os fatores econômicos que interferiram no desempenho. E a tendência é de retomada”. Entre os motivos estão: “existe uma frota circulante, que com a dificuldade maior de aquisição de veículos novos, a manutenção se tornou uma relação mais obrigatória. Portanto, no varejo automotivo a tendência é de uma recuperação mais
Para ele, o varejo de autopeças nunca
Ranieri Leitão,
presidente do Sistema Sincopeças/ Assopeças (Ce) e do Sincopeças Brasil
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CAPA
deixará de existir e ele é muito forte nas cidades do interior do País. “Nessas localidades, o varejo é puro. Nas cidades, ele tem agregado serviços rápidos, o que é uma comodidade aos clientes. E isso não significa absorver serviços das oficinas. Nós estamos incentivando as oficinas a se especializarem mais”. Ele também destaca a influência que o varejo tem em relação às marcas e aos produtos dos fabricantes. “Sem dúvida, a sintonia com o consumidor final é no varejo ou no centro automotivo. Hoje, com base em uma pesquisa que fizemos, o centro automotivo é mais distribuidor do que varejo. Tanto que o resultado foi que entre 65% e 68% são com vendas de peças e o restante com serviços”. Outro movimento apontado por Leitão é em relação às redes. “O mundo está tendendo para isso, tanto o varejo como o distribuidor. Ninguém mais consegue viver só. Tem que estar feliz no nosso negócio e estar feliz que o negócio do concorrente está bem também. Estamos a todo momento tentando sensibilizar os empresários do nosso setor para que eles se unam, se agreguem e formem redes próximas”. E também disseminando conhecimento. “Tanto que nós estamos organizando o Seminário Automotivo no Nordeste e vamos levar todo o varejo de autopeças para que ele possa enxergar o grande trabalho que ele tem e a grande oportunidade de alavancar os negócios melhor ainda”, finaliza Leitão.
Varejo em movimento Na opinião de Francisco De La Tôrre, presidente do Sincopeças-SP, “como em todas as cadeias produtivas voltadas para o consumidor final, é no varejo que os produtos fazem a interface. Nas cadeias mais consolidadas, além da necessidade de abastecimento, a experiência do consumo tornar-se mais agradável. Portanto, o varejo não só é uma solução de logística, é também solução de consolidação de produtos e marcas”. Ele avalia que o cenário atual reflete o estágio de desenvolvimento que se encontra o varejo de autopeças. “Na medida que ele se desenvolve e se consolida, nós veremos um movimento de concentração diminuindo, assim, o número de pequenos varejos e um
A SUPREMACIA DO VAREJO DE AUTOPEÇAS
| BALCÃO | NOVEMBRO | DE 2017 AUTOMOTIVO | BALCÃO | NOVEMBRO | DE 2017 AUTOMOTIVO
tempo. Sabemos a importância desse movimento para levar a nossa marca para ainda mais consumidores, por isso, investimos em formar uma equipe robusta de profissionais próprios que realizam visitas constantes aos clientes em todo o território nacional.
concomitante crescimento de empresas com maior número de pontos de venda”. E, ainda, “devido à extensão territorial e existência de muitos municípios pequenos, a precariedade da infraestrutura logística favorecerá a continuidade de pequenos varejos generalistas, pois, em um mercado consolidado, eles tendem à especialização”. De La Tôrre comenta sobre a relação estreita que o varejo estabelece com seus clientes, consumidor final ou reparador. “Dela nasce a confiança, além do simples fato da existência física do ponto de venda, o que é uma grande vantagem na concorrência com as vendas por internet. O testemunho do atendente da loja é a propaganda mais crível que um produto ou marca pode fazer”. Sobre mudanças, o executivo prevê que o processo de concentração, seja por uma única empresa ou por formação de redes cooperadas, principalmente nos grandes centros urbanos, é um movimento que impactará muito. “O reposicionamento de atacados regionais, migrando para o atacarejo e explorando as vendas eletrônicas diretamente ao consumidor final e ao reparador, são fenômenos mais imediatos”, acrescenta. Nos movimentos de longo prazo, ele antevê que “as transformações derivadas da revolução 4.0 da indústria e consequente mudança de hábitos do usuário final do automóvel trará impactos que ainda não é possível avaliar em sua profundidade, mas é evidente que isto mudará muito o jeito de gerir um varejo”.
Confira a seguir como os fabricantes e distribuidores veem e reconhecem a importância do varejo de autopeças no Brasil Luis Marques, gerente Sênior de Marketing e Aftermarket da Meritor Varejo - Sem o varejo, a peça não consegue chegar ao caminhoneiro autônomo, que é um consumidor muito importante e que detém o maior volume da frota. Além disso, pulveriza e tem mais capilaridade do que a indústria. Formador de opinião - Um varejo
Luis Marques forte faz com que a marca tenha mais credibilidade junto ao cliente final. Esta parte da cadeia atua como um consultor da marca e tem papel importante para fidelizar o cliente ao produto.
Profissionalização - O mercado de reposição como um todo passou por uma grande evolução nos últimos anos. As redes de distribuição se tornaram mais ramificadas, enquanto o varejo e as oficinas se profissionalizaram, agregando muito mais qualidade a seus serviços.
Pulverização - Assim como respondido na questão anterior, esta pulverização faz com que a marca tenha mais credibilidade junto ao cliente final. Profissionalização - Percebe-se uma busca maior do varejo por conhecimento. Conseguimos mensurar isto pelo aumento da procura pela universidade Meritor. Outra ferramenta que nos faz perceber que está havendo procura maior por conhecimento é o nosso catálogo eletrônico de peças. Marcos Mosso, chefe de Marketing da NGK do Brasil Varejo - Na NGK vemos o varejo como uma extensão da nossa marca. O varejista bem informado, treinado e que preza pelo bom serviço a seus consumidores ajuda a agregar valor ao nosso produto. Afinal, o cliente busca, além da qualidade e excelência dos nossos componentes, uma boa experiência de compra junto aos nossos parceiros.
Marcos Mosso
Emerson Brasil, gerente Comercial e Marketing Arteb Varejo - O trabalho do varejo tem extrema importância para a cadeia de distribuição. Prezando por fabricantes de peças originais, estoque, ponto de apoio para os processos de garantias, disponibilidade de informações técnicas e treinamentos para os aplicadores. São fatores que tornam os varejos imprescindíveis para o abastecimento do mercado de autopeças, seja com produtos, serviços ou informação.
Formador de opinião - A proximidade com o mercado de reposição faz com que a NGK esteja sempre atenta às necessidades do setor e seja capaz de dar respostas e soluções ágeis às mais variadas demandas. Isso, especialmente no varejo, é essencial para a formação de opinião, já que muitas vezes, o principal elo entre a NGK e o consumidor final são as lojas e os profissionais do segmento. Pulverização - A expansão das lojas para os mais diversos lugares do País é algo que a NGK já detectou há algum
Emerson Brasil
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A SUPREMACIA DO VAREJO DE AUTOPEÇAS
CAPA
| BALCÃO AUTOMOTIVO | NOVEMBRO DE 2017 |
Formador de opinião - Em sua grande maioria os varejos são empresas tradicionais com muitos anos de mercado e referências em suas regiões. Esse tempo de relacionamento, aliado ao pacote de serviços no pós-vendas fazem o varejo ter grande influência na decisão de compra e, por outro lado, os varejos precisam contar com fornecedores parceiros que contribuam com essas ações.
função é gerar demanda aos distribuidores.
e conquistar novos clientes.
Pulverização - Ela é essencial, mas também depende muito do poder de alcance de abastecimento da marca. É necessário que os distribuidores tenham uma logística muito bem organizada e em pontos estratégicos para que nem os mais remotos pontos do País fiquem sem produtos.
Pulverização - Acreditamos que os lojistas bem informados sobre produtos e serviços, mesmo que estejam nos lugares mais remotos do País, têm a confiança de seus clientes, desempenhando um papel importantíssimo na divulgação de marcas e produtos de qualidade.
Pulverização - A capacidade de capilarização do varejo faz com que nossas peças e informações técnicas sejam pulverizadas em todo o Brasil. Com um País tão extenso como o nosso, se não houvesse essa forte presença do varejo seria muito difícil atendermos nossos consumidores no mercado de reposição.
Profissionalização - O varejo sempre vai precisar de constante atualização, principalmente por parte das indústrias fornecedoras, que a todo mês, liberam mais e mais itens de lançamentos para o mercado. A Wega leva essa informação desde os distribuidores até os pontos de vendas. Com vendedores bem preparados, isso acaba virando uma consequência. Alguns varejos ainda precisam amadurecer, investir no treinamento e na retenção de talentos.
Profissionalização - Com uma experiência de 20 anos atuando na reposição, eu acredito que houve uma enorme profissionalização nos varejos, acompanhando assim a modernização de nossa frota. A profissionalização deve ser contínua, não somente na área técnica, mas também seguir as tendências de mercado, como o e-commerce.
Paulo Zovico, gerente Comercial da Mastra
Cesar Costa, diretor de Vendas e Marketing da Wega Motors
Cesar Costa
Paulo Zovico Varejo - Sabemos que a frota de reparação cresce ano a ano e que o varejo de autopeças tem papel fundamental no mercado, pois garante que os reparadores e os donos dos carros tenham acesso e liberdade de escolha na compra de peças, oferecendo um melhor custo x benefício na hora das manutenções preventivas e corretivas de seus veículos. Formador de opinião - Percebemos que cada vez mais os lojistas e os reparadores buscam trabalhar com marcas reconhecidas no mercado, mais facilmente encontradas no varejo também, pois através delas é possível encontrar as peças, aplicações e, consequentemente, fidelizar
Profissionalização - A profissionalização do varejo está visivelmente crescendo. Vemos lojas mais interessadas em informação sobre produtos e serviços oferecidos pelas fábricas, pois também atendem a um público cada vez mais antenado e exigente. E as fábricas estão tendo mais interesse em fornecer treinamento e informação, e as lojas cada vez mais receptivas.
Amaury Oliveira, diretor Executivo da Delphi Soluções em Produtos e Serviços para a América do Sul
João Conrado, gerente de Aftermarket da Sabó Varejo - Como fabricantes, nós precisamos respeitar todos os elos da cadeia e no varejo é onde existe entrega do nosso produto ao reparador, então para nós, é de fundamental importância, pois é nossa porta de entrada nas oficinas! Formador de opinião - Também muito importante e ampla, pois é junto aos balconistas que muitas vezes os reparadores procuram conselhos de qual marca ou peça aplicar. São eles que falam sobre nossa qualidade, atendimento e variedade.
Varejo - O varejo é de suma importância! É quem entrega nossa marca para o consumidor, seja ele aplicador ou dono do carro. Formador de opinião - Entendemos também a importância extrema do varejo na formação de opinião, pois muitas vezes é através da indicação do vendedor/ balconista que depende o êxito da venda de nossa marca. A Wega tem uma equipe ativa que efetua visitas aos varejos, nossa
Profissionalização - Esse também é um assunto que prezamos muito, pois a educação transforma! É através de uma profissionalização de qualidade que compreendemos melhor nosso mercado, adotamos melhores estratégias, conhecemos melhor os nossos clientes e enxergamos oportunidades, fazendo com que nossos negócios prosperem ainda mais.
que, claro, podem variar de acordo com a região do País.
Pulverização - Ela é fundamental, desde que também haja respaldo das distribuidoras e fábricas de fazer chegar o produto até eles. Para isso, depende-se de outros fatores igualmente como logística e oferta x procura sobre os produtos,
João Conrado
Amaury Oliveira Varejo - O varejo desempenha um papel fundamental para manter a cadeia de reposição de peças aquecida. Os varejistas oferecem ao consumidor (mecânicos e consumidor final) variedade e liberdade para escolher o melhor produto ou serviço, pelo melhor preço. Formador de opinião - O varejo é um grande influenciador junto ao reparador e ao consumidor final. Hoje, as iniciativas online de vendas de peças, por exemplo, são dominadas pelo varejo. O varejo acompanhou a mudança de comportamento do consumidor – que faz cada vez mais buscas online sobre peças e informações técnicas antes da compra – e atua como um dos principais influenciadores junto aos consumidores. Pulverização - Essa pulverização faz toda a diferença para a promoção de marca em nosso País. O varejista é hoje o grande promotor de vendas de tantas novas peças de reposição e tecnologias
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A SUPREMACIA DO VAREJO DE AUTOPEÇAS
CAPA
Profissionalização - O varejo dá passos importantes em termos de profissionalização. A presença no mercado online, por exemplo, é prova disso. Ainda existem importantes ações a serem tomadas, mas este é um segmento que vem crescendo e mostrando muito mais estratégia do que há cinco anos.
os que estão melhor estruturados buscam constantemente informações, inclusive em contato com as fábricas. Muitos estão na terceira geração, estudaram e aprenderam muito, colocando novas práticas nas empresas. A profissionalização está vindo com muita força e os varejistas que estão se destacando são os que têm mais ideias novas, mais estrutura e estão mais próximos às fábricas e aos distribuidores.
Cesar Nisch, gerente de Vendas - Brasil e América Latina IAM da Zen
Edison Vieira, gerente de Vendas e Marketing da Tenneco
para esta enorme variedade de veículos que temos em nosso mercado.
Varejo - O varejo tem grande importância no setor de autopeças. É por meio dele que o consumidor final tem acesso aos nossos produtos e, muitas vezes, vem a conhecê-los.
Cesar Nisch Varejo - Ele é um canal importantíssimo na definição de compras, principalmente no mercado mecânico, fazendo com que os produtos cheguem ao consumidor. Formador de opinião - O varejo tem relevância na definição da compra, muitas vezes o consumidor tem o seu veículo e não entende muito de reparação e vai acreditar no que o varejista passará para ele. É de fundamental importância a participação do varejo nessa formação de opinião sobre a marca, e ele que nos ajuda a colocar o produto no aplicador.
Formador de opinião - Sem qualidade, nenhuma marca se estabelece por tantas décadas. Mas é fato que o varejo auxilia muito nessa projeção. Como possui muito conhecimento, o varejista pode influenciar diretamente na decisão de compra do reparador e do consumidor final. Acreditamos que todas as cadeias do setor devem ser valorizadas. Somente com clientes qualificados conseguiremos levar até o consumidor final o nosso produto com excelência e qualidade. Pulverização - As lojas têm papel fundamental na disseminação das marcas. Sabendo disso, a Tenneco tem orgulho de ter um relacionamento sólido com diversas lojas do Brasil. Há mais de 20 anos o nosso programa Monroe Club, que possui mais de 2,2 mil estabelecimentos cadastrados, realiza premiações, treinamentos e dá todo o suporte necessário para auxiliar no crescimento dos negócios dos nossos parceiros por
Pulverização – Na cadeia, cada um tem a sua função bem definida. O fabricante investe em ferramental e produz o produto, que passa para o distribuidor, que não está em todos os locais devido à extensão continental do País, enquanto o varejo de autopeças, presente em todas as cidades, cumpre o papel de chegar ao consumidor, o que seria muito difícil sem esse canal. Profissionalização - Eu acho que melhorou muito a profissionalização do varejo nos últimos anos. É perceptível que
Edison Vieira
| BALCÃO | NOVEMBRO | AUTOMOTIVO DE 2017 | BALCÃO | NOVEMBRO | DE 2017 AUTOMOTIVO
Profissionalização - O mercado de reposição como um todo evoluiu muito nos últimos anos, buscando mais capacitação e conhecimento e o varejo seguiu esse movimento. O que observamos hoje, especialmente com os eventos do Monroe na Área é o grande interesse das lojas em aperfeiçoar seus atendimentos por meio da qualificação dos profissionais.
Profissionalização - Acho que é a vez do varejo! É seu grande momento agora. Vejo uma evolução grande, mas ainda falta muito. Disponibilidade de produto requer tecnologia e administração. Excelência no atendimento requer muito engajamento, dedicação e conhecimento, tanto comercial como técnico da equipe de vendas. Quem conseguir aliar e alinhar tudo isso, com certeza conquistará uma grande fatia de mercado e não a perderá mais!
Alfredo Bastos Jr., diretor Marketing da MTE-Thomson
Fernanda Silva, gerente de Vendas e Marketing da Honeywell Transportation Systems para a América do Sul
meio das nossas linhas de produtos.
de
Varejo - Por tradição brasileira, o segmento de varejo sempre se manteve muito forte, por diversos motivos, como a fuga das concessionárias após o encerramento do período de garantia por motivo de economia e, também, por fidelidade e confiança dos clientes às lojas ou oficinas próximas de seu endereço residencial ou profissional.
Alfredo Bastos Jr. Varejo - O varejo é fundamental! Não existe setor de reparação sem varejo de autopeças. Tanto pela sua capilaridade, quanto pela proximidade com o mercado consumidor final. É a forma como nós mostramos para o reparador e muitas vezes até mesmo para o dono do carro. Formador de opinião - Sabemos da força imensa dessa influência! Mas acho que o varejo precisa aprimorar esse elo, agregando maior valor e conhecimento sobre os produtos que comercializa. Seja de forma técnica ou comercial. Existe um espaço maravilhoso nessa área que precisa ser melhor explorado. Sem falar nas técnicas de vendas e relação com o cliente. Pulverização - Essa é a grande força do varejo, estar em todos os cantos do País, levando nossos produtos para todos os clientes! E aí que está o grande desafio das indústrias, para que todos esses pontos de venda estejam alinhados com a sua estratégia.
Formador de opinião - Marca é o símbolo, a alma da corporação responsável pelo produto e pela sua atuação no mercado, por intermédio da imagem de qualidade, durabilidade e confiança transmitidas aos consumidores ao longo de sua atuação no segmento. A marca de turbos Garrett está no Brasil desde 1976, quando a empresa decidiu instalar uma fábrica no País para contribuir com o fornecimento de turbos para os motores a diesel dos caminhões. Pulverização - A Garrett possui uma rede de distribuidores em todas as regiões do País que abastecem o mercado de reposição com a sua ampla linha de produtos para caminhões, ônibus, pick-
Fernanda Silva
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CAPA
A SUPREMACIA DO VAREJO DE AUTOPEÇAS
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ups e tratores. Também dispõe de uma eficiente rede de vendas e de serviços técnicos, com mais de 400 postos em todo o território brasileiro.
no varejo automotivo e seu objetivo de colaborar para a sua modernização, com serviços de padrão internacional e a oferta de inovações em produtos e serviços.
Profissionalização - A Garrett sempre aplicou a estratégia de alto nível de profissionalização de funcionários e profissionais das redes de distribuição, vendas e assistência técnica por entender que os benefícios aos consumidores que se dedicam ao transporte de bens movimentando a economia do País dependem de profissionais realmente especializados para atendimento com muita eficiência.
Pulverização - Hoje a revenda de autovidros conta com cerca de 5.000 pontos de venda no País e a missão da Autover Brasil é promover a elevação do padrão de qualidade por intermédio da rede de distribuição, vendas e serviços em todo o território brasileiro e, para atingir os pontos mais remotos do País, estabeleceu centros de distribuição em pontos estratégicos.
José Carlos Secco, representante da Secco Consultoria de Comunicação, assessoria de imprensa da Saint-Gobain Autover Varejo - O setor de varejo de autopeças sempre foi muito forte no Brasil, por diversos motivos, e também sempre teve papel fundamental na construção da imagem das marcas. Pela importância que atribui ao mercado
José Carlos Secco brasileiro de varejo de autopeças, a SaintGobain Sekurit implementou no País a divisão Saint-Gobain Autover, lançada internacionalmente como modelo de eficiência no atendimento às necessidades dos consumidores, com atendimento dedicado à reposição. Formador de opinião - A marca SaintGobain é reconhecida pela qualidade e inovação no mercado mundial de vidros automotivos, responsável pelo lançamento de diversas novas tecnologias. Com a criação da rede Sekurit Partner, a Saint-Gobain Autover demonstra o foco
Profissionalização – O setor de reposição está cada vez mais profissional em busca de novas tecnologias de produtos, sendo fundamental para o melhor atendimento das necessidades e desejos do consumidor brasileiro. E ele deve se preparar para uma mudança no perfil do cliente. Ele busca mais informação, tem pouco tempo disponível, pesquisa preços e comodidade, e está cada vez mais aberto para compras e atendimento por meio de plataformas digitais.
Décio Bubiniak, diretor Comercial da Eletropar Autopeças
Décio Bubiniak Varejo - O varejo tem fundamental importância para o mercado, ele faz a ponte entre indústria/distribuição e consumidores/aplicadores. E o nosso perfil de trabalho é estabelecer parcerias, estando sempre próximo para entender as demandas e auxiliar nas soluções. Dessa forma acreditamos que potencializar os negócios seja apenas a consequência de uma parceria sólida e eficaz.
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CAPA
Formador de opinião - Pensamos que os varejistas têm total influência sobre quais marcas podem ser mais comercializadas na ponta, para auxiliar nesse momento de decisão, eventualmente fazemos eventos que trazem informações técnicas e comerciais das linhas que comercializamos em parceria com nossos fornecedores, assim cria-se um ambiente mais favorável e com mais oportunidades aos consumidores finais.
A SUPREMACIA DO VAREJO DE AUTOPEÇAS
e preparado. As empresas têm acesso a muito mais informações e a proximidade e parcerias com os fornecedores auxiliam a entregar um atendimento melhor e também de maneira mais profissional.
José Augusto Dias, diretor Comercial da distribuidora Odapel Varejo - O varejo é quem atende o nosso cliente final, é parte fundamental de todo
Pulverização - As pequenas e médias empresas têm papel fundamental para levar as soluções aos consumidores e estar mais próximos deles, quando pensamos em abrir uma nova unidade avaliamos vários indicadores, dentre eles, a demanda e potencial nesse canal. Eles somam uma parte muito importante do negócio e nos levam, na ponta de vendas, às mãos do consumidor. Profissionalização - Além de o varejo estar bastante expandido, de um modo geral, ele é muito organizado, dinâmico
José Augusto Dias
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o processo da cadeia de comercialização. É ele quem faz a ligação entre a marca do fabricante e o cliente final. Dentro da cadeia, o varejo é tão importante quanto a fábrica, sem ele a venda se tornaria mais difícil ao consumidor, pois o varejo tem um atendimento personalizado e cativante. No caso do distribuidor, é importante que esteja próximo aos seus clientes, tenha como principal função um estoque variado, para atender com rapidez e agilidade toda necessidade do cliente varejista com um serviço de alta performance. Formador de opinião - O balconista exerce muito a questão do conhecimento técnico e também cria uma confiança com o cliente que está acostumado a comprar com ele, o que cativa e fideliza. Historicamente, é mais fácil vender marcas tradicionais, porém, hoje em dia existem marcas intermediárias com a mesma qualidade. E o balconista é quem dissemina as informações sobre marcas e
produtos junto aos seus clientes. Pulverização - Para a linha pesada não há um universo tão grande de lojas como para a linha leve. E o que temos percebido nos últimos anos é que está havendo uma centralização maior em alguns varejos que trabalham bem focados a linha pesada, oferecem variedade de produtos e informatizam seu estoque de forma mais regulada mediante à demanda do seu mercado, ou seja, o varejo que consegue atender bem o seu cliente. Profissionalização - A profissionalização do varejo passa pela informatização, organização logística e um bom atendimento. O que não significa apenas preço, mas a experiência do vendedor em atender ao cliente como um consultor, entendendo o que ele precisa de forma que ele não tenha que voltar à loja por ter deixado de adquirir algum item complementar à sua principal compra e que seja fundamental para o reparo completo do veículo.
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A SUPREMACIA DO VAREJO DE AUTOPEÇAS
CAPA
Armando Diniz, diretor de Operações Comerciais nas Divisões DPK AutoZ e Maxxitrainning
Armando Diniz Varejo - A importância da rede de varejo de autopeças está no fato de que existe uma necessidade logística de rapidez na disponibilidade do produto e de atender o suprimento dos mecânicos para os mais de 5.500 municípios.
Formador de opinião - Diferente do mecânico, o consumidor final, na sua grande maioria, não tem conhecimento técnico para fazer a escolha do que deve comprar sob o olhar da qualidade; a decisão está em preço e conhecimento da marca. Já o reparador preocupado com a qualidade do serviço e a garantia que deverá dar faz a opção por melhores produtos. Pulverização - O varejo, conforme já afirmei, é o responsável para que o negócio de reparação de veículos funcione. Ninguém quer que seu carro fique parado por mais de um dia, e estar perto do mecânico e disponibilizar os produtos necessários para este reparo de forma eficiente é o papel de toda a cadeia: fornecedor, distribuidor e varejo. Profissionalização - A informatização, a automatização, os sistemas online e os catálogos eletrônicos já fazem parte do dia a dia do novo varejo, bem como
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uma nova geração que está surgindo na gestão dos negócios da revenda e reparação de veículos.
Rogerio dos Santos Cardoso Junior, gerente Comercial da Furacão
Rogerio dos Santos Cardoso Jr Varejo - No Brasil, a maior parte do varejo é constituída por empresas
familiares, com clientela fiel e gerida por bom relacionamento. Ao longo dos anos, a evolução tecnológica tem mudado o perfil do consumidor, que agora pesquisa preços facilmente e, por vezes, acabam gerando indagações genéricas ao aplicador ou revendedor, pois não conhece a procedência e a qualidade do produto. Neste contexto, o varejo continua sendo de suma importância para o setor, pois além de estar melhor preparado tecnicamente, atende com capilaridade a maior parte do território nacional. Formador de opinião - Os varejistas sempre foram formadores de opinião, e o fabricante historicamente teve o papel de trazer informação por meio do distribuidor ou diretamente no PDV. E muitos fazem um excelente trabalho de campo no varejo e aplicador. Vimos nos últimos anos nossa frota se diversificar demasiadamente, o que levou o mercado de reposição a adaptar sua gama de
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CAPA
produtos para atender essa demanda e os varejistas também vêm se adaptando e informatizando para poder gerir e atender ao novo cenário. Pulverização - Com a recessão do País nos últimos tempos, vimos uma corrida das empresas para redução de custos e grande parte do varejo começou a trabalhar a venda casada com mais intensidade. Desde a implantação da substituição tributária, grandes distribuidores vêm abrindo filiais para manter seus preços competitivos no mercado, porém, esse nunca foi nosso único propósito, sempre acreditamos na necessidade de estar próximo ao cliente para atendê-los com agilidade. Profissionalização - O mercado tem se adaptado bem às novas tecnologias e levando em consideração que grande parte é formada por empresas familiares, aposto nas novas gerações para ajudar
A SUPREMACIA DO VAREJO DE AUTOPEÇAS
a profissionalizar as empresas. Se observarmos onde estávamos há 20 anos e onde chegamos, não vejo como não ficar otimista e acreditar num varejo cada vez melhor.
Ana Paula Cassorla, diretora da Pacaembu
Varejo - As lojas de autopeças têm um papel muito importante para o setor. São elas as responsáveis em fazer chegar às mãos dos mecânicos e ou consumidores finais as peças, acessórios e equipamentos necessários para a manutenção e reparação dos veículos. Além de terem um papel importante na divulgação de novos produtos, financiamento da venda, orientação e esclarecimentos de dúvidas dos clientes. Formador de opinião - Os vendedores dos varejos normalmente recebem treinamentos técnicos comerciais, orientações e informações de produtos e suas garantias, como também conhecem os fabricantes, sabem por experiência quem são os fabricantes originais. Com todo este conhecimento que recebem dos fabricantes e dos distribuidores, eles conseguem levar estas informações até o consumidor final e o reparador.
Ana Paula Cassorla
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Pulverização - A pulverização de varejos e filiais de distribuidores facilitam e permitem a agilidade na distribuição das autopeças. Diminui o tempo, a distância e a disponibilidade entre a fabricação e o consumo. Sem esta pulverização, com certeza as dificuldades em encontrar as peças e a manutenção dos veículos seriam muito grandes. Profissionalização - O varejo de autopeças vem se profissionalizando, muitos hoje têm ciência desta necessidade e muitos já se movimentam neste caminho. Mas este tema é complexo e ainda há bastante para se evoluir quanto à profissionalização. Precisamos ficar atentos com a origem dos produtos, alguns varejos insistem em comprar de fontes não originais, informais e acabam por cair nos produtos falsificados, roubados, fragilizando a imagem das lojas de autopeças.
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DE BALCÃO PARA BALCÃO
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MUDE A SUA VIDA E CONQUISTE SEUS SONHOS! | P O R: S I M O N E K Ü H L | F OTO S: D I V U LG AÇ ÃO
Descubra novos rumos para a sua vida através da transformação de pensamento e atitude
V
ocê já passou problemas que o fizeram perder o controle de sua vida e trouxeram sofrimento e insegurança? Viveu alguma situação extrema e percebeu que era o momento de mudar as suas atitudes? Já se sentiu fragilizado e sem enxergar o real sentido da vida? Se as respostas para essas perguntas forem sim, Eduardo Shinyashiki, mestre em neuropsicologia, liderança educadora e especialista em desenvolvimento das competências de liderança organizacional e pessoal, comenta que esse é o momento de repensar a maneira como enxerga a vida e enfrenta os seus desafios para conseguir visualizar um novo horizonte. Um estudo elaborado pela Universidade Stanford, na Califórnia, desmente o fato de que uma experiência traumática provoque a redução do tempo de vida do ser humano. Na verdade, o que pode interferir na existência de cada um é o como enxergar as dificuldades. A pesquisa sugere ainda que, se o indivíduo encontra um significado para o ocorrido e restabelece um senso de segurança, geralmente prolonga a sua vivência e com qualidade. Já as demais pessoas, acumulam sentimentos ruins e adotam comportamentos não saudáveis a partir dos empecilhos. É preciso compreender que o único responsável pela sua vida é você mesmo. “Por isso, busque o que faz sentido para ela. Só assim é possível alcançar os seus objetivos, sejam eles físicos, mentais, espirituais ou até mesmo materiais. Quando entendemos o porquê de nossa existência e definimos uma meta a ser alcançada, a sua história passa a ter mais sabor. Somos capazes de desenvolver a autoestima e também alcançar a felicidade com nossos próprios valores e prioridades”, pontua. “Portanto, pare por um momento e reflita se está plenamente satisfeito consigo mesmo ou se é chegada a hora de realizar algum grande feito. Procure descobrir o que realmente te traz felicidade. Nesse pensamento, é importante não duvidar de sua capacidade e habilidades pessoais. O homem já alcançou conquistas incríveis que jamais teriam ocorrido se não acreditasse de fato na sua vitória. Assim, transforme os seus objetivos em resultados extraordinários”, completa.
Reveja sua realidade! Para o especialista, a forma de perceber a vida está ligada aos ‘filtros’ que cada um estabelece ao longo de sua trajetória. “Por exemplo, se uma pessoa é tímida e vai para uma reunião já com essa percepção, e começa a se sentir nervosa, os resultados não serão bons, mas se ela vai para a reunião com o intuito de encantar, de dar o seu melhor, com certeza os resultados serão melhores”. Desta forma, é preciso que cada um enxergue a sua realidade como uma oportunidade e não uma ameaça, o jeito que as pessoas irão encarar o seu dia a dia fará a diferença para a conquista de seus objetivos. “Mude os ‘filtros’ da sua vida para chegar onde deseja”, emenda. Além disto, o momento de autorreflexão e meditação ajudará a entender as reais necessidades. “Pare por um momento e reveja sua vida sem julgamentos, amplie sua percepção da realidade e observe o que precisa ser feito para se tornar uma pessoa melhor, um amigo melhor, um profissional melhor, e comece a partir daí a mudar suas atitudes. Tome o controle de sua vida e faça o necessário para viver sua vida de uma forma melhor”, ressalta.
Faça acontecer! Há 15 anos na área de vendas, Cicero Sousa Santos, da Jaicar Auto Peças, de Goiânia (GO), conta que sempre teve muita facilidade no contato com os clientes, o que fez com que se identificasse rápido com a função de balconista. Para o futuro, o plano é continuar a aprender. “Sigo a minha jornada de aprendizado, buscando sempre novos conhecimentos e aplicando no dia a dia na hora da venda. Pretendo me especializar cada vez mais e chegar à gerência de loja. Também sou muito preocupado com as abordagens na hora da venda, qualidade e quem sabe um dia eu possa palestrar sobre qualificações em atendimento”. E para isto acontecer, ele tem buscado por formação em gestão de vendas, além de estar sempre antenado a novas abordagens e produções sobre atendimento. Pela minha experiência, observo muito o cotidiano nas vendas, faço sempre anotações a respeito dos pontos de melhorias e ideias para levar adiante”, informa.
Eduardo Shinyashiki, Mestre em Neuropsicologia
Já Francisco Carlos Pasian, da Alvorada Auto Peças, de Curitiba (PR), que está no ramo há 29 anos, conta que a paixão por peças de carro o motivou a entrar nesse setor e começar a trabalhar como balconista. “Quando penso nos sonhos que pretendo realizar, vou a passos curtos, eu vejo muita deficiência de bons profissionais, por isso quero continuar sempre me capacitando e não me vejo mudando de segmento”, diz. Neste sentido, o balconista está sempre participando de treinamentos e visitas a fábricas, promovidas tanto pela autopeça, quanto pelas fabricantes, além disto ele deseja no próximo ano realizar uma viagem ao exterior. “E para isso acontecer é preciso planejamento e muito trabalho, o que já estou fazendo agora”, adianta.
Cicero Sousa Santos, da Jaicar Auto Peças
Francisco Carlos Pasian, da Alvorada Auto Peças
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DE BALCÃO PARA BALCÃO
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7 DICAS PARA MUDAR DE VIDA, DA PSYCHOLOGY TODAY 1. Lugar de passado é no passado:
realizar seus objetivos e se sentir melhor.
É realmente difícil avançar e ter um futuro melhor se sua cabeça vive ocupada com coisas do passado. Você errou lá atrás? Tudo bem, todos se equivocam. O que não dá é para viver remoendo aquilo que não saiu como o esperado e se culpar eternamente por isso. Nem sempre as coisas saem do jeito que esperamos, e, quando não tem como remediar a situação, o negócio é aceitar e seguir em frente.
4. Descubra o que faz com que você se sinta vivo:
2. É preciso ver as coisas de uma maneira diferente: Deixar o passado para trás é o primeiro passo para conseguir enxergar o agora de uma forma diferente e, a partir disso, conseguir agir e mudar. Uma boa maneira de encontrar oportunidades na fase atual é buscar meditar e passar um tempo sem a companhia de ninguém. Se for possível, faça uma pequena viagem ou encontre um jeito de pausar a sua rotina e se distanciar do seu momento presente. Essas pequenas atitudes podem ajudar você a enxergar novos pontos de vista e entender que um futuro melhor é possível. 3. Fazer pequenas mudanças é necessário: Quando modificamos nossa vida em algum aspecto, nosso cérebro fica mais ativo e criativo, e para isso é preciso pouco: vale desde mudar a decoração da sua casa até fazer outros trajetos na hora de ir para o trabalho. Buscar conhecer novas pessoas, novos lugares, novos sabores e novas possibilidades é fundamental, pois essas transformações, ao longo do tempo, tendem a fazer com que você consiga
A dica aqui é não resumir a sua vida ao seu trabalho. Você pode até amar muito aquilo que faz para ganhar o pão de cada dia e isso é ótimo, mas é preciso ir além e se perguntar o que é que faz com que a sua vida valha a pena. Nesse sentido, falamos de atitudes que proporcionam a sensação de satisfação pessoal mesmo, como quando você faz um trabalho voluntário e sente que cresce como ser humano. Se sua vida não parece inspirar você como indivíduo, é preciso mudar e se perguntar o que é que está faltando. O que faz você feliz? Quais foram as coisas mais fantásticas que você já fez na vida? Quais são as coisas mais legais da sua existência agora? Quando foi a última vez que você se divertiu para valer? Quem inspira você? No que você é realmente bom? 5. Acreditar em si mesmo é fundamental: Se nem você se dá crédito, por que as outras pessoas deveriam? Não tenha medo de sair da sua zona de conforto nem de valorizar seus pontos positivos ou de reconhecer os seus negativos. O que importa aqui é saber das suas muitas capacidades, ainda que por trás delas exista medo e insegurança. Para acreditar em si mesmo é preciso desenvolver o autoconhecimento, e isso acontece por meio da observação. Vale perceber aqui quais são as suas reações diante de determinadas situações e, a partir disso, trabalhar em cima daquilo que pode ser
aprimorado: em vez de dizer “eu não consigo”, prefira “eu não posso fazer isso agora, mas vou aprender a realizar essa tarefa para dar conta dela no futuro”. Para melhorar sua autoconfiança, anote as coisas que deram certo na sua vida graças ao seu esforço – você vai ver que a lista é maior do que você imaginava. 6. Sabe a esperança? Que tal dar uma chance a ela: Decepções e erros do passado podem fazer com que uma pessoa deixe de ter esperança em um futuro melhor, e isso é bastante perigoso. É ela que nos dá a motivação necessária para erguer a cabeça e tomar atitudes para mudar, então é essencial não deixar que a esperança vá embora de vez só porque algo não deu certo. Tente meditar, ler e orar (caso você tenha fé espiritual) – essas são atitudes que nos ajudam a deixar o pessimismo de lado. Vale lembrar que a esperança não é permanente e que a busca por ela deve ser constante. 7. Talvez seja necessário pedir ajuda profissional, e não há nada de errado nisso: Nem sempre conseguimos alterar padrões negativos de pensamentos e, consequentemente, de atitudes. Nesses casos, quando a mudança parece impossível mesmo depois de tentar as dicas anteriores, é perfeitamente normal buscar ajuda psicológica para, dessa forma, encontrar meios de promover as modificações necessárias. O ato de pedir auxílio é, muitas vezes, o primeiro passo para uma vida mais harmoniosa e com mudanças positivas.
INDICATIVOS
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ÍNDICE DE DESEMPENHO
do varejo automotivo | P O R: S É R G I O D U Q U E*
* Economista, pós-graduado em Marketing e professor universitário. Há 30 anos atua no mercado de reposição de autopeças
A ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE SÃO PAULO DIVULGOU, NO FINAL DO MÊS DE OUTUBRO, QUE SE DEVE ESPERAR UM FINAL DE ANO BOM PARA O COMÉRCIO EM GERAL, POR CONTA DE VÁRIOS FATORES.
Q
ue o segmento varejista está conseguindo obter resultados melhores, não há dúvidas. Tanto é verdade que os indicadores já apontam números mais expressivos, embora longe de serem ideais. As estimativas apontavam que em outubro os resultados poderiam ser menos favoráveis. Porém, esse fato não ocorreu, por conta de alguns fatores que, em conjunto, contribuíram para o resultado, entre eles a redução dos juros, à elevação dos prazos de financiamento, ao aumento da renda das famílias, em decorrência da queda da inflação, à sensível redução do desemprego e ao efeito positivo da liberação dos saldos inativos do FGTS. Felizmente os resultados do varejo automotivo para o acumulado do ano sinalizam de forma nítida a forte tendência de recuperação do setor, que deverá ser cada vez mais significativa, em linha com a continuidade da redução dos juros por parte do Banco Central e com a recomposição do poder de compra das famílias, tanto pela forte desaceleração da inflação, como pelo início da retomada dos empregos formais.
decidiu pela redução da taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual, para 7,50% a.a. Bom para o mercado.
se concentram no acompanhamento da pesquisa ampliada, com foco de atenção apenas para o varejo de peças e veículos.
Abaixo, o quadro do IBGE que mede a variação do varejo ampliado em agosto:
O mesmo raciocínio deve ser empregado para analisar o quadro abaixo, quando se isola o setor de varejo relacionado direto ao segmento automotivo.
AGOSTO - 2017
E o que esperar para o mês de novembro? A ACSP (Associação Comercial de São Paulo) divulgou, no final do mês de outubro, que se deve esperar um final de ano bom para o comércio em geral, por conta de vários fatores. O próprio Índice de Expectativa do Consumidor medido em setembro pela IPSOS, com base em entrevistas realizadas em todo o País, já dá mostras dessa intenção, com recuperação de 64 pontos para 71, com tendência de crescer ainda mais nos próximos meses. Desde julho de 2015, quando o INC ficou abaixo de 100 pontos pela primeira vez, o indicador não conseguiu retornar ao campo positivo.
(1) Base 2014 = 100. (2) Índice mês a mês = igual ao mês do ano anterior.
(3) Índice acumulado = (a) no ano igual ao mesmo período do ano anterior; e (b) compara acumulado no período de 12 últimos meses, em relação ao mesmo período do ano anterior.
O ministro Meirelles garantiu que o ciclo da recessão no País já se encerrou e agora o caminho será o crescimento. O PIB deve ser mesmo positivo em 0,75% até o final do ano, a inflação deve ficar na faixa de 3,0% e a base de sustentação da política econômica está pelo menos garantida, com a permanência do governo Temer até final do mandato em 2018. Isto é, a política, por mais que não se queira, deverá atrapalhar um pouco, mas nada que reverta a expectativa do mercado.
Todas as regiões brasileiras tiveram índices melhorados em relação ao mês anterior, reduzindo déficit comparativo aos períodos analisados. O País no geral passou de 86,1 para 88,5, ou seja, consumiu 11,5% (diferença de 88,5 e 100) menos do que no mesmo período de 2014. Entre as regiões da federação, a que apresenta o melhor desempenho no acumulado do ano é a Sul, com 92,4, seguida de perto pela região norte que obteve o índice de 89,2. As demais regiões reagiram bem no mês de agosto e iniciaram setembro com tendência de alta.
Considerando o cenário básico, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom
A Pesquisa Mensal do Comércio, que é efetivada pelo IBGE, mede todos os setores do comércio. Entretanto, nossos cálculos
Nota-se que a variação no mês de agosto foi de 2,8% positivo e 13,8% no ano, enquanto todos os setores cresceram apenas 0,1% e 1,9%, respectivamente. Porém, a interpretação sofre uma reversão se o confronto envolver o período de 12 meses, pois enquanto o varejo ficou 1,6% abaixo o segmento automotivo ainda deve 5,1%.
Fonte: ACSP – estudos Ipsos
O grande destaque foi o crescimento na confiança entre os consumidores da classe A/B. “Por ser a classe que tem o maior poder aquisitivo, ela pode impulsionar as vendas de fim de ano, já que esses consumidores compram itens de maior valor”, comenta Alencar Burti, presidente da ACSP.
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VAREJO
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PRPK HÁ 40 ANOS OFERECENDO TUDO EM UM SÓ LUGAR! Paulo Afonso, fundador da autopeça, conta como começou o negócio e a transição da direção do varejo para os seus três filhos P O R: S I LV I O R O C H A | F OTO S: D I V U LG AÇ ÃO
S
e tornar uma empresa sólida com 40 anos nos dias de hoje não é fácil, mas Paulo Afonso Lopes Calvo provou que com muito trabalho, foco e dedicação é possível abrir um negócio e deixar um legado de sucesso aos seus filhos. E com essa base foi construída a PRPK Auto Peças Ltda., que traz em seu nome as iniciais da família que dirige o varejo, P do fundador Paulo Afonso, R da filha mais velha Renata, P do caçula Paulinho e K da filha do meio Karina. Hoje a PRPK é referência no mercado de peças automotivas, pois abriga em seu portfólio todas as marcas de veículos, independentemente da idade do carro, seja nacional ou importado, e segundo o fundador, caso a empresa não tenha a peça em estoque, eles vão atrás do produto para atender o cliente.
Fundação e crescimento no setor Paulo Afonso conta que entrou no setor automotivo ainda muito novo, de oito para nove anos de idade. Aos 25, saiu do emprego na Alcarpeças e abriu sua primeira loja de autopeças, tornando-se empresário. “Eu trabalhava até às 18h30 no varejo e depois até a meia noite como taxista. Depois de muito trabalho, consegui comprar a autopeça Visani & Visani e renomeei para Afonso & Afonso, depois mudei o nome para Palcar e, em seguida, para PKR”. No início, Paulo tinha uma rotina pesada de trabalho, das 7h45 às 22h00. “Trabalhei por 21 anos aos finais de semana, feriados, natal e ano novo. Tive um grande amigo que me ajudou muito, o Roberto, da Tateno Autopeça, que me orientou e mostrou o mercado”. A inserção de seus filhos no negócio começou com Paulinho, que com 14 anos já trabalhava PKR, depois veio Renata e, em seguida, a Karina. Após 17 anos, o fundador decidiu que era hora de expandir o negócio e orientou os filhos a adquirirem a Tateno Auto Peças, para que pudessem seguir adiante com a tradição da família no ramo. Hoje, Paulinho é diretor da empresa e suas irmãs cuidam da administração do negócio, já seu pai atua somente na área de compras. “Futuramente pretendo me aposentar para ter mais tempo livre e viajar com a minha esposa”, revela.
Filhos na direção Para Paulo Afonso Pires Calvo, conhecido como Paulinho, que começou no negócio desde cedo, o pai é seu grande exemplo. “Brinco que nasci dentro da autopeça, pois desde pequeno eu brincava com peças e ficava aqui. Meu pai é meu ídolo, quero dar sequência ao trabalho maravilhoso que ele fez, seguir seu exemplo e fazer sempre o meu melhor”, ressalta. Ele também comenta que tem planos de um dia inserir seu filho no negócio. “Tenho um menino de seis anos e ele já gosta muito desse ambiente”, emenda. Karina Pires Calvo também reforça que o pai é um grande exemplo de vida e superação. “Ele nos ensinou que é necessário muito foco, determinação e, principalmente, muito trabalho para se conquistar qualquer coisa na vida. No segmento de autopeças, ele é a nossa grande inspiração e nos transmite preciosas lições sendo a principal de que devemos comprar bem e garantir que tenhamos a maior diversidade possível de peças para que o cliente se sinta seguro em nos procurar e possamos fazer jus à nossa famosa frase: ‘Vai na PRPK que lá tem’”, frisa. Já Renata Pires Calvo Dias conta que a estreia de seu pai como dono de autopeças foi ao mesmo tempo em que se tornou pai pela primeira vez, sendo motivo de grande alegria e de muita preocupação também uma vez que eram dois grandes passos na vida de um homem. “Com muita dedicação e competência do meu pai, ele se tornou uma grande referência no mercado e é a nossa maior inspiração de vida. Tenho muito orgulho de fazer parte dessa história, junto com meus irmãos Paulinho e Karina, de tudo que nosso pai construiu e desejo que tenhamos muitos aniversários para comemorar”, enfatiza. “Estamos muito felizes com este marco, afinal é muito difícil permanecer 40 anos no mercado. A PRPK é dirigida pelos três irmãos e conta com a preciosa colaboração e orientação do meu pai que com seu vasto conhecimento nos auxilia na condução da empresa. Quando me perguntam se trabalhar em família é difícil, respondo que não, pois todos temos a consciência de que o segredo para
| Paulo Afonso entre seus três filhos: Karina, Paulinho e Renata
estarmos em harmonia é o respeito, já que ninguém faz nada sozinho. A PRPK é um exemplo de que família que trabalha unida, permanece unida e cada vez mais forte. Temos muito orgulho do que construímos tanto como família quanto como empresa”, completa a filha do meio. Por seu um negócio de família, Paulinho ainda menciona que sempre nos almoços e reuniões de casa a autopeça é lembrada. “No entanto, buscamos manter as decisões e resolver o que é preciso sempre no horário de trabalho, conseguimos separar bem as coisas”, avalia.
Investimentos e projetos Com tanta variedade de montadoras e veículos, o fundador alerta que para entrar nesse mercado é preciso ser segmentado, pois para consolidar o negócio multimarcas é necessário muito trabalho e conhecimento do setor. “A PRPK pretende continuar nessa linha de vendas multimarcas no balcão e telemarketing. Trabalhamos com três públicos hoje: o mecânico, o consumidor e os centros automotivos, e cada um demanda um tipo de atendimento e peças diferentes”. E para atender essa grande demanda e garantir um amplo estoque de peças importadas e nacionais, a PRPK inaugurou um Centro de Distribuição que já está em operação e objetiva otimizar as compras e vendas. Além disso, está em curso a reforma do antigo ponto onde se localizava a PKR para a abertura de uma filial da PRPK.
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MERCADO
| |BALCÃO BALCÃOAUTOMOTIVO AUTOMOTIVO| |NOVEMBRO NOVEMBRODE DE2017 2017 | |
COMO PLANEJAR
SUAS AÇÕES PARA 2018? ESPECIALISTA ORIENTA COMO REALIZAR O PLANEJAMENTO, ALERTA PARA ERROS COMETIDOS E DÁ DICAS PARA NÃO ESTOURAR O BUDGET DA EMPRESA P O R: K A R I N F U C H S | F OTO: D I V U LG AÇ ÃO
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ais um ano está no fim e este é o momento em que as empresas fazem o seu planejamento para o próximo, incluindo as verbas de marketing e divulgação, lembrando a velha frase que diz: quem não é visto não é lembrado. E quem dá as dicas para uma correta programação é o sócio-diretor da Prosphera Educação Corporativa, Haroldo Eiji Matsumoto. A começar pelos critérios para se estabelecer um planejamento para o próximo ano, diz ele: “há ferramentas que ajudam a organizar a programação das empresas, além de servirem para controles e acompanhamentos. Podem ser desde simples planilhas a softwares, elaboração de um plano de negócios e projeções financeiras para se ter bem claro onde e como será investido o capital para que os estabelecimentos de parcerias e vendas sejam próximos ou tão bons quanto projetados”. Ele destaca que é fundamental analisar os históricos de vendas de 2016 e de 2017, analisar as situações externas e internas por período para que se possa prever quais dessas se
Frequência
Haroldo Eiji Matsumoto, sócio-diretor da Prosphera Educação Corporativa
repetirão e quais foram pontuais, locais. “Em função dessas análises, o empreendedor/gestor poderá definir quais estratégias, produtos, preços e margens, campanhas, etc.”, acrescenta. E, ainda, “é importante analisar os históricos de vendas, tendências, o que pretendem vender, projetar um possível lançamento de produto/ serviço e avaliar se houve uma situação do gênero no ano que possa ter impactado as vendas, contatar fornecedores e definir o que comprarão, estimar pedidos, cotar, iniciar estimativas e negociações”.
Matsumoto orienta que avaliar o planejamento e corrigir rota é algo que deve ser feito com frequência. “Porém, isso vai variar de acordo com cada negócio e área de atuação. Há empresas que adotam avaliação e revisão mensais, outras que fazem por trimestre. Quanto menor o intervalo de tempo, maior a disciplina necessária para colocar planos em execução”. Sobre indicadores para avaliar resultados, o especialista afirma: “entendo ser importante avaliar relatórios contábeis, EBTIDA, que mostram a performance operacional da companhia e se o faturamento é suficiente para pagar investimentos, despesas, gerar caixa e lucro aos sócios, avaliar se a margem de receita bruta é boa”. Como também, “se é necessário aumentar o preço do produto, se a tributação é adequada à empresa, se as compras acontecem com bom preço, se é necessário trocar fornecedor, se a
equipe é enxuta ou inchada demais, se o aluguel pago é muito caro, se o plano de investimentos está adequado, se os juros pagos em possíveis dívidas são justos, etc.”
Ponto de atenção Na opinião de Matsumoto, não lidar com dados, mas com estimativas irreais é um fator que desfavorece o planejamento e vai afetar a execução do mesmo bem como a definição de metas. “Praticando o contrário, ou seja, adotando um processo de gestão baseado em dados reais do negócio, transforma o trabalho em algo que estimula, motiva o encontro de soluções, decisões rápidas e positivas”. Ele explica que o planejamento serve de roteiro para execução e avaliação de cada etapa, ajustes e melhorias. “Porém, ainda é muito comum, no varejo, haver empresários que não programam, que agem por impulso ou 'feeling', outros que planejam, mas não executam o programado, não acompanham e tomam decisões da mesma forma (por impulso ou ‘feeling’”.
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MERCADO
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COMO PLANEJAR SEU
NEGÓCIO PARA 2018 Verbas de marketing Também importante no planejamento é a verba de marketing, onde a empresa irá investir para chegar ao seu público-alvo e estar sempre presente na memória do seu consumidor. “Entendo que para programar a verba de marketing é importante fazer um estudo, definir quais são as ferramentas que serão utilizadas, se marketing digital ou publicidade convencional”, afirma Matsumoto.
tudo deve estar dentro de um plano de marketing, justificando porque determinada mídia foi escolhida, qual público vai atingir e o retorno esperado... Haroldo Eiji Matsumoto, sócio-diretor da Prosphera Educação Corporativa
Segundo ele, “tudo deve estar dentro de um plano de marketing, justificando porque determinada mídia foi escolhida, qual público vai atingir e o retorno esperado. Sempre que se investe em mídia, a primeira vez acaba por ser uma surpresa, o investimento pode atingir e superar a meta como não. Porém, só vamos saber investindo. Por isso, é importante fazer estudos de alcance, de frequência e impacto – que são aprendidos em propaganda e marketing – para saber se aquela mídia é realmente importante para a estratégia”. Posteriormente, é importante mensurar. “Isso significa avaliar e entender qual tipo de mídia está trazendo potenciais clientes ou os clientes efetivamente. Se for da propaganda, preciso ver se a marca foi lembrada. Se for do marketing digital, tenho como saber como as vendas foram convertidas. Feito esse estudo, é possível investir mais verba nas mídias que geram mais retorno positivo. Essa avaliação deve ser feita de maneira contínua para que os investimentos sejam sempre assertivos”, conclui.
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DA PILHA A BATERIA AUTOMOTIVA A história de superação de Renata Silveira e de sua autopeça | T E X TO: R E DAÇ ÃO | F OTO S: D I V U LG AÇ ÃO
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undada e administrada por Renata Silveira, em outubro de 2017, a Silveira Auto Peças completou 8 anos de história. Atualmente o varejo vem ganhando grande espaço no mercado de reposição de peças automotivas em Sergipe graças à determinação e trabalho de sua fundadora e equipe.
Trajetória Aos seis anos de idade, Lourdes Candido da Silveira, nome de batismo de Renata, foi para São Paulo morar com seus tios, que trabalhavam nas feiras em São Paulo, e Renata desde muito nova já trabalhava. Aos 14, conquistou sua primeira casa na roça. Casou-se com o Marcelo, pai de seu primeiro filho Samir (hoje vendedor no balcão da Silveira), e alguns anos depois foi morar em Aracaju (SE). Em Aracaju começou comprando um caminhão, mas como não dirigia teve problemas com motoristas e não tinha lucro em razão da manutenção dos caminhões. Com isso, vendeu o caminhão e investiu em imóveis e táxis, que também não davam lucro. Separada, conheceu o pai de sua filha Samira e decidiu investir no segmento de autopeças. No entanto, seu primeiro desafio foi o fato de ser mulher em um mercado
masculino. Em agosto de 2009, fundou a Silveira Auto Peças, que no início tinha um espaço físico pequeno, uma equipe de duas pessoas, Renata e Carlos Henrique, hoje gerente da loja. No início ela lembra que ficava sentada na porta da loja esperando um cliente, hoje a realidade é outra. Ela nos conta que sempre atendeu no balcão e que talvez este seja um dos diferenciais de seu varejo, além da variedade e do preço justo.
Crescimento no setor Com o crescimento da Silveira Auto Peças, Renata vem buscando adequar-se ao mercado. Desde 2015, iniciou sua expansão, com a ampliação do estoque e a construção de um andar superior. Em 2016, começou um trabalho de marketing em redes sociais e também investiu em seu portfólio, trazendo para o balcão novas marcas, com isso ampliou sua equipe e investiu cada vez mais em seu crescimento. Além disso, investe em palestras durante o ano todo. Em 2017, dedicou-se ao marketing em redes sociais e criou o projeto TECMEC da Silveira, desenvolvido por sua colaboradora Barbara Lamanna. Neste ano, expandiu ainda mais, comprou o prédio ao lado para construção de seu
Renata Silveira, da Silveira Auto Peças auto center, que hoje conta com um espaço de quase 2 mil m2, uma equipe de 20 colaboradores, sendo três motoboys. Renta adianta que quando a obra estiver concluída o varejo irá gerar emprego e renda, além, é claro, de lucratividade, pois será o primeiro auto center do Estado a ter um atendimento exclusivo para mulheres. No dia 28 de outubro realizou mais uma edição da Festa do Mecânico, comemoração dos 8 anos da loja, com 11 estandes e fornecedores como Isapa, Delphi, Ampri, Pólo, Baterias Moura e muitos outros, e um público de 286 convidados, todos eles clientes e parceiros da Silveira Auto Peças. Renata vem contando história e mostrando que com trabalho e força de vontade tudo é possível. “Antes eu vendia pilha, hoje vendo bateria”, finaliza.
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ESPECIAL
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PARABÉNS, BALCONISTAS! Fabricantes destacam a importância deste profissional e revelam ações e treinamentos para o varejo P O R: S I M O N E K Ü H L | F OTO S: D I V U LG AÇ ÃO
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om a alta tecnologia introduzida pelas montadoras nos carros, Tereza Cristina dos Reis Ferreira, analista do Sebrae/RJ, comenta que é cada vez maior a necessidade de ser ter um profissional de autopeças atento e atualizado com essas mudanças tecnológicas. No entanto, a analista destaca que hoje, apesar de existir internet, smartphone, etc., o cliente ainda prefere ouvir a opinião sobre uma peça ou modelo de um acessório de carro com o seu balconista. Por isso, seu aperfeiçoamento é importantíssimo. “Este profissional é ‘a porta de entrada da loja de autopeças’, é o fator impulsionador das vendas do varejo e, em muitos casos, faz o papel de conselheiro”, pontua. Neste sentido, pensando em sua capacitação, cursos comportamentais com foco na qualidade do atendimento, técnicas em vendas e cursos na área de negociação funcionam como grandes ferramentas, pois poucas pessoas fora do setor têm a consciência do quão árduo é o trajeto de um profissional até chegar a um balcão de autopeças. “Na maioria dos casos, esse personagem tem que passar um longo tempo no estoque, local onde é
responsável por receber, separar, conferir e guardar as peças que chegam aos depósitos. E lá não lidam com pessoas. Vender é uma arte que primeiro é preciso gostar de gente. Ele precisa também estar atento e ter conhecimento de marketing de persuasão, fidelização por meio de uma relação de confiança e pró-atividade constante”, lista. Porém, Tereza ressalta que o balconista de autopeças necessita não só de treinamento comportamental como um vendedor tradicional, mas também de informações técnicas sobre as peças, novas tecnologias, lançamentos do setor e diferenças entre a peça genérica e a original. “Ser balconista exige técnicas e conhecimentos específicos”, emenda.
Acompanhe as tendências! Acompanhar as transformações e inovações tecnológicas no setor não é uma tarefa fácil. São muitos modelos e marcas de veículos ao longo dos últimos anos. Por isso, a analista do Sebrae ressalta que o desafio do profissional hoje está em manter-se sempre atualizado sobre os componentes e aplicações para conseguir oferecer suporte aos reparadores e consumidores.
“Segundo o Relatório do 1º Semestre da Fenabrave (2017), a frota brasileira totalizou 53,5 milhões de automóveis, sendo que a maior parte está concentrada na Região Sudeste, com 54,4% do total. Em seguida, vem a Região Sul, com 21,3%. A idade média da frota encerrou o semestre em 14,7 anos, pouco acima da registrada no mesmo período de 2016, que era de 14,2 anos. Ou seja: o mercado está aberto para venda e revenda de autopeças”, informa. “Atualmente, a importância de estar sempre acompanhando as tendências inovadoras do setor automotivo é um processo estratégico, pois a inovação é muito mais que o desenvolvimento de novas tecnologias, produtos e serviços, é a criação de novas formas de atender necessidades dos consumidores, novos processos organizacionais, novos meios de competir e cooperar no ambiente empresarial”, afirma. Com isso, a importância da inovação tem que ser percebida como essencial para a sobrevivência num cenário cada vez mais competitivo. E o profissional precisa estar atento e participar das iniciativas e ações que as empresas têm oferecido no quesito capacitação e procurar também por treinamentos que o aperfeiçoem cada vez mais.
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PARABÉNS, BALCONISTAS! Conheça as ações e treinamentos que as fabricantes têm oferecido: FREUDENBERG-CORTECO Para Plinio Fazol, gerente de Marketing da empresa, o balconista de autopeças é figura essencial no mercado, pois exerce forte influência junto aos aplicadores com relação às marcas que eles confiam e aplicam. “Manter este profissional bem informado e capacitado deve ser foco constante por parte das empresas e na Freudenberg-Corteco não é diferente”, garante. A Freudenberg-Corteco tem trabalhado fortemente para estar e se manter sempre o mais próxima possível destes profissionais, seja por meio de seus programas de visitas, treinamentos e materiais que cria, sempre pensando em fornecer informações e maneiras de como facilitar a vida deste especialista no dia a dia. Em 2018, a companhia conta que irá dar continuidade ao seu processo de treinamentos durante o ano todo para os balconistas, onde os cursos serão ministrados por todas as regiões do Brasil.
HIPPER FREIOS Vitor Junior, gerente Comercial, enxerga o balconista como o coração da loja, “ter uma data para homenageá-lo é muito justo e indispensável para continuar a motivar este profissional tão importante para o setor”, frisa. “Estar sempre junto com os parceiros da rede de distribuição é uma premissa da Hipper Freios. Por prezar pelo bom relacionamento direto, a empresa coloca em prática isso através de palestras técnicas e comerciais, café da manhã em clientes, feiras e eventos do segmento, check-up em pit stop, visitas presenciais pela equipe de representantes, promotores e consultores, sempre ouvindo e buscando evoluir no relacionamento de parcerias cada vez mais sólidas, com a oferta desses canais disponíveis como grandes facilitadores para troca de informações”. A meta da empresa para 2018 é aperfeiçoar as
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consumidor e/ou cliente chega à loja já com a peça, modelo e marca definidos, o balconista tem participação direta com seus comentários e opiniões e, no caso de não haver o produto pedido, acaba indicando um substituto”, discorre.
ferramentas e canais disponíveis, de forma a consolidar essas parcerias que já são um sucesso e conquistar novos parceiros no mercado. “Além disso, a busca constante pela inovação e excelência da Hipper Freios não se aplica apenas aos produtos, a empresa está sempre pensando em maneiras de estreitar o relacionamento com seus parceiros, por isso, outras ideias de relacionamento podem surgir ao longo do próximo ano”, adianta.
ZF TRW Na “linha de frente” da autopeça, Fernanda Giacon, Head de Marketing da companhia, salienta a importância do papel do balconista. “Não se trata de uma simples venda de um produto, mas sim de um trabalho técnico, que exige conhecimento e reciclagem constantes. Ele é o responsável por indicar o produto correto e por oferecer a melhor peça e solução para seus clientes”, enfatiza. Em outubro de 2017, a ZF TRW iniciou o projeto Promotor Bom de Peça, que promete inovar e estabelecer uma nova dinâmica de relacionamento entre a ZF Aftermarket e os balconistas. Por meio do whatsapp (11 95311 8011), irá compartilhar conhecimento, promover ações de marketing, responder às dúvidas do dia a dia, trocar experiências e informações com este importante elo da cadeia. “O projeto iniciou com foco em varejos da linha pesada que comercializam componentes de transmissão ZF, mas a intenção é estender a iniciativa para todas as linhas comercializadas pela ZF Aftermarket. Queremos estar bem próximos dos balconistas, oferecendo todo o respaldo necessário, construindo uma nova relação e experiência entre a ZF e este influente elo do setor. O projeto possui também uma página no Facebook Amigo Bom de Peça”, relata. A empresa ainda atende sob demanda com a realização de treinamentos e palestras presenciais e por meio de webinar. Para mais informações, é necessário consultar a central de atendimento 0800 0111 100.
DANA “Assim como o profissional da reparação, o balconista de autopeças tem fundamental importância no perfeito funcionamento e evolução de toda a cadeia”, declara Carlos Dourado, diretor de Vendas para o mercado de Reposição América do Sul. “Muitas vezes, é ele quem indica, recomenda e sugere o melhor produto para o consumidor. Mesmo nos casos nos quais o
Sobre as iniciativas, Dourado comenta que a fabricante periodicamente promove ações para valorização deste profissional, como campanhas de vendas, e também ações de formação e aperfeiçoamento para que ele conheça mais e, em detalhes, as características, aplicações e vantagens dos produtos Dana em relação à concorrência. Para 2018, os planos da Dana são de dar sequência à sua estratégia para reforçar e ampliar os diferentes canais existentes com foco no aperfeiçoamento e formação do balconista. “Desejamos que ele seja um especialista na linha de produtos Dana e que seja um parceiro estreito. Durante o primeiro semestre do ano que vem estaremos implementando uma estrutura de ‘Unidades Móveis Dana’, operadas por um técnico qualificado em todas as linhas de produto que disseminará treinamentos nos diversos canais de atuação da Dana”, revela.
URBA E BROSOL Luis Fernando Tocci, diretor Comercial da empresa, aponta que hoje o balconista de autopeças é considerado como o consultor do aplicador, pois está sempre o informando e tirando suas dúvidas técnicas e comerciais. “E este profissional é muito valorizado pela Urba e Brosol, pois no mercado brasileiro com diversos modelos de veículos e aplicações é ele quem sempre tem a resposta”, diz. Como ações para o balconista, Tocci reforça que a companhia realiza constantemente campanhas promocionais para aproximá-los da Urba e Brosol, bem como treinamentos presenciais informando sobre lançamentos e dicas técnicas. Também dispomos de vários canais de comunicação com este profissional, como 0800, WhatsApp, site e Facebook. Em 2018 prevemos mais de 4.000 profissionais treinados”, finaliza.
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DIA 26 DE NOVEMBRO
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DIA DO BALCONISTA DE AUTOPEÇAS “Em nome de todos nós que fazemos a ‘Grande Família Auto Peças do Brasil’, quero destacar a fundamental importância do profissional de vendas das lojas varejistas do nosso setor. Eles representam o ELO da cadeia automotiva, levando credibilidade aos consumidores, promovendo as grandes marcas, dinamizando os negócios e gerando resultados para o nosso segmento de mercado. A todos, os nossos aplausos!” Ranieri Leitão, presidente do Sincopeças Nacional e do Sistema Sincopeças/Assopeças-CE
“Tecnicamente temos um profissional capacitado, mas devido à constante introdução de novas tecnologias, é necessário um trabalho permanente de atualização. É preciso trabalhar as questões gerais para preparar não mais um balconista de autopeças, mas um consultor técnico apto a dar consultoria para um consumidor exigente em todas as plataformas tecnológicas e canais de venda. O conceito de balconista de autopeças deve migrar para o de consultor técnico capacitado a comunicar-se presencialmente e nos canais eletrônicos”. Francisco Wagner de La Tôrre, presidente do Sincopeças-SP
“Temos que parabenizar o balconista nessa data, ele é a entrada do cliente na empresa, é ele que ouve e apresenta de forma clara e objetiva o que o consumidor deseja. Por isso, é fundamental que as lojas tenham um bom investimento nestes profissionais, que são a linha de frente e o retrato do varejo, fazendo um trabalho de grande importância”. Gerson Nunes Lopes, presidente do Sincopeças-RS
“Gostaria de parabenizar esses profissionais que são o cartão de visita do varejo, eles fazem toda a diferença na hora do atendimento ao cliente. E pensando em sua capacitação, estamos com uma parceria junto ao Sebrae onde começaremos a formar turmas de vendedores de autopeças a partir de 2018, esse projeto é uma sequência de um trabalho que temos feito para a valorização deste importante profissional”. Rodrigo Moreira, presidente do Sincopeças-RJ
“O Sincopeças-GO parabeniza o profissional vendedor de autopeças pelo seu dia, um reconhecimento do setor ao profissional que acompanhou as mudanças e evoluiu junto com o mercado automotivo. O dia 26 de novembro foi instituído ‘Dia do Vendedor de Autopeças’ como data oficial no Calendário do Município de Goiânia, por meio do autógrafo de Lei n° 15, de 27/06/2012, de autoria do vereador Paulinho Graus (PDT). O projeto de lei foi elaborado pelo parlamentar, atendendo ao pleito do Sincopeças-GO em 18/01/2011”. Mauricio Ribeiro de Paiva, presidente do Sincopeças-GO
“Os balconistas, denominados como ‘consultores técnicos’, exercem grande importância no desenvolvimento das estratégias e planejamentos estipulados pelas empresas de varejo na manutenção de sustentabilidade de seus negócios. Digo isto porque um vendedor interno bem treinado, bem comprometido com os objetivos da empresa, não somente atenderá o cliente orientando-o em suas necessidades, mas também representará um cartão de visita na desenvoltura de seu atendimento: o cliente voltará sempre! Assim, nesta data rotulada de ‘Dia do Balconista’, pedimos a todos que exercem esse trabalho que valorizem essa grande função profissional. Parabéns a todos e muito sucesso em suas caminhadas vitoriosas!” Evandro Maldonado, presidente do Sincopeças-PR
"Por mais que o segmento se modernize, o balconista nunca deixará de existir, sempre terá o seu papel garantido nessa função, isso por causa da diversificação dos modelos de veículos que surgem a cada momento. Um bom vendedor de peças tem que ser um pouco mecânico, ou seja, entender um pouco de mecânica para que possa vender as peças com mais segurança, mesmo com os catálogos de aplicação. O segredo para o sucesso de um balconista diferenciado continua sendo a busca constante por atualizações. Parabéns a todos os balconistas de autopeças do Brasil, em especial aos do meu Estado, Pernambuco". José Carlos de Santana, presidente do Sincopeças-PE
UMA SINGELA HOMENAGEM DO JORNAL BALCÃO AUTOMOTIVO E DOS SINCOPEÇAS DE ESTADOS DA FEDERAÇÃO
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INDÚSTRIA
GIGANTE ARGENTINA P O R: S I LV I O R O C H A | F OTO S: D I V U LG AÇ ÃO
Com 74 anos de fundação e há apenas quatro atuando no País, a Juntas Illinois cada dia mais se destaca no aftermarket automotivo brasileiro. Com planta industrial localizada em Rosário e um Centro de Distribuição voltado para a Exportação em Buenos Aires, ambos na Argentina, a empresa no Brasil tem a sua filial de vendas e o seu armazém localizados em Guarulhos (SP). A seguir, uma entrevista exclusiva com o diretor Comercial da companhia e responsável pelas operações da filial no Brasil, Matías Tur. Jornal Balcão Automotivo: Para começar, fale sobre a história da Illinois no Brasil, quais foram os principais destaques e desafios nessa trajetória. Matías Tur: A empresa foi fundada na cidade de Rosário, Argentina, em 1943. Após longos anos de atuação no mercado local e, em outros países, iniciamos em 2013 as atividades no Brasil como consequência de uma estratégia expansionista dos negócios, e onde a Illinois tem investido confiando nesse grande mercado. Foi uma decisão lógica, se pretendemos crescer como empresa, atender o maior mercado da América Latina. Enfrentamos o desafio de situar a marca Illinois no País, em um ambiente altamente competitivo e de várias opções, e assim trabalhamos com uma política séria e bem definida na comercialização de nosso portfólio de produtos, que só em juntas oferece atualmente cerca de 10.500 itens para os segmentos de automóveis, comerciais, ônibus, caminhões e tratores. JBA: Presente também na Argentina, comente a respeito da atuação da empresa nesse mercado. MT: Temos uma participação vigorosa no mercado doméstico argentino, com um crescimento muito significativo na última década e a expansão contínua do nosso portfólio e a introdução de tecnologias em processos gerando produtos de alta qualidade, associando a marca Illinois ao conceito de confiabilidade. JBA: Conte ainda a sobre a participação da Illinois no segmento de exportação, em quais países está presente e quanto esse faturamento representa para a empresa. MT: A Illinois sempre teve como alvo o mercado externo e há muitos anos mantemos negócios com clientes em toda a América Latina, EUA e alguns países da Europa e África. O volume das exportações atuais representa em torno de 25% dos negócios globais da empresa. JBA: Pensando no mercado brasileiro, discorra como é a atuação da empresa, quais setores está presente e quanto suas vendas representam. MT: No Brasil atuamos no aftermarket com vendas direcionadas ao segmento distribuidor, mantendo estoque regulador em nosso depósito de Guarulhos (SP), que é atualizado mensalmente por via aérea, como forma de dar velocidade à reposição dos produtos comercializados. Na Argentina, além da reposição, também estamos presentes nos mercados OEM automotivo e agrícola. As vendas geradas pela filial no Brasil estão crescentes e já em patamares próximos de 10% do nosso faturamento global, com previsão de alcançar 20% no biênio 2018/2019. JBA: Fale sobre a linha de produtos da Illinois e seus principais benefícios e diferenciais. MT: Oferecemos ao mercado reparador um pacote de produtos
Linha de produtos Illinois
(juntas, parafusos de cabeçote, retentores e seladores) de alta tecnologia, destinados a garantir uma vedação perfeita dos motores e demais elementos. O nosso importante diferencial competitivo é a junta para cabeçote “MetalGraf”, que combina a fortaleza da blindagem do aço com a alta compressibilidade do material vedante da fibra, e que foi desenvolvida para resolver em definitivo a vedação dos motores mais modernos, se aplicada de acordo com as recomendações de montagem e um novo jogo de parafusos de cabeçote. A junta Metalgraf é a melhor opção para substituir a junta metálica (MLS) original e/ou de qualquer outra origem. Com o objetivo de oferecer soluções completas aos reparadores, ampliamos constantemente o nosso portfólio de parafusos e retentores, de maneira a expandir a cobertura de aplicação da frota circulante no Brasil. A família de formadores de juntas siliconadas neutras para alta temperatura TOP GREY e TOP BLACK são produtos de desenvolvimento europeu e que vêm tendo sucesso de comercialização, em razão de sua alta performance e a melhor relação custo x benefício do segmento. JBA: Quais certificações e atestados de qualidade possui? MT: Nós temos as Certificações de Desenvolvimento, Processos e de Qualidade exigidas pelas Normas Internacionais, para a obtenção de produtos com alta tecnologia aplicada, combinando os materiais OEM de última geração. JBA: Em virtude dos lançamentos de veículos e das novas tendências que têm surgido no setor, comente como a empresa se prepara para atender o mercado nos quesitos inovação, engenharia e tecnologia. MT: Estamos permanentemente incorporando tecnologias e melhorias nos processos produtivos, pesquisando fontes internacionais de materiais inovadores, de modo a atender as expectativas e exigências dos novos desenvolvimentos das montadoras. Mantemos em nossa engenharia uma equipe de profissionais dedicados continuamente à procura de soluções que atendam os desafios tecnológicos que se apresentam. JBA: Conte também o tema capacitação, quais iniciativas a Illinois tem nesse sentido? MT: Desde o início de 2016, nós realizamos ciclos de Palestras Técnicas chanceladas pelo CONAREM (Conselho Nacional de Retíficas de Motores), órgão de atuação nacional, onde levamos aos profissionais da Reparação Automotiva o nosso expertise em tecnologia aplicada aos materiais e processos, baseado no tema “A Evolução dos Motores e a Tecnologia de Vedação desenvolvida por Juntas Illinois S.A.” Este módulo técnico também é disponibilizado para as oficinas mecânicas e retíficas de motores independentes, com os eventos organizados pelos nossos clientes em todos os estados. Para nós, da Illinois, é fundamental a capacitação dos aplicadores dos nossos produtos, que em última análise são influentes formadores de
Matías Tur, diretor
Comercial e responsável pelas operações da filial no Brasil
opinião. Salientamos a nossa preocupação em satisfazer os seus anseios de atualização tecnológica, assim como mantê-los informados sobre as novas tendências do setor. JBA: Falando sobre o site, discorra mais a respeito da seção de dicas técnicas que a empresa possui e do catálogo eletrônico. MT: Acessando o nosso site www.juntasillinois.com, o visitante tem a alternativa em visualizar, baixar e salvar em pdf toda a linha de produtos detalhada (jogo de juntas, figuras, informações e dados técnicos), relativos a cada tipo de motor. Também distribuímos em nossas Palestras Técnicas o mesmo catálogo em CD-Rom disponível no site. É uma preocupação constante a divulgação de informações e dicas para os reparadores, o que procuramos fazer por todos os meios disponíveis como o site, catálogo impresso e virtual, no verso das embalagens, além de disponibilizarmos o nosso SAC 0800 5800834 direto com a engenharia na fábrica. JBA: Como foi o desempenho da Illinois nesses 10 meses de 2017 e qual a expectativa para o fechamento do ano? MT: Estamos satisfeitos com a nossa performance de vendas neste ano, que sinaliza uma expansão importante de 50%. Acreditamos na manutenção da tendência para esse quarto trimestre. JBA: Conte sobre os próximos projetos, novidades e investimentos da companhia. MT: O nosso programa de investimentos privilegia não só a melhoria contínua dos atuais processos, como também procura acrescentar novas alternativas de manufatura. Recentemente, adquirimos injetoras francesas de última geração, que irão atualizar tecnologicamente a produção corrente de Juntas NBR e Siliconadas. Por outro lado, temos estudos avançados em Pesquisa & Desenvolvimento para produzir peças de metal borracha, com o objetivo de ampliar e diversificar o nosso portfólio de produtos. Ainda, em fase final, o projeto de desenvolvimento de juntas para o segmento de motocicletas, e que proximamente serão lançadas, bem como novos itens para o mercado automotivo. Também estamos atentos e analisando o futuro do carro elétrico. JBA: Faça suas considerações finais... MT: Ao aproximar a data de comemoração dos nossos 75 anos de existência, nos orgulhamos da trajetória e do nosso posicionamento entre os principais fabricantes do segmento, sempre fiéis à filosofia do nosso fundador, Sr. Ricardo Tur, de priorizar a qualidade dos produtos, o profissionalismo e a ética como valores fundamentais para a obtenção da excelência da marca Illinois.
MERCADO EM MOVIMENTO
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FUTURO. MUDAR DE NEGÓCIO OU MUDAR O NEGÓCIO? “OS CARROS NÃO VÃO DESAPARECER. MAS NOSSA RELAÇÃO COM ELES SERÁ OUTRA. ISSO VAI DESENCADEAR MUITAS MUDANÇAS”
O
futuro de tudo e, principalmente, do automóvel, será bem diferente. E nem se trata de futuro, já que toda a cadeia automotiva no planeta trabalha o novo paradigma no presente, focando nas tendências e priorizando seus investimentos no agora. Mais do que inovações tecnológicas relacionadas às funcionalidades e facilidades, o que muda mesmo é o jeito de se usar carros. A nossa relação com o automóvel, como apaixonado que somos por estas máquinas, é que está em franca mudança, mas especialmente sobre TER OU NÃO TER um veículo. Eis a questão que se apresenta e desafia toda a indústria do planeta, desde os veículos básicos de série aos carros de luxo e esportivos. Creio que como objeto de “paixão” o lugar das máquinas continuará garantido. No entanto, o modelo de propriedade é que muda drasticamente, em pouco tempo. Vivemos a cultura do acesso. Queremos o benefício de usufruir de bens e serviços e não queremos sua propriedade e tudo o que ela acarreta. Ou, pelo menos, uma parte importante de pessoas do planeta já começa a pensar assim. Um americano médio no auge da idade produtiva dirige mais de 24 mil quilômetros por ano, o brasileiro com a carência de transporte público de qualidade deve dirigir mais do que isso. Considero a minha média de cerca de 3.000 km/mês, aproximadamente 100 km/dia, seja bem realista quanto aos brasileiros. Para mim e muitos motoristas e proprietários de automóveis, a ideia de não ter um carro já não parece tão distante. Como passamos várias horas por dia em trânsito, ainda prezamos algum
apego com o tipo de carro que possuímos para enfrentar nossos caminhos, ir ao trabalho e empreender alguns trajetos mais longos, viagens. Mas, “apesar da importância da cultura do carro hoje, uma ruptura plantou firmes raízes no setor de transportes. Inovações no compartilhamento de trajetos e do automóvel e no transporte de longa distância estão nos aproximando mais rápido do que nunca de um mundo em que a propriedade de carros é uma escolha, e não uma exigência”, diz Maxwell Wessel, um capitalista de risco do Sapphire Ventures, membro do Fórum para o crescimento e inovação e um investidor anjo ativo no NextGen Angels (HBR). Uma coisa é certa, os carros continuarão a circular e entupir ruas, avenidas e rodovias. A previsão é que o compartilhamento, ao contrário do que muitos pensam, levará a um número menor de veículos saindo das fábricas, mas ao mesmo tempo teremos muito mais carros nas ruas, que serão usados por mais tempo, para cumprir os usos de uma utilização compartilhada. Os carros não vão desaparecer. Mas nossa relação com eles será outra. Isso vai desencadear muitas mudanças. Algumas já bem claras enquanto outras só o tempo, a prática e a cultura definirão. Mas mudará. É fácil prever que o futuro do transporte será muito diferente do seu presente. Mas como será esse futuro? Esta é a pergunta que precisamos fazer todos os dias. E a partir das alternativas de resposta imaginar como fica o nosso negócio, a nossa atividade e o que como devemos nos preparar. A questão profunda para todos será como em todas as grandes mudanças: devo mudar “de” negócio, ou, devo mudar “meu” negócio ?
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| Por: Irineu Toledo, Jornalista, radialista, autor do livro “Feliz Dia Novo” (Matrix) e co-autor do livro “Acertar é Humano”. Lançou o best seller “Insight, de Daniel Carvalho Luz, e atua como facilitador, mediador e palestrante inspiracional em eventos corporativos há mais de 20 anos
CAPA
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EATON
REFERÊNCIA EM SOLUÇÕES DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA Há 60 anos fazendo o transporte brasileiro funcionar, companhia apresenta planta-modelo em Mogi-Mirim T E X TO: S I M O N E K Ü H L | F OTO S: D I V U LG AÇ ÃO
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om um time de engenharia local robusto composto por cerca de 100 engenheiros técnicos, uma manufatura moderna caracterizada por processos rígidos de segurança e a busca constante de excelência operacional, além de um portfólio completo de soluções customizadas para o mercado brasileiro, a Eaton completa 60 anos de atuação no País. O Brasil, além de contar com quatro plantas do Grupo Veículos, sedia o
vantagens competitivas para operações de transporte de carga e passageiros durante o Eaton Experience. Na Fenatran deste ano, várias dessas soluções foram apresentadas ao segmento através de lançamentos em parceria com as principais montadoras do mercado brasileiro, demonstrando a agilidade do time local de Engenharia no desenvolvimento de soluções customizadas.
Centro Mundial de Desenvolvimento de Transmissões para Veículos Comerciais Leves e um Laboratório de Testes completo capaz de atender a necessidade de desenvolvimento de produtos para toda a região. A Eaton é uma empresa global, fornecedora de soluções de eficiência energética, em que ajuda seus clientes a gerenciar a energia elétrica, hidráulica e mecânica de forma eficaz, segura e
sustentável. A Eaton tem aproximadamente 95 mil funcionários e vende seus produtos para clientes em mais de 175 países.
Atuação no Brasil Após a inauguração da primeira fábrica fora da América do Norte, em São José dos Campos (SP), em 1957, diversas transformações foram feitas em suas operações. Investimentos constantes em novos equipamentos, ampliação e construção de novas unidades fabris, inovações em processos de gestão e desenvolvimento de novos produtos específicos para o mercado brasileiro marcam a evolução da empresa que, atualmente, fornece soluções para as principais montadoras presentes na América do Sul. Somente na última década, os investimentos em Desenvolvimento de Produto na região possibilitaram ampliar de 9 para 20 bancos de testes do Centro de Engenharia, localizado em uma área de 1 mil m² na planta de Valinhos (SP). Com a intensificação da ampliação de seu portfólio de produtos, o Centro de Engenharia opera atualmente próximo à sua capacidade máxima para assegurar a confiabilidade e durabilidade dos projetos desenvolvidos e aplicados no mercado local. Em abril de 2016, a Eaton mostrou suas apostas em tecnologia que proporcionam
Planta-Modelo De acordo com Antonio Galvão, presidente corporativo da Eaton na América Latina, é um momento muito especial para a companhia completar 60 anos no País, em vista do atual cenário que a indústria atravessa. Para comemorar essa importante data, a Eaton levou a imprensa especializada às suas fábricas em Valinhos e Mogi Mirim (SP), onde mostrou todos os processos de fabricação e destacou os pontos fortes que fizeram a planta de Mogi Mirim se tornar modelo. Neste ano a planta de Mogi Mirim recebeu o reconhecimento de Planta Modelo da Eaton no Mundo, reforçando o alto nível de qualidade e excelência operacional das plantas locais. A unidade, que foi inaugurada em 2000, é a primeira do Brasil a conquistar esse selo e passa a fazer parte do seleto grupo de cinco plantas em todo o mundo. Na avaliação operacional, a planta de Mogi Mirim atingiu níveis de classe mundial em diversos indicadores como segurança, qualidade, entrega, inventário, produtividade e alto nível de engajamento dos funcionários. Com uma área de 200 mil m², a planta fabrica componentes mecânicos de transmissão como engrenagens, eixos e sincronizados para transmissões aplicadas em automóveis e caminhões.
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FIQUE DE OLHO
T E X TO: R E DAÇ ÃO | F OTO S: D I V U LG AÇ ÃO
| BALCÃO DOS PESADOS |
NOVEMBRO DE 2017 | 56
Mercedes-Benz alcança o marco de 3 milhões de motores produzidos no Brasil
Cuidados simples podem reduzir as emissões de veículos pesados
No ano em que completa 60 anos de Brasil, a Scania venceu as duas principais categorias do prêmio Top of Mind do Transporte: Marca do Ano e Modelo Pesado, com o R 440. Os prêmios confirmam a posição de destaque da marca em 2017. Segundo Roberto Barral, diretor-geral da Scania no Brasil, o segredo da marca está na busca incansável em ser parceira dos seus clientes na transição para um transporte sustentável, e oferecer produtos com o menor custo por quilômetro rodado e de maior economia de combustível.
A Mercedes-Benz do Brasil alcançou, no final de outubro, o marco histórico de produção de 3 milhões de motores para caminhões e ônibus. Esse número refere-se ao volume acumulado desde 1956, quando foi pioneira na fabricação do primeiro propulsor a diesel nacional. O motor que simboliza esse marco é o pesado OM 457 LA, fabricado na planta de São Bernardo do Campo, mesmo local onde foi produzida a primeira unidade, que equipava o clássico caminhão L-312, o “Torpedo”.
Os veículos a diesel precisam de cuidados e atenção especiais com seus componentes para garantir que não ultrapassem os limites de emissões permitidos pela lei. De acordo com a Umicore, alguns cuidados simples por parte dos motoristas podem ajudar a evitar a poluição em excesso e manter os caminhões com motores Euro V em correto funcionamento, como seguir o cronograma de manutenções das fabricantes e abastecer com diesel S-10 de boa procedência, assim como a utilização do Arla 32, quando especificado.
Iveco Bus inaugura nova era no segmento de veículos acessíveis com o conceito Daily Life
Volkswagen Caminhões apresenta o Delivery 11.180 V-Tronic automatizado no Congresso SAE Brasil
Cummins e Gillig anunciam parceria para fabricação de ônibus 100% elétricos
Transportadores elegem a Scania como a Marca do Ano
A Iveco Bus, marca da CNH Industrial, vem pautando seus últimos lançamentos em soluções para o transporte de passageiros que atendam a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (nº 13.146). Foi assim com o Daily Elevittá, o GranClass e o SoulClass. A marca apresenta o veículo conceito Daily Life, que permite ao motorista embarcar e desembarcar sentado no seu assento, isto é, abre um mercado de trabalho até então inatingível para pessoas com deficiência física ou limitação de movimentos.
O novo Delivery 11.180 V-Tronic automatizado foi o destaque da Volkswagen Caminhões no Congresso SAE Brasil 2017, realizado em São Paulo neste mês. Tendência na indústria de automóveis e de veículos pesados, a transmissão automatizada já está em testes com frotistas no mercado de caminhões leves e deve chegar em breve às concessionárias da MAN Latin America. O modelo combina confiabilidade, robustez e o melhor desempenho da categoria.
A Cummins Inc., fabricante independente de motores Diesel e a Gás, e a Gillig, designer e fabricante americana de ônibus, anunciaram nova parceria durante o APTA EXPO, principal feira comercial da indústria de transporte público, que aconteceu em Atlanta, entre os dias 9 e 11 de outubro. O trabalho técnico entre ambas as empresas visa a integração e a otimização da nova tecnologia elétrica a bateria oferecida pela Cummins que, em breve, impulsionará os ônibus com zero emissões da Gillig.
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ARTIGO
| BALCÃO AUTOMOTIVO | NOVEMBRO DE 2017 |
SINCOPEÇAS-SP CONTESTA DADOS DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE COMBATE À FALSIFICAÇÃO P O R: F R A N C I S CO D E L A TÔ R R E | F OTO: D I V U LG AÇ ÃO
E
m 2012, o Sincopeças coordenou um trabalho no GMA – Grupo de Manutenção Automotiva – chamado Loja Legal com o objetivo de estruturar ações articuladas de combate à pirataria e falsificação entre a indústria afetada por alguma ação contra sua marca e o poder público. Este projeto permitiu, embora sem muita precisão, a aferição do tamanho das ilicitudes ficando, estas, em torno de 10%. Com a crise econômica, o ilícito tem mais apelo, porém não o suficiente para justificar os 35% divulgados pela ABCF, Associação Brasileira de Combate à Falsificação. Quando lemos a matéria, questionamos formalmente e a entidade respondeu-nos que foram encaminhados por terceiros. Portanto, repudiamos tais informações e trabalhamos com os mesmos 10% apurados de 2012. Pois, muito embora, ainda enfrentemos a maior crise econômica de nosso País, de lá para cá, criaram-se mais instrumentos para o combate a tais crimes.
Não corroboramos com esta informação. Falarmos em “origem duvidosa” é vago. Para nós há autopeças falsificadas, pirateadas e/ou contrabandeadas de um lado e o mercado formal. A relação entre a incidência dessas ilicitudes e as vendas totais não chega nem perto disto (35%). Só posso creditar a divulgação de um número deste à criação de uma notícia falsa para gerar demanda aos próprios negócios. Mesmo que, para tal, jogue no lixo a imagem de um setor que tem a responsabilidade de manter a frota circulante do nosso País em condições seguras. O projeto Loja Legal é uma proposta de combate à pirataria e falsificação bem estruturada com baixo custo às empresas afetadas e que não expõe as marcas e seus detentores. Além disso, trabalhamos ativamente junto ao varejo divulgando a importância da formalização dos negócios para o crescimento e consolidação das empresas. Prestem atenção aos seus fornecedores, estabeleçam
relações duradouras com empresas preferencialmente já consolidadas. Não se empolguem com promoções de quem não conhecem e desconfiem de quem tem preços muito abaixo da concorrência. No mais, continuem trabalhando com a mesma determinação, a mesma paixão e a consciência da responsabilidade que assumimos todos os dias ao subirmos as portas de nossas lojas. Pois, apesar das dificuldades momentâneas, estamos fazendo o que mais sabemos, ou seja, tornar a desagradável experiência dos nossos clientes de ter que reparar o automóvel, na maioria das vezes, quando ele mais precisa, numa boa experiência de consumo. Posicionamento oficial do presidente do Sincopeças-SP em relação à matéria “Caminho para o combate à ilegalidade”, publicada na edição 129, de junho de 2017, do Jornal Balcão Automotivo