HATCHES DE ENTRADA
Disputando a preferência do consumidor neste segmento, Nissan March e Novo Fiat Uno.
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LIÇÕES DO VAREJO
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ANO X
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FE VEREIR O DE 2016
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O que é preciso fazer para não sofrer com os impactos de 2015 e seguir as tendências deste ano.
Desabastecimento aflige a distribuição de autopeças no Brasil
O mercado há tempos sente o dólar em alta e o fato de muitas fábricas terem deixado de produzir no País. Nesse contexto, as exportações foram beneficiadas, principalmente depois da queda de produção nas montadoras, em detrimento do Aftermarket. Distribuidores e varejistas revelam quais são suas novas fontes e alternativas para driblar este cenário e atender o cliente. PÁG. 10
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3 Diretor Executivo Bernardo Henrique Tupinambá Diretor Comercial Edio Ferreira Nelson
ANO X - Nº 113 - FEVEREIRO DE 2016 www.balcaoautomotivo.com.br
Editor executivo Bernardo Henrique Tupinambá Editor-chefe Silvio Rocha (silvio.rocha@premiatta.net) Redação Simone Kühl (simone.kuhl@premiatta.net) Colaboradores Arthur Henrique S. Tupinambá Fauzi Timaco Jorge / Karin Fuchs/ Edison Ragassi Departamento de Arte (arte@premiatta.net) Supervisor de Arte/Projeto Gráfico Fabio Ladeira (fabio.ladeira@premiatta.net) Assistente de Arte - Juan Castellanos (juan.castellanos@premiatta.net) Departamento de Audiovisual Vanderlei Vicário (vanderlei.vicario@premiatta.net) Fotografia Eduardo Portella Amorim / Estúdio Premiatta Departamento Comercial (comercial@premiatta.net) Diretor Comercial Edio Ferreira Nelson (edio.nelson@premiatta.net) Executivo de Contas Richard Fabro Faria (richard.faria@premiatta.net) Marketing / Distribuição (marketing@premiatta.net) Internet (contato@premiatta.net) Supervisor de Desenvolvimento Aryel Tupinambá (aryel@premiatta.net) Financeiro Analista Financeira / Tatiane Nunes (tatiane.nunes@premiatta.net) Assistente Administrativa Stéphany Lisboa (contasareceber@premiatta.net) Impressão Log&Print Gráfica e Logística Jornalista Responsável Silvio Rocha – MTB: 30.375
Tiragem: 20 mil exemplares Os anúncios aqui publicados são de responsabilidade exclusiva dos anunciantes, inclusive com relação a preço e qualidade. As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores.
EdItORIal
FEVEREIRO dE 2016 / EdIçãO 113
Desabastecimento do estoque influencia na busca por novas alternativas Por: Silvio Rocha | Fotos: Divulgação
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ão é de hoje que o mercado de reposição vivencia a falta de alguns itens para atender o seu cliente. De um lado, fábricas pararam de produzir no Brasil em um momento que o dólar era favorável, mas agora o cenário é outro, e importar ficou muito mais caro. Por outro, as exportações foram beneficiadas. E, mesmo com a queda de produção nas montadoras, o aftermarket não foi totalmente contemplado. Diante deste cenário de desabastecimento do mercado, distribuidores e varejistas contam nesta primeira parte quais são suas novas alternativas e fontes buscadas para conseguir atender a demanda em nossa reportagem de capa deste mês. Também nesta edição, os aprendizados do varejo. É fato que o mercado sofreu com as dificuldades econômicas e ainda passa por um momento conturbado, com isto, especialistas refletem sobre as lições aprendidas com os impactos em 2015 e dão dicas do que fazer neste ano de acordo com as novas tendências. Outro tema que merece atenção é o aumento do índice de inadimplentes e da taxa de desemprego no País, com base nisto, separamos importantes dicas de educação financeira para você estar preparado para os momentos difíceis através de um bom planejamento. Já é realidade que as vendas on-line fazem parte da vida dos consumidores devido à sua praticidade e variedade de itens e
informações que transmitem na hora. E na contramão da crise, segmento tem apresentado resultados positivos e se tornado indispensável para as empresas que buscam continuar crescendo. Anfavea, Fenabrave, Abraciclo e Sindipeças apresentam os resultados sobre o desempenho do setor. E mais, uma entrevista exclusiva com o presidente do Sincopeças-SP, Francisco de La Tôrre, abordando a liminar que suspende a partilha do ICMS em vendas interestaduais e os impactos para os varejistas, e a nova lei paulista, em vigor desde janeiro, que proíbe o comércio de determinar um valor mínimo para pagamentos no cartão de crédito ou débito. Em Pesados & Comerciais, o Furgão Vito, da Mercedes-Benz, que chega para atender operações diversas em locais com limitação de altura de entrega e está apto para circular em grandes cidades onde a mobilidade urbana foi reduzida. Como comparativo neste mês, Nissan March e Novo Fiat Uno são analisados, automóveis disputam a preferência dos clientes que procuram o primeiro carro e daqueles que necessitam de um veículo para o uso urbano. E, por fim, o J3, da JAC Motors, passa pelo teste dos 100 mil km. Veículo com quilometragem avançada surpreende no desempenho e apresenta peças em bom estado. Esta avaliação você poderá conferir em breve também em nosso Portal (www. ctra.com.br/videos).
O Editor
Balcão Automotivo é uma publicação mensal da Premiatta Editora Ltda.
com distribuição nacional dirigida aos profissionais automotivos e tem o objetivo de trazer referências ao mercado, para melhor conhecimento de seus profissionais e representantes.
DESTAQUES DA EDIÇÃO PÁG. 30
ENTREVISTA
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PREMIATTA EDITORA LTDA TEL (11): 5677.7773 OU 5084-1090 CONTATO@PREMIATTA.NET JORNAL BALCÃO AUTOMOTIVO RUA ENGENHEIRO JORGE OLIVA, 111 - TÉRREO CEP 04362-060 - VILA MASCOTE - SÃO PAULO - SP
FURGÃO VITO
compacto por fora e grande por dentro, modelo chega para atender operações diversas em locais com limitação de altura de entrega.
E-COMMERCE
segmento caminha em constante crescimento e cada vez mais tem se tornado indispensável para as empresas que buscam continuar crescendo.
presidente do sincopeçassp fala sobre a liminar que suspende partilha do Icms em vendas interestaduais e os impactos para o varejo.
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J3
Veículo da Jac motors lançado em 2011 e com garantia de seis anos passa pelo teste dos 100 mil km em avaliação realizada no ctRa.
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EcONOmIa E GEstãO
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A ditadura do caixa e... Atitudes! Por: Fauzi Timaco Jorge* | Foto: Divulgação
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em sido um suplício para muitos empresários chegar de manhã à sua empresa. As retiradas por conta de adiantamento de lucros, tão costumeiras, já foram reduzidas ao mínimo indispensável para pagamento das incomprimíveis despesas pessoais e familiares. Os jornais e notícias no rádio que povoam o imaginário de repórteres e analistas, alguns mais e outros menos informados sobre os “mistérios” da economia, contribuem para este estado de desânimo. Espalham o temor de desemprego nos assalariados e, do lado dos empresários, a trágica expectativa de queda acentuada dos negócios e sua imediata repercussão sobre o volume de faturamento e, como consequência, há uma protelação de investimentos em novos ativos produtivos que poderiam aumentar a tão esperada produtividade, sem a qual não se combate o produto que, avassaladoramente, vem da China, a um custo de frete mais barato do que o custo de um motoboy para entrega de uma simples encomenda entre São Paulo e Campinas. Tal expectativa negativa sobre os destinos da economia brasileira é reforçada pelo rebaixamento que as agências medidoras do riscopaís impõem à política econômica do Governo. O corte de gastos de toda natureza, principalmente naqueles opressores de caixa com baixo retorno imediato, dá início à contenção que, invariavelmente, acabará por atingir também os músculos, e não somente a gordura, atrofiando a própria capacidade de movimentação da empresa no seu competitivo ambiente setorial. Faturamento a níveis inferiores àquele que proporcionaria um equilíbrio nas contas, igualando receita total e gastos totais, não é facilmente recuperável. Se a empresa deixar de faturar 20% deste nível de receita total num determinado mês, no mês seguinte precisará faturar 20% a mais, além deste nível mínimo, para reequilibrar suas contas. Em condições normais, meramente tentando reproduzir o dia de ontem no momento presente, isso não acontecerá. Logo virá outro mês e, com ele, nova necessidade de recomposição do faturamento a níveis superiores ao ponto de equilíbrio entre receita e gastos. Concomitantemente, a pressão para redução dos gastos aumentará na mesma proporção e, se esta ação não for empreendida de forma decidida e radical, efetuada de uma só vez, o atrofiamento acabará por minar os esforços de recuperação e... Bem, o que vem depois nós já sabemos. Enquanto existir crédito bancário, haverá a ilusão de que a recuperação se fará mais à frente e, portanto... Vamos torcer para que assim seja! Estes momentos de incerteza são propícios a alterações radicais nos procedimentos. Uma revisão da formação de preços de venda é um dos mais importantes passos a serem dados. Operando a níveis muito próximos do ponto de equilíbrio entre receita total e gastos totais, é indispensável a composição de provisões – ou reservas – para suportar os gastos que advirão com a redução da estrutura de pessoal, principalmente. Demissões são caras. Em alguns casos, há que se esperar um bom período de tempo até que tais custos de rescisão de contrato de trabalho possam ser recuperados integralmente, em razão da diminuição da folha de pagamento. Este “payback” raramente acontece antes de decorridos três a cinco meses depois da demissão. Portanto, direitos e encargos sociais têm que ser provisionados desde o primeiro dia de trabalho do novo empregado. Outra provisão a ser considerada na formação
de preços de venda diz respeito a devedores duvidosos. Protelações de recebimento exigirão recomposição de caixa com recursos onerosos, ou seja, demandarão pagamento de juros na tomada de empréstimos para reforço do capital de giro.
Talvez a mais difícil provisão seja, por isso mesmo, a menos utilizada: uma reserva para amortecimento de solavancos provocados pela diminuição do ritmo de atividade. Desta maneira, esta poupança que a empresa fará ao longo de sua existência servirá como um colchão para suportar os golpes que, fatalmente, constituirão ofensores de caixa, se se tiver que recorrer a capital de terceiros. E pode, ademais, possibilitar algum ganho para os sócios ou proprietários, na forma de juros sobre o capital próprio ou empréstimo de pessoas ligadas. A esta altura, aqueles leitores que, heroicamente, chegaram até esta parte do texto, devem estar imaginando que isso tudo não passa de um delírio. “E os nossos concorrentes? Eles farão isso, também?”. A resposta a esta questão é muito simples: se eles não fizerem isso, eles passarão pelos mesmos problemas que a sua própria empresa está enfrentando, assim como milhares de outras. Agora é o momento de revisar a formação de preços de venda! De serem incorporadas as indispensáveis reservas para proporcionar à empresa uma visão de futuro, impulsionada por procedimentos autônomos, exercidos por uma firme disposição de avanço, e não de recuo, no seu mercado específico de atuação. Mais do que nunca, é preciso comunicação integrada, dentro e fora da organização. Do proprietário para seus gerentes e destes para seus supervisores e colaboradores diretos, conclamando a todos para uma ação concentrada com vistas à retomada dos negócios. Quando tal disposição chegar aos ouvidos de seus fornecedores e clientes, certamente todos respirarão aliviados. Quem sabe, até aumentando o volume de negócios a níveis superiores aos que existiam antes da queda da atividade econômica como um todo, provocada essencialmente pela falta de liderança política, pela falta de consenso nacional diante dos reais problemas da economia brasileira, pela falta de um projeto e, sobretudo, pela falta de um processo que culminasse com o crescimento e desenvolvimento das inadiáveis externalidades que dão suporte a todos os agentes econômicos para o desempenho de suas atividades básicas. Isso passa pela construção de estradas, abastecimento adequado de energia elétrica, implantação de malha rodoviária e ferroviária
urbana de qualidade e grande alcance, além de outras ações no âmbito da segurança, saúde, emprego e educação. Se é fato que, enquanto uns choram outros vendem lenços, é mais verdadeiro ainda que empresas sobrevivem às forças do seu macroambiente de atuação à custa de uma análise concentrada naquilo que está verdadeiramente ao seu alcance. O paradigma de Rubinstein está aí, para nos ajudar a entender este nível de alcance. Veja a figura que ilustra esta matéria. Este modelo nos aponta que existem parâmetros que dificilmente se pode modificar. É o caso da política econômica em vigor. Trata-se de uma força do macroambiente e, portanto, exógena, ou seja, fora do alcance do gestor. Outros fatores, mais apropriados ao próprio negócio, podem ser imutáveis no curto prazo. Por exemplo, a localização do negócio, quer seja em imóvel próprio ou alugado, ante a adequação das instalações, ponto comercial, etc. No entanto, há uma dezena de oportunidades que são passíveis de implementação ou modificação, por vezes até sem qualquer investimento ou mesmo gastos adicionais: redução no nível dos estoques, treinamento da força de vendas interna, reorganização do telemarketing, etc. Este alinhamento do que deve – e pode – ser feito fica claramente estabelecido quando as metas a serem atingidas são alinhavadas ali mesmo, ao lado das ações a serem empreendidas.
Durante muito tempo, a economia brasileira se movimentou à sombra dos gastos governamentais. Agora, mais do que nunca, é preciso uma ação direta do setor privado para, no seu próprio seio, dispensar esta letargia provocada pela inação das autoridades governamentais, prisioneiras de seus projetos pessoais e submersas diante dos interesses comezinhos de agremiações políticas constituídas unicamente com a finalidade de cooptação política e benesses ao arrepio da lei.
*Economista, escreve regularmente nesta coluna e pode ser acessado pelo e-mail fauzi@balcaoautomotivo.com.br
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Os aprendizados do varejo Especialistas refletem sobre as lições aprendidas com os impactos em 2015 e dão dicas do que fazer neste ano de acordo com as novas tendências Por: Simone Kühl | Fotos: Divulgação
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fato que o varejo sofreu com as dificuldades econômicas em 2015 e ainda passa por b) Processos e Operações: Deixe de fazer as coisas como sempre foram feitas, adote um momento de atenção, assim como todos os demais setores do País. No entanto, métodos de trabalho e implante rotinas de execução. O conhecimento da empresa deve toda crise impulsiona mudanças, revisão no modelo de negócio, ensinamentos e estar formalizado em manuais, políticas e procedimentos que devem ser transmitidos grandes oportunidades. aos colaboradores através de capacitações constantes. Você já parou para ver como é um Neste contexto,Anderson Ozawa, especialista em Gestão de Perdas, enfatiza a importância processo em sua empresa e como ele é realmente executado? Você irá se surpreender e então de estar preparado, reforçando que as empresas precisam focar nos fatores primordiais que começará a entender o que estou dizendo. Minha dica: comece a formalizar seus processos, fazem partem de uma organização e compõem sua essência, e não somente no aumento das porque além de tê-los escritos, você encontrará oportunidades de melhoria que antes sequer vendas. “Quando as empresas se conscientizarem que fazer o certo havia pensado que existiam. não é uma opção, mas uma obrigação, começarão a entender que c) Pessoas: Desenvolva, capacite e valorize as pessoas dentro para fortalecer sua posição no setor é necessário investir tempo em do negócio. É o momento de o varejo deixar de ser uma opção de planejamento”, orienta. trabalho, para ser uma definição de carreira. Dada a complexidade Ozawa explica que com o planejamento é definido como alcançar das operações – compras, logística, vendas, perdas, etc. – para os objetivos, que levam a uma visão global dos negócios, onde a alcançar os resultados necessários, o varejo precisa de pessoas sinergia entre as áreas é fundamental. “São determinadas as metas, envolvidas, remuneradas pelos resultados, em constante capacitação os recursos financeiros, os esforços operacionais que demandam e apaixonadas pelo negócio. Minha dica: tenha uma área de recursos de recursos humanos e capacitação, entre outros exemplos que humanos e não um departamento pessoal. Sabe a diferença? Um está poderiam ser citados. E tudo isto deve estar alinhado com a missão e voltado ao ser humano e sua relação com a missão da empresa. O a visão da empresa. Com a sua razão de ser e aonde ela quer chegar. outro serve apenas para fazer folha de pagamento. Qual será que traz Definir um planejamento auxilia a empresa a preparar-se a eventos mais resultado? futuros, prever situações, criar cenários, encontrar o melhor caminho d) Gestão e Controles: Processos sem gestão e sem controles para gerir o negócio”, pontua. não são suficientes. O que muitos varejos ainda não percebem é Com o planejamento e os indicadores de acompanhamento que adotar um modelo de gestão nos negócios é um dos elementos definidos, o especialista reforça que cada liderança pode atuar na primordiais para um negócio sustentável. Os líderes devem controlar Anderson Ozawa, respectiva gestão. “Assim, com gestores envolvidos e comprometidos, aleatoriamente os principais pontos, que geralmente são aqueles especialista em Gestão de Perdas os resultados são maximizados através dos recursos, sejam eles que impactam mais no negócio. Esse controle tem dois benefícios: o humanos, financeiros ou tecnológicos. As estratégias passam a ter psicológico, onde as pessoas passam a executar melhor seus processos maior visibilidade e também é possível iniciar um processo de meritocracia, que representa porque sabem que em determinado momento serão auditadas; e o benefício de gestão e o reconhecimento através dos resultados obtidos. Além disso, a eficiência e a eficácia se indicadores, onde a empresa consegue ter uma visão clara e qualitativa do desempenho de tornam instrumentos determinantes de medição para que os resultados possam ser melhores sua operação e pode comparar com os números colocados no planejamento. e gerarem mais empregos e aumento do lucro como consequências”, informa. e) Clientes: Conhecer os clientes - atuais e futuros - é uma vantagem competitiva que Para não sofrer com os impactos e acontecimentos políticos e econômicos, Anderson poucos utilizam. Existe uma quantidade enorme de informações que podem ser utilizadas Ozawa destaca pontos importantes para a empresa ter um alto desempenho e ser sustentável: para conhecer melhor o cliente. Assim, é possível desenvolver produtos melhores, ambientes de loja, marketing mais assertivo, atendimento personalizado, para que enfim os clientes a) Zona de Conforto: Busque olhar o cenário sob outro ponto de vista. Olhar sob a lente compreendam que a experiência de compra no seu varejo é única e deve ser repetida. da crise só irá trazer mais problemas. Que tal olhar sobre o olhar do cliente? Se você fosse o f) Caixa: Seja em tempos de crise ou tempos de bonança, poupar é fundamental. Isso é cliente do seu produto ou serviço, o que seria importante pra você? Sair da zona de conforto fazer caixa. Ter um fluxo de caixa positivo com uma reserva adequada auxilia não somente nos leva a encontrar novas alternativas, simplificar as coisas. Muitos varejistas ficaram em tempos de crise, mas também em momentos de crescimento, onde recorrer à capital de sentados na zona de conforto quando havia crédito em abundância e a economia estava terceiros é mais caro. Hoje o valor de uma empresa é determinado pela sua capacidade de estabilizada. Alguns aproveitaram para reinvestir no negócio, para melhorar seus processos. geração de caixa. Ter um fluxo de caixa saudável é um dos aprendizados mais importantes Outros não. Quem será que foi mais afetado pela crise? de 2015.
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Gestão
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10 Tendências para o Varejo 5. Zero Atrito: Cada vez mais simplificar o relacionamento e zerar o atrito existente entre marca e cliente é necessário para que o consumidor tenha a melhor experiência com a marca. Hoje em dia, a internet é a maior aliada, pois, por meio do digital, é possível dar informações em tempo real para o público. Muitas vezes, o cliente espera o vendedor 1. Globalização: Cada vez mais o varejo é internacional. Em 2013, voltar com uma informação ou produto - e é justamente durante esse 15 das 250 maiores varejistas do mundo estavam presentes no Brasil. Já pequeno período em que ele analisa se a compra é realmente necessária. em 2016, o número deve subir para 33. Ou seja, em dois anos, a presença Esse é um dos maiores atritos, por isso, é preciso pensar em estratégias e de marcas internacionais no território nacional subiu - e esse é o maior até mesmo no uso da tecnologia para diminuir esse impacto. sinal da globalização. Mesmo que o mercado de um País para outro seja 6. Colaboração: Em um ano desafiador para todos os setores da diferente, as marcas precisam se adaptar à cultura local para aumentar a economia brasileira, o varejo precisa do engajamento dos colaboradores presença global. e de todos os envolvidos no processo para somar forças e se manter forte. 2. Experiência: A geração Y, também conhecida como millennials, é a 7. Omnichannel: O mundo digital está cada vez mais presente no geração da experiência. Os jovens nascidos na década de 80 valorizam mais dia a dia, transformando e impactando a forma de se relacionar. Segundo a experiência e felicidade do que a posse de “coisas”. Uma pesquisa da JC pesquisa feita pelo Google, no Brasil, 86% das pessoas fazem pesquisas Penney mostra que 100% deles usam a internet para buscar informações Fabíola Paes, coordenadora do Laboratório de compras pelo smartphone. Ou seja, o digital cria oportunidades, antes da compra, mas que 75% consideram a loja física a principal de Varejo da Universidade Positivo (UP) mas também traz grandes desafios para o varejo. O novo conceito experiência com a marca. Por isso, é necessário que o posicionamento omnichannel, advindo do multicanal, provoca o setor a pensar estratégias esteja focado no estilo de vida e não mais nas categorias tradicionais. para gerar vantagem competitiva, alta performance e inovação nos negócios. 3. Eficiência e Produtividade: A produtividade do brasileiro está bem abaixo da média 8. Repensar Loja Física: As lojas precisam se reinventar para se adaptar ao estilo de mundial. Para se ter uma ideia, são necessários quatro trabalhadores para conseguir a mesma vida, principalmente dos millennials, que buscam experiências de compras - e não apenas um produtividade de um norte-americano. Os processos e estratégias do varejo não são das mais produto. É preciso alinhar o mundo físico com o digital para estimular o desejo do consumidor. eficazes. “O que não se mede, não se gerencia” - a famosa frase de William Edwards Deming define 9. Big Data: Com tantas mudanças, é preciso, mais do que nunca, obter dados para gerar bem o que é necessário fazer: planejar e medir a eficiência do quadro de trabalho no Brasil. informação relevante para a empresa. Além disso, é essencial saber o propósito, para ser efetivo 4. Internet das Coisas: Relógios, geladeiras, carros e óculos inteligentes. Acessórios até nas ações. então simples, mas com o objetivo de se conectar à internet. A “Internet das Coisas” está cada vez 10. Propósito e Cultura: Para sobreviver, a empresa precisa ter uma razão de existir, para mais presente no dia a dia e surge para complementar o mundo físico e integrar com o digital. motivar e engajar o público, que está cada vez mais preocupado com alguma “causa”. É preciso Entretanto, para muitos casos, ainda é preciso inovar, para tornar o produto mais “usável”. pensar fora da caixa, mas com a cabeça do cliente. Fabíola Paes, coordenadora do Laboratório de Varejo da Universidade Positivo (UP), cita as principais tendências do varejo em 2016, apresentadas na Pós NRF, evento promovido pela Posigraf, em Curitiba (PR), que trouxe um resumo do que foi exposto na última NRF Retail’s Big Show 2016:
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DESABASTECIMENTO DO MERCADO, UM CÍRCULO VICIOSO Não é de hoje, mas o mercado sente mais pelo dólar em alta e por muitas fábricas terem deixado de produzir no País Por: Karin Fuchs | Fotos: Divulgação
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ão é de hoje que o mercado de reposição vivencia a falta de alguns itens para atender o seu cliente. De um lado, fábricas pararam de produzir no Brasil em um momento que o dólar era favorável, mas agora o cenário é outro, e importar ficou muito mais caro. Por outro, as exportações foram beneficiadas. E, mesmo com a queda de produção nas montadoras, o aftermarket não foi totalmente contemplado. “Estão faltando muitos itens, principalmente os fornecidos por fabricantes das peças originais”, diz Alcides Acerbi Neto, diretor Comercial da Jahu. Segundo ele, pelo fato de as montadoras de veículos estarem produzindo menos, os fabricantes de autopeças originais ajustam o seu quadro de funcionários, diminuem sua produção, demitem, entram em férias coletivas, etc., o que acaba por Alcides Acerbi Neto, da Jahu prejudicar o fornecimento de produtos para o mercado Borrachas e Autopeças de reposição. “Mesmo querendo se voltar ao mercado de reposição, os fabricantes não estão preparados para atender a demanda da maneira que este segmento exige. Eles estão acostumados a fornecer poucos itens em grande quantidade para poucos clientes e o mercado de reposição exige o fornecimento de muitos itens com pequena quantidade para muitos clientes”, expõe. Na Real Moto Peças a situação é similar. “Também estamos sofrendo com a falta de peças, principalmente de itens importados desde o ano passado. O custo Brasil é muito alto, muitas indústrias estão deixando de produzir internamente. Porém, com o aumento brusco no dólar, elas pararam de importar com a mesma intensidade, o que ocasionou certo desabastecimento”, conta Otayde Jr., diretor Comercial da distribuidora. Júnior diz que “pela atual situação econômica e política que o País vem enfrentando, percebemos que há uma insegurança muito grande do fabricante voltar a produzir internamente. Há uma série de variáveis negativas que atrapalha”, opina. “O desabastecimento é uma realidade para todo o mercado. E nós também temos que lidar com isso. É difícil dizer quais são os itens em falta, pois a maioria das fábricas está enfrentando essa situação”, conta Ricardo Rocha, gerente de Compras da Cobra Rolamentos e Autopeças.
Ele pontua alguns motivos para esta situação: “com a variação cambial, muitas empresas deixaram de importar produtos alternativos e mesmo os fabricantes locais que deixaram de produzir no Brasil, porque estavam importando, em muitos casos, tiveram que recuar por falta de competitividade com as fábricas que ainda produzem aqui”. Outro ponto crítico ilustrado por Rocha é que as fábricas com grande dependência de fornecimento nas montadoras reduziram suas produções em função da queda nas vendas de veículos zero. “Além de demissões em grande escala nas indústrias de autopeças, a variedade de modelos de veículos, estoques obsoletos tanto no varejo, quanto no distribuidor. Sendo assim, muitos fabricantes não estavam preparados para o aquecimento e as faltas seriam inevitáveis”. Gerente de Compras da SK Automotive (matriz), Mauro De Santi, mostra que esta história não é de hoje. “Tratamos o desabastecimento de uma forma tanto quanto normal, pois se as montadoras estão em alta nós ficamos para trás e hoje ficamos para trás porque a moeda favorece quem exporta. É algo que já convivemos há algum tempo, até porque as fábricas atendem entre 80% e 85% dos pedidos, então, normalmente você já tem uma falta de mercadoria”, explica. No distribuidor, De Santi revela que o desabastecimento pode ser sentido de outra maneira. “Dependendo do número de unidades, no nosso caso são 40 casas atendidas por um mesmo fornecedor, alguma acaba ficando sem a peça, até porque uma unidade às vezes é mais ágil que outra para vender a mercadoria. Essas são as dificuldades que às vezes um grande distribuidor tem com abastecimento e que nem sempre a culpa é do fornecedor”. Ele também expõe a questão da fabricação de peças no exterior.“Em busca de mais competitividade em determinados produtos ou commodities, alguns foram atrás de parcerias no exterior, pois o câmbio era favorável. Com o cenário oposto, já tivemos anúncios de aumentos de preços de fornecedores A Real Moto Peças também sofre com que chegam a 45%, e eles não têm tempo para colocar o desabastecimento de produtos, a fábrica na ativa novamente”, avalia, acrescentando principalmente de itens importados que a maior falta hoje é de itens para carros de baixa
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demanda (vendagem). Mas para De Santi, o pior foi os que foram atrás de itens que não faziam parte de seu DNA. “Grande parcela dos nossos fornecedores foi em busca de produtos que estão até fora do seu core business, buscando faturamento em algo que não tem nada a ver com o seu DNA. Algo que ele agregou e até pela parceria e por ser um produto competitivo no mercado você acaba entrando com a sua comercialização. E de repente ele vai ficar a ver navios”, prevê, acrescentando que todo mundo terá que se reestruturar. “Nós somos uma extensão da fábrica. Acho que estaremos mais Ricardo Rocha, da Cobra Rolamentos e Autopeças próximos de quem está mais próximo da gente”. Na Car Central, o diretor Comercial, Sergio Teixeira, diz que houve um comportamento mais recessivo na linha pesada e menos na leve, impactando o mercado. “Por outro lado, o volume de demanda mudou um pouco, quem trabalhava com as duas linhas pode ter aumentado o volume de pedidos para a linha leve, por exemplo, e fábrica tem um tempo para se ajustar. Mas o que acabamos tendo é escassez de dinheiro e a inadimplência que começa a dar sinais de preocupação”, sintetiza. Segundo ele, “quando o mercado está mais recessivo o volume de negócio diminui. A compra é direcionada a itens de maior giro e o restante vira realmente compra de oportunidade”. E, ainda, que a tendência é de acomodação. “O que se vê são indústrias passando a ser generalistas, complementando seus portfólios com outras famílias, aumentando a oferta”. Se isso é bom ou ruim, Teixeira comenta que algumas grandes indústrias já têm portfólios bastante diversificados e marcas importantes oferecendo o mesmo tipo de produto e que, inicialmente, todos buscam ofertar itens que têm maior giro e os de menor a demanda ficam comprometidos. Diretor-presidente da Auto Norte, Carlos Eduardo Monteiro Almeida (Cacai), conta que o que está sendo observado é uma demora maior na entrega de peças de alguns fornecedores. “Mas, em nossa opinião, isso não chega a causar um desabastecimento. Mais algumas faltas momentâneas”, acrescenta, citando como exemplo principalmente os itens de suspensão e freios. Para pontuar, ele cita que isto pode estar acontecendo por alguns motivos, entre eles, retorno das férias coletivas nas fábricas, diminuição de jornada de trabalho, energia mais cara e queda nas vendas. “A situação é de controle nas vendas e atenção especial à inadimplência, acreditamos que a normalidade nas entregas se dará em no máximo 30 ou 40 dias. Nossos prazos são de 45 dias médios, porém estamos rigorosos Mauro De Santi, da SK Automotive na aprovação de crédito”, diz. Alternativas Para não comprometer o atendimento ao cliente, as distribuidoras buscam soluções. “Conseguimos atender as demandas, mesmo com o desabastecimento das fábricas, graças à variedade de produtos fornecidos pela Cobra Rolamentos e Autopeças”, pontua Ricardo Rocha. Na Auto Norte, Cacai diz que “temos um estoque regulador de aproximadamente 45 dias, o que é suficiente para suprir a demora”. “Estamos sofrendo também com o desabastecimento, mas estamos recorrendo aos produtos similares para atender nossos clientes. Com esta medida, nosso prazo de entrega está praticamente normalizado, mantendo a forma de pagamento como sempre foi, com um pequeno repasse nos preços de alguns itens por motivo de troca de fornecedor”, revela Alcides Acerbi Neto.
Mauro De Santi explica que se houvesse garantia de fornecimento de peça de outra fábrica nacional, esta poderia ser a alternativa. “Mas acredito que hoje a grande maioria dos distribuidores do porte da SK Automotive está pensando em encolher o número de fornecedores. A quantidade de veículos (marcas e modelos) é tão grande que fica praticamente impossível eu dizer que vou atender 100% o meu cliente. Talvez estejamos caminhando para a especialização forçosamente”, analisa. Já Otayde Júnior é enfático quando o assunto é desabastecimento do mercado. “Não há solução, Sergio Teixeira, da Car Central apenas quando se tem alternativa, o que nem sempre acontece para determinados tipos de produtos. A falta é generalizada entre os fabricantes”. E na ponta, consequentemente, os varejistas sentem os reflexos e buscam fazer o melhor para atenderem seus clientes. Novas fontes Na Altese, que conta com cinco unidades no Rio de Janeiro, o gerente de Compras, Leandro Santana Rodrigues, diz que há algum tempo faltam itens no mercado, além do desabastecimento comum na virada e no início do ano. “Que são os priores momentos”, acrescenta. Ele pontua que o mais grave é na parte de eletrônica, “muita coisa passou a ser importada e com a variação do dólar percebemos que muitos seguraram a importação e não estão atendendo a demanda do mercado”, informa. Carlos Eduardo Monteiro Almeida Para contornar a situação, “procuramos opções, (Cacai), da Auto Norte mas alguns itens nós não temos encontrado em nenhum fabricante”, lamenta. Na Jaicar Auto Peças, em Goiânia (GO), o diretor Alair Júnior conta que prevendo o desabastecimento o estoque regulador (CD) foi aumentado e também buscaram novos fornecedores. “E o desabastecimento também é realidade para nós, principalmente de componentes de borrachas e transmissão. Mas no geral falta um pouco de tudo”, revela. “Nós temos buscado outros fornecedores e também temos alguns contatos fora do País. Claro que não conseguimos com tudo, há produtos com curva muito desfavorável, mas a curva A nós buscamos sempre ter”, explica Alexandre Kohara, gerente Comercial Braskape. Segundo ele, não há uma linha específica que falta no mercado. “É uma dificuldade de toda a indústria que ficou anos com certa desmotivação para produzir, por uma questão de política industrial do País”. Na Castro Autopeças, Plínio Castro diz que a saída é opções de marcas. “Se não tiver a marca A, vende a B. Não se pode falar não ao seu cliente, tem que lhe dar opção, e mudar de marca momentaneamente, mesmo que você não queira. É preciso se adaptar às circunstâncias do momento”, defende. Em Santa Maria (RS), na Apul Peças, o diretor, Alexandre Lima, conta que não estão sofrendo com falta de peças. “Existem faltas pontuais que são normais para o setor. São muitas marcas de carros e linhas de produto, e isto é compreensível. Os itens em falta de uma marca são repostos por outras. Inclusive por marcas importadas”, diz. Para João Pelegrini, do Leandro Santana Rodrigues, da Grupo Pelegrini, de Uberlândia (MG), “às vezes o que Altese Autopeças, existe é uma reclamação diferenciada, mas sempre do Rio de Janeiro (RJ)
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Ponto de vista existiu por causa da diversidade de marcas e modelos Para os varejistas, alguns motivos podem explicar de veículos. Com isso você acaba tendo uma série de o desabastecimento do mercado. “A indústria não dificuldades”, expõe. está motivada a produzir no País e com a variação Como exemplo, ele cita que o distribuidor tem uma cambial que houve ela não tem tempo hábil de dificuldade muito grande de ter as linhas nacional e retomar a produção e o abastecimento. Inclusive, esse importada, exatamente pela diversidade da frota. abastecimento se agravou no final de 2015, pois as “Uma coisa ou outra sempre irá faltar. Não percebo a fábricas não queriam virar o ano com estoque alto falta de peças como um problema real, até porque há (declarado no Imposto de Renda). Ao contrário, um desaquecimento natural da economia e, com isso, o lojista aumentou seu estoque e pagou o ônus na a oferta é maior que procura. Pode ser um problema declaração do Imposto de Renda”, compara Kohara. pontual em algumas regiões, mas eu vejo muito mais Alair Júnior, da Jaicar Auto Peças, Na visão de Pelegrini, há uma Plínio Castro, da Castro Autopeças, por causa do mix de veículos”. de Goiânia (GO) perda de referência de volume de de São Paulo (SP) Diretor Comercial da Josecar, produção. “As montadoras tiveram Ricardo Carnevale, comenta que o uma queda de produção de veículos e seus fornecedores deixaram desabastecimento se deu principalmente entre os meses de dezembro de produzir na escala que tinham antes. Consequentemente, até de janeiro. “E a nossa estratégia foi aumentar o estoque a partir de para estoque, eles perdem a referência tanto da montadora quanto novembro para passarmos bem o final do ano, período em que as da reposição. Acho que no momento atual há um desespero de fábricas estavam em férias coletivas. É um ônus alto, mas o maior ônus adequação”, avalia. é não ter a peça para o cliente”. Alexandre Lima defende que todo o setor passa por uma Outra estratégia, conta Carnevale, foi adequação do estoque. “Agora readequação financeira. “Se for necessário reduzir estoque, todos estão como são seis lojas nós fizemos a adequação, a transferência de estoque fazendo. Não estamos sabendo visualizar o futuro e nem esperança. entre as lojas, o que ajuda muito. Mas ainda temos um pouco de Dai retraímos, compramos menos, estocamos menos e investimos dificuldade referente às peças importadas (abastecimento)”, revela. Alexandre Kohara, da Braskape menos”. Momento econômico também ilustrado por Alair Júnior. Autopeças, de São Paulo (SP)
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Estados Unidos, por exemplo, se uma fábrica não “Os principais motivos para falta de peças no atende totalmente o pedido de um distribuidor, mercado são: alta do dólar, importação diminuindo; mas parcialmente, ela lhe dá o prazo que fornecerá insegurança do mercado com política e economia; os demais itens. No Brasil, se a fábrica colocasse o indústrias nacionais despreparadas para demanda setup de produção ou a logística dela mais conectada interna, e mercado monopolizado (poucas ao mercado, talvez não faltassem tantas peças. indústrias do mesmo segmento com mesmo nível Principalmente o distribuidor teria que saber quando de qualidade)”, pontua. a fábrica irá entregar determinado item. A fábrica Para Plínio Castro, pelo crescimento do número de venderia mais, o itens para atender a distribuidor estocaria frota houve aumento mais e não faltariam da diversificação e Ricardo Carnevale, da Auto Peças Alexandre Lima, da Apul Peças, peças no mercado”. redução de volume Josecar, de São Paulo (SP) de Santa Maria (RS) Para finalizar, de estoque de toda Ricardo Carnevale acredita que este seja o momento a cadeia. “Com isso para as fábricas reavaliarem seu modelo de negócio. a taxa de reposição é insuficiente, é preciso uma “Com o dólar alto, a indústria brasileira poderia logística muito afinada, o que é difícil, pois você tem aproveitar este momento e começar a produzir aqui. uma estatística de vendas e pode se surpreender. E Eu, particularmente, não gosto de comprar produtos as próprias plantas das fábricas são muito difíceis de de empresas importadoras, prefiro as marcas mais mudar de uma hora para outra, algumas deixaram de conhecidas do mercado e o meu cliente também. A produzir no País e a importação é mais lenta que a confiança é maior em um produto feito no Brasil ou demanda da reposição”, analisa. mesmo que seja importado por uma fábrica conhecida Castro defende que a comunicação deveria ser Casa do Chevrolet, de Uberlândia (MG) no País”, conclui. mais afinada, mais sincronizada no setor. “Nos
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EDUCAÇÃO FINANCEIRA: VOCÊ CONTROLA SEUS GASTOS? Com o aumento do índice de inadimplentes, é importante o profissional ter disciplina, foco e um bom planejamento financeiro para não ficar no vermelho Por: Simone Kühl
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e acordo com a Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic Nacional), apurada mensalmente pela CNC - Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, com dados coletados em todas as capitais dos Estados e no Distrito Federal, com cerca de 18.000 consumidores, o percentual de famílias com dívidas, contas atrasadas ou que relataram não ter condições de pagar aumentou em janeiro de 2016, ante o mês anterior, assim como na comparação com o mesmo período de 2015.
É fato que as famílias brasileiras começaram o ano de 2016 mais endividadas, mesmo com o décimo terceiro salário recebido no final de ano, houve piora nos indicadores de inadimplência, e uma proporção maior de famílias que relataram não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso. As taxas de juros mais elevadas e o cenário menos favorável do mercado de trabalho também impactaram negativamente os indicadores de inadimplência e a percepção das famílias em relação à sua capacidade de pagamento.
Neste contexto, em relação ao tipo de dívida do consumidor, a Pesquisa revelou que o cartão de crédito foi apontado como um dos principais tipos de dívida por 78,6% das famílias endividadas, seguido de carnês, por 16,8%, e, em terceiro, de financiamento de carro, por 12,5%. No grupo de famílias com renda até dez salários mínimos, cartão de crédito, por 80,0%, carnês, por 17,8%, e financiamento de carro e crédito pessoal, ambos por 9,5%, foram os principais tipos de dívida apontados. Já entre as famílias com renda acima de dez salários mínimos, os principais tipos de dívida apontados em janeiro de 2016 foram: cartão de crédito, por 72,2%, financiamento de carro, por 26,5%, e financiamento de casa, por 18,6%.
Planeje-se Diante deste cenário, Lélio Braga Calhau, promotor de Justiça de defesa do consumidor do Ministério Público de Minas Gerais e Rio de Janeiro e Coordenador do site e do Podcast “Educação Financeira para Todos”, ressalta que muitos brasileiros estão em desiquilíbrio financeiro e não possuem uma reserva para ajudar nesse momento. “As pessoas só se dão conta da importância da reserva financeira em momentos de crise, desemprego e emergências pessoais. O correto é separar uma quantia adequada que não interfira no orçamento familiar e aplicá-la todo mês, não usando esse dinheiro até surgir a real necessidade”, orienta. Um grande problema do brasileiro na hora da compra, notado por Braga, é a preocupação apenas com o valor da parcela, quando deveria ser com o valor total da compra ao longo do período de pagamento, somando juros e outros eventuais gastos que podem vir com o produto. “É preciso ter uma visão ampla antes de finalizar a transação, por exemplo, na compra de um carro, o consumidor deve levar em consideração IPVA, seguro, gasolina, manutenção e colocar na ponta do lápis se terá condições de bancar todos os gastos, ele deve verificar se o valor do veículo está dentro do seu orçamento. Tudo precisa ser programado e analisado para não comprometer o equilíbrio financeiro”, explica. Desta forma, todos os gastos devem ser calculados para evitar desperdícios e compras sem real necessidade. “O dinheiro deve ser utilizado de forma cautelosa, pois, se você não tiver um comportamento adequado com o seu padrão de vida ou buscar uma renda complementar, irá acabar acumulando dívidas, o que influenciará em todas as áreas da sua vida, além de seguir para um caminho de falência”, adverte. Braga ainda destaca a importância de ter sonhos e objetivos na vida e foco para alcançá-los. “Sem motivação e disciplina não conseguimos chegar a lugar nenhum”, emenda. Outra dica do especialista é acompanhar o canal do Youtube do Procon do Rio de Janeiro, que oferece cursos gratuitos e traz depoimentos de consumidores, onde é possível compartilhar e aprender com os erros.
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Taxa de desemprego Outro fator que demonstra que é preciso ter cautela é o aumento do número de desemprego. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego prévia do Brasil em 2015 foi de 8,4%, superando as taxas médias registradas no mesmo período de 2014 (6,9%), 2013 (7,4%) e 2012 (7,5%). Com base em todas essas informações, separamos algumas dicas do roteiro prático organizado pelos especialistas da Serasa Experian e avaliado pelo CATe (Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo), da prefeitura de São Paulo, para ajudar o profissional a ter disciplina e foco. O conteúdo pode ser acessado na íntegra no próprio site (www.serasaconsumidor.com.br/ desempregados). 1. Encare a situação de frente: Agora é hora de saber quais são os recursos disponíveis, incluindo verba rescisória (pagamento de férias, 13º proporcional, multa sobre o FGTS e liberação do mesmo, quando não for justa causa), algum fundo de emergência criado para este fim e o segurodesemprego. Esse montante será sua base financeira até encontrar um novo emprego e voltar a receber um salário. 2. Não se empolgue com o dinheiro recebido: Ao se depararem com uma quantia considerável, proveniente da verba rescisória e demais benefícios, muitas pessoas se iludem e cogitam fazer investimentos, como trocar o carro ou reformar a casa. Mas atenção: nesse momento você não tem mais renda mensal e é seu único recurso para pagar as contas fixas durante todo o tempo em que durar o desemprego. 3. Corte itens nas despesas mensais: Não tem jeito. Uma das primeiras atitudes práticas para quem está desempregado e não vê perspectiva de um novo trabalho em curto espaço de tempo é enxugar o orçamento. Para isso será necessária a contribuição da família. Explique que é uma situação temporária, mas, para evitar transtornos maiores, algumas despesas terão que ser cortadas. Caso ainda não tenha, organize uma planilha com todas as contas mensais, incluindo dívidas e prestações. Esse hábito deve se manter por toda a vida porque ajuda a saber onde a renda mensal é empregada. Retire dessa lista tudo o que pode ser cortado temporariamente, mantendo itens essenciais, como alimentação, plano de saúde, contas de luz e água. 4. Diminua o valor das contas que não podem ser cortadas: Mesmo algumas despesas fixas devem sofrer redução. É possível economizar luz e água e restringir itens na lista de compras do supermercado ou substituí-los por produtos similares mais em conta, por exemplo. 5. Não pague com cartão de crédito: Jogar as despesas para o próximo mês, quando não há perspectiva de um novo trabalho e renda, só agravará o problema. Lembre-se que os juros do cartão de crédito estão entre os maiores do mercado. Especificamente nesta fase será bem fácil entrar em uma bola de neve com dívidas no cartão. Por isso, dê férias indeterminadas para esse instrumento de compra. 6. Pague à vista: Pagando à vista as contas indispensáveis, você terá como controlar melhor sua verba, sabendo exatamente quanto pode empenhar em cada compra/pagamento. 7. Pratique a avareza: Faça economias pequenas no dia a dia, dispensando o cafezinho na padaria, o pão de queijo na esquina e a pizza do fim de semana. Esses poucos reais economizados, ao longo de um mês, se transformam no dinheiro que falta para a conta de gás, por exemplo. 8. Economia com transporte: Em alguns momentos será mais barato deixar o carro e sair de casa a pé ou de transporte público. O procedimento evita gastos com combustível e não desgasta o veículo, adiando a manutenção e a troca de peças. Dívidas 9. Dívidas anteriores ao desemprego: Caso o desempregado tenha dívidas atrasadas para arcar, o primeiro passo é contatar os credores e explicar a situação. Para acertar as contas com o cheque especial e o cartão de crédito pode ser viável pedir uma atualização de valores e fazer uma proposta para quitar à vista, com desconto, se for possível empenhar a verba rescisória nesses pagamentos. 10. Seguro prestamista: Verifique se você possui um seguro prestamista contratado. O seguro prestamista é normalmente oferecido junto a algumas modalidades de financiamentos. Uma vez adquirido, ele garante a quitação de dívidas em caso de desemprego involuntário (sem justa causa).
O prestamista normalmente é utilizado para cobrir empréstimos bancários, dívidas no cartão de crédito, prestações de consórcio e financiamento de bens – como automóveis, eletrodomésticos e imóveis –, além do empréstimo consignado com desconto em folha. Vale lembrar que, em caso de atrasados, não há cobertura. Ele só será aplicado em mensalidades que vençam após a data de demissão. 11. Financiamentos: Caso o desemprego chegue enquanto um imóvel está sendo financiado, há duas alternativas a se considerar: se você acredita que sua recolocação profissional não demorará muito, vale a pena encontrar meios para seguir pagando as parcelas. Pedir dinheiro emprestado para amigos ou parentes é uma alternativa, mas só se houver como fazer o ressarcimento em breve. Mas, se não há previsão para um novo emprego, o melhor é passar a dívida adiante, tentando recuperar o que já foi investido. O dinheiro deste repasse pode, inclusive, ser utilizado para a manutenção das despesas fixas enquanto durar o desemprego. O mesmo raciocínio vale para financiamentos de outros bens. 12. Fazer dinheiro: A venda de bens que tenham liquidez é um caminho viável para quem está desempregado há algum tempo e vê as dívidas se acumulando. Muito melhor do que entrar em um círculo vicioso de inadimplência é se desfazer de algum bem rentável, como um carro, por exemplo. 13. Não faça mais dívidas: Quando o novo emprego ainda não é uma realidade, ir atrás de empréstimos não é uma boa saída. Lembre-se: a primeira parcela do financiamento vai chegar antes que você tenha um salário. 14. Assim que for possível, comece a poupar: Passada a fase de desemprego, fica a lição: uma reserva financeira para momentos de crise é muito bem-vinda. Por isso, quando sua vida profissional estiver estabilizada e o salário voltar a ser uma realidade, faça uma reserva para as próximas eventualidades.
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O site www.osucateiro.com tem como foco gerar economia para os compradores e auxiliar no fluxo de caixa e gestão de estoque dos vendedores com a venda dos produtos de baixo giro, sucata e resíduos industriais, através de uma plataforma online. As empresas se cadastram no portal, optam por um pacote de divulgação e disponibilizam os produtos pela negociação direta (venda, compra, doação e permuta) ou pela opção de leilões.
Aisin fornece primeiros componentes de motores fabricados no Brasil Os primeiros componentes para motores já foram produzidos pela Aisin na sua nova fábrica em Itu (SP), onde já são feitas autopeças para a carroceria. O lote que inaugurou a linha de produção forneceu 600 autopeças para abastecer a planta de motores da Toyota em Porto Feliz, também no interior paulista. Os motores equipam o modelo Etios, montado em Sorocaba. A previsão é de que haja novos fornecimentos no segundo semestre deste ano.
CURTAS
Catálogo online de autopeças da Bosch inova com imagens e recurso de visualização em 360º
Bridgestone lança promoção que leva torcedor para final da Libertadores
O catálogo online de autopeças da Bosch (www.bosch-automotive-catalog.com/ pt_BR), que anualmente é acessado por um número superior a um milhão de usuários em todo o mundo, foi atualizado e está ainda mais completo. Agora o sistema conta com informações adicionais dos produtos e de imagens em 360º, com o objetivo de facilitar a identificação dos itens de forma mais ágil e segura. Graças a essa expansão, os usuários agora podem visualizar mais de cinco mil peças de reposição em todos os ângulos.
A promoção “Com a Bridgestone na Libertadores” (www. promocaobridgestone.com.br/libertadores) premia dois consumidores e seus respectivos acompanhantes, com uma viagem para assistir a segunda partida da final da Copa Bridgestone Libertadores 2016. O concurso acontece até o dia 15 de abril e vale somente para os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
micronAir traz ao mercado mais uma novidade em filtros de carvão ativado para a linha Mercedes-Benz A micronAir, marca da Freudenberg Filtration Technologies e líder de mercado em equipamentos originais para veículos dotados de filtros de ar de cabine, está ampliando o seu portfólio de filtros de carvão ativados para a linha da Mercedes-Benz com o lançamento do filtro MC798. Produzido com a mais alta tecnologia, o produto pode ser aplicado nos modelos Série C (W204), Série E (W212) C207, GLK (X204), SL (R231) e SLS (C197), além de ser compatível com a maioria dos carros da fabricante alemã vendidos no País a partir de 2010. Mais informações no site (www.micronair.com.br).
Vetor apresenta canal “Vetor TV” FOTOS: DIVULGAÇÃO
Osucateiro.com é lançado na web
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Para melhor atender os seus clientes, a Vetor Automotivos criou um canal no Youtube chamado “Vetor TV”. Nele, são disponibilizados vídeos esclarecendo dúvidas sobre os produtos da marca. Além disso, é possível conhecer mais sobre a empresa e sua história. Acesse e confira!
Sabó no Brasil adota soluções contábeis fiscais da Invoiceware
Além da recente implantação da solução para ECF – Escrituração Contábil Fiscal para a Sabó, o Grupo Invoiceware vem desenvolvendo uma série de soluções para as unidades da empresa no Brasil. O Grupo Sabó, um dos líderes mundiais no desenvolvimento e fabricação de soluções em vedação para a indústria automobilística, com unidades fabris no Brasil e na Argentina, movimenta apenas no Brasil 15 mil NF-e mercantis de saída, por mês. A emissão de notas fiscais mercantis no formato eletrônico, NF-e de saída (venda de itens, produtos) foi o primeiro projeto implementado na Sabó pelo Grupo Invoiceware.
Brasil e Argentina concordam com o livre comércio automotivo Os governos de Brasil e Argentina concordaram em renegociar um novo acordo automotivo baseado no livre comércio em substituição ao atual sistema de cotas e em vigor até o próximo 30 de junho. O objetivo fará parte do cronograma de negociações bilateral acertado durante reunião realizada no dia 18 de fevereiro, em Buenos Aires, entre o ministro Armando Monteiro, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), e os ministros argentinos da Produção, Francisco Cabrera, e dos Transportes, Guillermo Dietrich.
W Zanoni tem novo gerente de Vendas Com expertise em aftermarket, Jefferson Martins é especialista em Marketing, graduado na área de Gestão de Negócios e Marketing. Martins terá como missão reposicionar a marca no mercado, trabalhando na gestão de representantes, relacionamento com os clientes em todo o território nacional e nos demais assuntos pertinentes ao Marketing da empresa.
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IQA já recebe préinscrições para o 4º Fórum da Qualidade Automotiva
Interessados em se inscrever ou patrocinar o evento podem acessar o site do Instituto (www.iqa.org.br) ou entrar em contato por meio do telefone (11) 5091-4545 e aproveitar condições especiais de fechamento antecipado. O 4º Fórum IQA da Qualidade Automotiva será realizado no Centro de Convenções Millenium, em São Paulo (SP), no dia 19 de setembro, e reunirá especialistas de todos os elos da cadeia para debaterem a qualidade como requisito para competição no mercado global.
NGK lança Tabela de Aplicação de velas, cabos e bobinas de ignição A NGK apresenta a Tabela de Aplicação 2016 ao mercado nacional. A novidade fica por conta da inclusão das aplicações de bobinas de ignição ao manual de velas, cabos e sensores de oxigênio. Ou seja, o profissional poderá encontrar informações sobre todos os componentes do sistema de ignição, além das aplicações de sensor, em um único lugar. Para solicitar a tabela, o reparador deve entrar em contato com o SAC da NGK pelo 0800 197 112. O material também pode ser acessado gratuitamente pelo site (www.ngkntk.com.br).
A marca, que trabalha com 100% de fabricação própria até nos mínimos detalhes, fornecendo durabilidade aos mercados nacionais ou internacionais; tem o parque industrial mais moderno do segmento; está presente nos principais distribuidores nacionais e regionais e nos principais sistemistas e montadoras; tem o melhor custo benefício no quesito durabilidade e segurança; é genuinamente brasileira e possui 55 anos de compromisso com a qualidade final do produto.
CURTAS Ajusa apresenta novo Gestor A Ajusa em 2016 conta com um novo gestor. Diferente dos outros anos, a Ajusa será administrada por um brasileiro, Paulo da Cruz, que tem a missão de fortalecer ainda mais a marca que já está há 15 anos no Brasil, com novas estratégias de venda e marketing mantendo a competitividade mediante o cenário econômico mundial.
Magneti Marelli Aftermarket inicia 2016 com nova linha de produtos para veículos leves e pesados
Sampel destaca diferenciais no mercado
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Coerente à estratégia de expansão contínua de seu portfólio de produtos, a Magneti Marelli Aftermarket, divisão de negócios focada no mercado de reposição de autopeças, começa o ano anunciando o lançamento de uma nova linha de produtos. Trata-se da linha de relés automotivos para veículos leves e pesados, com mais de 50 códigos que cobrem praticamente todos os modelos da frota nacional. A estimativa da empresa é alcançar 15% de participação de mercado, o que representa cerca de 100 mil peças/mês.
MAHLE desenvolve tecnologia que reduz consumo de óleo lubrificante do motor A nova tecnologia idealizada pela empresa prevê a utilização de camisas de cilindro com revestimento externo de níquel, que promove uma maior aderência metalúrgica (maior área de contato) entre o ferro fundido do cilindro e o bloco de alumínio, e reduz o consumo de óleo lubrificante. O aumento da transferência de temperatura entre a câmara de combustão e os canais de refrigerante do bloco do motor vem de uma maior aderência do cilindro com o bloco, diminuindo sua distorção.
Vendas de veículos usados recuam 10,5% em janeiro A queda de 10,5% das vendas de veículos usados verificada em janeiro, quando foram transferidos 735,4 mil unidades, comparada com o volume de 821,9 milhão de veículos no mesmo mês de 2015, entre automóveis, comerciais leves e pesados, acendeu uma luz amarela no segmento. Para a Fenauto, Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores, o desempenho negativo apurado no primeiro mês do ano reflete os efeitos da retração da demanda de consumo, que vem afetando a maior parte da economia brasileira e que após atingir o mercado de veículos zero quilômetro parece ter chegado também ao setor de usados.
Maria Esther testa simulador de Fórmula 1 no Rio A vencedora de 19 torneios de Grand Slam de tênis, Maria Esther Bueno, lenda do tênis brasileiro e agora nova embaixadora da Pirelli, experimentou no dia 19 de fevereiro o simulador da Fórmula 1 do estande da marca italiana no Rio Open.
Garmin lança GPS Zumo 395LM para motociclistas Robusto e à prova d´água, o novo zūmo 395LM oferece novas tecnologias, como o Adventurous Routing™ para os aventureiros poderem selecionar o nível de curvas e colinas em cada viagem. O zūmo 395LM apresenta características inovadoras, projetadas especificamente para motociclistas, como a introdução de alertas e recursos inteligentes, novas opções de controle de música e notificações que ampliam a segurança dos motociclistas nas viagens.
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Vendas do HB20 Rspec começaram No dia 13 de fevereiro iniciaram as vendas do HB20 Rspec. O veículo, pensado para o consumidor que valoriza um visual esportivo e arrojado, mas sem exigir, necessariamente, maior potência e desempenho, está exposto e disponível para test drive e venda nas mais de 200 concessionárias da Hyundai Motor Brasil. A versão com câmbio manual chega por R$ 53.895,00 e, com transmissão automática, sai por R$ 58.195,00.
Mercedes-AMG GLE 63 4MATIC Coupé é apresentado no Top Night A décima edição do MercedesBenz Top Night, realizada no dia 3 de fevereiro, apresentou com exclusividade para cerca de 1.800 convidados os SUVs Mercedes-AMG GLE 63 4MATIC e também sua versão coupé, além do GLC 250 4MATIC Sport, que ressaltam o que há de mais novo e sofisticado em termos de design e tecnologia no segmento de utilitários premium. Neste ano, a exposição de fotografias de Luiz Tripolli teve como tema“Heróis”, com destaque para protagonistas de importantes conquistas do esporte nacional que, assim como os SUVs Mercedes-Benz, fazem dos desafios seu maior combustível, buscando sempre o topo.
BMW Group Brasil lança miniaturas colecionáveis
GM completa 91 anos celebrando a liderança de mercado com o Chevrolet Onix Entre os marcos celebrados estão a liderança das vendas no varejo da Chevrolet nos últimos três anos, o Onix como o carro mais vendido em 2015 e a produção de 15 milhões de carros no País. Além disso, também vale lembrar que as vendas globais da General Motors cresceram pelo terceiro ano consecutivo, fechando 2015 com a comercialização de 9,8 milhões de veículos.
O BMW Group Brasil lançou no dia 15 de fevereiro as miniaturas oficiais das marcas BMW e MINI no mercado brasileiro. Os produtos já estão disponíveis exclusivamente nas concessionárias representantes das marcas BMW e MINI em todo o País - são 45 versões, nas escalas 1:18, 1:43 e 1:64, certificadas pelo Inmetro. Todas as miniaturas são produzidas artesanalmente, seguindo o mais alto padrão de qualidade do BMW Group e trazem toda a emoção que os veículos das marcas BMW e MINI proporcionam.
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CURTAS Peugeot do Brasil apresenta série especial 208 InConcert A Peugeot acaba de lançar uma série exclusiva do modelo compacto da marca. Repleto de itens de série focados em tecnologia, conforto e segurança, o 208 InConcert oferece ao consumidor uma qualidade de som diferenciada para os veículos deste segmento. A edição limitada em 500 unidades do hatchback proporciona, entre outros atributos, uma experiência musical prazerosa aos passageiros.
Nova Ford Ranger é eleita melhor compra na África do Sul A Ford Ranger foi eleita melhor compra na África do Sul e garantiu seu lugar na edição de 2016 da lista “Top 12 Best Buys”, da Car Magazine, uma das principais publicações automotivas do continente, ampliando a galeria de títulos da nova picape global que em breve estará também no Brasil. Esta foi a quinta vitória consecutiva da Ranger na premiação, numa região famosa pela variedade e exigência de cenários off-road.
Potência compacta – Novo Audi RS 3 Sportback O novo Audi RS3 Sportback já está nas concessionárias da marca de todo o País. Oferecido em versão única, o modelo tem preço sugerido de R$ 290.990. Com 367 cv de potência e 465 Nm de torque, o compacto é um dos mais rápidos e potentes do segmento premium. O poderoso motor 2.5Turbo FSI de cinco cilindros faz com que o modelo acelere de 0 a 100 km/h em 4,3 segundos e atinja uma velocidade máxima de 250 km/h, limitada eletronicamente.
Volkswagen Novo Jetta 2016 passa a contar com motor 1.4 TSI de 150 cv O Novo Jetta chega à linha 2016 com melhor desempenho, equipamentos inéditos e tecnologia ainda mais sofisticada. O sedã Volkswagen passa a ser equipado nas versões Trendline e Comfortline com o novo motor 1.4 TSI de 150 cv, que alia excelente desempenho e baixo consumo de combustível. A configuração Highline mantém o consagrado motor 2.0 TSI com 211 cv, associado à transmissão automática DSG de seis marchas.
Toyota apresenta nova geração da SW4 ao mercado brasileiro A Toyota do Brasil lança a versão 2016 da SW4, líder no segmento de SUV’s médios no mercado nacional há quatro anos. Com identidade própria, a nova SW4 é a representação exata de um verdadeiro SUV, destacada pelo design externo e interno reestilizados, mais conforto, equipamentos, motor e transmissão inéditos, além de completo sistema de segurança. A capacidade off-road também foi aprimorada.
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ImpORtadORa TÉRIA DE CAPA/ dIstRIbUIdORa
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ISAPA CHEGA À MAIORIDADE EM AUTOPEÇAS Diretor conta como foi o processo de introdução da linha de autopeças há 18 anos e destaca forte atuação da distribuição no País Por: Silvio Rocha | Fotos: Divulgação
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á 54 anos no segmento de bicicletas, a entrada da Isapa na área de autopeças aconteceu anos depois, com a chegada do atual diretor, Roland Setton, em 1998, que trouxe consigo uma vasta experiência no setor automotivo. Com um catálogo de 7 mil itens nas linhas de suspensão, transmissão, embreagem, motor, freio, elétrica, entre outros itens, a importadora possui atualmente cerca de 420 funcionários diretos, 3 centros de distribuição e mais de 60 profissionais de representação em todo o Brasil. Chegada do diretor A história de Roland Setton no setor automotivo iniciou com seu trabalho em uma reconhecida empresa do segmento, onde atuou por 18 anos, passando pelas áreas de Marketing, Exportação e Mercado de Reposição. A seguir, ao deixar a companhia, começou a desenvolver uma atividade na área de representação de empresas internacionais. “Como eu já tinha conhecimento em exportação, vendendo produtos brasileiros para outros países, vi que era possível fazer o contrário, no entanto senti dificuldade em convencer os distribuidores a importarem produtos de fora”, comenta. Roland Setton, diretor E, em janeiro de 1998, o empresário apresentou à Isapa um novo horizonte, a introdução da linha de autopeças em seu portfólio. “Eu tinha o conhecimento, a Isapa tinha a estrutura e já fazia a importação, seriam mantidas as bases da empresa com departamentos separados (Telemarketing, Vendas, Marketing e Compras), com isso a Isapa aceitou a proposta e estou até hoje nesse negócio”, conta. Introdução de autopeças No começo, Setton diz que foi muito estudado qual seria o negócio, se buscariam distribuições no mercado interno ou no externo mesmo. “O mercado brasileiro era muito competitivo e a briga entre os ‘bons’ era pesada, o que nos deu mais certeza em seguir firme na importação. No início procuramos alternativas na Argentina, Itália, Espanha e logo depois na China e Coréia, percebemos que a demanda de peças importadas era escassa no País e mesmo começando com calma, aos poucos ganhamos espaço no setor. Hoje a linha de autopeças tem uma parcela importante do faturamento da empresa”. O diretor também ressalta que após a entrada na China a Isapa começou a trazer peças para carros nacionais. “O conceito de carro nacional com importado misturou muito, pois temos marcas do exterior com fábricas no Brasil e vice-versa, existe uma indústria nacional muito forte que complementa a produção com peças de fora, podemos dizer, e existem importadores que podem ser uma alternativa nesse mercado, como é o nosso caso”, salienta.
Automec (abr/15)
13ª Convenção de Vendas Isapa (set/15)
Distribuição Com três centros de distribuição, a importadora atende fortemente todas as regiões do País, o CD em Itajaí (SC) atua em toda a região Sul, o CD em São Paulo (SP) opera em todo o Estado e o CD em Vitória (ES) ampara as demais regiões. “Fazemos dois papéis: importar e distribuir, embora exija mais trabalho, para nós é muito mais vantajoso dessa forma, pois conseguimos ser mais independentes e ter uma distribuição mais pulverizada. Para reforçar cada vez mais nossa rede de representantes, realizamos com frequência nossa tradicional convenção de vendas, já estamos na 13ª edição”, informa. Segundo o diretor, a importadora sempre destaca para o lojista a qualidade das peças, que também são certificadas pelo Inmetro, a preços competitivos com os produtos nacionais. “Mas ainda notamos que a rede confia muito mais nos fabricantes nacionais, mas esta é uma barreira que ainda estamos quebrando”, completa. Sobre o abastecimento do estoque, Setton conta que os prazos de compra de peças importadas são mais lentos, por isso é preciso estar preparado para suprir a necessidade do mercado. “O fabricante do exterior ao pegar o pedido, irá produzir as peças, demorando aproximadamente 60 dias, depois temos mais 45 dias de viagem e 15 dias de burocracia brasileira para retirar a encomenda, isso quando não atrasa”, explica. Oportunidades e projeções Para ele, o cenário de oportunidades para a reposição sempre existiu, e não somente agora em meio à retração de vendas das montadoras. “Muitos afirmam que a reposição vai crescer com essa queda, mas quando o mercado de carros novos está faturando as revendas também estão, pois quem compra o usado automaticamente realiza uma manutenção para garantir o bom funcionamento”, enxerga. Porém, quando existe uma crise econômica, as prioridades mudam. “As decisões de conservação e consumo são postergadas e muitas vezes a qualidade diminui, dando espaço para a compra de peças recondicionadas”, lamenta. Sobre o período que o País se encontra, ele afirma: “Passamos por vários momentos difíceis de crise e ao que parece esse será o mais longo, pois a crise econômica está sendo muito prejudicada pela situação política, contudo estamos maiores, mais estruturados e bem preparados”. Em relação ao futuro, o diretor revela que é muito otimista, mesmo acreditando que o ano será de dificuldades, no segundo semestre de 2016 já prevê uma retomada da economia. Roland Setton Formado em Economia pela USP – Universidade de São Paulo – e Pós-graduado em Administração e Marketing pela FGV – Fundação Getulio Vargas.
Autonor (set/15)
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Compactos de entrada Nissan March e Novo Fiat Uno disputam a preferência dos clientes que procuram o primeiro carro ou necessitam de um veículo para uso urbano
Por: Redação | Fotos: Estúdio Premiatta
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ntre os compactos mais vendidos no País está o Novo Uno, da Fiat. A trajetória do modelo começou em 1983 e foi evoluindo. Em 2010, a fabricante de Betim (MG) mudou totalmente o carro, ele passou a ser fabricado em uma nova arquitetura e, em 2014, recebeu um facelift, porém, as alterações privilegiaram o interior e equipamentos. Também nesse segmento, a Nissan trouxe em 2011 do México o March. E também se estruturou para produzi-lo no País, construiu uma fábrica em Resende (RJ), a qual entrou em operação em 2014 e de lá sai o New March. Em relação ao carro mexicano, o visual é novo, a dianteira tem uma grande entrada de ar inferior e grade cromada em forma de V, o para-choque dianteiro é robusto. Na lateral, uma linha de cintura baixa, os para-lamas ressaltam as caixas de rodas. As maçanetas e retrovisores, de acordo com a versão, podem ser pretos, da cor da carroceria ou cromados. No teto foram colocados dois vincos em forma de V, que lembram bumerangues. E o desenho da carroceria na extremidade traseira do teto é levemente elevado. As modificações internas incluíram novos materiais, painel e volante. Ele tem comprimento de 3.827 mm, a largura é de 1.675 mm, para
Porta-malas
Enquanto o modelo da Nissan recebe até 265 litros, o do Uno comporta 280
Motor
O 1.0L da Nissan é 16 válvulas e entrega 74 cv de potência a 5.850 rpm e torque de 10 kgfm a 4.350 rpm, abastecido com etanol ou gasolina. Já o propulsor Fiat utiliza o motor Fire Evo com 73 cv (G) / 75 cv (E) a 6.250 rpm e torque de 9,5 kgfm (G) / 9,9 kgfm (E) a 3.850 rpm
uma distância entre os eixos de 2.450 mm e altura de 1.528 mm. O Uno mede 3.811 mm de comprimento, com largura de 1.636 mm, para uma distância entre eixos 2.376 mm e o portamalas tem capacidade para 280 litros. No Fiat Novo Uno, os faróis são retangulares com as pontas arredondadas que invadem os para-lamas. A grade tem três aberturas no lado esquerdo e o para-choque completa o conjunto como se fosse uma só peça. Na lateral, as caixas de rodas saltam para fora, os vincos aparecem na linha das maçanetas. A traseira
tem as lanternas retas nas colunas laterais e vidro reto na tampa do porta-malas. Preço e motorização Dentro do Uno, o painel tem velocímetro analógico e digital, o segundo integra as informações oferecidas pelo computador de bordo, e o conta-giros e marcador de combustível são mecânicos. O motor 1.0L da Fiat é o Fire Evo, ele oferece potência de 73 cv (G) / 75 cv (E) a 6.250 rpm e torque de 9,5 kgfm (G) / 9,9 kgfm (E) a 3.850 rpm, ele está acoplado ao câmbio de 5 marchas. O Uno Attractive 1.0L EVO, quatro portas, tem o preço de R$ 38.460, ele vem com: ar-condicionado, desembaçador do vidro traseiro, para-brisas degradê, computador de bordo A/B (distância, consumo médio, consumo instantâneo, autonomia, velocidade média e tempo de percurso), direção hidráulica, faróis de neblina, airbag duplo (motorista e passageiro), ABS com EBD, limpador e lavador do vidro traseiro, rodas de aço estampado 5.5 x 14”, pneus 175/65 R14, travas elétricas, automáticas nas
Filtro de óleo
Em ambos os carros os elementos filtrantes são do tipo convencional
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Filtro de combustível
Amortecedor e freio
Nos dois modelos os elementos filtrantes são do tipo convencional e estão localizados na parte traseira, próximos ao tanque. No Uno, ele tem uma capa protetora
Painel
Por tratar-se de modelos de entrada, ambos os carros têm painel de instrumentos simples
portas a 20 km/h, vidros elétricos dianteiros com one touch e antiesmagamento. Com o Kit Evolution-2 há um aumento de R$ 1.809,00 no valor do veículo. Este Kit contém o sistema de som, composto por: maçanetas e retrovisores na cor do veículo, rádio Connect integrado ao painel com RDS, entrada USB/AUX, viva-voz Bluetooth e função Audio Streaming (inclui volante com comandos do rádio e telefone), retrovisores externos elétricos com função Tilt Down, retrovisores externos com luzes indicadoras de direção integradas e revestimento externo nas
Os freios dos dois modelos são a disco na dianteira e tambor na traseira. Ambos utilizam suspensão independente na dianteira do tipo McPherson
colunas das portas. Já com o Kit Control com alarme antifurto, chave canivete com telecomando para abertura e fechamento das portas, vidros elétricos traseiros com one touch e antiesmagamento, existe um acréscimo no valor de R$ 1.189,00. O New March utiliza o motor da Renault, pois as duas fabricantes integram uma aliança, porém, o sistema de arrefecimento foi modificado, ele não usa reservatório de expansão. Este 1.0L 16 válvulas oferece 74 cv de potência a 5.850 rpm e torque de 10 kgfm a 4.350 rpm, abastecido com etanol
ou gasolina. O New March versão Conforto tem custo inicial de R$36.990, usa rodas de aço 14 polegadas, pneus165/70 R14. Com ar-condicionado, direção elétrica progressiva, volante com regulagem de altura, chave com telecomando para abertura e fechamento, farol de neblina, vidros, travas e retrovisores elétricos, passa a ser versão ‘S’ e o preço é de R$ 38.990. Os freios dos dois modelos são a disco na dianteira e tambor na traseira. Ambos utilizam suspensão independente na dianteira do tipo McPherson.
Custos de peças e serviços Novo March 1.0L
Peças Serviços Amortecedores dianteiros:.................................................................R$ 442,13 - cada ...........................R$ 272,00 Amortecedores traseiros: ....................................................................R$ 199,00- cada ...........................R$ 136,00 Disco de freio dianteiro:........................................................................R$ 169,46- cada ............................R$ 272,00 Jogo de pastilhas dianteiras: .............................................................R$ 155,00................................R$ 136,00 - kit Lonas de freios traseiras: ......................................................................R$ 199,00................................R$ 272,00 - kit Óleo / litro: ...................................................................................................R$ 35,90...................................R$ 136,00 - kit Filtro de óleo: ..............................................................................................R$ 39,90 ..............................................R$ 68,00 Filtro de ar:....................................................................................................R$ 58,00 ..............................................R$ 68,00 Filtro de combustível: ............................................................................R$ 25,90 ..............................................R$ 68,00 Filtro anti-pólen:........................................................................................R$ 62,90...............................................R$ 68,00 Velas:................................................................................................................R$ 16,99- cada ........................R$ 272,00 kit
Uno Attractive 1.0L 2015
Peças Serviços Amortecedores dianteiros:.................................................................R$ 669,50- par................................R$ 433,55 Amortecedores traseiros: ....................................................................R$ 397,74- par................................R$ 224,00 Disco de freio dianteiro:........................................................................R$ 388,70- par................................R$ 269,00 Jogo de pastilhas dianteiras: .............................................................R$ 172,14..........................................R$ 149,50 Lonas traseiras:...........................................................................................R$ 171,59- jogo.............................R$ 209,00 Óleo / litro: ...................................................................................................R$ 38,00...............................................R$ 60,00 Filtro de óleo: ..............................................................................................R$ 18,23...............................................R$ 45,00 Filtro de ar:....................................................................................................R$ 30,40 ..............................................R$ 59,00 Filtro de combustível: ............................................................................R$ 15,06 ..............................................R$ 75,00 Filtro anti-pólen:........................................................................................R$ 70,50...............................................R$ 75,00 Velas(jogo): ..................................................................................................R$ 57,16 ..............................................R$ 75,00
Colaboraram: Fiat Chrysler Automobiles (FCA), Nissan do Brasil, Concessionária Fiat Itavema - Barra Funda e Concessionária Tokio Nissan - Washignton Luís
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sINdIcatO
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Por: Karin Fuchs
presidente do sincopeças-sp, Francisco de la tôrre, esclarece a suspensão da partilha do Icms e comenta sobre a nova lei paulista que proíbe o comércio de determinar um valor mínimo para pagamentos no cartão de crédito ou débito
Em vigor deste 1º de janeiro deste ano, no dia 18 de fevereiro, o Supremo Tribunal Federal concedeu uma liminar suspendendo a mudança no recolhimento do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) que determinava a sua partilha entre estado de origem e estado destino nas operações interestaduais para as empresas optantes do regime Simples Nacional. Em entrevista exclusiva ao Jornal Balcão Automotivo, Francisco De La Tôrre, presidente do Sincopeças-SP, esclarece a suspensão, os impactos aos varejistas com a partilha do ICMS e o que seria o mais adequado. Ele também comenta sobre a nova lei paulista, em vigor desde janeiro, que proíbe o comércio de determinar um valor mínimo para pagamentos no cartão de crédito ou débito. Balcão Automotivo: Qual é a orientação neste momento para os varejistas de autopeças? Francisco De La Tôrre: Como foi uma liminar do Supremo Tribunal Federal e o mérito da questão ainda não foi julgado (suspensão vale até o julgamento de uma ação ajuizada pela OAB), é muito importante que os empresários optantes pelo Simples façam uma reserva financeira, pois existe o risco de ao cair a liminar as secretarias estaduais da Fazenda venham cobrar dos contribuintes o imposto do período. BA: E não há um prazo para o julgamento? De La Tôrre: Não sabemos quando a questão será julgada, já foi pedido às secretarias estaduais da Fazenda que seus argumentos de defesa sejam enviados para apreciação. Eu, particularmente, estou muito otimista, pois isto deveria ter sido feito por uma lei complementar, não por uma portaria. BA: Como se dá a partilha do ICMS entre os estados? De La Tôrre: A portaria publicada pelo Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária) obrigava os contribuintes, para todas as vendas interestaduais, a fazerem o recolhimento imediato do imposto devido, o ICMS, na proporção de 60% para o estado de origem
Sincopeças na Rede
da operação e 40% para o estado destino. Mas no recolhimento da alíquota. Brasil você tem milhares de produtos com alíquotas diferenciadas, e para cada estado há alíquotas BA: Quais são os pleitos? De La Tôrre: Primeiramente, o que se pede é que se diferenciadas nas operações interestaduais. considere o princípio legal do regime diferenciado para as pequenas empresas, isso é fundamental. Em BA: E quem se responsabiliza por ela? De La Tôrre: Para cada venda realizada, a segundo lugar, mesmo para as grandes empresas que responsabilidade ficava para o empresário. O não estão se beneficiando desta liminar, que exista acompanhamento da nota fiscal juntamente com a um mecanismo para que elas não tenham que fazer o cópia de uma guia de recolhimento destes impostos. recolhimento para cada operação antes da mercadoria Assim, quando o contribuinte apura o imposto devido sair da sua empresa, pois isso dificulta muito a sua ele tem que observar qual é a alíquota do ICMS do operação no dia a dia. estado de origem e qual é a do estado destino. Fora isso, há estados que não têm convênio para recolhimento BA: O que seria viável? do imposto com toda a rede bancária, somente com De La Tôrre: O meu entendimento é que a partir do bancos específicos, de forma que o contribuinte tem acordo entre os estados de se dividir o ICMS (estado de que saber quais são os bancos que têm convênio com origem e de destino), que isso seja feito numa câmara de compensação de forma que o contribuinte recolha determinados estados. normalmente o ICMS uma vez por mês e os estados, por uma câmara de compensação, cuja informação é BA: Inviabiliza a operação? De La Tôrre: Citando como exemplo uma empresa toda eletrônica, façam as compensações. E não jogar que realiza 50 operações de vendas por dia para nas costas do contribuinte este ônus; isto é tirar uma vários estados no Brasil, ela precisa fazer 50 obrigação operacional do estado e transferi-la para o recolhimentos separadamente em um único dia, contribuinte. observando as alíquotas de cada um dos estados destino. Para uma pequena empresa, onde o dono BA: Para finalizar, qual é a sua opinião sobre a lei que é o diretor do RH, do departamento de vendas e de proíbe o comércio de São Paulo de exigir um valor compras, ele passou a exercer também a função de mínimo para compras no cartão? office boy para rodar o dia inteiro em bancos para De La Tôrre: A venda pelo cartão de crédito é uma recolher estas alíquotas. É inviável, tanto que 34% prática totalmente difundida pelo nosso setor, das pequenas empresas que praticavam comércio até porque o consumidor de autopeças faz mais manutenção corretiva do que preventiva, e por este eletrônico suspenderam esta operação. tipo de gasto não estar previsto em seu orçamento BA: Para quais tipos de vendas se dá a partilha do isso o torna um inadimplente em potencial. O que ICMS entre os estados? não podemos concordar é que o varejista tem que De La Tôrre: Vale tanto para o comércio informar se trabalha ou não com cartão de crédito, de eletrônico como para vendas físicas, pois há forma bastante clara e acessível. E, uma vez que aceitar, muitas empresas situadas próximas às fronteiras ele não pode limitar o valor mínimo de pagamento. estaduais. No caso de vendas para o consumidor Vale lembrar que é contraditório, pois ficou estipulado final não é necessária, desde que ele retire a para este ano que o valor mínimo de compra onde o mercadoria no balcão da loja. Mas se o varejista estabelecimento fica obrigado a emitir nota fiscal é a fizer a venda eletrônica e entregá-la, tem que partir de R$ 10,00. Por coerência, este mesmo princípio ser acompanhada pela nota fiscal e haver o deveria valer para o cartão de crédito.
O sincopeças-sp está na rede mundial. - acesse: - facebook.com/sincopecas - twitter.com/sincopecas - youtube.com/portaldaautopeca.com.br
Foto: Divulgação
Liminar suspende partilha do ICMS em vendas interestaduais
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Compacto por fora e grande por dentro Furgão Vito da Mercedes-Benz chegou para atender operações diversas em locais com limitação de altura de entrega Texto: Karin Fuchs | Fotos: Divulgação
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ançado em outubro de 2015 e com vendas iniciadas dois meses depois, a Mercedes-Benz totalizou 115 unidades comercializadas do seu novo furgão Vito, com os modelos Vito furgão e Vito passageiro, que veio para somar à família Sprinter, mas com uma proposta diferenciada. Com uma altura menor, de 1,910 mm, enquanto que na família Sprinter a menor é de 2,365 mm de altura com teto baixo, o furgão Vito atende segmentos em que já não era mais possível com a Sprinter, principalmente em locais com limitação de altura para entrega de mercadorias, e ele está apto para circular em grandes cidades onde a mobilidade urbana foi reduzida. Gerente de Marketing e de Produtos da Mercedes-Benz, Ana Paula Teixeira, destacou que trata-se de um veículo com vocação muito urbana com características de um carro de passeio. “Todos os modelos têm direção hidráulica e suas dimensões (ver Box) permitem agilidade em manobras, otimizando a operação”, cita, complementando que para dirigir um Vito basta o motorista ter uma CNH (Carteira Nacional de Habilitação) categoria B. Como inovação, o furgão Vito é equipado com um sistema de monitoramento de cansaço, “inédito nos comercias leves no País”, revelou Ana Paula, acrescentando que
ele substitui vários pequenos carros utilizados na entrega de cargas fracionadas, como é o caso das empresas que operam com comércio eletrônico, resultando em redução de custos e aumento de produtividade. Indicado para transportadores e autônomos, de micro a médias empresas e empreendedores, o Vito 111 CDI atende às mais diversas operações e atividades, como cargas fracionadas, floriculturas, lavanderias, oficinas, unidades móveis, profissionais liberais, ambulância, entre outros. Ana Paula Teixeira comentou que entre os clientes o maior retorno foi dos que atuam com oficinas móveis, dado o volume de equipamentos que o Vito permite abrigar, gerando valor à operação. Ela também falou sobre a atratividade do pacote de segurança da Mercedes-Benz, com várias facilidades aos clientes. “O que inclui um pacote de manutenção e ampla rede de atendimento com aproximadamente 200 pontos no Brasil, até porque o veículo é o que movimenta o negócio do empreendedor, o seu fluxo de caixa, e ele não pode ficar parado”, diz, pontuando que “nós temos a maior linha de comerciais leves do País e o maior de pacote de serviços”.
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Ana Paula Teixeira, gerente de Marketing e de Produtos da Mercedes-Benz
Customização e mercado Para atender as mais diversas aplicações, o furgão Vito permite customização e, para tanto, o cliente Mercedes-Benz conta com o apoio a implementadores. “Inclusive in loco para monitorar a transformação, a adaptação do veículo de acordo com o uso”, acrescentou Ana Paula Teixeira. Segundo ela, a inovação com o Vito foi possível graças à consagrada linha Sprinter, lançada há 18 anos no mercado. “Não estaríamos aqui se não fosse ela”, disse, durante encontro com jornalistas do setor no dia 22 de fevereiro, na Feira do Empreendedor, realizada pelo Sebrae, no Anhembi, em São Paulo (SP), onde a Mercedes-Benz esteve presente com estande destacando o Vito e o chassi Sprinter Street com a carroceria adaptada para o programa “Food Truck – A Batalha”, do canal GNT. Na ocasião, a gerente também apresentou alguns números. “Entre 2012 e 2014, o segmento de vans grandes acima de 3,5 toneladas apresentou crescimento. Mas no
ano passado, a retração deste mercado foi de 36%, enquanto nós tivemos um aumento de participação de 2,9% e terminamos o ano com um market share de 24,5% neste segmento”, ilustrou. Dimensões e capacidade Comprimento: 5.140 mm Comprimento da área de carga: 2.831 mm Largura: 2.249 mm (incluindo retrovisores) Distância entre eixos: 3.200 mm Altura: 1.910 mm de altura Altura interna: 1.392 mm Volume de carga: 6 m³ e carga útil de 1.225 kg
FIQUE DE OLHO
Grupo Volvo América Latina tem bons resultados mesmo em ano difícil A marca se manteve na liderança brasileira de caminhões pesados em 2015, alcançando 29,6% de market share, exatamente o mesmo percentual verificado em 2014. Os caminhões semipesados da linha VM também tiveram resultado satisfatório, a marca conquistou 12,3% de market share no ano passado, resultado muito semelhante aos 12,6% conseguidos em 2014. No segmento de ônibus, a Volvo avançou 3,1 pontos percentuais no mercado de ônibus urbanos, retomando a segunda posição no segmento de pesados. NGK lança cinco novas aplicações de velas aquecedoras para motores ciclo diesel Referência mundial no setor automotivo, a NGK disponibiliza cinco novas aplicações de velas aquecedoras para motores ciclo diesel no mercado nacional da reposição. Produzidas no Japão com a mais alta tecnologia, os componentes atendem a veículos da Fiat, Hyundai, Kia Motors, Mercedes-Benz e Nissan. As novas aplicações podem ser encontradas no site www.ngkntk.com.br, acessando Linha Automotiva. A empresa também oferece atendimento pelo SAC – 0800 197 112 - de segunda a sexta, das 8h30 às 18h.
Iveco lidera o mercado de caminhões na Argentina pelo 6º ano Com mais de 46 anos de atuação e destaque na Argentina para os setores de caminhões e comerciais leves, a Iveco encerrou o ano de 2015 na liderança de mercado no País pela sexta vez consecutiva. Nos Semipesados, a montadora atingiu a porcentagem anual de vendas de 36% com os modelos Tector e Tector Attack; para os Pesados e Extrapesados, acumulou 26% entre todas as negociações, colocando as linhas Stralis e Cursor em destaque.
Fras-le está na rota da internacionalização Ao representar as Empresas Randon como palestrante no Workshop sobre exportação promovido pela Autodata no dia 3 de fevereiro em São Paulo, o CEO da Fras-le, Ricardo Reimer, relatou a trajetória da internacionalização da empresa que exporta para mais de 100 países. Para Reimer, o tema do seminário está absolutamente afinado com o atual momento, porque a exportação representa uma oportunidade de crescimento para as companhias que precisam olhar e se preparar para o mercado externo em seus projetos de expansão.
Ricardo Coelho é o novo diretor de Desenvolvimento de Produto da DAF Brasil Ricardo Coelho, contratado em 2012 como primeiro engenheiro da área técnica da companhia no País, assume a posição no lugar de Felix Hendriks, que retorna à matriz da empresa, na Holanda. Formado em engenharia elétrica e com 15 anos de experiência no segmento automotivo, o executivo assume as áreas de desenvolvimento de novos produtos e assistência técnica, se reportando diretamente ao presidente Michael Kuester. Coelho foi o primeiro engenheiro brasileiro a assumir esta posição na matriz da empresa.
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BorgWarner inicia produção da embreagem Visctronic® no Brasil para caminhões extrapesados Originalmente produzido na Alemanha, o produto voltado a essa aplicação passa a ser fabricado no País, oferecendo ao mercado nacional um item capaz de produzir uma refrigeração mais eficiente nos veículos que trabalham com cargas muito grandes em localidades de clima quente e altitudes elevadas, como o próprio Brasil e demais países da América do Sul. Utilizando um software especialmente calibrado para se comunicar com a unidade eletrônica de controle do motor, a embreagem Visctronic responde continuamente às exigências do veículo com base em sua temperatura, velocidade ou carga.
Viscosa
Linha Bardahl de tratamento para o diesel ganha novo produto: Bardahl Agroprotetivo D-600 O Bardahl Agroprotetivo D-600 é um tratamento completo para o óleo diesel B7, pois sua formulação, com agente bactericida, controla a degradação do combustível pela ação das bactérias e a formação da borra (biofilme), problemas provenientes da reformulação do óleo diesel usado no País nos últimos anos. Além dos benefícios deste novo produto, ele traz uma vantagem importante: é extremamente econômico. Basta uma pequena quantidade para proporcionar benefícios que protegem o equipamento e promovem perceptível economia de combustível: 500 ml de Bardahl Agroprotetivo D-600 protegem 1.000 L de diesel.
Receitas da Marcopolo no exterior crescem 28,5% em 2015 A Marcopolo divulgou recentemente ao mercado o seu desempenho no exercício 2015. A empresa alcançou receita líquida consolidada de R$ 2,739 bilhões, com retração de 19,4% em relação à obtida em 2014 (R$ 3,4 bilhões). O destaque foi o crescimento de 28,5% nos negócios no exterior e exportações – R$ 1,475 bilhão, contra R$ 1,148 bilhão registrado no ano anterior. A significativa retração da demanda brasileira por ônibus foi o principal motivo para a queda da receita. O mercado nacional caiu 38,4%, com a fabricação de 17.511 unidades (contra 28.429 unidades de 2014). Em que pese a retração do mercado nacional, a participação de mercado da Marcopolo aumentou para 40,7% em 2015, contra 39,6%, em 2014. Com relação aos resultados alcançados com os negócios oriundos do exterior, a companhia exportou, a partir do Brasil, 1.766 unidades (já excluindo os kits desmontados) contra 1.628 em 2014, aumento de 8,5%. Magneti Marelli Aftermarket anuncia lançamentos para veículos pesados Com forte atuação no mercado de reposição, com diversas linhas de produtos, a unidade Aftermarket do grupo Magneti Marelli, segunda maior empresa do segmento no Brasil, está ampliando o número de itens em seu portfólio para veículos pesados e acaba de lançar modelos de amortecedores destinados aos caminhões Volvo e ônibus Agrale, além de radiador e intercooler para caminhões Mercedes-Benz. A empresa anuncia também o lançamento de produtos da Linha Térmica destinados ao gerenciamento térmico de motores Mercedes-Benz. Transmissões Allison reforçam a segurança para os bombeiros que atuam em aeroportos do Brasil Nos últimos três anos, a empresa Lavrita Engenharia entregou 70 novos caminhões classe AP2 para o Corpo de Bombeiros com operações em aeroportos de voos domésticos regulares. Estes novos caminhões equipados com as transmissões Allison fazem parte do programa de Investimento Logístico da Secretaria de Aviação Civil (SAC) com o intuito de reforçar a segurança da aviação comercial do interior do Brasil. O caminhão CCC-AP2Fênix, montado pela Lavrita em uma plataforma Scania P 440 é o único caminhão 4x4 fabricado no Brasil que preenche todas as exigências internacionais e pode ser usado em qualquer aeroporto das Américas do Sul e do Norte.
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COMPLETA INFRAESTRUTURA PARA A PRODUÇÃO DE VÍDEOS TÉCNICOS, INSTITUCIONAIS E PUBLICITÁRIOS
Perfis e comparativos dos principais modelos da indústria automotiva
Treinamentos dos principais sistemas e componentes de eletrônica embarcada
Cobertura dos principais eventos dos mercados original e de aftermarket
Captação
Produção Fotográfica
Edição/ Finalização
www.ctra.com.br/videos • ctravideos@premiatta.net • tel (11) 5677.7773
agência premiatta
Procedimentos técnicos feitos por profissionais de indústrias e docentes do CTRA
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Teste dos 100 mil KM: JAC Motors J3 Veículo com quilometragem avançada é avaliado nas dependências do CTRA Por: Silvio Rocha e Simone Kühl | Colaborou: Wanderlei Castro | Fotos: Vanderlei Vicário
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m 18 de março de 2011, a JAC Motors inaugurou suas atividades no existe folga. O painel de instrumentos mesmo básico é despojado, em sua Brasil apresentando os modelos J3 e J3 Turin totalmente adaptados visão, e conta com os itens essenciais. para o País, com alterações que vão desde a estética a trabalhos na Os amortecedores também se comportaram bem ao passar rápido por engenharia, sendo no total 242 itens modificados em relação aos lombadas e mesmo com o ar-condicionado ligado o veículo não perdeu modelos originais. potência. Para ele, a motorização 1.4 garante um conjunto harmonioso e de Como diferenciais, os veículos chineses chegaram com: garantia total de equilíbrio entre o motor e o câmbio. “Em marcha lenta, os coxins do motor seis anos sem limite de quilometragem, revisões com preços reduzidos, peças não transferem vibração para a carroceria”, emenda. Em subida acentuada, de reposição mais baratas do segmento e um seguro mais acessível. o carro atendeu bem, com uma direção suave, o reparador comenta que o Em especial, o veículo em análise nesta edição, J3, é equipado com o veículo está bem alinhado, o único ponto negativo notado foi um pouco de motor 1.4 litro a gasolina, confeccionado em bloco de alumínio e desenvolvido Cláudio Guedes, da Autotoki Service, em entrevista ruído, o que já era de se esperar pela quilometragem do mesmo. em parceria com a austríaca AVL, com 16 válvulas e duplo comando, que a Silvio Rocha, da CTRA Vídeos Para o proprietário da Autotoki Service, o resultado final do teste de desenvolve 108 cv de potência a 6.000 rpm e torque de 138 Nm (14,1 kgfm) a 4.500 rpm, tem aceleração percurso o surpreendeu.“Fiquei até impressionado nessa avaliação, o veículo atendeu bem durante todo o de 0 a 100 km/h em 11,7 segundos e velocidade máxima de 186 km/h. trajeto, em comparação com outros automóveis nacionais, pude ver que não foge muito do padrão, é um A transmissão é manual de 5 velocidades, sistema McPherson nas rodas dianteiras e nas rodas carro de fácil manutenção e o estado das peças superou minhas expectativas”, completa. traseiras suspensão independente tipo dual link, recurso este que aumenta a neutralidade direcional em condições extremas, uma vez que absorve melhor as irregularidades do piso quando atua em esforço. Peças e Serviços Os itens de série que acompanham o veículo são: vidros elétricos dianteiros e traseiros, desembaçador traseiro, limpador traseiro, retrovisores elétricos, lâmpadas halógenas, faróis com regulagem elétrica de Por se tratar de um veículo que ainda não saiu da garantia, a demanda por peças e serviços ainda altura, faróis de neblina (dianteira), lanternas de neblina (traseira), brake light, luzes de leitura, alças de é pequena fora das concessionárias. De acordo com Alexandre Kohara, da Braskape Autopeças, e Plínio segurança dianteiras e traseiras, parassol com espelho de cortesia, acendedor de cigarros e retrovisor Castro, da Auto Peças Castro, ambos varejos tradicionais da capital paulista, os itens em estoque são os de interno antiofuscante. maior giro por não haver ainda tanta procura dos clientes, mas caso o consumidor precise de um produto Além disso, conta com direção hidráulica, ar-condicionado, freios com ABS e EBD, duplo airbag que a loja não possua a pronta-entrega, a mesma se encarrega de através dos fornecedores parceiros frontal, volante com regulagem de altura, travamento automático das portas a 15 km/h, banco traseiro conseguir o componente. bipartido 60/40, CD player com 6 alto-falantes e entrada USB e rodas de liga de alumínio aro 15, entre Realidade esta que também se passa nas oficinas mecânicas, no entanto, Cláudio Guedes enfatiza outros itens. que é preciso estar pronto para atender esses futuros clientes.“Após o período de garantia os proprietários O modelo está disponível no mercado em três cores sólidas (Branco Ártico, Vermelho Cereja e Preto irão procurar os reparadores independentes e precisamos nos preparar para a manutenção deste modelo”. Classic) e em quatro opções metálicas (Prata Imperial, Cinza Mercúrio, Vermelho Rubi e Azul Pacífico). Ficha Técnica A cor metálica é, inclusive, o único opcional do modelo, a R$ 990. Já bancos em couro jac motors j3 – 2012/2013 são oferecidos como acessório na rede de motorização concessionários. O preço do J3 é R$ 37.900. Versão: 1.4 VVT 16V O modelo J3 possui uma nova versão Tipo de motor: quatro cilindros em linha apresentada há pouco mais de dois anos após Transmissão: manual de cinco velocidades a estreia da marca no País. A nova concepção Suspensão estética do veículo é jovial, redefinindo o Dianteira: independente, tipo McPherson com barra estabilizadora e molas helicoidais paradigma de personalidade para o segmento Traseira: independente, tipo Dual Link com molas helicoidais de carros compactos. Freios Dianteiro: a disco ventilado O teste Traseiro: a tambor com sapatas auto-ajustáveis Para comprovar a boa performance e o estado de suas peças devido ao excessivo tempo de uso, dimensões o proprietário da Autotoki Service, da zona Sul de São Paulo, Cláudio Guedes, participou da análise Total – Comprimento x largura x altura (mm): 3965×1650×1465 do veículo cedido pela montadora JAC Motors. Na opinião do empresário em seu teste de percurso, Entre eixos (mm): 2400 considerando a alta quilometragem, o veículo está em boas condições e suas peças estão bem preservadas. Capacidade do porta-malas (lts): 350 “No teste é observada a retomada do carro para ver como o motor responde, rolamento, pneu, barulhos Capacidade do tanque de combustível (l): 48 na suspensão, entre outros pontos”. Ao dirigir, mesmo em um piso bem acidentado, Cláudio ressalta que o J3 teve um comportamento Para assistir em breve a análise técnica deste veículo, acesse nosso portal: normal e não apresentou nenhum barulho de pivô e terminal, o que geralmente costuma acontecer com www.ctra.com.br veículos nessa quilometragem. Na curva acentuada para avaliar a homocinética, foi verificado que não
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E-commerce em alta Segmento de vendas on-line apresenta resultados positivos e cada vez mais tem se tornado indispensável para as empresas que buscam continuar crescendo Por: Simone Kühl | Fotos: Divulgação
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á é realidade que as vendas on-line fazem parte da vida dos consumidores devido à sua praticidade e variedade de itens e informações que transmitem na hora. Em meio a um cenário de dificuldades econômicas em todo o País, esse segmento caminha em constante crescimento e tem se mostrado muito benéfico para as empresas. Conforme levantamento da E-bit/Buscapé (www.ebit.com.br), unidade especializada em informações de comércio eletrônico do Buscapé Company, as vendas realizadas em 2015 nas lojas virtuais brasileiras apresentaram um crescimento nominal de 15,3% na comparação com 2014, alcançando um faturamento de R$ 41,3 bilhões. Apesar do cenário socioeconômico no País, os números comprovam que foi um ano positivo para o setor, com um total de 106,5 milhões de pedidos. O tíquete médio também subiu, em 12%, atingindo valor médio de R$ 388, em parte devido à inflação, que também elevou os preços dos produtos vendidos on-line no decorrer do ano. “O comércio eletrônico é um setor muito atrativo na economia brasileira e acreditamos que ainda existe muito espaço para crescimento. O mercado ainda continuará apresentando bons resultados em 2016, principalmente pelo aumento das vendas via dispositivos móveis”, afirma André Ricardo Dias, diretor Executivo da E-bit. Já Fernando Shine, CEO da Yourviews, empresa que oferece um exclusivo sistema de review de produtos para lojas virtuais (www.yourviews.com.br), ressalta que assim como os demais setores sentiram grandes efeitos gerados pelo cenário econômico, algumas lojas virtuais fecharam as portas, desistindo da venda pela internet e outras preferiram segurar os investimentos. No entanto, entre os principais clientes da companhia, houve uma clara ascensão no número de pedidos. “Tivemos André Ricardo Dias, um acréscimo de aproximadamente 40% no ano de 2015. Já da E-bit/Buscapé no faturamento, estimamos um aumento próximo a 50%, quando comparamos o início do ano com seu final. A própria Yourviews também cresceu proporcionalmente mesmo em um período turbulento”, conta.
Fernando Shine, da Yourviews
Comportamento do consumidor Segundo Shine, os usuários da internet estão cada vez mais acostumados às redes sociais e seus mecanismos. “Isso significa que eles querem encontrar tudo o que podem em um mesmo lugar, eles desejam comentar sobre as páginas e fazer perguntas quando têm dúvidas. Os consumidores querem informações rápidas, que vão além da descrição padrão de um produto, os comentários de outros clientes são importantíssimos nesse quesito. Quando podem, eles são abertos a interações, respondendo dúvidas de outros colegas consumidores, e claro, fazendo avaliações das compras realizadas”, emenda. A pesquisa realizada pela Yourviews, que levantou acessos a mais de 150 lojas virtuais brasileiras e trouxe um mapeamento sobre o setor, aponta que houve um aumento de
4% no ticket médio. A empresa justifica que o incremento no valor está relacionado com as avaliações, de forma que produtos mais caros são melhores classificados e instigam mais compras que suas contrapartes com avaliações não tão boas. E a taxa de recompra apresentou um aumento de até 50%, percentual este que mais chamou a atenção dos lojistas. “Isso evidencia a importância do comentário do consumidor e a forma com que o lojista trata o comentário do cliente. Sem contar a relevância de poder compartilhar as avaliações no Facebook da loja e recomendar novos produtos conforme a experiência de compra. São maneiras de fidelizar os consumidores”, frisa o CEO da Yourviews.
Interação entre usuários e lojas Com base nesses resultados, Shine ainda comenta que quando um cliente vê uma avaliação de um produto em uma loja, ele deixa de ir ao concorrente fazendo com que a loja tenha mais chances de concretizar uma venda. Outro ponto importante sobre os comentários e avaliações são que eles ajudam o lojista a entender a percepção que os consumidores têm da sua loja e de seus produtos.“Solicitando o feedback ao cliente após a compra, ele pode ser ágil na tomada de conhecimento do problema e, claro, na correção do mesmo”, pontua. “As recomendações aos amigos, seja através de e-mail ou redes sociais, como o Facebook, faz com que um comentário possa ser utilizado fora da loja como argumento de venda, mesmo por terceiros. É como se você utilizasse as avaliações para fazer vendas para sua loja, com um poder de argumentação dado por um comprador passado”, explica Fernando Shine. Nesse contexto, ele destaca que quando um consumidor escreve uma avaliação e esta é exibida na página do produto, os demais clientes podem “curtir” ou não esse comentário. “Dos nossos dados, 87% dessas manifestações são positivas, ou seja, 87% das avaliações são bem recebidas pelos demais consumidores”, informa.
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Referência em vendas pela internet desafiadora marcada pelos juros altos e queda no poder de compra Arsenal Car do consumidor, o segmento de vendas de peças pela internet deve Para André Belo, diretor Executivo da Arsenal Car (www.arsenalcar. apresentar crescimento superior a 50% em 2016.“Tal crescimento se deve com.br), portal de e-commerce de peças e acessórios automotivos, fundado principalmente porque o contexto macroeconômico leva naturalmente em 2012, que fornece mais de dez mil itens para carros, vans e pick-ups, o consumidor a pesquisar mais em busca de variedade de produtos, nacionais e importados; o cenário de vendas on-line é positivo e apresenta preços e condições de pagamento e entrega antes de realizar sua compra”, uma grande oportunidade de crescimento e investimento. A enorme também salienta. variedade de opções de produtos, preços e condições de pagamento e entrega Apesar de ainda representar um percentual relativamente baixo quando associada ao fato de que tudo pode ser feito de dentro de casa (ou através comparado às vendas do balcão e televendas (de 2% a 5% do total), ele do celular) tornam a experiência de compra mais simples e confortável para enfatiza que esse novo canal da vendas tem se revelado cada vez mais o consumidor. “Estima-se que ao longo dos próximos anos cerca de 15% de importante para o lojista, entregando pedidos com um mix diferente todas as vendas de peças acontecerão pela internet”, avisa. do padrão de seus canais tradicionais, uma vez que expõe suas ofertas a “Vejo que o varejo on-line, em tempos de crise, é mais competitivo um número muito maior de consumidores espalhados por todo o País. do que o tradicional. Isso porque, com o orçamento mais apertado, o André Belo, da Arsenal Car “Estimamos que existam hoje cerca de 500 varejistas de peças com presença consumidor pesquisa mais antes de comprar e o comércio eletrônico on-line e esse número deve dobrar ao longo de 2016”, crê. permite comparações de preços de forma mais ágil”, nota. “Desta maneira entra a criatividade Cymrot conta que o Canal da Peça alcançou os 400.000 acessos mensais em 2015 e dos empreendedores brasileiros que tentam encontrar a todo tempo soluções estratégicas que pretende chegar à marca dos 1.000.000 de acessos ao mês ao longo de 2016. “Considerando possam atrair o consumidor”, complementa. que somos uma plataforma utilizada para varejistas especializada em peças de reposição Entre os fatores que influenciaram o consumidor a migrar do ambiente real para o virtual, para comercialização de seus produtos, temos uma curva de vendas muito parecida com a ele cita a facilidade, comodidade e o padrão de confiança nas compras web também. “Outra do varejo ‘off-line’, com destaque para itens de suspensão, filtros e outros produtos com alta vantagem são as formas de pagamento. Na Arsenal Car, por exemplo, o consumidor pode incidência de reposição ao longo da vida útil do veículo”. comprar em até 10 vezes sem juros, com opções de pagar ainda via boleto bancário, mercado Falando sobre as condições de entrega e suporte, o diretor Financeiro ressalta que a pago, paypal ou Bcash”. missão do Canal da Peça é oferecer ao varejista que utiliza a plataforma as mais diversas Em 2015 o portal registrou mais de 12 milhões de acessos e mais de 300 mil itens vendidos. possibilidades de entrega de seus produtos (além do meio campo feito no atendimento ao Para este ano, a meta é aumentar em 50%. Os produtos mais vendidos foram faróis, lanternas, cliente), procurando assim dar o máximo de opções e qualidade na experiência de compra sensor de estacionamento, capa protetora e tapetes automotivos. A empresa cobre todo o ao consumidor, seja ele proprietário do veículo ou profissional do setor. mercado nacional e tem convênio com as maiores transportadoras do Brasil, entre elas: Correios, TNT Mercurio, Total Express, JadLog, GolLog e Rodonaves.“Nosso foco é atender aos clientes com a máxima agilidade e o melhor custo benefício, e o prazo de postagem dos pedidos é de até 48 horas, excepcionalmente chegamos a 72 horas”, assegura. O centro de distribuição da Arsenal Car está instalado no Centro Industrial de Arujá, às margens da Rodovia Presidente Dutra, em São Paulo, onde também funcionam as estruturas administrativa e operacional. “Como diferencial, buscamos fornecedores qualificados e com valores acessíveis. Nosso estoque tem peças que variam de R$ 8 a R$ 3 mil e todas possuem selo de qualidade e garantia de 90 dias. Nosso objetivo é estar mais próximo de nosso público. Acompanhamos todo o processo de venda, que vai desde a escolha do produto até a confirmação de entrega e satisfação do comprador”, completa. Canal da Peça Criado em 2012 pelos jovens empreendedores Fernando Cymrot e Vinicius Dias, o Canal da Peça (www.canaldapeca.com.br) é voltado para o mercado de reposição de autopeças e oferece disponibilidade de peças dos principias fabricantes que atuam no País, além garantir a exposição do estoque de centenas de varejos de várias regiões do Brasil. São mais de 400 mil produtos diferentes, totalizando estoque com mais de 1 milhão de itens. Na opinião de Fernando Cymrot, diretor Financeiro, apesar da conjuntura econômica
Fernando Cymrot, do Canal da Peça
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Lojas físicas e on-line Jocar Peças e Acessórios para Veículos Ltda. Na Jocar, a decisão de ter um canal de vendas on-line aconteceu em 2003, ao enxergar uma oportunidade de alcançar mais clientes e consequentemente aumentar o faturamento. “Nosso e-commerce abriu em setembro de 2005, demoramos 2 anos para desenvolver o site (www.jocar.com.br), que oferece todas as linhas que temos na loja física”, relata Moisés Sirvente, diretor Executivo. Sirvente menciona que mesmo com a crise as vendas on-line continuam crescendo. “A porcentagem caiu um pouco quando comparada aos anos anteriores. Em 2015 o e-commerce vendeu 37,5% a mais que em Moisés Sirvente, 2014, sendo que 44% das vendas da loja foram da Jocar feitas pela internet”, declara. Ele ainda revela, conforme os dados do Google Analytics, que no período de 13 de janeiro de 2016 a 12 de fevereiro de 2016 foram 5.754.239 visualizações de página, o que evidencia o crescimento dessa importante ferramenta de vendas. Outro ponto fundamental para ter sucesso nas vendas pela internet é a transmissão da credibilidade e confiança para o consumidor. “Para isso, é preciso selos que comprovem o bom atendimento ao cliente, não prometer o que não se pode cumprir e sempre aprender com os erros, fazendo isso é possível errar menos e satisfazer a todos”, observa.
Gainer Auto Peças Já na Gainer Autopeças, Alexandre Papazissis, sócio-proprietário, conta que a loja possuía o portal com e-commerce (www.gainerautopecas.com.br) há 7 anos, mas a intensificação nas vendas on-line aconteceu com a parceria feita com o Canal da Peça
há um ano. “Através da parceria, a divulgação aumentou e pudemos realizar vendas fora do estado”, anuncia. Para ele, apesar das dificuldades o setor automotivo não se encontra em um momento tão ruim. “A venda ainda acontece, mas é pela quebra da peça e não pela manutenção. Um problema que tenho enxergado é o imposto entre os estados, na origem e no destino, o que tem inibido bastante as vendas”, comenta. Em relação aos produtos mais vendidos na internet, ele cita as peças para carros fora de linha e importados. “Sobre o suporte ao consumidor do e-commerce, temos um profissional da loja que é responsável pelo chat e por todo atendimento ao cliente, desde a compra até o pós-venda”, informa. Molina Auto Peças Para Wanderson Molina, diretor da autopeça, os principais motivos para entrar no segmento de vendas on-line foram: acompanhar as tendências do mercado e oferecer ao cliente uma ferramenta mais ágil no processo de compra e consulta de produtos. O site (www.autopecasmolina.com. br) possui uma média de 2.000 acessos diários e os itens mais comercializados são os acessórios automotivos. O diretor alega que por se tratar de um canal novo de vendas a evolução é constante, o que requer muito investimento em dinheiro e de mão de obra também. “Há quatro anos estamos Wanderson Molina, investindo nesse canal e traçando o perfil do da Molina Auto Peças nosso cliente para criar uma estratégia mais assertiva para atingi-lo”, ressalta. De acordo com ele, o investimento em cadastro de produtos e ferramentas tecnológicas são indispensáveis para uma loja virtual. “O cliente do e-commerce é mais exigente e cobra o que foi proposto pelo anúncio, a loja necessita ser muito organizada para oferecer preço e disponibilidade dos produtos atualizados”, alerta. “O ideal é criar um setor específico nessa área com atendente e expedição própria, pois a venda no e-commerce parece ser bem mais fácil, mas pelo contrario, é muito mais trabalhosa e o erro acaba sendo fatal”, finaliza.
Venda de automóveis on-line Comprovando a eficácia e abrangência dos canais de venda on-line para automóveis, o MercadoLivre Classificados (www.mercadolivre.com.br/classificados), plataforma que permite que lojas, concessionárias e pessoas físicas anunciem seus automóveis, imóveis e serviços; registrou o crescimento contínuo na quantidade de anúncios de veículos de todos os tipos em 2015. “Isso acontece conforme o aumento do conhecimento dos usuários sobre as possibilidades de expandir as vendas para outras regiões. Por exemplo, uma loja vendia apenas para a região onde estava localizada fisicamente, com o anúncio on-line ela expandiu para outras regiões do município e para outras cidades e estados, inclusive. Além disso, pessoas físicas decidiram trocar seus carros ou passaram a ter a necessidade de vender para pagar alguma dívida, por exemplo. A internet e sites de classificados
Caio Ribeiro, do MercadoLivre Classificados Brasil
on-line permitem que de forma simples e prática essa pessoa efetue a venda”, comenta Caio Ribeiro, diretor do MercadoLivre Classificados Brasil. É importante lembrar que ao buscar um produto pelo site o consumidor consegue fazer um comparativo de maneira mais fácil com diversas opções de marcas e modelos e a possibilidade de filtrar o que ele deseja escolhendo as características principais de determinado automóvel. Segundo dados públicos informados pela Hitwise e Comscore, o MercadoLivre Classificados (setor automotivo) cresceu 38% em quantidade de acessos comparando dezembro de 2014 e dezembro de 2015. Atualmente a plataforma conta com mais de 500.000 anúncios de veículos, imóveis e serviços no ar e é líder de anúncios na categoria de veículos, segundo dados da comScore Media Metrix. A plataforma está disponível para diferentes dispositivos, por meio de website, site responsivo ou aplicativo para iOS e Android.
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UMA BOA ISCA Por: Fernando Calmon* | Fotos: Divulgação
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evereiro de ano bissexto deu embalo extra para lançamentos.Depois da picape média Toro,chegaram o Toyota SW4 (modelo de marca generalista de maior valor produzido no Mercosul) e a linha Gol/ Voyage 2017. A Volkswagen mostrou a segunda revitalização da quinta geração do hatch, que liderou o mercado por nada menos de 27 anos seguidos, além de ser o mais produzido (supera 7,8 milhões de unidades desde 1980) e exportado (mais 1,3 milhão para 60 países). A empresa alemã resolveu aplicar o velho ditado: “Isca tem que ser boa para o peixe, não para o pescador”. Extirpou a assinatura “Das auto” (O carro, em alemão). Adotou política de preços sem “apanhar” dos adversários. Acrescentou itens de série e ainda diminuiu o preço médio sugerido do Gol em 2,5% e do Voyage, 5,7% (parte traseira sem mudanças). Versão de topo Highline incluiu frisos cromados frontais que agradam à boa parte do mercado (não a este colunista, avesso a artificialismos, penduricalhos e adepto da escola “forma e função”). Há três ofertas de acabamento. Gol vai de R$ 34.890 a R$ 55.290 e Voyage, de R$ 40.990 a R$ 58.590. O Gol mudou relativamente pouco na frente e na traseira, pois a sexta geração começa a partir do final de 2018 – quatro produtos novos; outros três serão Voyage, Saveiro e o primeiro SUV compacto da marca. Os distraídos podem pouco perceber a linha 2017. Mas o painel é completamente novo de ponta a ponta, tem o volante multifuncional do Golf e quadro de instrumentos cerca de um terço maior para melhor visibilidade e novas funções.
roda ViVa DESDE o lançamento, em 2012, Peugeot afirma que o 301 feito na Espanha (sedã compacto encorpado e despojado concorrente do Logan em mercados emergentes) não se destinava ao Mercosul. Rumores na Argentina indicam que o grupo francês estuda vender lá o 301 (3-cilindros, 1,2 L). Não incluiria o Brasil, mas com os novos ares da PSA, quem sabe? PARTICIPAÇÃO de motores de 1 litro nas vendas de automóveis caiu ligeiramente de 34% (dezembro) para 33,7% (janeiro). Com a tendência de substituição de motores de quatro cilindros de baixa cilindrada por três cilindros, mais cedo ou mais tarde esse quadro mudará. GM, Honda e Fiat já têm projetos adiantados, além de Renault que usará motores Nissan. ACCORD 2016 recebeu pequenas atualizações e se tornou mais competitivo em preço (R$ 156.500, versão única). Manteve motor V-6/280 cv que agrada pela sonoridade e desempenho. Também melhorou o acerto de suspensões mesmo em pisos irregulares. Ótima câmera no retrovisor direito (além da traseira) que reproduz imagens na segunda tela central. AUDI E BMW, nos bastidores, riram baixinho quanto à chegada da arquirrival Mercedes-Benz ao mercado de picapes de
cabine dupla em 2018 em parceria com a aliança Renault-Nissan. Puristas, de fato, não vão gostar, mas o tempo dirá quem está certo. Sem emitir juízo de valor, há de se considerar que a M-B produz caminhões há décadas. Então não seria um despropósito. PROCEDÊNCIA, histórico e avaliação física completa de veículos usados reprovaram 16% dos avaliados em 2015 pela Dekra. Resultados altos para padrões internacionais de vistoria em carros particulares, de lojistas e de concessionárias. 68% foram irregularidades em pintura, identificação e estrutura do automóvel, inclusive chassi danificado. Preço desta inspeção é de R$ 120.
*Jornalista especializado desde 1967, engenheiro e consultor técnico, de comunicação e mercado. www.facebook.com/fernando.calmon2
Conectividade e infotretenimento passaram a ponto de honra para a Volkswagen. Há quatro opções inclusive de tela tátil e capacitiva (zoom com os dedos) de até 6,33 pol. Para muitos que apreciam aplicativos de roteirização de trânsito em tempo real, criou um suporte para celular bem robusto (opcional livre) que contém entrada USB para recarregamento com fio curto. Outro ponto forte é o motor de 1 litro, 3-cilindros o mesmo do up! MPI e que já estava no Fox desde o Bluemotion. São 82 cv com etanol (6 cv a mais que o de quatro cilindros que sai de linha, mas continua na versão de 1,6 L/104 cv) e ganho de eficiência energética de 11% em mJ/km. Apesar de ser maior e mais pesado que o up!, Gol e Voyage nitidamente têm desempenho melhor que os modelos 2016, tanto em aceleração quanto em retomadas na mesma marcha. Como em todo motor tricilíndrico percebem-se mais ruídos e vibrações, mas o que entrega de volta em desempenho e consumo vale a pena. Quanto ao SUV médio-grande SW4, produzido na Argentina, a Toyota desvinculou o nome Hilux não apenas por opção de marketing. A carroceria é toda nova, juntamente com o painel (quadro de instrumentos, igual), o acabamento interno e mais equipamentos de série. Suspensão traseira tem molas helicoidais e dois braços de fixação de cada lado (na Hilux, molas semielípticas), o que melhora a dirigibilidade no asfalto e na terra, apesar de peso em ordem de marcha de até 2.130 kg. Freios são a disco ventilados nas quatro rodas (na picape de cabine dupla, tambores atrás). Preços: R$ 205.000 (V-6 gasolina) a R$ 225.000 (L-4, diesel, 7-lugares). Logo chegará o L-4 flex a preço menor.
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Números do setor Entidades apresentam resultados sobre o desempenho do mercado Por: Redação
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Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Anfavea, anunciou no dia 4 de fevereiro o balanço da indústria automobilística em janeiro. O resultado do licenciamento no primeiro mês do ano, com 155,3 mil unidades, ficou 38,8% abaixo das 253,8 mil unidades do mesmo período de 2015 e 31,8% menor ao se defrontar com as 227,8 mil de dezembro. Licenciamento total de autoveículos novos
Luiz Moan Yabiku Junior, presidente da Anfavea, ressaltou que “no início de janeiro do ano passado, as alíquotas do IPI retornaram de forma integral. Os estoques no começo do ano continham ainda muitos veículos com a taxa antiga, o que impulsionou as vendas naquele período. E justamente por isso já havia adiantado que o primeiro mês de 2016 apresentaria esta queda nos licenciamentos. Da mesma forma, é importante lembrar que o primeiro trimestre deste ano será igualmente desafiador devido ao contexto macroeconômico”. A produção ficou 29,3% menor, foram 145,1 mil unidades em janeiro deste ano e 205,3 mil em janeiro de 2015. Ao defrontar o resultado com dezembro do ano passado, quando foram produzidos 142,8 mil veículos, o acréscimo é de 1,6%. Produção de autoveículos montados
As exportações encerraram o mês com alta de 37,1%, ao se comparar as 22,3 mil unidades de janeiro de 2016 com as 16,3 mil de igual período do ano passado, e de redução de 51,7% ante as 46,2 mil unidades que deixaram o Brasil no último mês do ano passado. Caminhões e ônibus O resultado das vendas de caminhões no primeiro mês de 2016, com 4,4 mil unidades,
apresentou contração de 42,4% ante as 7,7 mil unidades de janeiro do ano passado e de 21,4% ao defrontar com as 5,6 mil de dezembro passado. A produção de caminhões apresentou diminuição de 50,5% no primeiro mês do ano com 4,1 mil unidades em 2016 e 8,3 mil em 2015. No comparativo com dezembro do ano passado, quando a indústria fabricou 2,6 mil unidades, o resultado apontou um aumento de 59% na fabricação. Foram exportados em janeiro 842 caminhões, o que mostra recuo de 28% ante janeiro do ano passado, com 1,2 mil unidades, e de 1,2% ante dezembro de 2015, com mil unidades. O segmento de ônibus registrou retração de 44,9% no licenciamento em janeiro: mil unidades em 2016 e 1,9 mil em 2015. Na análise contra dezembro, quando 1,3 mil ônibus foram vendidos, o declínio foi de 20,4%. Nas fábricas de chassis para ônibus, 1,2 mil unidades deixaram as linhas de montagem em janeiro, o que representa baixa de 48,9% ante a janeiro do ano passado, com 2,3 mil unidades, porém de alta de 117,4% contra dezembro de 2015, com 541 unidades. As exportações de ônibus cresceram 13%, com 322 unidades em janeiro deste ano e 285 no mesmo período de 2015. Se comparado com dezembro do ano passado, quando 799 ônibus deixaram o País, a queda é de 59,7%. Máquinas agrícolas e rodoviárias O resultado das vendas de máquinas agrícolas e rodoviárias em janeiro, com 1,6 mil unidades, ficou 53,2% abaixo das 3,4 mil unidades do mesmo mês do ano passado e 29,4% menor ao comparar com as 2,2 mil de dezembro do ano passado. A produção em janeiro de 2016 apresentou retração de 64,8% em relação ao mesmo mês do ano passado: 1,6 mil e 4,6 mil unidades, respectivamente. Quando se compara com dezembro de 2015, quando 906 produtos deixaram as linhas de montagem, o resultado aponta para um crescimento de 79,1%. As exportações no setor encerraram o último mês com 328 unidades enviadas para outros mercados - 40,6% inferior do que as 552 de janeiro de 2015 e menor em 44,4% em relação as 590 de dezembro do ano passado. No levantamento dos emplacamentos, realizado pela Fenabrave – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, o primeiro mês de 2016 teve queda de 29,67% nas vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros, no comparativo com dezembro de 2015. Ao todo, foram comercializadas 260.914 unidades em janeiro, contra 370.990 no mês anterior. Na comparação com janeiro 2015 (372.993 unidades), o setor apresentou retração de 30,05%. Os segmentos de automóveis e comerciais leves, somados, apresentaram queda de 32,15% em janeiro. Foram emplacadas 149.699 unidades, contra 220.640 em dezembro de 2015. Se comparado com janeiro do ano passado (243.882 unidades), o resultado aponta queda de 38,62%. Para Alarico Assumpção Júnior, presidente da Fenabrave, alguns fatores influenciaram na queda das vendas de veículos. “Começamos o ano sem expectativa de crescimento, porém, os resultados de janeiro não devem ser balizadores para as projeções de 2016, pois este mês é atípico historicamente e carrega aspectos negativos por algumas razões que não se repetem ao longo do ano. Como ocorre tradicionalmente no mês de dezembro, as promoções atrativas de
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final de ano se destacaram e os consumidores estavam com mais disponibilidade de recursos, em função do 13º Salário, provocando alguma antecipação de compra. Esse aumento de demanda no final do ano passado refletiu, diretamente, no baixo desempenho das vendas em janeiro deste ano, que já é um mês mais fraco em função das despesas extras das famílias, com matrículas e materiais escolares, impostos como IPVA, entre outros que inibem investimentos. Neste ano, a retração de janeiro se mostrou ainda mais acentuada na comparação com o mesmo mês de 2015, porque naquela época ainda havia veículos disponíveis com redução do IPI, favorecendo o mercado”, explicou o presidente da entidade. Para o empresário, apesar de o ano de 2016 começar com uma queda importante, as perspectivas apontam para certa acomodação do mercado, o que fez a Fenabrave estimar, para 2016, projeções que apontam para uma queda de 5,2% para os emplacamentos de todos os segmentos automotivos somados. “Faremos as revisões a cada três meses, para que possamos avaliar melhor o comportamento do mercado e o viés da economia, mas acreditamos que o pior resultado ocorreu em 2015, e que este ano não deve trazer os mesmos níveis de queda”, argumenta o presidente da Fenabrave. Segundo dados divulgados pela Abraciclo, Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares, foram produzidas 75.959 motocicletas em janeiro, ante 122.063 unidades no mesmo mês de 2015, o que corresponde a uma queda de 37,8%. Em relação a dezembro, quando as fábricas se encontravam em férias parciais e produziram apenas 50.633 unidades, o crescimento da produção foi de 50%. As vendas no atacado – para as concessionárias – atingiram 58.801 motocicletas em janeiro, uma retração de 43,6% ante o primeiro mês de 2015 (104.218 unidades). Na comparação com dezembro passado (69.253 unidades), houve queda de 15,1%. “O comparativo de janeiro reflete o período de férias coletivas de dezembro. Além disso, os fabricantes aproveitaram o início do ano para ajustarem os estoques nas fábricas e nas redes”, diz Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo. Por sua vez, as vendas externas registraram uma expansão de 53,4% em relação a janeiro de 2015, chegando a 3.336 unidades. No comparativo com dezembro do ano passado, a queda foi de 43,9%, quando as comercializações externas atingiram 5.944 motocicletas.
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De acordo com o Sindipeças, Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores, as previsões de desempenho do setor de autopeças indicam faturamento nominal de R$ 64 bilhões em 2016, com crescimento de 1,3% sobre o registrado no ano anterior. É importante considerar que o crescimento nominal previsto é bastante inferior à inflação e à variação cambial passadas e projetadas. Portanto, esse crescimento nominal significa provável retração do faturamento real (ajustado à inflação e ao câmbio). Faturamento Nominal (1)
Participação do faturamento por segmento (%)
Outro indicador que demonstra as dificuldades que a indústria de autopeças instalada no País tem enfrentado, independentemente da origem do capital, é o investimento. Segundo levantamento da entidade, as cerca de 470 empresas associadas devem investir US$ 575 milhões este ano, valor 7,6% inferior ao investido em 2015. O nível de emprego também vem caindo e deve chegar a 156,5 mil trabalhadores ao final deste ano, 5,1% menos que em 2015. Não se prevê melhora relevante em 2017. Apenas o resultado da balança comercial das autopeças, embora ainda deficitária, tem apresentado evolução favorável, ainda assim essencialmente pela queda das importações. O saldo negativo em 2015 atingiu US$ 5,6 bilhões, 37,8% inferior ao de 2014. Este ano esperase que caia mais 28%, chegando a US$ 4 bilhões. As exportações devem crescer cerca de 5% este ano, para US$ 8 bilhões, enquanto que as importações devem cair cerca de 9%, para US$ 12 bilhões.
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Montadoras e autopeças na mesma mesa Por: Ingo Pelikan* | Foto: Divulgação
É
preciso mudar a visão do mercado sobre parceria. Por exemplo: para a evolução de toda a cadeia automotiva, devemos entender que montadoras e autopeças, apesar de terem pontos conflitantes, dependem umas das outras. Quanto mais trabalham em conjunto, em prol da qualidade, melhor é o resultado para o consumidor final. Foi justamente esse entendimento que motivou há cerca de três anos a realização de reuniões e eventos conjuntos entre as comissões de qualidade da Anfavea e do Sindipeças, com apoio do IQA, que identificou esta necessidade pelo fato de muitos temas serem comuns, dos quais alguns complementares, outros conflitantes. O primeiro objetivo era alinhar os assuntos comuns e eliminar conflitos em diversos temas que envolviam a qualidade. Esse foi o nosso primeiro grande avanço. Antes disso era cada um no seu mundo, com sua interpretação e sua reivindicação. Perdia-se tempo demais. Muitas vezes os processos não andavam por conta de sua complexidade. As autopeças discutiam os requisitos específicos das montadoras, complementares à norma ISO TS 16949, mas não chegavam a um claro entendimento das recomendações. Hoje nas reuniões da comissão conjunta o Sindipeças tem a oportunidade de apontar onde estão as maiores dificuldades para esclarecimento, considerando que diversos requisitos são similares. A relação entre as duas partes já se mostra de maior transparência. Quando as autopeças pedem derrogas, os desvios em relação aos requisitos específicos das montadoras, o setor por meio desta comissão consegue interpretar o motivo do desvio, seja ele de processo ou sistema, buscando a melhoria contínua do sistema da qualidade. Assim, montadoras e sistemistas discutem abertamente na mesma mesa as necessidades do
setor e as oportunidades de melhoria. Resultado disso: as autopeças podem simplificar os processos e agilizar as aplicações. Melhoram-se a qualidade do produto e a do processo, e a própria interpretação do sistema da qualidade. Quanto mais as duas partes trabalham juntas no planejamento da qualidade e no entendimento dos requisitos de engenharia, melhor nasce o produto porque será melhor interpretado, e menor será o prejuízo para o cliente final. O planejamento avançado da qualidade é um tema em bastante discussão, o que deve trazer mais benefícios. O IQA trabalha tanto em prol dessas demandas, assim como de outras entidades do setor. Aliás, parte dos serviços oferecidos pelo Instituto vem das demandas apresentadas nessas discussões. Em capacitação, exemplo é o desenvolvimento da Formação em EQF – Especialista em Qualidade de Fornecedor. A nossa grande meta na Comissão Conjunta de Qualidade Anfavea e Sindipeças é aprimorar a qualidade dos produtos nacionais para melhorar a satisfação do consumidor final e, por consequência, ter a qualidade made in Brazil reconhecida em todo o mundo. Queremos apresentar indicadores que sejam comparáveis aos de qualquer país e, assim, alavancar as exportações. Portanto, que sigam os trabalhos desta boa parceria! *Presidente do IQA – Instituto da Qualidade Automotiva