Balcao Automotivo Ed 114

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COMPARATIVO

Onix LTZ 1.4 e HB20 1.6 AT Premium disputam o segmento de carros de entrada com câmbio de seis velocidades.

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n o114 CARGO TORQSHIFT |

ANO X

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MAR ÇO DE 2016

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R$ 6 ,00

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www.balcaoautomotivo.com.br

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Ford Caminhões apresenta seis novos modelos com a inédita transmissão automatizada de 10 ou 16 marchas.

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Investir ou retrair? Da indústria à reparação, entrevistados revelam quais são seus planos de investimentos no País e o que estão fazendo para se manter fortes e competitivos no mercado neste atual momento de turbulência. PÁG. 10

E MAIS

MÉTRICAS DE MARKETING do colunista Fauzi Timaco Jorge. PÁG. 4



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Diretor Executivo Bernardo Henrique Tupinambá Diretor Comercial Edio Ferreira Nelson

ANO X - Nº 114 - MARÇO DE 2016 www.balcaoautomotivo.com.br

Editor executivo Bernardo Henrique Tupinambá

editorial

março de 2016 / edição 114

Reposição promete expandir, apesar da crise local

Editor-chefe Silvio Rocha (silvio.rocha@premiatta.net)

Por: Silvio Rocha | Fotos: Divulgação

Redação Simone Kühl (simone.kuhl@premiatta.net)

nvestir ou retrair? Diante do atual cenário político e econômico, nossa reportagem de capa deste mês apresenta, da indústria à reparação, como a cadeia tem se comportado neste momento de turbulência no País.

recomendação, mas uma necessidade básica para ter maiores probabilidades de sucesso e avanço na carreira. É preciso definir onde se deseja estar no futuro e se preparar, antecipando todos os passos para alcançar os resultados.

Empresários revelam o que está sendo feito para continuarem competitivos e fortes no mercado. Para a reposição, a indústria mantém os planos de investimentos e muitas delas pensam em novas linhas de produtos.

Em especial ao mês que se comemora o Dia Internacional da Mulher, nossa singela homenagem a todas as mulheres que fazem parte do nosso mercado. Representando todos os elos da cadeia de distribuição automotiva, histórias de profissionais que quebraram preconceitos e conquistaram seu espaço.

Colaboradores Arthur Henrique S. Tupinambá Fauzi Timaco Jorge / Karin Fuchs Departamento de Arte (arte@premiatta.net) Supervisor de Arte/Projeto Gráfico Fabio Ladeira (fabio.ladeira@premiatta.net) Assistente de Arte - Juan Castellanos (producao@premiatta.net) Departamento de Audiovisual Vanderlei Vicário (vanderlei.vicario@premiatta.net) Fotografia Eduardo Portella Amorim / Estúdio Premiatta Departamento Comercial (comercial@premiatta.net) Diretor Comercial Edio Ferreira Nelson (edio.nelson@premiatta.net) Executivo de Contas Richard Fabro Faria (richard.faria@premiatta.net) Marketing / Distribuição (marketing@premiatta.net) Internet (contato@premiatta.net) Supervisor de Desenvolvimento Aryel Tupinambá (aryel@premiatta.net) Financeiro Analista Financeira / Tatiane Nunes (tatiane.nunes@premiatta.net) Assistente Administrativa Stéphany Lisboa (contasareceber@premiatta.net) Impressão Log&Print Gráfica e Logística Jornalista Responsável Silvio Rocha – MTB: 30.375

Tiragem: 20 mil exemplares Os anúncios aqui publicados são de responsabilidade exclusiva dos anunciantes, inclusive com relação a preço e qualidade. As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores.

Balcão Automotivo é uma publicação mensal da Premiatta Editora Ltda. com distribuição nacional dirigida aos profissionais automotivos e tem o objetivo de trazer referências ao mercado, para melhor conhecimento de seus profissionais e representantes.

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Em continuidade ao tema desabastecimento do estoque, abordado na edição anterior do jornal Balcão Automotivo, nossa equipe de reportagem constatou junto a alguns distribuidores e varejistas a falta de alguns itens no mercado, seja pelo câmbio que afeta as importações e favorece as exportações ou a produtividade das indústrias. Nesta vez, quem participou foram as indústrias, que retrataram como está a situação para atender a reposição. Entre as empresas participantes, o abastecimento ao mercado está normalizado. Mas os entrevistados ponderam situações específicas, de forma generalizada. E mais, especialistas e profissionais do setor falam sobre o planejamento de carreira e o que é preciso fazer para se destacar e crescer dentro da empresa. O planejamento é mais que uma

Ainda nesta edição, um estudo inédito do SebraeSP mostra como a gestão das oficinas reflete no varejo de autopeças, apresentando quais pontos devem ser melhorados e mais detalhes sobre a frota, faturamento nas oficinas e perfil do cliente. Em Comparativo desta edição, os compactos automáticos Chevrolet Onix LTZ 1.4 e Hyundai HB20 1.6 AT Premium, que disputam um segmento de consumidores cada dia mais exigentes e ávidos por sofisticação e funcionalidade nos veículos de entrada. Em pesados, ampliando a sua linha de caminhões, Ford apresenta seis novos modelos Cargo Torqshift equipados com a inédita transmissão automatizada de 10 ou 16 marchas. A montadora pretende, com este lançamento, avançar ainda mais no mercado brasileiro.

O Editor

DESTAQUES DA EDIÇÃO PÁG. 26

ABASTECIMENTO DO MERCADO

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o estudo “reparação de veículo: Um Negócio promissor”, do Sebrae-Sp, mostra como a gestão das oficinas reflete no varejo de autopeças.

em sequência ao tema da reportagem de capa da edição anterior, indústrias comentam como está a situação para atender a reposição. PÁG. 6 PREMIATTA EDITORA LTDA TEL (11): 5677.7773 OU CONTATO@PREMIATTA.NET JORNAL BALCÃO AUTOMOTIVO RUA ENGENHEIRO JORGE OLIVA, 111 - TÉRREO CEP 04362-060 - VILA MASCOTE - SÃO PAULO - SP

MÊS DAS MULHERES

em especial ao dia internacional da mulher, profissionais contam como cresceram e se tornaram referência no segmento automotivo.

REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

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PLANEJAMENTO DE CARREIRA

Segundo especialistas, o planejamento é uma necessidade básica para ter maiores probabilidades de sucesso e avanço na carreira.


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ecoNomia e GeStão

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Métricas de Marketing Por: Fauzi Timaco Jorge* | Foto: Divulgação

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ntes de uma exploração do tema deste artigo, é preciso situar claramente o que significa a função Marketing no bojo das empresas, de qualquer tamanho e com finalidades específicas de fazer chegar um produto ao cliente final, para atendimento a um desejo seu. Neste sentido, um primeiro esclarecimento: “produto”, no âmbito de marketing, significa bens e/ou serviços. Marketing não é só propaganda, como já está arraigado em algumas cabeças. Marketing é tudo o que envolve a colocação do produto na prateleira e, depois, sua saída daí até a chegada ao cliente final, seu uso e demais decorrências daí derivadas. Assim sendo, a função Marketing está diretamente envolvida com a área de desenvolvimento de produtos. Para a Apple, por exemplo, o produto já deve nascer com características muito bem definidas, que vão da funcionalidade ao design, um atributo de vital importância para o sucesso, num mundo em que isto é cada vez mais desejado pelo consumidor. Neste caso, até a própria embalagem do produto passa a ter também valor significativo, como tão bem percebeu a Apple. Além de atuar significativamente sobre a área de Produtos da empresa, Marketing também diz respeito aos canais de distribuição e força de vendas. Nos encontros promovidos por veículos de comunicação do setor automotivo, como as revistas Automotive Business e AutoData, ouve-se, cada vez mais, a necessidade e, sobretudo, o interesse do fornecedor de autopeças em expandir e consolidar estes canais de distribuição de produtos por todo o território nacional e, ainda, no exterior, além de contar com a força de vendas de terceiros aí compreendidas. Contar com distribuidores regionais e lojas estrategicamente situadas nos grandes centros são táticas mercadológicas para se vacinar contra uma queda de vendas por conta de diminuição da produção de veículos. O aftermarket automotivo sabe disso muito bem, dada a oscilação que enfrenta nos fornecimentos diretos às montadoras. Nos dias de hoje, quando ocorre uma expansão da venda de seminovos e retração da venda de veículos 0 km, isto fica mais visível. Ainda no âmbito desta cobertura de mercado, dispor de uma força de vendas própria e força de vendas de terceiros, amplamente capacitada a argumentar sobre os atributos e diferenciais do produto, é fator vital para o sucesso desta cobertura de mercado. Além disso, uma retaguarda que possa municiar esta força de vendas é um pré-requisito para uma ação eficaz. O Marketing também toma pra si as atribuições da formação de preços de venda.Uma atuação conjunta com as áreas de Produção e de Finanças pode possibilitar sensíveis ganhos nos custos e despesas. Portanto, precificar é, antes de mais nada, uma ação de consenso entre todas as áreas funcionais da empresa. Assim, há que se considerar que se, por um lado, a diluição de custos fixos se faz com a ampliação da quantidade de produtos fabricados e vendidos, por outro, a obtenção de recursos financeiros para capital de giro a juros civilizados é outro fator de adequação dos custos e despesas e, consequentemente, obtenção de margens de contribuição que sejam compatíveis com a penetração do produto no seu mercado específico. Aí, também se destaca a convivência harmoniosa com os concorrentes, evitando-se, sobretudo, uma prática predatória de preços que, infelizmente, ainda predomina em tantos segmentos

de mercado, num país em que a cultura de formação de preços de venda olha primeiro para os preços que estão sendo praticados no mercado e só depois para a diferenciação do produto. A percepção de valor por parte do cliente final passa por essa diferenciação do produto que, sempre que possível, deve merecer destaque especial nas promoções. Chegamos, assim, a este importante papel da função Marketing: a propaganda e publicidade, onde se enquadram também as Promoções, de forma abrangente, visando a difusão da marca e a transformação da “necessidade” em “desejo”. Aqui, o efeito destas ações vai desde a ênfase em certas medidas de redução de estoques e expansão das vendas até a transformação da marca em sinônimo de produto, um dos objetivos maiores da ação promocional. É quando uma lâmina de barbear se transforma em gilete, uma esponja de aço vira bombril, um refrigerador é uma brastemp e tantos outros cases de sucesso neste particular mundo da comunicação, de consolidação de marcas ou branding. Esta penetração na mente do consumidor é que irá evidenciar o share of mind, ou parcela da memória do consumidor que é ocupada pela lembrança da marca ou do produto. Vimos,então,os 4 Ps do composto de marketing: Produto,Praça, Preço e Promoção. No caso de uma reparação automotiva, que se enquadra numa atividade de prestação de serviços, ainda existiriam outros 3 Ps: Pessoas, Processos e Physical Evidences [Evidências Físicas]. As pessoas respondem diretamente pela prestação do serviço, ainda que alguns não se comuniquem diretamente com o consumidor. Outros também estão ali, atendendo telefonemas e coordenando atividades, em estreito contato com o cliente. Daí resulta a necessidade de uma ampla capacitação, não só técnica, ou seja, na atividade exercida, mas, sobretudo, no relacionamento humano entre si e daí para os clientes. Deste relacionamento ficarão marcas para sempre na cabeça do consumidor e que, por esta razão, merecem um tratamento especial. O segundo P específico de serviços está nos processos que são desenvolvidos para a obtenção do resultado final.A forma como se realiza o atendimento ao cliente, o desenvolvimento da atividade em si, a ampla comunicação ao cliente das etapas do trabalho que são paulatinamente cumpridas e, finalmente, a entrega do bem ao cliente, fazem parte da organização do trabalho, sempre com um enfoque na execução da tarefa, pela qual o cliente está pagando. O próximo P, o das evidências físicas, está diretamente relacionado aos processos. A simples cobertura do volante e do assento por um plástico que evite sujeira ali é uma evidenciação do zelo e atenção que estão por trás da execução de um serviço de reparação. Reparadores e atendentes devidamente uniformizados e com claros indícios de trato e cuidados pessoais são uma evidência física da maior importância. A apresentação de uma apólice de seguro de responsabilidade civil também pode ser outra evidenciação valorizada pelo cliente. Agora, depois deste preâmbulo, já podemos entrar no mérito das métricas do Marketing. Assim como é possível medir a carga de trabalho disponível e utilizada por uma oficina de reparação, por exemplo, é também possível – e altamente desejado – se valer de indicadores de desempenho mercadológico para uma análise dos gastos e retorno dos investimentos alocados na atividade

principal. Em alguns casos específicos de produtos direcionados à manutenção e operação de veículos automotivos, conhecer a participação de mercado, fatores de penetração dos produtos, retorno proporcionado por determinados clientes, identificação dos veículos de comunicação que mais proporcionem retornos e, sobretudo, receita por vendas, podem ser informações relevantes à tomada de decisão sobre os gastos na área mercadológica e mesmo composição do portfólio de produtos. A figura que ilustra este artigo sintetiza os principais campos de origem e tratamento da informação mercadológica. O primeiro diz respeito ao desempenho e participação de mercado. Em alguns casos, informações daí emanadas, como participação por produto e participação em valor, podem servir de base para a adoção de estratégias empresariais claramente definidas e compartilhadas por todos os gestores. Aí também se alinham medidas como índice de desenvolvimento de marca, o grau de comprometimento com a marca da base de clientes, também conhecido por share of wallet, indicadores de utilização frequente e compras assíduas, ou o chamado índice de heavy user e mesmo a disposição a procurar por outra marca. Tais mensurações se fazem por informações baseadas no sistema de informações de marketing da própria empresa ou por informações obtidas por meio de questionários em pesquisas específicas. Se desempenho e participação de mercado despertam tanto a atenção dos gestores do negócio, o que dizer, então, de lucratividade e rentabilidade operacionais? Campos de Abrangência das Métricas de Marketing

A lucratividade é um dos principais indicadores ali no foco da atenção permanente. Relaciona o lucro líquido com o total de vendas. Difere de rentabilidade, que relaciona o lucro líquido com o capital próprio investido –no negócio, ou seja, com o Patrimônio Líquido, expresso ali no Balanço Patrimonial ou no balancete elaborado de tempos em tempos. Gestores mais familiarizados com os demonstrativos contábeis estão sempre atentos à movimentação disto que é facilmente deduzido ali, ou seja, a riqueza do negócio.

*Economista, escreve regularmente nesta coluna e pode ser acessado pelo e-mail fauzi@balcaoautomotivo.com.br



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As mulheres do setor Representando todos os elos da cadeia de distribuição automotiva, histórias de profissionais que quebraram preconceitos e conquistaram seu espaço Por: Simone Kühl | Fotos: Divulgação

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m especial ao Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, não podíamos de deixar de prestar nossa singela homenagem a todas as mulheres que fazem parte do nosso mercado. Para isto, entrevistamos profissionais que nos contaram como cresceram e se tornaram referência no segmento automotivo.

Uma mudança nos rumos da profissão Eliana Giannoccaro, formada em Sociologia, Direto Penal e Comunicação e pós-graduada em Administração de Empresas, teve uma grande mudança em sua vida após um trabalho de duas décadas em jornalismo econômico até se tornar a atual diretora de Marketing e Comunicação/ Worldwide Magneti Marelli SpA e presidente Magneti Marelli Cofap Aftermarket / LATAM. Em paralelo ao seu trabalho diário, ela co-gerenciava a assessoria de imprensa MPM Propaganda, detentora da conta da Cofap, nessa função, foi incumbida de assessorar o proprietário da empresa Abraham Kasinski, criando um vínculo de empatia. Com o tempo, por decisão do conselho da companhia, optou-se por trocar de agência e a MPM depois de muitos anos foi substituída pela W/Brasil. No momento da troca, Eliana recebeu a proposta do comandante da indústria de deixar o jornalismo e ingressar nos quadros da Cofap como gerente de Comunicação Social. E, em 1990, aceitou o trabalho com o aviso de que seria por pouco tempo. O objetivo era atuar do outro lado do balcão e depois voltar ao jornalismo, no entanto nunca mais voltou. A executiva também passou pelos cargos de superintendente de Marketing, diretora Comercial e, em 1997, quando a empresa foi vendida para o Grupo Fiat, se tornou presidente da divisão Comercial da Magneti Marelli Latam. A conquista do espaço Para Eliana, as dificuldades encontradas no caminho foram as mesmas dos profissionais que querem focar e crescer em uma carreira. Já sobre o preconceito, em um mercado considerado mais masculino, ela afirma que foi algo que nunca a atrapalhou. “Talvez porque antes de trabalhar nesse setor tenha sido jornalista e, nessa profissão, acostumamo-nos a enfrentar, com naturalidade, situações de todo o tipo. Em um dia eu estava com um grande empresário, enquanto que, no outro, estava fazendo a cobertura de uma greve. Assim, mudava do ‘tapete vermelho’ para o ‘chão da fábrica’ com a maior naturalidade e essa flexibilidade de abordagem me ajudou muito no trabalho comercial”, reflete. Entretanto, ela revela dois episódios na área automotiva que demonstraram um pouco de sexismo. “Um deles foi com o próprio presidente da Cofap, que relutou em me dar o cargo de diretora Comercial, pois temia que eu tivesse dificuldades no setor de reposição. Porém, passada a relutância inicial, sempre me deu muito apoio. E outra vez, num cliente do interior de SP, onde fui com um gerente Comercial, o dono da empresa nos recebeu e só falava com o gerente. No meio da conversa, resolvi interferir e propor um negócio. Ele olhou para o gerente e exclamou: ‘atrevida, mas esperta essa sua secretária’. Para ele, secretária e professora eram profissões femininas; diretora Comercial de uma indústria de autopeças, não. Quando o erro foi descoberto, demos boas gargalhadas e o episódio foi totalmente superado”, relembra. As mulheres no mercado Segundo a executiva, a diversidade é sempre positiva, pois enriquece e complementa. “Então, homens e mulheres trabalhando juntos, em quaisquer tipos de função, apenas torna nosso setor mais dinâmico, mais atual e mais progressista”, destaca. “Não podemos esquecer também que quase a metade dos motoristas e proprietários de carros é composta por mulheres – sem contar o poder da influência que temos em certas escolhas masculinas – o que torna ainda mais lógico

e com sentido esse trabalho de parceria entre homens e mulheres”, emenda. Neste sentido, ela ressalta as características responsáveis por fazer a mulher se sobressair no ambiente profissional, como a sensibilidade e a organização. “A mulher sempre é mais disposta a ouvir, a compreender as diferenças, a compor com o grupo. Isso ajuda muito no equilíbrio de um time de trabalho forte e competitivo”. Para as mulheres que lutam para conquistar seu espaço, Eliana deixa como mensagem: “Ignorem esse assunto de preconceito e não deixem que isso sirva de sabotador aos seus sonhos e às suas aspirações. Com garra e com afinco, todas temos como garantir nosso espaço. Muitas, antes de nós, nos ajudaram a conquistar o que temos hoje, honrar essa herança é fundamental, demonstrando que a mulher não quer e não precisa de um tratamento especial, mas apenas de um tratamento igualitário e justo”, conclui. Um aprendizado desde a infância Já Ana Paula Cassorla, hoje diretora de Compras e Marketing da Pacaembu Autopeças, conta que “respira” o setor automotivo desde criança. “Foram inúmeras as vezes que meu pai me levou e também meus irmãos Sandra e Luis para ‘trabalhar’ com ele aos sábados e nas férias. Contudo, iniciei a minha carreira na Pacaembu, como auxiliar Administrativa em 1988”. A diretora lembra que passou um período fora da companhia quando trabalhou na KPMG, empresa de auditoria e consultoria, em que entrou como trainee e teve uma rápida ascensão profissional até ser promovida a semi-senior de auditoria. “Atuei por três anos na KPMG e foi muito interessante, pois pude fazer trabalhos em muitas empresas de segmentos variados como: financeiras, bancos, seguradoras e indústrias. Foi uma passagem rápida, mas com grande desenvolvimento profissional e depois retornei para a Pacaembu onde continuo até hoje, sempre ligada à área de Produtos, Compras e Marketing”, explica. Postura profissional Ana Paula comenta que sempre foi respeitada e com o tempo as pessoas passaram a enxergála como executiva e não apenas como filha do dono. “Talvez esta tenha sido minha maior preocupação, ser vista pelo mercado de forma profissional e merecer a confiança da equipe que lidero”, pontua. Em um setor composto mais por homens, a executiva diz nunca ter percebido preconceito de forma direta e que preza em suas relações profissionais o respeito, transparência e confiança. “E é isto que busco no dia a dia, percebo que às vezes as pessoas confundem transparência e clareza com ser durona”, analisa. Mudança de percepção Para a diretora, a evolução do mercado nos últimos 20 anos e a participação cada vez maior das mulheres trouxe muitos ganhos para o setor, como um novo olhar para a imagem feminina. “Dando um exemplo bem simples, me recordo das folhinhas na parede mostrando a figura da mulher de forma pejorativa. Nós mulheres tínhamos dificuldades para entrar em uma oficina, num varejo de autopeças. Hoje isto praticamente não existe mais, a imagem da mulher no segmento é outra, não mais para embelezar as paredes das oficinas, mas para contribuir, fazer parte da equipe, atender os clientes, tomar decisões e empreender”, observa. Ela ainda reforça que mesmo as mulheres estando em minoria no setor com o tempo existirá um equilíbrio maior entre a participação masculina e feminina.“Nós mulheres somos organizadas, confiáveis e focadas. Meu recado é: Não desistam, sejam persistentes, se preparem tecnicamente e sejam ativas. Não tenho dúvida que assim todas conseguirão alcançar seus objetivos em qualquer segmento de trabalho. Sucesso e parabéns”, finaliza.



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Bagagem para novos caminhos Com 30 anos de experiência, Monica Bonuccelli de Oliveira conta que ao concluir a Universidade começou a trabalhar na Sadia como Engenheira de Alimentos, onde ficou por 13 anos, após fez pós-graduação em Administração Industrial, o que serviu como base para atuar em outras áreas, passando pelos cargos de supervisora de Produção e gestora de Qualidade até se tornar diretora de RH da Perim Comércio de Auto Peças de São Paulo (SP). Ao sair da companhia, Monica foi convidada a trabalhar na autopeça onde está até hoje. “Comecei na gestão de Qualidade, conquistando o Prêmio IQA, implantando o modelo de gestão em todas as filais. Com o passar dos anos a gestão deixou de tomar todo o meu tempo e assumi o departamento de RH junto ao de gestão de Qualidade. No início a Perim tinha 80 funcionários e hoje temos 250 somando em todas as filiais”, diz. Desafios superados Em relação ao preconceito, ela confessa que no começo de sua carreira sentiu um pouco, pelo fato de ser jovem e assumir uma função de produção em que havia muitos homens. “Fui com a intenção de implantar a qualidade total e eles dificultavam para mim, mas consegui superar”, recorda. Para Monica, a constante evolução do mercado demonstra a conquista de qualidade e profissionalismo das mulheres no setor, no entanto, ela salienta que o desafio de crescer na carreira e ser aceita continua sendo maior. “Para aquelas que estão buscando seu espaço, ressalto que é preciso continuar trabalhando firme e com certeza conseguirão a aceitação em todos os postos de trabalho”, encerra.

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Profissão que aos poucos conquistou A história de Iliane Oliveira, atual proprietária da oficina D Lila Hidráulico e Hidrovácuo, em Recife (PE), começou ao trabalhar como funcionária no departamento administrativo da oficina de seu marido e seu irmão. “Na época comecei a me interessar mais pela área e passei a aprender como era o trabalho de desmontagem, montagem e verificação de defeitos e, a partir daí, comecei a atuar na parte prática dos serviços de mecânica”, informa. Em seguida, com o falecimento de seu irmão e separação de seu marido, Iliane decidiu abrir sua própria oficina onde já está há 27 anos. “Mudei para um espaço maior e trabalho com 11 funcionários, a empresa é bem familiar, tenho três filhos que estão aqui comigo, um no setor de notas e pedido de peças e dois na oficina, e alguns sobrinhos também. Hoje posso dizer que já virou uma oficina-escola, pois tenho passado meu conhecimento para todos que estão comigo”, enfatiza. Para ela, o futuro é prosseguir nessa área. “Enquanto eu viver pretendo continuar nesse segmento trabalhando como mecânica, pois amo o que faço. Em breve espero ainda poder aumentar o espaço da oficina”, complementa. Consolidação no setor Iliane frisa que ao iniciar, por ser mulher, muitos homens não confiavam em seu serviço e quando chegavam na oficina e viam que ela estava à frente ficavam desconfiados e não acreditavam em sua competência. “Porém, hoje, graças a Deus, isso mudou muito, eu fiz o meu nome na região e hoje somos referência. E por incrível que pareça a maior parte da minha clientela é masculina”, declara. Contudo, em sua visão, ainda existe um pouco de preconceito na profissão de mecânico, mesmo com o avanço do mercado. “Ainda tem um cliente ou outro que é mais ‘machão’ e não confia muito, mas no geral a aceitação é muito boa, eles gostam do trabalho feminino, elogiam a delicadeza, cuidado e a limpeza da oficina. E para todas que queiram ingressar nessa carreira deixo o recado: corram atrás e nunca desistam da mesma forma como eu fiz e estou aqui até hoje”, termina.

Iliane Oliveira e funcionários



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INVESTIR OU RETRAIR? Da indústria à reparação, como a cadeia se comporta neste momento de turbulência Por: Karin Fuchs | Fotos: Divulgação

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ara o mercado de reposição, a indústria mantém os planos de investimentos e, muitas delas, em novas linhas de produtos. Na NGK do Brasil, o diretor Nacional de Vendas, Edson Miyazaki, informa que para este ano será ampliado o portfólio de velas de ignição com o lançamento de velas de eletrodos de metais preciosos (G-Power) e o de bobinas de ignição. “Em ambos os casos, esperamos aumentar a nossa participação e que isso venha a contribuir ainda mais para aumentar o faturamento da nossa rede que atende o mercado de reposição”, diz Miyazaki. Segundo ele, “a NGK acredita no potencial do mercado brasileiro e o momento atual é de modernizar a instalação fabril buscando o aumento da produtividade e adequar a mesma para produção de velas de ignição de tecnologias mais modernas. Projetamos para mercado brasileiro e exportação um crescimento de 4% em quantidade”, antecipa. Miyazaki prevê que neste ano o mercado de reposição doméstico manterá, no mínimo, a demanda de 2015, apesar da crise financeira pela qual passamos. Wagner Benson, diretor Geral da Timken do Brasil, comenta que este setor cresce a partir da necessidade de uma maior manutenção da frota atual em detrimento à compra de um veículo novo. “Partindo desse princípio, vemos um bom cenário para Edson Miyazaki, o mercado de reposição para 2016”, diz. da NGK do Brasil Benson conta que a Timken atua com algumas frentes de trabalho para este ano. “A primeira delas é ter uma linha de produtos com qualidade para o setor automotivo. Hoje, a empresa conta com 481 itens para a linha automotiva para mais de 11 mil aplicações. O foco do nosso negócio é promover e expandir essa linha”, informa. Recentemente foram lançados 31 novos rolamentos de rolos cônicos para aplicações em ônibus e caminhões e a Timken está aumentando a disponibilidade da linha de rolamentos de esferas para aplicações em motocicletas e veículos de passeio. “A Timken não tem fabricação local desses itens, a empresa conta com 61 fábricas localizadas em 28 países que ela mantém operação e produção. Para o mercado nacional adequamos a disponibilidade local em nossos centros de distribuição localizados no Brasil”, especifica. A segunda frente de trabalho, conta Benson, “é o fortalecimento da nossa rede de distribuidores autorizados. Hoje, contamos com uma robusta rede com 215 pontos de venda, em que varejistas e frotistas podem encontrar os nossos produtos”, conclui. Wagner Benson, Com produção 100% nacional, faz parte do core business da da Timken do Brasil Zen investir constantemente e ampliar portfólio. “A nossa produção aumentou e cresceram muito as vendas de algumas linhas de

produtos, como a de polias com roda-livre para alternadores, última família que a Zen lançou e que conquistou um mercado que já tínhamos com o nosso carro-chefe, o impulsionador de partida”, diz o gerente de Vendas Brasil e América Latina, Cesar Tiago Nisch. Voltada também às exportações, Nisch comenta que 2015 foi um ano muito bom para a Zen. “É uma empresa que exporta desde 1976 e trabalhou muito fortemente o mercado externo. Com as condições macroeconômicas do ano passado, quando todo mundo correu para a exportação, a Zen já tinha uma força muito grande no exterior. Melhoramos ainda mais a nossa competitividade, conquistamos novos clientes e novos mercados”. Ele avalia que “apesar de toda situação política e econômica, nós prevemos crescimento e trabalhamos para isso. Em 2015 lançamos mais de 100 itens especificamente para o mercado de reposição, complementando cada vez mais as nossas linhas, a fim de entregar solução para nossos clientes, o que tem dado bons resultados. A Zen continuará a investir em melhoria de produtividade, em novos itens e novas linhas de produtos”, finaliza. Vinícius Borges, diretor de Marketing da Takao, destaca que desde a sua entrada no mercado, a empresa tem revolucionado o setor de reposição. “Em menos de quatro anos, desenvolvemos a maior linha de produtos para motor da reposição, produzindo peças de alta qualidade e tecnologia para toda a linha veicular leve, vans e pick-ups e empilhadeiras a gasolina. São mais de 15 mil produtos para mais de mil motores”, especifica. Para 2016, Borges antecipa que o objetivo é continuar a ampliar a linha de peças de reposição para motor, cobrindo novos modelos. “Já em 2017 teremos novidades e as metas para os próximos cinco anos são promissoras”, diz, acrescentando que em 2015, o faturamento da Takao cresceu 16% e que para este ano a estimativa é de uma alta de 17%. “Algo bem desafiador, visto que a previsão de crescimento do mercado é de 4% para 2016”, compara. E nas palavras de Borges há demanda. “Acredito que o mercado de reposição continuará crescendo em 2016. Com a crise financeira que afetou o País em 2015, muitos consumidores optaram por investir na manutenção do carro atual do que na compra de novos veículos. Além disso, a frota do País cresceu 35% nestes últimos cinco anos, fazendo com que a demanda de serviços automotivos seja ainda maior”. Carlos Barbosa Filho, diretor de Vendas da divisão Automotive Aftermarket da Robert Bosch Brasil, também prevê aquecimento do setor. “No mercado de reposição nacional existe a tendência de aquecimento, considerando a queda de mais de 25% nas vendas de carros novos, conforme dados do Sindipeças, e o aumento da comercialização dos carros usados que necessitam manter a Cesar Tiago Nisch, manutenção em dia, seja ela preventiva ou corretiva”, expõe. da Zen Segundo ele, o setor de reposição é estratégico para a Bosch e a divisão Aftermarket realiza investimentos sólidos e constantes no


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compra de um seminovo ou manter o seu veículo por mais um desenvolvimento da oferta de soluções para o mercado brasileiro ano, ou até a crise melhorar, isto quer dizer que esta pessoa deverá dentro do conceito “Parts, Bytes & Service” (Peças, Equipamentos e fazer reparos nesses veículos, o que pode gerar um crescimento nas Serviços). “É desta forma que conseguimos ofertar o mais completo vendas de peças de reposição”, prevê. portfólio de autopeças, equipamento de teste, ferramentas e treinamentos”, complementa. Mais competitividade Nos últimos anos, a Bosch implementou medidas como melhoria Na distribuição, Ana Paula Cassorla Malusardi, diretora de da eficiência logística, constante investimento nos programas de Marketing e Compras da Pacaembu, diz que o foco neste ano é geração de demanda na cadeia de distribuição, expansão do portfólio aumentar participação no mercado de reposição de peças para com foco em competitividade e lançamentos, bem como expansão veículos comerciais. “Estamos constantemente investindo na Marcoabel S. Moreira, e fidelização da rede de serviços. “Medidas essas que continuarão a Vinícius Borges, melhoria de nossos processos para atender de maneira mais eficaz da TMD Friction do Brasil ser importantes para a Bosch em 2016”, afirma. da Takao as necessidades de nossos clientes. Investimentos constantes em Barbosa avalia que a alta no câmbio traz novos desafios treinamento de nossas equipes buscando oferecer ao mercado para se manter posicionada no mercado de forma competitiva, excelência em atendimento e serviços diferenciados”, pontua. especialmente no Brasil onde o consumo é mais orientado aos preços quando comparado com Novas linhas também estão no radar. “A Pacaembu investe em novas linhas sempre. A outros mercados mundiais. proximidade e compromisso com nosso cliente impulsionam nossa empresa a sempre trazer “Apesar disso, para manter as importações de matérias primas, componentes e linhas que são novas alternativas de produtos ao mercado. Neste ano de 2016 isto não será diferente. Nosso produzidas em plantas Bosch fora do País, há processos orientados ao planejamento eficiente e à segmento está mudando muito rapidamente e nossa empresa está sempre acompanhando estas produtividade para que de forma mais assertiva possível, e considerando o cenário atual, continue mudanças”, revela. seu fornecimento e atenda as demandas do mercado de reposição automotiva brasileiro”, finaliza. De acordo com ela, os complementos de linhas de produtos serão todos feitos nos segmentos em Focada nas linhas de Climatização & Arrefecimento, Injeção Eletrônica & Ignição, Filtros, que atuam. “Sempre garantindo produtos de qualidade com relação Turbos e aplicações Diesel. Para este ano, a Delphi trabalha no lançamento de mais de 200 produtos custo x benefício para atender as necessidades do mercado”. Sobre o voltados exclusivamente para o mercado de reposição. momento atual, ela prevê que a redução nas vendas de caminhões e “Além disso, a Delphi está investindo em treinamentos para a cadeia em toda a América do Sul. ônibus novos nos últimos anos deve refletir no consumo de peças de Com essas ações, pretendemos movimentar o mercado, trabalhar fortemente a marca Delphi e levar reposição. soluções completas para nossos clientes, ou seja, ir muito além da venda de peças”, informa o diretor “Sabemos que existe uma parcela da frota parada por conta Executivo da divisão de Aftermarket, Amaury Oliveira. da freada da atividade econômica e que muitos frotistas adiaram a Oliveira diz que há oportunidades na crise e o aftermarket, neste momento, cria movimentações renovação de suas frotas para momentos de economia mais estável. interessantes no mercado. “Estamos crescendo e esperamos um ano de 2016 ainda melhor que No entanto, o mercado brasileiro é grande e a Pacaembu continuará 2015. O momento vivido pelo setor automotivo gera demanda para a reposição. É neste cenário que a expandir sua rede de filiais para chegar a cada dia mais próxima de precisamos nos movimentar, investir e trabalhar fortemente para Flávio da Silva Telmo, nosso cliente”, afirma estimular esse mercado”, orienta. da Auto Peças Meridional Na Auto Peças Meridional, Flávio da Silva Telmo comenta que são Opinião similar compartilha Marcoabel S. Moreira, diretor Geral dois os focos principais: “O fornecimento de peças para motores em da TMD Friction do Brasil, fabricante de pastilhas e lonas de freio suas mais diversas aplicações (gasolina, álcool e diesel) e pretendemos com a marca Cobreq.“Com as dificuldades observadas no segmento conduzir para o mesmo nível de atendimento nossa linha de transmissão (embreagens, caixa de de montadoras, a expectativa é que o mercado de reposição câmbio e diferencial) no segmento diesel”, especifica. experimente crescimento neste ano, alavancado pela reparação da Neste ano em que a distribuidora completa 25 anos de atividades, Telmo conta que junto atual frota circulante”, analisa. aos principais fornecedores estão sendo promovidas ações comerciais para seus clientes, para Moreira antecipa que o principal foco para este ano é a mudança potencializar negócios e reconhecê-los pelo prestígio que lhes concederam ao longo dos anos. Ele da planta de Indaiatuba (SP) para Salto (SP), sem que isto afete Carlos Barbosa Filho, também comenta que, teoricamente, o cenário para a reposição independente mostra-se favorável. o volume de produção estimada para o ano. “A TMD manterá o da divisão Automotive “Em virtude da redução nas vendas de veículos e equipamentos novos, o agronegócio na região Aftermarket da Robert Bosch investimento programado para a transferência e aprimoramento de Sul (nossa área de atuação) mais uma vez terá um ótimo desempenho. Como inibidor desse cenário suas linhas produtivas. Como parte do projeto de mudança, todas as positivo, temos a questão do desemprego, a falta de investimentos em infraestrutura e a dificuldade linhas serão beneficiadas, algumas com novos equipamentos, outras de crédito, por exemplo. A conjugação desses fatores nos leva a crer que teremos no ano de 2016 um com melhorias no processo produtivo. Todas as linhas receberão investimentos”, esclarece. desempenho moderadamente melhor do que 2015”, pondera. Marcello Lucarelli, diretor da Unidade de Veículos Comerciais e Aftermarket da Continental no Brasil, antecipa que o foco principal este ano é a volta das pastilhas Varejo em movimento ATE no mercado aftermarket, após alguns anos. “Soma-se a esta volta Diretor Comercial e de Marketing da Rede Âncora, Sandro a nossa sinergia com outras divisões do Grupo Continental, como por Vivian, conta que foi feito um estudo junto aos associados para exemplo, a utilização das pastilhas de freio ATE nas redes credenciadas identificar os níveis de compras dentro da Rede Âncora. “Com base Continental Pneus”, acrescenta. nisso, incentivamos esses lojistas ao atingimento de metas, que Segundo ele, “planejamos o ano com a expectativa de volumes de serão revertidas em benefícios, como a campanha Rio Maravilhoso produção similares a 2015. Porém, já está claro após o fechamento 2016 (uma proposta de extensão à 2ª Convenção Nacional Rede do primeiro bimestre que o volume irá ficar abaixo de 2015”. Sobre Âncora), que contemplará lojas de todos os níveis”, cita. oportunidades do mercado de reposição, Lucarelli avalia que é A Rede Âncora também tem uma ação forte na expansão do Sandro Vivian, justamente ter um crescimento na reparação de veículos, uma vez que Amaury Oliveira, da divisão número de lojas em diversos estados e na linha de produtos. “No da Rede Âncora a venda de veículos novos vem caindo. de Aftermarket da Delphi início deste ano nós já lançamos as palhetas Car+ e Truck+, com “Se o consumidor ao invés de comprar o veículo novo opta pela


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61 modelos, e em breve sairá nossa nova linha de aerossóis, com 19 produtos de cuidados automotivos. Além disso, investimos de forma constante na otimização da nossa marca própria, bem como em sua divulgação, pois esse é um ótimo diferencial competitivo para nossos lojistas associados”, diz Vivian. Segundo ele, apesar das dificuldades enfrentadas pelo País, este ano traz boas oportunidades. “Hoje, o segmento de reposição automotiva conta com um residual de 5% sobre o volume de vendas da frota circulante em território nacional. Considerando ainda que os brasileiros só costumam recorrer às concessionárias Marcelo Gian Antonio, durante o período de garantia e que o número de veículos no da Auto Peças Gian País continua aumentando, a projeção para o ramo de reposição permanece sendo de crescimento. Mesmo que haja estagnação na venda de veículos, os que estão em circulação ainda vão precisar de manutenção”, prevê. Ótica similar tem Marcelo Gian Antonio, da Autopeças Gian. “2016 será um ano de excelente oportunidade para o mercado de autopeças. A crise está fazendo as pessoas pararem de comprar carro zero km e buscarem manutenção nos seus veículos. O setor de autopeças precisa resgatar a confiança e investir, só assim teremos sucesso”, orienta. Investimento que, segundo Gian, é no sentido amplo.“Além daquele em estoque de mercadorias e em variedades aumentando o portfólio que é cada vez maior, mas também na capacidade produtiva para atender a demanda em face do encarecimento de itens importados causados pelo dólar e na formação e capacitação de pessoal”, defende. E por o cliente estar cada vez mais exigente, o empresário ressalta que é preciso ser um consultor de vendas, agregando serviço, fazendo o diferencial. “É fundamental a boa relação entre vendedor e cliente, principalmente com um processo integrado que começa com o conhecimento do cliente e termina no processo de venda. Conhecê-lo, antecipar sua necessidade, atraí-lo antes da concorrência. Na frente do balcão, conquistá-lo definitivamente com a oferta certa”, pontua. Para tanto, Gian destaca que a empresa tem que dar todas as condições para que tudo isso tenha efeito. “Ou seja, ter a mercadoria em estoque, com opções de marcas e modelos, com preços competitivos de mercado, logística de entregas, prazos de pagamentos e respaldo em garantias”, especifica. Na Meireles Autopeças, o empresário Eleandro Braga Meireles, conta que o foco neste ano será investir com cautela e aumentar, aos poucos, a linha de produtos importados. Entre outras ações, ele pontua: “motivar os funcionários, rever o estoque e buscar Alair Júnior, da Jaicar Autopeças alternativas criativas para atrair clientes sem fazer grandes investimentos”, especifica. Também faz parte dos planos fazer promoções chamativas, visitar os clientes com mais frequência e descobrir qual seu potencial para poder fazer mais negócios. “O foco é trabalhar mais os clientes já conquistados devido às dificuldades que o País está passando e incrementar as vendas de peças para carros usados”, acrescenta. Proprietário da Auto Peças Cardoso, Jailton Rocha Cardoso defende que o momento é fazer mais com menos.“Não iremos fazer investimento em novas linhas, continuaremos trabalhando com as mesmas, porém, com uma intensidade maior. Sempre com a visão ampla para as oportunidades”, revela. Segundo ele, “um bom atendimento ao cliente sempre será um dos maiores focos para incrementar as vendas. Outro foco é o serviço diferenciado de nossos profissionais de mecânica, que não só corrigem defeitos dos carros, mas também fazem uma pequena revisão e mostram possíveis trocas futuras, evidenciando claramente a importância ao cliente. Isso irá alavancar muito na venda de peças com serviços corretivos e preventivos”, prevê. A Cardoso também fará ações promocionais junto aos clientes. Sidney Campos, “Tais como, o cliente adesivado com a logo da Auto Peças Cardoso da Campos Autopeças ganhará 5% de desconto em qualquer compra na loja”, cita, analisando

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que a grande oportunidade do mercado de reposição é a queda nas vendas de carros novos. “Quem antes usava suas economias para a troca de carro, hoje está optando por continuar com seus carros. Para isso é preciso fazer revisões preventivas e corretivas”. Na Jocar, o diretor Executivo, Moisés Sirvente, revela que o foco neste ano será prestar melhores serviços aos clientes, ser mais produtivos e dar continuidade às ações de marketing junto aos clientes. “Além disso, potencializaremos as vendas pela internet. Também estudamos parcerias com sites, intermediários, para vendas às oficinas que ainda não são nossas clientes”, comenta. Moisés Sirvente, Sirvente fala também sobre ampliação do portfólio com cautela. da Jocar “Sempre acrescentamos novos itens, mas para novas linhas é preciso haver cautela, pois o retorno do investimento pode ser um pouco mais demorado”, orienta, acrescentando como positivo a entrada de novos fornecedores na reposição que anteriormente não se voltavam para este mercado. “O que é uma oportunidade para o varejo”, complementa. Diretor da Jaicar Auto Peças, Alair Júnior, conta que em 2015 o foco foi inovar o atendimento do balcão e, neste ano, será inovar no televendas. “Dando uma nova estrutura física, treinando e valorizando ainda mais o material humano, para alcançar a excelência de satisfação do cliente”, explica. Na linha de produtos, ele diz que a Jaicar tem uma variedade muito grande, são mais de 80 mil itens, e que a previsão é adquirir somente novidades. A maior ação será atender melhor ainda o cliente. “Estamos focados em levar a loja ao cliente; abrir novas lojas. Também fazermos marketing e propaganda, estandes em feiras, melhorar a entrega, pois, como dizem: “quem não é visto não é lembrado”. Também está sendo ampliado o Centro de Distribuição da Jaicar. Sidney Campos, da Campos Auto Peças, antecipa que neste ano, no intuito de manterem a receita dos anos anteriores, a aposta é em novos produtos para compensar a redução das vendas dos demais Jailton Rocha Cardoso, da Auto Peças Cardoso que há em estoque. “Estamos ampliando nossa linha, principalmente de itens de compra por impulso como perfumes para carros, linha de sprays para outras aplicações que não são ligadas somente ao setor automotivo”, especifica. Junto aos seus parceiros, Campos comenta que investirão na capacitação do aplicador, seja por meio de palestras junto aos fabricantes ou de material de apoio que for disponibilizado pelos fabricantes. “Demais ações como promoções de compra ou sorteio não estão em nossos planos nesse momento”, acrescenta. Para ele, o momento atual é de colocar a “casa em ordem”.“Rever processos, cortar custos e tomar decisões que em momentos de boas vendas normalmente não fazemos”, exemplifica. Na ponta Para Edson Roberto de Ávila, da Mingau Automobilística, o momento atual é de cautela. “Hoje o maior investimento da empresa é manter o padrão. Qualquer uma que começa a leiloar com promoções estará indo contra o padrão da reparabilidade automobilística que hoje nós temos no mercado nacional. Nós temos excelentes profissionais e ótimas empresas que, com toda certeza, se começarem a leiloar irão contra princípios e até a ética profissional”, diz. Manter rentabilidade, segundo Mingau, é um termômetro que hoje todo o profissional do setor tem que ter dentro da sua empresa. “Ser audacioso não significa ser estrategista. Tem que saber onde está pisando e até aonde se pode ir. Tem que ser bastante racional. Temos de pensar em melhoria e não em estratégia”, defende. Na Menno Centro Automotivo, o diretor Técnico Comercial, Edson Roberto de Ávila, Alyson José Nogueira, diz que uma das estratégias para este da Mingau Automobilística ano é atrair frotistas e manter o atendimento personalizado



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aos particulares. Sobre investimentos, ele diz que não está nos planos inicialmente. “Iremos entender como será a nova posição da empresa em relação ao faturamento para provavelmente no segundo semestre do ano fazer algo”, revela. Momento também de cautela. “Sem dúvida nenhuma, precisamos aguardar a empresa se encaixar no ritmo atual. Continuo vendo que com a queda nas vendas de veículos novos, os usados irão ter maior passagens nas oficinas para reparos. Isso resulta em oportunidade na reposição de peças”, diz. Cesar Samos, da Mecânica do Gato, sintetiza que o foco será Alyson José Nogueira, controle de custos para evitar aumento de preços e incentivar a da Menno Centro Automotivo manutenção preventiva, a qual em momentos de crise sempre é adiada pelos clientes.“Neste ano estamos investindo em treinamento da equipe, buscando fazer mais com a mesma equipe. Também pretendemos investir em dois novos equipamentos, mas sem endividamento, primeiro formar o capital e depois adquirir”, antecipa. De acordo com ele, “este ano requer muita cautela, acredito que enquanto não se resolver esta crise política, a crise econômica continuará a frear o País”. Em especial para a reposição, Samos avalia que as oportunidades estão nas revisões que os clientes farão para manter o veículo atual. “Sabendo que estes também buscam fazer o máximo gastando o mínimo possível”, acrescenta. A oficina Nipo Brasileiro priorizará a fidelização do cliente. Para tanto, o empresário Eduardo Neves conta que está nos planos o treinamento no quesito atendimento e planos de pagamentos flexíveis. “Está em andamento a reforma em alguns setores da oficina, o que proporciona mais conforto e agilidade no serviço. Salvo a reforma que Cesar Samos, estava no planejamento do ano passado, o cenário atual exige cautela da Mecânica do Gato no investimento. É hora de rever custos”, alerta.

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Para ele, a maior oportunidade está nos veículos que estão no fim da garantia. “O concessionário não detém um alto índice de aprovação nos serviços prestados aos seus clientes. Assim, com preços melhores, conseguimos a execução de serviços mais rápidos, atendimento personalizado, entre outras vantagens para agarrar essa nova parcela de veículos em nossas oficinas”. Na High Tech Service, Roberto Ghelardini Montibeller adianta que a maior divulgação nas redes sociais, o e-mail marketing, buscar mais clientes jurídicos/ frotistas, divulgar mais a empresa e captar novos parceiros (distribuidores e fabricantes) estão nas metas neste ano. Eduardo Neves, “Também faremos ações como descontos, pacotes de serviços e aumento da oficina Nipo Brasileiro do prazo para parcelamentos, agregando mais serviços”, acrescenta. Ele comenta que no ano passado investiu muito em equipamentos e na área de mídias (banners para facebook, etc.). “Neste, pretendo manter o que já está em andamento”, revela, acrescentando que não é o momento para arriscar com altos investimentos. Mas, sim, manter-se atualizado, participar de palestras e cursos, e usar da criatividade para obter melhor retorno. Silvio Ricardo Candido, da Peghasus Powered Motors, também segue nesta linha: “não faremos nada de investimento alto, mas alguns que são necessários para poder fidelizar os clientes”, pontua. O foco, de acordo com ele, será apostar muito nos clientes da empresa.“Criamos várias ações no WhatsApp, promoções de vários produtos”, cita. Em sua análise, este será um ano de muito serviço. “Mas é preciso termos cuidado para não termos prejuízo (inadimplência), pois os clientes estão com muitas dívidas. Nós Roberto Ghelardini Montibeller, teremos muita cautela com pagamentos e as taxas de cartões para da High Tech Service financiamentos”, finaliza.



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PRÊMIO ALIANÇA E PRÊMIO EXCELÊNCIA E QUALIDADE EM ATENDIMENTO DPK e Maxxi Training realizam importantes premiações para as indústrias Por: Silvio Rocha | Fotos: Divulgação

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o dia 9 de março, a DPK e o Maxxi Training reuniram cerca de 200 pessoas, de várias empresas e segmentos, na Fecomercio-SP, para premiação de seus parceiros. O “Prêmio Aliança”, instituído pela DPK há 10 anos, é um incentivo para as boas práticas dentro da cadeia de suprimentos. O Prêmio “Excelência e Qualidade em Capacitação Automotiva”, reconhecido pelo Maxxi Training, foi entregue para os fornecedores que mais investiram em educação. Para Armando Diniz, diretor de Negócios da DPK, este foi um momento muito importante, de agradecer a esta parceria. “Foi algo fantástico para nós realizar este prêmio, isto mostra o quanto cada fornecedor é importante para a DPK, além de funcionar como um estímulo para que cada vez mais se fortaleça o elo desta corrente. Este prêmio foi uma mostra de confiança que temos nestes fornecedores e com o mercado”. Luis Norberto Paschoal, presidente do Conselho Administrativo da Cia DPaschoal, também destacou que mesmo em um cenário difícil no País, a companhia teve um crescimento em 2015. “Nós pudemos investir nos projetos de inovação e, sem dúvida, vocês parceiros são a razão do nosso sucesso. O apoio de vocês é muito importante. Obrigado por acreditarem em nós”. Prêmio “Excelência e Qualidade em Capacitação Automotiva” De acordo com Luis Norberto, a educação é a base para o crescimento pessoal e profissional. “Todos falam que alguém precisa fazer alguma coisa, mas são poucos os que fazem. O Maxxi Training nasceu com a finalidade de capacitar e desenvolver os profissionais do setor automotivo. Profissionais capacitados vão fortalecer todo o segmento, promovendo o crescimento conjunto”, conclui Paschoal. Em quatro anos, o Maxxi Training já emitiu 70 mil certificações. Em parceria com associações, fabricantes e parceiros do setor, realizou Feiras de Conhecimento, que são encontros onde os reparadores recebem treinamento sobre as novidades tecnológicas e conhecem o que há de novo no mercado de autopeças. E são esses fornecedores, parceiros, que investem na difusão do conhecimento, que foram reconhecidos com o “Prêmio Excelência e Qualidade em Capacitação Automotiva”. Os critérios deste Armando Diniz e Luis Norberto prêmio foram baseados nos Paschoal, do Grupo DPaschoal

números de vendas que a indústria participou: quantidade de cursos oferecidos e quantidade de mecânicos e reparadores certificados. Os ganhadores foram: 1º lugar – Bosch, 2º Cobreq, 3º Magneti Marelli / Cofap, 4º Grupo Schaeffler e 5º TRW.

Categoria: Acessórios

Categoria: Ouro (Fornecedores cujas compras atingiram até 5 milhões)

Prêmio Aliança A companhia ainda adiantou que está sendo criada uma nova categoria, passando a ser Diamante, baseada nos valores acima de 30 milhões de reais, Platina (20 a 25 milhões), Ouro (10 e 15 milhões) e a nova categoria (abaixo de 10 milhões). Para finalizar o evento, Luis Norberto Paschoal realizou uma palestra dando orientações e ideias aos empresários sobre o que é preciso fazer diante do atual momento de crise econômica e política que o País atravessa.

Categoria: Platina (Até 10 milhões)

Confira os ganhadores do Prêmio Categoria: Crescimento

Categoria: Diamante (Acima de 10 milhões)



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O faturamento do setor de autopeças em janeiro foi 14,5% menor que o registrado no mesmo mês de 2015. As vendas para as montadoras recuaram 27,2%. As intrassetoriais foram 25,9% menores. Até mesmo o mercado de reposição recuou no primeiro mês de 2016. Neste caso a queda foi de 3,6%. Destas três divisões de negócios, a reposição foi a única a crescer no consolidado de 2015 (em 6,8%).

Continental vai fornecer pastilhas de freio no aftermarket A Continental lança no Brasil a sua primeira linha deste componente voltada ao mercado de reposição. Sob a marca ATE PremiumOne, o produto começa a ser comercializado no País em março. Serão lançados inicialmente 197 itens com dezenas de aplicações cada, desenvolvidos para atender veículos nacionais de todas as marcas, além de parte dos modelos importados.

Chevrolet estende venda on-line de peças para todo o País

TMD/Cobreq coloca em catálogo pastilhas dos freios dianteiros do Renault Duster Oroch

A Chevrolet está ampliando seu programa de venda on-line de peças originais para reparadores independentes e lojas de autopeças de todo o Brasil. Esta é a principal novidade do novo portal Reparador Chevrolet (www.reparadorchevrolet.com. br), que ganhou ainda visual repaginado e diversas outras funcionalidades, como o catálogo digital gratuito de peças de modelos comercializados pela marca desde 1964. Com o novo Portal do Reparador Chevrolet, a marca proporciona maior comodidade a seus parceiros, potencializando a relação comercial entre concessionários e reparadores.

A TMD Friction do Brasil colocou no mercado de reposição mais um complemento em sua linha leve de pastilhas de freio Cobreq. São pastilhas dianteiras para as picapes modelos 2016 do Renault Duster Oroch Dynamique e Renault Duster Oroch Expression, ambos com motorização 1.6 16V, e ainda do Renault Duster Dynamique na versão 2.0 16V.

Convenção Ampri Nos dias 10 e 11 de março, a Ampri realizou sua convenção anual em São Paulo com o tema “SuperHeróis das Vendas”. “Em meio a um ano tão difícil em todos os aspectos, resolvemos nomear nossos representantes como super-heróis”, conta Jane de Castro. Pela 2° vez a empresa recebeu toda sua equipe nacional de vendas, onde os representantes vieram de todas as partes do Brasil para conhecer as estratégias para o ano de 2016 nos aspectos comercial, técnico e marketing. O evento contou com uma roda de bate-papo através de um jantar descontraído e uma palestra do Bope para a equipe de Vendas.

Pósitron lança central multimídia FOTOS: DIVULGAÇÃO

Autopeças faturam 14,5% a menos em janeiro

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A Pósitron apresenta a nova central multimídia SP8830 LINK, equipamento de alta tecnologia, que é deckless (categoria que não possui unidade de leitura de CD/ DVD). O aparelho conta com a tecnologia Mirror Connect, que espelha 100% do conteúdo do telefone móvel no display do som sem exigir a instalação de nenhum dispositivo no veículo.

ArsenalCar lança o SOS Peças A ArsenalCar (www.arsenalcar.com.br) lançou este mês o SOS Peças, um serviço inédito e gratuito de busca de autopeças para veículos. Quem está com dificuldade de encontrar quaisquer itens para o carro, poderá ligar para o número 0800-2773625, de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, e informar na central de atendimento o que está procurando, bem como os dados corretos do veículo, incluindo número do chassi. Após contato, o consumidor receberá um e-mail para confirmar a solicitação. Feito isso, a ArsenalCar vai fazer a busca e dará um retorno ao consumidor independentemente de o item ter sido ou não encontrado.

Entidades divulgam resultados sobre o desempenho do setor O índice de ociosidade da indústria brasileira de veículos atingiu patamar de 64% no 1º bimestre do ano, de acordo com a Anfavea. Isso significa que o setor está utilizando atualmente apenas 36% de sua capacidade total instalada. A venda de veículos usados começou o ano em queda: no 1º bimestre foram negociados 1,46 milhão de automóveis, segundo a Fenabrave. O volume é 5,35% menor que o de janeiro e fevereiro de 2015, quando 1,54 milhão foram vendidos. Dentro do universo dos carros usados, todas as “faixas etárias” tiveram menos vendas neste início de ano, na comparação com dados de 2015, exceto a dos seminovos, segundo a Fenauto também. E a fabricação de motocicletas recuou 6,5% em fevereiro, totalizando 71.057 unidades, contra 75.959 registradas em janeiro, conforme levantamento da Abraciclo.

ZF TRW comemora um marco na indústria automobílistica A ZF TRW, divisão de segurança ativa e passiva da ZF AG, está comemorando um marco único da indústria: a produção de um bilhão de freios a disco dentro da família do projeto Colette. Atualmente, estima-se que mais da metade dos carros do mundo estão equipados com freios a disco com design Colette. O modelo proporciona melhorias em desempenho, eficiência e leveza.



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Nakata lança cubos de roda para veículos Toyota e Hyundai A Nakata amplia a linha de cubos de roda com lançamentos para veículos das marcas Toyota e Hyundai. A fabricante oferece produtos para modelos Corolla, Fielder, Tucson, Santa Fé, Vera Cruz, I30 e HB20. Informações sobre aplicações e outros lançamentos estão disponíveis no site (www.affinia1.com.br/informativo).

NGK apresenta 62 novas aplicações para bobina de ignição no aftermarket Referência mundial no setor automotivo, a NGK disponibiliza 62 novas aplicações de bobinas de ignição no aftermarket nacional. Com qualidade reconhecida, os produtos atendem às especificações de veículos da Fiat, Ford, Seat e Volkswagen, e consolidam a empresa como especialista em ignição, uma vez que fornece todos os componentes do sistema. As novas aplicações podem ser encontradas no site www.ngkntk.com. br, acessando Linha Automotiva. Para mais informações, a NGK oferece atendimento pelo SAC – 0800 197 112 - de segunda a sexta, das 8h30 às 18h.

Perfect traz novo diretor e amplia linha de produtos

Metalmatrix inicia 2016 com novidades no mercado de abraçadeiras A Metalmatrix, que é referência na fabricação de abraçadeiras no Brasil e em mais de 10 países, fortifica seu posicionamento de agilidade, qualidade e expansão do mercado e apresenta o lançamento das abraçadeiras tucho canaleta engate rápido, em inox 304, desenvolvidas para a reposição de peças da linha pesada, atendendo as marcas: Scania, Volkswagen, Mercedes-Benz, Ford e Iveco.

A Perfect Brasil nomeou como novo diretor Comercial e de Marketing Roberto de Jesus, que terá como principal desafio reposicionar a marca no mercado. Roberto é formado em Matemática aplicada pela fundação Santo André e possui MBA em Propaganda e Marketing pela ESPM, é também um conhecedor do mercado de reposição, acumulando 40 anos de experiência nas áreas de vendas, marketing e administração. E as novidades não param por aí, a Perfect incorporou ao seu portfólio mais duas linhas, contando agora com produtos de suspensão, direção, transmissão, acessórios e motor.

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CURTAS Triade Peças Automotivas anuncia novo gerente Comercial

Formado em Engenharia Mecânica, Marcel Campos é o novo gerente Comercial para Reposição. Com passagem pela GM, Valeo e MAR Rolamentos, o executivo chega com a proposta de ampliar o share de polias damper nas linhas leve e pesado no mercado nacional e América Latina, além de desenvolver novos segmentos de produtos com foco em relacionamento e ações promocionais e técnicas.

Magneti Marelli Aftermarket expande portfólio da Linha Moto Com o objetivo de ampliar sua participação no segmento de reposição de peças para motocicletas, a Magneti Marelli Aftermarket, divisão de negócios focada no mercado de reposição de autopeças e segunda maior empresa do setor no Brasil, anuncia o lançamento de amortecedores, kit motor e bielas para aplicações em modelos: Dafra, Honda, Suzuki e Yamaha.

Volkswagen do Brasil recebe empresas parceiras no “Volkswagen/Sindipeças PME Experience Day” A Volkswagen do Brasil acaba de promover o evento “Volkswagen/Sindipeças PME Experience Day”, que contou com a presença de cerca de 100 PMEs (Pequenas e Médias Empresas) fornecedoras e subfornecedoras na fábrica Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP). O evento, organizado pelas áreas de Compras e Qualidade Assegurada da Volkswagen do Brasil, em parceria com o Conselho Superior de Pequenas e Médias Empresas do Sindipeças, marca o lançamento de um programa maior que tem o objetivo de fortalecer ainda mais o relacionamento entre a Volkswagen do Brasil e sua cadeia de fornecimento.

OSRAM apresenta novos modelos da linha automotiva CBI A OSRAM largou na frente e aumentou o portfólio da linha Cool Blue Intense com o lançamento de três novas lâmpadas halógenas para o mercado automotivo. A CBI é ideal para os motoristas que gostam de diferenciar o carro com grande estilo e modernidade, as lâmpadas H8, H15 e H16 possuem uma temperatura elevada de cor branca azulada de até 4.200k e oferece até 20% mais brilho que as tradicionais. A tonalidade luz branca azulada é certificada pelo Inmetro. A cor assemelha-se ao efeito xênon tornando uma solução adequada para utilização em faróis de vidro transparente. Essa cor estimula a concentração de quem dirige, alinhando elegância e segurança.

Mitsubishi Motors oferece peças e qualificação para oficinas independentes

Através do site Reparador Mit (www.reparadormit. com.br), profissionais têm acesso a preços especiais, literatura técnica e livros de bordo dos veículos da marca. Pelo portal, os profissionais têm acesso a um vasto portfólio de peças, manual de instruções, dicas técnicas e de manutenção dos veículos Mitsubishi, além de vídeos que podem auxiliar nas principais dúvidas.



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José Luiz Gandini é o novo presidente da Abeifa

O empresário José Luiz Gandini, da Kia Motors do Brasil, assumiu no dia 15 de março a presidência da Abeifa – Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores. Será seu quinto mandato à frente da entidade que, este ano, completa 25 anos representando as marcas oficiais do setor de importação e de fabricantes de automóveis e comerciais leves.

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Hyundai Motor Brasil começa a exportar

CURTAS

A fábrica da Hyundai, localizada em Piracicaba, interior de São Paulo, celebrou no dia 17 de março o início das vendas do modelo HB20 fora do Brasil. Originalmente desenvolvido exclusivamente para o País, o compacto que em apenas três anos tornou-se o segundo carro mais vendido no mercado nacional passa a ser exportado para o Paraguai, com pedido inicial de 600 unidades, todas da versão aventureira HB20X. Como única fábrica da Hyundai na América Latina, a subsidiária brasileira estuda outros possíveis mercados para exportar na região, embora não haja previsão de investimentos para aumento da capacidade de produção neste momento.

BMW Group registra resultados recordes em 2015 O BMW Group alcançou pelo sexto ano seguido resultados recordes em 2015, alcançando números inéditos de volume de vendas, receitas e lucratividade, apesar do ambiente de mercado instável. O volume de vendas mundiais de automóveis aumentou 6,1% atingindo um novo recorde de 2.247.485 unidades (2014: 2.117.965 unidades).

Campanha do Novo Gol ressalta a tecnologia que conecta e aproxima pessoas

Audi inicia produção do Q3 no Brasil A Audi do Brasil deu início à produção do Q3 na planta de São José dos Pinhais, no Paraná. Equipado com motor 1.4 TFSI de 150 cv, o SUV está sendo fabricado em uma linha de produção completamente nova. O modelo foi o mais vendido em sua categoria no mercado brasileiro em 2015 e é um produto-chave para estratégia da marca no País.

O carro favorito dos brasileiros está mais moderno que nunca. Para divulgar este Novo Gol – que agora conta com a melhor tecnologia de conectividade do mercado (o App-Connect), design global, novo motor, novo painel e acabamento refinado –, a Volkswagen do Brasil lança a sua campanha, criada pela AlmapBBDO. A estreia oficial foi no dia 13 de março, quando o filme “Irmãos” foi lançado na TV aberta e fechada. Já nas plataformas digitais, o comercial foi ao ar no dia 10 de março. A campanha assinala também a nova orientação estratégica da marca no País: “Volkswagen. Inspirada na Sua Vida”.

ANEF aponta retração de 28,4% dos recursos liberados em janeiro O balanço da ANEF (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras), referente ao mês de janeiro, registrou queda de 28,4% do total de recursos liberados nos últimos doze meses. Na visão da entidade não é possível projetar uma retomada da economia nacional até que o desemprego estabilize e o mercado volte a ter poder compra.

Citroën homenageia o empoderamento feminino no mundo automobilístico A Citroën no Dia Internacional da Mulher destacou em seu espaço exclusivo em suas redes sociais o empoderamento feminino. A simpática homenagem pela data especial foi inspirada no icônico cartaz de J. Howard Miller, “We Can Drive It”, que remete às conquistas representadas pelas mulheres. Criadas pela agência Havas, as peças colocam os carros da Marca em plano de fundo para, assim, destacar de fato a ideia de igualdade e empoderamento feminino. Afinal, nada mais importante para a Citroën do que as mulheres que dirigem os seus veículos!

Ford incrementa venda do Ka e investe na conectividade como diferencial no segmento de entrada A Ford vem investindo na conectividade como força de vendas e o Ka destaca-se no segmento de entrada pela oferta desse item cada vez mais desejado pelos consumidores. O compacto ficou entre os três carros mais vendidos do País com mais de 5.500 unidades comercializadas no varejo em fevereiro. O Ford Ka é o único do segmento de entrada a vir de série com comandos de voz para ligações, mensagens, previsão do tempo, notícias e navegação pelo celular. A entrada USB adicional para recarga do aparelho é outro diferencial que só o Ford Ka tem.

Toyota Motor Corporation anuncia mudanças em sua estrutura corporativa A Toyota Motor Corporation (TMC) promoverá profundas alterações em sua estrutura a fim de tornar seus processos mais ágeis. As mudanças envolvendo executivos entram em vigor em 1º de abril, enquanto as mudanças organizacionais e de pessoal serão efetivas a partir de 18 de abril. O objetivo fundamental da reforma é a criação de uma empresa construída com base no produto e não mais na função.





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PRODUTIVIDADE NAS INDÚSTRIAS E A REPOSIÇÃO Entre as empresas participantes, o abastecimento ao mercado está normalizado. Mas os entrevistados ponderam situações específicas, de forma generalizada Por: Karin Fuchs | Fotos: Divulgação

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a edição anterior do jornal Balcão Automotivo, a nossa equipe de reportagem constatou junto a alguns distribuidores e varejistas a falta de alguns itens no mercado, seja pelo câmbio que afeta as importações e favorece as exportações ou a produtividade das indústrias. Nesta, quem participa são as indústrias retratando como está a situação para atender a reposição. “A Schaeffler, com as marcas INA, FAG, LuK e Ruville para o aftermarket automotivo, mantém sua produção na normalidade, de forma a atender amplamente seus clientes e toda a demanda de mercado com produtos e serviços da mais alta qualidade e garantia. Não estamos enfrentando falta de nenhum produto, está tudo normal para nós, estamos com uma boa entrega aos clientes”, esclarece Rubens Campos, vice-presidente sênior da Schaeffler América do Sul. Na Affinia, o diretor de Produtos e Supply Chain, Marcelo Tonon, comenta que por ela ser dedicada exclusivamente ao aftermarket, isto faz com que a disponibilidade de produtos seja no tempo certo, a Rubens Campos, cobertura de linha adequada e o planejamento de do Grupo Schaeffler demanda estão incorporados no dia a dia da Affinia. “Tudo isso faz parte de nossa estratégia de negócios, estudando e avaliando o comportamento do mercado, o histórico dos últimos anos, inclusive mudanças na frota circulante e sua evolução”, cita. Segundo ele, o veículo lançado hoje vai para a reposição em alguns casos imediatamente ou depois de dois ou três anos, dependendo da categoria de produtos. “Para ter as peças certas nos tempos certos, precisamos trabalhar o desenvolvimento e disponibilização antes, mudando de categoria para categoria de produtos em tempo de estarem disponíveis quando começarem a ser requeridos pelo mercado”, explica. Na Dayco, o diretor Comercial América do Sul, Silvio Alencar, também esclarece que não há desabastecimento. “Seguimos com nossa produção normalmente, atendendo 95% dos pedidos recebidos em 48 horas. Certamente nas viradas de mês em função de fechamento ou inventários pode demorar uma semana a mais. E nós não fomos afetados por questões de importação, alguns itens importados são produzidos dentro do próprio Grupo no mundo”. No segmento de pesados, Luis Marques, gerente Sênior de Marketing e Aftermarket da Meritor para América do Sul, analisa que o aftermarket tem maior Silvio Alencar, participação dentro da cadeia produtiva nesse momento da Dayco e sua demanda é constante. “Com a queda generalizada

de produção de veículos novos, os volumes se tornaram mais atrativos para a fábrica e o abastecimento é feito respeitando os critérios de suprimentos”, complementa. Conforme ele, os estoques estão adequados de acordo com a sistemática de programação, utilizando informações históricas para projeção do abastecimento. “E a falta se deve ao fato do pedido ser maior que a projeção, bem como o lead time para o atendimento, ou seja, consumo versus demanda para itens específicos, além da falta de reação de fornecedores devido à queda acentuada na produção”, acrescenta. Marques avalia também que o segmento de reposição para veículos comerciais (caminhões e ônibus) se mantém estável devido à recessão econômica. “O que diminui a atividade industrial e comercial do País, demandando menor quantidade de veículos para transporte de mercadorias”, enfatiza. Produtividade Com participação percentualmente maior na reposição do que no OE (equipamento original direto para montadoras), Alencar, da Dayco, conta que “notamos um crescimento das vendas de nossas linhas nos últimos dois meses, tanto em correias quanto em tensionadores e kits”, especifica. Na Schaeffler, Campos diz que a divisão de OE teve queda, devido à crise do mercado automotivo, enquanto o aftermarket ganhou maior destaque, vem crescendo ainda mais, contribuindo muito para a sustentabilidade dos negócios da empresa. “O volume aumentou em geral, em todos os componentes fornecidos pela Schaeffler. Estamos crescendo, afinal esse é um segmento que não para”, enfatiza. Além disso, “os novos acordos de venda de veículos para outros países sul-americanos e até mesmo o novo governo da Argentina, com as novas diretrizes, têm ajudado a aumentar a demanda local”, acrescenta. Tonon conta que nos últimos dois anos foram ampliados o número de itens de todas as linhas de produtos da Affinia e várias novas formas lançadas. “Como cubo de rodas, sapatas de freios, kits para amortecedores, kits de reparo de caixa de direção, direções hidráulicas, amortecedores para motocicletas, bandejas, entre outros negócios”, cita. Segundo ele, a proposta da empresa é oferecer o maior leque de itens com ampla cobertura à frota circulante, incluindo SUVs e modelos importados. “Ou seja, soluções completas em cada categoria de produtos que disponibilizamos ao mercado. Para isso, nos dois últimos anos lançamos mais de 1.100 novos itens. Para este ano, a previsão é oferecer mais 600 novos produtos entre ampliação das linhas existentes e novas categorias de produtos”, antecipa. Abastecimento na reposição De forma generalizada sobre o desabastecimento de alguns itens no mercado, os participantes desta matéria fazem as suas análises. A começar por Luis Marques, da Meritor, avaliando que “os estoques nos

Luis Marques, da Meritor



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distribuidores não estão adequados à demanda atual, além da alta inadimplência do setor e baixo índice de confiança do consumidor final que impacta investimentos em complementação de inventário”. Alencar, da Dayco, acredita que isto pode estar ocorrendo com alguns itens importados. “No caso de produtos importados diretamente por alguns distribuidores ou fabricantes que dependem de terceiros, possa ter surgido alguma dificuldade em razão do aumento do dólar. A retomada com o fornecedor local pode não ocorrer de forma imediata podendo gerar este delay no Marcelo Tonon, abastecimento”, explica. da Affinia Para Tonon, da Affinia, “infelizmente vivemos um momento de muita instabilidade. Parte desta instabilidade pode acabar afetando a dinâmica de negócios das empresas que podem ser obrigadas a reduzir estoques, aversão a riscos e dependência de fornecedores para alguns produtos que podem estar enfrentando dificuldades no abastecimento. Podemos elencar diversas causas possíveis, mas, fica difícil saber o real motivo sem se debruçar e avaliar cada caso especificamente”, expõe. Segundo ele, as técnicas de previsão de demanda futura ainda são uma matéria incipiente, não capturaram toda a mudança do perfil da frota e dos hábitos de consumo, mas, todo o setor tem evoluído e temos excelentes práticas em diversas empresas. “Ainda assim, às vezes, faltas acontecem, lembrando que desde a produção das matérias-primas até a peça ser instalada temos um longo tempo e caminho e que, inconsistências, podem ocorrer nesse período”, acrescenta. Ao contrário, Campos, da Schaeffler, revela que “particularmente, não tenho visto essa falta

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de entrega e não estamos enfrentando esse problema com nossos clientes. O que pode estar acontecendo em alguns casos é a falta de algum produto muito específico, como componentes importados para carros de alto padrão. Mas, no geral, não vejo desabastecimento”. Segundo o diretor de Aftermarket, Marcus Vinicius, a Sabó sempre trabalhou com unidades de produção exclusivas para o aftermarket e não se tem notado falta ou algum item crítico que prejudique a demanda da reposição. “A Sabó tem plantas distintas para AM e O&M, ambas estão produzindo normalmente de acordo com a demanda prevista para 2016”, afirma. Em sua visão, não existe um desabastecimento no mercado e sim uma adequação nos estoques e um movimento de nacionalização de produtos em função do câmbio elevado. O aplicador talvez não encontre na primeira loja algum item muito específico, mas na segunda consulta irá encontrar. “Os nossos volumes no aftermarket aumentaram em 2015 e estamos prevendo um crescimento para 2016”, completa. Para finalizar, Tonon diz ainda que “empresas que trabalhavam com nichos podem estar em dificuldades devido à desvalorização cambial e instabilidade econômica. Isto pode estar acontecendo em casos específicos, que não são os produtos de maior giro, principalmente para modelos importados ou que têm uma frota menor. Existindo faltas, elas estão atreladas às dificuldades de algumas empresas do setor, aversão a riscos, principalmente cambial, entretanto, não identificamos falta de produtos de nossas linhas no Marcus Vinicius, da Sabó mercado”, conclui.


COMPLETA INFRAESTRUTURA PARA A PRODUÇÃO DE VÍDEOS TÉCNICOS, INSTITUCIONAIS E PUBLICITÁRIOS

Perfis e comparativos dos principais modelos da indústria automotiva

Treinamentos dos principais sistemas e componentes de eletrônica embarcada

Cobertura dos principais eventos dos mercados original e de aftermarket

Captação

Produção Fotográfica

Edição/ Finalização

www.ctra.com.br/videos • ctravideos@premiatta.net • tel (11) 5677.7773

agência premiatta

Procedimentos técnicos feitos por profissionais de indústrias e docentes do CTRA


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Hatches automáticos Chevrolet Onix LTZ 1.4 e Hyundai HB20 1.6 AT Premium disputam o segmento de compactos de câmbio de seis velocidades

Por: Silvio Rocha | Fotos: Estúdio Premiatta

Motor

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e levarmos em consideração os carros da nova geração, o Onix é o mais bem-sucedido no mercado brasileiro. O modelo da Chevrolet lidera os emplacamentos no País. Design moderno, amplo espaço interno, excelente dirigibidade e oferta de sistemas de conectividade são seus principais trunfos. A constatação é do próprio consumidor, que exige veículos com níveis cada vez mais elevados de sofisticação e funcionalidade. Outra novidade é a opção de cor Cinza Graphite para a carroceria do Onix. Vermelho Peper, Preto Global, Prata Switchblade, Azul Sky e Branco Summit completam a lista. O Chevrolet possui nove configurações diferentes entre acabamento (LS, LT, LTZ ou Effect), motorizações (1.0 ou 1.4) e transmissão (manual ou automática de seis velocidades). Há apenas três anos do seu lançamento no mercado nacional, o modelo da Hyundai desenvolvido exclusivamente para o Brasil, o HB20, passa pela primeira renovação trazendo nova identidade visual, inédita

Porta-malas

A capacidade do compartimento do Onix é de 280 litros enquanto o do HB20 recebe até 300 litros

e Bronze Terra somam-se às tradicionais Prata Metal e Cinza Titanium, aos tons sólidos Preto Onix e Branco Polar e à pintura perolizada Azul Sky. Interior Desde a versão 1.0 LS (de entrada), o Chevrolet Onix conta com diversos itens de conforto e segurança, como direção hidráulica, banco do motorista com regulagem de altura e painel com conta-giros e velocímetro digital. Freios ABS com EBD (Electronic Brake Force Distribution) nas quatro rodas, airbag duplo e cintos de segurança dianteiros com ajuste de altura também estão presentes em todos os modelos. Vem de série com volante multifuncional com teclas de controle de áudio e telefone nas versões equipadas com o sistema multimídia Chevrolet MyLink (LT, LTZ e Effect). Por dentro, o Novo HB20 está mais estiloso e confortável. No Onix, a potência máxima com Etanol é de 106 CV e 98 CV (gasolina) a 6000 rpm. Já no HB20 128 (E) | 122(G) a 6000 rpm

conectividade com smartphones, câmbio de seis marchas, ar-condicionado automático digital, entre outros itens de conforto e segurança. A versão hatch é a primeira a ser apresentada. O HB20 recebe nova grade hexagonal dianteira com detalhes cromados. Na versão Premium, faróis com projetores e Light Guide de LED. Na Premium e Comfort Style, novas lanternas Clear Type e faróis de neblina dianteiros com projetor. As cores metálicas – Prata Sand

Filtro de óleo

Os elementos filtrantes dos dois modelos são do tipo convencional e de fácil acesso


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Filtro de combustível

Amortecedor e freio

Também convencionais, os filtros não requerem ferramentas especiais para a troca

Painel

No Onix tela de sete polegadas sensível ao toque (touchscreen) e sistema MyLink disponível desde a versão LT, seja com motor 1.0 ou com motor 1.4. A Hyundai desenvolveu a nova central multimídia blueMedia®, disponível como opcional nas versões Premium, compatível com o Car Link®

Todas as versões tiveram seus tecidos de bancos renovados. Um dos grandes destaques é o pacote de couro Dark Brown, com bancos, painel das portas dianteiras e manopla de câmbio em couro marrom. A versão Premium recebe ainda ar-condicionado automático digital, equipamento muito desejado pelos clientes do segmento de compactos. Completam o pacote de novidades para a topo de linha do modelo dois airbags laterais de tórax e retrovisores com rebatimento automático. Motor A linha 2016 mantém a família de propulsores Flex Fuel SPE/4 (Smart Performance Economy 4 cylinders), caracterizada pelo sistema de injeção sequencial com ignição independente por cilindro – cada qual alimentado por uma bobina individual. Com alta densidade de potência, o modelo 1.0 do Chevrolet Onix entrega 80 cavalos quando abastecido com etanol e 78 cavalos com gasolina, sempre a 6.400 rpm, enquanto a versão 1.4 entrega 106 cavalos quando abastecido com etanol e 98 cavalos com gasolina, ambos a 6000 rpm. No HB20, melhorias internas foram aplicadas nos motores Kappa 1.0 e Gamma 1.6, de 4 cilindros e potência máxima de 128 (E) e 122 (G) a 6000 RPM, para redução de consumo de combustível: o material das velas de ignição mudou de níquel para irídio, pistões e anéis de vedação foram retrabalhados para reduzir o atrito interno e evitar o atropelamento das válvulas em sobregiro e o gerenciamento do alternador foi aprimorado,

No Onix, amortecedores telescópicos pressurizados. No HB20, amortecedores são dotados de batente hidráulico. Nos dois modelos, os freios são a discos ventilados na dianteira e tambores na traseira

privilegiando situações de baixa carga no motor – como nas frenagens – para recarregar a bateria. O motor 1.6 ganhou também o sistema de partida a frio “e-start”. Câmbio No Onix, a opção de transmissão automática de seis velocidades, a GF6 de segunda geração, conta com o sistema adaptativo de trocas de marcha, módulo de controle integrado – que elimina cabos entre o módulo e a transmissão –, e freio motor. Soma-se a isso a opção Active Select que permite que o próprio condutor realize as trocas de marcha a seu modo, conferindo mais esportividade à condução do veículo. O Novo HB20 recebe transmissão de seis velocidades nas versões 1.6 manual e 1.6 automática. Em ambas, a sexta marcha funciona como overdrive, para redução do consumo de combustível, das emissões de poluentes e do nível de ruído em altas velocidades. A opção automática possui comando sequencial. O motor 1.6 ganhou também o sistema de partida a frio “e-start”. Conectividade Com tela de sete polegadas sensível ao toque (touchscreen), o sistema multimídia permite ao usuário trazer suas músicas, fotos e vídeos, além de conectar à Internet através de smartphones. O MyLink está disponível desde a versão LT, seja com motor 1.0 ou com motor 1.4. O veículo ainda pode ser equipado com câmera de ré e módulo de TV, compatíveis com o sistema multimídia MyLink da Chevrolet.

A Hyundai desenvolveu a nova central multimídia blueMedia®, disponível como opcional nas versões Premium, compatível com o Car Link®. Além dos sistemas de conectividade e da tela sensível ao toque de 7 polegadas, apresenta comandos no volante, conexão Bluetooth para telefonia, streaming de áudio, MP3 player, nova banda de rádio FM, etc. Todas as versões do Novo HB20 saem de série com o blueAudio®. Valores O Onix Automático 1.4 na versão LTZ, com sistema multimídia MyLink e diversos outros itens de série, sai no valor de R$ 57.790,00. Agora na mais básica, a LT, o valor é R$ 53.790,00 e na esportiva Effect o custo é R$ 48.890,00. Nas cores metálicas há um acréscimo que varia de R$ 1.200,00 a R$ 1.300,00. Importante lembrar que os valores passados podem sofrer alterações e descontos, conforme negociação com a concessionária e feiras de veículos. De acordo com a tabela 2016, o Novo HB20 1.6 Automático na versão Premium entra com o valor de R$ 61.295,00, já com banco de couro passa a custar R$ 62.885,00 e com banco de couro e blueMedia® o valor vai para R$ 65.385,00. Agora o veículo na versão Comfort Plus tem o valor de R$ 54.595,00 e na Comfort Style vale R$ 57.695,00. Todas as versões citadas têm esses valores nas cores sólidas e nas perolizadas ou metálicas o custo total tem o acréscimo de R$ 1.100,00.


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Custos de peças e serviços Onix LTZ 1.4 Automático

Peças Serviços Amortecedor dianteiro:........................................................................R$ 460,83 - cada ............R$ 128,00 - cada Amortecedor traseiro: ...........................................................................R$ 276,62 - cada ..............R$ 80,00 - cada Disco de freio dianteiro:........................................................................R$ 327,37 - cada ............R$ 160,00 - cada Jogo de pastilhas dianteiras: .............................................................R$ 191,76................................R$ 112,00 - kit Lonas de freios traseiras: ......................................................................R$ 446,80................................R$ 144,00 - kit Óleo / litro: ...................................................................................................R$ 42,00...............................................R$ 30,00 Filtro de óleo: ..............................................................................................R$ 38,45 ..............................................R$ 32,00 Filtro de ar:....................................................................................................R$ 75,12 ..............................................R$ 48,00 Filtro de combustível: ............................................................................R$ 44,55 ..............................................R$ 48,00 Filtro anti-pólen:........................................................................................R$ 65,98...............................................R$ 80,00 Velas:................................................................................................................R$ 22,12 - cada .................R$ 16,00 - cada

HB20 1.6 AT Premium

Peças Serviços Amortecedore dianteiro:.....................................................................R$ 245,00 - cada ............R$ 198,00 - cada Amortecedor traseiro: ...........................................................................R$ 202,81 - cada ............R$ 110,00 - cada Disco de freio dianteiro:........................................................................R$ 225,36- cada .............R$ 154,00 - cada Jogo de pastilhas dianteiras: .............................................................R$ 216,00................................R$ 110,00 - kit Lonas de freios traseiras: ......................................................................R$ 254,75................................R$ 198,00 - kit Óleo / litro: ...................................................................................................R$ 35,95............................................R$ 176,00 Filtro de óleo: ..............................................................................................R$ 21,60.............................................R$ 110,00 Filtro de ar:....................................................................................................R$ 32,00 ..............................................R$ 44,00 Filtro de combustível: ............................................................................R$ 17,00 ............................................R$ 154,00 Filtro anti-pólen:........................................................................................R$ 60,00...............................................R$ 44,00 Velas:................................................................................................................R$ 20,00 - cada ...............................R$ 88,00

Colaboraram: Hyundai Motor Brasil, CAOA - Nações Unidas, Grand Brasil - Hyundai Barra Funda, General Motors do Brasil e Unidade Vigorito Ipiranga

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Imposto de Renda: a responsabilidade é sua Por: Gustavo Cerbasi* | Foto: Divulgação

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ais uma vez, chegou a hora de prestar contas com a máquina comedora de renda. Do início de março até 30 de abril, devem prestar contas aqueles que tiveram renda tributável acima de R$ 25.661,70, rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados na fonte acima de R$ 40 mil, bens acima de R$ 300 mil e também os tradicionais casos de ganhos de capital e atividade rural. A principal recomendação para a declaração de Imposto de Renda é que você mesmo deve fazer a sua. Não estou menosprezando o papel de contadores que prestam esse serviço. Mas é importante você dominar suas informações financeiras. Hoje, a Receita Federal é capaz de cruzar todas as movimentações que afetam seu CPF, entre folha de pagamentos, bancos, cartões de crédito e compras de grande valor. O governo sabe quem sonega e quem age dentro das regras, e a malha fina só não é mais fina porque a fiscalização não dá conta. Não é razoável o governo conhecer sua vida financeira melhor do que você mesmo. Dê valor à declaração, preencha-a e contrate um contador só para revisá-la e orientá-lo. Adquirido o hábito, preencher a declaração é como montar um quebra-cabeça. Basta seguir as orientações e copiar dados que você deveria ter organizado. Caso você ainda tenha patrimônio ou renda não declarados, informe-se com seu contador sobre como regularizar isso sem se onerar mais que o necessário. Neste ano, por exemplo, o governo está anistiando de multa quem declarar bens no exterior até então omitidos. O prazo para declará-los acaba em 5 de abril – atente ao prazo, se for seu caso. Não estou assumindo as dores do governo nem implorando à população que contribua com a insana sede arrecadatória. Pelo contrário, defendo que paguemos o mínimo devido obrigatoriamente ao governo, aproveitando todas as isenções e oportunidades de direcionar

impostos devidos a mecanismos mais responsáveis de gestão da arrecadação – como instituições filantrópicas, planos de previdência e afins. Entretanto, quem sonega está agindo à margem da lei, expondo-se a multas desproporcionais e até a confisco de bens. Afinal, o que não é declarado não tem dono. Algumas técnicas para reduzir o imposto a pagar incluem manter na informalidade pequenos negócios (o que não é ilegal, desde que seguidas as regras), dividir as declarações familiares em mais de um CPF (abrindo mão de dependentes, mas aumentando o limite de isenção), comprar moeda estrangeira (que nos blinda da inflação sem a apuração de lucros tributáveis) e consumir com moeda não financeira, como milhas e moedas comunitárias. Informe-se e não pague nada além do devido. Se não gosta das regras, é nas eleições, e não na declaração, que você deve manifestar sua defesa. *Consultor financeiro e autor de Casais Inteligentes Enriquecem Juntos, Investimentos Inteligentes e Adeus, Aposentadoria, todos pela Editora Sextante. Acesse os perfis no Twitter e Facebook. www.maisdinheiro.com.br



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Ford Caminhões: Lançamento Cargo TorqShift Marca apresenta seis novos modelos Torqshift com transmissão automatizada Texto: Silvio Rocha | Fotos: Divulgação

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mpliando a sua linha de caminhões, a Ford apresentou à imprensa especializada, no começo do mês de março, no campo de provas das empresas Randon, em Caxias do Sul (RS), seis novos modelos Cargo Torqshift equipados com a inédita transmissão automatizada de 10 ou 16 marchas. A companhia pretende, com este lançamento, avançar ainda mais no mercado brasileiro, em que foi a marca de caminhões que mais cresceu no ano passado. Na ocasião, estavam presentes: Pela montadora, João Pimentel, diretor de Operações de Caminhões da Ford; Antonio Baltar, gerente geral de Marketing e Vendas da Ford Caminhões; João Filho, chefe de Engenharia da Ford Caminhões, e Flávio Costa, gerente de Marketing da Ford Caminhões. Como convidados, Amaury Rossi, diretor de Contratos de Manufatura de Transmissões e Embreagens da Eaton, e João Araujo, coadministrador do campo de provas das Empresas Randon. A marca no mercado Para João Pimentel, o ano de 2016 não será tão diferente de 2015, no entanto se espera uma maior estabilidade em todo o sistema. “Nós entendemos que todos já fizeram as correções necessárias, vai ser um ano similar ao anterior para indústria, com uma queda em torno de 10%. O ano será ainda de juros altos, inflação e com toda a incerteza política e econômica é difícil prever como será 2016, mas não é por causa desse cenário que vamos deixar de investir, pelo contrário, acreditamos que essa é a hora de mantermos nossos investimentos”, pontua. Em 2015, a Ford foi a marca que mais cresceu na indústria de caminhões, com um ganho de 3,7 pontos porcentuais – de 14,3% para 18%. Consolidou também a liderança no segmento de caminhões semileves – com o modelo F-350 e 42% de participação – e no setor de leves, com os modelos Cargo 816, Cargo 1119 e F-4000, com 31% das vendas.

O lançamento dos novos caminhões Cargo Torqshift é mais um avanço da marca, seguido de outros marcos recentes. Em 2014, a Ford relançou a Série F, depois do lançamento dos modelos extrapesados Cargo 2042 e Cargo 2842, do Cargo 1119 e dos vocacionais Cargo 1723 Kolector, Cargo 1719 para bebidas e Cargo 2629 Mixer em 2013. A nova linha reúne a experiência de mais de 60 anos da Ford na fabricação de caminhões no Brasil, com um total de mais de 1 milhão de unidades fabricadas. É a única marca no País a contar com um campo de provas para o desenvolvimento de caminhões, localizado em Tatuí, no interior paulista, e sua linha de montagem em São Bernardo do Campo, SP, opera com um sistema avançado de produção modular. Sobre os lançamentos Continuando o ciclo de lançamentos da marca com produtos que se destacam em qualidade, robustez e ótimo custo-benefício, Antonio Baltar ressalta que a nova linha foi desenvolvida de acordo com os anseios e necessidades do consumidor. Nesse sentido, Flávio Costa emenda que a linha atende tanto as necessidades do frotista, que se preocupa com a economia e rentabilidade,como dos autônomos,que priorizam o conforto ao dirigir, e o uso do câmbio automatizado em veículos comerciais é uma tendência crescente em todo o mundo. João Filho comenta também que o objetivo da engenharia ao desenvolver a automatização na transmissão, além de escolher uma transmissão robusta no mercado, foi de manter o menor consumo de combustível, mais conforto, dirigibilidade, segurança e redução do tempo de manutenção. Os modelos A nova linha de automatizados traz uma série de recursos avançados, incluindo a opção de trocas manuais e os modos

Economia e Performance. Ela é formada pelos modelos Cargo 1723 Torqshift, Cargo 1723 Kolector Torqshift, Cargo 1729R Torqshift, Cargo 2429 Torqshift, Cargo 1729T Torqshift e Cargo 1933T Torqshift. O Cargo 1723 Torqshift é um modelo médio com peso bruto total de 16.000 kg e capacidade máxima de tração de 32.000 kg, com motor de 230 cv e transmissão de 10 marchas. Na versão Cargo 1723 Kolector Torqshift, ele chega praticamente pronto para implementação como coletor/compactador, com transmissão reforçada de 10 marchas e peso bruto total de 23.000 kg com terceiro eixo instalado. O médio Cargo 1729R Torqshift, com peso bruto total de 16.000 kg, tem motor de 290 cv e transmissão de 10 marchas, com as opções de cabine simples e leito. O Cargo 2429 Torqshift, um dos destaques da linha, tem transmissão de 10 marchas, tração 6x2, peso bruto total de 23 toneladas e capacidade máxima de tração de 38.000 kg. Ele chega ao mercado em março, com dois anos de garantia e o preço de referência mais competitivo da categoria, de R$ 220.000 na versão cabine simples e de R$ 228.000 na versão leito. O Cargo 1729T Torqshift é um cavalo-mecânico com cabine leito, transmissão de 10 velocidades e capacidade máxima de tração de 38.000 kg. O Cargo 1933T Torqshift com suspensão a ar é um cavalo-mecânico com transmissão de 16 marchas e capacidade máxima de tração de 45.150 kg. A Ford oferece outro diferencial importante para o transportador: o lançamento dos modelos como Linha 2017 permite ao cliente aumentar o tempo de permanência do veículo na frota – já que a maioria dos contratos no setor exige veículos com até três anos de uso –, sem contar a sua valorização na hora revenda. Com o lançamento dos novos caminhões Torqshift, a linha Ford 2017 cresce de 26 para 34 modelos, oferecendo


35 novas opções para ampliar a eficiência e rentabilidade dos transportadores. Ainda no próximo mês, a empresa apresentará quatro novas versões com configuração de transmissão manual: Cargo 1419, Cargo 1519, Cargo 3129 e Cargo 3129 Mixer. Tecnologia Torqshift A linha Ford Cargo Torqshift traz uma combinação de robustez e economia, seguindo a tendência global de uso de transmissões automatizadas no transporte de carga. Sua tecnologia avançada traz benefícios tanto para o frotista como para o motorista, aliada à tradição de qualidade e ótimo custobenefício dos veículos comerciais da Ford. Desenvolvida pela Eaton em parceria com a Ford e a Cummins, a nova transmissão tem construção robusta e funcionamento contínuo e suave, sem solavancos. Além disso, conta com recursos avançados que otimizam o desempenho, o rendimento e a segurança do caminhão, trazendo uma nova sensação de dirigir para o motorista. O piloto automático inteligente mantém a velocidade constante em subidas e descidas e a assistência de partida em rampa segura o caminhão por até 3 segundos em rampas com inclinação superior a 3%. Tem também a função “Low” para descidas, indicador de marcha no painel e dois modos de direção: Performance e Economia, com escalonamento que garante alto torque em subidas e inclinações. Comparada às transmissões automáticas, a automatizada Eaton tem como vantagens o menor custo de aquisição e

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reparo, a maior economia de combustível e a facilidade de manutenção. E também é mais econômica que a transmissão manual. Para proteção contra superaquecimento, possui disco com revestimento sinterizado de cerâmica que aumenta em quatro vezes a vida útil da embreagem.

disco com revestimento sinterizado de cerâmica, aviso luminoso e sonoro em caso de abuso e um controle de rotação do motor para garantir a condição ideal de trabalho. Tudo isso quadruplica a vida útil da embreagem e aumenta a economia na manutenção”, explica João Filho.

Transmissão automatizada Eaton A transmissão automatizada da nova linha Ford Cargo Torqshift oferece construção robusta e uma série de recursos para otimizar o desempenho, o rendimento e a segurança do caminhão. Primeira representante da família no Brasil, ela foi desenvolvida pela Eaton em parceria com a Ford e a Cummins, usando a experiência global da Eaton nesse tipo de aplicação. Dotada de 10 ou 16 marchas e eixo simples, ela tem entre suas vantagens o funcionamento contínuo e suave, sem solavancos, comparado a veículos concorrentes similares de eixo duplo. Os principais objetivos de engenharia no seu desenvolvimento foram oferecer o menor consumo de combustível, conforto e dirigibilidade para o motorista e manutenção econômica.“Como base para desenvolver a linha Cargo Torqshift, usamos a transmissão manual da Eaton, que tem um desempenho comprovado e robusto, e adicionamos a ela a automatização. Por isso, ambas têm custo de reparo similar, compartilhando o mesmo conjunto mecânico”, destaca João Filho, chefe de Engenharia da Ford Caminhões. “O principal problema da embreagem é o superaquecimento. Para evitar isso, usamos um sistema de proteção que inclui

Recursos inteligentes A transmissão automatizada do Ford Cargo Torqshift é equipada com um atuador elétrico que faz a função do pedal da embreagem, abrindo e fechando quando necessário, e dois motores de corrente contínua para o acionamento da alavanca de engate. Uma unidade de controle eletrônico faz a interface com o módulo do veículo. Na função D (dirigir), ela seleciona a marcha de arranque adequada e faz uma troca otimizada. Na função M (manual), permite ao motorista assumir o controle e selecionar as marchas pelo botão na manopla em situações como rodagem fora de estrada ou subidas íngremes. Na função L (“Low”), exclusiva da Ford, as marchas são reduzidas gradativamente de acordo com a velocidade e rotação do veículo. Além de segurar o veículo em declives, também é útil em situações como o acoplamento de colheitadeira, em manobra de ré. Já na função Kickdown o motorista controla o regime de trocas pelo pedal do acelerador. Pisando a até 90% do curso ele funciona no Modo Economia, com trocas a 1.800 rpm. Com o pedal a 100%, as trocas ocorrem a 2.300 rpm, aumentando a aceleração.


FIQUE DE OLHO

Doosan Infracore e MWM Motores Diesel assinam memorando de entendimento de parceria estratégica Doosan Infracore, fabricante global de motores, com uma linha completa de motores diesel e a gás, e a MWM Motores Diesel, fabricante independente de motores diesel, fizeram um acordo de parceria estratégica para a comercialização de motores diesel. O objetivo deste acordo é expandir o line up de produtos e a rede de vendas através de uma parceria comercial. Os motores Acteon 4.8L para geradores de energia, fabricados pela MWM, serão lançados pela Doosan e revendidos através de sua rede de distribuição. Concessionário Araguaia atinge a maior pontuação no Programa StarClass A Mercedes-Benz reconheceu seu concessionário Araguaia, de Campinas (São Paulo), como o melhor de 2015 na Rede de veículos comerciais. Pertencente ao Grupo Pirasa, a revenda Araguaia foi premiada com o troféu Diamante no Programa de Certificação StarClass. O reconhecimento é resultado da qualidade no atendimento e dos serviços prestados, estrutura, performance e adequação às normas de identidade corporativa da Mercedes-Benz. Híbrido Volvo faz linha de turismo em São Paulo Chamado de “Circular Turismo Sightseeing SP”, o ônibus é fruto de uma parceria entre SPTrans, CET e SPTuris. Possui carroceria double deck com vista panorâmica e vai passar pelos principais pontos turísticos de São Paulo, como MASP, Mercado Municipal, Liberdade, parque Ibirapuera, Pátio do Colégio e Theatro Municipal. Durante o trajeto, os passageiros receberão informações sobre a história e as curiosidades dos pontos visitados por meio de um sistema de voz, folder e um aplicativo para smartphones. TVH-Dinamica tem novo diretor geral Com mais de 25 anos de experiência no mercado de reposição, Marco Augusto assume a direção da empresa no Brasil com propósito de implementar ações voltadas ao relacionamento com cliente, priorizando atendimento personalizado, variedade e disponibilidade de itens, além de agilidade e qualidade na entrega. Marco Augusto tem formação acadêmica em administração de empresas e tecnologia em eletrônica e MBA em gestão comercial e de estratégia de negócios. Foton Caminhões assina acordo com Agrale para iniciar em agosto produção de seus caminhões no Brasil Com o objetivo de manter rigorosamente seus planos de produção de veículos comerciais no Brasil ainda neste ano, a Foton Caminhões acaba de assinar com a Agrale acordo para a produção de seus caminhões em sua fábrica em Caxias do Sul, RS. O acordo, assinado dia 10 de março, na fábrica da Agrale, com a presença dos executivos de ambas as marcas de caminhões (Foton e Agrale), prevê o uso pela Foton de uma linha de montagem da Agrale inicialmente pelo período de 12 meses. Empresas Randon no ranking da pesquisa Marcas de Quem Decide 2016 As Empresas Randon, através da Randon S.A. e da Racon Consórcios, aparecem novamente na pesquisa Marcas de Quem Decide, promovida pelo Jornal do Comércio e realizada pela Qualidata. Na 18ª edição do levantamento, a Randon foi eleita na categoria Grande Marca Gaúcha, ocupando o 3º lugar na lembrança e a 3ª posição na preferência dos entrevistados. A Companhia também foi destaque na categoria Responsabilidade Social, uma das novidades deste ano na pesquisa, ficando em 4º lugar na lembrança e em 5º na preferência dos gaúchos.

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Scania completa 125 anos de história Em 2016, a Scania completa 125 anos da sua inauguração na cidade de Södertalje, na Suécia. A trajetória da empresa teve início em 1891, quando, sob o nome de VABIS, produzia carroças, vagões e bondes puxados a cavalo. De lá para cá, a Scania acompanhou as transformações do mundo, trabalhando para posicionar a marca globalmente e ser reconhecida como sinônimo de qualidade e robustez, pavimentando o sucesso que rendeu aos caminhões da marca, carros-chefes na linha de produtos, o título de Rei da Estrada. Schaeffler recebe prêmio de “Fornecedor Partner 2015” pela John Deere A Schaeffler, por meio de suas três principais marcas, INA, FAG e LuK, recebeu da John Deere o prêmio “Fornecedor Partner” – maior reconhecimento dado pela montadora a seus fornecedores no mundo. O prêmio foi entregue no dia 4 de março em uma cerimônia realizada em Campinas-SP. Ser reconhecido com o nível “Partner” significa que a Schaeffler tem mantido seu desempenho elevado em cinco categorias: qualidade, entrega, gerenciamento de custos, relacionamento e novas soluções. MAN Latin America alcança recorde de treinamentos em condução econômica A MAN Latin America alcançou um marco: mais de 2,9 mil motoristas receberam instruções práticas de condução econômica em 2015. Além de ser recorde anual para a montadora, o total representa alta de 10% na comparação com os 2,6 mil treinamentos realizados em 2014. Além de cursos presenciais, a MAN Latin America reforça sua presença no e-learning, ou seja, nos treinamentos realizados online pela internet, disponíveis tanto para colaboradores da empresa quanto para a rede de concessionários. Pirelli é a nova fornecedora para a Fórmula Truck com pneus da série 01 A Pirelli, principal fornecedora de pneus para as competições automobilísticas sul-americanas e fornecedora oficial da Fórmula 1, é a nova patrocinadora e fornecedora exclusiva de pneus da Fórmula Truck para a temporada de 2016. A entrada da Pirelli na Fórmula Truck é motivo de orgulho por ressaltar a presença como a maior fornecedora de pneus de competições do Brasil e também por levar a tecnologia e o alto desempenho da Série 01, além do padrão Pirelli de conduzir os esportes a motor. Projeto Meritor frota parceira itinerante recomeça em março na região Sul Com o foco em oferecer treinamento a profissionais de todo o País, buscando facilitar ainda mais os seus serviços ao estreitar relacionamento com seus clientes, sem deixar de lado a qualidade, excelência dos produtos e serviços oferecidos pela empresa, a Frota Parceira, nesta segunda fase, que abrange a região Sul, deve atingir cerca de 32 cidades, três Estados e dois países da América do Sul, Argentina e Uruguai, percorrendo cerca de 7.300km e capacitando mais de 1.500 profissionais nessa região.

Empresas catarinenses adquirem 28 ônibus Marcopolo A Marcopolo acaba de fornecer 28 ônibus do modelo Torino para algumas das principais operadoras de Santa Catarina. Os veículos, adquiridos pelas empresas Canasvieiras, Insular e Transol, possuem diferentes configurações e serão utilizados no transporte coletivo de cidades do litoral catarinense. Segundo Paulo Corso, diretor de operações comerciais da Marcopolo, as operadoras adquiriram os veículos para elevar a qualidade do transporte na cidade e região.

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Um retrato da reparação automotiva Estudo inédito do Sebrae-SP mostra como a gestão das oficinas reflete no varejo de autopeças Por: Karin Fuchs | Fotos: Divulgação

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m estudo inédito do Sebrae-SP, “Reparação de Veículo: Um Negócio Promissor”, retratou a reparação automotiva no Estado de São Paulo. Segundo a consultora da área de inovação e tecnologia do Sebrae-SP, Maria Augusta Pimentel Miglino, uma das constatações é a sua relevância em relação ao mercado nacional. “No Brasil, os gastos estimados com manutenção são de R$ 128 bilhões por ano. O Estado de São Paulo tem uma participação de 32% do total ou R$ 40,7 bilhões/ano”, especifica. Também de acordo com ela, mensalmente os gastos com manutenção no estado paulista giram em torno de R$ 3,4 bilhões. Dividindo este valor entre as 16.528 micro e pequenas oficinas, a divisão do bolo é de, em média, R$ 205,7 mil para cada uma. “Percebemos que oficina é um ramo rentável, quando bem administrada”, pondera. E nesse sentido o estudo constatou algumas falhas que impactam diretamente no varejo, como a compra errada de peças. “Há muito erro na compra de peças e no controle de estoque mínimo. As oficinas precisam fazer uma compra mais assertiva, mais técnica, e até buscando o fornecedor de forma consultiva. Pois caso contrário, há não apenas perda de dinheiro embutida no transporte, por exemplo, como também da própria peça se a mesma for danificada”, diz. Controle do estoque mínimo também foi revelado na pesquisa como uma deficiência geral nos controles das oficinas. “Elas precisam ter um estoque mínimo de itens demandados frequentemente e não de peças, o foco delas é serviços”, ressalta Maria Augusta. Na participação do faturamento das empresas, peças representam 70% do total e serviços, 30%. Com a participação de cerca de 15 entrevistados in loco e 30 oficinas que preencheram questionários, o levantamento do Sebrae-SP estratificou os estabelecimentos por faixa de faturamento, identificando dados como: número de carros reparados mensalmente, produtividade por funcionário, despesas fixas e tíquete médio (ver ilustração). “Esta é uma informação que não se encontra com muita facilidade, não se consegue de fontes secundárias”, diz Maria Augusta, como um dos principais destaques do estudo. Gargalos Entre outros pontos relevantes que as oficinas precisam melhorar, Maria Augusta destaca alguns na conclusão do levantamento do Sebrae-SP: Falhas na gestão: “A ausência de controles financeiros é gritante para muitas oficinas. Os reparadores são geralmente profissionais muito técnicos que entendem de mecânica e não do negócio. Às vezes não sabem fazer o fluxo de caixa, misturam a conta pessoal com a da empresa; às vezes não sabem se estão tendo retorno do investimento; não estipulam um pró-labore, e acham que todo o dinheiro que entra é lucro, esquecendo-se das despesas. Há muita confusão entre elas sobre o que é lucro e faturamento”. Contratação e retenção de profissionais: “Há muitos mecânicos práticos, mas que não têm estudo. Hoje os veículos estão mais tecnológicos, o que requer mecânicos com características mais técnicas, com formação e curso reconhecido. Há uma dificuldade neste setor em contratar mão de obra como também de reter profissionais”. Reclamação de clientes: “Há muitas reclamações por parte dos clientes em relação a

serviços mal executados, o que é bem recorrente, os próprios donos das oficinas falaram isso. É difícil garantir um controle de qualidade na reparação; garantir que o funcionário trabalhe corretamente. Há muito retrabalho nas oficinas, o que diminui a produtividade, gera prejuízo e, consequentemente, elas deixam até de atender outros clientes”. Dificuldade com atendimento, marketing e fidelização: “O atendimento está relacionado à garantia ao cliente que o serviço será bem executado, inclui também a venda e o pós-venda. A oficina tem que ter o seu marketing, o trabalho de fidelização do cliente e o controle de clientes na oficina. Oferecer coisas que os fidelizem, criar campanhas que os tragam para a oficina, pensar em estratégias de fidelização”. Problemas com a baixa qualidade de peças também foi um dos tópicos informados pelos entrevistados. Algumas oficinas se queixaram de ter dificuldade de encontrar peças de boa qualidade no mercado, com exceção de algumas marcas importadas. Peças de baixa qualidade podem prejudicar o resultado final de seu serviço, levando à insatisfação do


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cliente, se o defeito voltar a se apresentar. Objetivo O estudo do Sebrae-SP junto às oficinas foi publicado no ano passado e trata-se de um projeto piloto cujo foco é se estender para outras atividades. “No Sebrae-SP trabalhamos para alguns segmentos da indústria, do comércio e de serviços. Há projetos setoriais e mercados que chamamos de prioritários, como o de oficinas mecânicas que fizemos o projeto piloto”, diz Maria Augusta. Segundo ela, a ideia é fazerem estudos de diferentes mercados para ter como referência para os clientes atendidos nos projetos setoriais. Sobre os números referentes ao segmento, já que o levantamento feito com as oficinas foi em 2013, a consultora comenta que não deve ter havido muitas mudanças. “Até porque o mercado desacelerou um pouco com a queda de vendas de veículos novos. Assim, na essência nada mudou, como o perfil do consumidor (ver box)”, conclui.

Perfil por faixa de faturamento Faixa de Faturamento bruto faturamento mensal (média) R$ 0 a R$ 30 mil R$ 15.111 R$ 31 mil a R$ 100 mil R$ 76.500 R$ 101 mil a R$ 300 mil R$ 187.500 Número de oficinas

Nº de carros Tíquete médio reparados (média/mês) 38 R$ 286,00 170

R$ 449,00

248

R$ 825,00

Número de oficinas no Brasil Número de oficinas no Estado de São Paulo

97.274 16.528

Frota Frota de veículos licenciados no Brasil Frota de veículos licenciados no Estado de São Paulo Frota de automóveis licenciados no Estado de São Paulo Fonte: Pesquisa de Orçamento Familiar (POF-IBGE) Frota/idade – Estado de São Paulo

73.356.224 24.460.331 16.054.212

Frota de automóveis licenciados com até um ano e meio Frota de automóveis licenciados com um ano e meio até 5 anos Frota de automóveis com mais de cinco anos Perfil dos clientes Gastos com manutenção, participação por classe social Classe A Classes B e C Classe E

1.821.944 2.478.412 11.753.856

Brasil

Estado de São Paulo

20% 77% 3%

20% 78% 1%


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VOCÊ SABE AONDE QUER CHEGAR? Especialistas e profissionais do setor falam sobre a importância do planejamento de carreira e o que é preciso fazer para se destacar e crescer dentro da empresa Por: Simone Kühl | Fotos: Divulgação

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lanejar a carreira é fundamental na vida de qualquer profissional. Ter objetivos e lutar para conquistá-los faz parte da vida, tanto nos aspectos profissionais, como pessoais. É preciso definir onde se deseja estar no futuro e se preparar, antecipando todos os passos para alcançar os resultados. De acordo com os especialistas, o equilíbrio da vida vem da nossa carreira. Caso o indivíduo não tenha um plano, poderá acabar em um lugar e em uma posição que não lhe agrade e, a partir disso, começará a desempenhar um trabalho ruim, sem motivação, o que consequentemente refletirá em sua vida pessoal. Desta maneira, o planejamento é mais que uma recomendação, mas uma necessidade básica para ter maiores probabilidades de sucesso e avanço na carreira.

Escolha os melhores caminhos Segundo Lucia Costa, especialista em gestão de Carreira da Stato, quando as metas não são claras e não possuem resultados tangíveis, há riscos de frustração e estagnação na carreira. O profissional passa a ser conduzido pela dinâmica da companhia e do mercado, onde quem dita o caminho é a empresa e não o profissional. “Esse processo gera uma grande insatisfação, pelo fato do profissional aceitar, por diversas vezes, os desafios que são colocados pela empresa, e não o que ele planejou para sua carreira”, pontua. Neste sentido ela ressalta três passos importantes para o correto planejamento: a reflexão estruturada, em Lucia Costa, especialista em gestão que deve ser revisada toda a experiência profissional, de Carreira da Stato identificando quais foram satisfatórias e quais foram as lições aprendidas e, caso se queira uma mudança de carreira, definir um plano de ação que faça sentido com o perfil versus o mercado de trabalho; definir quais são os pontos fortes e principais competências, e de que forma esses fatores podem ajudar o profissional a obter sucesso; e também identificar quais são os pontos de desenvolvimento e de que forma eles podem impedir o sucesso. Os pontos de melhoria podem ser tanto comportamentais, como técnicos, procurar cursos e certificações podem ajudar o profissional a resolver esses pontos para obter uma ascensão na carreira.

Marcelo Furtado, Cofundador do Convenia

Defina objetivos e prazos Para Marcelo Furtado, cofundador do Convenia, o planejamento de carreira deveria ser como um planejamento de empresas. “O primeiro passo é criar uma linha de tempo no futuro determinando onde, idealmente, você estará. Você quer ter cargo de liderança? Quer ser do nível estratégico de uma grande empresa? Ou prefere ser sócio de um

pequeno negócio?”, pergunta. Definidos os objetivos macros dentro de uma linha de tempo, ele orienta que se decida a parte tática, ou seja, que tipo de competência você precisará desenvolver nos próximos 2 a 5 anos para atingir seus objetivos de médio prazo. “Por fim, vem a parte operacional. Se você determinou que quer ser um executivo de multinacional, é preciso entrar em um curso de idiomas imediatamente e não daqui 5 anos. Portanto, agir ficará mais fácil se você tiver um planejamento bem feito”, comenta.“Imprevistos ocorrerão, portanto, é muito importante revisitar seu planejamento de carreira a cada 6 meses e realinhar as expectativas e metas”, emenda. HistÓrias De profissionais Que cresceraM Dentro Da autopeça Exemplos da PRPK Autopeças O crescimento de Marcos Rogério Calenta em sua carreira no varejo começou desde seus 15 anos, em 1985, ao procurar peças para o carro de seu pai que tinha pegado fogo quando se deparou com uma oportunidade. “Perguntei na autopeça se precisavam de alguém e eles me deram a vaga. Eu era bem moleque e não sabia nada. A primeira coisa que o dono me perguntou era se eu queria conhecer a loja e me deu uma vassoura, acredito que esse tenha sido o primeiro teste, eu aceitei e comecei a limpar a loja Marcos Rogério Calenta, todos os dias e ajudar em toda arrumação e estoque”, relembra. da PRPK Auto Peças Com isso, aos poucos Calenta foi ganhando espaço e crescendo na loja. “Fui fazendo perguntas, atendendo os clientes no balcão e cada vez aprendendo mais. Nessa loja fiquei por cinco anos, depois passei por outras autopeças, inclusive uma do mesmo dono da PRPK, onde fui gerente, e depois vim para a PRPK, que estou há 7 anos como gerente”, relata. Um fato que Calenta acredita que tenha sido importante para sua evolução profissional foi a proatividade. “Eu sempre me interessei por todas as áreas, ficava na parte de vendas, mas também ajudava nas compras e no estoque, eu não esperava no balcão que alguém me mandasse fazer algo, eu sempre me antecipava”, recorda. Para ele, essa antecipação, somada à pontualidade e estar sempre atento aos lançamentos dos carros e quais peças se encaixavam são decisivos para o destaque dentro da empresa. De olho no futuro, ele revela que pretende continuar nessa área e poder um dia abrir seu próprio comércio. Já Rogério Gonzalez conta que também iniciou sua carreira na área desde pequeno. “Eu já gostava muito de mecânica e mexia nos carros do meu pai e com 12 anos, em 1978, surgiu a chance de trabalhar em uma autopeça, onde fiquei por 8 anos. Eu comecei no estoque e fui crescendo e aprendendo a parte de vendas no balcão”. Na PRPK, onde está há 9 anos, Gonzalez entrou como balconista e depois foi promovido a gerente Geral. Em sua opinião, o principal Rogério Gonzalez, desafio da profissão é estar sempre atualizado, destacando que, para da PRPK Auto Peças



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de balcão para balcão

isto, é preciso estar constantemente investindo no aprendizado. Crescimento na Auto Peças Beija-Flor Desde novo na mesma autopeça, a carreira de Wagner Franco Raimundo iniciou aos 16 anos com a condição de ter o primeiro emprego registrado na loja.“Comecei como auxiliar de serviços gerais, que abrangia o estoque, limpeza e alguns trabalhos em administração. Depois disso, assumi a área administrativa por dois anos, gerindo o estoque com mais responsabilidade, três anos mais tarde atuei no balcão e após retornei para o estoque, mas no cargo de gestão e também trabalhei no processo de informatização, implantando um novo sistema de endereçamento, logística e curvas a, b e c do estoque”, explica. Há 15 anos na Beija-Flor, Raimundo conta que conheceu sua esposa, Daniela Oliveira, na loja e hoje a direção da empresa está dividida entre os dois. “Minha esposa é responsável pela Administração e Finanças e eu pela Gestão Comercial e Logística”. Em relação às dificuldades, ele aponta o preconceito na época quando era mais jovem.“Os clientes optavam pelos balconistas mais experientes e eu trabalhava ao lado de profissionais com 14, 15 anos de casa, isso para mim foi difícil, pois tínhamos metas para cumprir, mas com muito empenho consegui meu espaço”, celebra. Para Raimundo, o futuro hoje não está apenas no crescimento profissional, mas na gestão da empresa, sua ampliação e melhora em todos os processos. “Temos que atender bem o cliente interno em primeiro lugar, a loja deve ter um ambiente agradável e saudável para se trabalhar. Já fizemos uma reforma, pintura e até o final do mês a nova fachada será instalada, além disso, demos os primeiros passos no e-commerce Daniela Oliveira e Wagner Franco Raimundo, (www.beijaflorautopecas.com.br)”, finaliza. da Auto Peças Beija-Flor

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10 Dicas para a evolução profissional do cofundador do Convenia, Marcelo Furtado 1. Analise que metas não realizadas devem seguir no planejamento: Há objetivos que podem não fazer mais sentido de um ano para o outro, e você deve definir o que ainda deve ser buscado. 2. Defina objetivos e formas de alcançá-los: Saber o que se deseja e de que forma deseja conquistar seus objetivos é o primeiro passo para o sucesso profissional. 3. Tenha suas metas à vista: Deixe sua lista de objetivos em um local visível, para que não perca o foco das suas metas. 4. Seja objetivo nos seus planos: Estabeleça metas práticas, objetivas e possíveis e esqueça os sonhos mais abstratos e irreais. 5. Faça a distinção entre objetivos pessoais e profissionais: Saiba separar as coisas. O aspecto pessoal é tão importante quanto o profissional e um não deve ser esquecido em função do outro. 6. Saiba o que depende de você e o que depende dos outros: Tenha em mente que nem tudo depende de você, pois misturar as bolas, neste caso, pode levar qualquer um a ficar desmotivado. 7. Tenha calma e busque uma meta de cada vez: Não se atropele e dê foco a um projeto de cada vez. 8. Estabeleça prazos no seu planejamento de carreira: O tempo para a realização de cada meta deve ser estipulado especificamente. 9. Comemore o que for conquistado: É preciso celebrar o que for executado dentro do seu planejamento, mantendo o foco nas metas e comemorando as conquistas. 10. Revise o seu planejamento trimestralmente: Revisões são necessárias, já que objetivos podem mudar e metas podem ganhar novos prazos e níveis de importância.





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VISÃO CENTENÁRIA

*Jornalista especializado desde 1967, engenheiro e consultor técnico, de comunicação e mercado. www.facebook.com/fernando.calmon2

Por: Fernando Calmon* | Foto: Divulgação

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grupo restrito de fabricantes de veículos que estão no mercado há 100 anos ou mais, de forma contínua, aumentou neste mês de março com a entrada da BMW. Este clube, em ordem alfabética, é formado por Alfa Romeo, Aston Martin, Audi, Buick, Cadillac, Chevrolet, Dodge, Fiat, Ford, Lancia, Mercedes-Benz, Maserati, Opel, Peugeot, Renault, Rolls-Royce, Skoda e Vauxhall. A seleção da Coluna tem critérios próprios, pois considera marcas que apresentaram desde o início algum vínculo com a mobilidade. Vauxhall, por exemplo, começou fabricando bicicletas. Maserati, fundada apenas como oficina, só produziu carros de competição, antes de seu primeiro modelo para as ruas em 1946. A própria BMW iniciou com motores de avião e apenas em 1929 lançou o primeiro automóvel. A Audi, como marca, teria menos de 100 anos por outras referências. A empresa alemã fundada em Munique, em 7 de março de 1916, mostra uma história bem curiosa. Especialista desde o início em automóveis caros sofreu bastante após a II Guerra Mundial em uma Alemanha arrasada que se erguia aos poucos nos anos 1950. Para sobreviver, em 1957 passou a fabricar o minúsculo Isetta, sob licença dos italianos da Iso, o mesmo modelo em formato ovalar e de uma única porta produzido no Brasil a partir de 1956 pela Romi. O preço era acessível, mas não sustentava a marca BMW, nem a divisão de motocicletas. Procurou, assim, a próspera Daimler-Benz, fabricante também de caminhões e ônibus, veículos essenciais para reconstrução da Alemanha e do restante da Europa. Organizou-se uma assembleia de acionistas em que a família Quandt, dona da BMW, ofereceu ao concorrente a venda do controle. Aprovado o negócio, faltava redigir a ata e colher as assinaturas, naquele tempo um processo lento. Mas Herbert Quandt resolveu pensar melhor e em 1959 desistiu do negócio. Conseguiu levantar capitais para sanear as finanças e lançou um modelo pequeno próprio, o BMW 700. Depois se seguiu uma trajetória surpreendente. O grupo é dono da Rolls-Royce, da MINI e da submarca “i” de elétricos e híbridos plugáveis em tomadas. Chegou à liderança do mercado mundial de veículos premium em 2014. Para comemorar o centenário a marca apresentou o carro-conceito BMW Vision Next 100, visando ao futuro da mobilidade. É um cupê-sedã de linhas esportivas, adaptável ao que vier em termos de tecnologia. No modo Boost pode ser conduzido pelo motorista ou de forma totalmente autônoma. Há um segundo modo, Easy. Este reconfigura o habitáculo ao recolher volante, console central, encostos de cabeça e painéis das portas para que motorista e passageiro fiquem sentados frente a frente, sem nenhuma preocupação até chegar ao destino.

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A empresa sabe que o modelo de negócio do automóvel irá mudar drasticamente na medida em que inteligência artificial, conectividade e internet das coisas, entre outros avanços, tomarem conta da indústria da mobilidade. Como disse Klaus Froehlich, membro do conselho de pesquisa e desenvolvimento, em entrevista à Reuters, no Salão de Genebra: “Hoje temos 20% de nossos engenheiros e parceiros trabalhando em softwares. Chegaremos a 50% para depender menos de serviços de internet de terceiros”.

roDa viva IMPORTADOS de todas as origens alcançaram apenas 14,8% de participação nos emplacamentos totais no mês passado. Não se via porcentual tão baixo desde 2009. Desvalorização do real, por outro lado, movimenta exportações. Hyundai começou a vender o HB20 para o Paraguai e ampliará para outros países. Plano original dos sul-coreanos era limitar-se ao Brasil. MOTOR turboflex TSI do up! se aproxima de 30% das vendas totais do subcompacto da Volkswagen. Isso mesmo ao se considerar seu preço superior às versões comuns. Rumores dão conta de que o Ka também receberá motor de 1 litro turbo (EcoBoost), mas aparentemente a produção não será grande. Algumas fontes indicam que os propulsores virão do exterior. PICAPE Hilux SRX de cabine dupla e câmbio automático de seis marchas traz no refinamento a explicação pela liderança no segmento, com sete airbags e um belo quadro de instrumentos. Anda

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bem com o novo motor diesel e está melhor em estabilidade, dirigibilidade (principalmente pela suspensão traseira), desempenho e ruído interno. Capota marítima (opcional) faz falta. RECEITA Federal pode cobrar, a partir de agora e com efeito retroativo, o IPI sobre carros novos importados por pessoas físicas. A decisão do Supremo Tribunal Federal encerra polêmica sobre o assunto. Vai encarecer bastante o preço final para quem procurava empresas especializadas em trazer modelos de qualquer tipo, em especial de Miami. INTERNET facilitou a contratação de empresas que se especializaram em atendimento personalizado. Tudo pode ser agendado, de lavagem ecológica a troca de óleo lubrificante em domicílio. Uma delas, em https://easycarros. com/, atende em quatro capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre. Para quem tem pouco tempo disponível é uma opção.

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Encontre o prazer naquilo que faz e fuja da procrastinação Por: Christian Barbosa* | Foto: Divulgação

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procrastinação é um assunto grande e complexo, mas gostaria de falar sobre um dos fatores que levam as pessoas ao adiamento de suas atividades: a falta de prazer imediato. Recentemente li um artigo, produzido por um PhD em psicologia, que destacava os motivos pelos quais deixamos determinadas tarefas para depois. Com base em uma pesquisa, ele aponta que existem diversas razões para isso, no entanto, como as pessoas estão cada vez mais cercadas por tecnologias e informações, têm inúmeras opções de atividades para realizar e, consequentemente, possuem menos tempo disponível. Em grande parte das vezes, isso acontece porque, ao terem acesso a diferentes coisas ao mesmo tempo, as pessoas optam por realizar aquilo que dá um prazer imediato em vez de fazer algo que talvez dê um retorno em longo prazo. Ou seja, por não conseguirem fazer uma ligação do hoje com o amanhã, elas não conseguem visualizar o desejo e acabam adiando as atividades em função do prazer atual. Aliás, esse é um ponto que coincide com a conclusão da pesquisa feita para o meu livro “Equilíbrio e resultado – Por que as pessoas não fazem o que deveriam fazer?”, que fala sobre procrastinação e como executar melhor as tarefas. Para exemplificar o problema, pense naquele dia em que você precisa fazer um relatório, mas, quando percebe que ele é muito chato, resolve adiar até o último instante. Isso mostra que, a partir do momento em que a pessoa não pensa na importância daquilo que está fazendo, ela não tem uma sensação de bem-estar. Para reverter isso, pense no que está por trás de sua atividade, como um trabalho que até o presidente da empresa vai ler ou que ajudará a gerar um resultado positivo para

toda a equipe. Um exercício bom para fugir do problema é avaliar aquilo que você fez hoje, o que não conseguiu concluir e também os benefícios que essas tarefas trarão. Quando existe um desejo de chegar lá, você traz a vontade de concluir para o presente. Ao fazer isso, é possível ter muito mais prazer na execução do que simplesmente pensar na tarefa atual. Então, quando for fazer alguma coisa que tem adiado há tempos, como um livro que nunca consegue terminar de ler, pense da seguinte forma: quando eu terminar essa leitura, o que isso vai agregar para a minha vida e carreira? Imagine o momento positivo e traga a experiência do futuro para o tempo presente. Dessa forma, você vai saber que terminar aquilo vai ajudar a trazer um sentimento bom. Claro que a procrastinação é um assunto gigantesco, tem vários fatores que podem ajudar a procrastinar menos, mas esse é um ponto que foi identificado tanto no artigo que li como na pesquisa feita para o meu livro. Pense na vontade por trás da tarefa, isso vai te ajudar a sair do lugar e fazer muito mais. *Maior especialista no Brasil em administração de tempo e produtividade, é CEO da Triad PS, empresa multinacional especializada em programas e consultoria na área de produtividade, colaboração e administração do tempo. Ministra treinamentos e palestras para as maiores empresas do país e da Fortune 100. Autor dos livros “A Tríade do Tempo”; “Você, Dona do Seu Tempo”; “Estou em Reunião”; co-autor do “Mais Tempo, Mais Dinheiro”; e “Equilíbrio e resultado – Por que as pessoas não fazem o que deveriam fazer?”. Sua mais recente obra: “60 Estratégias práticas para ganhar mais tempo”. www.triadps.com.br e www.maistempo.com.br




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