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NOVO AUDI
Linha 2016 do utilitário esportivo compacto Q3 chega com nova motorização para o modelo de entrada.
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Nordeste
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REFERÊNCIA REGIONAL DE INFORMAÇÃO SOBRE PEÇAS E SERVIÇOS AUTOMOTIVOS ||
ANO A N O II
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EDIÇÃO ESPECIAL NOVEMB RO |
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CADERNO ESPECIAL
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dia do Balconista
manutenÇÃo preVentiVa PÁG. 08
Com a chegada do 13º salário, lojas e oficinas esperam um incremento no movimento com aumento na demanda. Diante de um cenário de retração, os consumidores ficaram mais cautelosos, resolveram adiar a troca por um novo e passaram a cuidar mais dos seus carros usados.
Nordeste Diretor Executivo Bernardo Henrique Tupinambá Diretor Comercial Edio Ferreira Nelson
ANO I - Nº 05 - NOVEMBRO DE 2015 www.balcaonordeste.com.br Editor executivo Bernardo Henrique Tupinambá Editor-chefe Silvio Rocha (silvio.rocha@premiatta.net) Editor de veículos Edison Ragassi (edison.ragassi@premiatta.net) Redação Simone Kühl (simone.kuhl@premiatta.net) Colaboradores Arthur Henrique S. Tupinambá / Luciana Morosini (Recife) Fauzi Timaco Jorge / Karin Fuchs / Jota Pompílio (Fortaleza) Departamento de Arte (arte@premiatta.net) Supervisor de Arte/Projeto Gráfico Fabio Ladeira (fabio.ladeira@premiatta.net) Assistente de Arte - Juan Castellanos Departamento de Audiovisual Vanderlei Vicário (vanderlei.vicario@premiatta.net) Fotografia Eduardo Portella Amorim / Estúdio Premiatta Departamento Comercial (comercial@premiatta.net) Diretor Comercial Edio Ferreira Nelson (edio.nelson@premiatta.net) Executivo de Contas Richard Fabro Faria (richard.faria@premiatta.net) Marketing / Distribuição (marketing@premiatta.net) Internet (webmaster@premiatta.net) Supervisor de Desenvolvimento Aryel Tupinambá (aryel@premiatta.net)
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prepare-se para as vendas de final de ano
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uita gente espera com ansiedade esse período do ano por conta de um certo dinheirinho extra. O 13º salário serve para quitar dívidas, fazer as compras de Natal ou até mesmo como poupança para ajudar a pagar as contas que chegam no início do ano seguinte. Contudo, uma parte dos trabalhadores prefere usar o salário extra para investir na manutenção do veículo.
cuidados a serem tomados. Em técnica, atenta às tendências do mercado, Autoshine apresenta três de seus lançamentos e explica passo a passo como deve ser feita a correta aplicação. E também: os cuidados com a bomba de óleo para garantir vida longa ao motor, com a Apex do Brasil.
Por conta disso, como reportagem de capa, citamos exemplos do que pode ser feito para se preparar para as vendas nesta época do ano e receber o aumento da demanda por causa do incremento da procura por revisões automotivas. Em tempos de acirrada competitividade, são muitas as ações que podem fazer a diferença na hora da escolha do cliente. Uma novidade que temos também a partir desta edição é a chegada do nosso novo colunista, Flávio Portela, que traz como artigo o tema “Hora de reagir com atitudes positivas”, que aborda o atual cenário político e econômico do País. Para conseguir um equilíbrio, ter qualidade de vida e poder amar o seu trabalho sem se tornar um workaholic, especialista informa como é possível identificar esse profissional e quais os
Como lançamentos neste mês, Toyota apresenta a nova geração da Hilux, picape média de 8ª geração teve o visual renovado, ganhou nova motorização e câmbios manual e automático. E o novo Audi Q3, linha 2016 do utilitário esportivo, que chega com nova motorização para o modelo de entrada e não oferece dificuldades ao reparar. Realizado em outubro, Fórum Sincopeças-SP debate os caminhos para o crescimento do varejo de autopeças, que traz como exemplos formas de consolidação, como criação de redes, fusões e aquisições, entre outros modelos. E ainda: Fenauto divulga os principais resultados sobre a venda de veículos seminovos e usados no Brasil e em cada estado do Nordeste. Até mais!
O Editor
Financeiro (financeiro@premiatta.net) Analista Financeira / Tatiane Nunes Garcia (tatiane.nunes@premiatta.net) Assistente Administrativa Stéphany Lisboa (administrativo@premiatta.net) Impressão Coan Gráfica Jornalista Responsável Silvio Rocha – MTB: 30.375 Tiragem: 20 mil exemplares Os anúncios aqui publicados são de responsabilidade exclusiva dos anunciantes, inclusive com relação a preço e qualidade. As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. Balcão Nordeste Automotivo é uma publicação mensal da Premiatta Editora Ltda. com distribuição nacional dirigida aos profissionais automotivos e tem o objetivo de trazer referências ao mercado, para melhor conhecimento de seus profissionais e representantes.
14 ..................................................Mercado 20 ...................................................... Notas
36 ................................................... Pesados 40 ................................................ Sindicatos
DESTAQUES DA EDIÇÃO PÁG. 31
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NOVO COLUNISTA Boas-vindas ao mais novo integrante da equipe do jornal Balcão Nordeste Automotivo, Flávio Portela, palestrante e executivo na SK Automotive.
Em processo de filiação
FÓRUM Formas de consolidação são apresentadas no Fórum “Um Passo Antes do Futuro”, promovido pelo Sincopeças-SP.
Apoios e parcerias
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WORKAHOLIC
PREMIATTA EDITORA LTDA TEL (11): 5677.7773 CONTATO@PREMIATTA.NET JORNAL BALCÃO NORDESTE AUTOMOTIVO RUA ENGENHEIRO JORGE OLIVA, 111 - TÉRREO CEP 04362-060 - VILA MASCOTE - SÃO PAULO - SP
Consultor fala sobre os perigos do indivíduo viciado e dependente do trabalho e os problemas que podem causar em sua vida pessoal e profissional.
HILUX 2016 Toyota apresenta na Argentina a picape média, que passou por renovação visual, teve suas linhas atualizadas, entre outras alterações.
Fotos Capa: Estúdio Premiatta / Divulgação*
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Brasil ou... Brasil! Texto: Fauzi Timaco Jorge*
privatização. Veja o caso da Vale, por exemplo. Vendemos a padaria mal administrada que era dona de todo o quarteirão! O valor da venda, em 1997, foi de meros e insignificantes R$3,3 bilhões! Já no primeiro ano de operação “sob nova direção”, a lucratividade superou em 46% o lucro do ano anterior; no segundo ano, o lucro foi de R$1,2 bilhão! Sua receita média anual nos últimos cinco anos gira em torno de US$50 bilhões e o EBITDA médio neste período é da ordem de US$24 bilhões por ano!! E seguimos entregando o minério de ferro a países de onde adquirimos as bobinas de aço carbono! Como seria este país se todo jovem do Ensino Médio já fosse devidamente capacitado a pensar nestes pressupostos econômicos? Ali, no hemisfério de cima, é assim que se faz um capitalismo pra valer. Tudo começa com uma boa análise dos fundamentos deste particular modo de produção. Robert L. Heilbroner nos legou, em sua obra “Formação da Sociedade Econômica”, originada de sua tese de doutoramento, disponível nos melhores sebos do país, os rudimentos para uma compreensão acentuada deste processo. Uma obra que é lida por todo aluno de uma High School americana– o equivalente ao Ensino Médio –, para conhecer as regras do jogo econômico. Existem percepções contraditórias sobre a ação econômica do Governo neste Brasil-sil: de um lado, alguns acham que a intervenção é exagerada; de outro, esta intervenção não existe... Talvez seja o caso de dois olhares para a garrafa à nossa frente: para uns, existe meia garrafa ainda do precioso líquido! Que bom! Para outros, no entanto, existe só meia garrafa! Que pena... Como o vendedor que foi à África para vender sapatos e voltou dizendo: “Lá ninguém usa sapatos! Não há mercado!”. Um segundo vendedor voltou dizendo: “Lá ninguém usa sapatos! Que tremendo mercado!”. Para comprovar a subjetividade do processo, também tem a história dos dois irmãos que ganharam um presente de Natal. O pessimista ganhou uma bicicleta e demonstrava sua insatisfação, imaginando os tombos que levaria e até mesmo a namorada que perderia, quando ela também caísse da bicicleta. Cruzou com o otimista, que trazia um balde cheio de merda, seu presente, e, ao perguntar sobre o presente, ouviu a resposta: “Eu ganhei um cavalo! Você o viu por aí?”. Extremos existem sempre. Não sejamos tão otimistas e ingênuos. Mas também não ganhamos absolutamente nada irradiando desgosto e infelicidade, não é mesmo? Nestes momentos, eu me coloco na posição de um Celso Furtado, que escreveu uma frase atribuída a um tal de Juan Ramón Jimenez no prefácio de uma de suas obras mais contundentes, o “Teoria e Política do Desenvolvimento Econômico”: “Pie en la patria, casual ó elegida; corazón, cabeza, en el aire del mundo” [Pé na pátria, casual ou escolhida; coração, cabeça, nos ares do mundo]. O país atravessa um momento muito delicado. Mas os valores cultivados por várias gerações não estão em jogo. O que se discute é a impunidade e formas de combate aos desmandos que culminam com crise política e conivências de um judiciário relutante em todos os níveis e exagerado em outros. Junto–me às serenas observações que permeiam os noticiários, principalmente na mídia impressa, e é bom saber que tais ponderações ainda persistem, apesar de tudo o quanto se vê nas redes sociais (de)formadoras de opinião e outros veículos de comunicação igualmente comprometidos com interesses pouco evidenciados. Reflitamos sobre isso, para ver o alcance verdadeiro de nossas reais capacidades de transformação desta realidade.
*Economista, escreve regularmente nesta coluna e pode ser acessado pelo e-mail fauzi@balcaoautomotivo.com.br
Foto: Divulgação
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ós, economistas, criamos alguns conceitos para explicar alguns fenômenos econômicos que ocorrem em sociedades organizadas politicamente. Um deles é a Curva de Possibilidades de Produção que, como o nome indica, permite ao economista encarregado da política econômica do país, a visão da disponibilidade de fatores de produção – capital, terra e trabalho, em síntese – e, consequentemente, na visão da ociosidade destes fatores – quando a economia opera num ponto qualquer “dentro da curva”, ao invés de “nos limites” desta fronteira de possibilidades de produção, ou seja, em cima da curva que congrega dois produtos quaisquer. Daí também se extrai o conceito de custo de oportunidade – ou custo do economista, como também é conhecido – que implica no sacrifício de unidades de produção de um bem, quando se intensifica a produção de outro bem, dada a escassez dos fatores de produção. Como outro corolário, se deduz a Lei dos Rendimentos Decrescentes, que implica em rendimentos de escala decrescentes, na medida em que ocorre uma expansão de um dos fatores de produção, com os demais constantes. Isso se deve, principalmente, à utilização de terras menos férteis para a produção agrícola, como apontado nos primórdios da fisiocracia, cujos pensadores viam aí a única fonte verdadeira de geração de riqueza. O resto seria mera transformação. Quanto à capacidade efetiva de produção – e também de consumo – a questão transcende a mera constatação desta fronteira de possibilidades de produção, dado que, em um regime capitalista, “quê e quanto produzir”, “como produzir” e “para quem produzir”, que são as questões centrais da economia, dependerão fundamentalmente da capacidade de oferta e demanda da sociedade como um todo. Serão estas forças de mercado que ditarão as verdadeiras fronteiras de possibilidades de produção. Ao economista abrigado em órgãos de planificação e ordenação de uma política econômica competirá o dimensionamento da Renda Disponível, fonte primeira de consumo e poupança. Aí se dá a ênfase no arcabouço onde se assentarão estas forças de mercado. Além das “falhas de mercado”, que são universais e não uma criação brasileira, existem também as “falhas de governo”. O que nos espanta a cada dia, na razão direta em que tomamos conhecimento da nossa realidade tributária, é a base de incidência dos tributos neste solo tupiniquim. Aqui no Brasil pratica–se a base consumo. Em economias avançadas, tem–se a base renda. A relação é praticamente inversa: aqui, algo como 53%, em média, do valor de cada bem, corresponde a tributos sobre o consumo, com algo em torno de apenas 15% sobre a renda. Economias desenvolvidas praticam uma subtração direta à renda da ordem de 50%, com pouco mais ou pouco menos de 10% nas aquisições de produtos ou serviços. As ações econômicas do Governo são decorrência de uma série de fatores. Obras geradoras de recursos por sua exploração pelo capital privado poderiam e deveriam ficar por conta deste capital privado, com amplo incentivo e regulação pelas autoridades constituídas. Outras, que são meras consumidoras de recursos a fundo perdido – a educação, por exemplo – requereriam uma atuação concentrada do Estado – e não do Governo de plantão – tanto quanto certos gastos com saúde, segurança, previdência e assistência social. Tais gastos exigem arrecadação de recursos, que, no caso, não se faz sem a imposição de uma receita tributária. Fiscalizar o bom uso desta receita tributária é missão de toda a sociedade, por meio das instituições que estão por aí, nos moldes de quaisquer outras existentes em países–modelos de onde vimos copiando experiência. O sucesso, no entanto, dependerá sempre de um fator qualitativo daqueles que moldam esta sociedade e lhe dão a conformação desejada. No caso brasileiro, é preciso superar a evidência de analfabetismo funcional, presente em mais de um terço dos egressos de um curso superior. Ou até 51%, como constatado em pesquisa recentemente realizada por um professor da PUC–RJ! Afastar o Estado da atividade produtiva requer uma plena conscientização do significado de nossas riquezas. Congratulo–me com aqueles que possuem uma visão lúcida do processo de
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Você está preparado para as vendas de fim de ano? Com a chegada do 13º salário, lojas de autopeças e oficinas mecânicas esperam um incremento no movimento com aumento na demanda de manutenções preventivas Texto: Luciana Morosini* | Fotos: Divulgação
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o fim do ano, muita gente espera com ansiedade o dinheiro extra entrar na conta bancária. O 13º salário serve para quitar dívidas, fazer as compras de Natal ou até mesmo como poupança para ajudar a pagar as contas que chegam no início do ano seguinte. Mas uma parte dos trabalhadores prefere usar o salário extra para dar aquela geral no veículo. E o setor de autopeças se prepara, nesta época do ano, para receber o aumento da demanda por conta do incremento da procura por revisões automotivas. Diferente de muitos segmentos da economia brasileira, o de autopeças não sentiu tanto os efeitos negativos da crise que afeta a economia nacional. Pelo contrário, diante do cenário de retração, os consumidores ficaram mais cautelosos, enquanto o crédito ficou mais limitado, o que resultou em um recuo nas vendas de carros zero quilômetro. Em contrapartida, os proprietários de veículos resolveram adiar a troca por um novo e passaram a cuidar mais dos seus automóveis usados, movimentando o setor de peças. “Nós já vínhamos sentindo um acréscimo na demanda porque, com a queda na venda de carros novos, o consumidor deixou de trocar o veículo e passou a fazer mais manutenções. Mas o crescimento foi sentido em produtos essenciais, que realmente precisam ser trocados periodicamente, como os filtros e pastilhas de freio, por exemplo. Mas no setor de acessórios houve uma queda, afinal de contas, o consumidor não está investindo no que ele considera supérfluo”, ressalta Jonas Ribeiro Falcão, sócio do Mercadão do Carro, na Paraíba. A expectativa é que agora, com a chegada do 13º salário, o movimento aumente nas oficinas com a maior procura por revisões e, consequentemente, nas lojas de autopeças. “Com o aumento da receita, de fato a gente sente um incremento na demanda porque existe um estímulo maior para o consumo”, afirma Marcos Santana, diretor de Operações da Centrocar, em Pernambuco. “Estamos com uma expectativa positiva que o mercado continue em movimento com a chegada do 13º salário”, completa. Jonas Ribeiro Falcão, Mesmo com a sócio do Mercadão do Carro, da Paraíba
Com a chegada do 13º salário e a consequente maior procura por revisões, a expectativa é que o movimento aumente em lojas de autopeças e oficinas mecânicas
espera de uma melhora no movimento nas lojas de autopeças, o presidente do Sincopeças Brasil, Ranieri Leitão, acredita que o incremento na demanda por serviços de reparação poderia ser ainda maior nesta época. “O percentual de consumidores que aproveita o 13º salário para revisar o automóvel não é tão alto. As pessoas tendem a usar o dinheiro extra para comprar presentes e preparar as festas de fim de ano”, explica. Gilson Câmara Soares, proprietário da Gilson Autopeças, do Rio Grande do Norte, concorda que o incremento no movimento não é tão significativo, mas que ele existe neste período. “A situação Marcos Santana, diretor de Operações da Centrocar econômica do País
está muito séria e, ainda assim, as pessoas tendem a correr para os shoppings para gastar o 13º salário. Mas espero um aumento entre 10% e 15% na demanda”, diz. Mesmo que não seja um aumento de volume elevado, é fato que as lojas de autopeças precisam estar preparadas para receber e fidelizar os consumidores que resolvem investir o 13º salário na manutenção do carro. “Primeiro é preciso preparar a equipe para que o cliente tenha o melhor atendimento. Para deixar o cliente satisfeito, é essencial facilitar a vida dele. E também é importante fazer um bom trabalho para que ele não precise ser refeito Ranieri Leitão, presidente do Sincopeças Brasil depois”, esclarece
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Valdenice Ferreira, analista de Projeto do Sebrae Pernambuco. “Neste período ainda é bom criar pacotes promocionais e facilitar a vida do consumidor com parcelamentos para que ele consiga incorporar esse valor no seu orçamento”, complementa. Gilson Autopeças, Marcos Santana do Rio Grande do Norte garante que, nesta época, apenas reforça o trabalho que já faz durante o ano inteiro. “Nossa empresa tem um bom posicionamento em relação aos preços, mix de produtos e bom atendimento. Neste momento de crise estamos trabalhando fortemente na qualificação da empresa, seja em relação aos processos, seja relacionado às pessoas. Nossa crença é utilizar este momento para crescer. E, com o fim do ano e a chegada do 13º, também lançamos promoções”, afirma o diretor de Operações da Centrocar. O presidente do Sincopeças Brasil, Ranieri Leitão,
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acredita também que, nesta época do ano, é importante que seja feita uma campanha para conscientizar as pessoas que existem outras formas de investir o 13º salário. “É preciso desmistificar que presente é roupa ou calçado. Uma peça para o carro do pai, do filho, do marido ou da esposa pode ser um bom presente também e útil, além de garantir a segurança da família no trânsito. É preciso começar a mudar essa cultura”, garante. Prevenção Uma coisa que é fundamental é a conscientização das pessoas em relação à importância da manutenção preventiva dos automóveis. “O motorista ainda não tem o hábito de fazer a manutenção preventiva no veículo. Muitas vezes por falta de conhecimento. Por isso, o setor de reposição precisa levar informação ao consumidor final sobre as vantagens de cuidar do carro de forma preventiva que, além de ser mais econômica, também ajuda na segurança do trânsito”, explica Elias Mufarej, coordenador do Grupo de Manutenção Automotiva (GMA) e conselheiro do Sindipeças para o mercado de reposição. O que é importante ressaltar é que a manutenção preventiva, aquela feita antes mesmo de o veículo apresentar algum problema, pesa menos no bolso do que a corretiva,
9 a que é feita quando alguma peça deu defeito. Ou seja, a prevenção acaba se tornando um bom investimento. “Calculo que a revisão preventiva não chegue a gastar nem 50% do que gastaria com a corretiva. Neste segundo caso, quando uma peça dá problema, Valdenice Ferreira, acaba comprometendo analista de Projeto do Sebrae-PE outras e o gasto costuma ser bem maior”, reforça Gilson Câmara, da Gilson Autopeças. Marcos Santana, da Centrocar, ainda ressalta a questão da segurança. “A revisão preventiva antecipa qualquer problema e o evita, ela previne de situações desagradáveis. A corretiva, além de ter um gasto maior, causa um desgaste emocional. Sem contar da importância da sensação de segurança no trânsito para quem faz as revisões periódicas”, diz.
Como preparar a sua loja para o Natal em dez passos O fim do ano já está aí, lojas e revendas de todos os segmentos e tamanhos se preparam para a alta movimentação esperada nesta época especial, já que inúmeras pessoas recebem o décimo terceiro salário que será utilizado, muito possivelmente, para incrementar as festividades do período. Para preparar o seu estabelecimento para o aumento das vendas, algumas dicas são preciosas em relação ao gerenciamento dos funcionários, do atendimento, do estoque e das fachadas. O mais importante é dar atenção a estes itens em harmonia, já que não é interessante ter uma fachada bastante atrativa e não contar com os produtos em estoque. Segundo especialistas em consultoria, antes de investir, é importante usar a experiência dos natais anteriores e as expectativas traçadas para o próximo para conciliar qualidade de atendimento, atratividade, preço, produtos e serviços e tirar desta época o melhor rendimento do ano. 1. Prepare a equipe tecnicamente para que possam oferecer as melhores soluções de acordo com as expectativas dos clientes. Tão importante quanto o preparo técnico, é a capacitação dos funcionários em noções de marketing e vendas. O atendimento é um grande influenciador de decisão do consumidor, por isso, vendedores e promotores sorrindo é um grande atrativo. 2. Lembre-se! Volume não é diretamente proporcional à lucratividade. Dependendo do produto que você oferece, ao vender dez unidades, você pode obter a mesma lucratividade ou até mais, caso venda mil de um produto de valor médio menor. 3. Mantenha um estoque maior no período, compatível com a previsão de vendas. Para isto, atente-se às previsões e tendências do mercado. 4. É o momento de ser mais criativo nas vendas, no relacionamento com os clientes, na exploração das técnicas de marketing e de merchandising, nas propagandas e promoções. 5. Pense em opções de “mix” de produtos conforme os itens mais procurados. Esteja preparado para atender a todos os perfis de consumidores e maximize suas vendas. 6. Atualize o site com todas as novidades e promoções natalinas. O comércio online está em pleno crescimento. 7. Lembre-se de reforçar a equipe e prever a logística. Maior demanda exige mais mãos e maior agilidade na expedição. 8. Crie diferenciais nas formas de pagamento de seu estabelecimento. A opção de
parcelamento é um grande atrativo e descontos costumam fidelizar a clientela. 9. Concilie os prazos de pagamento das compras com o recebimento das vendas, negociando condições favoráveis junto aos fornecedores. Todo cuidado para não comprometer o seu capital de giro. 10. Último item, mas não menos importante: pergunte ao seu cliente se a venda foi feita de maneira correta e se ele está satisfeito. Cliente satisfeito garante uma possível próxima venda ou no mínimo vai ter a sua loja na mente quando pensar em comprar novamente. Prepare-se para muito trabalho e sucesso de vendas. O momento é ótimo para aumentar a sua clientela e aproveitar todas as oportunidades de negócios. Programe-se e tenha um ótimo Natal! Fonte: www.empreendedor.com.br
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Aplicativos Para aquele motorista que é do tipo desligado, que não lembra o momento ideal para fazer a revisão no carro ou não sabe a hora certa de trocar peças importantes, hoje em dia a tecnologia está ao seu lado. Atualmente, são muitos os aplicativos que podem auxiliar o proprietário do veículo na hora de cuidar dele, como fazer as revisões. O GMA, por exemplo, desenvolveu o aplicativo Carro 100%, disponível gratuitamente nas versões Android e IOS para smartphones. Basta que o motorista preencha dados como modelo do veículo, marca, ano e quilometragem média
mensal para obter informações sobre itens dos sistemas de suspensão, freio, iluminação, entre outros, que precisam de revisão. “O aplicativo visa conscientizar motoristas sobre a importância da manutenção preventiva e possibilita um check-up virtual para avaliação de vários itens”, explica Elias Mufarej, coordenador do GMA. Outro app que auxilia os motoristas é o KR (abreviação de km rodado), que lembra de serviços que precisam ser realizados, como manutenção, troca de óleo, dentre outros. O aplicativo pode programar lembretes através da quilometragem do carro ou por tempo de uso. “E, com ele, é possível monitorar mais de um carro ou até mesmo uma frota de uma empresa, podendo garantir mais segurança”, diz Carlos Valle, idealizador do KR.
Revisão preventiva algumas recomendações básicas de cuidados com o carro: • Pneus - preste atenção nas condições dos pneus, inclusive do estepe. Se houver bolhas é sinal que existe dano na estrutura. E se as ranhuras estiverem rasas, é bom checar se não está na hora de trocar; • Freios - não se descuide do fluido de freio porque, ao longo do tempo, ele absorve água e perde eficiência. Verifique ainda discos, pastilhas e tambores. Também fique atento ao painel do veículo. Caso o sistema de freios apresente alguma falha, uma luz vermelha se acenderá; • Água - cheque a água do radiador, verifique se está no nível indicado e fique atento a possíveis vazamentos. Isso vai evitar que o motor esquente, o que pode causar sérios danos a ele;
• Óleo - é importante checar o nível do óleo e isso não se faz com o motor quente. Fique atento também aos prazos de trocas recomendados pela montadora; • Palhetas - muitas vezes lembrada apenas quando a chuva começa a cair, é essencial checar as palhetas. Com o tempo, elas podem ressecar e até danificar o vidro; • Luzes - verifique o funcionamento das lâmpadas dianteiras e traseiras, itens fundamentais para a segurança; • Ar-condicionado - cheque o filtro e faça a troca quando necessário para evitar problemas respiratórios, • Bateria - é importante verificar a tensão de carga para não ser pego de surpresa. Confira os equipamentos que são obrigatórios, as condições de macaco, chave de roda e triângulo.
*Jornalista há 12 anos e nossa correspondente no estado de Pernambuco
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o novo audi Q3
Ficha técnica
Audi Q3
A linha 2016 do utilitário esportivo chega com nova motorização para o modelo de entrada e não oferece dificuldades ao reparar Texto: Edison Ragassi | Fotos: Estúdio Premiatta
Motor Denominação: 1.4 TFSI Posição: Dianteiro, transversal Cilindrada: 1.395 cm³ Número de cilindros: 4 em linha Número de válvulas: 16 Sistema de alimentação: Injeção direta Combustível: Gasolina Potência: 150 cv entre 5.000 e 6.000 rpm Torque: 25,5 kgfm entre 1.500 e 3.500 rpm Transmissão: S tronic dupla embreagem 6 velocidades Tração: Dianteira Direção: Assistência elétrica Suspensão Dianteira: McPherson com barra estabilizadora e molas helicoidais Traseira: Independente multibraços Freios Dianteiros: Discos ventilados Traseiros: Discos sólidos, acionamento elétrico freio de estacionamento Dimensões Comprimento: 4.385 mm Distância entre-eixos: 2.603 mm Largura: 1.831 mm Altura: 1.590 mm Capacidades Tanque de combustível: 64 litros Porta-malas: 460 litros
MOTOR
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m junho deste ano, a Audi passou a comercializar a linha 2016 do utilitário esportivo compacto Q3. A versão de entrada, Attraction, com preço sugerido de R$ 127.190 recebeu o motor 1.4 TFSI, anteriormente só era comercializada com o propulsor 2.0L. Movido a gasolina, com injeção direta de combustível e turbo, ele tem potência de 150 cv disponíveis entre 5.000 e 6.000 rpm e o torque é de 25,5 kgfm entre 1.500 e 3.500 rpm. A transmissão é S tronic com duas embreagens multidiscos e a direção tem assistência elétrica, a qual proporciona regular o modo de condução. Comparado ao propulsor anterior, ele passou por mudanças. “O filtro do óleo que ficava na parte superior foi deslocado para a inferior e o suporte do filtro do ar recebeu nova fixação. Mas apesar das modificações é um
propulsor 1.4L tFSI com injeção direta, turboalimentado, entrega potência de 150 cv e torque de 25,5 kgfm
motor de fácil entendimento, com acesso facilitado aos itens que mais exigem manutenção e substituição de peças
como as velas, bobinas e correias, porém, antes de realizar qualquer diagnóstico ou substituir itens, é necessário ter o equipamento de diagnose atualizado”, avalia Claudio Marinho Guedes, diretor do Centro Automotivo Autotoki, localizado na zona sul de São Paulo. Entre os itens de série, o Suv traz o sistema start/stop, que desliga o motor quando o veículo para e o aciona ao tirar o pé do freio. “Este equipamento exige atenção do reparador, isso porque o motor de partida não é convencional e também a bateria é específica para este uso. No caso de substituição destes itens é necessário seguir a recomendação da montadora”, alerta ele. O sistema de suspensão dianteira do Q3 é independente McPherson e a traseira independente com braços múltiplos. “Não há necessidade de ferramentas especiais para realizar troca de amortecedores ou molas, mas é bom lembrar que
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nas revisões é preciso alinhar a parte traseira”, fala ele. Ele é equipado com freios a discos nas quatro rodas, ventilados na dianteira e sólidos na traseira. O freio de estacionamento tem acionamento elétrico. “As peças dianteiras e traseiras são de fácil substituição. Para trocar as pastilhas traseiras, o reparador deve colocar a alavanca do câmbio na posição N (neutro), isso porque
se colocar no P as pinças fecham e ele necessitará do equipamento para abri-las”, recomenda Claudio. No visual, os designers imprimiram mais esportividade ao modelo. As linhas foram inspiradas no modelo cupê. Este ano a Audi iniciou a produção do A3 sedan com motor 1.4L Flex na fábrica de São José dos Pinhais (SP), o próximo modelo a ser produzido será o Q3, também com propulsor que consome etanol, gasolina ou a mistura dos dois em qualquer proporção. FREIO TRASEIRO
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CÂMBIO
VELAS
O sistema de transmissão do audi Q3 utiliza dupla embreagem com 6 velocidades, é chamado de S tronic
as velas do propulsor 1.4L utilizam bobinas individuais, deve-se ter cuidado com os conectores ao fazer a substituição
FILTRO DO AR
FILTRO DE ÓLEO
O elemento filtrante de ar tem perfurações pelas quais passam os parafusos de fixação da caixa
O audi Q3 utiliza filtro de óleo do tipo convencional, comparado ao motor 1.4 da geração anterior, ele teve o posicionamento mudado para a parte inferior
SUSPENSÃO TRASEIRA
Utiliza discos e pastilhas, o de estacionamento tem acionamento elétrico. ao substituir as pastilhas é necessário deixar a alavanca do câmbio na posição neutro (N) colaborou: audi do Brasil
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Independente com multibraços, nas revisões verificar o alinhamento do sistema
SUSPENSÃO DIANTEIRA
Independente do tipo Mcpherson, as bandejas são de alumínio e os pivôs independentes
Para assistir a análise técnica deste veículo, acesse nosso portal: www.ctra.com.br
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Texto: Redação | Foto: Divulgação
Mercado de veículos seminovos e usados Fenauto divulga dados referentes ao mês de setembro
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Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores – FENAUTO, junto com o Departamento Nacional de Trânsito – DENATRAN, anunciou os números sobre a venda de veículos seminovos e usados no Brasil e em cada estado do Nordeste.
Evolução das vendas por região Já na avaliação geral do Brasil, o Nordeste foi a região que apresentou melhores resultados no crescimento de vendas de agosto para setembro deste ano. E no acumulado do ano as únicas regiões que apresentaram incremento nas vendas foram: Sudeste, Nordeste e Norte.
Brasil: Evolução das vendas por segmento Por segmento pode-se perceber um pequeno aumento nos números totais, comparado o mês de agosto e setembro deste ano. E comparando ao acumulado do ano referente a 2014, o acréscimo nas vendas continua moderado.
Nordeste: Modelos mais vendidos Pode-se notar que nos estados do Nordeste, os veículos que ocupam os primeiros lugares nas vendas de seminovos e usados são: Gol (Volkswagen), Uno (Fiat), Hilux (Toyota), Strada (Fiat), Saveiro (Volkswagen), Celta (GM - Chevrolet), S10 (GM - Chevrolet), Palio (Fiat) e L200 (Mitsubishi). Já no segmento de motocicletas, os modelos que lideram são: CG 150 (Honda), CG 125 (Honda), NXR 150 (Honda), BIZ (Honda) e POP 100 (Honda).
Estados Maranhão
Piauí
Bahia
Ceará Rio Grande do Norte Paraíba
Pernambuco
Alagoas
Sergipe
Auto 1º: Gol (Volkswagen) 2º: Uno (Fiat) 3º: Celta (GM - Chevrolet) 1º: Gol (Volkswagen) 2º: Uno (Fiat) 3º: Palio (Fiat) 1º: Gol (Volkswagen) 2º: Uno (Fiat) 3º: Palio (Fiat) 1º: Gol (Volkswagen) 2º: Uno (Fiat) 3º: Palio (Fiat) 1º: Gol (Volkswagen) 2º: Uno (Fiat) 3º: Palio (Fiat) 1º: Uno (Fiat) 2º: Gol (Volkswagen) 3º: Celta (GM - Chevrolet) 1º: Gol (Volkswagen) 2º: Uno (Fiat) 3º: Palio (Fiat) 1º: Gol (Volkswagen) 2º: Uno (Fiat) 3º: Palio (Fiat) 1º: Gol (Volkswagen) 2º: Uno (Fiat) 3º: Celta (GM - Chevrolet)
Comerciais Leves 1º: Hilux (Toyota) 2º: Strada (Fiat) 3º: S10 (GM - Chevrolet) 1º: Strada (Fiat) 2º: Hilux (Toyota) 3º: S10 (GM - Chevrolet) 1º: Strada (Fiat) 2º: Saveiro (Volkswagen) 3º: Hilux (Toyota) 1º: Hilux (Toyota) 2º: Strada (Fiat) 3º: L200 (Mitsubishi) 1º: Strada (Fiat) 2º: Hilux (Toyota) 3º: L200 (Mitsubishi) 1º: Strada (Fiat) 2º: Saveiro (Volkswagen) 3º: S10 (GM - Chevrolet) 1º: Strada (Fiat) 2º: Saveiro (Volkswagen) 3º: S10 (GM - Chevrolet) 1º: Strada (Fiat) 2º: Saveiro (Volkswagen) 3º: S10 (GM - Chevrolet) 1º: Strada (Fiat) 2º: Saveiro (Volkswagen) 3º: S10 (GM - Chevrolet)
Motos 1º: CG 150 (Honda) 2º: NXR 150 (Honda) 3º: BIZ (Honda) 1º: CG 125 (Honda) 2º: CG 150 (Honda) 3º: NXR 150 (Honda) 1º: CG 150 (Honda) 2º: CG 125 (Honda) 3º: NXR 150 (Honda) 1º: CG 125 (Honda) 2º: CG 150 (Honda) 3º: NXR 150 (Honda) 1º: CG 125 (Honda) 2º: CG 150 (Honda) 3º: POP 100 (Honda) 1º: CG 150 (Honda) 2º: CG 125 (Honda) 3º: NXR 150 (Honda) 1º: CG 150 (Honda) 2º: CG 125 (Honda) 3º: NXR 150 (Honda) 1º: CG 150 (Honda) 2º: CG 125 (Honda) 3º: NXR 150 (Honda) 1º: CG 150 (Honda) 2º: BIZ (Honda) 2º: CG 125 (Honda)
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mercado
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Ceará
Rio Grande do Norte
Paraíba Análise por estado No estudo dos dados da região, os estados que conseguiram obter um saldo positivo de crescimento de vendas comparado o mês de agosto e setembro deste ano foram: Maranhão, Piauí, Bahia, Rio Grande do Norte e Pernambuco. Enquanto que nos estados: Ceará, Paraíba, Alagoas e Sergipe o número de vendas caiu. Confira a análise completa das vendas de seminovos e usados. Maranhão
Pernambuco
Piauí
Alagoas
Bahia
Sergipe
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tÉcnica
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Texto: Robson do Prado Passos* | Fotos: Divulgação
cuidados com a BomBa de Óleo garantem Vida longa ao motor A bomba de óleo se encarrega de manter a lubrificação adequada dos componentes e, como no corpo humano, terá vida longa se for bem cuidada
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esponsável por enviar o lubrificante às partes móveis do motor e aos componentes agregados, a bomba de óleo é considerada o “coração” do sistema de lubrificação do motor, mantendo a vazão sempre dentro do ideal em todas as rotações.
Devido ao fato de que a bomba de óleo é a primeira peça a ser lembrada quando se procura a responsabilidade de uma falha prematura do motor, é preciso lembrar que a bomba necessita de mais de duzentos itens internos do motor e junto a isso a qualidade do óleo do motor.
Entretanto, muitos aplicadores possuem a seguinte ideologia:
TIPO DE ÓLEO. Cada projeto de motor exige determinado tipo de óleo. Portanto, é importante ficar de olho no manual do veículo e nas especificações do fabricante, pois o dimensionamento e folgas de ajustes levam em conta a necessidade de determinadas características, como viscosidade e estabilidade. “É preciso acabar com o mito de que os óleos são todos iguais e parecidos, pois não são. Cuidados especiais devem se tomados com óleos minerais e sintéticos, pois a mistura inadequada ou troca além do tempo previsto pode resultar na formação de detritos, “BORRA DE ÓLEO” (vide foto 02). Altamente prejudiciais ao motor e principalmente à bomba de óleo.
O MOTOR ESTÁ SEM PRESSÃO DE ÓLEO – VAMOS TROCAR A BOMBA DE ÓLEO Sabemos que para um bom funcionamento do sistema de lubrificação de um motor a combustão interna é preciso que todos os componentes estejam trabalhando dentro dos padrões estabelecidos, caso contrário irão ocorrer diversas anomalias no sistema, acarretando problemas graves em seu funcionamento. A função da bomba de óleo é manter constante o fluxo de fluido de lubrificação por todas as galerias do motor, (vide foto 01), mais para isso o fluido não deve conter qualquer tipo de contaminação ou deficiência interna do motor, ela não é responsável por pressão de óleo.
Foto 2
Foto 1
QUANDO TROCAR. A vida útil da bomba de óleo é respectivamente semelhante à dos demais componentes do motor, como, por exemplo, anéis, comando, bronzinas, etc.
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tÉcnica Em geral, o desgaste da bomba de óleo acontece nas engrenagens e rotores, na carcaça e sua tampa, como também na válvula reguladora de pressão - válvula travada aberta por contaminação do lubrificante é muito comum (vide foto 03) e, neste caso, o motor perderá a sua pressão podendo inclusive fundir.
Foto 3
A válvula travando fechada poderá provocar excesso de pressão e danos ao filtro de óleo ou demais componentes mais maleáveis. (vide foto 04)
Em alguns casos é comum o aplicador realizar a colocação de um calço hidráulico atrás da mola da válvula reguladora de pressão no interior da bomba de óleo, para supostamente AUMENTAR A PRESSÃO DE ÓLEO. Vale salientar que este procedimento não irá de maneira alguma aumentar a PRESSÃO DA BOMBA DE ÓLEO, e sim retardar a abertura da válvula de alívio, consequentemente a bomba de óleo irá ter que enviar mais quantidade de óleo lubrificante para o motor, trabalhando desta forma fora dos padrões originais, acarretando desgaste prematuro da mesma e uma vida útil reduzida. Quando for realizar a troca da bomba de óleo, é essencial verificar se as folgas estão dentro do especificado, se não há borras de óleo no sistema de lubrificação, se não há obstrução no coletor de óleo da bomba, se a tela do mesmo não está danificada. OUTRO FATO CURIOSO: A BOMBA DE ÓLEO É INJUSTIÇADA. ALÉM DE SER O PRIMEIRO COMPONENTE CULPADO EM UM PROBLEMA DE LUBRIFICAÇÃO, ELA É O ÚNICO COMPONENTE DO MOTOR QUE NÃO RECEBE O ÓLEO FILTRADO, E SIM NAS CONDIÇÕES QUE SE ENCONTRA NO CÁRTER. A ÚNICA PROTEÇÃO DA BOMBA É A PENEIRA DO COLETOR DE ÓLEO QUE EM MUITAS VEZES É FURADA OU VIOLADA PELOS APLICADORES, (vide foto 05), QUE JUSTIFICAM NA MAIORIA DAS VEZES QUE EFETURAM A VIOLAÇÃO DA MESMA PARA AUMENTO DA PRESSÃO DE ÓLEO, FATO ESSE QUE NÃO INFLUENCIA EM NADA O AUMENTO DA PRESSÃO E SÓ PREJUDICA O FUNCIONAMENTO DO SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO.
Foto 4 Foto 5
Vale salientar que é aconselhável NUNCA realizar o reparo das bombas de óleo, trocando engrenagens/rotores ou lixando a tampa ou até mesmo esticar a mola.
*Supervisor técnico da apEX do Brasil
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notas
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Texto: Redação | Fotos: Divulgação
Fras-le e Controil apoiam o programa Carro 100% / Caminhão 100%
dayco celebra 15 anos de Brasil No dia 1º de outubro a Dayco comemorou 15 anos de atuação no Brasil e compartilhou com seus colaboradores, fornecedores e clientes seu desenvolvimento no País. A Dayco vem construindo uma trajetória brasileira de sucesso, baseada nos mais altos níveis de tecnologia, na qualidade de seus produtos, na excelência em atendimento e atuação sustentável, respeitando o meio ambiente e a sociedade, e rapidamente tornou-se líder de mercado em correias na reposição. Com a aquisição da Nytron, em 2013 a empresa também passou a ser líder em tensionadores. A Dayco é uma empresa global com 110 anos de existência, líder na pesquisa, desenho, fabricação e distribuição de produtos essenciais para motores, nos sistemas de transmissão para automóveis, caminhões, construção, agricultura e indústria.
Volkswagen é a marca mais premiada no car group 2015 com excelentes índices de reparabilidade Baixo custo de manutenção é um dos itens mais valorizados pelos clientes em um veículo. E a Volkswagen é a marca com os melhores índices de reparabilidade do País, de acordo com o ranking Car Group 2015, do CESVI Brasil (Centro de Experimentação e Segurança Viária). A empresa conquistou cinco categorias no estudo, que avalia o custo de reparo dos veículos vendidos no Brasil após uma colisão de baixa velocidade. A atualização do ranking é feita mensalmente e serve de referência para as seguradoras calcularem os preços dos seguros dos veículos.
equipamentos de conforto e segurança completam carros usados Os usados ganharam força em períodos de dificuldade econômica. No entanto, muitos dos disponíveis para venda são “básicos”, sem equipamentos de segurança, conforto e entretenimento. “Neste cenário, como opção para quem procura investir no segmento, o mercado traz diversas opções para ‘completar’ o veículo”, explica Alexandre Jordão, gerente de Aftermarket da Pósitron. Conhecida pela sua ampla gama de produtos e serviços, a marca desenvolve rastreadores, bloqueadores e alarmes para automóveis, motocicletas e caminhões, som automotivo, sensor de estacionamento, vidros e travas elétricas, painéis de instrumentos, além de alarmes e monitoramento residencial.
contitech alerta para o risco presente nas correias automotivas falsificadas A ContiTech orienta varejistas, consumidores finais e todos os profissionais ligados direta ou indiretamente à comercialização de correias automotivas sobre o crescente número de ocorrências envolvendo produtos falsificados. Além de comprometer a segurança, o produto falsificado é certeza de prejuízo. Sua quebra compromete o funcionamento do motor, podendo chegar a empenar as válvulas, tornando necessária a retífica do cabeçote, isso quando não ocorre a quebra dos pistões, obrigando uma retífica completa do motor.
Como fabricantes de itens de segurança automotiva, a Fras-le e a Controil prestam apoio ao Programa Carro 100% /Caminhão 100% desde seu início, iniciativa que visa disseminar os cuidados com a manutenção preventiva como forma de evitar acidentes nas estradas.
Logística reversa de filtros de óleo lubrificante avança no País Em iniciativa pioneira, a Abrafiltros, que implantou programa-piloto de logística reversa dos filtros usados do óleo lubrificante automotivo, em 2012, recicla mais de 4,218 milhões de filtros usados do óleo lubrificante automotivo em cumprimento às leis ambientais. Em julho de 2012, iniciou o programapiloto “Descarte Consciente Abrafiltros”, de logística reversa dos filtros usados do óleo lubrificante automotivo.
Renault Minuto é inaugurado em Niterói A Renault do Brasil, que tem na ampliação da sua rede de serviços uma das bases da estratégia de crescimento do País, inaugurou mais uma unidade do Renault Minuto no Rio de Janeiro, desta vez em Niterói, na região metropolitana do Rio. A unidade é a terceira instalada no estado carioca e a 18ª no Brasil.
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especialista em vendas O profissional que faz toda a diferença atrás do balcão de autopeças, com muitas histórias para contar... Texto: Karin Fuchs | Fotos: Divulgação
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ercorrendo as mais diversas lojas de autopeças, inúmeras histórias há para contar de quem começou na profissão, seja por acaso ou vontade própria. Fato é que nas autopeças não existem mais balconistas como no passado, em que se contava nos dedos o número de marcas e modelos de veículos. Hoje, eles são especialistas em vendas, consultores, pessoas que precisam estar constantemente se atualizando e sendo verdadeiros consultores técnicos. Profissionais estes que começaram pequenos e abriram seus próprios negócios ou, não necessariamente como empreendedores, são os principais protagonistas, a linha de frente, nos mais diversos varejos de autopeças espalhados pelo País e na região Nordeste não seria diferente. Da mesma forma, é exigido cada vez mais deles, muito mais conhecimento. E nesta matéria nós relataremos as histórias de alguns que fazem a diferença no setor. A começar pelo atual presidente do Sincopeças-PE, José Carlos de Santana, que muito novo deixou a cidade que morava, em Uruçu-Mirim, no interior de Pernambuco, para trabalhar com seu tio na capital. Mas antes disso, ele já trazia em sua bagagem a experiência de quem viveu no campo, seguindo os passos de seu pai como agricultor. “Quem vive no campo, assim que começa a andar, já trabalha com alguma coisa”, diz ele. Na capital pernambucana, o seu tio tinha uma frota de quatro táxis, Santana trabalhava com serviços gerais e, nas horas vagas, também era ajudante de mecânico quando era necessário reparar a pequena frota. “Eu tinha uns 14 anos na época, meu tio teve a ideia de montar uma lojinha de autopeças e logo eu fui falando para ele quais eram as peças que desgastavam mais pela minha experiência como ajudante”, recorda-se. Morando na casa de seu tio e com sua mãe frequentemente indo à cidade, cada vez ficando na casa de um parente diferente, ele decidiu que queria mais. “O meu tio não tinha condições de me pagar um bom salário, conversei com ele, que me indicou para trabalhar
em uma autopeças. Lá tive condições de alugar uma pequena moradia para a minha mãe e minha irmã, e também convenci o meu pai a mudar-se de Uruçu-Mirim para Recife, e ele abriu uma mercearia na cidade”, conta. Na loja, Santana foi para o balcão, aplicava acessórios e instalava som automotivo. “Mas a minha vocação era mais autopeças”, acrescenta. Pouco tempo depois, ele foi convidado para trabalhar em uma concessionária, onde ficou entre 1982 a 1985 e, como empreendedor nato, soube fazer a diferença. “Antes de ser vendedor interno, eu atendia clientes externamente. No balcão, eu percebia que os vendedores só atendiam o que era solicitado, sem questionar aos clientes se era preciso algo a mais para o carro deles ficar em ordem”. Este foi o diferencial de Santana que o fez se destacar entre os demais. “Eu já atendia os clientes externos que me conheciam e, para conquistar os novos, eu ia com eles ver o carro, ou quando percebia alguma falha de um vendedor, eu buscava corrigir”, diz. Como resultado, ele fez a sua carteira e os clientes queriam ser atendidos unicamente por ele, mesmo que tivessem que esperar no balcão. Na mesma época, o seu tio, com que ele tinha iniciado em autopeças, havia aberto a segunda loja em sociedade com dois primos que não conheciam muito do assunto. Ele convidou Santana para ser sócio antes que o negócio desse errado. E para pedir demissão da concessionária não foi nada fácil. “O próprio dono me perguntou o que eu precisava para continuar lá. Eu expliquei a situação e ele entendeu”. Também dos tempos da concessionária, Santana tem muitas recordações. “Eu sabia de cór a referência do para-choque da Kombi, como também de outras peças, que têm, geralmente, de nove a doze números. Nos anos 80 não havia a quantidade de marcas e modelos de veículos como temos hoje. É impossível saber todos de cór atualmente”, afirma.
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De volta com o seu tio, Santana só prosperou. Hoje são cinco lojas sob o guarda-chuva do grupo JHM, com as marcas Centro Car, Centro Service (Bosch Car Service), que conta com duas unidades, Dispneu e Mega Peças, com mais de 60 mil itens em estoque para a linha leve, acessórios e pneus. Juntas, elas empregam diretamente 175 funcionários. Ao ser questionado o que mudou dos tempos que começou para os dias atuais quando o assunto é empreendedorismo, ele sintetiza: “empreendedorismo está no sangue, não importa a época. O empreendedor sempre tem a mente aberta para as oportunidades e elas não param. Tem um velho ditado que diz: “enquanto tem alguém chorando, tem alguém vendendo lenço”. Isso é fato”. Já em relação à profissão, “não existe mais aquela história de conhecer muito de peça. É preciso buscar se atualizar diariamente para não ficar obsoleto. Quando eram três ou quatro marcas de veículos, havia balconistas no setor. Hoje é tudo muito técnico e as mudanças são muito rápidas. É preciso ser um consultor de vendas”, diz. Sobre o futuro da profissão, acrescenta: “este profissional sempre terá espaço no mercado. O vendedor de autopeça nunca será esquecido”, conclui. Conhecimento Também nascido em cidade do interior, Jailton Rocha Cardoso, proprietário da Autopeças Cardoso, localizada em Fortaleza (CE), deixou a pequena Tianguá para trabalhar com um tio na capital. “Eu tinha 17 anos, estudava e já tinha feito um pouco de tudo, trabalhei na feira e fui também engraxate”, recorda-se. Com o tio, ele ficou na loja por dois anos onde aprendeu sobre autopeças. “Depois trabalhei em outras lojas da cidade e na Fênix Distribuidora de Autopeças, quando ela estava iniciando, onde fiquei por quinze anos. Em 2000, abri a minha loja, desde o início eu já pensava em ter o meu próprio negócio”, revela. Da sua bagagem, o que inclui atuações no estoque, na cobrança, em vendas, chegando a gerente de Vendas na distribuidora, Cardoso trouxe tanto aprendizado que, como ele mesmo diz, “o José carlos de Santana, presidente do Sincopeças-pE conhecimento foi o principal fator para que o meu
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negócio desse certo, pois o maior desafio para quem quer empreender é exatamente o conhecimento. É preciso mapear tudo para saber se há condições de iniciar um negócio. O prejuízo é enorme se não der certo”. Mas o desafio mesmo para ele começar foi ter capital. “Eu vendi o meu Fiat, ano 1994, e com a recisão da distribuidora abri a loja. Mesmo com o pouco dinheiro que eu tinha, dava para começar com pouco capital. Eu já estava preparado e conhecia os clientes da região”. Um mérito na manga. Com mais de 15 mil itens no portfólio, Cardoso trabalha com a linha leve e alguns itens para utilitários. “Pretendo aumentar alguns itens e serviços, melhorar o que eu já tenho”, diz, comentando que não está nos planos expandir com mais de uma loja. Referente à profissão, ele também compartilha que a nomenclatura “balconista” não se aplica mais. “Temos de ser especialistas em vendas e sempre procuro direcionar os que estão comigo a seguir nessa linha, tanto para atender às necessidades dos clientes, muitas vezes nós temos que nos colocar no lugar dele. É uma relação de confiança”, finaliza. Especialização Proprietário da Motor Max Motores, em Teresina (PI), Roberval Francisco dos Santos Júnior, assim como os outros participantes desta matéria, ele também começou de baixo. “Eu nasci em Raimundo Nonato (PI), mas fui criado em São Paulo. Na década de 1970, ter uma vida melhor significava mudar-se para São Paulo, Rio de Janeiro ou Brasília, e o meu pai decidiu por São Paulo. Foram vinte dias para ele chegar à capital paulista de pau de arara. A minha mãe estava grávida e quando eu nasci ele voltou para nos buscar”, conta. Em São Paulo, o primeiro emprego de Júnior, na época com menos de dez anos de idade, foi em uma oficina. “E o proprietário decidiu montar uma autopeças e me capturou para a missão. Posso dizer que eu praticamente nasci no ramo de autopeças pela pouca idade que eu tinha”. Na capital, a família de Júnior ficou por quase uma década, decidindo, em 1987, regressar a Teresina e, assim, ele deixou Jailton Rocha cardoso, seu emprego. da autopeças cardoso, de Fortaleza (cE)
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Perseverança “Mas eles não se adaptaram e Na loja de Rogério Façanha, a Truckão Peças, em Fortaleza (CE), Emanuela dos Santos decidiram voltar para São Paulo. Eu decidi Macambira foi contratada no ano 2000 como telefonista, trazendo a sua experiência de ficar e, por um ano, fiquei fora do mercado quem já tinha trabalhado como operadora de telemarketing. Pouco tempo se passou para fazendo outras coisas. Depois voltei como ela começar a crescer dentro da loja. “Como a minha sala era junto ao financeiro, eu passei gerente de várias empresas”, citando a ajudar na parte de cobrança, cadastro, informações comerciais. Fui me desenvolvendo e entre elas, passagens pela Mossoró entendendo o sistema”, especifica. Peças e como representante Comercial Como receptora das ligações e percebendo as suas habilidades, o gerente da loja a da Autopeças Padre Cícero, DPK, Autofort orientou que, se conseguisse identificar o que o cliente solicitava, ela poderia informar Nordeste e de uma revenda Renault de para ele o valor do item por telefone. “Mas somente como uma informação, não realizando São Paulo, a Grand Brasil. a venda de fato”, acrescenta. Se aprimorando cada vez mais, Emanuela ganhou a “Era uma ciumeira danada, pois eu as oportunidade de trabalhar no balcão, o que foi um desafio para ela. representava ao mesmo tempo. A gama “No balcão só tinha gente monstro que já estava há anos no setor. Todos tinham muito de produtos era diferente entre elas, apenas alguns itens coincidiam. Por seis anos (2001 conhecimento. Poucas mulheres trabalhavam diretamente com o público, a não ser no e 2006) eu viajava do Piauí ao Maranhão como representante. E foi quando a Autofort telemarketing. No começo, os clientes não queriam nem chegar perto de mim. Um dia pedi Nordeste abriu uma filial no Piauí e me convidou para ser gerente, cargo que ocupei entre licença, entrei na sala do Rogério chorando, pedindo para voltar para a área de cobrança. 2007 e 2012. Posteriormente, eu tive uma passagem rápida pela Pellegrino e, logo em Ele recusou o meu pedido, o que foi a melhor coisa para mim. Hoje, daqui eu não saio e seguida, eu me propus a ter a minha própria empresa”. daqui ninguém me tira. Não me vejo fazendo outra coisa”, declara. O motivo para empreender, revela Júnior, foi por necessidade, para estar mais próximo Para superar os desafios, Emanuela se dedicou de corpo e alma ao trabalho, incluindo no à família. “Eu queria ver os meus filhos crescerem, eu viajava muito e queria ter horários. estoque para aprender mais de autopeças. “E hoje a receptividade do público é totalmente Eu tinha uma grande bagagem, mas não tinha capital. Para abrir a loja, desfiz de parte do diferente de quando eu comecei, que foi em 2002”, compara. O desafio hoje é atualização. meu patrimônio”. “E isso se dá no dia a dia. Não há como conhecer todos os itens, até porque nós somos O segundo desafio, revela ele, “foi decidir com quais itens eu trabalharia. Eu tinha multimarcas na linha de pesados, e os lançamentos são constantes”, afirma. que segmentar por não ter muito capital. Como eu gostava muito da parte de motor, isto Sobre a profissão, Emanuela diz que há espaço para todos. “Até mapeou a minha decisão. Hoje, a loja é especializada em motores porque há uma diversidade grande em relação aos nichos dos nossos diesel, GNV e a gasolina, para veículos leves, pesados e agrícolas. E clientes, tem grandes empresas que podem chegar ao patamar de apesar de ser uma linha que requer um investimento alto, ela lhe dá fazerem compras pela internet ou pelo telemarketing, mas o volume a oportunidade de ser focado”, explica. de clientes que tem a necessidade do contato para tirar dúvidas a Sobre o mercado atual, Júnior comenta que os distribuidores de respeito de peças se mantém”. autopeças induziram muito o pequeno comerciante a se deter a eles, E, para ela, as expectativas são animadoras. “A Truckão tem três por conta dos volumes de compras. “E ele fica muito reportado ao lojas no mesmo bairro e o projeto é unificá-las em um único local, distribuidor, o que não é bom”, diz. No seu caso, ele trabalha com agregando mais valor às peças e aos serviços. A minha expectativa é itens da curva A, tendendo para a linha B muito vagarosamente, e com de um ótimo crescimento”, conclui. o apoio do distribuidor. “Ele é fonte para nos fornecer informações, mas o melhor termômetro é o balcão. E eu baixo todos os catálogos Futuro promissor eletrônicos disponíveis também”, revela. A mensagem de Ranieri Leitão, presidente do Sincopeças Nacional Júnior diz também que há uma diferença entre quem atua no Roberval Francisco dos Santos Júnior, e do Sistema Sincopeças Assopeças Ceará, revela um pouco do que atacado e no varejo. “O varejo trabalha em uma linha horizontal que da Motor Max Motores, de teresina (pI) será o profissional do futuro. “Os que se prepararem e se você pode ampliar. No atacado, ela é vertical”, compara. E qualificarem terão um espaço muito bem aproveitado, ganharão sobre o futuro da profissão, especialista em vendas, Júnior bons salários, porque quanto mais as marcas se diversificam, analisa que “eu não vejo a extinção deste profissional, mais há necessidade de aprimorar este conhecimento. mas sim falhas no que deveria ser investido na formação Portanto, se preparem o máximo que puderem”. deles. Palestras são importantes, ensinam a parte técnica Ele também diz se tratar de um profissional insubstituível e comercial. Mas a parte do aprendizado, do atendimento e nas lojas, pelo elo que tem entre as vendas de autopeças conhecimento específico das peças está deixando a desejar”. com os centros automotivos e com os clientes finais. “Mas Ele defende que deveriam ser formados menores estes profissionais precisam estar mais bem preparados para aprendizes, por ser um mercado excelente que deveria o mercado de trabalho. Há uma carência grande em todo o ser melhor aproveitado. “Sou prova viva disso”, pontua, Brasil de um treinamento exclusivamente para eles”, alerta. acrescentando que chegar a ser um consultor de autopeças é Outro ponto mencionado por Leitão tange o volume de dizer que se tem uma profissão digna. “E o balcão de autopeças marcas e modelos de veículos, hoje presente nas ruas do é atípico, pois ao longo do tempo, acumulam-se informações País. “Razão pela qual vemos muitas autopeças multimarcas que são uma arte, um conhecimento diferenciado. Eu nasci se especializarem, por saberem que não há condições de em 1970 e conheço peças do Jeep de quinze anos antes de quem está no balcão abraçar todo este conhecimento, eu nascer”.
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Erivelton Moura, presidente do Sincopeças-pI
Emanuela dos Santos Macambira, da truckão peças, de Fortaleza (cE)
Ranieri Leitão, presidente do Sincopeças Nacional e do Sistema Sincopeças assopeças ceará
inclusive trazendo vendedores de concessionárias para atender os clientes. Tudo isso é falta de um planejamento estratégico, treinamento, para que possamos absorver estas pessoas e qualificá-las mais”, afirma. Presidente do Sincopeças-PI, Erivelton Moura, segue na mesma linha de Leitão. “O balconista já é um consultor nato de vendas. É o primeiro a atender o cliente, e a reposição requer uma série de conhecimentos mecânicos, do ano e modelo do veículo, o que não é fácil pela grande variedade que há. Ele tem que estar alinhado demais com a aplicação CADERNO ESPECIAL
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para que a peça seja reposta de maneira correta, caso o contrário, ficará um profissional obsoleto”, explica. Para finalizar, Moura fala um pouco dos desafios da profissão. “Infelizmente, os profissionais no nosso Estado não conseguem se atualizar na mesma velocidade de lançamentos de novos itens, marcas e modelos de veículos. As fábricas estão caminhando muito rapidamente e não estão repassando as informações. Elas deveriam atuar mais de frente em relação a isso”, conclui.
ARTIGO
Texto: Fábio Acauhi* | Foto: Divulgação
5 dicas para se tornar um completo profissional de vendas A constante busca por conhecimento é um dos pilares que sustentam os profissionais de vendas que se destacam. O conhecimento é o divisor de águas entre os que são vendedores e os que estão vendedores. Em muitos artigos eu cito a importância da constante qualificação; fato que me motivou a escrever as cinco dicas para se tornar um profissional completo em vendas. LEÃO – CONSULTOR – NEGOCIADOR – RAPOSA – ESFERA
1 - Leão Leão (Atitude mental positiva) É incrível imaginar que o leão não é o animal mais alto, não é o maior, o mais forte, o mais poderoso, nem o mais inteligente e, mesmo assim, ele é o rei da selva. O que será que faz o leão ser o rei da selva? É a sua ATITUDE que o faz ser líder e ser rei. O leão não vive pelo que ele vê, mas pelo que ele “pensa”. Ele olha para um elefante e não vê um adversário grande, imponente e mais inteligente. Sua atitude mental diante das adversidades é que determina seu sucesso. Ele olha para o elefante e vê o almoço; o elefante olha para o leão e “pensa”: - Chegou o chefe! A ATITUDE é um produto da CRENÇA, e a CRENÇA produz CONFIANÇA. Os vendedores que se destacam creem no profundo que os fazem falar e viver pela fé! CONFIANÇA é a habilidade de conseguir seus objetivos baseados em uma convicção de que é possível. Vemos profissionais saindo de casa derrotados justamente porque focam no problema e não visualizam que é possível vencê-los. Podemos dizer que essa é uma ATITUDE mãe, e tem supremacia sobre todas as outras. Guardem uma coisa: “Um exército de ovelhas guiadas por um Leão vai sempre derrotar um exército de Leões guiados por uma ovelha”. - A ATITUDE controla a maneira como você age; - A ATITUDE determina a maneira que você responde à vida; - A ATITUDE pode abrir ou fechar portas de oportunidades na sua vida, - A sua ATITUDE determina suas limitações. Você não terá sucesso até que a sua ATITUDE seja mudada. 2 - Consultor Consultor de vendas(Postura e procedimento) Um consultor bem treinado é um espetáculo! Um consultor é mestre em ORIENTAR, se a sua intenção for ORIENTAR o seu cliente e ele perceber isso, a impressão de que você quer somente vender sem se importar com as reais necessidades do cliente fica esquecida. Você tem que
passar a impressão de ser um AUXILIADOR, um AJUDADOR do cliente a fim de conduzi-lo a tomar a melhor decisão. Um consultor se preocupa com a sua postura, com a qualidade da sua comunicação e com sua aparência, criando o que chamamos de personal branding, ou marca pessoal a fim de construir um raciocínio lógico que conduza a mente do cliente e chegue com menos dificuldade ao auge do atendimento, que é tomar a decisão de compra pelo cliente. 3 - Negociador Aperto de mão (Bom na arte do “ganha-ganha”) Um negociador é bom com números no sentido de mostrar para o cliente a economia financeira que ele fará em comprar seu produto. Se o produto ficar com um valor financeiro maior, o negociador sabe criar atrativos focados na necessidade do cliente para demonstrar benefícios de se adquirir o produto. O negociador é atual em sua maneira de pensar, ele sabe que o cliente de hoje só compra se realmente o seu produto lhe der reais benefícios. Saber distinguir o desejo da real necessidade do cliente é um ponto alto do negociador de hoje. Negociar é transformar um desejo totalmente acidental em essencial na mente do cliente, despertando o desejo de compra. Desta maneira, podemos dizer que nós que vendemos para o cliente. Um negociador nunca é chamado de tirador de pedidos por essas características. 4 - Raposa Raposa (Especialista em discernimento) A conotação que quero dar ao termo raposa é estar focado e ligado nas informações passadas pelo cliente. A raposa é taxada como esperta, e a esperteza a que me refiro é no sentido de discernir o que o cliente fala do que ele realmente pensa. Assim como o negociador, a raposa consegue separar o desejo da real necessidade. Por exemplo: - Alguns clientes querem um determinado produto por status e podem vir a desistir da compra futuramente por estar além de suas necessidades. O consultor
raposa tem esse “feeling” no momento da negociação. O consultor raposa tem a habilidade de analisar com cuidado cada palavra dita pelo cliente. Por vezes, os clientes tentam nos induzir a tomarmos algumas posturas e falar algumas coisas que eles querem ouvir, deixando-nos em situações desfavoráveis para pleitearem descontos e concessões no final da negociação. Atenção com isso! 5 - Esfera Globo (Domínio das informações sobre o seu produto e sobre sua empresa) Adoro o atendimento esfera desde a sua essência. Veja bem: - O atendimento “esfera” significa domínio tal do seu produto e de sua empresa que faz com que ele se encaixe em qualquer situação. Dentro da área de atuação do seu produto, para onde o cliente for o consultor muda o foco do atendimento adequando sua argumentação à necessidade ou ao desejo do cliente. Seus argumentos giram como uma esfera se ajustando a fim de combater a quaisquer objeções utilizadas como saídas que o cliente queira tomar. Eu disse que gosto de sua essência pelo fato de que com o atendimento esfera o consultor sai psicologicamente fortalecido da negociação, pois, para atingir o nível de girar os argumentos exigem competência e domínio da situação. Vende muito mais o consultor que domina as funções do seu produto, sabendo dividir e classificar seus argumentos entre característica, benefício, vantagem e expectativa, que, aliada à segmentação do perfil de compra do seu cliente, esse se torna imbatível em vendas! Eu sempre digo: “O sucesso de uma empresa está na qualificação dos profissionais que a compõe”. Aproveitem as dicas e tenham muito sucesso em VENDA$! *palestrante, consultor e instrutor de vendas
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dia do balconista
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CARREIRA
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o vendedor do futuro Consultores falam sobre as novas características do balconista de autopeças Texto: Simone Kühl | Fotos: Divulgação
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om a evolução e exigência em conhecimento do mercado, o balconista é hoje mais do que um vendedor, e sim um especialista em peças, ele detém as informações necessárias sobre as marcas e produtos e acompanha as constantes inovações nos veículos. Em especial ao Dia do Balconista de Autopeças, consultores falam sobre as novas características deste profissional. Informação e tecnologia De acordo com Claudio Pereira de Araújo, consultor da Êxito Consultoria, que trabalha em parceria com o Sistema Sincopeças/Assopeças-Ce e o Sebrae-Ce, o nível de exigência do consumidor em geral tem elevado de forma exponencial e a evolução tecnológica embarcada nos veículos faz com que o profissional do setor esteja bastante conectado com os desenvolvimentos, permitindo o atendimento adequado na hora da compra. “Além dos treinamentos que são importantes, o vendedor atualizado dispõe de recursos de pesquisa por meio de catálogos eletrônicos e pela internet, favorecendo o ganho de informações necessárias no momento do atendimento ao consumidor. A informação passa a ser tão importante quanto à disponibilidade do produto. O vendedor a cada momento se fortalece pelo domínio do conhecimento técnico pontual”, justifica.
Diversidade e inovação da frota Neste sentido, Alexandre Costa, consultor da Alpha Consultoria, ressalta que um automóvel moderno é composto por mais de quatro mil peças. “Somado a isso, temos no Brasil mais de 200 modelos de veículos distintos entre versões de acabamento e motorização distribuídos entre as dezenas de montadoras que comercializam no País. Isso nos dá a exata dimensão do quão grande e complexo é o setor de autopeças e reposição automotiva. Estar atualizado com as novas tecnologias não é mais um diferencial competitivo, é uma questão de sobrevivência para o negócio”, observa. E um fator que está acelerando o ritmo de inovações na indústria, conforme lembra Costa, é o Inovar-Auto, que obriga as montadoras a investirem em novos sistemas com o objetivo de tornar os veículos mais seguros e eficientes. “Essa avalanche tecnológica já está sendo sentida no setor de autopeças obrigando o empresário a investir em treinamento para se manter alinhado com o mercado”, completa. Conhecimento técnico Na opinião de Costa, o associativismo é a melhor forma de conseguir apoio para qualificação profissional. “Entidades de classe e sindicatos têm como missão fomentar o conhecimento a respeito de seu segmento de atuação e para tanto promovem cursos,
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palestras e seminários para as empresas. Aqui no Nordeste temos diversos casos de sucesso em que a capacitação não apenas atinge os colaboradores, mas também os próprios empresários”. Pereira ainda salienta que o conhecimento é uma bagagem essencial e não existe limite para o nível de investimento, “principalmente em um segmento em que a tecnologia imprime uma velocidade elevada”, emenda. “O processo de qualificação é contínuo e sistêmico. A frequência e a parceria com os fornecedores e fabricantes coloca o profissional de vendas pronto para o melhor atendimento. A principal munição de um profissional de venda é seu conhecimento, logo investir ainda é o grande diferencial” destaca. Neste sentido ele explica que a Êxito Consultoria em parceria com o Sistema Sincopeças/Assopeças e o Sebrae vem contribuindo com um conjunto de treinamentos voltados para a qualificação do profissional e gestores do setor automotivo. “O entendimento é que quanto mais treinamentos ofertados, mais o setor se fortalece para que possa ter uma postura profissional, não basta uma empresa claudio pereira de araújo, forte em um mercado frágil, o mercado tem que da Êxito consultoria
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ser próspero, permitindo um crescimento de toda a cadeia produtiva”, acredita. Vendedor do futuro Para Costa, já faz algum tempo que o vendedor de autopeças deixou de realizar uma simples atividade comercial para sim gerir uma carteira de clientes. “A atividade exige do profissional a capacidade de atender às expectativas de seus clientes, apresentando a eles opções de compra mais adequada às suas necessidades. Além disso, a atribuição do vendedor inclui a análise de crédito e administração dos recebimentos, alexandre costa, da alpha consultoria tornando a venda mais saudável para a empresa”, pontua. Diante desde novo cenário, Pereira enxerga o vendedor do futuro como o profissional que encara a venda como um momento de parceria na solução da necessidade do cliente. “O vendedor do futuro visa a solução do problema sem evidentemente desvalorizar a agregação do valor do seu produto. A soma do conhecimento técnico com a habilidade da condução da venda, a atitude proativa e dinâmica fará deste profissional um vencedor no mercado automotivo”, enfatiza.
Texto: Jaques Grinberg Costa* | Foto: Divulgação
7 leis para Vender mais 1 – Ouvir a necessidade do cliente (atenção): A escuta ativa é um dos grandes diferenciais dos vendedores de sucesso, mas um hábito difícil de aprender. Tudo é prática, é preciso estar preparado para saber o momento certo para perguntar e para ouvir. Fazer perguntas que despertam o interesse do cliente para que seja possível conduzir com excelência a negociação é o diferencial para potencializar os seus negócios, trazendo resultados acima das metas. 2 – Ser especialista e um consultor (especialização): Ser vendedor coach é enfrentar dificuldades constantes, mas ser persistente, estudar muito e saber conduzir uma negociação. As dificuldades são diversas, podemos citar os clientes exigentes, concorrência, “guerra” de preços e produtos com diferenciais menos nítidos. Fazer perguntas que vendem e ajudam a desenvolver argumentações maximizam os resultados em vendas. 3 – Ser persistente no trabalho (persistência): Para alcançar um objetivo é preciso ter foco, estar comprometido e ser persistente. Muitas “pedras” irão aparecer no seu caminho, não desanime. Se você quer, você pode! Apenas os comprometidos e persistentes com os seus objetivos conseguem vencer. 4 – Foco na solução dos problemas dos clientes (solução): Os clientes querem soluções e não um produto ou serviço. O vendedor coach desperta no cliente o desejo para comprar o que irá solucionar os seus problemas. Quando o vendedor percebe e tem a solução para o cliente, o valor financeiro se
torna um obstáculo pequeno para a negociação, tornando a venda muito mais fácil. Quando o cliente compra uma solução, a fidelização é consequência. 5 – Atendimento gourmetizado (diferenciação): Em um mundo globalizado onde a qualidade dos produtos é um diferencial cada vez menos nítido, surge o atendimento gourmet. O atendimento gourmet é um atendimento diferenciado, de alta qualidade, em que o cliente terá uma experiência acima da média e será surpreendido com vontade de querer voltar com os amigos e familiares. 6 – Qualidade no serviço (qualificação): Para vender com qualidade há a necessidade de preparar-se, conhecer as regras da empresa; produto e/ou serviço que irá comercializar; o perfil dos clientes; etc. Quem vende carros não vende imóveis e quem vende imóveis não vende remédios. 7 – Administrar o tempo (administração): Administrar o tempo é uma sabedoria que todos podem aprender. Auto avalie o seu tempo, as suas atividades diárias. Faça uma lista por prioridades. A lista pode e deve ser atualizada sempre que for preciso. Tenha uma agenda para ajudar na organização das suas atividades e inclua na sua lista intervalos de descanso. *consultor e coach de Vendas
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Jedal: 40 anos de dedicação e profissionalismo
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NOtaS | 29
Bosch e mobil premiam lojistas com um cruzeiro para a américa do sul
Fundada em 13/11/1975, a Jedal Redentor Indústria e Comércio Ltda. passou por várias transformações, corporativas, de instalações e de segmentos de atuação. Desde o início a filosofia foi alicerceada em profissionalismo, inovação, seriedade e compromisso com todas as classes de relacionamento: funcionários, clientes, fornecedores e prestadores de serviços.
A Bosch e a Mobil estão promovendo desde o início de setembro uma campanha que irá premiar 10 proprietários de lojas que fazem parte do Programa InterAção com um cruzeiro com acompanhante pela América do Sul, cujo roteiro envolve paradas em Buenos Aires, Punta Del Este e Montevidéu. Esta ação acontece até o dia 30 de novembro e tem como objetivo destacar os diferenciais das marcas Bosch e Mobil junto às lojas do programa. Serão premiados os dez lojistas que cumprirem os dois objetivos estabelecidos - superar meta de autopeças Bosch e também a meta relacionada ao óleo lubrificante Mobil Super - Linha Leve (sintéticos e semissintéticos). Os dez vencedores da campanha serão informados pelo seu promotor InterAção até o dia 15 de janeiro de 2016 e a viagem do grupo está marcada para o dia 21 de fevereiro de 2016.
produção e vendas de motocicletas recuam 12% em relação a setembro
magneti marelli aftermarket anuncia lançamentos
Conforme levantamento divulgado pela Abraciclo, Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares, saíram das fábricas 104.388 motocicletas em outubro, volume 12,1% inferior ao apresentado no mês anterior. Sob o mesmo período de 2014, a queda foi de 27,8%. No acumulado do ano, foram produzidas 1.137.103, o que corresponde a 174.020 unidades a menos que os primeiros dez meses do ano passado.
TMD/Cobreq coloca na reposição pastilhas de freio traseiro da Honda NXR 160 BROS versão ESDD Fabricante dos produtos Cobreq, a TMD Friction do Brasil lançou, no mercado nacional de reposição e com a referência N-1840, a pastilha do disco traseiro da moto Honda NXR 160 Bros ESDD. A nova trail urbana de baixa cilindrada chegou para substituir a NXR 150, esta exclusivamente de freio traseiro a tambor.
Na linha de produto metal-borracha, apresenta o coxim frontal do motor do Honda Fit(1), componente que tem a função de fixar o motor ao chassi, absorvendo as vibrações geradas pelo próprio motor e também pelo movimento do veículo. E também o lançamento de novos códigos para bandejas de suspensão, ou braços oscilantes, para o VW Jetta Sedan. Além das bandejas do VW Jetta(2), a Magneti Marelli disponibiliza também as bieletas para os modelos Hyundai HB20, Toyota Camry, Renault Master, Honda Fit e City, Ford Nova Ranger, Fusion e Edge, Chevrolet S-10 e Trailblazer, Fiat Freemont e Dodge Journey.
affinia recebe recertificação do sgi - sistema de gestão integrado A Affinia Automotiva, empresa especializada na fabricação e distribuição de autopeças para o mercado de reposição, renova a certificação do SGI - Sistema de Gestão Integrado que inclui: ISO9001-Gestão de Qualidade, ISO14001- Gestão de Meio Ambiente, OHSAS18001- Gestão de Saúde e Segurança, para a fábrica de Diadema-SP. O trabalho de auditoria envolveu checagem de processos para confirmar os padrões. Renovada a cada três anos, a recertificação engloba várias gestões: qualidade, meio ambiente, segurança e saúde.
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Jac reafirma interesse por camaçari Por causa de notícia divulgada pelo jornal baiano “A Tarde” no dia 9 de outubro, relatando que a JAC Motors teria perdido o interesse em construir a fábrica em Camaçari (BA), a empresa reafirmou a intenção de erguer a unidade. “Perdeu-se a pressa, mas o trabalho continua”, diz o diretor de assuntos corporativos da JAC Motors, Eduardo Pincigher. A empresa ainda aguarda o empréstimo de R$ 120 milhões aprovado há mais de um ano pela Desenbahia, agência de fomento do Estado, para começar a erguer a fábrica. O investimento total previsto era de R$ 1 bilhão e a capacidade produtiva, de 100 mil unidades anuais.
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notas tecfil tem novo centro de distribuição A Tecfil inaugurou seu novo centro de distribuição no bairro de Bonsucesso em Guarulhos, cidade onde fica também a sede da indústria. Com 23 mil m2 de área total, sendo 15,6 mil m2 de área construída, o novo centro armazenará não somente os filtros da marca Tecfil, mas também Vox e os produtos da recém-incorporada Tecbril. O novo endereço uniu dois centros de distribuição anteriores em um único espaço, facilitando a logística da empresa e agilizando todo o processo de separação e entrega de produtos para todo o Brasil. Com o novo CD a empresa espera agilizar ainda mais todas as entregas de produtos, levando a todas as regiões do País os melhores filtros automotivos do mercado. A empresa conta ainda com mais duas unidades fabris, também na cidade de Guarulhos, onde produz filtros para as linhas Leve, Pesada, Agrícola e Moto.
automec 2017 é oficialmente apresentada A Reed Exhibitions Alcantara Machado apresentou no dia 27 de outubro a potenciais expositores a Automec 2017, que volta a reunir num mesmo espaço fornecedores de autopeças para veículos leves e pesados. Outra novidade é que a Feira após 13 edições no Anhembi passará a ser realizada no novo São Paulo Expo (antigo Imigrantes). O São Paulo Expo Exhibition & Convention Center terá dois pavilhões que somam 90 mil m2 de área total na zona zul paulistana. Com entrega prevista para o começo de 2016, o ambiente será o maior centro de exposições do Brasil e deverá abrigar as maiores feiras do País.
Multi-Filtros Mann-Filter completam 10 anos de lançamento Com vendas consolidadas no Brasil desde 2005, os filtros para óleo MULTI-FILTROS da MANN-FILTER trazem inúmeras vantagens para o mercado de reposição. Os revendedores podem reduzir seu estoque em loja em até 50%, uma vez que um único modelo pode atender às necessidades de 40 diferentes veículos leves das principais montadoras.
Delphi aumenta linha de produtos para o mercado de reposição Os novos produtos somam quase 100 aplicações e cobrem mais de sete milhões de veículos, objetivo é oferecer a melhor solução em produtos e serviços para o mercado de reposição. Entre os lançamentos: reguladores de pressão, cabos de ignição e tampas de distribuidor.
ngK tem novo presidente para o Brasil
sérgio rocha é o novo diretorsuperintendente da fábrica da continental pneus em camaçari A fábrica da Continental Pneus em Camaçari, na Bahia, está sob novo comando. Sérgio Rocha acaba de assumir o cargo de diretor-superintendente da planta no lugar de David Johnson, que deixa o posto exercido ao longo do último ano para se aposentar após 35 anos trabalhando em empresas do Grupo Continental. Formado em Engenharia Elétrica e com mestrado em Engenharia de Produção, Sérgio Rocha respondia pela gerência de produção da unidade, tendo participado do primeiro projeto de pneus da Continental no Brasil em 2005.
Com 56 anos de fabricação e desenvolvimento tecnológico no Brasil, a multinacional NGK tem novo presidente para o País. O executivo japonês Hiroyuki Tanabe assume o comando local da maior especialista global em sistema de ignição, fornecedora das principais montadoras de veículos do mundo, bem como das mais importantes competições, como a Fórmula 1 e a Moto GP, além de líder no segmento de reposição (aftermarket). Hiroyuki Tanabe chega ao País com a meta de manter a rota de crescimento da NGK que, em março deste ano, alcançou a marca histórica de 2 bilhões de velas produzidas em sua fábrica no Brasil.
Castrol lança promoção ‘Carona Virtual’ com Cacá Bueno Ação vai percorrer 10 lojas Castrol Auto Service (CAS) de São Paulo (capital) para oferecer uma experiência exclusiva a seus consumidores. A agenda completa estará disponível na página do Facebook da Castrol Brasil: http://www.facebook.com/ castrolbrasil (a partir de 9/11).
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Texto: Flávio Portela* | Foto: Divulgação
Hora de reagir com atitudes positivas
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ontinuamos passando por um duro momento no nosso País e o nosso segmento está sofrendo um pouco acima do esperado. Com a inflação batendo na casa de quase 9,30%, presenciamos o poder de compra dos brasileiros caindo de maneira significativa e o endividamento aumentando de modo preocupante. As indústrias automotivas que atuam em território nacional estão efetuando drásticas reduções de funcionários devido à equalização dos estoques. Já são quase 39.000 profissionais afastados por demissões, layoffs e férias coletivas. No final de outubro, a GM abriu em São José dos Campos (SP) um novo programa de demissão voluntária, que além de benefícios de salários extras, oferece um carro 0 km para funcionários com estabilidade de emprego. Ainda analisando o setor de veículos novos, o Brasil caiu para a 8ª posição no mundo nas vendas de veículos. Lembramos que em 2014 fechamos como o 4º maior mercado de vendas de automóveis no mundo. Estas situações forçadas pela queda da produção nacional de veículos deixam o mercado bastante apreensivo, porém, alguns pontos começam a contar a favor da reposição. No acumulado de 2015 as vendas de veículos usados que seguem em alta de quase 2,5% animam o segmento de reparação automotiva, pois no ano o acumulado de veículos licenciados já soma 7,5 milhões de unidades comercializadas. Esta relação é também proporcional à baixa venda de veículos básicos pelas
montadoras, devido a dificuldades na liberação de créditos e mudança de estratégia para chegar mais próximo do público com melhor poder aquisitivo, em que a crise ainda não afetou de maneira mais forte. Prova disso é o crescimento das marcas japonesas que mesmo com o mercado “abalado” continuam em ascensão no Brasil, deixando claro a força da superação, quando uma novidade cai no “gosto” faz com que o produto, mesmo diante do cenário econômico mais trágico, cresça em relevância. Muitos dos profissionais desta nova geração que atuam no segmento automotivo ainda não tinham presenciado um cenário de crise como o que estamos vivendo hoje. Na verdade em momentos como este só temos uma alternativa, que é “arregaçar as mangas”, reagir e se dedicar de maneira diferenciada. Temos que pensar como empreendedores, pois nada mais acontecerá por si só... precisamos fazer acontecer! Precisamos pensar, trabalhar e ter a ATITUDES POSITIVAS. Busque a INOVAÇÃO, que é qualquer mudança que crie valor para o seu negócio e que facilmente é percebida pelo seu cliente, assim a crise ficará bem longe de você. Muito sucesso para todos... vamos acreditar, nos comprometer com resultados e fugir do efeito “manada”, pois para cada empresa e profissional do setor este momento afetará de uma maneira. Enquanto isso... aguardaremos um ajuste político e ético no nosso País.
*Palestrante e executivo na SK Automotive, formado em Administração de Empresas; pós-graduado pela FGV-SP em “Inovação no Relacionamento Sustentável com Clientes”; pós-graduado em “Gestão de Qualidade em Serviços” – UFPE/PE; MBA em Gestão de Negócios – Fundação Dom Cabral – SP
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Texto: Simone Kühl / Colaborou: Wanderlei Castro | Fotos: Estúdio Premiatta
aplicação de produtos autoshine Aprenda as técnicas para a correta utilização dos lançamentos da marca
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empre atenta às tendências do mercado, a Autoshine, fabricante de produtos químicos, aprimora constantemente suas fórmulas e desenvolve cada dia mais técnicas modernas de produção, trazendo aos seus clientes excelência e qualidade em todos os seus itens.
Com inovações constantes e produtos de fácil aplicação, a empresa traz nesta edição a demonstração de três itens de grande destaque que fazem parte de seu portfólio, de acordo com o consultor Técnico, Sérgio Lima, o diretor Comercial, Kazuo Matsui, e Fabiana V. Baggio, também da área Comercial, que são: o Lava a seco, Limpa Ar condicionado e Dip Shine.
consultor técnico, Sérgio Lima
passo a passo da aplicação do lava seco autoshine 01- Antes de iniciar a aplicação, tenha em mãos duas toalhas de microfibra, uma úmida para passar quando utilizado o produto e a outra seca para passar após dando o brilho.
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Obs.: A toalha de microfribra contém poros que aderem à sujeira e não entram em contato com o verniz da pintura, riscando o carro, diferente dos demais panos utilizados. 02- Primeiro, borrife o produto no veículo, passando em seguida a tolha de microfibra úmida e depois a seca, removendo o excesso e trazendo o brilho e proteção. É importante que se faça essa aplicação por partes do veículo. Obs.: O grande diferencial do produto é que além de limpar toda a superfície de lata, também pode ser utilizado na limpeza de vidros, partes plásticas, borrachas e frisos. O Lava Seco vem em duas opções, a embalagem de 500ml
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para o consumidor final e a galonagem de 5 litros para o uso profissional.
passo a passo da aplicação do limpa ar condicionado autoshine 01- Ligue o veículo com o ar-condicionado no nível mais forte e empurre o banco do passageiro ao máximo.
02- Agite a granada por 4 segundos, coloque-a embaixo do painel e acione-a. Em seguida, feche as portas e deixe agir por 5 minutos os produtos para a higiene do sistema.
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03- Passado o tempo, retire o produto e feche as portas novamente por mais 5 minutos. Após, desligue o carro e abra os vidros para sair o excesso da 3 fragrância. O técnico orienta que depois de feito esse processo o ideal é a troca o filtro de cabine, pois com a limpeza fungos e bactérias ficam no filtro antigo, contaminando-o. Obs.: O Limpa Ar Condicionado, sistema de higienização, traz três fragrâncias: Herbal, Lavanda e Neutro. O rótulo da embalagem também contém a explicação sobre a utilização do produto.
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passo a passo da aplicação do dip shine autoshine 01- Inicie o procedimento empapelando os discos e pastilhas. Obs.: Recomenda-se a utilização de máscaras e luvas para realizar a aplicação.
04- Agite o produto por 10 segundos para que se misture o solvente com a tinta.
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1 4 02- Efetue a limpeza da roda com um desengraxante para a remoção de toda a impureza e garantia de uma maior durabilidade. Obs.: Caso não seja feita, ao aplicar o produto a roda não irá aderir, causando bolhas e saindo a pintura com facilidade.
05- A primeira aplicação, que não é contada, é apenas superficial, passando o produto aos poucos para que se absorva e venha a receber em seguida uma carga maior de tinta.
06- Comece as aplicações, de duas a três, passando bem o produto em todas as áreas da calota. O tempo para secar a cada aplicação é de 5 a 10 minutos, sendo que após todas as aplicações é preciso esperar o tempo de 3 a 6 horas para a completa finalização do procedimento. Obs.: Para se certificar do momento que a tinta estiver seca, repare que o produto fica fosco. Não esqueça de sempre agitá-lo. O emborrachamento líquido pode ser utilizado para personalizar rodas e calotas, é de fácil aplicação e remoção. O rendimento da lata é de até duas rodas, com 3 aplicações (sem contar a primeira que é apenas superficial).
2 03- Coloque calços em volta da calota para que a tinta não atinja o pneu. Para isto, utilize papéis duros e flexíveis, como a cartolina, carta de baralho ou até mesmo a embalagem do próprio produto.
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Para assistir em vídeo esse procedimento e saber mais detalhes, acesse nosso portal: www.ctra.com.br
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Você É WorKaHolic? Texto: Simone Kühl
Saiba como identificar e quais os cuidados a serem tomados
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workaholic (termo em inglês que define esta condição) representa o individuo viciado em trabalho, o trabalhador compulsivo e o dependente do trabalho. No mercado, especialmente em um ano de crise econômica e desemprego, são comuns as cenas de negócios em que os profissionais disputam quem está trabalhando mais, contudo, o que não se percebe nessas situações é que pode se estar caracterizando essa disfunção. Neste sentido, o consultor em Recursos Humanos, Celso Bazzola, fala sobre como identificar, os problemas que podem causar e quais os cuidados para conseguir um equilíbrio, ter qualidade de vida e poder amar o seu trabalho sem se tornar um workaholic. Principais características Segundo o especialista, é mais fácil localizar uma pessoa com esse problema do que tratar, a partir do momento que a pessoa não consegue se desligar do trabalho, deixando de lado sua convivência social, seja com familiares ou amigos, mesmo fora de seu ambiente de trabalho, sem conseguir desligar-se pode ser qualificado como um workaholic. “Suas características podem ser percebidas quando sua carga horária excede constantemente a 12 horas por dia de trabalho, ainda leva serviço para casa além de ficar no fim de semana sempre acompanhando o celular, checando as mensagens a cada hora para ver se existe alguma pendência no trabalho”, emenda. Problemas relacionados Para Bazzola, esta excessiva obsessão pelo trabalho pode trazer sérios prejuízos para a saúde e desempenho profissional e, até mesmo, à empresa devido ao desgaste físico e psicológico, o que acaba interferindo nos resultados de seus trabalhos. “Acredito que para empresa a situação traz mais desvantagens do que vantagens. Inicialmente pode ser interessante, pois a velocidade dos resultados é satisfatória, porém há um desgaste emocional natural do profissional, pois ele estará isolado e restrito ao tema trabalho, bloqueando sua sociabilização, o que poderá resultar em sérios transtornos futuros para sua vida”. E ainda: o consultor revela que segundo estudos recentes de
casos clínicos em consultórios psicológicos e psiquiátricos apontam que o vício de trabalho é similar à adição ao álcool ou cocaína, tornando o trabalho, nesses casos uma obsessão doentia, entre outros danos que pode gerar na vida do indivíduo como: problemas de sono, doenças cardíacas, depressão e ansiedade, ganho de peso, hipertensão e até morte precoce.
DICAS 1) Faça a gestão de seu tempo, dividindo vida profissional e pessoal. 2) Utilize seu período de descanso para dedicar-se a assuntos pessoais (família, lazer, amigos). 3) Usufrua de suas férias para descanso. 4) Crie alternativas para desenvolver atividades não relacionadas ao tema trabalho. 5) Tenha um hobbie ou faça atividades de que goste bastante saindo da rotina, pratique esporte (caminhada, futebol, ciclismo, etc.). 6) Alimente-se bem e de forma saudável. 7) Curta a família. 8) Busque um sono melhor, mais profundo e reparador. 9) Traga ao seu mundo mais amigos e trabalhos ligados ao social, faça a diferença.
Mantenha o equilíbrio O consultor ainda deixa claro que não há objeção em se trabalhar esporadicamente além de sua carga diária, desde que essa ação seja meramente por necessidade de urgência e de impacto específico. Isso, para o mercado de trabalho, acaba sendo um diferencial, mas o profissional e a área de Recursos Humanos devem identificar quando não há exageros em uma rotina normal de trabalho. “A partir do momento que a carga horária começa a extrapolar constantemente é momento de refletir. O trabalho será saudável enquanto não aprisiona a pessoa na necessidade constante de falar e estar agindo pelo trabalho”, adverte.
“Considero que as empresas também são responsáveis em equilibrar estas ações e devem criar estratégias para dosar a competitividade e limitar a carga horária definindo metas factíveis e dentro de uma necessidade”, recomenda. Ele destaca que administrar e otimizar o tempo de forma a resolver estas questões em horários próprios pode ser uma das melhores alternativas para que não haja a necessidade de prorrogar seu horário de expediente, deve se ter em mente que ser competente não é trabalhar mais tempo e sim produzir mais e atingir resultados sem haver desgaste. Além disto, o caminho para combater esse problema é assegurar o equilíbrio, entre a vida pessoal e profissional, buscar valorizar mais os momentos de lazer e perceber que o descanso é fundamental para melhoria do desempenho e busca de novas ideias que podem potencializar os resultados no trabalho. Workaholic x Worklover É importante sabermos diferenciar o amor ao trabalho do vício. “Quem ama o trabalho sabe dosar seus limites, utilizando-se destes para satisfazer e motivar, tem noção de que o excesso refletirá em conflitos nos relacionamentos pessoais, além de proporcionar efeitos nocivos à saúde e bem-estar, mais conhecido como “Worklover”. Ao contrário o vício pelo trabalho “Workaholic” que cega seus limites, tornando escravo de resultados e metas, sem perceber que esta ação afetará em breve sua saúde e produtividade fazendo esquecer-se de sua vida e pessoas, afastando-o da realidade”. O consultor alerta também que é importante ter em mente que o fato de ser um workaholic não significa que o profissional seja mais produtivo. “Muitas vezes, vemos pessoas que não conseguem ter organização no seu dia a dia e acabam trabalhando mais tempo para entregar o mesmo resultado. É importante lembrar que a vida é muito mais do que só trabalhar e que uma mente que não descansa não é totalmente sã. Assim, não adianta trabalhar demais, isso possivelmente ocasionará erros e retrabalhos. Portanto, tem que parar de trabalhar até para poder trabalhar bem. É uma questão de lógica”, conclui.
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Números do setor Entidades representativas divulgam resultados alcançados no mês de outubro e no acumulado do ano Texto: Redação
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egundo o balanço da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Anfavea, o licenciamento de autoveículos até o décimo mês do ano apresenta retração de 24,3%, com 2,15 milhões de unidades comercializadas em 2015 contra 2,83 milhões no ano passado. Na análise mensal o resultado aponta queda de 4% nas vendas em outubro ante a setembro – foram 192,1 mil unidades no último mês e 200,1 mil em setembro – e diminuição de 37,4% no comparativo com as 306,9 mil unidades de outubro do ano passado. Para Luiz Moan Yabiku Junior, presidente da Anfavea, os resultados seguem a expectativa de manutenção do ritmo de vendas: “Nada mudou no complexo panorama do mercado desde o mês passado, quando divulgamos as projeções revisadas para 2015. Esta é a razão pela qual o ritmo de vendas diárias permanece estável. A confiança continua abalada, os cenários político e econômico seguem em ajustes e os estoques ainda se mostram elevados”. A produção fechou outubro com 205 mil autoveículos fabricados, o que significa elevação de 17,4% ante as 174,6 mil unidades de setembro. Na análise contra outubro do ano passado o resultado ficou 30,1% abaixo com 293,3 mil unidades. No acumulado o recuo é de 21,1%: 2,11 milhões de unidades este ano e 2,67 milhões em 2014. As exportações cresceram 18,7% no décimo mês do ano: foram 39,8 mil unidades e 33,5 mil em setembro.
Emplacamentos de veículos registram queda de 5,68% em outubro De acordo com levantamento realizado pela Fenabrave – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, com base nos emplacamentos de veículos registrados pelo Denatran no mês de outubro, foram comercializadas 292.802 unidades, entre automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros, como carretinhas para transporte. Este valor representa retração de 5,68% no comparativo com o mês de setembro, quando foram registradas vendas de 310.436 unidades. Na comparação entre os meses de outubro 2014 (442.351 unidades) e o mesmo mês de 2015, o setor teve queda de 33,81%. No acumulado do ano, a queda foi de 20,71% para todos os setores somados. Nos primeiros dez meses de 2015, foram emplacadas 3.300.400 unidades, contra 4.162.685 no mesmo período de 2014. Esse resultado está abaixo ao registrado no acumulado de janeiro a outubro de 2007 (3.366.770 unidades). Os segmentos de automóveis e comerciais leves, somados, apresentaram queda de 3,8% em outubro. Foram emplacadas 185.291 unidades, contra 192.605 em setembro. Se comparado com outubro do ano passado (291.378 unidades), o resultado aponta queda de 36,41%. No acumulado do ano, esses segmentos caíram 23,31%. Foram comercializadas 2.066.947 unidades de janeiro a outubro de 2015, contra 2.695.334 no mesmo período de 2014. Na avaliação da Fenabrave, a queda nas vendas se mantém conforme a previsão da entidade, que não acredita em uma recuperação de mercado nos dois últimos meses do ano, considerando a atual situação política e econômica do País. “Estamos enfrentando um dos anos mais complicados, tanto para o Brasil como para o setor automotivo. As concessionárias estão tendo um volume de vendas sensivelmente menor do que em anos anteriores, mas têm estruturas maiores e que se prepararam para um cenário crescente de mercado e não de retração drástica como estamos vivenciando. Assim, os ajustes estão sendo inexoráveis ao setor”, comenta Alarico Assumpção Júnior, presidente da Fenabrave.
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pesados
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Texto: Redação | Fotos: Divulgação
novidades mWm motores diesel A MWM Motores Diesel iniciou a implantação de mais um canal de venda indireta de peças de reposição, o PVA – Ponto de Venda Avançado. Por meio dele, grandes lojas de varejo, concessionárias, cooperativas e associações de compras de autopeças poderão se credenciar para a compra de peças genuínas MWM como também das outras linhas, antes exclusivas à Rede Autorizada. E, para aprimorar o acesso às informações, reestruturou a página de peças de reposição contemplando um canal de conteúdo acessível aos clientes, rede autorizada e apreciadores. Além disso, o objetivo foi facilitar o acesso e difundir conhecimento a todos que buscam informações a respeito da empresa e sua atuação no mercado de reposição (www.mwm.com.br).
continental pneus apresenta a linha contiHybrid na fenatran 2015 A linha ContiHybrid, terceira geração de pneus de carga da Continental produzida no Brasil, foi um dos destaques durante a Fenatran, realizada entre 9 e 13 de novembro, em São Paulo. Os novos modelos incorporam avançadas tecnologias que permitem a entrega de uma quilometragem superior em até 20% em relação à ofertada pelos seus predecessores e foram desenvolvidos para atender às duras exigências de ônibus e caminhões que fazem o transporte regional e de longa distância nas estradas nacionais.
iQa recebe acreditação do inmetro para certificação de eixo veicular de pesados
Volvo apresenta ônibus elétrico para produção em série
O IQA, organismo de certificação acreditado pela CGCRE do Inmetro, realiza certificação de eixo veicular, conforme a Portaria Inmetro nº 13, publicada em 10 de janeiro de 2014, que dispõe sobre certificação compulsória de eixos veiculares auxiliares para caminhão, caminhãotrator e ônibus e eixos veiculares para reboques e semireboques. Fabricantes e importadores têm até janeiro de 2016 para zerar os estoques dos produtos sem certificação. Já o comércio varejista tem prazo até janeiro de 2017, quando só poderá comercializar produtos certificados.
A Volvo Buses revela pela primeira vez seu novo ônibus elétrico na configuração 12 metros, para produção em série, durante a Bus World, que aconteceu na Bélgica em outubro. Isto significa que a linha de ônibus eletrificados da empresa está completa. O novo Volvo 7900 Electric tem operação silenciosa e livre de emissões, sendo cerca de 80% mais eficiente em energia do que a versão diesel correspondente. As vendas do novo veículo iniciam em 2016. O ônibus elétrico conceito da marca foi apresentado em junho deste ano e está em operação em Gotemburgo.
Delphi promove convenção Diesel voltada para o mercado de reposição A Delphi Soluções em Produtos & Serviços, divisão de aftermarket da empresa, realizou nos dias 26, 27 e 28 de outubro, na cidade de Campos do Jordão, interior de São Paulo, a Convenção Delphi Diesel 2015. O encontro reuniu 10 distribuidores Diesel – principais clientes da empresa no Brasil para o mercado de reposição. Durante o evento, a Delphi pôde compartilhar com seus clientes de diversas regiões do país, informações sobre estratégias, projeções para 2016 e metas de crescimento, além de anunciar lançamentos e novidades de seu portfólio.
Susin Francescutti lança comando de válvulas CO547 para reposição em caminhões A organização gaúcha Susin Francescutti passa a oferecer para o mercado de reposição mais uma variedade de comando de válvulas, o CO547 para motor Cummins série ISBe modelo Interact 6 – 5.9. A peça é fabricada em aço e tem a aplicação voltada a caminhões Ford modelos C1722e, C2422e, C2622e e C2628e; caminhões Volkswagen 17 250e e 24250e; e ao Eurocargo Tector da Iveco, modelos 170E22, 170E25, 240E25, 260E25, 230E22 e 230E24. No catálogo eletrônico é possível conferir os dados técnicos deste e de outros produtos. O download é gratuito no site www.sufran.com.br
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MAN Latin America tem a maior linha de caminhões automatizados do Brasil Com 17 veículos ofertados ao mercado brasileiro, a MAN Latin America se consolida na dianteira com a maior linha de caminhões automatizados do país. Seja nas versões V-Tronic para Volkswagen ou TipMatic na série MAN TGX, a montadora assegura opções aos clientes que buscam uma alternativa econômica e eficiente, com o melhor custo-benefício ao frotista. Outro diferencial está no consumo de combustível, que pode ser reduzido e também padronizado para toda a frota, com a troca de marchas sempre no tempo certo, sem falhas do motorista.
pesados marcopolo vende 100 ônibus para operadores de transporte de fortaleza, no ceará Os operadores de transporte urbano, rodoviário e de fretamento de Fortaleza adquiriram 100 ônibus Marcopolo dos modelos Novo Torino, Paradiso e Ideale. Os veículos serão incorporados à frota das empresas: Via Urbana, Auto Viação Dragão do Mar, Viação Metropolitana (ViaMetro), Auto Viação Fortaleza, Viação Siara Grande, Empresa São Paulo, Expresso Novo Maranguape, Viação Princesa do Inhamuns, Organização Guimarães, Maraponga Transporte e Fretcar Transporte. “Um dos diferenciais é que, a partir de agora, todos os ônibus precisam ser equipados com sistema de ar-condicionado, além de diversas inovações tecnológicas que ampliam os padrões de conforto, segurança e bem-estar dos usuários do transporte público da capital cearense”, explica Paulo Corso, diretor de operações comerciais da Marcopolo.
fras-le: novas referências em revestimento de embreagem
Iveco conquista 500 mil curtidas em sua página no Facebook
Dentro da estratégia de ampliação constante do seu portfólio, a empresa lança novas referências em revestimento para embreagens destinadas a veículos comerciais leves e utilitários das montadoras Iveco e Hyundai. A referência Fras-le RC/930 se aplica ao veículo Daily, enquanto a RA/931 aos modelos HR e o Tucson. Os mesmos veículos passam a contar também com as referências R-930 e R-931, da marca Lonaflex. Para mais informações, consulte o catálogo eletrônico no site: www.fras-le.com
mercedes-Benz lança projeto engrenar para o desenvolvimento profissional de colaboradores
A Iveco comemora a marca de 500 mil curtidas em sua página no Facebook (www. facebook.com/IvecoBr), consagrando uma estratégia de destaque nas mídias digitais. Com perfis no Twitter, Instagram e Google+, além do premiado Blog da Iveco, a visibilidade da marca nas redes sociais tem aumentado. Na página, os visitantes têm acesso a dicas de segurança, campanhas informativas, promoções e notícias. Um dos destaques da página no Facebook, que está alinhada com a estratégia de marketing da Iveco, foi a parceria com o Corinthians em 2013, quando a empresa entregou o novo ônibus “Mosqueteiro” ao time.
O Engrenar é fruto da criatividade e dedicação da turma de Trainees de 2013 da empresa e visa estimular os colaboradores no envio de suas informações profissionais, com maior frequência, para o banco de dados da área de recrutamento que mantém esse cadastro sempre atualizado. A iniciativa promove oportunidades internas de crescimento pessoal e profissional para os colaboradores de áreas produtivas e administrativas em todas as fábricas da companhia instaladas no País, inclusive na futura planta de automóveis que será inaugurada no próximo ano na cidade de Iracemápolis, em São Paulo.
raul randon é eleito o empreendedor da década
O presidente do Grupo Randon, Raul Randon, é escolhido o ‘Empreendedor da Década’ pelo Prêmio LIDE de Empreendedorismo, cuja cerimônia aconteceu durante o 6º Fórum de Empreendedores, promovido pelo LIDE e pelo LIDE FUTURO. O evento foi realizado de 13 a 15 de novembro em Campos do Jordão (SP). Hoje, mais de 60 anos depois, o empreendedor relembra com carinho a estrada percorrida até aqui, a família e os amigos, sem esquecer também dos momentos difíceis. A Randon é uma referência global, mantém parcerias estratégicas com empresas de classe mundial e exporta para todos os continentes.
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Mercedes-Benz apresenta linha 2016 No total são sete modelos de caminhões, três da estreante van Vito, três serviços de manutenção e o consórcio da própria marca Texto: Edison Ragassi | Fotos: Divulgação
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m São Bernardo do Campo (SP), a MercedesBenz apresentou em 14/10 a linha 2016 de seus modelos. Entre as novidades, a van Vito, com PBT de 3.050 kg, nos modelos furgão para transporte de cargas (Vito 111 CDI turbo diesel) e de passageiros com duas versões, Vito Tourer 119 Comfort (8+1) e Vito Tourer 119 Luxo (7+1), ambas com propulsor turbo flex. A linha do extra pesado Actros ganhou novo design e diversos itens de tecnologia. Passa a contar na versão 2651 6x4 com o motor de 13 litros OM 460 LA e 510 cv. O Actros 2646 6x4 e 2546 6x2 também recebem esse motor na opção de 460 cv. Chegam também os semipesados Atego 3030 e 3026 8x2, os primeiros da marca que saem de fábrica nesta configuração com quatro eixos, o Atego 2730 6x4 para construção civil e operações fora de estrada, e o novo médio Accelo 1316 6x2, com terceiro eixo de fábrica, veículo para 13 toneladas de PBT. A empresa também passa a oferecer o Consórcio Mercedes-Benz da própria marca para veículos comerciais. Na área de serviços, o Veloz serviço rápido em concessionários, oficinas da marca em grandes frotistas e em unidades do Posto Ipiranga. A expectativa da empresa é de que com estas novidades volte a crescer no mercado brasileiro, já
que a queda em vendas de veículos comerciais está próxima dos 50%, comparado ao ano passado.
Texto: Redação | Fotos: Divulgação
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| sindicatos
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Destaques do Nordeste Confira as novidades e informações dos sindicatos atuantes da região Sincopeças-PE Programa de Aperfeiçoamento Técnico Sincopeças-PE O Programa de Aperfeiçoamento Técnico do Sincopeças-PE comemorou a sua 6º turma formada no dia 30/10, desta vez a capacitação foi sobre Câmbio Automatizado. Na sequência aos treinamentos, a sétima turma (Sistema de Segurança) teve início em 09/11 e a oitava (Câmbio Automatizado) em 16/11. A divulgação e relevância na qualidade dos treinamentos ministrados pelo consultor automotivo Alexandre Costa geraram demanda para turmas subsequentes, sendo estimada a última etapa do programa para 2016, esta abordará como tema Injeção Direta a Gasolina. Conclusão da Missão Empresarial Internacional - Alemanha e Análise da Frota de Veículos em Pernambuco Encontro realizado no dia 23/10, no Hotel Vila Rica, localizado no bairro de Boa Viagem, reuniu empresários e gestores do segmento de autopeças, com o objetivo de conhecer o
funcionamento do mercado alemão e buscar atualização a respeito da frota de veículos em Pernambuco. Empregando como base a Missão Empresarial Internacional, realizada no período de 4 a 14 de setembro, na Alemanha, o coordenador da missão, Flávio Portela, responsável pela apresentação desse trabalho, retratou como funciona o mercado alemão, falou a respeito da competitividade, prestação de serviço e a logística germânica; e ainda sobre o cenário econômico no Brasil, apresentando estratégias para driblar a crise, entre elas a inovação. O presidente do Sindicato do Comércio de Autopeças de Pernambuco (Sincopeças- PE), José Carlos de Santana, também falou sobre a importância da Missão Empresarial Internacional e a sua aplicabilidade dentro do negócio, “mesmo sendo um comércio e uma política diferentes da nossa, há muitas estratégias que podem e já estão sendo aplicadas dentro do mercado em nossa região”, disse. E, para finalizar a reunião, o consultor automotivo Alexandre Costa exibiu um estudo atualizado sobre a frota de veículos em Pernambuco, no qual apontou os carros mais vendidos no Estado, bem como uma análise da frota por modelo, indicando os que têm maior e menor valor no negócio. Atento às tendências, Alexandre destacou e fez uma avaliação dos novos entrantes no mercado (Jeep Renegade, Hyundai HB 20, Chevrolet Onix e Honda HRV). Sistema Sincopeças/Assopeças (Ce) Seminário Automotivo do Nordeste O SSA está trazendo para a 3ª edição do Seminário uma das palestras mais requisitadas no País: “Construindo uma tropa de elite”. Falando de temas como gerenciamento de crises e administração de conflitos, Paulo Storani é um dos oficiais que serviram de inspiração para a criação do personagem Capitão Nascimento, interpretado pelo ator Wagner Moura. Consultor dos filmes Tropa de Elite e coordenador de Operação Especiais do BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais do Rio de Janeiro), Paulo Storani estabelece uma relação entre a realidade do BOPE e as atividades do mundo corporativo, com foco no que está além dos processos: o compromisso com a marca (empresa); o foco no resultado; o trabalho de equipe; a superação de limites – metas; a liderança mútua; e a auto-realização no cumprimento da missão – tarefa. As inscrições para o III Seminário Automotivo do Nordeste já estão abertas! Ligue para (85) 3206.6191 ou solicite sua inscrição pelo e-mail: educacao@autopceara.com.br. Reunião do setor automotivo com a SEUMA Em outubro, a Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (SEUMA) promoveu para os associados do Sistema Sincopeças/Assopeças (Ce), com o objetivo de capacitar os participantes sobre os procedimentos para regularizar as empresas junto à gestão municipal, a palestra “Procedimentos para Legalização das Atividades do Comércio de Peças e Serviços para Veículos”. Serrafest Automotivo 2015 Outro importante evento na região foi o 2º Encontro do Setor Automotivo das Linhas Leve e Pesada da Região da Ibiapaba, realizado nos dias 16 e 17 de outubro de 2015, no Polo de Lazer de Tianguá/Ce.
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Texto: Edison Ragassi | Foto: Divulgação
toyota lança nova geração da Hilux A picape média de 8ª geração teve o visual renovado, ganhou nova motorização e câmbios manual e automático, também recalibraram as suspensões e reforçaram o chassi
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a Argentina, em Mendoza, a Toyota reuniu a imprensa especializada brasileira, dia 5 de novembro, para mostrar a Hilux linha 2016. A picape fabricada no país portenho passou por renovação visual, as linhas foram atualizadas. A dianteira lembra o design do Corolla. No interior, novos desenho do painel e materiais de acabamento. A Toyota divulga que o motor diesel 1GD 2.8L é novo. Com quatro cilindros em linha, turbo compressor de geometria variável (TGV) e intercooler, tem 200 cc a menos que o da geração anterior (Toyota 1KD). Mesmo assim, melhorou o nível de consumo e desempenho, já que ganhou 6 cv a mais (177 cv a 3.400 rpm) de potência. No torque, o aumento foi de 22% com transmissão manual (42.8 kgfm entre 1.400 e 2.600 rpm) e um acréscimo de 25% na versão com transmissão automática (45.9 kgfm entre 1.600 e 2.400 rpm). E as transmissões de 6 velocidades, manual e automática, também são novas. Outra alteração foi que o acionamento do sistema 4X4 agora é feito por botão no lugar da alavanca. A nova Hilux 4X4 2016 só é comercializada com motor diesel, a versão flex será lançada no primeiro semestre de 2016.
Lista de preços sugeridos Hilux 2016 SRX cabine dupla Automática: ........................................................R$ 188.120 SRV cabine dupla Automática: ........................................................R$ 177.000 SR cabine dupla Automática:............................................................R$ 162.320 STD cabine dupla manual: .................................................................R$ 130.960 Cabine simples manual:.......................................................................R$ 118.690 Chassi cabine manual : .........................................................................R$ 114.860 Chassi / cabine com câmbio manual tem preço sugerido de R$ 114.860. Com cabine simples o preço sugerido é de R$ 118.690 e a topo de linha, 4X4 SRX 2.8 TDI, sai por R$ 188.120.
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RECORTE E COLECIONE
tÉcnica tabela de torque Torquímetro mod. 100300
Tabela de Conversão de Unidades de Torque (multiplique por)
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RECORTE E COLECIONE
tÉcnica tabela de torque - Torquímetro mod. 100300
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parte_ 5
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Caminhos para o crescimento do varejo de autopeças Formas de consolidação apresentadas no Fórum “Um Passo Antes do Futuro”, promovido pelo Sincopeças-SP Texto: Karin Fuchs | Fotos: Divulgação
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exemplo de vários setores que se uniram, sejam pelos modelos de associativismo, criação de redes, compras de lojas para expansão territorial ou de presença local com fusões e aquisições, entre eles, vimos isto acontecer com farmácias e supermercados, por exemplo, no varejo de autopeças o caminho não será muito diferente. Nas palavras de Francisco De La Tôrre, presidente do SincopeçasSP e vice-presidente do Sincopeças Nacional, “é fundamental para os varejistas que queriam preparar o seu negócio estarem atentos ao futuro. Eles serão afetados pelo movimento de consolidação dos concorrentes”, alertou, acrescentando que atuar neste segmento requer eficiência, investir em capacitação técnica e novos serviços. Para ele, “são desafios enormes que este mercado irá enfrentar. É preciso buscar mecanismos e acesso a capital em longo prazo”, afirmou, durante a abertura do Fórum “Um Passo Antes do Futuro”, realizado pelo Sincopeças-SP, em São Paulo, no mês de outubro, que reuniu especialistas em torno do tema consolidação. Presidente e fundador do Grupo Cherto, Marcelo Cherto, palestrou sobre os modelos de operação: voo solo ou em rede, colocando aos presentes alguns questionamentos como: lutar sozinho ou em grupo (rede)? Como tenho mais chance de dar certo? Quais são os benefícios de estar junto a outros? Em resposta, disse ele: “unir-se significa somar conhecimento e relacionamento, e aumentar o poder de barganha junto aos fornecedores. Fato é que ninguém consegue ser bom em tudo, por isso é bom fazer parte de uma rede, mas isso tem de ser feito do jeito certo”, explicou. Como exemplo, ele citou o modelo de associado, tipo franquia, em mercados em que o varejista não é forte. “A Lopes (imobiliária) implementou este modelo. Antes, ela só comercializava imóveis novos e passou a ser líder de vendas de imóveis usados. As óticas Carol é outro exemplo, todas as unidades são franquias, cada uma delas era uma ótica, e juntas elas fazem compras em conjunto e têm um marketing forte”, citou. Para as autopeças, ele disse que o empresário pode ser o criador ou cocriador de uma rede ou entrar em uma já existente. “Entre as formas estão o associativismo (muito usado no passado por farmácias), franquias, aquisição e fusão, crescimento orgânico
e as sociedades. Todas elas funcionam, desde que usadas do jeito certo. É fundamental que a rede seja corretamente estruturada e corretamente gerida. Cada vez há menos espaço para a falta de profissionalismo e os estrangeiros e as grandes redes estão chegando”, destacou. Empreendedorismo e gestão Sócio-fundador da Scripta Consultores & Associados, Danilo Saicali, falou sobre empreendedorismo a partir de uma deficiência de mercado. “Empreender é fazer uma leitura do mercado e construir uma proposta de valor que irá atender uma deficiência do mercado, o que é uma oportunidade, mas é preciso ter metodologia e o processo não se esgota”. Segundo ele, não basta apenas ter lucro. “Tem que medir o retorno que está tendo”, acrescentou, afirmando que é muito comum empresas que são administradas pelo fluxo de caixa e elas não sabem qual é o real retorno que estão tendo. “As empresas precisam ter governança corporativa, equipe alinhada e focada no objetivo. Isto faz toda a diferença para quem pratica e para preparar a empresa para o processo de sucessão”, comentou. Em relação aos riscos, ele pontuou a própria família (empresa familiar), acesso ao crédito, o operacional (racionamento de energia elétrica, por exemplo), e o risco do governo (mudanças nas regras do jogo que não permitem um tratamento igualitário para todos). “A velocidade do crescimento do lucro é inferior à velocidade de crescimento da família (membros) e, muitas vezes, há uma confusão entre o caixa da família com caixa da empresa”, alertou. Acesso ao capital com foco em crescimento Fábio Matsui, Sócio-fundador da Cypress e colíder da prática de Mercado de Capitais, levou aos presentes uma abordagem sobre as tendências do mercado que podem trazer algumas oportunidades, principalmente dos negócios de rede. “As vendas das montadoras estão caindo neste ano e a frota de automóveis crescendo a um ritmo de 7% ao ano, nos últimos dez anos. O mercado de reposição continuará a existir gerando crescimento”, expôs.
Para ilustrar, ele citou que no Brasil há uma relação de 0,19 veículo por habitante, enquanto nos países desenvolvidos ela é mais do que o dobro: 0,56 veículo por habitante. “A atratividade do mercado é o potencial de crescimento”, disse, acrescentando que no ano passado houve aumento da participação das empresas nacionais no mercado de reposição, “passando de 14% para 32%, entre 2013 e 2014, enquanto as estrangeiras reduziram a sua participação de 87% para 69%, no mesmo período”, comparou. Porém, na composição dos investimentos do setor de autopeças, a maior participação em 2014, 80%, foi de capital estrangeiro, antes, 76% em 2013. “Continua alto o investimento de capital estrangeiro. As multinacionais que dominam o mercado de montadoras continuam a investir e a tendência é que elas cheguem à reposição”, alertou, complementando que, nesta concorrência, o caminho é a consolidação. “Os dois últimos elos da cadeia, varejistas e reparadores, precisam se unir para crescerem em escala, unir-se a uma rede que tem predominância em outras regiões ou se juntar a redes verticalizadas (produtos diferentes)”, sugeriu. Ainda de acordo com ele, “a consolidação no setor de autopeças irá acontecer e quem tiver mais bem preparado surfará da melhor maneira. Quanto mais enxuta e eficiente a empresa e quanto mais ela gerar caixa, a chance de expulsar o grande (concorrente) é maior”, concluiu. Tendência que também foi defendida por Francisco De La Tôrre. “À medida que as empresas vão se profissionalizando, o número de varejos de autopeças tende a diminuir. O Sincopeças compartilha que a formação de redes vem com força no nosso segmento e o mesmo se dará no setor de autopeças. Mas isso não quer dizer que pequenas empresas não possam continuar sozinhas e competitivas”. Fato é que, segundo ele, são cerca de 2.400 modelos e marcas de veículos leves e pesados, número que tende a aumentar. “Dá para ser pequeno, com um único ponto de venda, comercializar pela internet, pelo celular... Entendemos que os que querem seguir sozinhos precisam focar em determinadas marcas. Porém, o que vemos como um movimento é um processo de concentração”, finalizou.