Balcão Nordeste ed-06

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HONDA HR-V Novo SUV da fabricante japonesa é moderno, robusto e, em pouco tempo, já chegou ao topo da lista dos mais vendidos do segmento.

ANO I

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DEZEMBRO

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www.balcaonordeste.com.br

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o QUe esperar de 2016?

Enquanto uns mercados foram mais afetados, outros conseguiram sair com um balanço menos negativo, como o setor de autopeças, que demorou um pouco mais para ser atingido pela onda negativa. No entanto, não há muito o que comemorar, principalmente quando o olhar se volta para 2016. Os cenários econômico e político no Brasil não são positivos, mas existem meios de escapar da crise. PÁG. 08

SEMINÁRIO Evento realizado pelo Sistema Sincopeças Assopeças Ceará AUTOMOTIVO (SSA), em parceria com o Sebrae Ceará, em Fortaleza, DO NORDESTE debateu as perspectivas do setor de reposição para 2016.

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Nordeste Diretor Executivo Bernardo Henrique Tupinambá Diretor Comercial Edio Ferreira Nelson

ANO I - Nº 06 - DEZEMBRO DE 2015 www.balcaonordeste.com.br Editor executivo Bernardo Henrique Tupinambá Editor-chefe Silvio Rocha (silvio.rocha@premiatta.net) Redação Simone Kühl (simone.kuhl@premiatta.net) Colaboradores Arthur Henrique S. Tupinambá / Luciana Morosini (Recife) Fauzi Timaco Jorge / Karin Fuchs / Jota Pompílio (Fortaleza) Edison Ragassi / Luciana Castro (Fortaleza) Departamento de Arte (arte@premiatta.net) Supervisor de Arte/Projeto Gráfico Fabio Ladeira (fabio.ladeira@premiatta.net) Assistente de Arte - Juan Castellanos Departamento de Audiovisual Vanderlei Vicário (vanderlei.vicario@premiatta.net) Fotografia Eduardo Portella Amorim / Estúdio Premiatta Departamento Comercial (comercial@premiatta.net) Diretor Comercial Edio Ferreira Nelson (edio.nelson@premiatta.net) Executivo de Contas Richard Fabro Faria (richard.faria@premiatta.net) Marketing / Distribuição (marketing@premiatta.net) Internet (webmaster@premiatta.net) Supervisor de Desenvolvimento Aryel Tupinambá (aryel@premiatta.net) Financeiro (financeiro@premiatta.net) Analista Financeira / Tatiane Nunes Garcia (tatiane.nunes@premiatta.net) Assistente Administrativa Stéphany Lisboa (administrativo@premiatta.net) Impressão Coan Gráfica Jornalista Responsável Silvio Rocha – MTB: 30.375

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Dezembro de 2015 / edição 06

Que venha 2016!

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rise talvez tenha sido a palavra que mais perseguiu os setores da economia brasileira durante 2015. E, deste cenário negativo, praticamente ninguém se salvou. Claro que alguns mercados foram mais afetados, enquanto outros conseguiram sair com um balanço menos negativo, como é o exemplo do segmento de autopeças, que demorou um pouco mais para ser atingido pela onda negativa. No entanto, não há muito o que comemorar, principalmente quando o olhar se volta para 2016 e o cenário econômico/político no Brasil não é positivo. Aos otimistas, existem meios de escapar da crise. Como reportagem de capa, empresários e representantes das entidades do setor falam entre outros assuntos sobre as perspectivas para o próximo ano. Prestigiando mais um importante evento, nossa equipe esteve no Seminário Automotivo do Nordeste - “Perspectivas do setor de reposição para 2016”, que discutiu os desafios empresariais e abordou alternativas para fortalecer o mercado para o próximo ano. O evento foi realizado pelo Sistema Sincopeças Assopeças Ceará (SSA), em parceria com o Sebrae Ceará, em Fortaleza, no dia 7 de dezembro. Outro ponto abordado nesta edição é a importância da motivação no trabalho, que é essencial para o bom desempenho. Como artigos, temos a “Regulação que faz bem”, que discute o coeficiente entre

as importações e a produção nacional; a “Pressão monitorada dos pneus”, que destaca algumas das novidades no programa InovarAuto; e uma pesquisa dos hábitos de consumo em compras pela internet dos recifenses. Em Perfil, a avaliação do Novo SUV da Honda, o utilitário esportivo HR-V, que mantém a tradição da fabricante japonesa, é moderno, robusto e oferece condições simples de reparabilidade. E como lançamento, o Cobalt 2016, da Chevrolet, que tem como característica amplo espaço interno e grande porta-malas, além de um novo visual. Como Dica Técnica, trazemos o passo a passo da troca da correia auxiliar nos veículos: Gol 2010, 1.0, Geração V, e Voyage Comfortline 1.6, 2010, realizado pela Dayco, que alerta para o cuidado na hora de montagem, pois depois de aplicada não é possível remontá-la. E a Fenauto, junto com o Denatran, apresenta os índices de vendas de seminovos e usados em outubro no Brasil e nos estados do Nordeste. E, é claro, não poderíamos esquecer uma importante data, o Dia do Mecânico, comemorado em 20 de dezembro. Para este grande profissional, trazemos um Caderno Especial, onde empresários e reparadores traçam um cenário do presente e futuro das oficinas mecânicas/centros de reparação e da profissão. Boas festas e até ano que vem!

O Editor

Tiragem: 20 mil exemplares Os anúncios aqui publicados são de responsabilidade exclusiva dos anunciantes, inclusive com relação a preço e qualidade. As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. Balcão Nordeste Automotivo é uma publicação mensal da Premiatta Editora Ltda. com distribuição nacional dirigida aos profissionais automotivos e tem o objetivo de trazer referências ao mercado, para melhor conhecimento de seus profissionais e representantes.

DESTAQUES DA EDIÇÃO PÁG. 25

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COBALT 2016 O sedã compacto, da Chevrolet, passou por profundas modificações visuais, mas não recebeu mudanças na arquitetura e trem de força.

em processo de filiação

MOTIVAÇÃO Importante para o bom desempenho no trabalho, consultor explica o que o colaborador e a empresa devem fazer para melhorar nesse quesito.

Apoios e parcerias

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DICA DAYCO

PREMIATTA EDITORA LTDA TEL (11): 5677.7773 CONTATO@PREMIATTA.NET JORNAL BALCÃO NORDESTE AUTOMOTIVO RUA ENGENHEIRO JORGE OLIVA, 111 - TÉRREO CEP 04362-060 - VILA MASCOTE - SÃO PAULO - SP

Empresa demonstra como deve ser a substituição da correia auxiliar em dois veículos, que apresentam diferença na quantidade desses itens.

INDICATIVOS Fenauto e Denatran divulgam os dados referentes às vendas de veículos seminovos e usados em outubro no País e em cada estado do Nordeste.

Fotos Capa: Estúdio Premiatta / Divulgação*



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reGUlaÇÃo QUe faZ BeM... Texto: Fauzi Timaco Jorge*

corrente tipicamente monetarista, estabeleceu a Teoria Quantitativa da Moeda, tal que MV = PY onde M é a quantidade de meios de pagamento, definidos por papel–moeda em poder do público mais os depósitos à vista, do público, nos bancos comerciais – conhecido por M1 –, V é a velocidade de circulação da moeda, P é o nível geral de preços e Y é a quantidade de bens transacionados. Pois bem... Do lado esquerdo desta equação, temos a representação dos pagamentos; do lado direito, tem-se os recebimentos. Portanto, não há o que discutir: os pagamentos são iguais aos recebimentos. Uma verdade absoluta. O V naquela equação significa quantas vezes uma unidade monetária faz pagamentos no conjunto da atividade econômica. Assim, um indivíduo passa num caixa automático e retira algum dinheiro de sua conta corrente; em seguida, 1) passa no posto mais próximo e coloca R$100 de combustível no seu veículo; 2) o dono do posto paga o caminhão que está ali, enchendo seus depósitos; 3) o motorista entrega esta nota ao entreposto da bandeira; 4) o entreposto efetua o pagamento do ordenado de seu frentista, depositando esta cédula na conta corrente empregado, ali no sistema financeiro. Neste rústico exemplo, esta mesma unidade monetária fez 4 pagamentos, desde que saiu do banco e a ele retornou. Assim, não precisamos de muitos meios de pagamento para suportar todas as transações econômicas. No caso brasileiro, temos um total de meios de pagamento da ordem de R$316 bilhões, conforme relatório recente do Banco Central, para um PIB da ordem de R$5,593 trilhões. Logo, V é algo como 17,7 vezes, ou seja, cada unidade monetária faz 17,7 pagamentos. Reparou que o PIB é o lado direito desta equação? Então, já temos condições de raciocinar sobre a condição para a emissão de moeda. Nesta relação, Y seria a quantidade de bens produzidos na economia e P os preços praticados, lembra? A velocidade V é altamente dependente dos hábitos da população e, portanto, relativamente constante. Logo, se V e Y são constantes, aumentos de M provocarão necessariamente variações de P. Em outras palavras, a expansão dos meios de pagamento provoca elevação de preços. Qual é, então, a condição ideal? É quando há uma expansão de Y. Com isso, mantidos os preços P e inalterada a velocidade V, M pode – e deve! – se expandir também. Por isso é imperativo crescer com a produção de bens e serviços, ou seja, haver crescimento da Produção Nacional (o PIB é uma das formas de mensuração desta produção, ao lado do PNB – Produto Nacional Bruto, mais utilizado por economias que recebem muita renda do exterior). Vamos fazer um exercício? Se Y se expandir 2%, irá para R$5,705 trilhões. Portanto, mais R$112 bilhões de transações brutas. Com expansão de M nestes mesmos 2%, passará para R$322,3 bilhões, ou seja, teremos mais R$6,3 bilhões à disposição das autoridades monetárias – Banco Central – para a condução da política monetária, formando reservas ou mesmo emprestando para o Governo. Aplicando velocidade V de 17,7 ao novo nível de M, teremos algo muito próximo dos R$5,705 trilhões, notou? Neste caso, P é igual a R$1, que se manterá assim, sem sofrer o impacto deste aumento de M. Recessão é algo prolongado, doentio, gerado por falta de liderança, de entusiasmo... O espírito animal não só dos empresários, mas de todos nós, consumidores, se ressente da perda de poder aquisitivo provocada pela existência de M maior do que o que deveria existir para o nível de produção. Isso significa inflação. Nada mais do que uma alta generalizada de todos os preços. Que acaba assumindo ares de “inflação inercial”: um repasse aos preços de hoje em função do aumento dos preços ocorridos ontem. Para romper este processo, é necessário um choque que não necessariamente precisa ser econômico, heterodoxo. Basta um choque de credibilidade, de confiança nos agentes econômicos, de injeções gradativas de otimismo, de verdadeiros incentivos em Formação Bruta de Capital Fixo, em atividades que serão geradoras de emprego e de renda. É nestes momentos que os valores pessoais vêm à tona, sobrepujando-se a interesses políticopartidários. É quando a liderança mais se faz necessária.

*Economista, escreve regularmente nesta coluna e pode ser acessado pelo e-mail fauzi@balcaoautomotivo.com.br

Foto: Divulgação

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magine uma sala com uma única porta de acesso e uma única janela para o mundo exterior. Se se fechar a janela, não haverá circulação de ar por ali, não é mesmo? Para que o ar circule, é preciso deixar a porta aberta e também a janela aberta. O capital estrangeiro, de qualquer forma, ou seja, tanto para investimento de risco em atividades produtivas, como para aplicações na Bolsa ou em títulos da dívida pública ou, ainda, em mera especulação financeira – que significa uma busca de elevados ganhos com alto risco –, é como o vento: ele só entra se puder sair. Uma rápida olhadela por esta sala e você vê ali produtos nacionais às pencas: televisores e equipamentos de som “produzidos” em Manaus, relógios e objetos de decoração idem, móveis da Ornare italiana “produzidos” em Cotia – SP... E veja! Do lado de fora, na garagem, tem um carro Fiat! Seus mostradores trazem produtos da Jaeger italiana! Os pneus são de um novo fabricante da Coréia do Sul e... Tá cheio de partes e peças importadas da Argentina, do México e de outros países! Existe um coeficiente de importações do qual economia nenhuma num mundo globalizado pode fugir. Isso significa que quando aumenta a produção “nacional”, aumentam também as importações de partes, peças, componentes, matéria–prima e mesmo produtos acabados. Não há porque ser autossuficiente em um mundo em que a escala de produção dita a regra do jogo. Querer fabricar circuitos integrados no Brasil é sonho de alguns acadêmicos da área de engenharia, física, computação e outros campos do saber. Querer produzir memórias RAM no território nacional para atender ao mercado interno é um verdadeiro suicídio empresarial! Dificilmente nossos preços serão competitivos com os preços destes insumos estrangeiros. Sem a formação de uma carteira de exportação uma nação não consegue divisas – moedas estrangeiras de livre circulação – indispensáveis à aquisição destes insumos importados. Os hospitais que foram modernizados neste solo tupiniquim, para fins de uma indispensável certificação, são equipados com mobiliário, instrumentos e até mesmo aplicativos totalmente importados. As indústrias que abastecem o mercado mundial só são competitivas graças a processos industriais que são moldados por bens de capital e aplicativos produzidos por outras nações. O equilíbrio das contas públicas esbarra na enorme despesa com juros sobre os títulos da dívida pública, que gira em torno de R$2,6 trilhões, ou algo como metade de tudo o que se produz neste país em um ano. A cada bilhão que é cortado num orçamento – e não de fato! – tem–se outro tanto aumentado pela necessidade de atração de capitais estrangeiros para a compra destes papéis, via aumento da remuneração rentista. Dá pra sentir a importância de um concerto, ou seja, de um total entrosamento entre as políticas e práticas macroeconômicas? Algumas variáveis se contrapõem por natureza: aumento de juros dificulta o investimento sem o que não se tem aumento de produtividade e, sem isso, não há crescimento da produção e, daí, não se requer ampliação da força de trabalho que, sem emprego, não tem renda e, sem renda, não irá consumir e, sem consumo, não há porque investir e, sem investimento... Aí está o círculo vicioso da pobreza. A saída? O Brasil praticou, há algumas décadas, choques heterodoxos para interromper este círculo vicioso e partir para um círculo virtuoso. Isso requer um grande entendimento nacional. Caso contrário, será apenas mais um pacote. Atrevo–me a dizer que este país tem hoje um precedente de ordem microeconômica a resolver: como tornar os agentes econômicos senhores absolutos da ação econômica. Em outras palavras, como indivíduos e empresas podem exercer, com autonomia, sua função de provedores de fatores de produção e, do outro lado, de bens e serviços, além de serem eles mesmos os poupadores e os investidores. Isso porque a mensuração ocorre ex post [após o fato]. As metas são estabelecidas ex ante [antes do fato]. Os tentos que vão determinar o resultado do jogo fazem parte do processo. É o durante. Nesta analogia, a mensuração é a macroeconomia; as metas são os objetivos traçados por todos os participantes no processo; dar o melhor de si é função dos jogadores, devidamente preparados e municiados para isso. Em tempos bicudos, é dedicar menos tempo ao “Preparar... Apontar... Fogo!” e mais ação direta do tipo “Fogo! Fogo! Fogo!”. Vejamos como tudo isso que foi dito até aqui impacta na atividade econômica. O pessoal da Escola de Chicago, com Milton Friedman e outros, conhecidos por representarem uma



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QUais as perspeCtiVas para 2016? Os cenários econômico e político no Brasil não são positivos, mas existem meios de escapar da crise Texto: Luciana Morosini* | Fotos: Divulgação

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rise talvez tenha sido a palavra que mais perseguiu os setores da economia brasileira durante 2015. E, deste cenário negativo, praticamente ninguém se salvou. Claro que alguns mercados foram mais afetados, enquanto outros conseguiram sair com um balanço menos negativo. O setor de autopeças se encaixa no segundo caso porque demorou um pouco mais para ser atingido pela onda negativa. Porém não há muito o que comemorar, principalmente quando o olhar se volta para 2016 e o que se consegue enxergar, por enquanto, não é nada muito animador. Mas, ainda assim, nem tudo é pessimismo e existem formas de deixar o próximo ano menos difícil. O problema no Brasil é uma questão conjuntural. Há uma crise econômica muito forte agravada por uma crise política de igual proporção. E a tendência não é de melhora nos próximos meses, principalmente por conta

marcelo Barros, economista e professor da Faculdade Boa Viagem, no recife

da abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, que deixa a economia do País ainda mais instável. “Economia rima com certeza e previsibilidade e hoje o que temos é justamente o contrário”, afirma Marcelo Barros, economista e professor da Faculdade Boa Viagem, no Recife. As incertezas econômicas e políticas acabam afetando o planejamento do segmento e é senso comum que mudanças nesse panorama precisam acontecer para que o setor volte a investir. “Está cada dia mais difícil planejar os próximos passos em nosso País, porém continuaremos acreditando que, com mudanças rápidas no ambiente político conseguiremos voltar a acreditar e investir de maneira mais planejada, sem surpresas da nossa economia”, ressalta Flávio Portela, gerente geral de Vendas da SK Automotive, que tem nove filiais no Nordeste.

Flávio portela, da sK automotive


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ranieri Leitão, presidente do sincopeças Brasil

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erivelton moura, presidente do sincopeças-pi

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césar garcia, da autofort

Cenário pouco animador Esse cenário negativo tem afetado praticamente todos os setores produtivos do Sobre o fechamento de 2015 com o mercado tão instável, o que esperar para o País, gerando uma onda de desemprego de ampla proporção. De janeiro a outubro próximo ano? As perspectivas, inicialmente, não são das melhores. “Em 2016, deve de 2015, foram fechadas 818.918 vagas de empregos com carteira assinada, de permanecer o quadro de dúvida nos cenários econômico e político”, acredita Erivelton acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Moura, presidente do Sincopeças do Piauí. E esta perspectiva deve influenciar no Ministério do Trabalho. Esta foi a primeira vez que o saldo entre as contratações e setor. “Entendo que o primeiro semestre de 2016 será bem complicado, toda a cadeia demissões foi negativo para o acumulado dos dez primeiros meses do ano desde o continuará sofrendo. Sem falar que tem muita empresa que, infelizmente, não irá início de série histórica da pesquisa, em 2002. suportar e fechará. E isso vale para a indústria, distribuidor, varejo e serviço. Mas O agravamento da recessão e o número alarmante no fechamento de vagas de espero que as coisas comecem a tomar um rumo e o empregos formais afetaram diretamente o bolso do mercado comece a reagir no segundo semestre”, atesta consumidor, que perdeu o poder aquisitivo. E foi quando César Garcia, diretor financeiro da Autofort, que tem a este momento se agravou que o setor de autopeças matriz em Fortaleza e uma filial em Teresina (PI). começou a sentir de fato os efeitos da crise. Até o meio De toda forma, nem tudo é negativo, principalmente do ano, praticamente todo o segmento de autopeças O importante é procurar melhorar a para os que conseguem enxergar na crise uma não tinha do que reclamar, já que nadava contra a maré gestão das empresas para se adequar oportunidade para crescer. “A crise tem sido uma do momento negativo que o País vivia. Isso porque os ao novo momento. Se fi car só pensando oportunidade para o mercado de reposição, já que consumidores, com menor poder aquisitivo e inseguros em cortar custos, não vai resolver nada. o consumidor está mais preocupado em manter seu com o futuro, começaram a evitar a compra do carro Tem que melhorar o cadastro de clientes, veículo em bom estado de conservação, indo contra o zero quilômetro e, em contrapartida, passaram a investir focar na qualidade da averiguação que acontecia há alguns anos, quando o cliente chegava na reforma do seu veículo usado. cadastral deles e motivar as equipes de a trocar o carro antes de substituir o jogo de pneus. Claro “Essa primeira onda fez com que os clientes trabalho. Fazer consultorias através de que poderíamos ter tido um resultado um pouco melhor resolvessem ficar mais tempo com seus carros. Mas, especialistas em recursos humanos e não em 2015 se o cenário político e financeiro estivesse no segundo momento, o setor de reparação também levar em conta que isso é um custo a mais estável”, diz Aldo Belém, gerente geral Comercial foi afetado porque houve um enfraquecimento ainda mais e, sim, um investimento porque gera do Centro Automotivo Gerardo Bastos, de Fortaleza-CE. maior do poder aquisitivo e os consumidores deixaram uma energia bem melhor. Para Leandro Machado, gerente Comercial da Auto de cuidar até mesmo do automóvel usado”, explica Peças Padre Cícero, também de Fortaleza-CE, o setor Marcelo Barros. não foi dos mais afetados. “Mesmo com toda turbulência O setor sentiu os efeitos negativos. “Fomos o Ranieri Leitão, presidente do Sincopeças Brasil financeira no nosso País, não podemos reclamar. Claro último mercado a entrar na crise porque, enquanto que o faturamento caiu um pouco em 2015, mas acredito houve a queda das vendas de veículos novos, que em relação a outros segmentos, estamos com o estávamos bem, gerando um saldo positivo de 5,8% saldo positivo e a expectativa é que a nossa empresa até julho. Mas, de agosto para cá (primeira semana de deve fechar 2016 com crescimento de 18% em relação a 2015”, ressalta. dezembro), houve uma baixa muito grande e algumas empresas registraram uma O que se acredita é que o ano de 2016 vai ser diferente principalmente para os queda de 20% nas vendas em novembro deste ano em relação ao mesmo mês que não se deixam abater pela crise e investem, de alguma forma, no próprio negócio. de 2014”, ressalta Ranieri Leitão, presidente do Sincopeças Brasil. Segundo ele, Para Ranieri Leitão, quem quer fazer um 2016 diferente, deve começar a trabalhar outro fator que influenciou negativamente o setor foi a inadimplência, que chegou desde já. E, para ele, é possível ter uma perspectiva menos negativa para o próximo a triplicar no segundo semestre.


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aldo Belém, do centro automotivo gerardo Bastos, de Fortaleza-ce

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Leandro machado, da auto peças padre cícero, de Fortaleza-ce

ano, desde que algumas ações sejam tomadas. “O importante é procurar melhorar a gestão das empresas para se adequar ao novo momento. Se ficar só pensando em cortar custos, não vai resolver nada. Tem que melhorar o cadastro de clientes, focar na qualidade da averiguação cadastral deles e motivar as equipes de trabalho. Fazer consultorias através de especialistas em recursos humanos e não levar em conta que isso é um custo a mais e, sim, um investimento porque gera uma energia bem melhor”, reforça o presidente do Sincopeças Brasil.

José carlos de santana, presidente do sincopeças-pe

A tese é corroborada por José Carlos de Santana, presidente do Sincopeças de Pernambuco. “Os economistas e o mercado fazem todas as projeções negativas, mas no nosso segmento é diferente. Eu sou mais positivo em relação aos que, mesmo com a crise, conseguiram se organizar. Tenho melhores perspectivas em relação às empresas mais estruturadas, e não necessariamente financeiramente, mas em relação à prestação de serviço com qualidade, preço competitivo, equipe qualificada e estoque ajustado”, conclui. Ou seja, apesar das perspectivas negativas, é possível enxergar uma luz no fim do túnel para o setor de autopeças”.



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ColaBoradores e Clientes deVeM faZer a diferenÇa para o sUCesso eM 2016 Durante o Seminário Automotivo do Nordeste, líderes do setor discutiram sobre os desafios empresariais para o ano que vem Texto: Luciana Castro | Fotos: Divulgação

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unto com o final de ano chega o momento de fazer balanços e traçar estratégias para a nova fase. Com o objetivo de discutir alternativas e fortalecer o mercado para o ano que vem, o Sistema Sincopeças Assopeças Ceará (SSA), em parceria com o Sebrae Ceará, promoveu em Fortaleza, no dia 7/12, o Seminário Automotivo do Nordeste com o tema “Perspectivas do setor de reposição para 2016”. O presidente do SSA, Ranieri Leitão, declarou que o evento é uma forma de reunir os empresários para um diálogo dinâmico com o propósito de trocar experiências e encontrar novas possibilidades de atuação. “Precisamos potencializar nossas ações para manter o mercado do nosso lado nesse momento da economia”, afirma. O trabalho em conjunto e a cultura de cooperação também são diretrizes indicadas pelo Sebrae. “Um seminário como este, específico para o setor, é um momento ímpar em que as pessoas podem ver o que há de novidade e se sensibilizar para melhorias contínuas”, explica o consultor da instituição, Felipe Cidrão. Simone de Azevedo, diretora Comercial e sóciaproprietária da Mobensani, defende que a informação atualizada deve fazer parte da rotina de todos os funcionários da empresa, desde a diretoria até o vendedor que atende o consumidor final no balcão da loja. De acordo com a diretora, que palestrou sobre a valorização da mão de obra, “informação é poder”. É o que dá segurança para os profissionais atuarem de forma decisiva nesse momento da economia, que para ela é de oportunidades.

com o propósito de discutir alternativas e fortalecer o setor para o ano que vem, o evento reuniu alguns dos principais nomes do aftermarket automotivo brasileiro

“Temos que aproveitar a alta do câmbio e mostrar o valor do produto nacional. É hora de levantar da cadeira e fazer a diferença, deixando o nosso colaborador bem informado e seguro, para fazer uma venda melhor, mais sólida e fidelizar o cliente”, conta. Para Marcos Bezerra, o momento é favorável para o ramo de reposição. “Nosso negócio é perene, manutenção é algo contínuo. A crise pode ser uma oportunidade, vai depender de como vamos encarála”, diz o diretor Comercial da Bezerra Oliveira. Crescimento nas vendas Desde o início do ano, o País vem enfrentando

um cenário econômico de juros mais altos, crédito caro, aumento da inflação e retração do consumo. O que tem levado consumidores a adiarem a troca por modelos zero quilômetro e aumentado a procura pelos seminovos e usados. De acordo com dados da Federação Nacional das Associações do Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto), no primeiro semestre deste ano, o Nordeste apresentou crescimento de 6,5% no número de vendas em relação ao mesmo período de 2014. “Os seminovos vão precisar de mais manutenção e essa é a hora de treinar a equipe, descobrir o foco do cliente e fidelizá-lo. 2016 vai ser o ano para

o Balcão nordeste automotivo esteve presente no evento com a distribuição de jornais aos participantes



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marcar o nome da sua empresa no setor e na mente do cliente. É a chance de unir o segmento. Juntos somos mais fortes, se nós brigarmos e perdermos força, existem grandes grupos multinacionais de olho no nosso mercado”, analisa Pedro Scopino, proprietário da Auto Mecânica Scopino, de São Paulo (SP). Diversificar os negócios com diferentes nichos de setor e aumentar a busca por inovação tecnológica são as dicas do diretor nacional de Vendas, Marketing e Promoção da Mahle, Edvaldo Sousa. No painel sobre as perspectivas do mercado de reposição para o ano que vem, ele ressaltou a capacidade de produção brasileira. “É preciso retomar a confiança no País. A nossa enorme capacidade de produção é a forma mais barata para estimular a economia”, disse. Traçar uma estratégia adequada para o público específico da empresa, alinhá-

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la com os colaboradores e manter o foco no cliente. Para Marco de Luca, diretor de Vendas da Valeo, essas iniciativas levarão os empresários ao sucesso no ano que vem. “A crise traz ajustes inevitáveis, mas o brasileiro tem uma capacidade natural de superação. O cliente agora está mais atento, mais exigente. Consequentemente, você tem que melhorar seu serviço para ter destaque. Essa é a ocasião em que se separam as empresas sérias das que estavam apenas aproveitando o bom momento da economia”, pontua. A terceira edição do seminário, com público de 193 participantes, foi encerrada com a palestra “Construindo uma tropa de elite”, proferida por Paulo Storani, ex-capitão do BOPE e que serviu de inspiração para o Capitão Nascimento, personagem do ator Wagner Moura nos filmes Tropa de Elite 1 e 2.

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Crescer é possível Em parceria com o Sebrae, entidade realiza seu último workshop do ano Texto: Redação | Fotos: Divulgação

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ncerrando um ciclo de três seminários “Crescer é Possível”, destinado ao setor automotivo, o Sebrae Recife, em parceria com o Sincopeças – PE, realizou o seu último workshop do ano no dia 19 de novembro, no auditório do Sebrae, localizado na Ilha do Leite, reunindo mais de 250 profissionais da área, além de diretores do Sebrae, Senac, Senai e Fecomercio. O evento contou com duas palestras, a primeira ministrada pela consultora Empresarial e Coach Eugênia Miranda, a qual apresentou aos participantes o Projeto Automotivo do Sebrae, bem como a sua metodologia aplicada, em que utilizou a ferramenta PSGQ (Programa Sebrae de Gestão da Qualidade). Em seguida, o executivo, administrador de empresas especializado em Marketing, com MBA em Planejamento e Gestão, formado em Coach e professor universitário,

Antônio de Pádua, conduziu a segunda palestra abordando a alta performance profissional, ressaltando a importância da formação e aperfeiçoamento pessoal na busca pela produtividade e melhoria de resultados. Na ocasião, o consultor automotivo Alexandre Costa intermediou uma mesa redonda, composta por dois empresários do segmento, Marcos Santana, (gerente de Operações do Grupo JHM) e André Leandro (diretor da Dampeças), onde foi proposto um intercâmbio de ideias. O auditório também participou fazendo perguntas e pontuando diversas questões do segmento. Os seminários tiveram como principal objetivo elucidar os empreendedores e profissionais da região sobre como aproveitar o aquecimento no segmento em meio à crise, usando como fundamento estudos, estratégias e expertise de profissionais no ramo.

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a tradição oriental Novo SUV da Honda mantém a tradição da fabricante japonesa, ele é moderno, robusto e oferece condições simples de reparabilidade Texto: Edison Ragassi | Fotos: Estúdio Premiatta

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m maio, a Honda Automóveis lançou no mercado nacional o utilitário esportivo HR-V. O modelo caiu nas graças do consumidor e, em pouco tempo, chegou ao topo da lista dos mais vendidos do segmento. Equipado com propulsor i-VTEC 1.8L 16V FlexOne, o mesmo do sedã Civic recalibrado, com potência de 139 cv a 6.300 rpm e torque de 17,44 kgfm a 5.000 rpm ao utilizar etanol. Com gasolina chega a 140 cv a 6.500 rpm e 17,34 kgfm a 4.800 rpm de torque. O bloco e cabeçote são de alumínio. No sistema de auxílio para a partida a frio há vela aquecedora, por isso não tem o reservatório de gasolina. “O espaço no cofre do motor é bom. As velas com bobinas individuais, filtros, correia Poly V, são de fácil acesso”, avalia, Roberto Montibeller, do Centro Automotivo High Tech, localizado na Oeste de São Paulo. São duas opções de transmissão, manual de 6

MOTOR

i-Vtec 1.8L 16V Flexone, o mesmo do civic recalibrado, com potência de 139 cv a 6.300 rpm e torque de 17,44 kgfm a 5.000 rpm ao utilizar etanol

velocidades e automática CVT (Continuously Variable Transmission – Transmissão Continuamente Variável). O sistema de direção é MA-EPS (Motion Adaptive Electric Power Steering). Ele interpreta o movimento do motorista favorecendo ou enrijecendo o esterço da direção quando o carro começa a sair da trajetória em uma curva, o que auxilia na retomada do controle do veículo. A suspensão dianteira é independente tipo McPherson, na traseira utiliza barra de torção. “As molas e amortecedores, tanto na dianteira quanto na traseira, não oferecem dificuldades para substituição e as ferramentas são de uso comum em uma oficina”, fala ele. Os freios são a discos nas quatro rodas, ventilados na dianteira e sólidos na traseira. “A substituição dos discos e pastilhas não exige ferramentas específicas do carro”, diz Roberto. Toda a linha HR-V traz de série o controle de tração e estabilidade VSA (Vehicle Stability Assist), HSA (Hill Start Assist), assistente de partida em rampa, que mantém o veículo freado


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Ficha técnica

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VELAS

CÂMBIO

ALTERNADOR

as velas do motor Honda utilizam bobinas individuais, elas devem ser testadas antes da substituição

no Honda Hr-V a fabricante utiliza a transmissão continuamente variável cVt, deve-se ter atenção com a especificação do óleo lubrificante

o alternador é de fácil acesso, também não há dificuldades para substituir a correia poly V

FREIO DIANTEIRO

SUSPENSÃO TRASEIRA

FILTRO DE COMBUSTÍVEL

os discos de freios dianteiros são do tipo ventilado, não há dificuldades para substituí-los, assim como as pastilhas

o sUV da fabricante japonesa utiliza sistema com barra de torção, molas helicoidais e amortecedores

por questões aerodinâmicas, o tanque é central e o elemento filtrante de combustível é colocado próximo

Honda HR-V Motor Modelo: 1.8 16V SOHC i-VTEC FlexOne Tipo: Transversal Número de cilindros: 4 em linha Potência: 139 cv a 6.300 (E)/ 140 cv (G) a 6.500 rpm Torque: 17,3 kgfm a 4.800 (G)/ 17,4 kgfm a 5.000 rpm (E) Número de válvulas: 16 (4 por cilindro), comando variável Transmissão Tipo: Manual de 6 velocidades/ Automática CVT Direção Tipo: com assistência elétrica progressiva (MA-EPS) Freios Dianteiro: Discos ventilados Traseiro: Discos sólidos Dimensões Comprimento: 4.294 mm Distância entre eixos: 2.610 mm Largura: 1.772 mm Capacidades Volume do porta-malas: 437 litros Capacidade do tanque de combustível: 51 litros

por alguns segundos para auxiliar a saída em aclives, pneus 215/55 R17, rodas de 17” com design esportivo, nas versões com câmbio CVT. Também é o primeiro veículo produzido no País a trazer freio de estacionamento eletrônico (EPB) e sistema Brake Hold de série. Se o motorista acionar o freio e mantiver o carro parado por um longo período, como em um congestionamento, o controle elétrico do freio de estacionamento é automaticamente ativado, mesmo que o condutor tire o pé do pedal, o veículo permanece freado e, ao acelerar, o freio é automaticamente liberado. A versão de entrada LX com câmbio manual tem preço sugerido de R$ 73.700 e R$ 79.700 (CVT). A EX CVT custa R$ 84.700 e a EXL CVT sai por R$ 92.900. colaborou: Honda automóveis

FREIO TRASEIRO

o sistema de freio traseiro é a disco sólido, o de estacionamento tem assistência elétrica, motores impulsionam as pinças

Para assistir em breve a análise técnica deste veículo, acesse nosso portal: www.ctra.com.br


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tÉCniCa

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Texto: Simone Kühl | Fotos: Divulgação

dayco orienta como realizar a troca da correia auxiliar Importante estar atento à correta substituição das correias, porque depois de aplicadas não é possível remontá-las

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ara mostrar como é o processo de troca em dois diferentes veículos, que seguem os mesmos procedimentos, mas com diferença na

davi cruz, da dayco

quantidade de correias, o supervisor técnico OE e AM da Dayco, Davi Cruz, realiza a substituição e orienta as atenções necessárias.

Substituição da correia A troca da correia auxiliar do veículo é recomendada a cada 60.000 km. Para isto, o técnico orienta a realização de uma inspeção a cada 20.000 km para verificar seu estado e fazer a troca se necessário, ou após completar 60.000 km. As correias que apresentam necessidade de troca podem ser identificadas pelas estrias, por estarem desfiadas, sinais de resíduos e fuligem. “É importante destacar que em São Paulo as condições de trânsito são severas, por isso é preciso estar atento ao seu estado”.

para a correia elástica é o fio principal. “O fio da correia convencional é de poliéster, flexível, só que não estica, já na correia elástica os fios se chamam cordonéis, feitos de poliamida, a correia estica e absorve os picos de carga do motor”. O fio de poliamida, de acordo com o técnico, tem alongamento e não precisa de um tensionador para esticar a correia. “A correia com poliamida elimina o

Tipos de correias A diferença da correia convencional

tensionador, consequentemente o motor fica mais leve, consome menos e também polui menos”. Para a troca as correias utilizadas nos automóveis, Gol e Voyage, foram Ela Belt, desenvolvidas para sistemas compostos de 2 a 4 polias que não necessitam da utilização de tensionador automático.

passo a passo da troca da correia auxiliar no veículo Gol 2010, 1.0, Geração V 01- Retirar a roda dianteira direita do veículo.

03 - Cortar a correia com um alicate. Obs.: Pelo estado das correias, pode-se identificar a necessidade de troca devido ao mau estado, as correias estavam desfiando, além da presença de resíduos e fuligem. É importante também verificar o estado das polias.

velas de ignição, pois o motor ficará sem pressão de compressão, facilitando a troca da correia. Obs.: Quando for trocar a correia confira se as polias estão em bom estado e se necessitam também de uma troca.

1 02 - Após, tirar a capa protetora do paralama para facilitar o acesso às correias.

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04 - Para iniciar a montagem da nova correia é recomendado retirar os cabos e

com o auxílio da ferramenta e dê três voltas com a ferramenta adequada para encaixar a correia. Sem a ferramenta é perigoso rasgar os ribes das estrias da correia. A ferramenta é descartável. Obs.: O auxílio da ferramenta contida na embalagem é importante para o profissional, pois ajuda a empurrar a correia e ao virar com a ferramenta apropriada, a correia atingirá a estria interna e estará encaixada.

4 05 - Em seguida, colocar a nova correia. Utilize a ferramenta que vem na embalagem da correia. Posicione a correia no alternador

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tÉCniCa Obs.: Pois após estar encaixada e, em funcionamento, não é possível montá-la novamente, pois já está esticada, caso a montagem tenha sido incorreta, o profissional irá perder a correia e precisará de uma nova.

07 - Após colocar a correia, recoloque as velas de ignição e ligue o carro para conferir se a correia está perfeita na canaleta da polia.

08 - Recoloque o paralama e roda do veículo para finalizar o procedimento.

5b 06- Verifique se a correia está posicionada corretamente.

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passo a passo da troca da correia auxiliar no veículo Voyage Comfortline 1.6, 2010 01 - Para iniciar a troca da correia o procedimento é o mesmo do veículo Gol. Retire a roda dianteira direita do veículo e, em seguida, a capa protetora do paralama.

Obs.: No veículo Voyage, que é completo com ar-condicionado, existem duas correias de tamanhos diferentes, é preciso trocá-las em conjunto.

03 - Após remoção das correias velhas, retire os cabos e velas de ignição e inicie o processo de montagem.

05 - Em seguida, coloque a correia maior com o auxílio também da ferramenta descartável e com três voltas encaixe a correia. Depois de aplicada a correia, não é possível reaplicá-la.

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1 02 - Com um alicate, corte as duas correias presentes no veículo. A correia menor está no ar-condicionado e a maior no alternador e direção hidráulica.

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04 - Primeiro, coloque a correia menor instalada no ar-condicionado com o auxílio da ferramenta contida na embalagem e de uma ferramenta tipo gancho que também vai na embalagem, e dê três voltas com a ajuda de uma ferramenta apropriada para encaixála corretamente. Obs.: A ferramenta tipo gancho na embalagem da correia menor é necessária para instalar a correia, sempre verifique a posição do gancho antes de colocar a correia, esta ferramenta também é descartável.

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5 06 - Recoloque as velas e cabos de ignição e ligue o carro para verificar o perfeito funcionamento e depois coloque a roda e paralama do veículo para encerrar o procedimento.

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notas

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Texto: Redação | Fotos: Divulgação

indústria automobilística divulga seus resultados de novembro De acordo com o balanço da Anfavea, Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, houve uma diminuição de 25,2% no licenciamento de autoveículos no acumulado do ano com 2,34 milhões de unidades em 2015 e 3,12 milhões no ano passado. O setor automotivo também apresentou contração de 33,8% nas vendas em novembro de 2015 contra o mesmo período do ano passado - foram 195,2 mil unidades e 294,7 mil, respectivamente. Sobre o total de emplacamentos registrados, a Fenabrave, Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, divulgou que no mês de novembro o número foi 6,38% maior que em outubro deste ano. Ao todo, foram comercializadas 311.477 unidades, contra as 292.791 unidades em outubro. No entanto, se comparado com novembro do ano passado (420.945 unidades), houve queda de 26,01%.

Laboratório Químico do IQA amplia oferta de análises em aditivo para radiador O IQA, Instituto da Qualidade Automotiva, ampliou a oferta de análises em aditivo para radiador de veículo no Laboratório Químico do Instituto, localizado no Parque Tecnológico de Sorocaba-SP (PTS). A entidade também oferece ensaios em Arla 32 e fluidos para freios, assim como análises para diversos tipos de amostras com a perspectiva de atingir indústrias de diferentes segmentos.

delphi celebra marca de 30 milhões de bicos injetores produzidos no Brasil A Delphi realizou no dia 25 de novembro, na fábrica de Piracicaba (SP), uma cerimônia especial para celebrar os 30 milhões de bicos injetores produzidos na unidade brasileira desde o início da década de 90. “Esta conquista em Piracicaba está sendo celebrada pela Delphi no mundo todo. Nós temos muito orgulho de nossa história e dos funcionários que fazem parte dessa conquista”, declarou Lupércio Zanardo, diretor adjunto de Operações da Divisão Powertrain da Delphi.

Consumidor Mobil tem chance de concorrer a quatro supermáquinas A marca Mobil está lançando a promoção “Troca Premiada” que dá ao consumidor a chance de concorrer a quatro supermáquinas (Toyota Corolla, uma moto Honda CB1000R, um trator Massey Ferguson ou um caminhão Mercedes-Benz Acello) em sorteio a ser realizado em janeiro de 2016. As inscrições para o sorteio devem ser realizadas até o dia 28/12/2015. A promoção faz parte da estratégia para prolongar o recall da marca e continuar aumentando market share. Óleos lubrificantes para carros, caminhões e tratores também fazem parte da promoção. O regulamento completo está disponível em: www.trocapremiadamobil.com.br

Nakata lança cubos de roda para veículos da Citroën, Fiat, Ford, Hyundai e Renault

fCa coloca pernambuco em sua rota de desenvolvimento global A FCA, Fiat Chrysler Automobiles, deu mais um passo importante para o amadurecimento de sua operação em Pernambuco, onde fica o Polo Automotivo Jeep, inaugurado em abril deste ano. A companhia abriu as portas do Centro de Software em Recife, a primeira de quatro unidades que integrarão o Centro de Pesquisa, Desenvolvimento, Inovação e Engenharia Automotiva que a empresa constrói no estado com investimento de R$ 140 milhões. Os outros pilares do complexo devem ser inaugurados até meados de 2016. O aporte faz parte do investimento de R$ 7 bilhões que a FCA destina para o Brasil.

Entre os lançamentos, a fabricante apresenta os cubos de roda NKF 8060 para aplicação em vários modelos Fiat, o NKF 8115 para Citroën, NKF 8113 e NKF 8134 para alguns veículos Ford, NKF 8133 para Renault e o NKF 8152 para carros da marca Hyundai.

Hyundai torna-se a montadora com mais fãs no Facebook no Brasil Apenas três anos após o início da operação, a Hyundai Motor Brasil acaba de ultrapassar a marca de 6,1 milhões de curtidas no Facebook, tornando-se a montadora com o maior número de fãs na rede social no país. Motivada pela renovação do HB20, a página contabilizou 1 milhão de novos fãs nos últimos dois meses.


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Jeep Renegade: sucesso absoluto de público e crítica O ano já está quase no final, mas as conquistas para o Jeep Renegade ainda estão chegando. No balanço dos emplacamentos de novembro, o modelo que reinventou o segmento dos SUVs compactos ultrapassou a casa de 6 mil unidades pela primeira vez (6.078), assegurando a liderança entre os utilitários-esportivos pelo segundo mês consecutivo.

MaHle Metal leve: realidade virtual no desenvolvimento dos seus produtos De acordo com Walter Zottin, gestor de Desenvolvimento Virtual de Motores do Tech Center MAHLE, em JundiaíSP, “Atualmente a simulação virtual é uma realidade na maioria dos grandes setores, mas está especialmente evoluída no ramo automobilístico. Usando a simulação virtual conseguimos reduzir significativamente o número e o tempo despendido com testes de campo”.

Goodyear lança campanha que levará consumidores brasileiros para a Nascar® A promoção “Corrida para NASCAR®”, será realizada pela Goodyear até 29 de fevereiro de 2016, premiando três pessoas com uma viagem com direito a acompanhante para assistir a uma corrida da NASCAR®, na cidade de Charlotte, na Carolina do Norte. Além das viagens, os participantes concorrerão a 100 prêmios instantâneos. O regulamento completo pode ser conferido no hotsite da promoção (www.goodyear.com.br/ promonascar).

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Um milhão de sistemas flex start® produzidos no Brasil Um milhão de veículos flex fuel no mercado nacional já contam com o sistema Flex Start® da Bosch. Esta tecnologia foi desenvolvida para proporcionar mais conforto ao motorista, já que dispensa o reservatório auxiliar de gasolina em veículos bicombustíveis. Outros benefícios são desempenho e dirigibilidade, pois o Flex Start® é um sistema de gerenciamento eletrônico para aquecimento do combustível, que entra em operação na partida e também na fase fria de funcionamento do motor. A aplicação do Flex Start® também traz benefícios ambientais, pois tem grande potencial de reduzir emissões de poluentes, já que é no momento de partir o motor que ocorre a maior liberação de gases poluentes.

Magneti Marelli aftermarket lança novos códigos de Molas a Gás Ampliando ainda mais sua linha de produtos para o mercado de reparação automotiva, a empresa anuncia o lançamento de códigos de molas a gás Cofap, no qual atinge 98% de cobertura nacional. Os modelos contemplados são: Ford Focus Sedan, GM Sonic, Hyundai HB20 e Volkswagen UP! As molas a gás são mais utilizadas no amortecimento do movimento e na sustentação do peso das tampas traseiras, de acesso ao porta-malas, facilitando a abertura e fechamento na medida em que diminui o esforço aplicado pelo usuário.

abraciclo prevê estabilização do mercado de duas rodas em 2016 Entre janeiro e novembro deste ano foram produzidas 1.212.075 motocicletas, volume 15% inferior ao apresentado no período de 2014 (1.432.842). Na comparação mensal, a queda foi de 28,2%, passado de 104.388 em outubro para 74.972 unidades em novembro. Com base nos números atuais, a Abraciclo estima o fechamento de 2015 com a produção total de 1.270.000 motocicletas. Para 2016, a Abraciclo considera que a produção totalizará 1.280.000 unidades.

trabalho técnico da fras-le é reconhecido em evento internacional A Fras-le colhe os frutos de sua política de permanente inovação, o que tem lhe garantido visibilidade internacional. O mais recente reconhecimento se deve ao trabalho apresentado pelo mestre engenheiro Diego Masotti durante o congresso anual da SAE International, realizado na Carolina do Sul, nos EUA, que reuniu cerca de 800 pessoas especializadas. Trata-se da “Avaliação experimental das características morfológicas da superfície de pastilhas de freio durante o processo de Stick-slip”, realizado em parceria com o LATRIB (Laboratório de Tribologia) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS.


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notas toyota do Brasil inicia operações em seu centro de distribuição de suape A Toyota do Brasil realizou no dia 30 de novembro a cerimônia para celebrar o início das atividades de seu novo centro de distribuição, localizado próximo à área portuária de Suape, na cidade de Cabo de Santo Agostinho, região metropolitana de Recife (PE). O centro de distribuição da Toyota em Suape recebeu investimento inicial de R$ 2,4 milhões e começa a operar em dezembro. Com área total de 23 mil m2 e capacidade para receber cerca de 40 mil unidades por ano, o novo empreendimento irá aprimorar aspectos técnicos da operação logística da Toyota no Nordeste do País, atendendo de forma ainda mais eficiente os consumidores da marca na região. A região Nordeste é hoje responsável por cerca de 20% das vendas da Toyota no Brasil.

sKf anuncia nova linha de produção A SKF do Brasil anuncia a construção de um novo canal de produção em sua fábrica em Cajamar no estado de São Paulo. O canal irá produzir unidades de cubo de rolamento de roda (HBU) geração 3. A unidade trará maior valor agregado, com tecnologia reconhecida mundialmente para atender automóveis nacionais. A construção do canal terá início em maio de 2016 e a produção de rolamentos é estimada para começar em novembro de 2016.

shineray assume terceira posição no total de emplacamentos de veículos de duas rodas no país

Grande prêmio Motorcraft 2015 – Melhor reparador do Brasil O 2º Grande Prêmio Motorcraft, realizado em 5/12, na sede do Senai Ipiranga, em São Paulo (SP), elegeu Cláudio de Oliveira Carvalho, da cidade de Vacaria (RS), o Melhor Reparador Independente de Automóveis do Brasil. Ele completou a prova em 1 hora e 32 minutos. As avarias no Fiesta Rocam eram: problema na alimentação da bomba de combustível (necessária a troca do relê); defeito em um cabo de vela (necessária a troca do cabo); vela com defeito (necessária a troca da vela). Neste ano, cerca de 10 mil reparadores de todo o País realizaram a prova online, com 30 perguntas sobre conhecimentos gerais da área automotiva. O prêmio ao vencedor foi um New Fiesta Hatch 0 Km.

Consolidada no mercado nacional de duas rodas, a Shineray inaugurou em junho sua primeira montadora fora do País de origem, instalada no complexo industrial de Suape. A planta industrial é a primeira do Brasil a fabricar motos fora da Zona Franca de Manaus. No levantamento da Fenabrave, a fábrica pernambucana Shineray assumiu a terceira posição no total de emplacamentos no segmento de duas rodas no País, com uma fatia de 6,51% no total de registros em novembro de 2015.

Takao festeja cinco anos de atividades A Takao tem muito a comemorar. Em seu quinto aniversário, ela se posiciona como a fabricante que tem o maior portfólio de peças para motor do mercado brasileiro, nas palavras de Cassiano Braccialli, diretor Executivo da empresa, “são mais de 17 mil itens cadastrados, um volume superior a 12 mil em estoque, que atendem a mais de 1.200 motores”, pontua. Segundo ele, “a empresa continuará a investir. Somente neste ano, foram 170 novos itens desenvolvidos”, conclui.

TMD/Cobreq complementa linha Peugeot 2008 com pastilhas de freio dianteiras e traseiras A TMD Friction do Brasil está com mais um complemento em sua linha leve de pastilhas de freio Cobreq. São pastilhas para os Peugeot 2008 SUV modelos 2015 em diante 1.6 Allure, 1.6 Griffe e 1.6 THP Flex Griffe. Referências no catálogo Cobreq: N-1168 (pastilhas dianteiras) e N-884 (pastilhas traseiras).

Perfect lança novos itens A Perfect Brasil acaba de agregar novos itens ao seu portfólio de produtos, dessa vez com o lançamento de amortecedores, pivôs e terminais das montadoras Renault, Ford, Fiat, Citroën, Chery e Honda. Para acessar a listagem completa e toda linha de produtos da Perfect do Brasil, entre no site: www.perfectbrasil.com.br


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| Lançamento

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Texto: Edison Ragassi | Fotos: Divulgação

Chevrolet lança novo Cobalt O sedã compacto passou por profundas modificações visuais, mas não recebeu mudanças na arquitetura

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o Rio de Janeiro, a Chevrolet mostrou para a imprensa especializada, dia 03/12, o Cobalt 2016. O sedã compacto, que tem como característica amplo espaço interno e grande portamalas, recebeu novo visual. Na dianteira ganhou um novo capô com vincos superiores, a grade utiliza duas aberturas e o logo Chevrolet no centro. Os faróis estão mais afilados e trazem uma armação cromada na parte interna que demarca a área específica das lâmpadas, ganharam ainda projetores de dupla parábola. O para-choque recebeu vincos, novas molduras nas lâmpadas auxiliares e entrada de ar inferior. A inspiração veio do recém-lançado Malibu, vendido nos Estados Unidos. Na traseira, adotaram linhas curvilíneas nas lanternas, elas invadem a tampa do porta-malas, que também foi redesenhada. Incluíram um aerofólio na parte superior. No interior, novos materiais de acabamento, opções de cores bicolor, de acordo com a versão. O painel de instrumentos continua com velocímetro digital, o qual teve o desenho inspirado nos utilizados em motos. O Cobalt também traz a nova geração do sistema multimídia MyLink e o de conectividade OnStar, o qual oferece vários serviços através de

uma central de atendimento. Entre os equipamentos de série traz o ar-condicionado, direção hidráulica, conjunto elétrico das travas, portas e vidros, chave tipo canivete com controle remoto de abertura inclusive da tampa do porta-malas, bancos e volante com regulagem de altura. Com motor 1.4L, o qual entrega potência de 102 cv (E)/ 97 cv (G) e torque de 13 kgfm (E)/ 12,5 kgfm (G) a 3.200 rpm, ele é comercializado nas versões LT (R$ 52.690) e LTZ (R$ 57.590). O propulsor 1.8L oferece 108 cv (E)/ 106 cv (G) a 5.400 rpm e torque de 17,1 kgfm (E)/ 16,4 kgfm (G) a 3.200 rpm. Com acabamento LTZ e transmissão manual, o custo é de R$ 59.900. Ao adicionar o câmbio automático de 6 velocidades vai a R$ 65.990. O topo de linha é o Elite, que sai por R$ 67.990, só com transmissão automática. Não foram feitas alterações na arquitetura e trem de força do carro, assim ele compartilha peças de reposição com o modelo vendido anteriormente.


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| entidades

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Mercado de seminovos e usados Fenauto apresenta índices de vendas dos veículos no País e nos estados do Nordeste Texto: Redação

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róximo ao fechamento do ano, a Fenauto - Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores, junto com o Denatran – Departamento Nacional de Trânsito, divulga os dados referente às vendas de veículos seminovos e usados em outubro no Brasil e em cada estado do Nordeste.

Brasil: Evolução nas vendas No panorama geral do País pode-se perceber que a venda em todos os segmentos caiu em comparação ao mês anterior, e no acumulado geral do ano em relação ao mesmo período em 2014 os segmentos que tiveram também uma queda no crescimento foram o de comercial leve e pesado.

Já na análise da evolução por região, todas apresentaram retração nas vendas em comparação ao mês anterior, e no acumulado do ano os números não foram tão expressivos, as regiões que conseguiram melhores resultados foram o sudeste, nordeste e norte.

Nordeste: Evolução por estado Como era de se esperar em um ano de dificuldades econômicas no País, visto que os resultados comparados ao mês anterior no Brasil não foram positivos, nos estados do Nordeste a realidade foi a mesma, todos os estados sem exceção tiveram um saldo negativo. Já no acumulado do ano em relação ao mesmo período os estados que também obtiveram índices negativos foram a Bahia, Pernambuco e Sergipe.


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Nordeste: Modelos mais vendidos Conforme mostra a tabela abaixo, os veículos (auto e comerciais leves) que ocuparam os primeiros lugares nas vendas de seminovos e usados no mês de outubro foram: Gol (Volkswagen), Uno (Fiat), Celta (GM – Chevrolet), Palio (Fiat), Corsa (GM – Chevrolet), Strada (Fiat), Hilux (Toyota), Saveiro (Volkswagen), D20 (GM – Chevrolet), L200 (Mitsubishi) e S10 (GM – Chevrolet). E no segmento de motocicletas a marca Honda ainda é preferida nos modelos: CG 150, NXR 150, CG 125 e BIZ. Estados Maranhão

Piauí

Bahia

Ceará

Rio Grande do Norte

Paraíba

Pernambuco

Alagoas

Sergipe

Auto 1º: Gol (Volkswagen) 2º: Uno (Fiat) 3º: Celta (GM – Chevrolet) 1º: Gol (Volkswagen) 2º: Uno (Fiat) 3º: Palio (Fiat) 1º: Gol (Volkswagen) 2º: Uno (Fiat) 3º: Palio (Fiat) 1º: Gol (Volkswagen) 2º: Uno (Fiat) 3º: Palio (Fiat) 1º: Gol (Volkswagen) 2º: Uno (Fiat) 3º: Palio (Fiat) 1º: Gol (Volkswagen) 2º: Uno (Fiat) 3º: Celta (GM – Chevrolet) 1º: Gol (Volkswagen) 2º: Uno (Fiat) 3º: Palio (Fiat) 1º: Gol (Volkswagen) 2º: Uno (Fiat) 3º: Palio (Fiat) 1º: Gol (Volkswagen) 2º: Corsa (GM – Chevrolet) 3º: Celta (GM – Chevrolet)

Comerciais Leves 1º: Strada (Fiat) 2º: Hilux (Toyota) 3º: Saveiro (Volkswagen) 1º: Strada (Fiat) 2º: Hilux (Toyota) 3º: D20 (GM – Chevrolet) 1º: Strada (Fiat) 2º: Hilux (Toyota) 3º: D20 (GM – Chevrolet) 1º: Strada (Fiat) 2º: Hilux (Toyota) 3º: L200 (Mitsubishi) 1º: Strada (Fiat) 2º: Hilux (Toyota) 3º: L200 (Mitsubishi) 1º: Strada (Fiat) 2º: Saveiro (Volkswagen) 3º: Hilux (Toyota) 1º: Strada (Fiat) 2º: Saveiro (Volkswagen) 3º: S10 (GM – Chevrolet) 1º: Strada (Fiat) 2º: Saveiro (Volkswagen) 3º: D20 (GM – Chevrolet) 1º: Strada (Fiat) 2º: Saveiro (Volkswagen) 3º: S10 (GM – Chevrolet)

Motos 1º: CG 150 (Honda) 2º: NXR 150 (Honda) 3º: CG 125 (Honda) 1º: CG 150 (Honda) 2º: CG 125 (Honda) 3º: NXR 150 (Honda) 1º: CG 150 (Honda) 2º: CG 125 (Honda) 3º: NXR 150 (Honda) 1º: CG 125 (Honda) 2º: CG 150 (Honda) 3º: NXR 150 (Honda) 1º: CG 125 (Honda) 2º: CG 150 (Honda) 3º: NXR 150 (Honda) 1º: CG 150 (Honda) 2º: CG 125 (Honda) 3º: NXR 150 (Honda) 1º: CG 150 (Honda) 2º: CG 125 (Honda) 3º: NXR 150 (Honda) 1º: CG 150 (Honda) 2º: CG 125 (Honda) 3º: NXR 150 (Honda) 1º: CG 150 (Honda) 2º: BIZ (Honda) 3º: CG 125 (Honda)


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| carreira

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a importância da motivação no trabalho Essencial para o bom desempenho, fica a pergunta: a responsabilidade de motivar é do colaborador ou da empresa? Texto: Simone Kühl | Foto: Divulgação

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oje em dia vemos muitos profissionais com potenciais incríveis, mas que não recebem o devido incentivo por parte de seus gestores, com isso se sentem desvalorizados e aos poucos acabam se frustrando, e sem perceber muitas vezes criam um clima organizacional de desânimo e desmotivação total para si e para outros colegas no ambiente de trabalho. No entanto, a culpa não é somente da empresa, os colaboradores também detêm metade dessa responsabilidade, de acordo com Thyerry Piaget Cruz, CEO da ABRA (Administradores do Brasil) e professor na instituição FAMETRO/CEMETRO. Saber o que nos motiva é fundamental para o alcance do sucesso profissional. “Com esta informação podemos atuar em busca de nossos objetivos pessoais e alinhá-los com as metas organizacionais, melhorando nosso desempenho pessoal”. A motivação Falando sobre o conceito e importância, Cruz explica que a motivação em uma definição direta representa fatores que nos movem a uma determinada ação. “Entretanto a motivação é algo intrínseco, ou seja, ela vem de dentro para fora, você colaborador é o único que pode se motivar”, aponta. Neste sentido, ele comenta que todos os dias nós tomamos diversas decisões de acordo com a nossa motivação, seja para ter um salário ao final do mês, ganhar um prêmio ou bater a meta de vendas. “Mas tudo isso você acredita ser sua motivação? Veja bem, por que você quer um salário ao final do mês? Por que você quer um prêmio? E por que você quer bater a meta? Perceba que as respostas por mais óbvias que lhe pareçam são elas as fontes de sua motivação”, responde. Com isto, ao conhecer o que nos motiva é preciso fazer de tudo para conquistá-lo. “Quanto maior a motivação, mais persistência teremos para obter o sucesso, atualmente somos cobrados pela excelência e alto desempenho, e é aí que nossa motivação faz toda a diferença, um colaborador motivado, corre atrás de seus objetivos por mais difíceis que estes se apresentem no momento, pois sabe que alcançando o objetivo da empresa estará mais perto de conquistar também o seu próprio, e assim seu desempenho e entrega ao cargo será de altíssimo nível, sendo fonte de benefícios para o profissional em sua carreira e para a empresa que ganha um funcionário eficiente e produtivo”.

thyerry piaget cruz, ceo da aBra (administradores do Brasil) e professor na instituição Fametro/cemetro

A responsabilidade Para o professor, a responsabilidade no quesito motivação deve ser compartilhada entre a empresa e o colaborador. “Cada um detém sua parcela de culpa em um ambiente de desmotivação, entretanto a empresa irá apenas fornecer um ambiente de harmonia e incentivos para seus colaboradores manterem sua motivação”, enfatiza. De forma a criar metas plausíveis de serem atingidas e evitando metas que não condizem com a realidade do mercado e da empresa que propiciam o efeito inverso, desmotivando a

todos, neste sentido ele ainda salienta que a motivação depende do colaborador, e não bater a meta vários meses seguidos irá minar a confiança desse funcionário. “O gestor (empresa) deve realizar ações voltadas para a manutenção do clima e motivação de seus colaboradores e estas ações deverão ser diárias, não se pode querer ‘motivar’ seus colaboradores apenas em confraternizações, uma única vez por ano, e por sua vez o colaborador também não fica de fora, pede-se que o mesmo realize constantemente uma auto-avaliação e automotivação”, recomenda. Para o colaborador Segundo Cruz, o primeiro passo é identificar o que o motiva através da auto-avaliação, é preciso saber de fato o que é realmente importante, tanto no sentido pessoal quanto no profissional, assim com esta informação o profissional poderá traçar seus objetivos com mais clareza e alinhá-los às metas da empresa para a qual trabalha, porque alinhando ambos os objetivos você irá melhorar seu desempenho, porém deve-se relembrar de sua meta diariamente para evitar o desânimo, saber o porquê de estar ali diariamente trabalhando. “Faça as perguntas: o que é importante para mim? (ganhar bem, trabalhar próximo de casa, ter um alto cargo, sair do aluguel). Qual meu objetivo para este ano? (carro novo, estar mais com a família, uma graduação, uma viagem). Qual minha meta para os próximos cinco anos? (ser reconhecido pela empresa, ser empresário, aposentadoria, ser gerente)”, sugere. Conhecer-se é a mais forte das ferramentas da motivação, com esse conhecimento de si mesmo você pode realizar qualquer coisa que queira. “Como, por exemplo: hoje para mim é importante comprar um imóvel, sei que o que ganho atualmente não me proporciona tal feito, precisarei de uma promoção, um aumento de salário, aumento do percentual da comissão, então meu objetivo será trabalhar para ser promovido ou ganhar um aumento pelo meu desempenho. Lembre-se que seu objetivo criará pequenas metas, ser promovido requer tempo, preparo e é claro a oportunidade”, explica. Seguindo este exemplo, ele destaca que é necessário verificar também se a empresa em que atua irá proporcionar a oportunidade para a conquista dos objetivos. “Assim sendo, meu objetivo é uma promoção e/ou aumento de salário, e estarei diariamente trabalhando, me esforçando para alcançá-lo, porém será que a empresa esta disposta a me oferecer um aumento ou promoção? Qual a política que a empresa adota? Ela dá oportunidade aos seus colaboradores realizando recrutamentos internos?”. Como solução, o professor orienta que se procure os mais antigos na companhia e pergunte se a empresa adota a política de dar aumentos salariais e/ou promover colaboradores ou somente busca recrutamento externo, nunca promovendo ninguém. “Desta forma, você saberá se seus objetivos pessoais podem ou não ser alinhados aos objetivos da empresa”, informa.

Para a empresa Sobre as iniciativas da empresa, Cruz menciona que é papel do gestor descobrir como os objetivos organizacionais podem ser alinhados com os objetivos de seus colaboradores. “Por isso é necessário que o gestor mantenha um diálogo constante com todos os seus funcionários a fim de coletar informações relevantes que possam servir de base para decisões a respeito de quais incentivos a empresa pode oferecer ao funcionário”, afirma. Ele ainda lembra que para cada funcionário será um incentivo diferente, porque os objetivos de um não serão iguais ao outro, a empresa que assim o faz pode trabalhar para oferecer incentivos que alinhem as metas da organização aos objetivos de cada funcionário, extraindo o máximo de desempenho de cada um. “Com colaboradores motivados cria-se um clima organizacional favorável a todos, portanto em uma organização onde os propósitos da empresa e de seus funcionários caminham juntos a uma redução do absenteísmo e rotatividade na empresa o sucesso de ambos é apenas consequência”, conclui.


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pressÃo Monitorada dos pneUs Texto: Fernando Calmon* | Fotos: Divulgação

*Jornalista especializado desde 1967, engenheiro e consultor técnico, de comunicação e mercado. www.facebook.com/fernando.calmon2

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ma das recentes novidades no programa InovarAuto (2012-2017) foi a adoção de pequenos bônus nos ciclos de aferição para as metas de redução de consumo de combustível. Trata-se de recursos técnicos que não podiam ser captados em laboratório, porém efetivos no uso cotidiano. Quatro itens passaram a valer: • • • • pneus

Sistema desliga-religa o motor em paradas Indicador de troca de marcha no painel Controle da aerodinâmica da grade frontal Sistema de monitoração de pressão dos (SMPP)

SMPP é o mais importante não apenas por evitar aumento de consumo de combustível de pelo menos 1% a cada 10% de calibragem dos pneus abaixo do recomendado. Deve-se notar que mesmo circulando por vias bem pavimentadas, com rodas e pneus novos, é normal perder no mínimo 10% de ar por ano. Mas, dependendo de outras condições, um pneu sem a checagem quinzenal recomendada, pode rodar com pressão de 20% a 30% abaixo do normal sem que o motorista perceba. O segundo aspecto está na segurança. Pneus com pressão baixa dificultam o controle do veículo em manobras e frenagens emergenciais. Pesquisas no exterior indicam que em 86% de acidentes analisados pelo menos um pneu estava subinflado. Também compromete sua durabilidade e atinge o bolso do motorista. Pneus sem pressão normal ficam mais sujeitos a furar. Assim, além do incômodo, pode comprometer a integridade dos ocupantes do veículo, se acontecer em locais de risco criminal. A pressa e o esquecimento são, em geral, citados pelos motoristas por negligenciar a calibragem. Recentemente, SMPP tornou-se obrigatório em toda a União Europeia e já o era nos EUA, valendo também para motocicletas e veículos pesados. Uma luz no painel indica a baixa pressão e, em modelos mais caros, aparece em qual ou quais rodas está o problema. Existem dois tipos de SMPP: direto e indireto. O direto é o mais utilizado e consiste de sensor de pressão na válvula de ar de cada pneu, pequeno transmissor de radiofrequência, além de

microcontrolador e bateria. No painel há o receptor e ícone iluminado que aponta a anomalia em qualquer dos pneus sem individualização. Os mais sofisticados indicam a pressão em cada pneu, inclusive do estepe, e usam pequenas etiquetas ou transponders que dispensam bateria. Há vários fornecedores, inclusive no mercado de acessórios. Na Inglaterra, a empresa WheelRight desenvolveu uma máquina para registrar automaticamente a pressão dos pneus em questão de segundos. Sem sair do carro (veja foto), o motorista recebe a informação na tela do aparelho ou imprime. SMPP indireto trabalha com os mesmos sensores

que medem a rotação de cada roda do sistema ESC (em inglês, controle eletrônico de estabilidade), também obrigatório nos EUA e Europa. Se há perda de ar, altera-se o diâmetro dinâmico do conjunto roda e pneu, suficiente para acender a lâmpada no quadro de instrumentos. O arranjo é mais simples, porém exige que o motorista restabeleça o sistema por meio de um botão ou no computador de bordo, após recalibrar os pneus. Pelas vantagens diretas e indiretas, além de preço acessível, o SMPP deveria também ser obrigatório no Brasil. Por enquanto, é apenas equipamento incentivado no Inovar-Auto.


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Texto: Redação | Fotos: Divulgação

Caminhões Volvo transportam a magia do natal Pelo segundo ano, os caminhões Volvo ganham iluminação e decoração especial, levando a bordo o Papai Noel e personagens dos contos de Natal. Até o dia 20 de dezembro, sempre aos sábados e domingos, a Caravana Iluminada da Coca-Cola vai partir de diferentes pontos da cidade de São Paulo, tendo como destino final a Árvore do Parque Ibirapuera. Além de São Paulo, a Caravana passa por diversas cidades do interior do Estado, Minas Gerais, Paraná e Mato Grosso do Sul. O roteiro completo pode ser conferido no site (www.natal.cocacola.com.br).

MWM Motores realiza Workshop com a rede de serviços A MWM Motores realizou no mês de novembro um encontro regional com os Serviços Autorizados do Estado de São Paulo que compõem sua Rede de Distribuição. O objetivo foi apresentar a tecnologia MAR-I, reforçar os canais de comunicação da MWM disponíveis além do 0800, procedimentos de garantia, manuais de desenvolvimento, além de estreitar o relacionamento. Esta ação complementa a agenda de encontros com a rede em 2015 juntamente com os Road Shows e fomenta a importância dos eventos regionais com a Rede de Distribuição.

foton Caminhões encerra Circuito Ceasa 2015 em recife (pe) De 01 a 04 de dezembro, a Foton Caminhões e a concessionária Mundial Caminhões participaram da quinta e última etapa do Circuito Ceasa de 2015, evento de relacionamento com clientes nas Centrais Estaduais de Abastecimento espalhadas pelo País. A ação foi realizada no Ceasa de Recife (PE), localizado na BR 101 Sul – Km 70, bairro Curado. No estande, o público realizou test-drive nos veículos da marca de 3.5 e 10 toneladas, todos equipados com componentes de renome internacional como motor Cummins, transmissão ZF e sistema de injeção Bosch.

federal-Mogul conquista o prêmio autodata 2015 como a melhor em peças, partes e componentes A Federal-Mogul, divisão Motorparts, foi a vencedora da 16ª edição do Prêmio AutoData 2015. O prêmio foi obtido na categoria Peças, Partes e Componentes, pelas ações desenvolvidas para compensar a queda de produção de veículos no País, que envolveram a reformulação das linhas de produção, o lançamento de novos produtos, a redução do consumo de energia e de outros custos de fabricação, e a ênfase aos segmentos de reposição e de exportação, para desfrutar dos benefícios proporcionados pela desvalorização do real.

MAHLE lança Filtro BLINDAGUA A MAHLE apresenta o Filtro BLINDAGUA, um novo conceito para a separação mais eficiente de água e diesel e uma alternativa Premium para o mercado. O produto é o único com duplo estágio de filtração de água no diesel, apresenta eficiência superior aos concorrentes, separando três vezes mais água durante sua vida útil, sendo mais econômico por proteger o motor e oferecer o menor custo por quilômetro rodado ao proporcionar menor custo de manutenção com injetores e bombas de combustível. O produto é composto por um corpo plástico de alta resistência com reservatório de água integrado.

Kolbenschmidt (KS) apresenta produtos para motores Scania O lançamento na linha de anéis de segmento atendem os motores DC 9.12 e DC 9.11 -- ambos fabricados a partir de 2004, e DC 11.08 (2004 a 2005) que equipam os veículos P 270, P 310 e T 340, respectivamente. As bronzinas de mancal e arruelas de encosto se aplicam no motor DC 13 Euro 5 utilizado nos veículos P 360, P 400, R 400, R 360, R 440, R 480, PB GT 13.9, G 440 e Touring HD 12 produzidos a partir de 2012. Na linha de filtros de ar, o lançamento atende os motores DC 11, DSC 12, DC 12, DT 12 e DC 16 utilizados nos modelos 94P-R-T, 114-P-R-T, 124 P-R-T, G380-420-440470, R380-420, 440, 470, 480 e 500.


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pesados Rodeio de Caminhões volta a Fortaleza em nova edição A capital cearense sediou a primeira etapa classificatória do 5º Rodeio de Caminhões, nos dias 28 e 29 de novembro. O evento reuniu motoristas da região Norte e Nordeste, que testaram habilidades ao volante em manobras de caminhões-tanque. A competição foi organizada pela Raízen – a companhia licenciada da marca Shell no Brasil – com o objetivo de valorizar a segurança nas rodovias, evitar acidentes e reconhecer transportadoras e condutores que prestam serviços de distribuição de combustíveis com excelência em segurança.

Goodyear mostra os pneus KMax para ônibus e caminhões A Goodyear anuncia o lançamento dos pneus KMax, nova linha de produtos para caminhões e ônibus que conta com os modelos KMax S, KMax D Traction e KMax Extreme. Esses pneus são voltados para as aplicações regional e regional severa, cujo mercado representa cerca de 40% do que é comercializado atualmente no segmento de pneus comerciais. Os novos pneus KMax da Goodyear ainda contarão com uma novidade: sete anos de garantia, dois a mais do que o usual.

fenatran: salão internacional do transporte rodoviário de Carga

A Purolator, marca do grupo MANN+HUMMEL, anunciou um novo elemento filtrante do ar para linha leve em novembro. O item atende a diversos modelos Mercedes-Benz. A MANN+HUMMEL informa que o filtro do ar, bem como seu elemento filtrante, tem a função de reter as partículas, garantindo que apenas ar limpo entre na câmara de combustão. Para mais informações, acesse o catálogo online em: www.filtrospurolator.com.br ou ligue no SAC 0800 722 7876.

Mercedes-Benz estimula público a se sentir coproprietário dos ônibus Desde o início do ano, a Mercedes-Benz segue em todos os seus projetos o conceito “Pensando no coletivo. Pensando no futuro”. E dando continuidade à campanha institucional “Mercedes-Benz, o ônibus da galera”, veiculada desde maio para motivar o usuário a se sentir coproprietário dos veículos de transporte coletivo, a empresa está realizando mais uma ação diferenciada, identificada como “Eu uso, eu cuido”. O público é convidado a participar enviando uma foto pessoal para o site www.euusoeucuido.com.br, que substitui as imagens dos ônibus por essas novas fotos.

agrale conquista prêmio Maiores & Melhores do transporte 2015 A companhia foi premiada pelo primeiro lugar no ranking das indústrias montadoras de veículos do País. Segundo José Alberto da Rosa de Matos, gerente de Marketing da Agrale, a conquista reflete o pioneirismo da empresa no desenvolvimento de novos produtos e tecnologias, além da sua liderança no segmento de chassis leves para ônibus há mais de 17 anos. A premiação aconteceu no dia 24 de novembro, no Hotel Unique, em São Paulo, e contou com aproximadamente 800 empresas do setor de transporte brasileiro.

Foto: Marcio Bruno

Purolator lança elementos filtrantes do ar para Sprinter

O clima de celebração que marcou a abertura da 20ª edição da Fenatran deu o tom para toda a semana de negócios dentro do Pavilhão do Anhembi, durante o Salão Internacional do Transporte Rodoviário de Carga. Toda a cadeia produtiva do setor esteve representada, através de 320 marcas expositoras. A feira reuniu durante seus cinco dias 50.222 mil visitantes/ compradores, vindos dos 27 estados brasileiros. No que diz respeito à presença de compradores internacionais, 49 países estiveram presentes e puderam conferir as novidades de expositores líderes de mercado.


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Mais de 40% dos recifenses compram pela internet Pesquisa mostra os hábitos de consumo da população do Recife na web Texto: Thiago Suruagy* | Foto: Divulgação

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primeira vista, o resultado da sondagem de opinião sobre o consumo através do e-commerce no Recife não pareceu tão bom para este “jovem” canal de vendas. Então nos perguntamos: como pode uma cidade como Recife, referência nacional em tecnologia, sede de instituições como o Porto Digital e o C.E.S.A.R, não estar na vanguarda do comércio eletrônico? Só tem um jeito de saber. Comparando com o resto do País. Assim, descobrimos que somos mais de 200 milhões de habitantes, dos quais, mais de 103 milhões têm acesso domiciliar à internet e mais de 61 milhões já compraram em algum site de e-commerce. Ou seja, Apenas 30% da população compram pela internet e mesmo assim já podemos perceber a relevância deste canal de venda no mercado. De acordo com a pesquisa realizada pela Fecomercio Pernambuco, com apoio do Sebrae Pernambuco, 40,8% dos recifenses já compraram pela internet, percentual acima dos números nacionais. O que não parecia tão bom começa a ficar afável. Essa percepção é confirmada também pelo levantamento feito pela Conversion, empresa especializada em Search Engine Optimization (SEO), no qual Recife fica em 11º no ranking das capitais brasileiras que mais consomem na internet e em 3º na região Nordeste, ficando atrás apenas de Salvador e Fortaleza. Os recifenses geraram 1.339.393 pedidos em 2014, com movimentação perto dos R$ 417 milhões.

Recife: Proporção (%) de pessoas que realizam compras por internet, segundo a classe de renda familiar (em salários mínimos) - 2015 O gráfico acima mostra uma predominância maior dos e-consumidores com renda familiar mais alta, em que mais da metade já consomem através da internet, bem como, nas faixas etárias de 18 a 29 anos (58,1%) e 30 a 49 anos (41,4%). Estes alegam que as principais razões para comprar na internet são principalmente os preços mais baixos e a praticidade/ comodidade. Já sobre as principais desvantagens de comprar na internet, os recifenses alegaram a falta de contato com o produto antes da compra (32,7%), demora na entrega do produto (31,1%) e dificuldade em realizar troca ou devolução (14%), como os principais fatores. Para aqueles que nunca compraram pela internet, os principais motivos são a insegurança na forma de pagamento ou nos sites (57,1%), falta de contato com o produto antes da compra (46,9%), dificuldade para acessar a internet (26,8%). Fica evidente que uma parcela expressiva do consumidor ainda está receosa, provavelmente por conta das fraudes que são noticiadas frequentemente, mas também por conta da ausência de informações básicas em muitas lojas online, como CNPJ, endereço, telefone de contato, política de troca e recomendações dos clientes nas redes sociais, por exemplo. Esses detalhes são primordiais no processo de decisão de compra. Categoria de compra Em 2015, os recifenses compraram mais celulares, moda e acessório e revistas e livros. Essas categorias também figuram no topo da lista das mais vendidas no Brasil, segundo o 32º relatório webshopper da e-bit,

*Analista de Comércio e Serviços do Sebrae/PE

com alterações apenas na ordem dos itens mais consumidos, no caso do Recife. Recife seguiu a tendência nacional e comprou bastante celular neste ano. Esta categoria está em primeiro lugar entre os itens mais consumidos com 42,4%. No Brasil, essa categoria contou com um aumento de 54% em 2015, quando comparado a 2014, de acordo com o estudo da e-bit. Recife: Proporção (%) de pessoas que realizam compras por internet, segundo o tipo de produto ou serviço comprado- 2015 A internet também é uma fonte importante de consulta para os recifenses quando o assunto é preço ou informações sobre produtos. A pesquisa mostrou que 58% deles utilizam sempre e 13,2% quase sempre, ou seja, mais de 70% dos entrevistados têm o hábito de consultar a internet mesmo quando estão comprando na loja física. E o que eles fazem nas lojas? Comparam produtos, preço, tiram fotos e buscam informações, segundo pesquisa nacional da e-bit. Isso quer dizer que a concorrência não está apenas na loja vizinha, e sim, em qualquer parte do Brasil ou do mundo. Este fenômeno é conhecido mundialmente como showrooming e grandes lojas já estão conseguindo se beneficiar desse novo hábito de consumo, promovendo a integração entre a loja física e online. Crise econômica Diante do cenário de retração econômica no País, o e-commerce também está sentindo a redução no volume de compras este ano. Mais de 45% dos e-consumidores recifenses alegaram que estão comprando menos do que o ano passado, 38,1% declararam estar comprando na mesma quantidade e apenas 16,3% disseram que estão comprando mais. Essa redução é mais acentuada nas pessoas com renda familiar de 3 a 5 salários. Mesmo com um ano bastante difícil, a expectativa é que o e-commerce feche 2015 com um crescimento nominal de 15% em relação a 2014, atingindo um faturamento de R$41,2 bilhões, de acordo com o relatório webshopper da e-bit. Dessa forma, o e-commerce pode ser uma boa oportunidade para os lojistas ampliarem suas vendas. Com preços competitivos, capacidade de prestação de serviço, principalmente atendimento e logística, e conhecimento das boas práticas de gestão e operação do negócio na internet, a empresa terá um grande diferencial competitivo e estará contribuindo com a sua permanência no mercado. Fontes: 32ª edição Webshoppers, E-bit, julho 2015; Sondagem especial E-commerce 2015, Fecomercio/PE e SEBRAE/PE, novembro 2015, e Mapa do E-commerce no Brasil.


MERCADO

Histórias e amor pela profissão Empresários e reparadores traçam um cenário do presente e do futuro das oficinas mecânicas Texto: Karin Fuchs | Fotos: Divulgação

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ada vez mais um mercado que exigirá profissionais técnicos na reparação, o mundo das oficinas mecânicas está em constante mutação. Novas marcas e modelos de veículos que chegaram ao mercado têm exigido muito conhecimento. Ficou para trás o tempo em que era o ouvido quem ditava qual reparo tinha que ser feito. E mesmo com tantos desafios, quem está nesta profissão garante que se pudesse voltar no tempo não escolheria outra. Como é o caso de Geraldo Raimundo de Paula, que após 34 anos de carreira na Andrade Gutierrez, de motorista a coordenador de mecânicos em todo o País onde a construtora tinha unidades, no ano de 1995, abriu a sua oficina, a Auto Car Mig, em São Luís (MA). “Eu tinha um amigo que dizia que enquanto tivesse o carburador ele não morreria de fome, o carburador não existe mais e tivemos que correr atrás da tecnologia. Quando cheguei a São Luís (ele é natural de Belo Horizonte, MG) percebi a carência que havia e juntamos um grupo de 30 empresários para buscar informações em São Paulo”, recorda-se. Do grupo nasceu o embrião do que viria a ser o Sindirepa-MA, o qual ele geraldo raimundo de paula, da auto presidiu por dois mandatos, e o Mecânico car mig, em são Luís (ma) Solidário, uma escola profissionalizante em parceria com uma ONG francesa.

“Hoje não temos problemas de acesso à tecnologia e quem acompanhou as mudanças de mercado percebeu que se não tiver o que há de mais moderno como proprietário de oficina, quebra”, expõe. Sobre o cenário atual, Raimundo conta que, de uma média de dez orçamentos diários, dois ou três são aprovados. “O consumidor está sem dinheiro e eu trabalho muito com a manutenção preventiva. Tenho clientes que trazem o carro para a oficina desde a primeira revisão e muitos pedem a minha opinião quando vão trocar de carro. Isso é muito gratificante e a minha maior alegria é ver o cliente sair sorrindo da oficina”, revela. E do futuro da profissão, sintetiza ele: “é uma profissão excelente, mas hoje para abrir uma oficina tem que ser mecânico, há uma carência violenta de mão de obra, tem que entender do que está fazendo. E se tem capital para investir no médio ou no longo prazo, melhor ainda, pois o País vai sair desta crise e quem estiver neste mercado estará muito bem”, prevê o empresário que está preparando seu filho como seu sucessor na Auto Car Mig. Com 22 anos de profissão, Anderson dos Santos Contreiras, funcionário do Centro Automotivo Mary Rey, de Salvador (BA), diz que no futuro o reparador terá de ser praticamente um cientista. “Ele terá de investigar, estudar, pois os veículos estão ficando cada vez mais tecnológicos. O Brasil ainda está um pouco atrasado em relação aos outros países, o carro elétrico ainda é muito caro por aqui, mas é uma realidade. Se o mecânico não evoluir com as novas tecnologias que estão por chegar ele ficará fora do mercado”. E se fosse para voltar no tempo, Contreiras seguiria o mesmo caminho. “Escolheria a mesma profissão. Eu não consigo ver a minha vida a não ser em oficina mecânica. Eu sempre gostei e cada vez mais que eu adquiro


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conhecimento eu passo a gostar ainda mais. Vão chegando novos carros, novas tecnologias, eu fico curioso em aprender”, afirma. Ele só lamenta a falta de interesse que há entre os jovens. “Quando eu tinha uns 15 anos eu pagava do meu bolso para aprender. Hoje há várias oportunidades, como o próprio Senai com cursos gratuitos e as vagas anderson dos santos contreiras, do centro não são preenchidas. Há muito automotivo mary rey, de salvador (Ba) desinteresse”, diz, acrescentando que fará diferente com o seu filho. “Quando ele tiver uns 12 ou 14 anos (hoje tem 9 anos) fará algo para desenvolver o interesse por uma profissão, seja na área de informática que ele gosta muito ou em mecânica”, finaliza. Para José Clevis de Oliveira, proprietário da Autopeças e Oficina Mecânica São José, em Aracaju (SE), o cenário é outro. “Hoje qualquer curso é pago e por isso a pessoa prefere cursar engenharia mecânica, eletromecânica ou pneumática, do que fazer um curso técnico. Não vemos perspectivas na nossa profissão, os profissionais são mal formados e os jovens não têm interesse pela área”, comenta. Ele que começou bem jovem como auxiliar em oficina, formou-se no Senai, trabalhou por um bom tempo como empregado até abrir sua oficina em 1981, com foco na linha diesel. “E eu nunca pensei em mudar de profissão”, revela, acrescentando que nos últimos 30 anos muita coisa mudou. “Principalmente na área técnica, tudo evoluiu muito rapidamente, e não tivemos incentivos para acompanhar. Para me atualizar, eu faço cursos do Senai a distância, pois para quem tem a prática, a teoria ajuda neste processo de atualização”, conclui. Os passos do pai Filho de mecânico, Jadson André, funcionário da Santana Automecânica, em Alagoas (MA), seguiu os mesmo passos e já está há mais de vinte anos na profissão. “E com certeza o que mais mudou ao longo destes anos foi a parte de eletrônica dos veículos. Para acompanhar as mudanças, participamos de cursos e buscamos informações pela internet, nossa principal fonte, pois a nossa região é muito deficitária de treinamentos”, informa. Para ele, o futuro da profissão também é ser cada vez mais técnico. “O nome mecânico está em extinção. Hoje é muito mais o técnico em mecânica, o técnico em eletrônica. E tudo envolve eletrônica na maioria dos carros”, sintetiza, acrescentando que não optaria por outra profissão. “Se eu pudesse voltar ao tempo escolheria a mesma, mas talvez de outra maneira, talvez eu fosse trabalhar em uma região que tem acesso a informações e a mais cursos”. Com um histórico de empreendedorismo na família na área de serviços, Eliandro de Souza Melo, também seguiu os mesmos passos abrindo em Natal (RN) a Car Service Centro Automotivo. “Hoje quem trabalha com serviços tem que acompanhar os avanços da tecnologia para não ficar defasado. Mudou muito nos últimos anos e precisamos buscar meios para nos atualizarmos. O que há por aqui são palestras, cursos acontecem em Recife (PE), o que acaba sendo oneroso para nós”, especifica. Atualização que também requer ser feita na oficina. “Nós proprietários precisamos sempre investir para atualizar os equipamentos e o reparador também precisa se atualizar. Hoje os equipamentos modernos dão o

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diagnóstico, cabe ao reparador dar continuidade executando o serviço. A parte de diagnóstico, eletroeletrônica, muda nos carros novos, mas a parte de mecânica é a mesma”, analisa. Coordenando equipes Na EBM Serviços Automotivos, em João Pessoa (PB), o gerente de serviços, Bruno Wamberson, conta que começou na área meio que por acaso. “É um mercado muito carente de profissionais, principalmente na área que me especializei, a de colorimetria, trabalhando em um laboratório de tintas automotivas dentro de uma concessionária Renault”, onde chegou a exercer as funções de gerente de serviços de funilaria, pintura e mecânica. Segundo ele, nos veículos as mudanças são constantes. “Novas marcas e modelos chegaram e a tecnologia dentro do carro vem mudando a cada dia, com novos motores, novas formas de trabalhar e novas formas de se fazer a manutenção dos carros. Também as próprias seguradoras mudaram muito a forma de trabalhar, há uma supervisão maior, novo formato de credenciamento, e elas estão passando para as oficinas a responsabilidade da vistoria”, revela. Para acompanhar tanta mudança, Wamberson lamenta a carência que há de treinamentos. “Na realidade por aqui é praticamente zero. O que temos mais é pela internet e recebemos a revista do CESVI Brasil. Buscamos nos atualizar desta forma, mas acesso a cursos nós não temos”. Mesmo assim, ele não se vê em outra profissão. “Eu não sei fazer outra coisa a não ser trabalhar ligado no 220/hora, chego às 6h e saio 18h. No dia que fico em casa, fico doente”. Sobre o futuro da profissão, ele também analisa que o reparador terá de ser um técnico e que contará com ferramentas que irão ajudá-lo. “Com o auxílio maior do scanner, o diagnóstico será mais aperfeiçoado, informando o que é preciso ser feito no carro, a não ser quando for um barulho de suspensão, por exemplo, que tem de ser examinado in loco. Os problemas automotivos adiante serão mais técnicos e as oficinas cada vez mais limpas e organizadas”, prevê. Influenciado por amigos e conhecidos que falavam muito Bruno Wamberson, da eBm serviços bem da Mecânica Bahia, em Recife automotivos, de João pessoa (pB) (PE), Cleber Gomes Alves fez um curso de mecânico alvejando trabalhar na empresa. Conseguiu a vaga, mas na área administrativa. “Mesmo com todo o conhecimento técnico que eu tinha, aceitei o emprego pois queria muito trabalhar na empresa”, recorda-se. Foi assim que ele começou na área há doze anos e, de lá para cá, acompanha todos os movimentos do mercado. “Houve uma grande diversificação de veículos e nos atualizamos participando de cursos, até porque somos bandeira Bosch e temos este respaldo, como também de outras empresas que nos oferecem treinamentos”, informa. Para ele, que é formado em mecânica, a dica é: “profissionalize-se na área e busque sempre conhecimento. O bom profissional não se traduz apenas no saber fazer, mas também no seu caráter, na forma de agir, em cumprir seus compromissos”, conclui.


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tendências para a reparação Consultor especializado em inteligência de mercado para o setor automotivo analisa o que deve mudar nas oficinas Texto: Karin Fuchs | Foto: Divulgação

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oco na produtividade, desenvolvimento tecnológico acelerado e adequação das exigências fiscais e tributárias estão entre as principais tendências para as oficinas mecânicas nos próximos anos, na visão de Alexandre Costa, diretor da Alpha Consultoria, consultor e palestrante, especializado em inteligência de mercado para o setor automotivo. Confira nesta entrevista exclusiva ao Jornal Balcão Nordeste Automotivo como se preparar. Balcão Nordeste Automotivo: O que a complexidade técnica exigirá dos profissionais da reparação? Alexandre Costa: Desde a implantação do Inovar-Auto, temos visto uma avalanche de novas tecnologias por parte das montadoras com o objetivo de tornar os veículos mais eficientes e seguros. Motores de três cilindros, turbocompressor, sistemas de injeção direta de combustível e direção elétrica serão uma realidade nas oficinas. Essa maior complexidade técnica exigirá por parte dos empresários um investimento em treinamento e atualização de seus funcionários como nunca visto antes. BNA: E na área tributária e fiscal? AC: A falta de domínio, controle e compreensão dos tributos vão exigir do empresário uma maior dedicação de seu tempo, a fim de reduzir custos e evitar pagamentos desnecessários. Nesse momento, contar com uma consultoria especializada na área tributária para ajudar nesse processo será muito bem-vindo. BNA: O que ditará a saúde de uma empresa? AC: Durante muitos anos, a saúde de uma empresa do setor era medida pela sua capacidade de fazer dinheiro, não importando a que custo. Nos dias de hoje, a capacidade de converter horas de trabalho em retorno financeiro de forma eficiente é que é o ponto-chave. Ser mais produtivo, a cada dia que passa se torna uma condição de sobrevivência. BNA: Como os profissionais devem se preparar em termos de gestão? AC: No setor de reposição automotiva, a gestão sempre andou lado a lado com o conhecimento técnico. E, assim como a tecnologia evolui, precisamos evoluir a gestão. Tenho visto que muitas empresas já fazem uso de ferramentas que ajudam a administrar os custos, pessoas, finanças e fornecedores.

Mas o que falta ainda hoje é a gestão sobre a produtividade. Ter o conhecimento dos indicadores de desempenho da empresa, como potencial de serviços, custo de hora trabalhada e índice de retrabalho, por exemplo, dará ao empresário a visão necessária para gerir melhor o seu negócio. BNA: E na formação de mão de obra? AC: O conhecimento técnico representa para uma empresa de reposição automotiva sua capacidade de executar um serviço. Sem esse conhecimento torna-se impossível converter horas de trabalho em lucro. Portanto, dominar os sistemas automotivos não apenas permite atender as demandas dos clientes, mas principalmente garante a perenidade do negócio. Portanto, a atualização técnica dos profissionais passa a ser um fator de investimento constante do empresário, sob o risco de ficar às margens do desenvolvimento tecnológico, comprometendo a capacidade de atendimento nos próximos anos. BNA: Em sua opinião, quais foram as principais inovações nas oficinas mecânicas? AC: Tenho percebido que ao longo dos últimos anos houve um considerável investimento na estrutura das lojas. Fachada, piso e sala de clientes têm recebido atenção especial dos empresários. Aliado a esse novo ambiente, é perceptível o investimento em novas ferramentas e equipamentos, demonstrando o esforço por parte dos gestores em acompanhar as inovações tecnológicas. Um ponto interessante é que até um tempo atrás esses avanços em estrutura e equipamentos apenas faziam parte das necessidades das empresas locadas nos grandes centros urbanos. E nos últimos anos, tenho visto um forte investimento também nas cidades do interior, onde essa onda de modernização se tonou uma realidade. E isso é muito bom para o mercado e o consumidor.

alexandre costa, consultor e palestrante, especializado em inteligência de mercado para o setor automotivo

BNA: Finalizando, e o que elas ainda precisam melhorar? AC: Entendo que ainda há três pontos que podem ser melhorados: a percepção quanto à responsabilidade ambiental das oficinas e revendas de autopeças, a profissionalização do quadro, onde o parente dá lugar a um funcionário especializado, e o controle das rotinas produtivas. Em resumo, o que quero dizer é que para alcançar um crescimento sustentado a empresa precisa ser capaz de realizar lucro, de forma profissional, com o menor impacto ambiental e a maior produtividade possível.


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O QUE O REPARADOR REPRESENTA PARA O MERCADO DE AUTOPEÇAS? “A APEX não poderia perder a chance de deixar um comentário para aqueles que salvam, ajudam e nos aconselham quando acontece algo com nossos carros, profissionais estes que, na verdade, são os ‘doutores’ de nossos veículos e que a cada dia vêm evoluindo e se aprimorando para nos deixar tranquilos quanto à segurança, seja para lazer ou trabalho. E ainda: são formadores de opinião sobre nossa marca. Parabéns a todos os mecânicos pelo seu dia”! gleverson cavallaro, da apex “A Dayco entende que o reparador é essencial. É o profissional especializado que analisa e soluciona os problemas. Nós somos o facilitador deste trabalho, oferecendo produtos de qualidade que o ajudam a conquistar e fidelizar cada vez mais seus clientes, já que a confiança em nossos produtos lhe permite sempre realizar um excelente trabalho e superar expectativas”. silvio alencar de almeida, da dayco/nytron “Parabenizamos a todos os mecânicos neste dia por mais um ano de parceria e fidelidade. Os reparadores são um dos elos mais importantes da nossa cadeia produtiva e, em agradecimento, buscamos sempre proporcionar informação e formação técnica de qualidade para auxiliar no dia a dia das oficinas, através dos cursos gratuitos que oferecemos na nossa Oficina do Saber no www. cursosonlinemte.com.br. Obrigado por tudo e esperamos todos por lá!”. alfredo Bastos Jr, da mte-thomson “O mecânico é um dos principais elos na cadeia de negócios da SKF. Nosso intenso calendário de treinamentos e eventos demonstra que não medimos esforços para solidificar o relacionamento de parceria com esses profissionais. São eles quem levam adiante a visão estratégica da SKF. Acreditamos que o monitoramento e manutenção preventivos de equipamentos é essencial para garantir a confiabilidade, reduzir custos e melhorar a segurança de motoristas. Em nome da SKF, parabéns a todos os mecânicos pelo seu dia”. alexandre Luis santana, da sKF “Parabenizamos a todos os mecânicos do Brasil pelo empenho, dedicação, disseminação e fidelidade com a nossa marca! É por vocês que também buscamos o desenvolvimento dos melhores produtos para que sempre atendam mais e melhor os seus clientes. Comemoramos juntos essa data tão importante! Obrigado, mecânicos”! mariah Jambas madrid, da mastra “O esforço e a dedicação dos profissionais da reparação contribuem para o deslocamento de pessoas, circulação de produtos e a realização de serviços dentro de padrões que garantem a segurança dos usuários. O Brasil não pode parar e o reparador é fator de grande importância para o desenvolvimento do nosso País. Agradecemos e parabenizamos a todos os mecânicos pelo seu dia”! marcus Vinicius, da sabó

Dezembro de 2015 / edição 06

“Aos nossos amigos mecânicos, a família PERFECT tem sincero carinho e gratidão e nesta data relembra a importância destes parceiros que cuidam para que nossas idas e vindas sejam sempre seguras. Nossa missão junto a vocês é oferecer sempre PEÇAS com a MELHOR QUALIDADE para que juntos possamos facilitar a vida das pessoas. Conte com a gente, PEÇA COM PERFEIÇÃO, PEÇA PERFECT”!. debora coronado, da perfect

“O mecânico é o maior formador de opinião sobre os produtos de manutenção. Seu pensamento e indicação são decisivos para a tomada de decisão do cliente final, pois ele confia no profissional que cuida do seu veículo. Por isso, consideramos o diálogo com os mecânicos importante e promovemos palestras e treinamentos para estreitar o relacionamento com eles. A Eaton parabeniza a categoria que contribui para o direcionamento das estratégias focadas na reposição, garantindo a evolução de um portfólio de produtos que atenda cada vez mais as necessidades do cliente”. Fábio Fernandes, da eaton

“O reparador automotivo é um profissional importante para a NGK e para o setor de autopeças. É uma extensão da empresa, fornecendo informações e feedbacks valiosos, o que possibilita o aperfeiçoamento constante do nosso produto. Também é um formador de opinião, é quem indica a melhor marca para o cliente. Por isso, a empresa investe na formação deste profissional, realizando cerca de 600 palestras ao longo do ano, disponibilizando site com informações técnicas e cursos online, visitas à fábrica de Mogi das Cruzes (SP) e SAC - 0800 197112 – para toda a cadeia”. marcos mosso, da ngK

“O Reparador é um dos principais integrantes do nosso mercado, já que é formador de opinião, influenciador e decisor de compra. Com a tecnologia cada vez mais avançada na indústria automotiva, acaba-se exigindo um conhecimento ainda mais técnico e atualizado por parte do reparador e a nossa missão como indústria é guiá-lo nesse trajeto, oferecendo meios que possam capacitá-los. O grande desafio da AMPRI é gerar confiança e estreitar relacionamento com o reparador, pois dele vêm as preciosas informações que tanto nos ajudam”! Jane de castro, da ampri

“A Bosch valoriza e entende a importância dos mecânicos no mercado, por isso atua para ser a sua parceira preferencial, oferecendo soluções, tecnologias, produtos e treinamentos técnicos de qualificação para que atendam os clientes com eficiência, agilidade e assertividade. Além disso, este profissional merece reconhecimento, pois seu trabalho está relacionado com a segurança no trânsito e preservação de vidas. Nesta data, parabenizamos os especialistas em realizar reparação e manutenção dos veículos, desejando muito sucesso em suas atividades todos os dias”. celícia santos, da rede Bosch service


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| capa

“A Valclei Arrefecimento parabeniza a todos os Reparadores pelo seu dia. Profissional que com responsabilidade e talento cuida para que nossas idas e vindas sejam sempre seguras. Obrigado por preferirem e indicarem nossos produtos”. Leandro Lucio, da Valclei “Para nós, da DS, o reparador é muito mais que um profissional especializado na manutenção de automóveis, em que sua principal responsabilidade é a de diagnosticar e resolver um problema com rapidez e precisão. O mecânico é peça vital para o mercado de autopeças, pois é ele quem diz o que é melhor para o veículo e a melhor maneira de resolver um problema. E é por esse e outros motivos que devemos estabelecer uma relação de confiança para que ele garanta seu serviço e sua reputação através dos nossos produtos. Parabéns, Mecânicos”! Higor mattos, da ds “O Reparador é a ‘peça’ que faz todo o sentido no investimento da indústria automotiva, principalmente na reposição. Ele ratifica todo o trabalho da indústria e, em tempos de informações rápidas e inovadoras a todo instante, é quem mais necessita de suporte das fábricas para seu contínuo desenvolvimento e aprimoramento profissional. A Mobensani há anos criou o T.E.M = Treinamento Especializado Mobensani, que já andou por todo o Brasil e continua com seu papel de disseminar conhecimento sobre a fábrica, produtos, novas informações e tecnologias. A ele, o reparador, a ‘peça’ principal de todo este conjunto, fica nossa homenagem que é diária e comprometida através do projeto T.E.M”. simone de azevedo, da mobensani “Para todos os reparadores do Brasil, hoje é seu dia! Não poderíamos deixar de prestar nossa merecida homenagem e agradecimento por toda fidelidade, comprometimento e parceria estabelecidos ao longo do ano. Somos gratos a todos que nos ajudam a levar nossa marca para dentro dos carros dos clientes, tornando nossa marca mais conhecida e reconhecida no mercado. Vocês são parte importante de nosso sucesso. Obrigado”! . simone Queiroz, da tecfil/Vox “Nossa equipe Aplic Resolit parabeniza a todos os mecânicos e agradecemos pela profissão que exercem. Sabemos que podemos contar com vocês sempre”. simone candido, da aplic resolit “O reparador tem o poder de compra e decisão da marca, pois está em contato direto com o consumidor. Por isso, o seu papel é fundamental para fazer girar toda a cadeia. A Affinia desenvolve ações que visam dar suporte e levar informação sobre linha de produtos e aplicações para atender o reparador que precisa se atualizar sempre. A profissão mudou e os desafios são muito maiores. É preciso ser dinâmico e versátil para poder reparar as centenas de marcas e modelos de veículos que rodam pelo País. Parabéns a todos os mecânicos do Brasil”! sabrina carbone, da affinia

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“A Vetor Automotivos parabeniza a todos os mecânicos por dedicar seu dia a dia na manutenção e segurança de nossos veículos”. ricardo Xavier, da Vetor “A Schaeffler, com suas marcas INA, FAG, LuK e Ruville, proporciona ao mercado produtos e serviços da mais alta qualidade e originais de fábrica. Mas nossa empresa sabe que somente fornecer esses produtos não basta para que o cliente final usufrua de todos os benefícios oferecidos. Por isso, prezamos e investimos na capacitação técnica, nos catálogos atualizados e no atendimento do 0800 para garantir a eles o melhor uso e aplicação de nossos produtos. Neste dia do mecânico, agradecemos esse importante elo com o cliente final e parabenizamos a todos por esse trabalho”. rubens campos, do grupo schaeffler

“Confiança! Esse é o conceito que caracteriza a figura do reparador de automóveis. Quando o dono do carro é orientado a realizar manutenções preventivas em seu veículo, é comum a menção ao ‘mecânico de confiança’... E quase todos temos o nosso mecânico de confiança! A Magneti Marelli Cofap Autopeças parabeniza os profissionais do setor pelo seu dia. Eles que sabem melhor do que ninguém que os produtos que aplicam nos veículos de seus clientes devem refletir a confiança que depositamos em seu trabalho”. magneti marelli aftermarket “A máxima ‘meu mecânico de confiança’ ilustra exatamente a importância que todos os profissionais do setor representam para o mercado. Ser um mecânico é deter consigo a patente de entendedor-mor no quesito diagnóstico, identificação e solução de problemas. Reparadores e mecânicos são peça-chave no segmento porque são formadores de opinião. Ser um profissional de confiança munido de conhecimento é um motivo de orgulho, por isso devemos valorizar a saudar a todos nesse dia tão importante para o setor automotivo. Feliz Dia do Mecânico”! Joe Hirakuri, da motul

“A Tenneco parabeniza a todos os mecânicos pelo seu dia e também agradece a confiança depositada nos produtos e nas marcas Monroe e Monroe Axios. O reparador automotivo é fundamental para o setor de autopeças e, por isso, nós investimos fortemente em treinamentos para profissionais de todo o Brasil”. ecaterina grigulevitch, da tenneco

Nota da redação: Para adequar os depoimentos ao espaço destinado à homenagem de empresas do setor, nos reservamos o direito de editá-los conservando as características originais.





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