Teste dos 100 mil km
Modelo J3 1.4 VVT 16V, da Jac Motors, em análise no CTRA.
n o 07
PáG. 16
Sua oficina é sustentável? Empresários contam ações em seus estabelecimentos e consultores do Sebrae apresentam dicas com as melhores práticas para uma oficina sustentável.
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Ano I
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FEVEREIRO DE 2016
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R$ 6 ,00
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www.balcaonordeste.com.br
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PáG. 38
Nordeste: a região que mais cresce no Brasil O balanço de 2015 ainda não está fechado, mas é fato que o Nordeste vem apresentando taxas de expansão acima da média nacional. Para se ter uma ideia, enquanto na região o PIB teve um crescimento de 3,7% em 2014, no Sudeste houve uma retração de 0,8% e, no total, o PIB brasileiro fechou o ano com um aumento simbólico de 0,1%. PáG. 10
E Mais
Números do setor Sindipeças, Anfavea, Fenabrave e Abraciclo divulgam suas previsões para 2016. PáG. 28
Organização no trabalho Especialista destaca a importância de se reinventar e ter foco nos objetivos. PáG. 4
Nordeste Diretor Executivo Bernardo Henrique Tupinambá Diretor Comercial Edio Ferreira Nelson
ANO I - Nº 07 - JANEIRO / FEVEREIRO DE 2016 www.balcaonordeste.com.br Editor executivo Bernardo Henrique Tupinambá Editor-chefe Silvio Rocha (silvio.rocha@premiatta.net) Redação Simone Kühl (simone.kuhl@premiatta.net) Colaboradores Arthur Henrique S. Tupinambá / Luciana Morosini (Recife) Fauzi Timaco Jorge / Karin Fuchs / Jota Pompílio (Fortaleza) Edison Ragassi / Luciana Castro (Fortaleza) Departamento de Arte (arte@premiatta.net) Supervisor de Arte/Projeto Gráfico Fabio Ladeira (fabio.ladeira@premiatta.net) Assistente de Arte - Juan Castellanos Departamento de Audiovisual Vanderlei Vicário (vanderlei.vicario@premiatta.net) Fotografia Eduardo Portella Amorim / Estúdio Premiatta Departamento Comercial (comercial@premiatta.net) Diretor Comercial Edio Ferreira Nelson (edio.nelson@premiatta.net) Executivo de Contas Richard Fabro Faria (richard.faria@premiatta.net) Marketing / Distribuição (marketing@premiatta.net) Internet (webmaster@premiatta.net) Supervisor de Desenvolvimento Aryel Tupinambá (aryel@premiatta.net) Financeiro (financeiro@premiatta.net) Analista Financeira / Tatiane Nunes Garcia (tatiane.nunes@premiatta.net) Assistente Administrativa Stéphany Lisboa (administrativo@premiatta.net) Impressão Log&Print Gráfica e Logística
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| Editorial
fevereiro de 2016 / edição 07
Nordeste cresce acima da média do País
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balanço de 2015 ainda não está fechado, mas é fato que o Nordeste tem apresentado taxas de expansão acima da média nacional. A título de comparação, enquanto na região o PIB teve um crescimento de 3,7% em 2014, em contrapartida, o Sudeste teve uma retração de 0,8% e, no total, o PIB brasileiro fechou o ano com um aumento simbólico de 0,1%. É também o Nordeste que tem atraído investimentos e se mostrado cada vez mais uma região promissora para polos industriais, a exemplo da própria indústria automobilística com a instalação de plantas fabris: Pernambuco com o seu polo tecnológico e, seguindo os mesmos passos, o estado de Alagoas. Em técnica, Tuper realiza a troca do sistema de exaustão do Chevrolet Zafira Elite 2008/2009 2.0 Flex; e Sampel demonstra como deve ser feita a correta substituição dos coxins do motor Renault Logan 2012/2012 com 48 mil km. Com a produtividade e alta performance priorizados nas empresas na hora da escolha do profissional, especialista aponta os perigos que a falta de organização pode causar no ambiente profissional; e também a otimização do tempo no trabalho, ressaltando os pontos positivos e negativos no dia a dia.
Neste mês a história da Nacional Auto Peças, de Barreiras (BA), varejo que é referência na região e conta com diversos produtos e serviços do ramo automotivo nas linhas linha leve e utilitário, com uma área de autosserviços agregada à loja, ampliando sua oferta. E mais, para entender melhor os resultados de 2015 e como o setor deve se comportar neste ano, as entidades: Sindipeças, Anfavea, Fenabrave e Abraciclo apresentam suas projeções sobre como será o ano de 2016.
Também nesta edição, dicas para promover a sustentabilidade nas oficinas mecânicas. Empresários contam práticas em seus estabelecimentos e pedem mais conscientização, fiscalização e participação dos fabricantes na hora da coleta dos produtos. E, em Perfil, o teste dos 100 mil km do veículo J3 1.4, 16 válvulas, 2012/2013, da JAC Motors, realizado nas dependências do CTRA, avaliação que você também poderá acompanhar em breve em nosso Portal (www.ctra.com. br/videos). Até mais!
Jornalista Responsável Silvio Rocha – MTB: 30.375
O Editor
Tiragem: 20 mil exemplares Os anúncios aqui publicados são de responsabilidade exclusiva dos anunciantes, inclusive com relação a preço e qualidade. As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. Balcão Nordeste Automotivo é uma publicação mensal da Premiatta Editora Ltda. com distribuição nacional dirigida aos profissionais automotivos e tem o objetivo de trazer referências ao mercado, para melhor conhecimento de seus profissionais e representantes.
Destaques da edição PáG. 6
PáG. 32
Tuper
Sampel
Troca do sistema de exaustão do Chevrolet Zafira 2.0 Flex. Segundo a fabricante, procedimento é simples e pode durar até uma hora.
Em processo de filiação
Para se realizar a substituição dos coxins do motor do veículo Renault Logan, é importante estar atento aos sintomas apresentados pelo carro.
Apoios e parcerias
PáG. 42
PáG. 30
Tempo PREMIATTA EDITORA LTDA Tel (11): 5677.7773 contato@premiatta.net Jornal Balcão Nordeste Automotivo Rua Engenheiro Jorge Oliva, 111 - Térreo CEP 04362-060 - Vila Mascote - São Paulo - SP
varejo
Especialista fala sobre como otimizar o tempo no trabalho e os pontos que podem ajudar e atrapalhar durante o dia a dia.
Ampliando sua oferta e se diferenciando na região, varejo baiano apresenta soluções em um só lugar através de área de autosserviços agregada à loja.
Fotos Capa: Estúdio Premiatta / Divulgação*
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| de Balcão para balcão
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A organização no trabalho Especialista revela dicas importantes e aponta os perigos que a desorganização pode causar no ambiente profissional Texto: Simone Kühl | Foto: Divulgação
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produtividade e a alta performance do profissional são quesitos muito buscados e priorizados pelas empresas, ainda mais em tempos de dificuldades econômicas em que é preciso se reinventar e fazer o famoso “mais com menos”. De acordo com Fabiano Santana, Life Coach, Executive Coach, Leader Coach e CEO da EVOLVME, uma pesquisa publicada pela Accountemps apontou que os executivos gastam de cinco a seis semanas por ano somente em busca de informações que perderam, custo este causado pela falta de organização. Diante desse cenário, para que se alcance resultados eficazes, o especialista explica o que é preciso para se organizar no trabalho, os problemas que podem vir com a desorganização e a importância de sempre ter foco em seus objetivos profissionais e pessoais. Seja organizado Em primeiro lugar ele ressalta que é preciso estar atento para não confundir organização com extremo detalhismo em tudo. “Extremos nunca são interessantes”, adverte. “Uma dica essencial sobre organização no trabalho é eliminar tudo aquilo que você não precisa, ou seja, quanto menos você tiver, menos terá que vasculhar para encontrar algo. Isso deve fazer parte da sua rotina: eliminar o que não é necessário”, orienta. Santana também salienta que os conceitos de organização devem ser levados a sério tanto na vida pessoal quanto na vida pessoal, de maneira que o indivíduo crie o hábito de organizar a própria vida, o que acontece só com muita repetição e com o entendimento dos benefícios que serão alcançados. “E quando falamos em organização não nos referimos somente à parte física (papéis, armários, mesa, etc), nos referimos também com o fato das pessoas e empresas terem suas metas e objetivos muito bem definidos, visão de futuro, planejamento de tarefas, agenda atualizada, e assim por diante. Tudo isso sem sombra de dúvidas tornará o dia das pessoas muito mais produtivo e com grande possibilidade de se alcançar o tão sonhado equilíbrio entre o pessoal e o profissional”, completa.
Fabiano Santana, Life Coach, Executive Coach, Leader Coach e CEO da EVOLVME
Evite problemas Na visão de Santana, a desorganização geralmente causa desconforto no ambiente de trabalho. “Temos aqueles que são mais organizados e aqueles que não conseguem manter o mínimo de organização necessária. Isso obviamente impacta na harmonia do ambiente e entre as pessoas”, avalia. Além disso, em um ambiente desorganizado perde-se muito mais tempo para se localizar o que se precisa, o que implica em gastos desnecessários, ou seja, dinheiro da empresa jogado no lixo. “Perceba que tudo isso vai virando uma bola de neve:
desorganização -> desarmonia -> pessoas estressadas -> empresa desperdiçando dinheiro = cliente insatisfeito”, aponta. Tenha foco Sobre a importância do foco em todas as ações, o especialista comenta que tudo deve originar do objetivo e da missão de vida do profissional. “O objetivo é aonde o profissional quer chegar, enquanto a missão de vida é o que ele fará dia após dia para ter uma vida plena e totalmente direcionada para seus objetivos. Tendo isso claro, as ações desse profissional, seja na vida pessoal ou profissional, deverão ser congruentes com esse objetivo”, explica. Neste sentido, a empresa onde ele trabalha deve ter os mesmos valores que ele cultiva. “O profissional deve aprender a trabalhar com aquilo que ele mais ama, ou aprender a amar o que ele faz. Somente quando todos esses fatores estiverem alinhados é que o profissional poderá sentir a verdadeira felicidade, a plenitude. Antes disso, terá apenas momentos de alegria, momentos de felicidade, sentimentos passageiros”, pontua. Desta forma, se a pessoa sabe aonde ela quer chegar e como ela vai chegar, automaticamente ela removerá da sua própria vida tudo aquilo que não agrega valor. Terá então foco no que é importante e eliminará o urgente e o circunstancial. “A partir daí a organização é apenas consequência”, emenda. Dicas importantes: • Tenha metas e objetivos muito claros, seja pessoal ou profissional. E é muito importante colocar tudo isso no papel, escrever e deixar visível. • Mantenha sua agenda sempre atualizada e compartilhe-a com seu time. Isso ajudará na comunicação entre você e os membros da equipe, e também valorizará a gestão transparente. • Siga o plano, ou seja, execute diariamente atividades que o levarão para esse objetivo. • Tenha uma lista de tarefas, de preferência priorizada. Não se esqueça de diferenciar importante de urgente. • Tenha uma agenda simples, atualizada e centralizada. Todos os compromissos devem estar nessa agenda. Tirar o máximo de coisas da cabeça é fundamental. • Organize seus documentos e e-mails de tal forma que possa encontrá-los facilmente. Crie categorias (poucas) de tal forma que você não tenha dúvidas sobre que tipo de informação existe naquele container. • Lembre-se da regra: “quanto menos você tiver, menos terá que pesquisar”. • Faça limpezas periódicas nos seus arquivos (físicos ou digitais). Evite guardar lixo. • Tenha consciência de que no ambiente de trabalho você tem amigos, e que você não está na sua casa. É importante ter respeito com as pessoas e, principalmente, com o local onde você trabalha. • Leve para a empresa conhecimentos e ferramentas de Gerenciamento do Tempo. Existe muita coisa boa no mercado, melhores práticas, que uma vez aplicada podem transformar a rotina de trabalho dos profissionais. • Tenha o mínimo de processos e procedimentos que oriente as pessoas. Novamente ressalto a importância de se evitar os extremos.
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Técnica
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Texto: Silvio Rocha | Fotos: Divulgação
Troca do sistema de exaustão do Chevrolet Zafira 2.0 Flex Procedimento foi realizado nas dependências do Centro de Treinamento da Reposição Automotiva
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sistema do escapamento é formado pelo coletor de admissão, tubo do motor, catalisador, silencioso intermediário e silencioso traseiro, cujo objetivo é reduzir os ruídos produzidos pelo motor, impedir que os gases nocivos prejudiquem a saúde, controlar a contrapressão dos gases para obter o melhor rendimento do motor e auxiliar na redução do consumo do combustível. O profissional Reinaldo Suffez, da Tuper Escapamentos e Catalisadores, da fábrica
Reinaldo Suffez, da Tuper Escapamentos e Catalisadores
da empresa localizada em São Bento do Sul (SC), realizou nas dependências do CTRA o passo a passo da troca do sistema de exaustão do Chevrolet Zafira 2.0 Flex, 2008/2009. À ocasião, estiveram presentes profissionais da Umicore, fabricante de catalisador automotivo, que destaca a seguir a tecnologia empregada nesse produto. Para identificar a hora certa de trocar, é preciso estar atento aos sintomas que o veículo indica como: excesso de ruídos, vazamento de gases, vibrações na carroceria, quebra de partes do sistema de escapamento, quebra de suportes, estouros constantes e aquecimento no assoalho do veículo. Segundo Reinaldo, o procedimento é considerado simples e pode demorar até uma hora.
Atenção ao Catalisador O catalisador é uma peça formada por um núcleo cerâmico ou metálico que transforma os gases tóxicos do motor em gases inofensivos, através de reações químicas, desenvolvido para trabalhar em conjunto com o sistema de alimentação dos automóveis. Em bom funcionamento, é capaz de converter cerca de 98% dos gases poluentes. Localiza-se no sistema de escapamento, após o coletor de gases de escape e próximo ao motor, de forma a aproveitar a temperatura decorrente da combustão. A tecnologia Umicore está no desenvolvimento de Catalisadores adequados aos combustíveis brasileiros (gasolina com álcool, álcool hidratado, etc.) em total conformidade com o Código Nacional de Trânsito e com as leis ambientais.
Como dicas importantes, orienta-se manter toda a parte elétrica sempre revisada, não colocar aditivos no combustível ou no óleo lubrificante, não permitir a entrada de água pela ponteira quando o escapamento estiver aquecido, não forçar o veículo a “pegar no tranco” e não instalar alarmes ou sistema anti-furto não recomendados pelo fabricante do veículo.
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Técnica
Passo a passo da troca do sistema de exaustão do veículo Chevrolet Zafira Elite 2008/2009 2.0 Flex 01- Coloque o veículo no elevador e realize a verificação do sistema.
02- Após a verificação, inicie o processo de desmontagem das peças com as ferramentas adequadas. Primeiro retire o catalisador, coletor de admissão, tubo de motor, depois o silencioso intermediário e, em seguida, o silencioso traseiro.
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Técnica 03- Comece a instalação do novo escapamento encaixando ele no tubo da saída do motor. Em seguida, prenda o escapamento com as presilhas e as abraçadeiras. Tome cuidado para não deixar nenhuma presilha ou abraçadeira solta ou frouxa. Obs.: A cada troca verifique os itens que fazem parte do sistema de exaustão, como os coxins.
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04-Na montagem dos novos componentes, recomenda-se que não se dê o aperto final em nenhum deles. Após encaixá-los faça o ajuste nos mesmos e depois dê o aperto final para encerrar o procedimento.
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Do setor primário à industrialização Nordeste caminha a passos largos para tornar-se uma das regiões mais promissoras do País, atraindo com isso investimentos e empresas
Texto: Karin Fuchs | Fotos: Divulgação
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balanço de 2015 ainda não está fechado, mas é fato que o Nordeste tem apresentado taxas de expansão acima da média nacional. A título de comparação, enquanto na região o PIB teve um crescimento de 3,7% em 2014, em contrapartida, o Sudeste teve uma retração de 0,8% e, no total, o PIB brasileiro fechou o ano com um aumento simbólico de 0,1%. É também o Nordeste que atrai investimentos e mostra-se cada vez mais uma região atrativa para polos industriais, a exemplo da própria indústria automobilística com a instalação de plantas fabris, Pernambuco com o seu polo tecnológico e, seguindo os mesmos passos, o estado de Alagoas (ver Box). Na análise do economista Marcos Nóbrega, professor Adjunto da Universidade Federal de Pernambuco e Conselheiro Substituto do Tribunal de Contas de Pernambuco, nos últimos dez anos, o Brasil teve um superciclo de commodities com entrada expressiva de dólares no País, mas que não se traduz em um modelo de desenvolvimento.
No ano de 2014, o poder de compra no Nordeste chegou a US$ 450 bilhões, a região representou 13,5% do PIB nacional, com 42% de sua população na chamada classe média. Outra constatação de Nóbrega é no âmbito da educação. “As universidades melhoraram bastante, inclusive nos últimos anos foram abertas muitas universidades federais no Nordeste. Em Pernambuco há um polo digital que está fazendo um trabalho extraordinário e neste estado houve uma grande evolução nos últimos 20 anos, antes meramente produtor de cana-de-açúcar para ser um polo industrial. Saiu da primeira fase sucroalcooleira para ser uma região industrializada”, exemplifica. O ponto de partida, recorda-se, foi durante o governo de Juscelino Kubitschek com a criação do GTDN, Grupo de Trabalho para o Desenvolvimento do Nordeste, em 1958, capitaneado por Celso Furtado, o que resultou na criação da Sudene, Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste. “Há mais de 50 anos já se falava que o Nordeste, baseado em cana-de-açúcar, jamais se desenvolveria, era preciso se industrializar. O que faltava era vontade política. Quem gosta de pobre é político, seca e pobreza são indústrias”. Análise similar faz Alexandre Costa, diretor da Alpha Consultoria, consultor e palestrante, especializado em inteligência de mercado para o setor automotivo. “Historicamente, o Nordeste sempre teve sua
“É um mercado muito volátil, não há como ter adiante um modelo de desenvolvimento focado somente em exportação de commodity. Precisamos reindustrializar o Brasil e o Nordeste pode ser um polo de fronteira pela sua localização. Ainda por ser pobre, tem muitas opções para crescer”, diz. Segundo ele, o PIB do Nordeste é do tamanho do Peru e da República Checa, o que significa um componente de consumo extraordinário somado à ascensão da classe média, 40 milhões de entrantes, boa parte habitantes dos estados da região. De acordo com suas palavras, “há uma evolução silenciosa no Nordeste, como no Piauí, antes um lugar miserável que hoje é uma fronteira agrícola, e no Rio Grande do Norte, que se potencializa para ser uma nova Flórida (referência ao estado norte-americano), uma opção de segunda moradia. Além disso, muitas pessoas optam por comprarem mais produtos regionais”, cita.
economia baseada na prestação de serviços e comércio, principalmente após o período de desindustrialização que se instalou na região na década de 1980. Porém, nos últimos anos, o que temos visto é a paisagem, antes dominada pela monocultura da cana-de-açúcar, dar lugar a pesados investimentos industriais de grupos nacionais e estrangeiros. Estimulados por benefícios fiscais e localização estratégica da região, optaram pelo Nordeste como forma de expandir seus negócios”, diz. Segundo ele, esses projetos fabris entraram em funcionamento após vários anos de estruturação, o que gerou um aumento considerável na receita dos estados, bem como promoveu um ganho social através da geração de emprego para a população. Junto a isso, novos negócios surgiram para apoiar a demanda das indústrias instaladas. Costa também comenta sobre o crescimento do mercado interno, “hoje formado por 56 milhões de habitantes, além do amadurecimento do mercado local. Isso garante a movimentação da economia, mesmo em períodos de retração. Claro que diante de um cenário econômico mais favorável, teríamos resultados mais animadores, mas ainda enxergo potencial no Nordeste para manter o crescimento acima do nacional pelos próximos dez anos, ainda que em ritmo mais lento”, afirma.
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Gerência de Oficina
Infraestrutura Marcos Nóbrega comenta que um dos símbolos da evolução foi a criação do porto de Suape, em Pernambuco, cuja pedra fundamental foi lançada em 1974 e, em 1983, começou a operar efetivamente, e a ferrovia Transnordestina, que liga o Porto de Pecém, no Ceará, ao Porto de Suape e o cerrado do Piauí, além de novos aeroportos inaugurados anos depois. Mas para ele ainda há um grande caminho a percorrer. “Nós corremos o risco de ficarmos no meio do caminho. Temos tudo para termos um ramal logístico, mas falta integração dos modais (aeroportos, portos, rodovias e ferrovias). É preciso pensar no Nordeste como um todo, um mercado integrado que precisa ser explorado”. E nesse ponto ele ilustra o quanto a região está barata para atrair investimentos. “Não houve uma desvalorização cambial, mas uma recuperação do câmbio, o anormal era ele estar cotado a R$ 2,80. E especificamente o Nordeste está barato, há oportunidades extraordinárias para hospitais, privatização de saneamento, concessão de rodovias, setor educacional. Temos médias empresas prontas para serem vendidas em
Gestão de Estoque
segmentos muito competitivos”, afirma. Inclusive, ele tem ido muito à Ásia e, principalmente, divulgado o Nordeste. “Recentemente, lancei um livro em Singapura “Infrastructure and Investment in Brazil: economic and legal aspects” sobre a oportunidade de investimento no País, e tenho focado principalmente nas oportunidades no Nordeste para atrair investidores asiáticos. Acho que este é o caminho para os próximos anos”, crê. Automobilística Segundo Alexandre Costa, o forte investimento promovido pela FCA (Fiat Chrysler
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Automobiles) no Polo Automotivo de Goiana e o desenvolvimento do Centro de Pesquisa do grupo em Recife (PE), além da instalação de centros de distribuição de veículos realizados pela FIAT, GM e Toyota, geram renda e impactos na economia. “Somado a isso, temos o crescimento das operações de portos estratégicos como o Suape, em Pernambuco, e Pecém, no Ceará, que permitem o escoamento da produção local e favorecem novos negócios na região”. E Nóbrega ilustra o quanto a ida de montadoras para a região mudou o contexto local e impactou outros estados, e cita como exemplo a própria Fiat Chrysler Automobiles, com a planta Jeep, em Goiana (PE). “Ela mudou a vida de muitas pessoas, quem atuava no corte de cana-de-açúcar hoje trabalha na montadora, ganhou dignidade, cidadania, direitos sociais e trabalhistas. Isso muda a região”, informa. Com tantos movimentos no Nordeste, incluindo polos tecnológicos, Costa diz que o setor automotivo será um dos grandes beneficiados. “Aumento de renda promove venda de veículos, e um fator interessante que temos visto na região é o crescimento da participação de veículos de maior valor, diante da queda de participação dos veículos
Gestão de Pessoas
populares. Enxergo nesse caso uma leve mudança no setor de autopeças nos próximos anos pela entrada de modelos mais sofisticados, mais bem equipados e mais complexos tecnicamente”, prevê. Para Marcos Nóbrega, a industrialização do Nordeste não significa uma 2ª revolução industrial, modelo de São Paulo. “Não precisamos ter chão de fábrica e exportação primária, ao contrário, uma indústria mais voltada à tecnologia, capacitação e capital humano. O modelo paulista está superado, como diz Mangabeira Unger (filósofo e teórico social brasileiro, professor da Universidade de Harvard) referindo-se ao “são paulismo”, e também em relação ao “pobrismo”. Nós temos de mostrar que se trata de uma região
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Impactos na reposição Para o setor de autopeças, Ranieri Leitão, presidente do Sincopeças Nacional e do Sistema Sincopeças Assopeças Ceará, destaca o quanto o crescimento do Nordeste é relevante para o comércio. “Grande parte dos governos da região, em especial o do Ceará, está se esforçando para atrair investimentos, empresas comerciais e estaduais”, diz
Outro grande feito, comenta Leitão, é a Zona de Processamento de Exportação do Ceará (ZPE Ceará). “Única no Brasil em benefícios para as empresas que se instalam por aqui, voltadas para exportação. É muita atratividade para os empresários que se instalam no nosso estado”, expõe. Criado em 2010, a ZPE Ceará oferece vários incentivos, tais como isenção de impostos e contribuições federais; mesmas isenções de uma exportação normal (impostos federais) para as compras no mercado interno; 75% de redução do imposto de renda para as empresas instaladas no Norte e Nordeste, entre outros benefícios. Nas palavras de Leitão, esse desempenho dos governos em desenvolver o Nordeste tem tornado a região privilegiada em relação às outras. “Tanto que muitos estados estão atrasando o pagamento de salários e no Ceará isto tem sido pontual”, compara. No que tange o setor de autopeças, o potencial é grande. Somente em Fortaleza a frota cresceu 125,6% entre 2004 a 2014, incluindo motos, veículos leves e pesados. Para
Fábrica da Troller em Horizonte (CE)
Fábrica da Jeep em Goiana (PE)
Segundo ele, o comprometimento é bem relevante com as empresas para dar melhor emprego e melhor renda para o povo. “Não posso deixar de dar destaque para as cidades do interior do estado, pois quanto mais distante da capital o benefício fiscal é mais atrativo”.
o executivo há um longo caminho a percorrer. “As empresas não estão preparadas para a demanda que está por vir. E nós estamos com este propósito com um grande parceiro que temos, o Sebrae, para poder promover a melhoria de gestão e qualificação delas”, informa. Também entre outras iniciativas estão a Universidade de Gestão Corporativa (UGC), a Universidade de Líderes Sincopeças-CE (ULS) e a criação de um software inteligente, no ano passado, que é um termômetro de gestão e desempenho das empresas do setor. “Todas as empresas que fizeram a UGC utilizam o software com os seus indicadores do mês anterior, como o tíquete médio, rotatividade dos trabalhadores e lucratividade. Nós reunimos esses dados e todos os meses os participantes visualizam como eles estão em relação ao cenário não apenas do estado, mas também de sua região”, explica. Desta forma, a iniciativa possibilita ao empresário do setor vislumbrar onde pode melhorar, onde estão as falhas. “Como exemplo, se a inadimplência de sua loja estiver em 3%, enquanto na média do mercado está em 1,2%, ele pode tomar decisões para reverter este cenário. Com o software eles têm a sua empresa na palma da mão, esse é o grande orgulho nosso, e, a partir daí, pode fazer o seu planejamento (gestão) de forma mais adequada”, informa. Alexandre Costa também defende que o setor precisa se preparar. “Só para ilustrar, o Renegade, produto de qualidade mundial produzido em Pernambuco, e dotado do que há de mais moderno em termos de tecnologia automotiva, pontua entre os mais vendidos nos
dinâmica”, defende. Afora isso, ele cita a capacidade de multiplicação da indústria automobilística para outras localidades. “É um efeito fantástico, você expande essa influência, por exemplo, para a Paraíba. Em João Pessoa teve valorização imobiliária e postos de trabalho foram criados. A GM tem um centro de distribuição em Suape e a Toyota também nas proximidades do Complexo Industrial Portuário. Movimenta toda uma cadeia, incluindo a reposição, e novas fábricas que chegam para atender as montadoras”, especifica.
Fábrica da Shineray Motos no Complexo Industrial de Suape (PE)
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Iniciativas tecnológicas estados do Nordeste. As empresas do setor de autopeças e serviços precisam se preparar para essa nova demanda que está vindo”, alerta. Conforme suas palavras, somente nos últimos cinco anos complexos sistemas têm sido inseridos em veículos de grande produção, quando antes essa tecnologia era limitada a veículos de categoria superior e baixo volume de vendas. “É imprescindível o investimento em qualificação do corpo técnico da empresa, sob o risco de ficar às margens das inovações e comprometer a capacidade de atendimento da empresa. Qualificação que deve se estender também no aspecto jurídico, financeiro e fiscal”, alerta. Em números, ele expõe o potencial da frota. “Grandes capitais como Salvador, Recife e Fortaleza tiveram um incremento considerável em sua frota circulante, reflexo do aquecimento da economia na região. Se utilizarmos como exemplo Recife, há na cidade atualmente 674 mil veículos, o dobro de quinze anos atrás. E o Nordeste, com seus 15 milhões de veículos, é o terceiro maior mercado do País com cerca de 16,6% da frota nacional”. Para finalizar, ele analisa que se por um lado o grande número de veículos traz à tona questões desfavoráveis como trânsito intenso e problemas de mobilidade nos centros urbanos, por outro lado, olhando sob um ponto de vista das oportunidades de negócio, temos pela frente um cenário bastante favorável para os próximos anos no setor de reposição automotiva no Nordeste. “Para esse segmento, quanto mais carros nas ruas, mais peças e serviços serão vendidos”, conclui.
Polo de Tecnologia da Informação (TI): Localizado na capital de Alagoas, Maceió, contou com investimentos na ordem de R$ 15 milhões. Nesta primeira etapa o objetivo é abrigar até 40 empresas, de pequeno a grande porte para incentivar a inovação e desenvolvimento da economia criativa ligada ao setor de TI, impulsionando a economia local, promovendo e inovação e o desenvolvimento das empresas. Polo Digital do Recife: Com 240 empresas instaladas e instituições dos setores de TIC, Tecnologia da Informação e Comunicação, e de Economia Criativa, emprega diretamente 6,5 mil pessoas e gera um faturamento superior a R$ 1 bilhão que também movimenta a economia local. Outras iniciativas Sergipe: Não apenas a capital, mas também cidades do interior têm sido beneficiadas com novas empresas que chegam. Somente em 2014, 122 empreendimentos foram instalados na capital. No interior, foram 103, entre os anos de 2007 e 2013, o que resulta aproximadamente 123 mil empregos e investimentos que alcançaram a ordem de mais de R$ 723 milhões. Piauí: Durante todo o ano de 2014 foram abertas 7.473 empresas no estado. Somente no primeiro semestre do ano passado, este número chegou a 7.607. Como característica, a grande maioria, 80% do total, dos novos empreendimentos, foram constituídos pelos MEIs, microempreendedores individuais. O levantamento é da Junta Comercial do Piauí (Jucepi).
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| Artigo
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Pós-venda, a melhor forma de fidelizar o cliente Texto: Carlos Cruz* | Foto: Divulgação
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specialmente em tempos de crise, vender mais para o mesmo cliente pode ser a melhor alternativa para garantir os resultados e fazer com que as metas sejam batidas. É fato que em períodos de retração econômica as pessoas e empresas arriscam menos, deixam de comprar novos produtos/ serviços e também de procurar por novos vendedores. Ou seja, o vendedor deve se agarrar aos seus clientes e batalhar para que eles ampliem o ticket médio, fatos que, claro, podem render indicações e novos contatos. Segundo pesquisas de Fred Reichheld, criador do Net Promoter Score, índice que mede a lealdade do cliente, um aumento de 5% na retenção de clientes pode gerar melhoria de 25% a 75% nos lucros, principalmente se forem clientes estratégicos com muito potencial. O especialista classificou os compradores entre: “promotores”, que avaliam bem, sempre repetem a compra e insistem para que seus amigos façam o mesmo - empresas com 80% de clientes promotores estão no caminho certo para a excelência no atendimento e sucesso em vendas; “neutros”, aqueles satisfeitos, mas pouco entusiasmados e que podem ser facilmente seduzidos pelo concorrente; e “detratores”, ou seja, os consumidores infelizes, responsáveis por mais de 80% da propaganda negativa de uma empresa. Mas quais métodos utilizar para fidelizar o cliente? Como
evitar que ele fale mal da minha empresa? Um desses métodos é praticamente infalível: garantir um pós-venda de qualidade! Sempre digo que o pós-venda é a pré-venda da próxima venda. E, apesar da repetição de palavras, essa é mesmo a melhor definição para essa técnica, que é tão importante quanto o primeiro atendimento, quanto à venda em si. É um erro acreditar que uma negociação se encerra com a assinatura de um contrato ou quando o comprador deixa a loja. A venda precisa ser encarada apenas como o primeiro passo de uma parceria que pode durar muitos anos. É somente depois de fechar o negócio que o comprador tem a oportunidade de testar o produto ou serviço e, ao mesmo tempo, é quando dá a oportunidade para a empresa mostrar que não vendeu apenas “por interesse”, que estava realmente empenhada em garantir a satisfação. Esse comprador espera receber a mesma assistência que teve durante a venda, e essa é a chance que o vendedor tem de não decepcioná-lo, de fortalecer a confiança e estreitar a relação comercial. Uma empresa que não oferece um bom pós-venda, certamente, corre o risco de perder controle e influência sobre o cliente e, mesmo que o produto vendido seja muito bom, ele pode ser comprado na concorrência. Assim como no processo da venda, é importante criar uma aproximação com o cliente e saber quais são as suas expectativas
com o produto ou serviço adquirido. O comprador quer sentir a sensação de segurança ao fazer uma escolha e, por isso, as empresas precisam criar métodos para acompanhá-lo e garantir o bom funcionamento do produto. Uma boa forma de botar isso em prática é estruturar, quando possível, uma equipe dedicada exclusivamente ao atendimento pós-venda, com visitas técnicas, reuniões de acompanhamento do trabalho ou até mesmo uma simples conversa para saber qual o grau de satisfação do comprador. É imprescindível criar uma rotina que possa ser realizada pelos próprios vendedores. É importante ter a consciência de que a pessoa satisfeita com o atendimento recebido cria uma imagem positiva da empresa e do processo de compra. A iniciativa faz com que ela retorne sempre que necessário e ainda faça boas recomendações, que, por sua vez, podem resultar em novos clientes. O comprador satisfeito vira um promotor, que pode indicar a outras pessoas ou ampliar o seu ticket médio. É esse tipo de cliente que todo vendedor precisa manter por perto. E lembre-se sempre: o pósvenda é a pré-venda da próxima venda. *Diretor do Instituto Brasileiro de Vendas (IBVendas) - www.ibvendas.com.br
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JAC Motors J3 – 2012/2013 Motorização Versão: 1.4 VVT 16V Tipo de motor: quatro cilindros em linha Transmissão: manual de cinco velocidades
mercado | |perfil
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Teste dos 100 mil KM: JAC Motors J3 Veículo com quilometragem avançada é avaliado por reparador nas dependências do CTRA Texto: Silvio Rocha e Simone Kühl | Colaborou: Wanderlei Castro | Fotos: Vanderlei Vicário
Suspensão Dianteira: independente, tipo McPherson com barra estabilizadora e molas helicoidais Traseira: independente, tipo Dual Link com molas helicoidais
Freios Dianteiro: a disco ventilado Traseiro: a tambor com sapatas auto-ajustáveis
Dimensões Total – Comprimento x largura x altura (mm): 3965×1650×1465 Entre eixos (mm): 2400
Capacidades Capacidade do porta-malas (lts): 350 Capacidade do tanque de combustível (l): 48
E
m 18 de março de 2011, a JAC Motors inaugurou suas atividades no Brasil, apresentando elétricos dianteiros e traseiros, desembaçador traseiro, limpador traseiro, retrovisores elétricos, os modelos J3 e J3 Turin totalmente adaptados para o País, com alterações que vão lâmpadas halógenas, faróis com regulagem elétrica de altura, faróis de neblina (dianteira), desde a estética a trabalhos na engenharia, sendo no total 242 itens modificados em lanternas de neblina (traseira), brake light, luzes de leitura, alças de segurança dianteiras e traseiras, parassol com espelho de cortesia, acendedor de cigarros e retrovisor interno relação aos modelos originais. Como diferenciais, os veículos chineses chegaram com: garantia total de seis anos sem antiofuscante. Além disso, conta com direção hidráulica, ar-condicionado, freios com ABS e EBD, duplo limite de quilometragem, revisões com preços reduzidos, peças de reposição mais baratas do airbag frontal, volante com regulagem de altura, travamento segmento e um seguro mais acessível. automático das portas a 15 km/h, banco traseiro bipartido Em especial, o veículo em análise nesta edição, J3, é 60/40, CD player com 6 alto-falantes e entrada USB e rodas de equipado com o motor 1.4 litro a gasolina, confeccionado em liga de alumínio aro 15, entre outros itens. bloco de alumínio e desenvolvido em parceria com a austríaca O modelo está disponível no mercado em três cores AVL, com 16 válvulas e duplo comando, que desenvolve 108 sólidas (Branco Ártico, Vermelho Cereja e Preto Classic) e cv de potência a 6.000 rpm e torque de 138 Nm (14,1 kgfm) em quatro opções metálicas (Prata Imperial, Cinza Mercúrio, a 4.500 rpm, tem aceleração de 0 a 100 km/h em 11,7 Vermelho Rubi e Azul Pacífico). A cor metálica é, inclusive, segundos e velocidade máxima de 186 km/h. o único opcional do modelo, a R$ 990. Já bancos em couro A transmissão é manual de 5 velocidades, sistema são oferecidos como acessório na rede de concessionários. O McPherson nas rodas dianteiras e nas rodas traseiras preço do J3 é R$ 39.590. suspensão independente tipo dual link, recurso este que O modelo J3 possui uma nova versão apresentada há pouco aumenta a neutralidade direcional em condições extremas, mais de dois anos após a estreia da marca no País. A nova uma vez que absorve melhor as irregularidades do piso quando Cláudio Guedes, da Autotoki Service, concepção estética do veículo é jovial, redefinindo o paradigma atua em esforço. em entrevista a Silvio Rocha, da CTRA Vídeos de personalidade para o segmento de carros compactos. Os itens de série que acompanham o veículo são: vidros
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Teste dos 100 mil quilômetros Para comprovar a boa performance e o estado de suas peças devido ao excessivo tempo de uso, o proprietário da Autotoki Service, da zona Sul de São Paulo, Cláudio Guedes, participou da análise do veículo cedido pela montadora JAC Motors. Na opinião do empresário em seu teste de percurso, considerando a alta quilometragem, o veículo está em boas condições e suas peças estão bem preservadas. “No teste é observada a retomada do carro para ver como o motor responde, rolamento, pneu, barulhos na suspensão, entre outros pontos”. Ao dirigir mesmo em um piso bem acidentado, Cláudio ressalta que o J3 teve um comportamento normal e não apresentou nenhum barulho de pivô e terminal, o que geralmente costuma acontecer com veículos nessa quilometragem. Na curva acentuada para avaliar a homocinética, foi verificado que não existe folga. O painel de instrumentos mesmo básico é despojado, em sua visão, e conta com os itens essenciais. Os amortecedores também se comportaram bem ao passar rápido por lombadas, e mesmo com
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o ar-condicionado ligado o veículo não perdeu potência. Para ele, a motorização 1.4 garante um conjunto harmonioso e de equilíbrio entre o motor e o câmbio. “Em marcha lenta, os coxins do motor não transferem vibração para a carroceria”, emenda. Em subida acentuada, o carro atendeu bem, com uma direção suave, o reparador comenta que o veículo está bem alinhado, o único ponto negativo que notou foi um pouco de ruído, o que já era de se esperar pela quilometragem do mesmo. Para o proprietário da Autotoki Service, o resultado final do teste de percurso o surpreendeu. “Fiquei até impressionado nessa avaliação, o veículo atendeu bem durante todo o trajeto, em comparação com outros automóveis nacionais, pude ver que não foge muito do padrão, é um carro de fácil manutenção e o estado das peças superou minhas expectativas”, completa. De acordo com ele, esse modelo de veículo ainda não chegou à oficina, mas isso era de se esperar, visto que o tempo de garantia é de seis anos. “É preciso se preparar para atender essa demanda, pois após esse período os proprietários irão procurar os reparadores independentes”, acredita. Motor
Suspensão e freio dianteiros
A suspensão é independente tipo McPherson e o freio com disco ventilado. O acesso ao filtro de óleo é simples, não é preciso remover o protetor de cárter, o que facilita o trabalho do reparador
O motor é de fácil acesso, as bobinas são simples de trocar e o filtro de ar tem dois parafusos para sacar que também não oferece dificuldade. No geral é um motor muito bom para o reparador trabalhar
Vazamento de óleo Suspensão e freio traseiros
A suspensão é do tipo independente e o freio é a tambor com sapatas auto-ajustáveis. Observando as buchas, pode-se verificar que elas estão em perfeito estado e não apresentam folgas
Pode-se notar um pequeno vazamento de óleo que provém da parte de cima do motor. Segundo Cláudio, não é possível identificar se o problema é no cabeçote ou na tampa de válvula. O ideal é levar o veículo até a concessionária para fazer a devida manutenção, considerando que o carro ainda está no período de garantia
Para assistir em breve a análise técnica deste veículo, acesse nosso portal: www.ctra.com.br
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Peças e Serviços Mercado de reposição De acordo com Luis Trindade, gerente geral do O Baratão Autopeças, de Salvador (BA), a procura por itens desse veículo ainda não é tão grande, até pelo próprio tempo de garantia que a marca oferece, inibindo o mercado independente, contudo a dificuldade de peças mais complexas é uma realidade. “Nós conseguimos aqui os itens básicos, como pastilha e disco de freio, alguns componentes de suspensão menos amortecedor, filtros, correias, entre outros, mas ainda não investimos tão pesado pela falta de demanda na região, no entanto temos a filial em São Cristóvão que tem um atendimento mais forte para a linha importada”, comenta. Outro fator que pode atrapalhar a busca por peças é a falta de reposição dos importados. Segundo Luis, alguns importadores já avisaram que terão dificuldades para repor produtos este ano devido à crise econômica que muito se escuta e à alta do dólar. Na Dampeças, de Recife (PE), a realidade de busca por peças é a mesma. Para Allan Diego Porto Ferreira, coordenador de Compras, a campanha de marketing em cima desse veículo frisando a garantia de seis anos foi tão forte que a procura de peças ainda não gerou impactos na loja. “Temos os itens básicos de maior giro para manutenção, mas não investimos muito nessa linha pelo próprio tempo de garantia, conheço um caso de uma pessoa que foi procurar um radiador em uma autopeça e apenas a concessionária tinha, mas se o cliente precisar vamos atrás das fábricas para conseguir o componente”, comenta. Já na loja de importados da Padre Cicero, em Fortaleza (CE), são poucos os itens em estoque para esse veículo também, conforme conta o subgerente
Antonio Alves: “Temos alguns itens de suspensão e freios, pivôs, terminais, pastilhas, entre outros, mas não temos produtos na linha de motor e acabamento. Temos uma área de peças que sempre está à procura por itens e estamos aguardando os fabricantes disponibilizarem os produtos desse modelo. Mas caso haja procura, vamos atrás com os nossos fornecedores e, se não conseguirmos, indicamos a concessionária”, finaliza. Concessionárias JAC Motors Salvador-BA Caminho das Árvores Endereço: Alameda das Espatodeas, 138, Caminho das Árvores (71) 3204-6300 Vitória da Conquista-BA Conquista Endereço: Av. Bartolomeu de Gusmão, 764, Jurema (77) 3422-6609 Fortaleza-CE Centro Automotivo Porto Seguro Estação do Carro Endereço: Avenida 13 de Maio, 31, Fátima (85) 3272-1696 Recife-PE Recife Imbiribeira Endereço: Av. Marechal Mascarenhas de Moraes, 4831, Imbiribeira (81) 3472-1250 Colaborou: JAC Motors do Brasil
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Texto: Redação | Fotos: Divulgação
Catálogo online de autopeças da Bosch inova com imagens e recurso de visualização em 360º O catálogo online de autopeças da Bosch, que anualmente é acessado por um número superior a um milhão de usuários em todo o mundo, foi atualizado e está ainda mais completo. Agora o sistema conta com informações adicionais dos produtos e de imagens em 360º, com o objetivo de facilitar a identificação dos itens de forma mais ágil e segura. Graças a essa expansão, os usuários agora podem visualizar mais de cinco mil peças de reposição em todos os ângulos. No Brasil, o endereço eletrônico de acesso ao catálogo de autopeças Bosch é: www.bosch-automotive-catalog.com/pt_BR/
Continental desenvolve novas tecnologias que prometem impactar a vida dos motoristas Por trás da marca Continental está um dos maiores grupos sistemistas do mundo, o que explica os diferenciais tecnológicos presentes, por exemplo, nos pneus, desenvolvidos por profissionais que amam e que realmente entendem o universo dos automóveis. O dynamics eHorizon, uma tecnologia baseada em nuvem que emprega a informação da estrada à frente para alimentar diretamente a eletrônica embarcada no veículo, foi uma das novidades apresentadas pela Continental na Consumer Eletronics Show (CES), realizada em Las Vegas
5ª Convenção Nacional de Vendas Cobreq adota o tema “Um salto para o futuro!” De 20 a 22 de janeiro, em Vinhedo, interior de São Paulo, foi realizada, a 5ª Convenção Nacional de Vendas Cobreq tendo como tema “Um Salto para o Futuro”! O evento contou com a presença de todo o time de vendas IAM e Logística da TMD Friction do Brasil, com destaque para os volumes de vendas, projeto da nova fábrica em Salto com mais de 100.000 m², novos produtos e, principalmente, o comprometimento e melhor “interface” com seus distribuidores.
Goodyear tem novo ponto de venda em Sergipe Foi inaugurado neste mês mais um ponto de venda da Goodyear. É uma revenda mista da Tyresoles, que oferece produtos e serviços para proprietários de automóveis e caminhões, além de posto de combustível e loja de conveniência. De acordo com Jorge Karagulian, gerente de contas Norte e Nordeste da Goodyear, o novo ponto de venda fica em um dos melhores locais de entrada da cidade. A loja, localizada na Rodovia Antonio Martins de Menezes, 584 – Centro, fica em Lagarto, a maior cidade do interior de Sergipe - a 75 quilômetros da capital do Estado, Aracaju - que polariza diversos municípios próximos e é rota de caminhões e automóveis para a Bahia.
Segmento de Serviços Automotivos cresce 8,8% e ajuda a manter bom desempenho do franchising A ABF (Associação Brasileira de Franchising) divulgou o balanço anual do mercado de franquias em 2015. O setor registrou no ano passado um crescimento de 8,3%, atingindo R$ 139,593 bilhões. O segmento de Serviços Automotivos ficou com a quinta posição, registrando um crescimento de 8,8% no faturamento. Uma marca que comprova esse crescimento é a Doutor Lubrifica, rede de franquias que oferece manutenção automotiva delivery, que faturou R$ 13 milhões em 2015, com crescimento de 60% em relação a 2014.
Shineray ocupa a segunda posição em emplacamentos de duas rodas no País
Philips Automotiva lança Programa Valoriza O programa tem como objetivo trazer benefícios para as lojas, transformando as compras realizadas nos distribuidores em pontos que podem ser trocados por prêmios. A participação é aberta e gratuita para toda e qualquer revenda de lâmpadas automotivas Philips do território nacional, que ganham pontos a cada nova compra de lâmpadas Philips. Para participar, basta entrar no site do Programa Philips Valoriza e realizar o cadastro. Mais informações, acesse o site da campanha (www.valoriza.philips.com.br).
Pelo segundo mês consecutivo, a Shineray do Brasil assume a segunda posição no emplacamento de veículos de duas rodas no País. Os dados são da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) relativos ao mês de janeiro de 2016. Em novembro de 2015, a montadora pernambucana já havia assumido a terceira posição no ranking e, em dezembro, cravou o segundo lugar no número de emplacamentos, ultrapassando a Yamaha.
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Vendas de veículos usados recuam 10,5% em janeiro A queda de 10,5% das vendas de veículos usados verificada em janeiro, quando foram transferidos 735,4 mil unidades, comparada com o volume de 821,9 milhão de veículos no mesmo mês de 2015, entre automóveis, comerciais leves e pesados, acendeu uma luz amarela no segmento. Para a Fenauto, Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores, o desempenho negativo apurado no primeiro mês do ano reflete os efeitos da retração da demanda de consumo, que vem atingindo a maior parte da economia brasileira e que após atingir o mercado de veículos zero quilômetro parece ter chegado também ao setor de usados.
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NGK reformula site e lança vídeos de treinamento de bobinas de ignição Para oferecer ainda mais praticidade ao profissional da reparação, a especialista em sistema de ignição NGK reformulou o seu site automotivo. Além de layout moderno, o portal conta com novas funcionalidades e recursos, proporcionando acesso rápido às informações, materiais e cursos oferecidos pela empresa no www.ngkntk.com.br. A reformulação do portal também priorizou ferramentas interativas como enquetes e é integrado à página da NGK no Facebook.
Monroe lança canal de vídeo no Youtube Mecânicos e reparadores automotivos do Brasil terão acesso a mais uma fonte de informação de alta qualidade. A Monroe lançou seu canal de vídeos no Youtube – Monroe Informa – que chama a atenção para assuntos do dia a dia do profissional de forma simples e rápida, apresentados pelo coordenador de Treinamento Técnico da Monroe, Juliano Caretta, no Centro de Treinamento e Desenvolvimento da empresa, em Mogi Mirim (SP). Os vídeos têm no máximo cinco minutos.
Vetor apresenta canal “Vetor TV” Para melhor atender os seus clientes, a Vetor Automotivos criou um canal no Youtube chamado “Vetor TV”. Nele, são disponibilizados vídeos esclarecendo dúvidas sobre os produtos da marca. Além disso, é possível conhecer mais sobre a empresa e sua história. Acesse e confira!
MAHLE desenvolve tecnologia que reduz consumo de óleo lubrificante do motor
DAFRA lança Citycom S: scooter mais premiado do Brasil agora com mais potência O scooter que mais conquistou prêmios no mercado brasileiro ganha mais potência na versão 2017. O novo Citycom S chegou à rede de concessionárias DAFRA desde a 2ª quinzena do próximo mês de fevereiro e a grande novidade é o motor, que passa a entregar 27,8 cv de potência máxima. Lançado no Brasil em 2010 numa parceria de sucesso entre a brasileira DAFRA e a taiwanesa SYM, o Citycom conquistou o consumidor brasileiro.
Com o Lubrisense, ficou demonstrado que os maiores índices de economia, que chegaram a até 75% nos testes com motor com a nova camisa com revestimento de níquel, ocorriam em altos regimes de giros e de torque. Ou seja, além dos valores totais de economia, o Lubrisense tem a capacidade de mostrar, a cada momento, o consumo instantâneo do óleo lubrificante. O equipamento pode produzir um abrangente mapa do dispêndio de óleo do motor em função da variação da rotação e do torque aplicado.
Piloto Nonô Figueiredo alerta sobre cuidados em ultrapassagens em rodovias Ultrapassar um veículo pode ser uma manobra perigosa, por isso só deve ser feita com segurança. Nonô Figueiredo, piloto do Campeonato Brasileiro de Marcas, patrocinado pela Nakata, dá algumas dicas para que a manobra ofereça menos riscos no trânsito. “Sem dúvida, prestar muita atenção às sinalizações da rodovia, conhecer bem o seu carro e ter uma excelente visibilidade do que está acontecendo ao seu redor e não somente do veículo que for ultrapassar são extremamente importantes para não colocar vidas em risco”.
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Volkswagen up!, Novo Golf e Touareg são campeões em suas categorias no site Best Cars O up!, o Novo Golf e o Touareg foram escolhidos pelos leitores do site Best Cars como os melhores modelos de suas categorias na tradicional “Eleição dos Melhores Carros” promovida pela publicação digital. Em sua 18ª edição, a eleição contou com a participação de 22.394 leitores, que escolheram entre novembro e dezembro do ano passado seus modelos preferidos em 30 diferentes categorias – cinco delas abrangendo modelos fora de produção.
Aliança Renault-Nissan vende 8,5 milhões de veículos em 2015
Ford Fusion comemora 10 anos de liderança dos sedãs de luxo no Brasil Desde o lançamento, em 2006, o veículo se mantém na liderança de vendas da categoria, com uma participação que hoje supera os 70% e soma um total de 93.689 unidades no período. O veículo trouxe um novo padrão de requinte, tecnologia, segurança e luxo acessível para o segmento de sedãs médios/grandes. É um carro que mostra uma grande evolução, tem o nível mais alto de segurança e se tornou uma vitrine de novas tecnologias da Ford, trazendo para o mercado o que existe de mais avançado na indústria.
Novo Audi Q7 chega como referência na categoria A Audi traz para o Brasil a nova geração do modelo topo de linha de sua gama de utilitários esportivos. Em versão única Ambition, o modelo tem preço sugerido de R$ 399.990. Totalmente reprojetado, o novo Q7 é ligeiramente menor exteriormente e, ao mesmo tempo, ganhou espaço no interior. Com o uso de materiais mais leves e resistentes, o SUV ficou mais leve, ganhando em economia, eficiência ambiental, dinamismo e dirigibilidade. O modelo oferece um dos interiores mais espaçosos do segmento de SUVs premium.
A Aliança Renault-Nissan vendeu 8.528.887 veículos em 2015, em alta de quase 1% em relação a 2014, graças às vendas recordes nos Estados Unidos, China e Europa. As vendas acumuladas da 4ª maior fabricante global de automóveis, que inclui o Grupo Renault, Nissan Motor Co., Ltd. e a russa AVTOVAZ, se mantiveram estáveis entre 2014 e 2015, apesar da forte retração dos mercados russo e brasileiro. Renault, Nissan e AVTOVAZ comercializaram em torno de um veículo a cada dez no mundo.
Novo HB20 R spec aposta no visual esportivo De olho no consumidor que valoriza um visual esportivo e arrojado, mas sem exigir, necessariamente, maior potência e desempenho, a Hyundai apresenta o HB20 R spec, ampliando a linha de veículos desenvolvida exclusivamente para o Brasil, que já conta com o hatch HB20, o aventureiro HB20X e o sedã HB20S. Com o início das vendas em fevereiro, o modelo recebe o mesmo motor 1.6l de 128 cv das outras versões, com opção de câmbio manual ou automático, e tem equipamentos e acabamentos inéditos, além de cor exclusiva.
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GM completa 91 anos celebrando a liderança de mercado com o Chevrolet Onix A General Motors comemorou no dia 26 de janeiro 91 anos de atividades no Brasil. O Brasil segue como o terceiro maior mercado da empresa no mundo, depois de China e Estados Unidos. Entre os marcos celebrados estão a liderança das vendas no varejo da Chevrolet nos últimos três anos, o Onix como o carro mais vendido em 2015 e a produção de 15 milhões de carros no País. Vale lembrar que as vendas globais da GM cresceram pelo terceiro ano consecutivo, fechando 2015 com a comercialização de 9,8 milhões de veículos.
Chery comemora a marca de cinco milhões de carros produzidos A data foi comemorada com uma cerimônia na sede da empresa, com a presença de autoridades do poder público, empresários, entidades de classe e jornalistas. Segundo Yin Tongyao, presidente global da Chery, a partir de agora a empresa entra na segunda fase do seu plano de transformação estratégica, “momento em que a companhia pretende avançar com inovação independente e consolidar a marca por meio da criação de um novo estilo de vida para seus consumidores, contando com tecnologias de ponta, excelente qualidade e globalização”.
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Mercado de seminovos e usados Dados da Fenauto apresentam números das vendas no Brasil e nos estados do Nordeste Texto: Redação
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ara iniciar 2016 com referências de como está o mercado de seminovos e usados, a Fenauto - Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores, junto com o Denatran – Departamento Nacional de Trânsito, apresenta os índices de vendas do último mês do ano e do acumulado de 2015 em comparação com 2014.
Brasil: Evolução nas vendas por segmento Sobre os resultados no País em todos os segmentos (auto, comercial leve, comercial pesado, motos e outros) pode-se notar que o número de vendas aumentou de dezembro para novembro, já no comparado do ano de 2015 com 2014 os índices não foram significativos, o crescimento foi praticamente nulo. Os segmentos que mais sofreram ao longo do ano passado comparados com os dados de 2014, de acordo com a Fenauto foi o de pesados, que apresentou uma retração de 3,6%, seguido pelo de auto com uma queda de 1,2%, os demais setores fecharam o ano com um saldo positivo.
Brasil: Evolução nas vendas por região Na avaliação das vendas por região, o mês de dezembro mostrou um acréscimo nos números comparados ao mês anterior. E no acumulado do ano somente três regiões conseguiram terminar 2015 com crescimento em relação a 2014, sendo: em primeiro lugar a Norte, em segundo a Sudeste e em terceiro a Nordeste.
Nordeste: Evolução das vendas por estado Olhando para a região Nordeste, os resultados em um contexto geral no mês de dezembro não foram tão ruins, apenas três estados exibiram um desempenho negativo comparado a novembro: Alagoas, Maranhão e Sergipe. E no total do ano, comparado a 2014, três estados tiveram retração nas vendas: Bahia, Pernambuco e Sergipe também.
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Nordeste: Modelos mais vendidos Segundo a tabela, em dezembro de 2015 os veículos (auto e comerciais) que se destacaram foram: Gol (Volkswagen), Uno (Fiat), Celta (GM – Chevrolet), Palio (Fiat), Strada (Fiat), Hilux (Toyota), S10 (GM – Chevrolet), Saveiro (Volkswagen), L200 (Mitsubishi) e Ranger (Ford). E no segmento de motos a marca de preferência continua sendo a Honda nos modelos: CG 150, CG 125, NXR 150, BIZ e a POP 100 que apareceu na terceira posição, conquistando a preferência dos consumidores em alguns estados. Estados Maranhão
Piauí
Bahia
Ceará
Rio Grande do Norte
Paraíba
Pernambuco
Alagoas
Sergipe
Auto
Comerciais Leves
Motos
1º: Gol (Volkswagen) 2º: Uno (Fiat) 3º: Celta (GM – Chevrolet) 1º: Gol (Volkswagen) 2º: Uno (Fiat) 3º: Palio (Fiat) 1º: Gol (Volkswagen) 2º: Uno (Fiat) 3º: Palio (Fiat) 1º: Gol (Volkswagen) 2º: Uno (Fiat) 3º: Palio (Fiat) 1º: Gol (Volkswagen) 2º: Uno (Fiat) 3º: Palio (Fiat) 1º: Gol (Volkswagen) 2º: Uno (Fiat) 3º: Celta (GM – Chevrolet) 1º: Gol (Volkswagen) 2º: Uno (Fiat) 3º: Palio (Fiat) 1º: Gol (Volkswagen) 2º: Uno (Fiat) 3º: Celta (GM – Chevrolet) 1º: Gol (Volkswagen) 2º: Celta (GM – Chevrolet) 3º: Uno (Fiat)
1º: Strada (Fiat) 2º: Hilux (Toyota) 3º: S10 (GM – Chevrolet) 1º: Strada (Fiat) 2º: Hilux (Toyota) 3º: Saveiro (Volkswagen) 1º: Strada (Fiat) 2º: Saveiro (Volkswagen) 3º: S10 (GM – Chevrolet) 1º: Hilux (Toyota) 2º: Strada (Fiat) 3º: L200 (Mitsubishi) 1º: Strada (Fiat) 2º: Hilux (Toyota) 3º: L200 (Mitsubishi) 1º: Strada (Fiat) 2º: Hilux (Toyota) 3º: S10 (GM – Chevrolet) 1º: Strada (Fiat) 2º: S10 (GM – Chevrolet) 3º: Hilux (Toyota) 1º: Strada (Fiat) 2º: Saveiro (Volkswagen) 3º: Ranger (Ford) 1º: Strada (Fiat) 2º: Hilux (Toyota) 3º: S10 (GM – Chevrolet)
1º: CG 150 (Honda) 2º: NXR 150 (Honda) 3º: POP 100 (Honda) 1º: CG 150 (Honda) 2º: CG 125 (Honda) 3º: NXR 150 (Honda) 1º: CG 150 (Honda) 2º: CG 125 (Honda) 3º: NXR 150 (Honda) 1º: CG 125 (Honda) 2º: CG 150 (Honda) 3º: NXR 150 (Honda) 1º: CG 125 (Honda) 2º: CG 150 (Honda) 3º: POP 100 (Honda) 1º: CG 150 (Honda) 2º: CG 125 (Honda) 3º: NXR 150 (Honda) 1º: CG 150 (Honda) 2º: CG 125 (Honda) 3º: NXR 150 (Honda) 1º: CG 150 (Honda) 2º: CG 125 (Honda) 3º: POP 100 (Honda) 1º: CG 150 (Honda) 2º: CG 125 (Honda) 3º: BIZ (Honda)
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Números do setor Entidades apresentam previsões para 2016 Texto: Redação | Foto: Divulgação
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Sindipeças, Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores, atualizou as previsões de desempenho do setor de autopeças para este ano e trabalha com perspectivas também para 2017.
As projeções indicam faturamento nominal de R$ 64 bilhões em 2016, com crescimento de 1,3% sobre o registrado no ano anterior. É importante considerar que o crescimento nominal previsto é bastante inferior à inflação e à variação cambial passadas e projetadas. Portanto, esse crescimento nominal significa provável retração do faturamento real (ajustado à inflação e ao câmbio).
apresentado evolução favorável, ainda assim essencialmente pela queda das importações. O saldo negativo em 2015 atingiu US$ 5,6 bilhões, 37,8% inferior ao de 2014. Este ano, espera-se que caia mais 28%, chegando a US$ 4 bilhões. As exportações devem crescer cerca de 5% este ano, para US$ 8 bilhões, enquanto que as importações devem cair cerca de 9%, para US$ 12 bilhões. Confira outros indicadores. Balança Comercial
Faturamento Nominal (1)
Participação do faturamento por segmento (%)
Indicadores
Outro indicador que demonstra as dificuldades que a indústria de autopeças instalada no País tem enfrentado, independentemente da origem do capital, é o investimento. Segundo levantamento da entidade, as cerca de 470 empresas associadas devem investir US$ 575 milhões este ano, valor 7,6% inferior ao investido em 2015. Investimentos totais
O nível de emprego também vem caindo e deve chegar a 156,5 mil trabalhadores ao final deste ano, 5,1% menos que em 2015. Não se prevê melhora relevante em 2017. Mercado de trabalho – Números de postos de trabalho
Apenas o resultado da balança comercial das autopeças, embora ainda deficitária, tem
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Anfavea, entidade que representa os fabricantes de autoveículos e máquinas autopropulsadas, também divulgou suas projeções para o desempenho de licenciamento, exportação e produção da indústria automobilística em 2016. De acordo com os dados, há expectativa de que a produção registre estabilidade na comparação com o ano passado, com ligeiro aumento de 0,5%. Na visão de Luiz Moan Yabiku Junior, presidente da Anfavea, dois fatores principais contribuem para esta análise: “Acreditamos que em 2016 haverá um aumento das exportações, ocasionado pelo esforço das empresas em expandir negócios externos em um momento cambial oportuno. Além disso, também em função do câmbio, projetamos redução da participação dos importados, que tendem a ser substituídos por produtos nacionais. Esses dois fatores, aliados a uma estabilidade do contexto macroeconômico, maior número de dias úteis e expectativa de lançamentos, nos levam a crer em aumento da produção este ano, mesmo com alguma retração do licenciamento”. A entidade prevê que os licenciamentos de autoveículos em 2016 devem cair 7,5% quando comparados com 2015. Para exportações, novo crescimento deverá ocorrer este ano: a projeção é de elevação de 8,1%. Para o segmento de máquinas autopropulsadas, os dados apontam aumento de 2% nas vendas internas, elevação de 2,3% da produção e alta de 7% na exportação.
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Diante de um 2015 complicado, as projeções para 2016 são desafiadoras, segundo a Fenabrave, que espera um ano difícil no primeiro semestre, mas com viés de recuperação a partir do terceiro trimestre, dependendo do encaminhamento político. Com base nos estudos realizados pela entidade, o setor como um todo deverá apresentar queda de 5,2%. Para os segmentos de automóveis e comerciais leves, a expectativa é ter queda de 5,9%. Já para caminhões, ônibus e implementos rodoviários, a Fenabrave projeta retração de 2,7% para caminhões, 3,2% para ônibus e 1,8% para implementos rodoviários. O segmento de motocicletas, que vem sofrendo sucessivas quedas desde a crise de 2008, deverá permanecer com retração, estimada em 4,1%. Para tratores e máquinas agrícolas, considerando a safra recorde de 209 milhões de toneladas, a previsão é de manter os índices de 2015 ou apresentar um leve crescimento de 2% em 2016. Segundo o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, as projeções são iniciais e dependerão do curso que o Brasil tomará ao longo do ano, tanto em relação às diretrizes econômicas como políticas. A Fenabrave deverá revisar as projeções do setor a cada trimestre.
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Pelos dados divulgados pela ABRACICLO – Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares, em dezembro foram fabricadas 50.633 motocicletas, ante 84.820 unidades em mês similar de 2014, correspondendo a uma retração de 40,3%. No acumulado do ano, foram produzidas 1.262.708 motocicletas, 16,8% a menos do que o registrado em 2014 (1.517.662). Para 2016, as fabricantes ajustaram suas projeções: produção de 1.295.000 unidades, vendas no atacado de 1.220.000, varejo de 1.280.000 e exportação de 75 mil unidades. Através da lei 13.154/2015, sancionada em 30 de julho passado, o emplacamento dos ciclomotores passou a ser de reponsabilidade dos Detrans de cada estado, o que impulsionou um crescimento substancial nos números de licenciamento do veículo, que passaram de 17.011 unidades, em 2014, para 64.692, em 2015, significando um avanço de 280,3%. É importante observar também que, em função da nova legislação, muitos ciclomotores que estão sendo licenciados agora chegam a ter dois ou três anos de uso. Na comparação regional, destaque para o Nordeste, que registrou 36.188 ciclomotores licenciados, em 2015, contra 1.884, em 2014.
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soluções em um só lugar Ampliando sua oferta e se diferenciando na região, Nacional Auto Peças possui área de autosserviços agregada à loja Texto: Simone Kühl | Fotos: Divulgação
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om 18 anos de atuação na cidade de Barreiras (BA), a empresa é referência no segmento de autopeças e serviços automotivos na região. Foi criada em julho de 1997 a partir de um sonho em comum, a criação de um negócio próprio, por quatro empreendedores: Antônio Oliveira e Laerte Rodrigues de Almeida, funcionários até hoje; e Ângelo e José Paulo, parceiros de negócios que atualmente estão em outras companhias. Através dos desafios e conquistas, hoje a Nacional Auto Peças conta com diversos produtos e serviços do ramo automotivo nas linhas linha leve e utilitário, oferece as melhores condições de atendimento e se preocupa com o meio ambiente, trabalhando o correto direcionamento dos seus resíduos sólidos e líquidos, contribuindo para um mundo melhor.
Nacional Auto Peças, de Barreiras-BA
tipos de veículos, seja por via pessoal ou tele-entrega com ótimas formas de pagamento.
nível alto de exigência não só na imediatividade em ter o produto no momento da compra, mas, sobretudo, de ter a excelência no atendimento”, emenda.
Região de atuação De acordo com o diretor Administrativo, o segmento Tendências, inovações e capacitação de autopeças é destaque no comércio local, detendo “Vivemos a era da comunicação por via das redes uma diversidade de estabelecimentos, o que impulsiona a sociais e a empresa que não se adequar infelizmente ficará economia local e regional. “A cidade de Barreiras dispõe pra trás”, alerta Almeida. Neste ponto, ele destaca que de várias concessionárias e lojas de através do e-commerce houve um significativo aumento na automóveis novos e usados, além disso, parcela de consumidores, especialmente em acessórios, e tem uma localização estratégica, tendo com a inclusão do portal a empresa passou a ter uma maior uma relação regional grandiosa, num visibilidade no mercado. “Claro que devemos sempre buscar raio de 50 cidades, detém contato os diferenciais, prover promoções, investir em mídias e com milhares de pessoas, que a usam insumos para atrair o nosso cliente pessoalmente”, pontua. como um verdadeiro corredor de A Nacional Auto Peças possui hoje página no Facebook, passagem. Pelas suas vias internas, site, indicação e vídeos no Youtube, e também contato no passam milhares de veículos por dia, o WhatsApp para fomentar campanhas de vendas e o seu que favorece a viabilidade comercial de lado institucional. Laerte Rodrigues de Almeida, diretor Administrativo Crescimento no mercado peças e serviços automotivos”, aponta. Outro fator importante que ele salienta foi o incentivo à Almeida, diretor Administrativo, conta que “Atualmente, muito se tem atualização constante gerado pela tecnologia e contato com no início foram muitas dificuldades, entre elas a ausência comentado sobre a MATOPIBA, região que engloba os os fornecedores, “sem falar na modernização da indústria de tecnologia e organização técnico-administrativa, todos Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia (onde automobilística, que nos força a buscar capacitações para os processos eram realizados pelos próprios sócios por estamos imersos), especialmente, na região oeste adquirir conhecimento, dominar peças novas fabricadas, terem experiência e conhecimento no ramo que estavam da Bahia, antes vista como os rincões bem como a sua aplicação e passar inseridos. “A preocupação em atender bem portando a do nordeste, distante das grandes segurança ao cliente. Além disso, mercadoria em estoque sempre foi incisiva, por isso, o metrópoles, sendo hoje a menina dos sempre há um esforço de participarmos estoque é repleto de peças originais e paralelas, no intuito olhos de investidores não só nacionais, de viagens, feiras nacionais e até de satisfazer as necessidades do seu cliente e deter oriundos da região Sul e Sudeste, mas internacionais de autopeças para diferencial competitivo”, ressalta. também de olheiros internacionais, que acompanhar as tendências e buscar E, em 2002, foi agregado à loja de peças o autosserviços. veem na região excelentes oportunidades inovações”. “O novo produto nasceu de discussões firmadas para de negócios, dado a sangria comercial e Sobre capacitação dos profissionais, alcançar crescimento, fortalecendo a oferta existente, de desenvolvimento das regiões que se a empresa ultimamente tem buscado começando a funcionar com dois elevadores, propiciando consolidaram no mercado como viáveis e parcerias em treinamentos com apenas serviços de suspensão”, relembra. “Com o aumento que infelizmente estão em declínio pelos fornecedores, além de se vincular a significativo da procura e com o advento tecnológico, surgiu problemas naturais, a falta de água e a Antônio Oliveira, diretor Comercial órgãos como o Sebrae, Sesi e CDL a necessidade da inserção de serviços elétricos, justamente alta densidade demográfica. Isso deixou para estar conectada em tempo real pela produção em larga escala de automóveis com injeção espaço para a nossa região, rica em água e com clima sobre os cursos e treinamentos voltados o segmento. “Tem eletrônica, assim ampliando os demais serviços através do estável durante todo o ano, o que nos propicia excelentes funcionado bem e sempre a equipe participa de eventos, atendimento de caminhonetes”, emenda. condições de crescimento”, afirma. cursos ou palestras”. Hoje possui 16 elevadores, todos com pistola Em relação ao público comprador, ele informa que são pneumática, ferramental e equipamentos novos e clientes do sexo masculino, de diferentes faixas etárias e Fechamento do ano e perspectivas modernos, equipe de profissionais habilitados e um perfis econômicos. Além de órgãos públicos, empresas Segundo Almeida, 2015 foi um ano atípico em todo estoque de peças multimarcas, atendendo a todos os privadas, associações e oficinas parceiras. “Todos com o comércio, que sofreu os reflexos da crise econômica
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mundial iniciada na Europa. “No Brasil, estamos numa época de recessão, com índices inflacionários altos e uma enorme luta com a política fiscal e tributária, que ostenta os piores percentuais para os empresários, além, é claro, de estarmos no ápice de uma crise política, o que dificulta para todos os ramos do País. Vale ressaltar que este ano tivemos aumento nos tributos, e a nossa carga é gigante!”, enfatiza. Diante deste cenário, o segmento consequentemente sofreu, sendo necessárias adaptações, cortes nas despesas, enxugamento na folha de pessoal e uma reformulação na política de compras junto aos principais fornecedores. “No entanto, não nos sentimos tão prejudicados, pois o nosso movimento não decaiu, tivemos um fluxo bom de clientes
Área de autopeças
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durante todo o ano, vez que trabalhamos muito a fidelização. Os nossos clientes são presentes e o nosso ramo é de necessidade, talvez por isso não tenha tido tamanho impacto comercial”, analisa. Para 2016 a perspectiva é de crescimento, mas com a consciência que pode ser um ano de muitas incertezas. “Ainda assim, iremos trabalhar com o objetivo de aumentar o nosso faturamento em pelo menos 10%, investir em tecnologia e ações voltadas para o cliente, ampliando ainda mais o nosso mix de produtos e serviços”. Desta forma, Almeida revela que a empresa pretende focar o trabalho da equipe, com o oferecimento de cursos e treinamentos periódicos para que possam trabalhar melhor a venda, fortalecer ainda mais a confiança, segurança e satisfação do cliente; reformar a área de autopeças, ampliar suas dependências, dando maior comodidade aos clientes e oferecer um maior conforto aos nossos colaboradores; buscar entrar em outros nichos de mercado para ampliar ainda mais o seu alcance, e focar em acessórios e em peças de alto giro, “pois o ano de 2016, com as incertezas econômicas, será
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Área de serviços automotivos
um ano mais moroso na comercialização de carros novos, o que irá forçar a vinda de maior quantidade de clientes em busca de repor peças e revisar a performance dos sistemas automotivos”, completa. Nacional Auto Peças Razão Social: JLA Comércio de Peças Ltda. Endereço: Av. Antônio Carlos Magalhães, Centro, Barreiras-BA Área: 1200m2 Estoque: mais de 2.000 itens Colaboradores: 37 (sendo destes, 1 motoboy e 2 estagiários) Horário de funcionamento: 7h30 às 18h00 Telefone: (77) 3614-6000 Portal: www.nacionalautopecas.com.br
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Texto: Silvio Rocha | Fotos: Divulgação
Troca dos coxins do motor do Renault Logan Para se realizar este procedimento, esteja atento aos sintomas apresentados pelo seu veículo
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rojetados para promover a fixação do conjunto motriz à carroceria do veículo, os coxins também garantem a absorção de vibrações e ruídos do motor. Desta forma é importante realizar a substituição sempre que o veículo apresentar alguma anomalia. Vale lembrar que a quilometragem média para a troca dos coxins varia de acordo com cada veículo. Conforme o técnico da Sampel, Thiago Kiyoshi, ruídos, vibrações, balanço do motor ou do câmbio, trancos e solavancos também são considerados indicações de desgaste. Para isto, o profissional explica como deve ser
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Thiago Kiyoshi, da Sampel, entre Wanderlei Castro e Silvio Rocha, da Premiatta
feita a troca dos três coxins presentes no motor (limitador de torção ou coxim traseiro, coxim do motor lado direito e o coxim do câmbio lado esquerdo). O tempo de trabalho neste procedimento pode durar em média uma hora e, ainda segundo o técnico, o serviço completo com a mão de obra inclusa chega a custar entre R$ 600,00 e R$ 900,00.
Passo a passo da troca dos coxins do motor do veículo Renault Logan 2012/2012 – 48 mil km
Coloque o veículo no elevador para iniciar o procedimento. O primeiro a ser substituído é o coxim traseiro (limitador de torção). Para isto, com as ferramentas necessárias, retire o componente e os parafusos que o prendem. Neste coxim, foi possível identificar a deformação pela carga e rupturas na borracha devido ao tempo de uso. Depois de retirado o produto, realize o procedimento inverso e insira o novo coxim.
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Técnica
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Passo a passo da troca dos coxins do motor
O segundo a ser substituído é o coxim do motor lado direito. Para isto, o profissional deve apoiar o motor para que o mesmo não caia ao soltá-lo e ter muito cuidado ao tirar os parafusos que o fixam. O coxim do motor também apresentou deformação pelo tempo de uso. É importante ter atenção ao colocar os parafusos que fixam o coxim ao motor, pois o suporte é de alumínio e pode ser danificado facilmente. Recomenda-se uma chave de catraca para este procedimento. Em seguida, realize os procedimentos inversos e substitua o produto.
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E, por último, deve-se trocar o coxim do câmbio lado esquerdo. Para iniciar este procedimento é necessário desligar por completo a bateria e retirá-la, e também tirar o protetor de cárter para ter acesso ao coxim e suspender o câmbio. Neste item foi verificado um defeito de fabricação do produto. Segundo os técnicos, este defeito de fabricação não pode acontecer, a falha no produto deve ter acontecido no processo de vulcanização. Retirado o produto, insira o novo coxim e recoloque os componentes no veículo. Para finalizar, é recomendado que o profissional dê uma volta com o veículo para verificar se ocorreu tudo certo nas substituições.
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Texto: Redação | Fotos: Divulgação
Empresa de transporte de Recife adquire micro-ônibus Marcopolo Senior A RCR Locação Ltda., operadora de transporte de fretamento e turismo de Recife, Pernambuco, adquiriu 21 unidades do micro-ônibus Marcopolo Senior Turismo. Os veículos serão utilizados para o fretamento rodoviário de Fortaleza para o Porto do Pecém, no Ceará. Com 9.155 mm de comprimento, o Senior Turismo possui capacidade para transportar 22 passageiros sentados em poltronas do modelo Executiva Soft 910. Equipado com chassi Mercedes-Benz LO 916, conta com sistema de arcondicionado, monitor LCD, DVD, sanitário e iluminação externa em LEDs. O Senior foi desenvolvido para proporcionar ao frotista o menor custo operacional e facilidade de reposição de componentes de manutenção periódica entre os modelos comercializados nos mercados nacional e internacional.
Renault mantém liderança no segmento de veículos utilitários leves Mais uma vez o Grupo Renault apresenta uma performance extraordinária no mercado global de veículos utilitários leve, com 387.000 unidades entregues. Os volumes do Grupo Renault estão em aumento de 12,4%, enquanto que o mercado global (com exceção da América do Norte) está em queda de 6,3%. A participação de mercado global do Grupo Renault no segmento de veículos utilitários leves atingiu 3,76%, com um ganho de 0,63 ponto em comparação com 2014.
Aumentam as vendas de caminhões seminovos Volvo pela internet As vendas de caminhões seminovos Volvo iniciadas pelo site (www.seminovosvolvo.com.br) estão crescendo. O internauta pode selecionar o tipo de caminhão (VM, FH ou NH), a configuração (4x2, 6x2 e 6x4), ver fotos e verificar dados como quilometragem, cor, ano de fabricação e localização do caminhão na rede de concessionárias. Depois de verificar qual o caminhão adequado, o interessado liga para uma central de atendimento, no telefone gratuito 0800 643 4443. A partir daí os veículos são comercializados por meio de venda direta da fábrica e também através das concessionárias do Grupo espalhadas por todo o País.
Meritor Aftermarket anuncia segundo ano do Programa Frota Parceira Itinerante
Caminhões Volkswagen se destacam para a colheita da soja
A Meritor anuncia a segunda temporada do programa Meritor Frota Parceira Itinerante, que visa oferecer treinamento a frotistas de todo o país, buscando facilitar ainda mais os seus serviços ao estreitar relacionamento com seus clientes, sem deixar de lado a qualidade, excelência dos produtos e serviços oferecidos pela empresa. Em 2016, a expectativa é atingir 23.000 km, capacitando mais de 3.000 profissionais em 21 Estados, sendo 100 cidades. A ação é uma maneira de minimizar gastos, tempos de reparos e obter um melhor custo benefício, uma vez que os veículos estarão sempre em bom estado.
Os caminhões Volkswagen estão no interior de Goiás para uma missão especial: a colheita simbólica dos primeiros grãos de soja na safra 2015/2016, cuja previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é superar 100 milhões de toneladas pela primeira vez no País. Lançado pela montadora sob o conceito Sob Medida — Menos você não quer, mais você não precisa —, o cavalo-mecânico Constellation 25.420 V-Tronic chegou para suprir uma forte demanda dos clientes por veículos Volkswagen mais potentes, que apresentam uma velocidade média superior e melhor relação custo benefício.
Magneti Marelli Aftermarket anuncia lançamentos para veículos pesados Com forte atuação no mercado de reposição, com diversas linhas de produtos, a unidade Aftermarket do Grupo Magneti Marelli está ampliando o número de itens em seu portfólio para veículos pesados e acaba de lançar modelos de amortecedores destinados aos caminhões Volvo e ônibus Agrale, além de radiador e intercooler para caminhões Mercedes-Benz. A empresa anuncia também o lançamento de produtos da Linha Térmica destinados ao gerenciamento térmico de motores Mercedes-Benz.
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Ford é a marca que mais ganhou participação em caminhões em 2015 A Ford foi a marca que mais cresceu em participação na indústria de caminhões em 2015, fechando o ano com 18% das vendas, um ganho de 3,7 pontos percentuais comparado a 2014, segundo dados do Renavam. Foi o segundo ano consecutivo de avanço da marca, que registrou um total de 12.923 emplacamentos e, entre outros destaques, consolidou sua liderança no segmento de caminhões leves e também foi a mais vendida no de semileves.
pESADOS BorgWarner inicia produção da embreagem Viscosa Visctronic® no Brasil para caminhões extra pesados A BorgWarner anuncia ao mercado o início da produção de sua embreagem viscosa eletrônica de velocidade variável, a Visctronic®, para os caminhões extra pesados, geralmente utilizados para distribuição, construção e viagens longas. Originalmente produzido na Alemanha, o produto voltado a essa aplicação passa a ser fabricado no País, oferecendo ao mercado nacional um produto capaz de produzir uma refrigeração mais eficiente nos veículos que trabalham com cargas muito grandes em localidades de clima quente e altitudes elevadas, como o próprio Brasil e demais países da América do Sul. A tecnologia apresenta um design livre de manutenção, melhorando assim o conforto do condutor ao reduzir o nível de ruído, vibração e aspereza.
Maior trio elétrico do mundo contou com a potência do Iveco Stralis
Ricardo Coelho é o novo diretor de Desenvolvimento de Produto da DAF Brasil
A DAF anuncia o novo diretor de Desenvolvimento de Produto no Brasil. Ricardo Coelho, contratado em 2012 como primeiro engenheiro da área técnica da companhia no país, assume a posição no lugar de Felix Hendriks, que retorna à matriz da empresa, na Holanda. Formado em engenharia elétrica e com 15 anos de experiência no segmento automotivo, o executivo assume as áreas de desenvolvimento de novos produtos e assistência técnica, se reportando diretamente ao presidente Michael Kuester.
Só uma marca conseguiria puxar o maior trio elétrico do mundo e garantir a folia no carnaval de Salvador (BA). A Iveco, com seu Stralis, caminhão cedido pela concessionária Rodonaves, esteve à frente do Dragão, trio recordista em tamanho e animação. O gigante da folia foi montado em um bitrem de 34 metros de comprimento, 5,5 metros de largura, e seis metros de altura. O modelo contou com um bar privativo, dois camarins, cinco banheiros e estrutura para receber cerca 150 pessoas, além da banda e instrumentos. Um elevador panorâmico deu acesso a uma passarela superior, deixando o trio com três andares.
Mercedes-Benz vende 79 ônibus urbanos para capitais do Nordeste
Fras-le está na rota da internacionalização
Assim como vem ocorrendo em diversas capitais brasileiras, os ônibus Mercedes-Benz também ganharam a preferência dos clientes nas renovações de frota em Natal, no Rio Grande do Norte, e em São Luís do Maranhão. Na capital do Maranhão, as empresas TransPremium e TransRequinte adquiriram 20 unidades do OF 1724 com suspensão metálica para uso no transporte metropolitano, atendendo linhas novas criadas para oferecer maior velocidade operacional ao sistema. Já a Viação Primor adquiriu nove chassis OF 1724 com suspensão pneumática, destinados para renovação de frota do serviço urbano.
Ao representar as Empresas Randon como palestrante no Workshop sobre exportação promovido pela Autodata no dia 3 de fevereiro em São Paulo, o CEO da Fras-le, Ricardo Reimer, relatou a trajetória da internacionalização da empresa que exporta para mais de 100 países. A fabricante, que oferece aos clientes mais de 10 mil referências em soluções no controle de movimento, também mantém uma estrutura comercial suportada pelos centros de distribuição no exterior e por uma equipe de colaboradores exclusivamente dedicados à logística e vendas no mercado externo a partir do Brasil e em diversas localidades no mundo.
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Sua oficina é sustentável? Empresários contam práticas em seus estabelecimentos e pedem mais conscientização, fiscalização e participação dos fabricantes na hora da coleta dos produtos Texto: Simone Kühl | Fotos: Divulgação
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uito se ouve falar em sustentabilidade, mas ainda pouco se vê em prática como exemplo nos modelos de gestão nos estabelecimentos, em especial nas oficinas mecânicas. No entanto, essa não deve ser uma preocupação apenas dos reparadores, mas sim de todos os elos da cadeia automotiva. É necessário que exista uma maior participação dos fabricantes no processo de coleta e reciclagem de seus itens, em que muitas vezes não dão o devido suporte; e do governo, que não oferece uma fiscalização tão eficaz.
Legislação e prática De acordo com Felipe Cidrão Cavalcanti Passos, gestor Estadual da USCS (Unidade de Comércio e Serviços) do Sebrae-CE, não são apenas os prejuízos ambientais e financeiros que as empresas podem sofrer com uma autuação por inadequação à Lei, mas também riscos à sua imagem perante os seus clientes e fornecedores. “Hoje, os grandes geradores de lixo são obrigados a elaborar, implementar e operacionalizar um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) em conformidade com as características da atividade, as normas técnicas vigentes e a legislação atual. As empresas que fizerem parte desse grupo são responsáveis pelo custeio, acondicionamento, transporte, armazenamento, coleta, tratamento e destinação do lixo, que deverá ser recolhido por
uma empresa coletora contratada para este fim”, explica. As empresas que não seguirem as práticas que foram estabelecidas no seu PGRS poderão receber medidas administrativas ou penalidades impostas pelos fiscais dos órgãos competentes, como multa, o cancelamento do alvará de funcionamento, a suspenção de atividades, o embargo de obras, a apreensão de veículos ou equipamentos, além da inclusão do devedor no cadastro público de inadimplentes. Dórli Terezinha Martins, consultora do Sebrae-SP, também comenta que a fiscalização atualmente tem se intensificado, mas ainda existe uma carência de fiscais no País. “Contudo, estamos percebendo que o número de denúncias tem crescido. Existe um aumento na conscientização do consumidor, que hoje está fazendo mais denúncias”, nota. Informação e capacitação No quesito informação, o empresário pode buscar o Sebrae de sua região para saber o cronograma de palestras sobre sustentabilidade. “A decisão de tornar a oficina sustentável tem que partir do empresário, ele deve ser um exemplo para a sua equipe, sendo que para isso precisa estar atento às inovações, é uma busca constante”, ressalta a consultora do Sebrae-SP. Passos também avisa que os empresários de micro e pequenas empresas que faturam até R$ 3,6 milhões por ano podem recorrer ao Sebraetec - Serviços em Inovação
e Tecnologia, para execução de projetos nas áreas de processos produtivos, certificação e ao PGRS - Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. “Quando demandado por um empresário, o SEBRAE aciona um consultor credenciado, com o objetivo de fornecer soluções em tecnologia e inovação. O programa oferece subsídio financeiro não reembolsável de até 60% do valor. Para mais informações sobre o Sebraetec, ligue no 0800.570.0800 ou busque pelo SEBRAE mais próximo”, emenda. Logística reversa Em relação à retirada dos produtos na hora da destinação final, Dórli Martins comenta que esse problema existe em todas as regiões. “Ainda não temos uma logística reversa implantada em âmbito nacional. Estamos fechando acordos setoriais e com isso os fabricantes efetivamente terão uma responsabilidade de Estado recolhendo todo o material”, afirma. Outro ponto que ela destaca é que em função dessa ausência de obrigatoriedade e de empresas autorizadas para a remoção dos itens estão surgindo novas oportunidades de negócios, em que algumas companhias estão se especializando no recolhimento de determinados materiais.
Exemplos na prática Foco no bem-estar Na Auto Mecânica Miguel, de São Luís (MA), o diretor Miguel Campos conta que sempre fez questão de destacar a importância das práticas sustentáveis com seus colaboradores. “Nós passamos a maior parte do tempo aqui, digo isso por mim, que chego 6h30 e paro às 18h, então ter um ambiente limpo é essencial para desenvolvermos todo o nosso trabalho, além disto, este fator chama muito a atenção dos clientes, por exemplo, a coleta seletiva representa uma referência positiva, eles elogiam muito”, pontua. Campos também revela que pensa muito no futuro de seus filhos e netos em todas as suas ações. “Procuro fazer a minha
parte, conheço colegas de profissão que não fazem, mas acredito que um bom modelo pode servir de inspiração para outros empresários do setor”. Práticas e ações Já Américo Junior, proprietário da Tecnoautos Serviços Automotivos, de Fortaleza (CE), conta que possui a licença ambiental desde 2006. “O Estado em si não nos oferece muita estrutura de reciclagem, porém procuramos fazer a nossa parte, utilizando materiais que não contaminam o meio ambiente, como exemplo: os aditivos biodegradáveis”. Em sua visão a maior dificuldade está na destinação. “Em
Fortaleza é feita a coleta dos itens e depois eles são levados para outros estados, para nós esse valor sai muito alto, no entanto o problema não é custo, pois temos que fazer a nossa parte, mas as autoridades deviam nos oferecer melhores condições”, argumenta. Como ações, o empresário cita a entrega do óleo para reciclagem em uma empresa credenciada pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Controle Urbano (Semam), em Fortaleza, o uso de placas referências para lixos, copos para cada funcionário, entre outras práticas. “Todos os produtos têm um destino, nada vai para o lixo. Em nossa estrutura temos coletores, conforme manda a legislação. Nosso próximo projeto
comPleTa inFraesTruTura Para a ProDuÇão De VÍDeos TÉcnicos, insTiTucionais e PuBliciTários
Perfis e comparativos dos principais modelos da indústria automotiva
Treinamentos dos principais sistemas e componentes de eletrônica embarcada
Captação de imagens em formato HD – Digital; Estação de edição não-linearPlataforma Mac - Padrão TV;
cobertura dos principais eventos dos mercados original e de aftermarket
Equipes de Produção, Criação, Arte e Edição próprias; Redatores, jornalistas e editores.
Captação
produção Fotográfica
edição/ Finalização
www.ctra.com.br/videos • ctravideos@premiatta.net • tel (11) 5084.1090
agência premiatta
Procedimentos técnicos feitos por profissionais de indústrias e docentes do cTRA
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Auto Mecânica Miguel, de São Luís (MA)
vai ser a adaptação para a utilização de energia solar”. Em casos que o cliente pede para levar a peça, Junior diz que os colaboradores da oficina orientam sempre sobre o destino final e o tempo de vida útil de cada componente. “Nós separamos o item, damos o endereço para o descarte e falamos o dia que ele precisa levar”, completa. Na Auto Mecânica Miguel são separados o plástico, papelão, ferro, alumínio, bateria e o óleo, entre outros componentes. “Temos a caixa que faz a separação do óleo, o piso é de engepox, possuímos um sistema de energia solar, contudo o problema está na destinação dos produtos”, concorda o diretor. Outro diferencial da oficina é o sistema de cadastro do cliente. “Assim quando o carro chega para uma revisão já temos o histórico de tudo o que foi feito e com isso dificilmente fazemos uma troca desnecessária. Temos um bom controle”, garante Campos. Falta de suporte Segundo Campos, a falta de suporte na hora de destinar é tão grande que muitas vezes a oficina precisa se responsabilizar por pagar o combustível para as empresas levarem ou irem até
Abaixo algumas dicas importantes da Cartilha “Como tornar sua oficina sustentável”, do Sebrae-SP, com as melhores práticas para tornar sua oficina sustentável: Melhores práticas 1. Sustentabilidade é um tripé: Para ser sustentável, a empresa precisa ter uma gestão em relação às suas finanças, ao meio ambiente e às pessoas, sejam funcionários, clientes ou moradores locais. Lembre-se de que se um dos temas for negligenciado, não haverá sustentabilidade. 2. Levantamento de aspectos e impactos: Esse levantamento é fundamental para organizar a gestão, pois lista os momentos nos quais sua empresa deve ser sustentável, ou seja, suas ações, consequências e controles adotados para eliminá-las ou mitigá-las. 3. Sistemas de Gestão: Com tanta complexidade envolvendo a sustentabilidade, é importante que você adote um sistema de gestão em relação ao seu meio ambiente e à responsabilidade social. Não é necessário obter algum certificado, mas, sim, utilizar uma metodologia padronizada para gerenciar as atividades da empresa. 4. Utilize ecoetiquetas: A divulgação das ações ambientais é um importante fator de diferenciação da empresa aos olhos dos clientes e a melhor forma dessa promoção é através de selos verdes, ou participações em premiações, pois
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Tecnoautos Serviços Automotivos, de Fortaleza (CE)
o local. “Ultimamente está mais difícil para destinar o óleo, pois a empresa responsável não vem até aqui para retirar. Nossa região não é bem abastecida com fabricantes na hora da retirada de seus produtos. Eles deviam se responsabilizar mais nesse sentido”, adverte. Sobre os fabricantes, Américo Junior também concorda e ressalta que eles deveriam se preocupar mais em recolherem seus componentes. “É responsabilidade de quem fabrica e de quem vende dar esse suporte da hora da destinação”, aconselha. Fiscalização e conscientização Para Campos, o aumento de oficinas sustentáveis depende ainda de mais incentivo e fiscalização. “Digo isso porque tem oficinas aqui na região que não possuem práticas sustentáveis ou não estão devidamente legalizadas. É preciso mais fiscalização, já tive conhecimento que várias oficinas por aqui foram autuadas e multadas e, com isso, estão se atualizando para funcionar, contudo, na minha oficina, a fiscalização nunca chegou. É preciso entender também que oficina não é sinônimo de sujeira”, salienta.
Para ele, todos os empresários devem buscar informação para melhorar a gestão da oficina, seja através do Sindicato ou Sebrae. “Tivemos um seminário sobre a questão de resíduos e participei mostrando os exemplos da minha oficina e o retorno positivo que recebo dos consumidores, o que motivou muitos participantes a buscarem fazer o mesmo”. Junior também frisa o quesito conscientização nas oficinas, onde muitas só se atentam às práticas após receberem multas. “É necessário um trabalho de educação, como está sendo feito entre a prefeitura e o Sindicato em nossa região, para todos estarem legalizados a educação é fundamental”, aponta. “Todos precisam fazer a sua parte, principalmente o governo, existem estados que possuem uma boa estrutura de reciclagem, mas aqui em Fortaleza as empresas que coletam são poucas”, lamenta. O proprietário da Tecnoautos Serviços Automotivos destaca que o Sincopeças/Assopeças e a prefeitura têm fornecido bastante suporte e informação. “Tivemos várias palestras do Semam junto com o Assopeças para os empresários e agora vamos ter uma específica para a conscientização dos funcionários”, finaliza.
Faça a sua parte garantem legitimidade ao anúncio e fomentam a economia através de cases de sucesso. 5. Separe os resíduos na fonte: Quando os resíduos são separados na fonte geradora, de forma apropriada, a cadeia de logística reversa se inicia de forma organizada. Por isso, é importante conhecer as cooperativas e demais entidades de coleta de sua empresa para determinar a melhor separação. 6. Faça parte do Ciclo Virtuoso da Reciclagem: A reciclagem tem um caráter integrador no Brasil, pois engloba o capital econômico, social e ambiental. Por isso é importante o contato com as cooperativas de coleta seletiva da comunidade, para que elas deem continuidade até o material estar novamente pronto para utilização na indústria. 7. Cuidado com leis e multas: A legislação ambiental e social é muito ampla, e se renova constantemente. Para evitar multas desnecessárias ou desentendimento com autoridades, procure se antecipar às mudanças com o auxílio de uma metodologia, como uma planilha, ou check-list e visitas periódicas aos sites do governo. 8. Utilize contenções: É muito fácil acontecer um
vazamento de óleo ou qualquer outro líquido perigoso. No momento do imprevisto, o tempo é precioso, portanto, tenha sempre uma contenção preparada, que funciona como um controle mitigatório, que não impede o erro, mas oferece uma boa maneira de tratá-lo. 9. Mapa de Riscos como documento vivo: Os riscos aos quais seus funcionários estão sujeitos variam. Conforme novas máquinas, produtos ou procedimentos sejam utilizados, o mapa de riscos deve ser atualizado para contemplar eventuais mudanças, com uma periodicidade no máximo anual. 10. Respeito sincero: A sustentabilidade se faz, muitas vezes, de ações voluntárias, que ultrapassam os limites da legislação. Desta forma, o respeito pela sustentabilidade deve ser sincero por sua parte e de seus funcionários, pois são nos detalhes que os maiores aspectos são solucionados. Obs.: O material completo pode ser acessado no site (www. sebraesp.com.br/arquivos_site/biblioteca/sustentabilidade/ cartilhas/oficinas_mecanicas/Ebook_oficina_mecanica_ como_tornar_sustentavel.pdf).
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Saiba como otimizar o tempo no trabalho Especialista fala sobre os pontos que podem ajudar e atrapalhar no dia a dia Texto: Simone Kühl | Foto: Divulgação
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tempo é um bem precioso, e por isso é essencial definir prioridades e planejar ações que contribuam para o bom desenvolvimento das atividades, sejam elas profissionais ou pessoais. Para isto, a diretora Executiva e Cofundadora da Sextane Brasil e Genesis Potencializa, Rugenia Pomi, explica mais sobre como otimizar e utilizar o tempo com sabedoria. “Certamente aqueles que têm clareza de seus propósitos, foco, objetivos e metas bem definidos conseguem gerar valor, materializando projetos e sonhos, viabilizando excelentes resultados financeiros e sociais”, aponta. Um fator muito importante para que o profissional consiga manter o equilíbrio, são os hobbies. “Pois, fornecem distração e dão a sensação de prazer, diminuindo o estresse e aumentando a produtividade, abrindo espaços para criatividade e tornando a organização muito mais saudável. Como muito bem abordado pelo sociólogo italiano Domenico De Masi em seu livro O Ócio Criativo, estes espaços são saudáveis”, destaca.
na qualidade de nossas decisões poderão ajudar a nos tornarmos líderes em nossas especialidades”, completa. Pontos negativos no dia a dia • Procrastinação: um problema sério tanto na vida pessoal, quanto no desempenho dentro das empresas, pois pode revelar aspectos psicológicos por trás deste comportamento, tais como: ansiedade, baixa autoestima e mentalidade autodestrutiva dos procrastinadores, com reduzida capacidade de apreciação real de responsabilidades, talentos e potenciais. • Limite e uso das redes sociais: A internet pode ser uma grande aliada para a empresa e para os profissionais que sabem o valor do trabalho, o que querem para suas vidas, compreendem seus dons e talentos e como também pode ser uma grande vilã. Muitas empresas não restringem o uso da web no trabalho e colaboradores acabam dedicando mais tempo nas redes sociais do que no trabalho. É necessário certo grau de maturidade, consciência dos colaboradores, que já tenham autocontrole e consigam focar na realização do próprio trabalho. • Uso do celular: O celular, hoje, é um instrumento fantástico de comunicação tanto na vida profissional, quanto na pessoal, entretanto, quando o celular é utilizado para o trabalho, está tudo correto; mas quando ele é usado para fins pessoais e até mesmo para fazer outros trabalhos, não, pois quando o colaborador está sendo pago por um determinado empregador, isto se trata de “roubo”, ou seja, roubo de tempo, roubo de energia, roubo da própria capacidade produtiva. São tempos difíceis de gestão e liderança já que nem todos os colaboradores têm preparo e maturidade apropriadas às responsabilidades que lhes são atribuídas. Hoje as pessoas têm mais problemas emocionais de dependência dos celulares e demais equipamentos e mídias digitais.
Administração da empresa Sobre a administração da empresa, ainda mais em tempos de recessão econômica, Rugenia comenta que os cenários atuais e a nova realidade dos negócios exigem a competência de líderes que desenvolvem profissionais cocriadores de uma cultura organizacional que leve à mestria em autoconhecimento e análise de dados sobre o capital humano, atingindo os resultados empresariais. “Acredito que seja mais importante a maneira como fazer do que, de fato, o que fazer. Por exemplo, para encontrarmos novos caminhos que melhorem a produtividade nas empresas, precisamos construir isto junto, coletivamente. Somente corações e mentes confiantes e engajadas em um propósito comum podem criar soluções inéditas, apropriadas a cada situação, a cada empresa. São diversas as formas: círculos e oficinas de criação de soluções, oficinas de artes, montagem de ambientes inovadores de trabalho, grupos e curadoria de insigths, entre tantas outras”, pontua. Diante do atual contexto de negócios, ela explica que a inovação, a quebra de paradigmas, ruptura e desapego de práticas e modelos de gestão vigentes, aliados à sensibilidade para engajar as pessoas na busca pelos propósitos e objetivos estabelecidos, poderão contribuir para encontrar caminhos que levem a melhores resultados financeiros e sociais. “E ainda, enxergarmos oportunidades de Rugenia Pomi, diretora Executiva e Cofundadora redesenho de processos, reinvenção do trabalho e de melhorias da Sextane Brasil e Genesis Potencializa
Pontos positivos no dia a dia • Definição da lista de afazeres e prioridades: Reuniões de planejamento para definição de curto, médio e longo prazos. Criar lista de prioridades, seja no computador, em folhas de flips, agendas conjuntas ou até no quadro branco da empresa costuma funcionar muito bem porque o profissional acaba monitorando e acompanhando o seu progresso e sabendo decidir quais tarefas são prioritárias. É necessário fazer planejamento adequado com
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tópicos pré-estabelecidos, debater ideias de forma inteligente, administrar o tempo, divulgar pautas antes das reuniões evitam o baixo rendimento e a solução mais rápida dos problemas. • Perfeccionismo: A necessidade em atingir o perfeccionismo pode ser tornar estressante e prejudicar a carreira. Gastar muito tempo concentrando em cada detalhe perfeito pode prejudicar a produtividade. É preciso ter foco em fazer o que é necessário para a tarefa. • Antecipar-se aos problemas: É imprescindível que se faça um bom planejamento individual e coletivo, pessoal e profissional. E dentro de todo o planejamento é importante
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que se faça um mapeamento de riscos e eventuais situações de problemas para que se possa traçar planos contingenciais. • Estabelecer um horário para a leitura de e-mails: Adotar e adaptar estratégias de horários para leitura dos e-mails é necessária, para aproveitar mais o tempo em tarefas prioritárias ao invés de ficar muito tempo respondendo e-mails. • Sair um pouco da frente das telas e dos monitores: Trabalhar muitas horas seguidas na frente do computador faz com que o nível de energia e produtividade do profissional caia consideravelmente. Descansar alguns minutos, dar uma volta, comer algo ou conversar com colegas ajuda voltar para o trabalho mais bem disposto.
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Hoje a palavra é competitividade Texto: Ingo Pelikan* | Foto: Divulgação
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ano de 2015 terminou, mas os desafios que se apresentaram para a atividade econômica brasileira persistem à espera de definições políticas cruciais para a credibilidade do Brasil perante os investidores. Para o Instituto da Qualidade Automotiva - IQA, no entanto, foi um período positivo e de muitas realizações, quando celebramos 20 anos de atividades com muito trabalho e planos para 2016 que, acreditamos, será ainda mais complexo e desafiador. Apesar da crise, ampliamos a oferta de serviços no laboratório químico, em Sorocaba (SP); aumentamos nossa atuação por meio de regionais em várias partes do Brasil; ofertamos novos programas de treinamento em ferramentas da qualidade; e realizamos eventos que tiveram excelente acolhida por todos os elos da cadeia automotiva e do governo, entre outras realizações. Diante das expectativas de um cenário adverso pela frente, podemos ter uma certeza: a de que não se pode prescindir da qualidade em um ambiente altamente competitivo em que vivemos. Sim, a qualidade deve ser preservada a qualquer preço, pois o custo da não qualidade é muitíssimo maior e pode comprometer seriamente os resultados de uma empresa. Esse é o recado que o IQA tem insistentemente transmitido aos parceiros e clientes sobre a importância da aplicação e preservação dos princípios da qualidade e suas ferramentas. Bem executada, a qualidade melhora os resultados, é certeza de mais produtividade e competitividade. E na retração do mercado, ser competitivo é ainda mais importante do que nunca. Penso que tais princípios deveriam ser repetidos como um mantra em 2016. Nesse contexto, está entre as prioridades do IQA intensificar sua atuação nas comissões de Qualidade de organizações como Anfavea, Sindipeças, Inmetro e Abrac, que são dedicadas a projetos importantes para o aprimoramento da qualidade do setor automobilístico. Outra proposta para 2016 é a avaliação de oportunidades na Grande Sorocaba para a operação de novos laboratórios. As pesquisas para a identificação das demandas na região já
estão em curso. Também trabalharemos fortemente na ampliação da abrangência regional do Instituto, presente hoje em cinco Estados brasileiros, e na continuidade da prospecção de parceiros em outras regiões para ficarmos mais próximos de nossos potenciais clientes. Igualmente prioritário é o trabalho de qualificação para o setor de reparação, voltado para gestão de negócios, ferramentas de qualidade e preservação ambiental, que desenvolvemos com o Sindirepa, ao qual daremos mais ênfase em 2016. Há quem entenda que momentos difíceis resultam sempre em redução de trabalho. O que ocorre é justamente o contrário, porque os desafios são maiores e devem ser enfrentados com profundidade e agilidade. É preciso acreditar em dias melhores independentemente de quando venham a acontecer, e seguir com os trabalhos sempre com foco na qualidade para estar pronto para o momento da retomada. O Brasil tem enorme potencial de crescimento. As crises às vezes podem ser lentas e não mostram para onde vão, mas a reação do mercado tem, em geral, velocidade inversa à da queda; acontece de um dia para outro. Quem não for competitivo quando o mercado retomar certamente arcará com perdas. Hoje a palavra é competitividade!
*Presidente do IQA – Instituto da Qualidade Automotiva
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Detroit sem grande impacto Texto: Fernando Calmon* | Fotos: Divulgação
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oi uma das recuperações mais rápidas de que se tem notícia. O mercado interno americano estava tão prostrado em 2009 com “apenas” 10 milhões de veículos vendidos, que nem dava para substituir a frota sucateada a cada ano. Pois, em 2015, venderam-se 17,5 milhões de unidades, recorde que perdurava desde 2000. Além da crise financeira e imobiliária, o preço de petróleo estava quatro vezes mais alto do que hoje. Essa virada se explica por várias boas razões de fundo econômico, em especial pela exploração do xisto ter diminuído a dependência do país de petróleo importado. O Salão de Detroit, que terminou no dia 24/01, tinha, assim, muito o que comemorar, mas nem por isso apresentou tantos lançamentos de grande impacto. Na realidade, apenas uma anomalia de cronograma, como comentou Bill Ford, dono da fabricante homônima. Gasolina barata impulsionou a venda de SUVs, diminuiu a de modelos puramente elétricos (apenas 0,7% do mercado total) e até de híbridos. Em dezembro último, por exemplo, os SUVs praticamente empataram com os automóveis (hatches e sedãs) na preferência do consumidor, pela primeira vez. Cada segmento ficou com quase 40% do total, sendo o restante de picapes e monovolumes. Entretanto, há uma severa meta de redução de consumo de combustível fóssil imposta pelo governo americano para diminuir emissões de CO2. A média de todos os modelos produzidos por cada marca deverá ser de 23,2 km/l, em 2025. Dessa forma, elétricos puros (a exemplo da versão final do Chevrolet Bolt lançado em Detroit) e híbridos plugáveis em tomadas (caso do VW
De interesse imediato para o Brasil, o Cruze hatch com seu estilo mais próximo ao europeu e que
agrada ao comprador aqui. Ford Fusion, produzido no México, recebeu leve atualização estilística e já é praticamente igual ao Mondeo alemão.
Embora os monovolumes representem uma parcela de apenas 7% do mercado americano, a FCA investiu bastante no Chrysler Pacifica, em tudo superior ao Town & Country. É todo novo e inclui Tiguan GTE 4x4 Active Concept com bom desempenho 100% elétrico fora de estrada) ajudarão a compensar picapes e SUVs pesados e sedentos por combustível, mas o problema será convencer o cliente a substituí-los. Quanto mais com a gasolina na faixa de R$ 2,40 o litro e tendência de baixa...
46 | SALÃO recursos como portas corrediças e tampa traseira acionadas sem as mãos, teto solar triplo e até aspirador de pó integrado. No campo dos ainda puramente conceituais, está o SUV grande Kia Telluride, desenhado na Califórnia. O Salão de Detroit deste ano destaca-se justamente por alguns sedãs e cupês. A Mercedes-Benz lançou a nona geração do Classe E, o mais tecnológico dos seus modelos: permite fazer ultrapassagens a até 130 km/h em modo autônomo
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(basta ligar a seta) e estacionar por meio de controle remoto via aplicativo para telefone inteligente. Chegará ao Brasil no segundo semestre. O cupê Lexus LC 500, além de linhas ousadas, é o primeiro automóvel de tração traseira com caixa de câmbio automática de 10 marchas. Pretende
desafiar modelos das três marcas premium alemãs. O novo sedã Hyundai Genesis G90, com grade inspirada na dos Audi, vai pelo mesmo caminho.
RODA VIVA DOIS lançamentos de peso da Renault este ano sentem a recessão econômica e podem sofrer atrasos. Versão brasileira do SUV Captur, maior que o Duster do qual deriva, deve ficar mesmo para início de 2017. Mas o subcompacto Kwid (evoluído em relação ao indiano anônimo) talvez esteja à venda em novembro ou dezembro de 2016. Fábrica está engajada ao máximo. POR outro lado, fornecedores do Jeep (projeto 551), ainda sem nome escolhido, temiam pelo cronograma mais lento na fábrica de Goiana (PE). Como a picape Toro atrasou, o mesmo poderia acontecer com este terceiro produto, todos baseados no Renegade. Agora, já há data do início de produção: julho deste ano e vendas, três meses depois. EVOLUÇÕES marcantes no estilo e habitabilidade (5 cm mais largo) , destacamse no Mercedes-Benz GLC, SUV que tem por base o Classe C e sucede o GLK. Além de até 80 kg mais leve, consumo de gasolina caiu 19% ajudado pelo câmbio automático de nove marchas e aerodinâmica melhorada (Cx 0,31). Custa entre R$ 222.900 e 264.900, todos com tração integral. NOVO BMW X1, tração dianteira ou 4x4, começa a ser montado em Araquari (SC) já no
próximo mês. Motor de 2 litros turboflex não é igual ao do Série 3: 192 cv e 231 cv dependem da versão. Dirigibilidade em asfalto é muito boa, mas em fora de estrada sem desafios, aconselhável o 4x4. Interior e porta-malas mais amplos. Preços de R$ 166.950 a 199.950. CROSSOVER Mercedes-Benz GLE Coupé tem desenho mais equilibrado do que seu adversário direto, BMW X6, que criou o estranho e bem-sucedido conceito de SUV/ cupê. GLE, porém, leva cinco passageiros e no banco traseiro há espaço maior para cabeça. Motor V-6/3L/333 cv e câmbio automático de nove marchas. Boa suspensão pneumática de série. Preços: R$ 415.900 a 425.900.
*Jornalista especializado desde 1967, engenheiro e consultor técnico, de comunicação e mercado. www.facebook.com/fernando.calmon2