Design de Catálogo | Membranas da Cidade

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Membranas da Cidade 01

16 0 x 10 0 c m

2007

Té c n i c a m i s t a | A c r í l i c a s o b r e t e l a


apresenta

Visitação

10 DE ABRIL A 18 DE M A IO DE 2 0 0 8 T E R Ç A - F E I R A A D O M I N G O, D A S 9 h À S 18 h

Programa Educativo

AGENDAR 71 3 3 2 2 0 9 5 8

ENTR ADA FR ANCA

PRESIDENTE DA REPÚBLICA L u i z I n á c i o L u l a d a S il v a

M I N I S T R O D E E S TA D O D A F A Z E N D A Guido Mantega

CAIX A ECONÔMICA FEDERAL Presidenta Maria Fernanda Ramos Coelho

CAIX A Cultural Salvador

Rua Carlos Gomes 57 Centro Salvador BA CEP 4 0 0 6 0 3 30 Te l 7 1 3 3 2 2 0 2 19 / 0 2 2 8 c a i x a c u l t u r a l . b a @ c a i x a . g o v. b r w w w. c a i x a . g o v. b r


Todo processo de expressão da ar te consiste numa metaforização do real em que a verdade final (que o ar tista pretende mostrar) passa por um maior ou menor distanciamento da realidade contingente; sofre uma maior ou menor distorção em seus componentes, reordenados e reagrupados para ganharem um sentido novo, mais verdadeiro que o real, vez que este se escuda em falsas aparências e ao oferecer uma vida melhor para o ser humano, todavia limitam-na; diminuem-na; estrangulam-na nas angústias do cotidiano. Por isso, ao ver a paisagem humana indissociável da paisagem urbana que Aruane cria, me impressiona a qualidade com que cerziu o seu trabalho, através de distorções expressionísticas que me lembraram Cézanne, não só pelo afã de entor tar o real para ser mais real, como no aprisionamento do personagem no “background” o emparedamento, processo de metaforização básico dos quadros, seres fechados e isolados na cidade grande, sem afeto, sem solidariedade, sem comunicação; o muro que segrega mas que também é tela, membrana. Aruane consegue o desiderato de qualquer ar tista de sintonizar linguagem e temática, a par tir dos mais mínimos signos do cotidiano, até a projeção de figuras tor turadas numa perícia artesanal em que as pinceladas dizem sem preocupação gramatical. Sua composição de cor, forma e volume são elementos orgânicos na construção da paisagem pictórica, montada praticamente num monocromático que enfatiza a condição dramática dos seres que ela constrói e imerge com pinceladas vigorosas.

Ildásio Tavares

10 de fevereiro 2008


Membranas da Cidade 02

16 0 x 10 0 c m

2007

Té c n i c a m i s t a | A c r í l i c a s o b r e t e l a


Membranas da Cidade 03

18 0 x 10 0 c m

2008

Té c n i c a m i s t a | A c r í l i c a s o b r e t e l a


MEMBRANAS DA CIDADE

Muros e superfícies que separam uns de outros, que escondem corpos e gestos, dividindo o mundo entre o que pode ser visto e o que se pretende ocultar, sejam elementos necessários ou acessórios, suaves ou agressivos, permeáveis ou nem tanto, são MEMBRANAS DA CIDADE. Na condição de interface com o espaço de fluxos e movimentos, as membranas da cidade, par ticularmente os muros, essas superfícies amorfas e restritivas cada vez mais presentes na cidade brasileira, tornam-se supor tes de mensagens diversas, adquirindo significados que ultrapassam a esfera da funcionalidade para habitar o reino do sensível, espelhando o contexto urbano, suas falas e contradições. Esse universo de formas, cores, signos e texturas constituem, paradoxalmente, uma obra condensada que nos repor ta à cidade com sua densidade histórica e temporal, sua condição democrática e plural, em estado de permanente construção ou destruição. O indivíduo, em movimento ou confinado, é par te e também construtor desse cenário urbano, fundindo-se nessa corporalidade física e temporal. Na tentativa de explorar e de expressar os significados da cidade contemporânea busco inspiração nessas superfícies nuas e expostas da cidade, ainda que sejam aquelas que mais a escondem do que a mostram. O processo de apropriação social dos muros da cidade nos fornece um caminho para uma linguagem plástica, e também para um fazer ar tístico, que, como um processo, não tem projeto nem um fim previamente definido. Camadas de tintas se superpõem na tela, sem esconder as anteriores, com seus elementos plásticos e signos, que ora se somam, ou se fragmentam, compondo um mosaico denso de significados e aber to a várias leituras.



CURADORIA

Rita Camara

P R O D U Ç Ã O E X E C U T I VA

A t alh o P r o d u ç ã o A r t ís t i c a

DESIGN

F l a v i a Gil AmaisD

F r a n c i s c o S a m p aio

FOTOLITO, IMPRESSÃO E ACABAMENTO

F a s t D e si g n

AmaisD [ arquitetura + design ]

Membranas da Cidade 06

13 0 x 10 0 c m

2008

Té c n i c a m i s t a | A c r í l i c a s o b r e t e l a

AmaisD



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