Design de Livro | Tecendo conhecimentos

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organizador

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José manoel tito da motta

Pa rti cip an tes

tecendo conhecimentos

“O presente livro representa, assim, uma colaboração importante para a formação de estudantes e para o desenvolvimento de profissionais que já atuam no mercado. Caracteriza-se como um esforço de professores/pesquisadores comprometidos com as suas funções de educadores e com a qualidade do ensino superior no país.” CLÁUDIO OSNEI GARCIA

Tecendo Conhecimentos é uma publicação que surgiu da idéia de reunir alguns textos que dessem apoio aos alunos para análise e reflexão sobre o entendimento e o exercício da sua futura profissão, além de disponibilizar elementos que facilitassem a elaboração do trabalho de conclusão de curso. Nesse sentido, a proposta de desenvolvimento de atividades que deverão acontecer intra e extra classe é o objetivo precípuo dos trabalhos de conclusão de curso, de forma a promover a integração entre os conhecimentos das diversas disciplinas, bem como a interação entre a teoria e a prática, introduzindo o aluno no final do curso à linguagem e a prática científica. Para esse primeiro volume foi escolhido o Curso de Secretariado Trilíngüe do Centro Universitário da FIB.



tecendo conhecimentos


TECEND O CONHECIMENTOS O RGANIZ AÇÃO J osé Mano el Tito da Mot t a - jt ito @ lognet.com. br

CENTRO UNI V ERSITÁRIO DA B AHIA – FIB R EITOR Nelson Cerqueira P RÓ R EITOR DE G R ADUAÇÃO Tomm J o e Elliot t P RÓ R EITOR A DE P ESQUISA E P ÓS G R ADUAÇÃO Sylvia dos Reis Maia P RÓ R EITOR DE A RTE E C ULTUR A Heitor Reis P RÓ R EITOR DE A DMINISTR AÇÃO E F INANÇAS Osvaldo Alves de Araújo

EDITOR A FIB C OORDENAÇÃO E DITORIAL Maria Vicentini A POIO TÉCNICO Marcela Thuillier

DESIG N P ROJE TO G R ÁFICO Flavia Gil e Francisco Sampaio - amaisd @ gmail.com C APA E D IAGR AMAÇÃO Flavia Gil

IMPRESSÃO E AC AB AMENTO Egba


tecendo conhecimentos ARTIGOS DE APOIO À ELABORAÇÃO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO  TCC SECRETARIADO EXECUTIVO TRILÍNGÜE V. 01  2006

José manoel tito da motta alana lopes silva Bárbara valério Issa gilberto nazareno telles sobral leda Farias lessa márcia moraes vera lúcia dos santos

organizador


TECENDO CONHECIMENTOS, Editora FIB, Centro Universitário da Bahia - FIB, Salvador-Bahia-Brasil, setembro/2006.

Ficha catalográfica elaborada pelo Processamento Técnico do Sistema de Bibliotecas da FIB - Centro Universitário da Bahia

B A T255t

Tecendo conhecimentos: artigos de apoio à elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso - TCC / José Manoel Tito da Motta, organizador: [Alana Lopes Silva ... [et al.]. - Salvador: Editora FIB, 2006. 164 p. ; 21 cm. – ISBN 85-88858-28-2 1. Gestão do conhecimento 2.Estratégia 3. Desenvolvimento organizacional I. Motta, José Manoel Tito da (org.) II. Silva, Alana Lopes III. Série IV. Título. CDD 658.4038

Editora FIB Rua Xingu, 179 – Jardim At alaia – Stiep 41770 -130 – Salvador – Bahia – Brasil Telefone: (71) 2107 8313 Fa x: (71) 2107 8322 w w w.nup e.fib.br/ e ditora


sumário

7

prefácio

11

apresentação

17

nos caminhos da estratrégia Leda Farias Lessa

39

uma nova velha fórmula para o sucesso empresarial: a gestão por processos José Manoel Tito da Motta

69

revolucionando talentos Bárbara Valério Issa

83

a argumentação e as relações interpessoais Gilberto Nazareno Telles Sobral

99

a importância da prática do estágio na elaboração e desenvolvimento do tcc Alana Lopes Silva

109

atuação do tutor na universidade corporativa Vera Lúcia dos Santos

143

a linha do tempo e o desenvolvimento de competências e habilidades que norteiam o profissional de secretariado executivo Márcia Moraes


SOBRE A AUTORA

MESTRE EM REGULAÇÃO DA INDÚSTRIA DE ENERGIA, PELA UNIFACS-U NIVERSIDADE S ALVADOR . PROFESSORA NO CENTRO UNIVERSITÁRIO FIB, NO MBA DE GESTÃO EMPRESARIAL, MARKETING E GESTÃO DE P ESSOAS ; NA GRADUAÇÃO , MINISTRA DISCIPLINAS DA ÁREA DE ADMINISTRAÇÃO : G ESTÃO DE P ROCESSOS , GESTÃO ESTRATÉGICA E LIDERANÇA (OBJETO DO ARTIGO ), O RGANIZAÇÃO S ISTEMAS E M ÉTODOS E TEORIA GERAL DE ADMINISTRAÇÃO. ledalessa@yahoo.com.br


nos caminhos da estratrégia leda Farias lessa

Os dogmas de um passado calmo não funcionarão num futuro turbulento. Como nossa causa é nova, também precisamos de idéias e ações novas. Abraham Lincoln

Hoje, a informação é um impor tante instrumento para a formação de estratégias em ambiente de competição. “Gerenciar pela informação é estimular outras pessoas, as quais, por seu turno, devem assegurar que as providências necessárias sejam tomadas” ( MINTZBERG, 20 01). A mudança ambiental ocorrida na economia mundial a partir dos anos 60 fez com que empresas de mercados sólidos, como dos países mais desenvolvidos, sofressem descontinuidade de crescimento, considerando o aumento da concorrência nesses mercados. A competitividade passou a ser o tema diário de administradores e governos concentrados em criar mecanismos para enfrentar ou recuperar a competitividade perdida. E, assim, a informação passa a ter caráter estratégico de fundamental importância para o entendimento da dinâmica do ambiente organizacional. A concorrência tira as organizações da acomodação tecendo conhecimentos | 17


| nos caminhos da estratégia

de tantos anos e remetem -lhes a novos desafios, mostrando como agir a par tir de uma visão ampliada das necessidades do mercado e do gerenciamento voltado para o conhecimento da diferença entre o que cliente deseja e o que a empresa oferece. O impor tante é que as ações planejadas estejam na direção pretendida, ciente de que algumas dessas ações podem ser preteridas ou abandonadas por outras mais emergentes, como sugere o grande estudioso de estratégia Mint t zberg, na escola do planejamento. Formular as estratégias para garantir a permanência nos mercados atuais e, simultaneamente, construir o futuro impõe aos administradores um conjunto de decisões, base ado em informações em torno de objetivos e metas com as alternativas que indiquem o melhor caminho a seguir. Buscar o melhor caminho significa pensar diferente da forma a que se está acostumado, apre sentar novas alternativas, como ensinou Abraham Lincoln aos empresários americanos, “quando a nação americana enfrentava a turbulentas realidades do período posterior à Guerra Civil” (ANSOFF,1990 ). O pensamento estratégico tem evoluído através dos tempos de forma gradual. Afirma Ansof f (1990 ) que a preocupação dos administradores e estrategistas nos anos 50 era basicamente com as mudanças na car teira estratégica da empresa por meio da diversificação e internacionalização e que essas atividades permane ceram vigorosas durante os trinta anos seguintes. Entretanto, desde os anos 60, tornou-se mais intensa a preocupação com o compor tamento competitivo nas 18 | tecendo conhecimentos


leda Farias lessa |

áreas tradicionais de negócio. Essa preocupação surgiu nas indústrias consideradas maduras, da primeira geração, tais como a indústria siderúrgica, o setor de máquinas operatrizes, e máquinas agrícolas. As medidas operacionais foram insuficientes para conso lidação das melhorias em termos de vendas e lucros. Continuando sua análise sobre a economia, Ansof f (1990 ) afirma, ainda, que outro fator que ocorreu na economia mundial e que não incluía apenas as indústrias estagnadas foram as mudanças descontínuas nos mercados tradicionais das empresas. Essas mudanças resultaram de novas tecnologias, substituição cada vez mais rápida dos produtos, internacionalização da concorrência, regulamentação governamental e mudanças política. Na década de 70, o gerenciamento por resultados, implantado por Peter Drucker, causou na época uma revolução na forma de administrar, quando mostrava aos administradores o quanto era impor tante conside rar o mercado na definição dos seus objetivos, para não cair no erro de considerar as empresas como um sistema fechado, sem a necessária interação com o meio ambiente. Embora o modelo de Peter Drucker já esteja bastante ultrapassado para as exigências do ambiente organizacional atual, teve um valor revolucionário na mente dos administradores, pois, naquele momento, a gestão não contemplava os processos e sistemas de informações e também não enxergava a capacidade da organização como um todo, via ape nas as metas numéricas a serem perseguidas nos ditecendo conhecimentos | 19


| nos caminhos da estratégia

Operações Internacionais

Responsabilidade Sociais

Administração Estratégica Análise do Ambiente

Estabelecer a diretriz Organizacional

Formular a Estratégia

Implementar a Estratégia

Controle Estratégico

Retroalimentação

Produção Operacional

Finanças

Análise de Marketing

FIGURA 01. Fonte: Administração Estratégica, (p. 14),Samuel Certo e J. Paul Peter

tada de forma mais detalhada pelo caráter objetivo no trabalho de conclusão de curso. A Administração estratégica inicia seu processo no monitoramento do ambiente organizacional para identificar riscos e opor tunidades atuais e futuras. A matriz SWOT é uma ferramenta de gestão no planejamento estratégico, que permite o cruzamento das forças e fraquezas da empresa com as opor tunidades e ameaças reveladas. Sua representação gráfica facilita o entendimento e indica a definição dos obje tivos. Convém estar atento às variáveis controláveis e às incontroláveis. Não se devem utilizar esforços e recursos naquilo que foge ao nosso controle. Por exemplo, a variação cambial e a taxa de natalidade da população são variáveis independentes na vonta26 | tecendo conhecimentos


leda Farias lessa |

de da empresa. As variáveis controláveis na mudança do meio ambiente são: produtos, preços, promoção e praça (mercado), os famosos quatro P ’s de marketing, ( KOTLER, 20 0 0 ). A análise é dividida em duas par tes: o ambiente externo à organização (opor tunidades e ameaças) e o ambiente interno à organização (pontos for tes e pontos fracos). A organização tem que atuar de forma diferente em cada um dos ambientes. O ambiente interno por ser controlado pelos administradores da organização, a par tir do resultado das estratégias de atuação definidas por eles. Tornam se mais visíveis os pontos for tes e os pontos fracos. Logo, o administrador, ao perceber um ponto for te, deve ressaltá-lo e o ponto fraco deve ser trabalhado e controlado para minimizar seu efeito. Enquanto no ambiente externo essas variáveis estão totalmente fora do controle da organização, devem ser constantemente monitoradas, a fim de aproveitar as opor tunidades de forma ágil e eficiente, evitando as possíveis ameaças. No ambiente externo, vários fatores podem afetar o desempenho da organização e as mudanças de correntes da dinâmica desse ambiente, que podem representar opor tunidades ou ameaças na condução estratégica da organização são: Fatores macroambientais – as questões demográficas, econômicas, tecnológicas, políticas, legais etc. Fatores microambientais - as organizações congêne tecendo conhecimentos | 27


SOBRE O AUTOR

ENGENHEIRO ELETRICISTA, M ESTRE EM A DMINISTRAÇÃO PELA UFBA E P ROFESSOR NOS CURSOS DE S ECRETARIADO E XECUTIVO TRILÍNGÜE E DE S ISTEMAS DE I NFORMAÇÃO NO C ENTRO U NIVERSITÁRIO DA BAHIA - FIB. jtito@lognet.com.br


uma nova velha fórmula para o sucesso empresarial: a gestão por processos José manoel tito da motta

Três palavras passaram nas últimas décadas, a caracterizar, de modo geral, o sonho dos gestores da grande maioria das organizações, em todo o mundo: qualidade, eficiência e flexibilidade. Em termos de realidade, esta tem sido, pelo menos, a busca das empresas melhor posicionadas no mercado. Durante essa busca, apareceram muitas técnicas e me todologias, mas essas organizações descobriram que só conseguiriam melhorar a qualidade dos seus pro dutos e serviços e aumentar a eficiência e a flexibilidade da sua atuação se, efetivamente, conhecessem e aprimorassem os seus processos organizacionais. Identificar e melhorar os processos organizacionais, de forma alinhada às estratégias corporativas, passou a representar uma condição sine qua non para o sucesso das empresas sujeitas ao mercado competitivo. tecendo conhecimentos | 39


| uma nova velha fórmula ...

problemas relacionados à falta de integração entre as áreas hierárquicas, críticos quanto à resposta às mudanças ambientais ( DAFT, 20 02). Dando continuidade aos preceitos da Escola Clássica, mas introduzindo aí a consideração de aspectos sociais e psicológicos, antes de 1920, Mary Parker Follet t já falava da impor tância da organização inter funcional, onde todos os elementos de um dado conjunto deveriam estar mutuamente relacionados, para que fossem alcançados os melhores resultados. Ela incentivava os contatos diretos entre as pessoas envolvidas com o trabalho, e afirmava que as pessoas que executam um trabalho devem par ticipar do planejamento e da estruturação do mesmo. Para ela toda decisão é um momento de um processo e torna-se im por tante somente dentro do contexto desse processo. Assim, as decisões seriam decorrências naturais das situações verificadas pelos processos de trabalho, e o controle seria exercido mais sobre os fatos do que sobre as pessoas ( FOLLET T, 1997). Nas décadas seguintes, os aspectos sociais e psicoló gicos envolvidos na administração, alguns inicialmente abordados por Mary Parker Follet t, foram melhor estudados em um conjunto de teorias 2 , que ressalta-

(2) O FICA , É

ASPECTO DE ORGANIZAÇÃO RACIONAL DO TRABALHO , ESSÊNCIA DA

ADMINISTRAÇÃO CIENTÍTEORIA DA BUROCRACIA, ESTABELECIDA NA DÉCADA DE 40 A PARTIR DA TRADUÇÃO DOS ESCRITOS DE M AX W EBER , QUE BUSCA A RACIONALIDADE EMPRESARIAL , COM PERFEI TA ADEQUAÇÃO DOS MEIOS UTILIZADOS AOS OBJETIVOS ORGANIZACIONAIS QUE SE DESEJA ALCANÇAR , E DEFINE UM TIPO IDEAL DE ORGANIZAÇÃO . REAFIRMADO PELA

44 | tecendo conhecimentos


José manoel tito da motta |

ram a impor tância de aspectos compor tamentais tais como motivação e liderança, para a consecução dos objetivos organizacionais. Assim, questões voltadas ao relacionamento líder-subordinado, ao trabalho em grupo e à auto -realização no trabalho, passaram a fazer par te do elenco de temas massificados nos pro gramas de desenvolvimento de executivos. Apesar de Mary Parker Follett, em 1918, já verificar a necessidade de uma administração interfuncional, foi só na década de 50, com a Teoria Geral de Sistemas, que isto ficou evidente. Desenvolvida por Bertalanffy e Bouilding, a TGS é considerada um “divisor de águas” na administração:

“Nossa visão pessoal é que a TGS tem condições potenciais de libertá-los ou, melhor ainda, de libertar-nos da cegueira provocada pelos antolhos de abordagens especializadas, propondo uma nova estrutura integrada e útil, para organizar e interpretar o conhecimento administrativo”. (CARAVANTES, PANNO e KLOECKNER, 2005, p. 146).

Caravantes, Panno e Kloeckner (20 05) adotam o conceito de Hanika (1965) e consideram sistema como “qualquer entidade, conceitual ou física, composta de par tes inter-relacionadas, interatuantes ou interdependentes, dotada de um objetivo”. Se o sistema interage com o meio exterior, ele é designado por sistema “aber to” e, se não houver essa interação, ele é conhecido como sistema “fechado”. As orgatecendo conhecimentos | 45


| uma nova velha fórmula ...

ciclo PDCA. Este foi, segundo Campos (1992), o mé todo adotado pelos japoneses para o controle (gerenciamento) dos processos (ver Figura 03).

A (ACTION) Atuar Corretamente

C (CHECK)

Verificar os Resultados da Tarefa Executada

Definir as METAS

P (PLAN)

Definir os padrões Educar e Treinar Executar a Tarefa

D (DO)

FIGURA 03. Ciclo PDCA de controle de processos (Retirada de CAMPOS, 1992, p. 30).

Segundo Campos (1992), o ciclo PDCA deve ser utilizado tanto para manutenção quanto para melhoria dos processos. No primeiro caso, chamado de ge renciamento da rotina, o planejamento ( P) envolve a definição de indicadores dos resultados do processo (a exemplo de indicadores de qualidade e de custos) e das suas metas (valores esperados), além dos pro cedimentos (que devem ser padronizados) para a re alização das respectivas atividades (tarefas). Assim, este tipo de gerenciamento refere -se à padronização (de valores para os resultados e de métodos para o trabalho) e ao cumprimento dos respectivos padrões. É sobre o acompanhamento dos resultados desses indicadores que se assenta o “C” (Check) do PDCA. 52 | tecendo conhecimentos


José manoel tito da motta |

Quando, através do gerenciamento ( PDCA), se consegue que os valores dos indicadores dos resultados do processo se encontrem continuamente dentro de cer ta faixa de aceitabilidade, diz-se que o processo se encontra “sob controle”. Os indicadores de resultado do processo (conhecidos como Itens de Controle ) e as suas m etas são definidos a par tir do conhecim ento dos interesses das par tes interessadas (st akeholders) com relaçao a esses resultados (ver Quadro 01).

Parte Interessada

Característica solicitada

Item de Controle

Acionista

Baixo Custo Operacional

Custo por unidade do produto

Alta Qualidade do Produto

Percentual de Reclamações sobre a Qualidade do Produto

Entrega no Prazo

Percentual de Entregas Fora do Prazo

Não se Acidentar na Produção

Taxa de Freqüência de Acidentes na Linha de Produção

Cliente

Empregado

QUADRO 01. Exemplos de transformação dos interesses das partes interessadas em Itens de Controle.

Para uma gestão pró -ativa, também são definidos indicadores (e metas) para mensurar os resultados das atividades que compõem o processo. Estes indicado res são conhecidos como Itens de Verificação e definidos de forma a controlar, ao longo do processo, os valores a serem conseguidos nos respectivos Itens de Controle. A Figura 04 mostra a lógica de Indicadores de Controle e de Verificação para controle do prazo de elaboração de um relatório rotineiro. tecendo conhecimentos | 53


SOBRE A AUTORA

ESPECIALISTA EM GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS E DOCENTE EM GESTÃO DE PESSOAS DO C ENTRO U NIVERSITÁRIO DA B AHIA - FIB. barbaravissa@yahoo.com.br


revolucionando talentos Bárbara Valério Issa

Este ar tigo é composto por três par tes. A primeira ambienta o leitor a respeito da Administração de Re cursos Humanos (ARH ) e mostra como as mudanças do mercado de trabalho afetam, hoje, a área de Re cursos Humanos ( RH ). Na segunda par te, a abordagem recai sobre processos de recrutamento, seleção e desenvolvimento de talentos. Para finalizar são mostrados alguns pontos relevantes para manutenção de talentos nas organizações, assunto de impor tância significativa na gestão de pessoas. Com o propósito de formar profissionais secretários com capacidade para atuar no atual cenário organizacional com o novo papel de gestores, o TCC constitui-se do planejamento para a efetivação de uma assessoria executiva nas organizações, desenvolvendo, assim, o espírito empreendedor dos discentes. Com isso, em todas as partes deste artigo são oferecidas ditecendo conhecimentos | 69


| revolucionando talentos

retrizes de como gerir pessoas de forma fácil e eficaz visando facilitar o aprendizado e a atuação do gestor – neste caso o profissional Secretário Executivo – na elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso.

Conhecendo a ARH e analisando o reflexo de suas mudanças nas organizações O papel dos Recursos Humanos vem sendo enalte cido nas organizações devido às significativas mudanças verificadas na política e na economia que se processam mundialmente. Assinalam -se as mudanças fundamentais na situação econômica mundial e na natureza das organizações, bem como a necessidade de um novo referencial na administração de empresas, de uma abordagem fundamental e inovadora para poder compreender e tratar as novas realidades. Como diz Lessa (apud Powell, 1995, p.101), “quanto mais rápido muda o mundo, mais segurança encontramos sendo adaptáveis a um mundo mutável”. As empresas estão formando seus próprios modelos de RH e isto aproxima ainda mais a área de RH dos negócios da empresa. Estão adotando políticas de RH coerentes com as suas estratégias de negócio, além de investir mais em programas de auto - desenvolvimento e de gestão de pessoas integrados a programas de qualidade, produtividade e alternativas de gestão de produção. Hoje, os profissionais de RH estão agindo compar tilhando a missão e a visão da organização com uma 70 | tecendo conhecimentos


Bárbara valério Issa |

boa estratégia de negócios mudando o escopo e o conteúdo de uma gerência de recursos humanos, im pulsionando as empresas a refletirem sobre seus pro gramas de reengenharia, downsizing, terceirização etc, passando a adotar novas posturas. No atual ambiente de negócios, as tradicionais fontes de vantagens competitivas não conseguem mais pro ver uma posição sustentável. Baixos custos de produção, tecnologia ou acesso a capital têm -se tornado condições necessárias - mas não suficientes - para o sucesso. Além desses fatores, as abordagens mais recentes acerca das estratégias para negócios apontam para o foco na competência ativos intangíveis e capacidades organizacionais como fatores chave que influenciam o sucesso a longo -prazo. Assim, constata-se um renovado interesse pelos recursos humanos, como os principais fatores estratégicos, para se alcançar uma competitiva posição no mercado. Percebe -se que, neste processo de mudanças as transformações e a competitividade em que estão inseridas as empresas, a área de RH parece estar despertando para sua posição estratégica e para seu papel de agregar valor ao negócio, obser vando as diversidades humanas. A atenção da área de RH no resultado deve ser permanente e mais impor tante é conseguir avaliar o quanto consegue influenciar neste resultado. O correto entendimento proporcionará condições para aumentar a sua par ticipação no negócio e agregar mais valor nos resultados futuros. tecendo conhecimentos | 71


SOBRE O AUTOR

DOUTOR EM LETRAS. PROFESSOR DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA E DO C ENTRO U NIVERSITÁRIO - FIB. gilbertosobral@fib.br


a argumentação e as relações interpessoais gilberto nazareno telles sobral

O processo da comunicação O homem, seja pelo simples desejo de expressar-se ou por necessidades da própria sobrevivência, busca interagir com o mundo no qual está inserido. De pendendo do momento histórico, ele utilizou os mais diversos mecanismos para o estabelecimento do contato com o outro, mas não se pode negar o lugar de destaque que tem a linguagem verbal neste processo. Tal é a sua impor tância que, desde a Antigüidade Clássica até a modernidade, os estudos dedicados à linguagem têm merecido, de várias formas, a atenção de estudiosos de áreas distintas. Aristóteles, um dos pilares do conhecimento científico ocidental, já pre conizava as múltiplas potências da linguagem, considerando -a um lugar privilegiado para o acontecimento e aparecimento do real, como elo de comunicação sem o qual não se fundariam as cidades nem haveria tecendo conhecimentos | 83


| a argumentação e as relações interpessoais

o jogo político dos cidadãos livres. Comunicação é, por tanto, linguagem. Definir comunicação é uma tarefa bastante complexa e, a depender do critério adotado, várias definições podem ser apresentadas. Etimologicamente, comunicar vem do latim communicare, que significa pôr em comum. Segundo o dicionário Aurélio, V.t.d. 1. Fazer saber; tornar comum; participar: comunicar idéias, pensamentos, propósitos.(...) 2. Pôr em contato ou relação; estabelecer comunicação entre; ligar, unir. (...).8. Conferir, transmitir, dar.(...) 11. Estabelecer comunicação, entendimento, conversação, convívio.(...) 14. Travar ou manter entendimento, entender-se, dialogar.(...).

Do desper tar ao recolher-se, o homem está num constante processo de comunicação, seja consigo mesmo seja com o mundo em sua volta. Ele comunica consigo mesmo quando, por exemplo, organiza mentalmente as atividades que tem a desenvolver num determinado momento, porém é com o mundo a sua volta que o homem interage a maior par te do tempo, mesmo sem a consciência disto. Admitir que se trata de um processo que se mantém constantemente já é um grande passo à sua compreensão. Ao tomar consciência de que comunicar é um processo, que exige uma organização, é mais um fator que poderá propiciar o alcance do objetivo desejado. Dentre as teorias que tratam desta inter-relação, 84 | tecendo conhecimentos


gilberto nazareno telles sobral |

o mais conhecido é o proposto por Jakobson (1969). Toda comunicação pressupõe um remetente /emissor, que envia uma mensagem a um destinatário /receptor, num determinado contexto, e que necessita de um código e um canal, ou seja, um meio físico. O esquema de Jakobson pode ser visualizado na Figura 01.

REF

REMETENTE

ERENTE

MENSAGEM

RECEPTOR

CÓDIGO CANAL

FIGURA 01. Esquema de Jakobson.

Este esquema, aparentemente simples, em relação aos elementos essenciais à comunicação, exige, no entanto, algumas obser vações: 1. O remetente /emissor não é o soberano do pro cesso comunicativo, ele não é autônomo, pois, se realmente deseja que o processo da comunicação seja efetivado, antes de construir a sua mensagem, deverá procurar ter um conhecimento mínimo do receptor, das suas expectativas e a ele adequar a sua linguagem para uma boa compreensão da mensagem. É necessária a consciência do lugar social ocupado, uma vez que a forma de dizer será determinada por cada posição desempenhada, bem como pelo tecendo conhecimentos | 85


SOBRE A AUTORA

ESPECIALISTA EM PEDAGOGIA ORGANIZACIONAL E D ESENVOLVIMENTO EM R ECURSOS H UMANOS – CEPOM, ESPECIALISTA EM RELAÇÕES PÚBLICAS – UNEB, PROFESSORA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO - FIB. lopesadm30@yahoo.com.br


a importância da prática do estágio na elaboração e desenvolvimento do tcc alana lopes silva

A impor tância da prática do estágio curricular pro porciona ao aluno, principalmente aquele que nunca teve experiência de trabalho, aplicar as teorias adquiridas na universidade e, para aqueles que exercem atividades profissionais, oferece um conhecimento teórico -prático mais abrangente, supressões ou inclusões de ações e /ou confirmação das suas habilidades e competências. Segundo Nascente (1932), Estágio, segundo a maioria dos etimologistas, provém do francês stage, ou do seu ancestral estage, por sua vez oriundo do latim medieval stagium. Primitivamente se refere ao treinamento de um sacerdote para o exercício de mister. tecendo conhecimentos | 99


| a importância da prática do estágio ...

De acordo com Rober t (1987), É também utilizado em direito feudal para ressaltar do dever do vassalo de permanecer nas vizinhanças do castelo de seu senhor a fim de colaborar na defesa deste em caso de guerra.

Segundo Larousse (20 01), 1. Período de estudos práticos, exigido do candidato ao exercício de certas profissões. 2. Formação prática efetuada numa empresa para complementar o ensino geral e teórico.

O estágio curricular é normalizado pela Lei Federal nº 6.494, de 7-12-1977 e, de acordo com o Decreto nº 87.497, de 18 -8 -1982, considera-se estágio curricular “as atividades de aprendizagem social, profissional e cultural proporcionados ao estudante pela participação em situações reais de vida e trabalho, de seu meio, sendo realizados na comunidade em geral ou junto a pessoas jurídicas de direito público ou privado, sob a responsabilidade e coordenação da instituição”. Para concretizar e objetivar o exercício do estágio, é imprescindível a elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso ( TCC). É este que desenvolverá habilidades de investigação da realidade empresarial, integralizando os conhecimentos teórico -práticos do aluno, voltados para atuação deste profissional, participando das etapas de obser vação, co -par ticipação e vivência dentro das organizações. 100 | tecendo conhecimentos


alana lopes silva |

Tanto o aluno quanto a universidade analisarão e investigarão problemas e opor tunidades para a melho ria, enriquecimento e valorização deste aluno (estagiário /efetivo) e a divulgação e preser vação da imagem do respectivo curso de graduação. Segundo Medeiros (20 05. p.249), o Trabalho de Conclusão de Curso é outro nome que se dá às monografias, projetos, resenhas, relatórios apresentados ao final dos cursos de graduação, também conhecidos como TGI – Trabalho de Graduação Interdisciplinar. A NBR 14724 (2002) assim define esse tipo de trabalho: “Documento que representa o resultado de estudo, devendo expressar conhecimento do assunto escolhido, que deve ser obrigatoriamente emanado da disciplina, módulo, estudo independente, curso, programa e outros ministrados. Deve ser feito sob a coordenação de um orientador”.

Pode -se analisar as seguintes questões nor teadoras dos fatos obser vados: consociar a prática do estágio à elaboração do TCC, a fim de concretizar a disciplina Estágio Super visionado, abrangendo a grade curricular (teorias) às atividades atribuídas ao estagiário e /ou efetivo no desenvolvimento prático. Para esta afirmação, precisa-se ratificar ao corpo discente, a par tir do 1º semestre, que o estágio aliado às disciplinas é uma das fórmulas básicas para a construção do conhecimento crítico do futuro profissional e elaboração eficaz do TCC. Faz-se necessário criar tecendo conhecimentos | 101


SOBRE A AUTORA

SECRETARIADO EXECUTIVO BILINGÜE – UCSAL, SECRETÁRIA SÊNIOR REITORIA DA UCSAL, DOCENTE CURSO SECRETARIADO EXECUTIVO TRILÍNGÜE – FIB, ESPECIALISTA EM PSICOPEDAGOGIA EM RECURSOS HUMANOS E EM METODOLOGIA E DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR, MESTRANDA ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA - UNIFACS verals@ucsal.br


atuação do tutor na universidade corporativa vera lúcia dos santos

CENÁRIO DA EDUCAÇÃO CONTINUADA

Historicamente, a idade moderna começou em 1453, com início das chamadas invenções como a pólvora, a bússola, a imprensa e as descobertas marítimas. No período de 1500 a 1900, houve a passagem da Era do Sagrado para a Era da Ciência e Tecnologia. Com a evolução da ciência e tecnologia, foi iniciada, na década de 1940, a Era da Informação e do Conhecimento. Com o avanço da automação dos processos, a par tir do uso cada vez mais coordenado da tecnologia, as empresas passam do modelo mecanicista para mode los mais complexos, com um misto de funções, pro cessos, projetos e redes. O papel do ser humano nas organizações também tem evoluído, pois passou de uma cultura ser vil e cumpridora de padrões e pro cedimentos para uma cultura de inovação, criação e tecendo conhecimentos | 109


| atuação do tutor na universidade corporativa

to é um poderoso instrumento de alavancagem de negócios e resultados, um diferencial competitivo e uma necessidade constante para aper feiçoamento e reciclagem dos seus colaboradores, que têm ações estratégicas definidas para treinamento como investimento prioritário, considerando sua compensação no processo de mudança organizacional e expansão do seu negócio. Nesta perspectiva, Hoyler (1970 ) afirma que

treinamento é um investimento empresarial destinado a capacitar uma equipe de trabalho a reduzir ou eliminar a diferença entre o atual desempenho e os objetivos e realizações propostos. Em outras palavras e num sentido mais amplo, o treinamento é um esforço dirigido no sentido de equipe, com a finalidade de fazer a mesma atingir o mais economicamente possível os objetivos da empresa.

Livros, publicações, cursos e consultorias em treinamento existem em grande quantidade. Hoje, até via internet, os empresários têm acesso aos novos conceitos de treinamentos e aos inúmeros casos de empresas bem sucedidas no Brasil e no mundo globalizado. Porém, isso é só um começo, pois, na verdade, as empresas que querem ser competitivas precisam internalizar, com urgência, outros conceitos que já fazem parte da linguagem dinâmica do mercado: educação, learning organization, gestão do conhecimento, universidade corporativa, educação à distância e on line etc. 114 | tecendo conhecimentos


vera lúcia dos santos |

As grandes mudanças já estão acontecendo nesse pro cesso educacional, com ênfase no ensino à distância e através de meios eletrônicos (internet, teleconferência etc). Como principal responsável dessa revolução na educação surgem as Universidades Corporativas. O Quadro 01 comparativo entre a estratégia tradicional em treinamento e a estratégia competitiva resume principal campo de atuação das Universidades Corporativas.

Área de treinamento e de desenvolvimento ESTRATÉGIA TRADICIONAL

ESTRATÉGIA COMPETITIVA

Educar pessoas

Melhorar a organização através do aprendizado contínuo e aplicado Aplicar aprendizado na realidade da empresa, melhorando continuamente sua performace

Cumprir orçamentos Centro de custos

Centro de lucro

Burocrático sem vinculação com a cultura

Competitivo melhorando a cultura

Concentrada na sala de aula

Aberta para o mundo

Visão endógena

Visão exógena, visitas, entrevistas, benchmarking

Não há exigência de aplicação

Busca aplicação em projetos

Não há vinculação com a avaliação de desenvolvimento desempenho

Serve como indicador de carreira

Responsabilidade da empresa-colaborador

Responsabilidade conjunta entre a empresa

Avalia os professores

Avalia a aplicação

Consultores externos

Consultores internos e externos

Tecnologia tradicional

Tecnologia avançada

QUADRO 01. Comparativo entre estratégia tradicional e estratégia competitiva

De universidade à universidade corporativa O conceito de Universidade surge no final da Idade Média (séculos XI e XV ), sob o comando da Igreja Católica, que foi a responsável pela unificação do tecendo conhecimentos | 115


| atuação do tutor na universidade corporativa

de desenvolver meios de alavancar novas opor tunidades, entrar em novos mercados, criar relacionamentos profundos com os clientes e impulsionar a organização para um novo futuro. O conceito foge da imagem de edifícios, salas de aula, campus, reitores e professores, passando a ser considerado um “ser vivo”, com o envolvimento de todos os níveis da empresa, onde funcionários aprendem uns com os outros, compartilham inovações e informações, visando superar sua performance no trabalho e, conseqüentemente, aumentar a produtividade da empresa. Meister (1999) apresenta a mudança de paradigma do Treinamento para Aprendizagem nas empresas (ver Quadro 02).

PARADIGMA APRENDIZAGEM NO SÉC. XXI

ANTIGO PARADIGMA DE TREINAMENTO Prédio

LOCAL

Aprendizagem disponível sempre que solicitada - Em qualquer lugar a qualquer hora

Atualizar Qualificações

CONTEÚDO

Desenvolver Competências Básicas do Ambiente de Negócios

Aprender Ouvindo

METODOLOGIA

Aprender Agindo

Funcionários internos (Público interno)

PÚBLICO ALVO

Equipe de funcionários, clientes e fornecedores de produtos (público interno, externo e misto)

Professores/Consultores Universidades Externas

CORPO DOCENTE

Gerentes seniores internos, consórcio de professores universitários e consultores externos.

Evento único

FREQÜÊNCIA

Processo contínuo de aprendizagem

Desenvolver o estoque e qualificações do Indivíduo

META

Solucionar problemas empresariais reais e melhorar o desempenho no trabalho

QUADRO 02. Paradigmas de treinamento. Fonte: Meister (1991)

120 | tecendo conhecimentos


vera lúcia dos santos |

As Universidades Corporativas no Brasil deverão se guir, com algumas adaptações, os mesmos princípios e objetivos de suas similares já implantadas pelas grandes empresas globais. Ainda segundo Meister (1999), os 10 objetivos e princípios que regem as universidades corporativas das empresas americanas são: 

oferecer opor tunidades de aprendizagem que dêem sustentação às questões empresariais mais impor tantes da organização;

considerar o modelo de universidade corporativa um processo e não um espaço físico destinado à aprendizagem;

elaborar um currículo que incorpore cidadania corporativa, estrutura contextual e com petências básicas;

treinar a cadeia de valor e parceiros, inclusive clientes, distribuidores, fornecedores de produtos terceirizados, assim como universidades que possam oferecer trabalhadores de amanhã;

migrar do treinamento conduzido pelo instrutor conduzido pelo instrutor para vários formatos de apresentação da aprendizagem;

encorajar e facilitar o envolvimento de líderes com o aprendizado;

passar do modelo de financiamento corporativo por alocação para o “autofianciamento” pela unidades de negócio;

assumir um foco global no desenvolvimento de soluções de aprendizagem; tecendo conhecimentos | 121


SOBRE A AUTORA

MBA

GESTÃO PÚBLICA E EMPRESARIAL, POLÍTICA E ESTRATÉGIA, EM METODOLOGIA DO ENSINO SUPERIOR, E EM DESENVOLVIMENTO EM RECURSOS HUMANOS, CONSULTORA DA E DITORA M ODERNA E COORDENADORA DO C URSO DE S ECRETARIADO EXECUTIVO TRILÍNGÜE E PROFESSORA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO DA BAHIA – FIB. EM

ESPECIALISTA EM

marciamoraes@fib.br


a linha do tempo e o desenvolvimento de competências e habilidades que norteiam o profissional de secretariado executivo márcia moraes

Num mundo cada vez mais globalizado, tornam -se necessárias mudanças de postura para algumas pro fissões. Este é o caso do profissional de secretário executivo, levando -se em conta as reformulações da profissão quanto às atividades desenvolvidas dentro das organizações, exigindo -se, assim, mais responsabilidade, que, antes, eram apenas destinadas ao seu gestor. Com o mercado atualmente competitivo voltado para as tecnologias e as inovações, surgem as necessidades de quebrar paradigmas e enfrentar com compromisso e dedicação o seu papel na organização e sociedade, contribuindo, assim, para o seu sucesso profissional e, conseqüentemente, para o desenvolvimento da empresa. Com as transformações ocorridas na profissão de secretariado executivo, a comunicação é um processo de par ticipação de expe tecendo conhecimentos | 143


| a linha do tempo e o desenvolvimento ...

riências que modifica a disposição mental das par tes envolvidas, é uma sucessão de fenômenos ligados à troca de mensagens. Dentro de qualquer grupo, é a comunicação o ponto de par tida para o alcance de objetivos e metas, ou seja, o resultado das organizações depende dos processos comunicativos. Atualmente, além de qualificações pessoais, a relação que os funcionários estabelecem uns com os outros tornou-se requisito básico no momento da avaliação para contratações. A relação interpessoal deixou de ter interesses secundários nas empresas para ser uma das ferramentas principais nas políticas internas das organizações e no mundo que nos cerca. Assim como as organizações estão preocupadas na contratação de profissionais competentes e qualificados, por estes constituírem o seu “capital humano”, surge uma outra necessidade que diz respeito às questões com por tamentais básicas de caráter e valores éticos, que são indispensáveis para a sobrevivência saudável do clima organizacional. É necessário lembrarmos que para haver transformações é de grande impor tância estarmos motivados. É notório que o interesse pelo compor tamento motivacional no trabalho tenha, nestes últimos tempos, atingido níveis excepcionalmente elevados. Apesar das dificuldades enfrentadas pelas organizações, elas continuam tendo que fazer o seu papel face ao desafio de atrair a sua mão - de - obra e criar condições para tais pessoas aí permaneçam, de sempenhando com eficácia e satisfação as atividades que fazem par te dos seus cargos. Além do mais, as 144 | tecendo conhecimentos


márcia moraes |

empresas também se vêem diante do desafio de utilizar o potencial produtivo e criativo existente dentro de cada pessoa, transformando o compor tamento naturalmente espontâneo, opor tunamente construtivo e eficazmente inovador, além das atuais mudanças no mercado de trabalho impulsionadas pelas novas tecnologias e globalização. A velocidade em que se dão as transformações glo bais é tamanha que causa perplexidade e desorientação até para os profissionais que estão em constantes atualizações. Aqueles que não tiverem flexibilidade, conhecimentos, visão de futuro e criatividade para se adaptar às mudanças e paradigmas perderão a vez. É preciso entender um pouco sobre as mudanças, pois este fenômeno não acontece em um único lugar, já que se trata de um acontecimento mundial. Para isso, é necessário ter ao menos noção do que é globalização. Cada um tem um palpite, mas poucos realmente sabem o peso da palavra e, principalmente, das conseqüências que ela traz. As mudanças ocorrem quase que de forma simultânea, nas mais diversas partes do mundo. A rapidez na comunicação facilita a heterogeneidade das informações, propagação dos conceitos e mudanças de atitudes. Minarelli (1997) afirma que a economia global mudou, as empresas mudaram e o emprego também. As formas de trabalho adquirem novas feições, o emprego passa por redefinições profundas e as relações de trabalho já não são duradouras com tecendo conhecimentos | 145


| a linha do tempo e o desenvolvimento ...

Motivação - A força que impulsiona o secretário a exercer sua profissão É notório que o interesse pelo compor tamento motivacional no trabalho tenha, nestas últimas décadas, atingindo níveis excepcionalmente elevados. Apesar das dificuldades enfrentadas pelas organizações, elas continuam tendo que fazer face ao desafio de atrair a sua mão - de - obra e criar condições para que tais pessoas aí permaneçam, desempenhando com eficácia e satisfação as atividades que fazem par te da utilização do potencial produtivo e criativo existente dentro de cada pessoa, transformando o compor tamento naturalmente espontâneo, opor tunamente construtivo e eficazmente inovador. Para Levy- Leboyer (1994, p. 43), o verbo motivar não pode existir sem complemento. Os responsáveis por empresas cometem o erro de solicitar pessoal “motivado” dentro do mesmo espírito, como se isso significasse uma qualidade permanente e distribuída de forma homogênea. Não existe o pequeno gênio da motivação que transforma cada um de nós em trabalhador zeloso ou nos condena a ser o pior dos preguiçosos. Em realidade, a desmotivação não é nenhum defeito de uma geração, nenhuma qualidade pessoal, pois ela está ligada a situações específicas. Um indivíduo motivado aqui será diferente em outro lugar.

Isso significa, por tanto, que as pessoas, no desenro lar do seu processo motivacional, têm a sua atenção 160 | tecendo conhecimentos


márcia moraes |

voltada para o desempenho de uma atividade específica e buscam atingir determinado fim, dentro de uma contingência par ticular. Nessa linha, os dirigentes devem procurar mecanismos para tornar o ambiente de trabalho em algo produtivo, alegre e agradável. Somente assim as empresas serão capazes de concorrer positivamente para a motivação e satisfação dos seus empregados. É impor tante que os objetivos ou missão da organização estejam alinhados com os desejos e anseios dos membros da empresa, do contrário a motivação vai diminuindo. Uma estratégia é rever os objetivos e verificar se o alinhamento inicial ainda persiste. Com os objetivos bem definidos, os secretários executivos devem estar conscientes de suas responsabilidades e assumir compromissos com os resultados esperados ou ultrapassar os resultados estabelecidos e almejados. Liderança, bom senso, talento, multifuncionalidade, criatividade e empreendedorismo fazem par te da vida do profissional de secretariado.

tecendo conhecimentos | 161


| a linha do tempo e o desenvolvimento ...

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162 | tecendo conhecimentos

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POSTURAS RES -


márcia moraes |

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P ESSOAS . 2

ED .

S ÃO

tecendo conhecimentos | 163


O tex to deste livro foi comp osto com as famí lias tip ográficas O pt ane e E xot ic. O pap el usado no miolo é o O f f Set branco 9 0 gr/m² impresso à 1x1 cor( es). O pap el da capa é o Car t ã o Supremo branco 250 gr/m² impresso à 1x0 cor( es).



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tecendo conhecimentos

“O presente livro representa, assim, uma colaboração importante para a formação de estudantes e para o desenvolvimento de profissionais que já atuam no mercado. Caracteriza-se como um esforço de professores/pesquisadores comprometidos com as suas funções de educadores e com a qualidade do ensino superior no país.” CLÁUDIO OSNEI GARCIA

Tecendo Conhecimentos é uma publicação que surgiu da idéia de reunir alguns textos que dessem apoio aos alunos para análise e reflexão sobre o entendimento e o exercício da sua futura profissão, além de disponibilizar elementos que facilitassem a elaboração do trabalho de conclusão de curso. Nesse sentido, a proposta de desenvolvimento de atividades que deverão acontecer intra e extra classe é o objetivo precípuo dos trabalhos de conclusão de curso, de forma a promover a integração entre os conhecimentos das diversas disciplinas, bem como a interação entre a teoria e a prática, introduzindo o aluno no final do curso à linguagem e a prática científica. Para esse primeiro volume foi escolhido o Curso de Secretariado Trilíngüe do Centro Universitário da FIB.


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