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Não aceite calado, denuncie

Geralmente as vítimas do assédio moral são motivos de chacota e de humilhações constantes. São também hostilizadas, ridicularizadas, inferiorizadas e desacreditadas diante de seus pares, fatos esses que as levarão gradativamente, à desestabilização e à fragilização no ambiente de trabalho, forçando-as a desistir do emprego com possíveis problemas de saúde.

No campo da educação, verificamos o crescimento deste tipo de assédio a pressões exercidas por parte das equipes diretivas e das Secretarias de Educação por melhorias de notas, aumento das exigências burocráticas, perseguições, fiscalização e vigilância nas salas etc.

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Na área da saúde, por exemplo, a ocorrência do assédio moral atinge tanto os funcionários efetivos como os contratados que estão nas bases da hierarquia. Existe assédio por parte de gerentes de unidades de saúde com profissionais, quando os mesmos questionam uma ordem, por exemplo, ou quando não atingiram uma determinada meta colocada. O assedio atinge a todxs e os que têm vínculo mais frágil ficam mais vulneráveis

Em outras palavras, a ocorrência do assédio moral está diretamente ligada à pressão em corresponder aos interesses de lucratividade e produtivismo do capital, basta olhar para as consequências da privatização dos serviços e as condições trabalhistas cada vez mais sucateadas.

O assédio moral não é, então, um fato isolado, é um sintoma de que as relações de nossa sociedade estão pautadas numa divisão social, sexual e racial do trabalho desigual e perversa.

Um ambiente de trabalho saudável é possível. Se você é testemunha de cenas de humilhação no trabalho busque superar seu medo, seja solidário com seu colega. A ação e reação entre parceiros e colegas impedem que esta seja uma conformação de assédio moral no seu setor de trabalho e instituição. A atuação em conjunto com sindicato, por exemplo, é importante para a denúncia. Você não está sozinho.

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