Era uma vez, uma pequena lagarta chamada Alana. Ela estava triste e sozinha, comendo uma folha...
Então ouviu um sussurro: — Fique paradinha, não se mexa! Sem saber de onde vinha aquela voz, Alana questionou: — Por quê?
Naquele momento, um grande pássaro passou perto dela, procurando comida.
A lagarta ficou imóvel, torcendo para o bem-te-vi não perceber que ela estava ali.
O pássaro olhou na direção dela,
mas felizmente não a viu.
Seguiu adiante, até que achou uma minhoca no chão.
Ele a pegou e saiu voando.
Luiz saiu de baixo da folha onde estava escondido e foi conversar com a amiga. — Nossa, você escapou por pouco! — Obrigada por me avisar! — agradeceu Alana. — Você está com uma cara triste. O que aconteceu? — Ai, estou insatisfeita com a minha vida. — Por quê? — Por muitas razões. Uma delas é que eu ando muito devagar.
— É normal. A gente tem patinhas pequenas e um corpo grande.
— Eu queria ter um corpo pequeno e patas grandes. Eu queria ser mais rápida!
— Pra que ter pressa? Com paciência, a gente chega em qualquer lugar.
— Haja paciência! Se eu quero ir até aquela planta, que tem folhas suculentas, vou demorar muito! Eu queria chegar rápido.
— Então vamos apostar uma corrida? — Vamos!
Depois de uns vinte minutos... as lagartas finalmente chegaram até a planta.
— Ganhei! — gritou Luiz. — Tá vendo? Mesmo andando o mais rápido possível, a gente demorou muito pra chegar aqui.
Olha aquele rato. Ele vai de um lado pro outro bem rápido.
Oh, não, ele está vindo pra cá! Será que ele quer nos comer?
O ratinho chegou perto e cheirou as lagartas.
Quando as tocou, elas naturalmente soltaram uma substância urticante, que fez arder o nariz do pobre ratinho.
Ele desistiu de comer as lagartas e foi embora correndo.
— Que bom que nosso corpo tem mecanismos de defesa! Senão o que seria de nós? — comentou Luiz.
— A gente é tão pequenininha em comparação aos outros animais — reclamou Alana. — Somos bem maiores que as minhocas e as formigas — rebateu Luiz. — Mas a gente é muito menor do que os seres humanos. Tem dois vindo em nossa direção. Eles podem pisar em nós. Vamos sair daqui!
Duas crianças, que para os insetos pareciam gigantes, passaram bem perto, mas felizmente não pisaram nas lagartas.
Pouco depois, elas viram uma ave pousar ali perto. Era um quero-quero enorme. Ele avistou as duas lagartas e foi se aproximando perigosamente. — Oh, não! — O que será de nós?
Quando o quero-quero ia comer as lagartas...
Um gato, que estava escondido, avançou na ave, que saiu voando assustada. O gato foi atrás dela e nem notou as lagartas.
— Ufa! Nós escapamos por pouco! — Alana respirou aliviada. — A gente passa por cada sufoco! É muito perigoso ser uma lagarta — comentou Luiz.
— Eu também não gosto de ver tudo aqui de baixo. Eu queria poder ver as coisas do alto. — Mas isso é fácil. Venha comigo! Luiz começou a escalar uma árvore, e Alana foi atrás dele.
Depois de muito tempo... as lagartas chegaram a um galho alto. — Olha que visão linda nós temos daqui! — É mesmo. Obrigada por me trazer até aqui em cima. Você é um ótimo amigo! Elas ficaram lá por bastante tempo, admirando a vista.
Mesmo com a ajuda do amigo, Alana não conseguia ficar totalmente feliz. Ela queria ser rápida, queria ser livre.
Até que, um dia, ela subiu na parede de uma casa e achou um canto protegido.
Então ela fez um casulo que cobriu todo seu corpo. Ali, bem confortável, ela dormiu um sono profundo.
Enquanto estava dormindo, ventou fortemente, mas o casulo não se desprendeu.
Depois veio uma chuva torrencial, mas o casulo continuou firme.
Uma lagartixa tentou comer o casulo, mas achou que tinha gosto ruim e desistiu.
Num belo dia, Alana despertou e saiu do casulo.
Viu que tinha asas coloridas.
Ela se havia transformado em uma linda borboleta!
Começou a bater as asas e a flutuar pelo ar.
Ela podia voar!
Alana saiu voando e contemplando toda a beleza do mundo. Ela não estava mais presa ao chão. Conseguia ir de um lugar para outro bem rápido. Podia ver o mundo de cima. Várias coisas, que antes eram grandes para ela, agora pareciam pequenas de um ponto de vista mais elevado.
Alana encontrou seu amigo Luiz, que também tinha virado uma linda borboleta. Os dois foram voar juntos, cheios de entusiasmo e energia. — Vamos apostar uma corrida? — desafiou Luiz. — Tá bom — aceitou Alana. — Quero ver quem chega mais rápido naquela montanha lá longe!
Em alguns segundos... as duas borboletas chegaram à montanha. — Ganhei! — gritou Alana, com alegria.
Foi assim que a lagarta triste virou uma borboleta feliz!
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Autor
Flávio Colombini
Sou escritor e cineasta. Adoro imaginar histórias que ajudem as crianças a ver o mundo de outros pontos de vista, como o de uma lagarta ou o de uma borboleta. Assim, elas criam mais empatia pelos bichinhos e pela natureza como um todo. Esta história foi gestada por um bom tempo. Tive a ideia inicial, mas sempre que tentava escrever, não saía muita coisa. Até que, depois de muitas tentativas, o texto finalmente veio. Quando as palavras se uniram às ilustrações, o livro saiu do casulo e agora voa para as suas mãos, querido leitor. Aproveite! Se você quiser conhecer os outros livros que eu escrevi, visite meu site: www.flavito.com.br
Ilustradora
Monique Alencar
Desde que me entendo por gente, sempre fui apaixonada por contar histórias através dos meus desenhos. Comecei minha jornada produzindo meus próprios projetos, fazendo quadrinhos independentes. Agora também tenho ajudado a dar vida às histórias de outros autores. É uma honra poder ilustrar livros para crianças e dar vida para projetos tão legais quanto A pequena lagarta. Meu apelido nas redes sociais é Nickyzilla. Quer ver outras ilustrações que eu já fiz? Clique neste link: nickyzilla.carrd.co
Copyright do texto © Flávio Colombini Copyright das ilustrações © Monique Alencar Publicação: Ideias Brilhantes Editora Diagramação: Flávio Colombini Revisão de texto: Luisa Ghidotti Agradecimentos: Alcidema Torres, Alessandra Colombini, Raquel Larangeira e Daniela Hessel. ISBN: 978-65-995345-9-1