Os profissionais de saúde devem trabalhar para que as vacinas sejam aplicadas o mais próximo possível dos intervalos recomendados. Intervalos maiores que os recomendados entre as doses não reduzem as concentrações finais de anticorpos, embora a proteção plena possa não ser atingida até que o número recomendado de doses tenha sido administrado A interrupção no esquema de vacinação não requer o reinício de toda a série de uma vacina ou toxóide ou a adição de doses extras (CDC, 2020).
6.4 Estratégias para manutenção e aumento nas coberturas vacinais Estratégias seguras devem ser elaboradas para possibilitar a manutenção da vacinação de rotina. Entre elas estão o conhecimento da epidemiologia local sobre doenças imunopreveníveis. Também é necessário saber como se encontra a circulação da COVID-19 (transmissibilidade, número de casos novos, número de óbitos, número de internações hospitalares, uso de leitos de terapia intensiva), quais são os dados demográficos e a disponibilidade de vacinas e insumos, e a capacidade pessoal e da estrutura do serviço de vacinação (FIOCRUZ, 2020; CDC, 2020). Cada gestor local deve definir a estratégia para manter as atividades de imunização de acordo com as taxas de transmissão da COVID-19 da sua área de residência. É mais que importante o fortalecimento do programa de saúde da família com investimentos e insumos para a busca ativa e vacinação em casa para pessoas com fatores risco ou sob imensa vulnerabilidade social. O sistema de vigilância de doenças evitáveis por vacinas deve receber investimentos em insumos e pessoal para detectar precocemente os casos e rastreá-los quando necessário. A rede de assistência foi muito prejudicada pela COVID-19, tanto pelo profissional de saúde que adoeceu e continua adoecendo diretamente pelo vírus, tanto pela grande dificuldade que enfrenta pelas restrições da mobilidade urbana, e até pelo fechamento de algumas unidades de serviço. Se faz necessária a busca ativa e o seguimento das pessoas que não foram vacinadas para a atualização do seu documento vacinal. Quando a capacidade vacinal for limitada deve-se priorizar os grupos de risco, menores de 5 anos, gestantes, e pessoas com comorbidades. A prioridade se faz mais importante em pessoas institucionalizadas e em áreas de difícil acesso. Quando há demanda espontânea pela população nas visitas aos ambulatórios, hospitais, ou através do programa de saúde da família se torna fundamental o incentivo a vacinação frente a esta oportunidade (OMS, 2018). É fundamental que todos os profissionais das mais de 36.000 salas de vacina espalhadas por todo o território nacional recebam treinamento sobre os cuidados de proteção individual e uso de EPI (equipamento de proteção individual) para sua proteção frente à COVID-19 (ONU, 2020).
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