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1989-1994: A Frente Brasil Popular e a reafirmação do Socialismo
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Amazonas lança o Manifesto do PCdoB pela união nas eleições de 1989, São Paulo, 13 de janeiro: “Agora, o eixo da unidade democrática e popular são as forças de esquerda. Por isso elas não podem se dividir”; resposta do vice-prefeito Greenhalgh, do PT (de braços cruzados): “Plena concordância com todas as linhas e cada palavra”. À mesa, na foto acima, encontram-se: Jandira Feghali, Duarte Pereira, Raimundo Pereira, Olival Freire Jr., João Amazonas, Luiz Eduardo Greenhalgh, entre outros
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Convite para palestra de Amazonas no Recife sobre a frente
Boletim do trabalho com trabalhadores rurais, a cargo de Antônio de Almeida Soares, o Tom, que também militou no campo durante a clandestinidade
FRENTE BRASIL POPULAR - LULA PRESIDENTE -
Formação da Frente Brasil Popular para lançar a candidatura de Lula à Presidência da República possibilitou a mobilização de grandes massas, numa campanha memorável. PCdoB se destacou como um dos idealizadores e organizadores da campanha.
Comício da candidatura Lula com 80 mil pessoas na Cinelândia, Rio, 17 de outubro
1º de Maio de 1989 na Praça da Sé, São Paulo: Acima, Amazonas fala aos trabalhadores; abaixo, com Lula e sindicalistas no palanque; atrás dos dois, de óculos, Nivaldo Santana, do Sintaema-SP
O PCdoB ajuda como pode, no programa, militância, e até na marca da Frente Brasil Popular
Carlos Azevedo (abaixo) dirige a Rede Povo da campanha na TV; ao lado, Gil, Djavan e Chico cantam o
8 jingle Lula lá
Amazonas, Lula, Renato e Ronald Freitas na Convenção Eleitoral do PCdoB que aprova a coligação presidencial em torno da candidatura de Lula e Bisol da Frente Brasil Popular (PT, PCdoB, PSB) em 8 de julho de 1989
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O deputado federal Eduardo Bomfim (PCdoB-AL), Amazonas, Lula e o senador Paulo Bisol (PSB-RS), vice da chapa, no aeroporto de Maceió
O vereador paulistano Eduardo Suplicy (PT), Amazonas e Lula em caminhada em São Paulo
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Palanque do primeiro comício da Frente Brasil Popular, São Bernardo (SP), 13 de maio de 1989: Amazonas, Erundina, Lula, Jamil Haddad, senador (RJ) e presidente do PSB, e Fernando Gabeira, na época petista
Péricles de Souza, Lula, Amazonas, Haroldo Lima e Paulo Bisol, em caminhada no centro de Salvador
Comício de encerramento do primeiro turno, 17 de outubro, Praça da Sé, São Paulo, 300 mil pessoas; os enormes painéis reproduzem artesanalmente os símbolos dos partidos da Frente
2º Congresso da CSC, Rio, março de 1990; a Corrente Sindical Classista decide integrar a CUT, mantendo sua fisionomia própria e lutando para acumular forças; à direita, boletim estadual da CSC fluminense anuncia a decisão
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Encontro da CSC em 1993, realizado na Bahia, um reduto do sindicalismo classista. Entre os que estão à mesa: Haroldo Lima, Renildo Souza, Nivaldo Santana, João Amazonas, Aloisio Sérgio Barroso, Everaldo Augusto e Gilse Cosenza. Abaixo, caderno de resoluções do encontro
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24 Expedito Ribeiro de Souza, sucessor de João Canuto no Sindicato de Rio Maria (PA) e, como Canuto, militante do PCdoB, mostra aos companheiros a foto ao lado, de Braz de Oliveira e Ronan Centura, assassinados pelo latifúndio em 3 de abril de 1990; ele próprio seria abatido pela jagunçada em 3 de fevereiro de 1991
MAIS MORTES EM RIO MARIA
Filhos de João Canuto, José, 27 anos, e Paulo, 19, executados por quatro pistoleiros, 22 de abril de 1990; um terceiro irmão, Orlando Canuto, 25 anos, que escapa do atentado com tiros no ventre e no braço, assume o Sindicato e o Partido
13 de março de 1991, Dia Contra a Impunidade em Rio Maria (PA); ao microfone, Orlando Canuto, sobrevivente da chacina de 1990; ao lado, faixas do protesto
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32 31 Dirigentes da União Brasileira de Mulheres presentes no 2º Congresso da entidade, Guarapari (ES), junho de 1991, dentre elas Jô Moraes, Eneida Guimarães, Ana Rocha, Edna Martins, Fátima Oliveira, Gilse Cosenza, Kátia Souto, Leila Márcia, Lúcia Rincón, Liège Rocha; ao lado, a mesa e o cartaz do evento
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A Corrente Sindical Classista aprova, em março de 1990, ingresso na CUT em torno de unidade dos trabalhadores contra o neoliberalismo
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Os anos 1990 iniciam-se com grandes mobilizações populares contra o neoliberalismo de Collor de Melo Cartazes do 6º Congresso da UJS, em Vitória, 1990
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Dynéas Aguiar representa o PCdoB no Encontro Internacional de Partidos Comunistas da América Latina e Caribe, Cidade de México, 1990
A Unegro emerge como entidade de primeiro escalão, e nacional, no Encontro do Pacaembu, 1991
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Reunidos em julho de 1990, no hotel Danúbio, na capital paulista, 48 partidos de esquerda latino-americanos fundam o Foro de São Paulo, que em 2016 terá 119 partidos, governando boa parte do Continente; no Brasil, além do PCdoB, integram o Foro, PT, PSB, PDT, PCB e PPS
Infográfico da Classe sobre o crescimento do PCdoB em São Paulo de 1993 para 1994
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Tabloide de agitação usado na eleição de 1992 em São Paulo; os crânios remetem ao achado, pela gestão Luiza Erundina, das ossadas de vítimas da ditadura sepultadas clandestinamente no Cemitério de Perus (ao lado); a denúncia não impede que Eduardo Suplicy (PT), apoiado pelo PCdoB, seja derrotado por Paulo Maluf (PDS)
48 Publicações do início dos anos 1990
Documento de novembro de 1991 do CC, incorporado pelo 8º Congresso como parte da análise nacional
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Texto de Amazonas sobre o principal tema do 8º Congresso; ele não reluta em usar conceitos fortes como “crise do socialismo” e “crise do marxismo”
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Tese do 8º Congresso; sob o impacto do colapso soviético, há um vigoroso debate. Nas fotos ao lado, de cima para baixo: encontro em Belo Horizonte, reunião do Comitê Central na sede da Major Diogo, e Conferência pré-Congresso em Pernambuco
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Amazonas, de punho erguido, aplaude a fala de Renato no 8º Congresso Nacional do PCdoB
Elza Monnerat, delegada ao 8º Congresso, visita a mostra com fotos dos mártires da Chacina da Lapa, na qual ela foi presa, e da Guerrilha do Araguaia que ajudou a preparar
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Após a aprovação das resoluções, a eleição do Comitê Central. É possível identificar na foto acima: No palco: Roland Corbisier, Vanessa Grazziotin, Renato Rabelo. Embaixo: Luciano Siqueira, Inácio Arruda, Jô Moraes, Joel Batista, Vital Nolasco, Olival Freire Jr., Elza Monnerat, Edson Silva, Sérgio Miranda, Eron Bezerra, Eduardo Bomfim, Madalena Guasco, Arthur de Paula, Haroldo Lima, João Batista Lemos, Rogério Lustosa, Nádia Campeão, Dynéas Aguiar e João Amazonas
Publicação com os documentos e resoluções do 8º Congresso e alguns materiais de divulgação
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O 8º Congresso (Brasília, 3 a 9 de fevereiro de 1992) ouve atentamente os representantes de 25 Partidos Comunistas de todos os continentes; abaixo, participantes da reunião internacionalista dos PCs presentes; acima e à direita, livreto com a intervenção de Amazonas na reunião, que renova a fundo a visão do PCdoB sobre o movimento comunista internacional
Ilustração de Ênio Lins na capa da Classe do Congresso
FORA COLLOR
8 de agosto de 1992: ato pelo impeachment de Fernando Collor leva 20 mil à Praça da Sé, São Paulo; abaixo, à esquerda, a fala de Lindbergh Farias, já à noite, e um boneco de Collor em uma lata de lixo; o PCdoB é o primeiro partido a assumir a bandeira do Fora Collor
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67 As manifestações cobriram o território nacional
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O jurista Dalmo Dallari (acima) e Leila Márcia, ex-coordenadora da Ubes (foto à direita, ao microfone), falam no Largo de São Francisco em 11 de agosto de 1992
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O jornal A Classe Operária denunciou os atos de corrupção do governo Collor, mas também o projeto antinacional daquela “modernização”. Foi um importante instrumento organizador dos comunistas e de outros setores em todo o país
Passeata paulistana percorre o roteiro consagrado pelo Fora Collor, descendo a Avenida Brigadeiro, vindo da Paulista, rumo ao centro velho da cidade
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Panfletos usados na mobilização
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76 Acima, estudantes tomam a Praça do Bandeirante, Goiânia; abaixo, passeata em Belo Horizonte, 16 de agosto
Publicação da Câmara homenageia os 70 anos do Partido
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Edmilson Valentim, Ana Rocha e Elza Monnerat recebem na ABI, no Rio de Janeiro, a filiação de Roland Corbisier, assinalado [i]: professor, filósofo, fundador e primeiro diretor do ISEB e deputado (PTB-GB) da ALERJ cassado em 1964. Na ocasião de sua filiação ao Partido, ele qualifica o PCdoB como um “oásis do marxismo-leninismo”
Protesto diante da Bolsa de Valores do Rio em 2 de abril de 1993, dia do leilão de privatização da Companhia Sideríurgica Nacional; o PCdoB critica com energia a capitulação do governo Itamar face à chantagem privatizante
Ato em repúdio às tentativas de revisão constitucional no Largo São Francisco em 1993. PCdoB empenha grande esforço nessa campanha e leva sua militância às ruas para dizer “Essa revisão é golpe!”; acima, à direita, passeata na Av. Paulista, agosto de 1993
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CONTRA O GOLPE DA REVISÃO
Ato político do Fórum Nacional em Defesa da Constituição na ABI, no Rio de Janeiro
Amazonas visita a sede da CUT para reunião sobre enfrentamento às tentativas de revisão constitucional. Junto com Amazonas, Sérgio Barroso e Nivaldo Santana da Comissão Nacional Sindical do PCdoB, ao lado de Jair Meneghelli, assinalados [i]
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A capa do jornal A Classe Operária noticia a vitória popular e democrática da derrota sobre as tentativas de revisão constitucional
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ELEIÇÃO 1994
PCdoB novamente participa da articulação pela reedição da Frente Brasil Popular na sucessão presidencial de 1994, com Lula candidato. Brasil estava sob ameaça do projeto neoliberal, que venceu as eleições, mas enfrentaria uma decidida oposição.
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Dois momentos da sucessão presidencial de 1994 nas páginas da Classe: o PCdoB apoiou Lula nas derrotas de 1989, 1994 e 1998 e nas vitórias de 2002, 2006, e, com Dilma Rousseff, 2010 e 2014
FHC em caricatura de Gilberto Maringoni, que nessa fase desenhava regularmente na Classe
Acima, ato de campanha dos candidatos apoiados pelo PCdoB e aliados; ao lado, a Convenção do Partido no Rio Grande do Sul, em junho
Marca usada na campanha de 1994
Renato Rabelo, Walter Sorrentino, Pedro de Oliveira e Marcelo Toledo no cemitério da Vila Mariana, São Paulo, levam o caixão de Rogério Lustosa (ao lado), secretário de Agitação e Propaganda, morto em 22 de outubro de 1992
ROGÉRIO LUSTOSA, 1943-1992
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