Sumário
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É dando que se recebe Jaime Kemp
36 O perigo de se tornar materialista numa
sociedade consumista
Marcos Quaresma
40 O uso indevido de contas bancárias, 10 O amor ao dinheiro
Judith Kemp
14 Para se livrar das dívidas
Aécio Ribeiro
18 Educador: vocação, paixão e propósito 20 Ensina a criança no caminho em que
deve andar...
Marcos Garcia
30 Estabelecendo alvos financeiros para seu lar Alcindo Almeida
cheques e cartões
Aldo Sobrinho
44 Por que sou fiel e minhas finanças
não prosperam?
Ivonildo Teixeira
46 Mantenha a saúde financeira familiar
Igor Vilcinskas Jr.
Artigos 16 Linguagens do amor
Suely Bezerra
24 Adoração em família
Massao Suguihara
32 Como preparar um orçamento financeiro
29 Pais e filhos – amigos para sempre
adequado
Paulo de Tarso
34 Fé nas promessas de Deus quanto
às finanças
Paulo Klawa
Fernando de Paula
38 Namoro cristão
Gilson Bifano
50 Fique por dentro
Pra início de conversa novembro/dezembro 2017 A Revista Lar Cristão é uma publicação da Editora Fôlego Ltda. dirigida à família brasileira. Seu conteúdo oferece orientação bíblica, clara e segura. Diretor Jaime Kemp Editores Emilio Fernandes Junior Rosana Espinosa Fernandes Editora Ministério Lar Cristão Iara Vasconcellos Jornalista Responsável Luiz Francisco de Viveiros MTB 23258 Revisor Paulo César de Oliveira Projeto Gráfico e Diagramação NLopez Comunicação Atendimento Editora Fôlego assinatura@revistalarcristao.com.br (11) 2122-4243 Publicidade Editora Fôlego Fone: (11) 2122.4243 anuncios@revistalarcristao.com.br Seções Permanentes Adhemar de Campos, Aécio Ribeiro, Carlos Alberto Bezerra, Iara Vasconcellos, Jaime Kemp, Luiz Antonio Caseira, Márcia M. d’Haese, Marcos Antonio Garcia, Paulo de Tarso, Ivonildo Teixeira, Magno Paganelli, Judith Kemp, Dora Bomilcar, Julio Lima. Conselho Editorial Rev. Hernandes Dias Lopes – Igreja Presbiteriana de Vitória (Vitória/ES); Dr. Luiz Antonio Caseira – médico e missionário de Vencedores por Cristo (RJ/RJ); Pr. Ismail Sperandio (Curitiba/PR); Alex Dias Ribeiro – diretor de Atletas de Cristo (SP/SP); Sonia Emilia Andreotti – redatora do Ministério Lar Cristão (SP/SP); Pr. Edson Alves de Souza – Igreja Batista de São Gonçalo (S. Gonçalo/RJ); Pr. Armando Bispo – Igreja Batista de Fortaleza (Fortaleza/CE). Correspondentes Internacionais Dr. Luiz Palau – escritor e evangelista argentino (EUA); Paul Landrey – Christ for the Cities; Dr. Bill Lawrence – teólogo e professor no Dallas Theological Seminary (EUA); Hans Wilhelm – vice-diretor da Chinese International Mission. Material Jornalístico e de Divulgação Deve ser encaminhado para a Editora Fôlego: falecom@revistalarcristao.com.br www.revistalarcristao.com.br Caixa Postal 16610 – São Paulo/SP CEP 03149-970 – Tel: (11) 2122.4243 Fax: (11) 5539.4329 A Revista Lar Cristão não se responsabiliza pelo conteúdo e pelos conceitos emitidos nos artigos assinados, pois não representam, necessariamente, a opinião da revista. É permitida a reprodução, total ou parcial, do conteúdo do material editorial publicado, desde que citada a fonte e com autorização prévia e documentada da Revista Lar Cristão. As imagens publicadas nesta edição, pertencem ao banco de imagens com utilização permitida.
“Dinheiro na mão é vendaval” Há quatro anos, desde 2014 até agora, início de 2018, o povo brasileiro tem experimentado na pele a veracidade desta frase criada por Paulinho da Viola. Como num passe de mágica, as pessoas viram o dinheiro voar de suas mãos e também chegaram a esta conclusão: “quanta gente aí se engana e cai da cama com toda a ilusão que sonhou”. Entretanto, “... é preciso viver e viver não é brincadeira não...”. Não é simples coordenar com sabedoria as finanças pessoais. Não é nada fácil carregar nos ombros a responsabilidade de saber administrar as finanças de uma família. A Bíblia diz que “a sabedoria é melhor do que o dinheiro. A vantagem da sabedoria é que ela conserva a vida da gente” (Eclesiastes 7.12 – NTLH). Assim como acontece comigo, acredito que muitas vezes algumas questões surgem em sua mente: Eu tento ser fiel, correto, mas minha vida financeira é sempre tão complicada. Eu já tentei, mas não consigo encontrar um orçamento financeiro adequado. O que devo fazer para livrar-me dessa dívida que está me arruinando? Como posso controlar a tentação do consumismo? Como posso controlar a tentação do cheque especial e do cartão de crédito? De que forma posso adquirir essa sabedoria que a Bíblia recomenda? É na própria Palavra de Deus que podemos encontrar a resposta a essa última e importantíssima pergunta: “Mas, se alguém tem falta de sabedoria, peça a Deus, e ele a dará porque é generoso e dá com bondade a todos. Porém peçam com fé e não duvidem de modo nenhum, pois quem duvida é como as ondas do mar, que o vento leva de um lado para o outro” (Tiago 1.5-6 – NTLH). Há alguém que não somente sabe de suas lutas financeiras, mas também participa ao seu lado de cada uma delas. Ele promete que jamais nos abandonará e cumpre o que diz. Sou testemunha da fidelidade de Deus. Que esta edição da Revista Lar Cristão possa ajudar nossos leitores, por intermédio dos artigos de nossos articulistas, a encontrar respostas a muitos de seus questionamentos, mas, principalmente, a abrir seu coração para receber a sabedoria de Deus em todas as áreas de sua vida. Deus os abençoe em 2018. Jaime Kemp Música citada: Pecado Capital Compositor e cantor: Paulinho da Viola
A administração do dinheiro no lar
É dando que se recebe JAIME KEMP
O
dinheiro reina neste mundo. Tudo gira em torno dele. Ele constrói e destrói países. Ele mantém ou depõe governos. Ele une ou desune pessoas, amigos, parentes e casais. Ele equilibra ou desequilibra lares. Nenhum lar escapa de suas garras. Ele é como uma arma que dispara seu gatilho causando os maiores problemas de famílias, criando muitos conflitos, brigas e desentendimentos. Enfim, a falta de dinheiro, e muitas vezes o excesso dele, é o estopim de muitas separações e divórcios. E foi justamente por isso que Jesus nos ensinou mais sobre o dinheiro do que sobre o céu e o inferno. Ele sabia que o dinheiro, impiedosamente, revela a verdadeira integridade e o caráter dos homens.
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Certa vez, Jesus ressaltou a diferença entre uma viúva que deu uma oferta no templo de apenas duas moedas – que, por sinal, era tudo o que ela tinha –, enquanto os mais ricos deram grandes quantias. Parece-me claro que o mais importante não era a quantia da oferta, mas o quanto sobrou aos doadores, ou, em outras palavras: o que importa
não é a quantia de dinheiro que é dada – segundo Jesus Cristo, isso é secundário –, mas a motivação, a atitude que incentiva uma pessoa a dar. A Bíblia está repleta de exortações, exemplos, ensinos, ordens e avisos do perigo que o dinheiro pode representar. Por que razão? Porque Deus nunca criou uma única
pessoa para que ela se sentisse definitivamente feliz e realizada apenas por ter conquistado bens materiais. Em vista disso, ele exortou em Mateus 6.19-21: “Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde os ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros
no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração”. Milhões de famílias brasileiras enfrentam sérias dificuldades financeiras. Cinquenta e cinco por cento da população está endividada. Mesmo assim, muitos não resistem à máquina da propaganda, muito criativa e cuidadosamente estruturada com o propósito de despertar nas pessoas um forte, e às vezes incontrolável, desejo de adquirir algo, em muitos casos até desnecessário, pelo qual, possivelmente, elas não têm condição de pagar. É uma avalanche constante e interminável que desmorona sobre as famílias, induzindo-as a aproveitar as “promoções” com a promessa de que não pagarão juros, o que é quase sempre uma mentira. Sem objetivos previamente estabelecidos e sem uma compreensão das prioridades de Deus sobre finanças, a população cede à atração das “ofertas”, criando um buraco negro que engole seus casamentos e suas famílias. Há algum tempo, um casal foi ao meu escritório para pedir conselho. Ambos possuíam no total cinco cartões de crédito, todos “estourados”. Tudo o que adquiriam era pago com os cartões de crédito, mas eles não tinham dinheiro para quitar a conta no final do mês, pagavam somente o mínimo, e a dívida aumentava cada mês devido aos juros absurdos. Não só as finanças, mas o casamento também estava seriamente abalado pelas tensões e pressões que enfrentavam. Eu perguntei ao marido qual era, na média, a quantia estipulada pelo banco como limite de gasto nos cartões. Ele respondeu: “Mais ou menos dez mil reais, cada cartão”. Quer dizer, Satanás, o inimi-
Milhões de famílias brasileiras enfrentam sérias dificuldades financeiras. Cinquenta e cinco por cento da população está endividada. go daquela família (e de todas) estava utilizando novamente uma de suas armadilhas preferidas e muito eficaz para destruir a vida daquele casal, que não conseguia controlar seus gastos. É interessante ler o que Salomão ensina em Provérbios 11.24-25 a todos os que almejam prosperar financeiramente: “A quem dá liberalmente, ainda se lhe acrescenta mais e mais; ao que retém mais do que é justo, ser-lhe-á em pura perda. A alma generosa prosperará, e quem dá a beber será dessedentado”. Eu não sou um defensor do evangelho da prosperidade, aliás, considero uma heresia nas pregações em igrejas evangélicas que criam expectativas
falsas e iludem, confundem, enganam milhões de pessoas que desconhecem os conceitos bíblicos sobre finanças. Porém, creio firmemente na prosperidade propagada na Bíblia, e essa passagem de Provérbios representa uma base sólida para as promessas de Deus a respeito de sermos generosos. Finalizo este artigo com alguns conceitos gerais sobre como ser generoso: 1. Dar generosamente – Deus é o nosso modelo. 2. Dar espontaneamente – Isso revela uma atitude de gratidão a Deus por tudo o que ele tem feito por nós. 3. Dar propositalmente – Respondendo àquilo que Deus coloca no
nosso coração. 4. Dar prioritariamente – Em primeiro lugar, para aqueles que fazem parte da comunidade da fé cristã e depois para aqueles que precisam conhecer a Cristo. 5. Dar alegremente – Deus ama quem contribui fielmente e com alegria. 6. Dar sem pensar em receber algo em troca. 7. Dar com inteligência – Verificar se a pessoa ou ministério que vai receber a contribuição será usado para causar impacto em prol do reino de Deus. 8. Dar para servir de exemplo para os filhos – Os filhos precisam aprender sobre a importância da generosidade. Lembre-se das palavras de Jesus:
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A administração do dinheiro no lar
Alguns cristãos apreendem rapidamente a promessa de Jesus nessa declaração maravilhosa e desfrutam as incríveis bênçãos que vêm das mãos generosas do Pai celestial. “Não ajuntem riquezas aqui na terra, onde as traças e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e roubam. Pelo contrário, ajuntem riquezas no céu, onde as traças e a ferrugem não
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podem destruí-las, e os ladrões não podem arrombar e roubá-las. Pois onde estiverem as suas riquezas, aí estará o coração de vocês” (Mateus 6.19-21 – NTLH). Alguns cristãos apreendem rapidamente a promessa de Jesus nessa declaração maravilhosa e desfrutam as incríveis bênçãos que vêm das mãos generosas do Pai celestial. Outros levam anos para aprender que aquele que “generosamente recebeu, generosamente dá” e perdem anos de
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bênçãos espirituais e econômicas. Que tristeza! Porém, há alguns que nunca aprendem. Sinto pena dessas pessoas. A sua mente e coração foram contaminados por filosofias elaboradas e dirigidas pelo deus deste século. Elas nunca experimentarão a fantástica grandeza e a inesgotável generosidade do Criador que sustenta o Universo e é o Doador de todas as coisas!
Jaime Kemp é doutor em Ministério Familiar e diretor do Ministério Lar Cristão. Foi missionário da Sepal por 31 anos e fundador dos Vencedores por Cristo. É palestrante e autor de 50 títulos. Casado com Judith, é pai de três filhas e avô de três netos.
A administração do dinheiro no lar
O amor ao dinheiro JUDITH KEMP
P
aulo descobriu que a heresia ameaçava abalar a estrutura da igreja em Éfeso. Diante disso, ele escreveu uma carta para seu filho na fé e pastor da igreja citada, Timóteo. Nessa carta, ele mencionou as falsas doutrinas que não concordam com a sã doutrina de nosso Senhor Jesus Cristo (1 Timóteo 6.3) e falou sobre aqueles que “pensam que a piedade é fonte de lucro” (v. 5 – NVI), isto é, pessoas que, em vez de procurar o Deus da bênção, estão interessadas na bênção de Deus. Será que este mesmo problema não acontece hoje? Em seguida, Paulo apontou três tipos de pessoa: 1. Aqueles que não são ricos (vv. 6-8). 2. Aqueles que querem ser ricos (vv. 9-10). 3. Aqueles que são ricos. Para aqueles que não são ricos, Paulo disse: “De fato, a piedade com contentamento é grande fonte de lucro, pois nada trouxemos para este mundo e dele nada podemos levar; por isso, tendo o que comer e com que vestir-nos, estejamos com isso satisfeitos” (vv. 6-8 – NVI). O que é importante para aqueles que não têm muitos bens neste mundo? Em primeiro lugar, contentar-se com o que já têm. A nossa tendência é sempre que10
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rer mais, porém é imprescindível priorizar sempre os valores eternos, porque as coisas deste mundo não vão durar. E, ainda mais importante, aprofundar nosso relacionamento com Deus, buscan-
do a piedade. Tudo isso é “grande fonte de lucro”. Para aqueles que querem ficar ricos, que “caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mer-
gulharem na ruína e na destruição, pois o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram com muitos sofrimentos” (vv. 9-10 – NVI).
A administração do dinheiro no lar
Se você soubesse que precisaria pagar um preço excessivamente alto pela oportunidade de ficar rico, ainda levaria seu desejo adiante? Infelizmente, a tendência de muitos é esquecer-se de Deus quando começam a depender do dinheiro. Paulo fez uma forte advertência a essas pessoas: “Você, porém, homem de Deus, fuja de tudo isso e busque a justiça, a piedade, a fé, o amor, a perseve-
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rança e a mansidão” (v. 11 – NVI). “Ordene aos que são ricos neste presente mundo que não sejam arrogantes, nem ponham sua esperança na incerteza da riqueza, mas em Deus, que de tudo nos provê ricamente, para a nossa satisfação. Ordene-lhes que pratiquem o bem, sejam ricos em boas obras, generosos e prontos a repartir. Dessa forma, eles acumularão um tesouro para si mesmos, um firme
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fundamento para a era que há de vir, e assim alcançarão a verdadeira vida” (vv. 17-19 – NVI). Existe alguém que não quer alcançar a verdadeira vida? Nunca esquecerei a última cena do filme “A Lista de Schindler”. Oskar Schindler, proprietário de uma fábrica de esmaltes e munições, estava recebendo a gratidão de alguns dos judeus que ele contratara para trabalhar com ele, salvando-os da
morte certa pelos nazistas. Naquele momento, enquanto aquelas pessoas agradeciam seu ato heroico, ele olhou para o enfeite de ouro na lapela de seu paletó, olhou para o seu carro e disse: “Se eu tivesse vendido estas coisas poderia ter salvado mais! Poderia ter salvado mais!”. Será que um dia ficaremos diante do Senhor na glória e diremos estas mesmas palavras: “Eu poderia ter
feito mais se não tivesse me dedicado e ficado tão envolvido(a) em obter riquezas do mundo. Eu poderia ter feito muito mais para o reino de Deus e para alcançar os perdidos”.
Judith Kemp é esposa do Pr. Jaime Kemp, mãe de Melinda, Márcia e Annie, avó de três netos. É enfermeira, escritora e palestrante.
A administração do dinheiro no lar
Para se livrar das dívidas AÉCIO RIBEIRO
A
ninguém fiqueis devendo coisa alguma, exceto o amor…” (Romanos 13.8). Decerto, essa assertiva paulina não está num contexto sobre finanças, no entanto nos dá uma boa advertência quanto às questões econômicas. Não tenho estatística oficial, mas, partindo da “práxis” pastoral dos meus 20 anos de ministério, afirmo que mais de 80% dos casais que atendo em situação de conflito estão endividados. A má gestão resulta em dívidas, e estas desafinam a relação. As dívidas não aparecem do nada, mas são consequência da má administração. Talvez algumas delas surjam de algum imprevisto, como é o caso da pessoa que contraiu algum financiamento e antes de terminar de pagar perdeu o emprego. Porém, a maioria de nós se atrapalha por não planejar os gastos. Alguém já afirmou: “Ninguém
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planeja fracassar, mas normalmente fracassa por não planejar”. Envoltos em dívidas, muitos casais se divorciam, e outros vivem conflitos intermináveis. Poucos conseguem se unir para resolver o problema e virar a página. Alguns se
valem da desculpa de que a dívida não é do casal, mas de um dos cônjuges. Sem cumplicidade, o casamento tende a ruir. Se esse é o seu caso, sugiro alguns passos que muito me valeram diante das angústias das dívidas que vivi – e consegui me livrar delas. 1. Faça um levantamento cuidadoso do que você deve. Muitas vezes, o casal tem tanta dívida que nem sabe ao certo o valor que deve e a quantos credores. Isso faz com que caminhe no escuro, tentando escalar montanhas sem saber que direção tomar. Saber o que deve e a quem deve é fundamental. Use uma planilha simples, como esta:
O sacrifício para manter o pagamento em dia é importante. Pode ser doloroso, mas será imensamente prazeroso saber que está se livrando das dívidas. Credor
Bem/Serviço adquirido
Valor original
Valor pago
Saldo devedor
2. Analise as suas opções de pagamento. Antes de conversar com seu credor e propor a quitação da dívida, analise quais são as suas opções. Quanto do seu salário pode ser reservado para esse fim? O que você tem de valor que pode ser convertido em dinheiro? Quais são as suas opções de levantar mais recursos? Elimine a opção do empréstimo. Muitas vezes, tomar emprestado para pagar dívidas é apenas um mecanismo vicioso de postergar o pagamento real. O ideal é fazer um “saldo compulsório”. É aquele saldo forçado que você terá de fazer ajustando suas contas. Calcule, junto com seu cônjuge, os gastos essenciais que vocês têm no mês e o que pode ser evitado. Um ajuste nas contas é fundamental para saber quanto você poderá dispor para fazer uma proposta ao seu credor. Considere seus recursos diante das suas necessidades básicas e encontre o saldo compulsório. RECURSOS: tudo o que você ganha + o que você pode converter em dinheiro. NECESSIDADES BÁSICAS: tudo o que você precisa gastar para se manter vivo. Elimine os gastos alternativos e os supérfluos. Feito isso, siga para o próximo passo: 3. Procure seu credor. Vá desarmado e negocie. Convença seu credor de que você tem a boa vontade de pagar, mas não dispõe do recurso total. Caso seja mais de um credor, estabeleça a prioridade analisando que consequências podem advir do não pagamento de um ou de outro. Não deixe de procurar seu credor e propor uma negociação. Seu silêncio prejudica ainda mais: compromete sua índole. Deixar de
negociar é ser indiferente. Pior quando seu credor é conhecido e sabe com o que você anda gastando o dinheiro... 4. Faça programação de pagamento. Não assuma um acordo que você não poderá cumprir. Busque parcelar o saldo devedor, aumentando o prazo e diminuindo o valor das prestações, sempre adequando ao seu “saldo compulsório”. Se puder agregar algum bem para minimizar a dívida, ofereça isso na negociação. O sacrifício para manter o pagamento em dia é importante. Pode ser doloroso, mas será imensamente prazeroso saber que está se livrando das dívidas. 5. Não faça novas dívidas. Feche a torneira definitivamente. Não faça novas dívidas pelo simples fato de ter negociado as antigas. Enquanto não quitar tudo, sua rotina e suas demandas pessoais deverão ser ajustadas ao máximo. Esqueça o restaurante caro e as saídas para diversão paga. Procure um
estilo de vida – ainda que temporário – que não demande mais gastos para você e sua família. Seguindo esses passos, crie uma nova cultura de não gastar sem o devido planejamento. Evite comprar a prazo. Elimine o cartão de crédito. Procure ajuda de quem pode lhe servir, seja um coach financeiro, seja um mentor familiar. Não faça nada pelo impulso ou por simples empolgação. A vida nos convida para o que tem de melhor, tudo em seu tempo. Concluindo: o que você tem determina o que você pode; o que você sabe determina o que você vê; o que você faz determina onde você chega. Fazer certo nunca dá errado!
Aécio Ribeiro Filho é professor, especialista em coaching e liderança e pósgraduado em Cultura Teológica. Pastoreia a Igreja AD Logos, em Guarulhos, é casado com Jesiana Rita e tem dois filhos: Kemuel e Kandace.
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Linguagens do amor
UMA BOA NOTÍCIA
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“
amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca perece...” (1 Coríntios 13.4-8 – NVI). Todo ser humano tem a necessidade de ser e sentir-se amado. Também todos têm diante de si o desafio de dar e expressar amor aos outros. Porém, sem Deus essas relações de afeto estão obstruídas pelo pecado e geram confusão, mágoas e frustrações. Mas quando o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo (Romanos 5.5), então somos capacitados a desenvolver relacionamentos de amor conforme suas próprias características indicadas nas Escrituras Sagradas. Segundo o texto citado, algumas das linguagens do amor são: A paciência. Quem ama espera, na expectativa de que, mesmo em meio às lutas, as devidas mudanças acontecerão. A bondade. Quem ama realiza feitos bondosos em favor de outros. A verdade. Quem ama se alegra com o triunfo do bem e da justiça. A abnegação. Quem ama cobre, protege e se sacrifica em favor do outro. A confiança. Quem ama confia no melhor das pessoas, em vez de suspeitar. A esperança. Quem ama continua olhando e esperando pelo melhor em cada um. A resiliência. Quem ama suporta com tolerância as lutas e crises pelas quais passa. Porém, não é linguagem do amor: A inveja. Quem ama não se inflama pelo ciúme ou sentimento de posse. O amor reparte.
A vanglória. Quem ama não exalta a si mesmo em detrimento dos outros. O amor elogia. O orgulho. Quem ama se livra da arrogância, presunção ou vaidade. O amor é humilde. A agressão. Quem ama não é rude, grosseiro ou inconveniente. O amor é pacífico. O egoísmo. Quem ama não busca seus próprios interesses, direitos ou vantagens pessoais. O amor é solidário. A irritação. Quem ama não perde a compostura nem se impacienta com ofensas reais ou imaginárias. O amor se acalma. A mágoa. Quem ama não se ressente, não suspeita o mal. O amor perdoa e esquece. Por fim, o amor de Deus em nós jamais acaba. Ele é eterno, como o próprio Deus. O amor verdadeiro não é limitado, não se conta em quantidades finitas. Esse amor jamais diminui e é imperecível (Salmos 136.1). Quer ouvir uma boa notícia? Esse amor está à nossa disposição, está ao alcance de todo aquele que acolher no coração o amor de Deus e permitir que ele “vaze” em todos os seus relacionamentos. A pessoa amada ama. Aprenda as linguagens desse amor. Descubra suas expressões. Conjugue seus verbos. E, acima de tudo, ame!
Suely Bezerra é lider Nacional do Ministério Mulheres Interecessoras. Junto com o Pr. Carlos Alberto Bezerra, com quem é casada, pastoreia o rebanho da igreja Comunidade da Graça no Brasil e exterior. Mãe de 6 filhos e avó.
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A administração do dinheiro no lar
Educador: vocação, paixão e propósito “É preciso acrescentar à inspiração a informação, à vocação a profissão, à imaginação o sentido do real” (Émile Planchard)
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tarefa de educar é sublime, prazerosa e das mais importantes, pois nos permite não apenas ensinar como também aprender! E quando se trata de educadores cristãos, temos ainda a acrescentar que é chamado e vocação! Somos chamados a fazer o trabalho, somos vocacionados para isso. Deus, a cada um, dá “diferentes dons segundo a graça que nos foi dada” (Romanos 12.6) e devemos glorificá-lo com tudo o que temos, que somos e fazemos. Devemos também ter paixão pelo que fazemos, colocar nosso coração no exercício de nossa função. Ao realizar nossa tarefa, devemos fazê-lo intensamente, da melhor forma possível, pois a Bíblia nos orienta: “E tudo o que fizerdes… fazei-o em nome do Senhor Jesus” (Colossenses 3.17). “Entretanto, procurai, com zelo, os melhores dons. E eu passo a mostrar-vos um caminho sobremodo excelente” (1 Coríntios 12.31). 18
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Christopher Day, em seu livro A paixão pelo ensino, diz que “ser apaixonado pelo ensino não é unicamente demonstrar entusiasmo, mas também exercer sua atividade de uma forma inteligente, baseando-se em princípios e valores”. Que valores e princípios serão mais caros a um educador cristão do que os valores e princípios bíblicos? Eles são o motivo da nossa paixão pela educação. Nosso compromisso
e nossa razão de ensinar! Finalmente, ao exercer nossa profissão, devemos fazê-lo com propósito. É necessário que tenhamos bem claros nossos objetivos, a saber: promover a excelência acadêmica; contribuir para que os alunos desenvolvam seu potencial individual; encorajá-los a desenvolver o espírito de cooperação, de solidariedade, de respeito próprio e respeito ao próximo; mas, sobretudo, ajudá-los a desenvolver uma visão de mundo informada e transformada pelas verdades bíblicas. Dessa forma, estaremos cumprindo o que nos recomendam as Escrituras: “... torna-te padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza. (…) Não te
faças negligente para com o dom que há em ti…” (1 Timóteo 4. 12, 14 ). Que Deus nos capacite, nos oriente e nos sustente, fazendo “prosperar o trabalho de nossas mãos”!
Débora Bueno Muniz Oliveira é Letróloga, Pedagoga, Pós- graduada em Literatura, Gestão da Educação Básica e Educação Escolar Cristã. Experiência como Professora, Coordenadora e Diretora de Escolas de Educação Básica, no Paraná e em São Paulo. Foi Diretora Geral do Sistema Mackenzie de Ensino, Diretora do Colégio Presbiteriano Mackenzie – São Paulo, Gerente de Educação Básica (Colégios Mackenzie e Sistemas de Ensino – SME e ME). Atualmente é Assessora Pedagógica dos Sistemas de Ensino do Mackenzie (SME – Sistema Mackenzie de Ensino e ME – Mackenzie Educacional).
A administração do dinheiro no lar
Ensina a criança no caminho em que deve andar... MARCOS GARCIA
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texto de Provérbios 22.6 parte de uma perspectiva fundamental: o papel dos pais é ensinar os filhos! Por isso, é fundamental você conhecer a Palavra do Senhor, ter intimidade com os textos bíblicos, viver essa Palavra para que possa ensinar seus filhos. Assim, voltando à primeira parte do versículo, você deve ensinar seus filhos a administração financeira. Quero desafiar você a ler com eles o livro de Provérbios grifando cada texto que fala sobre recomendações para a vida financeira, como, por exemplo, “ganhar”, “onde gastar”, “cuidados para não ser fiador”, não gastar o dinheiro com “pessoas fora do lar”... A leitura da Bíblia com seus filhos poderá reforçar o que você vive em casa como marido
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e mulher. Ensinar a criança é testemunhar o que vivemos. Assim, quero trabalhar com você alguns ensinamentos. O primeiro é ser fiel nos dízimos e ofertas. Você é um(a) dizimista fiel? Ensine seus filhos que tudo o que temos e somos pertence a Deus. Ensine-os a dar o dízimo da mesada, caso recebam, e de presentes
em dinheiro que possam receber dos avós, tios, padrinhos. Mostre-lhes que vocês fazem isso. Se a sua comunidade de fé utiliza um envelope para o dízimo, coloque o valor no envelope e leve seu filho até o altar do Senhor. Ele precisa ver você contribuindo na casa do Senhor. De preferência, que ele tenha um envelope dele de contribuição. Seus filhos devem ser dizimistas desde crianças, pois quando forem adultos não darão trabalho aos seus pastores perguntando por que eles devem ser fiéis nos dízimos! Será natural para eles. O segundo ensinamento está em saber dizer não. Não minta para seus
filhos. Quando não é possível ter, comprar, adquirir, aprenda a dizer não. Ou, se isso for possível e verdade, você pode dizer: espere. Não é dando tudo que seus filhos querem que vocês provam seu amor para com eles. Ao contrário, vocês darão uma falsa ideia de que eles terão tudo o que quiserem na vida. Alguns pais e mães, pela longa jornada de trabalho, tentam compensar sua ausência presenteando seus filhos, fazendo todas as suas vontades. Eles precisam aprender que existe um orçamento, que sua família tem prioridades. Não se martirize por isso. A Palavra do Senhor nos ensina que o Senhor “nos dará todas
Hoje há muitas pessoas que vivem uma dependência financeira dos pais. Ainda não aprenderam a importância de viver sua independência. Deixar pai e mãe não é somente no momento do casamento, mas preparar-se para viver a autonomia financeira no lar. as coisas” necessárias para a nossa vida com dignidade e nossa salvação. Não diz que teremos tudo o que desejarmos. Se Deus, que é nosso Pai, faz isso conosco, por que você não pode educar seus filhos dessa maneira? O terceiro ensinamento: ensine seus filhos a administrar o dinheiro deles. Em relação a isso, quero compartilhar uma experiência da infância de meus filhos. Tínhamos um apartamento na praia, e todos os anos passamos férias lá. Porém, era um desafio quando saíamos para ir à praia ou passear com eles, pois o único verbo que eles sabiam conjugar perfeitamente era comprar. Tudo o que eles viam, pediam.
Na verdade, era estressante. Até que tivemos uma inspiração como casal. Chegamos ao nosso apartamento para mais um período de férias e dissemos para eles: “Este ano será diferente. Eu e sua mãe seremos responsáveis por comprar a alimentação, dois sorvetes por dia na praia, um de manhã e outro à tarde, e tem aqui um valor para cada um de vocês para este mês. O que vocês quiserem poderão comprar com este dinheiro”. Conclusão: voltavam com dinheiro para casa. Eles faziam conta, achavam que as coisas eram caras. Embora a fonte fosse a mesma, gastaram muito menos naquele ano, e assim foi nos próximos anos, pelo fato de o dinheiro “ser deles”. Hoje há muitas pessoas que vivem uma dependência financeira dos pais. Ainda não aprenderam a importância de viver sua independência. Deixar pai e mãe não é somente no momento do casamento, mas preparar-se para viver a autonomia financeira no lar. Em alguns casos, tenho atendido até casais em que um dos cônjuges continua dependendo dos pais para pagar suas contas. Por quê? Porque não aprendeu a viver dentro de um orçamento familiar. Existem pais que estão enterrados em dívidas em função de passos errados dos seus filhos. Apoiar, amar não significa não ensinar seus filhos. Precisamos orientá-los sempre, independentemente da idade. A sua saúde financeira é um reflexo da sua saúde emocional e espiritual. Você preci-
sa encontrar equilíbrio, entre os sonhos, projetos e desejos, em sua realidade financeira. E esse caminho é árduo, é construído a partir de muita conversa, muito cuidado um com o outro. Não adianta enriquecer materialmente e perder tudo – saúde, família, eternidade. Assim, recomendo a você: prepare seu orçamento familiar. Construa uma saúde financeira. O quarto ensinamento: seja realista. Trate seu orçamento com verdade em sua família. Recentemente meu filho mais velho, que é solteiro, disse: “Pai, estou pensando em deixar meu emprego”. Eu disse a ele: “Filho, sua cama, seu quarto e sua alimentação estão garantidos, mas não posso lhe oferecer o padrão de vida que você vive hoje. É melhor sempre estar empregado. Sair de um emprego e, se possível, já começar em outro”. E assim aconteceu. Eu amo meus filhos, mas não posso passar a eles uma ilusão sobre a vida. Não minta
para seus filhos, não importa a idade. Nem sempre teremos tudo o que desejamos, na hora que desejamos. Ensinar seus filhos sobre a realidade é outra coisa importante. A próxima geração talvez já não tenha uma aposentadoria do Estado. Eles precisam começar a se preparar hoje para uma nova realidade. Precisam aprender sobre a importância de uma saúde financeira. E o quinto ensinamento: a questão do reino de Deus. Não sei se você costuma ir a livrarias, especialmente nos grandes shoppings. Se andar por elas, vai encontrar um setor muito específico, sobre como ficar rico. Existe uma grande quantidade de títulos sobre como enriquecer, pois, de alguma maneira, esse é o apelo dos nossos dias. Até mesmo em algumas comunidades de fé, só é “abençoado” aquele que prospera materialmente. Mas isso não é verdade. Precisamos ensinar nossos filhos que somos peregrinos
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A administração do dinheiro no lar
aqui na terra. Podemos ter bens, uma vida confortável, um ótimo salário, uma moradia esplendorosa. Isso não é pecado, mas é pecado achar que isso é o senhor de sua vida. Preste atenção, o reino de Deus não está nestas coisas. Precisamos educar nossos filhos para entenderem que tudo o que eles têm é bênção de Deus para sua vida. E quanto mais puderem ganhar, maior será o investimento deles no reino de Deus, por meio da sua fidelidade em seus dízimos e da generosidade ao investir em missões. Aprendemos com Jesus que “não adianta ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma”. Por isso, comece hoje mesmo a educar seus filhos, não importa a idade, com princípios de fidelidade ao reino de Deus. Ensine a eles sobre orçamento familiar. Peça ajuda deles para eleger as prioridades nesse orçamento e trabalhe o conceito de “familiar”. Afinal, sua família é projeto de Deus.
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Cada um desses ensinamentos pode ajudar você a ter uma vida financeira saudável. Jesus orientou no Sermão do Monte sobre a importância dos bens, mas afirmou que deveríamos buscar em primeiro lugar o reino de Deus e sua justiça, e todas aquelas coisas seriam acrescentadas. Jesus sabe das nossas necessidades, do que estamos precisando, das necessidades da nossa família. O dinheiro é reconhecido na
Bíblia como a raiz de todos os males, e é verdade, se ele nos levar em direção à corrupção, ao pecado. Quero desafiar você a um tempo especial com sua família. Leia a Bíblia com ela. Compartilhem suas bênçãos e conquistas. Ensine seus filhos que Deus “proverá” todas as coisas, testemunhando quantas vezes Ele agiu em sua vida. E trabalhem em um orçamento familiar e participativo, nas ideias, sugestões,
pedidos, e de igual forma nas responsabilidades. Sua família é projeto de Deus.
Marcos Antonio Garcia é pastor da Igreja Metodista em Santo Amaro, doutor em Ciências da Religião e Sociedade, professor no CEMEC e ministra em encontros de casais e família. É casado com Ivana há 30 anos e pai do Mateus e da Larissa.
Adoração em família
ESSÊNCIA DA ADORAÇÃO
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odas as organizações paraeclesiásticas, e até mesmo as igrejas, tendem a envelhecer, enrijecer, viver em torno de si mesmas e perder a sua essência! Eu conheci ministérios paraeclesiásticos e igrejas impactantes e relevantes que perderam seu brilho e deixaram de ser referência, desapareceram ou fecharam. A igreja atual perdeu a sua essência, e isso a tornou em uma fábrica de religiosos, pois ela trabalha comportamentos, habilidades, talentos e conhecimentos. Por exemplo: uma pessoa que entra em um grupo pequeno é treinada a evangelizar, a ensinar, a aconselhar, a liderar e desenvolve conhecimento bíblico por meio de estudos. Isso dá uma sensação de crescimento pessoal, e num certo sentido é, mas o coração e o caráter não foram trabalhados, e sim comportamento, habilidade, talentos e conhecimento. Eu trabalho há anos com comunidades terapêuticas e posso dizer que muitas delas trabalham o comportamento e não o coração e o caráter. Você enxerga mudanças tremendas na vida das pessoas, mas é no comportamento e não no coração e no caráter. A maioria acaba recaindo por essa razão! Gostaria de dar alguns exemplos de comportamento versus essência:
– Nós ensinamos que as pessoas precisam obedecer em vez de serem submissas. Quem obedece nem sempre é submisso, mas quem é submisso sempre obedece. Os fariseus eram obedientes, mas não submissos. – Nós ensinamos as pessoas a dar em vez de ensinar a serem generosas. Quem dá nem sempre é generoso, mas quem é generoso sempre dá. – Nós ensinamos as pessoas a ajudarem os outros em vez de ensinar a amar. Quem ajuda nem sempre ama, mas quem ama sempre ajuda. Mas o que tudo isso tem a ver com adoração e família? Tem tudo a ver, pois perdemos a essência da adoração. Colossenses 3.17, 23 diz: “E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai. (…) Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para homens…”. Em outras palavras, tudo que fazemos tem de ser de todo o coração ao Senhor, para o Senhor, para a glória d’Ele! Não é só cantar ou tocar! Agora preste atenção ao que Paulo diz entre os versículos 17 e 23. Ele diz que tudo o que fizermos para a glória de Deus tem de ser principalmente dentro da família! O marido deve amar a esposa como Cristo amou a igreja e se deu por ela; a mulher tem de ser submissa ao seu marido como ao Senhor; o filho tem de obedecer aos pais em tudo. Quando fazemos isso, estamos glorificando a Deus. Adoração, então, é viver uma vida que glorifica a Deus, principalmente dentro de casa. Sabia que mais de 90% do que somos é moldado dentro da família? Amar a esposa, ser submissa ao marido e obedecer aos pais vai moldar o nosso caráter e a nossa vida! Não há nada que mais glorifica a Deus do que uma vida e caráter conforme o coração d’Ele! Nisso está a essência da nossa adoração: nossa vida e caráter. A nossa maior adoração acontece dentro da família, quando assim vivemos!
Massao Suguihara é ministro de louvor, produtor musical, pastor da Comunidade Adoração e Adoradores, líder do Ministério Adoração e Adoradores, conselheiro da Universidade da Família e um dos coordenadores do Unite (movimento de unidade e obra de compaixão)
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Pais e filhos – Amigos para sempre
AMIZADE
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o pensar sobre a relação entre pais e filhos, uma relevante questão que pode ser levantada é se é possível existir amizade entre eles. Todos os pais sonham em ser amigos dos seus filhos para sempre, e eu creio que isso seja possível, contudo dois pontos devem ser considerados. O primeiro é que, quando afirmamos que somos amigos, a definição de amizade vai além da descrita no dicionário: “Afeição recíproca entre dois entes”. Quando eu digo para alguém que ele é meu amigo, espero que ele tenha uma noção acerca da vida que seja parecida com a minha, que suas ideias sejam equivalentes à maturidade que tenho. Entendo que podemos conversar, confidenciar e reagir à vida de igual para igual. Ou seja, ao falarmos que pais e filhos são amigos, queremos dizer que eles têm maturidade semelhante, que podem trocar ideias e confidências, e isso penso ser impossível. Nesse sentido, eles não são amigos e não devem ser amigos nunca. Afinal, crianças e adultos estão em mundos diferentes, exercendo papéis de vida diferentes, e uma das coisas que mais refletem isso é o fato de crianças possuírem noções do que é certo e errado de forma diferente de um adulto. O segundo ponto que quero destacar é que se deve considerar com certa precisão e profundidade o que é uma verdadeira amizade. Eu sei que eu disse que considero amizade o fato de ser de igual para igual, mas se eu estender minha definição do que é uma “amizade”, posso incorporar bases para que ela possa acontecer entre pessoas de níveis diferentes. Dessa perspectiva, então posso dizer que podemos ter amizade com nossos filhos de diferentes formas em diferentes épocas de sua vida. Penso que uma criança não está pronta para escutar confidências de um adulto porque, quando isso acontece, este passa a ideia para a criança de que ela é parceira na decisão, o que na realidade não é verdade. Colocando isso em perspectiva, podemos dizer para uma criança que “não temos dinheiro suficiente para
comprar certo brinquedo”, o que clarifica um limite do que é acessível ou não. Não obstante, creio que não podemos dizer para uma criança frases como “não sei como podemos pagar o aluguel deste mês” ou “sua mãe é louca e eu não sei o que fazer com ela”, pois ela não tem maturidade para ouvir esse tipo de comentário, e se o fizermos estaremos levando-a a desenvolver uma visão não saudável e não realística do mundo. É curioso que, ao falar sobre amizade, a Bíblia menciona que existem amigos que são mais próximos do que os próprios irmãos de sangue, porém ela não menciona isso em relação a pais e filhos. Eu creio que é porque nada pode superar o relacionamento de pais e filhos, pois este é um relacionamento forjado a partir do ventre, um relacionamento único. Não se pode esquecer que a amizade entre pais e filhos pode acontecer, mas lembrando que a interação entre as partes irá ocorrer com capacidade e profundidade diferenciada ao longo do tempo. Gostaria de terminar este artigo usando minha experiência. Tenho três filhos, com idades próximas (3, 5 e 7 anos). Hoje eu não me defino como amigo deles, e sim como pai. Meu sonho é sermos amigos para sempre, mas eles não estão prontos para essa relação. Já com meus pais, eu creio que somos amigos, mas, sendo sincero, apesar de toda a amizade e de toda a liberdade, eu sempre tenho em minha mente que um dos dez mandamentos diz que devo honrá-los. Assim, concluo propondo uma nova visão: a amizade não é o alvo do relacionamento entre pais e filhos, mas parte de algo muito maior, único, poderoso, amoroso e real. Ela é apenas uma face desse todo. De maneira semelhante à nossa relação com Deus, curiosamente a Bíblia menciona algumas vezes que somos amigos de Deus, porém afirma dezenas de vezes que somos seus filhos. A razão parece-me simples: nossa amizade com Deus é parte de algo muito maior, que é a nossa adoção na família dele, e nela temos um relacionamento de Pai e filho.
Fernando de Paula é formado em Teologia pela London School of Theology. Professor convidado de teologia em diversas escolas na Europa. Pastor Secretário da Aliança Pastoral no Reino Unido. Trabalha com jovens e adultos deste 1994. janeiro/fevereiro 2018 |
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Estabelecendo alvos f inanceiros para seu lar ALCINDO ALMEIDA
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abemos perfeitamente que o dinheiro tem sido um dos assuntos mais difíceis para um casal tratar calmamente e sem desajustes. Neste tempo em que o país tem atravessado um processo de complicações na economia, muitos executivos perderam a função e os privilégios de altos salários. E por mudanças no orçamento financeiro, alguns casais têm passado por discussões terríveis, chegando a se agredir verbalmente. Para estabelecer alvos financeiros no casamento, é preciso ter uma visão correta do que significa o dinheiro. Em 1 Timóteo 6.10, Paulo afirma que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males da vida. O dinheiro é a origem da cobiça pelo ter cada vez mais, e isso faz com que deixemos de exercitar a piedade e enfraqueçamos na fé, trazendo para nós mesmos muita dor. Então, de acordo com os versículos 17 a 19 desse capítulo, a riqueza que devemos buscar é a espiritual. Temos de enriquecer em boas obras para com o nosso próximo, pois isso nos dará honra diante do Pai celestial. Essa palavra é dirigida principalmente para aqueles que têm maiores bênçãos materiais dadas pelo Senhor Deus. As questões materiais têm de ser secundárias, apenas para sobrevivência. Nosso 30
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coração não pode estar nas riquezas, como Jesus nos adverte em Mateus 6. Ele nos ensina a não viver correndo atrás do banco humano, pois enquanto buscamos a fonte aqui na Terra, perecemos. Porque
tudo da Terra é corruptível, desprezível e passa muito rapidamente. “Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas
ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam…” (Mateus 6.19-20). Com essa visão no casamento e na formação dos
filhos, teremos condições de estabelecer alvos nas finanças e gastar o suficiente e o básico para todos. Devemos lidar com o dinheiro como algo que nos serve, e não nós a ele. Deixo aqui algumas dicas para estabelecer alvos financeiros para o lar: 1. Trace o orçamento em uma planilha Uma maneira correta de traçar os gastos do mês, trabalhar os planos para o futuro e evitar desperdício financeiro é criar uma planilha familiar. Avaliar nessa planilha o que você ganha e o que gasta será importante para controlar suas finanças. Infelizmente, muitos casais não controlam os gastos, não somam nem calculam as entradas e saídas, e quando termina o mês, percebem que gastaram mais do que ganham. A Bíblia nos ensina a sermos prudentes e cuidadosos em tudo o que fazemos. Em Provérbios 30, Salomão nos exorta a sermos equilibrados nas finanças. E quando as administramos bem, honramos o Eterno Deus e servimos de modelo para as pessoas que nos cercam. Não podemos lidar com o dinheiro de maneira imprudente. Deus nos deu a bênção de trabalhar e ter os proventos, mas devemos gastá-los com coerência e seriedade. A planilha nos ajuda a separar os gastos, investimentos, despesas e a evitar desgastes desnecessários. Busquemos esses ajustes na relação familiar. É relevante ter uma noção dos gastos mensais para administrar melhor as entradas e saídas. Tenho feito isso há alguns anos e percebo o quanto é importante para o bem-estar financeiro em casa. Com uma planilha, evitaremos muitos desgastes, pois as tensões na área financeira são terríveis.
2. Escolha quem é mais equilibrado nas finanças para administrar o orçamento familiar Sempre há na casa alguém que trabalha melhor a questão da administração financeira. Isso não quer dizer que quem não administra melhor é inferior, de forma alguma. O casamento é uma soma de tudo, incluindo os dons e habilidades que Deus nos deu para edificar, construir e trazer crescimento para a família. Se a mulher é mais econômica, mais cuidadosa e sabe lidar melhor com as finanças, ela deve cuidar dessa área. E se ela fizer isso, não afetará, em hipótese alguma, o fato de o homem ser o cabeça do lar. Se o homem for o mais equilibrado e cuidadoso na administração financeira, que seja ele a cuidar das finanças da casa. O importante é ter tranquilida-
de nessa área. Se houver ajuste e equilíbrio na área financeira, as tensões diminuirão. Não esqueça que é preciso, em todos os momentos, dividir as responsabilidades. Trabalhe sempre com a disposição de construir para a família. Isso envolve fazer ajustes, diminuir gastos, economizar para trocar imóveis, carros ou para investir mais nos filhos. Precisamos usar a sabedoria que Deus nos deu para trabalhar com prudência na área financeira. Devemos perguntar um ao outro: isso vale a pena comprar? Precisamos mesmo disso? Esse móvel deve ser trocado? Investiremos nessa área? E honraremos o nome do Eterno Deus na área financeira? Todas essas perguntas nos levam a refletir sobre a necessidade ou não de gastos no lar. Eu percebo que muitas pessoas gastam horrores em questões
fúteis e vivem de aluguel a vida toda. A Bíblia diz que devemos ser simples como as pombas e prudentes como a serpente. Os nossos recursos devem ser usados com sabedoria do alto e não apenas para a satisfação dos prazeres humanos. A palavra para lidar com finanças é: cuidado! Saiba que Deus sempre nos dará os recursos necessários para a manutenção da nossa família. Peça sempre a graça divina para trabalhar nessa área, que mexe totalmente com a estrutura da família. Que o Eterno Deus ajude você na administração e no cumprimento dos alvos das finanças familiares.
Alcindo Almeida é membro da equipe pastoral da Igreja Presbiteriana em Alphaville, na cidade de Santana de Parnaíba. É casado com Erika de Araújo Taibo Almeida e tem uma filha.
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Como preparar um orçamento financeiro adequado PAULO DE TARSO
Esse é o valor que vai nessa primeira linha. Logo abaixo da renda vêm as despesas, que se dividem da seguinte forma: 2. Doações (Malaquias 3.10 e 2 Coríntios 9.7)
E
u prefiro chamar de Plano. Sim! O Plano de Deus para sua vida financeira. E colocar tudo lá. E que tal não ter de fazer mais aquela pergunta: para onde foi o dinheiro? Isso não seria maravilhoso? Então vamos lá! Lápis e papel na mão, ou mesmo aquela planilha eletrônica. Não importam as ferramentas, mas sim a vontade de ter um efetivo controle sobre os gastos. Eu vou falar de cinco áreas em que você deve anotar cada valor e assim saber para onde o dinheiro deve ir. 1. Renda
Esta é normalmente bem simples para os que são funcionários. Anote qual é o valor de seu salário bruto. Caso tenha uma renda que varia mês a mês, faça a média de ganhos dos últimos doze meses. Pronto! 32
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Coloque logo em primeiro lugar suas contribuições na igreja local. Seu dízimo e sua oferta. Depois, você pode colocar a ajuda para a família e também para pessoas pobres. 3. Agora, que tal separar uma parte de sua renda para formar reservas financeiras que vão ajudar você em vários momentos de sua vida (Provérbios 21.20)?
Desde uma necessidade emergencial até a compra
planejada das mais diversas coisas e também serviços. Pode ser um eletrodoméstico ou uma passagem aérea. Experimente começar com pelo menos 10% de sua renda e vá aumentando. 4. Eu não posso deixar de falar sobre as dívidas (Provérbios 22.7)
Estabeleça um plano para pagamento de suas dívidas. Comece listando cada uma delas e depois planejando detalhadamente como quitá-las. À medida que for quitando essas dívidas, vai sobrar mais dinheiro para doar, para reservas e gastos. 5. Por último, liste todos os seus gastos, tais como moradia, transporte,
assistência médica, supermercado, entre outras (Filipenses 4.12).
Agora é juntar a família para colocar em prática tudo o que está no plano das ideias. Você vai perceber o quanto é bom trocar ideias e ver as coisas funcionando muito melhor do que estão hoje.
Paulo de Tarso é escritor e palestrante, engenheiro civil e mestre em Teologia. Fundou o Ministério Finanças para a Vida, que ensina pessoas de todas as idades a administrar o dinheiro de acordo com a Bíblia. (paulodetarso@ financasparaavida. com.br)
A administração do dinheiro no lar
Fé nas promessas de Deus quanto às finanças PAULO KLAWA
C
erto dia, em minha igreja, estava preenchendo o envelope de dízimo e coloquei o nome de minha esposa e dos meus filhos. Chamei meu filho mais velho, que na época estava com aproximadamente seis anos, e pedi-lhe que o colocasse no gazofilácio. Ele se alegrou em ver seu nome escrito no envelope e perguntou por que estava ali. Expliquei que tudo que eu havia ganhado foi dado por Deus, e como o Senhor havia abençoado nossa família, todos deveríamos honrá-lo dando-lhe o dízimo. Acredito que desde pequenos precisamos ensinar nossos filhos sobre a importância de honrarmos a Deus. Primeiro porque Ele é digno e segundo porque Ele prometeu nos abençoar quando nós o honramos. As promessas de Deus em nossas finanças estão determinadas por toda a Bíblia pelo simples fato de que o Senhor ama a prosperidade de seus servos: “Cantem de júbilo e se alegrem os que têm prazer na minha retidão; e digam sempre: Glorificado seja o Senhor, que se compraz na prosperidade do seu servo!” (Salmos 35.27). Apesar de Deus se agradar em nos abençoar em todas as áreas, incluindo a financeira, isso não acontece de forma automática. A maioria das promessas é condicional à nossa obediência, sobretudo à maneira como nós o honramos, ou seja, 34
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como atribuímos valor a Ele. “Honra ao Senhor com os teus bens e com as primícias de toda a tua renda; e se encherão fartamente os teus celeiros, e transbordarão de vinho os teus lagares” (Provérbios 3.9-10). Perceba que esses versículos estão divididos em duas partes: honra ao Senhor; encherão fartamente os teus
celeiros. Quando honramos o Senhor, Ele nos abençoa. Podemos descansar porque Ele cumprirá tudo o que prometeu. Precisamos lembrar que nesse texto Deus não está pedindo dinheiro ou ofertas, mas a honra que lhe é devida; e a maneira de honrarmos é oferecendo as primícias de nossos bens.
Deus quer ser colocado em primeiro. “… buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mateus 6.33). Quando um casal ou uma família entende o princípio da honra e das promessas advindas, certamente comerá o melhor desta Terra. O grande problema acontece quando
“esquecemos” de Deus e achamos que podemos viver de maneira próspera sem honrá-lo. Há um texto na Bíblia que nos adverte quanto a essa verdade: “Antes, te lembrarás do Senhor, teu Deus, porque é ele o que te dá força para adquirires riqueza…” (Deuteronômio 8.18). Lembro-me de uma historinha que ouvi há muito tempo: certo menino pediu para sua mãe uma moeda
para ofertar num culto especial em sua igreja. A mãe se alegrou tanto com aquele pedido que, além de dar a ele a moeda para a oferta, também deu outra para ele comprar uma pipoca ao término do culto. O menino, feliz da vida, pegou as duas moedas e foi para a igreja brincando de jogá-las para o alto. Em dado momento, uma delas acabou caindo no chão e rolou até um bueiro… o menino, vendo
somente uma das moedas em sua mão, disse, sem pestanejar: “Puxa, Jesus… logo a sua!”. Como família, precisamos aprender a administrar nossas finanças com sabedoria, crendo que Ele cumprirá suas promessas. Quero convidar você e sua família a estabelecerem mais do que um simples dar a Deus o que é de Deus; convido-os a honrarem a Deus com tudo aquilo que Ele lhes tem dado.
Não sei se você está enfrentando algum problema financeiro; não sei como Deus irá realizar grandes milagres em suas finanças, porém quero encerrar com as palavras de Jesus, baseado na lei da semeadura: “Disse ainda: O reino de Deus é assim como se um homem lançasse a semente à terra; depois, dormisse e se levantasse, de noite e de dia, e a semente germinasse e crescesse, não sabendo ele como.
A terra por si mesma frutifica: primeiro a erva, depois, a espiga, e, por fim, o grão cheio na espiga” (Marcos 4.26-28). Se Ele prometeu, é certo que fará!
Paulo Klawa é pastor e vice-presidente da Primeira Igreja Batista da Lapa e diretor e professor do Seminário Teológico Batista da Lapa. Casado com Andréa Alves Klawa, tem dois filhos.
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O perigo de se tornar materialista numa sociedade consumista MARCOS QUARESMA
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ompramos o que não precisamos, com um dinheiro que não temos, para mostrar o que não somos, a pessoas que não gostamos” (AD) “
Essa frase ficou na minha memória após ouvi-la de um professor de ética acerca dos hábitos consumistas da sociedade contemporânea. Sim, nosso mundo é materialista e consumista, e somos fortemente tentados a nos conformarmos com seus 36
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valores. Em alguma ocasião, eu e você já usamos mal o dinheiro e passamos dos limites da receita do mês e do cartão, influenciados pela mídia, por comentários sugestivos de amigos ou por desejos pessoais
incontroláveis, e depois sentimos aquela velha sensação de culpa. Vivemos uma tensão entre os princípios cristãos de uma vida simples, sem ostentação, e o prazer de ceder ao apelo de uma sociedade que implora para que compremos, muitas vezes sob a alegação de que “se você trabalha, você merece” e “a economia precisa girar, senão o mundo para”. Viver com o básico ou satisfazer só aquele desejinho a mais? Eis a questão! O que é o materialismo? A Bíblia fala mais de duas mil vezes sobre dinheiro, pois ele é um dos maiores ídolos em potencial
com quem convivemos. Jesus nos advertiu que onde estiver o nosso tesouro, ali estará o nosso coração, e esclareceu que o dinheiro não é um elemento neutro, ao contrário, ele é citado em Mateus 6.24 como um deus e seu nome é Mamon, em hebraico dinheiro, termo que significa riqueza material ou cobiça, muitas vezes personificado como uma divindade pagã. A avareza, pecado do apego doentio e materialista às riquezas, é não gostar de gastar com o que é necessário e não desejar partilhar com ninguém o que possui. É um pecado diretamente
Parece que o materialismo, apego às coisas, provoca o consumismo, que se caracteriza pela aquisição do bem pelo bem, sem um sóbrio critério de sua utilidade pessoal e coletiva. ligado ao dinheiro, sendo o terceiro da lista dos sete pecados capitais, segundo a tradição católica. Ser avarento é amar o dinheiro e as coisas mais que o Senhor e as pessoas. Entretanto, o ensino bíblico é que devemos ser generosos e não apegados a ele (1 Timóteo 6.8-10). Quais suas origens? Paulo, escrevendo aos romanos (12.1-3), nos ajuda a entender como funciona o sistema que pode nos levar ao materialismo e ao consumismo “deste século” e como podemos nos livrar deles e experimentar “a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. Eles nos atacam interna e externamente. O ataque interno vem
dos nossos desejos naturais, que, quando satisfeitos, pedem sempre um pouquinho mais, pois o ser humano caído é um ser em falta, eterno desejante. Já o ataque externo vem dos estímulos diversos deste mundo. É a nova roupa da moda, o último modelo de carro, o novo aparelho celular e assim por diante. Tudo isso é lançado diante de nós por meio de recursos midiáticos como a TV, a internet, o amigo que convidou para conhecer a casa nova e a amiga que “arrasou” com aquele vestido de grife. Daí para ceder à tentação e estourar o crédito é um passo. Sou materialista ou consumista? Parece que uma das situações que normalmente revelam o quanto acumulamos bens desnecessários é quando mudamos de moradia. Nessa guinada percebemos a olhos vistos como guardamos coisas que não usamos. A minha amiga e terapeuta Adineide Nolasco sempre diz que “se temos roupas que não usamos há mais de seis meses, é provável que não precisemos delas”. Parece que o materialismo, apego às coisas, provoca o consumismo, que se caracteriza pela aquisição do bem pelo bem, sem um sóbrio critério de sua utilidade pessoal e coletiva. É comprar pelo impulso do estímulo e ceder ao desejo, caindo nas teias de sua sedução. O que fazer então? Seguem algumas sugestões para melhorar nosso uso do
dinheiro, sem nos tornarmos materialistas e consumistas: 1. Colocar sempre o Senhor e as pessoas à frente das coisas. Deus e as pessoas são eternos, as coisas são passageiras; 2. Distinguir necessidade de desejo. Necessidade é essencial e deve ser suprida da melhor maneira possível, sem economia. Como dizia o missionário Roy Dumphreys: “A economia é mãe da porcaria”. Já o desejo é secundário, pode esperar; 3. Investir com prazer em algo que Deus valoriza (Mateus 26.6-13); 3. Não ficar com dinheiro ganho de forma ilícita, mas devolvê-lo (Lucas 19.1-10); 4. Assistir menos TV e evitar propagandas em suas redes sociais. Elas são um estímulo ao consumismo; 5. Quando sobrar, fazer doações, adotar uma criança em um programa social... acúmulo é
sintoma de materialismo. Concluindo, entendo naturalmente que é um grande desafio usar o dinheiro conforme os valores cristãos, sem permitir que o materialismo, o consumismo e outros valores deste mundo nos seduzam. As sugestões apresentadas podem ser ampliadas pela criatividade de cada leitor, com o discernimento que Deus lhe conceder. Que Ele nos ajude nessa caminhada e nos livre do materialismo e do consumismo.
Marcos Quaresma é psicólogo em formação, mestre em Aconselhamento Pastoral, pós-graduado em Psicopedagogia, assessor familiar, bacharel em Teologia, conselheiro de casais há 30 anos, membro da Eirene do Brasil, missionário da Sepal e credenciado da Envisionar. É casado com Rosélia e pai de Thales, Tharsis e Thaiane.
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Namoro cristão
CONSELHOS PARA OS JOVENS CRISTÃOS
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lguns conselhos para os jovens que desejam cultivar um namoro cristão.
1 – Siga fielmente 2 Coríntios 6.14-18 Esta é a vontade de Deus, que Ele deixou clara na Bíblia. “Ah, mas eu conheço gente que não observou isso e se deu bem no casamento”, você pode dizer. Mas, em contrapartida, quantos e quantos fracassaram? O que a Bíblia recomenda é que um jovem comprometido com Cristo procure uma jovem também comprometida com Cristo. Infelizmente, esse princípio é quebrado com muita frequência em nossos dias, e às vezes com apoio de muitos pastores. 2 – Procure namorar alguém mais espiritual do que você Essa dica é do falecido pr. Russell Shedd. Não convém questionar algo vindo desse servo de Deus, que mantinha uma profunda comunhão com o Pai. Namorar pessoas que desejam crescer, a cada dia, na graça e no conhecimento de Jesus tornará o namoro mais forte contra as tentações do diabo (2 Pedro 3.18). 3 – Ore, ore, ore Peça a Deus que coloque em seu caminho alguém que seja da vontade d’Ele, uma bênção em sua vida e no reino de Deus. Um namorado ou namorada deve ser fruto de experiência de oração, não apenas de uma vontade humana (Filipenses 4.6). 4 – Esteja em lugares certos Um jovem comprometido por Deus deseja encontrar a sua futura esposa num baile funk? Estou exagerando, apenas para chamar atenção. Rapazes crentes encontrarão suas namoradas em lugares condizentes com a conduta cristã. Eu conheci minha esposa num projeto missionário da Juventude Batista Fluminense. Ela me achou e eu a achei porque um dia
ela resolveu participar de tal empreendimento missionário. Até duas décadas atrás era comum ouvir história de casais em que ambos se conheceram em congressos, projetos missionários, etc. 5 – Olhe como ele(a) trata seus pais Se aquele jovem que você namora trata mal a mãe, o pai e os irmãos, pense duas vezes antes de continuar o namoro. Rapazes que tratam mal suas mães e irmãs poderão repetir o comportamento quando se casarem (Efésios 6.1-4). 6 – Sexo? Guarde para a hora certa A hora certa, segundo a Bíblia, é no contexto do casamento (Gênesis 2.24; Hebreus 13.4). Vai ser bem melhor. Sem culpa, sem medo e com a aprovação de Deus. O que temos visto hoje, até mesmo em nossas igrejas, é a quebra desse princípio cristão. 7 – Não procure por um(a) esposo(a) perfeito(a) ou que seja sua outra metade Não existem maridos perfeitos, como também não existem esposas perfeitas. Muitos têm dificuldades de começar um namoro porque têm em mente aquele príncipe encantado ou a linda cinderela. Também não existe a sua cara-metade que você tem de descobrir neste mundo com milhões de habitantes. 8 – Fuja de namorados(as) possessivos(as) É preocupante quando alguém namora com sentimentos de posse. Um namorado que proíbe sua namorada de continuar com suas amizades, ou controla todos os seus passos, ou a “sufoca” com sua presença é um mau presságio (1 Coríntios 13.4). Espero que esses conselhos sejam úteis para os jovens crentes de hoje.
Gilson Bifano é filósofo, educador e teólogo, além de ser Life Coaching na área de casamento e família. Junto com sua esposa, criaram o OIKOS - Ministério Cristão de Apoio à família, que tem por missão advogar a importância da família e promover o seu fortalecimento. Casado com Elizabete Bifano, tem duas filhas: Suzana e Alana, é avô de Theo.
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O uso indevido de contas bancárias, cheques e cartões ALDO SOBRINHO
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ntão, foi ela e fez saber ao homem de Deus; ele disse: Vai, vende o azeite e paga a tua dívida; e, tu e teus filhos, vivei do resto.” – 2 Reis 4.7 No Brasil, que há anos vive uma instabilidade econômica, que tem uma considerável desigualdade na distribuição de renda e onde não há educação financeira sistematizada para a população, há um alto índice de pessoas endividadas e com sérios problemas financeiros. Dados de uma pesquisa da Confederação Nacional do Comércio, divulgada em março de 2016, “aponta que cerca de 60% das famílias estão endividadas no país. Neste cenário tenebroso de endividamento o cartão de crédito aparece como o principal ‘culpado’ com o índice de 77,3% do tipo de dívidas. Em segundo lugar estão os carnês com 16,7%, financiamento de carro, 12%, crédito pessoal, 10,8%, cheque especial, 7,7%, financiamento de imóveis, 7,7%, entre outras dívidas. Vejam que a diferença do tipo de dívidas entre o primeiro lugar, cartão de crédito, para o segundo lugar, carnês, é de 60%, ou seja, mais da metade dos consumidores que possuem dívidas, devem ao cartão de crédito” (Fonte: http://educacaofinanceiraparatodos.com). Se o cartão de crédito é o grande vilão do endividamento, o que fazer? Passar a tesoura? Jogar no lixo? Se você é do tipo que não tem controle nenhum e sai comprando por impulso, talvez a opção de “cortar” o cartão
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deva ser considerada, porém somos seres dotados de inteligência, com capacidade de aprender e desenvolver inúmeras habilidades, até mesmo nas finanças. Uma das primeiras coisas a fazer é adquirir consciência
das suas finanças e aprender a lidar com esse mundo. Também é preciso fazer um planejamento financeiro. Caso necessite, busque ajuda de um especialista ou converse com alguém que demonstre ha-
bilidade no campo das finanças (de sua confiança, claro). Alguns órgãos públicos têm disponibilizado cartilhas financeiras que vale a pena consultar. A Bíblia, que é um livro que também nos direciona
A administração do dinheiro no lar
Uma das primeiras coisas a fazer é adquirir consciência das suas finanças e aprender a lidar com esse mundo. Também é preciso fazer um planejamento financeiro. nessa área, nos mostra o exemplo de uma viúva, no tempo do profeta Eliseu, que estava endividada. Ela recebeu uma orientação para ganhar dinheiro, e o profeta foi taxativo: pague sua dívida. Dessa forma, podemos observar que precisamos nos livrar de embaraços financeiros, mas o que o texto quer demonstrar é: saiba direcionar seus recursos. Também orienta sobre organização do orçamento para que possamos saber o tamanho dos nossos gastos e sejamos dis-
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ciplinados. Vamos considerar alguns pontos que podem ajudar você: Cuidado com as parcelas, evite-as. Acompanhe seus gastos (controle).
Tenha no máximo dois cartões. Lembre-se: cartão não é renda, é uma espécie de empréstimo. Adote um critério para as compras. Evite pagar o mínimo. Bons hábitos não são privilégios de gênios ou de pessoas especiais. Todos nós podemos desenvolvê-los. Assim, comece seu planejamento agora mesmo.
Aldo Sobrinho é master coach & leader coach, analista de perfil comportamental, criador do Instituto Restauração, para formação e capacitação de líderes, foi coordenador do projeto Minha Esperança (Associação Billy Graham) e atuou como secretário executivo do CPESP (Conselho de Pastores e Ministros Evangélicos do Estado de São Paulo).
A administração do dinheiro no lar
Por que sou fiel e minhas finanças não prosperam? IVONILDO TEIXEIRA
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sta é uma pergunta milenar. Por que sou fiel a Deus e a minha vida financeira é um fracasso? Onde está a minha recompensa? É a mesma indagação registrada pelo músico e compositor Asafe no salmo 73, em que ele rasga o coração afirmando que por um fio não caiu num profundo abismo pelo fato de ficar sem resposta para algumas questões como: por que o infiel pode ver suas riquezas aumentarem a cada dia, e o salário do servo fiel, conquistado com muito suor e trabalho, diminui a cada dia? Por que o infiel está sempre com saúde, enquanto muitos fiéis vivem numa 44
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cama eterna de enfermidades? Por que o infiel, mesmo com uma língua que maltrata, machuca, difama, parece que está sempre de bem com a vida, enquanto o fiel, mesmo preservando sua língua, sente que sua vida anda sempre para trás? Por que o infiel
consegue sempre “a senha” para abrir e descobrir tudo o que ele necessita, ao passo que o fiel depende de lágrimas, jejuns e muita consagração? Será que para ser fiel a recompensa é o silêncio, a demora e certa indiferença do Eterno? Tenho algumas respostas citadas em um dos meus livros sobre finanças: Porque, mesmo sendo um dizimista fiel, deixa a impressão de ser um dizimista legalista. “Tem que dar mesmo, fazer o quê?” Até os centavos dos dízimos são anotados no cheque, e na maioria dos casos são arredon-
dados a menor (Mateus 23.23). Porque, apesar de ser um dizimista fiel, deixa a impressão de estar fazendo uma negociata com Deus. Às vezes, parecemo-nos com Simão, o mágico (Atos 8.18-21): eu dou tanto porque Deus me dará tanto. Ou seja, sua motivação é de ganhar… e quase nunca quer dar o seu melhor para aquele que sempre lhe dá o melhor! Porque, mesmo sendo um dizimista fiel, é um péssimo administrador. Só sabe gastar, é um consumista de mão cheia. Na sua vida financeira não há
É bom lembrarmos que prosperidade nunca significa acúmulo de bens ou uma conta farta de dinheiro. No hebraico, significa estar de bem consigo mesmo. planejamento, e seu lema é “gastar, gastar e gastar, pois Jesus está para voltar, portanto gastemos, gastemos e gastemos, porque amanhã morreremos”. Não basta apenas ser fiel, é preciso ser um bom administrador de tudo o que Deus tem confiando a você. O Eterno o(a) convocará para uma prestação de contas (Lucas 16.2). Porque, mesmo sendo um dizimista fiel, é ingrato. Pelo fato de obedecer à ordenança do dízimo, acha que já fez tudo, que não há necessidade de ofertar para os projetos do reino celestial. Alguns até dizem: “Já cumpri com minha obrigação”. Jesus disse que se a nossa justiça não exceder em muito à dos escribas e fariseus, jamais herdaremos o reino dos céus (Mateus 5.20; Salmos 116.12). Porque, mesmo sendo um dizimista fiel, não é generoso. O homem mais próspero que o mundo conheceu afirmou: “A alma generosa prosperará…” (Provérbios 11.2425). Generosidade não se conquista com um curso de 72 horas, muito menos por meio de mentalização. O maior homem que pisou na Terra, que dividiu a história, que conta hoje com mais de dois bilhões de seguidores, afirmou: “… dai, e dar-se-vos-á…” (Lucas 6.38). Se você almeja ser abençoado por Deus, aprenda a dar
com generosidade. Tente aplicar em sua vida um conselho de sabedoria: “Semeie sempre uma semente fora do comum e espere colher uma colheita fora do comum”. Portanto, aprenda a dar para Deus de coração o que você nunca deu e esteja convicto de que, a seu tempo, receberá de Deus o que nunca recebeu. Porque, mesmo sendo um dizimista fiel, Deus ainda é Soberano (Isaías 43). Ele pode me fazer prosperar ou não. Caso a sua graça queira me abençoar mais do que já sou abençoado, amém; se não quiser, sou mais abençoado do que penso que mereço.
É bom lembrarmos que prosperidade nunca significa acúmulo de bens ou uma conta farta de dinheiro. No hebraico, significa estar de bem consigo mesmo. Ou como alguém definiu: “Prosperidade é a graça de não conhecer a miséria”. O famoso Henry Ford afirmou: “Eu era mais feliz quando era um simples mecânico”. Andrew Carnegie acompanhou o raciocínio de Ford quando disse: “Milionários raramente sorriem”. Creio que o melhor conselho é ficar com a palavra de Deus vinda por meio dos lábios do profeta Habacuque, que vem como um bálsamo ao coração daqueles são fiéis em tudo: “Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide… todavia, eu me alegro no Senhor, exulto no Deus da minha salvação. O Senhor Deus é a minha fortaleza…” (3.17-19).
Que a nossa vida se inspire a cada dia no apóstolo Paulo: “… aprendi a viver contente em toda e qualquer situação” (Filipenses 4.11). Mesmo encarcerado, deixou-nos este conselho: “Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos” (Filipenses 4.4). Esta é a verdadeira prosperidade. Mesmo em meio à adversidade, ele exalava confiança, alegria e, acima de tudo, estava de bem consigo mesmo! Independentemente das circunstâncias, continue fiel a Deus, pois Ele nunca deixará de ser fiel a você!
Ivonildo Teixeira é autor de 39 livros, fundador e pastor emérito da Igreja do Nazareno no Estado do Espírito Santo e palestrante na área de finanças e lideranças. É casado com Mônica Teixeira e pai de duas filhas.
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Mantendo a saúde financeira familiar IGOR VILCINSKAS JR.
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asar é uma das experiências mais felizes da vida. Os recém-casados estão sempre animados para começar uma nova vida e ansiosos pelos bons momentos que terão juntos. É esperado que surjam momentos de desacordo, mas raramente esperam que o dinheiro, que é um dos maiores fatores para brigas e divórcio, seja o culpado. Casais com dívidas passam menos tempo juntos, brigam mais e são menos felizes. Não se pode confundir falta de dinheiro com falta de amor. É nesse momento que o casal precisa estar mais junto e consciente sobre a saúde financeira da família. Marido e mulher devem estar atentos e buscar, como grandes parceiros, uma estratégia para sair 46
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da crise ou alcançar objetivos. Um fato interessante é que casais nunca discutem quando o dinheiro está entrando, mas sempre quando está saindo, quando o dinheiro está curto. É preciso estabelecer um sistema de valores baseado na Bíblia para que a área financeira não se torne um problema grave para o
casal. A Palavra de Deus nos ensina em Lucas 14.27-30 que o planejamento, em qualquer situação da vida, é muito importante. Na área financeira não é diferente, ainda mais na atual conjuntura, em que somos instigados a consumir cada vez mais o que não precisamos. Planejamento tem a ver com o futuro e não com o passado. Fazer anotações de gastos, para saber para onde vai o dinheiro, é importantíssimo, pois nos traz clareza, e clareza é poder. Quem tem clareza sabe onde é preciso cortar gastos, onde está o ralo por onde o dinheiro escorre. Mas essas anotações falam sobre algo que passou, e se quere-
mos alcançar algo no futuro, precisamos de um bom planejamento. O que podemos planejar? Planejamos nossa viagem de férias, aposentadoria, independência financeira, cursos, o carro novo, etc. Quando se trata de sonhos e objetivos dentro do casamento, há aqueles que são do homem, os que são apenas da mulher e os da família. Por exemplo, o homem pode ter o sonho de comprar um celular novo, e a mulher, uma bolsa nova. Esses são objetivos individuais. Um exemplo de objetivo familiar poderia ser a compra de uma televisão para a sala ou até mesmo a aquisição de uma casa.
Eu parto do princípio de que quando duas pessoas se casam, elas se tornam uma só carne, e isso também se aplica à vida financeira. O casal tem objetivos individuais, mas é preciso haver metas comuns, que geram força quando os dois passam a economizar juntos. O dinheiro precisa ter um propósito. Quando um casal entra em crise financeira, na maioria das
vezes é porque não havia nenhum propósito para o dinheiro e gastos desnecessários foram surgindo. Se desejamos ter mais dinheiro, é preciso aprender a respeitar o que temos, o que Deus nos deu, não podemos desperdiçar. O dinheiro é intolerante, e se não cuidarmos bem dele, ele vai embora e não volta mais. Muitos casais não sentam para falar sobre dinheiro, mas é necessário desenvolver o hábito de conversar frequentemente sobre finanças. Saber qual é a renda da casa, quais dívidas estão em atraso e principalmente
quais são os sonhos e os objetivos de cada um é fundamental não só para o sucesso financeiro, mas também para o sucesso do casamento. Eu parto do princípio de que quando duas pessoas se casam, elas se tornam uma só carne, e isso também se aplica à vida financeira. Não existe mais o meu ou o seu dinheiro, e sim o nosso; são os nossos problemas e as nossas vitórias. O que vejo às vezes são casais dividindo
as contas da casa, só falta dividirem a conta da pizza no restaurante. Ter conta em conjunto facilita o controle financeiro, e ambos podem ter a clareza da realidade financeira. E quem deve cuidar do dinheiro? O homem? Quem ganha mais? Eu acredito que é aquele que lida melhor com finanças, que economiza mais, que é mais organizado, não necessariamente o homem ou quem tem o maior salário.
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Outra coisa importante a ser analisada são as prioridades do casal. Talvez seja a pizza de sexta-feira, fazer o cabelo e a unha semanalmente, a escola das crianças, assistência médica, etc. Às vezes é melhor ter uma estrutura mais simples e manter o que é importante para o casal. Eu e minha esposa, por exemplo, nunca fizemos questão de comprar um carro zero-quilômetro, mas gostamos de uma casa confortável, aconchegante. Nós não abrimos mão de quase diariamente tomarmos um bom café em alguma cafeteria da cidade. Nem sempre é possível manter tudo, então será preciso abrir mão de alguma coisa. Há pessoas que têm um padrão de vida que não podem sustentar por muito tempo, a conta parece nunca fechar, e quando surge algum imprevisto e há a necessidade de diminuir esse padrão, surgem as discussões. Temos de ter um padrão de vida coerente. Precisamos ser sensatos e equilibrados, pois
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somos mordomos, como disse Jesus em Lucas 12.42-46. Tudo o que somos e possuímos pertence a Deus. Sabendo dessa verdade, devemos, então, viver como bons mordomos, administrando bem o que é do Senhor. Aprenda a investir tempo com o planejamento e controle financeiro da sua família. Desenvolva o hábito de conversar e planejar com seu cônjuge. Orem pelas metas individuais
e familiares. Parem de se comparar com pessoas que têm o que vocês não têm. Sejam gratos pelo que têm. Agradecer a Deus pelo que temos é gratidão, mas agradecer pelo que ainda não temos é fé. Deus não nos chamou para sobreviver, e sim para prosperar e ter abundância em todas as áreas, incluindo as finanças. O que você pode começar a fazer hoje junto com seu cônjuge para mudar sua condição financeira?
Igor Vilcinskas Jr. é pastor presidente da Igreja Cristã Época da Graça, em São Paulo/SP, lifecoach, palestrante e treinador, criador do Abundant Life Training, um treinamento de desenvolvimento pessoal que tem transformado a vida de centenas de pessoas. É casado com Elisabete e tem quatro filhos.
ANUNCIE NA LAR CRSTÃO - A REVISTA DA FAMÍLIA BRASILEIRA
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Fique por Dentro
A vida de Deus em nós Alcindo Almeida Fôlego
#ficaadica 100 atitudes que podem mudar o dia a dia do seu casamento Darrell & Márcia Marinho United Press
Bom dia! Leituras diárias – Volume 2 Stormie Omartian Mundo Cristão
Perdão – A chave para a cura interior Jaime Kemp Fôlego
#ficaadica 100 atitudes que podem mudar o dia a dia do sexo no seu casamento Darrell & Márcia Marinho United Press
Sobreviver 365 fragmentos de sabedoria dos Provérbios Ed René Kivitz Mundo Cristão
Devocional diário Caminhada de fé Emílio Fernandes Junior Fôlego
Meu plano perfeito Alessandra Rigazzo Thomas Nelson
As 5 linguagens do amor das crianças Gary Chapman e Ross Campbell Mundo cristão
Bíblia Sagrada Letra Gigante Nova Almeida Atualizada SBB
Pentecoste O fogo que não se apaga Hernandes Dias Lopes United Press
Descomplicando o cristianismo Augustus Nicodemus Lopes Mundo Cristão
Igrejas que transformam o Brasil Ed Stetzer e Sérgio Queiroz Mundo Cristão
Manual do capelão Gisleno Gomes de Faria Alves (org.) United Press
Cartas de um diabo a seu aprendiz C. S. Lewis Thomas Nelson
Esta seção é gratuita, e os lançamentos devem ser enviados para a Caixa Postal 16.610 – CEP 03149-970 – São Paulo – SP aos cuidados de Editora Fôlego – Seção Fique por Dentro / Lar Cristão.
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