Educação Integral no Brasil: Linha do tempo_ parte 1

Page 1

EDUCAÇÃO INTEGRAL anotações para uma história da educação brasileira

Iniciar


Menu Principal

Abertura

Linhas do tempo

Apresentação

1891- 1932

1934- 1961

Anísio Teixeira

Destaques Paulo Freire


Abertura A instituição escolar

Extremamente antiga

Formação de grupos sócio econômicos privilegiados Escola e Educação como um direito universal

Revolução Industrial

Necessidades específicas de capacitação técnico-funcional de mão-de-obra Menu


Educação como uma das buscas de transformação das relações entre a Sociedade e o Estado Revoluções européias dos séculos XVI e XVII

Compreensão mais ampla da educação como direito humano

“A

transformação

do

Direitos

Humanos é reveladora da trajetória desse modelo de educação, tal como a concebemos na atualidade”. Menu


O quadro histórico pontual apresentado a seguir destacou os principais episódios e referências ideológicas da estrutura organizacional da educação no Brasil. O recorte histórico contempla o espaço de tempo entre o período republicano e o presente.

Menu


Iniciar

1891

1920

1931

Menu

1932


As

conquistas

1920

1891

Iniciar

e

perdas

processo dinâmico

de

vivenciadas na sociedade brasileira no

tensĂŁo

entre

1932

1931

campo educacional

diferentes grupos sociais

e os

X

precisam ser compreendidas como um

poderes instituĂ­dos.


Iniciar

1920

1891

1931

X

A Constituição de 1891, primeira do período republicano Pouco tratou da educação, por primar pela

autonomia das unidades federativas.

legislação nessa matéria deveria ser resolvida

1932

Na Carta de 1891, ficava subentendido que a

no âmbito dos estados. Cabia à Federação apenas o ensino superior da capital (art. 34º), a

instrução militar (art. 87º) e a tarefa de "animar, no país, o desenvolvimento das letras, artes e ciências" (art. 35º).


1920

1891

Iniciar

Movimentos sociais promovidos por educadores para

sociais

1932

1931

transformar o quadro de analfabetismo

e os

estigmas

X

marginalizantes. Sãoarticulações que se fortalecem apenas uma década depois no cenário nacional conservador e excludente, mas,

de todo modo, mesmo que indiretamente, estão vinculadas aos desdobramentos históricos que garantiram as reformas das estruturas administrativas da gestão educacional e os

ensino no Brasil.

movimentos educacionais que almejam a democratização do


Iniciar

1891

1920

1931

Inauguração do Ministério da Educação

1932

X


Iniciar

1891

1920

Lançado o histórico documento dos pioneiros da Escola Nova Exigindo o cumprimento de um

1931

1932

X

ensino primário, integral, obrigatório, gratuito e extensivo aos adultos. Arrojado

para o contexto social, esses educadores defendiam a educação como um direito de todos e que deveria ser promovida a partir da parceria entre as esferas governamentais e a família.


Anísio Texeira e a Escola Nova

Anísio Texeira

Diálogo filosófico - Anísio Texeira

Manifesto Menu

Na Escola hoje


Anísio

Texeira

e

a

Escola Nova

Anísio Texeira

Diálogo filosófico - Anísio Texeira

Manifesto Menu

Na Escola hoje


Menu

1934

1934-1937

1937

1946

1961


X

A Constituição de 1934 dedicou um capítulo inteiro à educação

Nesse contexto, a União chamava para si a responsabilidade de "traçar as diretrizes da educação nacional" (art. 5º) e de "fixar o plano nacional de educação, compreensivo do ensino em todos os graus e ramos, comuns e especializados" para "coordenar e fiscalizar a sua execução em todo o território do país" (art. 150º).

1934

1934-1937

1937

1946

1961


X

A questão do ensino religioso Enquanto a proclamação da República teve como pano de fundo a separação entre Estado e Igreja, a

reaproximação, instaura o

segunda Carta demarcou uma

que posteriormente seria fundamental para o governo Estado Novista de Getúlio Vargas. No que diz respeito à educação,

ensino religioso de caráter facultativo, e de acordo com os princípios de cada família, nas escolas públicas (art. 153º).

Nesse sentido, a despeito do ensino religioso, a Carta de 1934 pode ser considerada uma vitória do grupo de educadores liberais, organizados através da Associação Brasileira de Educação, por atender suas principais proposições.

1934

1934-1937

1937

1946

1961


X

A Carta Constitucional de 1937

Rejeitou um Plano Nacional De Educação que oferecesse espaço para as manifestações das Unidades Federadas e modos de ensino alternativos, atribuindo ao poder central a função de estabelecer todas as bases da educação nacional. Cabe retomar aqui a referida reconsolidação dos vínculos entre o

Estado-Nação e a Igreja Católica promovida na Era Vargas. A Igreja Católica atuava na área

educacional desde os primórdios da colonização brasileira e possuía uma tradição de ensino capaz de salvaguardar os poderes vigentes.

1934

1934-1937

1937

1946

1961


Nessa medida, é importante reafirmar que na proteção do ensino privado de ordem religiosa pelo governo federal não havia apenas a intenção de favorecimento do setor privado, mas uma importante estratégia de garantir que o ensino nacional tivesse uma orientação central de combater qualquer tipo de infiltração revolucionária, em especial as bases marxistas que desembocavam no comunismo. Complementarmente, a ampliação do ensino de caráter técnico visava à preparação dos grupos menos favorecidos sócio economicamente para as atividades profissionalizantes, em atenção ao almejado crescimento da industrialização brasileira, ainda carente de mão-de-obra qualificada. Nesse período intermediário, enquanto os debates políticos sobre a LDB foram desarticulados por Vargas, até mesmo a deliberação constitucional da obrigatoriedade das matrículas no ensino primário se cumpriu de modo lacunar no sentido da inclusão da sociedade brasileira como um todo, uma vez que os pais que comprovassem pobreza e insuficiência de unidades escolares próximas de seus locais de moradia estavam desobrigados de encaminharem seus filhos para a escola. Em muitos casos, isso ocasionava o ingresso dessas crianças e adolescentes no mundo do trabalho e de aprendizagens básicas de técnicas manuais, com acesso extremamente restrito a leitura e escrita. Negava-se, desse modo, a educação para os desfavorecidos e afirmava-se o caráter segregador, reduzindo as oportunidades de inserção dos grupos historicamente em desvantagens sócio econômicas. Isso equivale a dizer que, apesar de públicos e gratuitos, a participação social no contexto escolar e o ensino ainda não eram uma garantia plena. A educação como um direito à cidadania estava por ser consolidada, porque o Estado ainda se isentava da formação igualitária dos seus cidadãos.

1937


X

A Constituição de 1946

Reiniciou o processo de discussão do que viria a ser futuramente a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação brasileira - LDB. Dois grupos disputavam qual seria a filosofia por trás dessa LDB. Os que o

estatistas,

ligados principalmente aos partidos de esquerda. Partindo do princípio de

Estado precede o indivíduo na ordem de valores

da sociedade, defendiam que só o direita, sustentava que respeitá-los.

Estado deve educar. O

e de que a finalidade da educação é preparar o indivíduo para o bem

outro grupo, denominado de

a pessoa possui direitos naturais

liberalistas

e ligado aos partidos de centro e

e que não cabe ao Estado garanti-los ou negá-los, mas simplesmente

A educação seria um dever da família, que deveria escolher dentre uma variedade de opções de escolas particulares.

1934

1934-1937

1937

1946

1961


X

A primeira LDB, publicada em 20 de dezembro de 1961, pelo presidente João Goulart Dá

mais autonomia aos órgãos estaduais, diminuindo a centralização do poder no MEC (art. 10); Regulamenta a existência dos

Conselhos Estaduais de Educação e do Conselho Federal de Educação (art. 8 e 9); Garante o empenho de 12% do orçamento da União e 20% dos municípios com a educação (art. 92); Dinheiro público não exclusivo às instituições de ensino públicas (art. 93 e 95); Obrigatoriedade de matrícula nos quatro anos do ensino primário (art. 30); Formação do professor para o ensino primário no ensino normal de grau ginasial ou colegial (art. 52 e 53); Formação do professor para o ensino médio nos cursos de nível superior (art. 59); Ano letivo de 180 dias (art. 72); Ensino

religioso facultativo (art. 97); Permite o ensino experimental (art. 104).

1934

1934-1937

1937

1946

1961


1960

Menu


1960

X

A noção de democratização do ensino A

educação brasileira

é completamente

questionada

pelas teorias e práticas de Paulo Freire. Freire produz experiências

inovadoras no âmbito da alfabetização de adultos e jovens. O educador conferiu significados muito mais profundos à noção de democratização dos saberes e às potencialidades da educação como plataforma de transformação do mundo. As reflexões críticas de Freire aproximam a escola e a comunidade ao considerar de extrema importância todas as bagagens sócio-culturais e vivências dos alunos.


Paulo Freire

Diálogo filosófico – Paulo Freire

“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção”.

Paulo Freire

Menu


Paulo Freire

Diálogo filosófico – Paulo Freire

“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção”.

Paulo Freire

Menu


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.