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Ciclismo

Américo Vieira entre os melhores do mundo

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M E N S Á R I O D E S A N TA C ATA R I N A D A S E R R A - S E T E M B R O 2 0 0 8 - 1 € P R E Ç O D E C A P A

Santa Catarina da Serra

LUZ DA SERRA SEMPRE NOVA Cá está o nosso querido jornal Luz da Serra sempre fiel ao seu objec#vo de ser o companheiro de todos os Santacatarinenses e o amigo de todos os nossos amigos levando informação e formação, mas desta vez visivelmente diferente. Mais colorido, mais extenso, mais amplo, é a voz da comunidade que pretendemos cada vez mais unida em todos os seus empreendimentos e na vivência dos valores e da fé que os nossos pais viveram com afinco e orgulho e nos transmi#ram. Con#nuará a ser a Luz que sempre foi, desde o primeiro número, há quase trinta e cinco anos atrás, expressão da vitalidade que a nossa comunidade sempre manifesta mas agora porém é também fruto de um compromisso que as forças vivas da nossa comunidade com todo o dinamismo e vitalidade e até mesmo pujança que manifestam. Um jornal não se faz a si próprio. São as pessoas, com o seu interesse e colaboração que o vão empurrando para a frente. Ao Padre Faria que já par#u e a todos aqueles que ao longo dos anos tem trabalhado nesta obra, o meu agradecimento sincero. A todos os que tem inves#do o seu tempo e cuidados para que o ... con nua na Pág. 3

Pensamento do mês Não há nada de nobre em sermos superiores ao próximo. A verdadeira nobreza consiste em sermos superiores ao que éramos antes.

Festa Sagrado Pág. 9 Coração de Jesus Rancho Folclórico

XXIII Fes val Nacional

Estes são os Sinos da nossa Terra Pág. 9

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Coreto que não servia em Leiria foi restaurado Pág.8 Teimosos pedalam até San ago Pág.6

Freguesia

Educação

PED - Plano Estratégico de Desenvolvimento da Freguesia

Agrupamento de Escolas abre as portas para mais um ano lec&vo

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Pág.10

Desporto

União Despor&va da Serra apresenta Plantel época 2008/2009 Pág.13

Associações

Bombeiros promovem passeio do coração Pág.7


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Famíla Paroquial Bap smos 3/8 – José Ferreira Neves, filho de Bruno Alexandre Carvalho Ferreira e de Odete Silva Neves da Loureira. Foi testemunha: Rui André Carvalho Fernandes; madrinha: Cá'a Margarida Santos Silva. 3/8 – David Orashov da Silva, filho de Daniel Augusto Narciso da Silva e de Nuria Nurgaisha Orashova, da Chainça. Foram padrinhos: Diaman'no dos Reis Vieira e Maria Leonor Narciso Silva Oliveira 3/8 – Diogo Miguel dos Santos Ferreira Bernardino, filho de João Luís Ferreira Bernardino e de Cristelia Marques dos Santos de Vale Tacão. Foi padrinho José Carlos Rodrigues de Oliveira Bernardino e testemunha Belmira Gonçalves Ferreira 17/8 – Fábio Rodrigues Silva, filho de Rui Manuel Ba'sta da Silva e de Sandra Isabel Lopes Rodrigues Silva de Vale tacão. Foram padrinhos: Amândio Pereira Santos e Cláudia Isabel da Silva Vieira 17/8 – Agathe Cris'na Perle Outeiro Pereira, filha de Elísio Oliveira Pereira e de Lúcia Lopes Outeiro da Cova Alta. Foram padrinhos: Agos'nho Joaquim Pereira e Iracema Teixeira 17/8 – Daniel Oliveira Vieira, filho de David Bento Vieira e de Palmira da Conceição de Oliveira Teixeira da Cova da Iria, Fá'ma. Foram padrinhos: Alexandre dos Santos Gaspar Manuel e Elsa Cris'na Vieira Felicidade 17/8 – Filipe Manuel da Silva Santos, filho de Amândio Pereira santos e de Susete Paula Ba'sta da Silva, de Vale tacão. Foram padrinhos: Nelson Pereira Santos e Sandra Isabel Lopes Rodrigues Silva

Bodas de Prata Casamentos 26/7 – Hélder Manuel Rodrigues Marques de Colmeias, Leiria, e Ivone Sofia silva Domingues da Pinheiria, Santa Catarina da Serra. Foram padrinhos: Luís Manuel de Matos Pragosa e Adelino de Jesus Rodrigues; madrinhas: Maria Júlia Gonçalves Gaspar e Silva 2/8 – José Carlos dos Santos Mota de Murtal, Atouguia, e Susana Patrícia das Neves Pereira de Vale Tacão. Foram padrinhos Vítor Manuel Ferreira Lopes e David Marques das Neves; madrinhas: Amélia Pereira dos Santos Bap'sta e Maria da Conceição de Jesus Pereira 9/8 – Daniel Alfredo Lourenço e Lae''a Pereira, naturais e residentes em França e a noiva com quase residência na Cova Alta. Foram padrinhos: Alfredo Barbosa Rodrigues e António Ricardo Carvalho de Freitas; madrinhas: Maria Natália de Brito Rodrigues e Liliana Maria Pereira 23/8 – Nuno Filipe Pereira e Elodie Evelyne Muriel Simões de Bastos, naturais e residentes em França e o noivo bap'zado e com domicilio nesta freguesia de Santa Catarina da Serra. Foram padrinhos: Carlos Manuel Lopes Pereira e António Manuel Bernardes Loureiro; madrinhas: Maria Emília Simões Bastos, Olinda Gonçalves Lopes Marques e Maria Fernanda Simões Bastos 30/8 – Filipe Manuel Neves do Couto e Sónia Oliveira Alves, ambos da Donairia desta freguesia de Santa Catarina da Serra. Foram padrinhos: José Artur das Neves Ferreira e Vítor António Neves Vieira; madrinhas: Paula Alexandre Neves do Couto Marques e Magda Sofia oliveira Alves

Óbitos

24/8 – Isaiah Vicente Frazão, filho de Paulo José Jacinto Frazão e de Regina Pires Vicente Frazão da Chainça. Foram padrinhos: Paulo Jorge Pires Vicente e Dona'la Albina Carreira

10/8 - Joaquim Lopes Neves, viúvo de Olinda Josefa Mar'ns da Loureira, par'u para a casa do Pai aos 70 anos de idade

24/8 – Tomás Gonçalves Vieira, filho de Paulo Sérgio da Silva Vieira e de Aquilina Sofia de Jesus Gonçalves do Casal da Estor'ga. Foram padrinhos: Nelson Pereira Santos e Célia Cris'na de Jesus Gonçalves

12/8 - Joaquim da Silva, viúvo de Celeste Inácia da Silva, da Magueigia, par'u para a casa do Pai com a bonita idade de 86 anos. Ele que durante muitos anos serviu Nossa Senhora como trabalhador no Santuário de Fá'ma foi a sepultar no dia 13 e acolhido nos braços da Mãe.

24/8 – Rafael Fartaria de Oliveira, filho de Leonel de Oliveira Faria e de Natália Maria Ferreira de Oliveira do Pedrome. Foram padrinhos: Luís Miguel Fartaria de Oliveira e Andreia Filipa Sousa Ferreira

No dia 16 de Julho, pela 18h, no lugar da Chainça, o casal Faus'no Neto e a Belmira Rito celebraram os 25 anos de casados na capela da Chaínça. Presidiu à celebração o Padre Eduardo Frazão, padre que os casou hà 25 anos atrás, seguindose um jantar convívio com os familiares e amigos. Esperamos que muitos mais anos venham de felicidade e união em conjunto com os filhos, familiares e amigos. HELDER AUGUSTO 09.09.98 – 09.09.08 Passaram já dez anos que par'ste para um lugar que talvez um dia percebamos qual é. Dez anos de saudade da tua simpa'a, alegria amizade e carinho. Dez anos que passaram a voar, mas tão lentamente para aqueles para quem a tua par'da foi cruel. E agora te queremos recordar, tal como fazemos todos os dias que es'ves te ausente ao nosso lado mas tão presente no nosso coração. Da tua família com saudade

P. BOAVENTURA DOMINGOS VIEIRA O Padre Boaventura Domingos Vieira faleceu, depois de um mês de internamento no hospital de Stº André, Leiria, no final da tarde do dia 29 de Agosto. O P. Boaventura Domingos Vieira era natural de Santa Catarina da Serra, onde nasceu “oficialmente” no dia 1 de Janeiro de 1929, filho de José Vieira Repolho e de Ana Maria. Tinha oito irmãos um dos quais também sacerdote. Entrou para o seminário de Leiria em 1942 e terminou o curso em 1953. Durante 55 anos (ordenado a 12 de Julho de 1953, no Santuário de Fá'ma) trabalhou na Diocese até 1973 (freguesias de Monte Redondo e Prazeres de Aljubarrota e desde 1961 como Ecónomo de Seminário, acompanhando de perto o projecto e construção do novo ediPcio do Seminário, inaugurado a 22.05.1968), par'ndo depois para Nova Lisboa, em Angola e em 1978 vai para S. José de Rio Preto, Brasil, onde trabalhou generosamente. Regressando à Diocese em 1987, colabora com o seu irmão P. Júlio na Paróquia da Maceira. Em 1997 é nomeado administrador da Gráfica Diocesana e Vigário Paroquial do Souto da Carpalhosa. Nesse mesmo ano assume a Capelania do Mosteiro de Stª Clara em Monte Real. Em 2007, deixando a Gráfica, con'nuou nos outros serviços até ao fim das suas forças. Chegou a colaborar igualmente na Paróquia da Bidoeira e era o actual Tesoureiro da Confraria do Santuário de Nossa Srª da Encarnação. As exéquias realizam-se no dia seguinte, pelas 15h30, na Igreja do Seminário Diocesano presididas pelo Sr. Bispo D. António Marto, concelebrando meia centena de sacerdotes da Diocese. Depois o fétero par'u para Santa Catarina da Serra, a sua terra natal, celebrando-se novamente a Eucaris'a, pelas 17h30, presidida pelo Vigário Geral, concelebrando o pároco e uma dúzia de sacerdotes. Dali se par'u para o cemitério local, onde foi sepultado, em campa rasa, presidindo ao acto o pároco, P. Mário Verdasca. Que junto de Deus interceda pela nossa Diocese e seja testemunho, para nós, de generosidade, dedicação e simplicidade. A Comunidade agradece a Deus esta vida de serviço e implora a Coroa de Gloria que Deus concede àqueles que o Amam.


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Cartas ao director

Editorial

Chamo-me LuĂ­s Ribeiro de Oliveira e nasci no Pedrome no dia 11 de Janeiro de 1928. Os meus pais criaram cinco ďŹ lhos. Teresa que morou na casa materna e que jĂĄ par u. JosĂŠ que morou no Vale de Santa Margarida. Maria InĂĄcia casada, a morar no Sobral da Granja; Sebas ĂŁo que mora no Arrabal e que se encontra actualmente no lar de Santa Margarida e ďŹ nalmente eu que jĂĄ contei 80 anos. Conteios um por um, e agora que jĂĄ estou velhinho vou ver se conto mais um. Quando eu contava 7 anos, a minha mĂŁe foi-me matricular na escola da Quinta da Sardinha onde ďŹ z a 1ÂŞ e 2ÂŞ classe ďŹ cando por aĂ­. Era costume todos os anos, os professores, no ďŹ m das aulas fazerem uma fes nha aos alunos. Nesse ano os professores prepararam algumas poesias para distribuĂ­rem por alguns alunos para animar a festa, mas para mim nĂŁo houve poesia. Quando cheguei a casa ia triste e a minha irmĂŁ perguntou-me: o que ĂŠ que tens? Alguma mosca te mordeu? Respondi que nĂŁo, que nha sido a professora que distribuĂ­ra algumas poesias por alguns alunos e para mim, nada. Ao que ela respondeu: deixa lĂĄ, nĂŁo te importes, logo Ă noite depois de cearmos e rezarmos eu ensinote uma poesia que vai ser a melhor de todas. E começa assim: Preguiça ďŹ m da tarde fria e Bassa, Ouvem-se de gente É o enterro que passa triste e vagarosamente Ao ver tanta gente Junta o morgadinho, pergunta quem morreu NinguĂŠm, E o que foi que aconteceu? NĂŁo foi nada, ĂŠ o Manel Dachada que nĂŁo tem que comer Nem quer trabalhar, Pede que o vĂŁo enterrar, mesmo vindo tal e qual ĂŠ como um pinheiro al vo a tombar no vendaval. Isso assim nĂŁo pode ser, e se ele nĂŁo tem que comer, nem quer trabalhar, tragĂŁo-no para minha casa. LĂĄ nĂŁo lhe falta nada, pĂŁo e vinho Ăł viva brasa! Ao ouvir esta resposta, o pa fe do Manel Dachada levantase do esquife em vasinha alambicada e saiu-se com esta pargunta: - Meu Senhor rico Morgado, esse pĂŁo que dĂĄ lĂĄ vem mas gadinho jĂĄ? Ă“ mas go, mas go, nĂŁo mas guei-o. Veçe tem bom dente, pois entĂŁo isso assim nĂŁo me convĂŠm. Siga o enterro para a frente minha gente, enterrado estarei bem, nĂŁo tenho que dar ao dente nem devo nada a ninguĂŠm. E a par r daĂ­ a muito tempo, me ďŹ caram a chamar o Manel Dachada. Lembro-me de algumas outras poesias, uma delas dita pelo Joaquim Relha dos Arnais que dizia assim: Ă€ morte ninguĂŠm escapa Nem o rei nem a rainha Mas eu hei-de de escapar, Meto-me dentro de uma panela, Tapo-a bem tapadinha, Passa cĂĄ a morte, Toca ĂĄ campainha e eu digo, Aqui nĂŁo estĂĄ ninguĂŠm, Passe vossa excelĂŞncia muito bem! Ainda outra do Zeca da Fonte da Pedra que jĂĄ par u e dizia assim: Quando o sobreiro der baga e a cor ça for ao fundo, sĂł entĂŁo se ande a acabar as mĂĄs lĂ­nguas neste mundo. Vale de Santa Margarida 13 de Agosto de 2008 LuĂ­s Ribeiro de Oliveira

Paz e bem lhe desejo em todos os dias da sua vida! Escrevo, nĂŁo sĂł para enviar a minha morada e direcção mas para dizer alguma coisa do nosso jornal “Luz da Serraâ€?. Ao pegar nele, leio-lhe os Ltulos da primeira pĂĄgina para me situar. Depois, vou Ă pĂĄgina onde vĂŞm as noLcias dos bap zados, casamentos e funerais. Aqui demoro um pouco e faço as minhas contas: o saldo ĂŠ posi vo ou ĂŠ nega vo quanto aos bap zados e funerais? Se ĂŠ posi vo, a favor dos bap zados, ďŹ co contente e bendigo ao Senhor porque a vida con nua em Santa Catarina da Serra, se ĂŠ nega vo pergunto: onde estĂĄ o compromisso dos casais que se uniram pelo sacramento do matrimĂłnio? Nestas fĂŠrias que ve, quinze dias em Junho, ďŹ quei feliz porque na minha aldeia, Sobral da Granja, vi trĂŞs casas novas o que quer dizer que trĂŞs novas famĂ­lias se formaram para a Igreja e para o mundo. Esposos cristĂŁos: cumpri a vossa bela vocação e missĂŁo! Assim na nossa terra nĂŁo faltarĂŁo ores a desabrochar na primavera que subs tuirĂŁo os frutos maduros que sĂŁo colhidos no Outono da vida. É diNcil mas ĂŠ compensador esta vossa vocação e missĂŁo! NĂŁo tenhais medo porque Deus estĂĄ convosco! No tempo dos nossos pais tambĂŠm havia outras diďŹ culdades‌ com a ajuda de Deus todos se criaram, nĂŁo ĂŠ verdade? A fĂŠ, o trabalho e muito suor formaram uma cruz mais leve, concordam? Eu que tenho a vocação e a missĂŁo da vida consagrada aprecio muito a vossa vocação e, cĂĄ estou, para ajudar as famĂ­lias que, por mo vos, nĂŁo podem educar os ďŹ lhos ou tratar de idosos. Sou feliz pela graça que Deus me concedeu. P. MĂĄrio, jĂĄ ĂŠ longa a minha carta, termino pedindo ao Pai do CĂŠu por intermĂŠdio de Santa Catarina da Alexandria que abençoe as famĂ­lias de Santa Catarina da Serra e o seu pĂĄroco. Vouzela, 21 de Julho de 2008 Ir. Maria do RosĂĄrio Neves

Con nuação da primeira pĂĄgina A todos os que tem inves do o seu tempo e cuidados para que o jornal possa chegar Ă mĂŁo de todos assim com uma cara nova e mais atraente, um voto de gra dĂŁo. Estamos todos envolvidos no desenvolvimento humano e cristĂŁo deste povo que avança nos caminhos da amizade e do amor. Nesta ocasiĂŁo peço a todos um pouco de compreensĂŁo, boa vontade e a melhor colaboração. Muitos tem manifestado um grande apreço pelo nosso querido Luz da Serra, nĂŁo sĂł os que vivem por cĂĄ mas sobretudo os que vivem longe e que “devoram o jornal letra a letraâ€? entrando assim em comunhĂŁo com a comunidade e os seus feitos e factos. É preciso a ajuda de todos para que esta “Luz pequeninaâ€? con nue a brilhar nas vidas e nos coraçþes de todos nĂłs. Faça chegar o eco das suas opiniĂľes e atĂŠ os ar gos de interesse que deseja ver publicados. Con nuaremos a dar realce ao que ĂŠ posi vo e bom pois jornais de sensacionalismo nega vo jĂĄ temos demasiados. Todas as forças vivas tĂŞm aqui um espaço e tambĂŠm hĂĄ lugar para opiniĂŁo e sobretudo ar gos que contribuam para a formação de todos nĂłs, dos nossos jovens e crianças. A Luz da Serra ĂŠ um meio privilegiado para o crescimento espiritual e moral de todos aqueles que tem a graça de poder lĂŞ-lo e colaborar nele. Aos jovens que dizem que nĂŁo sabem escrever direi que â€œĂŠ escrevendo que se aprende a escreverâ€? e quem nunca tentou nunca conseguiu. Assuntos, ĂŠ coisa que nĂŁo falta por aĂ­. AliĂĄs parece-me que os jovens de hoje lĂŞem pouco e escrevem menos. Os smss nos telemĂłveis sĂŁo escritos num cĂłdigo que desaprende o portuguĂŞs e esses bichinhos estĂŁo a ocupar demasiado tempo de modo que estĂŁo sempre com quem nĂŁo estĂŁo e nunca estĂŁo com quem estĂŁo e onde estĂŁo. Regozijo-me por esta obra que tanto trabalho tem dado mas que tanta coisa boa tem feito chegar a toda a parte e termino perguntando como Florbela Espanca “Quem nos deu asas para andar de rastos? Quem nos deu olhar para ver os astros sem nos dar braços para os alcançar?â€? P. MĂĄrio

Casar-se na Igreja

Bismarck nĂŁo nha casado somente porque a amava, mas

Era embaixador em SĂŁo Petersburgo. Certo dia, teve necessidade de fazer uma viagem urgente. Ela, ao contrĂĄrio do habitual, nĂŁo o pode acompanhar. Ficou inquieta. Sabia que nham casado para permanecerem um ao lado do outro. O dia do compromisso, jĂĄ longĂ­nquo, con nuava a ter uma grandĂ­ssima inuencia na sua vida. Recordava as palavras como se as vesse pronunciado na vĂŠspera: ÂŤRecebo-te por meu esposo e prometo ser-te ďŹ el, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saĂşde e na doença, todos os dias da nossa vidaÂť. Era lĂłgico que nas entrelinhas do solene compromisso estava a "promessa" de viajar com ele, sobretudo se essa viagem fosse mais demorada. AďŹ nal, para ela, o casamento era exactamente isso: a maior e mais deďŹ ni va viagem que nha decidido realizar com ele ate ao ďŹ m da sua vida. Ficou inquieta ao pensar na intensa vida social do marido. Arrependeu-se de nĂŁo o ter acompanhado. Resolveu escrever-lhe. Era o Ăşnico modo que nha de fazer-se presente estando ausente. ÂŤTemo que o convĂ­vio com princesas e embaixatrizes te faca esquecer-te de mim, que sou uma mulher simples e sem Ltulos, excepto o maravilhoso de ser sĂł tuaÂť. Ele nĂŁo tardou em responder-lhe: ÂŤEsqueces, minha amada, que casei con go nĂŁo sĂł porque te amava, mas porque nha e tenho o propĂłsito ďŹ rme de te amar sempre, cada dia mais, aconteça o que acontecerÂť. Esta resposta ĂŠ atribuĂ­da a OTo von Bismarck (1815 - 1898), estadista prussiano e uniďŹ cador da Alemanha.

com o compromisso de ama-la cada dia mais, em todas as circunstancias, ate ao ďŹ m. "Casar com a promessa de amar ate ao ďŹ m" e uma expressĂŁo comprometedora. Manifesta um amor genuĂ­no, um amor que possui o desejo de ser eterno. SĂł esse amor e verdadeiro. SĂł esse amor pode gerar um casamento forte diante das diďŹ culdades. Casar-se e exactamente isso. E estar disposto a prometer a alguĂŠm: "Tu, sĂł tu, para sempre, aconteça o que acontecer". Somente este po de casamentos e que a Igreja admite. Se alguĂŠm quer uma uniĂŁo a prazo, solĂşvel, ĂĄ experiencia, deve procura-la noutro si o. Casar-se na Igreja e casar-se como Deus quer. O casamento ĂŠ uma ideia Sua. SĂł funciona de verdade se for vivido de acordo com a Sua Lei. Por isso, os noivos manifestam o seu desejo de se casarem na Igreja, porque desejam comprometer-se diante de Deus. SĂŁo conscientes da fragilidade do seu amor e do perigo sempre presente do egoĂ­smo e do orgulho. Pedem a Deus que os ajude a serem ďŹ ĂŠis ao seu compromisso. Casar-se na Igreja deveria ser sempre uma opção de fĂŠ, e nĂŁo somente a procura de um lugar mais român co e solene que a conservatĂłria do registo civil. Casar-se na Igreja signiďŹ ca casar-se como cristĂŁos. SigniďŹ ca reconhecer que a Igreja e parte essencial da nossa vida. SigniďŹ ca reconhecer que "a Igreja ĂŠ nossa MĂŁe e uma MĂŁe deve ser amada" (JoĂŁo Paulo II). Pe. Rodrigo Lynce da Faria


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HISTÓRIA E MOTIVAÇÕES DO VOCACIONADO QUE CONHEÇO MELHOR Chama-se Augusto, segundo filho entre 6 irmãos e uma irmã, nasceu no Casal da EstorEga, em 1957, numa família de teoria e práEca cristã. Aos 11 anos, terminada a escola primária, durante uma sessão de catequese para a comunhão solene, foi convidado pelo Pe. Nuno Filipe, do Vale Tacão, para estudar com os Irmãos Hospitaleiros de São João de Deus, na sua Escola Apostólica, nos arredores da capital. Alguns dias depois chegou a confirmação escrita, para que os pais ajuizassem. Ele, que gostava de seguir estudando, achou interessante, os pais também gostaram porque o colégio era barato, o menino era esperto e, apesar do risco envolvido, talvez pudesse haver mesmo vocação, com um final diferente de outros que abandonavam a mesma Ordem, instaurando a “vergonha” nas famílias. Certo é que, parEndo, ele se “livraria da enxada”, afirmava a cultura local. O pai levou-o à distância de 140 Km e lá ficou “no Telhal”, entregue aos Irmãos, onde eram 80 alunos, num colégio integrado numa casa muito grande que acolhia 600 deficientes e doentes mentais. Voltava a casa nas férias grandes e em mais algumas. A aposta parece ter dado certo. O Augusto se adaptou bem, era fraco no futebol, mas sobressaía nos estudos e no comportamento. Aprendeu e tocava órgão nervosamente a pedido, entendia as coisas de Deus, às vezes sistemaEzava-as em poemas e crescia, crescia em sabedoria e graça e dava esperanças aos superiores... Aos 15 anos escrevia poemas religiosos e, no seu diário, equipado com fechadura, podia ler-se: “sou o jovem mais feliz do mundo: eu mais Cristo = batalhão invencível”. Aos 17 anos foi muito fácil pedir admissão ao Postulantado e depois ao Noviciado. Aos 19 anos, demasiado cedo, já estava professando. E, logo a seguir, distribuindo seu tempo e invesEmento no trabalho hospitaleiro com os enfermos, em serviços administraEvos da Cúria Provincial e na conEnuidade dos estudos, primeiro de caracter teológico e depois também técnico, em Contabilidade e em Gestão. Simultaneamente, e ao longo de 25 anos e 400.000 quilómetros, acumulou trabalho juvenil-vocacional, primeiro organizando, em Casa, Campos de Férias para jovens e, depois, acrescentando, em parceria, a idealização, lançamento e animação da “Juventude Hospitaleira”. Mais cabeça que coração, mais teólogo

que orante, mais escritório que enfermaria, mais sorriso a abrir que a fechar, adolescente retardado, acEvista, idealista, criaEvo e empreendedor, tem desempenhado oOcios e cargos variados, desde trabalhador e organizador administraEvo até Delegado Provincial no Brasil, passando por jornalista, Promotor Vocacional, Mestre de Postulantes e de Junioristas, Superior de Comunidade, gerente de Hospitais e Conselheiro Provincial. Sua vocação conEnua em processo, agora no MoEvações? As iniciais ver acima. Outros momentos de especial iluminação: testemunho de alguns Irmãos, apelos dos doentes mentais envolventes, Curso de Teologia da Vida Religiosa no Noviciado, conhecimento da paixão amorosa, admiração temporária dos colegas, e encontro com o Pe. JSCM, professor diferente de Teologia. Com este pedagogo, numa espécie de baEsmo no Espírito, reformulou toda a sua aprendizagem anterior e construiu seus atuais senEdos de vida e de serviço à humanidade, que o capacitam para dar razões da sua esperança, para se empenhar, comunitariamente e ao seu jeito, nas causas da Ordem Hospitaleira e do Reino de Deus, atualmente no lançamento de uma Comunidade de inserção no meio do povo pobre, no sudoeste do Brasil, estado do Mato Grosso do Sul, onde é preciso cozinhar, lavar, passar... nos intervalos das visitas e acEvidades com os doentes, os alcoólicos, os idosos, os deficientes e as crianças na escola.

sarão a ser simultâneas, no palco da eternidade, a sua exibição permanente e o convívio fesEvo de todos os que não recusaram colaborar na execução da película. E esta obra-prima tem um nome: “a maravilhosa aventura da humanidade”. Sim, creio! Ir. Augusto Vieira Gonçalves, OH

Esse menino Augusto sou eu: bastante crescido, mais importante por fora do que por dentro e grato a muita gente, na terra e no céu, inclusivamente à minha mãe, que hoje faria aniversário e adora ouvir esta história! Creio no Pai produtor, creio no Filho realizador, creio no Espírito realizador de um filme em rodagem no país da História com Jesus de Nazaré no protagonista, à frente de um elenco de muitos biliões de actores; creio que um dia será a sua estreia e pas-

Este espaço pode ser seu

A Ladeira dos Padre Nossos É uma ladeira da nossa freguesia. Fica situada perto da estrada que vêm dos Olivais para a Quinta da Sardinha. Palmilhei-a milhentas vezes esta ladeira. Era o trajecto normal de quem vinha dos lados do Sobral para Santa Catarina da Serra. Recordo-me de um dia de calor em que vinha de Santa Catarina para o Vale Tacão. Estava cansado e esmoreci. Senteime o melhor que pude. A minha ida a Santa Catarina relacionavase sempre com algum acto religioso na sede da freguesia, sobretudo a Santa Missa. A ladeira dos Padre Nossos deve estar intransitável ou perto disso. É mais cómodo ir pela estrada de S. Guilherme, embora fique mais longe. Também a missa em S. Guilherme evita que muitas pessoas se tenham de deslocar à igreja da freguesia. Estou Idoso, mas lembro-me disto, como se fosse ontem. Dou graças a Deus por ter nascido num lar cristão onde se rezava o terço todos os dias. Alegro-me com o progresso material da nossa freguesia. Desejo, porém, que o progresso espiritual não diminua. É preciso pensar na vida que vai para além da morte. É preciso estar sempre preparado para alcançar essa vida. P. Nuno Filipe, O.H.

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ICS 284/97 - Depósito Legal Nº 1679/83 Jornal Luz da Serra Nº408 - Setembro de 2008 - Ano XXXV Propriedade: Fábrica da Igreja Paroquial de Santa Catarina da Serra Administração: Gabinete de Comunicação da Serra - Associação de Desenvolvimento e Melhoramento de Santa Catarina da Serra Fundador: Pe. Joaquim Carreira Faria Director: Pe. Mário de Almeida Verdasca Redacção: Miguel Marques Composição: GAB - Gabinete de Comunicação da Serra Colaboradores: Fernando Valente, João Ferreira, Virgílio Gordo, Eva Domingos, Miguel Marques, Vasco Rosa e Marco Santos Contactos: (+351) 244 741 314 Telefone - (+351 ) 244 741 534 Fax - luzdaserra@sapo.pt Correio electrónico Impressão: Coraze - Oliveira de Azemeis Tiragem: 2610 Exemplares Periocidade: Mensal


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“é bastante importante que as freguesias, municípios e até o país estejam munidos de ferramentas que lhes permitam saber o que fazer no futuro, em que apostar para assim melhorar a vidas de todos nós” Ricardo Tomé

O que mais gosta na freguesia? O que menos gosta na freguesia? O que faz falta na nossa freguesia? Como será a freguesia daqui a 20 anos? Foram estas algumas das questões que cerca de 60 pessoas de toda a freguesia foram convidadas a responder no primeiro dos quatro fóruns a realizar no âmbito deste plano no passado dia 2 de Agosto. Com o inicio do fórum marcado paras as 9h da manhã, as instalações da escola básica em Santa Catarina foram o local mais apropriado para este evento. A introdução e abertura do fórum efectuou-se no auditório da escola pelo Presidente de Junta Lino Pereira e pelo Geógrafo Ricardo Tomé,

grafo Ricardo Tomé. Nas salas foram escritas as opiniões de cada um em folhas de papel posteriormente afixadas no átrio da escola onde todos poder ver as opiniões e respostas e votar na que mais se adequava a sua opinião. Das mais de 4000 freguesias existentes em Portugal, es2ma-se que menos de uma dezena esteja a efectuar planos estratégicos para o futuro como a de Santa Catarina da Serra. A opinião geral dos convidados foi posi2va quanto a este primeiro fórum. O segundo já se encontra marcado para dia 27 deste mês. Sendo um fórum transversal a toda a população (sem limite de idade,

Inquéritos à população Foi nos dias 22 e 23 de Agosto que uma equipa de trabalho do PED realizou inquérito em todas as localidades da freguesia. Com perguntas a todos os níveis, a realização dos inquéritos visa conhecer com maior rigor as necessidades da freguesia e avaliar as grandes estratégias de desenvolvimento para o futuro da Freguesia. Os inquéritos são pois um instrumento de pesquisa que visa promover a par2cipação e a subsidiariedade para que as decisões e opções sejam efectuadas o mais próximo dos cidadãos Património da Freguesia Nos dias 26 e 27 uma equipa de 3 elementos ( Alexandre Aceisseira – PED, Vasco Silva – Historiador e Miguel Marques - Gabinete de Comunicação da Serra) percorreram toda a freguesia afim de efectuar o levantamento de todos o património histórico da freguesia. No total foram registados mais de 100 pontos de interesse histórico abrangendo fontes, alminhas, marcas históricas dos nossos antepassados, caminhos seculares, grutas, algares, pontos geodésicos, fósseis entre muitos outros. Foram fotografados, avaliados pelo seu estado de conservação e importância, considerando também as acessibilidades.

Se reside na freguesia Inscreva-se no próximo fórum que deram aos presentes uma pequena explicação sobre a agenda e o que é o fórum em si. Todas as pessoas convidadas foram posteriormente divididas por grupos e encaminhadas para as respec2vas salas preparadas para o efeito. Este trabalho foi entregue a uma equipa liderada pelo geó-

profissão, nível social e sexo) pode inscrever-se para par2cipar em h>p://santacatarinadaserra.no.sapo.pt ou caso prefira, pode deixar a sua opinião no fórum online da freguesia com o endereço também disponível na página da freguesia.

Convívio nascidos em 1938 Irá realizar-se um almoço no dia 29/11/2008 com o seguinte programa: 11h – Encontro no cemitério em Santa Catarina da Serra 12h – Almoço no Restaurante “Ti Miguel” – Loureira O valor das inscrições é 10€ por pessoa. Serão aceites os interessados e respec2vos familiares. Inscrições até 31/10/2008 Informações: 916 574 556 Guilhermina Malagueta

Rua de Tomar, Nº47 Quinta da Sardinha

27 de Setembro 2008 9h na EBI de Santa Catarina da Serra comunicacao.scs@gmail.com h+p://santacatarinadaserra.no.sapo.pt

Danças de Salão e Ritmos La9nos Quer aprender? Quartas-feiras 21h30 Ginásio da Associação Inscrições: 244 745 883 Secretaria da Associação - 9h as 18h

Início a 17 de Setembro

Associação Desenv. Social da Loureira www.adsloureira.org

Desportos radicais de Verão no complexo despor9vo Este é o primeiro ano que se organiza os desportos radicais no complexo despor2vo da UDS em Santa Catarina da Serra. Com uma média de 20 crianças por dia, os desportos pra2cados eram desde a natação, slide, canoagem, insufláveis, paintball entre muitas outras modalidades adaptadas a cada escalão de idades. As inscrições abrangiam idades compreendidas entre os 3 e os 18 anos. O valor das inscrições incluía o almoço e um pequeno lanche de manhã e à tarde. “Todos eles de divertem e promovem o convívio entre eles o que é muito bom para o seu desenvolvimento” disse Célia, responsável por um grupo de alunos ao LUZ DA SERRA. Bruno Mordomo, um dos responsáveis pela organização das Férias Radicais de Verão já pensa na organização do próximo ano, “é um evento a repe2r” rematou.


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“Os Teimososâ€? no caminho de San ago A mais conhecida equipa de BTT de Santa Catarina da Serra, “Os Teimososâ€? reuniram-se para percorrer os caminhos de San ago em Espanha nos dias 14, 15, 16 e 17 de Agosto. Com saĂ­da de madrugada do dia 14 de Santa Catarina da Serra, 13 dos elementos d’Os Teimosos iniciaram a sua 1ÂŞ etapa (dia 15) no Porto na SĂŠ Catedral por volta da 7h00 começando assim uma emocionante aventura pedalando em direcção a Ponte de Lima, o que fazia um total de 96 km. A 1Âş etapa num circuito urbano ďŹ cou marcada na memĂłria dos treze ciclistas quando ao passar numa linda vivenda, um de nĂłs perguntou se nĂŁo nha lanche para nos oferecer. Desde logo, o Sr. RogĂŠrio Ferreira e a Sr.ÂŞ Maria Pereira, um casal de Barcelos, recebeu-nos na sua casa e nos colocou logo Ă vontade oferecendo-nos um lanche e aproveitando para nos mostrar tambĂŠm a sua bonita quinta. Passamos tambĂŠm pela torre dos ClĂŠrigos, o museu do galo de Barcelos e muitos outros monumentos histĂłricos. JĂĄ perto de Ponte de Lima enquanto esperĂĄvamos por alguns elementos do grupo que nham parado para carimbar as Cadernetas, uma senhora fez questĂŁo de nos convidar para comer uns bolinhos de canela, isto jĂĄ perto do nosso des no, a pousada da juventude de Ponte de Lima onde irĂ­amos passar a noite. Ao ďŹ m do dia, os nossos ciclometros marcavam 98 km percorridos. Depois do merecido descanso demos inicio a 2ÂŞ etapa (dia 16), começando a pedalar as 07.20h em direcção a Pontevedra, seguindo sempre as setas amarelas, estas que iden ďŹ cam o caminho dos peregrinos em direcção ao nosso des no, San ago. Etapa esta marcada por trilhos bastante sinuosos, rios, cascatas, aldeias isoladas e uma paisagem

magnĂ­ďŹ ca, digna de se admirar. Nesta etapa apanhamos uma subida com cerca de 800m onde vemos de levar as bicicletas Ă s costas tal era a inclinação e a diďŹ culdade do piso. O almoço foi em Valença, ainda nos faltava mais de metade do caminho. Retomando novamente o caminho, a prĂłxima paragem foi em Redondela onde Francisco Neves e Leonel Silva nos esperavam com um lanche Ă maneira, eles que sempre nos seguiram de perto com as viaturas de apoio onde transportavam a logĂ­s ca de cada um. O nosso des no estava perto, chegando a Pontevedra por volta das 19.00h. Fizemos um passeio pela cidade e de seguida fomos para o hotel repousar. No ďŹ m desta etapa jĂĄ contĂĄvamos com mais 105 km percorridos. A 3Âş e ul ma etapa (dia 16) que terminava em San ago, começou por volta das 08.00h com a chuva a nĂŁo ajudar em nada deixando o piso bastante enlameado. Por volta da hora de almoço quando estĂĄvamos em San Rates, o tempo começou a melhorar, ďŹ cando o piso ideal para andar nos singletraks, passando tambĂŠm na zona industrial enorme de PorriĂąo, o tĂşnel do Convento das Clarissas, as Igrejas de Santo Domingo e San BartolomĂŠ, capela da Virxen do Camino e o Vale do Louro foram os locais de visita obrigatĂłria. A 8km de San ago jĂĄ se podia visualizar a torre da Catedral, o que foi uma grande alegria para todos nĂłs, pois a viagem nha sido um pouco dura e diJcil. No ďŹ m desta etapa somĂĄvamos mais 73 km. Ao chegar a San ago visitamos a cidade que nos maravilhou, tal ĂŠ a sua grandeza e beleza. LĂĄ passamos a noite, e no Domingo (dia 17) fomos a Catedral par cipar na celebração da missa do peregrino e seguimos viagem em direcção a casa. Um teimoso

“Sem o ânimo, a boa vontade, respeito e o entendimento de todos que par ciparam, jamais se poderia realizar uma aventura deste po, a qual decorreu de uma forma muito posi va, acima do esperado. Por mais imagens que possamos ter adquirido serĂĄ uma aventura que jamais conseguirmos esquecer. Iremos Voltar um dia...â€? Orlando Sousa

Para iniciar este passeio foi necessĂĄrio adquirir a credencial de peregrino para que nos fosse atribuĂ­da esse estatuto, e Ă medida que Ă­amos pedalando em direcção a San ago, nos monumentos que visitavamos, a credencial era carimbada para que no ďŹ nal vessemos direito ĂĄ Compostela que nĂŁo ĂŠ mais que um cer ďŹ cado de cumprimento da peregrinação. Este cer ďŹ cado ĂŠ auten cado pelo SecretĂĄrio Capitular. NĂŁo foi a idade de 63 anos que de mevem Armando JĂĄ de par cipar, ele que se julgava, no inicio desta caminhada, incapaz de a ďŹ nalizar, mas ďŹ cou surpreendido consigo prĂłprio por ter conseguido percorrer todo o percurso. “JĂĄ nĂŁo pensava fazer nada disto com esta idadeâ€? disse. Foram 276 quilĂłmetros de boa disposição, respeito mĂştuo e sem avarias de relevância alĂŠm, claro, de alguns pneus furados. De realçar que todas a despesa desta viagem e logĂ­s ca foi inteiramente suportada pelos elementos par cipantes. Este passeio foi inicialmente bem programado e pensado para que nĂŁo houvesse qualquer problema durante a sua realização o que felizmente acabou por acontecer. Pelo facto deste passeio ter superado expecta vas, jĂĄ hĂĄ ideias para o prĂłximo ano, uma viagem pela costa vicen na. Os par cipantes foram: Alexandre Travanca, Amândio PlĂŞs, AntĂłnio Oliveira, Armando JĂĄ, Armando Constan no, Artur Reis, Fausto Neves, Henrique Ribeiro, Luis Fartaria, Miguel Santos, Orlando Sousa, Rui Gaspar, Rui Neves. Apoio logĂ­s co a cargo de Leonel Silva e Francisco das Neves.


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NOTÍCIAS DA JUNTA DE FREGUESIA Melhoramento do Parque Escolar Os Jardins-de-infância dos Olivais e da Loureira foram alvos de trabalhos de melhoramento durante o tempo de férias. Jardim d Infância dos Olivais foi alvo de arranjos exteriores executando-se assim a 1ª fase. Demoliram-se os muros, o terreno foi regularizado, foi construída uma casa de arrumos, construção de novos muros, colocação de grades, portões e construção de passeios. No Jardim de Infância da Loureira foi completamente remodelado. Foi subs*tuída a cobertura, o piso, construíram-se novas casas de banho e uma sala/escritório, aumentou-se a área coberta obtendo assim uma sala polivalente para as mais diversas ac*vidades, foi instalado ar condicionado, a área exterior remodelada. Todo o edi/cio foi pintado de novo. O Jardim de Infância da Magueigia também foi alvo de intervenções com a colocação de piso na sala de ATL, arranjos na cozinha para adaptação às novas regras de exigência de segurança e saúde.

3ª Fase do Saneamento Encontra-se adjudicada e com o começo dos trabalhos previstos antes do final do ano. Esta fase irá completar o resto da Magueigia, da Loureira, Ulmeiro, Quinta da Sardinha e Cova Alta. Alargamento e pavimentação de Estradas As ruas Dtr.º Júlio Constan*no, rua Mestre Vieira Canteiro e a rua Cónego Júlio, todas elas na Pinheiria foram alvo de alargamento. A fim de melhorar o acesso automóvel ao complexo despor*vo onde se irá realizar a 3ª edição ”O Chícharo do Serra”, a estrada que vai do complexo à estrada romana no Pedrome foi alvo de intervenções e preparada para receber betuminoso. Esta estrada irá ajudar bastante a escoar o trânsito em dias de grande fluxo automóvel bem como melhorar o acesso a terrenos agrícolas. No Pedrome, a população local reabriu uma estrada e num futuro próximo esta junta irá colocar no local saibro de forma a poder dar uma melhor conclusão dos trabalhos. O

apoio da população também será solicitado. Loteamento da Fazarga A construção das infra-estruturas encontrase a bom ritmo, já concluída toda a tubagem enterrada necessária, procede-se agora à delimitação dos lotes com a construção e passeios e bocas-de-incêndio. Cemitério Já arrancaram as obras de ampliação do cemitério. O desaterro e preparação para receber as paredes de betão já foram efectuados. Aguarda-se agora a conclusão das paredes exteriores para se começar a subs*tuição de terra. Cultura, desporto e associa.vismo 3º Fes*val Gastronómico e Culturas “ O Chícharo da Serra”Con*nuamos a ajudar e a acompanhar o planeamento do próximo fes*val que se realizará de 21 a 25 de Novembro.

NOTÍCIAS DOS BOMBEIROS DO SUL DO CONCELHO DE LEIRIA Por mo*vos de saúde, não me foi possível em meu nome e em nome da equipa direc*va que comigo faz a gerência desta associação, no*ciar e agradecer a todos (as) as pessoas que tornaram possível a efec*vação do Cortejo de oferendas, que decorreu no dia 6 do passado mês de Julho. Não poderia no entanto deixar de o fazer logo que me fosse possível poder estar à frente do computador o tempo necessário para redigir estas linhas, sem prejuízo para a saúde que graças a Deus recuperei. Já que aqui refiro esse facto, aproveito para agradecer a todos os que de uma forma ou outra me apoiaram nas semanas que se seguiram ao Cortejo, especialmente aos meus colegas da direcção. Assim, vamos aos factos. Tal como toda a população que par*cipou nesse extraordinário evento, teve a oportunidade de confirmar in locco o sucesso da efec*vação desta inicia*va à qual aderiram as populações das quatro freguesias envolvidas neste projecto. È verdade que foram as gentes de Santa Catarina e da Caranguejeira, as mais empenhadas no cortejo deste ano, mas estou certo que num próximo cortejo ou de um outro qualquer evento com os mesmos fins e noutra data mais oportuna, quer as gentes do Arrabal, quer as da Chainça vão compensar a menor envolvência deste ano. Até porque reconheço que três semanas, foi um tempo record,

embora esta ideia *vesse vindo a ser amadurecida de alguns meses atrás. De facto, na minha opinião o mês ideal para a efec*vação de um cortejo é desde o final de Maio até meados de Junho. Este ano não foi possível realizá-lo nessa altura, devido sobretudo a alguma indefinição rela*vamente ao terreno em que o novo quartel vai ser construído, mas para o próximo ano estou certo de que teremos melhor sorte com a data a escolher, para além de nessa altura se tudo correr como está previsto, a construção do quartel estará em andamento. Segundo agradecer a toda população que par*cipou e foi em grande número graças a Deus. Agradecer a todos os que par*ciparam com ofertas do mais variado *po, desde da madeira até aos animais, etc. etc. … A todos os que contribuíram, adquirindo os mais variados produtos, finalmente às empresas que engrandeceram com a sua par*cipação através de compromissos futuros, o resultado final de uma receita para cima de 50/60 (cinquenta/sessenta) mil euros. O que nos tempos que correm, é de louvar. Não querendo valorizar mais uns que outros, pois por vezes as menores ofertas têm para quem as oferece valor ines*mável, não posso deixar de referir as ofertas relacionadas com as portas necessárias, por parte da Valco, das *ntas da Ecodimul*, de parte do alumínio pela Pro-

fial, das camas da parte da Neves e Santos e da execução dos pavimentos em betão por parte da JRP/TPB e ainda a avultada verba da JJR e da Fundação da Caixa Agrícola de Leiria. Quanto a noScias relacionadas, quer com a aquisição do terreno, quer com o início da construção do próprio quartel. No próximo mês de Outubro, será celebrada a escritura da aquisição do terreno e possivelmente ainda neste mês de Setembro se darão início às primeiras obras das fundações do mesmo. Os Bombeiros vão promover, o “Dia do Coração” Tal como nos dois úl*mos anos, vai esta associação organizar o já tradicional passeio de bicicletas no próximo dia 21. Então em parceria com o Rancho Folclórico de S. Guilherme e com o apoio da Junta da nossa freguesia, este ano envolvendo as quatro freguesias que compõem esta mesma associação. Estamos certos de que terá pelo menos a recep*vidade dos anteriores, até porque se visitarão as outras três freguesias, terminando no terreno dos Cardosos. Virgílio Gordo

PASSEIO DO CORAÇÃO - 21 de Setembro Programa: 8h30 - Concentração junto aos Bombeios em Santa Catarina da Serra 9h30 - Início do passeio 12h00 - Fim do passeio com almoço para os inscritos - Cardosos

Faça a sua inscrição nos Bombeiros Organizção: Ass. dos Amigos da Secção de Bombeiros do Sul do Concelho de Leiria Apoio: Juntas de Freguesia: Santa Catarina da Serra - Caranguejeira - Arrabal - Chaínça

Assembleia de Freguesia Irá decorrer no dia 22 de Setembro, pelas 21h30 no auditório da freguesia. Com os assuntos editados nos locais habituais.

EDITAL Nº 19/2008 - Reunião Pública – Olivais Convida-se a população do lugar de Olivais/Vale Sumo a par*cipar em reunião pública a realizar no Salão da Capela do Vale Sumo no próximo dia 27 de Setembro de 2008 às 21.00 horas a fim de ser discu*da e votada a proposta aprovada na Assembleia de Freguesia de 26/06/2008 (desafectação do caminho público R. serração em Olivais). Santa Catarina da Serra, 14 de Julho de 2008 O Presidente da Junta de Freguesia


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O Coreto que nĂŁo servia em Leiria O nosso coreto foi vendido Ă freguesia de Santa Catarina da Serra no dia 10 de Julho de 1947 pela quan a de 2500$00. Restaurado pelos serralheiros da Gordaria e pelo Maia da Loureira por 11.093$00, quan a rela vamente avultada para a ĂŠpoca, como consta nos livros desta parĂłquia, foi mandado instalar na Praça Prior Neves em terrenos anexos ao adro da histĂłrica e bem preservada igreja matriz em honra de Santa Catarina da Serra. Inaugurado na Festa do Sagrado Coração de Jesus no dia 31 de Agosto de 1947. Trata-se de um belo exemplar em ferro fundido que, por vĂĄrios mo vos, teve de receber obras posteriores alguns das quais lhe modiďŹ caram determinadas caracterĂ­s cas iniciais. Nesta Ăşl ma intervenção foi desmontado e levado para a empresa da nossa freguesia "MaiaPerďŹ l", nĂŁo para manter a tradição mas porque a empresa ofereceu as melhores condiçþes de restauro. Foram repostas as grades de ferro fundido iguais Ă s originais feitas por um molde a par r apenas de uma parte que restava das originais e preservado atĂŠ agora. Foi subs -

tuĂ­da a cĂşpula que estava em grande parte corroĂ­da, decapada e metalizada para aumentar a sua durabilidade. A restauração implicou a sua total desmontagem, que fez alguns populares desta freguesia pensarem que vera sido roubado. Tratava-se de uma obra urgente, pois ĂŠ peça fundamental no patrimĂłnio arquitectĂłnico e histĂłrico da nossa freguesia, preservar o passado, ĂŠ preservar a nossa histĂłria. Esta Ăşl ma intervenção custou 25 600,00â‚Ź.

A verdadeira HistĂłria do nosso coreto A 18.4.1881, a Câmara Municipal de Leiria propĂ´s que fosse construĂ­do um coreto em madeira, para as bandas de mĂşsica actuarem em local apropriado. O projecto aprovou-se a 25.5.1881. Contudo, como nĂŁo houve concorrentes, o MunicĂ­pio resolveu construĂ­lo por administração directa, a 13.7.1882. O caso sĂł ďŹ cou resolvido, porĂŠm, a par r de 20.3.1889, quando a Fundição de Massarelos, no Porto, como se observa nos pilares do coreto, apresentou um projecto em

Påginas do Passado do nosso jornal Setembro de 1998 JOVENS DA FREGUESIA AO ENCONTRO DO SEU PATRIMONIO CULTURAL Integrados no programa OTL, (ocupação de tempos livres) organizado pelo Ins tuto Português da Juventude e com o apoio da Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra, juntamo-nos quatro jovens da freguesia, Cå a Gonçalves, do Vale Faria, Cå a Vieira, de Santa Catarina, Cristóvão Gordo, da Magueigia e João

ferro, Fe, fundido, por 450 mil rĂŠis. A 8.5.1889 ĂŠ autorizada a construção, que se realizou no Campo D. LuĂ­s e que, no seu todo, ďŹ cou em 469.200 rĂŠis. Em Leiria, o coreto esteve no actual Jardim LuĂ­s de CamĂľes, atĂŠ 24.2.1947, data em que a Câmara o mandou re rar para efectuar obras de remodelação no espaço pĂşblico. Assim, de acordo com os “Anais do MunicĂ­pio de Leiriaâ€?, de JoĂŁo Cabral, a 14.7.1947, a Freguesia de Santa Catarina da Serra comprou-o por 2.500$00. A estrutura, Ă excepção das grades, tem, assim, 119 anos.

Pedro, da Pinheiria, com o objec vo de recuperar algumas fontes e lavadouros da terra. Os utensĂ­lios dos quais necessitĂĄvamos foram-nos fornecidos pela Junta de Freguesia. JĂĄ equipados, começamos por recuperar a fonte do Pedrome; passamos depois para a fonte e lavadouro da Magueigia, mais conhecida por Tojal; e por ďŹ m recuperamos a fonte e lavadouro do Ulmeiro. Todas elas foram raspadas, pintadas, limpas e a todas lhes foram re radas as silvas. Foi um mes de trabalho de equipa, em que todos chegavam a casa ou pintados na cara e nos braços, (nĂŁo somos proďŹ ssionais) ou com o cabelo branco por causa do pĂł ou molhados de andar a lavar os tanques. Mas todos esses acidentes nĂŁo nos impediam de cantar, contar anedotas e con nuar a trabalhar, claro! Mas durante o mes de trabalho ďŹ zemos duas "folgas". A primeira para acompanharmos os idosos da freguesia num passeio ao convento de Mafra organizado pela Junta de freguesia. E a segunda para par cipar um dia no Fes val Mundial da Juventude na Costa da Caparica onde vemos um dia em cheio. Para ďŹ nalizar o nosso trabalho, foi-nos oferecido um saboroso almoço pelo Sr. Domingos, presidente da Junta de Freguesia. Este trabalho foi para nĂłs importante pois era do nosso patrimĂłnio que estĂĄvamos a cuidar. Esperamos voltar a faze-lo.

Vasco Jorge Rosa da Silva Bolseiro da FCT

no cias de Ă 10, 20 e 30 anos da nossa freguesia porque o passado fez aquilo que somos hoje! Setembro 1988 Con nua com grande azĂĄfama o trabalho da instalação da ĂĄgua nos lugares na freguesia. Por essa razĂŁo as estradas e ruas apresentam-se em pĂŠssimo estado. AtĂŠ o adro da igreja foi esventrado em parte, pelo tratamento dado Ă casa ÂŤcasa do leiteÂť que ďŹ cou para servir de cartĂłrio e bem funcional. AtĂŠ quando aquele montĂŁo de pedras ali bem junto do arco do triunfo ou dos centenĂĄrios, frente Ă igreja e que dizem des nar-se Ă calçada do adro? Deixadas ali, hĂĄ tantos meses, impedem o trânsito e fazem mĂĄ ďŹ gura. Setembro de 1978 TambĂŠm a ComissĂŁo de Promoção da ChaĂ­nça organizou, alem de outras ac vidades, uma excursĂŁo a Peniche e alguns componentes parece que nĂŁo gostaram de descobrir as Berlengas sem‌. Chamar por S. GregĂłrio. O Ramo do Vale Sumo tambĂŠm promoveu uma excursĂŁo ao Norte e parece que todos os elementos regressaram felizes e mais instruĂ­dos.


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Estes são os sinos da nossa terra

O que dizem sobre o coreto e os sinos...

Emília Conceição “acho muito bem, está tudo muito bonito” Maria da Conceição “ao ouvi-los tocar fez-me lembrar velhos tempos”

Datados de 1864, 1894, 1913 e 1923, os sinos an gos da nossa igreja estão agora num espaço onde podem ser admirados por todos. Após profundas reparações, foram colocados no pór co poente construído ao lado da Igreja de Santa Catarina da Serra. Pensa-se que provavelmente poderão ter sido ainda parte integrante da an ga Igreja, construída no mesmo local que a actual.Estes sinos marcaram a cadência do tempo ao longo de muitas gerações, marcando o ritmo dos afazeres diários ao baterem as horas. Repicaram em festas, casamentos e bap zados e acompanharam o passo fúnebre na úl ma despedida de muitos dos nossos entes queridos. Fazem por isso parte história e da nossa herança cultural. E porque a sua sonoridade se foi degradando ao longo dos anos, foram subs tuídos. Por tudo isto quisemos expô-los assim. Não numa torre sineira, mas num pequeno monumento para que possam ser vistos e apreciados. É assim desta forma que são oferecidos

aos mais novos, para que eles no futuro, como nós hoje, como os an gos em tempos passado possam dizer, “estes são os sinos da nossa terra!”.

Festa do Sagrado Coração de Jesus Adelino Rodrigues “as cores do coreto foram bem escolhidas” Maria Ribeiro “é uma recordação para os que vem depois de nós”

Fausto Neves´ “temos que valorizar a nossa terra”

III Fes val Can gas da Serra Integrado nos festejos da Sagrado Coração de Jesus, o III concurso Can gas da Serra teve inicio por volta das 21h30 do dia 10 de Agosto. A organização deste concurso esteve a cargo da Casa do Povo. Recebidas cerca de 15 candidaturas, apenas 5 foram seleccionadas para par ciparem no concurso. Apresentado por Sofia Pereira, os concorrentes foram: Ema e Luciana – O mesmo olhar Marisa – My heart will go on Ana Verdasca e Mariana Manso – Cada lugar teu Diogo – Coração esquecido Andrea e Valdo – Estou aqui Com prémios para os par cipantes no valor de 50€ e o aliciante prémio final no valor de 250€ fizeram com que os concorrentes fossem os mais profissionais possíveis. O júri cons tuído por Carlos Pereira, Rita Sepo, P. Mário, Lídia Pereira e Noé Tiago veram em consideração na escolha do finalista muitos aspectos, afinal a escolha era díficil. No final e após o fim de uma diHcil escolha, o primeiro prémio foi atribuído aos dois temas “Estou aqui” contado por Andrea e Valdo e “Cada lugar teu” interpretada por Ana Verdasca e Mariana Manso

Santa Catarina em Festa para honrar o Sagrado Coração de Jesus – simboliza o estado de espírito que esteve mais uma vez presente na alma de todos aqueles que nasceram e vivem na Freguesia e ainda de todos aqueles que residem noutros lugares e cantos do mundo, nomeadamente os homens e mulheres nascidos no ano de 1968. A grande festa decorreu entre os dias 7 e 11 de Agosto, sendo os primeiros de preparação espiritual, confissões, missa, procissão de velas e de outros momentos de reflexão e preparação da grande celebração. Chegou o grande dia, Domingo dia 10, momento em que ao som de cân cos de júbilo e de louvor se enalteceu as obras do Senhor, agradecemos as nossas vidas, as dificuldades e a graça de todos juntos termos conseguido os nossos objec vos. Depois da procissão foram solenemente benzidos dois monumentos simbólicos do nosso património colec vo: o Coreto e os sinos an gos que depois de restaurados compõe o pór co no adro da Igreja. Todos os que estavam na Igreja foram convidados a sair e ouvir tocar pela primeira vez os an gos sinos. Talvez de-

vido as centenas de pessoas presentes os sinos, provavelmente envergonhados, tardaram em tocar. Após alguma insistência, lá tocaram e maravilharam os presentes, o P. Mário deu a bênção ao pór co e seguiu-se a inauguração do coreto. Em conjunto, o tesoureiro da Junta de Freguesia Joaquim Pinheiro e o P. Mário cortaram uma fita simbólica à entrada do coreto, marcando assim um novo passo na preservação do património da nossa freguesia. Após as cerimónias, seguiram-se as tradicionais vendas dos andores que iam desde o bacalhau, presuntos e “corações” ( bolos ), bem como uma recheada quermesse. No dia 11 depois da celebração eucarís ca dirigimo-nos ao cemitério para homenagear colegas que nasceram no nosso ano mas que já par ram. Foi mais um momento de reflexão e de par lha que fortaleceu os laços de amizade e o sen do da solidariedade entre todos. Ao longo dos dias houve muita alegria, animação e convívio. Mas tudo isto começou muito antes, logo a par r das primeiras reuniões. Foi espectacular

Grande festa dos 40, a flor da nossa idade, se a vida nos aguenta, vivemos na felicidade.

pois alguns de nós não nos vía1968 m o s desde a festa dos vinte anos, em 1988. Foi então altura para recordar o passado, conversar uns com os outros sobre as nossas vidas e sobre planos para o futuro. Valeu a pena. Foram dias inesquecíveis! Agradecemos o apoio e o carinho com que nos ajudou o Sr. Padre Mário, a colaboração das nossas famílias e a toda a freguesia o nosso muito obrigado. Votos de felicidades para os festeiros do próximo ano. A todos um bem hajam. Festeiros de 68 Devoção do Sagrado Coração de Jesus Entrei na nossa igreja ao fim da tarde O Sol a enchia de luz Era a preparação para a festa Do Sagrado Coração de Jesus Em Silêncio diante da imagem Fiz a minha festa interior E pedi-Lhe sabedoria Para fazer a par lha do amor. Que eu saiba par lhar o amor E nas ofensas dar o perdão Junto da minha família E na comunidade em cada irmão E sempre que eu falhar E ofender o teu sagrado coração Que eu saiba ser humilde E volte de novo a pedir perdão Saí da igreja feliz E iluminada de toda aquela luz Ficou reforçada a minha devoção Ao Sagrado Coração de Jesus. Augusta


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10 Agrupamento de Escolas e Jardins da Serra

O primeiro A promoção do sucesso escolar Este princípio é para nós fundamental. No ano lec"vo agora findo, o sucesso escolar, por ciclos, foi de 98.5% para 1.º , de 97.1% para o 2.º e 95.2% para o 3.º Esta avaliação interna, foi confrontada com similares valores na avaliação externa; exames para o 9.º ano e provas de aferição para os 4.ºs e 6.ºs anos , nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemá"ca, facto que fundamenta e transmite rigor a todo o pro-cesso da avaliação dos alunos levado a efeito neste Agrupamento . Para 2008/009, os nossos indicadores de medida apontam para valores iguais de sucesso, recorrendo, para esse objec"vo, a uma programação rigorosa servida de uma panóplia de recursos humanos e materiais .

para a vida ac"va, são um conjunto de acções concretas que nos orientam para que todos os alu-nos possam ser interven"vos no amanhã próximo. O terceiro princípio Educação para a cidadania democrá ca A educação para a cidadania democrá"ca que preconizamos ultrapassa o isolamento da sala de aulas . Pretendemos que os nossos alunos reflictam sobre valores presen-tes na sociedade . Está subjacente uma prá"ca pedagógica em que o aluno será um interveniente ac"vo na construção dos valores para a cidadania . A Escola, como qualquer ins"tuição, comunidade, ou país, tem o seu Regulamento Interno e ainda o Projecto Educa"vo e um Plano Anual de Ac"vidades. Pretendemos que os alunos contribuam, de forma directa e indirecta, para a sua construção, sen"n-do-se, por este meio, envolvidos num processo de construção democrá"co , factor que os leva a interiorizar que na Escola, como numa outra comunidade, existem direitos e deveres . É no respeito pelos direitos e deveres de cada um que se constroem as sociedades democrá"cas . O quarto princípio Referencial do abandono escolar para o limite zero . “ Todos os alunos têm direito à aprendizagem”, princípio universal e inques"onável. Porém, situações externas à escola contribuem para que este princípio nem sempre seja aplicado.

O segundo princípio Uma Escola promotora da inclusão Na perspec"va de uma Escola Pública de qualidade, todos os alunos têm lugar neste Agrupamento. Não discriminamos ninguém pela cor, origem e sobretudo pela capaci-dade de aprendizagem . Desde a eliminação de barreiras arquitectónicas para alunos com dificuldades de movimentação, a inclusão plena de alunos com dificuldades de aprendizagem perma-nentes nas turmas regulares, a aplicação de estratégias diferenciadas para esses mesmos alunos, as aulas de apoio individual e ensino especializado, a inserção dos mesmos em empresas ou ins"tuições da região, ou ainda em ac"vidades

Férias de Verão no OTL

Neste Agrupamento, desde 2005, nenhum aluno abandonou a escola antes de terminar o Ensino Básico . Medidas como o auxílio económico aos alunos mais necessitados, tutorias, diálogo permanente com os alunos e familiares nomeadamente aqueles que estão em risco de abandono são actos que consubstanciam este princípio. Para 2008/09, o nosso indicador de medida con"nua a apontar para o referencial zero. Foi elaborado um plano de Prevenção de Abandono Escolar onde estão indicadas as estratégias, primárias, secundárias e terciárias de combate ao abandono escolar. Tudo fizemos e con"nuaremos a fazer para que os nossos alunos se sintam bem, fac-tor importante para o sucesso escolar . Quinto princípio A Escola para e com a comunidade È para nós fundamental a aplicação deste princípio. Na con"nuidade dos anos anteriores, sublimamos a existência de um diálogo dentro da Escola e desta com a Comunidade de modo a enriquecer uma cultura de saberes. Para 2008/009, daremos con"nuidade às reuniões em conjunto com todas as Associa-ções ,na sede da freguesia, para a dinamização de ac"vidades, no meio, como a Feira de Maio, em Leiria, e o fes"val do Chícharo, no complexo despor"vo da União da Ser-ra. A Escola estará envolvida, com presença assídua, quer nas reuniões, quer na par"ci-pação efec"va nas ac"vidades e, dará a sua contribuição , sempre que solicitada, para a criação da Associação de Promoção e Desenvolvimento de Santa Catarina da Serra. Para os pais e encarregados de educação e an"gos alunos , através das suas associa-ções, por direito próprio, a Escola cons"tui-se como o prolongamento normal do seu habitat. Em conclusão, pretendemos, em 2008/09, sublimar estes cinco princípios objec"va-dos num forte desejo e também desafio, onde todos possam ter voz ,para que o Agru-pamento de Escolas e Jardins da Serra, e consequentemente a escola sede possa cons"tuir um orgulho para toda a comunidade e ser referenciado como um pólo de cultura e “ Uma Escola Pública de Qualidade .” António Oliveira ( prof) Membro do Conselho Execu"vo

Em época de férias escolares, a Escola Básica Integrada de Santa Catarina da Serra não deixou de sen"r a presença das crianças. Aí funcionou durante os meses de Julho e Agosto, como já vem sendo habitual nos úl"mos anos, o OTL de Verão (Ocupação de Tempos Livres), inicia"va das Associações de Pais do Agrupamento de Escolas e Jardins da Serra. As crianças que frequentaram o OTL, com idades entre os 3 e os 12 anos, puderam par"cipar numa grande variedade de ateliers: expressão plás"ca, expressão dramá"ca, educação Qsica, ludoteca/biblioteca e informá"ca. Em parceria com a União Despor"va da Serra, o OTL proporcionou ainda ac"vidades despor"vas. As crianças pra"caram slide, pa"nagem, futebol, natação, "ro ao arco, zarabatana, caça ao tesouro e sal"taram nos diver"dos insufláveis. Mas como férias também são sinónimo de passeio, as crianças visitaram o Museu do Pão em Seia, o Palácio Nacional da Pena e o Museu do Brinquedo em Sintra e ainda a aldeia Pia

do Urso. Foram também realizados vários passeios pedestres, entre os quais um passeio ao Parque de Merendas da Loureira e outro à Vila de Santa Catarina da Serra. Neste úl"mo, as crianças "veram a oportunidade de visitar os Bombeiros, a Igreja, a Junta de Freguesia e o Centro de Dia. Para além de todas as ac"vidades e passeios referidos, O OTL recebeu a visita da ins"tuição Malmequeres, que diver"u os mais pequenos com um teatro de sombras e ateliers de pintura. Recebeu também a visita de dois agentes da GNR, que orientaram uma acção de sensibilização sobre segurança rodoviária. Segundo Célia Gordo, representante das Associações de Pais, foi com dificuldade que o OTL esteve em funcionamento, devido à falta de apoio e de verbas. No entanto, agradece à Junta de Freguesia a ajuda prestada, nomeadamente na realização da visita a Sintra. As Associações de Pais esperam no próximo Verão, promover novamente esta inicia"va porque as crianças merecem férias diferentes e diver"das. As coordenadoras

AZEITES

V E N D A

A O

P Ú B L I C O

VINHOS

Aproxima-se novo Ano Lec vo No dia 12 , para o pré-escolar , 1.º ciclo e turmas do 5.º ano e dia 15 para os sextos anos e 3.º ciclo, o Agrupamento de Escolas e Jardins da Serra abre as portas para dar início a mais um ano lec"vo para cerca de 620 alunos oriundos das freguesas de San-ta Catarina da Serra, a grande maioria, e ainda da Chainça e Arrabal . O Projecto Educa"vo, documento que consagra a orientação educa"va do Agrupa-mento no qual se explicitam os princípios , os valores, as metas e as estratégias para a sua função educa"va, foi concebido e desenvolvido na base do cruzamento de pers-pec"vas e posições diversas: professores, pessoal não docente, alunos, pais e outros agentes da comunidade . Este assenta em cinco princípios fundamentais e basilares que são os orientadores para a nossa polí"ca educa"va para 2008/009.

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Parque de Merendas do Vale Mourão – Loureira Agosto marcado pelo Aniversário da Associação Comemorou-se no passado dia 14 de Agosto, no parque de merendas do Vale Mourão, o 18.º aniversário da ADS Loureira, que contou com a realização dum Passeio Pedestre, a prova das Sopas e a animação de um grupo musical. Alguns populares e restaurantes juntaram-se a esta inicia'va e ofereceram sopa da pedra, sopa de peixe, sopa de legumes e sopa de espinafres. Foi oferecido a todos uma pequena lembrança e nada melhor que a 'gela onde cada um pode saborear a sua sopa. Seguiram-se momentos de animação com a banda convidada, filhoses e café que aguentaram os presentes até cerca das 23h30 para o corte do bolo. Este evento registou uma presença considerável de par'cipantes, tendo em conta que era véspera de fim-desemana prolongado. Durante os meses que passaram o Parque de Merendas têm registado uma boa afluência de visitantes locais e outros oriundos das mais diversas localidades do nosso País que aliam a beleza do espaço, à existência de vários equipamentos e a proximidade do mesmo a Fá'ma, reforçando assim a vontade da Comissão que zela pelo parque de o dotar de mais equipamentos para o desporto e lazer, que nos próximos meses ficará reforçado com o Circuito de Manutenção.

Outubro recebe Passeio de Motos An gas A 12 de Outubro, pelas 9h30m, terá início neste parque o 2.º Passeio de Motos An'gas que terá passagem por vários lugares da freguesia. Informações sobre o passeio, poderão ser consultadas em h<p://pmvalemourao.blogspot.com ou através do n.º 918 945 238.

No-cias do nosso Centro… No mês de Agosto os nossos idosos desfrutaram de visitas frequentes de familiares residentes no estrangeiro. Foi um mês recatado a nível de ac'vidades exteriores, foram privilegiados os espaços de convívio e passeios familiares. Mesmo assim realizaram-se algumas ac'vidades: passeio ao mercado de Ourém, ao Santuário de Fá'ma e as habituais visitas ao Apoio Domiciliário para se comemorarem os aniversários dos idosos dessa respec'va valência. Para além destes passeios fizeram-se alguns trabalhos manuais, a manicure semanal das senhoras e o rastreio mensal da medição da glicémia, tensão arterial e peso dos utentes de C.D. Lar e A.D. Os idosos também par'ciparam ac'vamente no “Can'nho dos avós” plantando, regando e mudando as plantas do “Can'nho”. Aproveitamos este espaço de noScia para comunicar à comunidade que estas plantas estão expostas para venda no nosso Centro Social, bem como outros trabalhos elaborados pelos idosos: aventais, malas, sacas para o pão, entre outros. Aguardamos pela vossa visita e colaboração com os nossos idosos e com o “Can'nho dos avós”. Educadora Lucília Vieira

Torneios de Futebol e Chinquilho chamam dezenas A Associação de S. Miguel, ul'mamente, tem dado sinais de que cada vez mais quer ser o centro de convívio da população local. Para tal é imprescindível acabar as obras já começadas onde a prioridade neste momento é colocar o telhado e construir as casas de banho. Este é o forte mo'vo que leva a direcção desta Associação a organizar cada vez mais eventos, não só para angariar fundos mas para proporcionar bons momentos de convívio entre todos os que neles par'cipam. Sábado, dia 8 de Agosto foi organizado um torneio de chinquilho, com mais de 60 inscrições a boa disposição e os bons momentos não faltaram. Domingo, dia 9, foi dia de uma par'da de Futebol, logo pela manhã reuniram-se nas futuras instalações da associação algumas dezenas de jogadores de futebol representando lugares nomeadamente os Canais, Vale Sumo, Sete Rios, Cercal da Gordaria e Quinta do Salgueiro. Após a par'da de futebol, foi oferecido aos inscritos o almoço-convívio pela associação. A tarde foi também preenchida com mais um torneio de chinquilho como no dia anterior. No total, para o torneio de chinquilho, a organização recebeu cerca de 150 inscrições.

Os vencedores do chinquilho foi uma equipa vinda de Tomar e no futebol quem levou a vitória foi a equipa da casa, o Vale Sumo. Os prémios finais a atribuir aos vencedores de cada modalidade variavam consoante as inscrições, pois 50% rever'a a favor da Associação e o restante era para dividir por prémios. A direcção agradece aos par'cipantes e já se encontra a planear o próximo evento que desta vez será uma noite de fados lá para Outubro, ainda sem data confirmada.

Festas em Vale Sumo

pela e voluntários a organização dos festejos. Os festejos 'veram início com a celebração eucarís'ca, na capela, na sexta-feira. No sábado realizouse o habitual arraial com música e dança. O momento alto foi a missa no domingo seguinte da procissão, celebrada pelo pároco P. Mário Verdasca e pelo P. Augusto, padre natural do nosso ramo. De seguida, no arraial, realizou-se a venda de bolos, quermesse e vários entre'mentos. Na segunda-feira deu-se início aos festejos com a missa pela intenção dos festeiros, seguiu-se o arraial com muita música e no final o sorteio de rifas. A comissão de festas agradece a todos os que colaboraram e tornaram possível a realização da festa.

Jogo da Largada no quadrado Em jeito de preparação para as festas em honra de S. Miguel, várias dezenas de pessoas es'veram presentes, a maioria imigrantes, na associação de S. Miguel no dia 15 de Agosto por volta das 16h. Jorge Carapinha, o autor deste jogo nunca antes visto na nossa freguesia conta que viu este jogo no norte e que achou bastante original. “Onde a vitela deixar a primeira “bosta” é quem fica com ela” explicou um dos elementos da comissão de festas do Vale Sumo. As regras são bastantes simples e de fácil organização explicaram ao LUZ DA SERRA. Consiste em dividir um terreno em pequenos quadrados numerados, e depois são comprados pelos interessados. No final solta-se o animal para o terreno e onde ele fizer as suas necessidades biológicas é o vencedor e fica com direito ao animal.O evento serviu também para leiloar alguns produtos oferecidos a favor das festas de S. Miguel. A comissão de festas agradece assim ao Joaquim dos Santos do Vale Sumo pelo apoio prestado. Paulo Sérgio Alves Sousa foi o vencedor final com o número 464

Os Festejos Decorreram no úl'mo fim-de-semana de Agosto as festas em honra de S. Miguel. Coube aos moradores do ramo com 25, 35, 45, 55 e 65 anos em conjunto com a comissão da ca-

Convívio anual dos "Jovens" nascidos em 1943 Cá voltamos mais uma vez como prometemos há um ano: juntarmo-nos e em maior numero para celebrarmos mais um ano a juntar aos 64 anteriores, o que perfaz uma idade importante: 65 anos, que nos trás uma serie de beneGcios, entre eles: a merecida reforma depois de pelo menos 40 anos de vida ac'va, 50% de desconto nos comboios da CP, mais tempo para conversarmos e convivermos com os filhos, netos e amigos, porque entramos na chamada 3ª idade (confesso que não gosto nada deste termo, gosto mais dos beneGcios). Ora bem, tudo certo e boas intenções não nos faltam, mas acontece que o apelo que fizemos há um ano, abanarmos os esquecidos destes convívios não produziu efeitos, eles con'nuam na mesma, divorciados do grupo que cresceu e conviveu junto desde os bancos da escola, da catequese e por aí fora...

Só compareceram 25 "jovens", que somados às famílias acompanhantes, totalizou 46 pessoas. E manifestamente pouco para um universo de mais de 100 "jovens". O convívio resumiu-se a um jantar no restaurante do complexo despor'vo da União Despor'va da Serra no passado dia 9 de Agosto. A ementa foi muito variada e foi ao encontro de todos os gostos, tendo terminado já tarde depois de longo convívio com música folclórica à mistura. Con'nuamos a insis'r na importância da tua presença e contamos com ela para o próximo ano quando o David Alves te contactar. Queremos que saias dessa indiferença e preguiça, necessitamos de pessoas ac'vas e determinadas, não nos queremos divorciar destas oportunidades de conviermos enquanto fisicamente pudermos. Queremos que em 2009 pelo menos dupliquem as presenças. Quais serão os primeiros faltosos a marcar presença? Daqui a um ano cá voltaremos para vos saudar em novo convívio. Aparece. A todos, ate lá. José Narciso e David Alves


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No cias do Rancho Folclórico XXIII Fes val Nacional de Folclore Foi junto à Casa Museu que o Rancho Folclórico de S. Guilherme, realizou no passado dia 02 de Agosto, o seu XXIII Fes%val Nacional de Folclore. Apesar da Casa Museu ainda não estar aberta ao público, pois só será inaugurada a 28 de Setembro, dia em que o rancho comemora 45 anos de existência, todos os que quiseram par%lhar este momento de cultura popular e tradições foram unânimes ao dizer que o cenário do fes%val era único, muito bonito. Este ano o fes%val contou com uma par%cularidade, antes de se iniciar as danças e cantares, assis%u-se a uma demonstração etnográfica in%tulada “A Roteada”. “A Roteada” foi uma ac%vidade agrícola que consis%a em cavar a terra a uma profundidade calculada a cerca de 80 cm. A terra cavada desta forma des%nava-se a fazer a plantação do Bacelo. O dono da terra falava (contratava) os homens que achava necessários para o serviço, eles formavam bancadas (grupos) de três a três homens e cada bancada %nha um mandador. Esse mandador comandava o ritmo de cavar, e era às suas ordens que se fazia este exercício muito duro e cansa%vo. Aqui ficam algumas notas da forma como o mandador comandava a sua bancada: “Esta malta chega e vira, carrega e a%ra! É pra baixo, arrebenta com ela, mais abaixo, ainda mais, outra vez. Puxa atrás, vamos à rabeira, vamos à chavelha, alimpa bem, vamos ao alto. Esta terra é dura, mas mais dura é quem a fura. Esta terra faz torrão, venha pra cá o barranhão.” Muitas outras frases eram improvisadas pelo mandador, que assim durante o dia marcava a cadência deste trabalho.

Apelo à população O Rancho Folclórico de S. Guilherme, é a associação cultural mais an%ga da freguesia e a que tem por missão preservar o nosso passado, mas para que isso seja uma realidade é urgente que todos colaborem e que dêem o seu contributo para que a nossa iden%dade não se perca. Durante os 45 anos que o Rancho Folclórico de S. Guilherme comemora no próximo dia 28 de Setembro, muitos têm sido os bons, e os menos bons momentos vividos, porém, todos eles ajudam a crescer e a aprender. Muitos têm sido os quilómetros percorridos, as noites curtas, o trabalho e as preocupações que temos vivido, mas tudo isto tem um propósito, o amor à cultura popular, e é recompensado e esquecido quando ouvimos aplausos, ou quando saímos do palco e nos vêem agradecer pelo bom momento proporcionado e enriquecimento que conseguimos transmi%r. Muitos são os que já fizeram parte da família do folclore, sim família, pois muitos

No fim de todo o trabalho realizado era feito o pagamento. O mandador recebia umas moedas a mais, causando, por vezes, alguns desentendimentos entre os outros trabalhadores. Após a representação etnográfica desconhecida para os mais novos, e recordada pelos mais velhos que tantas vezes %veram de fazer este trabalho seguiu-se a demonstração de danças e cantares, de usos e costumes. No fes%val es%veram para além do rancho anfitrião, quatro grupos de diversas regiões do país, desde a representação do norte com o Rancho Folclórico “As Lavradeiras de Pedroso” – Gaia e o Rancho Etnográfico de “Santa Maria de Negrelos” – Santo Tirso, até à região serrana de Moimenta da Beira, com o Rancho Folclórico da Casa do Povo de Leomil, terminando com um grupo da região do Baixo Mondego, o Rancho Folclórico de Penacova. O Rancho Folclórico de S. Guilherme agradece a todos os que se quiseram juntar a esta festa de folclore, apoiando, mo%vando e encorajando a con%nuar sempre fiel aos seus princípios. O rancho agradece também a presença do

Presidente da Junta, Lino Pereira, lamentando, no entanto, que não tenha estado presente ninguém em representação da Câmara Municipal de Leiria, facto que já ocorre a alguns anos. Lamentamos também que apesar de termos enviado convites às colec%vidades da freguesia apenas algumas tenham estado presentes. “Os ranchos são muito importantes para preservar as culturas e tradições, pois sem eles muitas já se teriam perdido” disse António Neves, representante da Federação do Folclore Português, ao LUZ DA SERRA e referindo-se ao Rancho Folclórico de S. Guilherme. “ não existem muitos ranchos com a idade deste, pois este tem um grandioso espólio histórico porque começaram cedo a recolher objectos e tradições (…) tudo isto faz deste rancho, um rancho com muito valor e história”- acrescentou.

45º Aniversário O Rancho Folclórico de S. Guilherme comemora no próximo dia 28 de Setembro o seu 45º Aniversário. Para a comemoração do aniversário estão previstas algumas ac%vidade e acontecimentos, como sejam o encontro/convívio dos an%gos elementos do rancho, para o qual convidamos desde já todos os que já passaram pelo rancho a estarem presentes e a comemorarem connosco esta bonita data, e revivermos momentos outrora passados. Este convívio realizar-se-á no sábado, dia 27 de Setembro a par%r das 19:00 horas junto ao Núcleo Museológico e Etnográfico. Para o dia 28 está marcado o momento alto das comemorações do aniversário, com a missa de acção de graças animada pelos elementos do grupo às 14:00 horas. De seguida passaremos para junto do Núcleo Museológico e Etnográfico para a sua bênção e inauguração. Durante o resto da tarde actuarão o Rancho Folclórico de S. Guilherme e dois os rancho convidados, Rancho Folclórico Rosas do Lena – Batalha, e o Rancho da Região de Leiria – Leiria, também eles aniversariantes, pois também eles comemoram este ano 45 anos de existência. Fazemos um convite a toda a população da nossa freguesia, para estarem presentes neste momento tão importante para o Rancho Folclórico de S. Guilherme, e para a nossa Freguesia, pois trata-se do primeiro espaço do género a ser criado na nossa Vila, e que muito vai contribuir para a preservação dos nossos usos e costumes, das nossas origens e valores. “Desprezar o Folclore é esquecer as nossas Origens e Valores”

Opinião.... por Virgílio Gordo são os elementos que viveram e vivem há anos e anos juntos, par%lhando vivências, alegrias e preocupações. Há quem pense que andar num rancho folclórico é “uma seca”, que é coisa para as pessoas mais velhas, mas quem pensa assim está muito enganado. Pertencer a um rancho é saudável, alegre e muito diver%do, lá canta-se, dança-se, conhecemse novos lugares, gentes, costumes, trajes, é um enriquecimento pessoal que não se adquire na televisão ou na Internet. Hoje em dia o Rancho Folclórico de S. Guilherme está a atravessar uma fase diLcil no que respeita a elementos, não só para dançar, mas também para tocar instrumentos

e cantar. Temos consciência que os tempos estão diLceis, que as pessoas têm, muitas vezes de trabalhar ao fim de semana, que têm outros meios de diversão ou simplesmente não querem ter compromissos, mas se não houver uma renovação, mais dia, menos dia, não teremos elementos para fazer as actuações e teremos de nos dedicar somente à representação etnográfica. Muito nos entristece esta situação, pois os inves%mentos e a dedicação são grandes e prova disso é a conclusão da recuperação da Casa Museu, e a recente compra da “junta de vacas Mirandesas”. Sabemos que a população gosta do rancho, pois tem-nos dado provas disso, que reconhecem o valor que tem para a comunidade, mas só com a colaboração de todos poderemos con%nuar. Assim, aqui fica o convite a todos os que gostam do rancho, de dançar, cantar, ou que saibam tocar algum instrumento, que venham ter connosco, que nos ajudem nesta bonita missão de preservar e dar vida ao que nos iden%fica.

Em relação à cultura, apesar de exis%rem muitas situações de interesse e como tal podendo merecer da minha parte algum comentário, apenas algumas palavras para o Fes%val Nacional de Folclore, organizado pelo Rancho folclórico de S. Guilherme. Desde sempre aliás já lá vão vinte e três anos se a memória não me falha. Faço-o essencialmente pelo mo%vo, que con%nua a ser ano após ano, com alguma polémica para uns e de indiferença para outros. Refiro-me concretamente ao local da sua realização. Para mim, independentemente onde seja realizado, no passado, no presente ou no futuro, não deixa de ser um dos momentos, senão mesmo o maior momento cultural que acontece uma vez por ano na nossa freguesia. Quer se realiza junto à capela de Guilherme, junto à nossa igreja paroquial, ou junto à Casa Museu, futura sede do Rancho, como aconteceu este ano. Qualquer uma das situações reúne consensos e não consensos, por isso era bom que de uma vez por todas, tal certame merecesse as atenções de todos. Pois o valor e o curriculum dos grupos que ano após ano nos visitam, assim o merecem e exigem. Foi por isso uma noite maravilhosa, a noite da realização do Fes%val deste ano.


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UDS 3 - 0 Spor ng ( júniores ) Foi com grande expecta va que dezenas de pessoas rumaram ao campo da portela, estádio da União Despor va da Serra para a apresentação do plantel para a época 2008/2009. Aconteceu no dia 9 de Agosto, pelas 18h a apresentação dos jogadores que vão jogar pela UDS esta época. Nuno Reis, natural da Loureira jogou neste encontro por estar inscrito na academia dos leões. Tal como em relação às no cias dos Bombeiros, em que ve de fazer uma pausa, volto este mês para fazer um pequeno resumo do que aconteceu na freguesia num aspecto que ao longo dos anos tenho vindo a fazer, a cada mês que passa. Assim, Agosto ficou marcado não só pelas festas religiosas, como pelo Fes val nacional de folclore e por um ou outro evento cultural promovido por algumas associações da freguesia. Isto em termos culturais, já que também em termos de desporto, com a presença no segundo escalão futebolis camente falando, a União da Serra iniciou neste mesmo mês a sua ac vidade compe va. Para além do ciclismo, outra das modalidades rainha na nossa terra, ter do no úl mo fim-de-semana, o seu expoente máximo, através da par cipação do Américo Vieira, nos campeonatos europeus na classe de veteranos, disputado uma vez mais na Áustria. Para este mês de Setembro, vão con nuar a ser as festas religiosas e a inauguração da Casa Museu do Rancho Folclórico de S. Guilherme, integrada no seu quadragésimo quinto aniversário, a fazer as honras em termos culturais. Em termos despor vos, a con nuação da par cipação da União da Serra no campeonato nacional da segunda divisão, série C, a fazer prevalecer as atenções no que ao desporto diz respeito. Virgílio Gordo

DESPORTO Quanto ao desporto e ao futebol em par cular, é a presença da União da Serra no campeonato da segunda divisão nacional, série C, a fazer do nosso quo diano despor vo, o que de maior realce vai acontecendo na nossa freguesia. Não poderia deixar de ser melhor a estreia no campeonato que já começou. Uma vitória expressiva e categórica perante um adversário, que já há algumas épocas milita neste mesmo escalão. Também a presença de um número considerável de público na primeira jornada, disputada em casa, não deixa de significar como certa a aposta da actual direcção em guindar a equipa para o actual patamar compe vo. Com duas situações menos boas se assim se pode dizer. Ainda não se iniciaram os diversos campeonatos regionais e a presença de jogadores oriundos da terra ou mesmo da formação, ficou cingida apenas a dois jogadores. Mas essa não deixa de ser uma das naturais consequências de tal aposta. Também na minha opinião, é preciso é que se con nue não só a trabalhar nas camadas jovens como se tem feito de há algumas épocas a esta parte, como o não perder de vista os inúmeros jogadores saídos nas úl mas épocas do clube, que militando em alguns clubes vizinhos, vão adquirindo maturidade para num futuro não muito distante poderem regressar ao clube que os formou. Preciso apenas juntar alguma dose de paciência e será possível juntar o ú l ao agradável. (Clube numa divisão nacional e vários joga-

dores da terra no plantel), leva anos sem dúvida! Campeonato Nacional da 2ª Divisão – Série C – 1ª Fase 1ª Jornada: UDS, 4 – Oliveira do Bairro, 0. 1ª Eliminatória da Taça de Portugal Tal como previ em dois ar gos que redigi em colaboração com outros órgão de informação despor va na passada sexta-feira antes da realização no úl mo domingo, da primeira eliminatória da Taça de Portugal, prova onde na úl ma época ultrapassámos três (!!!) eliminatórias, a UDS ficou pelo caminho logo nesta primeira eliminatória. Devido principalmente, ao factor casa, em que numa prova a eliminar costuma ter um peso maior do que no campeonato. Infelizmente para as nossas cores não me enganei e assim só resta esperar para a próxima época uma melhor sorte no sorteio, que para além de ter permi do (inexplicavelmente) 19 equipas isentas, ainda juntou o facto de uma deslocação de mais de 350 quilómetros. Próximos jogos Hoje mesmo, a primeira deslocação é aos Açores (uma novidade), para defrontarmos o Operário, equipa da ilha S. Miguel. No dia 21, serrão os vizinhos de Fá ma a visitar a Portela, pela primeira vez a nível oficial nos ricos historiais de ambos os clubes. No dia 28, a deslocação será uma das mais próximas, apesar de tudo. Ponte de Sôr, para defrontar o Eléctrico local.

CICLISMO Américo e Carlos Vieira apresentam camisolas para o mundial Foi no dia 19 de Agosto, no auditório da nossa freguesia que Carlos e Américo Vieira fizeram a apresentação das camisolas com que par ciparam no campeonato do Mundo à comunicação social e aos seus patrocinadores. Despediram-se assim de muitos amigos, familiares e patrocinadores antes da corrida na qual prometeram dar o seu melhor e lutar pela tão ambiciosa camisola às riscas. Na mesa de honra os atletas es veram rodeados por três presidente de junta – Lino Pereira ( Santa Catarina da Serra), Laura Esperança ( Leiria) e Sofia Carreira ( Marrazes ) – assim com Isabel Gonçalves, vereadora do Desporto da Câmara Municipal de Leiria.

141 ciclistas, percorreram, 76km a uma velocidade média de 39,52km/h.No contra relógio de 20Km, em que par ciparam 131 ciclistas, Américo Vieira obteve o 60º lugar. Carlos Vieira, companheiro de estrada de Américo Vieira, par cipou em tão importante prova mundial e no contra-relógio classe 5, na extensão de 20Km entre 129 ciclistas onde obteve o 58ª posição. Na prova de estrada, classe 7, Carlos Vieira obteve o 57º lugar entre 146 ciclistas a uma média de 41,63Km/h. Ambos ciclistas ficaram sa sfeitos com as suas prestações. Américo Vieira poderia ter ficado em melhor posição, não fosse o facto de lhe dificultarem a passagem quando se preparava para obter uma melhor posição.

Américo Vieira brilha na Áustria Decorreu na Áustria, de 27 a 30 de Agosto o Campeonato Mundial de Veteranos, que teve lugar em Tirol. Américo Vieira e Carlos vieira par ciparam pela 3ª vez consecu va. Américo Vieira obteve o 12º lugar na prova de estrada onde par ciparam

Plantel 2008 União Despor va da Serra

Nº 13 - Nelson da Silva Fernandes Idade: 21 Posição: Guarda-redes Clube Anterior: UD SERRA

Nº 2 - Luís Carlos Heleno Lagoa Idade: 21 - Posição: Defesa Clube Anterior: UD SERRA

Nº 16 - Luís Ferreira "Carioca" Idade: 30 Posição:Médio Clube Anterior: FC Barreirense

Nº 4 - Mário João Mota Idade: 36 - Posição: Defesa Clube Anterior:UD SERRA

Nº 17 - André "Caveira" Idade:18 - Posição: Médio Júnior Clube Anterior: UD SERRA

Nº 5 - Rui Lopes Pimenta Idade: 29 - Posição: Avançado Clube Anterior: UD SERRA Nº 6 - Marinho Idade: 34 - Posição:Médio Clube Anterior: Abrantes

Nº 19 - Joel Gonçalves Serra Idade:22 - Posição:Médio Clube Anterior: Torres Novas Nº 20 - Rui Miguel Freire da Costa Idade: 22 - Posição:Médio Clube Anterior:Abrantes

Nº 7 - Pedro Nuno Mendes Idade:28 - Posição:Avançado Clube Anterior: Sp. Espinho

Nº 21 - Mário Rui Gonçalves Ruas Idade: 31 - Posição:Defesa Clube Anterior:Abrantes

Nº 8 - Hugo Carvalho Idade:30 - Posição: Médio Clube Anterior: UD SERRA

Nº 22 - Luís Miguel Morgado Idade: 33 - Posição:Médio Clube Anterior: UD SERRA

Nº 9 - Sérgio Gordo ("ZIM") Idade: 22 - Posição: AvançadoClube Anterior: UD SERRA

Nº 24 - Pedro Nuno Vieira Duarte Idade:36 - Posição: Guarda-redes Clube Anterior: Fá ma

Nº 10 - Marco Aurélio Borges Idade:30 - Posição:Defesa Clube Anterior:UD SERRA

Nº 25 - Ricardo Manuel Parracho Idade:28 - Posição:Defesa Clube Anterior: UD SERRA

Nº 11 - Miguel João Águeda Pinho Idade: 25 - Pos.: Médio/Avançado Clube Anterior:UD SERRA

Nº 26 - Mamadou Ndiaye Idade:24 - Posição:Defesa Clube Anterior: Setúbal/Juv. Évora

Nº 12 - Nuno Miguel Ribeiro Idade: 24 - Posição: Guarda-redes Clube Anterior: Fá ma

Nº 29 - André Jacó de Carvalho Idade:29 - Posição: Avançado Clube Anterior: Covilhã


LUZ DA SERRA

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SÍMBOLOS, DATAS E INSCRIÇÕES NA QUINTA DO SALGUEIRO A Casa do Barão do Salgueiro, edi cio que urge recuperar, na Quinta do mesmo nome, nas coordenadas Norte 39º 42' 18,0'', la%tude, Oeste 08º 41' 55,8'', longitude, e a uma al%tude de 192 metros, apresenta símbolos, datas e inscrições gravados nas rochas. Assim, no que diz respeito à semió%ca, esta encontra-se nos espaços em frente da Casa, nas ombreiras calcárias das portas. De carácter religioso, os símbolos de sepultura (fig.1) foram copiados da Capela da Quinta do Salgueiro, datada de 1726-27, onde existem três sinais, hexalfas, na cruz que se encontra por cima do frontão triangular do templo. Outras tenta%vas podem observarse junto à entrada Norte da Casa do Fidalgo. Também na Loureira, o Autor detectou, recentemente, um desses símbolos (fig.2). São desenhados desde há milhares de anos. Nas ombreiras das portas, os sobreditos sinais foram elaborados a compasso metálico. O centro do elemento simbólico é cons%tuído por um círculo do qual partem seis elipses, flores. Na extremidade das mesmas, um segundo círculo e, por fim, um terceiro. Com o compasso todo o conjunto foi elaborado a par%r de sete pontos. Desenharam-se três círculos concêntricos, sitos, respec%vamente, às distâncias de 12,54, de 52,13 e de 57,38 milímetros do centro. Em seguida, o compasso foi aberto num ângulo correspondente ao núcleo do símbolo, uma ponta, e ao segundo e terceiro círculos, outra ponta. Na fase final, desenharam-se, então, os seis semi-círculos, com o compasso sempre com a mesma abertura. A primeira data visível na Casa do Barão reporta-se ao ano de «1881», por cima da

NOTÍCIAS DIVERSAS Jovens ocupam associação Durante as férias escolares de verão alguns jovens uniram-se e abrem diariamente a associação cultural e recrea%va do Sobral. Na hora de almoço e à noite são eles que trabalham na associação promovendo assim um maior dinamismo naquela associação. Snooker, jogos de cartas e chinquilho são as ocupações habituais de quem frequenta a associação. Esta experiência está a dar bons resultados porque alem de envolver os jovens, fortalece-lhes o sen%do de responsabilidade. Sem dúvida uma experiência a repe%r.

Ana Oliveira, novo recorde distrital de pentatlo Ana Oliveira, atleta do Grupo de Atle%smo de Fá%ma que detém actual o recorde nacional de salto em altura, bateu o recorde distrital do pentatlo com 2806 pontos, em provas realizadas, dias 5 e 6 de Julho de 2008, na Marinha Grande.

RVCC - Aprender Compensa Desde à uns meses a esta data que algumas pessoas da nossa freguesia com idades que rondam sensilvemente os 40 anos frequentaram o processo de reconhecimento de competências. Após a apresentação do trabalho de ava-

porta do Norte. Por conseguinte, numa das rochas das janelas da cave, pode ler-se, em epígrafe, «713». Esculpida com uma calha metálica, dobrada em V, a profundidade dos algarismos varia entre 3,07 e 6,06 milímetros. A data completa será «1713». Esta epígrafe numérica possui uma caixa rectangular com quatro volutas, ornatos espiralados, nas extremidades. Deste modo, a tosca datada de «1881» e a respec%va caixa foram elaboradas com base naquela. Observada de frente, a lápide tem uma largura de 56,1 cenImetros e uma profundidade de 16,6. Por sua vez, os numerais têm um tamanho

Fig. 1 – Símbolo resultado, provavelmente, de uma estrela, ou flor, de seis pontas, ou de um hexalfa, numa das ombreiras da Quinta do Barão do Salgueiro (foto 30.11.2007). de 61,70 milímetros. A data é demasiado an%ga para ter pertencido ao Barão, que só se instala na Quinta do Salgueiro no século liação, este irá ser analisado durante 3 meses e no final do ano irão saber os resultados. Haverá também uma cerimónia e entrega dos diplomas e cer%ficados

As três Fases do Processo RVCC 1ª Fase: Reconhecimento Pessoal de Competências Nesta fase, o adulto organiza, com o apoio de um profissional do Centro, um Dossier Pessoal onde constam todas as informações e evidências/provas das competências que considera possuir e, por isso, as competências a validar. 2ª Fase: Validação de Competências O segundo momento corresponde à análise do Dossier Pessoal de cada um. Esta análise é feita por um Júri de Validação. Nesta fase de validação de competências, o Dossier construído vai ser analisado, no sen%do de indicar se o adulto possui ou não, graças às aprendizagens decorrentes da sua experiência de vida, as competências necessárias para obter o cer%ficado. 3ª Fase: Cer%ficação de Competências Esta é a úl%ma etapa do processo. Após a validação de todas as competências correspondentes a um nível, é emi%da uma Carteira Pessoal de Competências-Chave e um cer%ficado com equivalência escolar aos 1º, 2º ou 3º ciclos de escolaridade, conforme os casos.

XIX. Será que exis%a uma habitação mais an%ga no local da do Dr. José de Albergaria, ou nas proximidades? A rocha com a inscrição é originária da Quinta, ou foi levada para lá? São as questões que se nos colocam. As inscrições são os elementos encontrados com mais frequência na Quinta do Salgueiro. Estas podem datar-se segundo várias épocas. No entanto, a maioria não tem qualquer significado histórico, cons%tuindo simples actos de depredação. Outras, porém, foram executadas por indivíduos que habitaram a Casa, nomeadamente o próprio Dr. José de Albergaria, 2.º Barão do Salgueiro. De salientar que estas se encontram sempre no exterior do complexo habitacional e em locais de di cil visibilidade. No exemplar da “Luz da Serra”, de Dezembro de 2007, publicou-se uma inscrição que se repete duas vezes no mesmo local, à frente da Casa do Fidalgo. A sua caixa, de dimensões reduzidas, tem um comprimento máximo de 87,42 milímetros e uma largura de 60,37 milímetros. A profundidade das letras e dos números, inscrição alfanumérica, situa-se entre os 0,34 e os 0,95 milímetros, o que dá uma média de 0,645 milímetros. Em termos epigráficos, lê-se «29 D(e) / JUNHO / 191N / A. L.». A primeira incerteza tem a ver com a datação, pois a mesma apresenta um N inver%do, como no cruzeiro da Rua do Covão Grande, na Loureira. Em Russo, tem o valor de I, i, numeração romana, o que, transposto para a numeração árabe, dá 1, ou seja, 1911. A inscrição foi efectuada, portanto, nos inícios da 1.ª República Portuguesa, implantada a 5 de Outubro de 1910. A dúvida seguinte reporta-se ao nome exis-

IC9 passa por cá Encontra-se em fase final a adjudicação do traçado que irá passar na nossa freguesia na zona da Bemposta em direcção ao Pedrome seguindo pelo Casal da Fonte da Pedra. Segundo fonte da Estradas de Portugal, o Ministério do Ambiente está em fase de estudo aqunto ao nó de Fá%ma que iria dar directamente à rotunda norte, pelo que os acessos a Fá%ma, daquele traçado, só serão possíveis saindo em direcção à estrada Nº (Fá%ma - Batalha) e no nó de Pedrome. Este nó é uma mais-valia na nossa freguesia. Veremos se os polí%cos e a gente de direito serão capazes de aproveitar para beneficiar a freguesia.

Freguesia sempre em construção Quem percorre a nossa freguesia repara que um pouco por todos os lugares existem construções de novas habitações, abertura de caminhos florestais, melhoramento de acessos e alargamento de estradas públicas. Numa pequena sondagem deste jornal por freguesias vizinhas, o ritmo de construção é visivelmente menor bem como obras de interesse público. Considerada por muitos como a freguesia mais dinâmica da região, podemo-nos orgulhar de valorizar cada vez mais a nossa terra.

tente, cuja sigla «A. L.» nos remete para um indivíduo do sexo masculino, letrado, não nobre. De facto, descobriu-me uma outra inscrição que, a ser coeva, está assinada por um homem de nome «ANTONIO LOREIRO». A epígrafe, em La%m, tem escrito «IOSEPHUS / MARIA A. VAS: / CONCELLIS / ANNO I». José é o nome do 2.º Barão do Salgueiro, falecido em 1915. «ANNO I» significa 1911, ou seja, o Ano 1.º da República. Desta forma, a data actual, 2008, corresponde ao Ano 98.º da República.

Fig. 2 – Símbolo mais simplificado, numa habitação da Loureira (foto 6.8.2008). Vasco Jorge Rosa da Silva Bolseiro da FCT


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Sudoku são estas as mudanças no português com o acordo ortográfico???..... modernices......

Estas são as duas personagens que irão caricaturar diversas situações na nossa freguesia. Elas ainda não tem nome, pois é aí que contamos com ilustrações: Zé Aurélio a sua ajuda. Que nomes dar a estes dois “senhores”? ajude-nos! Envie a sua sugestão para: luzdaserra@sapo.pt

Rir é o melhor remédio Um homem entra em casa a correr e grita para a mulher: - Maria! Ganhei o euro milhões!!! Faz as malas! - Ai que bom! Levo roupa quente ou fria? - Leva tudo! Vais para casa da tua mãe! Numa escola em África a professora pede aos alunos que digam um verbo. O primeiro aluno pensa um bocado e finalmente diz: - Bicicrete! - Não, bicicleta não é um verbo! Tu aí ao pé da janela, diz um verbo! O Rapaz pensa um pouco e diz: - Hespedar! - Muito bem! Hospedar é um verbo, sim senhor! Agora diz uma frase com esse verbo! O rapaz pensa mais um pouco e por fim diz: - Hospedar da minha bicicrete são de prás+co!

Agenda Setembro

Poesia da Freguesia

13 – Festa de S. Guilherme e S. Silvestre - Magueigia 19 – Rancho Folclórico de S. Guilherme – Comemoração da Escamizada 27 e 28 – Rancho Folclórico de S. Guilherme -45º Aniversário Outubro 12 - 2º Passeio de Motas An+gas - Parque de Merendas do Vale Mourão 19 – Rancho Folclórico de S. Guilherme – Almoço – Angariação de Fundos

Fenómenos da natureza No lugar de Sete Rios, encontra-se uma oliveira que dá figos. É verdade, e sem ser enxertada. A sua proprietária, Maria Preciosa Carreira Santos de 72 anos, natural do Vale Sumo e a residir actualmente nos Vales ( Cercal ) afirma que não teve nenhum cuidado especial com esta oliveira. “Sempre a conheci a dar azeitona, mas nos úl+mos anos não tenho +do grande colheita, por isso estava a pensar em arrancá-la, mas assim vou deixa-la estar” - disse. Não se lembra de ver algo assim e conta que foi há cerca de 4 anos quando reparou que algo diferente acontecera aquela oliveira. Encontra-se com figos mas ainda não os provou e promete que agora a irá zelar limpando-a melhor. A natureza tem destas coisas e por vezes surpreendenos deixando-nos a pensar. Conhece algo digno de ser no+ciado? Envie ou email para luzdaserra@sapo.pt ou ligue 244 741 314

Preencher os quadrados de 9x9 de tal forma que cada linha, coluna e caixa contenha números de 1 a 9 sem se repe+rem

MAR Ele olhou para mim A dizer que queria falar E foi assim Que conversei com o mar Ele queria abrir o coração E poder desabafar Eu logo estendi a mão Para o apoiar Dizia algo Que o fez entristecer Ouvir desabafos Sem os querer Pois para sua imensidão Alguém desabafou

E não podendo dizer não O alguém o mar escutou Ouvindo suas palavras Sustentando seu choro Amparando suas lágrimas E afastando o rancor

tador Tentou-se desculpar Por me estar a sobrecarregar Com as tristezas Que alguém deixou no mar

Assim con+nuando Por muitos momentos Foi escutando Imensos sen+mentos

Aí o encarei Com a realidade Sobre o circulo da vida Que é composto pela amizade

Sen+mentos diversos De tristeza e alegria Em momentos incertos Durante o dia

E que o alivio que ele teve Por eu o escutar Foi o mesmo que sen+ Quando sem querer desabafei para o mar Anjo Negro

Com seu dialogo Sen+u-se inferior Por me fazer escutar O que para ele foi devas-

Desejo receber comodamente no endereço que assinalo o Mensário Luz da Serra durante o periodo de 1 ano ( 12 edições ) Portugal 10 Euros - Europa 15 Euros - Resto do Mundo 20 Euros Nome: Morada: Localidade:

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LUZ DA SERRA

SETEMBRO

última

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Luz da Serra: Como foi a tua infância e juventude aqui em Santa Catarina da Serra? Rafael Gonçalves: Bom...da minha juventude, acho que o que tenho de comentar, acaba por ser um pouco como a juventude de qualquer rapaz nascido em 1984 (e ainda bem), ou seja, ainda não estávamos numa Era "digital" nem sequer demasiado "informá2ca" pois lembro-me perfeitamente de combinar com os meus amigos para que nos juntássemos depois das aulas para jogar à "Apanhada", às "Escondidas", futebol era indiscu5vel e o melhor de tudo era chegar a casa todo destruído, sujo, suado e com as sapa2lhas novas todas destroçadas...enfim...todo o 2po de coisas que deixavam as nossas mãezinhas "super orgulhosas" de nós... Mas o melhor de tudo, eram os serões (principalmente na Primavera-Verão) que passávamos nas ruas do Ulmeiro, depois de assis2r ao Terço no mini mercado da Conceição (Mini Mercado o Can2nho salvo erro) e jogávamos à "Lata".....ai esse clássico que sempre acabava com a mesma pessoa a ter que ir recuperar a lata (ou bola) e voltar a encontrar todas as pessoas que voltavam a esconderse nos recantos mais escondidos e inimagináveis daquelas ruas...que maravilha de jogo! Claro que essa pessoa acabava por se chatear e a coisa perdia a graça até que mudávamos de pessoa e já está...problema resolvido! Lembro-me também de par2cipar nesse grande clube de futebol (São Guilherme) no escalão de Iniciados... Suponho que a minha infância teve de tudo um pouco, como normal. Incluindo discussões com os meus amigos, etc. Mas uma coisa é certa, acabei por ser mais um dos muitos rapazes que viviam no Ulmeiro. Nunca cheguei a ser um rapaz muito problemá2co...ainda bem

para os meus pais, porque bastantes preocupações já 2nham eles. Luz da Serra: Conta-nos um pouco do teu percurso escolar desde a infância até à ul2ma etapa dos teus estudos. Rafael Gonçalves: O meu percurso escolar resume-se da seguinte forma: tudo começou na escola infan2l da Quinta da Sardinha (ao lado do Café dos 28) até os meus 6 anos. Posteriormente con2nuo os estudos na escola primária da Magueigia com a brilhante "Senhora Professora" Ivone…nunca ninguém vai esquecer essa professora...que paciência 2nha connosco. A par2r dos 10 anos, era altura de começar uma nova etapa, entrar num colégio. Es2ve no Colégio do Sagrado Coração de Maria em Fá2ma até terminar o 9º ano...que tempos passei nesse colégio! Posteriormente chega o momento de começar o ensino secundário, do 10º ao 12º ano es2ve no Colégio de São Miguel. Neste momento, já 2nha pra2camente Uma ideia do que queria ser "quando fosse grande", então 2ve que escolher a área de Cien5fico Natural. Terminada esta etapa, finalmente é hora de ir para a Universidade. Tive a oportunidade de entrar na minha 1ª opção...Optometria e Ciências da Visão na Universidade do Minho (Campus de Gualtar Braga). Durante a minha estadia na Universidade, 2ve o privilégio de realizar um período de estudos (6 meses) numa universidade estrangeira (Terrassa Barcelona no meu caso), que posteriormente mudou todo o meu rumo que por sua vez eu já 2nha planeado. Assim que neste momento, terminados os meus estudos (de momento), estou a exercer a profissão de Optometrista aqui em Barcelona! Luz da Serra: E lá em Braga, que melhores histórias recordas de estudante?

Rafael Gonçalves: Uiii....essa é uma das perguntas que há que ter cuidado no momento de respondê-la...Felizmente 2ve uma vida de estudante universitário bastante completa, diver2da, nada de ro2na e principalmente, pude terminar tudo da melhor forma possível no período de tempo que correspondia (Licenciatura de 5 anos). Uma vida universitária está plena de histórias inesquecíveis....desde a praxe nos primeiros dias de vida na Universidade, às saídas com os nossos doutores e posteriormente também com os nossos caloiros. O facto de lançar-me para tão longe de casa e sozinho sem conhecer ninguém, posso garan2r que nestas circunstâncias cheguei a criar excelentes amizades! Luz da Serra: Qual a diferença entre optometrista e um oNalmologista? Rafael Gonçalves: Resumidamente, um Optometrista é um técnico de cuidados primários de saúde (rela2vos à visão, como é óbvio), cuja função consiste em determinar o mo2vo principal e outros secundários relacionados, que provocam tanto uma visão incómoda, desfocada, distorcida e até mesmo factores que conduzem a cefaleias (dores de cabeça) e astenopias (cansaço ocular). Após o diagnós2co destas mesmas patologias, o paciente é então reme2do ao ONalmologista que será responsável por tratar estes casos de visão reduzida por mo2vos patológicos.Resumidamente o ONalmologista é uma en2dade médica que lida com o campo das patologias e cirurgias oculares enquanto que o Optometrista trata de "medir a Visão" e despistar causas patológicas sendo por tanto uma en2dade técnica de cuidados primários de saúde visual. Luz da Serra: Projectos para o futuro? Rafael Gonçalves: De momento é diPcil ter a certeza do que quero para o meu futuro!

Idade 23 anos Cor de Eleição: Preto e azul (empatadas)

Rápidas

Nome: Rafael Clérigo Gonçalves

Ao encontro de... Rafael Gonçalves

Signo: Escorpiao Um País... Ilha de Páscoa (Chile)

Tempos

Por agora vou con2nuar aqui em Terrassa - Barcelona na óp2ca onde estou, durante mais alguns anos. Aproveito e espero que a minha esposa (Mackarena) termine também os seus estudos de Optometria e comece a trabalhar para ganhar experiência, uma vez que é totalmente diferente estudar Optometria e exercê-la! Acho que antes de voltar a Portugal ainda quero estudar um outro curso, não universitário mas sim uma formação profissional em "Audiometria e Audioprótese"! De momento estes são os meus projectos, e espero para ver que resultado podem trazer. Luz da Serra: Apesar de te encontrares a trabalhar em Espanha, pretendes voltar para Santa Catarina da Serra? Rafael Gonçalves:Claro que sim! Não há nada melhor que voltar à aldeia natal depois de tanto tempo afastado (pelo menos na minha situação sim, sei que há gente que não sente o mesmo). Quis afastar-me algum tempo para poder desenvolverme como pessoa e como profissional. Assim pelo menos quando voltar à Freguesia de Santa Catarina da Serra já serei uma outra pessoa mais formada e mais madura! Miguel Marques

O Paradoxo do nosso tempo na história é que hoje existem ediPcios mais altos e estradas mais largas, porém temperamentos pequenos e pontos de vistas estreitos. Auto-estradas mais largas e pontos de vista mais estreitos. Gastamos mais, mas temos menos; compramos mais, mas desfrutamos menos. Temos casas maiores, porém famílias menores. Temos mais condições mas menos tempo. Temos mais conhecimento, porém menos discernimento. Temos mais remédio, porém menos saúde. Bebemos demais, fumamos demais, consumimos demais, rimos de menos, conduzimos rápido demais, irritamo-nos mais facilmente, ficamos acordados até mais tarde, acordamos cansados demais, raramente paramos para ler um livro, ficamos tempo demais em frente da televisão e raramente rezamos. Mul2plicamos os nossos bens, porém reduzimos os nossos valores humanos. Falamos muito, amamos pouco e odiamos demais. Aprendemos a ganhar a vida mas não a vivê-la. Adicionamos anos à nossa vida, mas não vida aos nossos anos. Fomos à lua, porém temos problemas em atravessar a rua e cumprimentar um vizinho. Conquistamos o espaço exterior, porém não o interior. Fizemos as coisas maiores, mas não as melhores. Limpamos o ar (pouco), mas poluímos a alma (muito). Dividimos o átomo, mas não os preconceitos. Escrevemos mais, mas aprendemos menos. Projectamos mais, mas realizamos menos. Aprendemos a correr contra o tempo, mas não a esperar com paciência. Temos dinheiro, porém menos moral. Temos mais comida, mas estamos menos saciados. Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas temos menos comunicação. Tivemos avanços na quan2dade, mas não na qualidade. Estes são tempos de refeições rápidas e de digestão lenta; de homens altos e carácter baixo; lucros expressivos mas relacionamentos rasos. São dias de duas fontes de rendimento, mas de mais divórcios; de residências mais belas, mas mais lares desfeitos. São dias de, estadias de uma só noite, corpos acima do peso e comprimidos para tudo: alegrar, acalmar, matar. É um tempo em que há muito na montra e nada em stock; um tempo em que a tecnologia pode levar-lhe estas palavras e você pode escolher entre fazer alguma diferença ou simplesmente apertar a tecla Delete.


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