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M E N S Á R IO DE S A N TA C ATA R IN A DA S E R RA - AG O STO 2015 - 1€ PRE Ç O DE C APA

“Pastores segundo o meu coração”

Comunidade prepara-se para fazer festa em tempo de férias

ForSerra

“Quando Hiroyasu, do Japão, era pequeno sua mãe comprou um carneiro e uma ovelha. Ele cuidava dos animais, e a ovelha passou a dar à luz dois cordeiros por ano. Assim, o rebanho começou a crescer. Quando Hiroyasu tinha 12 anos, já havia 12 ou 13 ovelhas. “Certa manhã, enquanto eu ainda estava deitado”, lembra Hiroyasu, “ouvi as ovelhas berrando. Não fui vê-las logo. Quando por fim resolvi verificar o que estava acontecendo, vi uma matilha de cães selvagens fugindo. Os cordeiros estavam com a barriga dilacerada. Desesperado, procurei pela mãe deles. Encontrei-a ainda respirando, deitada numa poça de sangue. Apenas o carneiro sobreviveu. Fiquei arrasado. Eu devia ter ido olhar o rebanho logo que ouvi os seus berros. Eles não tinham como se defender dos cães”. Lembrei-me desta história pois nas leituras de um dos últimos domingos, é utilizada esta bonita imagem do pastor e do rebanho. Pela voz do profeta Jeremias, Deus queixa-se dos pastores indignos que usam o "rebanho" para satisfazer os seus próprios projetos pessoais; e, paralelamente, Deus anuncia que vai, Ele próprio, tomar conta do seu "rebanho", assegurando-lhe a fecundidade e a vida em abundância, a paz, a tranquilidade e a salvação.

Festa de Santa Marta e Santo Amaro animou Loureira Pág. 09

UDS: Entrevista ao Presidente e novo treinador

continua na pág. 3

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Pensamento do mês

DR

Nunca encontrei uma pessoa da qual não tivesse nada a aprender. (A. de Vigny)

Rancho Folclórico realizou XXX Festival Nacional de Folclore Leirena Teatro trouxe cultura à Freguesia

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LUZ DA SERRA

AGOSTO

-- família paroquial --

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2015

Falecimento do Padre Alberto 19/7 – Yara dos Reis Pereira, filha de Aníbal Frederico Rodrigues Pereira e de Carla Sofia Marques dos Reis, da Quinta da Sardinha. Foram padrinhos: Jaime Ricardo Rodrigues Pereira e Susete Jorge Barreirinhas 19/7 – Violeta Neves Moura, filha de Bruno dos Santos Fernandes e de Sílvia Verdasca Neves, da Loureira. Foram padrinhos: Óscar Filipe dos Santos Fernandes e Elisabete Verdasca Neves 2/8 – Júlia dos Reis Ferreira, filha de Micael dos Reis Ferreira e de Raquel Luiza da Silva, do Casal das Figueiras. Foram padrinhos: Frederico dos Reis Ferreira e Maria do Céu Sousa dos Reis

11/6 – João Pedro Gordo Prior, de Cortes, Leiria, e Natalina Gonçalves Silva, de Loureira, Santa Catarina da Serra. Foram padrinhos: Dárcio Gonçalves Silva e João Pedro Borges Guerra; madrinhas: Lídia Catarina Pereira Pires Prior e Sónia Gonçalves Silva 18/7 – Pedro Filipe Sousa Lopes, de Vale do Porto, Nossa Senhora das Misericórdias, Ourém, e Marta Catarina Fartaria Oliveira, de Loureira, Sta Catarina da Serra. Foi padrinho: Paulo Duarte Lopes da Silva; madrinhas: Dária Isabel Marques Rosa Silva, Maria Emília Antunes Silva e Maria do Rosário Carreira Tomás Vicente e Leonor Maria Vieira Gomes

24/6 – Armindo Jacinto Ferreira, casado com Emília de Oliveira Rodrigues, da Chainça, partiu para o Pai no entardecer dos seus 89 anos de idade 14/7 – Amadeu de Oliveira Camponez, viúvo de Ermelinda de Jesus Lopes do Vale Sumo, deixou este mundo na Primavera dos seus 82 anos de idade 21/7 – Manuel Vieira Alves, viúvo de Maria Inácia Gomes, da Donairia, foi para o céu depois dos seus 90 anos de serviço nesta campanha terrena. 2/8 Domingos dos Santos Reis, viúvo de Maria da Conceição dos Santos Neves, da Loureira, adormeceu na paz depois da sua caminhada de 74 anos

Envie-nos o seu anúncio, da secção da família paroquial, que nós prometemos publicar gratuitamente. Data limite de entrega: último dia de cada mês. Os anúncios publicados serão gratuitos, desde que cumpram os requisitos necessários para a publicação.

Frei Alberto Carlos Carvalho Ribeiro de Almeida (Pe. Alberto ) Manuel Vieira Alves (Plês) N. 20-12-1924 F. 21-07-2015 Donairia Agradecimento Faleceu no dia 21-07-2015, no Hospital de Sto. André, o Sr. Manuel Vieira Alves (Plês), nascido a 20-12-1924, com a bonita idade de 90 anos, residente na Donairia, Santa Catarina da Serra, viúvo de Maria Inácia Gomes, pai de 5 filhos, 12 netos e 4 bisnetos. A família, vem por este meio agradecer, a todas as funcionárias do Centro Social e Paroquial de Santa Catarina da Serra, todos os cuidados e carinho prestados, ao Sr. Manuel, durante estes 17 meses em que ele esteve aos cuidados do Lar. Também na impossibilidade de o fazer pessoalmente, os seus filhos, netos e bisnetos, querem agradecer a todas as pessoas que estiveram presentes no velório. Agradecemos também a presença de todos os sacerdotes que quiseram concelebrar, com Sr. Padre Mário Verdasca, a missa de corpo presente. Os familiares do Sr. Manuel, agradecem ainda a todos os que estiveram presentes e que acompanharam o cortejo fúnebre da igreja até ao cemitério, a todos quantos de uma forma ou de outra, manifestaram o seu pesar, perante todos os familiares do nosso ente querido. Que Deus tenha recebido a sua alma, junto de sua esposa e que descanse em paz. A família

Aos familiares enlutados, o Luz da Serra une-se em oração pelos seus entes queridos.

N. 21/09/1925 F. 02/06/2015 Nasceu a 21 de Setembro de 1925 em Cortiçô da Serra (Celorico da Beira), diocese da Guarda. Aos 24 anos conheceu a Ordem Dominicana, era então professor primário, em Fátima. Percebeu que era ali que o Senhor o queria, entrou e fez o noviciado em 1955. Foi ordenado sacerdote em 1960, no Mosteiro Pio XII, em Fátima, por D. João Pereira Venâncio, Bispo de Leiria. Foi capelão na Moita até 1962 e professor no Seminário Dominicano da Aldeia Nova, de 1962 a 1974, acumulado a função de capelão do Cercal, Aldeia Nova e Ninho de Águia. Após o 25 de Abril de 1974, foi pároco do Olival durante oito meses e subdiretor da Casa da Criança – Obra do Frei Gil, na Aldeia Nova, de 1975 a 1999. Desde esse ano, integrou a comunidade do Convento de Nossa Senhora do Rosário, em

Fátima. Entre outros trabalhos, colaborou na revista mensal “Rosário de Maria” e no boletim trimestral “Rosário e Vida Cristã”. O Secretariado Nacional do Rosário pediu-lhe que escrevesse sobre a Casa da Criança para, através do Apostolado do Rosário, dar a conhecer melhor esta obra maravilhosa fundada pelo frei Gil Alferes. Assim nasceu o livro “Frei Gil e a Sua Obra”. Site da “Diocese Leiria-Fátima”, texto adaptado.

80º Aniversário Nascido a 17/07/1935, Júlio Jorge dos Santos celebrou as suas 80 primaveras reunido a família a amigos no Salão de São Martinho, em Ourém. Natural do Ulmeiro, reside no Brasil, no estado do Paraná, desde 1955. A este nosso conterrâneo, desejamos muita saúde e a graça de Deus.

Contactos úteis Solicitamos aos nossos assinantes a regularização da sua assinatura anual. Entre em contacto com a redacção para mais informações: 917480995 luzdaserra@santacatarinadaserra.com

Bombeiros Voluntários - 244 741 991 Centro Saúde - 244 741 151 Farmácia - 244 741 474 Junta Freguesia - 244 741 314 - 919 630 030 Casa Paroquial - 244 741 197 ForSerra - 917 480 995 GNR - 244 830 150

Emergências: 112


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LUZ DA SERRA

-- vida da comunidade --

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2015: Ano da Vida Consagrada

Na manhã de sábado do dia 16 de maio do corrente ano, o Papa recebeu, em audiência, na sala Paulo VI numerosos religiosos e religiosas da Diocese de Roma, no âmbito do Ano dedicado à Vida Consagrada. O Papa Francisco exaltou a presença feminina na Igreja ao afirmar que “a mulher consagrada é o rosto de Maria e da Mãe da Igreja”. Nesta manhã ouviu testemunhos de alguns participantes, que apresentaram as suas experiências pessoais e fizeram-lhe algumas perguntas. Uma monja agostiniana que representava um dos vinte e oito mosteiros de clausura da capital italiana disse ao Papa que “os mosteiros vivem um delicado equilíbrio entre “escondimento e visibilidade”. Perguntou-lhe: “ como um mosteiro pode ser enriquecido por outras formas de vida consagrada mantendo a sua identidade própria?” O Papa respondeu-lhe colocando em realce a vida de silêncio e de oração em relação à vida apostólica:

DR

Mulher Consagrada é o rosto de Maria e da Igreja

“ uma pessoa consagrada deve fazer tudo com o sorriso nos lábios, acolhendo o irmão que bate à porta das nossas comunidades”. Um padre Capuchinho de 68 anos falou da sua experiência pessoal e religiosa e perguntou ao Papa Francisco: “Como valorizar a presença feminina, sobretudo de uma consagrada, na Igreja?”. E obteve a resposta: “A vida consagrada é um dom, um dom de Deus”. A vida consagrada é representada por

80% da presença feminina na Igreja. A mulher consagrada é o rosto de Maria e da Mãe da Igreja. Ela oferece um acompanhamento terno e materno, sobretudo aos mais necessitados da nossa sociedade. O papel da mulher na Igreja representa a profunda expressão do génio feminino. É difícil imaginar o mundo sem estas mulheres consagradas a Deus. No silêncio dos mosteiros, rezando, ou na agitação das ruas, as con-

sagradas são o rosto mais visível da Igreja. Por vezes, um sorriso, um carinho, um simples abraço, faz milagres. E elas fazem--nos acontecer todos os dias. Exemplo bem concreto disso, foi Madre Teresa da Calcutá, que no silêncio e na simplicidade, ajudou a construir uma Igreja sob a caridade. Fernando Valente (artigo elaborado com pesquisa na Internet)

Editorial

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Continuação da página 1

A imagem do pastor é frequente na Bíblia e facilmente compreensível mesmo no nosso tempo. Jesus se define como o bom Pastor capaz de dar a vida pelas suas ovelhas. Ao longo da história de Israel – e não só – , muitos pastores (chefes, reis e todos os revestidos em autoridade) foram infiéis à sua missão, cuidando mais dos seus P. Mário de próprios interesses do que do Almeida Verdasca Pároco e director do bem-estar do seu povo. A proJornal Luz da Serra posta salvadora e libertadora de Deus para os homens, apresentada em Jesus, é agora continuada pelos discípulos. Os discípulos de Jesus são – como Jesus o foi – as testemunhas do amor, da bondade e da solicitude de Deus por esses homens e mulheres que caminham pelo mundo perdidos e sem rumo, "como ovelhas sem pastor". A exemplo do Mestre, devem todos os pastores da Igreja servir o Seu povo com dedicação, coragem e carinho. Jesus, em São João 10, refere também a necessidade e o dever de respeitar e colaborar com os pastores “aquele que não entra pela porta, no curral das ovelhas… é ladrão e salteador… Ele chama-as pelo nome, vai adiante delas e elas seguem-no”. Um rebanho eclesial que não é solícito e preocupado, que não ama o pastor que Deus lhe deu, está a entrar pela “porta errada”. Ambos, rebanho e pastor, têm que buscar pastagens abundantes e amparar-se no caminho da verdade e do bem. Surgem até por vezes ovelhas que escorraçam e ultrajam os pastores, mas a capacidade de perdão tem de ser maior pois Cristo, o Bom Pastor, é nisto como em toda a nossa vida, mestre e o grande impulsionador com a força do seu Espírito. Peçamos a Deus que não nos faltem bons pastores, que nos conduzam para Cristo e que as comunidades saibam colaborar na obra do reino e estimem os seus pastores.

Testemunhos Vivos

Quanto vale um bom vizinho?!... "Um bom vizinho aumenta o valor da casa" – diz um ditado popular. E isto pode ser confirmado por muito boa gente! E às vezes basta ter uma boa palavra para desarmar o vizinho mais conflituoso. É o que se pode ver pelo episódio que me foi contado há tempos e que passo a relatar. Um homem honesto e trabalhador, ao fim de muitos anos de trabalho duro, conseguiu comprar um pequeno

campo nos arredores da cidade. Pensava entreter-se ali aos fins de semana com a mulher e os filhos a cultivar uma pequena horta. Numa das primeiras vezes em que foi ao seu campo, viu parar um motorista que lhe perguntou: – O senhor é que é agora o dono desta propriedade? – Sou! - respondeu com alegria. – Pois lamento dizer-lhe que você comprou com a sua

propriedade uma questão judicial. O muro do seu terreno está dois metros dentro do meu. E esclareceu: "Dentro de dias tomarei providências para que o muro volte ao seu lugar". Sem perder a calma e sem se irritar, o dono do campo respondeu: – Para mim, ter um bom vizinho é mais importante do que dois metros de terreno. O motorista, surpreendido

com a resposta, respondeu: – Para mim também um bom vizinho é mais importante do que dois metros de terreno. E saiu do carro, abraçou calorosamente o dono do campo e acrescentou: – Já vejo que vou ter um bom vizinho. E o muro ficará no lugar onde está!

Pagamento de Assinaturas Terças e Quintas Feiras, na redação (edifício da Junta de Freguesia), ou na Casa Paroquial. Todos os nossos assinantes poderão igualmente utilizar o contacto 00351 917 480 995 ou o email luzdaserra@santacatarinadaserra.com

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AMIGOS DA LUZ DA SERRA Tencionamos publicar aqui todas as ofertas que chegam à redação do Jornal (o pagamento das assinaturas não é publicado). O Jornal agradece. Chegaram os seguintes donativos ao Jornal:

Lúcia Jesus Marques Dias - França - 5€


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-- comunidade --

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solina, para depois acendê-la na boca, e assim poder chamar a atenção e pedir umas moedas nos sinais de paragem. Sofreu o indizível ao entrar em contacto com estas crianças submetidas a abusos de todo o tipo. Ao conhecer estas situações de extrema miséria moral e material, este sacerdote espanhol ficou sem escolha e

pediu para deixar de ser capelão militar e ir ajudar estas crianças. Um dia disseram-lhe que um menino tinha sido vendido a uns traficantes de órgãos humanos. Seus pais o haviam vendido pois o rapaz tinha paralisia e os pais tinham mais quatro filhas para sustentar. Era preciso andar depressa para o salvar.

«Então corri à procura do rapaz. Fiz-me passar eu mesmo por traficante e perguntei quanto queriam pelo moço. Levava o equivalente a vinte mil euros e fiquei admirado por me pedirem apenas cerca de vinte euros. Fechado o negócio, agarrei o Manuel – assim se chamava o jovem – e meti-o na camioneta. E pelo caminho prometi-lhe que faria tudo por ele». Dez anos depois, o padre ficou emocionado pela carta que recebeu de Manuel, mas Doñoro considera que foi ele quem foi salvo, ao descobrir a missão da sua vida. Entretanto o Padre Donõro foi para o Amazonas do Peru, onde abundam casos parecidos com o do Manuel e continua a ajudar as crianças através de uma Organização chamada "O lar de Nazaré".

Quer expressar a sua opinião neste espaço? Envie-nos a o seu comentário até ao final de cada mês por email: luzdaserra@santacatarinadaserra.com ou entregue na redacção ( ForSerra - Edifício da Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra )

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O Padre Doñoro nunca esquecerá o sorriso daquele menino que estavam a vender por 20 euros e a quem salvou a vida. Agora, este sorriso se multiplicou por milhares. Desde então não cessou a sua luta contra o contrabando de órgãos de que este menino ia ser vítima. A vida do Padre Ignacio Maria Doñoro mudou há cerca de vinte anos quando visitou um país da América Central – El Salvador. Ao ver crianças morrerem de desnutrição nas montanhas de Panchimalco deste país, quis saber mais e foi-lhe dito que algumas destas crianças eram vendidas para traficar os seus órgãos. Em Bogotá, também viu muitas crianças deambulando pelas ruas, sendo vítimas da fome e da exploração. Conheceu crianças que ganhavam a vida bebendo ga-

DR

Padre compra menino por vinte euros A história de Hailey Fort

Parece que algumas pessoas nascem para ajudar outros que precisam. É o que acontece com Hailey Fort que parece ter nascido com essa vocação. Ao ver um mendigo em Kitsap County, nos EUA, a menina, então com 9 anos, perguntou à mãe se poderia ajudá-lo de alguma forma. Naquele dia, as duas compraram um almoço para o sem-abrigo. Hoje Hailey já tem quatro anos de experiência em encontrar pessoas que precisam de assistência e ajudar como pode. Agora pretende construir 12 abrigos móveis para os semcasa e não está para brincadeiras. A mãe da garota, Miranda Fort, contou à ABC News que a família entrou em contacto com a Câmara para ter a certeza de que os abrigos poderão ser usados sem problemas. A lei permite que os abrigos sejam instalados em terrenos de igrejas. Várias delas até já se ofereceram para receber os abrigos. Cada casa terá cortinas, uma lâmpada movida a energia solar e tranca na porta. Vai ser uma grande despesa, mas esta adolescente já sabe que vai conseguir. Para ela a

internet tem sido uma boa ferramenta para arranjar donativos. Hailey começou há tempos uma campanha no site GoFundMe para arrecadar mil dólares para comprar 100 casacos, mil artigos de higiene e 500 artigos para higiene feminina. E já recebeu mais de três mil dólares. O facebook também lhe está a dar uma boa ajuda. Ela está documentando seu trabalho em Hailey’s Harvest. Esta adolescente está influenciando atitudes positivas na sua comunidade. A mãe de Hailey revela que a motivação da filha é muito grande, pois ela considera os mendigos seus amigos e é isso que mantém seu foco no trabalho voluntário. "Ela ouve repetidamente que vai parar a qualquer momento, mas continua porque essa é a paixão dela", conta. Além de dar um teto para quem não tem onde dormir, a garota também planta frutas e vegetais. A sua meta para o ano é cultivar cerca de 100 kg de comida para os mendigos.

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-- correio do leitor --

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O mais importante, a família África Suplicante Maria Primitivo

Maria Primitivo

Ficha Técnica Jornal Luz da Serra Nº 510 - Agosto de 2015 Ano XLI ERC 108932 - Depósito Legal Nº 1679/83

DR

Verdade mesmo e permanente é a súplica de África. No panorama da família, o que nos falta é simplesmente aflitivo. A menos que estejamos todos a dormir. O caos já não é fácil de manter e menos de fazer recuperar o sagrado que ela tem para o mundo. Tanta coisa a contribuir para a deitar abaixo e tão pouco a fazer-se para a erguer. Não vai ser fácil acudir às novas gerações, com as normas das leis de Deus em relação à união homem e mulher, e às simplesmente civis, as quebras são avultadas. Faltam princípios fundamentais à felicidade, tais como educação, hábitos, sentido da responsabilidade, cultura prática, e sobretudo a cultura do amor, que não se aprende nos cursos académicos. Nunca houve tantos e não se vê que surjam mestres desta causa. Pessoalmente, dói-me a situação da atual e futuras gerações. Os jovens são bons e nos momentos festivos mesmo em igreja, são um fogo ateado, mas momentâneo. O entusiasmo parece engolido como os melros fazem às cerejas. Há exceções, graças a Deus, mas não bastam. O mundo não muda se as famílias não mudarem. Também aqui as exceções. são salpicos de perfume que se perde nas grandes distâncias. O materialismo abafa os valores fundamentais, e destrói a força que vence as dificuldades e cria a virtude da perseverança e transparência. Não estou nem sou por natureza pessimista, mas grande defensora do realismo. A Igreja lançou para este ano o tema da família, mas não estou bem com o modo como se lhe pegou. Nunca se deu formação rigorosa em multidões, mas em pequenos grupos o melhor organizados possível. A melhor escola para cada família é a própria família. A única insubstituível. Pode ter uns remendos noutros lugares, mas fica sempre com uns buracos por compor. Não temos famílias à altura e em número suficiente para as

Criança africana com 17 anos, em que aparenta ter 10 anos. Vítima de doença grave, mas muito inteligente. Muito devoto e amigo de Nossa Senhora. Ia todos os dias ter comigo para rezar o terço por todo o mundo. O seu todo falava de fome.

necessidades. Só há uma solução. Prepará-las a pouco e pouco mas bem. Com seriedade e persistência. Pequenos grupos, células vivas, aquecido no lume brando e certo da divina assistência. Trazer Deus de forma simpática para a vida. Ensinar, foi uma palavra de ordem de Jesus Cristo. As pessoas estão ausentes de sabedoria de VIDA AUTÊNTICA. E isto gera orgulho autossuficiência, comodismo. A altivez torna insuportável a vida e endurece de forma contagiante a sociedade. A família tem que estar sempre no centro da ocupação e preocupação da Igreja seja no que cabe aos bispos, como aos sacerdotes e ao povo. Sem isto nem vocações ao matrimónio sério, nem ao sacerdócio, ou vida consagrada. Somos todos construtores de

um mundo a restaurar e começa dentro de cada um de nós, com uma chamada urgente à humildade e sobriedade de hábitos e costumes que em nada nos favorecem. Penso que hoje eu mesma devo pedir a começar por mim, a rezar e refletir no caminho em que estamos. O que queremos, podemos e devemos fazer. A nossa liberdade de fazer o bem é total. Não podemos estar à espera de ordens de ninguém. Somos capazes de muito mais do que julgamos e não podemos ser arautos do medo. O Espírito Santo sopra livremente onde quer. É preciso escutar essa aragem constante vinda do alto para salvar o mundo com e pelas famílias. No próximo continuamos. Até lá sejamos família que escuta.

Mas eu chego a interrogarme sobre o interesse dos leitores por este assunto. Diz o provérbio que longe da vista longe do coração. Também é verdade que ninguém ama, aquilo que não conhece. Nunca alguém destes países emigrou para estes lados de África. Nem a língua, nem mais nada, mesmo nada, convida a tal aventura. Poderá eventualmente um curioso com coragem, passar por lá, depois de tomadas precauções inevitáveis, porque há sempre um mínimo que justifique a sobrevivência. Os motivos podem ser variáveis, mas a favor do povo nada mais que a perda da ignorância a respeito da sua pobreza e depois a sua divulgação se o quiser fazer. A investigação para um arrojado estudante ou amante da fotografia como ferramenta para a sua profissão. Há ainda os que gostam de conhecer o mundo e fazer as comparações e avaliar as diferenças. Talvez no meio destes surjam ou acordem cabeças para a compaixão, porque para na justiça só os milagres podem funcionar, dado o estado de interesse de irmão por irmão. Não são problemas que os homens só por si consigam. Esmagar a ganância e ambição desmedida é coisa dura, para a dureza dos corações sobretudo ricos em bens materiais em excesso. Ser rico não é pecado. Talvez até seja virtude, porque se soube pôr os dons a render, e isso não desagrada a Deus. Pelo contrário, Ele o louva. E, se souber partilhar e isso já se faz com o exemplo do trabalho sério, é já pôr a justiça a funcionar. Mas voltando ao princípio. Nada interessa ler se não ajudar a mudar o nosso modo de sentir em ordem ao que temos. Se é que o que temos lhe podemos chamar unicamente nosso, Será mesmo nosso o que tanto ás vezes nos sobra? A quem sobra evidentemente. Porque também está em evidência a pru-

dência e os tempos não são fáceis. A questão é que neste campo a prudência é muito maior que a generosidade e nesta é que Deus não se deixa vencer. Tudo depende dele e num instante tanta coisa pode mudar e para bem, se formos verdadeiros filhos do Deus Poderoso e generoso. Não temos no nosso país, e noutros, neste continente ocidental, nem uma pessoa nas condições de miséria e desprezo que por estes lados que me trespassaram a alma e modificaram o estado de espírito em relação às nossas queixas, próprias e alheias. O interesse pelo mundo e suas prioridades é um espaço vazio por onde só fica e por pouco tempo o eco das vozes atrozes. África da minha alma. Tu precisas de tudo. Eu sei. Primeiro de pão para todos. a tua fome devorame. Depois de conhecer em todos os recantos o Senhor do Pão nosso de cada dia. Isto é o Evangelho e a sua prática. Devo dizer que aprendi muito com o povo africano O TOGO infeliz, reconhecido ultimamente e publicado sem reservas, mas com pouco fogo, para não ser ateada a generosidade e o amor que vos falta. Sois um povo bom. Como lembro aqueles jovens que vendiam coragem, amor á sua Igreja e missionários e missionárias. Quem vai perde o mimo mas ganha o AMOR que começa a não poder negar. Se vem cá quer logo voltar. Só a simplicidade é o laço que prende as pessoas com vantagem; a complicação é irmã da vaidade, o destroço de todo o bem-estar. Reparem, não digo o desdém e desarranjo. Digo vaidade, pior que as pulgas miudinhas que se infiltram nas costuras e mordem sem que se deixem ver. Isto a que se chama o nosso eu. O dar nas vistas e chamar a atenção, mesmo correndo o risco de estragar avida do meu semelhante. Quando mudar este rumo tenhamos

a certeza que haverá alegria no dar e fecundidade no receber. Mas longe. Da doutrina da Igreja e esta também se converter nos seus homens e mulheres, não chegamos lá. Razão toda tem o nosso querido PAPA FRANCISCO, que não se poupa a dizer a verdade sobre o conceito de vida de hoje, e a profecia do dinheiro sujo, que deve lavar o rosto dos pobres. Nunca disse que estes não deviam trabalhar, Ele sabem bem de que fala e nós entendemo-lo. Atendamos também. Termino com a confissão da minha alma presa aos pobres de áfrica desconhecida por falta de interesse, e do coração desfeito com a amargura da fome e doenças de tantas crianças; falarei desta África até que a voz me doa, e se ficar sem voz nunca ficarei sem alma. Segue com imensa gratidão a lista de ofertas que não saiu por falta de espaço, um beijo destes pretinhos graciosos com tanta fome de tudo.

Ofertas Ludovina Lebre do Canadá ofereceu 150 euros para missas em gratidão a dois familiares falecidos. Uma devota missionária de Fátima 30 euros. Anónima da Loureira meteu na minha mão 10 euros. O mesmo gesto num lugar próximo teve um filho da terra, da Pinheiria, 10 euros. Laurinda Gonçalves, do Canadá 120 euros intenções de missas por familiares vivos e defuntos. S. Família da Magueigia, 22,13 euros. Anónima da Quinta da Sardinha 1,50 euros. É certa a recompensa de Deus e a oração de quem recebe e reparte no local estas maravilhas do amor. São me pedidas várias vezes para saudar estes benfeitores. Aqui deixo a saudação que serve por cada vez. Muita amizade.

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Os textos assinados e publicados no jornal LUZ DA SERRA – que podem ou não traduzir a linha de orientação deste jornal – são da inteira responsabilidade dos seus autores.


LUZ DA SERRA

Família dos Podões

Nos dias 25 e 26 de Julho realizou-se o 1.º Convívio da família dos Podões. Na eira do Faustino Daniel e da Encarnação, na Donairia, reuniu-se as 4 gerações num total de 51 pessoas, faltando apenas 8 para a família estar completa. O encontro ficou marcado pela presença da nossa mãe, avó e bisavó, a Ti Encarnação, com 91 anos, que se encontra no lar permanentemente devido à sua saúde debilitada. Neste fim-de-semana não faltou animação, música, dança e muitos risos, como já é hábito desta grande família.

Convite

No grande convívio que fizemos Os nove irmãos reunimos. A festa foi no lugar da Donairia, Na eira onde trabalhámos e, agora, nos divertimos.

Pessoal de 1975

Por tudo aquilo de bom que nos aconteceu Temos que dar graças a Deus, eu e vós. Sentimo-nos muito felizes Por termos a mãe presente no meio de nós. Com noventa e um anos de idade A sua saúde já pouco permite, Mas passou a tarde connosco, com grande satisfação. Uns chamávamos mãe, Outros, na brincadeira, Ti Encarnação. Este encontro foi feito com muita alegria, Amizade e bons corações, Nunca mais nos vamos esquecer Do convívio dos podões, Foram dois dias grandes de festa Marcados para a nossa história, Estamos todos de parabéns Ganhamos uma grande vitória, Autoria da filha mais velha Conceição

A história do Toino da Velha Um familiar Viveu na Loureira um homem que pela sua personalidade ganhou um lugar no imaginário e na história desta terra. que ele tinha gosto em oferecer da água dos seus muitos poços aos vizinhos que necessitavam, especialmente no tempo da seca em 1946, 47 e 48. Muitas vezes chamava os vizinhos para levarem um cântaro quando a mulher não estava por perto. Conta-se que quando a mulher morreu começou a abrir-lhe a cova atrás da casa e depois de a ter aberto dizia: “enterro-a aqui e depois planto aqui duas sementes de abóbora…” No dia seguinte quando ela foi enterrada no cemitério em Santa Catarina, estava um temporal de trovoada e chuva. A cova estava meia de água quando o caixão foi baixado. Consta que ele terá dito: “Ó mulher, eras tão invejosa com a água e agora tens aí tanta, bebe-a toda…” Consta que era bastante habilidoso, na sua pequena forja caseira e na sua profissão de pedreiro. Abriu um poço em cada fazenda que tinha, e ao lado de cada um colocou um relógio de sol que ele mesmo construíra. Diz-se também que guardava numa sebenta um conjunto de histórias.

2015

Foi o primeiro convívio Que se fez com a família Podão, Correu tudo às mil maravilhas Com muita alegria e animação.

A família é tão grande E por todo o mundo está espalhada, Até já falamos pelo facebook Onde a festa foi partilhada.

O seu nome era António. O casamento com uma mulher de idade muito avançada (teriam mais de 20 anos de diferença) deu-lhe o apelido que o acompanhou até aos últimos dias da sua vida. “Diziam que o Toino da Velha era maluco, mas ele é que a sabia toda” comentase hoje com frequência entre aqueles que o conheceram e que lembram a sua história. Consta que na sua infância, na Rua dos Caetanos, o seu pai era rude e usava de violência para com os filhos quase diariamente. Foi com certeza por isso que quando o seu pai foi a sepultar, quando o Toino o viu morto deitado no caixão lhe terá dito: “Eras tão bravo e agora estás tão mansinho, bate-me agora”… O pobre António cresceu e casou então com uma mulher viúva que à data do casamento teria o dobro da sua idade. Talvez por isso nunca tenham tido filhos. Consta que se deram sempre bem. Ela chamava-se Maria e era conhecida por “Carambas”. Esta sua esposa era muito invejosa com a água, ao passo

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-- sociedade --

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Em cada página fazia um símbolo e depois olhando para esse símbolo conseguia associar a respectiva história. Uma das histórias que se contam é que certo dia seguia com a carroça do burro, viu a policia, atou o burro à carroça cá atrás e passou ele para a frente da carroça. Quando o policia chegou perguntou pelos documentos do animal e ele disse-lhe: “Pergunte ao dono que vem aí atrás...” Era profundamente devoto do Espírito Santo. Um dia pediu ao seu afilhado António Filipe que lhe fizesse uma coroa porque ele próprio se achava o rei(!) Ora, o afilhado não lhe rejeitou o convite e fez-lhe a coroa em madeira de eucalipto. A partir daí, em dias de Espírito Santo saía à rua coroado, a dizer ladainhas e até profecias. Dizia que um novo mundo estava para vir onde só se veriam estradas por todo o lado, e que os padres haveriam de virar as costas ao altar. Dizia também que o sol passava por debaixo de sua casa à meia-noite, que a sua casa estava no ar, que de-

baixo da sua casa era tudo oco, e que por lá passava um rio… Muitas vezes dizia: “Vocês não querem crer em mim, mas quando eu morrer vão ver que tudo isto era verdade… “ Morreu em finais da década de 70. Cerca de 20 anos depois de ter morrido, um vizinho, o Mário Neves, que comprou parte do terreno da sua casa, quando abria uns alicerces para um barracão, descobriu um buraco na rocha, explorou e encontrou uma gruta com mais de 100 Metros de extensão e onde em certa altura se ouve água a correr… Talvez por isso, na entrada desta gruta se encontre hoje a coroa do Toino da Velha. Os vizinhos lembram-no como sendo boa pessoa. “Ele não era bruxo, nem bêbado… era trabalhador e era devoto do Espírito Santo, ia à confissão, tinha um dom de dizer certas coisas, mas era muito boa pessoa…” Revista “Voz da Serra”

Convidamos todos aqueles que nasceram em 1975, a participarem nos grandiosos festejos em honra do Sagrado Coração de Jesus, a decorrer nos dias 15, 16 e 17 de Agosto, em Santa Catarina da Serra. Será uma excelente oportunidade para conhecer e conviver com todos, bem como uma forma de dar a conhecer os momentos e acontecimentos desse nosso ano fantástico. Assim, pedimos a quem tenha nascido neste ano, 1975, ou que possa conhecer alguém e que de alguma forma se relacione com a nossa terra maravilhosa, Santa Catarina da Serra, o favor de entrar em contato Contamos com todos para, juntos fazermos uma grande festa. Júlia 917 855 326 David 914 269 507

Passeio convívio

Nascidos 1953 9 de Agosto de 2015 Óbidos e Caldas da Rainha Convidam-se todos os nascidos em 1953 a participar num passeio convívio com partida pelas 08h da Bemposta, visita à Vila de Óbidos e Mercado dos Agricultores das Caldas da Rainha. O passeio incluirá almoço, animação musical e bar aberto. Inscrições e informações: Telmo: 914743460 - 912508411 - Cândido Simão: 917508411 Lídia Rodrigues: 914806535

Almoço convívio

Família Vicente Convidam-se todos os membros da família Vicente a participar no 2º almoço convívio que se realiza no dia 16 de Agosto de 2015 no parque de merendas do Troncão ( Pombal ) Traz o almoço e junta-te a nós...! Para algum esclarecimento ou informação contacte: Augusto Vicente: 917142339 - Alexandre Vicente: 917693801 Confirmações até 31 de Julho

Almoço convívio

Nascidos em 1946 Convidam-se todos os nascidos em 1946 para um almoço no dia 15 de Agosto, no restaurante “O Chaparrico”, na Pinheiria. Marca já a tua presença por um dos seguintes contatos: 937598366 ou 966007170. Contamos contigo!

Jantar convívio

Nascidos em 1957 Convidam-se todos os jovens nascidos em 1957 para um jantar convívio no próximo dia 22 de Agosto. O programa ainda está a ser definido. Informações pelo contacto: Virgílio Gordo: 916045309 - João Dias: 962045246 Domingos Cruz: 917323622 - José Augusto: 917967325


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Noticias Diversas

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Os padres Júlio e Boaventura

outro eram dois homens bons. Tive a oportunidade de privar de perto com o Júlio e o Boaventura, mas só na fase de seminaristas. Em período de férias e no regresso ao Seminário, a sua mãe, D. Ana Maria, com o seu jumento, transportava os sacos das roupas dos filhos, os meus sacos de roupas e as de outros seminaristas, onde se incluíam as do Martinho Vieira, até junto às Paulinas, na Ribeira da Fome, sendo aí o ponto de paragem, junto a um pinheiro de grande porte que lá existia (o cepo do pinheiro ainda não desapareceu), em frente a um barracão de lagar de azeite, mas também aí nos juntávamos a outros seminaristas que vinham dos lados de Opeia e Souto da Caranguejeira. Era o ponto de encontro. Reunida a turma, cada um pegava na sua trouxa em direção ao Seminário que ficava na rua de Marcos de Portugal e a Senhora D. Ana Maria regressava a Santa Catarina da Serra, com o seu burrico, e feliz da boa missão cumprida. O senhor padre Júlio no ano de 1949 foi colocado, como pároco nas Pedreiras, no sopé da serra dos Candeei-

ros, onde se manteve até ao ano de 1972. Teve aí algumas arrelias por ter mandado reparar a igreja velha. Daí transitou para a freguesia de Maceira, coadjuvado pelo seu irmão Boaventura e ambos deixaram esta paróquia no ano de 1996, quando o estado de saúde do padre Júlio se agravou, recolhendo à casa de família que possuíam ali para os lados do Alto Vieira. As melhoras não chegaram e no ano 2008 o padre Júlio foi internado na Casa Diocesana do Clero, em Fátima, onde faleceu a 6 de junho de 2015. O senhor padre Boaventura teve outra forma de viver a vida, devido à sua disponibilidade e jeito para outras tarefas. A ele se deve a construção do novo seminário diocesano, como ecónomo e concluídos estes trabalhos no ano de 1973, foi enviado para a Diocese de Nova Lisboa, em Angola, onde desempenhou idênticas funções de ecónomo no Seminário local. No ano de 1976 transferiu-se para o Brasil, onde na diocese do Rio Preto, do Estado de S. Paulo, exerceu a missão de administrador da Diocese e pároco. Regressado a Portugal foi responsável pela gráfica de Leiria pertencente ao seminário, até ao ano de 2007. Foi ainda responsável por várias paróquias e capelão de instituições religiosas. Aos dois sacerdotes deixo aqui o meu profundo agradecimento por tudo quanto fizeram e que o Senhor lhes dê a devida recompensa por todos os seus trabalhos de cidadão e de membros da Igreja. Estão sepultados no cemitério de Santa Catarina da Serra, localizado junto as casas dos seus pais e onde nasceram. Paz às suas almas Investigação e texto de Domingos Marques Neves Junho 2015

Pescador puxa camião de 14 toneladas – Um pescador de Nazaré, de 24 anos, tornouse o homem a conseguir puxar o camião mais pesado do Mundo, nada mais, nada menos, que 14 toneladas, numa exibição que decorreu há dias na sede dos Bombeiros Voluntários de Alcobaça. Papa Francisco dá nome a nova avenida de Leiria – A variante rodoviária dos Capuchos, na cidade de Leiria, que abriu recentemente ao tráfego automóvel, passou a ter o nome avenida Papa Francisco. Para D. António Marto, Bispo de Leiria-Fátima, esta opção, "é rica de simbolismo, porque o Papa está abrir novas vias, novas avenidas para a História da Humanidade, para levar a cultura de encontro entre as pessoas e entre os povos"

Um ingrediente presente nos brócolos poderá constituir-se como um tratamento eficaz para combater a osteoartrite – uma doença crónica das articulações vulgarmente conhecida como "artrose" e que se carateriza pela degeneração da cartilagem e dos ossos, causando dor, rigidez e redução do movimento. Para ter efeito era preciso comer muitos brócolos. Mas uma empresa farmacêutica do Reino Unido, a Evgen Pharma, encontrou uma solução, tendo desenvolvido uma versão artificial estável deste químico que, sob a forma de comprimido, poderá contribuir para tratar a doença. Cancro do pâncreas – Uma simples análise ao sangue é suficiente para detectar cancro do pâncreas, um tipo de tumor difícil de diagnosticar e que resulta numa elevada mortalidade. A nova técnica foi desenvolvida por uma equipa liderada pela portuguesa Sónia Melo, da Universidade do Porto. As Finanças vão isentar automaticamente de IMI as pessoas com rendimentos anuais brutos inferiores a 15.295 euros e agregados familiares que tenham imóveis de valor patrimonial até 66.500 euros. Estima-se que vão ser abrangidas cerca de 350 mil famílias, que já não têm que solicitar a respectiva isenção na Repartição de Finanças que se exigia até 30 de Junho de cada ano. Caso não o fizessem, teriam que pagar o IMI, mesmo tendo direito à isenção.

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Gorgetas solidárias – Há dias, um cliente de um restaurante de Nova-Iorque deixou a uma empregada de mesa uma gorjeta de 3.000 dólares (cerca de 2.700 euros) para evitar que a mulher fosse despejada de sua casa. Esta é a segunda gorjeta solidária que é partilhada, nos últimos dias, nos EUA. Emplastro de insulina para diabéticos – Um emplastro de insulina, quadrado e do tamanho de um centavo de dólar americano, poderá substituir as injeções para diabéticos, segundo um estudo publicado no dia 23 de Junho na revista científica "Prooceding of the Nacional Academy of Science". Esta doença afecta mais de 387 milhões de pessoas em todo o mundo. Os acidentes nas estradas portuguesas provocaram este ano 242 mortos, mais 25 do que em igual período de 2014, indica a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR). A ANSR, que reúne dados da PSP e da GNR, adianta que este ano se registaram 60.467 acidentes rodoviários, mais 2.708 do que em 2014, quando no mesmo período tinham ocorrido 57.759. Os distritos com mais vítimas mortais este ano são Lisboa (26), seguido de Aveiro (25), Beja e Porto, que registaram 22 mortos cada. Violência doméstica – A esmagadora maioria das condenações por violência doméstica acaba suspensa. Em 100 sentenças analisadas, 30 foram de absolvição e 70 condenatórias, mas, destas, 62 foram suspensas, ou seja, 89%.

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Coisas da nossa terra

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2015

O Júlio e o Boaventura eram irmãos. Ambos nasceram em Santa Catarina da Serra, frequentaram a mesma escola primária, aprenderam a doutrina na mesma igreja e brincaram na rua como qualquer criança da sua idade. Ao despontar da adolescência optaram por seguir o mesmo caminho, a mesma missão, de serem padres. Matricularam-se no antigo seminário diocesano e aí estudaram até serem presbíteros. O Júlio, mais velho, ordenou-se na Sé de Leiria no dia 10 de Julho de 1949 e o Boaventura recebeu o Sacramento da Ordem no Santuário de Fátima no dia 12 de 1953. Ambos cantaram a sua primeira missa na Igreja Paroquial onde foram batizados: Santa Catarina da Serra. Os padres Júlio e Boaventura eram filhos de José Vieira Repolho e de sua mulher Ana Maria e netos paternos de José Domingos e Joaquina Maria, ele da Pinheiria e ela de Boleiros e netos maternos de Manuel Marques e de sua mulher Maria Inácia, sendo ele do Ulmeiro e ela do Pedrome onde todos residiam. Observando este quadro familiar posso afirmar que estes sacerdotes eram meus primos no segundo grau de consanguinidade, mas de casamentos diferentes. O casal José Vieira Repolho e a sua mulher Ana Maria tiveram 9 filhos. O filho mais velho morreu afogado num charco de água, à sua porta e o filho António morreu com doença desconhecida. Era uma família de fracos recursos financeiros. O pai era trabalhador rural, mas também tinha a profissão de barbeiro que praticava nos fins-desemana e tinha algumas avenças de clientes que lhe davam por ano cerca de 30 alqueires de milho. O padre Júlio foi muito ajudado pelo Sr. Prior Joaquim Ferreira Gonçalves das Neves e era um acérrimo colaborador do seu pároco nos assuntos da igreja. Tanto um como o

LUZ DA SERRA

-- sociedade --

Maus tratos a animais – Desde que entrou em vigor a criminalização dos maus-tratos a animais de companhia, há dez meses, as autoridades já instauraram 50 processos-crime e passaram 2.240 contraordenações. Segundo os dados estatísticos do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR, pedidos pela Lusa, desde 1 de outubro de 2014, foram ainda registados um total de 2.269 denúncias.

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LUZ DA SERRA

Pedro Paulo Pereira Pinto, pequeno pintor português, pintava portas, paredes, portais. Porém, pediu para parar porque preferiu pintar panfletos. Partindo para Piracicaba, pintou prateleiras para poder progredir. Posteriormente, partiu para Pirapora. Pernoitando, prosseguiu para Paranavaí, pois pretendia praticar pinturas para pessoas pobres. Porém, pouco praticou, porque Padre Paulo pediu para pintar panelas, porém posteriormente pintou pratos para poder pagar promessas. Pálido, porém personalizado, preferiu partir para Portugal para pedir permissão para papai para permanecer praticando pinturas, preferindo, portanto, Paris. Partindo para Paris, passou pelos Pirineus, pois pretendia pintá-los. Pareciam plácidos, porém, pesaroso, percebeu penhascos pedregosos, preferindo pintá-los parcialmente, pois perigosas pedras pareciam precipitarse principalmente pelo Pico, porque pastores passavam pelas picadas para pedirem pousada, provocando provavelmente pequenas perfurações, pois, pelo passo percorriam, permanentemente, possantes potrancas. Pisando Paris, pediu permissão para pintar palácios pomposos, procurando pontos pitorescos, pois, para pintar pobreza, precisaria percorrer pontos perigosos, pestilentos, perniciosos, pre-

ferindo Pedro Paulo precaver-se. Profundas privações passou Pedro Paulo. Pensava poder prosseguir pintando, porém, pretas previsões passavam pelo pensamento, provocando profundos pesares, principalmente por pretender partir prontamente para Portugal. Povo previdente! Pensava Pedro Paulo... Preciso partir para Portugal porque pedem para prestigiar patrícios, pintando principais portos portugueses. Paris! Paris! Proferiu Pedro Paulo. Parto, porém penso pintá-la permanentemente, pois pretendo progredir. Pisando Portugal, Pedro Paulo procurou pelos pais, porém, papai Procópio partira para Província. Pedindo provisões, partiu prontamente, pois precisava pedir permissão para papai Procópio para prosseguir praticando pinturas. Profundamente pálido, perfez percurso percorrido pelo pai. Pedindo permissão, penetrou pelo portão principal. Porém, papai Procópio puxando-o pelo pescoço proferiu: Pediste permissão para praticar pintura, porém, praticando, pintas pior. Primo Pinduca pintou perfeitamente prima Petúnia. Porque pintas porcarias? Papai proferiu Pedro Paulo - pinto porque permitiste, porém, preferindo, poderei procurar profissão própria para poder provar perseverança, pois pretendo permanecer por Portugal. Pegando Pedro Paulo pelo pulso, penetrou pelo patamar, procurando pelos per-

P tences, partiu prontamente, pois pretendia pôr Pedro Paulo para praticar profissão perfeita: pedreiro! Passando pela ponte precisaram pescar para poderem prosseguir peregrinando. Primeiro, pegaram peixes pequenos, porém, passando pouco prazo, pegaram pacus, piaparas, pirarucus. Partindo pela picada próxima, pois pretendiam pernoitar pertinho, para procurar primo Péricles primeiro. Pisando por pedras pontudas, papai Procópio procurou Péricles, primo próximo, pedreiro profissional perfeito. Poucas palavras proferiram, porém prometeu pagar pequena parcela para Péricles profissionalizar Pedro Paulo. Primeiramente Pedro Paulo pegava pedras, porém, Péricles pediu-lhe para pintar prédios, pois precisava pagar pintores práticos. Particularmente Pedro Paulo preferia pintar prédios. Pereceu pintando prédios para Péricles, pois precipitou-se pelas paredes pintadas. Pobre Pedro Paulo pereceu pintando... Permita-me, pois, pedir perdão pela paciência, pois pretendo parar para pensar... Para parar preciso pensar. Pensei. Portanto, pronto pararei.

E assim foi!

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Paciência... A letra "P" - Apenas a língua portuguesa nos permite escrever isso:

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-- comunidade --

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A 1ª edição do NOVOS VENTOS - Festival de Teatro Comunitário terminou com sucesso. Foi um mês inteiro dedicado à construção de espetáculos com a Comunidade e Colectividades de quatro freguesias, que acreditaram no projeto e o receberam de braços abertos. Foram no todo 4 espetáculos profissionais e 12 espetáculos de teatro realizados pela comunidade, estes últimos foram construídos ao longo de um mês de festival onde 109 pessoas, que fazem parte das 14 colectividades participantes, fizeram teatro com a equipa do Leirena. Ao todo mais de 900 pessoas assistiram aos 4 dias de espetáculos! No entanto, NOVOS VENTOS é um projeto continuo, o seu festival terminou mas o acompanhamento dos grupos continua para que mais teatro exista, para que mais público se crie e para que mais laços se unem. Foi um mês intenso que contou com a generosidade e energia de de todos os participantes e apoiantes deste festival e por isso muito obrigado! Em Santa Catarina da Serra, tivemos a oportunidade de conhecer 3 grupos maravilhosos. O Rancho de São Guilherme, O Coro Infantil da Casa do Povo de Stª Catarina da Serra e o Teatro da Eira. Eles, em

uma semana, puseram em cena com o Leirena Teatro três espetáculos maravilhosos onde, no domingo, mais de 200 pessoas assistiram com um sorriso rasgado o que os amigos tinham preparado para eles. No final, tivemos um espetáculo para todas as idades realizado pelo Teatro da Comuna, “Bão Preto”, que contou com uma plateia cheia. Obrigado a todos os presentes! NOVOS VENTOS - Festival de teatro Comunitário é um festival que pertence à comunidade, e por isso a todo o povo, onde todos e sem excessão podem fazer, ver e respirar teatro! Para o ano Novos Ventos virão! Tencionamos voltar a Stª Catarina da Serra, custe o que custar, e mostrar que a arte teatral é um bem essencial que permite dar a conhecer a identidade cultural local e, sobretudo, unir pessoas e faze-las sorrir! Um obrigado muito especial: À Paróquia de Stª Catarina da Serra pela cedência do Salão Paroquial e pelo apoio na divulgação do evento. À Junta de Stª Catarina da Serra pelo apoio financeiro que permitiu a vinda do Teatro da Comuna até à Freguesia. Ao Villa Batalha Hotel e a toda a sua equipa por apoiar a estadia dos artistas convidados.

Ao Restaurante A Serra que abriu as portas do seu estabelecimento e apoiou nas refeições. À Louriferragens pela cedência de transporte que permitiu levar todo o material técnico às 4 freguesias do Concelho de Leiria. À MAIA Perfil pelas estruturas metálicas. À ForSerra pelo apoio na divulgação. À Companhia de Teatro PoucaTerra pelo apoio técnico. A todo o público pela sua presença! E aos grupos participantes, porque sem vocês não haveria NOVOS VENTOS! Obrigado e até para o ano! E que venham novos ventos! Frédéric da Cruz P. LEIRENA TEATRO - Companhia de Teatro de Leiria


AGOSTO Rancho Folclórico de São Guilherme

Festas em Honra de Santa Marta e Santo Amaro

XXX.º Festival Nacional de Folclore I.º LUSO-FRANCÊS

O festival, preparado, com mais afinco, no dia anterior (1 de agosto, sábado), principiou com a receção aos vários grupos, que iam chegando em autocarros, enquanto se ultimavam os preparativos para o espetáculo. Tiveram a oportunidade de efetuar uma visita ao edifício do Núcleo Museológico e Etnográfico, onde se encontram expostos centenas de objetos utilizados, outrora, pelos antepassados dos habitantes de Santa Catarina da Serra. Seguidamente, pelo meio-dia e meia da hora legal, ocorreu o almoço servido pelos elementos do Rancho no pavilhão pertencente à ASSUL, Associação do Ulmeiro. Por volta das 15:30, realizou-se o cortejo dos grupos, que teve início junto ao espaço do adro da capela de São Guilherme.

As atuações foram assistidas por centenas de moradores da União das Freguesias de Santa Catarina da Serra e Chainça, encontrando-se o engalanado espaço do Núcleo Museológico e Etnográfico repleto de gente para presenciar o maior evento cultural da freguesia. A par-

ticipação do Rancho Folclórico de São Guilherme, que dançou e cantou o Fandango Estremenho, a Moda dos 4 Passos, a Laranjinha e a Festa da Nossa Aldeia, foi elogiada não só pela população, mas também pelos folcloristas que se dirigiram ao local. O grupo francês, composto por elementos já com uma certa idade, foi bastante aplaudido pelos presentes, incluindo, de igual modo, os integrantes dos ranchos portugueses convidados, pois tiveram a oportunidade de contactar com um tipo de folclore diferente, tanto no dançar como no trajar, para além dos instrumentos musicais, caso da gaita-de-foles e da prestigiada “vielle à roue”. Os elementos do Rancho Folclórico de São Guilherme e todas as pessoas que contribuíram, com o seu dedicado labor, para que este dia fosse um sucesso estão, assim, de parabéns. Vasco Jorge Rosa da Silva. Magueigia, 2 de agosto de 2015.

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Nos passados dias 11, 12 e 13 de Julho realizaram-se as tradicionais festas da Loureira, em honra de Sta Marta e de St Amaro. Como tem sido habitual, nos últimos anos, a festa foi organizada pelos jovens de 25, 35, 45 e 55 anos.

DR

Uma hora depois, já no recinto anexo ao referido Núcleo Museológico e Etnográfico, efetuou-se uma cerimónia oficial, protocolar, onde discursaram, por ordem, o presidente da Junta de Freguesia da União das Freguesias de Santa Catarina da Serra e Chainça, José Artur das Neves Ferreira, de Donairia, o presidente da Associação do Rancho Folclórico de São Guilherme, José Humberto Ferreira Simão, de Ulmeiro, o presidente da Associação Folclórica da Região de Leiria e Alta Estremadura, José Vaz, em representação da Federação do Folclore Português, e o ensaiador e fundador do grupo, Diamantino da Purificação Gordo, de Quinta da Sardinha. Depois de os oradores terem feito uso da palavra foram concedidas, pela Câmara Municipal de Leiria, Junta de Freguesia da União das Freguesias de Santa Catarina da Serra e Chainça e Rancho Folclórico de São Guilherme, diversas lembranças aos conjuntos participantes. Por último, antes do início do espetáculo discursou ainda o presidente do Município leiriense, Raul Miguel de Castro, que, entretanto, assomara ao local.

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Desde cedo que foram iniciados os contactos a todos os festeiros, residentes, antigos residentes do lugar da Loureira e emigrantes, a fim de convidá-los a participar. Após algumas reuniões e demais tarefas necessárias para a organização das festas, chegamos finalmente ao primeiro dia de festa, Sábado, 11 de Julho. Iniciaram se então os festejos, pelas 18 h, com abertura do arraial, missa, seguindo se a abertura do buffet e cerca das 21.30 deu-se lugar a atuação do Organista Isidro Alves e mais tarde a atuação da Banda Declínios. No Domingo, dia 12, às 12h, deu-se a abertura do arraial e buffet, procedeu-se a recolha dos andores, seguindose a missa solene e procissão em honra dos padroeiros, com a presença do pároco P. Mário Verdasca. Durante a tarde procedeuse a venda dos andores com os tradicionais bolos, bacalhau, chouriça, a abertura da quermesse e a fim de animar

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2015

No passado dia 2 de agosto, domingo, decorreu, no espaço do Núcleo Museológico e Etnográfico do Rancho Folclórico de São Guilherme, em Magueigia, o trigésimo festival nacional de folclore (o primeiro foi em 1985), tendo atuado o Rancho anfitrião, o Rancho Regional de Fradelos (c. Vila Nova de Famalicão, Baixo Minho), o Grupo Etnográfico de Pampilhosa, GEDEPA (c. Mealhada, Beira Litoral), o Rancho Folclórico de Redinha (c. Pombal, Alta Estremadura) e, por último, o Groupe de La Gigue Dornoise (Dornes, France, França).

LUZ DA SERRA

-- atualidade --

todos os presentes nestes festejos, deu se lugar a demonstração de Zumba Fitness e ao espetáculo infantil palhaços. Já pela noite dentro a animação foi ao encargo do Grupo Musical NKZ. Na segunda-feira deu-se a abertura do arraial e buffet as 12h, seguindo-se missa por intenção dos festeiros as 19h, tendo esta noite sido animada pela atuação do Grupo Musical Banda Kroll. Por fim deu-se lugar ao sorteio de rifas. Ainda, sem nos podermos esquecer de salientar, a celebração da missa prosseguida da procissão de velas, muito participada, na quinta-feira à

noite, antes da festa, e na sexta feira da caminhada noturna, muito animada, pelo ex libris da nossa terra, a "Charneca". Por fim, concluímos que valeu a pena todo o esforço e dedicação, pois, para além de toda a parte cristã inerente nos festejos, também se deu lugar ao convívio, amizade, partilha e, acima de tudo, união entre todos os festeiros, que pensamos ter sido contagiante a todos os visitantes do evento e, de uma forma particular e muito especial, aos residentes da "Loureira". Um Festeiro pub


LUZ DA SERRA

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Associação dos Amigos dos Bombeiros do Sul do Concelho de Leiria

1º Sarau Cultural das 4 Freguesias área de atuação própria que compreende as freguesias de Arrabal, Caranguejeira e UF de Sta. Catarina da Serra/Chaínça, em particular.

Tal evento visa essencialmente dois objetivos: Angariar fundos para a Associação/Bombeiros; Divulgar e apresentar todo um conjunto de mais-valias ao nível musical, cultural e artístico existente nas freguesias de Arrabal, Caranguejeira e UF Sta. Catarina da Serra/Chaínça. Teremos várias instituições das quatro freguesias a participar desinteressadamente neste evento, pelo que esperamos sinceramente também projecte de alguma forma o excepcional trabalho desenvolvido por estas. Desde já um agradecimento especial ao Srs. Jorge Dias da Caranguejeira, Nelson Oliveira do Arrabal e Rita de Santa Catarina da Serra, que tem coordenado em cada uma das freguesias os con-

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A Associação vai realizar o evento denominado “1º SARAU CULTURAL DAS 4 FREGUESIAS”, no p.f. dia 17/Out/2015, às 16h30, no Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria.

tactos com as várias instituições e bem assim ajudado na elaboração do programa deste evento. Começou já a ser feita a sua divulgação,(junto se envia um anexo o cartaz do evento para a distribuição habitual) que esperamos entretanto vir a intensificar através dos mais variados canais de divulgação próprios e ainda, no mês que antecederá a sua realização, iremos ter a colaboração da rádio local “94FM”, que diariamente, em vários spots publicitários dará realce ao evento o que, necessariamente abrangerá

Protocolo com bombeiros voluntários de leiria Outro dos objetivos que saiu da assembleia de Março foi o avançarmos para apresentação de um protocolo atual com os Bombeiros voluntários de Leiria, devido ao facto do mesmo não ter já qualquer validade Jurídica, pois os envolvidos no protocolo inicial não são já os mesmos, nem as condições existentes hoje tem algo a ver com as condições iniciais. Porque entretanto se meteram de permeio os eventos “Todo o Terreno” mas sobretudo a feira de Maio (muita complexidade logística) que nos absorveu completamente, não nos deixou qualquer disponibilidade para ir trabalhando no novo protocolo. Passados estes eventos e ainda antes das férias, elaborou-se um anteprojecto para estudo antes da apresentação final aos Bombeiros de Leiria. Porque sempre nos pareceu que as juntas de freguesia foram e são naturalmente uma parte ativa em todo este processo, não só pela sua relação histórica de primordial

importância, pois desde o seu início que foram quem lhe deu alma e 0 colocou em andamento, mas também porque são ainda hoje quem desenvolve esforços no sentido de participar ativamente nas escolhas para os órgãos sociais da associação. Seria, parece-nos não só injusto, como também desapropriado e um erro histórico colocá-los de fora, atendendo à sua importância histórica e estratégica. Pelo que de uma forma indissociável, não compreendendo nós que fosse doutra forma, reunimos com os mesmos, tendo daí resultado uma apreciação conjunta do novo protocolo a apresentar aos Bombeiros Voluntários de Leiria. Aproveitando essa união de esforços, de imediato se enviou uma carta assinada também pelos três presidentes de junta a solicitar uma primeira reunião para o início de conversações com vista ao estabelecimento do referido novo protocolo.

um leque considerável de ouvintes desta região centro do país. Concomitantemente, o evento acarreta gastos de diversa natureza (p.e. publicidade, pagamento de algumas taxas específicas a eventos do género, etc.).

Senhor empresário, ao apoiar-nos irá certamente contribuir não só para o sucesso desta iniciativa, mas também pela ampla divulgação da vossa empresa e ainda, para que Associação possa continuar a proteger pessoas e bens, como é nosso objetivo. Em edições futuras daremos a conhecer o alinhamento do espetáculo, com as coletividades/entidades/associações envolvidas… BEM HAJAM.

Sobre a nossa associação… Sabias que: O terreno onde hoje está implantada a nossa Associação e consequentemente o quartel de bombeiros (constituído por dois números matriciais) foi adquirido pelas nossas quatro freguesias! Sabias que: O projeto de construção esteve e… está ainda em nome dos Bombeiros Voluntários de Leiria (obrigação pelo facto de nunca termos tido o estatuto de Utilidade Pública)!

Assim, apelamos ao espírito altruísta e filantrópico por parte dos cidadãos e demais empresas beneméritas, sem o que dificilmente a Associação conseguirá honrar os seus compromissos quer financeiros, quer essencialmente para com a população em geral e residente na sua

Sabias que: A obra ainda não está licenciada – não existe ainda licença de utilização. Em 2011 a CML pediu elementos aos BVL para finalizar o processo de licenciamento e… até agora os mesmos nunca não foram entregues!

Licenciamento e obras Estão também em curso diligências no sentido de avançar para o licenciamento do quartel, tal como também foi anunciado na assembleia geral de Março. Surgiu uma hipótese de candidatura para a realização de obras no quartel. Como todos se recordam e sabem esta era uma pretensão e uma promessa desta direção, que era poder criar condições no quartel para ter uma arrecadação para a logística dos eventos, eventualmente uma oficina auto para reparação das viaturas de serviço e também uma lavandaria, para fazer face às necessidades operacionais. Estamos a

“A Associação dos Amigos dos Bombeiros do Sul do Concelho de Leiria é mais que uma entidade que apoia, protege e socorre as populações das freguesias de Santa Catarina/Chaínça, Arrabal e Caranguejeira. É também um polo dinamizador de iniciativas de caráter social, cultural, recreativo e desportivo. Contamos convosco… a bem da humanidade”

averiguar se estão cumpridos todos os pressupostos para se poder avançar definitivamente para este projeto. Estão a colaborar com a Associação dos amigos neste novo e eventual projeto para o quartel, a Engenheira Ana Paula Vieira e Arquitecta Susie Oliveira, ambas do lugar de Cardosos a quem desde já agradecemos o seu valioso contributo.

Sabias que: Ao contrário do que algumas pessoas insistem em afirmar, a nossa Associação não existe obrigatoriamente só para dar apoio e financiar a 6ª Companhia dos BVL, mas, segundo artigo 3º dos nossos estatutos, “…os nossos objetivos poderão enquadrar-se nos deles…”! Seja, não é uma obrigação, mas sim uma possibilidade!! A nossa associação é mais que uma entidade que, através dos Bombeiros Voluntários de Leiria, protege e socorre as populações das freguesias de Santa Catarina/Chaínça, Arrabal e Caranguejeira… É também um polo congregador e dinamizador de iniciativas de caráter social, cultural, recreativo e desportivo”.

Estatuto de Utilidade Pública Encontra-se desde finais de Maio/princípios de Junho, em sede do concelho de ministros do governo de Portugal, o pedido de Utilidade Pública, que saiu da assembleia de Março como um dos

objectivos a alcançar por esta Associação. Quer isto dizer que está cumprido um dos objetivos dessa assembleia. Aguarda-se agora a resolução do processo em sede governamental. pub


AGOSTO

LUZ DA SERRA

-- autarquia --

2015

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União das Freguesias de Santa Catarina da Serra e Chainça

Junta de Freguesia

Sumo. Esta intervenção também se estendeu à lavagem e tratamento do telhado. Assim as nossas crianças,

Junta de Freguesia

A Junta de freguesia mandou pintar das paredes exteriores da escola do primeiro ciclo dos Olivais/Vale do

quando regressarem à escola em setembro, encontrarão uma “escola nova”.

Comissão Social de Freguesia No passado dia 29 de julho pelas 15h00 decorreu no auditório da Junta de Freguesia a 2º Reunião Plenária onde ficou aprovada a Comissão Social de Freguesia e os seus parceiros. No decorrer da reunião ficou definido o Regulamento Interno e a constituição do Núcleo Executivo da Comissão Social de Freguesia de Santa Catarina da Serra e Chainça. Foi uma tarde muito produtiva, pois todas as entidades demonstraram motivação e contributo positivo de forma a melhorar a realidade social da freguesia. Fazem parte da Reunião Plenária os seguintes parceiros:União de Freguesias de Santa Catarina da Serra e Chainça; Câmara Municipal de Leiria GNR- Comando Territorial de Leiria; Centro Distrital da Segurança Social; Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados Cidade e as Serras - Polo Santa

Catarina da Serra e Chainça; Agrupamento de Escolas de Caranguejeira e Santa Catarina da Serra; Conferência São Vicente Paulo; Associação para o Desenvolvimento Social da Loureira; Associação de Promoção Social de Chainça; Centro Paroquial e Social de Santa Catarina da Serra; FORSERRA; Casa de Repouso de Fátima; Grupo LENA; CRIF- Centro de Reabilitação e Integração de Fátima O Núcleo Executivo corresponde ao grupo de 7 entidades que estão mais no terreno, irão reunir em regra uma vez por mês, sendo definido as seguintes entidades:União de Freguesias de Santa Catarina da Serra e Chainça; GNR- Comando Territorial de Leiria; Centro Distrital da Segurança Social;

Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados Cidade e as Serras - Polo Santa Catarina da Serra e Chainça; Agrupamento de Escolas de Caranguejeira e Santa Catarina da Serra; Conferência São Vicente Paulo; Centro Paroquial e Social de Santa Catarina da SerraEsta comissão está recetiva à entrada de novos parceiros locais que poderão de forma relevante melhorar a mesma. As reuniões Plenárias irão decorrer de 4 em 4 meses.

Após algum tempo de espera, o alcatrão chegou ao final da Rua Central, no Sobral! No seguimento do alargamento da rua efetuado pela Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra e Chainça foi necessário esta Junta assumir o acréscimo do pavimento, pois os SMAS já tinham esgotado o valor estipulado para aquela rua.

Museu Ativo Museu Ativo “é o programa com o qual a Câmara Municipal de Leiria pretende desafiar os “jovens” com mais de 55 anos, das freguesias do concelho de Leiria, a visitarem o Agromuseu Municipal Dona Julinha e o Moinho do Papel, assumindo-se como ‘embaixadores’ destes espaços culturais junto de gerações mais novas. “Proporcionar à população sénior do concelho estas visitas é uma forma de dar a conhecer e apreciar os equipamentos culturais do município, bem como sair das mesmas como ‘embaixadores’ na divulgação da sua experiência junto dos filhos, netos e amigos”, explica o vereador da cultura, Gonçalo Lopes.”

Espaço reflexão Este espaço foi criado e será dinamizado todos os meses apresentando um texto refletivo de forma a partilhar algumas ideias, experiências e poder chegar ao coração de todas as pessoas.

Dedicação “Dedique-se a si mesmo, aos que o rodeiam, dedique-se com amor ao que mais gosta, dedique-se à sua profissão, à sua causa. É a dedicação que define a importância que algo tem para nós. Dedicar é dar atenção, é cuidar, é fazer com que as coisas aconteçam. Este mês sugiro-lhe que se dedique: a si, aos outros, à sua profissão e ao que o rodeia, dedique-se com amor à vida, seja feliz, sinta-se preenchido. Desejo-lhe um

mês com muita dedicação e que sinta preenchimento dentro de si para que consiga melhorar a sua qualidade de vida.” Susana Laranjeiro Henriques (Técnica Superior de Educação social social@santacatarinada serra.com)

No passado dia 23 de junho e 14 de julho pelas 14h00 os “jovens com mais de 55 anos” do Centro Social e Paroquial de Santa Catarina da Serra e a Associação de Desenvolvimento Social da Loureira participaram na iniciativa “Museu ativo”. Foram duas tardes bem passadas repletas de bons momentos e recordações do passado. A União das Freguesias agradece a todos os “jovens com mais de 55 anos” pela participação neste Projeto. Quem ainda não teve oportunidade de conhecer este projeto poderá inscrever-se na Junta de Freguesia para a próxima visita marcada para o dia 17 de Novembro.

Limpeza de ruas e outros espaços públicos A Junta de Freguesia tem vindo a proceder à limpeza de ruas e outros espaços públicos da freguesia. Durante o mês de julho foi feita a limpeza de algumas ruas da Chainça e da Loureira. A limpeza vai continuar por outros lugares da freguesia, no entanto todos sabemos que “a seara é grande e os trabalhadores são poucos…“

Requalificação da Rua da Lapa, Sirois

Junta de Freguesia

Pavimentação da Rua Central no Sobral

Pintura exterior da Escola EB1 dos Olivais / Vale do Sumo

No passado mês de Julho, foi intervencionada parte da Rua da Lapa, Sirois, com a colocação de betuminoso numa faixa longitudinal significativa. Esta intervenção há muito que vinha sendo reclamada pelos moradores, desde a construção das novas habitações que obrigou o recuo dos muros existentes.

“Ser Presidente enquanto experiência de vida” Ao longo de vários meses iremos abordar antigos Presidentes da Junta de Freguesia para conhecer quais as aprendizagens adquiridas ao longo dos seus mandatos, referindo apenas a seguinte questão: O que aprendeu enquanto ser humano ao longo do seu mandato? “Aprendi muito, principalmente que é preciso ter um bom coração, saber falar com o povo. Tentei sempre solucionar qualquer problema, gostei muito de ser presi-

Ex. Presidente Manuel Francisco Lourenço 1981-1990 dente, tinha cuidado na linguagem ao falar com as pessoas. Tentei dar valor a todos, defendia os cidadãos da freguesia, adaptava-me a cada caso, tentando sempre ajudar de forma próxima e cuidada.”


LUZ DA SERRA

Associação de Promoção Social da Chainça

passos numa marcha cuja letra lhes foi inteiramente dedicada. Os finalistas do pré-escolar tiveram o seu momento em palco e em jeito de despedida cantaram a importância da amizade. As crianças da CAF também presentearam a comunidade com canções de hoje e sempre. E a diversão continuou pela noite fora, seja através do convívio, seja pelos pulos nos insufláveis, seja nas pinturas faciais escolhidas… e não faltaram as tasquinhas

de comes e bebes. E de sorriso estampado algumas crianças partiram de férias e outras, não menos contentes, ficaram por mais umas semanas e mais dia, menos dia também as gozarão. E enquanto umas vão e outras regressam, esta instituição educativa encontrase em funcionamento e à espera de visitas. Sejam bem vindas!

APS de Chainça em destaque No passado dia 18 de Julho iniciou-se mais um torneio de futsal organizado pela Associação de Promoção Social de Chainça. Este torneio realiza-se desde 1976 no campo de futsal desta associação. A modalidade tem vindo a sofrer alterações nas suas regras, passado de futebol de salão para futsal. É um torneio frequentado por grandes atletas que representam grandes equipas de campeonatos nacionais e também por atletas mais amadores mas que igualmente dão espetáculo e convívio. Esta foi a 39º edição deste torneio de futsal que terminou no dia 2 de Agosto. Foi

das edições mais curtas deste torneio devido à escassez de equipas e patrocinadores em quererem participar, mas ultrapassando todas as dificuldades, concretizou-se mais um bom torneio desta modalidade. Este torneio foi composto por 8 equipas, tendo terminado com a seguinte classificação: 1º Fontainhas, 2º Arcos de Fátima, 3º Meo/Quiosque, 4º Alqueidão da Serra, 5º Kopius-café, 6º Comarfel/Kitolas bar, 7º APS Chainça e em 8º Arieiro. Foi ainda distinguido como melhor jogador do torneio o atleta Marco Russo da equipa Fontainhas, como melhor marcador o atleta Jorge dos Arcos de Fátima,

como melhor guarda-redes o atleta Alex das Fontainhas. A taça disciplina foi entregue à equipa Kopius-café. A APS Chainça comemorou o seu 39º aniversário no passado dia 31 de Maio, tendo festejado com todos os seus sócios num almoço de convívio. Esta associação promove ainda nos próximos dias 19 e 20 de Setembro um evento de tasquinhas com o batismo da ginja. Rúben Frazão

lavagem de bicicletas e balneários. Os participantes e acompanhantes ainda poderão participar num almoço convívio. Os caminhos e trilhos estarão todos assinalados, estes têm vindo a ser preparados nos últimos meses em zonas de grande densidade florestal. Para os interessados que ainda não se inscreveram, ainda podem participar comparecendo no Domingo,

20 anos de negócio Negócio de família, provavelmente o mais antigo da freguesia, comemora este ano 20 anos. Curioso? Tudo começou na década de 1920 no Ulmeiro. Um pequeno negócio de compra e venda de produtos da terra e que a agricultura produzia por iniciativa de Manuel António Lebre. O negócio prosperou e passou para a filha, Maria dos Anjos Lebre, mais conhecida pela “Ti Maria da Venda”. Assumiu o negócio de família que, na altura já era uma referência no Ulmeiro e localidade vizinhas, na década de 1940 e deu-lhe continuidade até 1995. Aumentou o espaço, os produtos de venda ao público. Foi a partir deste ano, 1995, que José Augusto Lebre Marques lhe sucedeu nos destinos do negócio e permanece até aos dias de hoje. Hoje, quem visita este espaço, encontra uma superfície comercial de cerca de 200m2 onde pode encontrar de tudo um pouco para a casa e agricultura. Tem um pequeno espaço onde pode beber o seu café e ler o jornal do dia. Os dias de negócio já foram mais fáceis noutros tempos.

Hoje sobrevive-se fazendo contas, sempre com a óptica de manter o negócio e os clientes habituais, oriundos sobretudo da Freguesia. José Augusto Lebre Marques e Laurinda Silva Oliveira Marques convidam todos os

clientes e amigos para celebrar os 20 anos que estão à frente do negócio, com um porco no espeto no próximo dia 9 de Agosto a partir das 16h.

Homenagem aos Combatentes

Bicipingas e Comissão de Festas de Santa Quitéria promovem 2º passeio de btt em Chainça No próximo dia 9 de Agosto irá realizar-se o 2º passeio de b pelos montes e trilhos de Chainça, que está a ser organizado pela Comissão de Festa de Santa Quitéria de 2015 com a ajuda do grupo Bicipingas b . Este passeio terá um trajeto mais acessível de 20km, e outro mais longo com 40km. Os tempos serão cronometrados e haverá reforços alimentares em vários locais do trajeto. No final há zona de

2015

Empresas & Negócios

Festa de final de Ano Na Associação de Promoção Social da Chainça festejouse o final do ano letivo no passado dia 10 de julho. Ao final da tarde realizouse uma festa aberta a toda a comunidade escolar, local e circunvizinha. A festa iniciou-se com a prestação das crianças de creche e jardim de infância que deliciosa e coloridamente marcharam bem ao jeito das festas juninas, tão populares na nossa cultura portuguesa. Desde os mais pequeninos aos mais crescidos, de flores e manjericos ao peito, deram

AGOSTO

-- associativismo --

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9 de Agosto, às 8h30 junto à Igreja da Chainça. Os lucros do passeio revertem a favor da festa, que se irá realizar no ultimo fim de semana de Agosto, dias 28, 29, 30 e 31. Rúben Frazão

A Câmara Municipal de Leiria e a Liga dos Combatentes, irão organizar, pelo quarto ano consecutivo uma Homenagem aos Combatentes (consideram-se Combatentes os cidadãos que prestem ou tenham prestado serviço nas Forças Armadas ou nas Forças de Segurança Portuguesas e tenham participado em missões de defesa, de segurança, de soberania, humanitárias e de paz ou de cooperação) do Concelho, no próximo dia 20 de setembro, com o seguinte programa: 15h00 – Missa solene, na Sé Catedral de Leiria; 16h00 – Homenagem aos Combatentes mortos e descerramento da placa alusiva à cerimónia; 16h30 – Desfile de Combatentes, no Largo 5 de Outubro (frente ao edifício Banco de Portugal); 17h00 – Entrega de diplomas aos participantes (fonte lu-

minosa); 17h15 – Demonstração cinotécnica (fonte luminosa); 17h45 – Lanche convívio (Mercado de Sant’Ana). Esta iniciativa conta com o apoio do Regimento de Artilharia Nº 4, da Base Aérea Nº 5, da Guarda Nacional Republicana de Leiria, da Polícia de Segurança Pública de Leiria e das Juntas de Freguesia do Concelho de Lei-

ria. Pode-se inscrever no balcão da secretaria da União de Freguesias no horário das 8:30 as 18 horas, sem interrupção para almoço, ou solicitar mais informações pelo contacto 919630030 ou 244741314. Participe e venha representar a nossa freguesia.


AGOSTO 2015

Desportivamente Falando

A Palavra aos “Protagonistas” Como o sub título indica, este mês vou limitar-me a dar a palavra ao actual presidente da direcção da UDS e ao novo treinador da equipa sénior, para a próxima época futebolística de 2015/2016. Não deixo no entanto de fazer ligeiros comentários ao que de facto aconteceu em termos desportivos na freguesia ou até noutras paragens. Isto porque esse grande ciclista da nossa terra, de seu nome Américo Vieira, continua para lá dos 60 e tal anos, não só a enriquecer o seu palmarés desportivo, como leva o nome de Santa Catarina da Serra e o de Leiria, bem longe! No futebol, para lá das duas entrevistas atrás anunciadas, uma palavra de apreço e regogizo para o Torneio Inter Terras que pelo segundo ano consecutivo, levou dezenas de jovens e muitos moradores dos respectivos “Ramos”, ao Complexo Desportivo da Portela. Ao contrário do que acontecia há alguns anos atrás, quer o Torneio de Futsal da Chainça e do Cercal, não têm equipas representativas da nossa freguesia. Existem alguns jogadores oriundos das camadas jovens da UDS e do Futsal unionista, dispersos por algumas equipas. Como não tive presente na

LUZ DA SERRA

-- desporto --

Virgílio Gordo O autor ainda escreve de acordo com a antigo acordo ortográfico

última Assembleia-geral da UDS, só comento o facto de ter tido apenas 16 sócios presentes! Na minha opinião, são apenas “sinais dos tempos”, pois o voluntariado está, não digo morto, mas moribundo! E não é apenas na nossa terra! Felizmente, a maior parte das nossas Associações, pelo menos as que têm maior adesão, têm nas suas fileiras, muitos jovens. Ora isso é motivo, não só para congratularmo-nos como deve levar-nos a apoiá-los! Eles merecem!

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2º Torneio Inter Terras Depois de no ano transacto ter atingido todos os objectivos e consequentemente grande brilho, o segundo torneio entre os vários lugares da freguesia distribuídos pelos 6 Ramos da Paróquia, voltou a congregar as várias vertentes nelas inseridas. Realizado de modo algo diferente em termos de calendarização, foi uma grande e ganha aposta, ter os jogos disputados a meio da semana (Quarta-feira) e á Sexta-feira. Também as equipas dos Ramos, foram feitas mais criteriosamente. Assim, o Complexo Desportivo da UDS e o próprio

Campo da Portela, voltaram a ser palco de muita juventude, com a sua alegria e alguma irreverência, embora saliente a sã rivalidade. Parabéns a todos quantos participaram e trabalharam para continuar a elevar o nome da União da Serra e da nossa Freguesia. Eis os resultados: 1ª Jornada: Chainça, 0 – Vale Sumo, 4; São Guilherme, 3 Sta. Catarina, 4 e Loureira,1 – Vale Tacão, 4. 2ª Jornada: Vale Sumo, 7 – Loureira, 1; Vale Tacão, 8 – Sta. Catarina, 0 e São Guilherme, 3 – Chainça, 0.

3ª Jornada: Loureira, 1 – São Guilherme, 2; Vale Sumo, 1 – Vale Tacão, 3 e Sta. Catarina, 1 – Chainça, 4. 4ª Jornada: Vale Sumo, 8 – Sta. Catarina, 0; São Guilherme, 3 – Vale Tacão, 3 e Chainça, 1 – Loureira, 4. 5ª Jornada: Vale Tacão, 5 – Chainça, 3; Vale Sumo, 1 – São Guilherme, 3 e Sta. Catarina, 10 - Loureira, 1.

do dia 10 de Julho, com a entrega de prémios. O vencedor do torneio voltou a ser a equipa do Ramo do Vale Tacão. No Torneio das Caricas, foi vencedor o Ramo de São Guilherme. O melhor marcador foi o Dany Rodrigues e o Melhor Jogador o Sérgio Gordo, mais conhecido no meio fu tebolístico por, Zim. Virgílio Gordo

O torneio encerrou na noite

Entrevista ao Presidente da Direcção da UDS, Pedro Baptista Embora seja nas Assembleias-gerais que os sócios devem participar e conhecer a realidade do clube, o nosso jornal continua a chegar e a levar muito do que se passa na nossa terra e nas respectivas Associações. Foi dentro desta perspectiva, que dirigimos apenas duas propostas ao actual presidente da União Desportiva da Serra. Assembleia-geral Realizou-se no passado dia 23 de Julho a Assembleiageral, com a apresentação do relatório de actividades da época passada (2014/2015), plano de actividades e respectivo orçamento para a próxima época (2015/2016). Realço pela negativa, a pouca adesão dos sócios (16). Estas Assembleias, têm como finalidade dar a conhecer a situação económica e desportiva da colectividade. Desportivamente, a UDS tem vindo a crescer em número de atletas. Cerca de 180, repartidos pelas diversas valências (escalões).

Desde os Petizes, a partir dos 5 anos, até aos seniores. Futebol de 11 e Futsal, masculino e feminino. Abrimos as portas à comunidade, com a realização dos torneios de futsal e futebol de 7, o Inter-Aldeias. Económicamente, não tem sido fácil, fazer frente a todos os compromissos, perante os fornecedores. Assim sendo, pede-se a todos os sócios e simpatizantes, que redobrem os esforços, para podermos honrar todas as nossas obrigações. Para ajudar, basta participarem mais ativamente na vida do clube. Todas as sextas-feiras, no

torneio da Sueca, ou indo assistir aos jogos durante a época, ou em qualquer outra atividade, como jantares, Festival do Chícharo, torneios e festas.

Próxima época A próxima época, já está em programação. Iremos continuar com todos os escalões. Desde os Petizes, aos Seniores, futebol e futsal, masculino e feminino. Esperamos atingir o mesmo número de atletas e porque não, ultrapassá-lo. Contamos com a ajuda de todos. Atletas, Pais, Treinadores, Directores, Sócios e toda a população em geral. Estando esta desde já, convidada a participar ativamente na vida deste nosso clube.

Entrevista ao Marco Aurélio Porquê a União da Serra para iniciares a tua carreira de treinador? O porquê é muito simples, após ter tido a experiência de ter sido Treinador adjunto do Luís Bilro Na União de Leiria no CNS, tinha idealizado iniciar-me como treinador principal este ano após a conclusão do Curso UEFA B que realizei no decorrer das últimas 2 épocas. Esse objetivo passava por treinar uma equipa sénior e se possível alguma com a qual eu já tivesse alguma ligação anterior talvez por ser uma adaptação mais fácil a uma realidade que já conhecemos. Com sorte e bastante orgulho houve a oportunidade de isso acontecer num clube em que vivi 5 anos da

minha vida enquanto jogador. O Humberto Gordo contactou-me e com a maior das facilidades chegamos a um entendimento sobre o que se pretende para a época 2015/2016

Projecto (s) para a época de 2015/2016? Penso que falar em projetos em divisões distritais é muito subjetivo. Tudo é muito relativo e consequentemente fácil de alterar ou modificar em todos os momentos de uma época. Penso que o importante será mesmo a UDS ser um clube estável, correto e com pessoas sérias e honestas como foi, como é, e como esperemos que seja sempre.

Voltando ao "projecto" que fala, julgo que o importante mesmo dar a oportunidade de jogadores jovens e jogadores da zona poderem demonstrar o seu valor e prazer em praticar Futebol num Clube bastante representativo do distrito de Leiria. O que dita os projetos são os resultados e sem resultados não há projetos. O que há e vai haver é um planeamento da época para uma cultura de vitórias tendo como base como referi acima uma equipa de jogadores jovens, jogadores preferencialmente desta zona e de jogadores com que têm ou tiveram já ligação a este Clube. Tanto eu como o Pedro Santos (também ex-jogador do Clube e

Será que o teu passado como jogador do clube e como tal conhecedor do mesmo pesou na tua decisão?

que faz parte da equipa técnica) sempre fomos e somos ambiciosos, e ambos queremos ganhar, ganhar sempre. Sabemos que vamos trabalhar para isso e depois, com o decorrer da época vai haver altura de se falar mais concretamente em projetos.

Claramente!!! Tenho uma enorme estima à União da Serra assim como a muitas pessoas que tive oportunidade de conhecer e trabalhar ao longo destes anos. Foram sempre extremamente gratificantes todos os momentos que passei neste clube. E espero ter o mesmo sucesso agora como o que tivemos aquando da minha passagem no clube enquanto atleta. Sabe, dá-me uma alegria e um gozo enorme lembrarme de momentos em que o Campo tinha sempre cente-

nas de apoiantes, a famosa Claque que se formou para apoiar o clube em todos os momentos, o apoio, a alegria e o orgulho das pessoas da terra na UDS, ... e embora sabendo que a realidade é bem diferente de à uns anos atrás, é com essa expectativa e vontade que iremos trabalhar, para que todas as pessoas se orgulhem do Clube e das pessoas que o representam. Obrigado.


LUZ DA SERRA

AGOSTO

-- histórias da História --

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2015

Franceses em Santa Catarina da Serra: 1807-11 Em 1807, principiou a primeira de três invasões francesas em território português, todas sem sucesso, resultando, apesar de tudo, imensos danos materiais e, mais importante, elevado número de óbitos. Na realidade, Napoleão I bloqueou os portos aos ingleses, disposição a que Portugal, aliado de Inglaterra desde há séculos, não acedeu. Assim, como o país não cumprisse as prerrogativas das autoridades francesas, ao contrário do sucedido com outros Estados europeus, foi alvo de diversas intervenções militares. Os primeiros soldados, comandados pelo general Junot, atravessaram a fronteira, pela Beira Baixa, a 19 de novembro de 1807. O trajeto efetuado pelos militares não afetou, nesta primeira fase, o território serrano, não só porque a progressão no terreno foi pacífica, mas também pelo facto de as três divisões terem transitado sempre nas proximidades do rio Tejo, ou seja, a sul da freguesia de Santa Catarina. Neste período, o destacamento que seguiu mais para norte atingiu a povoação de Torres Novas. Na realidade, a 2324 de novembro de 1807, o exército, em Abrantes, dirigiu-se para Constância, onde foi, novamente, dividido, chegando uma força, como se referiu, à região torrejana. O outro corpo deslocou-se até Golegã, onde pernoitou. Um terceiro corpo, sob o comando de Caraffa, espanhol, saiu de Constância em direção a Tomar, primeiro, e a Porto, posteriormente. Da força posicionada em Torres Novas, seguiu uma parte para Abrã e outra para Pernes, onde se reagruparam. O corpo enviado a Abrantes deslocou-se, diretamente, para Santarém. Por fim, a chegada a Lisboa ocorreu a 30 de novembro de 1807. A paróquia de Santa Catarina da Serra, como se re-

feriu, não foi percorrida, nesta fase, por qualquer grupo de soldados invasores, até porque o objetivo era a ocupação da capital. A proximidade das datas indica, de forma clara, que os militares não se detiveram muito nos sítios referidos, apesar de a progressão no terreno não ter sido a melhor, uma vez que, à época, por não se terem efetuado ainda rigorosos estudos e trabalhos no âmbito da topografia e da geodesia, não havia cartas minuciosas do território português de antanho. De facto, o levantamento dos finais do século XVIII, interrompido pela guerra peninsular, só viria a recomeçar na segunda década de oitocentos. Portugal permaneceu pacificado durante meses, mais precisamente de dezembro de 1807 a julho do ano seguinte. Novas diretivas do imperador francês, que solicitou a presença das melhores tropas lusas nos recontros do leste europeu, a exigência de impostos elevados, para auxiliar no esforço de guerra, e a nomeação, a 1 de fevereiro de 1808, de Junot como direto representante de Napoleão no país, levou ao surgimento de insurreições por todo o Portugal da época, de norte a sul. Para pôr cobro às ações dos revoltosos, o comandante-em-chefe enviou diversos corpos militares, chefiados pelos seus generais. Leiria, a cidade mais próxima de Santa Catarina, foi fortemente afetada, primeiro por Loison e numa fase posterior por Marganon. À entrada das tropas napoleónicas na cidade supra, seguiram-se inúmeros desmandos, resultando uma acentuada mortandade e pilhagens diversas. É neste contexto que se insere o designado massacre da Portela, onde uma força de resistência ao invasor foi desbaratada, resultando na morte de imensos habitantes. As

deslocações pelo território leiriense incidiram sobre uma área enorme, apesar de haver falta de documentação coeva probatória acerca da presença de militares franceses na Serra. Não abundam, até porque nunca foi feito um profundo estudo científico, os diplomas referentes ao período em questão. Na realidade, parte significativa da informação foi transmitida de geração em geração, por via oral, até à atualidade. A inexistência de diplomas elucidativos tem a ver com o facto de a população, maioritariamente analfabeta, estar mais preocupada com a sobrevivência do que com registos escritos. O desembarque de uma força inglesa em Figueira da Foz, leva Junot a deslocar tropas para norte, para enfrentar um inimigo que o vence em Roliça, a 17 de agosto, e em Vimeiro, a 20. Neste período, as povoações de Peniche, Óbidos, Nazaré, Alcobaça e Caldas da Rainha são fustigadas pelo invasor. Os desmandos só findaram aquando da rendição, a 30 de agosto de 1808, dos franceses ao oficial britânico Wellesley, que viria a ser nomeado, mais tarde, duque de Wellington. A segunda invasão, ocorrida em 1808, não afetou a região centro, tendo o comandante-em-chefe Soult invadido o país pelo norte, não conseguindo, no entanto, avançar para sul, devido à fortíssima oposição de soldados e camponeses armados. O mesmo não se pode afirmar relativamente à terceira invasão, que ocorreu nos anos de 1810-11 e que - esta sim - provocou danos avultados e perdas humanas em Santa Catarina e respetivo território. De facto, perante os insucessos das manobras militares napoleónicas em Portugal, o imperador francês resolveu enviar, pela terceira vez, uma força para ocupar o país,

encarregando da missão o marechal Massena, que, com os generais Junot e Ney, ataca, a 15 de agosto de 1810, a imponente fortaleza de Almeida. O território português foi invadido por três corpos de exército, o 2.º, o 6.º e o 8.º, comandados, respetivamente, por Reynier, Ney e Junot. Por sua vez, ao longo do terreno, as forças anglo-lusas foram minuciosamente dispostas para travar ou abrandar o avanço do oponente, impedindo a ocupação de Lisboa, que, aliás, se encontrava devidamente defendida por dezenas de fortins ao longo das linhas de Torres Vedras, assim como de numerosos outros obstáculos. Concomitantemente, o adversário era alvo de operações de guerrilha, responsáveis, em grande parte, pela desmoralização dos franceses. Na região centro, a deambulação de um imenso corpo com 150 mil esfaimados soldados causou prejuízos avultados. Em 21 de setembro de 1810, o inimigo encontrase em Santa Comba Dão, tendo sido derrotado no Buçaco, sem, no entanto, deixar de progredir para sul. A 5 de outubro do ano infra, o 6.º e o 8.º exércitos entram em Leiria, que estava deserta, e pilham o paço episcopal, atacando, pela mesma época, à medida que transitavam em direção a sul, grande parte das freguesias do então bispado leiriense, incluindo as do maciço calcário estremenho, caso da de Santa Catarina, onde foram abatidas 9 pessoas e 319 pereceram por doenças diversas, uma vez que a escassez alimentar era um facto constatado, pois não só os campos santacatarinenses tinham sido afetados, como as populações se deslocaram, aos magotes, para fora das povoações, ocultando-se em locais dispersos pelas serranias. [Foi, seguramente, neste contexto que surgiram inúmeras estórias que se têm repetido, ano após

ano, acerca das invasões francesas]. A progressão dos militares em direção a Lisboa foi travada nas citadas linhas de Torres, tendo o inimigo permanecido, durante meses, sob duras condições de sobrevivência, por falta de abastecimentos, por doenças e cansaço dos muitos soldados e pelas baixas constantes provocadas tanto pelas forças aliadas, como pela guerrilha. Massena, incapaz de avançar, ordenou a retirada ordeira das tropas para Espanha, ao mesmo tempo que o invasor era, agora, perseguido pelas tropas anglo-lusas. A saída do país ocorreu a 4-5 de abril de 1811, sendo que um mês antes, mais precisamente a 8 de março, um corpo aliado expulsou os franceses de Leiria e região. De ter em consideração que a operação de retirada não fez, necessariamente, muitas vítimas, pois o inimigo deslocavase o mais rápido que podia, não podendo, por isso, permanecer, por longo tempo, num determinado local.

Vasco Jorge Rosa da Silva Paleógrafo e Epigrafista Leiria - Ourém

Depois da análise que se efetuou sobre a presença de soldados napoleónicos em Leiria, em geral, e em Santa Catarina da Serra, em particular, deduz-se que o território serrano foi afetado sobretudo durante a primeira fase da terceira invasão, quando as tropas de Massena procuravam ocupar a cidade de Lisboa. Admite-se, posto que hipoteticamente, que a referida freguesia possa ter sido fustigada durante a primeira invasão, designadamente quando o oponente ripostou perante os movimentos insurrecionais que eclodiram por todo o país. pub


AGOSTO

LUZ DA SERRA

-- sociedade --

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Foto Memórias

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Literatura da nossa Freguesia

Desde Janeiro de 2011 que vimos publicando, todos os meses, fotografias que marcaram gerações e épocas da freguesia de Santa Catarina da Serra.

Contrução da Basílica Santuário de Fátima

POEMA Tentei fazer um poema, Diferente do habitual, Com uma caneta perfeita, Já nada seria igual.

Mesmo assim eu teimava, Juntando palavras normais, Não via qualquer diferença, Dos poemas habituais.

A caneta tinha magia, Prontinha para deslizar, Posicionando-se na linha, Deserta para começar.

Depois já mais confiante, E muita determinação, Lá ia agrupando letras, Para ficar na perfeição.

Queria algo especial, Que desse iluminação, Nada saía com jeito, Muito menos inspiração.

Ali estava concentrada, Querendo dar tudo de mim, Qual não foi o meu espanto, Que tinha chegado ao fim.

Lá comecei a escrever, O que tinha idealizado Era tudo mais do mesmo, Tudo estava desalinhado.

O poema estava feito, Parecia divinal, Mas fiquei com uma dúvida, O que mudou afinal? por Lúcia Ribeiro

Arquivo Histórico Tem fotos ou vídeos sobre a Freguesia de Santa Catarina da Serra ou da Chainça? Eventos de Associações, fotografias de locais ou pessoas de referência? A ForSerra está a reunir e a catalogar fotografias sobre o passado da Freguesia de Santa Catarina da Serra e Chainça. Não ficamos com qualquer suporte (fotografia ou video ). Copiamos o seu registo para formato digital sem estragar o original. Contacte-nos e ajude-nos: www.forserra.pt - (00351) 917 480 995 forserra@santacatarinadaserra.com - Estamos disponíveis para nos deslocar a qualquer local para efectuar recolhas.

CONFRARIA DO SANTÍSSIMO Santa Catarina da Serra FESTA DO SANTÍSSIMO SACRAMENTO – 2015 Receitas Ramo da Chainça Ramo da Loureira Ramo de Santa Catarina Ramo de São Guilherme Ramo do Vale Tacão Ramo do Vale Sumo Andor do Juiz

Despesas 622,00 € 1354,48 € 1354,30 € 1332,00 € 730,20 € 695,28 € 340,00 €

TOTAL DE RECEITAS 6.428,26 €

O Juiz da festa – Paulo Jorge Batista Ferreira Santa Catarina da Serra, 27 de Junho de 2015 A Direcção

Filarmónica 500,00 € Fogo 180,00 € Outras despesas 87,80 € TOTAL DE DESPESAS 767,80 €

RESUMO TOTAL DE RECEITAS 6.428,26 € TOTAL DE DESPESAS -767,80 € SALDO 5.660,46 €

Menino do Lapedo para descobrir ao fim de semana entre Agosto e Setembro O Centro de Interpretação Abrigo do Lagar Velho, localizado no Vale do Lapedo, em Santa Eufémia, vai passar a estar aberto aos sábados e domingos, entre 1 de agosto e 15 de setembro, das 14 às 18 horas. Durante todo o ano, as visitas podem ser realizadas mediante marcação prévia junto dos serviços da Câmara Municipal de Leiria. A reabertura da estrutura ao fim de semana tem como objetivo dar a conhecer os resultados da investigação realizada no sítio arqueológico do Abrigo do Lagar Velho, que é Monumento Nacional e passou a ser conhecido mundialmente em 1998 após a descoberta do Menino do Lapedo. No Centro de Interpretação é possível conhecer objetos arqueológicos que nos ajudam a compreender a vida do homem da Pré-História à época do Paleolítico Superior (há 25.000 anos), dos quais se destacam a sepultura infantil do “Menino do Lapedo”.

DR

Todos os trabalhadores, na sua grande maioria de Santa Catarina da Serra e Chainça, mas também da Atouguia, São Mamede e localidade limitrofes. Esta foto remonta à década de 40. Cortesia de: Clotilde Narciso Gordo da Chainça

criança de 4 anos, que tinha sido sepultada, envolta num conjunto de sinais e objetos que revelavam um ritual de enterramento, típico daquela época, o Paleolítico Superior. O Centro de Interpretação Ambiental do Abrigo do Lagar Velho alberga uma réplica à escala real da cabeça do Menino do, sendo possível observar o aspeto original que teria um indivíduo naquele período.

O Centro de Interpretação nasceu alguns anos após a descoberta um esqueleto de uma pub


LUZ DA SERRA

última

-- divulgação --

AGOSTO 2015


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