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400 ANOS, UMA HISTÓRIA A nossa paróquia está em festa pois celebra 400 anos das ermidas de Santa Marta na Loureira e de São Miguel no Vale Sumo. Segundo o Padre Cris no em conversa informal, também a ermida de São Guilherme no Pedrome foi construída em 1610, mas isso não me é possível confirmar e pela informação que nos é dada no "Couseiro ou Memórias do Bispado de Leiria" quase podemos subentender que esta já exis a à data. O facto é que temos que celebrar estes pequenos berços da fé e da civilização da nossa terra. Presto a minha homenagem ao Vasco Silva e a todos os que trabalharam e contribuíram para o livro "Loureira 1610 - 2010", lançado recentemente e que é, sem dúvida, um tesouro de informações sobre este que é o maior lugar da paróquia e sobre a ermida que desde o princípio foi o coração das gentes que habitaram este lugar. Trata-se de um "estudo histórico e documental" com verdadeiro rigor cien fico que revela o passado e realça os valores que temos de preservar no presente para preparar um futuro próspero. Da leitura, ainda que pouco profunda pude cer ficar aquilo que já sinto há muito tempo. A ermida de Santa Marta e as outras ermidas ou capelas bem como o nosso grande santuário que é a Igreja Paroquial: Foi, é será sempre a Fogueira divina que Deus acendeu para aquecer os corações na esperança no meio das tribulações e da crueza da vida; Foi é e será o Farol a iluminar as noites escuras da vida do mundo e da fé e a apontar caminhos rumo a uma civilização mais humana porque mais divina. Foi e é o Moinho onde os grãos se misturam e se fundem para cada um par r para a vida de mãos dadas na... con nua na Pág. 3

M E NSÁ R IO DE SA NTA CATA R INA DA S E R RA - M ARÇO 2 0 1 0 - 1 € P R EÇO D E C APA

400 anos da Loureira em Livro Pág. 8

Associações

Bombeiros agradecem Pág. 7

Prova de apuramento para campeonato de ro Pág.9

Dica Saúde

A Tiróide Pág.12

Desporto

Desporto Santacatarinense de luto Pág.13

Religioso

Vamos Limpar Portugal num só dia Pág. 16

Papa Visita Fá ma Pág.3

História

Os limites históricos da Pinheiria Pág.14

Carnaval 2010 A irreverência saiu à rua...

34ª Via Sacra Olivais a Fá ma

Pensamento do mês "As almas grandes têm muito em conta as coisas pequenas."

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MARÇO

Família Paroquial

8/2 - António Caetano dos Santos, casado com Maria da Conceição Santos, da Loureira, par u para o Pai aos 79 anos de idade 11/2 - Maria José, casada com António Ferreira Filipe, do Casal da Estor ga, adormeceu no Senhor aos 89 anos de idade 17/2 - Deolinda de Jesus Rodrigues, viúva de José Gaspar do Cercal, Santa Catarina da Serra, adormeceu na Paz eterna aos 90 anos de idade 17/2 - Augusto da Purificação Gordo, casado com Maria de Oliveira dos Reis, da Magueigia, deixou este mundo no entardecer das suas 66 primaveras 18/2 - Alcinda Inácio, casada com António de Oliveira Marques, da Chaínça, par u para o Céu aos 79 anos de idade 19/2 - José Henriques Gordo, casado com Júlia da Conceição Gameiro, de 80 anos de idade, faleceu em França onde estava emigrado e foi sepultado em Santa Catarina onde nha residência 23/2 - Maria Bap sta, viúva de José Rodrigues, do Vale da Mó, Quinta da Sardinha, adormeceu na paz eterna no entardecer das suas 93 primaveras

Guilherme de Jesus N. 17/05/1935 F. 23/01/2010 Canadá Natural do Pedrome a residir no Canadá A 23 de Janeiro de 2010 Guilherme faleceu em paz com a família a seu lado com a bonita idade de 74 anos. Durante a sua vida, viveu com a sua esposa de 46 anos Maria, as filhas Ana (James) Keele, Irene (Steve) Sheehy e quatro netos, Alyssa, Alexander, Kyle e Ryan. Ele também viveu com o seu irmão Manuel e quatro irmãs em Portugal, Emília, Amélia, Maria, Lúcia e muitos sobrinhos. Guilherme nasceu em Portugal e emigrou para o Canadá em 1968 com sua jovem família. Trabalhou na indústria da construção em Kamloops até se aposentar. Guilherme teve muitas horas felizes com a sua família, jardinagem e outros passatempos. A sua família gostaria de expressar os seus sinceros agradecimentos a todos os familiares e amigos por seu amor e apoio, bem como todos os médicos, enfermeiros e funcionários da RIH e do Hospital de Kamloops pelo seu cuidado e compaixão.

1/3 - Maria José de Jesus, viúva de António dos Santos Jorge, do Pedrome, par u para o Pai com a bonita idade de 97 anos 1/3 - Eduardo Pereira, viúvo de Maria Augusta Vicente, da Quinta da Sardinha, par u desta vida aos 91 anos de idade

Deolinda de Jesus Rodrigues N.18/05/1919 F. 17/02/2010 Cercal Santa Catarina da Serra Suas filhas, genros, netos e bisnetos vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que a acompanharam na sua úl ma morada que se realizou no cemitério do Vale Sumo no dia 18 de Fevereiro de 2010. Deolinda, viúva de José Gaspar, foi mãe, avó e bisavó. Par u para a casa do Senhor com os seus 90 anos após alguns anos de sofrimento, deixando toda a sua família numa profunda tristeza. Por todos nós foi acarinhada e amada e con nuará sempre a ser muito amada no seu sono profundo por toda a sua família. Jamais será esquecida. Que a sua alma descanse em Paz.

Maria José (Marianos) N. 15.11.1920 F. 11.02.2010 Casal da Estor ga Seu marido, filhos, noras, netos e restante família na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, como era seu desejo, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que se incorporaram no seu funeral, bem como todas as que se interessaram pelo seu estado de saúde ou de qualquer outra forma manifestaram o seu pesar.

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Foi no dia 21 de Novembro 2009 que na Igreja Islington United, em Toronto, que casou a filha de Álvaro e Olinda Gordo Vieira residentes no Canadá. Ana Rita nasceu na Chaínça e foi bap zada na Igreja de Santa Catarina da Serra. Foi com muita alegria que familiares da mãe da noiva visitaram Toronto para assis r à cerimónia. A festa do banquete foi no Renaissance by the Creek. A Ana Rita casou com Cristopher, que não sendo Português está ansioso para conhecer o nosso Portugal e a nossa terra. Obrigado por este jornal que todos os meses espero para saber no cias da nossa terra, que amo tanto e sempre está no pensamento e que está tão longe. Olinda Gordo Vieira Canadá

No passado dia 20 de Fevereiro, comemoraram as suas bodas de ouro, na Igreja Paroquial de Santa Catarina da Serra, José Oliveira Vieira e Ilda Santos Alves, a residirem na Pinheiria, na companhia dos seus filhos, família e amigos. Após a celebração, seguiu-se jantar convívio em sua casa que se prolongou até tarde.

Somos dois irmãos amigos, Nunca es vemos em Guerra, Por isso somos es mados, Por toda a gente da terra. Ficámos os dois sem mãe, Ainda era pequenito, Agora és mais conhecido, Pelo José Chaparrito.

Envie-nos o seu anúncio, da secção da família paroquial, que nós prometemos publicar gratuitamente. Data limite de entrega: úl mo dia de cada mês Os anúncios publicados serão gratuitos, desde que cumpram os requisitos necessários para a publicação. luzdaserra@sapo.pt - 917480995

Aos familiares destes irmãos apresentamos sen das condolências e deixamos a oração da esperança.

Ele era o menino do pai, E eu a sua criada, E se eu refilasse, Ainda levava alguma chapada. Começou a trabalhar, No oficio de sapateiro, Já fazendo pela vida, E ganhava algum dinheiro. A tua caixinha do dinheiro, Tinha moedas sem fim, Para que tu não as perdesses, Guardava algumas para mim. Festejas as Bodas de Ouro, É uma vez na vida só, Tu a aturares a Ilda, E eu, o Joaquim da Avó A tua irmã Maria

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Augusto Purificação Gordo N. 06/08/1943 F. 17/02/2010 Magueigia Esposa e restante família vêm por este meio agradecer reconhecidamente a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua úl ma morada ou que de qualquer outra forma manifestaram o seu pesar. Um agradecimento especial aos jovens que prestaram uma úl ma homenagem ao grande “Buxeira”. Que a sua alma descanse em paz.

Desde que nascemos estamos habilitados a par r. É um momento muito doloroso e nunca é fácil separarmo-nos das pessoas que mais gostamos. Foi com muita tristeza que te vimos par r, mas iremos guardar para sempre todos os momentos que passamos con go, toda as vezes que nos levaste a passear, todas as coisas que nos ensinaste. Avô Augusto, nunca te vamos esquecer. Recordaremos sempre, com um sorriso, a tua alegria de viver, a tua força e coragem, a tua vontade de lutar pela vida. Agradecemos-te por tudo, e é com um enorme orgulho que te chamamos avô. Com eterna saudade Os teus netos


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Editorial

Pára! Olha! e Escuta! O tempo voa. Está na hora de despertar. “É preciso renascer” (cf.Jo3,3). “Este é o Tempo favorável” (2 Cor. 6,2). Abre os olhos. Repara bem como vai o mundo por aí além…, em volta de …, em tua família…, dentro de !!... “Em nome de Cristo vos suplicamos: reconciliai-vos com Deus” (2Cor.5,20). Entendei os sinais dos tempos. Os “despertadores” de Deus tocam sem cessar: na ilha da Madeira, no Hai , em Por mão, no Alentejo, na Indonésia…, à direita e à esquerda. Os despertadores incomodam a quem dorme, mas sem o despertador, quantos perderiam a hora de acordar e depois poderiam até mesmo perder o emprego… “Somos os Embaixadores de Cristo, e é Deus mesmo que vos exorta por nosso intermédio (porque Ele vos tem muito amor), voltai para Deus” (2 Cor.5,20). Deus te

fala: “Oxalá ouvisses hoje a Sua voz” (Sl 95, (94), 7.8). Não tenhas medo de Deus. ELE é nosso Pai. Ele te ama. “É Ele quem perdoa as tuas culpas e cura todas as tuas enfermidades…É Ele quem cumula de bens a tua existência…O Senhor é misericordioso e compassivo, é paciente e cheio de amor. Não está sempre a repreender-nos, nem a sua ira dura para sempre. Não nos tratou segundo os nossos pecados, nem nos cas gou segundo as nossas culpas…O Senhor se compadece dos que o temem…Bendiz ó minha alma ao Senhor e não esqueças nenhum dos Seus bene cios” (Medita no salmo 103 (102) Como vai a tua vida cristã, familiar, profissional? És feliz com a vida que levas? Fazes feliz a tua família? Tens tempo para a tua vida familiar? Que lugar ocupa Deus em tua vida, em tua família? Dialogas em família?

A “Infelicidade” viaja num “carro” de quatro rodas que são: egoísmo, edonismo, consumismo e imedia smo. Ao contrário a Felicidade também viaja de “carro”, mas as rodas são diferentes; em vez do egoísmo, o amor a Deus e aos irmãos, em vez de edonismo, domínio de si mesmo, em vez de consumismo, a par lha com os irmãos e em vez de imedia smo, a confiança em Deus e a esperança na vida eterna. Em qual destes carros tens viajado? No dia do teu bap smo, na 1ª comunhão, no crisma, no matrimónio assumiste grandes compromissos. Se és pai ou padrinho ao pedir o bap smo para a criança solenemente tomaste voluntariamente sobre grandes responsabilidades em relação ao filho ou ao afilhado. E daí? E agora? São compromissos muito mais sérios do que promessas de velas, de viagens a pé a Fá-

Programa da Visita de Sua San dade

Bento XVI a Fá ma 11 de Maio de 2010 - Lisboa 11h00 - Chegada ao aeroporto da Portela. 12h45 - Cerimónia de boas vindas, no Mosteiro dos Jerónimos 13h30 - Visita de cortesia ao Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, no Palácio de Belém 18h15 - Celebração da Missa, Terreiro do Paço 12 de Maio de 2010 - Lisboa 10h00 - Encontro com o mundo da cultura, no Centro Cultural de Belém 12h00 - Encontro com o PrimeiroMinistro, na Nunciatura Apostólica 16h40 - Par da de helicóptero para Fá ma 17h30 - Chegada à Capelinha das Aparições 18h00 - Vésperas com padres, religiosos, seminaristas e diáconos na Igreja da San ssima Trindade 21h30 - Recitação do Rosário e Procissão das Velas. Eucaris a presidida

pelo Cardeal Tarcisio Bertone, Secretário de Estado do Va cano 13 de Maio de 2010 - Fá ma 10h00 - Missa da Peregrinação Internacional Aniversária 13h00 - Almoço com os Bispos de Portugal 17h00 - Encontro com os membros de organizações da Pastoral Social, na Igreja da San ssima Trindade 18h45 - Encontro com os Bispos de Portugal, na Casa de Nossa Senhora do Carmo 14 de Maio de 2010 - Fá ma 08h00 - Despedida da Casa de Nossa Senhora do Carmo 09h30 - Chegada ao heliporto da Serra do Pilar, em Gaia 10h15 - Missa na Avenida dos Aliados. 13h30 - Cerimónia de despedida no Aeroporto Internacional do Porto 14h00 - Par da do avião da TAP

P. Serafim Marques

ma, do que promessas de percorrer o santuário de joelhos… Como vão os teus compromissos matrimoniais? Está na hora de acordar. Os “despertadores” de Deus estão a dar sinal. A Quaresma é tempo de acordar. Quaresma é uma oportunidade que Deus nos oferece para recomeçar, melhorar, aperfeiçoar. Aproveita a passagem de Deus pela tua vida. Aproveita bem da graça da Quaresma. Depois disso uma FELIZ PÁSCOA, uma vida familiar MAIS FELIZ.

Foi e é o Moinho onde os grãos se misturam e se fundem para cada um par r para a vida de mãos dadas na unidade de uma família que par lha a vida e o pão. Foi e é o Lagar onde se fabrica o vinho da alegria par lhada nas eucaris as e fes vidades do encontro Foi e é o Banquete que alimenta e es mula na solidariedade, na entreajuda e na P. Mário de fraternidade que par lha as Almeida Verdasca dúvidas, as emoções e as conquistas Foi e é Bandeira erguida e reerguida, estandarte de um povo que sabe o que quer e que descobre caminhos a trilhar e nos olhos das crianças alveja o amanhã feliz. Foi é e será o Coração de Deus a palpitar pelos filhos seus e a fazer a permanente transfusão da vida e do amor Foi e é o Can nho onde os desabafos acontecem no silêncio e a Graça se manifesta na quietude de uma paz sempre procurada Foi, é e será a Nuvem que derrama a chuva de bênçãos sobre o povo amado de Deus, "o povo do meu coração" Foi, é e será a Cisterna que oferece a água viva e quem dela bebe torna-se uma nascente a jorrar para a vida eterna Foi, é e será sempre a nossa casa onde encontramos abrigo consolação e segurança - Deus eterno e infinitamente bom, um lugar a ocupar nesta CONSTRUÇÃO SANTA, pedras vivas no templo do Senhor. Parabéns às gentes da Loureira que com tanto entusiasmo comemora este acontecimento. Parabéns ao Vale Sumo que vai despertando para a necessidade de não deixar esquecida esta data. Parabéns a toda a paróquia que pode orgulhar-se de ter uma história longa e cheia feitos e valores. Que sejamos dignos de tudo o que os nossos coetâneos nos legaram como um tesouro adquirido no sangue derramado da esperança.

Festa em Honra do Sagrado Coração de Jesus JOVENS DE 1970 É com agrado que, em alguns encontros já realizados, estamos a reviver momentos que passámos juntos quando éramos os “Jovens dos 20 anos”. Hoje temos mais vinte, mas a vontade e a alegria é a mesma. Na esperança de con nuarmos a ser um grupo de laços fortes na amizade e na fé, convidam-se todos os

nascidos em 1970 para par ciparem na organização da Festa. Contamos com a tua contribuição para que a Festa em Honra do Sagrado Coração de Jesus seja ainda mais viva. Contactos: Email: festeiros40@gmail.com Telef: 911162019 (David Alves) pub

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Noé e o Dilúvio De onde vem este texto? Na Mesopotâmia, mais de dois mil anos antes de Cristo, contava-se o mito de uma enorme inundação, causada pelos deuses, para suprimir os humanos, que se nha tornado demasiado numerosos. Apenas um homem teria sobrevivido. Avisado em segredo por um dos deuses, ele nha construído oportunamente um pequeno barco. Os Sábios

Génesis 6-9 (extractos)

de Israel inspiraram-se nesse velho mito, modificando-lhe o sen do: Se o senhor nha feito abater-se o dilúvio, nha sido, não para se desembaraçar dos homens que o incomodavam, mas para suprimir o mal e a violência. Deus criador quer assegurar o futuro da humanidade, apesar da sua loucura suicida

O Senhor reconheceu que a maldade dos homens era grande na Terra, que todos os seus pensamentos e desejos tendiam sempre unicamente para o mal. O senhor arrependeu-se de ter criado o homem sobre a Terra. […] Noé, porém, era agradável aos olhos do Senhor. […] [7] O Senhor disse, pois, a Noé: “Entra na arca, tu e toda família, porque só a reconheci como justo nesta geração. De todos os animais puros levarás con go sete pares, o macho e a fêmea; dos animais que não são puros levarás um par, o macho e a fêmea. […] Porque, dentro de sete dias, vou mandar chuva sobre a Terra, durante quarenta dias e quarenta noites, e exterminarei na super cie de toda a Terra todos os seres que Eu Criei.” E Noé

Um julgamento

O Arco-íris

Face à maldade e ao mal (por exemplo, Caim e Lamec: Gn 4, 23 – 24), Deus intervém para salvar a humanidade da sua autodestruição. O Dilúvio é como que um grande julgamento, pelo qual vai destruir tudo que está corrompido e perver do, para salvar a cepa sã: Noé e a sua família. Através deles, Deus relança a história humana. A narra va não se detém sobre a destruição mas, pelo contrário, sobre o futuro de Noé e da sua descendência. O Deus que julga é, acima de tudo, um salvador.

Os raios eram comparados, pelos an gos, a flechas em chamas, a radas para a terra pela divindade. Depois da tempestade, pelo contrário, o magnífico reflexo da luz do Sol tem a forma de um arco pousado, o que significa que a ameaça passou: “Não haverá jamais outro dilúvio”, prometeu o Senhor. Este simbolismo dizia certamente muito mais aos an gos, cujas casas não nham a solidez das nossas. Este sinal de aliança universal confirma que Deus garante a ordem do cosmos e do tempo.

A primeira aliança

Uma nova criação

A Conclusão da narra va do dilúvio é uma aliança entre Deus e os sobreviventes: Noé e a sua família, mas também, “todos os seres vivos”. As espécies vivas são confiadas à responsabilidade do homem. Isto supõe o respeito pela vida, por toda a vida: animal e, sobretudo, humana (veja o texto ritmado de 9,6). É isso que significa a proibição de consumir o sangue, que simboliza a vida: esse pertence apenas a Deus. O homem não se deve, por isso, u lizar na comida (uma proibição que se mantém entre os Judeus e os Muçulmanos).

A narra va completa do dilúvio lembra o poema da Criação, devido a diversas expressões; compare 7,11 com 1,7.9: o dilúvio é, verdadeiramente, uma descriação, um regresso ao abismo. De acordo com o calendário associado à narra va do dilúvio, a terra secou exactamente no dia de ano novo (8,13): é uma nova criação que começa (compare 8,1 com 1,2). Daí em diante o mundo deixa de ser “muito bom”, como 1,31, mas é, contudo, estável e habitável. O homem con nua a ser pecador, no entanto, Deus estabelece com ele a sua aliança e promete-lhe a sua protecção.

DR

Reflec r e Meditar

cumpriu tudo a que o Senhor lhe ordenara. […] [8] No ano seiscentos e um, no primeiro dia do primeiro mês, as águas começaram a secar sobre a terra. Noé abriu o tecto da arca e viu que a super cie da terra estava seca. […] Noé saiu com os seus filhos, a sua mulher e as mulheres dos seus filhos, e todos os animais. […] Noé construiu um altar ao Senhor e, de todos os animais puros e de todas as aves puras, ofereceu holocaustos sobre o altar. O Senhor sen u o agradável odor e disse no seu coração: “[…] As tendências do coração humano são más, desde a juventude, mas não voltarei a cas gar os seres vivos, como fiz. Enquanto subs tuir a terra, haverá sempre a sementeira e a colheita, o frio e o calor, o Verão e o Inverno, o dia e a noite.”

[9] Deus abençoou Noé e os seus filhos, e disselhes: “Sede fecundos, mul plicai vos e enchei a terra. Serei temidos e respeitados por todos os animais da terra; […] ponho-os à vossa disposição. Tudo o que se move e tem vida servir-vos-á de alimento; dou-vos tudo isso como já vos nha dado as plantas verdes. Porem, não comereis carne com a sua vida, o sangue. […] Vou estabelecer a minha aliança convosco, com a vossa descendência futura e com os demais seres vivos. […] Coloquei o meu arco nas nuvens, para que seja o sinal da aliança entre mim e a Terra. Quando aparecer o arco das nuvens, recordar-meei da aliança que firmei convosco e com todos os seres vivos.”

Compreender Arrependimento Os an gos autores da Bíblia não hesitam em falar de Deus de “forma humana” (antropomorfismo: veja-se, por exemplo, o seu olfacto, em 8,21!). Aqui, atribuem-lhe um sen mento de arrependimento. Teria Deus descoberto, tarde demais, que fizera mal em ter criado os humanos? É uma forma de exprimir a sua enorme decepção, o seu sofrimento diante do mal que eles comentem. Mas Deus não se resigna ao mal: Ele age para salvar a humanidade. O Justo Na Bíblia, um homem é justo quando mantém uma relação justa com Deus e com os outros: faz o que Deus lhe manda. Quando falamos da jus ça (por exemplo: “Felizes os que têm os que têm fome e sede de jus ça”), evoca-se o ideal de vida segundo a vontade de Deus, por conseguinte, segundo os mandamentos que Ele deu ao seu povo. Na realidade, este ideal nunca é a ngido, porque cada um de nós faz, também, a experiência do pecado. Animais Puros Declara-se puro todo o animal que possa ser comido ou oferecido a Deus em sacri cio. Tratase sobretudo dos bovinos, ovinos e caprinos, assim como das aves, excepto as de rapina, e os peixes com escamas. Foi somente depois do dilúvio que Deus permi u matar animais para comer, mas com a condição de nunca consumir o seu sangue. Para os cristãos já não existe nenhuma proibição alimentar. Holocausto Esta palavra grega significa: “queimar por inteiro”, e designa o sacri cio de um animal que, uma vez degolado, é inteiramente queimado (excepto a pele) tornando-se, assim, uma oferenda para Deus. Este sacri cio exprime o dom total de si mesmo a Deus, por exemplo, por ocasião de uma solene acção de graças, como é o caso referido aqui


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Tempos de crise O execu vo da C. M. de Leiria reduziu o montante a transferir para as juntas de freguesia em 10%, tendo para isso tomado por base o protocolo de 2005. Isto quer dizer que, comparado com 2009, a redução vai ser ainda maior. Posto isto e tomando como bons estes números temos, caros Santacatarinenses, que estar atentos às opções de aplicação dos nossos dinheiros. As verbas da Junta. Queremos um inves mento que se paute por critérios que tomem em linha de conta as necessidades e prioridades da nossa terra e das nossas gentes. O que, no meu entender, tem sido um pouco descurado. Dou como exemplo o chamado “caminho dos peregrinos”. Este execu vo deu por terminada esta fase do, agora, apodado de “caminho pedonal”. Se lermos a úl ma edição do “Luz da Serra” verificamos que lá aparecem sugestões várias para bap zar o dito. Deve ser por estar aí a chegar a Páscoa… Não que esteja contra o dito caminho. Mas este não me parece, como na altura do anterior execu vo tão pouco me pareceu, uma obra de capital prioridade para as nossas necessidades. É que todos sabemos bem que há lugares da nossa freguesia, onde habitam conterrâneos nossos - ao contrário do que acontece no dito caminho, chame-se lá como se chame - que não têm acessos à freguesia com um caminho condizente com a qualidade mínima que qualquer habitante desta freguesia merece. Os tempos serão de crise. Todos concordamos que o são. Diz a Câmara Municipal de Leiria que esta redução de verbas para as freguesias é devida à herança do an go execu vo. Pois. Se calhar é. Só não entendo é como se habilitaram como herdeiros se a herança era só dividas…? Mas voltemos ao importante. À nossa terra. Os senhores da actual Junta de Freguesia vão pôr em quem a culpa de não estar resolvido o caminho do Casal da Fartaria? Ao an go execu vo da Junta? À Câmara Municipal? À an ga? Ainda? Vira o disco e toca o mesmo. António Pinto

Quer expressar a sua opinião neste espaço? Envie-nos a o seu comentário até ao final de cada mês por email: luzdaserra@sapo.pt ou entregue na redacção (sede da ForSerra, no edi cio da Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra)

AMIGOS DA

LUZ DA SERRA Com uma nova gestão, torna-se necessário destacar todos os amigos do Jornal. A par r desta data tencionamos publicar aqui todas as ofertas (o pagamento das assinaturas não são publicadas) que chegam à redacção do Jornal. O Jornal agradece. Chegaram os seguintes dona vos ao Jornal: Ana Pereira Neves - França - 5,00 € Suzanne Lajoie - França - 12,00 €

Ao fazer um dona vo para o jornal Luz da Serra esta a contribuir para o seu melhoramento e para a realização de projectos na Freguesia de Santa Catarina da Serra.

Recolha de Sangue

Ao Sr. Capitão…

Irá realizar-se uma recolha de sangue na Chaínça, junto da Associação, no próximo dia 28 de Março, das 9h às 13h Esta recolha é promovida pelo Centro Regional de Sangue de Coimbra.

Esteve muitos anos em Santa Catarina Exercendo a sua profissão Quando nos surgia uma dor Lá íamos falar com o Sr. Capitão.

Grupo Despor vo e Recrea vo de S. Guilherme Assaltado

Com paciência, ouvia as nossas queixas E mesmo não sendo médico, Aconselhava-nos com simpa a E receitava uma aspirina ou analgésico

Deixou Santa Catarina… Mas onde es ver a trabalhar Con nue a vender aspirinas Mas não se esqueça… a boa disposição é para dar!

As instalações do Grupo Despor vo e Recrea vo de S. Guilherme foram assaltadas após a conclusão das obras, inauguradas no passado mês de Agosto de 2009. Os assaltantes danificaram a porta de alumínio, por onde entraram não levando grande valor do interior.

David’s reunem à mesa A todos sempre atendeu Com simpa a e agrado Por isso lhe vimos dizer: Sr. Capitão muito obrigado!

Em nome de algumas funcionárias do C.S.P.S.C.S. e de algumas pessoas da Freguesia de Santa Catarina da Serra. O nosso muito obrigado por tudo!...

Tr3vo 3 É bonito de ver o quanto uma tragédia apaga a outra. O Hai era assunto preferido de recolha de fundos e alimentos para minimizar a carência daquele povo. Tempos depois a chuva invade o tal jardim no oceano e o Hai , desaparece do pequeno planeta Cérebro humano. Movem-se telefonemas, alimentos, outros bens para mais uma vez minimizar a carência de um povo, pois todos nós somos madeirenses. Não, não somos. Já os an gos diziam que “não existem maior cas go que a língua”. Eu sou Santacatarinense e tenho o dever de me exprimir sobre como vejo na nossa freguesia. Não condeno quem dê. Acho muito bem. Eu dei. Estas tragédias mostram apenas que temos de mudar. Mudar as mãos, caminhar em direcção a outro lugar. Talvez o homem do pão perca a preguiça e caminhe mais uns metros abaixo e veja o mundo que constrói. Que as pessoas da freguesia de Santa Catarina da Serra abram os olhos e vejam que existem cores

coloridas no percurso dos nossos caminhos. Não estão lá só para animar o nosso dia. U lizem-nas. Colchões? Sofás? São para dormir, descansar e lembrem-se amigos: os pinhais não precisam deles. Tijolo, cimento, plás co não permitem viver com oxigénio e a terra agradece que não os coloquem ao abandono. Mas porquê minha gente? Porquê? Conformam-se simplesmente com o pensamento e o pedido a Nosso Senhor que o temporal na Madeira, o sismo no Hai não chegue aqui? Vivem de braços cruzados a ver o planeta a destruir e a descartarse de qualquer responsabilidade? Olhem para as cores que alegram e tenham a capacidade de lhes dar uso. “A tua gota faz a diferença” Um trevo da terra de Santa Catarina da Serra

Mais um ano, mais uma vez que os David’s residentes na freguesia de Santa Catarina da Serra se reuniram à mesa para mais um “Jantar dos David’s”. David Viera, da Gordaria, de 19 meses contrastou com David Costa, de 75 anos, residente em Leiria e natural do Vale Maior. Este encontro teve lugar no restaurante “O Chaparrico”, na Pinheiria, no passado dia 20 de Fevereiro onde veram presentes mais de dus dezenas de pessoas com o mesmo nome.

Prémios por reclamar Festas de S. Miguel realizadas de 1 a 3 de Agosto de 2009. 1º Prémio: Nº501; 2º Prémio: Nº3040; 3º Prémio: Nº6672; 4º Prémio: Nº7253; 5º Prémio: Nº1655 Já foram entregues alguns dos prémios, estando outros por levantar. Caso seja possua um dos números sorteados e ainda não levantou o seu prémio, poderá fazê-lo ligando o 244 745 493 ou 916 405 265. Os prémios encontram-se à disposição para serem reclamados até ao dia 30 de Abril de 2010.

Saldo final da Festa de Santa Catarina da Serra - 2009 Os jovens de 1959, que fizeram a festa no dia 3 de Maio de 2009 informam que apresentaram um saldo de €1500 para a Fábrica da Igreja.

Recuperação de caminhos No ano em que todas a tradições são recordadas nem as mais recentes passaram em vão. Assim, no passado dia 16 de Fevereiro, terça feira de Carnaval, mais uma vez a população do lugar da Loureira se juntou para a dignificante tarefa de recuperar os seus caminhos rús cos. Assim, num processo que liderado pela Comissão do Património Rús co e Lazer da Loureira, com o apoio da Junta de Freguesia e com a ajuda de meia centena de populares, foram executadas as beneficiações dos caminhos do Casal da Cabeça e do Barreirão ao Bom Samaritano. A finalizar foi servido um churrasco no Parque de Merendas do Vale Mourão, a todos os envolvidos.


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A irreverência saiu à Rua - Carnaval 2010 Centro Social Paroquial de Santa Catarina da Serra

Jovens de Freguesia Com vem sendo hábito, os jovens da freguesia juntaram-se para festejar mais um Carnaval. Reunidos no Kitolas Bar, desta vez, mascarados de Ferrero Rocher. A verdade é que, ao contrário do ano passado, este ano foi mesmo à tuga, deixamos tudo para os úl mos dias! Ora bem, nós os Kitólicos, trabalhamos ao mais alto nível de pressão, pelo que sexta-feira, véspera de Carnaval, trabalhou-se a um ritmo alucinante, apelando ao espírito de entreajuda de todos os Kitólicos. Na noite de sábado já se encontrava tudo pronto e preparado para mais uma maratona de diver mento e irreverência propícias desta altura. O des no escolhido foi a discoteca Império Romano, na Marinha Grande. O Carnaval tem um aspecto muito interessante a realçar, é que durante todo o ano, reunimo-nos no Kitolas, mas depois cada pessoa, dependendo dos gostos de cada um, sai para onde quer, mas no Carnaval não. Sobressai o espírito de camaradagem e deslocamo-nos todos para o mesmo sí o, ou seja, em vez de se encontrar um, dois ou três “estafados” juntos, neste dia, temos 50 ou mais, todos reunidos e com o mesmo espírito! O resultado foi muita dança, muita diversão, muita festa e foi-nos atribuído o prémio

de 3º maior grupo. Foi defini vamente um grande dia! A segunda feira de Carnaval foi também dia de sair para a rua, desta feita até à dicoteca Kayene. Conseguimos arrecadar o 1º Prémio de maior grupo. Para o ano, como já foi falado por Carlos “Bebé”, o Kitolas Bar irá adoptar um carácter mais altruísta,

No passado dia 11 de Fevereiro os idosos do Centro Social e Paroquial de Santa Catarina da Serra, em conjunto com séniores de outras Ins tuições dançaram e cantaram ao longo duma tarde de animação na discoteca Kayenne, na Gondemaria. É importante salientar que nesta ac vidade par ciparam 43 idosos do nosso Centro Social, incluindo idosos dependentes. Queremos agradecer a recepção, disponibilidade e acolhimento dos responsáveis pelo espaço “Kayenne” e também a todos os restantes par cipantes nesta ac vidade. Viva o Carnaval, no nosso Centro Social…!

com intuito de ajudar ins tuições locais, pelo que, para o ano, visamos a par cipação de todos, não só os Kitólicos, mas de toda a freguesia, contando com o apoio da Junta de Freguesia, ForSerra e algumas das respec vas associações locais! Um kitólito

Casa do Povo - Santa Catarina da Serra Realizado no dia de Carnaval, este é considerado o Baile de Carnaval da freguesia de Santa Catarina da Serra. O salão paroquial encheu-se a animação e fantasia para dar largas à imaginação e à cria vidade

de cada um. Sozinhos ou em grupo, pelo palco passaram inúmeros mascarados do mais popular à mais recente estrela de cinema ou filme de animação. Fotos de: Ma lde Rosa

Ass. S. Miguel - Olivais

ACRS – Sobral

ASSUL - Ulmeiro

Também a Ass. de S. Miguel, nos Olivais, se reuniu para dar largas à imaginação e comemorar mais uma data carnavalesca. Ves dos a rigor, lá foram desfilando pela associação e um pouco pelo lugar. Foram várias dezenas que se ves ram a preceito e se diver ram naquela tarde de terça-feira.

A Associação do Sobral encheu-se de fantasia para mais uma noite de Carnaval. A população concentrou-se na sede da Associação, onde pôde conviver e par lhar a alegria e a malandrice que este dia proporciona.

A ASSUL, Associação do Ulmeiro, reuniu esforços e ao exemplo do ano anterior reuniu mais de 2 centenas de pessoas à mesa no jantar de Carnaval. Tal facto aconteceu no dia 13 de Fevereiro, onde a população local se juntou para comemorar o Carnaval. Após o jantar seguiu-se o desfile com todos os mascarados que se encontravam presentes.

Ficha Técnica do Jornal Luz da Serra Nº426 - Março de 2010 Ano XXXVI

ERC 108932 - Depósito Legal Nº 1679/83

Propriedade Fábrica da Igreja Paroquial de Santa Catarina da Serra - Administração e Edição ForSerra - Associação de Desenvolvimento e Gestão Património de Santa Catarina da Serra - forserra@gmail.com - www.forserra.com - Fundador Pe. Joaquim Carreira Faria - Director Pe. Mário Almeida Verdasca - Contacto: (00351) 244 741 197 - Redacção e Composição Miguel Marques - Colaboradores Fernando Valente, Virgílio Gordo, Vasco Silva, Marco Santos, Hélio Alves, Pe. Serafim Marques, Prof. António Oliveira e Isaque Pereira (ass. clínica geral), Liliana Vieira (Psicóloga) - Contactos Telefone (00351) 244 744 616 | Fax (00351 ) 244 741 534 Correio electrónico luzdaserra@sapo.pt - Impressão Coraze - Oliveira de Azemeis - Tiragem 1700 Exemplares - Periocidade Mensal - Preço de assinatura: 10 Euros - Con nente e Ilhas | 15 Euros - Europa | 20 Euros - Resto do Mundo Pagamento de Assinaturas: ForSerra (edificio da Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra) NIB:5180.0010.00000921394.45 | IBAN PT50 5180 0010 0000 0921 3944 5 BIC/SWIFT CODE:CDCTPTP2 - Banco: Caixa de Crédito Agricola Mutuo de Leiria


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SANEAMENTO NA FREGUESIA DE Execu vo da Junta de Freguesia (atendimento ao público) no edi cio sede da Junta. SANTA CATARINA DA SERRA Tendo sido concluída e estando em condições de funcionamento a rede de saneamento do lugar de Cova Alta da freguesia de Santa Catarina da Serra, os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Leiria (SMASL) comunicam que os proprietários abrangidos pela localidade acima referida deverão proceder à ligação à rede pública de esgotos, devendo dirigir-se a estes Serviços Municipalizados, para preenchimento de impresso próprio, na posse dos seguintes documentos: documento onde conste o nº da matriz do prédio e respec vo valor patrimonial devidamente actualizado (Caderneta Predial Urbana) ou, no caso de prédio novo, nº de aprovação nos SMASL do projecto predial de esgotos, bem como o nº de contribuinte. A SMAS de Leiria informa que, será efectuada uma redução de 50% na tarifa de ligação de saneamento devida, na campanha que decorre entre 4 de Março de 2010 e 4 de Julho de 2010, incluindo apenas as requisições de ramal efectuadas estritamente dentro deste período. Ao valor da tarifa acrescerá o custo do ramal do saneamento.

PORTAL DA FREGUESIA “Site na Internet” A Junta de Freguesia adjudicou à empresa REDPOST, Lda a criação estrutural do “Portal da Freguesia” e celebrou protocolo com a FORSERRA que assume a coordenação e desenvolvimento conceptual e de conteúdos. Trata-se de um grande projecto assente nas novas tecnologias, a apresentar publicamente no próximo mês de Abril e que será uma ferramenta ao serviço da comunidade. IRS, DECLARAÇÃO MODELO 3 Decorre desde 1 de Fevereiro o prazo de entrega em formato de papel da declaração modelo 3 de IRS, categoria A - Trabalho dependente e/ou categoria H – Pensões auferidos em 2009 pelas pessoas singulares. A Junta de Freguesia apoia a população que precise de ajuda para o cumprimento desta obrigação fiscal apenas a quem optar pelo envio via Internet, que irá decorrer de 10 de Março a 15 de Abril de 2010. HORÁRIO DA SECRETARIA E ATENDIMENTO DO EXECUTIVO DA JUNTA DE FREGUESIA: Secretaria e posto dos CTT: - Aberto de segunda a sexta-feira das 08H30 às 18H00 sem interrupção á hora de almoço.

- Ás 5ªas feiras das 14H00 às 18H30 - Primeira segunda-feira de cada mês das 20H30 ás 24H00.

Associação dos Amigos da Secção de Bombeiros do Sul do Concelho de Leiria Agradecimento

RECOLHA DE MONSTROS Devido a ajustamentos no serviço por parte da Câmara Municipal podem ocorrer conges onamentos pontuais na recolha. Serviço alterna vo SUMA 244852541, ás 1ªas e 3ª às quartas-feiras de cada mês. Para esclarecimentos adicionais dirija-se à secretaria da Junta de Freguesia ATERRO DA LOUREIRA É expressamente proibido efectuar qualquer po de vazamento no aterro de Loureira, (zona da Feira) sem autorização prévia da Junta de Freguesia. Os interessados na sua u lização devem dirigir-se à secretaria da Junta de Freguesia aberta das 08H30 às 18H00, sem interrupção para almoço. A autorização será concedida apenas para vazamento de pedras e terras sobrantes de desaterros. Em caso de dúvida consultar o edital nº 02/2010.

LEGALIZAÇÃO DE POÇOS E RECURSOS HÍDRICOS Se é proprietário de um poço de água nascente, fonte ou poço de retenção de águas, zonas des nadas à captação de água para consumo humano (superficiais e subterrâneas), zonas designadas para a protecção de espécies aquá cas de interesse económico; Zonas designadas como águas de recreio, incluindo as águas balneares, entre outras, deverá dirigir-se à Junta de Freguesia para legalizar esse recurso.

A todos os que de qualquer forma têm colaborado com a direcção da Associação, nas diversas fases em que a construção do quartel se encontra. Tudo a postos para o início da fase das águasm esgotos, aquecimento e ar condicionado. Instalação dos portões no parque das viaturas.

Angariação de fundos Começaram no passado Domingo os eventos de angariação de fundos em 2010. Foi o primeiro almoço na Caranguejeira, concretamente no salão da capela de Caldelas. Este sábado, é a vez do jantar na freguesia da Chaínça, no salão da Associação. Domingo será o almoço no Arrabal, concretamente no salão do Soutocico. Finalmente no dia 21, será a vez de a nossa freguesia encerrar esta primeira fase dos almoços/jantares deste ano.

A direcção agradece antecipadamente a todos os par cipantes, voluntários, que de uma forma ou outra contribuíram para que estes eventos tenham alcançado o sucesso a que nos têm habituado.

Cortejo de oferendas

Está a decorrer nas quatro freguesias uma campanha de angariação de possíveis emprestadores que a nível par cular têm e podem fazer o emprés mo de verbas à Associação. Coragem e Confiança são as palavras de ordem.

Quotas

Nunca é demais recordar que será no dia 9 de Maio que irá decorrer esse grande evento de angariação de verbas para que a con nuidade das obras do quartel, prossiga como até aqui.

Se és sócio dos Bombeiros, não esperes que te batam à porta para cumprires um dos teus deveres de associado. Dirigi-te tu próprio à actual sede da Secção e assim estarás a contribuir para que a nossa missão seja mais fácil. Virgílio Gordo

Subsídios do EFAP/2010 Estão abertas as candidaturas para todos os agricultores que a pretendam fazer para o ano de 2010. Deverá dirigir-se à Junta de Freguesia, às segundas-feiras, das 14h às 16h30. Para um pedido único, o prazo termina a 8 de Maio. Já para as ovelhas e cabras, o prazo termina a 30 de Abril. Deverá vir munido do ie (an go p1), bilhete de iden dade, cartão de contribuinte, livro de registo de animais e a documentação da candidatura feita em 2009.

ASSEMBLEIA GERAL - CONVOCATÓRIA A presidente da mesa da Assembleia Geral do Rancho Folclórico de S. Guilherme, vem por este meio e de acordo com os estatutos da associação, convocar uma assembleia geral para o dia 17 de Março de 2010, nas instalações provisórias nas traseiras do Salão de Festas de S. Guilherme, pelas 21 horas, com a seguinte ordem de trabalhos: Ponto 1 – Apresentação, discussão e aprovação de plano de Ac vidades 2010 Ponto 2 – Apresentação, discussão e aprovação do Orçamento de 2010 Ponto 3 – Outros assuntos de interesse geral A Assembleia Geral funcionará à hora marcada desde que estejam presentes 51% dos associados ou meia hora mais tarde com qualquer número de associados. O presidente da mesa da Assembleia Geral, João Augusto Trindade Dias pub


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Loureira lança livro sobre a sua história “Esquecer os nossos antepassados nesta hora de comemoração e festa seria acrescentar ao frio da morte natural o gelo duma frieza cultural imperdoável” No ano em que comemoram os 400 anos da edificação da ermida Santa Marta e da unificação do lugar da Loureira, o lugar da Loureira uniu-se e passou a escrito toda a sua história desde que há memória. Num imenso trabalho da organização repar da entre a comissão da capela e a Associação para o Desenvolvimento Social da Loureira, as comemorações tem vindo à acontecer desde o incido do ano um pouco por toda a localidade. No passado dia 20 de Fevereiro a Capela encheu-se para assis r à apresentação do livro “LOUREIRA 16102010” da autoria de Vasco Jorge Rosa da Silva, colaborador habitual deste jornal. Na cerimónia de apresentação es veram presente várias en dades oficiais como o Presidente da Fundação da Caixa de Crédito Agrícola de Leiria, Mário Ma as; Presidente da Câmara Municipal de Leiria, Dr. Raul Castro; Chefe de Gabinete do Governo Civil de Leiria, Dr. Car-

los Lopes; Padre Dr. Luciano Coelho Cris no, do Santuário de Fá ma; Padre Serafim Marques, do Ins tuto Missionário da Consolata; Pároco de Santa Catarina da Serra, Padre Mário Verdasca; Presidente da Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra, Joaquim Pinheiro; Presidente da Assembleia de Freguesia, António Rodrigues; alguns vereadores da Câmara Municipal de Leiria e da Câmara Municipal de Ourém; os Presidentes das Juntas de Freguesia de Fá ma e da Chaínça e não faltaram também alguns representantes

A Obra Quem desfolha o livro, depara-se com uma obra bastante acessível e com algo invulgar, todas as fotos e lugares estão referenciados por coordenadas GPS (localização por satélite). Segundo o autor, Vasco Silva, a ideia consiste em que quem pegue na obra consiga ir ao sí o exacto do facto em questão (casa, local, etc). O autor destacou a relevância do conteúdo da obra por

ser baseada em documentação e não em histórias ou lendas. Com este critério, o autor quis transpor toda uma história baseada em

dos Bombeiros e demais Associações da Freguesia. Esta cerimónia foi um dos pontos altos das comemorações, pres giando assim de forma dignificante aquele lugar e toda a sua história. “É comum festejar o centenário de vilas, cidades (..) mas é invulgar festejar desta

documentação. O livro apresenta cinco capítulos divididos entre temas que vão desde a localização exacta da localidade, pela criação e origem da Loureira, a edificação da ermida de S. Marta e finalizando com a história mais recente do lugar. As casas mais bonitas, cisternas, a língua, fotos de festas e eventos dão ilustração um pouco pelo livro. As úl mas páginas foram reservadas à publicação de fotografias de álbuns de famílias. São fotos que a orga-

forma o centenário de um lugar. Parabéns às gentes da Loureira pela forma que souberam unir-se e construir o lugar que é hoje” – foram estas algumas palavras do discurso do actual presidente da câmara de Leiria, o Dr. Raul Castro. Destaque ainda para a presença de uma das pessoas mais velhas da Loureira e que muito contribuiu para a realização deste livro, António de Oliveira Fartaria, passando larga centena de horas à conversa e á procura do passado com o autor da obra. Joaquim Neves Vicente, colaborador e revisor da obra, visivelmente emocionado, agradeceu ao Dr. Luciano Cris no pelo importante contributo que deu ao livro. Esta magnífica obra é um espelho da união da população da Loureira, que ali consegui reunir 4 centenários de história.

Feira an ga como há muito não se via A Organização dos 400 anos da Loureira realizou no passado domingo, dia 7, uma feira an ga que mobilizou mul dões. Ves dos a rigor com brinquedos e adereços da época, quase uma centena de pessoas desfilou, entoando músicas de outros tempos. O dia prosseguiu com exposições de produtos artesanais, amostra de trabalhos, como a costureira, o cesteiro, a olaria, entre muitos outros afazeres de outros tempos.

nização das comemorações recolheu junto das famílias como os “Caetanos”, “Carreiras”, “Cruz, “Craveiro”, “Fartaria”, “Gameiro”, “Gonçalves”, “Moniz”, onde “recordá-los e sondar de forma compreensiva as promessas de futuro que neles moravam é trazê-los de novo ao quente convívio humano e à existência imorredoura.”Lê-se no livro. Para adquirir esta obra poderá consultar a Associação da Loureira pelo contacto 244 745 883. pub


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34ª Via-Sacra dos Olivais a Fá ma

Peregrinação do ciclista ao Santuário de Fá ma

Como todos os anos, no primeiro domingo da Quaresma realizou-se a Via-sacra, deste os Olivais até Fá ma. A tarde pressagiava chuva, mas a afluência de membros da paróquia de Santa Catarina, das paróquias vizinhas e até de outras mais distantes, foi numerosa e as largas dezenas de pessoas não veram medo de nada. Uma coluna que ocupava metade da faixa de rodagem avançou acompanhando os passos de Cristo, rezando e meditando nos mistérios da Salvação e do amor de Deus sem esquecer a Virgem Mãe que também acompanhou Jesus com os passos e com os espinhos na alma. A tentação das conversas foi-se vencendo e o silêncio foi inundando o ambiente e os corações para que o Espírito pudesse renovar a vida. De facto, a tranquilidade foi

Associação Des. Social da Loureira

de tal maneira que não me lembro de ter sen do tanta desde que comecei a tomar parte neste acontecimento anual. O canto foi es mulo à par cipação e as meditações do Padre Francisco, do Santuário, ajudaram a aproveitar a caminhada. Na subida da Loureira a chuva foi intensa e chegou mesmo a ensopar os pés calçados, mas ninguém arredou pé e o Sol voltou a beijar-nos na úl ma

hora de caminhada. Foi muito bonita a representação que um grupo de pessoas nha preparado para nós. A Ressurreição, o envio e o compromisso, a certeza de que Jesus está vivo e é a força que dinamiza a comunidade e cada um de nós. Obrigado a todos e ao Senhor que nos proporcionou este momento forte para entrarmos na Quaresma ensopados na Graça

Prova de apuramento para o Campeonato Nacional de Tiro Associação da Caçadores da Serra A Associação de Caçadores da Serra irá realizar uma prova de apuramento para o Campeonato Nacional de Tiro que se irá realizar no próximo mês de Maio na Federação Alentejana. A prova irá realizar-se a 3 de Abril e terá lugar no campo de ro da Loureira em Santa Catarina da Serra pelas 14 horas. Esta será a primeira de duas provas de apuramento. A segunda irá realizar-se no mesmo dia, mas no campo de Tiro do Olival, no Clube dos Caçadores

Moinhos de Vento pelas 16 horas. Ambas as provas serão limitadas a 50 pratos por a rador. Esta Associação está a levar a cabo a realização de um pequeno convívio, aberto a toda a população da freguesia em jeito de agradecimento, onde será servido o já tradicional porco no espeto. Este evento terá lugar no salão paroquial no próximo dia 28 de Março, pelas 15h,

onde serão todos bem-vindos. Esta é mais uma festa da nossa freguesia, vulgarmente chamada de “Festa do Agricultor”.

Este ano um pouco mais tardiamente que o normal, irá realizar-se no próximo dia 28 de Março de 2010 a Peregrinação Nacional e Benção do Ciclista no Santuário de Fá ma, uma inicia va da União de Ciclismo de Leiria. Mais uma vez a Associação de Desenvolvimento Social da Loureira associa-se a esta peregrinação, convidando todos os santacatarinenses a integrarem o numeroso pelotão que é habitual fazer presença na peregrinação, proveniente da nossa freguesia. A concentração está marcada para as 10h, junto da Sede da Associação.

Quem no regresso desejar almoçar um belo prato de chícharos com bacalhau no salão desta Associação, de-

verá efectuar a inscrição no Café da Associação da Loureira. Nuno Pereira

Agrupamento de Escuteiros em “História de uma Abelha” No passado dia 20 de Fevereiro, os Pioneiros realizaram uma ac vidade escu sta no terreno do Agrupamento, no Vale das Costas. Esta ac vidade foi preparada pelos Pioneiros mais velhos juntamente com os Chefes Daniel e Ana Rita, para os Pioneiros mais novos. O imaginário desta ac vidade, baseado no filme: “História de uma Abelha”, em que todos os Pioneiros representavam uma abelha, veio no seguimento de ac vidades realizadas anteriormente, em que se recuperou uma colmeia e se ficou a conhecer um pouco mais, como as abelhas

vivem. A ac vidade consis u em, através de um road book fotográfico, chegar ao terreno do Agrupamento, onde se nha de passar por quatro postos com provas, que para além de reforçar o espírito de equipa e aventura, tão caracterís co nos Escuteiros, ajudaram no desenvolvimento de técnicas necessárias ao crescimento de um Pioneiro. Cada posto, para além do jogo, nha também uma componente educa va, necessária à evolução na própria secção. Os postos nham jogos sobre sinais de trânsito, atravessar uma ponte himalaia, plantar uma planta, arranjar uma vara,

sempre ú l a um escuteiro. Por fim, veram direito a uma luta na lama. O objec vo desta ac vidade, era chegar ao terreno com a vida intacta, e colocar a Colmeia no terreno do Agrupamento, com a esperança que Abelhas queiram ir para lá viver. A ac vidade foi muito produ va, tanto para quem par cipou, como para quem a preparou. Canhota Amiga, Pioneiros do Agrupamento 1211 – Santa Catarina da Serra

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Colóquio “Loureira e os seus 400 anos” Rev. Dr. Luciano Coelho Cris no - “Da História da Diocese de Leiria à História do Lugar da Loureira” No passado dia 20 de Fevereiro, teve lugar, na Capela de Santa Marta, o Colóquio “Loureira e seus 400 anos”. Deste momento alto das Comemorações, de que a Luz da Serra dá no cia nesta mesma edição, se destaca a Conferência de Abertura proferida pelo Reverendo Dr. Luciano Coelho Cris no, grande inves gador e grande mestre da história da Diocese de Leiria. Integrada desde a primeira hora no Programa das Comemorações dos 400 anos da Loureira, a conferência era aguardada com grande interesse e enorme expecta va. Como era de esperar, o povo acorreu em grande número, enchendo por completo o templo da invocação de Santa Marta. Foi com admiração pelo saber do mestre que o povo escutou alguns dos mais saborosos nacos da história da aldeia; e foi com gra dão por tanta inves gação sobre o passado da aldeia que o povo saudou o Dr. Luciano Cris no, no final da conferência, com uma grande e comovida salva de palmas. Bemhaja, Dr. Cris no! A Loureira fica-lhe muito gata. Numa linguagem a todos acessível, o conferencista começou por assinalar os documentos, as datas e os acontecimentos que marcaram os primeiros tempos da Diocese de Leiria, desde a sua criação em 1545 até ao seu alargamento aos termos de Ourém e Porto de Mós, em 1585-1586. Sublinhou, logo a seguir, as circunstâncias e as razões que determinaram a criação por toda a Diocese de novas paróquias e a edificação de muitas ermidas, passando em revista algumas das orientações pastorais saídas do Concílio de Trento e ver das nas Cons tuições Diocesanas de Leiria, designadamente nas Cons tuições de D. Pedro de Cas lho, publi-

cadas em 1601, na sequência do Sínodo Episcopal de 1598. Com verbo fácil, o Dr. Luciano Cris no explicou-nos, com pormenor e rigor bastantes, o que se passava concretamente na Loureira, nos anos que antecederam a criação das paróquias de Santa Catarina (1549) e de Fá ma (1568). Ficámos a saber que os residentes no termo de Leiria nham de ir à missa à paróquia de S. Mar nho, em Leiria, e os do termo de Ourém nham de ir à missa à paróquia de S. João, em Ourém. Mesmo após a criação da paróquia de Santa Catarina, os residentes da Loureira no termo de Ourém veram de con nuar a ir a Ourém e depois à paróquia de Fá ma. Só na transição do século XVI para o século XVII as coisas se vão alterar de vez, com a integração das duas partes da Loureira na paróquia de Santa Catarina. A qualidade e o pormenor da inves gação levada a cabo pelo Dr. Cris no sobre a Loureira puderam ser aferidas, entre outros elementos, por estas

informações de detalhe: após a criação da paróquia de Fá ma eram 8, e só 8, as famílias da Loureira que iam à missa a Fá ma, cujos chefes de família eram Pedro Dias, Jorge Pires, Rodrigo Anes, Gonçalo Fernandes, Fernão Dias, João Lopes, Simão Alves e Pedro Dias, o Moço. Dos moradores do Pedrome e do Ulmeiro que iam à missa a Ourém também ficámos a saber que eram de 13 famílias. Dos chefes destas 13 famílias, o conferencista referiu não apenas os nomes mas também as respec vas profissões. Na impossibilidade de referir aqui tanta e tão vasta informação transmi da pelo orador, refira-se este outro apontamento: em 1610, na Diocese de Leiria, para além da edificação da ermida de Santa Marta, na Loureira, foram edificadas as ermidas de S. Miguel, no Vale Sumo, de Santo Amaro, na Or gosa, de S. João Bap sta no Soutoico e de Santa Maria Madalena nas Torrinhas. Numa segunda parte, repleta também de abundante

informação até hoje desconhecida e não publicada, o Dr. Cris no abordou a história recente da Loureira, dando par cular destaque a dois momentos di ceis para as gentes da aldeia, no início do século XX: a gripe pneumónica que ceifou por cá tantas vidas e a par cipação de alguns jovens da aldeia na Primeira Guerra Mundial. Socorrendo-se da pesquisa feita na imprensa coetânea daquele início do século, o Dr. Luciano Cris no relatou algumas das procissões organizadas na paróquia e, em par cular, na Loureira, feitas

à Cova da Iria ou realizadas entre lugares da paróquia, invocando a graça divina para libertação dos males trazidos pela pneumónica ou em agradecimento pelo regresso, sãos e salvos, dos soldados da aldeia que combateram na Primeira Grande Guerra. O realismo da descrição pormenorizada de tantos males e de tantas mortes trazidas pela gripe pneumónica tocou-nos a todos profundamente. Na parte final da sua comunicação, o Dr. Luciano Cris no, profundo conhecedor da História de Fá ma e res-

ponsável primeiro por toda a documentação crí ca sobre as Aparições, referiu testemunhos de pessoas da Loureira que es veram na Cova da Iria no dia 13 de Outubro de 1917 e relataram o Milagre do Sol e deu nota de alguns casos de graças concedidas a pessoas da Loureira e por estas relatadas em documentos arquivados no Santuário. A terminar, o Dr. Luciano Cris no fez um apelo às pessoas da Loureira para que procurem “no fundo de alguma velha gaveta” documentos que possam atestar eventuais testemunhos de graças concedidas por Nossa Senhora ou eventuais testemunhos de relatos de pessoas que assis ram ao Milagre do Sol, em 13 de Outubro de 1917; manifestou ainda a vontade de que se apurem os nomes das pessoas da Loureira que trabalharam na construção da Basílica, como foi o caso do Senhor Amadeu dos Santos, de que há já documentação adequada. Após a Conferência do Rev. Dr. Luciano Coelho Cris no, seguiu-se a apresentação do livro Loureira 1610-2010 – Estudo Histórico e Documental, da autoria de Vasco Jorge Rosa da Silva. Ver no cia nesta mesma edição de Luz da Serra.

Na recepção do colóqio estavam mulheres trajadas a rigor de acordo com a época.


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CARNAVAL NO NOSSO AGRUPAMENTO É habitual, na altura do Carnaval, fazermos um desfile de mascarados até à Loureira, para comemorar esta data. Este ano, combinámos ves rmo-nos de Cien stas malucos. Os prepara vos começaram uns dias antes. Fizemos as lupas, arranjámos uma bata branca, uma peruca e uns óculos. No dia do desfile, chegámos à escola, fomos todos para a sala para nos arranjarmos. Quando todos estavam preparados, pusemo-nos em fila e começámos o desfile. Passámos pelo corredor do 2º e 3º ciclos, para eles nos verem ves dos. Fizemos o caminho até à escola da Loureira e, quando lá chegá-

Agrupamento de Escolas e Jardins da Serra

mos, eles juntaram-se a nós, para irmos todos juntos dar uma volta. Quando acabámos o passeio, fomos brincar com eles. Como estava muito frio, demorámo-nos pouco tempo. Regressámos à nossa escola e fomos almoçar. Na parte da tarde, assis mos a um filme no auditório. De seguida, fomos ver o baile e o desfile de máscaras, organizado pelos alunos do 9ºano. Foi um dia espectacular, porque nos diver mos muito! Nas outras escolas e jardins de infância, os meninos também se mascararam e diver ram-se tanto como nós. Alunos do 4ºE da EBI de Santa Catarina da Serra

BAILE E DESFILE DE MÁSCARAS Os finalistas da nossa escola organizaram um baile de Carnaval, no ginásio, e um desfile de máscaras, que foi apresentado pela Bárbara e o Tiago Gonçalves, do 9ºA. A festa foi muito diver da, a música fantás ca e ainda houve serviço de bar. O júri, composto pelas professoras Susana Cruz e Sandrina Antunes, e as técnicas operacionais Emília e Anabela, teve alguma dificuldade em escolher o melhor mascarado entre cien stas, mosqueteiros, flores, médicos, Pipi das meias altas, princesas, havaianas, homens-aranha. Mas os mascarados mais cria vos e engraçados foram o Paulo Renato, com o disfarce de padre, para o 1º lugar, o Gonçalo Ba sta e o João Antunes, disfarçados de velhinhos no 2º lugar, e o Fábio, mascarado de doutor,

Jardim de Infancia da Magueigia

em 3º lugar. Parabéns a todos e em especial para os organizadores da festa!

Dia de S. VALENTIM diferente Foi assinalado o Dia de S. Valen m, tendo sido os alunos incen vados à produção de cartas e postais. As mensagens foram depositadas num marco de correio, na biblioteca, e posteriormente, foram distribuídas pelas salas de aulas. O Departamento de Línguas organizou o concurso “Pares Amorosos da Literatura” cujo objec vo foi levar os alunos a conhecer e a descobrir pares célebres da literatura, tais como Pedro e

Inês, Romeu e Julieta, etc. Par ciparam 60 alunos, mas os que conseguiram descobrir mais pares amorosos foram a Inês Serra e o Ricardo Santos, do 6ºC, que receberam prémios em livros. Todos os outros receberam um diploma de par cipação.

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Liliana Vieira Psicóloga

Isaque S. J. Pereira Ass. Grad. Clínica Geral Centro Saúde de Santa Catarina da Serra

O Luto

A Tiróide A róide é uma importante glândula, situada na face anterior do pescoço, cuja patologia é muito frequente entre nós. Quem não ouviu falar no "bócio"?! Desde já é importante frizar o seguinte: é incorrecto dizer que fulano ou cicrano têm " róide", já que todas as pessoas, ditas normais, possuem esta glândula. Mas afinal o que é uma glândula? È uma estrutura que produz uma secreção, no caso da róide - hormonas. E o que são hormonas? São substâncias químicas, produzidas pelo nosso organismo, des nadas a produzir determinados efeitos. As hormonas roideias (T3 e T4) são sinte zadas a par r do iodo que ingerimos na nossa alimentação (quem não ouviu falar no sal iodado?). Essas hormonas têm uma importante função a nível de múl plos orgãos. Basta dizer que uma criança com uma baixa acentuada destas hormonas, pura e simplesmente, deixa de crescer. Mas a sua função mais importante é a regulação da termogénese (temperatura corporal). Mais à frente veremos como a desregulação hormonal afecta a temperatura corporal. Então, as pessoas que "sofrem da róide" de que se queixam? Vamos começar pelo "bócio". Ainda sou do tempo em que se viam grandes "papadas" no pescoço. Pois o bócio não é mais do

que o aumento da róide. Pode ser de toda a glândula ou nodular (o mais frequente). Felizmente, com a sua detecção precoce (a maior parte das vezes são os familiares ou amigos que alertam para um aumento na parte anterior e inferior do pescoço) e com a medicação prescrita esse aumento é estagnado. Num grande número destes casos, a produção hormonal da roide está dentro do normal (bócio eu roideu). Mas, e quando a produção

for deficiente? - hipo roidismo - . Bem, imaginem os sintomas e sinais ao "contrário". Aumento de peso, friorenta, pele seca, coração lento (bradicardia), apá ca e "parada", queda de pelos (principalmente notória nas sobrancelhas) e um edema (inchaço) duro, nas pernas. Aí a medicação faz "milagres"! Por fim, não posso deixar de mencionar uma patologia, apesar de tudo muito menos frequente (em 24

hormonal está alterada? Bem, se for por excesso de produção hormonal - hiper roidismo - a pessoa começa a emagrecer, sente muito calor (mesmo quando todos os outros estão com frio) e transpira muito, o coração fica acelerado (taquicardia), fica irritadiça, tem tremores, e em fases mais adiantadas da doença, os olhos ficam mais salientes (começa a ver-se a parte branca dos olhos). È claro que a medicação é imprescindível! Devo realçar que alguns "magos" das curas de emagrecimento, adicionavam, nas suas "pílulas", hormonas roideias rando par do de alguns dos efeitos anteriormente descritos.

anos de ac vidade clínica aqui em Santa Catarina apenas vi um caso) que são os cancros da róide - Perante um bócio, cabe ao médico avaliar sobre essa possibilidade. Não é por acaso que algumas das minhas leitoras, de certo, já foram subme das a punção ou biópsias de nódulos roideus. Não foi mais do que o despiste dessa temível patologia. Perante um aumento das dimensões da glândula, acompanhada de nódulos (caroços) no pescoço, há que ser diligente no estudo da patologia que está por trás desses sinais. São estes, em traços gerais, os conceitos básicos que acho, podem ser úteis para o comum dos cidadãos.

E se a produção hormonal

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Pelo menos uma vez na vida, todos nós já passámos ou passaremos pela angus ante experiência da morte de um ente querido. É certo que muitos de nós têm receio de falar sobre este tema, mas não podemos esquecer que a Morte é parte integrante da própria Vida. Seja uma morte inesperada ou uma morte mais ou menos anunciada, como no caso de uma doença terminal; familiares e pessoas afec vamente mais próximas entram em grande sofrimento. Após a no cia de uma morte, geralmente entramos em estado de choque, num estado de negação e passamos por uma espécie de dormência emocional. De acordo com a nossa personalidade poderemos sen r raiva ou culpa, dor, tristeza, choro intenso e perder o prazer nas ac vidades. Esta fase natural de depressão conduzirá depois à aceitação da morte, caso contrário o luto passará a ser patológico – situação

muito frequente em mães de luto que se fixam rigidamente no passado. O uso de roupa preta, apesar de estar a cair em desuso, con nua a servir de símbolo exterior deste processo interno e pode funcionar como facilitador, tal como a par cipação nas exéquias fúnebres: velório e acompanhamento do corpo ao cemitério. É na presença do corpo sem vida que encaramos a morte de frente. No cemitério temos a úl ma oportunidade de esconjurar a nossa dor, dizer adeus, chorar e gritar, sendo importante não exagerar na toma de medicação. “Acordar” mais tarde e perceber que não par cipámos conscientemente em todo o percurso de despedida, será bem mais doloroso. Ao contrário do que se possa pensar, é benéfico envolver as crianças nestes rituais (sem as forçar) e explicar-lhes de acordo com a idade em que se encontram, porque é que o pai ou

a mãe estão a chorar. Até cerca dos três, quatro anos as crianças não entendem o conceito de morte mas sentem a perda de alguém próximo, da mesma forma que os adultos. Na vida é necessário fazer o luto dos que morrem, dos que nos abandonam e de outras perdas. Precisamos chorar e falar com familiares e amigos, fazer visitas ao cemitério, olhar fotografias da pessoa que par u e, se necessário, procurar um grupo de auto-ajuda ou um psicólogo. Para que um dia possamos aceitar com tranquilidade a morte daqueles que amamos, é essencial dialogar e resolver os conflitos ainda em vida, ultrapassando mágoas e erros come dos. O luto é um conjunto de sen mentos que exigem tempo a serem resolvidos e que não devem ser apressados. Retomar a nossa vida e lidar com a saudade que teima em permanecer é tarefa dura mas essencial... pub


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A úl ma etapa… Juniores (G.D.R. São Guilherme) e Iniciados (U.D. Serra) na segunda fase dos respec vos campeonatos. Parte dos objec vos destas duas equipas estão a ngidos. Adivinha-se uma segunda fase mais di cil, com um desejado nível compe vo superior. Juvenis não correspondendo aos resultados esperados não deixam de desenvolver os conteúdos necessários para o desenvolvimento dos atletas. Fruto de uma geração menos homogénea, o futuro não se adivinha fácil, mas acreditamos no trabalho que tem vindo a ser desenvolvido, pois no Futebol muitas vezes 1+1 não é igual a 2. Claramente a equipa com melhor desempenho está época, os Iniciados nham como objec vo a subida de divisão. Ainda a lutar por esse direito, têm apresentado uma equipa compe va, registando uma excelente evolução, deixando bons indicadores para a próxima época. Seque-se a segunda fase e logo em casa da…Caranguejeira! Promete. Os Infan s não a ngiram a 2ª fase, lutam agora pela vitória no Torneio de Encerramento, tal como a época passada. Claramente como um grande obstáculo o estado em que o campo de futebol 7 se apresenta (em dimensões e qualidade do piso) tem vindo a afectar técnica e tac camente na formação dos atletas. No entanto, quem tem acompanhado a equipa tem-se

Marco Santos Tec. Despor vo

deparado com uma evolução colec va ao longo do tempo. Escolas e Escolinhas terminaram os seus primeiros torneios correspondendo aos objec vos pré-definidos. Os mais novos revelaram a dificuldade primária nas relações eu e a bola e eu, a bola e o adversário, ainda mais quando em comparação com os adversários que se apresentam por vezes com um ou dois anos a mais. Quanto aos Escolas realizaram um torneio razoável, terminando a meio da tabela mas com grandes expecta vas para o segundo. Ainda sem a cultura desejada, a maioria dos atletas têm apresentado índices de evolução, salvo uma ou outra excepção, pois nem todos nascem com ap dão para esta modalidade. Mas nesta úl ma etapa da época todos saem beneficiados… O importante é a ac vidade realizada e a formação recebida! Em todos os capítulos saímos de consciência tranquila incluindo na área. Facto a lamentar são assistências (ou falta delas) aos jogos da formação durante a época, quer da parte dos encarregados de educação quer dos próprios dirigentes. Todos a acham necessária e fundamental para um desenvolvimento op mizado dos jovens, no entanto o acompanhamento dos agentes externos tem pecado pela falta de comparência! Falta de divulgação é certo. Mas não serve de desculpa.

Pentatlo Moderno No passado dia 24 de Janeiro, a Federação Portuguesa de Pentatlo Moderno (FPPM) organizou em Lisboa um Torneio de Tetratlo (natação, esgrima e combinado de ro/corrida) des nado aos escalões Juvenis, Juniores A, Juniores e Seniores. A Júnior Carina Vicente, da Loureira par cipou no torneio, pelo Clube de Pentatlo Moderno das Caldas da Rai-

nha. A atleta teve uma modesta prestação na natação, mas conseguiu dar a volta, jogando uma excelente esgrima que a colocou a apenas cinquenta e nove segundos da primeira classificada, diferença esta que facilmente foi ba da com o excepcional desempenho na prova de combinado, o que lhe permi u alcanças o lugar mais alto do pódio.

Desporto Santacatarinense de luto Como não poderia deixar de ser, o espaço que é des nado a esta coluna de opinião e ao desporto em par cular, é dedicado quase exclusivamente à homenagem que devo e quero fazer a um dos Santacatarinenses que nos úl mos 30, 35 anos mais lutou para que o futebol tenha a ngido na freguesia, o pres gio que

a ngiu. No texto que dedico a essa homenagem, verdadeiro acto de jus ça, faço um breve resumo do que foi a carreira despor va, sobretudo como dirigente, do “Russo”, ou “Bouchê”, como era carinhosamente tratado por todos os despor stas, muitos dos seus conterrâneos e não só.

Fazê-lo exclusivamente só palavras, nem é fácil, nem é o que pretendo, pois para além de correr o risco de tornar textos demasiadamente compactos, as imagens valem mais do que mil palavras. Até porque como familiar e amigo tenho grandes dificuldades em exprimir tudo o que sinto, em poucas palavras.

Uma palavra apenas para os úl mos resultados dos seniores da União da Serra, a confirmarem a perca de uma das grandes armas das equipas seniores das úl mas largas épocas: a Regularidade!

Homenagem a Augusto da Purificação Gordo, “Bouchê” Todos nós temos datas mais ou menos importantes na nossa vida, quer individual, quer colec vamente. No entanto, são as datas de nascimento e falecimento, as que mais marcam o ser humano. Assim aconteceu com um dos mais conhecidos santacatarinenses. Nascido a 6 de Agosto de 1943, faleceu no dia 17 do passado mês de Fevereiro, ví ma de doença prolongada, no hospital de Leiria. Para muitos, possivelmente a maioria dos seus conterrâneos, o nome de Augusto da Purificação Gordo, da Magueigia, terão dificuldade em associar de imediato de quem se trata. Então às muitas centenas de pessoas que ao longo destes úl mos 30 anos quer ligados ao dirigismo despor vo, quer como pra cantes da modalidade que ele tanto amou (amava), um pouco por todo o Concelho e Distrito, poucos saberão de quem se trata. Mas se ao lerem, “Faleceu o Russo do Grupo Despor vo e Recrea vo de S. Guilherme”, frase que ninguém deseja(va) ouvir e muito menos escrever, embora essa seja uma das formas dolorosas de homenagear quem parte, a maioria saberá de quem se trata, não tenho a menor dúvida. Par cularmente para os santacatarinenses e para muitos das várias freguesias vizinhas dos mais jovens e

até aos dos 40 anos, se juntar a palavra “Bouchê”, como era carinhosamente tratado e conhecido, então serão muito poucos os que o não conheciam. Até nós os mais velhos, com 50 / 55 anos, assim o tratávamos. Ainda muito jovem emigrou como muitos outros patriotas para França. Em França chegou a jogar no popular clube de portugueses de Paris, os Lusitanos. Amante do futebol desde sempre, foi jogador, fundador e director da União Despor va da Serra, em 1976 e 1977. Em 10 de Novembro de 1978 fundou com outros directores dissidentes da União da Serra, o Grupo Despor vo e Recrea vo de S. Guilherme. Depois de várias épocas só com seniores, passou a dedicar-se ao futebol mais jovem. Desde iniciados, juvenis e juniores, até à actualidade foram muitas as centenas de jovens que iniciaram no S. Guilherme as suas curtas ou mais longas carreiras de futebolís cas. Curiosamente foi com uma equipa jovem que a ngiu o ponto mais alto da sua carreira despor va. Uma final de campeonato de juniores, perdida ingloriamente para o Bombarralense na Marinha Grande, há já muitos anos atrás. Actualmente o clube que vê par r com imensa tristeza e já com eterna saudade o seu maior fundador, possui uma

equipa de juniores e uma de Escolas, outro dos seus sonhos de sempre. Foram várias as centenas de pessoas que par ciparam no seu funeral, uma prova real de quanto era considerado na sua (nossa) freguesia. Para , “Bouchê”, um abraço eterno dos milhares conterrâneos e das muitas centenas de despor stas que de uma forma directa con go conviveram, ou de outra te conheceram. Virgílio Gordo

Retracto a carvão de Augusto Gordo com casaco do Grupo Desp. S. Guilherme. Este retracto encontra-se na instalações do clube.

Uma das úl mas equipas, com três ou quatro jogadores que mais tarde chegaram aos seniores da União da Serra (à drtª)

Uma das muitas equipas do seu S. Guilherme. Durante anos dedicou-se a clube como ninguem. Augusto Gordo encontra-se à esqº na foto.


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LIMITES HISTÓRICOS DE PINHEIRIA A localidade de Pinheiria é um lugar de dimensões consideráveis, maiores do que aquelas que, por vezes, lhe são atribuídas. Em termos históricos salienta-se que o povoado é referido no "1.º Censo Geral do Reino de Portugal", em 1527. Pinheiria e Gordaria nham 10 fogos, ou seja, 30-40 pessoas. Em 1721, com 12 fogos, Pinheiria era sede de uma organização jurisdicional, a vintena. Esta englobava a sede de freguesia. No ano de 1758, a localidade nha 18 vizinhos, cerca de 54-72 habitantes. Na centúria de Oitocentos, alguns dos sacerdotes da paróquia moravam em Pinheiria. Em termos de delimitação da localidade, a Norte nunca houve problemas de maior, pelo que a placa de limite permanece, hoje, junto à cabine de electricidade, nas coordenadas Norte 39º 40' 39,26'', la tude, Oeste 8º 41' 09,18, longitude, e 339 metros de al tude. Rela vamente a Pedrome, no designado sí o do "Vale das Namoradas", a coexistência foi sempre pacífica. De facto, a problemá ca surge quando se procura apurar os limites de Pinheiria quer em relação a Santa Catarina da Serra, na estrada de acesso à actualmente designada Pinheiria da Costa, quer ainda em direcção ao Vale Grande. A 9.7.1922, aquando da atribuição das glebas, baldios, pelos chefes-de-família de Donairia, Pinheiria e Santa Catarina (por ordem de nomes) são referidos os limites de Pinheiria em direcção ao Vale Grande e a Vale Maior. Estes a ngiam os sí os do Castelo, Pousada e Ladeira, o que demonstra, claramente, a dimensão do lugar. Sobre este assunto consulte-se o "Livro 6 de Actas da Freguesia de Santa Catarina da Serra (1910-26)", fólios 5462v. Assim, a 9.7.1922 foram

distribuídas glebas, no sí o do Castelo, aos seguintes moradores de Pinheiria: Faus no Alves dos Santos, a número 1; José Faus no, 2; Cris na de Jesus, viúva, 3; Júlio Rodrigues, 4; Francisco Rodrigues Gordo, 7; Manuel Alves, 8; Bento Marques, 10; António Ferreira Constan no, 11; António de Oliveira, 12; José Francisco Mariano, 13; António Lopes, 14; Francisco de Oliveira, 18; Francisco Marques, 19; António Marques, 20; Ana Maria, casada com José Jorge, ausente em Brasil, 21; Maria de Oliveira, 22; José Alves, 23; José Francisco, 24; José Vieira, 25; Luzia de Jesus, na ausência de Bernardino Domingos, em Brasil, 27; José António Borralho, 28; Luísa de Jesus, 29; Guilhermino Carreira, 30; Inácia Maria, 31; Maria de Jesus Vieira, 32; Francisco Domingos, 33; Escolás ca Maria, 34; José Alves Gameiro, 35; Joaquim dos Santos Jorge, 37; José de Oliveira, 39; António Vieira Alves, 40; António Vieira dos Santos, 41; José Pereira, 44; Faus no Ferreira Constan no, 45; António Bento, 47; Manuel Francisco, 48; José Vieira da Costa, 49; Joaquim Rodrigues Gândara, 51; José Francisco, 53; Domingos Vicente Ferreira, 56; Joaquim Alves dos Santos, 57; José António de Oliveira, 58; e Manuel Pereira Brás, 60. Por sua vez, no sí o da Pousada, localizavam-se os baldios de Maria Inácia, 64; José dos Santos, 65; José Lopes Carreira, 66; António Vieira, 69; e José Alves dos Santos, 72. No sí o da Ladeira, também limite de Pinheiria, estava a gleba de António Gonçalves, a número 75. Por úl mo, no sí o do Vale das Costas situava-se a de Maria Gameiro, a 79. Da localidade de Santa Catarina da Serra receberam glebas no sí o do Castelo: Manuel Carreira Alfaiate, a número 5; Ma-

nuel Pereira da Silva, 6; Maria do Rosário, 9; Joaquim Ferreira Fartaria, 15; António Marcelino, 16; Júlio Vieira da Silva, 38; Manuel Gonçalves, 42; José Domingos, 43; José Francisco Alves, 52; Jacinto Prudêncio, 54; Francisco Vieira da Silva, 59; Joaquim Ferreira Gonçalves das Neves, 61; e Eu quiano dos Santos, 62. No sí o da Pousada estavam os baldios de José Bento, 67; António Ferreira Ezequiel, 68; António Lopes Mar ns, 70; e Francisco Vieira, 71. Por úl mo, no sí o da Ladeira as glebas de Faus no Jorge, 76; de Joaquina Francisco, 77; e de José Lopes, 78. No que diz respeito aos chefes-de-família de Donairia, no dia sobredito, 9.7.1922, ficaram com glebas no sí o do Castelo: Inácia Vieira, número 17; Joaquim Bento, 26; Joaquim Ferreira Constan no, 36; Joaquim de Oliveira, 43; David de Oliveira, 46; e Hilário dos Santos, 55. Por úl mo, no sí o da Pousada, localizavam-se os baldios de Joaquim Alves, 63, e Evência de Jesus, número 73. A gleba 74, porém, foi atribuída a Bento Ferreira, de Pinheiria, situando-se já no limite da localidade de Chaínça, no sí o da Cabeça Gorda. No acesso à Pinheiria da Costa mantém-se ainda a problemá ca rela va ao limite entre a sede de freguesia e aquela localidade, como nos elucidou Francisco do Carmo Oliveira, a quem o Autor agradece a colaboração neste número. Na acta do dia 1.11.1914 lêse que havia um logradouro público com o nome de «Fonte, limite da Pinheiria com approximação de seis mil metros quadrados», pelo que se infere que o limite de Pinheiria com Santa Catarina da Serra estava junto daquela fonte. Consulte-se o "Livro 6 de Actas

Vende-se Vasco Jorge Rosa da Silva Historiador

da Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra (1910-26)", fls. 35v-36. Na realidade, acima da mina, em direcção à Igreja Matriz, pelo vale que, a 7.4.1758, nha, de acordo com o Cura João Pedro, o nome de Almagra, já se estava em área da sede de freguesia, subindo-se o Covão da Mon nha e o Vale Alhal. Naquela estrema não há dúvidas. Elas surgem quando se pretende verificar o limite entre as duas localidades na estrada que, par ndo de Santa Catarina da Serra segue em direcção à denominada Pinheiria da Costa. Pela atribuição de glebas aos habitantes de Pinheiria e de Santa Catarina da Serra é possível apurar que Joaquim Ferreira Fartaria (ao qual foi aforado o baldio número 15, no sí o do Castelo, limite de Pinheiria) era residente na sede de freguesia. Acontece, porém, que numa acta datada de 16.8.1933, durante a presidência de António Inácio Vicente, de Chaínça, está referido que a Junta «resolveu conceder autorisação a Joaquim Ferreira Fartaria, da Pinheiria, para no caminho vicinal em frente da sua casa de habitação aprumar a rampa em que assenta o muro da vedação» do «Passal». Consulte-se o "Livro 8 de Actas da Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra (1927-46)", fl. 49.

Vende-se 9 alfaias agrícolas para diversas ac vidades de agricultura, em especial para vinha. Bom estado!

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Banda Desenhada

Marta Moniz

CONTAS DA CONFRARIA DAS ALMAS DO ANO 2009

Março Casa do Povo 13 - Noite de Fados Rancho Folclórico 14 - Almoço de Convívio Agrupamento de Escuteiros 20 - Comemoração do Dia do Agrupamento Ass. Bombeiros 21 - Almoço em Santa Catarina Agrupamento de Escolas 25 - Feira do Livro das 20h às 23h Clube Automóveis An gos de Santa Catarina da Serra 27 - Passeio de Primavera Ass. Caçadores da Serra 28 - Festa do Agricultor

Ass. D. S. Loureira 28 - Peregrinação de Bicicletas An gas ao Santuário de Fá ma

Mais de uma duas dezenas de jovens juntaram-se para festejar o primeiro aniversário do fórum da freguesia de Santa Catarina da Serra. O jantar decorreu no passado dia 27 de Fevereiro no restaurante “Tasca Da’vide”, no Cercal. O fórum, diponível no endereço h p://forumscs.pt.vu conta actualmente, com mais de 350 inscritos e está divido por várias categorias e dá a oportunidade de aceder a informação sobre os eventos e o que se passa culturalmente nesta freguesia. Dirigiram-se depois para a Ass. S. Miguel, que festejava “O Dia dos Aniversariantes” do mês de Fevereiro.

Abril Ass. S. Miguel - Olivais 2 - Almoço - Bacalhau com Chícharo Ass. Caçadores da Serra 3 - Abertura Campo de Tiro Prá ca de Tiro Despor vo com o seguinte horário: sábados de tarde e domingos de manhã ASSUL - Ulmeiro 4 - 1º Passeio Pedestre 2010 Clube Automóveis An gos de Santa Catarina da Serra 9 - Passeio de 3 dias a Essen (Alemanha)

Corte de Árvores na Estrada Nacional Nº 357 no passado dia 26 obrigou ao desvio do transito durante toda a manhã. A operação era delicada pois nha como objec vo derrubar três árvores de grandes dimensões que se encontravam secas perto de uma habitação e representavam perigo para o trânsito e peões. Foram mobilizadas várias en dades como a GNR, técnicos da EDP e Telecomunicações. Com a operação, além das árvores secas, removeram-se também vários pinheiros que pendiam para a estrada. Valeu o rápido concen mento e autorização dos proprietários que se encontravam no local a assis r à operação.

Cupão de Assinatura

Nome:

Portugal 10 Euros - Europa 15 Euros Resto do Mundo 20 Euros Pagamento por Cheque:

Morada: Localidade:

Cód. Postal:

-

Deverá ser de um Banco Português e passado à ordem de: ForSerra

Email: Pagamento por transferência Bancária: Telefone:_______________ Telem:_________________ Contribuinte: Assinatura:

Data Nasc:

/

/

NIB: 5180.0010.00000921394.45 IBAN: PT50 5180 0010 0000 0921 3944 5 BIC:CDCTPTP2 ( Após efectuar a transferência, anexar comprova vo ou enviar digitalizado por email luzdaserra@sapo.pt)

244 745 616 Telf. - 244 741 534 Fax - luzdaserra.forserra@sapo.pt Jornal Luz da Serra - Rua de Santa Catarina, Nº22 - 2495-186 Santa Catarina da Serra


MARÇO

LUZ DA SERRA

úl ma

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ForSerra junta-se ao projecto "Limpar Portugal"

Aula aberta de Ballet

O projecto “Limpar Portugal”, é um projecto desenvolvido por cidadãos independentes que pretendem ter um Portugal mais verde. Com isso, estão a promover o projecto para que no próximo dia 20 de Março sejam m o b i l i za d o s voluntários para limpar as florestas portuguesas. Na freguesia de Santa Catarina da Serra, a ForSerra aderiu ao projecto em conjunto com a Junta de Freguesia. Actualmente, a ForSerra conta já com o apoio da Ass. de Caçadores da Serra, que é uma preciosa ajuda no levantamento de lixeiras na nossa freguesia. Foram mais de 20 pontos com lixo, georefenciados e fotografados a serem recolhidos no dia "L", 20 de Março. O agrupamento de escuteiros, que comemora o dia de agrupamento nesse mesmo dia, irá também colaborar na limpeza das matas. Vivemos num país repleto de belas paisagens mas, infelizmente, todos os dias as vemos invadidas por lixo que aí é ilegalmente deposi-

A Ass. Casa do Povo de Santa Catarina da Serra, desde 2009, abriu a oportunidade de crianças a par r dos 4 anos de idade poderem frequentar as aulas de Ballet e dança clássica. O piso superior da Casa do Povo foi, recentemente adaptado com condições mínimas para a relização da ac vidade. Foi no passado dia 5 de Março que a Casa do Povo abriu as suas portas aos pais e a todos aqueles que quiseram assis r a uma aula de dança. Foram mais de uma

tado.

Para quem percorre a nossa freguesia depara-se com lixos um pouco espalhados pela freguesia, nomeadamente entulho resultante de obras ou demolições de habitações. Como se não bastasse, no entulho pode encontrar-se um pouco de tudo, desde plás co, metal, e vidro. Pneus, sofás, electrodomés cos e colchões fazem parte do lixo da freguesia, que no dia 20 será removido. O objec vo é juntar o maior numero de pessoas na freguesia para que, todos juntos possamos, durante um dia das nossas vidas fazer algo de ú l por nós, pelo planeta e pelo futuro dos nossos filhos. Vamos limpar a floresta portuguesa num só dia!

existentes no espaço florestal de Portugal» é o objec vo do projecto «Limpar Portugal» que está, actualmente, a recrutar voluntários para o processo que se vai realizar no próximo dia 20 de Março de 2010. A ideia veio da Estónia, que conseguiu reunir cerca de 50 mil pessoas e em 5 horas limparam o país. A inicia va estende-se agora até Portugal. No dia 20 de Março de 2010, por um dia, vamos fazer parte da solução deixando de ser parte do problema. “Limpar Portugal? Nós vamos fazê-lo! E tu? Vais ficar em casa?" Mais info em: www.forserra.com e www.limparportugal.org

Ass. Casa do Povo de Santa Catarina da Serra

dezena que durante aproximadamente uma hora puderam observar os passos

de uma aula, vendo os seus filhos e netos.

«Limpar as lixeiras ilegais

Inscreve-te em: www.forserra.com, liga: 917 480 995 ou dirige-te à ForSerra (Edi cio da Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra ) ( contactos reservados para a acção na freguesia de Santa Catarina da Serra)

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