luzdaserra11.2011

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MENSÁRIO DE SANTA CATARINA DA SERRA - NOVEMBRO 2011 - 1€ PREÇO DE CAPA

Os desafios de hoje

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Miguel Marques

Freguesia prepara-se para a 6ª edição do Festival que marca o pulsar do associativismo. De 24 a 28 de Novembro, há chícharos em Santa Catarina da Serra

Pág. centrais

II Festival de Sopas reune mais de 800 pessoas

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Miguel Marques

continua na Pág. 3

O chícharo volta à Serra

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Dia de todos os Santos Acompanhamos aquele que será provavelmente o último “bolinho”.

Novembro, mês das Almas

Voluntariado: Uma mulher feliz e realizada Pág.7

Como começou a conferência S. V. Paulo

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Pensamento do mês DR

Por quem os sinos dobram? O fim de um mundo. No passado dia 1 de Julho, o Papa Bento XVI, evocando os sessenta anos de sacerdócio, caracterizava assim o tempo da sua ordenação sacerdotal: " Em 1951, o mundo era totalmente diferente: não havia televisão, não havia internet, nem computador nem telemóvel. Parece realmente um mundo pré-histórico aquele do qual vimos. Sobretudo, as nossas cidades estavam destruídas; de igual modo a economia e reinava uma grande pobreza material e espiritual. Mas também havia uma forte energia e vontade de reconstruir este país e de renová-lo, na Comunidade Europeia sobretudo, sobre o fundamento da nossa fé. Assim começámos com grande entusiasmo e com grande alegria naquele momento". Hoje assistimos, de facto, ao nascimento dum mundo novo que é, ao mesmo tempo, fascinante e difícil, cheio de possibilidades e de contrastes tremendos. É, antes de mais, um mundo marcado pela globalização que abriu novas possibilidades e novos horizontes a todos os níveis desde o conhecimento à mobilidade e aos mercados. Experimentamos porém como a globalização desregulada dos mercados financeiros e económicos produziu uma crise sem precedentes como...

No entardecer da vida, seremos julgados pelo amor.

“Um tolo encontra sempre outro tolo, ainda maior, que o admira.” pub


LUZ DA SERRA

16/10 - Afonso José Costa Oliveira, filho de Vasco José Vicente Oliveira e de Patrícia Vieira da Costa, da Pinheiria. Foram padrinhos: Roberto Vieira da Costa e Inês Leitão Gonçalves 16/10 - Cláudio Vicente Rito, filho de Vítor Pereira Rito e de Sónia Susana Carreira Vicente, da Chainça. Foram padrinhos: Sílvio Carreira Vicente e Maria Luísa dos Reis Oliveira. 16/10 - Sara Madalena Rocha Sousa Costa, filha de João Paulo Sousa Costa e de Tânia Marisa da Cruz Rocha, do Sobral. Foram padrinhos: Luís Manuel de Sousa Costa e Maria Amélia Félix de Sousa das Neves Costa. 16/10 - João Oliveira Silva, filho de Vítor de Jesus Silva e de Vânia Santos Oliveira, da Loureira. Foram padrinhos: Ricardo Jorge Silva Santos e Emilie dos Santos

8/10 - Pedro Miguel Rodrigues Francisco de Caldelas, Caranguejeira, e Sílvia Isabel Alves Rodrigues, da Pinheiria. Foram padrinhos: Agostinho Mateus Carreira e Tiago Filipe Rodrigues Gameiro; madrinhas: Elisabete Alves Rodrigues e Maria de Lurdes Ribeiro da Conceição

24/11 - Ezequiel António Marques, viúvo de Maria Gomes Vieira, da Chainça, adormeceu na paz eterna aos 84 anos de idade. 25/11 - José de Jesus Rodrigues, casado com Maria Celeste Neto da Silva, com residência na Quinta da Sardinha, faleceu em França, com 69 anos de idade e foi sepultado no cemitério de Santa Catarina da Serra. 29/10 – Ricardo da Silva Neto, casado com Maria Fernanda de Oliveira Vicente, da Chaínça, partiu deste mundo aos 71 anos de idade.

N. 18/06/1942 F. 18/10/2011 Quinta da Sardinha A família, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que se incorporaram no seu funeral ou que de algum modo manifestaram o seu pesar. Mulher, filhos, genro e netos

Aos familiares destes irmãos apresentamos sentidas condolências e deixamos a oração da esperança.

2011

Para todas as mães de um …Tiago. Tiago Ferreira Natural de Tomar Agradecimento Em nome de toda a família, cumpre-me dar conta publicamente, da enorme gratidão e reconhecimento a todos quantos nos ajudaram a trazer de volta, a Portugal e à tua terra natal, o corpo do meu filho Tiago Ferreira À comunidade Tomarense, dentro e fora de Portugal, aos nossos amigos, aos amigos dos amigos, aos cidadãos anónimos, a toda corrente de pessoas solidárias que connosco estiveram nesta dolorosa tarefa que foi enterrar o Tiago em terra Tomarense. Com todos queremos partilhar a dor e mágoa da perda, mas também o alívio de saber que os seus restos mortais repousam, finalmente, perto de nós, já que crentes somos, e por isso acreditamos que a sua Alma será protegida por Deus na sua Infinita Misericórdia. Bem-haja a todos aqueles, e são muitos, para quem a solidariedade se pratica e não se pregoa somente, e a quem esta família ficará eternamente grata! Tomar, 18 de Outubro de 2011 Maria Edite Silva Lopes

Alfredo dos Santos N. 12.08.1910 F. 20.10.2010 Cercal I Aniversário da tua morte 20 de Outubro de 2011 PAI, Data que recordamos Sempre com grande tristeza Mas nos nossos corações Moras com grande riqueza Faz um ano que partiste Faz um ano que nos deixaste Mas temos o orgulho de dizer Que sempre, sempre nos amaste

José Jesus Neves

NOVEMBRO

-- família paroquial --

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A vida para ti não foi fácil A vida para ti foi uma cruz Mas nunca te faltou coragem Sempre com a força de Jesus Jamais esqueceremos O amor por ti manifestado Por isso correspondemos Dizendo-te que continuas a ser amado Pai Estes pequenos poemas Feitos com muita emoção Escritos com uma caneta Sentidos do coração Descansa em paz Junto de Tua Maria – nossa mãe. Teus filhos, genros e netos

Uma mulher que dá á luz um filho, quer o melhor para ele e tudo de bom durante toda a vida. Mãe é sinal de amor e sofrimento. Mas nem todas as mães são iguais e nem todo os filhos são iguais. Este filho, foi igual a tantos outros. Esta mãe também. E quantas vezes, nós mães, sofredores e cansadas, dizemos o que não queremos e pensamos o que não devemos? Vi o sofrimento desta mãe que no silêncio, sofria. Não chorava. Não reclamava. Limitavase simplesmente ao silêncio. Eu, observava e às vezes até entendia. Mas era impotente para fazer qualquer coisa ou dar alguma opinião. Limitava-me a olhar e a pensar. Até que o imprevisto aconteceu e, no silêncio, na distância, no sofrimento, aconteceu o pior. A notícia chegou. Aquela mãe ficou no silêncio e completamente perdida. Não houve palavras. Ninguém entendia o que aquela pensava. Ela não falava. Mesmo em silêncio as lágrimas não queriam cair. Foi por ver este silêncio que pensei em tornalo em palavras e lágrimas. A única maneira de libertar uma mãe de um desgosto e da perda de um filho. E foi o que me motivou a levar avante uma missão, tão delicada. Desde o primeiro minuto prometi a mim mesma que Deus estaria presente para me ajudar a fazer com que esta mãe pudesse chorar junto do filho e substituir o silêncio por palavras que só eles entenderiam. E… graças a tanta gente amiga, a tanta solidariedade, a missão foi cumprida. Hoje, esta mãe pode fazer o luto, ir ao cemitério falar ou mesmo chorar porque as lágrimas caiem e as palavras saem. Nós, mães que amamos os nossos filhos, não importa o que eles são ou o que foram. São nossos. Tiago, perdoa a todos os que pensaram mal e vela por eles (as). E aqueles que não entendem o porquê, não te preocupes. Deixa que Deus lhes explique um dia. Descansa em paz. Isaga

Deus ao conceder-nos o dom da vida pela sua Graça, permitiu-nos celebrar em espírito de comunhão 50 anos de matrimónio. «Este é o dia que o Senhor fez, exultemos e alegremo-nos n’Ele» Sl. 117, 24 Celebraram as Bodas de Ouro, no dia 18 de Setembro, Manuela e José Marques, com celebração festiva eucarística, na igreja da Chainça. Presidida pelo Cónego João Marcos, a residir no Seminário Diocesano, em Lisboa; e concelebrada pelo Padre Eduardo, do Instituto Missionário da Consolata, em Fátima. Participou com o casal celebrante, um grupo de cristãos vindos de Lisboa que, em comunhão fraterna, têm vindo a fazer uma experiência de fé na Igreja. Participaram, no mesmo espírito de comunhão, familiares e amigos, tanto na Eucaristia como no banquete que se seguiu.

Rectificações Na secção de caloiros, na última edição, por lapso foi mencionado que a jovem da Freguesia Beatriz Pereira Batista frequentava o IPL - Escola Superior de Educação e Ciências Sociais, quando a aluna frequenta IPL – Escola Superior de Tecnologia e Gestão. Aos nossos leitores e à visada, as nossas desculpas.

Loja do meu Irmão A partir do mês de Novembro a loja do meu Irmão encontra-se aberta Segundas, Quartas e Sextas das 9:00h às 12:00h e das 14:00h às 18:00h assim como o primeiro Sábado de cada mês das 14:00h às 18:00h. pub

Envie-nos o seu anúncio, da secção da família paroquial, que nós prometemos publicar gratuitamente. Data limite de entrega: último dia de cada mês Os anúncios publicados serão gratuitos, desde que cumpram os requisitos necessários para a publicação.


NOVEMBRO

LUZ DA SERRA

-- vida da comunidade --

2011

Editorial

quer que todos nós ajudemos a construir; depende de todos nós. Se não trabalhamos nessa construção seremos sempre infelizes,

porque egoístas. O egoísmo é a pior “praga”deste mundo; é uma “fábrica”de infelizes. E quem não é um pouco egoísta? O grau de egoísmo não sai nas análises. O pecado tira-nos a paz e nos escraviza. “Aquele que peca torna-se escravo do pecado”(Jo.8,34). O pecado não sai nas análises. “Não há paz para quem vive em pecado” (Isaías, 57,20) Não existem soluções mágicas para os nossos problemas, mas há caminhos para lá chegar. Normalmente Deus não resolve os nossos problemas, mas ensina-nos como os resolver e oferece-nos a força para os resolvermos: “Vinde a Mim vós que vos encontrais em dificuldades e Eu vos darei forças” (Mt. 11, 2830). Vou concluir transcrevendo um artigo do grande psiquiatra Gustav Yung: “Entre todos os meus doentes, sobretudo depois dos 35 anos, não encontrei um só, cujo problema mais profundo, não dependesse da sua vida religiosa. Todos em

P. Serafim Marques

última instância, estavam doentes por terem perdido a paz que a religião, quando bem vivida, dá àqueles que a praticam. A paz é fruto da fé BEM VIVIDA; e nenhum desses meus doentes curou, enquanto não voltou à prática religiosa.”. A volta para Deus é pré condição para voltar a ter saúde. Normalmente o Sacramento da confissão, quando bem feita, é o ponto de partida para uma vida nova de paz, alegria, felicidade, justiça e compreensão na família. Elimina da tua vida o pecado do ódio, pois ele é o pior cancro da alma. Transforma o ódio em amor cristão. Ó ódio mata infalivelmente a tua paz e o teu bem estar. Sem a fé vivencial a nossa vida não tem sentido. As análises clínicas não indicam o ódio nem o egoísmo que temos. Por este motivo é que muitas vezes, os médicos dizem que tudo está bem.

Solicitamos aos nossos assinantes a regularização da sua assinatura luzdaserra@santacatarinadaserra.com Redacção (ForSerra) todas as Terças e Quintas-feiras das 10h às 19h

00351 917 480 995

Continuação da página 1 técnica resolva todos os problemas e nos dispense de pensar a vida pessoal, familiar e social com fundamentos sólidos. Vão-se impondo os interesses individuais enquanto se põem de parte o bem comum e a solidariedade. Todos estes problemas criam um ambiente de incertezas, de insegurança e de medos em relação ao futuro. Estamos a viver uma certa cultura do desencanto, de crise de confiança na vida, na bondade da vida e do mundo. A crise de confiança é também uma crise de fé na outra dimensão de vida aberta ao mistério de Deus e do seu amor que salva e sustenta o mundo. Por quem os sinos dobram? - é o título dum livro de Ernst Hemingway que escolhi para realçar a crise do

a globalização desregulada dos mercados financeiros e económicos produziu uma crise sem precedentes com consequências sociais de desemprego, de exclusão social e pobreza tremendas. Todos reconhecem hoje que esta crise é a ponta do iceberg de uma outra mais funda e profunda que é da ordem dos valores e de défice de espiritualidade. O nosso mundo é plural e pluralista: nele vivem e convivem diferentes crenças, religiões e culturas, sendo, portanto, um mundo permanentemente sujeito à tentação do relativismo e do individualismo. Torna-se difícil encontrar uma plataforma de valores fundamentais comuns e partilhados por todos. As novas tecnologias seduzem a ponto de se confiar que a

momento presente. Os sinos dobram pelo fim de uma era, de um mundo, de uma estação cultural que era compacta e sólida e anunciam, tristemente, o surgir duma cultura do vazio, da desconstrução dos fundamentos sólidos (de grandes ideais, de valores, de grandes causas e projectos): uma cultura que, entretanto, se instalou na sociedade e que leva o mundo a invocar um "suplemento de alma" e uma renovada esperança de salvação. Introdução da Carta pastoral de D. António Marto para o ano pastoral 2011/12 Leia atentamentge as palavras do nosso pastor

Roteiro convida à descoberta do património religioso da região Dar a conhecer a riqueza dos principais templos da região é o objectivo de um roteiro de visitas guiadas que a Diocese Leiria-Fátima promove durante os próximos meses. Ao todo são sete as visitas agendadas (até Maio de 2012), que integram 23 espaços. A intenção, explica o padre Armindo Janeiro, da Departamento do Património Cultural da diocese de Leiria-Fátima, é “conhecer um pouco melhor o que escondem as linhas arquitectónicas dos templos, as suas pedras trabalhadas, as pinturas, azulejos e imagens”. Considerados um dos “tesouros da nossa região”, a diocese propõe dar a conhecer essas obras de arte edificadas por “muitos artistas anónimos que deram e dão contextos às nossas celebrações”. As visitas (com início às 14h45 e final cerca das 18 horas) são abertas a todos e têm participação livre.

Visitas: 19 de Novembro de 2011 Por terras do Lis: Igreja paroquial do Souto da Carpalhosa; Igreja paroquial de

Vasco Silva

O pior cancro, podes evita-lo! Quando as pessoas se sentem mal, normalmente vão consultar o médico. Este logo manda fazer análises. De volta ao consultório, o doutor examina tudo. Se não encontra nada de especial avisa o paciente que pode ficar tranquilo, pois as análises estão boas. Contudo, para tranquilizá-lo, prescreve-lhe algumas vitaminas ou algum fortificante. A pessoa volta á sua vida diária, mas a indisposição continua. Onde estará a causa? As análises clínicas não indicam tudo aquilo que temos na consciência. Para nos sentirmos bem, é preciso: ter saúde física, ter bom relacionamento com todos e estarmos bem com Deus, NOSSO PAI. As análises não registram os problemas escondidos no fundo da consciência, onde vão “apodrecendo” aos poucos: abortos, traições familiares, injustiças, as raivas, a falta de perdão, as invejas, os ciúmes, os pecados graves escondidos em confissão e sobretudo o ódio… O ódio é o pior cancro da alma. O ódio é o oposto ao amor cristão. O amor cristão é a solução para todos os males espalhados por esse mundo além. É o “remédio” universal e infalível. Onde se vive verdadeiramente o amor cristão não existe fome, nem guerras, nem divórcios, nem lares infelizes, nem crianças abandonadas, nem desemprego, nem traições, nem injustiças de espécie alguma; ali não há necessidade de polícias, nem fechaduras, nem cadeados, nem grades nas janelas…É um mundo de irmãos que se amam. Jesus chamou ao mandamento do amor, o seu mandamento, o Mandamento novo, porque este mandamento torna tudo novo, a vida triste em vida nova; o ódio em amor, as ofensas em perdão, a guerra em paz; a infelicidade no lar em Família Feliz. É este o mundo que Deus sonhou e

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Santuário Nossa Senhora dos Milagres - Leiria

Regueira de Pontes e Santuário do Senhor Jesus dos Milagres 21 de Janeiro de 2012 Do Românico ao barroco: Aljubarrota, Igreja Paroquial de Nossa Senhora dos Prazeres e Capela de S. João Batista; Igreja Paroquial do Juncal 25 de Fevereiro de 2012 Por terras da Colegiada: Antiga Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Purificação do Olival e Capela da Conceição; Igreja paroquial de Nossa Senhora das Misericórdias de Ourém 24 de Março de 2012 Rota da pedra lavrada: Igreja matriz da Batalha e Capela

de N. Sra. da Conceição (Brancas); Igreja paroquial do Reguengo do Fetal e Ermida de N. Sra. do Fetal. 28 de Abril de 2012 Por terras do Lena: Igreja Paroquial de São João Batista de Porto de Mós e Capela de Santo António; Igreja paroquial de Alvados 19 de Maio de 2012 Por terras da Senhora do Rosário: Capela do Instituto das Filhas de Santa Maria de Leuca; Capela do Instituto das Irmãs Oblatas de Maria Virgem de Fátima; Capela do Carmelo de São José e Museu de Arte Sacra e Etnologia


LUZ DA SERRA

Festa da Profissão de Fé

cia e ao dar bom exemplo que se deveria dar. Os pais são os primeiros e principais educadores de seus filhos e os padrinhos comprometeram-se a ajudar os pais na educação cristã de seus filhos. O "temos cristãos" que um avô afirmou precisa de ser coadjuvado por um compromisso de todos, de modo particular pelos mais directos responsáveis pela educação destes homens e mulheres do futuro. À tarde o rosário, apesar do

cansaço, foi a expressão do desejo de persistir no caminho da fé e da entrega à Mãe do Céu, simbolizada na flor singela, colhida no jardim lá de casa, colocada sobre o altar. Parabéns a todos os meninos e meninas, aos cantores e aos adultos que souberam celebrar a fé e testemunhar "Sei em quem acreditei". Deixo o texto da consagração a Nossa Senhora para reflectir e rezar.

mento há extraordinárias edições críticas, elaboradas de forma rigorosíssima do ponto de vista científico, e é sobre essas edições que o trabalho da hermenêutica bíblica se constrói. É impensável, por exemplo, para qualquer estudioso da Bíblia atrever-se a falar dela, como José Rodrigues dos Santos o faz, recorrendo a uma simples tradução. A quantidade de incorrecções produzidas em apenas três linhas, que o autor dedica a falar da tradução que usa, são esclarecedoras quanto à indigência do seu estado de arte. Confunde datas e factos, promete o que não tem, fala do que não sabe. 2. Chesterton dizia, com o seu notável humor, que o problema de quem faz da descrença profissão não é deixar de acreditar em alguma coisa, mas passar a acreditar em demasiadas. Poderíamos dizer que é esse o caso do romance de José Rodrigues dos Santos. A nota a garantir que tudo é verdade, colocada estrategicamente à entrada do livro, seria já suficientemente elucidativa. De igual modo, o apontamento final do seu romance, onde arvora o mé-

todo histórico-crítico como a única chave legítima e verdadeira para entender o texto bíblico. A validade do método de análise históricocrítica da Bíblia é amplamente reconhecida pela Igreja Católica, como se pode ver no fundamental documento "A interpretação da Bíblia na Igreja Católica" (de 1993). Aí se recomenda o seguinte: «os exegetas católicos devem levar em séria consideração o carácter histórico da revelação bíblica. Pois os dois Testamentos exprimem em palavras humanas, que levam a marca do seu tempo, a revelação histórica que Deus fez... Consequentemente, os exegetas devem servir-se do método histórico-crítico». Mas o método histórico-crítico é insuficiente, como aliás todos os métodos, chamados a operar em complementaridade. Isso ficou dito, no século XX, por pensadores da dimensão de Paul Ricoeur ou Gadamer. José Rodrigues dos Santos parece não saber o que é um teólogo, e dir-se-ia mesmo que desconhece a natureza hipotética (e nesse sentido científica) do trabalho teológico. O positivismo serôdio que levanta como bandeira

fá-lo, por exemplo, chamar "historiadores" aos teólogos que pretende promover, e apelide apressadamente de "obras apologéticas" as que o contrariam. 3. A nota final de José Rodrigues dos Santos esconde, porém, a chave do seu caso. Nela aparecem (mal) citados uma série de teólogos, mas o mais abundantemente referido, e o que efectivamente conta, é Bart D. Ehrman. Rodrigues dos Santos faz de Bart D.Ehrman o seu teleponto, a sua revelação. Comparar o seu "Misquoting Jesus. The Story Behind who Changed the Bible and Why" com o "O Último segredo" é tarefa com resultados tão previsíveis que chega a ser deprimente. Ehrman é um dos coordenadores do Departamento de Estudos da Religião, da Universidade da Carolina do Norte, e um investigador de erudição inegável. Contudo, nos últimos anos, tem orientado as suas publicações a partir de uma tese radical, claramente ideológica, longe de ser reconhecida credível. Ehrman reduz o cristianismo das origens a uma imensa batalha pelo poder, que acaba por ser tomado, como seria de esperar,

Foto Antunes

inocência e a serenidade acompanhou-os. Os cânticos, apesar de não serem muitos os cantores, ajudaram no tom de festa e na oração A celebração da reconciliação aconteceu na 5ª feira e pena foi que alguns pais e padrinhos não se tenham disposto a celebrar este acontecimento reconciliados e com o coração em festa. Dáse demasiada importância ao exterior, às fotografias e às jantaradas e pouca à viven-

2011

Querida Mãe do Céu: Aqui estamos a teus pés. Neste dia da nossa Profissão de Fé oferecemos a Jesus a nossa vontade de sermos bons cristãos. Agora, Mãe querida, queremos confiar-nos à tua ternura, aos teus cuidados. Ajuda-nos a conservar pura e forte esta fé. Roga por nós para que vivamos sempre na graça de Deus. Ensina-nos a ser como tu, mensageiros da Paz. Tu que nos deste Jesus e que estiveste presente no Primeiro Pentecostes da Igreja quando o Espírito Santo desceu sobre os apóstolos, faz-nos mensageiros de Jesus e da sua Boa Nova, na nossa casa, na nossa escola, nas nossas brincadeiras, em toda a parte. Dá-nos a graça, Ó Rainha dos Apóstolos, que alguma ou algum de nós seja um dia sacerdote, religiosa, missionário ou missionária. Ave ó Cheia de Graça, pede para nós os dons do Espírito Santo que nos façam descobrir sempre a verdade. Faz com que escutemos a Palavra de Deus e corajosamente a pratiquemos. Daqui para a frente vamos ter muitas dificuldades e muitos perigos. Ajuda-nos querida Mãe, mesmo quando nos esquecemos de Ti. Tu és a melhor das Mães e nunca abandonas os teus filhos. Por isso à Tua protecção nos confiamos ó Virgem Gloriosa e bendita. Dá-nos coragem para sermos fiéis a Jesus. Dá-nos vontade forte para continuarmos na catequese, vir à Missa todos os Domingos e dias Santos de Guarda e comungarmos muitas vezes. Ajuda-nos Mãe Querida. Que a tua mão nos guie sempre para o bem. Faz que a nossa maior riqueza seja o amor a Deus e aos outros. Contamos contigo. Que Tu possas contar sempre connosco Dá-nos a tua bênção querida Mãe

Foi no passado dia 30 de Outubro que jovens da paróquia renovaram o seu compromisso No dia 30 de Outubro, 57 pré adolescentes da nossa comunidade paroquial fizeram a festa da Profissão de Fé e Comunhão Solene. Vestidos de túnicas brancas, renovaram o seu baptismo e dispuseram-se a viver a sua fé na comunidade e a continuar o caminho de formação que então iniciaram na família e estão a realizar na catequese paroquial. Foi uma celebração linda, e valeu a pena andar tantos quilómetros para estar aqui, comentava o padrinho de um dos festejados. O tempo passou sem darmos conta e o envolvimento no ambiente espiritual de festa com Deus e com os irmãos, revestiu-nos de sublimidade e de alegria. Os candidatos portaram-se à altura, e cada gesto e as palavras foram sempre acompanhados da dignidade do acontecimento. Deixam de ser crianças, mas a

NOVEMBRO

-- sociedade --

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Bíblia e literatura Uma imitação requentada: Nota sobre o romance "O último segredo", de José Rodrigues dos Santos O romance de José Rodrigues dos Santos, intitulado "O último segredo", é formalmente uma obra literária. Nesse sentido, a discussão sobre a sua qualidade literária cabe à crítica especializada e aos leitores. Mas como este romance do autor tem a pretensão de entrar, com um tom de intolerância desabrida, numa outra área, a história da formação da Bíblia por um lado, e a fiabilidade das verdades de Fé em que os católicos acreditam por outro, pensamos que pode ser útil aos leitores exigentes (sejam eles crentes ou não) esclarecer alguns pontos de arbitrariedade em que o dito romance incorre. 1. Em relação à formação da Bíblia e ao debate em torno aos manuscritos, José Rodrigues dos Santos propõe-se, com grande estrondo, arrombar uma porta que há muito está aberta. A questão não se coloca apenas com a Bíblia, mas genericamente com toda a Literatura Antiga: não tendo sido conservados os manuscritos que saíram das mãos dos autores torna-se necessário partir da

avaliação das diversas cópias e versões posteriores para reconstruir aquilo que se crê estar mais próximo do texto original. Este problema coloca-se tanto para o Livro do Profeta Isaías, por exemplo, como para os poemas de Homero ou os Diálogos de Platão. Ora, como é que se faz o confronto dos diversos manuscritos e como se decide perante as diferenças que eles apresentam entre si? Há uma ciência que se chama Crítica Textual (Critica Textus, na designação latina) que avalia a fiabilidade dos manuscritos e estabelece os critérios objectivos que nos devem levar a preferir uma variante a outra. A Crítica Textual faz mais ainda: cria as chamadas "edições críticas", isto é, a apresentação do texto reconstruído, mas com a indicação de todas as variantes existentes e a justificação para se ter escolhido uma em lugar de outra. O grau de certeza em relação às escolhas é diversificado e as próprias dúvidas vêm também assinaladas. Tanto do texto bíblico do Antigo como do Novo Testa-

pela tendência mais forte e intolerante. E em nome desse combate pelo poder vale tudo: manobras políticas intermináveis, perseguições, fabricação de textos falsos... Essa luta é transportada para o interior do texto bíblico que, no dizer de Ehrman, está texto repleto de manipulações. O que os seus pares universitários perguntam a Ehrman, com perplexidade, é em que fontes textuais ele assenta as hipóteses extremadas que defende. 4. Resumindo: é lamentável que José Rodrigues dos Santos interrogue (e se interrogue) tão pouco. É lamentável que escreva centenas de páginas sobre um assunto tão complexo sem fazer ideia do que fala. O resultado é bastante penoso e desinteressante, como só podia ser: uma imitação requentada, superficial e maçuda. O que a verdadeira literatura faz é agredir a imitação para repropor a inteligência. O que José Rodrigues dos Santos faz é agredir a inteligência para que triunfe o pastiche. E assim vamos. Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura


NOVEMBRO 2011

II Festival de Sopas em Santa Catarina da Serra

A paróquia de Santa Catarina da Serra organiza de novo uma peregrinação à Terra Santa, para ajudar a viver momentos importantes na vida, na cultura e na fé. Quem visitou os lugares onde Jesus viveu pode testemunhar que ficaram marcas inesquecíveis de tal visita. Quem já lá esteve, é convidado a visitar de novo. Quem nunca lá esteve, é convidado, de modo especial, a enriquecer-se cultural e religiosamente num país de tanta memória e de tantos progressos, com um passado tão antigo e tão rico. Não perca esta oportunidade de peregrinar com a paróquia de 6 a 13 de Fevereiro, acompanhado pelo Pe. Mário Verdasca. Procure informações junto do pároco. No final, poderá dizer como tantos peregrinos: “valeu a pena!”.

Miguel Marques

Freguesias do Concelho de Leiria vão ser pavimentadas Nos próximos três meses, vão decorrer intervenções ao nível da pavimentação, limpeza e regularização das vias em estado mais degradado em todas as freguesias do Concelho de Leiria. O objectivo é melhorar as condições de segurança das vias de comunicação. O concurso público prevê a pavimentação de cerca de 141.435,00 m2, distribuídos ao longo das 29 freguesias do Concelho de Leiria. A escolha da pavimentação será coordenada com cada uma das juntas de freguesia e tem em conta as situações mais críticas e as necessidades de cada uma. A deliberação, aprovada ontem em reunião de Câmara Municipal de Leiria, define como preço base do concurso 747.997,70 euros (inclui IVA). O critério de adjudicação foi o preço mais baixo. As obras serão executadas pelas empresas Asibel – Construções SA e Construções J.J.R & Filhos.

Miguel Marques

dando continuidade ao festival criado pela rapaziada de 1990. A actividade que envolveu a participação da comunidade reuniu cerca de 900 pessoas no salão de Santa Catarina para provar as 19 variedades de sopas confeccionadas e oferecidas por restaurantes da zona de Santa Catarina da Serra, de Fátima e de Ourém e ainda por algumas das nossas mães. Após a refeição, o festival prolongou-se noite dentro com a animação de concertinas e a jovialidade dos organizadores. Esta actividade cultural está inserida na preparação da grande festa de S. Sebastião em conjunto com outras festas de angariação de fundos: duas já realizadas, nos dias 29 de Setembro e 28 de Outubro; e uma outra por realizar e que terá lugar no próximo dia 18 deste mês. Os Jovens receberam um feedback bastante positivo do Festival de Sopas, evento que a maioria dos comensais achou dinâmico, bem pensado e bem organizado. As sopas, essas satisfizeram muito bem a fome e o paladar exigente dos participan-

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Peregrinação à Terra Santa

Jovens nascidos em 1991, festeiros da Festa de São Sebastião em Janeiro de 2012, dão continuidade a iniciativa. A Sopa é um prato que, nos últimos tempos, tem sido objecto de uma certa depreciação e até de um certo desprezo no que diz respeito à dieta dos portugueses. No tempo dos nossos avós e até mesmo dos nossos pais, a sopa era com frequência o único prato de muitas refeições. Não sabemos se é por ser barata ou se é por recordar aos mais velhos as dificuldades da vida e uma certa pobreza característica daqueles tempos, a verdade é que a sopa perdeu, infelizmente, muita da importância e do significado que tinha à mesa das famílias actuais. Se hoje não comemos muita sopa, esta é talvez uma boa oportunidade e uma boa altura, dada a conjuntura nacional actual, em termos económicos e de saúde pública, para recuperar a centralidade dessa maravilha gastronómica na nossa nutrição. A sopa, como dizem também os entendidos, contém os nutrientes e as vitaminas essenciais a uma boa alimentação. E, por isso, poder-se-á dizer que o aumento do seu consumo contribuiria não só para a saúde do nosso corpo mas também para a “saúde” do nosso bolso. Neste seguimento, o grupo de Jovens nascidos em 1991 da paróquia de Santa Catarina da Serra, no passado dia 5 de Novembro, abriu portas ao II Festival de Sopas,

LUZ DA SERRA

-- actualidade --

tes que tiveram ainda direito a levar a sua taça para casa. A todos os que gostariam de ter cooperado na actividade mas que, devido à lotação esgotada, não puderam participar, apresentamos um sincero pedido de desculpas. Os Jovens de 1991 agradecem a todos os que nos ajudaram a construir o sucesso deste II Festival: na confecção de sopas e sobremesas, na cedência do espaço ou na massiva e calorosa participação da população que cedo esgotou a bilheteira do evento.

A todos relembramos que a sopa pode e deve ocupar um lugar relevante na ementa do nosso dia-a-dia, pois nos traz força acrescida para desenvolvermos as nossas actividades, o que é válido para todas as faixas etárias. Acrescente-se uma razão complementar: em tempos de Inverno, que vem aí, uma sopa quentinha é sempre um bom antídoto para o frio. Experimente e dar-nos-á razão.

Ourém, aqui tão perto! Da iniciativa da Associação Para o Desenvolvimento Social da Loureira e em parceria com a Insignare de Ourém, decorre, desde o passado dia 3 de Novembro e até ao dia 28, num total de 25h, na sede da Associação, uma Acção de Formação subordinada ao Tema: «Ética Profissional e Legislação Laboral». Participam 17 formandos com o 9º ou 12º Ano. É formador o Dr. Paulo Marques, Licenciado em Direito. Terminou recentemente a Acção de Formação subordinada ao tema «Expressão Plástica - Técnicas e Materiais». Foi formadora Cristina de Ramos Sousa, Licenciada em Design de Comunicação e docente da Escola Profissional de Ourém.

Ana Rute Santos e Rita Gonçalves Vicente pub

Jovens 1943 em convívio Nascidos em 1943 reúnem-se à mesa, dando continuidade à tradição iniciada após a festa dos 50. Este convívio, já é tradição entre nós, a partir da festa dos 50 anos, que nos vai enriquecendo com momentos agradáveis de amizade que nos têm mantido unidos. O convívio foi no passado dia 13 de Agosto e teve lugar num restaurante da freguesia, desta vez no Cercal, que nos serviu muito bem com as suas especialidades gastronómicas. A “juventude” compareceu

no total de 28, perfazendo o número 54 com as famílias acompanhantes. Fora, momentos cheios de boa disposição, onde não faltou música e dança a gosto, tendo as senhoras ganho aos homens nesta vertente lúdica. Para o ano há mais, não faltes, não guardes a tua decisão para os últimos dias porque podes já não ter lugar no restaurante, se te

decidires em cima da hora. José Narciso e David Alves


LUZ DA SERRA

6 Coisas da nossa terra

Ficha Técnica Jornal Luz da Serra Nº446 - Novembro de 2011 Ano XXXVII ERC 108932 - Depósito Legal Nº 1679/83

2011

A ternura de 1941

Domingos Marques Neves

tos anos as instalações foram de aluguer, chegando a pagar 1.500 escudos de renda e só mais tarde, com prévia autorização da Direcção Escolar passaram a utilizar gratuitamente a escola primária daquele lugar até que o edifício escolar foi para obras e o Presidente da Junta de Freguesia dali não ver com bons olhos a utilização daquele espaço escolar para albergar as crianças de Santa Catarina da Serra. Um dia veio o desejado. Na secretaria da Junta de Freguesia, remetida pela Câmara Municipal aparece o ofício dizendo: Colónia de Férias de Santa Catarina da Serra na Praia do Pedrógão: “Levo ao conhecimento de V. Exª. que esta Câmara Municipal, em sua reunião de 18/7/86 deliberou reservar para a Colónia de Férias, acima referida, o lote de terreno situado mais a Norte do loteamento a levar a efeito por esta autarquia, nos terrenos cedidos recentemente pelas Matas Nacionais” Com os melhores cumprimentos. O Presidente - Afonso Lemos Proença Tanto a Junta, como o Pároco ficaram satisfeitos com a

oferta do terreno para a Colónia. Os arquitectos do GAT projectaram o edifício e mereceu a aprovação em reunião de Câmara. Nunca foi concretizado este sonho e o projecto encontra-se arquivado na Secretaria da Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra. O terreno prometido é da Freguesia de Santa Catarina da Serra e o deliberado em reunião de Câmara faz escritura. Por vários motivos a construção do edifício para a Colónia de Férias foi sendo adiado: A construção de um outro salão paroquial era prioritária. O velho salão construído no ano de 1938, com 54 anos, estava velho e degradado e não havia dinheiro para tudo; no ano de 1985 a Caritas diocesana lança a primeira pedra para a construção da Colónia de Férias Diocesana, sendo oficialmente inaugurada no ano de 1991; a Câmara Municipal fez um novo ordenamento dos terrenos cedidos pelas Matas Nacionais e o lote cedido à freguesia de Santa Catarina da Serra foi absorvido pela alteração. Mas a Presidente da Câmara, Dr.ª Isabel Damasceno, era

conhecedora do terreno que a Freguesia de Santa Catarina da Serra possuía na Praia do Pedrógão e encarregou o arquitecto da Câmara para o localizar no novo ordenamento e à funcionária afecta ao património da autarquia para regularizar oficialmente nas Finanças e exarar escritura notarial a favor da freguesia de Santa Catarina da Serra. Foi necessário esperar muito tempo para que os Serviços Técnicos da Câmara Municipal localizassem o terreno para ser disponibilizado e quando tudo estava regularizado e pronto para assinar a escritura o Executivo da autarquia local foi alterado e nesta data não há conhecimento que o novo Executivo tenha isso em agenda. Tudo isto vem a propósito de quê? Perguntará certamente o leitor. Eu justifico: Li há dias num jornal que a Câmara de Leiria tencionava vender a escola primária do lugar da Praia do Pedrógão por estar desactivada. A mesma escola que serviu de Colónia de Férias das crianças de Santa Catarina da Serra. Sendo assim, seria uma belíssima oportunidade para a Câmara de Leiria regularizar o devido com a Freguesia de Santa Catarina da Serra, cedendo-lhe gratuitamente a escola que poderia ser adaptada para a tão desejada Colónia de Férias, pelo senhor Padre Faria. Para isto ser possível terá de haver um forte empenho da Junta de Freguesia e até, porque não, da própria Paróquia e estou certo que o actual Presidente da Câmara de Leiria saberá respeitar os compromissos assumidos pelos seus antecessores.

DR

Um Jovem de 70 Anos

DR

Foi no ano de 1960 que o pároco de Santa Catarina da Serra, padre Joaquim Carreira Faria, resolveu instalarse na praia do Pedrógão com a sua Colónia de Férias para os meninos e meninas da catequese. Durante 31 anos, sem qualquer interrupção, nos meses de Setembro ou de Outubro as crianças da freguesia de Santa Catarina da Serra faziam rumo à Colónia para, à beira-mar, se dedicarem ao desporto, cultura, religiosidade e outros eventos. À noite, em reunião plenária, numa espécie de “tribunal popular” eram analisados os resultados dos trabalhos desse dia e a discussão da proposta de trabalho para o dia seguinte. As instalações foram sempre precárias e nunca definitivas e preparadas pelos pais das crianças com a ajuda de amigos da paróquia, do próprio pároco, da Junta de Freguesia e raramente com subsídios da Câmara Municipal. Mas o pároco sempre sonhou ter, em edifício próprio, uma Colónia de Férias na Praia do Pedrógão. Era adverso à globalização das crianças da catequese, mas a paróquia era pobre e sem recursos financeiros suficientes para realizar o seu grande sonho. Na Colónia as crianças eram dirigidas pelos jovens, na maioria de vezes universitários e catequistas, contando também com outros voluntários para as tarefas domésticas e para os serviços de cozinha. O pároco muitas vezes se dirigiu à Junta de Freguesia e à Câmara Municipal solicitando-lhes o terreno, materiais e mão-de-obra para a construção da sua “Colónia”. Na Câmara, apresentava-se religiosamente vestido de casacão preto, cabeção e chapéu, de semblante sério e austero, dando azo que as funcionárias da secretaria se curvassem para anunciar ao chefe do executivo ou ao vereador a sua presença: É o senhor prior de Santa Catarina da Serra, diziam. Durante mui-

NOVEMBRO

-- correio do leitor - empresarial --

Segunda-Feira, dia 19 de Setembro, os nascidos de 1941, juntaram-se e fizeram um passeio convívio, rumo ao litoral Alentejano, mais propriamente a Vila Nova de Mil Fontes. Este dia foi maravilhoso, pois além das bonitas paisagens, o convívio, a alegria e a amizade permaneceram neste passeio. Obrigado pelos momentos que nos foram proporcionados e para o ano cá estaremos para mais um, se Deus quiser.

Empresarial Um novo espaço de saúde e bem estar em Santa Catarina da Serra Abriu no passado dia 29 de Outubro um novo espaço em Santa Catarina da Serra. Refísica é um centro de medicinas alternativas que traz a Santa Catarina da Serra especialidades como a Osteopatia, Medicina tradicional chinesa (Fitoterapia, Acupunctura),Fisioterapia entre muitas outras especialidades. Já com larga experiência na área, este novo espaço é uma filial do Centro já existente em Peniche. A Dr.ª Laura Miguel é quem dirige o centro que cada vez mais quer ir ao encontro das necessidades do utente, com um atendimento personalizado. “São já bastantes pessoas, aqui desta região, que se deslocam ao centro de Peniche para efectuar alguns dos nossos serviços”, destaca. Existem vários técnicos disponíveis entre eles a terapeuta Verónica Neves, licenciada em Fisioterapia e natural do Vale Tacão. O centro está aberto todas as tardes, em dias úteis e Sábado todo o dia. As marcações são feitas por contacto telefónico (969 970 877 ou 914 016 465) ou no local.

www.santacatarinadaserra.com Propriedade Fábrica da Igreja Paroquial de Santa Catarina da Serra - Administração e Edição ForSerra - Associação de Desenvolvimento e Gestão Património de Santa Catarina da Serra - forserra@santacatarinadaserra.com - www.forserra.com - Fundador Pe. Joaquim Carreira Faria - Director Pe. Mário Almeida Verdasca - Contacto: (00351) 244 741 197 - Redacção e Paginação Miguel Marques [CO787] - Colaboradores Virgílio Gordo, Fernando Valente, História: Vasco Silva, Marco Santos, Hélio Alves, Pe. Serafim Marques, Prof. António Oliveira, Isaque Pereira (ass. clínica geral), Liliana Vieira (Psicóloga), Prof. Lurdes Marques, Diana Oliveira, Marco Neves (enf.) - Contactos Telefone (00351) 917 480 995 | Fax (00351 ) 244 741 534 - Correio electrónico luzdaserra@santacatarinadaserra.com - Impressão Empresa Diário do Minho - Tiragem 1700 Exemplares - Periocidade Mensal - Preço de assinatura: 10 Euros - Continente e Ilhas | 15 Euros - Europa | 20 Euros - Resto do Mundo - Pagamento de Assinaturas: ForSerra (edifício de Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra) NIB: 5180.0010.00000921394.45 IBAN: PT50 5180 0010 0000 0921 3944 5 BIC/SWIFT CODE: CDCTPTP2 Banco: Caixa de Crédito de Leiria

Os textos assinados e publicados no jornal LUZ DA SERRA – que podem ou não traduzir a linha de orientação deste jornal – são da inteira responsabilidade dos seus autores.


NOVEMBRO

LUZ DA SERRA

-- sociedade --

2010

7

2011 – Ano Europeu do Voluntariado

Uma mulher feliz e realizada gria, palavras tantas vezes pronunciadas pelo nosso querido bispo, Dom António Marto. Ela procura evangelizar partindo do encanto da natureza, através das várias dinâmicas, passeios, caminhadas e idas à praia. Aí é possível cada um encontrarse consigo, com os outros e com Deus. No dia 10 de Junho de cada ano encontramo-la com as suas crianças a caminho de Fátima, participando na Peregrinação Anual das crianças. Tive a oportunidade de olhar um álbum que tem, onde guarda com muito carinho os bons e belos momentos dos seus meninos e meninas da catequese, ao longo destes anos. Que bela recordação! Sempre que é necessário, lá está a Mariana às voltinhas com a sua carrinha transportando para aqui e para ali meninas e meninos. Não deixam de participar seja no que for e onde for por falta de transporte. Ela vai dando um jeitinho.

Formações ForSerra A ForSerra continua a disponibilizar inscrições para formações de R.V.C.C. As inscrições podem ser feitas online através do portal da Freguesia em www.santacatarinadaserra.com ou pessoalmente na sede da Associação. A ForSerra continua à procura de novas formações para Santa Catarina da Serra. Informe-se pelo contacto: 917480995

Candidaturas a bolsas de estudo abertas O período de candidatura a 15 bolsas de estudos, a atribuir pela Câmara Municipal de Leiria (CML) a alunos do ensino superior, abriu ontem, dia 2, e prolonga-se até ao dia 30 de Novembro. As bolsas são no valor de mil euros cada uma. Para se candidatarem, os estudantes têm de ter nacionalidade portuguesa ou autorização de residência em Portugal, emitida pelas autoridades competentes, e residir no concelho de Leiria. Os alunos terão ainda de ter obtido aproveitamento escolar no ano lectivo anterior ao da candidatura, salvo em caso de interrupção dos estudos por motivos de força maior, que serão apreciados pela Câmara Municipal de Leiria; e não serem titulares de qualquer curso superior. As candidaturas deverão ser formalizadas em impresso próprio a disponibilizar na Divisão de Juventude e Educação da CML.

Mariana Ribeiro

Mariana Ribeiro reside na Loureira e há mais de trinta anos que cumpre a sua missão de batizada e cristã, colaborando na Paróquia. Atualmente é catequista, ministro da comunhão, coordenadora da catequese do centro comunitário da Loureira e faz parte do Conselho Pastoral Paroquial. Tudo começou, após a morte a morte do seu filho, há mais de trinta anos. Diz ela: “Deus levou-me um filho, mas deume muitos outros, ao dedicar-me às crianças, através da catequese”. Neste momento tem treze crianças à sua responsabilidade e diz que aprende mais com elas do que elas com ela, porque são treze pessoas diferentes. Elas recebem só uma mensagem e ela recebe muitas mais. Na conversa que tive com a senhora Mariana e pelo que conheço dela, posso garantir que é dinâmica e interessase pelo que faz. É uma pessoa com muita fé e cheia de convicções. Faz da vida uma vida cheia de beleza e de ale-

Mas o seu voluntariado não é só na catequese. É ministro da comunhão e como tal visita os doentes do Centro de Dia da Loureira. Leva-lhes a comunhão e reza com eles o terço uma vez por semana. Gosta de trabalhar na comunidade e com a comunidade. Procura motivar os outros a participar. Sentir-se útil na comunidade, dá-lhe vida. Faz porque gosta e tem a sorte de ter um marido que lhe dá todo o apoio, com-

preendendo a sua dedicação. Além disso, é bem acolhida na comunidade. Aceitam-na bem. Pedi-lhe uma mensagem, a que ela respondeu com muita amabilidade: “ Todos devemos estar recetivos a ajudar uns aos outros. O voluntariado tem de começar na nossa casa”. Obrigado Mariana, por este belo testemunho de vida!

Apoio Social Extraordinário ao Consumidor de Energia

Fernando Valente

A partir do dia 1 de Outubro as famílias e os indivíduos economicamente mais vulneráveis podem beneficiar de um desconto na factura da electricidade e do gás natural. A adesão aos apoios é efectuada no fornecedor de electricidade ou gás natural pelo que, não é necessária uma Declaração da Segurança Social. Os pedidos podem ser efectuados até 31 de Dezembro de 2011, sendo que o desconto é garantido desde 1 de Outubro de 2011. Tem direito a este apoio as pessoas que recebem o complemento solidário para idosos, rendimento social de inserção, subsídio social de desemprego, abono de família para crianças e jovens no 1º escalão e pensão social de invalidez E que reúnem condições tais como ser titular de contrato de fornecimento de electricidade e/ou de gás natural, o consumo de electricidade e de gás natural ser para uso doméstico, em habitação permanente, na electricidade a potência contratada não ultrapassar os 4,6 KVA, e no gás natural o consumo anual não ultrapassar os 500 metros cúbicos. Se a potência contratada para a habitação for superior a 4,6 KVA não terá acesso ao desconto social para a energia eléctrica.

Pereiro em Ulmeiro com 201 anos com os dados acima mencionados, isto é, se a um diâmetro de 130 centímetros corresponder 250 anos de idade, a árvore em análise possui 201 anos. Por outro lado, o «Service des forêts, de la faune et de la nature», do cantão de Vaud, na Suíça, corrobora que o Pyrus pyraster L vive cerca de 200 anos. Assim, se a datação estiver correcta, o pereiro de Ulmeiro germinou em 1810, aquando da 3.ª Invasão Francesa [1810-11]. Vasco Jorge Rosa da Silva Investigador em História

Campanha Saneamento 2011

Fig. 1 – Pereiro centenário em Ulmeiro, em propriedade de Marta da Purificação Lopes. [Coordenadas de satélite Norte 39º 40' 30,90'', latitude, Oeste 8º 39' 45,29'', longitude, e 259 metros de altitude. Fotografia obtida pelo Autor às 19:16:58 horas do dia 22.09.2011, com uma máquina Fujifilm FinePix S1700].

Entre 17 de Outubro de 2011 e 17 de Janeiro de 2012 estará em vigor uma campanha de redução de 50% da tarifa de ligação de Saneamento em parte dos lugares de Magueigia (parte), Sirois (parte), Ulmeiro, Quinta da Sardinha (parte) e Santa Catarina da Serra (parte). Toda a população abrangida e residente nos lugares acima indicados deverão requerer a ligação, usufruindo de um desconto de 50%, junto dos Serviços municipalizados, na Rua Machado Santos, nº25 D, Leiria no horário das 09h às 16h. Deverão fazer-se acompanhar dos seguintes documentos: -Número de contribuinte -Factura do consumo de água - Documento onde conste o nº da matriz do prédio e respectivo valor patrimonial devidamente actualizado (caderneta predial urbana) ou no caso de prédio novo, nº de aprovação nos SMASL do projecto predial de esgotos. Para mais informações poderá dirigir-se à Junta de Freguesia.

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Se é EMIGRANTE, EX-COMBATENTE DO ULTRAMAR OU EMPRESÁRIO inscreva-se no portal da Freguesia, em www.santacatarinadaserra.com e deixe-nos os seus dados. Pretendemos constituir uma base de dados com o objectivo de promover diversas iniciativas. DR

O pereiro, que pertence à família das Rosáceas e ao género Pyrus, é, na realidade, uma pereira selvagem, Pyrus pyraster L, que produz um fruto de reduzidas dimensões, o pêro [cabaço], daí o vocábulo "pereiro". Pode atingir um diâmetro médio de 45-80 centímetros e um máximo de 130. Por sua vez, a idade média de durabilidade situa-se entre os 80-150 anos, enquanto a máxima atinge os 250. Em Ulmeiro, no pátio de Marta da Purificação Lopes, encontra-se, a 11.11.2011, um pereiro com 2,10 metros de perímetro, ou seja, 1,05 metros de diâmetro. De acordo

Vasco Silva

Vasco Jorge Rosa da Silva, historiador, descobre árvore com dois séculos de existência


Pag.08 Luz da Serra - Novembro 2011

Da serra ao mar” tem sido o mote que a Turismo Leiria-Fátima tem lançado aos turistas para visitarem a nossa Região. A nossa riqueza está, sem dúvida, nas diferenças das tradições, na gastronomia, nos usos e costumes das gentes que vivem à beira-mar e das que vivem em zonas serranas. E é esta a diversidade que cativa quem nos visita. Os turistas querem, pois, ser surpreendidos pelos saberes e sabores da tradição. Assim, perante a 6ª Edição do Festival Cultural e Gastronómico “O Chícharo da Serra”, felicito a organização: as Associações da freguesia de Santa Catarina Serra. São estas realizações que vão mostrando que não são necessárias grandes façanhas para

6º Festival Cultural e Gastronómico “O Chícharo da Serra”

Chícharo? O que é?

uando em 1999, na comemoração dos 450 anos, a paróquia promoveu quatro dias de tasquinhas que estiveram à responsabilidade das comunidades das capelas e que ocorreram no adro da Igreja, estava longe de pensar que isto iria inspirar um festival do Chícharo que já ganhou cidadania e já se tornou um evento que mobiliza toda a comunidade de Santa Catarina da Serra. Como pároco só me posso regozijar e deixar uma palavra de estímulo e encorajamento a todos os que se empenham neste acontecimento. Vale a pena trabalhar pela nossa terra e colaborar naquilo que nos engrandece e torna mais amigos e irmãos uns dos outros. Chícharo ou medronho (um produto típico da nossa terra que poderíamos valorizar neste evento), o importante é estarmos unidos a viver e a conviver, a trabalhar e a lutar por esta terra que é a nossa. Somos assim e este valor corre-nos no sangue e está no mais íntimo da nossa alma. Bom será que a gente nova não se deixe seduzir pela televisão e da consola para recusar um pouco de tempo para a comunidade, na Igreja e em qualquer associação de carácter social, desportivo ou recreativo. A Igreja pregando o mandamento do Amor e o serviço evangélico procura comunicar este espírito que leva à abertura aos outros e à sociedade cultivando os valores da vida humana, da cultura e da fé. Igreja que aliás somos nós, que está em cada um de nós, pois somos baptizados e alimentamos nas fontes da salvação esta fé que nos anima e impulsiona a ser sal da terra e luz do mundo. A Igreja foi fundada por Cristo e existe por

Paulo Fonseca Presidente da Turismo Leiria-Fátima

que se obtenha sucesso, em projectos inesperados e que se inspiram na tradição. Não tenho dúvidas que esta 6ª edição será mais um passo no enraizar deste Festival Cultural e Gastronómico, numa Região que pode assim contar com mais um argumento de atracção de visitantes.

Q

O chícharo, do latim ácer, é uma planta da família das leguminosas, anual, espontânea ou cultivada em Portugal. Adapta-se bem a terrenos calcários e pobres da serra, não necessitando de grandes cuidados com o amanho da terra. Apesar da sua origem ser discutível, pode-se afirmar que o seu primeiro aparecimento foi no Mediterrâneo oriental: Grécia, Turquia e Síria, de onde se expandiu, com relativa rapidez, para os diversos países dos cinco continentes. Tendo entrado em Portugal pelo sul, foi trazido para as Beiras pelas populações nos seus movimentos sazonais. O chícharo, sinónimo de pobreza e rudeza, teve um papel importante nos anos 30 e 40,

sobretudo no Sul do país e Beiras. Era no chícharo que as populações mais pobres baseavam as suas refeições. Os mais ricos alimentavam os bovinos e caprinos com estas leguminosas.

O chícharo, sendo uma leguminosa rica em lípidos, hidratos de carbono, fósforo e potássio foi generalizada a toda a população, mas começou a ser acompanhada de carne e peixe.

Hoje, o chícharo não é amado pelos mais novos, mas aparece como valorização de um produto tradicional, nomeadamente na estação fria, em prestigiados restaurantes ou nos diversos festivais de gastronomia. Em Santa Catarina da Serra, como em toda a região situada no maciço calcário da Serra de Aire, o chícharo era tradicionalmente confeccionado com pão de milho a servir de base, bem oleado com azeite da região, acompanhado de bacalhau assado e cebola crua. Hoje, generalizado o seu consumo, aparece acompanhado também de morcela assada, entrecosto e fêveras.

Da terra até à mesa P. Mário Verdasca Pároco da Freguesia de Santa Catarina da Serra

Ele e n'Ele e por isso animados assim no Amor Dele e unidos num só coração e numa só alma promovemos e trabalhamos em prol da comunidade, uns para os outros e todos para todos, e todos para uma civilização melhor. Santa Catarina, que patrocina este evento com a inspiração da sua sabedoria e beleza não pode deixar de se alegrar por ver todos os que se confiam à sua protecção nesta terra empenhados no progresso harmónico e coerente com o sentido da vida e a fé que professamos. No centro do Festival está exactamente a eucaristia no dia 25, o dia em que celebramos esta grande padroeira que escolhemos e nos escolheu, e por isso que os afazeres do evento não nos impeçam de estar nesta celebração que dá sentido e força ao evento e a nós próprios. As responsabilidades são grandes, e a preocupação para que tudo esteja à altura do que queremos viver e fazer viver são ainda maiores mas quando a chama interior dá mais calor tudo corre com mais serenidade e atitude. Um bom Festival, onde também quero estar e colaborar dentro das possibilidades do trabalho que Deus me oferece para desempenhar nesta comunidade.

Preparado o terreno com a força humana, este é lançado à terra nos meses de março ou abril, sendo o cultivo em tudo semelhante ao cultivo de outras leguminosas.

Dois meses bastam para que o chícharo se desenvolva e cresça. Se houver chuvas durante o seu crescimento, é sinal de boa colheita.

Julho, seguindo o ritmo normal é o mês da colheita do chícharo. A sua cor passa de verde para o castanho devido à falta de água e ao calor do verão que se aproxima. É bem cedo, nas manhãs frescas de verão, que surge a melhor altura para a apanha. Este é apanhado à mão, recusando a ajuda dos tratores ou qualquer outro tipo de maquinaria, por serem ineficazes.

Junto em montes, é depois carregado e transportado para as eiras. Nestas, debaixo de um forte calor os agricultores pegam no moal e, batida após batida, o chícharo vai-se soltando de dentro da casca. A limpeza é feita com uma pá, em que os chícharos lançados ao ar devido ao seu peso e com a ajuda do vento são separados da palha. Este gesto é repetitivo até ficarem limpos e prontos a ensacar. Transportados, são conservados em arcas até à altura de serem cozinhados.


Pag.09 Luz da Serra - Novembro 2011

Um regresso às nossas tradições e origens

O Chícharo está de volta a A Santa Catarina da Serra A Freguesia de Santa Catarina da Serra assinala o dia da sua Padroeira (25 de Novembro) com o 6º Festival gastronómico do chícharo, a decorrer nos dias 24 a 28 de Novembro. Se é amante do chícharo, venha saborear esta especialidade, assim como todas as especialidades confeccionadas à base do mesmo. Venha conviver e passar momentos agradáveis! O programa deste evento destina-se a toda a população das diferentes faixas etáreas. Santa Catarina da Serra, situada a sul do Concelho de Leiria, foi elevada a vila a 12 de Julho de 2001. Tem uma população de cerca de 5000 habitantes dispersa pelas várias povoações de dimensão variável. A sua situação geográfica e o espírito empreendedor das pessoas que nela habitam têm contrbuido para um maior desenvolvimento e enriquecimento nas últimas décadas. Como já é tradição, a população de Santa Catarina da

Serra mobiliza-se afincadamente na preparação deste evento no qual, o associativismo tem o seu papel preponderante. O "Chícharo da Serra" , reflecte assim, o trabalho desenvolvido por todas as associações e instituições da Freguesia de Santa Catarina

da Serra, que desde a primeira edição (2006), para além da forte componente gastronómica, sempre tiveram subjacente a recriação da história e das tradições locais. Embebidos neste espírito, o festival gastronómico veio gerar dias de convívio e bairrismo para a população, onde fica bem pa-

tente, o espírito de associativismo no seu melhor. Além disso ajuda a elevar e levar bem longe o nome da freguesia.

Aquando da organização de cada evento, a ForSerra, associação sem fins lucrativos, responsável pela organização do evento, tem e conta todos a população de diferentes faixas etárias. O programa de cada evento é concebido e programado consoante as condições físicas, recursos humanos, económicos e disponibilidade das entidades empresariais e artesanais da freguesia. Este festival gastronómico e cultural está a aberto ao dinamismo e à participação de todos os que queiram passar momentos agradáveis de convívio e provar as várias delícias confeccionadas à base do chícharo da serra. É também, desde 2006, que a Freguesia de Santa Catarina da Serra reconhece publicamente pessoas ou entidades que deram o seu contributo ou de algum modo se destacaram pelo seu papel na comunidade. São agraciados, anualmente, na cerimónia de 25 de Novembro, dia da freguesia e da padroeira (Santa Catarina) Um reconhecimento da responsabilidade do executivo da Junta de Freguesia, que pretende assim valorizar quem dá um pouco do seu tempo à comunidade. Todos têm um lugar neste evento! Visite-nos!

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Sponsors Institucionais

com muita satisfação que me associo à sexta edição do Festival Gastronómico e Cultural “O Chícharo da Serra”, dando desde já os parabéns à ForSerra – Associação de Desenvolvimento e Gestão de Património de Santa Catarina da Serra, pela organização deste evento do nosso calendário gastronómico e cultural. Este festival gastronómico constitui uma marca da freguesia de Santa Catarina da Serra, como elemento distintivo, quer na vertente cultural, quer do ponto de vista da atractividade turística. O conceito de património cultural de um lugar tem evoluído, ultrapassando os meros bens edificados e objectos, assentando também no resgate do intangível, o património imaterial, onde se incluem as festas, os saberes, a gastronomia, na perspectiva da herança, de algo transmitido de geração em geração. No festival “O Chícharo da Serra”, todos são convidados a saborear pratos tradicionais e outras iguarias confeccionados com aquela leguminosa, ao mesmo tempo que se conserva uma memória enrai-

Joaquim Pinheiro Presidente de Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra ser cidadãos de Santa Catarina da Serra Numa altura em que se discute a Reforma da Administração Local, que prevê a extinção de grande parte das freguesias, Santa Catarina da Serra que celebra 462º anos, ostenta uma história enorme da qual todos nos orgulhamos e os resultados dos censos realizados este ano mostram o nosso crescimento, a todos os níveis, com destaque para a juventude, garante de que temos estruturas para continuar a crescer e assumir outros desafios com confiança. Parabéns a todos enquanto comunidade porque a nossa capacidade de realização, a mobilização e o trabalho de Associações e demais instituições da freguesia na afirmação inequívoca do papel da FORSERRA bem merecemos o sucesso que se adivinha.

É

Um evento onde todos têm lugar

Organização

realização do VI Festival Gastronómico e Cultural “O chícharo da Serra” no actual contexto económico e social merece uma palavra de estímulo e regozijo de todos nós Santacatarinenses e pode ser mesmo caso de estudo. Se, por instantes, pararmos para meditar sobre o que se passa à nossa volta em que as palavras de ordem são, hoje, austeridade, cortes, desemprego e outras da mesma índole, eis que pelo pulso da população através do movimento associativo temos conseguido realizar um grande evento que coloca a freguesia e a região num patamar elevado da gastronomia nacional. Este, valoriza o que é nosso e genuíno e atrai dezenas de milhar de visitantes em torno de uma leguminosa – O chícharo- . Trabalho, perseverança, bairrismo tem sido “fermento” que deve ser usado em dose “cavalar” também numa dimensão nacional para encontrarmos o caminho da retoma e do desenvolvimento. O festival “O chícharo da Serra” é pois, nessa matéria, um grande exemplo. O dia da nossa Padroeira, Santa Catarina, e o aniversário da freguesia, 25 de Novembro, são a nossa identidade e a par da gastronomia são pilares na estrutura deste evento onde todos nos revemos no orgulho de

Media Sponsors

Raul Castro Presidente da Câmara Municipal de Leiria

zada, que fortalece a identidade da comunidade. Os visitantes cada vez mais procuram o modo de viver de uma comunidade, a sua autenticidade, as suas origens e tradições, sendo por isso esta iniciativa um exemplo de promoção de um território. Lanço o desafio a toda a região de Leiria, e aos visitantes de outras regiões, para virem apreciar esta iguaria ancestral, confraternizando com as gentes simpáticas e calorosas de Santa Catarina da Serra.


LUZ DA SERRA

NOVEMBRO

-- actualidade --

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2011

Dia de todos os Santos é dia do “bolinho” O dia de todos os Santos em Santa Catarina da Serra A 1 de Novembro comemora-se o dia de "Todos os Santos". Em Portugal, nas grandes cidades, as pessoas vão ao cemitério arranjar as sepulturas dos seus entes queridos que já faleceram, com flores, que, por tradição nesta altura do ano são crisântemos, já que no dia seguinte se comemora o "Dia dos Fiéis Defuntos". Porém na maioria das aldeias portuguesas, como em Santa Catarina da Serra, o dia de Todos os Santos é sinónimo de "bolos dos Santos" , "castanhas e água pé". Apesar de as tradições populares em Portugal tenderem a sofrer transformações, é neste dia, logo pela manhã que grupos de crianças, vão de porta em porta, pedir o bolinho. Santa Catarina da Serra continua a manter a tradição. Fotos: Miguel Marques A festa do dia de Todos-osSantos é celebrada em honra de todos os santos e mártires, conhecidos ou não. A Igreja Católica celebra este dia Santo a 1 de Novembro, seguido do dia dos fiéis defuntos a 2 de Novembro. O dia de Todos-os-Santos foi instituído com o objectivo de suprir quaisquer faltas dos fiéis em recordar os santos nas celebrações das festas ao longo do ano. Esta tradição de recordar (fazer memória) os santos está na origem da composição do calendário litúrgico, em que constavam inicialmente as datas de aniversário da morte dos cristãos martirizados como testemunho pela sua fé, rea-

lizando-se nelas orações, missas e vigílias, habitualmente no mesmo local ou nas imediações de onde foram mortos, como acontecia em redor do Coliseu de Roma. Posteriormente tornou-se habitual erigirem-se igrejas e basílicas dedicadas em sua memória nesses mesmos locais. O dia de "Todos os Santos" é também sinal das crianças com uma "sacola" de pano, em grupos, indo de casa em casa, pedindo o bolinho. Estas dão o que querem ou podem, como por exemplo: dinheiro, maçãs, romãs, castanhas, rebuçados, nozes, bolos, chocolates etc.

Em cada casa há sempre uma mesa posta com alguns petiscos.

O grupo dos “casados” da Magueigia. Felizmente ainda mantêm a tradição.

O bolinho de gerações Antigamente todas as crianças dos meios rurais iam pedir os "santinhos". Normalmente, as pessoas punham as mesas com o que tinham em casa (comida e bebida) e quando chegavam as crianças elas entravam, comiam à vontade e à saída ainda lhes davam alguma coisa. Hoje, já só se pedem os "santinhos" ou os "bolinhos" para não se perder a tradição. É costume, neste dia, nos meios rurais as pessoas confeccionarem broas de milho e outros bolos caseiros para comerem e darem. Esta tradição ainda se verifica em Santa Catarina da Serra, mas com algumas mudanças significativas. Os tempos actuais ditam que as crianças andem acompanhadas dos pais, de carro, e que corram apenas algumas casas mais próximas da sua residência. Este ano, foram bastante menos as crianças que andaram ao bolinho, em relação a anos anteriores. As ruas que outrora eram percorridas por centenas de crianças, estão agora substituídas por automóveis. Apesar da mudança dos tempos, são os mais velhos que comemoram este dia de forma mais significativa. Este, é um dia que começa com a celebração eucarística, onde em seguida, os mais novos seguem com a sua sacola a pedir bolinho. É o início de um longo dia. É à tarde, em alguns lugares da Freguesia, que este dia é comemorado, com união e de forma simples, trazendo à memória tempos de outrora em que se percorriam quilómetros ao bolinho. No Vale Tacão, miúdos e graúdos juntaram-se na associação e ali partilharam o seu bolinho. Mas, continua a ser nos lugares de Magueigia e o Ulmeiro, que este dia é comemorado de forma mais intensiva. É neste dia que a população se reúne, após o almoço, e inicia uma visita a cada uma das casas do lugar. Separados em grupos de solteiros e casados, os grupos iniciam a horas diferentes em locais diferentes. Em cada casa há uma mesa à espera com algumas iguarias tradicionais e algumas bebidas. Neste dia todos são bem vindos, entram, comem e bebem e à saída é o dono da

Este é um dia em que os jovens de reunem epara uma tarde de convívio e de alegria. Jovens da Magueigia. Um dos lugares que mantêm esta tradição. casa que oferece uma esmola para a sacola. É à pessoa mais velha do grupo a quem cabe andar com a sacola e a orientação do grupo. A tarde vai passando até que anoitece e a volta tem que estar feita. A reunião acontece, ocasionalmente, onde o grupo de reúne e conversa. Já o grupo dos casados tem por hábito, no Ulmeiro, organizarem um bailarico com artistas da terra. Ali termina um dia de boa disposição e alegria contagiante à espera que venha o próximo dia do bolinho. Este é um dia que é celebrado há mais de mil anos no mundo católico. O Dia de Todos os Santos é uma das datas mais tradicionais e significativas do calendário religioso. Realizado todos os anos a 1 de Novembro, como testamento ao significado espiritual das divindades católicas, a data é tradicionalmente feriado em Portugal é dia de contacto com o "mundo do além". Porém, o feriado ocorreu este ano, poderá acontecer pela última vez. No âmbito das opções estratégicas deste Gorverno, que pretende eliminar alguns feriados de modo a aumentar a produtividade nacional, a Igreja Católica poderá concordar que o feriado do Dia de Todos os Santos seja um dos sacrificados pela nova política.

Jovens do Ulmeiro. Com o decorrer da tarde, o grupo foi crescendo.

O Grupo de jovens também andaram ao bolinho não esquecendo a viola.

Pequeno grupo de adolecentes ao bolinho na Loureira. Estes grupos são cada vez menos, com o passar dos anos.


NOVEMBRO

LUZ DA SERRA

-- sociedade -Tradição do bolinho com o lenço ao pescoço!

Como se comemorou o bolinho em Santa Catarina da Serra A Festa de todos os Santos no Centro Social e Paroquial de Santa Catarina da Serra Quanto a nós, os avós do Centro de Santa Catarina, sabem que os anos passam e as tradições mudam, mas continuam a viver esta festa intensamente. E, como qualquer festa importante se prepara antecipadamente, assim os nossos idosos iniciaram os preparativos para esta festa uma semana antes com o arranjo dos saquinhos para os bolinhos. No dia 26 fez-se a

A festa de todos os santos é uma tradição muito antiga. Os nossos pais, os nossos avós e bisavós já iam ao bolinho. Mas naquela época as crianças recebiam bolos, tremoços, romãs, broas, nozes, amêndoas, maçãs...E rapidamente enchiam a saca. Depois iam a casa despejá-la e continuavam até à noite… Hoje em dia as moedas tilintam nas saquinhas pequeninas que as crianças transportam, enquanto pedem Ó Tia Dá Bolinho! Mas preferem o euro actual do que os alimentos de outrora. Como dizia o poeta mudam-se os tempos mudam-se as vontades.

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massa e no dia 27 de Outubro cozeram-se os bolinhos na padaria da Magueigia. Na véspera, os utentes do centro de dia foram, em romaria levar e pedir o bolinho aos utentes de Apoio domiciliário. Na despedida fica uma expressa vontade: que Deus permita que no próximo ano, tudo se repita. Os avós do Centro Social

Os escuteiros de Santa Catarina da Serra participaram por mais um ano, no tradicional “Dia do Bolinho”. No passado dia 1 de novembro, 7 escuteiros representaram a III secção – Pioneiros do agrupamento 1211 de Santa Catarina da Serra, e percorreram algumas das ruas da freguesia como Santa Catarina da Serra, Pinheiria, Pinheiria da Costa, Donairia e Barreiria, sempre cantando, tocando e alegrando todas as pessoas porta a porta com a sua música: “Vimos pedir bolinho “só” mais uma vez, Bolinho este que não é p’ra mim, é para os escuteiros. E queremos alegrar, toda a

Eduardo Caetano

2011

gente cá da nossa terra! E é a alegria que nos traz aqui! Porque somos (Somos!) Escuteiros de Santa Catarina” Foi um dia bastante divertido para todos nós, e no

próximo ano esperamos poder continuar com a tradição. Inês Ribeiro

divulgação

As crianças da Creche do Centro Social e Paroquial de Santa Catarina da Serra, decoraram sacas e foram para a rua festejar o Dia do Bolinho. Vários estabelecimentos comerciais de Santa Catarina da Serra, contribuíram com o seu bolinho, assim, como os “avozinhos” do Centro que

DR

Ó Tia Dá Bolinho? Na creche do Centro Social e Paroquial de Santa Catarina da Serra

puderam distribuir surpresas e sorrisos a todas as crianças. Obrigado a todos por proporcionarem estes miminhos e fazerem deste dia, um dia

diferente e especial. As Educadoras

Foi num ambiente de festa, convívio e de fraternização que a população do Vale Tacão se juntou para percorrer as casas uns dos outros. Por volta das duas da tarde deu-se inicio à visita das casas, onde a animação, os bolinhos e o novo vinho não faltaram, tanto dentro de nós como em cada casa que entramos. Terminado já ao fim da tarde e com o cansaço acumulado dirigimo-nos para a Associação onde a festa perdurou. As ofertas da população reverterão a favor das castanhas para comemorar o são Martinho, que, no nosso clube, será dia 12 de Novembro e que será animada pelo

DR

O Dia de Todos os Santos no Vale Tacão

acordeonista, Miguel Gomes. Estaremos á sua espera! Para mais informações visite a nossa página em:

www.facebook.com/ccrvt Mónica

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LUZ DA SERRA

NOVEMBRO

-- saúde - associativismo --

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Associação dos Amigos da Secção de Bombeiros do Sul do Concelho de Leiria

Lombalgia ou dor na coluna lombar

A actividade Operacional Judite Ribeiro Licenciada em Fisioterapia

DR

Lombalgia ou dor na coluna lombar é o tipo de “dor de costas” mais frequente. Dados populacionais demonstram que cerca de 60 a 80% da população apresenta, ou apresentou em algum momento da sua vida este tipo de dor. Acima dos 45 anos de idade torna-se mesmo a causa mais comum de dor crónica no ser humano. Em certos casos, associa-se dor irradiante ao membro inferior (dor ciática), tornando-se ainda mais incapacitante. A lombalgia pode dever-se a várias causas, ainda que a sua origem por vezes seja difícil de precisar, no entanto, está fortemente associada a factores degenerativos ou traumáticos do disco intervertebral ou da própria vértebra. Dentro dos factores de risco agravantes desta patologia encontram-se: as sobrecargas excessivas executadas no trabalho; levantamento pesos de forma incorrecta e repetitiva; movimentos excessivos de rotações, inclinações e flexões da coluna; factores psicológicos como a

depressão; inactividade física; flexibilidade e força reduzida e a obesidade. Com o avanço da medicina já existe forma de travar a lombalgia, quer seja através do recurso a analgésicos simples, anti-inflamatórios nãoesteróides ou através de sessões de Fisioterapia. No entanto, é importante referir que o recurso a medicamentos tem apenas um efeito temporário. É importante estar alerta, não só para os sintomas que possam vir a surgir, como também para prevenir o aparecimento dos mesmos. É es-

sencial ter alguns cuidados básicos e indispensáveis para a sua própria saúde e da sua coluna. Beba água para que os seus discos intervertebrais possam estar bem nutridos; faça exercício físico para fortalecer todos os músculos e para que estes possam proteger melhor a sua coluna e quando se baixar faça-o dobrando os joelhos e não as costas. Por último faça descansar a sua coluna dormindo na sua cama, para que possa estar direito e relaxado aliviando assim os discos intervertebrais e toda a musculatura da coluna. Por fim quero deixar um alerta, caso sofra de lombalgia e esta não passe vá ao seu médico de família, fisioterapeuta ou enfermeiro para que eles o possam ajudar da melhor forma e esclarecer todas as suas dúvidas.

Dizia eu o mês passado que tinha terminado o Verão, este ano excepcionalmente com temperaturas muito aquém do que também é habitual, foram raros e pequenos os incêndios na região que o quartel dos Cardosos abrange. É verdade que já então tinha lembrado que a vaga de calor do final de Setembro, ter aumentado o desassossego, para quem precisa de descansar, já que em quase todas elas, os bombeiros (as) de serviço e por vezes quase a totalidade dos voluntários, tenham saído para uns enigmáticos focos de incêndio, para várias zonas sobretudo da freguesia da Caranguejeira, mas poucos fomos aqueles que imaginaram que o mês de Outubro tenha sido de loucos até ao último fim-desemana desse mês, tendo levado por vezes até ao limite a capacidade do nosso Quartel. Isto porque, para além das temperaturas extremas para um mês que na maioria dos anos costuma ser um mês de Inverno, culminou na última semana com condições climatéricas,

Arquivo

Saúde

muito para além de qualquer previsão, fazendo com que os focos de incêndio tenham até atingido o Vale Maior a altas horas da noite. Incrível! Apesar de na opinião dos dois responsáveis máximos da 6ª companhia dos BVLeiria, muitos desses focos de incêndio serem de origem da negligência, aqueles que se iniciaram a altas horas da noite e até da madrugada, como por exemplo o do sábado dia 22 em pleno Vale Maior, alguém tem dúvidas de que só pode terem sido de origem criminosa? O que continua difícil, é a gestão económico-financeira quer da Secção de Bombeiros, quer da própria Associação. Tem sido uma luta

constante na procura de soluções que permitam salvaguardar os compromissos de tesouraria. Depois de alguns meses a escrever que, em breve, iniciaremos não só o pagamento de parte da dívida, e a de termos uma palavra a dizer aos muitos dos fornecedores que têm milhares de euros a receber, tem sido altamente frustrante os adiamentos por parte da CML, na concretização dessa promessa. Espero que quando o jornal chegar às mãos dos leitores, essa situação esteja finalmente ultrapassada. Pelo menos, foi o que me foi dito no passado dia 4 em plena CMLeiria. Virgílio Gordo

As actividades de “Angariação de Fundos”

Ambliopia ou “Olho preguiçoso” Mara Gonçalves Licenciada em Ortoptica

DR

Nos dias de hoje, a prevalência de problemas visuais é cada vez maior e nada melhor do que pôr em prática o velho ditado: É melhor prevenir do que remediar!. A ambliopia consiste numa diminuição ou perda da visão de um ou dos dois olhos e pode estar relacionada com vários factores, sendo que o principal deriva do facto de existir uma perturbação durante o amadurecimento da visão, logo após o nascimento ou uma má passagem da luz pelo olho, mesmo com o uso de óculos. Esta doença pode ter o seu aparecimento durante a infância ou em fases mais tardias. No entanto o tratamento da ambliopia é tanto mais eficaz quanto mais cedo se detectar a diminuição da visão. O único sintoma da ambliopia é a má visão de um dos olhos, contudo as crianças

raramente se queixam, pelo que os pais podem com um simples gesto, despistar alguma alteração que esteja “escondida”, ou seja, o facto de taparem cada um dos olhos e observaram a reacção da criança a esse mesmo processo (se chora é porque não está a ver bem desse olho, se não reage e porque a visão do olho está normal), pode só por si indicar a existência ou não de algo. Noutras situações a ambliopia pode desenvolver-se mais tarde, se surgir o estrabismo (olho torto) ou erros

refractivos não e/ou mal corrigidos. De acordo com alguns autores o tratamento da ambliopia pode ser feito até aos 7- 8 anos e consiste em tapar um dos olhos, sendo tapado neste caso, o olho vê melhor para que o “olho preguiçoso” comece a receber estímulos do exterior e a haja um aumento da visão. É bastante importante prevenir o desenvolvimento desta doença, e por isso a participação nos rastreios visuais realizados por profissionais, tais como: Ortoptistas e Oftalmologistas se tornar bastante importante, na medida em que trava a progressão da doença e permite restabelecimento da mesma, desde que para isso haja um cumprimento do tratamento estabelecido.

Ao contrário do que anunciamos o mês passado, o jantar da Chainça realizar-se-á no próximo dia 19. A direcção da Associação agradece a quem participou ou ajudar de alguma forma na realização desses eventos. No que diz respeito ao da nossa freguesia, um agradecimento especial à cozinheira sra. Lúcia Gordo

Alves da Barreiria e àquelas pessoas que não fazendo parte do Núcleo da nossa freguesia, não pouparam esforços para que, este evento, alcançasse o sucesso que teve. Sim, porque nos tempos que correm de grandes dificuldades para todos e de tantos apoios da população ao grande associativismo na nossa terra, conseguir mais

de 300 participantes e cerca de 3000 €, foi muito bom. Para este mês, a grande aposta vai ser a participação na 6ª edição do “Festival do Chícharo”, como de há cinco anos a esta parte! Bem hajam a todos e que a todos nós, São Marçal nos proteja.

A direcção continua a fazer o apelo de que aqueles (as), que ainda não pagaram a sua quota, que o façam no quartel, se possível. pub


NOVEMBRO 2011

Futsal Campeonato Distrital da 2ª Divisão – Zona Sul 1ª Jornada: Beneditense, 4 – UDS, 1. 2ª Jornada: UDS, 3 – Vidais, Caldas da Rainha, 3. 3ª Jornada: Pederneirense, 2 – UDS, 3. Próximos jogos 4ª Jornada, dia 19: UDS -Condestável. 5ª Jornada, dia 26: Ribafria - UDS. 6ª Jornada, dia 03-12: UDS – Raposos.

Futebol Juvenil / Escalões de Formação Campeonato Distrital de Juniores da 1ª Divisão – Zona Sul 1ª Jornada: Maceirinha, 3 – UDS, 2. 2ª Jornada: UDS, 3 – Bidoeirense, 2. 3ª Jornada: UDS, 4 – Santo Amaro (Ortigosa), 1. 4ª Jornada: UDCaranguejeira, 1 – UDS, 1. 5ª Jornada: UDS, 1 – Boavista, 1. Campeonato Distrital de Juvenis, 1ª Divisão – Série C 1ª Jornada: UDS, 0 – Marinhense B, 1. 2ª Jornada: Lisboa e Marinha, 3 – UDS, 1. 3ª Jornada: Boavista, 2 – UDS, 1. Próximos jogos 4ª Jornada, dia 19: UDS – Portomosense. 5ª Jornada, dia 26: Batalha - UDS. 6ª Jornada (início da 2ª volta), dia 03 -12: Marinhense B - UDS. Campeonato distrital de Iniciados – Divisão de Honra

Desportivamente falando

2ª Jornada: UDS, 1 – Batalha, 0. 3ª Jornada: U. Leiria B, 2 – UDS, 2. 4ª Jornada: UDS, 3 – Beneditense, 2. 5ª Jornada: Alcobaça A, 3 – UDS, 0. Próximos jogos 6ª Jornada, dia 20: UDS – SL Marinha. 7ª Jornada, dia 27: UDS - Portomosense. 8ª Jornada, dia 04 - 12: GRAP – UDS.

Campeonato Distrital de Infantis, Sub 13 – Série D – Futebol de 7 2ª Jornada UDS, folgou. 3ª Jornada: Marinhense B, 0 – UDS, 1. 4ª Jornada: UDS, 5 – Academia Sporting Lagoinha B, Marinha Grande, 1. 5ª Jornada: Alcobaça B, 4 – UDS, 1. Próximos jogos 6ª Jornada, dia 12: UDS – Golpilheira. 7ª Jornada, dia 19: CD São Bento – UDS. 8ª Jornada, dia 26: UDS – Batalha. 9ª Jornada, dia 03 – 12: Portomosense – UDS. Campeonato Distrital de Benjamins A, Sub 11 – Série C – Futebol de 7 1ª Jornada: Marrazes, 10 – UDS, 0. 2ª Jornada: UDS, 3 – GRAP, 5. Próximos jogos 3ª Jornada, dia 12: Milagres – UDS 4ª Jornada, dia 19: UDS – UD Leiria. 5ª Jornada, dia 26: UDS, folga. 6ª Jornada, dia 03 – 12: Golpilheira – UDS. 7ª Jornada, dia 10 – 12: UDS – Boavista.

1º Encontro – Traquinas – Sub 9 1ª Jornada: Marrazes, 10 – UDS, 0. 2ª Jornada: UDS, 3 – GRAP, 5.

O comentário do treinador

O Futsal na União Desportiva da Serra de jogo. O tempo é de olhar para o futuro, e a equipa sabe os passos que tem de dar para o cumprimento dos objectivos. Todos os jogadores estão empenhados em trabalhar diariamente para os conseguirmos atingir. Estamos convictos que o nosso trabalho mais cedo ou mais tarde irá dar frutos pois confio plenamente no empenho e inteligência dos nossos jogadores. A única coisa que queremos é, juntando aos três pontos, melhorar cada vez mais a nossa competência, para que, estejamos aptos para defrontar qualquer adversá-

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Opinião

Resultados - Calendário de Jogos

No momento em que escrevo estas linhas, 31 de Outubro, estão já disputadas duas jornadas do campeonato distrital de Futsal, tendo a equipa da UDS, efectuado a sua estreia perante os seus adeptos no passado sábado, dia 29. Perante um pavilhão bem composto, as duas equipas proporcionaram um jogo agradável de seguir. O resultado não foi do nosso agrado, (empate a 3 golos) face ao empenho e já alguma qualidade de jogo que a equipa colocou em campo. Os nossos atletas estão ainda a consolidar processos

LUZ DA SERRA

-- desporto --

João Pedro Alves Treinador da Equipa Futsal da UDS

rio. A equipa, com o apoio de todos os que se deslocarem para a apoiar, vai procurar sempre a vitoria, como determina a história do clube e o espírito abegnado das gentes desta terra.

Embora ainda seja algo prematuro, fazer uma análise profunda aos resultados desportivos, quer relativamente ao Futsal, quer aos das várias equipas dos escalões de formação, algumas considerações, são possíveis. No que diz respeito ao Futsal, 3 jogos com uma derrota, um empate e uma vitória. Um começo nada mau. Os juniores, curiosamente, a equipa que tenho tido oportunidade de ver mais vezes em acção, embora não qualquer jogo completo, tenho assim uma ideia mais fundamentada, do que penso acerca do seu valor. Julgo estar certo, ao afirmar de estarmos perante mais uma boa equipa neste escalão. Para já o quarto lugar ao cabo de 5 jornadas. Os juvenis com 3 derrotas em outros tantos jogos, merecem que espere mais algumas jornadas para me pronunciar acerca do seu valor.

Os Iniciados, a única equipa na divisão de honra, ao cabo de 5 jogos um correspondente 5º lugar. Regularidade à vista. Os Infantis, sub 13, a primeira equipa de futebol de 7, não fora a derrota em Alcobaça e seria uma das primeiras classificadas. Mesmo assim um 3º lugar após 5 jornadas, é muito bom. Os benjamins A sub 11, duas derrotas em tantos outros jogos, fazem parte de um escalão em que os resultados, não devem ser o mais importante. Aliás, sempre o tenho afirmado de há muitos anos a esta parte. Também os Traquinas, com duas vitórias em outros tantos jogos, iniciaram da melhor forma os seus encontros. Depois de comentar os resultados, algumas palavras de apreço para trigésimo quinto aniversário, sem dúvida uma data marcante. Os muitos sócios fundadores, pre-

Virgílio Gordo

sentes no jantar comemorativo, nunca imaginaram ao longo de todos estes anos, que viriam o clube sem equipa sénior. Sei e reconheço que para alguns (poucos), já deveria de ter deixado de insistir nesta situação, mas este tema continua a ter muita actualidade, quer queiram, quer não. Isto não invalida, que exprima a minha alegria e satisfação, por ter participado em mais um aniversário, pois não esqueço e lembro a muitos daqueles que me criticam, que tinha apenas 19 anos, quando fui um dos sócios fundadores. Parabéns UDS!

Atleta da freguesia de novo na Selecção Nacional de Futebol Feminino A atleta natural do Vale Tacão e guarda-redes do Clube Atlético Ouriense, Daniela Pereira, voltou a ser convocada para integrar a Selecção Nacional Feminina “Sub19” para defrontar a Hungria, Israel e a República da Irlanda no 1º Torneio de apuramento do Campeonato da Europa 2012 a realizar-se em Aveiro, entre 16 a 22 de Setembro. A atleta participou activamente no estágio e na fase de apuramento para o campeonato da Europa de 2012, que irá ser disputado na Turquia. Ao classificar-se em 2ª lugar neste torneio (1ª Fase de Grupos - Grupo 2), a equipa portuguesa qualificou-se para a 2ª Fase de apuramen-

Daniela Pereira (drtª) voltou a ser chamada à selecção. tos para e Europeu de 2012. É de realçar o facto da atleta Daniela Pereira, ter presenciado a todos os estágios realizados durante o ano, e assim ter tido a grande oportunidade de obter a sua 1ª internacionalização num jogo

de treino frente à Irlanda do Norte. Parabéns às duas jovens atletas que dignificaram o Clube Atlético Ouriense. Gonçalo Pereira Ana Vieira pub


LUZ DA SERRA

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-- estórias da história --

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Conferência de São Vicente de Paulo: 26.10.1930

«Sociedade de São Vicente de Paulo. / Conferencia de Santa Catarina da Serra. / Aos 26 do mês de Outubro de 1930 na sacrestia da Igreja Paroquial de Santa Catarina da Serra, a co[n]vite do Reverendo Padre Joaquim Ferreira Gonçalves das Neves paroco desta freguezia compareceram os senhores. / Faustino Jorge, Raul Marques, Jose Marques. Afim de se estabeleser uma Conferencia de São Vicente de Paulo; nesta freguezia depois de falar sobre a natureza e fins desta, Comferencia o Padre Julio Antonio dos Santos, foi deliberada e aprovada por aclamação que forão nomeados para esta Comferencia seu diretor espiritual e membro de honra o Reverendissimo Prior. Presidente. José Vieira da Costa. Vince-Presidente. Francisco Vieira. Secretario. Jose Ferreira Constantino. Tesoureiro Anto-

nio Ferreira Constantino. Confrades Faustino Jorge, Raul Marques, Jose Marques, aspirantes Jose Domingos Ferreira. / A Comferencia ficou sobre a imvocação de Santa Catarina. Deliberarão tambem reunir na secristia desta Igreja, aos domingos no fim da missa, e seguir o Manual da Sociedade São Vicente de Paulo. / Não havendo nada mais a tratar foi a sesão encerrada a recitação das orações do manual e visita a Jesus Sac[r]amentado. / O Secretario. Jose Ferreira Constantino». [Ver: Livro 1 de Actas da Conferência de São Vicente de Paulo (1930-36), CSPSCS, fl. 1]. Esta acta fundadora da Conferência de São Vicente de Paulo na paróquia serrana indica que foi por acção do Padre Joaquim Ferreira Gonçalves das Neves [06.06.186502.01.1949] que Faustino Jorge, Raul Marques e José Marques compareceram a uma reunião na sacristia da actual Igreja Matriz, para que se encetasse a criação de uma Conferência. O Padre Júlio António dos Santos [*31.11.1889], nascido em Pinheiria, localidade onde existe hoje, 11.11.2011, a Rua Cónego Júlio, autor do Manual Cristão, editado em 1940, e de O Crucifixo, em 1942, prior no concelho de Lousã, explicitou aos concidadãos a «natureza e fins» da Conferência por ele fundada. Seguidamente, nomeou-se o Prior Neves para director espiritual, José Vieira da Costa, a residir em Pinheiria [presidente da Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra entre 1919 e 1923], sapateiro, responsável pelo acerto do relógio de pesos, de 1912, da Igreja Matriz, para presidente, Francisco Vieira, de Santa Catarina da Serra [presidente da Junta de Freguesia em 1923-18.12.1926], para vice-presidente, José Ferreira Constantino, de Santa Catarina da Serra, para secretário, e António Ferreira Constantino [†11.11.1943], de Pinheiria, para tesoureiro da Conferência. Este era pai de José Ferreira Constantino [†1964], que, por sua vez, era ascendente de Júlio Vieira Constantino [26.02.193905.09.2011], presidente dos Vicentinos. Antonio Ferreira Constantino, casado com Ana de Jesus, era também pai de Júlio Ferreira Constantino [30.11.191115.08.1967], o qual, sob a supervisão do Padre Júlio António dos Santos, tio, se

da Serra, de Augusto Jorge, de Magueigia, e ainda do Padre Mário de Almeida Verdasca, de Santa Catarina da Serra, pela consulta efectuada no arquivo do Cartório Paroquial, CP. Vasco Jorge Rosa da Silva Investigador em História Leiria - Ourém

Vende-se Terreno Localizado no Casal das Figueiras, próximo da A1 e da Estrada Municipal, com bons acessos. Com cerca de 300m2

DR

A Sociedade de São Vicente de Paulo foi fundada em Paris, a 23.04.1833, por um grupo de sete jovens universitários, sob a autoridade de Antoine-Frédéric Ozanam [1813-53], discente de 20 anos na Universidade de Sorbonne, em Direito. Os outros seis elementos eram Auguste Le Tailladier [1811-66], François Lallier [1814-87], Paul Lamache [1810-92], Félix Clavé [1811-53], Jules Devaux [1811-81] e Emmanuel Bailly [1794-1861]. Estes efebos seleccionaram São Vicente de Paulo [1581-1660] para patrono da Sociedade, na medida em que era considerado um obreiro da caridade, pela dedicação aos mais desfavorecidos. De facto, é este pensamento caritativo que enforma as denominadas Conferências de São Vicente de Paulo, as quais procuram suprimir o sofrimento dos mais necessitados. [Consultar: Henri-Dominique Lacordaire, Frédéric Ozanam, Paris, Jacques Lecoffre et Cie, Libraires, 1856]. Em Portugal, a primeira Conferência de São Vicente de Paulo é instituída a 31.10.1859, em Lisboa, no período de governação de D. Pedro V [1853-61], tendo vindo por intermédio do Padre Sena Freitas [18401913] e outros. Com o decorrer do tempo, a sobredita Sociedade vai alargando o respectivo âmbito de actuação a outros pontos do território português. Na freguesia de Santa Catarina, procurou-se fundar, a 26.10.1930, uma Conferência de São Vicente de Paulo.

Fig. 1 – Desenho oitocentista, representado Antoine-Frédéric Ozanam [1813-53], fundador, a 23.04.1833, da Sociedade de São Vicente de Paulo. [Compulsar: Oeuvres complètes de A. F. Ozanam avec une notice par le R. P. Lacordaire et une préface par M. Ampêre de l' Académie Française, Paris, MDCCCLX, tome I].

formou em Medicina, na Universidade de Coimbra. O médico, que tem, hoje, 11.11.2011, o nome colocado em duas ruas, uma em Santa Catarina da Serra e uma em Fátima, estabeleceu consultório na Cova da Iria. Os confrades Faustino Jorge, Raul Marques e José Marques eram naturais de Pedrome, o primeiro, e de Pinheiria, os dois últimos. Faustino Jorge [16.12.1899-08.04.1978] era irmão de Joaquim Jorge [1894-03.01.1976], bisavô materno de Vasco Jorge Rosa da Silva, filhos de Manuel Jorge, de Pedrome, e de Maria de Jesus, de Cova Alta, casados no dia 28.01.1880. Raul Marques [03.03.1914-22.08.2003], da aldeia de Pinheiria, filho de António Marques Simão, contraiu matrimónio com Encarnação de Jesus Pereira [18.07.1914-16.09.2006], de Casal da Estortiga, tendo ido residir para a povoação de Pedrome. Raul foi um dos principais obreiros da cisterna pública da aldeia, que foi erigida nos anos 40 da centúria de Novecentos. José Marques [24.02.191219.12.1982], também filho de António Marques Simão, casado com Maria do Carmo, foi residir para Vale Maior. Nos meses seguintes, a estes elementos da Confraria de São Vicente de Paulo vieram juntar-se inúmeros outros. Na acta da sessão do dia

15.02.1933, da Comissão Administrativa da Junta de Freguesia, sendo presidente o Mestre em Cantaria António Inácio Vicente [25.01.188817.07.1960], de Chaínça, vogais Francisco Vieira [04.12.1900-17.02.1955], de Santa Catarina da Serra, e ainda David de Oliveira Neves [26.02.190606.03.1968], de Água Braia, à época limite de Siróis, sobrinho do Padre Joaquim Ferreira Gonçalves das Neves, e secretário Adriano Carreira Poças, de Leiria [presidente da Junta de Freguesia de Leiria entre Agosto de 1926 e Novembro de 1927], verificase que a autarquia procura subsidiar «com cem escudos (100$00), por uma só vez, a Conferencia de São Vicente de Paulo» [Ver: Livro 8 de Actas da Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra (1926-47), AJFSCS, fl. 43v]. Contudo, no Livro 1 de Actas da Conferência de São Vicente de Paulo (1930-36), lê-se que a «Junta desta freguesia ofereceu para a Conferencia 50$00 o valor de vales destribuidos, e em roupas 52$20», a 19.02.1933 [fl. 22v]. O Autor agradece, sobremaneira, a colaboração, neste número, de Catarina Jorge, de Pedrome, de David Domingos e de Ermelinda Oliveira, de Pinheiria, de Conceição do Carmo Pereira Primitivo, de Santa Catarina

Contactos: 917480995 ( Redacção Jornal Luz da Serra ) 0033494563257 ( Proprietário )

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NOVEMBRO 2011

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-- sociedade --

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Foto Memórias

Assembleia de Freguesia de Santa Catarina da Serra

Desde Janeiro de 2011 que vimos publicando, todos os meses, fotografias que marcaram gerações e épocas da Freguesia de Santa Catarina da Serra.

O azeite para o Santíssimo

CONVOCATÓRIA Arquivo Histórico Tem fotos ou videos sobre a Freguesia de Santa Catarina da Serra? Eventos de Associações, fotografias de locais ou pessoas de referência? A ForSerra está a reunir e a catalogar fotografias sobre o passado da Freguesia de Santa Catarina da Serra. Não ficamos com qualquer suporte (fotografia ou video ). Copiamos o seu registo para formato digital sem estragar o original.

Agenda Cultural Novembro 11 – A.C.R. Sobral – 23º Aniversário 12 – ACR S. Miguel – Prova de Chícharos, bacalhau, azeite e vinho 12 – CCR Vale Tacão – Dinamização do Magusto 21- Passeio S. Martinho 24 a 28 – 6º Festival Cultural e Gastronómico “O Chícharo da Serra” 25 – Dia da Padroeira

Santa Catarina da Serra, 04 de Novembro de 2011

O Presidente de Assembleia António da Conceição Rodrigues

Redacção com novos horários Informamos os nossos assinantes e amigos, que a redacção do jornal se encontra disponível para atendimento todas as terças e quintas feiras. No entanto, os contactos telefónicos estão sempre

disponíveis para que nos possa contactar facilmente. Para lhe prestarmos um melhor serviço, agradecemos que nos contacte nos dias acima indicados. Email:

luzdaserra@santacatarinadaserra.com Telemóvel: 917 480 995 Redacção (ForSerra) todas as Terças e Quintas Feiras das 10h ás 19h30.

www.santacatarinadaserra.com

Os fenómenos da Serra Desta vez, o fenómeno surgiu no quintal de Manuel Reis Silva, na Chainça. Este nem queria acreditar quando ao longo de vários meses, uma abobora foi crescendo atingindo proporções invulgares. “As regas que fiz a todas as outras abóboras, fiz a esta também.”, disse Manuel Silva. A abóbora foi pesada e

o ponteiro da balança passou os 50Kg. O destino deste pesado e enorme fenómeno foi o Centro Social e Paroquial de Santa Catarina da Serra. Com o apoio da ForSerra e da Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra, esta abóbora foi entregue à instituição no passado dia 25 de Outubro.

Se conhece algumas curiosidades da nossa terra, ou se também tem algum fenómeno no seu quintal, comunique-nos. Teremos todo o gosto em fazer o registo.

Miguel Marques

Data da década de 70, altura em que as fotos eram ainda bastante raras. O fotografo carregou no botão da máquina na procissão para a Festa do santissimo em Santa Catarina da Serra, em que as pessoas cantaro de folha cheio de azeite para oferecer. O nosso obrigado a Alfredo Damião, de Sirois, por este excelente registo.

Contacte-nos e ajude-nos: www.forserra.com - (00351) 917 480 995 - forserra@santacatarinadaserra.com Estamos disponíveis para nos deslocar a qualquer local para efectuar recolhas.

Nos termos do artigo 13º nº1 da Lei 169/99 de 18 de Setembro e pela competência que me confere a alínea b) do artigo 19º da mesma lei, convoco os membros da Assembleia de Freguesia de Santa Catarina da Serra, e a população em geral, para a sessão ordinária que terá lugar no auditório da freguesia em Santa Catarina da Serra, às 21 horas do dia 18 de Novembro de 2011.

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LUZ DA SERRA

NOVEMBRO

-- divulgação--

última

2011

Complexo Desportivo da União Desportiva da Serra Inserido do 462º aniversário da Vila de Santa Catarina da Serra

Programa Quinta 24

Sábado 26

Domingo 27

19h00 Abertura Oficial do Festival Cultural e Gastronómico "O Chícharo da Serra" 21h00 Inicio do II Concurso Bandas de Garagem 2011 Atuação de Banda convidada: GBGBG

12h00 Reabertura do Festival 15h00 Jogo Futebol Inter-lugares da Freguesia de Santa Catarina da Serra 19h00 Musica Tradicional Portuguesa Grupo de Danças e Cantares de São Romão 20h00 Actuação do Grupo de música Portuguesa "Os Rouxinóis do Arunca" 22h00 Actuação da Banda Finalista do Concurso Bandas de Garagem 22h35 Actuação da banda "Capitão hortense" 23h30 Actuação da banda "The peorth" 01h30 Antena 3 Party Zone com Dj's The Fox e Soul Playerz

09h00 Passeio Bicicleta pela Freguesia 10h30 Workshop de cozinha 12h00 Reabertura do Festival 12h30 Atuação do grupo de acordeonistas da região 14h00 Atuação do Banda Filarmónica - Sociedade Filarmónica Maceirense do Concelho de Leiria 15h00 Atuação do Coro Infantil da Casa do Povo de Santa Catarina da Serra 16h00 Atuação do Rancho Folclórico do Freixial 19h00 Atuação da Academia de dança "Arabesque" 21h00 Atuação de artista de música popular Zé águas e Geada

Sexta 25 10h00 Visita dos Jardins de Infância ao evento 12h00 Reabertura do Festival 17h00 Receção das entidades Oficiais na Sede de Freguesia 18h00 Missa Solene em Honra da Padroeira Santa Catarina com Cerimónia de reconhecimento público 19h30 Reabertura do Festival 21h00 Música cá da terra com Isidro Alves 22h30 Actuação da banda "indecisos" 23h30 Actuação da banda "the m!stakes" 00h30 Dj Tomané vs Freddy Tha Wyzz

Segunda 28 10h00 Missa Solene em Honra da Padroeira Santa Catarina 12h00 Reabertura do Festival 14h30 Atuação do Centro Social e Paroquial de Santa Catarina da Serra 16h00 Encerramento do Festival Durante o evento haverá animação constante e música popular.

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