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Já pensaste no teu currículo?
Conhece a importância de ter um Curriculum Vitae adequado aos teus objetivos e sabe como construir um CV que faça a diferença.
Texto: Cristina Carita
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Qual é a primeira coisa em que pensas quando pensas em procurar emprego? Fazer o Curriculum Vitae (CV). Contudo, esse ato em si não basta, sendo integrado num conjunto de outras ações e decisões importantes. Isto porque é importante que tenhas um CV que te distinga e que conte as tuas experiências.
Um Curriculum Vitae é uma ferramenta fundamental para a procura de emprego no que diz respeito a dois interlocutores. Por um lado, é importante para que potenciais candidatos e candidatas possam contar a sua história. Por outro, do ponto de vista dos recrutadores e recrutadoras torna-se essencial conhecer essa mesma história, de forma a selecionar a pessoa que mais se adeque à função para a qual está a recrutar.
Começar pelo princípio
Antes de fazeres o teu Curriculum Vitae, deverás analisar algumas questões fundamentais, que te ajudarão a fazer um CV diferenciador e a candidatares-te a funções que se adequem ao teu perfil.
As primeiras perguntas que te deves colocar
• O que eu gosto de fazer?
• O que eu sei fazer?
• O que eu ainda não sei fazer?
• Em que tipo de função quero trabalhar?
• Quais as empresas onde gostaria de trabalhar?
• Para desempenhar a função que quero ter, que competências tenho?
• Para desempenhar a função que quero ter, que competências ainda tenho que adquirir (e como)?
• Qual a história que vou contar sobre mim?
Para tal, deverás responder a um conjunto de questões (ver caixa) que vão, permitir, antes de mais, saber mais sobre os teus objetivos, características e qualidades. Depois dessa reflexão, estarás preparado(a) para iniciar o teu Curriculum Vitae e a tua procura de emprego.
Depois desta reflexão, será útil começar por pensar a estrutura do teu currículo. Independentemente do formato que escolheres para o teu Curriculum Vitae, existem campos “obrigatórios”. Podes começar por destacar os teus Dados Pessoais (nome, data de nascimento, número de telefone e e-mail), seguindo-se a Formação Académica (como regra geral, começa sempre das habilitações mais recentes para as mais antigas, indicando curso, ano, instituição de ensino, média, trabalhos importantes), a Formação Complementar (enumera as ações de formação contínua ou cursos adicionais e estágios de formação realizados nos últimos 5 anos que sejam relevantes para a função a que te estás a candidatar), a Experiência Profissional (nome de empresas para as quais trabalhaste, a duração, as funções desempenhadas, tarefas efetuadas e metas atingidas) e as Aptidões e Competências (por exemplo, conhecimentos informáticos e linguísticos, competências técnicas e comportamentais).
Give it a K.I.S.S.
Existem algumas boas-práticas que poderás aplicar na altura da construção do teu currículo. Para fazer o CV, deves começar por ser sintético ou sintética, utilizando, no máximo, uma a duas páginas. No mesmo sentido, usa linguagem clara, objetiva e direta, privilegiando as frases curtas. A ideia base é Keep It Short and Simple – uma máxima habitualmente representada pela sigla K.I.S.S..
Podes recorrer a exemplos específicos do teu percurso mas resiste à tentação de cair no exagero – não te esqueças que esses casos concretos poderão ser aprofundados durante uma entrevista. Existe ainda uma máxima importante, nesta fase: realça teus os pontos fortes e valoriza as tuas competências, especificando como as adquiriste. Ser seletivo ou seletiva nos elementos que escolhes partilhar também será fundamental. Por essa razão, não incluas experiências ou formações que não acrescentem valor à função a que te estás a candidatar.