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PEDRO TOCHAS DA WEASEL “AMOR, ESCÁRNIO E MALDIZER” OBRIGATÓRIO RIR!
Nº 187 • Mensal • Maio 2007 • Preço de Assinatura: 12 edições = 4,99€ (IVA incluído)
FORUM ESTUDANTE a revistaemqueéstudo!
FORMAÇÃO PROFISSIONAL
AS VANTAGENS DE SER
DIFERENTE! ANAÏS MONIZ NOVO TALENTO NO TRIATLO
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FORUM ESTUDANTE DIRECÇÃO Rogélia Candeias
http://www.forum.pt/ e-mail: rfe@forum.pt
DIRECÇÃO DE FOTOGRAFIA Gonçalo Gil (goncalo.gil@forum.pt) FOTOGRAFIA: Ricardo Bento
DIRECÇÃO DE IMAGEM
RFE 187 :: MAIO de 2007
Miguel Rocha (miguel.rocha@forum.pt) ILUSTRAÇÃO: Alexandre Soares, Tiago Gouveia
REDACÇÃO Laura Alves Susana Borges
DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO João Ezequiel Telefone: 21 885 47 43 (jezequiel@forum.pt)
DEPARTAMENTO DE PROJECTOS ESPECIAIS André Isidro Telefone: 21 885 47 58 (andre.isidro@forum.pt) Michelle Vieira Telefone: 21 885 47 34 (michelle.vieira@forum.pt)
PREÇO DE ASSINATURA: 4.99€
DEPARTAMENTO DE PUBLICIDADE DIRECÇÃO Paulo Fortunato Telefone: 21 885 47 48 (paulo.fortunato@forum.pt) Ana Mestre Telefone: 21 885 47 51 (ana.mestre@forum.pt) Duarte Fortunato Telefone: 21 885 47 39 (duarte.fortunato@forum.pt) PRÉ-IMPRESSÃO E IMPRESSÃO GRÁFILIS/ LISGRÁFICA - Casal de Stª Leopoldina Queluz de Baixo
Tiragem: 70.000 ex. A FORUM ESTUDANTE É MEMBRO
Revista FORUM ESTUDANTE Revista de Cursos, Escolas e Profissões PROPRIEDADE E PRODUÇÃO DE: PRESS FORUM - Comunicação Social,S.A. Capital Social: 299.400,00¤ Periodicidade Mensal Depósito Legal n.º 510787/91 Registo ICS n.º 114179 SEDE Tv. das Pedras Negras, nº 1 - 4º — 1100-404 Lisboa Tel.: 21 885 47 30 — Fax: 21 887 76 66
DIRECÇÃO GERAL Rogélia Candeias DIRECÇÃO ADJUNTA Gonçalo Gil ADMINISTRAÇÃO Roberto Carneiro - PRESIDENTE Francisca Assis Teixeira Rogélia Candeias
46 44 38 36 24 22 20 08
FOTOS DE CAPA: Ricardo Bento
© Alexandre Soares/FORUM ESTUDANTE 2006
After Aulas Os repórteres da FORUM andam pelas escolas do país à cata de notícias, projectos interessantes e pessoas irreverentes. Fica atento(a)!
Espaço IPJ O Programa Ocupação de Tempos Livres (OTL) é uma proposta do Instituto Português da Juventude (IPJ) que te proporciona um contacto com uma nova realidade.
Topless “Amor, Escárnio e Maldizer” são os ingredientes do novo álbum dos Da Weasel. Uma mistura explosiva que não vais querer perder
Saberes A formação profissional está na ordem do dia. O objectivo é ajudar-te a entrar “em alta” no mercado de trabalho. E tu, não queres ficar para trás, pois não?
CENAS Faz rir tanto, que a barriga até dói. É o Pedro Tochas, um tipo que não se importa que lhe chamem palhaço
Atracção Física É uma nova promessa do triatlo nacional. Anaïs Moniz não tem medo de correr em busca dos objectivos e falou à FORUM sobre os sonhos que tem.
Pessoal&Transmissível Nada melhor do que escreveres ou desenhares o que te vai na alma. Por isso criámos este espaço só para ti... aproveita-o!
HorósCOPOS As previsões do Professor Esótanga estão sempre certas. Olha que ele nunca se engana e, ao que parece, conhece-te melhor que ninguém!
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(SAI NO FINAL DE MAIO)
MAIS DE 600 CURSOS
O S NÃ DE ER PO RD PE
GUIA PRÁTICO DO ESTUDANTE 2007/08
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DEPOIS DE PREENCHIDO O CUPÃO, DESTACAR E ENVIAR PARA: PRESS FORUM — REMESSA LIVRE 25002 — 1144 LISBOA CODEX (NÃO PRECISA DE SELO) FORMA DE PAGAMENTO - Envio: CHEQUE Nº: Banco: À ORDEM DE: PRESS FORUM, SA VALE CTT Nº: Transferência bancária NIB: 0033 0000000 6147326605 BCP. Enviar comprovativo da transferência bancária por FAX para: 21 887 76 66 Adicionar, ao preço do Guia, o valor correspondente para os portes de envio — 1 exemplar: 1,25€ | de 2 a 4 exemplares: 2,80€ | outras quantidades, contactar: 21 885 47 30 NOME: MORADA:
TELEFONE: e-mail: DATA DE NASCIMENTO: / / ESTADO CIVIL: ESCOLA/EMPRESA: ANO: ÁREA: CURSO: LOCALIDADE/CÓDIGO POSTAL: -
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Para qualquer esclarecimento adicional, contactar: 21 885 47 30
RFE187
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Texto: Laura Alves Ilustrações: Gonçalo Gil
ganda seca! ORÇAMENTO DE ESTADO? PROVIDÊNCIA CAUTELAR? O QUE É ISSO? Costumas estar com um ouvido no leitor de mp3 e o outro nas notícias, mas estes palavrões não te dizem nada? Neste espaço vamos explicar alguns dos conceitos que dominam a actualidade. E não, a OPA não é o novo aeroporto...
PANDEMIA
EURIBOR
Talvez já tenhas ouvido os teus pais, lá em casa, a queixarem-se da Euribor. Se pensaste que era um nome feio que chamavam à vizinha de baixo, desengana-te. Na verdade, eles estavam a falar da “Euro Interbank Offer Rate”, uma taxa que influencia os créditos à habitação. Esta taxa resulta da média das taxas de oferta de fundos praticada entre 57 bancos de países da União Europeia e também de alguns países mais activos no mercado do Euro. Em Portugal, a Caixa Geral de Depósitos é o único banco a fazer parte deste painel, por causa do seu peso no mercado monetário nacional. Ora, e como é que isto afecta as finanças lá de casa? Simples... Os empréstimos bancários para comprar casa têm uma taxa de juro associada. E essa taxa de juro que o banco fixa está intimamente ligada à Euribor, que é a taxa de referência. Diz-se, num crédito à habitação, que a taxa de juro está indexada à Euribor a 6 meses, por exemplo, porque se houver alterações significativas nos mercados financeiros e a taxa Euribor subir ou descer, isso só se reflecte na prestação em períodos de 6 meses. Senão, era um sobe e desce todos os dias!
A origem da palavra remonta a Platão e Aristóteles, que as empregaram para fazer referência a qualquer acontecimento capaz de alcançar toda a população. Actualmente, o termo pandemia referese a uma epidemis (doença) que se alastra por vários países e continentes, atingindo proporções mundiais. Após a Primeira Guerra Mundial, em 1918 e 1919, houve uma pandemia da chamada “gripe espanhola”, que causou a morte a cerca de 20 milhões de pessoas. Hoje, as notícias dão conta da gripe das aves (doença infecciosa provocada por uma estirpe do grupo A do vírus aviário da gripe, o H5N1), que pode assumir proporções de pandemia. Começou por infectar apenas galinhas, no entanto, este vírus passou já para outras aves e também pessoas, sendo altamente mortal. Nos humanos, os sintomas são semelhantes aos da gripe normal: tosse, febres altas e dores musculares. Segundo a Organização Mundial de Saúde, poderemos ter uma pandemia de gripe das aves caso o vírus se comece a transmitir pessoa a pessoa. Por essa razão, têm vindo a ser abatidos milhões de aves e vários países preparam planos de contingência.
Não fiques a’nhar! Manda as tuas ‘palavras difíceis’ para rfe@forum.pt que nós explicamos nas próximas edições.
Feeds RSS
Já te deparaste, em alguns dos sites que visitas, com um pequeno ícone alaranjado com a sigla RSS? Se ficaste à nora, sem perceber para que serve, nós explicamos. RSS é a abreviatura de “Really Simple Syndication” ou “Rich Site Summary”, um formato baseado na linguagem XML usado em sites de notícias ou blogs. Este formato permite agregar conteúdos de páginas Web, facilitando a sua distribuição na Internet. Ou seja, ao subscreveres o RSS de uma dada página, passas a receber as informações (os “feeds”) como se fossem “bookmarks” ou mensagens de mail no teu computador, o que é bastante prático para notícias ou conteúdos em permanente actualização. Inicialmente, eram as maiores agências de notícias – como a Reuters, a CNN ou a BBC – que usavam os Feeds RSS, no entanto, o seu uso tem-se vulgarizado.
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Texto e fotos: Laura Alves
AGARRADOS
À NET!
MSN, Hi5, Facefox, YouTube, MySpace, Blogger… Com certeza conheces a maior parte destes sítios onde se privilegia o contacto entre as pessoas. Colocar umas fotografias de férias no teu blog, trocar e-mails com alguém que se conheceu num fórum de discussão, divulgar um vídeo da tua melhor amiga a passear o cão, tudo isto pode parecer bastante natural. Mas a verdade é que a exposição pessoal na Internet pode esconder algumas armadilhas. Fomos saber o que pensam disto alguns estudantes de Viseu e de Aveiro.
NAVEGA NA NET COM CONSCIÊNCIA » Não coloques em sites pessoais ou blogs fotos de outras pessoas sem autorização. » Não divulgues a tua morada, número de telefone ou os locais que costumas frequentar a pessoas que ainda não conheces. » Números de cartões de crédito/débito não se divulgam a ninguém. O mesmo é válido para a password do e-mail. Na Secundária Viriato, em Viseu, apanhámos um grupo de alunos do 12º C, onde só dois deles não têm acesso à Internet em casa. Mesmo assim, é frequente usarem na escola, no Centro de Recursos. Para o Sérgio Alexandre, de 19 anos, e a Ana Sampaio, de 18, esses computadores são usados principalmente para trabalhos. O difícil, dizem, é conseguir lá chegar. “Não é que haja poucos, há é muita gente a querer usar”, diz o Sérgio. E sempre que precisa de pesquisar informações para algumas disciplinas, tenta ir a sites que sabe, à partida, serem fiáveis. Já a Ana recorre mais vezes à fórmula “colocar no motor de busca e ver o que aparece”. Claro que, como diz a amiga Telma Pinto, de 18 anos, depois faz-se uma selecção da informação, ou seja, há uma preocupação em recorrer a conteúdos de confiança. CONVERSAS COM AMIGOS Neste grupo do 12º C, entre aqueles que costumam aceder à Net em casa, todos admitem passar muito tempo em programas de conversação. Mas o mais habitual é falarem com os amigos no Messenger, ou seja, pessoas que já conhecem. O Diogo Figueiredo
Para a Victoria Lufilakio, a Mariana Teixeira e o Tiago Amador, fazer amigos no dia-a-dia é mais seguro do que pela Internet
recorda-se de ter trocado mensagens com desconhecidos quando estava no 9º ano. Na altura utilizava com maior frequência o mIRC. Hoje não tem esse hábito. E quando confrontado com a possibilidade de alguém lhe colocar questões mais pessoais, ou pedir o número de telefone, o Diogo afirma, decidido, que nunca passou por esse tipo de situações. No caso da Ana, se isso acontecesse, ela dava a volta à questão. “Se estivesse a falar com alguém e me pedissem o telefone, não dava. Acho que, no geral, as pessoas têm esse cuidado”. Na sua opinião, são os mais novos que podem ser inconscientes e passar informações pessoais a quem não devem. MESSENGER POR TODO O LADO Ainda na Secundária Viriato trocámos impressões com um outro grupo, desta feita, do 12º B. A Liliana Ferreira e o Jonathan Aparício, ambos de 17 anos, têm acesso à Internet em casa. Os colegas Rita Santos, de 16, e Hugo Fonseca, ainda não. Contudo, todos são frequentadores assíduos de programas de conversação. O Messenger é o programa mais utilizado e, para além da troca de mensagens com amigos, é bastante frequente entrarem em contacto com pessoas que não conhecem pessoalmente, via Hi5. Mas no que toca a marcar um encontro, para
conhecer o/a interlocutor/a em carne e osso, aqui as coisas dividem-se: as raparigas dificilmente dariam esse passo, enquanto para os rapazes é algo natural. MARCAR ENCONTROS É POUCO SEGURO, DIZEM ELAS “Acho que é perigoso”, diz a Rita Santos. “E também nunca surgiu essa oportunidade”. Normalmente acede à Internet na escola ou em casa de amigos, e talvez por essa razão, as conversas nunca são muito prolongadas. Ainda assim, tem alguns cuidados. “Nem o endereço de e-mail dou. Só às pessoas que conheço, ou então, se mais tarde a relação de amizade se prolongar”. Quisemos saber porquê. “Penso que é perigoso. Especialmente numa altura em que há muitas notícias sobre isso... E os meus pais, se eu estiver a falar com pessoas que não conheço, ficam apreensivos.” A Liliana Ferreira partilha uma opinião semelhante: “Acho que se desse o meu número de telefone iam insistir ainda mais para haver um encontro”. Apesar de ser habitual falar com pessoas que não conhece, não se aventurou mais além. “Nunca digo que sou de Viseu. E não dou o mail...” Afirma que, quando alguém a adiciona como “amiga” em sites como o Hi5 aceita sempre o pedido, mas depois, é frequente cancelar. “Falo uma ou duas vezes, mas acabo por bloquear”. A verdade é que a Liliana não
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AFTER AULAS : 9
SEGURANET
A malta do 12º C da Secundária Viriato não passa sem Internet e Messenger, tanto em casa como na escola
põe sequer a hipótese de marcar encontros. Só com colegas da escola e, mesmo assim, a troca de números de telefone só viria depois. ELES ARRISCAM MAIS Para o Jonathan, que já se encontrou com cerca de dez ciber-amigos e amigas – normalmente da zona de Viseu – uma semana é o tempo mínimo que considera normal até ao encontro cara-a-cara, após a sequência de contactos via Hi5 e Messenger. “Quando vou é porque acho que pode ser vantajoso”, refere. Ou seja, a possibilidade de fazer novas amizades com rapazes e raparigas da mesma idade e, quem sabe, até haver uma paixoneta pelo meio. A segurança não é uma questão que o preocupe em demasia. “Há dados que se ocultam, mas acho que não faz mal dar o número de telefone”. No entanto, os encontros que marca acontecem sempre em locais públicos. “É importante estar inserido num sítio com mais gente”, afirma. Até hoje, nunca teve problemas. E os pais? O que pensam desta nova forma de amizade? “Eles não chegam a saber...”, admite. Apesar de lidarem com as novas tecnologias, segundo o Jonathan, há “uma barreira de comunicação.” O Hugo segue passos muito parecidos aos do colega: após conhecer pessoas através do Hi5, passa para a conversa no Messenger. “Às vezes são amigos de amigos meus, passamos os e-mails uns aos outros”, descreve. “Já conheci umas sete ou oito pessoas desta forma, mas só raparigas”. Como procura o contacto com residentes em Viseu, os encontros são sempre em locais públicos ou até mesmo na escola, “no caso de estudarem aqui”. “Mas só depois de ganhar confiança é que dou os contactos”, contrapõe. “Se for alguém com quem já há uma relação através dos meus amigos, dou o número de telefone”. Na opinião do Hugo, não há grandes problemas em transportar para a realidade uma amizade cibernética: “Acho que tem de existir alguma confiança em relação ao desconhecido.” CONVERSAR SIM, MAS... Em Aveiro, na Secundária Dr. Mário Sacramento, sondámos as opiniões da Victoria Lufilakio, da Mariana Teixeira e do Tiago Amador, todos de 16 anos e da turma 11º A. A Victorina usa a Internet com muita frequência, quer para lazer – muito Messenger e Hi5! – mas também com o objectivo de pesquisar para trabalhos. “Já conversei com pessoas que não
A segurança na Internet é uma preocupação do Ministério da Educação há já algum tempo, através da Equipa de Missão Computadores, Redes e Internet na Escola – o CRIE. Esta equipa é a responsável pelo projecto Seguranet, cujo objectivo é apelar para um uso mais consciente das novas tecnologias de Informação e Comunicação. Conhece este projecto em www.seguranet.pt.
conhecia, mas há muito tempo, quando usava o mIRC”, recorda. Um programa que já não utiliza, pois privilegia o contacto com os amigos. “Nunca pensei muito nisso. Talvez por uma questão de segurança”, admite. E se lhe pedirem dados pessoais, contactos? “Tento não responder, mas depende do tipo de pessoa com quem estiver a conversar”. E como lá em casa o computador está na sala, é normal que os pais se apercebam. “Dão sempre conselhos, mas não proíbem nem nada disso...” No caso da Mariana, as razões para não pensar em encontros passam também pela segurança. “Não ia, simplesmente. Utilizo o Messenger e o Hi5 e,
quando alguém me adiciona, vejo se conheço a pessoa. Se não conhecer, não dou muita importância”. O mesmo sucede com o Tiago que, apesar de ser rapaz, não é tão destemido como os colegas de Viseu. Fala apenas com pessoas que já conhece, ainda que não ponha de lado a hipótese de, um dia, avançar para outros campos. “Nunca calhou. Pode acontecer, mas acho que se deve ter cuidado.” Quanto a dar informações pessoais, acredita que “é um bocado perigoso.”
Rapazes e raparigas têm perspectivas diferentes: eles – Hugo Fonseca e Jonathan Aparício – não vêem mal nenhum em conhecer pessoas pela Net, mas para elas – Liliana Ferreira e Rita Santos, tudo o que for além da troca de mensagens já é demais
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DESTAQUES A MINHA ESCOLA É A MAIOR! Aproveitar cada tempinho para ler a FORUM
Escola Secundária da Amadora (Lisboa) Escola Secundária D. João V – Amadora (Lisboa)
O BARRO COMO EXPERIÊNCIA
A Jacineida, o Isaac e a Elesângela receberam-nos com um sorriso nos lábios e muita simpatia
Cada escola tem uma particularidade que a distingue das outras. A “D. João V” não é excepção. Os imensos clubes existentes nesta escola são motivo de orgulho de professores e estudantes. A Oficina de Línguas Estrangeiras, o Clube de Teatro, o Clube de Astronomia, a Oficina de Electrónica, o Clube de Iniciação à Língua Árabe e o Clube de Cerâmica são apenas alguns exemplos. Este último está a cargo das professoras Maria Belo e Helena Peixoto. Apesar de serem muitos os elementos que recorrem a este clube, a professora Maria Belo reconhece que “com os horários das turmas é difícil, porque têm cerca de dez disciplinas” o que leva a “um menor interesse”. Entre testes, trabalhos e aulas, torna-se complicado encontrar tempo para participar neste tipo de actividades. No entanto, há experiências interessantes para aqueles que conseguem ter um espaço na
Aprender divertindo
A Matemática pode ser um “bicho papão”, mas não para todos. Na Secundária da Amadora encontrámos uma exposição, promovida pelo Clube de Matemática, que tinha como mote “Matemática na Natureza”. Esta demonstração mostrava problemas e aspectos da Natureza – como os padrões na pele de certos animais, os mapas, a concha do caracol, etc. – explicados pela disciplina através de equações e fórmulas. A Associação Portuguesa de Matemática (APM) cedeu a exposição à escola, possibilitando ao clube criar mais uma actividade. “Temos cerca de 40 alunos. Estes alunos percebem, de certeza, a importância da Matemática”, explica a professora Liliana Amado, coordenadora do grupo.
O Nuno Pimenta, o Fábio Figueiras e o David Mendonça frequentam o 10º ano do curso de Humanidades
Algumas das peças criadas pelos alunos do Clube de Cerâmica
Parte da exposição cedida pela APM à Secundária da Amadora
O pessoal da AE está decidido a remodelar o espaço de forma a terem “uma associação para toda a gente”, segundo o Bruno Simões, presidente. Ao meio, de casaco castanho, está o André Oliveira, já nosso conhecido de outras andanças: ele encarnou a figura do presidente da EPAL no projecto H2Olha.
Calma, não é um famoso cabeleireiro da Amadora. É mesmo o salão que a D. João V possui para o Curso de Educação e Formação de Cabeleireiro(a)
agenda. O Clube de Cerâmica permite “a alunos que nunca tinham tido contacto com argila, barro, azulejo, lidar com estes materiais”, explica a docente “Criam pequenas peças decorativas para alturas festivas. Os alunos valorizam muito as coisas que fazem, porque vêem o resultado prático daquilo em que estão a trabalhar”, afirma. E, sendo uma das coordenadoras deste projecto, aponta que “é muito bonito vê-los motivados a criar algo”. Como curiosidade, sabias que foi nesta escola que o actor Tiago Aldeia (“Rodas” da primeira série de “Morangos Com Açúcar”) começou no teatro? Algo que nos foi dito pela professora Albertina Trabulo, presidente do Conselho Executivo. Como vês, antes de serem famosas, as estrelas até podem ter andado na mesma escola que tu!
Não é qualquer um que tira 19,6 valores num teste de Matemática. Por isso mesmo, temos de dar o mérito devido à Djêide Rodrigues do 12º 2, de Ciências e Tecnologias. Com 18 anos, tem uma filosofia de vida muito própria: “Se nos divertirmos, gostamos do que estamos a fazer e também aprendemos com isso”. É esta a relação da Djêide com a Matemática. “Gosto muito da disciplina e é muito bom aplicá-la noutras situações que não as aulas. Divirto-me!”, diz. Grande plateia no jogo da segunda jornada do torneio de futebol da AE
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12 : AFTER AULAS apontamento
ESTUDANTES “FAZEM SOMBRA” A PROFISSIONAIS A Associação de Estudantes não hesita em dizer que esta é a melhor escola da zona de Sintra
Escola Secundária Padre Alberto Neto – Queluz (Lisboa)
Tudo boa onda...
“Esta é a melhor escola da zona de Sintra!”. Quem o diz é a Ana Jones, elemento da Associação de Estudantes (AE). A afirmação surgiu no meio de uma animada conversa com diversos membros da AE. A saber: a Abigail Pina, vice-presidente, a Mariana Moreira, o Tiago Dias e a Mariana Cereja. De acordo com este grupo, a “corrida” às eleições para a AE, apesar de renhida, foi um processo com muito “fair-play”. Estes nossos amigos, que compunham a lista A, acabaram por vencer. Mas como não gostam de pôr ninguém de parte, e têm como objectivo melhorar tudo o que puderem na escola, decidiram criar uma coligação com a lista B. “Como éramos todos amigos e queríamos lutar pelas mesmas coisas, decidimos juntar-nos”, esclarece a Abigail. Ora, nem mais!
Vá meninos, não sejam tímidos! Sorriam para a câmara...
Entretanto, as ideias e projectos planeados vão-se concretizando a pouco e pouco. Os torneios de futebol e de vólei irão marcar este período, mas não só. “Vamos fazer uma feira do livro, porque muitos alunos não vão à biblioteca, e nós queremos fazer com que isso mude”, explica a Abigail. Para além de tentarem criar o gosto pela leitura nos colegas, a AE tem ainda na forja o projecto do jornal – que será coordenado pela Abigail e pela Mariana –workshops de teatro, dança e fotografia e, claro está, a festa de final de período. Porque aqui a malta dá-se toda bem, mas espera que haja sempre algo interessante para fazer. “Não há confusões, não há conflitos, é tudo paz e amor!”, resume a Ana. “Somos uma família...”
A fim de descobrirem os prós e contras de uma determinada profissão, os alunos da Secundária Poeta António Aleixo, de Portimão, começaram a fazer sombra. Confusos? Trata-se do “Projecto Job Shadowing – Queres Conhecer Uma Profissão?”, uma iniciativa do Serviço de Psicologia e Orientação da escola. Texto: Laura Alves | Foto: Ricardo Bento
A ideia é permitir que os alunos do 12º ano acompanhem alguns profissionais nas suas funções diárias. Desta forma, quem “faz sombra” – ou seja, o aluno – pode avaliar se a escolha de carreira que pretende fazer é a mais adequada às suas próprias características pessoais. Para tal, a secundária conta com diversos parceiros, de forma a angariar uma grande diversidade de profissionais, indo de encontro às expectativas vocacionais dos estudantes. Futura fotojornalista A FORUM ESTUDANTE associou-se ao “Projecto Job Shadowing” e recebeu a Sofia Duarte, de 17 anos, aluna de Ciências e Tecnologias, que pretende vir a trabalhar como fotojornalista. Durante uma manhã, ela “fez sombra” a Ricardo Bento, um dos nossos fotógrafos, e recebeu alguns conselhos para ser uma boa profissional nesta área. “Uma das dicas mais importantes que ele me deu foi para ter sempre em conta a luz, quando fotografo”, refere. A Sofia desenvolve esta actividade como passatempo desde há dois anos e no ano passado chegou mesmo a ganhar um prémio na Maratona Fotográfica em Portimão. No seguimento dessa distinção, iniciou recentemente um curso de fotografia a preto e branco que lhe vai permitir consolidar alguns conhecimentos. Agora, é hora de ponderar este hobby mais a sério. “É mesmo o que gosto de fazer, não me vejo a trabalhar noutra coisa”, afirma. A conversa com Ricardo Bento permitiu-lhe, desta forma, ficar a conhecer várias instituições que dão formação profissional ou superior em fotografia, além de aprender alguns pequenos truques que fazem toda a diferença.
A Sofia Duarte quer ser fotojornalista e, durante uma manhã, fez “job shadowing” ao fotógrafo da FORUM ESTUDANTE
A vida militar esteve em discussão, por iniciativa da Associação de Estudantes
Escola Secundária José Saramago – Mafra (Lisboa)
E tu, marchas?
Naquela manhã, uma grande parte dos alunos da “José Saramago” estava concentrada à porta do auditório. A razão era uma palestra organizada pela Associação de Estudantes, sobre o recenseamento militar, a carreira militar e o dia da defesa nacional. Os oradores convidados, o major Álvaro Campeão e a furriel Araújo (aluna desta secundária no ensino nocturno), falaram à plateia da importância do recenseamento militar – obrigatório para os rapazes, voluntário para as raparigas –
O objectivo da sessão de esclarecimento foi, afirmam a Laura e o Pedro, esclarecer os colegas sobre o recenseamento militar e uma possível carreira nesta área
e das vantagens e dificuldades de seguir a carreira militar. Revelaram ainda as suas motivações pessoais e, num discurso animado, procuraram esclarecer as dúvidas de toda a gente. E as perguntas não se fizeram esperar... A Laura Pereira e o Pedro Castelo, dois dos elementos da AE responsáveis pelo encontro, revelaram à FORUM como é que surgiu esta ideia. “Havia falta de informação sobre estas questões relacionadas com a carreira e recenseamento militar” refere. “Era uma sensação que nós próprios tínhamos... Passavam anúncios na TV, mas não havia informação concreta sobre os objectivos e condições de ingresso”. Assim, entraram em contacto com a Escola Prática de Infantaria de Mafra, de forma a esclarecer os colegas. Quanto ao sucesso da iniciativa, a Laura não tem dúvidas. “Acho que a palestra foi interessante. Estiveram aqui a assistir cerca de 200 pessoas... O major fez um óptimo trabalho e focou os pontos mais importantes.” E dali, foram todos a marchar... mas para o almoço!
Muy guapas, a Vanessa Santos e a Joana Areosa, do 11º F
Por aqui o pessoal tem direito a ver bons filmes, por iniciativa da Associação de Estudantes. O auditório é o local onde passam as sessões
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14 : AFTER AULAS Escola Secundária da Costa Primo – Amadora (Lisboa)
A malta estava muito animada na AE numa pequena “competição” de matraquilhos até... a FORUM aparecer para uma fotografia Yo, com’é? Tá-se bem? O vice-presidente da AE, Miguel Dores, muito bem acompanhado pela Yolanda e pela Rafaela Ó meus amigos... mas que cara é essa? Nós merecemos mais que isso!
Informar antes de votar Uma Associação de Estudantes (AE) tem, por norma, o dever de defender os direitos dos alunos e de promover actividades. Não só de carácter lúdico, como também de formação e educação. Assim se faz na “Seomara”. O Miguel Dores pertence ao 10º 2 e é vice-presidente da AE desta escola. Explicou-nos como as coisas funcionam por lá. Antes de mais, não deixa esquecer a longa luta pelo fim das aulas de substituição! “Estão mal organizadas e não se assegura que
os alunos aprendam alguma coisa nestas aulas”. Por outro lado, a educação sexual nas escolas é também uma ideia que defende. “Os alunos descuidam-se e acabam por não lutar por isso. Mas devia ser um tema transversal a todas as disciplinas”, afirma o Miguel. E AE que se preze, organiza actividades para os alunos que os elegeram, e não só. Visitámos a “Seomara da Costa Primo” na altura pré-referendo à despenalização da interrupção
voluntária da gravidez. Por isso mesmo, os membros da AE criaram uma palestra, em jeito de debate, em que foram convidados “elementos das organizações do NÃO e do SIM” . “Para este evento demos prioridade aos alunos do 12º ano, pois muitos deles já têm o direito de votar”, disse o vice-presidente da associação. Uma sessão que decorreu no auditório da escola, constituída por uma parte informativa e uma outra de questões aos convidados.
Escola Secundária Aquilino Ribeiro – Porto Salvo (Lisboa)
Com as mãos na terra
Algumas das alunas do curso de Jardinagem e Espaços Verdes. Adoram as terças-feiras porque podem ir para Oeiras trabalhar ao ar livre
Se a FORUM, nas escolas, procura coisas diferentes, na “Aquilino Ribeiro” encontrou. Decorriam as aulas do CEF 2C. O mesmo é dizer: Curso de Educação e Formação de Jardinagem e Espaços Verdes. Fomos conhecer melhor este curso na aula de Biologia dada pela professora Ana Silva. Uma turma com 14 alunos que, às terças-feiras, tem aulas práticas nos viveiros da Câmara Municipal de Oeiras, em Barcarena. A Tânia Ferraz admite que não foi para este curso “porque gostasse, mas porque tinha de tirar o 9º ano e muito rápido” . Esta aluna queria mesmo era tirar um curso de manicura. No entanto, “em Jardinagem aprendem-se coisas novas e engraçadas” , conclui. Por outro lado, a Cátia Fernandes entrou neste curso por “escolha própria” . “Ao início estava apreensiva, mas agora gosto mesmo! Quero descobrir tudo e fazer de tudo um pouco. E as professoras dizem que, se tivermos força de vontade, conseguimos.” E um dos factores que a leva a gostar realmente de jardinagem é poder trabalhar ao ar livre. “Não gosto de me sentir sufocada” . E não se pense que este é um curso só para meninas. Também existem muitos rapazes nesta turma, mas fugiram todos quando viram a FORUM...
QUERES SER MODELO POR 1 DIA? Pessoal da Associação de Estudantes, e não só, numa g’anda euforia! Música e diversão era o que se via por lá...
Também tu podes entrar nas nossas produções de moda. A Sofia Pereira e o Nuno Franco, leitores da FORUM ESTUDANTE, adoraram participar. E tu? Vens ou ficas? Se queres ser nosso modelo, envia um e-mail para moda@forum.pt ou uma carta para “Quero Ser Modelo, Revista Forum Estudante, Travessa das Pedras Negras, 1 – 4º, 1100-404 Lisboa”, com os seguintes dados: Nome • Morada • Telefone • Data de nascimento • E-Mail • Altura • Cor do cabelo • Cor dos olhos • Nº de sapato • Nº de calça • Nº de camisa • A escola onde estudas • Fotografias (obrigatório)
Não se sabe bem porquê, mas chamam-lhes Pop Stars
Escola Secundária Camilo Castelo Branco – Carnaxide (Lisboa)
Pede a tua música
Cada vez mais, as escolas e os alunos apostam nos clubes de rádio. Uma forma de manter os intervalos dinâmicos e um pouco mais animados. Na “Camilo Castelo Branco” é esta a situação. A Susana Duarte pertence ao 12º E e organiza as actividades da rádio. Por lá, pode-se passar um pouco de tudo: desde dedicatórias de músicas, a poemas, a sorteios, a torneios, tudo é divulgado pelas colunas espalhadas no espaço escolar. Até mesmo a canção do Noddy! É algo que permite aos estudantes manterem-se informados do que se vai passando no seu mundo. “Divulgamos todo o género de actividades que acontecem na nossa escola. Temos horários e está tudo estipulado. Somos 16 pessoas e, por intervalo, estão lá três ou quatro alunos”, explicou a Susana. Mas não se pense que esta menina é uma principiante. “Já fazia rádio na minha anterior escola, em S. Julião da Barra”. Como “tinha alguma experiência, é uma forma de passar o meu testemunho e aquilo que sabia”, conclui. Este projecto é considerado pela Maria Mascaranhas, presidente da Associação de Estudantes, como “informal”, pois são “os próprios alunos que põem e escolhem as músicas”. Por isso mesmo se pode ler pela escola a seguinte frase: “ESCOLHE A TUA MÚSICA”.
Eles são a Cláudia, a Miriam, a Miurel, o Pedro, o Kindio e, em baixo, a Keila. Participaram no passatempo da FORUM e ganharam uma t-shirt.
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16 : AFTER AULAS EPCI - Escola Profissional de Comunicação e Imagem (Lisboa)
Os alunos do primeiro ano de Marketing deparam-se com a realidade de um curso profissional
O Daniel Ferreira é finalista do curso de Técnicas Audio-Visuais e tem em mãos uma reportagem sobre Speed Dating (organização de encontros para conhecer a pessoa ideal), como projecto final de curso
A Jenine Gama e o André Sant’Ana, do 12º CSH1, foram para o curso de Ciências Sociais e Humanas porque, dizem, os números não gostam deles O terceiro ano de Multimédia debate-se com a PAP, que está quase a ser entregue
Em preparação para o futuro
Cada vez mais se fala na importância da formação profissional. E, numa altura em que as escolas secundárias também oferecem cursos deste carácter, muitas são as opiniões a favor e contra. Controvérsias à parte, o que dizem os alunos desta escola profissional? “Aqui sabemos imediatamente se gostamos ou não da área, porque trabalhamos logo nisso”, afirma a Andreia, aluna do primeiro ano de Marketing. “Fiz o 12º ano e não passei a Inglês. Inscrevi-me nesta escola mas, no final do ano, vou fazer os exames nacionais para tentar entrar na universidade, em Marketing”. Apesar disso reconhece que este curso tem várias vantagens. O estágio é uma delas: “vamos colocar em prática o que aprendemos durante o curso e já sabemos mais ou menos o que iremos encontrar”, conclui. Do primeiro para o último ano, desta feita de Multimédia, falámos com a Liliana Guedes, que já tem o Projecto de Aptidão Profissional (PAP) em curso. O que é isto? É um trabalho final que implica os conhecimentos dos três anos e, sem o qual, os alunos das escolas profissionais não concluem o curso. “O meu projecto consiste na criação de uma empresa fictícia de multimédia que vai criar um site, um quiosque interactivo, um catálogo, merchandising , etc, para outra empresa de design de interiores”, explicou a finalista. Uma carga de trabalhos para quem quer mesmo entrar na faculdade porque, com os exames à porta “há alturas em que nem consigo ter tempo para mim”, afirma. Uma realidade que aproxima os jovens do mundo do trabalho, embora lhes roube muito tempo da vida pessoal.
apontamento AMANHECER EM COIMBRA Interagir com toxicodependentes em reabilitação e alertar a população para a questão da reinserção social. Estes foram os desafios que cinco alunos do 12º I da Secundária da Quinta das Flores, em Coimbra, colocaram a eles próprios, no âmbito da Área de Projecto. Ademar Aguiar, Ana Bárbara Oliveira, Patrícia Damas, Sofia Martinho e António Duarte compõem o grupo de alunos do 12º I que escolheu debruçar-se sobre a temática da reinserção social de extoxicodependentes. Para tal, desenvolveram uma parceria com o centro de dia Sol Nascente e também com equipas de rua da Cáritas Dicoseana de Coimbra. “Até ao momento realizámos trabalho voluntário com esta instituições e dinamizámos festas nos passados dias 14 de Fevereiro (Lanche do Dia dos Namorados) e 15 de Fevereiro (Festa de Carnaval no Centro Farol)”, destacam. Para além destes encontros, o grupo organizou na escola uma palestra de sensibilização, na qual contaram com a ajuda de técnicos de ambas as instituições e testemunhos de ex-toxicodependentes. Posteriormente, estes alunos levaram alguns dos utentes do centro de dia a visitar a Casa Municipal da Cultura, “pois era este o seu desejo”, recordam, e O grupo responsável pelo projecto Amanhecer: Ademar Aguiar, Ana Bárbara Oliveira, Patrícia Damas, Sofia Martinho e António Duarte
Escola Secundária de Mem Martins – Sintra (Lisboa)
Contra(o)ponto
Em Mem Martins encontrámos um pouco de tudo. Desde o teatro à fotografia, passando pelas línguas e pela saúde, até deparámos com um Contraponto! Um jornal escolar feito por e para alunos. Exposto numa vitrine em frente ao pavilhão principal, consegue mobilizar os estudantes para darem um olhinho na actualidade da Secundária de Mem Martins. E não só! Sim, porque o Contraponto tem várias secções, onde a comunidade escolar é informada sobre diversos temas da sociedade, das artes... “Recomendamos” é a secção que diz respeito à sétima arte. “Nua e Crua” trata, como o nome diz, de temas polémicos da actualidade, sem medos ou vergonhas. “Krónica” é exactamente o espaço dedicado a artigos de opinião. “Sem tabus” dá direito a tirar dúvidas sobre questões sexuais, que poderão ser feitas sob anonimato. As respostas são dadas pela psicóloga da secundária. No fundo, o Contraponto faz um “apanhado do que se passa dentro e fora da escola”, aponta a Mónica Gil, chefe de redacção do jornal. A FORUM que se cuide, que qualquer dia tem concorrência. Outra curiosidade desta secundária é a BLU – Biblioteca Lúdica e Utilitária. O que é isto? É uma biblioteca onde se faz muito mais que pesquisar e ler. Um projecto criado pelas professoras Maria José Afonso e Lina Lavareda, mas que envolve mais professores de diversas disciplinas. É um espaço descontraído, com música ambiente, onde decorrem concursos, mini-cursos, debates, entre outras actividades. O objectivo principal é promover a leitura como um acto de prazer.
No final de Fevereiro, o grupo do projecto amanhecer levou alguns dos utentes do centro de dia Sol Nascente a visitar a casa Municipal da Cultura
realizaram uma angariação de roupa, cobertores e produtos higiénicos, que foram encaminhados para o centro. Desta forma, as acções do grupo do 12º I têm correspondido ao nome do projecto: Amanhecer. “Como o sol nasce para toda a gente todos os dias, os ex-toxicodependentes também devem ter um novo começo, metaforizado no nascer do sol”, justificam.
As meninas do Clube de Saúde não largam o amigo esqueleto!
O logótipo do Projecto Amanhecer A equipa responsável pelo jornal Contraponto
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18 : AFTER AULAS Escola Profissional Gustave Eiffel – Amadora (Lisboa)
Fazes, aprendes!
Interrompemos uma aula mas eles não se importaram. Uma turma muito simpática de finalistas de Design Industrial.
Se estiverem atentos conseguem ver o Pedro do lado esquerdo. E que sorte a dele! O único rapaz no meio de tanto mulherio...
Muito mais direccionada para o mundo de trabalho do que para uma formação meramente teórica, a “Gustave Eiffel” tenta inserir os seus alunos num mercado por vezes saturado. Uma situação de que os estudantes têm consciência. A Lara Eusébio está no terceiro e último ano de Design Industrial. Sabe que a concorrência é muita. “Mas isso apenas incentiva a que tenhamos mais ideias. Não é fácil entrar neste mercado mas é ainda mais difícil manter-se lá!”, aponta a jovem. “Os professores são muito bons profissionais e mostram-nos a possibilidade de entrada no mercado”. Talvez porque, como diz o David Cabrita, “eles próprios estão no mercado de trabalho”. Para este aluno o factor “x” que o levou a ingressar neste curso foi a conclusão do 12º ano, mas defende que “é uma formação onde se desenvolve trabalho e que puxa pela imaginação, pela criatividade e pela liberdade de escolha”. “Vale a pena”, salienta. Mas não ficámos por aqui. Fomos ainda conhecer a opinião dos alunos do curso de Animação Social, onde encontrámos só um rapaz. Sim, apenas um! Eram três inicialmente, mas só um “resistiu”. Chama-se Pedro Oliveira e tem 22 anos. Estava indeciso entre Psicologia ou Animação Cultural, mas fez uma opção. E por um motivo muito simples: “é mais específico. Não abrange tantas áreas. Há várias disciplinas que, para o futuro e para o que quero fazer, são inúteis!”. Por isso, após pesar prós e contras, escolheu e ficou bem servido.
Que bela coelhinha... Festejava-se o aniversário de uma das meninas que, além das orelhas, ainda levou algemas. Sabe-se lá para quê... Mas também não queremos saber!!!
Escola Secundária de Josefa de Óbidos – Lisboa
Paixão e compaixão
Bastava entrar na “Josefa de Óbidos” para sentir o amor no ar
O professor Manuel da Clara ajudava as alunas a decorar a escola de acordo com o Dia dos Namorados
Nem sempre são as actividades escolares a “saltar à vista”. Por vezes são os próprios professores a marcar a diferença. Manuel da Clara é professor de Educação Moral e Religiosa Católica e é alguém por quem todos “têm muito apreço”, nas palavras da professora Conceição Rodrigues, presidente do Conselho Executivo. Mas este apreço tem uma razão de ser: é alguém sempre disponível que gosta de promover aulas fora da sala. Para quê? Para, por exemplo decorar a escola. Dada a proximidade do Dia dos Namorados na altura da nossa visita, corações e frases de amor tinham de estar espalhadas pela “Josefa de Óbidos. E em grande! Por onde quer que se passasse o amor estava no ar, ou melhor, nas paredes. Entre cartazes, frases, imagens e diversos outros tipos de trabalhos, era notória a presença de Manuel da Clara e dos seus meninos. “Aproveitámos o Dia de S. Valentim para explorar o tema do amor, e ter um pouco de alegria na escola”, afirma o docente. A Daniela Ares Roque pertence ao 9º A e é uma das pupilas do professor Manuel. “Todos os anos fazemos coisas diferentes. Eu gosto! E o dia de S. Valentim é giro para estes trabalhos”, diz a aluna, não deixando fugir a parte sentimental deste dia: “é o dia dos casalinhos. Neste momento tenho uma pessoa, mas já sofri por não ter!”. Mas, além da paixão, também se motiva a compaixão. No Natal, o professor e os seus alunos foram visitar o Lar de Idosos de Campolide. Uma atitude de preocupação social que Manuel da Clara tenta incutir nas turmas por onde passa.
apontamento DESPORTO PARA TODOS A FORUM foi convidada a estar presente em Paranhos, na Secundária António Nobre, para a mostra de actividades promovida pelas duas turmas de 10º ano do curso tecnológico de Desporto. E claro que não podíamos faltar! O salão polivalente encheu-se de alunos e profissionais, que tornaram aquele dia diferente para toda a comunidade escolar. Com muito desportivismo! Texto e fotos: Susana Borges
O Tiago e a Sofia deram um “arzinho” da sua graça, ao mostrar o que são capazes nas danças de salão
Era fácil reconhecer as turmas que organizaram este dia desportivo. Todos os alunos traziam um crachá que os identificava, bem como o seu nome. E estes meninos revelaram-se bastante aventureiros nas diversas actividades. As que mais impacto tiveram junto dos estudantes foram as aulas de promoção de algumas instituições: Académico Futebol Clube, Clube de Danças de Salão do Porto e Ginásio de Manutenção do Porto. Houve ainda aulas de hip-hop e break-dance, onde os alunos acompanharam os profissionais nas suas danças. Também estiveram presentes o Estrela e Vigorosa Sport, o Clube Desportivo Nun’Álvares e o Centro Desportivo Universitário do Porto.
PROMOVER O DESPORTO “É um género de feira de actividades físicas”, afirmou João Alves, um dos organizadores. “Temos cá diversos clubes para permitir um intercâmbio com os A comunidade escolar teve alunos da escola. Os clubes contacto directo com várias modalidades do desporto adaptado pretendem mais atletas, sócios e apoiantes, que até podem encontrar aqui! Assim, queremos promover o desporto e incentivar os nossos colegas a praticar. É algo muito saudável.” Às duas turmas de desporto, energia não lhes faltava. Sempre de um lado para o outro, experimentavam de tudo. Os restantes estudantes mostraram-se um pouco tímidos para entrar no circuito, mas, no final, A demonstração de hip-hop foi o resultado foi uma festa! “Está a uma das actividades mais ser muito engraçado. Nunca se requisitadas pelos alunos da “António Nobre”. Primeiro passo, tinha feito nada deste género”, disse Ricardo Vaz, que se segundo passo... e tá feito! encontrava também no papel de animador. De microfone na mão, apresentava as actividades e largava piadas para descontrair (ainda mais) o ambiente. “Eu não me importo nada de estar a apresentar. Sintome bastante à vontade!” APLIQUEM-SE! Uma actividade distinta, mas a ocorrer em paralelo, dava pelo nome Break, break! O Break Dance de “Dia do Desporto Aplicado”. O esteve presente na feira de objectivo foi mostrar aos alunos actividades desportivas e sacou muitas bocas abertas à audiência algumas modalidades do desporto adaptado, permitindo-lhes também uma experiência com os vários desportos. Esta acção teve lugar no ginásio e nos campos exteriores. Boccia, goalball, basquetebol em cadeira de rodas, atletismo para cegos e voleibol sentado eram as actividades ao dispor de quem quisesse experimentar.
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apontamento FUTUROS GESTORES NA FORUM Sempre atenta às solicitações das escolas, a FORUM ESTUDANTE recebeu uma visita de um grupo de alunos da Secundária Anselmo de Andrade (Almada). A turma do curso profissional de Técnico de Gestão veio até à Baixa de Lisboa conhecer a realidade de uma empresa de comunicação. Escolheram a FORUM, e muito bem! Texto: Susana Borges | Fotos: Laura Alves
Eram 15 horas e alguém tocava à campainha. Os meninos da Secundária Anselmo de Andrade, acompanhados pela professora Gabriela Machado, da disciplina de Português, mostraram que a pontualidade, afinal, não passou de moda. Muita simpatia e vontade de saber mais, foi a impressão que deixaram no ar junto da família FORUM. O grande objectivo desta turma era conhecer o funcionamento da empresa, nomeadamente, as formas de investimento que permitem à FORUM crescer e inovar ao longo dos seus 15 anos de existência. A visita teve início na Redacção. Laura Alves, jornalista, deu-lhes a saber como é construída a revista em termos de texto, imagem, design, prazos, escolha de temas, etc. Tudo explicadinho ao pormenor. Depois, os jovens foram encaminhados para os departamentos de Publicidade e Projectos Especiais. Visto frequentarem o curso de Gestão, esta é uma área que lhes despertou especial interesse. Ficaram a perceber como a FORUM ESTUDANTE angaria clientes que “investem” no título. O departamento de Comunicação não foi esquecido. Este divulga “ao mundo” tudo o que a tua revista favorita faz, desde os conteúdos a actividades específicas no seio das escolas secundárias e Depois de uma visita às instalações da não só. FORUM, nada como ler a revista Após estas apresentações, o grupo acompanhada de um lanchinho rumou à sala de reuniões, onde os esperava um delicioso lanchinho. Entretanto, também Rogélia Candeias, directora da revista, fez um pequeno apanhado do que é gerir e estar à frente de todos estes recursos humanos e materiais. Só nos resta esperar que tenham gostado, porque nós adorámos tê-los por cá! E agora... até uma próxima oportunidade!
A Ana frequentou o 11º ano da área Científico-Natural, mas “a Físico-Química não correu bem”. Ao enveredar pelo curso de Gestão, ainda beneficiou de uma visita à FORUM!!!
A professora Gabriela e os seus alunos ouviam atentamente Rogélia Candeias, directora da FORUM, que lhes explicou a realidade da revista
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Espaço do Instituto Português da Juventude
JÁ TENS PROGRAMA PARA AS FÉRIAS?
BOAS RAZÕES PARA TE INSCREVERES Ao participar no Programa OTL podes: » Conhecer mais pessoas com os mesmos interesses e preocupações que tu; » Ser útil aos outros e também ajudar a melhorar vários aspectos da tua comunidade; » Participar em actividades de reconhecido interesse ambiental, cultural e social.
COMO ME INSCREVO? Podes participar no programa OTL se tens entre 12 e 25 anos e estás integrado no sistema de ensino regular ou no de formação profissional. Para te inscreveres só tens de visitar um dos seguintes endereços: juventude.gov.pt ou www.otl.pt. Ou então, dirige-te à delegação regional do IPJ mais próxima da área de residência. Para além da ficha de inscrição preenchida, se tens menos de 18 anos, é ainda necessário que entregues uma declaração de autorização do teu encarregado de educação. Tem em conta que o período de inscrição é diferente, consoante o tipo de projecto: até 31 de Maio, para os de longa duração, e até 15 de Junho para os de curta duração. Quando a selecção dos participantes estiver concluída, o IPJ comunica a cada um o local onde foi colocado, as actividades a desenvolver, o período de ocupação, o horário, o nome da entidade promotora do projecto e do respectivo gestor. Caso tenhas sido seleccionado(a), deves confirmar a tua disponibilidade junto da entidade que promove a acção até cinco dias antes do início. E é meio caminho andado para umas férias novas!
Se ainda não, o Programa Ocupação de Tempos Livres (OTL) é uma proposta do Instituto Português da Juventude (IPJ) que te proporciona um contacto com uma nova realidade. Nas férias de Verão tens a oportunidade de te envolveres em projectos de curta e longa duração no âmbito da cultura e património, ambiente e/ou protecção civil, apoio a idosos e/ou crianças, saúde, combate à exclusão social, entre outras áreas. Poderás ainda dar apoio em acções no âmbito do desporto, ciência, tecnologia e igualdade de género. Desta forma ocupas as férias, enquanto também fazes algo em prol da sociedade. Não hesites, inscreve-te já!
Participa! Vai a www.otl.pt ou a http://juventude.gov.pt.
Inscrições Projectos de longa duração (dois a cinco meses): até 31 de Maio Projectos de curta duração (dez dias): até 15 de Junho
E QUANDO DECORREM AS ACTIVIDADES? Os projectos assumem duas formas: longa e curta duração. Como tal, a idade de participação também varia: - Longa duração - Decorrem de 1 de Junho a 31 de Dezembro. A duração mínima é de dois meses e a máxima de cinco meses. O período diário de actividade é de três horas. Destinam-se a quem tem entre 15 e 25 anos e a escolaridade mínima obrigatória; - Curta /duração - Decorrem de 1 de Julho a 15 de Setembro, sendo que cada projecto dura, no máximo, dez dias. Destinam-se a quem tem entre 12 e 25 anos e o programa diário vai de um mínimo de três a um máximo de cinco horas. Eis o calendário dos próximos projectos de curta duração (dez dias cada), a decorrer este Verão: » De 02 a 13 de Julho » De 16 a 27 de Julho » De 30 de Julho a 10 de Agosto » De 13 a 27 de Agosto É SÓ VANTAGENS! Além da mais-valia que a participação no OTL representa por si só, ainda contas com alguns benefícios extra. Durante o tempo de duração do projecto, o IPJ paga-te uma bolsa horária de 2 euros, e também te garante um seguro de acidentes pessoais e um certificado de participação ENTIDADES PROMOTORAS DOS PROJECTOS Podem candidatar-se ao Programa OTL as seguintes entidades promotoras, para que contes com um leque diversificado de actividades: » Associações inscritas no Registo Nacional das Associações Juvenis (RNAJ); » Clubes desportivos, associações de modalidade e federações desportivas; » Organizações nacionais não governamentais; » Instituições particulares de solidariedade social, misericórdias e mutualidades; » Câmaras municipais e juntas de freguesia; » Outras entidades privadas sem fins lucrativos.
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Texto: Laura Alves Fotos: Filipe Rebelo
Da Weasel O dialecto amoroso da doninha
Ganha! Queres falar o dialecto?
Temos 6 singles do tema “Dialectos da Ternura” para oferecer aos leitores mais “daweaselmaníacos”. Só têm de nos fazer chegar um e-mail (endereço passatempo.daweasel@forum.pt; assunto: Da Weasel) com a resposta à seguinte questão: quantas faixas tem o álbum “Amor, Escárnio e Maldizer”? Os 6 leitores mais rápidos a responder correctamente recebem em casa o CD single. Por isso, é importante que, para além da resposta, nos envies a tua morada.
Esquizofrénico. Hardcore. Pesado. Mas também delicado. E inesperado. É assim o novo álbum dos Da Weasel – “Amor, Escárnio e Maldizer”. Fomos descobrir as nuances de uma banda que se reinventa a cada canção. Quem haveria de dizer que o rap pode andar de mão dada com orquestras e pianos? Para já, por estas bandas falam-se “Dialectos da Ternura”. Amor, escárnio e mal-dizer. Estes três ingredientes estão equilibrados no disco, ou há mais de um do que doutros? Pacman (P): Acaba por haver mais amor... O nome era para ser “Amor, Amizade, Escárnio e Maldizer”, por causa das cantigas de amigo, mas achámos que não fazia muito sentido. O amor vem em primeiro lugar, e acabamos por englobar o escárnio e o maldizer na mesma categoria.
Este é o vosso sexto álbum. Como é que o vêem em relação aos anteriores, em especial, em relação a “ReDefinições”? JJ: É um álbum novo, são canções novas, gostamos de acreditar que houve uma evolução. Acho que passa necessariamente por aí. Tentámos, mantendo o nosso espírito e forma de estar na música, explorar novos caminhos.
O primeiro single é “Dialectos da Ternura”. Quem é que fala este dialecto? P: Epá... toda a gente! São aqueles dialectos que as pessoas inventam... Acabaram por não aparecer muito, mas a ideia é essa. Aqueles termos carinhosos e “nicks” que os namorados têm... É como dizia o poeta: todas as cartas de amor são ridículas. São para os outros, pois para ti faz sentido.
“Re-Definições” foi um álbum que deu muito que falar. Este novo trabalho tem por isso uma grande responsabilidade: a de o superar. Quais são as vossas expectativas? JJ: A responsabilidade está em, primeiro lugar, fazeres um bom trabalho. Procuramos dar às músicas o nosso melhor, escrever e compor o melhor possível para que fiquemos contentes com o disco. Essa é a principal responsabilidade e objectivo. A partir daí, obviamente, se o álbum disser alguma coisa às pessoas, irá evoluir
E entre vocês também têm esses dialectos e nomes “carinhosos”? Jay-Jay(JJ): É mais escárnio! (risos)
naturalmente. Mas claro que depois da performance que o outro disco teve, essa será a primeira pergunta na cabeça das pessoas. O que é realmente importante a seguir ao trabalho anterior é estarmos contentes com o disco. E estão contentes com este disco? Coro: Nãããã... (risos) Contam com muitas colaborações. Qual é a mais-valia de trabalharem com pessoas que vão desde Bernardo Sassetti e José Luís Peixoto aos Gato Fedorento? JJ: Estas colaborações não estão aqui por acaso. Ou seja, não pensámos primeiro nas colaborações e depois nos temas. Quando as canções estavam criadas sentimos que havia pessoas que podiam dar o seu contributo e ajudar o tema a crescer. Procurámos que trouxessem o que a música precisava. Faltava-lhes um bocadinho assim (risos...) Se é isso que falta para a música crescer, ser
adocicada ao ponto que pretendes, aí faz sentido. E com isto os Da Weasel perdem um pouco a identidade ou evoluem para outros campos? JJ: Os temas são Da Weasel, somos nós a tocar. Pedimos a pessoas que admiramos bastante para darem o seu contributo a algo que é nosso. Não se perde nada. P: Pelo contrário, ganha-se. Descobrimos coisas que, se calhar, não sabíamos ter dentro de nós. Quais são para vocês os temas fortes do álbum – para além do single “Dialectos da Ternura – e porquê? Coro: É o álbum todo... (risos) JJ: Acho que esta é a única vez em que cada um de nós prefere um tema diferente. Nunca nos tinha acontecido... Normalmente coincidíamos sempre num tema ou noutro. Quaresma: O disco está construído de uma forma em que consegues ouvir do
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TOPLESS : 23 princípio ao fim e parecer-te só um tema. P: Pela temática sim, mas não pela forma. Há contraste entre as várias músicas. JJ: O próprio alinhamento do álbum começa pelo amor, passa pelo escárnio e acaba no maldizer. Por isso, era inevitável que estivessem ligados. Agora, quanto à forma, acaba até por ser um bocado esquizofrénico. Há cenas muito pesadas, mas depois, também o Sassetti ao piano. Qual acham que vai ser a reacção a estes contrastes? JJ: É um álbum que vem na linha de tudo o que fizemos. Navegámos sempre por ambientes muito diferentes e heterogéneos. Nesse sentido, é mais do mesmo. Mas tentamos ir mais além, ainda que os ambientes sejam os mesmos. Nas jams, nas desbundas, procuramos explorar de forma livre desde o hardcore até ao dub, o reggae, etc.
primeiro passo, acho definitivamente que é mais fácil do que há 15 anos atrás. Quais vão ser os vosso planos em termos de concertos para os próximos meses? JJ: Vamos estar em dois festivais, o Creamfields, em Maio, em que somos cabeça de cartaz com os Prodigy, e o Alive, em Junho, com os Beastie Boys. E teremos dois concertos em Lisboa – provavelmente, os dois únicos que haverá em Lisboa este ano – com dois alinhamentos diferentes.
DIALECTOS DA TERNURA “Yoo Ela diz que me adora quando a noite vai a meio Eu sinto-me melhor pessoa Menos fraco, feio Passa o dedo na rasta, com a mão bem suave Encosta o lábio no ouvido e diz-me “Queres que a lave?” Vamos para o chuveiro, ela flui e com a água, Lava-me a cabeça, a alma e qualquer resto de mágoa Diz como é o amor e dá um certo calor na barriga E consegue, quero sempre, sempre Aquele nigga que lhe mete a rir rir Quando eu lhe faço vir Da terra até à lua mano, é sempre a subir e somos grandes, gigantes com dez metros de altura Falamos vinte línguas Dialectos da Ternura, Tipo... [Refrão:] Uh, uh! Yeah, yeah! Faz, faz! bebé (2x) Água morna em pele quente, cor aberta não perfura Minha alma já ‘tá nua, faço-lhe uma jura, Jura para sempre teu, Depois da noite volvida Um segundo ao teu lado já preenche uma vida O conceito de tempo não entra Na sensação Aquilo que vivemos esta gravado no coração Segura Na minha mão e continua a canção É a melhor que já ouvi, reinventas-te a paixão E ela diz que me adora quando o dia vai a meio O copo passa de meio vazio para meio cheio A palavra ganha vida e fala à minha frente Sigo calmo atrás dela, deixo crescer a semente E Diz-me
Hoje em dia, quando planeiam um novo álbum, pensam-no para que tipo de público? P: Para nós. Eventualmente, quando as coisas estão feitas, até podemos pensar que talvez corra melhor para um lado ou para outro, mas a primeira cena tem de ser para nós. Temos consciência do nosso público, sabemos que gostam mais de um certo feelling, mas a cena principal é
“Temos consciência do nosso público, sabemos que gostam mais de um certo feelling, mas a cena principal é fazeres aquilo que gostas e sentes, não estares a pensar a quem é que vais chegar.” Pacman fazeres aquilo que gostas e sentes, não estares a pensar a quem é que vais chegar. Não há fórmulas para nada, são cenas directas, e contamos que gostem do que nós somos e do que fazemos. Os Da Weasel já andam por cá há uns anos... Dada a vossa experiência e conhecimento da realidade actual, hoje é mais fácil ou mais difícil uma banda lançar um disco e ter sucesso? P: É diferente. Por um lado podes gravar coisas em casa, há material que te permite obter uma certa qualidade, há a MTV, a Internet, tens uma maior abertura das rádios. Por outro lado, também estamos numa altura em que as músicas mudam muito rapidamente, é tudo muito volátil, as bandas são muito descartáveis. É um bocado ambíguo. Agora, para dar o
[Refrão:] Uh, uh! Yeah, yeah! Faz, faz! bebé (4x) Yeah Yeah Em cada beijo, há uma frase, em cada frase há um verso
Gatos Nigga in the house!
Ah pois é! Os Gato Fedorento também gostam de amor, escárnio e maldizer – quem diria, hum? A prova é que são os protagonistas do tema “Ó Nigga, Tu És Nigga, Nigga?”, onde fazem algumas reflexões elaboradas sobre a importância de ser nigga. E diz que é espectacular...
Em cada verso há um lado do lado inverso Uma história que ensombra a memoria Da leveza irrisória de uma conquista notória Faço V de vitória, porque hoje eu sou rei Ao lado da rainha com que sempre sempre sonhei Foi por isto que esperei em cada noite que amei Ou pensei que amei, porque é agora que eu sei A razão da palavra consagrada Que tanta gente dá á toa, em troca de quase nada Ela não ‘ta espantada, pelo contrário relaxada Revê-se na expressão da expressão enamorada E diz-me... [Refrão:] Uh, uh! Yeah, yeah! Faz, faz! bebé (4x)”
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Texto: Laura Alves Fotos: Ricardo Bento
FOSTE TU
QUE PEDISTE... FORMAÇÃO PROFISSIONAL?
A formação profissional anda na boca de toda a gente. E não é para menos, pois esta é uma via que permite percursos adaptados aos objectivos de cada jovem. Ao mesmo tempo, abre mais rapidamente a porta de entrada no mercado de trabalho, com a vantagem da qualificação. Desde cursos profissionais à Educação e Formação e especialização tecnológica, a oferta é vasta. Sondámos três escolas onde as vias profissionalizantes procuram dar resposta a algumas realidades. E descobrimos que há problemas, mas que, quando existe vontade, também se encontram soluções. Vem daí descobrir estes caminhos alternativos.
CENTROS DE NOVAS OPORTUNIDADES
Se tens mais de 18 anos, já trabalhas, mas falta-te um diploma... Que tal veres a tua experiência profissional convertida em qualificação? Por todo o país existem Centros de Novas Oportunidades – actualmente são cerca de 270, mas o objectivo é chegar aos 500 – onde podes obter um certificado de habilitações do 4º, 6º, 9º ou 12º ano. Estes centros podem funcionar em escolas secundárias, nos centros de formação do Instituto de Emprego e Formação Profissional, em algumas empresas e estruturas ligadas aos ministérios. Ao te inscreveres num centro, tem início um processo que inclui uma entrevista individual e também sessões colectivas, para que as competências que já possuis sejam avaliadas, reconhecidas e registadas na Carteira de CompetênciasChave. Serás depois avaliado(a) nas áreas de Linguagem e Comunicação, Matemática para a Vida, Tecnologias da Informação e Comunicação e Cidadania e Empregabilidade. Eventualmente, terás de fazer formação complementar antes de te ser atribuído um certificado escolar.
APOSTA NA QUALIFICAÇÃO Os objectivos das Novas Oportunidades, uma iniciativa de que tanto se tem falado nos últimos tempos, vão no sentido de aumentar as qualificações quer dos jovens, quer dos adultos. Assim, a pensar no teu futuro, o Governo pretende que o 12º ano seja o patamar mínimo de qualificação. Tendo em conta o actual nível de habilitações dos portugueses, que não é lá muito famoso, e o nível de abandono escolar e saída precoce, como deves imaginar, é um objectivo ambicioso. Mas não é o único. Outra proposta é conseguir que, até 2010, 50 por cento dos jovens que frequentam o ensino secundário o façam em cursos das vias tecnológicas e profissionalizantes. O que representa mais ou menos 650 mil jovens. Mas no que respeita aos adultos, também há novidades: se tens mais de 18 anos e já trabalhas, mas não concluíste nem o secundário nem um curso profissionalizante, podes recorrer ao Sistema de Reconhecimento e Validação de Competências e aos cursos de Educação e Formação de Adultos. José Luís Presa, presidente da Associação Nacional das Escolas Profissionais (ANESPO), vê com bons olhos as
medidas governamentais para elevar a formação profissional. Considera, no entanto, que a aposta vem “com muitos anos de atraso”, numa tentativa de ultrapassar problemas como o insucesso, o abandono escolar e a “subqualificação da população portuguesa”. “De qualquer modo é importante sublinhar que a Iniciativa Novas Oportunidades aponta objectivos muito ousados, tanto no que concerne à formação profissional inicial com uma meta desejável, mas bastante difícil de alcançar em tão pouco tempo”. Referese, em concreto, aos objectivos que estão traçados
De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), em Portugal compensa ter qualificação: uma pessoa com o ensino secundário completo ganha, em média, mais 60 por cento do que alguém que não tenha esse nível de escolaridade. Fonte: ME para 2010. “Para se ter uma ideia do muito que há a fazer bastará dizer que, em termos de formação profissional inicial, as escolas profissionais privadas, enquanto referencial deste tipo de formação, são responsáveis por pouco mais de 10 por cento dos alunos do ensino secundário.”
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SABERES : 25 A média de pessoas que, entre os 25 e 64 anos, nos países da OCDE, completou o ensino secundário, é de 70 por cento. Em Portugal a média é de 20 por cento. Fonte: ME teme qualquer concorrência.” Receia, porém, que a necessidade de atingir os objectivos previsto crie alguma distorção das regras e “conduza a uma manifesta falta de qualidade e à desvalorização futura desta oferta pelo tecido económico e social”. Por isso, considera importante a existência de “verdadeiros Serviços de Orientação Escolar e Profissional” desde o Ensino Básico, algo que ainda é incipiente. E será a nova oferta das escolas secundárias uma ameaça para as escolas profissionais? Irão elas perder alunos? “Se atendermos ao enorme esforço de qualificação dos jovens e adultos que é preciso empreender num horizonte temporal tão escasso, direi que todos seremos poucos para atingirmos os objectivos traçados pelo Governo”, afirma José Luís Presa, assegurando que “a ANESPO, enquanto associação que representa as escolas profissionais não
Mais escolaridade, menos desemprego: no ano passado, a taxa de desemprego para quem concluiu o ensino básico foi de 7,7 por cento. Para quem possui uma habilitação superior foi de 6,3 por cento. Fonte: ME
ALUNOS MATRICULADOS NOS CURSOS PROFISSIONAIS DE NÍVEL 3, POR ÁREA DE ESTUDO Área 2004/2005 2005/2006 Formação de Professores/ Formadores e Ciências da Educação 22 0 Artes 4.556 4.196 Humanidades 76 124 Ciências Sociais e do Comportamento 50 0 Informação e Jornalismo 263 295 Ciências Empresariais 7.163 7.044 Direito 501 355 Ciências da Vida 0 24 Ciências Físicas 199 185 Matemática e Estatística 0 0 Informática 4.824 5.067 Engenharias e Técnicas Afins 4.076 4.447 Indústrias Transformadoras 477 675 Arquitectura e Construção 1.615 1.510 Agricultura, Silvicultura e Pescas 1.304 1.127 Saúde 237 283 Serviços Sociais 2.778 2.932 Serviços Pessoais 3.911 4.123 Serviços de Transporte 108 112 Protecção e Ambiente 258 234 Serviços de Segurança 473 608 Desconhecido ou Não Especificado 240 2.596 Total 33.131 35.937 Fonte: INE – Estatísticas da Educação 2004/2005 e GIASE - Recenseamento Escolar 2005/2006
A reter: Em 2004/2005 estavam matriculados nos cursos profissionais 33.131 jovens, repartidos entre escolas profissionais (29.850 alunos) e escolas secundárias (3.281 alunos). Em 2005/2006, o número de jovens nas vias profissionalizantes ascendeu aos 39.221 jovens, sendo que 32.433 frequentavam escolas privadas e 6.788 estudavam em escolas públicas. Deste total, 35.937 frequentavam cursos profissionais de nível 3, enquanto 3.284 estavam no ensino qualificante – cursos de Educação e Formação. Na distribuição por áreas de formação nos cursos profissionais de nível 3, de um ano para o outro, nota-se um aumento significativo sobretudo nas áreas de Informática, Serviços Sociais e Serviços Pessoais
“Muitos pais continuam a preferir que os seus filhos tirem cursos superiores, sem quaisquer hipóteses de saídas profissionais”, afirma Roberto Carneiro, professor da Universidade Católica Portuguesa Apesar da evolução nos últimos anos, no que respeita às qualificações dos portugueses, há ainda metas ambiciosas por atingir. O abandono escolar e a saída precoce são grandes obstáculos. Como é que se combate esta “fuga” dos jovens? A “fuga” dos jovens portugueses à escolaridade secundária deve ser combatida em dois planos: actuando sobre a procura – isto é, motivando e apoiando os jovens e as famílias a elaborarem projectos de vida ambiciosos onde mais educação seja um factor decisivo de desenvolvimento; e melhorando as condições da oferta – seja no plano da atractividade das vias, designadamente vias profissionais, seja no da melhoria da eficiência de resultados para os jovens inscritos no ensino secundário. As vias profissionalizantes são uma forma de recuperar muitos jovens que não encontram resposta nas via regular. No entanto, para muitas famílias/pais, estes percursos são vistos com desconfiança. Como se inverte esta realidade? A inversão destas representações e percepções sociais é um fenómeno eminentemente cultural. Muitos pais continuam a preferir que os seus filhos tirem cursos superiores, sem quaisquer hipóteses de saídas profissionais, à frequência de cursos intermédios de natureza profissionalizante e com rápida inserção no mercado de trabalho. É um erro. Torna-se necessário desencadear mecanismos de informação decisivos sobre as oportunidades de emprego em Portugal, agora e nos próximos anos, e apostar na formação parental, que é decisiva para aperfeiçoar o enquadramento familiar da educação e as “lógicas” de escolha de vias. Também a orientação escolar e profissional dos jovens para carreiras mais próximas dos seus interesses e aptidões deve ser incrementada. Pretende-se que em 2010 tenhamos 50 por cento dos jovens a frequentar o ensino secundário nas vias tecnológicas e profissionalizantes. No seu entender, este é um objectivo fácil ou difícil de concretizar? É um objectivo difícil, mas não impossível, embora signifique, praticamente, duplicar a percentagem de alunos no ensino profissional. Felizmente, o Ministério da Educação decidiu reconhecer a experiência muito positiva das escolas profissionais e, em conformidade, procurar transplantá-la para o seio das escolas secundárias públicas em substituição das vias tecnológicas. Veremos se o ensino público tem a capacidade e flexibilidade suficientes para reproduzir a dinâmica das escolas profissionais de natureza privada. Teria sido preferível, a meu ver, subsidiar a procura, para que ela pudesse escolher livremente entre ensino profissional público ou privado, ao invés de persistir no investimento exclusivamente público, cuja rentabilidade tem sido claramente inferior ao do ensino de iniciativa social e privada. Admitindo que, até 2010, conseguimos qualificar com o 12º ano a maior parte dos jovens, acha que teremos jovens qualificados com qualidade? A questão da qualidade é de realização mais complexa do que a da quantidade. Em última análise, só o mercado de empregadores terá condições para discernir entre as ofertas de diplomados segundo patamares de qualidade. As iniciativas recentemente tomadas pela associação Empresários para a Inclusão Social (EIS), reunida em torno do apelo do Presidente da República, é um sinal positivo do empenhamento deste importante segmento da sociedade civil e empresarial para actuar como “regulador” da qualidade das ofertas de ensino profissional e geral.
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PERCURSO DE RECURSO?
FUTUROS ELECTRICISTAS Na perspectiva de Pedro Rodrigues, professor há muitos anos na Secundária Marquês de Pombal na área da electricidade e electrónica, a escola está equipada para oferecer formações profissionalizantes com qualidade. “Apesar de não termos cá o topo de gama das novas tecnologias, possuímos a parte básica da electricidade”. E não tem dúvidas quanto à receptividade do mercado de trabalho em relação aos muitos dos seus alunos. “As informações das empresas onde vão estagiar têm sido positivas, e alguns ficam logo a trabalhar. No ano passado dois deles fizeram estágio em França.”
Em Santo António da Charneca (Barreiro), os cursos profissionalizantes são uma alternativa que a secundária oferece desde 1999. Docente nesta escola há 22 anos, o professor Castro Freitas é o coordenador dos cursos profissionais, bem como da nova oferta no âmbito da Educação e Formação. Apesar dos esforços que tem feito para que estas vias sejam encaradas como uma opção de formação, o professor crê que, normalmente, os alunos atingidos são aqueles que acumulam insucesso na via regular. “Este é um percurso de recurso”, admite. “Quando se fala de Educação e Formação no Ensino Básico, é para alunos que já têm uma determinada idade e algumas repetências. Quanto a mim, deveria ser uma primeira opção e é nisso que tenho tentado apostar”. Na Secundária de Camarate, a Educação-Formação funciona desde 2003/2004, com os cursos de Instalação e Manutenção de Microcomputadores e Acompanhantes de Crianças. De acordo com a presidente do Conselho Executivo (CE), Rossitza Alves, a experiência tem-se revelado bastante útil, uma vez que permite recuperar alguns alunos. “Há meninos que têm mais aptidão para coisas mais práticas. Para estes alunos e, principalmente, para aqueles que se desmotivaram, por uma ou outra razão, como estes cursos têm uma componente prática mais forte, a adaptação é mais fácil. E como são menos alunos por turma, os professores conseguem dar mais apoio”, salienta. Desta forma, evita-se que muitos alunos deixem a escola antes de obter uma qualificação. Ainda que, alerta Rossitza Alves, a redução do abandono escolar não se deva, exclusivamente, à existência de cursos de Educação e Formação. “Há vários estudos que indicam que, quando aumenta o desemprego, o abandono escolar normalmente decresce. Como tal, não podemos dizer com muita segurança que é a principal razão, mas que diminuiu, diminuiu!” Noutra escola, a “Marquês de Pombal”, em Lisboa, as formações de cariz profissional tomaram conta do terreno. De facto, desde há alguns anos que esta secundária, confrontada com a queda demográfica e a crescente perda de alunos, decidiu apostar em formações voltadas para o mercado de trabalho. Hoje, a escola oferece cursos profissionais, de especialização tecnológica e de Educação
“Da realidade que conheço e dos estudos que abundam sobre este assunto, conclui-se que os empresários só não admitem mais quadros intermédios saídos das escolas profissionais porque eles não existem”, afirma José Luís Presa, presidente da ANESPO.
HUGO NUNES, 20 ANOS “Andava na EB 2/3 Almeida Garrett, em Alfragide. Acabei lá o 9º ano, fiz os JOÃO MATOS, 18 ANOS psicotécnicos e vim para cá. Antes estive no “Acabei o 9º ano e os testes psicotécnicos indicaram uma área mais tecnológica. Acabei 10º ano, no curso tecnológico de Electrónica. Depois comecei a ver que por ir para Mecânica Auto na escola onde gostava mais de Electricidade. Acho que estava, a Secundária Mães D’Água, na Amadora. Mas acabaram com o curso e como com um diploma conseguimos arranjar emprego mais facilmente. Estamos numa não tinha equivalência para entrar para o 2º área mais técnica.” ano de Mecânica Industrial, vim para este curso. Comecei a interessar-me e continuei. JOÃO FREIRE, 20 ANOS Acho que vai ser fácil encontrar emprego, é “Andava na Secundária de Alvide, procurei uma área que não está saturada como outras escolas perto da minha zona e só outras. Há bastante procura.” nesta e na de Alvide é que havia o curso. Estive no 11º ano do curso tecnológico de TIAGO FERNANDES, 18 ANOS “Frequentei a ‘Aquilino Ribeiro’, em Porto Salvo. Electrotecnia e Electrónica, mas reprovei, e Acabei o 9º ano e vim fazer outro tipo de curso uma professora de Matemática falou-me nestes cursos. Vim para cá também para sem ser do ensino regular. Lá, a psicóloga acabar disciplinas que tinha do 10º. Estou a informou-me deste curso na ‘Marquês de Pombal’. Comecei-me a interessar e gostei. Fui gostar desta nova experiência. Neste curso há mais componente prática, acho que no descobrindo. Vim para aqui para explorar. Eu tecnológico não ficávamos tão bem não era nem bom nem mau aluno. Mas aqui preparados. Já desde o 9º ano que queria consigo ter melhores notas às disciplinas esta área. Está em desenvolvimento e tem práticas. O pior são as disciplinas teóricas: muita procura, até mesmo para Português, Inglês... Penso que será mais fácil encontrar emprego tendo um diploma na mão.” telecomunicações.”
e Formação. Os jovens que aqui estudam, diz Carlos Paula, presidente do CE, têm razões e contextos muito diferentes entre si. O êxito dos cursos de Educação e Formação, acredita, passa pela intenção das escolas secundárias não quererem perder alunos, pelo que tentam mantê-los no sistema de ensino por outras vias. “Uns vêm directamente, porque têm interesse na formação”, explica. Mas “na maior parte dos casos estou convencido que é através dos Serviço de Psicologia e Orientação de outras escolas que não têm estes cursos.” E CONDIÇÕES, HÁ CONDIÇÕES? “Um professor é professor aqui mas, se calhar, não sabe trabalhar tão bem como um profissional que pratica todos os dias”, admite Rossitza Alves, da Secundária de Camarate. Por isso, considera importante que as escolas possam contratar profissionais habilitados para dar formação mais prática, uma medida já prevista pelo Governo. Porém, há que pensar também nas infra-estruturas, neste caso, no âmbito da informática. “Quando fazemos o orçamento já dão uma boa parte para equipar os laboratórios. No ano passado a escola recebeu software e equipamento completo.” No caso da “Marquês de Pombal”, o presidente do CE afirma que as condições para facultar cursos profissionais dependerá da área de formação. “Tudo o que é serviços, em princípio, as escolas estão preparadas. No que diz respeito à área de informática, se falarmos em informática de gestão, em reparação de computadores, gestão de equipamentos informáticos e redes, é preciso um investimento um bocadinho maior, mas nada de insuperável.” Já no que se refere a cursos mais tecnológicos, assegura que será necessário algum esforço e financiamento. Ou então, criar parcerias com outras entidades. “Os jovens têm formação em contexto de trabalho e, eventualmente, poderão aceder a alguns equipamentos que não estejam a ser utilizados.” Esta questão é visto doutro modo por José Luís Presa, da ANESPO, para quem as escolas secundárias não estão preparadas para estas novas formas de educar. “A sua visão, estratégia, missão e cultura são outras. Fazer formação profissional implica mudanças de mentalidades, de modelos de gestão e de
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28 : SABERES postura face ao tecido económico e social, e estas mudanças não acontecem de um dia para o outro, não se resolvem por decreto”. E explica porquê: “as metodologias são distintas. As necessidades de instalações e equipamentos adequados não se conseguem superar de um dia para o outro”. ‘TOU SIM, O MERCADO DE TRABALHO ESTÁ? Em termos de empregabilidade, a Secundária Marquês de Pombal tem sentido maior dificuldade em colocar os alunos que saem com o 9º ano, em especial, na área de informática. “As empresas querem um nível de qualificações superior”, explica Carlos Paula. “Por exemplo, em Electricista de Instalações há uma grande procura. Não tem havido grande dificuldade com nenhum curso, talvez em Construção Civil comece a haver alguns problemas, o que tem a ver com a conjuntura. A nível de Mecânica-Auto não temos dificuldades...” No entanto, admite que a preferência dos empregadores vai para os jovens habilitados com o nível 3, ou seja, o 12º ano. Noutro prisma, há formações para as quais até existiria procura por parte do mercado, mas que a escola decidiu terminar, por falta de adesão dos alunos. É o caso dos cursos profissionais de Frio e Climatização e de Energias Renováveis. “Tivemos, no início do ano, uma empresa a perguntar-nos se tínhamos jovens para fazer estágio...” De futuro, a “Marquês de Pombal” quer oferecer mais cursos, em áreas estratégicas. Na escola existe uma equipa, aliada ao SPO, cuja função é sondar os empregadores e avaliar as necessidades que estes têm de estagiários e de profissionais. A ideia é, desta forma, ir acompanhando as tendências do mercado. “Contactamos com as empresas, associações empresariais e comerciais, no sentido de perceber qual é a colaboração
que elas estão disponíveis para dar à escola.” No caso de Santo António da Charneca, a empregabilidade é algo que preocupa o professor Castro Freitas, em especial, nas áreas de Banca e Seguros e de Vitrinismo. O primeiro curso foi aberto recentemente, sendo apontado pelo Ministério da Educação como uma boa aposta. De início a ideia parecia boa, porém, hoje o professor mostra-se reticente. “Nesta região vemos que há, potencialmente, um mercado. Pode é não haver tradição de empregar pessoas que fazem cursos deste tipo, mas sim com formação superior.” Como ainda faltam dois anos para os jovens deste curso terminarem a formação, espera que até lá sejam tomadas algumas medidas. No caso de Vitrinismo, as dificuldades prendem-se com o facto de não haver, de forma global, tradição na actividade. “Não há estruturas empresariais viradas para essa área”, esclarece Castro Freitas, apontando as soluções que a secundária está a preparar para evitar que os alunos se vejam a braços com o desemprego. “Vamos tentar, a partir da constituição de um centro de estágios, avançar com a criação de uma empresa.” Quanto à integração dos jovens que saem da Secundária de Camarate com o diploma do 9º ano da Educação e Formação, Rossitza Alves diz-nos que a maioria é convidada a permanecer nas empresas onde desenvolveu estágio. No entanto, “outros não aceitam ficar porque se entusiasmam com os estudos e inscrevem-se no ensino secundário”, com o objectivo de concluir o 12º ano. Os empregadores da zona, afirma a professora, mostram-se receptivos em contratar estes jovens, que terminam o curso com a capacidade de trabalhar com ferramentas e sistemas informáticos. “As empresas, em vez de terem lá uma pessoa que nunca viu um computador, preferem ter os nossos alunos. E, sem qualquer dúvida, que esta é uma boa saída!”
Ready, CET, go! A reorganização dos cursos de especialização tecnológica (CET) é uma das apostas do Governo no âmbito das Novas Oportunidades. Se não percebes lá muito bem o que são estes cursos, nós explicamos. Os CET são formações profissionais pós secundárias que conferem uma qualificação de nível 4. Ou seja, é mais do que o 12º ano, mas não se trata de uma formação superior. É sim, uma formação técnica de alto nível, que inclui já alguns conhecimentos e capacidades de nível superior. Os CET podem ser ministrados em estabelecimentos de ensino públicos ou privados, como escolas secundárias ou profissionais; instituições de ensino superior públicas ou privadas; centros de formação profissional do Instituto do Emprego e Formação Profissional; escolas tecnológicas; e outras instituições de formação acreditadas pelo Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social. Para tal, são estabelecidas parcerias entre instituições de ensino e empresas, de forma a cumprir o grande objectivo destas formações: uma inserção mais fácil no mercado de trabalho.
igualmente inscrever-te se concluíste todas as disciplinas do 10º e 11º ano e frequentaste o 12º ano, mas não terminaste, ou ainda, se já possuis um diploma de especialização tecnológica ou um diploma do ensino superior, mas pretendes uma requalificação profissional.
POSSO CANDIDATAR-ME A UM CET? Sim, desde que tenhas completado um curso do ensino secundário ou com uma habilitação equivalente ao 12º ano, ou possuas uma qualificação profissional de nível 3. Podes
ONDE POSSO SABER QUE CET EXISTEM? Para saber que CET têm já autorização para funcionar, consulta a lista em www.dges.mctes.pt/DGES/Destaques/CET+e ntrada.htm.
FICO COM UM DIPLOMA? Com a conclusão de um CET é-te atribuído um diploma de especialização tecnológica, que te dá acesso a um certificado de aptidão profissional emitido no âmbito do Sistema Nacional de Certificação Profissional. E SE QUISER PROSSEGUIR ESTUDOS NO ENSINO SUPERIOR? Se tens um diploma de especialização tecnológica podes concorrer ao ensino superior através de um concurso especial. Cabe a cada instituição de ensino superior definir, para cada um dos cursos que ministra, quais os CET que lhes dão acesso. E, se fores admitido(a), a formação que fizeste no CET dá-te direito a créditos no âmbito do curso superior em que entraste.
O que diz o Governo... Para o Secretário de Estado do Emprego e da Formação Profissional, Fernando Medina, a meta dos 50 por cento de jovens a frequentar o ensino profissional é “um desafio exigente”. Mas está convicto da sua concretização, “uma vez que em 2006 foi ultrapassada a meta intermédia definida para esse ano, com o número de vagas em vias profissionalizantes a aumentar em mais de 15 mil, abrangendo-se assim cerca de 120 mil jovens em ofertas de dupla certificação.” E quanto à qualidade da formação? Fernando Medina acredita que, ao acelerar o ritmo da qualificação e elevando o patamar mínimo para o ensino secundário, a qualidade irá também aumentar. “A aposta no desenvolvimento de uma oferta de formação mais transparente e que responda de forma mais eficaz às necessidades das pessoas e do tecido económico”, a par da “melhoria da qualificação dos formadores e a promoção de uma efectiva avaliação dos resultados”, são passos fundamentais para aí chegar. Quanto à preparação das escola secundárias para facultar este género de formação, o Secretário de “Não poderemos Estado assume que as condições persistir numa visão existentes são restrita da formação muito diversas. profissional, como uma “Depende de mera especialização múltiplos factores, que para o exercício de actividades vão desde as profissionais, por vezes muito características específicas e que hoje tendem do seu pessoal a estar em permanente docente, às instalações e transformação.” equipamentos Fernando Medina, Secretário de Estado do Emprego e de que da Formação Profissional dispõem, passando pelas áreas em que as mesmas podem e devem especializar-se”. Ainda assim acredita que, com um corpo de professores preparado, a resposta ao desafio lançado será positiva. Isto, claro, tendo sempre em vista uma aposta na formação contínua e melhorias nos equipamentos e infraestruturas. A este propósito relembra a recente proposta do Ministério da Educação, o Programa de Modernização das Escolas Secundárias, que pretende requalificar mais de 300 escolas até 2016. LIGAÇÃO À REALIDADE Uma das ideias subjacentes à formação profissional é que ela exista em articulação com as necessidades uma dada região. Ou seja, os cursos criados deverão preparar profissionais que, ao terminar a formação, encontrem facilmente uma resposta do mercado de trabalho. Mas será que a formação existente hoje vai de encontro a esse objectivo? Para Fernando Medina, o facto de vivermos “num mundo globalizado e cujo ritmo de mudança é particularmente acelerado”, faz com que haja uma permanente necessidade “de adequação ou ajustamento da formação”. Formações que não acompanham a evolução dos sectores profissionais ou excesso de pessoas formadas numa dada área, são alguns dos problemas, refere. “Considero, porém, que não poderemos persistir numa visão restrita da formação profissional, como uma mera especialização para o exercício de actividades profissionais, por vezes muito específicas e que hoje tendem a estar em permanente transformação”. Desta forma, crê que o desenvolvimento contínuo de competências e a aprendizagem ao longo da vida são os caminhos a seguir. ARGUMENTOS DE PESO O que é certo é que ainda há quem ignore as vantagens de possuir uma maior qualificação. De acordo com Secretário de Estado do Emprego e Formação Profissional, “Portugal é um dos países em que o prémio salarial em resultado do investimento em educação e formação é maior, inclusive ao nível do ensino secundário”. Além de que “o investimento na qualificação diminui significativamente o risco de desemprego”, salienta. Na sua perspectiva, são três os argumentos que podem levar um jovem a escolher um percurso profissionalizante, “evitando a sua saída precoce do sistema de educação e formação”: uma melhor remuneração, condições de trabalho e de progressão profissional associadas a uma maior qualificação; a maior facilidade em encontrar um emprego, ou diminuição do desemprego de longa duração; e as mudanças que se estão a operar no mercado de trabalho, com a criação de emprego para pessoas qualificadas, em que será mais difícil a adaptação de alguém sem qualificações.
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FORMAÇÕES À TUA MEDIDA Neste quadro apresentamos-te as opções de formação profissional que existem, para que possas escolher a modalidade que mais se adapta ao teu perfil e objectivos para o futuro. DESTINATÁRIOS
HABILITAÇÕES DE ACESSO
Curso de Especialização Tecnológica (CET) Jovens candidatos ao 1º 12º ano de escolaridade e nível emprego ou com o 12º ano 3 de formação profissional na de escolaridade que mesma área de formação ou pretendam prosseguir os numa afim seus estudos/ formação fora 12º ano de escolaridade e nível do ensino superior 3 de formação profissional, mas noutra área de formação
12º ano de escolaridade (via geral)
Cursos de Aprendizagem Candidatos ao 1º emprego, 1º ciclo do ensino básico preferencialmente com idade entre os 15 e os 25 anos, 2º ciclo do ensino básico com níveis de escolaridade compreendidos entre o 1º 3º ciclo do ensino básico ciclo e o 12º ano de escolaridade
12º ano de escolaridade
Educação e Formação Destinam-se a jovens entre os 15 e os 25 anos, que já abandonaram ou estão em risco de abandonar os estudos; a candidatos ao 1º emprego ou novo emprego; a jovens com o 12º ano de escolaridade que desejam qualificar-se profissionalmente para o ingresso no mercado de trabalho.
Cursos Profissionais Jovens que ambicionam por uma qualificação profissional, mas que não colocam de parte a possibilidade de seguir para o ensino superior
DURAÇÃO (HORAS)
CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL
COMPONENTES DE FORMAÇÃO
LOCAIS DE FORMAÇÃO
Sem progressão escolar. Porém, pode creditar essa formação por meio de protocolos acordados com algumas instituições do Ensino Superior
Os cursos integram as componentes de formação » Existem em Sóciocultural, Científico-Tecnológica e em Contexto de escolas tuteladas Trabalho: pelo Ministério da » Através da Formação Sócio-Cultural o formando Economia e desenvolve atitudes e comportamentos adequados ao Inovação; em mundo do trabalho e da empresa; escolas com » Com a Formação Científico-Tecnológica o candidato ensino apreende as tecnologias próprias de cada área de secundário; formação, bem como a compreensão das actividades » em escolas práticas e a resolução de problemas inerentes da área; profissionais; » Na Formação em Contexto de Trabalho coloca em » estabelecimentos prática os conhecimentos adquiridos durante a com ensino formação, numa empresa. superior e noutras entidades formativas acreditadas
Nível 1
2º ciclo do ensino básico
Nível 2
3º ciclo do ensino básico
Ministrados em centros do IEFP e entidades creditadas
Nível 2
Sem progressão escolar. Porém, pode capitalizar créditos para continuação em percursos de nível 3 e o 12º ano de escolaridade 12º ano de escolaridade
Estes cursos integram as componentes de formação Sócio-Cultural, Científico-Tecnológica e Prática: » A Formação Sóciocultural cria as competências e e as atitudes profissionais e sociais correctas; » A Formação Científico-Tecnológica capacita o formando nas técnicas e tecnologias necessárias para uma boa prestação no mundo laboral; » A Formação Prática sucede em contexto de trabalho, com o objectivo de colocar em prática os conhecimentos que adquiriu ao longo da formação.
Tipo 1, 2 e 3: » Sóciocultural - Línguas, Cultura e Comunicação; Cidadania e Sociedade » Científica - Ciências Aplicadas » Tecnológica - Tecnologias Específicas (opta pelas diversas Unidades do Itinerário de Qualificação) » Prática - Estágio em Contexto de Trabalho (210 Horas)
Ministrados em centros do IEFP e entidades devidamente creditadas, como escolas secundárias
Nível IV (Os formandos sem o nível III de formação profissional poderão obter esse nível através de uma 300 a 850 horas prévias formação prévia definida, mais a duração prevista com pelo menos 240 (1200 a 1560 horas) se o horas de formação em candidato vier da mesma contexto de trabalho) área de formação ou de uma afim 1000 a 1200 horas prévias mais a duração prevista (1200 a 1560) caso o candidato possua o nível III de formação profissional na mesma área de formação ou numa afim 1200 a 1560 horas
Cursos de orientação: 970 a 1020 horas Aprendizagem nível 2: 3000 a 3600 horas Aprendizagem nível 2: 1500 a 1800 horas
EQUIVALÊNCIA ESCOLAR
Nível 3 Aprendizagem nível 3: 4000 a 4500 horas Formação pós-secundária: Nível 3 1500 a 1800 horas Nível 4 Especialização Tecnológica: 1200 a 1560 horas (para candidatos com nível III de qualificação)
Sem progressão escolar. Sem progressão escolar. Porém, pode creditar essa formação por meio de protocolos acordados com algumas instituições do Ensino Superior
Tipo 1 - Inferiores ao 6º ano de escolaridade Tipo 2 - Com o 6º, 7º ou frequência do 8º ano de escolaridade Tipo 3 - Com o 8º ano ou frequência, sem aprovação, do 9º ano de escolaridade Tipo 4 - Titulares do 9º ano de escolaridade ou com frequência do nível secundário com uma ou mais retenções Curso de Formação Complementar - Titulares de um curso de tipo 2 ou 3 ou de um curso de qualificação inicial de nível 2 que pretendam prosseguir a sua formação Tipo 5 - Com o 10º ano de um curso do ensino secundário ou equivalente, ou frequência do 11º ano (sem aproveitamento) ou titular de percurso tipo 4, ou 10º ano profissionalizante, ou curso de qualificação inicial de nível 2 com formação complementar Tipo 6 - Com o 11º ano de um curso do ensino secundário ou equivalente; ou frequência do 12º ano Tipo 7 - Titular do 12º ano de um curso humanístico ou equivalente do nível secundário que pertença à mesma ou a área de formação afim
1125 horas (Percurso com Qualificação de Nível 1 a duração até 2 anos) 2109 horas (Percurso com Qualificação de Nível 2 a duração até 2 anos)
6º ano de escolaridade
Qualificação de Nível 2 1200 horas (Percurso com a duração até 1 ano)
9º ano de escolaridade
Certificado de 1230 horas (Percurso com a duração até 1 ano) Competências escolares Qualificação de Nível 2
Progressão escolar
Certificado de 1020 horas (Percurso com a duração até 1 ano) Competências escolares
Progressão escolar
Qualificação de nível 3 2276 horas (Percurso com a duração de 2 anos)
Ensino secundário (12º ano)
Qualificação de nível 3 1380 horas (Percurso com a duração de 1 ano)
Ensino secundário (12º ano)
1155 horas (Percurso com a duração de 1ano)
Qualificação de nível 3
Ensino secundário (12º ano)
Jovens com o 9º ano de escolaridade ou equivalente concluído
Componente de Formação Sociocultural 1000 Horas Componente de Formação Científica - 500 Horas Componente de Formação Técnica - 1600 Horas
Ensinos secundário (12º Atribuem um diploma ano) equivalente ao ensino secundário e um certificado de qualificação profissional de nível 3 que te possibilitam o ingresso nos Cursos de Especialização Tecnológica (nível 4) e/ou o acesso ao ensino superior
9º ano de escolaridade
Tipo 4, 5, 6, 7 e Formação Complementar: » Sóciocultural - Línguas, Cultura e Comunicação; Cidadania e Sociedade » Científica - Ciências Aplicadas » Tecnológica - Tecnologias Específicas (nesta o aluno tem de escolher 3 disciplinas científicas) » Prática - Estágio em Contexto de Trabalho (210 Horas)
O plano de estudos inclui três componentes de formação: - Sociocultural, - Científica, - Técnica
Escolas profissionais e em algumas escolas com ensino secundário
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DESTINATÁRIOS
HABILITAÇÕES DE ACESSO
Cursos Secundários do Ensino Artístico Especializado Jovens que ambicionem Candidatos com o 9º ano de desenvolver competências escolaridade que pretendem ou uma carreira artística. prosseguir de estudos a nível superior
DURAÇÃO (HORAS) 3 anos lectivos correspondentes ao 10º,11º e 12º anos
Cursos Tecnológicos Jovens com o 9.º ano de São destinatários jovens com o Têm a duração de 3 anos escolaridade que pretendam 9º ano terminado lectivos - correspondentes uma qualificação profissional ao 10º, 11º e 12º anos de nível intermédio para poderem ingressar no mercado de trabalho Cursos de Qualificação de Nível 3 (Pós-Secundário) Jovens com o ensino 12º ano ou 2 disciplinas em secundário concluído ou que atraso tenham até 2 incompletas
Têm uma duração total de 1500 horas
CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL Artes Visuais e Audiovisuais: » Curso de Design de Comunicação (Artes Visuais) » Curso de Design de Produto (Artes Visuais) » Curso de Produção Artística (Artes Visuais) » Curso de Comunicação Audiovisual (Audiovisuais) Dança Música
EQUIVALÊNCIA ESCOLAR
COMPONENTES DE FORMAÇÃO
Artes Visuais e Audiovisuais: Diploma de conclusão do Ensino Secundário (12º ano) Os 4 cursos são divididos em três módulos: Geral; Científico; e Técnico-Artístico. e qualificação profissional de nível 3
LOCAIS DE FORMAÇÃO Escolas secundárias e entidades acreditadas
Dança e Música: Diploma de conclusão do Ensino Secundário (12º ano) Ambos os cursos compreendem três componentes de formação: geral, específica e técnico-profissional ou técnica/artística. Podem ser frequentados num dos seguintes regimes: » regime integrado: os alunos frequentam as três componentes sempre no mesmo estabelecimento de ensino; » regime articulado: os alunos frequentam a componente de formação geral num estabelecimento de ensino secundário, e algumas das disciplinas da componente de formação específica e toda a componente de formação técnica/artística num estabelecimento de ensino artístico especializado.
Conferem um diploma de Ensino Secundário (12º ano) conclusão do ensino secundário, que possibilita a candidatura ao ensino superior, e um diploma de qualificação profissional de nível 3 Não é um curso superior. Dá equivalência ao 12º ano e permite a progressão Visam oferecer uma escolar qualificação profissional de nível 3 e facilitar a entrada num curso de especialização tecnológica
Têm uma estrutura curricular organizada em três componentes de formação: - Geral, - Científica, - Tecnológica (No final o aluno tem de frequentar, obrigatoriamente, um estágio)
Escolas com ensino secundário
Escolas tecnológicas tuteladas pelo Ministério da Economia e Inovação
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Nuno, casaco com zipper (46.90 euros), t-shirt rosa (19.90 euros), calças de ganga (54.90 euros), ténis Levi’s (89.90 euros)
Sofia, túnica rosa (34.90 euros), corsários pretos (54.90 euros)
Sofia, túnica com flores (44.90 euros), legs in (14.90 euros), chapéu (7.90 euros), sandálias (49.90 euros)
Sofia, casaco com capuz (26.90 euros), t-shirt de alças (32.90 euros), calças de ganga (52.90 euros), sabrinas (49.90 euros)
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VESTE&SIGA : 33 Nuno, t-shirt roxa (22.90 euros), calções Levi’s (84.90 euros), sandálias Levi’s (54.90 euros)
TÃO LONGE, TÃO PERTO F Modelos
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Sofia Pereira e Nuno Franco, leitores da Revista FORUM ESTUDANTE
Roupa Rulys Produção Forum
Estudante Agradecimentos Pousada da Juventude de Catalazete-Oeiras Agradecimentos Axe - Loção Auto-bronzeadora Axe Best of Summer Maquilhagem Rute Alves Design Miguel Rocha Fotografia Ricardo Bento
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Nuno, camisa xadrez (46.90 euros), calções Levi’s (84.90 euros)
Sofia, túnica com cinto (32.90 euros), calções de ganga (42.90 euros), sandálias (59.90 euros)
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VESTE&SIGA : 35
Nuno, casaco verde (46.90 euros), t-shirt laranja (32.90 euros), calças de ganga (54.90 euros)
Sofia, túnica verde (34.90 euros), corsários pretos (54.90 euros), pulseira (14.90 euros)
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Texto: Susana Borges Fotos: Susana Paiva
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Uma Tocha sempre
“Tou que nem posso!” foi uma expressão da autoria de Pedro Tochas que correu a boca dos portugueses. Diverte e diverte-se. Cada espectáculo seu é um espaço de interacção com o público. Com este artista, o grande desafio é parar de rir. O improviso é um dos “poderes mágicos” do Pedro que atiça o público com a sua tocha de comédia. Encontrámos este “palhaço” no final de um espectáculo e esquecemos a realidade por alguns momentos... COM O CIRCO COMEÇAS... Quem conhece o trabalho de Pedro Tochas e a sua vontade de pôr “gasolina na fogueira” percebe que a comédia é o oxigénio que lhe faz bater o coração. Coração que começou a palpitar aos 20 anos. “Quando fazes uma coisa e descobres que nasceste para aquilo... Nunca tinha experimentado, nem feito teatro na escola. Houve qualquer coisa em mim que fez o click... tive a sorte de encontrar isso! Agora não consigo fazer outra coisa. Nasci para isto!” Até essa idade não se tinha imaginado como artista de rua mas as artes do circo passaram a ser um fascínio na mente de Pedro. Foi para os Estados Unidos, onde estudou malabarismo. Viajou até Inglaterra e ingressou na Circomedia-Academy of Circus Arts and Physical Theatre para estudar teatro físico. Regressou a Portugal, com o convite de voltar e fazer uma especialização. Até hoje não parou de correr o mundo com participações em festivais, espectáculos de rua ou stand-up comedy. “Eu gosto é de fazer espectáculos. Cada um é diferente e cada um é um meio e uma técnica. Se ando muitas vezes a fazer o mesmo espectáculo sinto a falta dos outros. Como faço muitos nunca me canso”, afirma, apesar de não esconder um “carinho especial” pelo trabalho de rua. “MAIORES DE 18” Este é o nome do último espectáculo de Pedro Tochas, que pôde ser visto entre 28 de Fevereiro e 3 de Março no Auditório dos Oceanos do Casino de Lisboa. “Este espectáculo continha linguagem e imagens chocantes. Se és sensível... parasita, o melhor teria sido ficar em casa a ver as novelas!”. A sua postura em palco diverte os mais cépticos. Espectáculo a solo? Nada disso! Duas horas e meia de pura partilha. Sim, porque o público, quer queira quer não, também participa com histórias, graçolas e, por vezes, comentários que ninguém percebe... nem mesmo o Pedro! Mas, no fundo, isto é que é “Maiores de 18”. “É muito na linha de pegar no que o público me dá e criar histórias, curtir, divertir-me,
Se queres conhecer melhor este “senhor” vai ao site oficial www.pedrotochas.com. E fica atento(a) porque em Setembro vai “haver uma coisa nova.”
integrá-los no espectáculo...”. Algo que, hoje, é muito mais fácil de fazer pois “já são 14 anos nisto”. “Mas, comparado com o espectáculo de rua, isto é muito fácil. Na rua é que é difícil. Agora já consigo fazer um trabalho muito interactivo, já estou mais experiente... há uns anos não tinha tanto pedal!” Ninguém diria! Um homem feito de “sonhos, ambições, sensações e fantasias” que enche o peito de ar e a alma de energia para animar quem quer que se lhe coloque à frente. Mas há sempre quem tenha azar e acabe por ser “massacrado” ao longo de todo o espectáculo, como uma pessoa que “nunca terá sexo na vida” pois... é tão feio, tão feio, tão feio... Com esta má língua, se o Tochas não se cuida ainda vai “parar ao inferno”. DE QUE É FEITO O ARTISTA? Um artista não vive sem público. O caso de Pedro Tochas não é diferente. Mas certo é que há espectáculos em que, no final, a audiência se levanta e aplaude. O significado disso? O malabarista vê a coisa por dois lados: “não sei se estão a curtir ou querem mesmo ir embora...” (risos). Um pouco mais a sério, reconhece que “é uma sensação agradável. É o meu bébé, o meu filho. Está-se a portar bem e está a ser bem aceite. É sempre bom!” Mas já houve alguém que não tivesse aceite o filho do Tochas? “Já, mas o gajo está morto!” E que mais se podia esperar do homem que mete pregos no nariz? “É tudo uma questão de gosto, mais do que uma questão técnica. Se uma pessoa me diz que não gostou, aceito. Se me diz pela parte técnica, tem de ter algum conhecimento técnico para o fazer. Eu quero é melhorar!” Com 34 anos, Pedro Tochas parece atrasar o relógio da idade e recuperar a energia de uma criança de cinco anos, que não pára por dois segundos. “Quando tu fazes a coisa que, na vida, te dá mais alegria e mais gozo, a energia aparece naturalmente. As pessoas podem dizer que não gostaram, mas não podem dizer que não dei tudo e que não estava a curtir! Porque estava, e adoro fazer aquilo!”
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Texto: Susana Borges
Xprime o teu génio
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O primeiro festival de cinema inteiramente digital está em Lisboa, pelo segundo ano consecutivo. De 7 a 24 de Junho podes viajar pela sétima arte e assistir a fantásticas curtas e longas metragens. E, porque não, criadas inteiramente por ti? Falamos do Lisbon Village Festival. Entre competições, mostras, exibições especiais, conferências, masterclasses e workshops, o mundo do cinema está à distância de um frame. VILLAGE LOUNGE Podes contar, desde já, com um festival onde tudo está directa, ou indirectamente, ligado à sétima arte. Mas não se trata de uma mera exibição de películas. Vais encontrar surpresas como o Village Lounge. O que é isto? “Funcionará como um ponto de encontro. O objectivo é que seja um espaço próprio, com uma programação própria, muito cool e informal”, explica Marco Espinheira, responsável pela organização do Lisbon Village Festival. Muita música, DJ’s e VJ’s vão animar o Lounge. VILLAGE ART Dividido entre dois locais – Palácio Galveias e Fundação Portuguesa das Telecomunicações, em Lisboa – o Village Art é um local onde encontras um conjunto de exposições e obras culturais. A arte será apresentada de uma forma global. Um exemplo é a exposição de pintura do conhecido actor Robert de Niro. “Curiosamente, está ligada a uma das homenagens do festival, que é ao próprio Robert de Niro”, afirma Marco Espinheira. O Village Art estará aberto até meados de Julho.
Agora
“ já consigo fazer um trabalho muito interactivo, já estou mais ... há uns anos não tinha tanto !”
experiente pedal
VILLAGE XPRESS Criado propositadamente para estudantes universitários e de escolas profissionais, o Village Xpress é uma competição de curtasmetragens. “É uma oportunidade engraçada de qualquer estudante poder participar num festival internacional de cinema. Isso promove a interacção, a capacidade expressiva de cada um”. E se já estás a pensar participar, toma atenção: “não vai haver selecção. Os primeiros 100 filmes a serem inscritos são os filmes que se vão mostrar. Vai haver algum cuidado para não termos filmes que ataquem a liberdade ou o direito individual mas, fora isso, não há selecção.” De qualquer forma, será escolhido um vencedor. Se realmente queres entrar no mundo do cinema, põe mãos à obra. Esta talvez seja a tua porta de entrada. Até porque o júri “vai ser constituído por um produtor, um realizador, um crítico de cinema e um actor. Isso também é importante, principalmente, para jovens com aspirações na indústria.”
CINEMA DIGITAL? O cinema é uma arte que evoluiu muito com a tecnologia. Por isso, hoje podemos falar de cinema digital. Mas o que é que isso significa? Como em tudo, existem regras. “O cinema digital vai desde a produção até à transmissão. No final, o filme passa a ser um ficheiro.” Mas, para a película ser realmente considerada digital, também a exibição cede a regras. Todos os aparelhos utilizados são profissionais e próprios para a transmissão de cinema digital. “É um pormenor técnico, mas para a indústria faz toda a diferença. É um esforço enorme, de que o público não se vai aperceber, mas que a indústria reconhece. É essa a nossa aposta!”
UM FESTIVAL PARA TI Não há idade para gostar de cinema, mas qualquer evento tem um público e um objectivo. O Village International D-Cinema Festival tem como prioridade um público mais jovem. Até porque “já quase nascem a mexer com estas coisas”, admite Marco Espinheira. “O life style digital é transversal a qualquer critério socioeconómico, cultural ou demográfico, mas tem um grande peso e um à-vontade natural numa geração mais jovem. As novas formas de comunicação, o ouvir músicas e ver filmes através da Internet é muito jovem!”
EM LISBOA, MAS ONDE? VIDCF: Cinema S. Jorge Village Lounge: Átrio do Cinema S. Jorge Village Art: Palácio Galveias e Fundação Portuguesa das Telecomunicações
Se queres conhecer melhor o Lisbon Village Festival, ou saber as condições para participar no Village Xpress vai a http://lisbon.villagefestival.net.
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Texto: Laura Alves Fotos: Gonçalo Gil
corre, nadapedalA
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Todos os dias, às seis da manhã, levanta-se para ir nadar. Só depois vai para a escola, a Secundária do Restelo, onde frequenta o 12º ano. À tarde, conforme o horário, ainda treina a corrida ou pega na bicicleta. Uma rotina exigente, que segue de bom grado, dada a paixão que tem pelo triatlo e pelo desporto em geral. Chama-se Anaïs Moniz, tem 17 anos e é uma das novas promessas desta modalidade.
por gosto...
Desporto desde o berço Nascida em França, desde pequena que Anaïs pratica desporto. Aliás, lá em casa são todos desportistas natos: a mãe, o pai, a irmã mais velha e o irmão mais novo. “Eu e os meus irmãos íamos para as montanhas... Já nessa altura a minha a minha mãe praticava triatlo. Andávamos sempre na natureza, no lago ou no mar”. Foi quando a família se mudou para Portugal – Anaïs tinha, então, dez anos – que se proporcionou a prática do triatlo. Tudo começou por uma necessidade de integração, explica a atleta. “Eu não conhecia ninguém, não falava bem português...” Virou-se para a natação, no clube de futebol “Os Belenenses”, onde começou a treinar a sério, com um nível de exigência a que não estava habituada. Ao fim de algum tempo, apesar do gosto pela natação, cansou-se. “Era nadar de manhã e à tarde! Ia para a escola, nadava, ia para a escola... Eu não tinha vida, não tinha amigos!” Antes de se aventurar no triatlo, ainda experimentou o futebol, mas percebeu que não era desporto para ela. “Lancei-me no triatlo, porque a minha irmã e a minha mãe faziam. O primeiro ano foi um bocadinho difícil adaptar-me...” Mas com todos os anos natação que já tinha, acabou por ser mais fácil. Estava, na altura, a frequentar o 10º ano.
Dias trabalhosos Para Anaïs, conciliar os estudos com os treinos não é tão fácil quanto possa parecer. Actualmente está no 12º ano, na área de Economia, na Secundária do Restelo (Lisboa), mas o dia-a-dia é mais do que ir às aulas. “É muito complicado”, admite. “Treino sempre de manhã. Acordo por volta das cinco, às seis vou nadar. Depois tenho dez minutos para tomar o pequeno-almoço e vou logo para a escola, que começa às oito.” A esta hora, quando para a maior parte dos colegas está o dia ainda a começar, já ela está “um pouco cansada”. É que esta é a rotina de todos os dias! Mais tarde, dependendo do horário escolar, ainda dedica mais algum tempo ao treino da corrida ou bicicleta. A hora de dormir, claro não é muito tardia: por volta das dez da noite Anaïs já está na cama, pois no dia seguinte há que madrugar. “Uma pessoa habitua-se. Acaba por entrar num ritmo. Apesar de acordar às seis, há dias em que acordo antes do despertador, e sem sono. Já estou habituada a treinar muito e adoro aquilo, adoro o triatlo!”
Estudar e treinar Actualmente, Anaïs compete a nível internacional, o que lhe rouba muito do tempo que tem para estudar. Desta forma, o 12º ano vai-se fazendo, mas não “com uma perna às costas”, pois entrar em competições implica não ir às aulas. “No primeiro período faltei duas semanas. No segundo vou faltar umas seis ou sete. É muito difícil conciliar.” E se alguns professores compreendem e fazem algumas concessões, há outros que nem por isso, afirma. “Alguns tentam ajudar-me e adiar o processo, darem-me a hipótese de fazer trabalhos. Mas há outros que até dizem ‘não me interessa se tu saltas ou se tu pulas ou fazes não sei o quê’...” Resta-lhe gerir o tempo da melhor maneira que conseguir, com vista a entrar no curso de Gestão.
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Queres saber mais sobre a atleta? Vai a www.anaisverguetmoniz.com.
Tempos livres e amigos Como deves imaginar, com uma vida tão preenchida, a atleta não tem muito tempo para grandes noitadas com os amigos. Algo que não a incomoda muito porque, diz, não gosta muito de sair à noite. Assim, entre os estudos e os treinos, Anaïs passa o pouco tempo livre que tem a ler, ir ao cinema e a jogar no computador. “O que é que se faz quando se sai à noite? Estáse com os amigos. Eu prefiro estar com eles de dia. Acho que à noite é para dormir e para descansar”, justifica. Claro que, sempre que a jovem participa em provas importantes, os amigos estão lá para apoiar e aplaudir Anaïs. “Gostam que eu esteja numa selecção e representar Portugal no Campeonato do Mundo ou da Europa. Dá-me imensa força tê-los nas provas a torcer por mim!”
Ai a dieta... Sendo uma atleta de alta competição, Anaïs tem de seguir algumas regras no que toca à alimentação. Ou seja, hambúrgueres e doces são de evitar. Mas o que lhe custa mais, sem dúvida alguma, é não poder comer pizza. “É preciso ter cuidado porque quando se corre deve-se ter um peso leve. Correr com peso a mais é um bocado duro”, explica. No máximo, dentro da categoria em que compete, pode pesar 58 kg. Mas... “O peso de forma são 56 kg. No início da época temos de comer um bocado mais. Agora, com a aproximação da Taça do Mundo, na Austrália [que decorreu a 25 de Março] já temos de começar a fazer a nossa dieta rigorosa para tentar chegar aos 56 kg”. Portanto, pizza, nem pensar!
O que falta fazer...
Principais títulos e prémios - Campeã do Mundo de Triatlo Júnior, Japão (Setembro 2005); - Campeã da Europa de Triatlo Júnior, França (Junho 2006); - Campeã Nacional de Triatlo Júnior, Fundão (2005 e 2006); - 6ª classificada na Taça Pan-Americana de Triatlo, Argentina (Janeiro 2007); - 110º lugar no ranking de acesso aos Jogos Olímpicos de Pequim 2008; - Prémio concedido pelo curso de Engenharia Militar do Exército, que a distinguiu como melhor triatleta júnior com aproveitamento escolar (Outubro 2006); - Distinção como Atleta Promessa pela Associação dos Jornalistas de Desporto (Maio 2006); - Prémio Juventude, concedido pelo Comité Olímpico de Portugal (Novembro 2006).
Segundo Anaïs, em Portugal existem poucos apoios aos atletas que praticam triatlo. Depende muito dos resultados obtidos, afirma, mas não só. “Eu tenho alguns resultados e, mesmo assim, não há muitos patrocinadores a investir. No nosso país é difícil arranjar um patrocinador. Portugal é mais pelo futebol, não é pelo desporto.” E, sendo o triatlo uma modalidade muito exigente e cara – uma boa bicicleta ascende, facilmente, alguns milhares de euros – o continuar exige, além do gosto pessoal, alguma capacidade de investimento financeiro.
E o futuro? Quando lhe perguntamos até onde gostava de chegar no triatlo, a resposta de Anaïs é calma e ponderada: “Quero ter uma longa carreira, sem problemas físicos, sem casos de doping...” Entretanto, há objectivos de médio prazo que pretende atingir. “Quero ir aos Jogos Olímpicos 2008. É um grande objectivo e já falta pouco tempo. É uma aposta muito grande e é por isso que estou a fazer este sacrifício todo...” Depois pretende ainda participar nos Jogos de 2012 e de 2016 para, então, voltar à “vida normal”. “Vou ter cerca de dez anos de triatlo. Acho que já é uma longa carreira. Depois disso, não sei... Gosto muito de ciclismo e, se calhar, seria uma boa opção. Eu adoro desporto!”
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40 : Ai!TEC Protótipo que promete
As novas tecnologias revolucionaram o mundo. E os relógios também. Não é que a Swatch criou um protótipo mesmo muito à frente? Os relógios mostram as horas, mas este faz muito mais do que isso. Serve de leitor de mp3, tem gravador de vídeo e um álbum de fotos. Só falta mesmo tirar bicas! Mas qualquer dia podes dizer: quero uma bica curta e um copo de água... e o relógio traz! Ainda não se sabe se o protótipo vai ser comercializado, mas que promete, promete!
Gigas na tua mão
E se te disséssemos que foi criado um disco rígido de 80 e 120 gigas? Não é nada de especial pois não? Mas e se esse disco, além de armazenar a informação ainda a reproduzisse? Ah pois... É mesmo verdade, e dá pelo nome de HDD 2.5” Media Center Portable. Reproduz ficheiros de todo o tipo: áudio, vídeo, imagem... Ainda podes fazer gravações - de vídeo e de som – e ouvir rádio. Imagina: tiraste umas fotografias tão giras nas férias da Páscoa mas ainda não as mostraste aos teus amigos porque estão no PC? Já não. Agora podes transferi-las para o disco rígido e levá-lo para a escola. Vais deixá-los mortos de inveja!
O fabuloso rato-seta
Não parece ridículo teres um rato em forma de tudo e mais alguma coisa, menos daquilo que aparece no ecrã? Ou seja, de uma seta? O Art. Lebedev Studio lembrou-se disso e criou, finalmente, o Mus II. Totalmente wireless, podes usá-lo a três metros de distância. Pensa lá se não seria fantástico estares deitado na cama e podes movimentar o rato no PC que está na secretária... Vai ser compatível com Windows e Mac e está quase, quase no mercado.
Até que a voz me doa
Já podes dar azo às tuas aspirações de cantor(a). O iKaraoke, da Apple, dá-te a hipótese de cantar e, quem sabe, encantar. Não é mais que um microfone, mas com muito mais funcionalidades do que podes imaginar. Basta ligá-lo ao iPod e afinar a voz! Mas a surpresa ainda nós não te contámos. No próprio iKaraoke, tens uma série de botões que te permitem avançar ou recuar nas faixas e, até mesmo, dar um toquezito na voz. Pode ser que, assim, já não dês cabo dos tímpanos ao pessoal.
Mi Flower dança para ti!
Quem não gosta de flores? E flores dançantes? Não torças o nariz, que nós explicamos... Mi Flower é uma forma de animar os teus momentos musicais. Pétalas coloridas e folhas que mexem são algumas das características deste novo objecto, que podes ligar a qualquer aparelho áudio. Seja um leitor de mp3 ou um computador, sempre que ouvires uma música vais ter uma flor amiga a dançar para ti! Se não tens para onde olhar quando ouvires o teu som favorito, olha para Mi Flower.
Ó informação, volta!
De certeza que já tiveste situações em que apagaste mensagens do teu telemóvel que... não deviam ter sido apagadas. No problem!!! E se tivesses hipótese de reaver a informação que julgavas perdida? G’anda pinta, não? Concebido especialmente para recuperar dados perdidos em cartões SIM, o TEXTSpy pode ser o teu melhor amigo em momentos de aflição. O aparelho tem ligação USB e traz um CD com software para instalares no computador. Já não precisas de entrar em histerias, porque aquela mensagem amorosa que te derreteu o coração não foi eternamente perdida.
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CHEGOU A ALTURA DA PROVA MAIS DIFÍCIL?
NÓS AJUDAMOS! M E
QUERO
O MUDAR O MUND M A NATUREZA TRABALHAR CO M PATRÕES TRABALHAR SE M NÚMEROS O C R A LH A B A TR M CRIANÇAS O C R A LH A B A TR IPLINA ORDEM E DISC
GUIAS DAS PROFISSÕES: 5,5 EUROS CADA
AGOR A
2 e m1
AVEIRO ARÃES BRAGA e GUIM COIMBRA FARO LISBOA PORTO
GUIAS UNIV: 4 EUROS CADA
Colecção completa só 27 euros
Colecção completa só 18 euros
UM GUIA DAS PROFISSÕES + UM GUIA UNIV À ESCOLHA =6,5 EUROS PARA ENCOMENDARES: Assinala, com uma cruz, o(s) exemplar(es) que pretendes no respectivo quadrado. Destaca a página, e envia para: PRESS FORUM — REMESSA LIVRE 25002 — 1144 LISBOA CODEX (NÃO PRECISA DE SELO) Nome Morada Código Postal - Localidade Data de Nascimento / / [dd/mm/aaaa] Contribuinte Telefone Telemóvel e-mail Actividade Escola/Empresa Ano Área Curso MODO DE PAGAMENTO Envio CHEQUE n.º no valor de , , do banco à ordem de PRESS FORUM – Comunicação Social, S.A. Envio VALE CTT n.º
no valor de , , à ordem de PRESS FORUM – Comunicação Social, S.A.
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42 : SóRIR LEIS DO UNIVERSO... LEI DA REPARAÇÃO MECÂNICA: Mal as mãos estão completamente sujas de óleo, tens de coçar o nariz ou ir à casa de banho. LEI DAS FERRAMENTAS: Qualquer ferramenta, quando cai no chão, pára no canto menos acessível. Portátil em todo o lado
PARTICIPA!!! Envia as tuas piadas, fotos engraçadas e anedotas para rfe@forum.pt, mencionando SóRIR! no “Assunto”
- Querido, estás a pregar o botão com o dedal no dedo errado. - Eu sei. O dedo certo devia ser o teu. Pai, quero um destes para o MSN!!!
O novo Stealth - para fugir ao radar!
O CÚMULO! P: Qual é o cúmulo da estupidez? R: É entrar num antiquário e perguntar o que é que há de novo...
A SURPRESA O guia turístico: - Meus senhores, aqui estão as cinzas de Napoleão Bonaparte. Uma mulher diz: - Eu não sabia que ele tinha morrido num incêndio!!!
FRANCISCO, O GRANDE
LEI DO ÁLIBI: Quando dizes que chegaste tarde ao trabalho porque tiveste um pneu furado, no dia seguinte furas um pneu. LEI DA VARIAÇÃO: Quando mudas de fila ou de faixa de trânsito, a fila em que estavas anteriormente começa a mover-se mais rápido do que aquela para a qual mudaste.
O SAPO DISSECADO
LEI DO BANHO: Quando o corpo está completamente submergido em água, o telefone toca.
Um sapo ligou para uma Linha de Astrologia para saber o que o futuro lhe reservava. Respondeu-lhe uma vidente: - Você vai conhecer uma rapariga lindíssima que quererá saber tudo sobre si. - Fantástico!! Vou conhecê-la numa festa? - Não, numa aula de biologia.
A consola menos portátil do mundo.
LEI DO ENCONTRO: A probabilidade de encontrar alguém conhecido na rua aumenta quando estás com alguém com quem não queres ser visto. LEI DA MÁQUINA: Quando tentas provar a alguém que uma máquina não funciona, ela começa a trabalhar.
TRANSPORTES
LEI DA BIOMECÂNICA: A intensidade da comichão é inversamente proporcional à capacidade de se coçar. Tenho uma vaca...
LEI DO TEATRO: Em qualquer evento, as pessoas com os lugares mais afastados da fila chegam em último. LEI DO CAFÉ: Mal te sentas para beber uma chávena de café, alguém te pede para fazeres algo que demorará o suficiente para o café ficar frio.
ADÃO E EVA Eva: Adão, amas-me? Adão: Não. Eva (a chorar): Então porque fizeste amor comigo?... Adão: Hellooooooooooo?? Vês por aqui mais alguém??
CANIBAL NO AVIÃO Um canibal estava a viajar de avião e a hospedeira entrega-lhe a ementa e este diz: - Traga-me antes a lista dos passageiros.
LEI DO TELEFONE: Quando marcas o número errado, a linha nunca está ocupada.
Na escola a professora diz ao aluno: - Francisco, aponta no mapa onde fica o Brasil. O aluno foi ao mapa e apontou certo. A professora depois perguntou ao Miguel: - Quem descobriu o Brasil? - Foi o Francisco.
CÃO ESPERTO Um homem vai ao cinema com o seu cão. No fim do filme o cão levanta-se e bate palmas. Fica toda a gente muito admirada. - Estou tão admirado quanto vocês !- diz o dono- ele leu o livro e não gostou !!
LEI DA PROBABILIDADE: A probabilidade de estares a ser observado é directamente proporcional à estupidez do teu acto.
A bela melancia quadrada?! E esta, hein?
LEI DOS TAPETES/ALCATIFAS: As hipóteses de uma fatia de pão coberta de manteiga ou marmelada cair de face para baixo num tapete ou alcatifa estão directamente relacionadas com o estado e preço do tapete ou alcatifa.
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Ilustração: Serafim
A FORUM ESTUDANTE é uma revista para ti! Por isso, queremos ouvir a tua opinião e receber sugestões. Ah! E tirar dúvidas é connosco! Não te acanhes: podem ser dúvidas académicas, existenciais ou sobre algo que te tem intrigado! Mas, se só quiseres enviar um poema, um desenho ou dizer “olá”, ‘tá-se bem! Não percas mais tempo! Queremos notícias tuas! Envia tudo para: Revista FORUM ESTUDANTE Secção Pessoal & Transmissível, Remessa livre nº 25002 – 1144 Lisboa Codex (não precisa de selo) ou para o e-mail: rfe@forum.pt (Assunto: Pessoal & Transmissível), devidamente identificado. Em breve vais poder interagir directamente connosco no Portal FORUM ESTUDANTE em www.forum.pt. Fica atento(a)!! I Ana Martins, Braga Olá pessoal, eu sou a Ana e adoro escrever, essencialmente, poemas. Mas para mim não chega somente escrever. Quero mostrar a todo o mundo o que escrevo. E como a vossa revista ajuda os jovens sempre que eles precisam, pensei em enviar-vos alguns dos meus poemas para vocês publicarem numa das próximas edições. A sério, eu ia adorar ver todo o Portugal agarrado à vossa revista a ler os meus poemas. Por favor, peço que respondam ao meu pedido. Queria ainda aproveitar para mandar um beijinho à vossa revista, a todos os leitores e, principalmente, à minha irmã, que tanto me apoiou para que eu vos mandasse os meus poemas. RFE: Ó Ana, tu escreve! Se é o que gostas de fazer, que nada nem ninguém te impeça! Afinal, Portugal inteiro está de olho em ti!... Pelo nosso lado, damos-te todo o apoio e mais algum. Se não acreditas, ora vai lá ver a secção “Pessoal e Transmissível”... G’anda pinta, hã? Também para ti um grande beijinho e, já agora, outro para a tua irmã, que sabe o que faz ;) I Fábia Ferrage Olá! Estou a escrever-vos porque kurtu bué da vossa revista, é mesmo espectacular, não perco uma. Quando aparecem lá na escola sou logo a primeira a tirar, lol. Gosto muito da vossa revista porque fala de várias escolas e de várias
pessoas, e como eu adoro faxer novos amigus vou deixar aki o meu mail: xuroitaa_16@hotmail.com. Para kem kiser é na boa! Vá, fikem bem, um dia destes escrevo outra vex. Beijinhux da Fabya. PS Ponham mais coisa sobre escolas de Queluz. Obrigada. Xauuuuuuuuuu! RFE: Como vai isso, Fábia? Tudo bem contigo? Quase que podemos dizer que és uma “fãnática” da FORUM, hã? Ehehehe... Mas ainda bem, que leitores assim que é que gente quer! Entretanto, aqui fica o teu endereço de e-mail, para que possas trocar mensagens com novos amigos e amigas. Quanto às escolas de Queluz... Ora vai lá ver a rubrica After Aulas... Parece-nos que está por lá uma escola dessas bandas... ;) I Helga Machado, Cacém Boa tarde. Eu e mais três colegas estudamos na Escola Ferreira Dias, no Cacém, e estamos a fazer um trabalho na disciplina de Área de Projecto, sobre autismo e esquizofrenia, e pensamos que seria boa ideia mandar-vos um textoresumo sobre este nosso projecto para vocês o publicarem. O nosso objectivo é dar a conhecer e divulgar estas duas patologias do foro psicológico e, para tal, já fomos a diversos locais, como hospitais, associações, falar com especialistas, etc. Já interagimos com várias crianças e adultos que sofrem destas duas patologias e, cada vez mais, estamos interessadas em cumprir o nosso
objectivo. Por isso, lembrámo-nos da revista dos estudantes, a FORUM, para nos ajudar. Como produto final, escolhemos editar um livro. Esperemos que gostem da ideia e, se estiverem interessados em publicar um textoresumo destas duas doenças, autismo e esquizofrenia, contactem-nos. RFE: Olá Helga e colegas! Antes de mais, obrigada por quererem partilhar com a FORUM o vosso trabalho. De facto, como esta é a vossa revista, faz todo o sentido que falem dos projectos que andam a desenvolver... Por isso, mais do que publicar um texto sobre as patologias que referiram – e sobre as quais se debruça a vossa Área de Projecto –, porque não enviarem-nos um relato de todos os passos que deram, as dificuldades que encontraram, as conclusões a que chegaram? Se calhar, essa abordagem terá mais interesse para os leitores da revista, pois assim ficam com algumas dicas importantes para os seus próprios trabalhos de Área de Projecto, no que respeita a métodos e estratégias. O que achas? Quanto à vossa ideia para editar um livro, força nisso! Ficamos a aguardar mais novidades... Abraço e bom trabalho! I Rita Pires, Póvoa de Santo Adrião Oi FORUM! Antes de mais queria dizer que a vossa revista é bastante boa. Parabéns!!! Ando na Escola Secundária Pedro Alexandrino e estou no
12º ano. Estou a fazer um projecto sobre os problemas na adolescência e gostaria muito que me pudessem ajudar, enviando o que tivessem sobre bulimia, anorexia, cleptomania, obesidade, bullying e gravidez na adolescência. Tudo o que puderem: casos reais, informação... Obrigada pela vossa compreensão. Gostava muito que me ajudassem. RFE: Olá Rita, tudo bem contigo? Obrigada pela tua mensagem. Ficamos todos babados quando o pessoal diz coisas simpáticas, até porque nos ajuda a fazer ainda melhor ;) Agora, quanto ao teu pedido.... Gostávamos muito de te ajudar, mas há já algum tempo que não publicamos nada sobre anorexia ou bulimia, pelo que as entrevistas que fizemos estariam já bastante desactualizadas. Quanto às restantes, tirando um pequeno texto a explicar o que é o bullying, não fizemos nenhum artigo mais aprofundado que possas usar no teu trabalho. Relativamente à gravidez na adolescência, temos um ou outro artigo com histórias reais, também já com algum tempo. Podemos enviar-te a edição em causa, se tiveres interesse. De qualquer forma, aconselhamos-te a contactar algumas entidades ou associações que se debrucem sobre cada uma destas situações, pois elas, sem dúvida alguma, poderão fornecer-te todas as informações e material que necessitas. De resto, se precisares de mais alguma dica,” faxfavor” de dizer :)))
CORREDOR SMS > a vida ñ e facil cmo gstariams,mas os amgos ajudam a k tdo o percurxo s torne mlhor.por vos ter cmg,sou felz!adrvs: biank,kary,jordy,rods,xand,brasuk.(t) > nk permitax k ax trixtexax do paxado e ax inxertexax do futuro t extraguem a alegria do prexent.luta pls teu objectivx,smp! gmdv: bi,kary,jordy. (thais) > amu ti mt vania...ex a mia pipoka kanina...lol...aki extah a pova d amor ki ti pumeti...nuno > suspiro de amor respiro a esperança kero t pá td vida amo t diogo . ass cátia jovim > chicky , até ao " 8 deitado " , nunca te esquecas . ass : 19. > kiamx mandar 1 gand bjuh pox d.s. (nuno,caetano,jorg,nandituh,futre,cerej,fabio,paulo,deco).dx voxax friendx k nc vx xkexem.gina,manela,crix e paty. > amar sorrir sofrer faz tudo parte da vida. quanto mais amamos, mais sofremos,mas quando gostamos de alguém a votade é sorrir. > o amor é um sentimento muito bonito, a qual sentimos pelos outros que gostamos realmente, sejam homens ou mulheres. descriminar, outras pessoas que gostam do mesmo sexo, é dizer não aos sentimentos... ass: daniel santos oitavo b número 6 externato da benedita (leiria) > amo-te césar louro és td p mim ass: av > angela amt como se fizexes part d mim, e n cnsg fazer nada para mudar ixo! és mt impt bébé. és uma nina 5*. sem ti n havia razao pa viver! andré > pita, ex uma amiga espetacular apesar d ax vezs vacilarx 1 conhe mx ex fixolax! bj pa td o people do 10i da esc. secundaria d viriat. axinad dbora > luis, amo-t hoje, menox k amanha e maix que ontem! xou a tua nina, nunca t exkexax dixo amor, pra sempre tua! amo-t imenxo.... su*, gmr > severina, e flavia mando-vos um beijo grande adoro-vos. tita secundária henriques nogueira torres vedras. EXPRIME-TE! Estás apaixonado pela tua colega de turma? Queres dizer aos teus amigos que eles são bué curtidos? Envia um SMS para 4334 (*) usando a referência FE PT (máximo de 150 caracteres, incluindo espaços!). Podes mandar uma dedicatória, um piropo ou o que tu quiseres... Será publicado na próxima edição da FORUM. exemplo: Joana, és muito fixe. Estou in love. Bruno (*) Valor do SMS: 0,60 Euros (com IVA incluído)
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FORMAÇÃO PROFISSIONAL PARA JOVENS Cursos de Verão: Iniciação do Design Têxtil (Porto) Iniciação ao Desenho de Moda (Porto) Cursos de Aprendizagem * Manutenção de Máquinas de Confecção (Barcelos) Modelação (Barcelos) Gestão da Confecção de Vestuário (Barcelos) Cursos de Educação-Formação * Programação e Manutenção de Máquinas Rectas (Porto) Modelação (Porto) Design de Moda (Porto) Design Têxtil – Tecelagem (Porto) Design Têxtil – Malhas (Porto) Organização e Produção em Tecelagem (V. Aves) Organização e Produção em Tinturaria/ Estamparia e Acabamentos (Barcelos)
INSCRIÇÕES ABERTAS Consulta mais informações em www.citex.pt
Telef.: Porto – 226152500 | Barcelos – 253808770 | Vila das Aves – 252820910
* Equivalência académica ao 12.º Ano
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Texto: Prof. Ésotanga Ilustrações: Alexandre Soares
Com os dias de calor que se avizinham, é provável que te sintas um pouco encalorado(a) e com falta de ar. Das duas uma, ou andas com roupa a mais, ou estás apaixonado(a). O mais provável é ser a primeira hipótese, mas se ao calor corporal se juntar uma certa arritmiazinha do coração, então... ai, ai, que andam passarinhos azuis por essas bandas! Quem é, quem é? Conta-me tudo, que eu prometo não dizer a ninguém. Desde que me deixes publicar... As finanças não têm andado lá muito bem nos últimos tempos, pois não? Não te preocupes, pois é provável que, nos próximos dias, haja um volteface na situação. Dificilmente verás a mesada aumentada, e é pouco provável que algum tioavô que nunca conheceste te deixe uma enorme fortuna como herança. Mas prevejo que terás dinheiro nos bolsos em breve. O mais certo é encontrares uma nota de 5 euros no chão a caminho da escola. E olha que já não é nada mau, por isso, não te queixes! Já se sabe que quem anda à chuva, molha-se. E o contrário – ou seja, quem anda ao sol, queima-se – também é válido. Por isso, meu/minha menino/a, nada de apanhar sol sem protector. É que nem preciso de ver as cartas ou a bola de cristal para prever o resultado final. A palavra “lagosta” diz-te alguma coisa? Toma muita atenção nos próximos dias se não queres apanhar um escaldão ainda antes do Verão. Com essa atitude pessimista, já se sabe que não há mal que não te chegue. Recomendo que nos próximos dias arranjes um amuleto para te trazer sorte, pois parece que sozinho(a) não vais lá. Os astros vão ser particularmente nefastos para os Virgens durante Maio, pelo que toda a ajuda que conseguires, a fim de contrariar esta tendência, será bem-vinda. Patas de coelho, ferraduras, trevos de quatro folhas, reúne tudo aquilo que achares por bem, pois nestas coisas do azar, mais vale prevenir que remediar. Falar sem pensar não costuma dar bom resultado. E tu às vezes és um bocado impulsivo(a)... E depois, falas, falas, falas, e nem sempre acertas. Por isso, recomendo que este mês mantenhas a boca fechada. Não fales com ninguém, nem mesmo se alguém te perguntar alguma coisa. Talvez te comecem a chamar antipático(a), mas de certeza que nunca mais te acusam de impulsivo(a). E tens a vantagem de, quanto menos falares, menos saliva gastas... Nunca é tarde para começares a ser feliz. Maio é um mês excelente para partilhares sorrisos com toda a gente que passar por ti. Se achas que te estou a dar tanga, talvez estejas correcto(a), mas não negues à partida o poder de uma dentadura à mostra. Bom, a não ser que te faltem alguns dentes, mas isso já me ultrapassa. Quem sabe se um sorriso não te traz uma nova paixão?
Não vale a pena ficares em pânico só porque se está a aproximar a época de exames. Olha para mim... Estou aqui tão relaxado... Devias tomar-me como exemplo! Claro que eu já fiz os meus exames há muito tempo, mas isso não quer dizer nada... pormenores! Deves levar a tua vida de uma forma mais descontraída, mais “zen”... Olhar as estrelas pode ser um bom princípio para encarares a vida com outros olhos. Quando vires a luz diz qualquer coisa. Lá porque estamos na Primavera, não tens de andar sempre com esse ar de andorinha esvoaçante. Tudo na vida deve ser com conta, peso e medida, e isso também é válido para a felicidade. Ok, os dias estão bonitos, o céu é azul e achas que estar vivo(a) é a melhor coisa do mundo. Mas vá lá... pensa no resto do país... Que tal teres um bocadinho de respeito pela depressão nacional e tirares esse sorriso da cara? Hum? Já tens idade para ter juízo e não dares saltos maiores que as tuas pernas. Quero com isto dizer que não vale a pena chorares sobre leite derramado. Há que assumir as responsabilidades. E Maio é, por excelência, o mês para aprender a ser responsável. Começa por ler uns livros sobre o assunto, algo do género “Como Ser Responsável Com’ó Caraças em 10 Lições ou Menos”. Não me digas que não têm esse livro na biblioteca! Porque andas sempre com roupas tão cinzentas? Maio é um mês colorido e, como tal, tens de combinar com a estação. Laranja, vermelho, verde, azul, amarelo, veste as cores que te apetecer e mais algumas. E não te importes com o que dizem. Se alguém gozar contigo diz que fui eu que mandei e que se alguém tiver problemas com isso, eu sei onde é que eles moram e faço-lhes uma espera! Desporto não é bem a tua área, mas já te mexias, não? Bom, sem querer ofender, mas o ruído que as articulações fazem quando te levantas está a interferir com o meu aparelho auditivo... Maio é um bom mês para começares a fazer qualquer actividade mais física do que mudar os canais de televisão com o comando. E porquê? Porque é um mês assim mais para o ameno e já apetece andar a correr pelos campos. Saltitar e apanhar flores enquanto cantas os temas de “Música No Coração” já é uma opção tua...
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Alexandre Soares
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Já reparaste que, mais dia menos dia, terminam as aulas? Ah pois é, meu menino... ou minha menina, que a malta aqui é pela igualdade dos géneros! Mas isso agora não interessa para nada. A grande questão é que, muito provavelmente, andaste a brincar todo o ano e agora é que são elas. Mas não desesperes, que o professor Esótanga tem tudo aquilo que precisas... Não, não é o último CD dos D’ZERT, nem bilhetes para os concertos do Mikael Carreira, mas sim as previsões astrológicas para este mês!! Diz lá que não estás contente? Melhor que batatinhas, oh lá se é... E tudo leva a crer que, para a maior parte dos signos, os próximos dias serão auspiciosos. Não esperes mais, vai já ver o que te reservam os astros, pois o futuro começa hoje. E quanto mais alto se sobe maior é a queda, porque a galinha da vizinha é sempre mais verde do outro lado, onde em terra de cegos quem tem olho tudo perde, mesmo depois de casa roubada. Não percebeste nada? Deixa lá, está tudo explicado... algures. Se não for nesta edição, há-de ser numa próxima. E não te esqueças que o Professor Esótanga é o tal que faz revelações com que ninguém se zanga! PROFESSOR ESÓTANGA Depto. de Fenómenos Para-Anormais Travessa das Pedras Negras, nº1 – 4º 1100-404 Lisboa, ou para rfe@forum.pt, com “Esótanga” no Assunto
Começa os teus dias com uma bela duma sandes mista e um copo de leite. Já se sabe que uma boa alimentação é essencial para passares o dia bem-disposto(a) e com o nível de bom-humor dentro dos limites aceitáveis. E onde é que eu quero chegar com isto? Pois... ia dizer qualquer coisa, mas esqueci-me... Bolas, detesto quando isto me acontece! Paciência... Quando me lembrar mandote um e-mail, pode ser?
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