Forum Estudante 364 - Novembro 2024

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Gaming Conheces estes videojogos que nasceram de livros?

Telemóveis na escola?

João Maia Ferreira mostra-nos todas as suas facetas

Música

Os Miss Universo e o “Manifesto de um Jovem Moderno” Fama

IEFP

Tudo sobre o SkillsPortugal Norte 2024

Aceita este desafio e faz com que a tua voz seja ouvida, criando amizades por todo o país. No final, ainda poderás ganhar prémios e participar em passatempos exclusivos.

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E, por falar em rede, essa é mesmo a parte mais entusiasmante de ser Embaixador Forum. Vais poder conhecer imensa gente espalhada por todo o nosso país e com quem partilharás, certamente, muitos interesses e ideias.

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Gerência Rui Marques Gonçalo Gil Félix Pinéu

4Gaming Videojogos que nasceram nos livros

Os livros não oferecem apenas material para adaptações cinematográficas e televisivas. Neste artigo, destacamos obras literárias que se transformaram em videojogos de sucesso – se gostaste do jogo, também poderás gostar do livro que lhe deu origem.

sumário

16Saberes O lugar dos telemóveis na Escola

24Profissões Profissões para quem gosta de História

10Música

Todos podemos ser Miss Universo

O primeiro álbum dos Miss Universo foi lançado a 18 de outubro – Manifesto do Jovem Moderno. Conhece melhor esta banda composta por dois jovens que partilham uma paixão pela música.

13Fama Entrevista a...

João Maia Ferreira

O Lobo Um Dia Irá Comer a Lua representa uma nova fase na carreira de João Maia Ferreira, anteriormente conhecido como benji price. Estivemos à conversa com o artista, que nos conta tudo sobre o que podemos esperar neste novo capítulo da sua vida.

A proibição do uso do telemóvel na escola é um tema em destaque neste início de ano letivo, motivando várias decisões e reações. Fica a saber tudo e conhece a opinião de estudantes de todo o país!

20IEFP

Conhece o SkillsPortugal Norte 2024

De 13 a 15 de novembro, Santa Maria da Feira é a capital das competências! Centenas de jovens vão competir no SkillsPortugal Norte 2024 e conquistar medalhas em várias profissões. Sabe tudo sobre a competição aqui!

Gostas de História e queres seguir essa paixão? Explorar culturas passadas, encontrar artefactos esquecidos, contar eventos e explicar a história por detrás de certos objetos? Fica a conhecer 7 profissões que te vão fazer viajar pelo tempo.

26CIS

Estudantes portugueses no “Europeu” de Cibersegurança

Uma equipa de estudantes

portugueses participou no European Cybersecurity Challenge 2024, que este ano se realizou em Turim, Itália. Sabe tudo sobre esta competição e sobre os resultados alcançados por estes 10 jovens talentos na área da cibersegurança.

Milhares de crianças e jovens do programa Eco-Escolas recebidas em Torres Novas

O munícipio de Torres Novas recebeu, no dia 10 de outubro, mais de três mil crianças, jovens e professores de todo o país no Palácio dos Desportos Helena Sentieiro, no âmbito do programa Eco-Escolas. O evento, organizado pela Associação Bandeira Azul de Ambiente e Educação (ABAE) e pelo Município de Torres Novas, serviu para entregar os prémios às escolas galardoadas em 2023/2024, celebrar os 28 anos do programa e assinalar o marco das 2 mil Bandeiras Verdes Eco-Escolas ultrapassadas.

PSP quer combater bullying nas escolas portuguesas

Arrancou no passado dia 14 de outubro, junto da comunidade escolar em todo o território nacional, a operação “Bullying é para fracos”. A iniciativa da Polícia de Segurança Pública (PSP), pretende, presencialmente e nas redes sociais, aumentar o conhecimento sobre este fenómeno e incentivar à sua rejeição. À agência Lusa, a PSP sublinhou que a luta contra o “bullying” tem de ser diária e constante.

Já falta pouco para as férias de Natal! As aulas terminam a 17 de dezembro e regressas à escola a 6 de janeiro.

“Sempre a reciclar na tua escola” procura aumentar a reciclagem junto das escolas em Braga

No ano letivo 2023/2024 as escolas portuguesas receberam mais

8 mil alunos.

1.613.419

é o número de alunos nas salas de aula de todo o país

Um aumento de 0,5% em comparação com o ano letivo anterior.

O número de alunos nas escolas aumenta há 3 anos consecutivos. Contudo, é um número inferior quando comparado com anos anteriores.

Em 2021/2022, os estabelecimentos de ensino receberam mais

15 mil

estudantes e em 2022/2023 foram

19 mil

os novos alunos nas escolas portuguesas.

A Tetra Pak, em parceria com a Braval, lançou o projeto “Sempre a reciclar na tua escola”, que tem como objetivo a sensibilização de alunos, professores e auxiliares para a reciclagem das embalagens de cartão para bebidas no ecoponto amarelo. Na primeira fase do projeto, dez escolas do 1.º ciclo, localizadas na zona de atuação da Braval (Braga, Póvoa de Lanhoso, Vieira do Minho, Amares, Vila Verde e Terras de Bouro), vão participar na iniciativa que pretende “aumentar as taxas de reciclagem deste tipo de embalagens em Portugal”.

Práticas

de meditação e mindfulness nas escolas de 1º Ciclo em Albergaria

O município de Albergaria-a-Velha, no âmbito do programa municipal de promoção de sucesso escolar “Encontros com a Educação – Todos pelo Sucesso”, está a implementar junto das crianças do 1.º ciclo do Ensino Básico este ano letivo, o projeto “Be Your Mind”. Numa sessão com a duração aproximada de 45 minutos e dinamizada por uma psicóloga, esta é uma metodologia que, através de práticas de meditação e mindfulness, pretende ativar as estruturas neurológicas, responsáveis pela aprendizagem escolar.

Queres divulgar alguma atividade da tua escola? Envia-nos um email para geral@forum.pt!

160 alunos do Agrupamento de Escolas de Alcanena assistem a aula aberta de Mário Centeno

O governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, deu, no dia 18 de outubro, uma aula aberta à qual assistiram 160 alunos do ensino secundário do Agrupamento de Escolas de Alcanena. Em declarações ao jornal O Mirante, a diretora do agrupamento, Ana Cláudia Cohen, destacou o entusiasmo dos alunos perante “os assuntos debatidos, nomeadamente economia, inflação, bancos centrais e a importância das instituições”.

No Agrupamento de

Escolas Gomes Monteiro celebrou-se o Dia Mundial da

Alimentação

No dia 16 de outubro, o município de Boticas realizou várias atividades no Agrupamento de Escolas Gomes Monteiro para assinalar o Dia Mundial da Alimentação. As atividades tiveram o intuito de sensibilizar as crianças para a prática de hábitos saudáveis através da alimentação (como o consumo de fruta) e a importância desses hábitos no seu crescimento.

Projeto “Ludorrecreios” vai animar os intervalos do Agrupamento n.º1 de Elvas

O Agrupamento n.º 1 de Elvas, em parceria com a Associação Juvenil Arkus, deu início ao projeto “Ludorecreios” durante o mês de outubro. Com duração prevista até ao final do ano letivo, o projeto tem como objetivo o desenvolvimento de animação sociocultural, no intervalo das aulas, com profissionais da área. Dirigido aos alunos do 1.º ciclo, esta animação é considerada “fundamental na rotina diária dos alunos”. Algumas das atividades propostas são jogos tradicionais, atividades com música, lúdicas e de estimulação cognitiva.

Farto/a de previsões sem sentido? Encontra toda a informação sobre o teu futuro eM forum.pt

Prevejo que algo inesperado vai acontecer...

Ubuntu Fest Gaia’24

Uma Celebração de Paz e Diálogo Intergeracional

O Ubuntu Fest voltou a reunir, em Vila Nova de Gaia, todos os que fazem parte da sua missão. Nos dias 24 e 25 de outubro, a Comunidade esteve junta para promover a paz, incentivar a participação ativa em ações de convivência e respeito mútuo, e estimular o diálogo intergeracional e intercultural. Num ano repleto de desafios acrescidos para a Humanidade no contexto global, escolher o tema da Paz como mote para o Ubuntu Fest Gaia’24 foi imperativo.

A edição de 2024 do Ubuntu Fest arrancou com vários workshops que, aliados à arte, permitiram construir pontes entre crianças, jovens e séniores. No Centro de Dia do Centro Social de Oliveira do Douro - Novinhos de Quebrantões, juntaram-se idosos dos 70 aos 90 anos que foram convidados a criar gigantones, numa atividade dinamizada por Isidro Soares Já na Escola Básica de Corveiros, houve “Paz e pão para encher o coração”. A artista Francisca Soares pôs uma turma do 3.º ano a pensar num mote para a Paz e, a partir dele, desafiou-os a desenhar vários posters. Os 19 pequenos líderes Ubuntu arregaçaram as mangas e criaram verdadeiras obras de arte, seguindo o mote “paz significa que há amor no mundo”.

Na Escola Básica da Ganja, a turma do 3.º ano, orientada por Filipa Valente, criou o Livro Branco das Plantas Inventadas, um herbário imaginário onde cada aluno desenhou plantas com poderes para melhorar o mundo. Inspirados pela ideia de um livro branco — que explica temas complexos de forma acessível — os alunos usaram a criatividade para resolver problemas globais. Rodrigo, por exemplo, imaginou uma planta que elimina a guerra com um líquido mágico.

O poder da partilha

Pela sala de aula do 3.º ano da Escola Básica de Chousela, entraram vários pratos para alimentar a Paz. Dinamizado pela artista Diana Lucena, este workshop explorou o poder da partilha

através da comida, enquanto gesto que promove a união e compreensão. Os participantes foram convidados a desenhar a sua comida favorita e a partilhá-la com quem gostariam. “Baixar armas, levantar corações“, A Paz nunca pode ser esquecida”, “Queremos Paz, sempre Paz” ou “Respeito pela Paz para termos liberdade” foram alguns dos apelos que nasceram na Oficina - Cartaz pela Paz, na Escola Básica do Cedro, dinamizada pela artista Amargo

Os educadores participaram em dois workshops de grande impacto. Um deles teve como tema “A Escola Finlandesa – A Experiência de Quem Faz Diferente”. A professora Hanna-Reetta contou, na primeira pessoa, a sua experiência como docente no sis-

tema de ensino finlandês, que prioriza a equidade e o bem-estar dos alunos, retirando o peso e o foco exclusivo nos resultados académicos. Hanna descreveu os dias que passou em Portugal como “um coração muito quente, uma atmosfera acolhedora”, onde conheceu “tantas pessoas bonitas” e onde aprendeu muito: “por isso, obrigada.”

Como mediar conflitos na Escola? O segundo workshop, “Mediação de Conflitos na Escola – Ferramentas e Estratégias”, abordou a importância de lidar com os conflitos escolares de forma pacífica e colaborativa, com a professora Mónica Soares. Este workshop discutiu como a mediação pode ajudar os alunos a desenvolver competências essenciais como empatia, comunicação e resolução de problemas, promovendo um clima escolar positivo e reduzindo a violência.

Numa oportunidade para refletir sobre a importância da Educação para a Paz, o Ubuntu Fest preparou uma Conferência no Auditório Maestro Cesário Costa. A roda de conversa que juntou Alunos e Educadores Ubuntu permitiu debater sobre como podem os Clubes Ubuntu ser promotores de Paz e perceber de que forma a expressão artística é importante enquanto ferramenta para a arte.

Para Sónia Moreira, Educadora Ubuntu de Valadares, “dá trabalho construir a paz, mas hoje é um ótimo dia para arregaçar as mangas.” Já para a artista Diana Lucena, a expressão artística “é boa para exteriorizar aquilo que as pessoas sentem, funcionando como um veículo que resolve conflitos internos e externos.” Diana destacou ainda que “a paz faz-se de diálogo, de empatia e de procura de entender o outro, de perceber o que é que falta a mim e aos outros,” sublinhando a importância de promover o diálogo e a compreensão mútua.

Depois de seis seminários inspiradores onde se juntaram à mesma mesa jovens de 185 países, o Ubuntu United Nations apresentou os seus resultados, que incluiu uma Rede Ubuntu Digital, um manual de formação, um livro e vídeos tutoriais da Academia de Líderes Ubuntu, co-construídos com uma equipa de parceiros como a Fundação Tomillo, Fundacão SM e Artevio.

Ao palco subiu ainda Nuno Archer de Carvalho (Coordenador de Formação e Desenvolvimento Pessoal no contexto educativo) que destacou que “o Ubuntu tem esta capacidade de ir criando modelos e diferentes projetos que são inovadores e que apontam caminhos

E, portanto, poder a partir do bairro envolver toda a comunidade.” O encerramento ficou a cargo das vozes do coro “Os Corveirinhos”, da Escola Básica de Corveiros, que encheram o Auditório com a sua atuação.

Esta edição encerrou com um lanche convívio de Amigos do Bairro, onde estiveram reunidas as quatro dimensões do Projeto Ubuntu no Bairro (Escolas, Famílias, Empresas e Comunidade), num momento celebração com todos os que participam, colaboram e vibram com esta missão de construir comunidade.

Videojogos que nasceram de livros

Além de proporcionarem material para adaptações cinematográficas e televisivas, os livros também alimentam o imaginário da indústria dos videojogos. Neste artigo, vamos deixar de fora as clássicas bandas desenhadas (que já tantos jogos nos proporcionaram) e destacar obras literárias que se transformaram em jogos de sucesso. Desta forma, se gostaste do jogo, também poderás gostar do livro que lhe deu origem.

The Witcher

The Witcher é uma saga de seis livros criada pelo autor polaco Andrzej Sapkowski e que já mereceu uma adaptação para televisão realizada pela Netflix. A obra acompanha o Witcher Geralt of Rivia, num mundo habitado por monstros, com muita magia e intriga política. Até ao momento foram lançados três jogo: The Witcher, The Witcher 2: Assassins of Kings e The Witcher 3: Wild Hunt. O terceiro título da saga foi aclamado pela crítica pelo universo criado e a atenção ao detalhe. Portanto prepara a tua bagagem, junta mantimentos e arranja alguns companheiros de viagem para viajares até ao fictício Continente e confrontar outros humanos, elfos e monstros que aqui habitam.

Black Myth Wukong

Uma adaptação da obra Jornada ao Oeste, publicada no século XVI, que conta a peregrinação do monge Budista Xuanzang, Black Myth Wukong acompanha Sun Wukong (também conhecido como o Rei Macaco). Sun é o protagonista do jogo, que tem como arma um bastão e vai aprender diferentes técnicas de combates, feitiços e até a capacidade de absorver espíritos. Conhece a China pelos olhos de Sun Wukong e ao longo de seis capítulos, batalha com Deuses do Budismo ou Taoísmo, ao mesmo tempo que descobres maravilhas culturais e naturais do mundo real que inspiraram estes cenários.

S.T.A.L.K.E.R

Em 1972, os irmãos e autores soviéticos Arkady e Boris Strugatsky, publicaram o livro Roadside Picnic ou Piquenique Na Estrada. A obra veio mais tarde a inspirar o filme de 1979 Stalker, de Andrey Tarkovsky, e o franchise de jogos S.T.A.L.K.E.R, um shooter jogado na primeira pessoa que tem lugar num universo alternativo, onde vários laboratórios se instalaram na Zona de Exclusão de Chernobyl depois do desastre nuclear de 1986. No ano de 2006, ocorre um novo desastre, que causa fenómenos físicos e meteorológicos na região, bem como a mutação das plantas e animais que aí vivem. Isto cria um conflito onde várias fações batalham para decidir qual o melhor destino para a Zona de Exclusão.

Sherlock Holmes

Desde 2002 que a produtora ucraniana Frogwares lança a franquia de jogos Sherlock Holmes, que se baseia nas obras do autor britânico Arthur Conan Doyle. Nestes 22 anos de existência, já foram lançados 9 títulos, que levaram o famoso detetive britânico e o seu parceiro Watson, a resolver vários mistérios, crimes e a enfrentar vários rivais, como a personagem fictícia Arsène Lupin ou o famoso serial killer Jack, o Estripador. Uma série de jogos premiada e elogiada pelos críticos, que te vai levar a conhecer diferentes fases da vida de Sherlock Holmes e promete levar-te numa jornada de muito mistério, ao investigar os crimes e as conspirações com os quais a personagem titular se depara.

Hogwarts Legacy

A imensidão do universo Harry Potter trouxe-nos esta adaptação que se afasta da narrativa dos livros. A história de Hogwarts Legacy passa-se no final do século XIX e neste RPG (role-playing game) jogado na primeira pessoa, o jogador pode criar a sua personagem, escolher uma das quatro equipas de Hogwarts para representar e mergulhar neste mundo que nos leva pela escola e outros locais deste mundo mágico. Aprende a lançar feitiços, a fazer poções, viaja na tua vassoura, ganha experiência e conduz a tua personagem numa missão que te vai levar a descobrir mais sobre os teus poderes de feiticeiro e um segredo que pode abalar a estabilidade do mundo mágico.

Disco Elysium

A história de Disco Elysium começa num livro que foi, à falta de melhor definição, um flop de vendas. O livro Sacred and Terrible Air, do escritor estónio Robert Kurvitz, centrase no mundo de Elysium, onde três homens procuram resolver um mistério com mais de 20 anos: o desaparecimento das suas colegas. Os eventos do jogo acontecem no mesmo universo, onde o jogador controla o personagem principal, um detetive com amnésia temporária, a investigar um crime num mundo aberto onde podes interagir com os NPC’s (non-playable characters). O jogo foi aclamado pela crítica, com elogios para a história e para algumas mecânicas de jogo inovadoras.

Na música, todos podemos ser

Quando Afonso Branco e André Ivo se cruzaram pela primeira vez, osto pela música foi uma das coisas que encontraram em comum. Dessa amizade, nasceu o projeto Miss Universo cujo primeiro álbum, Manifesto do Jovem Moderno, foi lançado a 18 de outubro. Afonso Branco, em conversa com a FORUM, conta tudo sobre a criação desta banda e revela alguns dos temas que lhe são importantes.

“Tudo começou num convívio com amigos”, começa por explicar Afonso Branco, uma das metades que compõe os Miss Universo. Nessa festa, Afonso conheceu André Ivo, que é hoje a outra metade da banda. Nesse primeiro encontro, Afonso e André perceberam que o gosto pela música os unia. “A partir daí, criámos uma relação”, recorda Afonso, de 20 anos. Foi apenas depois de André regressar de Nova Iorque que esta amizade resultaria na criação dos Miss Universo. “Nessa altura, juntámo-nos a tocar guitarra, algumas canções originais que tinha criado”, conta Afonso que, até então, tinha vindo a tocar na rua, sobretudo na Baixa Lisboeta. “Começámos a ficar com algo mais composto”, acrescenta, contando que, antes dos concertos em dupla, começaram por fazer DJ sets em conjunto em alguns espaços de Lisboa. Apenas depois surgiria a banda Miss Universo.

A explicação para o nome, garante Afonso Branco, “não é muito interessante”. Tudo começou quando Afonso e André estavam “numa fase em que tudo era nome de banda”

Focavam coisas que liam ou viam – de Super Bock a Smoking Filters – e, todos os dias, “tinham um novo nome para o projeto”. Até que, “numa conversa sobre uma Miss Portugal”, acabaram por fixar o nome do projeto em Miss Universo, que se mantém até hoje.

“Achámos piada e quisemos desconstruir isso, por não acharmos que exista uma relação entre a beleza e a inteligência”

A imagem de uma concorrente deste tipo de concursos, escolhendo a paz no mundo como o seu principal desejo, foi algo que divertiu os hoje Miss Universo “Achámos piada e quisemos desconstruir isso, por não acharmos que exista uma relação entre a beleza e a inteligência”, conta Afonso, antes de acrescentar: “Há sempre a ideia que ser Miss é uma coisa que não é para nós – mas a Miss podem ser várias pessoas que tenham coisas para dizer”

O que dizem os Miss Universo?

Em entrevista à Rimas e Batidas, em maio deste ano, Afonso disse: “Eu não tenho uma necessidade para lançar canções, tenho uma necessidade de coisas para dizer”. À FORUM, Afonso explica que o álbum de estreia da banda segue o mesmo objetivo: “Dizemos aquilo que pensamos e abordamos temas que nós achamos importantes” Quais são então as coisas que os Miss Universo têm para dizer?

Respondendo à pergunta, Afonso aborda os três primeiros singles do álbum de estreia da banda Manifesto do Jovem Moderno: Ser Português, Canção da Rua e Estamos Entregues aos Bichos. O primeiro tema é uma “música antirracista”, segundo Afonso, que é “completamente irónica”, chegando mesmo a “ser partilhada por malta nacionalista”. Já o single mais recente, Estamos Entregues aos Bichos, fala “sobre as pessoas estarem completamente alheadas e ficarem reduzidas aquilo que lhes é mostrado, ao invés de explorarem”. É aí que Afonso partilha uma frase que lhe foi dita em conversa por André: “Há muito a sensação de que somos a geração mais informada, mas não, somos a geração com mais informação, o que é completamente diferente”

A ligação musical entre André e Afonso passa também pelo campo da criação. Há músicas que nascem numa ideia de um, de outro ou de ambos. “O facto de uma canção vir de um de nós não significa que seja mais minha ou dele”, realça Afonso, que acrecenta que, hoje, já se conhecem “muito bem”. Uma relação que tem crescido também na estrada, com vários concertos pelo país que têm sido uma oportunidade de “trabalhar a relação com o público, a equipa e os músicos” que os acompanham desde o primeiro espetáculo.

A herança musical

Tanto Afonso como André são de famílias de músicos. Afonso é filho de músicos e neto de José Mário Branco, uma das figuras incontornáveis do panorama musical português do século XX. André conta com a influência de pais, tios e avós, sendo um deles o fadista lisboeta José Manuel Rato. Afonso considera que os dois músicos têm diferentes influências. A presença dos géneros musicais de rock e blues marcou o crescimento de André, enquanto Afonso diz ter tido uma escola “de música portuguesa, brasileira e muita música francesa”

Quando questionado sobre os artistas que mais o influenciaram no seu trajeto no mundo musical, Afonso refere nomes como Jorge Palma, Manuel Cruz, Zeca Afonso, A Garota Não ou Chico Buarque e diz ser “fascinado” pelos Beatles. “Tenho uma tatuagem dos Beatles e um poster deles na parede do meu quarto”, partilha.

Música, jovens e política

Falando sobre a relação atual que encontra entre o mundo da música e a partilha de convicções políticas, Afonso fala do caso dos Miss Universo, dizendo que “não é fã do conceito de músicos de intervenção” – “isso é meter todos os cantores de intervenção no mesmo saco e dizer que os outros músicos não intervêm”. Para justificar, cita uma frase ouviu certa vez ao avô, José Mário Branco: “O Tony Carreira e o Marco Paulo são tão músicos de intervenção quanto eu”

Aos olhos do músico, a ligação

“Dizemos aquilo que pensamos e abordamos temas que nós achamos importantes”

dos jovens ao mundo da política encontra-se viva. Afonso diz notar “uma preocupação e sentido de atividade”, usando como exemplo as manifestações antirracistas e pela habitação. “Muito pessoal que vi na manifestação da habitação era jovem e organizou-se em grupos”, revela, ressalvando que, no entanto, existem também aqueles que “se estão a borrifar para tudo porque dá trabalho e não dá prazer” “São pessoas que preferem estar na ignorância e estão mais felizes por causa disso”, reforça.

E o futuro dos Miss Universo? Depois do lançamento do álbum de estreia, a 18 de outubro, o futuro imediato dos Miss Universo passa pela apresentação deste trabalho em dois concertos: o primeiro a 15 de novembro, no Musicbox, em Lisboa, e o segundo no dia 21 de novembro, no Maus Hábitos, no Porto.

Olhando mais à frente, Afonso fala sobre a participação em festivais para “ganhar algum espaço” e partilha a ambição de um dia “poder vir a tocar num festival como o Bons Sons”. “Há muitos projetos que gostávamos de fazer como Miss Universo”, conta, antes de finalizar, sorridente: “Cada coisa a seu tempo”

“Há muitos projetos que gostávamos de fazer como Miss Universo”, conta, antes de finalizar, sorridente: “Cada coisa a seu tempo”

Entrevista a João Maia Ferreira

«O benji price era apenas uma faceta de mim»

O Lobo Um Dia Irá Comer a Lua representa uma nova fase na carreira de João Maia Ferreira, anteriormente conhecido como benji price. Neste álbum, explica o artista, o objetivo passou por explorar novas sonoridades e expressar a sua “criatividade ao máximo” sem ter receio de sair da zona de conforto. Em entrevista à FORUM, o artista falou do que podemos esperar de si nesta nova fase.

Porquê a mudança de benji price para João Maia Ferreira?

Tentando ser breve e conciso, não queria ser o benji price aos 40 anos. Estava a sentir-me desconfortável na pele dessa personagem e queria assumir o meu nome próprio já há muito tempo. Em grande parte, numa tentativa de viver uma vida mais autêntica e de tentar ser mais fiel aos meus princípios e às minhas crenças, não estando retido numa personagem. Basicamente, o benji price era apenas uma faceta de mim. E queria mostrar todas as minhas facetas, ao invés de estar focado numa só.

“Estava a sentir-me desconfortável na pele dessa personagem [benji price] e queria assumir o meu nome próprio já há muito tempo”

O primeiro tema que lançaste foi o Gárgulas e começas a música com “Não é preciso ter o nome na entrada”. Esta frase simboliza este “início” como JMF?

Sim, exatamente. Com essa frase, tentei dizer que não é preciso estar a utilizar o meu nome antigo para

mostrar o meu valor. Ou seja, se nós pensássemos na música portuguesa como uma festa, quer dizer que não precisaria de ter o nome na “guest list” para conseguir entrar. Quero dizer que não preciso de estar agarrado à minha marca antiga para mostrar que a minha marca atual tem valor e que conseguirei obter as mesmas coisas que já tinha antes.

O que nos podes contar sobre o álbum O Lobo Um Dia Irá Comer a Lua?

O importante é começar logo pelo título. Na mitologia nórdica, o Ragnarok – que é o Fim dos Tempos – é assinalado pelo lobo que come a lua. Gosto dessa ideia enquanto um lembrete da nossa própria mortalidade, da nossa própria finitude, de sabermos que as coisas um dia vão acabar. É importante tentarmos viver a vida ao máximo e de acordo com as nossas ideologias, com a nossa moralidade. Decidi dar este nome ao álbum como um lembrete para mim mesmo e com esperança que seja também um lembrete para outras pessoas. O álbum reflete esses temas. O facto de estar a tentar fazer uma mescla de géneros e sonoridades mostra a vontade de expressar a minha criatividade ao máximo, que não

tenho receio de sair da minha zona de conforto. São tudo coisas que tentei cunhar neste álbum e que espero que transpareça.

Contas também com colaborações como com Conan Osíris, Alex D’Alva ou João Não. Estás a aproveitar esta nova fase para explorar novos estilos?

Claro! Era uma coisa que queria fazer desde há muito e senti que este era o momento perfeito. O facto de o fazer chamando essas pessoas, que são artistas que não associarias instantaneamente à minha pessoa, vai ao encontro da minha vontade de fazer coisas fora da caixa. Preciso de fazer coisas com pessoas novas, que tu não estarias à espera, como é o caso do Conan, do Alex, do Keso ou do João Não. Fazer músicas com essas pessoas é só mais um dos passos para chegar onde quero chegar, que é a um sítio novo, ausente de caixas de género muito restritivas.

O rap passou por um grande crescimento ao longo das últimas duas décadas, com a chegada ao mainstream, e tu fizeste parte desse processo. Como é que vês o estado do rap hoje em dia?

O rap está bem vivo e em transformação. Cada vez explora

mais estilos diferentes e tenta chegar a sonoridades onde ainda não se tinha chegado. Há cada vez mais intervenientes de enorme talento dentro do hip hop português. Acho que nós estamos, sem dúvida, a ver uma geração que começou há cerca de oito anos a atingir o pico agora. Penso que tu nunca tiveste uma amostra tão grande de talento e com tanto alcance. Hoje em dia é o género dominante, não só em Portugal como no mundo, provavelmente.

“É importante para nós tentarmos viver a vida ao máximo, de acordo com as nossas ideologias e a nossa moralidade”

Ouves muita coisa além de rap? Sentes que isso é benéfico quando chega a hora de criar? Claro. É benéfico e higiénico sermos capazes de limpar os nossos ouvidos e o nosso palato com estéticas diferentes, sonoridades novas e, para mim, é absolutamente fundamental que o faça também. Então ouço muitas coisas fora do hip hop e também tento trazer para a minha música o que me inspirou nessas

sonoridades diferentes. Por isso é que neste projeto exploro a sonoridades mais disco e de eletrónica francesa, de house contemporâneo ou soul e, obviamente, com o hip hop sempre a colar tudo. Acho que isso é um é um reflexo também do meu gosto e sugiro vivamente a todas as pessoas que também vão explorando coisas novas.

Qual a diferença entre escreveres para ti e escreveres para outra pessoa? Notas alguma diferença? É uma diferença absolutamente abismal e um estado de espírito totalmente diferente. Adoro escrever e produzir para outras pessoas e é algo que quero fazer sempre, mas não há nada como escreveres para ti. Acho que não há mesmo nada como tu fazeres a tua própria música, pela tua cabeça sem teres de prestar contas a ninguém. É a coisa mais libertadora dentro da arte. Criares para ti mesmo, sem estares sujeito a mais opiniões. Mas é claro que opiniões são sempre boas e são sempre válidas e ninguém vive numa ilha.

Depois de sair o álbum e feito o concerto de apresentação, o que podemos esperar de ti?

Podem esperar mais concertos a tocar este projeto e obviamente, sempre tocando músicas dos projetos anteriores. Mas agora vou estar só

focado em promover este álbum, ter oportunidades para o tocar ao vivo e ouvir o feedback. Vou relaxar, tentar focar-me nos projetos de outras pessoas, mas também sempre tentando promover este álbum ao máximo.

“Acho que nós estamos, sem dúvida, a ver uma geração que começou há cerca de oito anos (no rap português) a atingir o pico agora”

Como é que defines a tua experiência no mundo da música até ao momento?

Tem sido tem sido uma caminhada com muitos altos e baixos. Já vi muitas paisagens diferentes e espero ver muitas paisagens mais. Tem sido gratificante e enriquecedor. Tenho tido experiências que nunca teria se não estivesse neste trilho. Tenho conhecido pessoas maravilhosas e talentosas, que me têm dado a oportunidade de pisar palcos, de que a minha música seja ouvida e de que possa partilhar a minha arte e ideias com o mundo. Por isso estou extremamente satisfeito e estou grato que a vida me tenha dado esta oportunidade.

A proibição do uso do telemóvel na escola é um tema em destaque neste início de ano letivo, motivando várias decisões e reações. Contamos-te tudo sobre esta questão, partilhando ainda a opinião dos estudantes.

No início do ano letivo 2024/2025, o Governo recomendou a proibição da entrada e do uso de telemóveis na escola para os alunos dos 1.º e 2.º ciclos do Ensino Básico. O 3.º ciclo também se encontra incluído nas medidas, com as restrições do uso do telemóvel a serem simplesmente aplicadas durante a hora do recreio. O uso de smartphones por parte dos alunos do ensino secundário também foi alvo de avaliação do Governo. Citado pela CNN Portugal, o ministro da Educação, Fernando Alexandre, sublinhou a importância de criar “uma estratégia dentro das escolas para que os smartphones sejam usados de uma forma responsável”, de forma a beneficiar “o ambiente escolar e o desenvolvimento dos nossos jovens” A decisão tomada teve por base resultados de estudos internacionais

da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), como o Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA). Estas investigações mostram que 34% dos alunos em Portugal diz distrair-se com dispositivos digitais (acima dos 30% de média da OCDE). Adicionalmente, 25% diz distrair-se com outros colegas que usam dispositivos como telemóveis (em linha com a média da OCDE).

No relatório PISA 2022, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) refere também que, nos países onde o uso do telemóvel é proibido nas escolas, os alunos foram “menos propensos a relatar distrações”

As reações à decisão

Em declarações à Sapo, a presidente da Confederação Nacional de Associações de Pais (CONFAP),

Mariana Carvalho, referiu haver consenso quanto à necessidade de regras quanto ao uso de telemóvel em ambiente escolar, mas defende que a proibição não é solução. “A sensibilização e formação são sempre a melhor opção, isto com a ajuda dos encarregados de educação”, afirmou.

Já a representante do movimento Menos Ecrãs Mais Vida, Mónica Pereira, em declarações à Agência Lusa, lamentou a opção do Ministério da Educação em manter a decisão sobre a regulamentação do uso de telemóveis nas escolas nas mãos dos estabelecimentos de ensino em vez de ser este a elaborar as regras. “Ficamos com a clara ideia de que o Ministério não vai seguir essa linha, o que é uma pena”, disse após reunião com o secretário de Estado Adjunto e da Educação, Alexandre Homem Cristo

A autonomia das escolas, contudo, é elogiada pelo presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), Filinto Lima: “Surge em jeito de recomendação, o que me agrada. Não fere a autonomia das escolas que tomarão uma decisão, como muitas já tomaram”, disse o dirigente, em declarações à CNN Portugal. Filinto Lima classificou ainda a ação como pertinente e salientou que esta “pode dar força a outras escolas de proibirem o uso do aparelho”

Escolas já aderiram em Portugal Segundo o Jornal de Notícias, 2% dos agrupamentos portugueses decidiram proibir o uso de telemóveis. Um dos exemplos é a Escola Básica da Lourosa, localizada em Santa Maria da Feira e que, em 2017, proibiu os dispositivos móveis em todo o recinto escolar numa medida que foi “um sucesso” para a diretora do Agrupamento de Escolas António Alves Amorim e que potencializou a socialização entre os alunos. No passado ano letivo, as escolas de Almeirim também seguiram o

exemplo, proibindo o acesso aos telemóveis aos alunos entre os 1.º e 3.º ciclos do ensino básico, com os alunos do Secundário a só poder utilizar os telemóveis na hora de almoço. Em Barcelos, na Escola Básica Integrada de Fragoso, mais de 500 alunos do 1.º ao 9.º ano estão proibidos de usar os telemóveis nas instalações do estabelecimento de ensino.

Em Gondomar, no Agrupamento de Escolas Infanta D. Mafalda, encontramos outro exemplo. No mês de março foi anunciada uma proibição parcial do uso dos telemóveis, com as escolas a estabelecerem dias específicos “sem telemóvel” para criar “outras rotinas de comunicação, de convívio e de crescimento em grupo”

Recentemente, o Jornal de Notícias noticiou a que o Agrupamento de Escolas Soares dos Reis, em Vila Nova de Gaia, tomou a decisão de até ao final do ano, proibir o uso de telemóveis nas salas de aula e no recreio. A medida foi feita a pensar “na saúde dos alunos”, de forma a promover a socialização e a combater o bullying

Benefícios e riscos da utilização de smartphones

O documento Orientações para a Utilização de Ecrãs e Tecnologias Digitais nas Escolas aponta algumas mais-valias na utilização de smartphones em contextos lúdicos e escolares, como benefícios cognitivos, psicológicos e sociais com uso moderado (1 a 2 horas). Por outro lado, acrescenta o documento, utilizados de forma consistente e com propósito definido, os smartphones podem estimular o envolvimento nas aulas e facilitar a aprendizagem autónoma e colaborativa dos alunos. Por outro lado, numa entrevista à Deco Proteste, em 2023, o professor catedrático da Faculdade de Motricidade Humana (FMH) da Universidade Lisboa, Carlos Neto, lembrou que o uso destes dispositivos contribui para o aumento do sedentarismo e da obesidade infantil. Também em 2023, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), aconselhou os países a fazerem uma revisão sobre a utilização de smartphones em contexto escolar indicando o impacto negativo no desempenho académico e no bem-estar físico e mental, bem como o risco acrescido de cyberbullying e ameaças à privacidade.

A opinião dos estudantes

A FORUM desafiou alguns estudantes para saber a sua opinião sobre o uso do telemóvel nas escolas. “Com os avanços da tecnologia até aos dias de hoje é impensável imaginarmos uma escola sem ela”, diz Nuno Fians, estudante do 12.º ano na Escola Secundária do Fundão. Para Nuno, o ensino deve ser mais tecnológico e assim efetuar a transição ecológica “de que as escolas tanto precisam” Na perspetiva do estudante, o telemóvel pode fazer parte da solução ao invés de ser um problema, contribuindo para uma escola onde se terminem com os testes em papel, simplesmente partilhando o documento em vez de “estar a imprimir toneladas de papel que chegam às escolas todos os anos” Esta é uma opinião que não é partilhada por Henrique Magalhães,

Nuno Fians

Escola Secundária do Fundão

“Com os avanços da tecnologia até aos dias de hoje é impensável imaginarmos uma escola sem

ela”

que estuda na Escola Profissional Profitecla do Porto. “Concordo plenamente com a recomendação do Ministério da Educação de restringir o uso destes dispositivos nas aulas”, começa por partilhar. Henrique acredita que o uso do telemóvel dificulta a socialização entre colegas e que esta última é “essencial para o nosso desenvolvimento pessoal e social”. O estudante vai mais longe: “Na minha opinião, deveria ser uma regra obrigatória em todas as escolas”

Embora o jovem de 16 anos reconheça a utilidade dos telemóveis quando utilizados de forma responsável, vê o equilíbrio do uso da tecnologia e das interações cara-a-cara como algo que pode ajudar a criar um ambiente escolar mais saudável e produtivo. A ideia de equilíbrio é também

Henrique Magalhães

Escola Profissional Profitecla do Porto

“Promover um uso consciente e equilibrado dos dispositivos móveis pode ser mais benéfico do que a restrição”

destacada por Thäddaus Möller, estudante na Escola Secundária de Alcains, que acredita ser preciso “encontrar um equilíbrio que permita aos alunos desfrutar das vantagens da tecnologia”, sem que isto comprometa a “sua aprendizagem e desenvolvimento social”

Enquanto defende a limitação do uso de telemóveis no primeiro e segundo ciclo do ensino básico, o estudante pensa que do terceiro ciclo para a frente tal limitação “deve ser revista”. Isto porque, acrescenta, nessa fase há uma mudança das “dinâmicas educativas” e “os alunos já demonstram uma maior maturidade e responsabilidade na utilização da tecnologia” “Promover um uso consciente e equilibrado dos dispositivos móveis pode ser mais benéfico do que a restrição”, conclui.

Thäddaus Möller

Escola Secundária de Alcains

Concordo plenamente com a recomendação do Ministério da Educação de restringir o uso destes dispositivos nas aulas”

46.º CAMPEONATO NACIONAL DAS PROFISSÕES

SkillsPortugal Norte 2024

Onde há competência, há um Norte!

Conhece as profissões em competição aqui

De 13 a 15 de novembro, Santa Maria da Feira é a capital das competências! Esteticistas e programadores de robots. Técnicas de mecatrónica-auto e jardineiros. Técnicos de eletrónica e marceneiras. Web designers e soldadoras. Técnicos de redes informáticas e cozinheiros. Rececionistas de hotel, fresadores e joalheiras. E muitos, muitos mais, vão competir na cidade de Santa Maria da Feira em novembro. Com arte e engenho, competência, qualidade e saber-fazer, teremos campeões e medalhas.

Quem vai concorrer?

Competem no Campeonato Nacional das Profissões cerca de 400 jovens, com idades entre os 17 e os 29 anos. Passaram por várias etapas de préseleção e agora vão competir em representação das 7 regiões do país - Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo, Algarve, Açores e Madeira, em 59 profissões, mediante a avaliação rigorosa de mais de 350 peritos.

O que podes encontrar?

3 dias de competição que podem fazer a diferença na tua vida. É uma oportunidade para testares as tuas competências naquela ou naquelas profissões que sempre tiveste vontade de experimentar. E quem sabe, não

Campeonato Nacional das Profissões é uma montra da qualidade da formação profissional que se faz em Portugal. É um acontecimento relevante para as escolas, para as entidades formadoras e para as empresas, que veem na valorização dos recursos humanos a chave para o seu crescimento e competitividade.

Quais são as provas?

Durante 3 dias os concorrentes realizam uma ou mais provas que simulam situações reais de trabalho de um profissional da sua ocupação (ver coluna). A par de competições individuais, realizam-se competições por equipa, que vão permitir valorizar, para além das competências técnicas

a obtenção dum objetivo comum. Este último aspeto é da maior relevância no mundo do trabalho. A proposta do Campeonato Nacional das Profissões é avaliar não só os conhecimentos teóricos e práticos dos concorrentes, mas também determinadas qualidades pessoais consideradas essenciais para um perfil profissional competente.

Onde e quando?

Europarque, Santa Maria da Feira, 13 a 15 de novembro 2024. Visitas abertas ao público entre as 10h00 e as 17h00

Quem promove?

O Instituto do Emprego e Formação

Profissional, enquanto representante de Portugal nas organizações WorldSkills International e WorldSkills , promove o Campeonato das Profissões a nível nacional e assume a representação portuguesa nos Campeonatos das Profissões de âmbito internacional.

E depois da competição?

Quem tiver o melhor desempenho nesta etapa nacional, poderá vir a representar Portugal na 9.ª edição do Campeonato Europeu das Profissões, que decorrerá em setembro de 2025 em Herning, Dinamarca, e na 48.ª edição do Campeonato Mundial das Profissões, que terá lugar em Xangai, China, em setembro de 2026.

A segurança rodoviária pode conduzir-te a um festival de verão

O desafio bp Segurança ao Segundo está de volta. Coloca a tua criatividade ao serviço da segurança nas estradas e habilita-te a ganhar um dos vários prémios que temos para te oferecer.

O bp Segurança ao Segundo (bpSS) é a iniciativa indicada para testares a tua criatividade enquanto o fazes por uma boa causa. Do 9.º ao 12.º ano de escolaridade, todos os estudantes em Portugal estão convidados a fazer um vídeo sobre um dos cinco principais fatores de risco de acidentes rodoviários no nosso país.

Os acidentes rodoviários continuam a ser a principal causa de morte nos jovens entre os 18 e os 24 anos. Por isso, esta é também a forma de participares num movimento que pode salvar vidas, ao transmitires os valores da segurança nas estradas.

Para participar, junta os teus colegas numa equipa de 4 a 10 elementos, convida um/a professor/a para coordenador/a e cria um vídeo original que transmita uma mensagem sobre um dos seguintes temas: condução sob o efeito de álcool ou drogas, velocidade excessiva, uso de telemóvel durante a condução, não utilização de cinto de segurança ou condução em situação de fadiga ou cansaço. Estas são as cinco principais causas de acidentes rodoviários mortais entre os jovens.

Cada elemento da equipa vencedora receberá um passe para um festival de

Datas importantes bpSS (calendário provisório)

verão à sua escolha, com as restantes equipas que compuserem o top 5 também a receber prémios que vão desde um bilhete para um festival de verão a cartões-prenda, para cada elemento das equipas. Existem também prémios para os professores, tendo estes a possibilidade de receber cartões-combustível com valores entre os 75 e os 300€, caso sejam os coordenadores de uma das 5 equipas finalistas. Agarra no teu telemóvel ou na tua câmara de vídeo, mostra que és um ás da segurança rodoviária e ganha um dos vários prémios que temos para te oferecer.

Entra no mundo da justiça

O projeto Justiça para Tod@s, projeto da Forum Estudante em parceria com a Abreu Advogados que te leva a conhecer o mundo da justiça por dentro, está de regresso em 2024/2025. Fica a conhecer neste artigo todas as fases desta iniciativa e fica a saber como podes, juntamente com a tua turma, ficar a conhecer o mundo do direito, das leis e da justiça por dentro.

O que é o Justiça para Tod@s?

O Justiça para Tod@s é uma iniciativa da FORUM Estudante, em parceria com a Abreu Advogados, na qual já participaram milhares de estudantes. O principal objetivo do Justiça para Tod@s é a promoção dos valores democráticos através da educação para a Justiça e para os Direitos Humanos. Visita www. justicaparatodos. net para saber mais e inscreveres a tua equipa!

1ª Fase

Inscrições (até janeiro de 2025)

O Justiça para Tod@s convida todos os estudantes a pensar a Justiça e os Direitos Humanos num jogo de simulação em Tribunal com o apoio de um juiz verdadeiro. Se tens entre os 12 e os 18 anos, deves começar por reunir uma equipa com professor/a coordenador/a e escolher um dos 14 casos eleitos para julgamento. Depois, visita a página www. justicaparatodos.net e preenche o formulário de inscrição.

2ª Fase

Encontrar um advogado-tutor (até fevereiro de 2025)

Depois de inscreveres a tua equipa, encontra um advogado-tutor dentro da tua comunidade (pode ser aluno finalista do curso de direito, um encarregado de educação que exerça, ou um advogado da comunidade, por exemplo). Podes ainda contactar a organização do programa e solicitar a colaboração de um advogado-tutor da Abreu Advogados.

3ª Fase

Contactar o Tribunal de Comarca (até fevereiro de 2025)

Consulta o mapa de Comarcas disponível em www.justicaparatodos.net e contacta o Tribunal da Comarca da tua área, para encontrar um Juiz, data e horas disponíveis para a simulação do julgamento.

4ª Fase

Prepara o teu caso (fevereiro e março de 2025)

Os meses de fevereiro e março servem para a preparação do caso por parte das equipas e dos ensaios para o julgamento final, que se deverá realizar entre março e abril. No período de preparação, a equipa deverá contactar a organização para esclarecer eventuais dúvidas que surjam e ter mais informações sobre o trabalho a realizar.

para Tod@s

Justiça

7 profissões para gostaquem de História

Heródoto, Pai da História

Historiador e geógrafo

Gostas de História e queres seguir essa

paixão? Explorar culturas passadas, encontrar artefactos esquecidos, contar eventos e

explicar a história por trás de certos objetos? Fica a conhecer 7 profissões que te vão fazer viajar pelo tempo e, quem sabe, levar outras pessoas contigo.

Historiador

Os eventos históricos precisam de profissionais que façam pesquisa sobre os mesmos, que os analisem e interpretem. O historiador ou historiadora é o profissional que se dedica a ler documentos, analisar depoimentos e registos de várias fontes para compreender os diferentes fatores (económicos, sociais, políticos, culturais ou religiosos) que levaram a esses acontecimentos e o impacto que estes tiveram na sociedade. É também alguém que estuda e escreve sobre história, levando-nos a ter um melhor conhecimento do que aconteceu ao longo dos tempos. Para seguires este caminho, precisas de ter uma licenciatura em História e mais tarde procurar especialização numa área que seja do teu interesse.

Arqueólogo

O teu gosto pode passar mais pelo trabalho no terreno e fazer a pesquisa com as tuas próprias mãos. Como arqueólogo vais assistir em escavações, procurar e analisar artefactos, estruturas e outros vestígios que vão ajudar a que se tenha uma melhor compreensão das culturas que viveram antes da nossa. Caso o trabalho de campo não seja do teu agrado, os arqueólogos também exercem em laboratórios, colaboram com universidades e museus e também trabalham como Técnicos Superiores, por exemplo. A licenciatura em Arqueologia é o caminho que tens de escolher para seguir esta área profissional no teu futuro.

Conservador-Restaurador

Se o teu interesse se encontra na área da preservação e manutenção de objetos, podes considerar uma licenciatura em Conservação e Restauro. O conservador-restaurador lida com artefactos e objetos sensíveis, já fragilizados pelo tempo cujo seu manuseamento requer bastante cuidado. Outros benefícios são a valorização e restauro destes bens culturais, com o profissional desta área a ter oportunidades de emprego em instituições como fundações, monumentos, sítios arqueológicos, laboratórios, entre outros.

Guia Turístico

A tua vocação pode estar em mostrar as belezas culturais e históricas que nos rodeiam e, caso decidas em tirar uma licenciatura em Turismo, mediante da tua área de especialização, poderás fazer isso. Tens de ter um profundo conhecimento histórico e cultural do local onde te encontras, capacidades comunicacionais, preparar as visitas e, simultaneamente, poderás conhecer culturas e línguas de todo o mundo.

Arquivista

Esta é uma profissão ideal para quem gosta de organização. A função do arquivista é fazer a gestão de informação e documentos, preservando-os e conservando-os ao mesmo tempo. A função de um arquivista é muito importante para qualquer organização ou entidade pública, pois estes ajudam na gestão

e conservação de informações históricas, sabendo também identificála e localizá-la. Um arquivista pode trabalhar tanto em universidades, como em museus e outras organizações públicas ou privadas. Para trabalhar nesta área precisas de um curso relacionado com as Ciências da Informação, seguindo tanto as opções de Licenciatura e Mestrado que estão disponíveis.

Curadoria

Na área da História, há quem também goste de planear e esse é o trabalho do curador. O curador planeia e organiza as exposições em museus e galerias, através da seleção das obras de arte que vão ser expostas. O curador escolhe quais são os trabalhos que vão estar expostos, interpreta a visão e a ideia do artista, de forma a que depois consiga transmiti-la para os visitantes da exposição. Um curso em Ciências da Arte e do Património pode ser a opção ideal, no caso de ambicionares seguir esta carreira.

Professor

Pode ser o ensino a área que mais te cativa. Enquanto professor de História vais transmitir o teu conhecimento sobre as mais variadas culturas, eventos e atores históricos, ajudando os alunos a interpretar e a compreender a relevância do nosso passado e herança. Para que te seja possível seguir esta opção profissional, tens de tirar uma licenciatura em História, seguindo-se depois um mestrado na área do Ensino.

Estudantes portugueses participaram no European Cybersecurity Challenge 2024

Mais uma vez, Portugal contou com representação no European Cybersecurity Challenge, que este ano se realizou em Turim, Itália.

Entre os dias 8 e 11 de outubro, a cidade de Turim, em Itália, recebeu a edição de 2024 do European Cybersecurity Challenge (ECSC), contando com a participação de uma equipa portuguesa. Neste evento, as equipas nacionais de cibersegurança são constituídas pelos 10 melhores talentos, entre os 14 e os 25 anos. No formato Capture The Flag (CTFs), são desafiadas a resolver problemas relacionadas com segurança informática. A Team Portugal ficou em 25.º lugar, alcançando uma pontuação total de 1275,16 pontos. Portugal participa no ECSC desde 2019, com uma equipa composta por 5 séniores (dos 21 a 25 anos) e 5 júniores (dos 16 aos 20 anos). De maneira a encontrar os 10 melhores talentos portugueses, o

Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS), o Instituto Superior Técnico (IST), a Universidade do Porto (UP) e a Associação Portuguesa para a Promoção da Segurança da Informação (AP2SI), em conjunto com o Centro Internet Segura (CIS), realizaram o Cybersecurity Challenge Portugal (CSCPT), em formato online, no dia 1 de junho.

De acordo com o Centro Internet Segura, este evento pretende “promover a educação, a formação e o reforço de competências, e ao mesmo tempo identificar jovens talentos para integrarem a Team Portugal no ECSC”, incentivando assim mais estudantes a enveredar pelo mundo da cibersegurança. A representação de Portugal, contudo, não se ficou pelo ECSC, com um elemento da equipa, Mariana Costa, e um treinador português, Pedro Adão a integrarem uma seleção europeia – a Team Europe. Esta equipa, composta pelos 15 melhores talentos europeus, competiu no International Cybersecurity Challenge (ICC) (ver caixa).

O ECSC é uma iniciativa da Agência da União Europeia para a Cibersegurança (ENISA) que tem como objetivo “valorizar o talento em cibersegurança em toda a Europa e ligar os melhores talentos a organizações líderes do sector”. Realizado anualmente num país europeu, este ano o evento realizou-se em Itália, na cidade de Turim, organizado pela Agência Nacional de Cibersegurança Italiana e pelo Laboratório Nacional de Cibersegurança CINI.

Equipa Europeia vence International

Cybersecurity Challenge (ICC)

A edição deste ano do ICC realizouse entre os dias 28 de outubro e 1 de novembro, na cidade de Santiago, no Chile. A equipa europeia foi a grande vencedora, pelo terceiro ano consecutivo. O ICC é um evento global de CTF, que conta com a organização da ENISA e de várias organizações internacionais e regionais, que representam mais de 80 países.

As provas do European Cybersecurity Challenge

Durante o ECC, ao longo de dois dias, um total de 37 equipas (31 equipas oficiais europeias e 6 equipas convidadas), competiram em dois tipos diferentes de CTFs: jeopardy e attack-defence. Mas em que consistem estas provas?

Jeopardy

Integra um conjunto de desafios criados para o evento e que se encontram distribuídos por 6 categorias: crypto, hardware, misc, pwn, rev, e web e cobrindo diferentes áreas do conhecimento. Esta prova pode ser realizada individualmente ou em equipa e deve ser resolvida o mais rapidamente possível. A meta é encontrar a flag (uma para cada desafio) e entregá-la aos organizadores.

Attack-Defence

Inclui o acesso a um conjunto de máquinas alvo às equipas, com o objetivo a ser a conquista e manutenção de controlo do maior número possível das mesmas. Estas máquinas incluem uma série de serviços vulneráveis, sendo que as equipas devem equilibrar a necessidade de atacar outras máquinas e de corrigir os serviços vulneráveis em máquinas que já controlam. Este CTF é feito com o intuito de ter os jogadores a distribuir as tarefas e a trabalhar como uma equipa.

Mariana Costa, e o treinador , Pedro Adão, membros da Equipa Europeia

Passados tantos anos, o que levou Zeus a descer do Olimpo? [resmunga entre dentes] Olá para si também! Onde é que está a educação quando se dirige ao rei dos Deuses? Agora já não se respeitam os mais velhos e sábios? Respondendo à sua pergunta, desci para ficar a par do mundo, para perceber porque é que se afastaram das religiões politeístas. Até os meus filhos… nem o Hércules me fala! Agora é Personal Trainer num ginásio em Santorini.

Responsabiliza alguém pelo fim do Helenismo?

Se responsabilizo… Até tenho medo de atirar nomes e acabar “cancelado” como se diz hoje em dia. Culpo aquele imperador Teodósio, que decidiu trazer a religião para a conversa e proibir

Entrevista a Zeus: “Antigamente tinham-nos mais respeito, não é como agora”

Determinado em aproveitar a sua reforma, Zeus mudou-se para Lisboa, vivendo agora num T1 em Campo de Ourique. Afastado dos filhos, aquele que em tempos foi o rei dos Deuses pede por um maior respeito pelas divindades do passado. A FORUM esteve à conversa com o “rei dos Deuses”, para melhor compreender as suas preocupações.

o culto público da religião grega. Tínhamos muita festa, rituais, tributos… Antigamente tinham-nos mais respeito, não é como agora.

Nos últimos milénios sentiu-se desrespeitado?

Senti e não foi pouco. Muito. Bastante, até! Antes eu mandava um temporal, relâmpagos e chuva por todo o lado e o que é que vocês faziam? Era um tributozinho, uma oferendazita para ver se a tempestade passava. Contam-se pelos dedos das mãos os tributos que recebi nos últimos milénios! Assim não me consigo governar.

Os seus familiares não o ajudam?

Não preciso deles para nada. Semideuses estão bem sem mim e adoração. E outros apenas aceitaram o fim do politeísmo, como se isso fosse

uma coisa boa. O Poseidon sabe o que foi fazer? Surf! Com aquela idade anda a caçar ondas pelo globo, que triste crise de meia idade. Depois dizme, quando lhe digo para fazer coisas dignas da sua idade e estatuto, “tens de relaxar, mano”?! É que nem eles se dão ao respeito. Uma vergonha.

Com a sua idade, é melhor acalmar-se, não?

Eu estou calmo! Você é que me pôs nervoso! Sabe, eu só queria ler o meu jornal em paz e nem isso você me deixou fazer. Vou mas é para casa que aí ninguém me incomoda e não tenho de aturar perguntas idiotas. Já agora, trouxeram guarda-chuva?

Não, está um dia de sol. Porquê? Que azar, acho que vai apanhar chuva pelo caminho!

Gasta a mesada em CASTANHAS ASSADAS e não na Black Friday

Novembro, o mês do São Martinho, das folhas caídas no chão, do chocolate quente ao pé da lareira e das promoções loucas na última sexta-feira do mês. Vem com o Esótanga e as minhas previsões vão mostrar-te como ter um ótimo mês.

SIGNO DO MÊS

Escorpião (23/10 a 21/11)

Os nativos de Escorpião ansiavam o mês de novembro. Era a altura de esbanjar as poupanças na Black Friday numa qualquer consola novinha em folha e com uma promoção choruda. Só que se calhar, as atenções deviam ser dispensadas para uma qualquer disciplina que já conheceu melhores dias.

Sagitário (22/11 a 21/12)

Tu estás bem, Sagitário. Olhando para o posicionamento de Andrómeda, consigo ver que preferes a companhia de um bom livro ou de uma boa série, a gastá-lo em gadgets informáticas e eletrónicas. Para leitura, sugiro Memorial do Convento. Vais agradecer-me um dia.

Capricórnio (22/12 a 19/01)

Quem é nativo de Capricórnio já está com a cabeça no Natal. Uns headsets para a mana, uma subscrição na Netflix para a mamã e uma no Spotify para o papá. De ti para ti? O ascendente em Gémeos diz-me que vais subscrever serviços premium e ter explicações de inglês.

Aquário

(20/01 a 18/02)

Uma pessoa entra no teu quarto e pensa que estás em Mercúrio Retrógrado, tal não é o calor que faz. Apenas investiste as tuas poupanças num aquecedor que te vai aquecendo as pernas enquanto estudas os climas frios em preparação para mais um teste de geografia.

Peixes

(19/02 a 20/03)

O outono é a tua estação preferida e dispensaste o materialismo da Black Friday. Como não trouxe o baralho de tarot, a manilha que tenho neste jogo de sueca que estou a fazer diz-me que vais aproveitar a época para passear e ver as vistas quando o sol assim o permitir.

Carneiro

(21/03 a 20/04)

Quem nasceu sob a influência do signo Carneiro é um caso sério nesta época do ano. Passas mais tempo a ver youtubers de tecnologias do que a estudar e queres ter o último grito da moda em tudo. Conselho de Esótanga: guarda os gritos para o vai-vem em Educação Física.

Touro

(21/04 a 20/05)

As noites do teu mês de novembro vão ser passadas em claro. Por vários motivos, mas o mais gritante é teres comprado uma luz de presença para te fazer companhia. Isto depois de teres feito uma maratona de filmes de terror no Halloween

Gémeos

(21/05 a 20/06)

Travaste amizade com alguém que é nativo de Caranguejo. O vosso mês de novembro vai ser passado em supostos convívios para estudar, que acabam em intensos debates sobre as fofocas da escola.

Caranguejo

(21/06 a 22/07)

Ver signo anterior e acrescentar que as fofocas vão visar sobretudo os signos de Leão, Capricórnio e Balança.

Leão

(23/07 a 22/08)

Quem nasce em Leão é caseiro e torce para que chova constantemente para ficar em casa. Não, não é com o objetivo de estudar, mas sim para usar aquele e-reader que estava à espera para comprar há tanto tempo na Black Friday. Tudo para ler de novo todos os livros de Harry Potter

Virgem (23/08 a 22/09)

O teu uso da Black Friday será para comprar um novo telemóvel. O Esótanga sugere usares a agenda, que é para não te esqueceres do teste de Filosofia como da última vez.

Balança

(23/09 a 22/10)

Mês difícil Balança. As mudanças constantes de tempo deixaram-te em casa com uma constipação. Podia ser pior…. Aproveitaste a tua nova TV LED HD 4K e fizeste binge de Stranger Things.

Revista Forum Estudante | Mensal Diretor: Gonçalo Gil Disponível apenas por assinatura com o custo mensal de 1€

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