CONVERSANDO COM OS BENEFICIÁRIOS Agora com a retomada gradual das atividades e ainda dentro de um contexto de limitações de interação social, o trabalho das entidades – que sobrevivem majoritariamente por meio de doações – continua intenso. E o apoio do Banco de Alimentos permanecerá em 2021, sobretudo com a perspectiva de acentuação dos efeitos econômicos gerados pela pandemia.
Sempre próximos da comunidade Um dos tantos exemplos de instituição que atuou fortemente e que ainda vêm trabalhando muito para dar conta de atender o seu público é a Casa do Excepcional Santa Rita de Cássia, localizada na zona norte de Porto Alegre. Há 43 anos, ela presta atendimento integral a crianças, adolescentes e adultos com necessidades especiais decorrentes de lesão cerebral. Conforme conta a presidente da Casa, Maria Irene Simões Pessoa Abrantes Zenhas, as necessidades foram muitas no auge da pandemia. “Naquele momento, nosso consumo interno aumentou bastante, tanto com nossos atendidos quanto com os mais de 40 funcionários. E o Banco de Alimentos nos atendeu prontamente”. Ela também destaca a parceria de longa data. “Desde a criação do Banco de Alimentos, nossa Casa sempre foi beneficiária. Fomos ajudados desde o começo. Não sei o que seria sem essa parceria. Sinto muita alegria e orgulho por isso, pois conheço o trabalho transparente do Banco”, diz. Outra entidade conveniada ao Banco de Alimentos, a Pequena Casa da Criança, situada no bairro Partenon na capital gaúcha, teve interrompidos os seus atendimentos presenciais a crianças, jovens,
Entidades foram o grande suporte para socorrer as comunidades carentes Na pandemia, instituições precisaram concentrar os trabalhos em atender a população com alimentação. E o Banco de Alimentos esteve presente com suas conveniadas nesta missão.
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entenas de entidades beneficiadas pela Rede de Bancos de Alimentos no Rio Grande do Sul trabalharam e continuam trabalhando continuamente para atender milhares de pessoas em situação de vulnerabilidade social. Quando a pandemia iniciou, muitas delas tiveram
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que alterar ou interromper os seus formatos usuais de atendimento e se direcionar para suprir uma carência ainda mais básica: a alimentação de inúmeras famílias. Se antes recebiam crianças, adolescentes, idosos e famílias em suas instalações para a realização de atividades, com o distanciamento social precisaram continuar fazendo o alimento chegar às pessoas. A tarefa teve o apoio permanente dos Bancos de Alimentos do Estado, que não apenas destinavam alimentos, mas também materiais de higiene, limpeza, cobertores e máscaras. No auge da pandemia, a distribuição de cestas básicas e de kits de higiene foi fundamental, e continua sendo.