ENTREVISTAS
HENRIK STILLE, NORDEA AM IAN BUTLER, J.P. MORGAN AM LEGISLAÇÃO
NOVAS REGRAS DE COMERCIALIZAÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA DE FUNDOS FUNDS SERVICES
“HÁ QUE GANHAR CONHECIMENTO!”: FORMAR-SE EM ESG NO MERCADO NACIONAL COM ESTILO
NÚMERO 39 JULHO E AGOSTO 2021
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AS LIÇÕES DO CICLISMO VIAGEM A OMAHA
OS FUNDOS ESTRANGEIROS QUE PREVALECEM NOS PERFILADOS NACIONAIS MERGULHÁMOS NO MUNDO DOS PERFILADOS PARA DESCOBRIR QUAIS SÃO OS FUNDOS INTERNACIONAIS COM MAIOR DESTAQUE NAS SUAS CARTEIRAS, QUER PELO MONTANTE INVESTIDO, QUER PELO NÚMERO DE PERFILADOS NOS QUAIS ESTÃO PRESENTES.
DWS CONCEPT KALDEMORGEN, COMBINANDO ATIVOS EFICIENTEMENTE HÁ 10 ANOS No seu 10º aniversário, o fundo multi-ativo DWS Concept Kaldemorgen continua a entregar com sucesso uma estratégia de alocação flexível de ativos com gerenciamento de controle de risco rigoroso Mais informações sobre o fundo: https://go.dws.com/kaldemorgenPT Investimentos estão sujeitos a riscos
A DWS é uma das principais entidades gestoras de activos do Mundo. Em Portugal, a entidade responsável pela comercialização dos produtos e serviços da DWS é a DWS International GmbH e autorizado a exercer actividades de intermediação financeira em Portugal, em Regime de Livre Prestação e Serviços. Os clientes podem aceder aos produtos ou serviços da DWS através de uma ou mais entidades, que serão identificadas de acordo com os contratos, acordos, materiais promocionais ou outra documentação relativa aos produtos ou serviços oferecidos. Este documento foi preparado sem considerar as necessidades particulares de investimento, objectivos ou circunstâncias financeiras pessoais de qualquer investidor. Antes de tomar uma decisão de investimento, os investidores devem considerar, com ou sem a ajuda de um consultor, se os investimentos e estratégias descritos ou fornecidos pela DWS são apropriados, com base nas suas necessidades específicas de investimento, perfil de investidor, objectivos e circunstâncias financeiras. Por outro lado, este documento tem apenas a finalidade de informar, não constituindo uma oferta, recomendação ou pedido para concluir uma transacção, e não deve ser considerado como aconselhamento personalizado ou recomendação de investimento. A DWS não presta aconselhamento fiscal ou jurídico. Os investidores devem consultar os seus próprios consultores fiscais e advogados considerando os investimentos e estratégias sugeridos pela DWS. Os investimentos com a DWS não são garantidos, a menos que o contrário seja expressamente especificado. 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O valor dos investimentos pode diminuir ou aumentar, e o investidor pode não recuperar o valor inicialmente investido durante o período de duração do investimento. Além disso, podem ocorrer flutuações substanciais no valor do investimento, mesmo em curtos períodos de tempo. A presente publicação contém declarações relativos ao futuro. Declarações relativas ao futuro incluem, mas não se limitam a, suposições, estimativas, projecções, opiniões, modelos e análise de rendimento hipotético. Os eventos futuros expressos constituem o julgamento da DWS até a data da divulgação deste documento. As declarações relativas ao futuro envolvem elementos significativos de avaliações subjectivas e análises, e a modificação das mesmas e/ou a consideração de factores diferentes ou adicionais podem ter um impacto significativo nos resultados incluídos. Assim, os resultados reais podem variar, mesmo substancialmente, dos resultados previstos neste documento. Nenhuma representação ou garantia é concedida pela DWS quanto à razoabilidade ou integridade de tais declarações prospectivas ou para qualquer outra informação financeira contida neste documento. Os termos e condições de qualquer investimento estão exclusivamente previstos nas disposições detalhadas, incluindo considerações de risco que são referidos nos documentos. Para tomar decisões de investimento, o investidor deve considerar toda a documentação final relativa à transacção (o Prospecto, as Informações Fundamentais Destinadas aos Investidores, os Relatórios anuais e semestrais, entre outros) e não apenas no resumo contido neste documento. Este documento não pode ser reproduzido ou divulgado por escrito sem a autorização da DWS. A circulação e distribuição deste documento pode ser restrito por lei ou regulamento em alguns países, incluindo os Estados Unidos da América. Este documento não é dirigido nem deve ser distribuído ou usado por qualquer pessoa ou entidade que seja cidadão, residente ou esteja localizado em qualquer localidade, estado, país ou outra jurisdição, incluindo os Estados Unidos da América, onde a distribuição, publicação, disponibilidade ou uso é contrário a qualquer lei ou regulamento, ou que sujeita a DWS a qualquer requisito de registro ou licenciamento que actualmente não se encontre naquela jurisdição. Pessoas que detenham este documento podem ser obrigadas a informar-se sobre e a respeitar as referidas restrições. Este documento não pode ser distribuído no Canadá, no Japão, nos Estados Unidos da América nem junto de qualquer pessoa que seja cidadão, residente ou local dos Estados Unidos da América. Rentabilidades passadas não são garantia de rentabilidades futuras. Nada do que é referido no presente documento constitui uma representação ou garantia quanto a rentabilidades futuras. O Prospecto e/ou as Informações Fundamentais Destinadas aos Investidores (IFI), aos quais deve ser anexado o último relatório anual auditado e o correspondente relatório semestral, se este for mais recente do que o último relatório anual, contêm a informação completa sobre o fundo. Os referidos documentos constituem a única base legal na qual os investidores devem apoiar a sua decisão de investimento para a aquisição ou subscrição de unidades de participação/acções do fundo. Se um instrumento financeiro é denominado numa divisa diferente da do investidor, qualquer flutuação na taxa de câmbio pode afectar negativamente o preço ou o valor do instrumento financeiro ou a sua rentabilidade, de modo que o investidor assume integralmente o risco cambial. O instrumento financeiro descrito neste documento pode não ser apropriado ao perfil de investidor de todos os investidores e, antes de decidir pelo investimento, o investidor deve assegurar-se que entende cabalmente as condições, características e riscos da transacção e que realizou um estudo independente da adequação da operação aos seus objectivos e circunstâncias pessoais, incluindo os possíveis riscos e benefícios da realização da referida operação. A informação mencionada anteriormente pode ser obtida em formato digital ou físico, sem qualquer custo, junto do consultor financeiro, da DWS International GmbH, ou no endereço www.funds.dws.com/pt. CRC: 083138
EDI TO RIAL HÁ CIRCUNSTÂNCIAS QUE SE REPETEM. NO VERDE DOS CAMPOS OU NO VERDE DOS PORTEFÓLIOS, HÁ QUE CHUTAR A BOLA PARA A FRENTE E MARCAR.
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A MESMA OPORTUNIDADE NÃO BATE À PORTA DUAS VEZES
A
cabou o Europeu de futebol. A sorte bater na mesma porta duas vezes era histórico, teria mesmo qualquer coisa de místico. Mas não bateu. A nação chora um bocadinho, culpa o treinador, a tática, a falta de querer dos jogadores... (a nossa frustração é sempre mais bem aceite quando encontramos razões aparentes que a justifiquem). Mas não entremos nas vicissitudes do futebol; deixemo-lo para quem entende. Foquemo-nos nos outros feitos. Não aconteceu ganharmos duas vezes seguidas o campeonato da Europa, mas Cristiano Ronaldo igualou o número de golos alguma vez marcado por jogadores de seleções nacionais, por exemplo. Há de facto circunstâncias que não passam duas vezes à mesma porta. Não esperam pela sorte, pelo melhor momento ou pelo nosso querer desmedido. Talvez não tenhamos tido ainda uma edição tão verde como esta que hoje folheia. O momento é histórico? Talvez sim. Mas talvez não passe duas vezes, e este é o momento para os players o agarrarem. Por isso, na secção de ISR, mostramos-lhe como é que hoje em dia se pode atribuir um preço ao clima, e quais as oportunidades de investimento que daí advêm. Vamos mais longe em duas vertentes essenciais na etapa em que nos encontramos no investimento sustentável: a formação e a informação. Embora seja um carrossel que não para, a formação no âmbito ESG tem de ser assumida pelos profissionais do setor. Listamos algumas das opções para o mercado nacional, mas fomos também olhar para quem coloca as mãos na massa. Perdão... na caixa de ferramentas ESG! Que provedores usam os players nacionais neste âmbito, e porquê? Não vale a pena estirarmo-nos no sofá a queixar do treinador, da má sorte, do poste... Ops, perdão de novo! Queria dizer a queixarmo-nos da regulação, da burocracia, da falta de clareza na taxonomia... A oportunidade não bate duas vezes à mesma porta. Mas ainda assim, há muitos recordes por quebrar. Neste campeonato, seguramente ganharemos todos. JULHO E AGOSTO I FUNDSPEOPLE 3
IN DI CE 39 I JULHO E AGOSTO
76
PANORAMA
12 Atentos às novas tendências 14 A Europa pode estar de volta? 18 Barómetro ABC 22 Fórum APFIPP: Poupar? 26 Ranking Selo FundsPeople 36 Gestão passiva dá novo empurrão ao mercado europeu de fundos
TENDÊNCIAS
40 Os fundos estrangeiros nos perfilados nacionais 44 Como chegar ao cliente que está fora do radar 50 O (des)consenso do valor 54 Semicondutores, estrelas no setor tecnológico 58 Boutiques europeias: em que são realmente boas? 62 Os Aladinos (GFIAS) e a Lâmpada Mágica 64 A caixa de ferramentas das entidades nacionais na informação ESG e ISR 68 Estamos às portas de um novo superciclo das matérias primas? 72 “Há que ganhar conhecimento!”
ENTREVISTAS 76 Henrik Stille 80 Ana Aguiar 82 Ian Butler 86 Carim Habib 88 Vinay Thapar
82
86
PRODUTOS
92 Primeira tormenta para o setor ecologia 98 Temáticos sustentáveis 102 Obrigações emergentes: um mercado em crescimento 106 Como atribuir um preço ao clima 110 ETF Temáticos: o futuro é agora 114 Os fundos de pensões superam a tormenta de 2020 117 Private Real Estate
ESTILO DE VIDA 120 As lições do ciclismo 122 Viagem a Omaha 4 FUNDSPEOPLE I JULHO E AGOSTO
80
88
JACQUES-AURÉLIEN MARCIREAU
Co-head of equities, tech expert
ESTARÁ O SECTOR TECNOLÓGICO À ALTURA DAS EXPECTATIVAS
Após vários anos com desempenhos notáveis, o universo tecnológico foi finalmente consagrado em 2020. Ergueu-se como um vencedor para o presente e futuro, apoiado por teorias sobre um mundo pós-CÓVID. Surgiu também como um aliado necessário para os governos, a fim de garantir a sua independência nacional, e para a humanidade, para que esta possa enfrentar grandes desafios como um confinamento a nível quase mundial. Numa altura em que se tornou demasiado fácil abraçar esta linha de pensamento, particularmente para os principais intervenientes neste segmento tecnológico, sentimos que é importante olhar para a trajectória e o futuro deste sector de forma crítica e com um certo grau de distanciamento. Este é um apelo à acção, porque apenas colectivamente conseguiremos ajudar a tecnologia a cumprir os seus compromissos. COMPROMISSOS SOCIAIS E ECONÓMICOS Diferenciemos entre compromissos sociais e económicos, e tomemos a tecnologia no sentido limitado, ou seja, as tecnologias da informação e da comunicação; e a tecnologia digital em sentido mais lato. Em relação a este primeiro aspecto social, é tentador concluir que, em vez de nos aproximar, a tecnologia afastou-nos ainda mais durante a última década, polarizando a sociedade através das redes sociais, agravando a desigualdade ao aumentar a riqueza de algumas tecnológicas, enquanto outras enfrentam o novo perigo de empregos “GIG”
(essencialmente trabalhadores independentes com tarefas mal remuneradas), e forjando igualmente um fosso abismal entre os chamados “winner-takes-all” e as que sobrevivem das migalhas que estamos dispostos a deixar-lhes; há 15 anos atrás vários concorrentes de dimensão semelhante podiam coexistir. Longe de ser uma fatalidade, consideramos que estes problemas podem ser equacionados tanto por cidadãos como por políticos e economistas e que reflectem a necessidade de regras para manter uma concorrência saudável. Também podemos olhar para o copo como meio cheio: as tecnologias desenvolvidas ao longo da presente década, designadamente as que envolvem o tratamento de dados e automação de equipamentos (1), e que começaram com os gigantes da internet, estão gradualmente a espalhar-se por sectores que potenciarão a criação de valor, em áreas que vão muito para além do mercado publicitário ou da distribuição “one day delivery”. Neste contexto, a biologia sintética e genómica, a logística, a inclusão financeira, a análise de riscos de seguros e a educação/formação podem ser aceleradas a um ritmo sem precedentes. Mais uma vez, a questão da utilização responsável continuará a colocar-se, mas os benefícios da evolução tecnológica serão significativos e suplantarão os debates conservadores do passado. Relativamente ao segundo aspecto, ou seja, o desempenho das empresas tecnológicas nos mer-
cados financeiros, é evidente que algumas promessas não serão cumpridas: 40% das empresas tecnológicas cotadas nos Estados Unidos ainda não são rentáveis, o que no entanto não impediu certos CEOs de se tornarem extraordinariamente ricos, captando benefícios de estruturas accionistas desprovidas de “Checks and Balances”. Vale a pena assinalar que algumas das avaliações das acções deste sector estão próximas das observadas durante a bolha dos anos 2000. Porém estamos bem cientes da necessidade de assumir eventuais perdas no início deste tipo de investimentos, a fim de desenvolver um projecto de enorme relevância no futuro. É de realçar que o crescimento do Facebook ou da Google foi quase sempre autofinanciado, e que algumas das empresas de que estamos a falar existem há já 5, 10, ou mesmo 20 anos. TOME UMA DECISÃO PONDERADA O corolário de uma possível bolha, é visto por alguns como positivo, dado que por vezes acelera o desenvolvimento económico, atraindo energia e capital com características semelhantes a um “buraco negro”. Na mesma linha, outros consideram trata-se de um mal necessário mesmo que dai resulte a ruína financeira de aforradores e de assessores financeiros, sendo esta evolução apenas traduzida como alguns danos colaterais significativos fruto da marcha do progresso. Pelo contrário, na área de gestão de activos do Grupo Edmond de Rothschild, acreditamos
que é nosso dever apoiar as mudanças tecnológicas em curso, mas com a prudência, pragmatismo e a disciplina daqueles que aprenderam que a confiança é o bem mais precioso a longo prazo. É esta a filosofia que orienta os investimentos do nosso fundo EdR Bigdata, que procura entrar na revolução tecnológica “BigData”, investindo em empresas que estejam directamente envolvidas no tema ou susceptíveis de ver o seu modelo de negócio por ele transformado e positivamente impactado. É por isso que a nossa gestão temática não se baseia em promessas e ilusões que se alimentam de expectativas inalcançáveis, mas em fundamentos sólidos e perspectivas realistas.
PRINCIPAIS RISCOS DE INVESTIMENTO O fundo tem uma classificação de 6 numa escala de 7. O perfil de alto risco/retorno do fundo reflecte a sua capacidade de estar exposto até 100% ao mercado accionista. Os riscos descritos abaixo não são exaustivos: é da responsabilidade dos investidores analisar o risco de cada investimento e formular a sua própria opinião. Risco de Gestão Discricionária: a gestão discricionária baseia-se nas expectativas do desempenho de diferentes mercados (acções, obrigações). Contudo, existe o risco de o Fundo poder não estar investido nos títulos com a melhor performance em todos os momentos. Risco de Capital: o valor de uma acção pode mudar dependendo de factores específicos do emitente, mas também de diferentes factores de mercado, políticos ou económicos que podem levar a variações substanciais no valor dos seus activos líquidos, e que podem ter um impacto negativo no desempenho do fundo. Risco de Investir em Empresas de Pequena e Média Capitalização: Investir em empresas de pequena e média capitalização pode envolver um risco maior do que o geralmente associado a investimentos em empresas maiores e mais estabelecidas. Os Subfundos que investem em pequenas empresas podem flutuar em valor mais do que outros Subfundos, devido à maior volatilidade potencial dos preços das Acções das empresas mais pequenas. Risco Cambial: Os activos podem ser expostos ao risco cambial quando a exposição cambial de certos activos do Subfundo é noutra moeda. Risco de Concentração: Certos Subfundos podem concentrar os seus investimentos em activos pertencentes a certos sectores específicos da economia e estarão, portanto, sujeitos aos riscos associados à concentração dos investimentos nos sectores em causa.
DISCLAIMER Maio de 2020. Publicidade. Este documento é emitido por Edmond de Rothschild Asset Management (França). Documento não vinculativo. Este documento é apenas para fins informativos. Qualquer reprodução, divulgação ou disseminação sem o consentimento prévio do Grupo Edmond de Rothschild é estritamente proibida. As informações fornecidas neste documento não devem ser consideradas como uma oferta ou uma solicitação a ser tratada por qualquer pessoa em qualquer jurisdição onde seja ilegal ou onde a pessoa que a fornece não esteja qualificada para o fazer. Não se destina a constituir, e não deve ser interpretado como aconselhamento para investimento, jurídico ou fiscal ou uma recomendação para comprar, vender ou continuar a deter qualquer investimento. A EdRAM não assume qualquer responsabilidade pelas decisões de investimento baseadas neste documento. O Fundo aqui apresentado não pode ser registado e/ou autorizado no seu país. Deve procurar o conselho do seu consultor profissional se tiver alguma dúvida sobre a adequação do Fundo mencionado à sua situação individual. Os dados numéricos, comentários, projecções e outros elementos contidos nesta apresentação reflectem a visão da EdRAM sobre os mercados e a sua evolução, tendo em conta o contexto económico e a informação disponível na altura. Podem ter perdido a sua relevância no momento em que o investidor toma conhecimento dos mesmos. Consequentemente, a EdRAM não aceita qualquer responsabilidade pela qualidade e exactidão das informações e dados económicos fornecidos por terceiros. Qualquer investimento envolve riscos específicos. Recomendamos aos investidores que assegurem a adequação de qualquer investimento à sua situação individual, recorrendo a aconselhamento independente e apropriado sempre que necessário. Além disso, os investidores devem ler o Documento de Informação do Investidor Principal (KIID) e/ou qualquer outra documentação legal exigida pela regulamentação local, que lhes é fornecida antes de qualquer subscrição e que está disponível em http://funds.edram.com, em qualquer altura, de forma gratuita. As rentabilidades e volatilidades passadas não garantem rentabilidades e volatilidades futuras e não são constantes ao longo do tempo. Em particular, podem ser afectados pelos movimentos das taxas de câmbio. Os dados de desempenho não incluem taxas e despesas incorridas relacionadas com a emissão e compra de unidades ou acções do OPC. As informações sobre títulos aqui contidas não devem ser interpretadas como uma opinião da Edmond de Rothschild Asset Management (França) sobre o desempenho futuro dos preços das empresas mencionadas ou, quando aplicável, sobre o desempenho provável dos preços dos instrumentos financeiros que podem ser emitidos por estas empresas. As informações fornecidas neste documento não devem ser consideradas como uma oferta de compra ou venda destas acções. É provável que as participações em carteira sofram alterações ao longo do tempo. “Edmond de Rothschild Asset Management”; ou “EdRAM”; é o nome comercial das entidades de gestão de activos do Grupo Edmond de Rothschild. As informações em anexo não fazem parte nem constituem um prospecto oficial do Fundo e não foram registadas, verificadas ou aprovadas pela CMVM. Para mais detalhes e informações sobre o Fundo, deverá consultar o prospecto do Fundo, artigos de constituição e relatórios financeiros, que estão disponíveis em qualquer distribuidor autorizado ou na CMVM. GLOBAL DISTRIBUTOR. EDMOND DE ROTHSCHILD ASSET MANAGEMENT (FRANÇA). 47, rue du Faubourg Saint-Honoré, 75401 Paris Cedex 08. Registo AMF No. GP 04000015 - 332.652.536 R.C.S. Paris. MANAGEMENT COMPANY. EDMOND DE ROTHSCHILD ASSET MANAGEMENT (LUXEMBURGO). 16, Boulevard Emmanuel Servais, L – 2535 Luxemburgo. SUB INVESTMENT MANAGER. EDMOND DE ROTHSCHILD ASSET MANAGEMENT (FRANÇA). 47, rue du Faubourg Saint-Honoré, 75401 Paris Cedex 08. EDMOND DE ROTHSCHILD ASSET MANAGEMENT (FRANÇA)
CO LABO RA DO RES
106 OSCAR DEL DIEGO EREZA, CFA Diretor de Investimentos, Ibercaja Gestión Como colocar no preço o clima
22
110 THOMAS PARATORE E ANAELLE UBALDINO
Analista APFIPP Poupar?
54
114 JAIME DE LEÓN CALLEJA
117 MARIA CARVALHO MARTINS
JOSÉ MANUEL LÓPEZ MAYHER
Associada, Sofia Leite Borges & Associados Os Aladinos (GFIAS) e a Lâmpada Mágica
98
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MIQUEL BARNET Diretor de Investimento em Espanha, Willis Towers Watson O negócio global dos fundos de pensões
Gestor de ações, especializado no setor tecnológico, Mutuactivos Semicondutores, estrelas no setor tecnológico
62
CONTRIBUTOS DO MÊS
Analista de ETF e responsável de operações, alternative solution, TrackInsight ETF temáticos, o futuro é agora Pág. 110
SÉRGIO BRITO
CIO, Kefrem Capital Private real estate: investimento no ativo físico
120 YUSUF DURMAZ
FRANCISCO CARNEIRO
Analista, Allfunds Estratégias temáticas sustentáveis
Managing partner, Lisbon Family Office As lições do ciclismo
102
122 NEREIDA GONZÁLEZ Consultora da área de Análise Económica e de Mercados, Afi Obrigações emergentes, um mercado em crescimento
Nota de redação A Primer Decil Consultores y Editores S.L. informa-o que os seus dados de carácter pessoal, obtidos na sua condição de subscritor da revista FundsPeople fazem parte do ficheiro 397084/2010 inscrito na Agência Espanhola de Proteção de Dados, sendo os mesmos apenas utilizados para os fins de envio desta revista e outras informações sobre produtos e/ ou atividades da entidade e/ou daquelas com as quais sejam celebrados acordos, assim como produtos e/ou atividades
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de patrocinadores e/ou colaboradores da revista e/ou da entidade, incluindo-se o envio de comunicações comerciais através de meios de comunicação à distância, efetuando, de igual modo, resumos estatísticos e/ou históricos. O leitor tem reconhecidos os direitos de acesso, retificação, cancelamento e oposição dos seus dados pessoais mediante comunicação individual que deverá enviar para o seguinte endereço de correio electrónico: protecciondatos@fundspeople.com A FundsPeople é uma revista dirigida exclusivamente a profissionais do sector financeiro e, em particular, a
EMÍLIA VIEIRA Charman & CEO, Casa de Investimentos Viagem a Omaha
entidades consideradas como contrapartes elegíveis ou investidores profissionais, ao abrigo da legislação aplicável. A informação sobre instituições de investimento coletivo ou outros instrumentos financeiros, constante da FundsPeople é apresentada unicamente com fins informativos e ilustrativos e nunca deve ser interpretada como uma oferta de venda ou uma recomendação de investimento. A informaçao não constitui uma descrição completa das instituições de investimento coletivo ou de outros instrumentos financeiros, mercados, ou desenvolvimentos a que se faz referência.
JUAN SAN PIO Diretor Comercial da Amundi ETF, Indexing & Smart Beta para a Península Ibérica e América Latina
Investimentos em ETF aceleram no sentido de um futuro sustentável
O investimento sustentável é um dos desenvolvimentos mais revolucionários dos nossos dias. Uma transformação que moldará o futuro para sucessivas gerações, a ascensão das questões ambientais, sociais e de governação (ESG) está a ganhar força, paralelamente ao crescimento dos ativos investidos em fundos negociados em bolsa (ETF). Estamos a testemunhar um aumento no investimento em ESG, na gestão de índices assim como no investimento ativo. Com novos investimentos no valor de 42 mil milhões de euros no mercado europeu de ETF ESG em 2020, comparado a 17 mil milhões de euros em 2019, o ritmo continua acelerado e a aumentar os ativos sob gestão, que registaram um crescimento de 135% em 2020 com quase 82 mil milhões de euros em ETF ESG1. Para explorar esta procura crescente por ETF ESG e para compreender o que está a motivar as decisões de investimento em fundos ESG, a Amundi realizou uma pesquisa com mais de 170 investidores profissionais de toda a Europa. AUMENTO DE INVESTIMENTOS EM ETF ESG Os ETF constituem uma forma ideal e de baixo custo para os investidores diversificarem os seus portefólios. Investimentos em ETF que seguem critérios ESG confere aos investidores uma exposição a títulos que contribuem para um impacto positivo, além de excluir os títulos que têm impactos negativos. Os ETF ESG na Europa foram responsáveis por 51% da coleta total dos ETF em 20202. Além disso,
a pesquisa com investidores em ETF confirmou que 69,7% planeiam aumentar seus inventimentos em ETF ESG durante o próximo ano. O alinhamento de investimentos com valores pessoais ou empresariais destacou-se como sendo o principal motivo para que os investidores optarem por investimentos ESG (77,3%). Apesar do impacto crescente da regulamentação, os investidores confirmaram que estavam mais motivados com os fundos ESG devido ao papel dos critérios ESG na melhoria do desempenho (50%) e na gestão do risco (48,5%), mais do que devido à regulamentação (24,2%). TEMPOS DE MUDANÇA: DESEMPENHO ESG E ALOCAÇÃO DE ATIVOS O tema do desempenho para investir de forma sustentável tem sido alvo de grande debate; porém, a pesquisa mostra que 84,9% dos investidores acredita que o investimento ESG não corresponde a uma perda de performance. Os dados da última década mostram que o Índice MSCI World SRI a rendeu 10,8% por ano, comparativamente a 10,1% para o MSCI World.3 À medida que os investidores transitam para soluções mais sustentáveis, existem muitas possibilidades de alinhamento do desempenho com o perfil da sustentabilidade. Desde o respeito pelos valores individuais, até à gestão dos riscos de sustentabilidade, à criação de impacto positivo ou à utilização de ESG como um factor para promover o desempenho sustentável, existem muitas abordagens para à incorporação de ESG nos portefólios. Anteriormente um setor de investimento de nicho, o ESG está
a evoluir como uma estratégia central nos portefólios; 67% dos investidores que responderam a pesquisa consideram o investimento em ESG como central. Esta transição é sublinhada pelas versões ESG de índices tradicionais, tais como o S&P 500 ESG e o EURO STOXX 50® ESG. O ENVOLVIMENTO PROMOVE A MUDANÇA SUSTENTÁVEL Os ETF ESG podem ser criticados por terem pouca ou nenhuma representatividade ou capacidade limitada de influenciar a mudança nas empresas a que estão expostos. Porém, os ativos geridos de forma passiva têm os mesmos direitos de voto que os restantes, e há muitos gestores passivos entre os maiores gestores do mundo. Os investidores podem selecionar um gestor com a experiência e os recursos próprios para votar nas assembléias dos acionistas. Em apoio da importância da função de representatividade dos gestores passivos, 45,7% dos investidores confirmaram que não investiriam num ETF ESG de um gestor que não considerasse o ESG na sua política de voto. Adicionalmente, 79,8% concordaram que o voto e o envolvimento dos gestores de ativos eram essenciais ou muito relevantes. ADEQUAR A EXPOSIÇÃO DO INVESTIMENTO AOS VALORES INDIVIDUAIS A intensidade ESG foi considerada o aspeto mais importante dos critérios de seleção de um ETF ESG. Este facto salienta a procura de estratégias ESG com um impacto positivo genuíno, em vez de apenas considerar as metas de sus-
tentabilidade como um mero exercício de gestão. Os critérios habituais para seleção de um ETF parecem ser menos críticos para os investidores que selecionam um fundo com critérios ESG. A intensidade ESG foi considerada mais importante que o fornecedor de índices e que a experiência em ESG do gestor de ativos, o que confirma a importância do desenvolvimento de soluções que correspondam às diferentes necessidades, valores e restrições dos investidores. Também abordámos na pesquisa o investimento em ETF dedicados à questão climática e concluímos que 74,2% dos investidores consideraram esta questão nos seus portefólios. Além disso, 64,9% afirmaram pretender alinhar-se com as metas do Acordo de Paris. Enquanto líder na transição ESG, a Amundi foi um dos primeiros gestores a proporcionar exposição aos índices de referência da União Europeia alinhados com o Acordo de Paris (PAB) e de Transição Climática (CTB), em 2020. Os ETF desempenham um papel fundamental na democratização do investimento em ESG, ao capacitarem todos os investidores a exercer um impacto positivo de uma forma adequada às suas necessidades e objetivos. Para saber mais sobre a gama completa de ETF sustentáveis da Amundi, visite https://www.amundietf.fr/professional/Investing-in-ETF/Responsible-Investing
1 Fonte: Amundi, 2021 2 Fonte: Amundi, 2021 3 Fonte: MSCI a 29 de janeiro de 2021
Informação Importante Documento dirigido a clientes profissionais, incluindo intermediários financeiros, e não se destina nem deve ser fornecido ao público. Este documento não está dirigido a cidadãos ou residentes nos EUA ou a qualquer pessoa de nacionalidade americana tal como está definido na regulação “US Securities Act de 1933” e como se encontra definido no prospecto da Amundi Index Solutions (o "Fundo"). A definição de cidadãos ou residentes nos EUA encontra-se nas menções legais do nosso site www.amundi.com. Amundi Euro Istoxx Climate Paris Aligned PAB OICVM ETF, Amundi MSCI Europe Climate Paris Aligned PAB OICVM ETF, Amundi MSCI World Climate Paris aligned Pab OICVM ETF, Amundi Index MSCI Global Climate Change - OICVM ETF e Amundi Index MSCI Europe Climate Change - OICVM ETF são subfundos (o "Subfundo") do Fundo, e são um esquema reconhecido para efeitos de S. 264 of the Financial Services and Markets Act 2000. Documento de natureza publicitária, simplificado, reservado para os investidores portugueses e sem valor contratual. Não constitui em nenhum caso uma recomendação, pedido, oferta ou aconselhamento financeiro sobre investimentos. A Amundi não aceita qualquer responsabilidade, direta ou indireta, que possa resultar da utilização de qualquer informação aqui contida, nem será responsável por qualquer decisão tomada com base nesta informação. Investir implica riscos, os participantes do fundo podem perder a totalidade ou parte do capital inicialmente investido. Rentabilidades passadas não são garantia de resultados futuros. O valor patrimonial líquido (VPL) dos Fundos é publicado nos mercados bolsistas. De um modo geral, as participações dos Fundos adquiridas no mercado secundário não podem ser diretamente vendidas aos Fundos. Os investidores devem comprar e vender participações num mercado secundário através de um intermediário (por exemplo um corretor), podendo incorrer em despesas. Os investidores poderão pagar um valor superior ao VPL em vigor ao comprarem as suas participações e poderão receber um valor inferior ao VPL em vigor quando as venderem. A compra de unidades de participação deverá ter como suporte o último folheto informativo, KIID, estatutos e relatórios anual e semestral registados na CMVM. Para mais informação, consulte a documentação legal vigente, disponível gratuitamente sob solicitação prévia à Amundi Iberia SGIIC, SAU registada na CNMV com o número 31 (Paseo de la Castellana 1, Madrid 28046), ou no endereço www. amundi.pt ou amundietf.com ou a través dos distribuidores autorizados em www.cmvm.pt. Antes de realizar qualquer subscrição, as pessoas interessadas devem assegurar-se que essa operação está permitida segundo a legislação vigente, comprovar as implicações fiscais e consultar os documentos legais em vigor. Debe garantir-se a devida adequabilidade dos riscos associados ao produto com os potenciais investidores, que devem ainda assegurar-se que entenderam o conteúdo do documento informativo. Está proibida a reprodução sem o consentimento prévio e por escrito da Sociedade Gestora. Os ETF estão registados no registo de organismos de investimento coletivo estrangeiros da CMVM. Amundi Iberia SGIIC SAU: comercializadora principal em Espanha, supervisionada pela CNMV e inscrita com o nº 31. Amundi ETF designa a atividade de ETF da Amundi Asset Management, SAS (“Sociedade por ações, regime simplificado”), com um capital social de 1.086.262.605€ e aprovada pelo regulador francês (Autorité des Marchés Financiers - AMF) com o número GP 04000036 na qualidade de sociedade gestora de carteiras, Bd Pasteur 90 - 75015 Paris - França - 437 574 452 RCS Paris.
DI RE TÓ RIO
Carmignac
22
Casa de Investimentos
22
CGD Pensões
22
Man Group
14, 20
REDAÇÃO
Mercer
26, 36
Credit Suisse
20
MFS IM
Crédito Agrícola Gest
22
Mirabaud 26
NACIONAL MARGARIDA PINTO, Editor - Portugal margarida.pinto@fundspeople.com CATARINA VINAGRE, Reporter catarina.vinagre@fundspeople.com
Dolat Capital DPAM
26
Montepio Valor
86
Morgan Stanley IM
20, 26
Dunas Capital - Gestão de Activos DWS
22 20, 26, 36
Eastspring Investments
40
ECS - SGFII
22
Edmond De Rothschild AM
20, 26
Eleva
20, 26
Epsilon Capital
14, 20, 26
Eurizon
20, 26
Evli
20, 26
Fidelity International
20, 26, 36, 40, 44
First Eagle Investment Management
20
First Fund Box
22
Floresta Atlântica
22
Flossbach von Storch
14, 18, 20, 26, 36
Franklin Templeton Investments
20, 26, 92
22 22
ABANCA 64
GNB Fundos Mobiliários
22
Aberdeen Standard Investments
GNB Gestão de Ativos
26
GNB Real Estate
22
Aegon Asset Management
36
Goldman Sachs AM
Ageas Pensões
22
Hawkclaw Capital Advisors
Algebris Investments
36
HSBC
12, 20, 26, 40 64 26, 36
Alger 26
IM Gestão de Ativos
AllianceBernstein
20, 26, 40, 88, 98
Imofundos 22
Allianz Global Investors
20, 26, 36, 40, 44
Imopolis 22
20, 22, 26, 36, 40, 50
Imorendimento 22
36
22, 26, 40, 64, 80
Institutional Investment - Partners GmbH 22
Atlantic 22
Insula Capital
AXA IM
Interfundos 22
14, 20, 26, 36, 40 22, 40 12
22
Invesco
20, 26, 36
Invest Gestão de Activos
22
BBVA AM
114
InvestCloud 12
BIZ Capital - SGOIC
22
iShares
12, 18, 20, 26, 36, 40, 92, 98
JKL
18, 20, 26, 40
BMO GAM
20
J.P. Morgan AM 14, 18, 20, 26, 36, 40, 50, 82
BMO Portugal
22
Janus Henderson
12, 14, 20, 26, 68
Jupiter AM
14, 18, 20, 26, 40
BPI Gestão de Ativos BPI Vida e Pensões Brown Advisory
20, 26
Nordea AM
18, 20, 26, 36, 40, 76
Norfin 22 Northern Trust AM
12, 20, 26, 36, 92, 98 12 20, 44, 58 22, 26, 40, 64 22 18, 26
36
OPQ Oddo BHF Asset Management OFI AM Pictet AM
18, 20, 26 20
Optimize Investment Partners
22, 40
18, 20, 26, 36, 40, 44, 92, 98
PIMCO
14, 18, 20, 26, 36 20, 26 22
RST Refundos 22 Robeco
20, 26
Ruffer
14, 20
S.G.F.P. Banco de Portugal Santander AM Schroders
La Financiere De L’Echiquier
26
La Française
12
Lazard AM
20, 26
Libertas 22 LM Capital Wealth Management
20, 26
22 22, 26, 40
Santander Pensões
22
12, 18, 20, 26, 36, 40, 68, 98
Seilern 20 SFS - Gestão de Fundos
22
SGF 22 Silar - SICAFI, SA
22
Silvip 22 Sixty Degrees
22
Square Asset Management State Street
22 12, 36, 40
T. Rowe Price
14, 26
TF Turismo Fundos
22
Trackinsight 110
UWXYZ
36, 40
Bluebay AM
BNY Mellon IM
20, 26
NN IP
12, 20, 26
GNB - SGP
BNP Paribas Wealth Management
Ninety One Fund Managers
Profile - SGFIM
GNB - SGFP
BNP Paribas AM
20, 26
Previsão 22
22
BlackRock
72, 92
Neuberger Berman
Futuro 22
GFM Gestão de Ativos
Baringa Partners
20, 26, 40
Natixis
Polar Capital
GAM
14, 18
18, 20, 26, 36, 40
Muzinich
Fundsmith 20
GHI
20, 26
22, 40 22
Fidelidade 22
Gesfimo 22
Bankinter GA
26
Montepio Gestão de Activos
Gef 22
AQR Capital Management
18, 20, 26, 50
Mirae Asset
DNB AM
ABC
20, 26, 44, 50
Mainfirst 68
20
20, 26
DEF
39 I JULHO E AGOSTO 2021
Amundi
M&G Investments
UB Asset Management
20, 26
UBS AM
20, 36
Vanguard
26, 36, 40
Victoria - Seguros de Vida, SA
22
Vila Gale Gest
22
Violas Ferreira - SICAFI, SA Vontobel AM
22 20, 26, 68, 92
VP Bank
12
Wellington Management
26
Caixa Gestão de Ativos
22, 26, 40
Lumyna Investments
36
Wells Fargo AM
26
Candriam
20, 26, 40
LYNX Asset Managers
22
Willis Towers Watson
114
Capital Group
20, 26
CEO GONZALO FERNÁNDEZ gonzalof@fundspeople.com
CPR AM
Columbia Threadneedle Investments
ÍNDICE DE EMPRESAS
Acatis
MN
20, 26
Carregosa SGOIC
Lyxor
8 FUNDSPEOPLE I JULHO E AGOSTO
36, 40
Xtrackers
36, 40
INTERNACIONAL ÓSCAR RODRÍGUEZ, Reporter orodriguez@fundspeople.com ANA PALOMARES, Reporter ana.palomares@fundspeople.com REGINA RIVERA, Reporter regina.webb@fundspeople.com DAVIDE MOSCA, Reporter davide.mosca@fundspeople.com FILIPPO LUINI, Reporter filippo.luini@fundspeople.com ANÁLISE Diretora MARÍA FOLQUÉ, Global Head of Analysis mfolque@fundspeople.com MIGUEL RÊGO, CFA, Head of Analysis - Portugal miguel.rego@fundspeople.com SAMUEL CAPUCHO, Fund Analysis Intern samuel.capucho@fundspeople.com MONTSERRAT FORMOSO, Senior Fund Analyst mformoso@fundspeople.com SIMONE VIDOTTO, Senior Fund Analyst simone.vidotto@fundspeople.com MARKETING RAQUEL ALONSO, Marketing Manager raquel.alonso@fundspeople.com IÑIGO IMBERT, Business Development Manager iimbert@fundspeople.com BORJA ANTÓN, Marketing & Business Development borja.anton@fundspeople.com AIDA CISNEROS, Events Manager - Iberia aida.cisneros@fundspeople.com GEMA VELASCO, Branded Content Manager - Iberia gema.velasco@fundspeople.com DAVIDE PASIMENI, Head of Italy davide.pasimeni@fundspeople.com GIOVANNA VAGALI, Events & Branded Content Manager - Italy giovanna.vagali@fundspeople.com CONSULTORIA: ANTONIO SALIDO, CEO, NUVIX CONSULTING SL. PAGINAÇÃO: ANTONIO CAPA E RODRIGO PÉREZ, KEMBEKE ESTUDIO. FOTOGRAFIA E VÍDEO: VITOR DUARTE E MÁXIMO GARCÍA, OJIPLÁTICO TRADUÇÕES: CRISTINA JAOUEN, FULLY INVESTED TRANSLATION. IMPRESSÃO: RIVADENEYRA EDITADO por © Primer Decil Consultores y Editores S.L. Todos os direitos reservados. SUBSCRIÇÕES: pt.fundspeople.com DEPÓSITO LEGAL M-48220-2008 REDAÇÃO MADRID Velázquez, 126. 4 Izquierda. 28006 Madrid Tel. (+34) 91 755 35 58 redaccion@fundspeople.com es.fundspeople.com REDAÇÃO LISBOA Espaço Amoreiras . Rua D. João V, nº 24, 1.03, E.26 - 1250-091 Lisboa Tel. (+351) 210 415 957 portugal@fundspeople.com PUBLICIDADE publicidad@fundspeople.com
Global inflation
2.2
2.1
2.0
1.9
2.1
2.4
2.7
3.0
2.8
1.1
Aug
Jul
1.4
1.6
1.8
1.6
1.5
1.5
1.4
1.3
1.2
1.5
1.7
1.9
1.7
1.1
0.3
0.1
0.5
0.7
3.0
3.2
3.3
3.1
3.1
3.0
2.9
3.3
3.8
4.1
4.7
4.4
3.8
3.2
2.6
2.7
1.5
1.4
0.6
1.2
0.6
2.8
2.6
2.1
1.4
1.5
1.4
1.7
1.2
1.3
1.0
1.0
0.8
0.7
1.0
1.3
1.4
1.2
0.7
0.3
0.1
0.3
0.4
-0.2
-0.3
-0.3
1.4
1.6
1.3
1.5
1.1
1.4
1.3
1.3
1.1
0.9
1.2
1.6
1.7
1.6
0.8
0.4
0.4
0.2
0.9
0.2
0.0
0.1
1.6
1.4
1.5
1.3
2.0
1.4
1.6
1.7
1.4
1.2
1.1
1.1
0.2
1.5
0.2
1.7
0.5
1.7
0.4
1.4
1.2
0.9
1.1
1.1
1.1
0.9
0.8
0.3
0.5
0.2
1.0
1.1
1.3
1.6
0.9
0.6
0.6
0.4
0.2
0.2
0.5
0.8
1.1
0.9
0.1
0.2
-0.3
0.5
1.1
1.1
0.4
0.2
0.2
0.9
0.1
0.1
0.6 -0.3
0.9
-0.1
-0.4
0.8
0.0
-0.2
-0.5
0.9
0.5
2.9
1.5 1.9
1.2
Nov
Jun
May
1.4
1.6
2.5
Oct
Apr
2.2
1.4
2.6
Sep
Mar
Feb
Jan
Dec
Oct
Nov
2020
2.1
Sep
May
2.3
Aug
Apr
2.1
Jun
Feb 1.8
Jul
Jan
Mar
Dec
Global economy Eurozone Developed Emerging
1.9 1.4
2.7
0.4 1.7 -0.3 0.2
-0.2
-1.0
-0.3
-0.6
-0.3
-0.7
-0.9
-0.3
-0.7
-0.6
-0.6
-0.9
-0.8
-0.9
-0.7
-1.9
-2.1
-2.3
-2.3
-2.0
-2.1
0.8
0.8
0.7
1.1
1.7
1.0
1.1
0.5
0.6
0.6
0.6
0.8
1.1
1.1
0.9
0.5
-0.3
-0.8
-0.6
-0.6
-1.1
-1.2
-1.5
-1.0
2.2
2.0
1.9
1.8
2.1
2.1
1.6
1.5
1.3
1.3
1.6
1.8
1.7
1.5
1.3
0.8
-0.2
0.1
0.9
0.7
1.0
0.6
0.4
0.2
0.1
-0.3
-0.3
-0.1
0.2
-0.2
-0.4
-1.0
-1.0
-1.3
-1.2
-1.4
-1.1
-0.9
-0.8
0.6
0.5
0.8
0.8
0.7
1.0
0.7
1.1
0.7
0.6
1.1
0.2
0.5
0.4
0.7
0.1
0.4
0.5
2.1
1.8
1.9
1.9
2.1
2.0
2.0
2.1
1.7
1.7
1.5
1.5
1.3
1.8
1.7
1.5
0.8
0.5
0.6
1.0
0.2
0.5
0.7
1.9
1.6
1.5
1.9
2.0
1.8
1.6
1.8
1.7
1.7
1.8
2.1
2.3
2.5
2.3
1.5
0.3
0.1
0.6
1.0
1.3
1.4
1.2
1.2
-0.4
-0.9
0.5
-0.5
0.3
0.2
0.2
1.9
1.7
1.5
3.2
2.8
2.7
0.5
0.9
2.3
0.7
2.5
0.7
0.5
0.3
0.2
0.2
0.5
3.8
0.8
4.5
0.7
0.4
0.4
0.1
0.1
0.1
0.3
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0.0
0.0
0.3
0.7
1.0
0.1
0.6
-1.0
-1.2
-0.7
-0.5
-0.3
-0.6
-0.3
0.1
5.8
7.2
6.3
6.2
6.7
6.7
7.3
7.6
6.9
4.2
4.0
3.3
2.4
1.9
2.1
1.3
2.3
1.4
0.3
-0.3
0.0
6.6
4.3
1.5
1.7
0.1
-0.2
7.6
3.3
2.0
2.4
1.0
1.9
7.4
2.5
2.2
2.7
1.1
1.1
5.5
2.9
2.7
2.5
1.5
0.6
4.6
3.4
3.0
2.4
0.7
0.4
4.0
3.2
3.0
3.3
0.2
0.4
3.3
3.4
2.7
4.3
0.0
0.4
3.1
4.7
2.6
5.2
-0.4
0.4
3.2
4.9
2.7
5.4
0.0
0.9
3.0
4.6
2.9
4.5
0.6
0.9
3.0
3.9
2.8
3.0 3.1
0.7
0.7
2.9
3.8
2.8
2.8 3.1
0.7
0.6
2.6
3.7
3.1
2.8
0.6
0.2
2.0
0.8
2.8
2.7
0.4
0.2
2.1
1.3
2.5
2.7
0.5
-0.1
2.4
1.4
3.1
1.6
3.9
4.3
4.8
4.4
3.9
4.0
4.4
4.3
4.0
3.8
3.2
3.0
3.0
3.0
2.8
3.2
3.7
3.3
2.2
2.8
3.3
3.6
4.1
4.0
4.1
3.3
4.3
5.0
5.2
5.3
5.2
5.1
4.7
4.6
4.3
4.0
3.8
3.5
3.0
2.4
2.3
2.5
3.1
3.0
3.2
3.4
3.6
3.7
4.0
4.4
Source: Bank of Mexico, DGBAS, ECB, Goskomstat of Russia, IBGE, India Ministry of Statistics & Programme Implementation, Japan Ministry of Internal Affairs & Communication, Korean National Statistical Office, National Bureau of Statistics China, ONS, Refinitiv Datastream, Riksbank, Statistics Indonesia, Swiss National Bank, US Federal Reserve, J.P. Morgan Asset Management. Figures shown are for headline inflation and are % change year on year. Heatmap colours are based on the respective central bank target inflation rates. Blue is below target, white is at target and red is above target. Past performance is not a reliable indicator of current and future results. Guide to the Markets - UK. Data as of 31 December 2020.
6
Global inflation expectations Global economy
Simplify the complex with Market Insights
2019
2.1 1.6
Emerging Eurozone France Germany Italy Spain Greece Ireland Sweden Switzerland UK US Japan China Indonesia Korea Taiwan India Brazil Mexico Russia
| 6
GTM – UK
2018
Global Developed
| 7
GTM – UK
Headline inflation
Market-based inflation expectations
% change year on year
%, 5y5y inflation swap
4
4
Forecast
US UK
UK
Headline inflation target
Eurozone
3
Japan
3 US
2
2
1
1 Eurozone
0
0 Japan
-1
'15
'16
'17
'18
'19
'20
'21
-1
'22
'15
'16
'17
'18
'19
'20
'21
Source: (Left) Bank of Japan, BLS, Eurostat, ONS, Refinitiv Datastream, J.P. Morgan Asset Management. Headline inflation is measured using Consumer Price Index (CPI). Japan CPI has been adjusted down by two percentage points from April 2014 to March 2015 to remove the estimated impact of the consumption tax hike over this period. Forecasts are from Bloomberg contributor composite. (Right) Bloomberg, J.P. Morgan Asset Management. 5y5y inflation swap represents the market’s expectation of five-year average inflation, starting in five years’ time. Past performance is not a reliable indicator of current and future results. Guide to the Markets - UK. Data as of 31 December 2020.
7
Global earnings expectations and equity valuations Consensus estimates for global earnings per share
x, multiple
77x
80x 40x
625 EM
Equities
Current
35x
Japan
550
Range since 1990
US
Average since 1990
30x
Europe ex-UK
475
| 48
GTM – UK
Global forward price-to-earnings ratios
Index level, next 12 months’ EPS in GBP rebased to 100 at Jan 2000
UK 400
25x
325
20x 15x
250
10x
175
5x
100 25
0x '00
'02
'04
'06
'08
'10
'12
'14
'16
'18
Europe ex-UK
US
'20
UK
Japan
EM
Source: (Left) FTSE, IBES, MSCI, Refinitiv Datastream, Standard & Poor’s, TOPIX, J.P. Morgan Asset Management. MSCI indices are used for Europe ex-UK and EM. UK is FTSE All-Share, US is S&P 500 and Japan is TOPIX. EPS is earnings-per-share. (Right) IBES, MSCI, Refinitiv Datastream, Standard & Poor’s, J.P. Morgan Asset Management. MSCI indices are used for all regions/countries (due to data availability), except for the US, which is represented by the S&P 500. Past performance is not a reliable indicator of current and future results. Guide to the Markets - UK. Data as of 31 December 2020.
48
Global income Equity
% yield
Fixed income
Equities
10.6
Alternatives
10 8
Convertibles
Average UK inflation: 0.9% (12 months to November 2020)
6 4 2 0
0.1
0.2
UK cash
UK Gilts
| 49
GTM – UK
Asset yield comparison 12
7.2
1.4
1.8
2.0
UK IG
DM equity
EM equity
FTSE AllShare
4.9
4.3
4.3
4.6
Global REITs
EM debt
DM high yield
3.4
Global Global convertibles infrastructure
Global transport
Equity index yields % yield
Buyback yield
5
Dividend yield
4 3 2 1 0
49
MSCI World
S&P 500
FTSE All-Share
MSCI Japan
MSCI Europe ex-UK
MSCI EM
Source: (Top) Bloomberg Barclays, BofA/Merrill Lynch, Clarkson, Drewry Maritime Consultants, FTSE, MSCI, Refinitiv Datastream, J.P. Morgan Asset Management. Additional yield often comes with associated capital and/or liquidity risk. Global transport yield is as of September 2020 and global infrastructure yield is as of June 2020. Yields for the bond indices are yield to worst and dividend yields for the equity indices. Global transport levered yield is rental income minus operating expenses, debt amortisation and interest expenses, expressed as a percentage of equity value. Global convertibles: Bloomberg Barclays Global Convertibles; DM equity: MSCI World; EM equity: MSCI EM; UK Gilts: UK 10-year yield; UK IG: Bloomberg Barclays Sterling Agg. – Corporates; Global REITs: FTSE NAREIT Index; DM high yield: BofA/Merrill Lynch Developed Markets High Yield Constrained; EM debt: J.P. Morgan EMBI Global; Global infrastructure: MSCI Global Infrastructure Asset Index – Low risk. (Bottom) Bloomberg, FTSE, MSCI, Refinitiv Datastream, Standard & Poor’s, J.P. Morgan Asset Management. Buyback yield is last 12 months’ buybacks divided by the market cap of the index. Past performance is not a reliable indicator of current and future results. Guide to the Markets - UK. Data as of 31 December 2020.
Fixed income yields
| 69
GTM – UK
Fixed income yields %
Developed market government bonds
8 7
Investment-grade bonds
High yield bonds
Emerging market bonds
6 5
Fixed income
4 3 2 1 0 Return beta to MSCI World
-1
-0.1
0.0 -0.1
0.1 -0.2
0.1
0.2
0.3
0.2
0.2
0.2
0.2
0.4
0.5
0.4
0.5
0.5
0.3
0.0
0.3
0.1
0.4
0.5
-2
69
Source: Bloomberg, Bloomberg Barclays, ICE BofA, J.P. Morgan Economic Research, Refinitiv Datastream, J.P. Morgan Asset Management. Beta to MSCI World is calculated using monthly total returns since 2008. Indices used are as follows: Euro IG: Bloomberg Barclays Euro-Aggregate – Corporate; Global IG: Bloomberg Barclays Global Aggregate – Corporate; UK IG: Bloomberg Barclays Sterling Aggregate – Corporate; US IG: Bloomberg Barclays US Aggregate – Corporate; Euro HY: ICE BofA Euro Developed Markets Non-Financial High Yield Constrained Index; Global HY: ICE BofA Global High Yield Index; US HY: ICE BofA US High Yield Constrained Index; EMD corporate: CEMBI Broad Diversified; EMD local: GBI-EM Global Diversified: EMD local – China: GBI-EM China: EMD sovereign: EMBI Global Diversified; EMD sov. IG: EMBI Global Diversified IG; EMD sov. HY: EMBI Global Diversified HY. Past performance is not a reliable indicator of current and future results. Guide to the Markets - UK. Data as of 31 December 2020.
Global government bond yields and inflation expectations Nominal 10-year government bond yields
% 4.5 US
UK
UK
6
US
4.0
Germany
Germany 3.5
5
Fixed income
| 70
GTM – UK
10-year government bond breakeven inflation rates
% yield 7
3.0
4
2.5 3 2.0 2
1.5
1
1.0
0 -1
0.5
'98
'00
'02
'04
'06
'08
'10
'12
'14
'16
'18
'20
0.0
'98
'00
'02
'04
'06
'08
'10
'12
'14
'16
'18
'20
Source: (All charts) Bloomberg, J.P. Morgan Asset Management. 10-year government bond breakeven inflation rates are the difference in yield between nominal and inflation-protected government bonds, and are a market-based measure of average inflation expectations over the next 10 years. Past performance is not a reliable indicator of current and future results. Guide to the Markets - UK. Data as of 31 December 2020.
70
Oil
160
Crude oil production by country Million barrels per day
Oil price
1,800
Rigs
25
1,600
140
1,400
120
OPEC (ex-Saudi Arabia & Iraq) 20
1,200
100
15 1,000
US
Other assets
80 800 60
Russia 10
600
40
400
20 0
| 78
GTM – UK
WTI crude oil price and US rig count USD/barrel (LHS); number of rigs (RHS)
Saudi Arabia 5
200
'07 '08 '09 '10 '11 '12 '13 '14 '15 '16 '17 '18 '19 '20 '21
Iraq 0
0
'07 '08 '09 '10 '11 '12 '13 '14 '15 '16 '17 '18 '19 '20 '21
Source: (Left) Baker Hughes, Bloomberg, J.P. Morgan Asset Management. (Right) EIA, Refinitiv Datastream, J.P. Morgan Asset Management. Past performance is not a reliable indicator of current and future results. Guide to the Markets - UK. Data as of 31 December 2020.
78
Metals
GTM – UK
Gold vs. real US 10-year Treasury yield 2,200
Index level, rebased to 100 in Jan 2007 -1.5
31 Dec 2020
2,000
| 79
Metal prices
$ per Troy ounce (LHS); %, inverted (RHS)
Gold (LHS)
$1,898
Real 10-year yield (RHS)
-1.1%
-1.0
200 175 150
1,800 -0.5
Copper 125
1,600
Other assets
0.0
100
1,400
Aluminium 0.5
1,200
Zinc
50 1.0
1,000
800
75
'12
'13
'14
'15
'16
'17
'18
'19
'20
'21
1.5
Nickel
25 0
'07 '08 '09 '10 '11 '12 '13 '14 '15 '16 '17 '18 '19 '20 '21
Source: (Left) Refinitiv Datastream, J.P. Morgan Asset Management. Real yield is the US 10-year Treasury inflation-protected security yield. (Right) Bloomberg, J.P. Morgan Asset Management. Past performance is not a reliable indicator of current and future results. Guide to the Markets - UK. Data as of 31 December 2020.
79
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39 I JULHO E AGOSTO NOTÍCIAS
O MAIS
1. Pedro Lobo (Bankinter): “Existem neste contexto menos opções de diversificação dos portefólios tradicionais” 2. Dez advogados portugueses reconhecidos como os melhores na Península Ibérica
VISTO EM
3. Ciao, Mr Bund… 4. As três gestoras de fundos de pensões que se destacaram no trimestre
/
5. João Pratas (APFIPP): “É
com especial entusiasmo que acompanhamos a criação deste novo produto de investimento europeu” 6. Fundos imobiliários abertos da Square AM e da Fundiestamo em destaque na última década 7. Taper tantrum: o que é e porque é o que mercado o receia tanto 8. Chart of the week – tecnologia chinesa: markedto-marxist
Período de recolha de dados: 26/05/2021 - 24/06/2021 em fundspeople.com/pt/
PERFIS
Hussein Sacoor SIG Capital
Jose Maria Cazal Ribeiro Julius Baer
Jorge Sousa Teixeira, CFA BPI Gestão de Ativos
Pedro Lobo Bankinter
Adelaide Marques Cavaleiro BBVA Asset Management
João Paulo Caldeira da Silva Novo Banco
Ulugbek Suyumov, CFA
Gonçalo Maleitas Correia Julius Baer
BPI Gestão de Ativos
BMO Global Asset Management
Banco BEST
IM Gestão de Ativos
SIG Capital
Nordea Asset Management
BlackRock Global Funds World Technology Fund
NB PPR/ OICVM
Alves Ribeiro PPR/OICVM
CA Património Crescente
FIM Aberto de Acções Santander Acções Europa
FIM Aberto de Acções Santander Acções Portugal
EMPRESAS
Interfundos
GNB Gestão de Ativos
PRODUTOS
Caixa Ações Líderes Globais
Caixa Seleção Global Moderado
10 FUNDSPEOPLE I JULHO E AGOSTO
Pedra angular Em mercados instáveis, são fundamentais alicerces sólidos. O fundo de ações globais BNY Mellon Long-Term Global Equity Fund pode atuar como pedra angular, fornecer estabilidade no longo prazo a qualquer carteira, para melhor resistir às forças do mercado, que se lhe podem deparar.
BNY Mellon Long-Term Global Equity Fund gerido por:
O valor dos investimentos pode cair. Os investidores podem não reaver a quantia investida. Apenas para clientes profissionais. Isto é uma promoção financeira e não constitui um conselho de investimento. Para uma lista completa de riscos aplicáveis a este fundo, por favor consulte o Prospeto ou outros documentos disponíveis. Antes de subscrever, os investidores devem ler o Prospeto mais recente e os KIID para cada fundo em que desejam investir. Visite www.bnymellonim.com. O Prospeto e os KIID estão disponíveis em inglês e numa língua oficial da jurisdição na qual o Fundo está registado para venda ao publico. O Fundo é um sub-fundo do BNY Mellon Global Funds, plc, uma sociedade aberta de capital variável (SICAV), com responsabilidade segregada entre sub-fundos. Constituída com responsabilidade limitada segundo as leis da Irlanda e autorizada pelo Banco Central da Irlanda como um Fundo UCITS. A Empresa Gestora é o BNY Mellon Fund Management (Luxemburgo) S.A. (BNY MFML), regulado pela Commission de Surveillance du Secteur Financier (CSSF). Endereço registado: 2-4 Rue Eugène Ruppert L-2453 Luxemburgo. Emitido na (em) Europa (ex-Suíça) pelo BNY Mellon Fund Management (Luxemburgo) S.A. (BNY MFML), uma sociedade anónima (société anonyme) constituída e existente segundo as leis do Luxemburgo sob o número de registo B28166 e tendo o seu endereço registado em 2-4 Rue Eugène Ruppert L-2453 Luxemburgo. O BNY MFML é regulado pela Commission de Surveillance du Secteur Financier (CSSF). 351900 Exp. 21/07/21 T9619 03/21
PANORAMA RADAR INTERNACIONAL
EUA
State Street coloca o foco nas finanças digitais
A State Street Corporation lançou uma nova divisão centrada em abordar a evolucão do setor em direção às finanças digitais. A nova entidade, denominada State Street Digital, apoiar-se-á nas competências digitais com as quais conta atualmente o grupo e irá ampliá-las para incluir criptoativos, moedas digitais emitidas por bancos centrais, blockchain e tokenização.
REINO UNIDO
EUA
BlackRock adquire o modelo de cenários de mudanças climáticas da Baringa Partners A BlackRock e a Baringa Partners assinaram um acordo para que a gestora adquira e incorpore o modelo de cenários de mudanças climáticas da Baringa. Será integrado na tecnologia Aladdin Climate. O novo acordo é um marco importante para ambas as empresas. Trata-se de uma colaboração para estabelecer o standard para a modelização dos impactos da mudança climática e a transição para uma economia baixa em carbono nos ativos financeiros para os investidores, bancos e outros clientes.
Nasce a Schroders Capital
A Schroders reuniu as suas capacidades de investimento em ativos privados sob a nova marca Schroders Capital. A nova unidade, que gere 65.000 milhões de dólares em ativos, abarcará a atual gama de capital de risco, titularizações, dívida privada, imóveis, infraestruturas e insurance-linked securities, assim como a especialista em investimento de impacto BlueOrchard, que manterá a sua própria identidade de marca.
MÉXICO
Janus Henderson sela uma nova aliança
A Janus Henderson assinou um acordo com a distribuidora chilena de fundos de terceiros Excel Capital para oferecer os seus produtos no México. A sociedade, que gere um património de 405.000 milhões de dólares, propõe-se a ganhar presença no país norte-americano graças a este novo acordo com a Excel, que já distribui os seus produtos na região andina.
FRANÇA
La Française aposta na blockchain
A La Française aderiu à IZNES, plataforma internacional de compra e venda de OIC europeus, que permite que os clientes institucionais usem blockchain nas suas operações em fundos. A gestora francesa, que tem contribuído ativamente para a criação desta plataforma, colocou à disposição dos seus clientes um primeiro veículo de investimento: o LF Trésorerie ISR, fundo monetário de referência do grupo.
ATENTOS ÀS NOVAS
FRANÇA
BNP Paribas AM fomenta a transparência sobre a biodiversidade
A BNP Paribas AM aliouse com a organização sem fins lucrativos CDP para desenvolver um quadro comum que facilite a inclusão de informação sobre biodiversidade nos relatórios corporativos. O novo sistema permitirá integrar estes dados na tomada de decisões de investimento, de negócio e de políticas a nível global.
TENDÊNCI
12 FUNDSPEOPLE I JULHO E AGOSTO
LIECHTENSTEIN
VP Bank potencia os seus serviços na cloud
O VP Bank associou-se com a InvestCloud, fintech especializada em serviços na cloud, para lançar uma plataforma aberta de serviços de gestão patrimonial orientada a grandes patrimónios. A nova arquitetura digital oferecerá soluções personalizadas tanto aos clientes do VP Bank como a outros HNWI, embora não trabalhem diretamente com a boutique centro-europeia.
DUBAI
Nova divisão de BNP Paribas Wealth Management
A BNP Paribas Wealth Management criou uma nova unidade de negócio EMEA centrada nos clientes NRI (cidadãos indianos não residentes na Índia) do Médio Oriente e Europa e colocou Vijay Narain à frente das equipas comerciais da nova divisão. Como explica a gestora, esta categoria de clientes de elevado potencial partilha necessidades comuns e um enfoque universal na matéria de investimentos internacionais.
CHINA
GSAM reforça área de wealth management
A Goldman Sachs alcançou um acordo com o Industrial and Commercial Bank of China (ICBC) para formar uma empresa conjunta dedicada à gestão patrimonial. Esta joint venture, participada em 51% pela Goldman Sachs AM e em 49% pelo ICBC, oferecerá produtos de investimento a investidores de retalho e institucionais de toda China.
CIAS
SINGAPURA
GAM abre nova sede
A GAM reforça a sua presença na Ásia com a abertura de uma nova filial em Singapura. A gestora nomeou Terence Bong responsável de Desenvolvimento de Negócio e Relação com Investidores para a cidade-estado e para a região do sudeste asiático. A nova sede sublinha a importância estratégica da área da Asia Pacífico para a GAM, que já conta con escritórios em Hong Kong, Tóquio e Sidney.
A sustentabilidade, a digitalização de serviços, os ativos privados e os mercados asiáticos são cada vez mais relevantes a nível mundial.
A OPINIÃO DE NICK SHERIDAN Gestor do Horizon Euroland Fund, Janus Henderson Investors
É SUPOSTO 2021 SER A VITÓRIA DO VALUE? À medida que as economias começam a recuperar da pandemia do coronavírus e os efeitos negativos no produto interno bruto (PIB) diminuem, acreditamos que as ações de valor podem aumentar. O dinheiro grátis oferecido pelos bancos centrais é um pouco mais problemático, mas se a ideia é que a inflação seja susceptível de subir - os investidores de ouro e de criptodivisas acreditam certamente nisso - então, no mínimo numa base relativa, o value deberá beneficiar. É por isso que, para 2021, mantemonos cautelosamente otimistas. Esperamos que as perspetivas para este ano sejam mais positivas. As economias e a confiança empresarial deverão recuperar, enquanto as taxas de juro parecem susceptíveis de se manter baixas. Isto ajudará a reduzir o risco de endividamento. Dados os atuais e crescentes níveis de dívida das empresas e do governo, isto é algo positivo. Mas os riscos ainda existem. Se as empresas sentirem a necessidade de reforçar as suas finanças, os retornos para os investidores podem ser reduzidos. Se as empresas decidirem deter níveis mais elevados de ações, isto também poderá reduzir os retornos. Os indivíduos podem decidir que necessitam de maiores reservas de tesouraria e aumentar as poupanças através da redução das despesas, o que teria o impacto de diminuir a procura agregada. Assim, embora nos pareça muito provável que 2021 venha a ser recordado com mais carinho do que 2020, os riscos permanecem como sempre e lembram-nos a importância de sermos seletivos. JULHO E AGOSTO I FUNDSPEOPLE 13
PANORAMA SMART CONSENSUS por Samuel Capucho
A EUROPA
A
PODE ESTAR DE VOLTA?
As expectativas são que a Europa vai passar por um período de crescimento económico. Mas serão essas expectativas suficientes para o foco dos investidores se virar para a economia europeia?
expressão 30 anos gloriosos compreende o período que se seguiu à Segunda Guerra Mundial, que ficou conhecido como um período de forte crescimento económico, principalmente na Europa. Hoje, depois da guerra invisível que foi a segunda maior pandemia em 100 anos, pode – finalmente – avizinhar-se um período de crescimento no Velho Continente. Aliás, depois de a economia americana ter sido o centro das atenções por parte dos investidores ao longo dos últimos anos, o foco dos investidores parece estar a virar-se para a economia europeia. De facto, os gestores do fundo Ruffer Total Return International Fund, sublinham que: “Com o sucesso da aceleração dos programas de vacinação na União Europeia, acreditamos que o testemunho da liderança
FUNDOS QUE COMPÕEM A CARTEIRA DE CONSENSO DA FUNDSPEOPLE EM 2021 (*) FUNDO
CATEGORIA MORNINGSTAR
SELO FUNDSPEOPLE 2021
AXA WF Optimal Income
Mistos Flexíveis
DABC DABC
Epsilon Fund Enhanced Constant Risk Contribution
Mistos Flexíveis
DABC
FvS Multiple Opportunities II
Mistos Flexíveis
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
Acatis Gané Value Event Fonds
Mistos Moderados
Janus Henderson Balanced
Mistos Moderados
JPM Global Balanced
Mistos Moderados
Man AHL TargetRisk
Mistos Moderados
PIMCO GIS Dynamic Multi-Asset
Mistos Flexíveis
Ruffer Total Return Intl
Mistos Moderados
T. Rowe Price Global Allocation
Mistos Moderados
14 FUNDSPEOPLE I JULHO E AGOSTO
Capitalizando no trabalho que envolve o Selo FundsPeople, a nossa equipa de Análise construiu uma carteira de consenso Smart Consensus, que será a mesma para Espanha, Portugal e Itália. A carteira Smart Consensus é composta pelos fundos das categorias mistos moderados e mistos flexíveis que tiveram selo nos três países. O resultado é uma carteira formada por 10 fundos multiativos com o mesmo peso, seis moderados e quatro flexíveis. Fonte: elaboração própria com dados da Morningstar. Dados de 29 de fevereiro de 2021. (*) Carteira Smart Consensus FundsPeople 2020, com Selos FundsPeople 2021.
DISTRIBUIÇÃO POR ATIVOS OBRIGAÇÕES AÇÕES LIQUIDEZ E OBRIGAÇÕES A CURTO PRAZO OUTROS (DIVISAS, ALTERNATIVOS E IMOBILIÁRIOS)
70% 60% 50%
do crescimento está a ser passado dos EUA para a Europa”. Nesse contexto, os profissionais também partilham as mudanças que a equipa tem vindo a fazer nos últimos meses: aumento da exposição a ações europeias e aquisição de euro swaptions, de modo a protegerem-se contra um potencial aumento nas yields das obrigações.
40% 30% 20% 10% 0%
M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A M 2019
DICOTOMIA
No entanto, a opinião de Charles Shriver, CFA, e gestor do fundo T. Rowe Price Funds - Global Allocation Fund, não parece ir no mesmo sentido. “Nas ações, reduzimos a subponderação em ações de ativos reais sensíveis à inflação, e aumentámos a exposição a ações orientadas para o value nos EUA”, refere. O profissional assinala ainda que, a nível regional, houve uma redução na exposição a ações europeias, em favor de ações japonesas. Já no segmento obrigacionista, Charles Shriver coloca que estão sobreponderados em obrigações high yield. Aliás, o profissional diz mesmo que, no contexto atual, prefere obrigações, “visto que as avaliações das ações parecem, em muitos casos, dilatadas”. Muito se tem falado na pressão inflacionista que pode (ou já está) ser vivida. Face a esse contexto, os gestores do fundo Ruffer Total Return International Fund mencionam desde logo que a duração bruta do portefólio foi cortada com a venda de títulos de TIPs a 10 anos. Mas acrescentam, também, que têm vindo a reduzir o risco das ações. “A questão fulcral tem sido até que ponto os bancos centrais irão permitir que as yields aumentem antes de tomarem medidas”, colocam. Quanto a esta questão, Charles Shriver parece partilhar a mesma visão. “À medida que a atividade económica retoma à normalidade e as pressões inflacionistas aumentam, esperamos
2020
2021
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DA COMPONENTE DE AÇÕES EUROPA (INCLUI REINO UNIDO)
AMÉRICA DO NORTE (EUA E CANADÁ)
EMERGENTES (INCLUI PAÍSES ASIÁTICOS DESENVOLVIDOS)
JAPÃO E AUSTRÁLIA
70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0%
M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A M 2019
2020
2021
ALOCAÇÃO DA COMPONENTE DE OBRIGAÇÕES CORPORATIVAS
SOBERANAS
CASH
OUTRAS
70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0%
M M J J JJ A A S S O O N N D D JJ FF M M A A M M JJ JJ A A SS O O N N D D JJ FF M M A A M M 2019 2019
2020 2020
2021 2021
JULHO E AGOSTO I FUNDSPEOPLE 15
P
AR
P
R
TNE R
PANORAMA SMART CONSENSUS
AR
TNE
A OPINIÃO DE WILLIAM DAVIES CIO e responsável global de ações, Columbia Threadneedle Investments
EQUILÍBRIO DELICADO
A CARTEIRA DE ALEX LENNARD E JACQUES HIRSCH
gestores do fundo Ruffer Total Return International
“Os mercados estão a começar a atribuir um preço a uma incerteza de inflação mais elevada, e isso tem um impacto semelhante tanto nas yields das obrigações (para cima) como nos múltiplos de valuation das ações (para baixo).”
CHARLES SHRIVER, CFA
gestor do fundo T. Rowe Price Funds - Global Allocation
“As ações internacionais oferecem valuations relativamente atrativas, e o seu perfil mais cíclico pode ser benéfico à medida que as perspetivas de crescimento global para 2021 melhoram.”
aumentos correspondentes nas taxas de juro de longo prazo”. Assim, “a procura por títulos de maior rendimento será favorável aos sectores de crédito, mas os potenciais retornos estão limitados por spreads de crédito relativamente mais estreitos”, acrescenta. Em suma, parece estar a haver uma dicotomia nas alocações, o que pode estar a resultar do clima de incerteza 16 FUNDSPEOPLE I JULHO E AGOSTO
sobre os riscos de mercado que os profissionais anteveem. E, nesse sentido, os gestores do fundo Ruffer Total Return International Fund deixam uma nota importante: “Para atribuir um preço à incerteza, os mercados procuram um prémio de risco maior (ou avaliações mais baixas)”.
OS NÚMEROS
Os números de maio da carteira de Smart Consensus em 2021 continuam a revelar a preferência por ações, em detrimento de obrigações. Adicionalmente, ainda que marginalmente, a liquidez aumentou face a abril. A região europeia sofreu um ligeiro crescimento no peso das carteiras, contrastando com a região americana, que decresceu na sua preponderância, em maio. No entanto, regionalmente, não há alterações significativas. Efetivamente, e apesar das recentes alterações na carteira, Charles Shriver, continua a preferir ações internacionais. “As ações internacionais oferecem valuations relativamente atrativas, e o seu perfil mais cíclico pode ser benéfico à medida que as perspetivas de crescimento global para 2021 melhoram”, esclarece. Especificamente, no que se refere à classe obrigacionista, a alocação em obrigações corporativas continuou a tendência decrescente dos últimos meses. Por outro lado, as obrigações governamentais continuam a aumentar a sua preponderância.
Os caminhos económicos divergiram no primeiro trimestre, conforme as infeções por COVID-19 aumentaram em muitas partes do mundo, uma vez mais, levando a mais restrições. Os EUA e o Reino Unido aceleraram os seus programas de vacinação, permitindo que ambos os países prevejam uma reabertura antes do verão. A Europa também está a ver uma implementação melhorada, enquanto o Japão continua atrasado, assim como muitas economias emergentes. O caminho para a reabertura depende do ritmo das vacinações. Viagens, entretenimento e hospitalidade continuam a ser os setores mais atingidos, mas começam a ver um futuro. Esperamos que a procura reprimida por serviços impulsione o crescimento no segundo semestre do ano, levando a picos de pressão inflacionária. Conseguido proteger os mercados financeiros com enormes programas de flexibilização quantitativa, os bancos centrais vão continuar a aumentar os seus balanços. Os governos vão precisar de mais apoio para gerir o aumento da dívida, o que pesará sobre o crescimento potencial das economias, limitando as pressões inflacionárias. Olhando para o futuro, as perspetivas parecem desafiantes. A incerteza permanece alta e continua a representar um risco de queda para o crescimento. Com a inflação a começar a subir, os legisladores com credibilidade mais fraca podem ser forçados a começar a apertar para manter um real-rates buffer decente, ancorar as expectativas de inflação e evitar a depreciação do câmbio e saídas de capital acentuadas. O equilíbrio nos próximos meses será delicado.
Chegou a altura de ouvir o resto. Visite www.schroders.pt/para-alem-do-lucro
Capital em risco. Publicado pela Schroder Investment Management (Europe), S.A., autorizada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a operar em Portugal em regime de livre prestação de serviços, e com uma sucursal em Espanha, autorizada e registada na Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários (CNMV) com o número 20.
P A R A A L É M D O L U C R O
PANORAMA BARÓMETRO
DESCUBRA OS FUNDOS COM SELO São produtos que contam com a preferência dos analistas, se destacam pela sua consistência ou por serem blockbuster.
N
um mercado como o português, que conta com mais de 2.555 fundos registados para venda, a FundsPeople divulga os fundos com Selo FundsPeople 2021. São 557 produtos com selo, que se destacam por um ou vários dos seguintes três critérios:
DA Favoritos dos Analistas. Fundos
que acumulam um mínimo de cinco votos dos selecionadores dentro de cada questionário anual realizado em Portugal, Espanha e Itália, dirigido aos analistas de fundos, sobre os seus produtos favoritos. Existem 34 fundos que conseguem este selo.
D B Blockbuster.
São os ‘super-vendas’ do mercado. Incluem-se os produtos com mais de 100 milhões de euros distribuídos no mercado ibérico ou 50 milhões de euros no caso dos produtos nacionais. Adicionalmente, a estes últimos exigem-se captações líquidas a três anos superiores ou iguais a um quarto dos AUM no fecho do ano: cerca de 405 fundos alcançam esta classificação.
tegoria, a partir da base da Morningstar Direct, com referência ao final do último ano. São analisados os fundos registados para venda em Portugal, com uma antiguidade mínima de três anos à data de referência da análise. De cada fundo é selecionada uma classe, a mais representativa segundo um conjunto de critérios. Esta classe selecionada será comparada com os restantes fundos da sua categoria através de dois scorecards. No primeiro, são considerados critérios de rentabilidade e volatilidade acumulada a 3 e 5 anos, e no se-
gundo, dados individuais dos últimos cinco anos civis. Em ambos os casos, a rentabilidade e a volatilidade têm um peso de 65% e 35%, respetivamente. Do modelo resultam os fundos que se situam no primeiro quintil em ambos os scorecards. Há 213 fundos com classificação Consistente FundsPeople. Nos três casos são excluídas da análise as categorias de fundos com garantia de capital, target date, do mercado monetário, obrigações de muito curto prazo e rentabilidade ou maturidade objetivo.
PRODUTOS COM A TRIPLA CLASSIFICAÇÃO DO SELO FUNDSPEOPLE 2021 FUNDO Acatis Gané Value Event Fonds BlackRock Global Funds - World Technology Fund BlueBay Funds - BlueBay Invest. Grade Euro Govern. Bond F. Brown Advisory US Equity Growth Flossbach von Storch - Bond Opportunities JPMorgan Funds - Emerging Markets Equity Fund
lise da FundsPeople, dirigida por Maria Folqué, desenvolveu um modelo de seleção próprio para destacar os produtos mais consistentes em cada ca-
18 FUNDSPEOPLE I JULHO E AGOSTO
Technology Sector Equity Europe Fixed Income US Equity Large Cap Growth Global Fixed Income Global Emerging Markets Equity
Jupiter Global Fund - Jupiter Dynamic Bond
Global Fixed Income
MFS Meridian Funds - European Value Fund
Europe Equity Large Cap
MFS Meridian Funds - Prudent Wealth Fund
Aggressive Allocation
Morgan Stanley Investment Funds - Asia Opportunity Fund
Asia ex-Japan Equity
PIMCO GIS Dynamic Multi-Asset Fund Schroder International Selection Fund EURO Corporate Bond
DC Consistentes. A equipa de Aná-
CATEGORIA Moderate Allocation
Flexible Allocation Europe Fixed Income
Nordea 1 - Global Climate and Envir. Fund
Global Equity Mid/Small Cap
Oddo BHF Avenir Europe
Europe Equity Mid/Small Cap
Pictet-Multi Asset Global Opportunities
Cautious Allocation
PIMCO GIS Income Fund
Global Fixed Income
Schroder Internat. Sel. F. EURO Corp. Bond
Europe Fixed Income
DIOGO GOMES, senior CRM, UBS AM Iberia
Enquanto o Verão durar
Em muitos sentidos, este ano desenvolveu-se exatamente como se esperava: um crescimento muito sólido (por encima das previsões mais otimistas) essencialmente impulsionado pelo sucesso do processo de vacinação. Por outro lado, uma politica fiscal expansiva, uma Reserva Federal que se se manteve firme na sua convicção de que o aumento de inflação era algo transitório, assim como uma forte procura mundial contribuíram para este bom momento. Acreditamos que este cenário de retoma vai continuar na segunda metade de 2021. Este otimismo já se encontra descontado pelos mercados, não obstante, existem alguns desafios pela frente que podem ser problemáticos. O maior sem dúvida é a desativação gradual das políticas monetárias expansivas que essencialmente começa com uma redução das compras de ativos por parte da Reserva Federal. Acreditamos que o plano de redução será apresentado na reunião anual de Jackson Hole em agosto, ou até um pouco antes. Prevemos que o tapering real comece no fim do quarto trimestre de 2021 ou no início de 2022. As transições nas politicas monetária são sempre momentos delicados para os investidores, pois são fonte de volatilidade tanto para o mercado obrigacionista como para o
acionista. A espera é naturalmente ansiosa, pois as medidas exatas to tapering e os prazos, são atualmente uma incógnita. Não esperamos nada parecido ao chamado tapertantrum de 2013, mas não deixa de ser o primeiro passo para uma retirada muito prolongada de um enorme estímulo monetário ENTRAMOS NUM TERRITÓRIO DESCONHECIDO EM DUAS FRENTES Se a recuperação evoluir como esperamos, esta combinação de incertezas sobre a natureza exata do tapering e sobre o novo regime da Fed para subir taxas – menos preventivo num cenário de maior inflação faz-nos pensar que as taxas de rendibilidade das obrigações americanas poderão retomar uma trajetória ascendente, ainda que em menor medida que no primeiro trimestre. Consequentemente, acreditamos que é mais prudente para investidores adotarem um posicionamento mais defensivo através de obrigações americanas com menor duração. A EXPANSÃO DO CRÉDITO NA CHINA ESTÁ A RESTRINGIR-SE A China não enfrenta os mesmos problemas de inflação do que os EUA. O gráfico 2 mostra que o IPC na China foi só de 1,3% nos 12 meses que terminaram em maio de 2021. As
TAXA DE INFLAÇÃO NA CHINA 10 8
CPI YoY (%)
6 4 2 0 -2 -4 2007
2009
2011
SOURCE: BLOOMBERG, AS OF 30 APRIL 2021
2013
2015
2017
2019
2021
autoridades chinesas centram-se muito na estabilidade social e económica, em particular, vigiam de perto a fortaleza do renminbi. Por outro lado as autoridades chinesas também monitorizam o ritmo de criação de crédito, para garantir que a estabilidade financeira e monetária não se veja comprometida por uma excessiva acumulação de crédito em alguns setores da economia. Até à data, o endurecimento das condições financeiras foi levado a cabo sem grandes problemas de liquidez e sem outros sinais de tensões financeiras. Enquanto isso, as obrigações chinesas têm uma rendibilidade a cinco anos próxima dos 3%, o que conjugado com uma inflação ao redor de 1%, faz com que nos pareçam muito atrativas a nível mundial. VENTOS DE PROA… Alguns dos possíveis obstáculos que podem vir ao de cima são o aumento do preço do petróleo e de algumas matérias-primas, a desvalorização do dólar americano e a subida das taxas de juro. Em algum momento, tudo isto, poderá tornar-se num obstáculo para o gasto (pelo menos para os consumidores americanos) e consequentemente para o crescimento. Nesse momento, vão ser postas em causa algumas valorizações nos mercados de crédito, em particular em High Yield, mas também no mercado acionista. Dado que as presentes valorizações descontam o cenário mais otimista, optamos por um posicionamento mais defensivo com uma menor exposição ao crédito de maior risco. Em conclusão, estamos a viver um período de grandes tensões: endurecimento do crédito na China, uma política monetária da Fed mais flexível, uma extraordinária expansão fiscal em muitos países que pode, ou não, estender-se até 2022 e adiante, periódicas erupções geopolíticas, valorizações extremas nos mercado financeiros, e inevitavelmente , a incerteza das variantes do vírus que podem, ou não, desfazer todo o progresso conseguido até agora. Assim, há que estar sempre disposto a reorganizar o posicionamento de uma careira em função da evolução da situação no terreno. O sucesso na gestão consiste em lidar e adaptar-se às realidades de um mundo complexo, em constante mudança, sempre disposto a desafiar o “Status Quo”.
PANORAMA BARÓMETRO
OS FUNDOS INTERNACIONAIS SUPER-VENDAS NA PENÍNSULA IBÉRICA
ara ter o Selo de Blockbuster (B), os produtos internacionais devem alcançar os 100 milhões de euros de património distribuído no mercado P ibérico. Fonte: gestoras e diferentes entidades distribuidoras.
01 FIXED INCOME
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02 MULTIATIVOS E ALTERNATIVOS
500 1.000 BGF EURO SHORT DURATION BOND A2 EUR DWS FLOATING RATE NOTES LC MUZINICH ENHANCEDYIELD S-T HUSD ACC A CARMIGNAC PF SÉCURITÉ F EUR ACC MS INVF EURO CORPORATE BOND I FIDELITY EURO SHORT TERM BOND Y-ACC-EUR JUPITER DYNAMIC BOND I EUR Q INC AXAIMFIIS EUROPE SHORT DUR HY A CAP EUR PIMCO GIS INCOME INSTITUTIONAL USD ACC SCHRODER ISF EURO CORP BD I ACC EUR UBAM DYNAMIC US DOLLAR BOND AC USD NORDEA 1 - LOW DUR EURP COV BD BI EUR MS INVF SHORT MATURITY EURO BOND I FVS BOND OPPORTUNITIES IT GAM MULTIBOND LOCAL EMERGING B. USD C VONTOBEL EUR CORP BD MID YLD B EUR AXAIMFIIS US SHORT DUR HY A CAP USD JPM US AGGREGATE BOND D (ACC) USD JPM GLOBAL CORP BD A (ACC) USD CARMIGNAC PF UNCONS EURO FI F EUR ACC GS EM MKTS DBT BASE ACC USD NORDEA 1 - EUROPEAN COVERED B. BP EUR AXAWF EURO CREDIT SHORT DUR I CAP EUR JANUS HENDERSON HRZN E. CORP BD I2 EUR INVESCO EURO SHORT TERM BOND C EUR ACC JPM GLOBAL STRAT BD A PERF (ACC) EURH MFS MERIDIAN EMERGING MKTS DBT A2 USD NEUBERGER BERMAN SHRT D. DBTUSD I ACC NN (L) US CREDIT P CAP USD INVESCO EURO CORPORATE BOND C EUR ACC PIMCO GIS GLINGD CRDT INSTL USD INC VONTOBEL TWENTYFOUR STRAT. HI HDG EUR MS INVF GLOBAL FIXED INCOME OPPS Z UBAM GLOBAL HIGH YIELD SOLUTION AC USD PIMCO GIS GLB BD INSTL USD ACC PICTET-EUR SHORT TERM CORP BDS I ALLIANZ ENHANCED SHRT TRM EURO I13 EUR GS EM CORP BD I ACC USD BLUEBAY INV GRD EURO GOVT BD I EUR ACC ROBECO EURO CREDIT BONDS FH € CANDRIAM BDS EURO HIGH YLD R EUR CAP DWS INVEST ESG EURO BONDS (SHORT) FC AMUNDI FDS GLBL AGGT BD I USD C BLUEBAY INV GRD EURO AGGT BD I EUR JPM US SHORT DURATION BOND A (ACC) USD JPM INCOME OPP A PERF (ACC) EURH SLI EUROPEAN CORPORATE BD D ACC EUR JPM GLOBAL SHORT DURAT. BD A(ACC)EURH PICTET-SHORT TERM EM CORP BDS I USD MS INVF EURO CORPORATE BD - DUR HGD Z
DWS CONCEPT KALDEMORGEN EUR SC JPM GLOBAL INCOME A (DIV) EUR BSF FIXED INCOME STRATEGIES I2 EUR PICTET-MULTI ASSET GLOBAL OPPS I EUR JANUS HENDERSON UK ABS RET R£ ACC JPM GLOBAL INCOME CNSRV C (ACC) EUR BSF EUROPEAN ABSOLUTE RETURN D2 EUR INVESCO PAN EUROPEAN HI INC C EUR ACC BGF GLOBAL ALLOCATION A2 NORDEA 1 - STABLE RETURN BP EUR M&G (LUX) OPTIMAL INCOME C EUR ACC PIMCO GIS DYN MLT-ASST INSTL EUR ACC M&G (LUX) DYNAMIC ALLOCATION C EUR ACC PICTET TR - DIV ALPHA I EUR MFS MERIDIAN PRUDENT CAPITAL I1 EUR MFS MERIDIAN PRUDENT WEALTH I1 USD FVS - MULTI ASSET - DEFENSIVE IT BSF GLOBAL EVENT DRIVEN Z2 USD ALLIANZ CREDIT OPPORTUNITIES IT13 EUR MAN GLG ALPHA SELECT ALT ILH EUR ACC BNY MELLON GLBL RL RET (EUR) W ACC
■■■■■■■■■■ ■■■■■■■■■■ ■■■■■■■■■■ ■■■■■■■■■■ ■■■■■■■■■■ ■■■■■■■■■■ ■■■■■■■■■ ■■■■■■■■■ ■■■■■■■■■ ■■■■■■■■ ■■■■■■■■ ■■■■■■■ ■■■■■■■ ■■■■■■ ■■■■■ ■■■■ ■■■■ ■■■■ ■■■■ ■■■■ ■■■■
500 1.000 SCHRODER ISF EURO CRDT CON. C ACC EUR JPM EU GOVERNMENT BOND C (ACC) EUR INVESCO GLOBAL TTL RET EUR BD C EUR ACC AS SICAV I EM CORP BD X ACC USD EDRF BOND ALLOCATION A EUR ACC BLUEBAY INVESTMENT GRADE BD B EUR INVESCO GLOBAL INV GRD COR. C EURH ACC JPM INCOME A (ACC) USD FIDELITY US DOLLAR BOND A-DIS-USD AB AMERICAN INCOME C INC BGF US DOLLAR BOND A2 USD AXAIMFIIS US CORP ITMT BDS A USD DIS BGF EURO BOND A2 EUR MUZINICH EUROPEYIELD HEUR ACC S FIDELITY GLOBAL INFL-LINK BD Y-ACC-EUR H NN (L) GREEN BOND I CAP EUR SCHRODER ISF EURO BOND I ACC EUR TEMPLETON GLOBAL BOND W(MDIS)USD SLI EUROPEAN CORPORATE BD SRI D ACC EUR JPM EURO GOVT SHORT DUR BD A (ACC) EUR BGF EMERGING MARKETS LCL CCY BD A2 USD BGF EURO CORPORATE BOND A2 EUR AMUNDI FDS EURO CORP BD I EUR C AMUNDI FDS PIONEER US BD A2 USD C NORDEA 1 - EMERGING MARKET BOND BP EUR BNP PARIBAS EURO MEDIUM TERM BD C C MUZINICH EMERGINGMKTSSHRTDUR H.ACC S FRANKLIN EUROPEAN TTL RET W(ACC)EUR NN (L) EURO FIXED INCOME P CAP EUR NINETY ONE GSF EM LCLCCYTLRTDT S ACCEUR AMUNDI FDS EM MKTS BD C EUR C BNP PARIBAS ENHANCED BOND 6M I C MUZINICH SHORTDURATIONHY HEUR ACC A BGF GLOBAL HIGH YIELD BOND C1 USD ALLIANZ ADVCD FXD INC S/D W EUR GS GLBL HI YLD BASE INC USD GS GLOBAL FIXED INC (HDG) I INC EUR UBAM DYNAMIC EURO BOND AC EUR BNP PARIBAS EURO GOVERNMENT BD PRIVL C ALLIANZ EURO OBLIG COURT TERME ISR I C/D DWS INVEST EURO CORPORATE BDS FC ALLIANZ EURO CREDIT SRI IT EUR PICTET-USD SHORT MID-TERM BONDS I VONTOBEL TTFR ABS RET CRDT HI HDG EUR FIDELITY US HIGH YIELD A-DIS-USD CANDRIAM SST BD GLBL HIYLD I € ACC DWS INVEST ASIAN BONDS USD IC JPM EMERG MKTS CORP BD A (ACC) USD DWS INVEST EURO-GOV BONDS FC UBAM ABS RET LOW VOL FXD INC IPC EUR
■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
FRANKLIN K2 ALT STRATS I(ACC)EUR-H1 PICTET TR - ATLAS I EUR FIDELITY GLOBAL MLT AST INC A-ACC-USD NINETY ONE GSF GLB MA INC I ACC USD FIRST EAGLE AMUNDI INTERNATIONAL RU-C FVS MULTIPLE OPPORTUNITIES II IT JPM GLOBAL CONVERT (EUR) D (ACC) EUR CANDRIAM RISK ARBITRAGE C PICTET TR - AGORA I EUR CARMIGNAC PF PATRIMOINE F EUR ACC JPM GLOBAL MACRO OPPS A (ACC) EUR LEGG MASON WA MCR OPPBD PR USD ACC MFS MERIDIAN GLOBAL TOTAL RET A2 USD ELEVA UCITS ELEVA ABS RET EURP S EUR ACC PICTET TR - CORTO EUROPE I EUR MAN AHL TARGETRISK I USD ALLIANZ DYN MLTAST STGY SRI15 IT EUR BSF AMERICAS DIV EQ ABS RET D2 EUR H SCHRODER GAIA EGERTON EQ I ACC EUR UBS (LUX) SF BALANCED (EUR) Q-ACC ALLIANZ STRATEGY 15 IT EUR
■■■■ ■■■ ■■■ ■■■ ■■■ ■■■ ■■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■ ■ ■ ■ ■
500 1.000
20 FUNDSPEOPLE I JULHO E AGOSTO
500 1.000 MUZINICH GLOBAL TACT CRDT HUSD ACC R VONTOBEL EMERGING MKTS DBT I USD FIDELITY EUROPEAN HI YLD Y-EUR MUZINICH AMERICAYIELD HEUR ACC R MS INVF EMERGING MKTS CORP DEBT Z TEMPLETON GLOBAL TTL RET W(ACC)USD ALLIANZ FLOATING RATE NOTES+ I EUR FRANKLIN US GOVERNMENT W(MDIS)USD NINETY ONE GSF EM LCL CCY DBT I ACC EUR ODDO BHF EURO CREDIT SHORT DUR DP-EUR BGF FIXED INCOME GLOBAL OPPS D2 EUR HDG SCHRODER ISF EM DBT ABS RT I ACC USD MS INVF EURO STRATEGIC BOND I THREADNEEDLE (LUX) EUROPEAN STRAT BD AE AMUNDI FDS PINR STRAT INC A USD C AMUNDI RSPNB INVESTING IMP GR BDS DP C AXAWF GLOBAL INFL BDS I CAP EUR AXAWF GLOBAL INFL SH DUR BDS I CAP EUR H AXAWF GLOBAL STRATEGIC BDS F CAP GBP H AXAWF US HIGH YIELD BONDS I CAP USD CARMIGNAC PF UNCONS CREDIT A EUR ACC EPSILON FUND EMERG BD TTL RET I EUR ACC EURIZON BOND AGGREGATE RMB Z EUR ACC EVLI SHORT CORPORATE BOND B GAM STAR MBS TOTAL RETURN INSTL USD ACC LAZARD CREDIT FI PVC EUR M&G (LUX) EM MKTS BD C USD ACC M&G (LUX) EURO CORP BD CI EUR ACC MFS MERIDIAN GLOBAL OPPC BD I1 USD NEUBERGER BERMAN EM DBTHRDCCY USD I C NORDEA 1 - EUROPEAN FINCL DBT BI EUR NORDEA 1 - EUROPEAN HIGH YLD BD BI EUR NORDEA 1 - FLEXIBLE FIXED INCOME BI EUR PIMCO GIS CAPITAL SCS INSTL USD ACC PIMCO GIS DIVERS INC INSTL USD ACC PIMCO GIS DYNAMIC BD INSTL ACC PIMCO GIS EM MKTS BD ESG INS USD ACC PIMCO GIS EM MKTS BD INSTL USD ACC PIMCO GIS EURO BOND INSTL EUR ACC PIMCO GIS EURO CREDIT INSTL EUR ACC PIMCO GIS EURO INCOME B. INSTL EUR ACC PIMCO GIS GLB HI YLD BD INSTL USD ACC PIMCO GIS LOW AVRG DUR INSTL USD ACC PIMCO GIS TTL RET BD INSTL USD ACC PIMCO GIS US HI YLD BD INSTL USD ACC T. ROWE PRICE DYN GLB BD IH GBP UBAM EURO CORPORATE IG SOLUTION IC EUR UBAM MEDIUM TERM US CORP. BD AC USD
■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
MAN GLG INNOVATION EQ ALT IN USD ACC JANUS HENDERSON BALANCED A2 USD UBS (LUX) SF YIELD (EUR) Q-ACC ALLIANZ DYN MLTAST STGY SRI50 IT EUR BMO REAL ESTATE EQUITY MARKET NEUTRAL ALLIANZ INCOME AND GROWTH I H2 EUR ALLIANZ DYN MLTAST STGY SRI75 I EUR EDRF INCOME EUROPE IA EUR SCHRODER GAIA SIRIOS US EQ E ACC EUR HDG AMUNDI FDS GLOBAL MA CNSRV M2 EUR C AMUNDI RENDEMENT PLUS I C EURIZON ABSOLUTE PRUDENT R ACC FVS MULTI ASSET - BALANCED IT LAZARD CONVERTIBLE GLOBAL PC EUR M&G (LUX) INCOME ALLOCATION C EUR ACC NEUBERGER BM UNCRLTD STRATS GBP I5 ACC OFI FINCL INV PRECIOUS METALS I PIMCO GIS CMDTY REAL RET INSTL USD ACC RUFFER TOTAL RETURN INTL I GBP CAP
■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
500 1.000
500 1.000
03 AÇÕES
500 1.000
■■■■■■■■■■ ROBECO GLOBAL CONSUMER TRENDS D € ■■■■■■■■■■ MS INVF GLOBAL BRANDS A ■■■■■■■■■■ MS INVF GLOBAL OPPORTUNITY Z ■■■■■■■■■■ MS INVF US ADVANTAGE I ■■■■■■■■■■ CAPITAL GROUP NEW PERS (LUX) ZL ■■■■■■■■■■ FIDELITY GLOBAL TECHNOLOGY Y-DIS-EUR ■■■■■■■■■■ ALLIANZ EUROPE EQUITY GROWTH IT EUR FIDELITY EUROPEAN DYNAMIC GR A-DIS-EUR ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■■■■■■■■■■ MFS MERIDIAN EUROPEAN VALUE A1 EUR ■■■■■■■■ ALLIANZ GLOBAL ARTFCL INTLGC WT4 EUR ■■■■■■■■ FRANKLIN TECHNOLOGY W ACC USD ■■■■■■■■ NORDEA 1 - GLOBAL CLIMATE & ENVIR BI EUR ■■■■■■■■ ROBECO BP US PREMIUM EQUITIES IH € ■■■■■■■ SCHRODER ISF EM MKTS I ACC USD ■■■■■■■ VONTOBEL US EQUITY I USD ■■■■■■■ BGF WORLD TECHNOLOGY A2 USD ■■■■■■■ PICTET-SECURITY I USD ■■■■■■■ FIDELITY CHINA CONSUMER Y-ACC-USD AXA ROSENBERG US ENH IDX EQ ALP A $ ACC ■ ■ ■ ■ ■ ■ FIDELITY INSTL EURP LARGERCOMS R-ACC-EUR ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■■■■■■ PICTET - ROBOTICS I EUR ■■■■■■ INVESCO GLBL CONSMR TRNDS A USD ACC ■■■■■■ INVESCO JAPANESE EQ ADV A JPY ACC ■■■■■■ AMUNDI FDS PINR US EQFDM GR A EUR C INVESCO PAN EUROPEAN EQUITY A EUR ACC ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■■■■■■ FRANKLIN US OPPORTUNITIES W(ACC)USD JPM EMERGING MARKETS EQUITY A (DIST) USD ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■■■■■■ BGF CONTINENTAL EURP FLEX E2 EUR ■■■■■■ BGF WORLD HEALTHSCIENCE A2 EUR ■■■■■■ SEILERN WORLD GROWTH CHF H R ■■■■■■ PICTET-GLOBAL MEGATREND SEL I EUR ■■■■■■ UBS (LUX) EF CHINA OPPO(USD) Q USD ACC ■■■■■■ JPM US SELECT EQUITY A (ACC) USD ■■■■■■ MS INVF US GROWTH I ■■■■■ DPAM INVEST B EQS NEWGEMS SUST W CAP ■■■■■ VONTOBEL MTX SUST EMMKTS LDRS I USD ■■■■■ FIDELITY EM MKTS Y-DIST-USD ■■■■■ MS INVF ASIA OPPORTUNITY Z ■■■■■ BROWN ADVISORY US EQ. GROWTH $ P ACC ■■■■ PICTET-DIGITAL PUSD ■■■■ SCHRODER ISF EURO EQUITY I ACC EUR ■■■■ SCHRODER ISF ASIAN OPPORTS I ACC USD MFS MERIDIAN EUROPEAN RESEARCH A1 EUR ■ ■ ■ ■ ■■■■ MFS MERIDIAN GLOBAL EQUITY A1 USD ■■■■ GAM STAR CONTINENTAL EURP EQ GBP ACC ■■■■ ODDO BHF AVENIR EUROPE CR-EUR CREDIT SUISSE (LUX) DIGITAL HEALTH EQUITY ■ ■ ■ ■ ■■■■ CPR INVEST GLBL DSRPT OPP R EUR ACC ■■■■ PICTET-WATER I EUR ■■■■ PICTET - GLOBAL ENVIR OPPS I EUR ■■■■ DWS INVEST TOP DIVIDEND IC BGF NEXT GENERATION TECHNOLOGY I2 USD ■ ■ ■ ■ ■■■■ AMUNDI FDS EUROLAND EQUITY A EUR C ■■■■ GS EM CORE® EQ I ACC USD CLOSE MFS MERIDIAN EUROPEAN SMLR COMS A1 EUR ■ ■ ■ ■ ■■■ JPM US TECHNOLOGY A (DIST) USD ■■■ JPM EUROPE STRATEGIC VALUE C (DIST) EUR ■■■ JPM EUROPE EQUITY PLUS A PERF (ACC) EUR ■■■ BNP PARIBAS AQUA C C ■■■ GS US CORE® EQUITY BASE ACC USD SNAP
500 1.000 SCHRODER ISF EMERGING ASIA I ACC EUR BNY MELLON LONG-TERM GLBL EQ USD C ACC JPM GLOBAL HEALTHCARE C (ACC) USD PICTET-CLEAN ENERGY I USD PICTET-USA INDEX P USD THREADNEEDLE (LUX) GLOBAL FOCUS ZU BGF SUSTAINABLE ENERGY D2 JPM JAPAN EQUITY A (DIST) USD LM CLEARBRIDGE INFRAS VAL PR EUR ACC CANDRIAM EQS L BIOTECH R USD CAP BNP PARIBAS ENERGY TRANSITION C C JANUS HENDERSON HRZN GLBTECH. H2USD GS JAPAN EQUITY BASE ACC JPY SCHRODER ISF GLB CLMT CHG EQ I ACC USD FIDELITY WORLD Y-DIS-EUR POLAR CAPITAL GLOBAL TECH INC AMUNDI FDS EUROPEAN EQ VAL M2 EUR C M&G (LUX) EURP STRAT VAL CI EUR ACC JPM ASIA PACIFIC EQUITY A (ACC) EUR PICTET-EUROPE INDEX P EUR FIDELITY FAST EUROPE A-ACC-EUR JPM EUROPE DYNAMIC TECHS FD C (DIST) EUR AMUNDI IS MSCI NORTH AMERICA IE-C AB AMERICAN GR PTF C ACC LEGG MASON CB US LG CP GR X USD ACC M&G (LUX) GLB DIVIDEND CI EUR ACC THREADNEEDLE (LUX) PAN EURP SMCPOPPS ZE FIDELITY GERMANY A-DIS-EUR MS INVF GLOBAL PROPERTY I SCHRODER ISF JAPANESE EQ I ACC JPY BGF WORLD MINING D2 JANUS HENDERSON HRZN GLBLPTYEQSI2USD JPM US VALUE A (DIST) GBP DWS DEUTSCHLAND IC FIDELITY GLOBAL DIVIDEND Y-ACC-USD JPM EM MKTS SMALL CAP A (ACC) PERF USD PICTET-NUTRITION I EUR FRANKLIN INDIA I(ACC)USD AB SUSTAINABLE GLB TMTC AXXUSDACC CANDRIAM EQS L ONCLGY IMPCT I USD CAP FIDELITY IBERIA A-DIS-EUR UBS (LUX) EF GREATER CHINA (USD) Q AB EUROZONE EQ PTF IX ACC DWS INVEST GLOBAL INFRAS FC ALLIANZ EUROLAND EQUITY GROWTH IT EUR JUPITER EUROPEAN GROWTH D EUR ACC BGF WORLD GOLD A2 USD JPM GLOBAL FOCUS D (ACC) EUR PICTET-JAPANESE EQUITY OPPS PJPY GS GLOBAL CORE® EQ I INC USD SNAP NN (L) US ENH CR CONCNTR EQ P CAP USD AB INTERNATIONAL HC AX USD ACC THREADNEEDLE (LUX) GLOBAL TECH AU USD GS EMERGING MARKETS EQ BASE ACC USD TEMPLETON GROWTH (EURO) I(ACC)EUR MFS MERIDIAN US VALUE A1 USD FIDELITY ASIA FOCUS Y-DIS-USD SCHRODER ISF CHINA OPPS I ACC USD BNP PARIBAS EUROPE SMALL CAP I C FIDELITY AMERICA A-DIS-USD
■■■ ■■■ ■■■ ■■■ ■■■ ■■■ ■■■ ■■■ ■■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
500 1.000
■ JPM US SMALLER COMPANIES A (DIST) USD ■ GS GLOBAL MILLENNIALS EQ I ACC USD JANUS HENDERSON HRZN EUROLAND H2 EUR ■ BGF EUROPEAN SPECIAL SITUATIONS A2 EUR ■ ■ DWS AKTIEN STRATEGIE DEUTSCHLAND IC ■ SCHRODER ISF US LARGE CAP I ACC USD ■ EDRF BIG DATA N EUR ■ JPM CHINA A (DIST) USD MIRABAUD SUSTAINABLE GLBL FCS A USD ACC ■ UBAM 30 GLOBAL LEADERS EQUITY AHC USD ■ ■ ALLIANZ THEMATICA WT4 EUR ■ SCHRODER ISF ASIAN TTL RET C ACC USD ■ BNP PARIBAS SMART FOOD I CAP ■ FIDELITY EUROPEAN GROWTH Y-DIS-EUR JANUS HENDERSON GLB TECH&INNO A2 USD ■ ■ BSF EUROPEAN OPPS EXTENSION A2 EUR ■ ALLIANZ CHINA A SHARES AT USD ■ FIDELITY GLB DMGRPHCS Y-ACC-USD ■ AS SICAV I ASIA PAC EQ X ACC USD ■ BGF EURO-MARKETS A2 EUR ■ VONTOBEL CLEAN TECHNOLOGY B EUR ■ INVESCO PAN EUR STRUCTEQ C EUR ACC LEGG MASON CB US EQ SUST L. PR EURHACC ■ ■ ODDO BHF AVENIR EURO CR-EUR JPM EUROPE STRATEGIC GROWTH C (DIST) EUR ■ ■ MS INVF GLOBAL QUALITY Z ■ PICTET-PREMIUM BRANDS I EUR ■ AS SICAV I CHINA A SHARE EQ I ACC USD ■ FIDELITY EUROPEAN LGR COMS Y-DIS-EUR ■ AS SICAV I EUROPEAN EQ A ACC EUR ■ CAPITAL GROUP INV CO OF AMER(LUX) Z ■ LEGG MASON RY US SMCP OPP X USD ACC ■ UBS (LUX) ES EURO COUNTRS INC€ Q-ACC ■ INVESCO ASIA CONSUMER DEM. C USD ACC ■ PICTET SMARTCITY I EUR ■ UBS (LUX) ES L/T THMS $EUR H P ■ AS SICAV I JAPANESE EQ X ACC JPY ■ ECHIQUIER ARTIFICIAL INTELLIGENCE B EUR ■ BNP PARIBAS DISRPT TECH CL D ■ BNP PARIBAS US SMALL CAP CLASSIC R ■ CANDRIAM SST EQ EM MKTS R € ACC ■ JPM EUROLAND EQUITY C (DIST) EUR ■ AXA ROSENBERG GLB EQ ALPHA A USD ACC AXA ROSENBERG US EQUITY ALPHA A USD ACC ■ ■ AXAWF FRAM ROBOTECH I CAP USD AXAWF FRAMLINGTON DGTL E. I CAP EURHDG ■ ■ BROWN ADVISORY US SUST GR USD C ACC CARMIGNAC PF GRANDE EUROPE F EUR ACC ■ ■ ELEVA UCITS ELEVA EURP SEL I EUR ACC LAZARD GLOBAL LSTD INFRAS EQ A ACC EUR H ■ MIRAE ASSET ASIA GREAT CONSUMER EQ I USD ■ ■ MIRAE ASSET ASIA SECT LDR EQ I USD CAP NEUBERGER BERMAN US MLTCP O. USD1 IACC ■ ■ NORDEA 1 - EMERGING STARS EQUITY BI EUR ■ POLAR CAPITAL BIOTECH S INC ■ POLAR CAPITAL NORTH AMERICAN S ■ T. ROWE PRICE US EQ I USD ■ T. ROWE PRICE US LG CAP GR EQ I USD ■ T. ROWE PRICE US SMLR CM EQ Q USD TEMPLETON GLB CLIMATE CHANGE A(YDIS)EUR ■
Fundos com mais de 1.000 milhões de euros nas mãos de clientes ibéricos.
OS FAVORITOS DOS ANALISTAS EUROPEUS EM 2021
Entre parêntesis o número total de votos. FUNDO Jupiter Dynamic Bond (25) Morgan Stanley US Advantage Fund (16) Morgan Stanley Global Opportunity (15) Robeco Global Consumer Trends (13) Capital Group New Perspective Fund (12) Fundsmith Equity (9) Flossbach von Storch Bond Opportunities II (9) PIMCO GIS Dynamic Multi-Asset Fund (9) MFS Meridian Funds Prudent Wealth Fund (8) Seilern World Growth (8) T. Rowe Price Japanese Equity Fund (8) DPAM Equities NewGems Sustainable (7)
CATEGORIA Obrigações Ações Ações Ações Ações Ações Obrigações Multiativos Multiativos Ações Ações Ações
FUNDO Flossbach von Storch Multiple Opportunities II (7) BMO Real Estate Equity Market Neutral (7) Morgan Stanley IF Asia Opportunity Fund (7) Morgan Stanley INVF US Growth Fund (7) Acatis Gane Value Event Fonds (6) Brown Advisory US Equity Growth (6) Allianz Global Artificial Intelligence (6) BlackRock BGF World Technology Fund (6) JP Morgan Emerging Market Equity (6) BlueBay Invest. Grade Euro Govern. Bond Fund (5) Eleva Absolute Return Europe (5) Eleva European Selection (5)
CATEGORIA Multiativos Alternativos Ações Ações Multiativos Ações Ações Ações Ações Obrigações Alternativos Ações
FUNDO Fidelity Funds European Dynamic Growth (5) MFS Meridian European Value (5) Oddo Avenir Europe (5) Ruffer Total Return International (5) Schroder EUR Corporate Bond (5) Vontobel MTX Sustainable Emerging Mark. Lead. (5) BlackRock BSF European Absolute Return (5) BlackRock BSF Global Event Driven (5) Brown Advisory US Sustainable Growth Fund (5) Fidelity Funds Euro Short Term Bond (5)
CATEGORIA Ações Ações Ações Multiativos Obrigações Ações Alternativos Alternativos Ações Obrigações
JULHO E AGOSTO I FUNDSPEOPLE 21
PANORAMA FÓRUM APFIPP
por Sérgio Brito
TOTAL DE FUNDOS MOBILIÁRIOS PATRIMÓNIO
FUNDOS DE CURTO PRAZO HARMONIZADOS
CAPTAÇÕES LÍQUIDAS
17000
PATRIMÓNIO 500 400
15750
CAPTAÇÕES LÍQUIDAS
2200
150 120
1925
90
300 1650
14500
60
200 13250
100
12000
0
MAIO 2020
MAIO 2021
30
1375
0
1100
-30
MAIO 2020
MAIO 2021
POUPAR? A poupança é um hábito que deve ser cultivado e praticado. Mas poupar só por poupar não é suficiente.
O
INE divulgou recentemente os dados sobre a capacidade de financiamento da economia nacional, relativos ao primeiro trimestre de 2021, onde evidencia que a taxa de poupança das famílias ascendeu a 14,2%, o valor mais elevado desde o início da série, em 1999. Durante os quatro trimestres anteriores, ou seja de março de 2020 o março de 2021, as famílias portuguesas pouparam mais de 21 mil milhões de euros, mais 9,5 mil milhões de euros do que entre março de 2019 e março de 2020 (uma subida de 82%). Os dados do INE revelam, ainda, que esta poupança se conseguiu à custa da diminuição do consumo, que se retraiu, nesse período, perto de 9 mil milhões de euros (-6,5%), em comparação com o período anterior. 22 FUNDSPEOPLE I JULHO E AGOSTO
Muita desta poupança dever-se-á à pandemia COVID-19, na medida em que as medidas de confinamento e restrição adotadas impossibilitaram muitos dos gastos habituais das famílias com restauração, viagens ou cultura, para citar apenas alguns exemplos. Assim, é expectável que logo que a situação pandémica esteja controlada, o consumo recupere e a poupança diminua. Ainda assim, 14,2% de taxa de poupança é um valor muito significativo, que deve ser saudado. Um dia depois, o Banco de Portugal, revelava que os depósitos bancários dos particulares tinham atingido, no final de maio deste ano, um total de 166,7 mil milhões de euros, o que constitui o valor mais elevado de que há registo. No final de março, o total de depósitos de particulares ascendia a 164,6 mil milhões de euros, o que traduz
um crescimento de 8,1% em relação a março de 2020. São 12,4 mil milhões de euros a mais, o que equivale a quase 60% da poupança das famílias nesse período. Aliás, de acordo com os dados do Banco de Portugal, os depósitos são o instrumento financeiro com mais peso no total de ativos financeiros detidos pelas famílias portuguesas, superando os 44%, no final de 2020 (43% em 2019).
ALOCAÇÃO É EFICIENTE?
O Banco de Portugal revela, também, que a taxa média de remuneração de novos depósitos, constituídos desde março de 2020, não superou os 0,09%. Por seu lado, o INE divulgou que, no mesmo período, os preços aumentaram 0,45%. Ou seja, em termos reais, os particulares perderam 0,36% dos novos depósitos constituí-
FUNDOS DE OBRIGAÇÕES
FUNDOS MISTOS
CAPTAÇÕES LÍQUIDAS
PATRIMÓNIO 2500
80
FUNDOS DE AÇÕES CAPTAÇÕES LÍQUIDAS
PATRIMÓNIO 6000
PATRIMÓNIO 200
CAPTAÇÕES LÍQUIDAS
2500
80 70
70 60
60
150
50
50 40
2000
30
5000
100
20
40
2000
30 20
50
10
10 0
0 1500
-10
MAIO 2020
4000
MAIO 2021
0
MAIO 2020
MAIO 2021
1500
-10
MAIO 2020
MAIO 2021
RENTABILIDADES DAS CATEGORIAS 1 ANO
F. Mercado Monetário Euro
5 ANOS
-0,02%
0,01%
F. Curto Prazo Euro
1,60%
0,11%
F. Obrig. Tx Indexada Euro
3,92%
0,20%
F. Obrigações Euro
6,22%
1,57%
F. Obrigações Internacional
11,31%
2,01%
F. Acções Nacionais
26,13%
0,40%
F. Ações Ibéricas
27,92%
4,56%
F. Ações Europeias
36,89%
4,65% 12,33%
F. Ações América Norte
37,92%
F. Ações Sectoriais
24,68%
4,25%
Outros F. Ações Internacionais
38,88%
9,26%
11,32%
2,03%
F. Multi-Ativos Defensivos F. Multi-Ativos Equilibrados
23,70%
4,56%
F. Multi-Ativos Agressivos
32,63%
6,87%
Fundos Flexíveis
17,99%
3,23%
PPR
13,89%
1,82%
F. Pensões Abertos
13,63%
2,13%
F.I.I. Abertos Acumulação
-0,52%
0,05%
F.I.I. Abertos Rendimento
1,13%
2,81%
DE ACORDO COM OS DADOS DO BANCO DE PORTUGAL, OS DEPÓSITOS SÃO O INSTRUMENTO FINANCEIRO COM MAIS PESO NO TOTAL DE ATIVOS FINANCEIROS DETIDOS PELAS FAMÍLIAS PORTUGUESAS
Fonte: APFIPP
dos. São mais de 44 milhões de euros que desapareceram por causa do efeito da inflação. A poupança é um hábito que deve ser cultivado e praticado. Mas poupar só por poupar não é suficiente. Poupar implica disciplina e sacrifício que visa proporcionar um melhor futuro a quem poupa. É fundamental que essa poupança seja canalizada para o financiamento da economia,
proporcionando, por um lado, um maior crescimento da economia e, consequentemente, mais emprego e, por outro lado, um maior retorno para os aforradores que lhes permita um maior nível de riqueza futura. É óbvio que os depósitos podem e devem fazer parte da carteira de ativos financeiros das famílias, mas quando a taxa de remuneração é inferior à inflação observada, o poder de compra
futuro fica diminuído, o peso que assumem atualmente, revela-se desajustado e pouco eficiente. Portanto, é fundamental utilizar outros instrumentos financeiros para aplicação das poupanças, que tenham um potencial de retorno superior. O financiamento da economia, atrás referido, pode ser feito de forma direta, com a compra de ações ou de obrigações de empresas, por exemJULHO E AGOSTO I FUNDSPEOPLE 23
PANORAMA FÓRUM APFIPP
OS DEPÓSITOS PODEM E DEVEM FAZER PARTE DA CARTEIRA DE ATIVOS FINANCEIROS DAS FAMÍLIAS, MAS QUANDO A TAXA DE REMUNERAÇÃO É INFERIOR À INFLAÇÃO OBSERVADA, O PODER DE COMPRA FUTURO FICA DIMINUÍDO
AS GESTORAS EM MAIO DE 2021 (Dados em milhões de euros) GESTÃO DE PATRIMÓNIOS
MAIO 2021
BMO Portugal Caixa Gestão de Ativos Santander Asset Management GNB - SGP BPI Gestão de Activos Montepio Gestão de Activos Crédito Agrícola Gest Bankinter Gestion Activos - Suc. Port. Optimize Investment Partners Dunas Capital LYNX Asset Managers Total
14.003,97 9.669,91 5.730,98 4.801,37 3.756,95 1.634,72 1.296,12 647,31 98,37 27,48 19,19 41.686,36
QUOTA (%) 33,59 23,20 13,75 11,52 9,01 3,92 3,11 1,55 0,24 0,07 0,05
DEZEMBRO 2020
QUOTA (%)
VAR. (%) 2021
34,66 22,99 13,60 12,06 8,11 3,77 3,21 1,33 0,21 0,05 0,02
-5,14 -1,24 -1,11 -6,53 8,80 1,72 -5,22 14,66 9,11 18,54 173,32 -2,14
14.762,92 9.791,52 5.795,08 5.136,82 3.453,23 1.607,07 1.367,44 564,55 90,16 23,18 7,02 42.598,98
Nota: Amostra = 86,2% do total de activos da Gestão de Patrimónios (Em maio de 2021)
FUNDOS DE PENSÕES Ageas Pensões CGD Pensões BPI Vida e Pensões GNB - SGFP S.G.F.P. Banco de Portugal Futuro Santander Pensões BBVA Fundos Real Vida Seguros SGF Previsão Victoria - Seguros de Vida Total
MARÇO 2021
QUOTA (%)
6.421,01 4.458,45 3.302,99 2.598,56 2.074,13 1.867,26 1.149,97 561,79 252,23 90,62 79,40 16,53 22.872,94
28,07 19,49 14,44 11,36 9,07 8,16 5,03 2,46 1,10 0,40 0,35 0,07
DEZEMBRO 2020
QUOTA (%)
VAR. (%) 2019
28,49 19,66 14,01 10,92 9,35 8,11 5,07 2,53 1,06 0,39 0,35 0,07
-0,10 0,53 4,51 5,50 -1,63 2,05 0,54 -1,43 4,99 3,27 -0,57 1,38 1,38
6.427,66 4.434,82 3.160,32 2.463,10 2.108,48 1.829,83 1.143,83 569,96 240,24 87,75 79,86 16,30 22.562,16
Nota: Amostra = 97,9% do total gerido por Fundos de Pensões (Em março 2021)
plo, ou mesmo com o investimento direto no mercado imobiliário. Pode, também, ser feito de forma indireta, através de fundos de investimento, sejam fundos mobiliários ou fundos imobiliários, conseguindo, por essa via, com a aplicação de pequenos montantes, consegue-se o acesso a uma gestão profissional e a uma diversificação do investimento, com a inerente dispersão de risco, que é difícil de obter com aplicações diretas, sobretudo com montantes mais reduzidos.
ORGANIMOS DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO
MAIO 2021
Interfundos Square Asset Management GNB Real Estate Caixa Gestão de Ativos Norfin BPI Gestão de Activos Montepio Valor Silvip SFS - Gestão de Fundos Santander Asset Management GEF - Gestão de Fundos Imobiliários LYNX Asset Managers Libertas Imofundos Fundiestamo Insula Capital Fidelidade Institutional Investment - Partners First Fund Box Violas Ferreira - SICAFI TF Turismo Fundos Profile ECS - SGFII Imopolis Refundos Gesfimo - Espírito Santo Irmãos Vila Gale Gest Atlantic Imorendimento Crédito Agrícola Gest Floresta Atlântica Invest Gestão de Activos Carregosa Silar - SICAFI Total
1.203,15 1.174,81 1.053,92 925,15 563,22 518,43 432,53 421,83 388,66 368,71 364,18 358,17 301,11 292,66 277,72 268,92 255,50 240,04 191,05 177,34 159,70 145,92 104,07 101,47 82,85 64,23 60,78 47,74 31,22 25,17 24,37 17,32 15,69 12,09 10.669,73
FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO
MAIO 2021
Caixa Gestão de Ativos IM Gestão de Ativos BPI Gestão de Activos Santander Asset Management GNB Fundos Mobiliários Bankinter Gest. de Activos, Suc. Port. Montepio Gestão de Activos Optimize Investment Partners Invest Gestão de Activos Dunas Capital BIZ Capital Crédito Agrícola Gest LYNX Asset Managers Casa de Investimentos Sixty Degrees GFM Gestão de Ativos * Total
5.586,80 3.617,15 3.027,79 2.938,47 721,78 240,94 183,96 162,15 142,77 31,82 20,48 19,96 16,47 15,47 8,92 5,90 16.740,85
QUOTA (%) 11,28 11,01 9,88 8,67 5,28 4,86 4,05 3,95 3,64 3,46 3,41 3,36 2,82 2,74 2,60 2,52 2,39 2,25 1,79 1,66 1,50 1,37 0,98 0,95 0,78 0,60 0,57 0,45 0,29 0,24 0,23 0,16 0,15 0,11
QUOTA (%) 33,37 21,61 18,09 17,55 4,31 1,44 1,10 0,97 0,85 0,19 0,12 0,12 0,10 0,09 0,05 0,04
DEZEMBRO 2019
QUOTA (%)
VAR. (%) 2020
1.269,80 1.148,07 1.066,43 931,28 551,74 531,68 424,03 405,94 394,20 418,17 376,37 352,27 285,30 296,58 274,32 274,71 242,64 255,31 188,57 175,64 161,46 198,33 102,95 103,17 42,03 57,43 61,93 128,35 31,06 31,55 24,33 17,22
11,72 10,60 9,84 8,60 5,09 4,91 3,91 3,75 3,64 3,86 3,47 3,25 2,63 2,74 2,53 2,54 2,24 2,36 1,74 1,62 1,49 1,83 0,95 0,95 0,39 0,53 0,57 1,18 0,29 0,29 0,22 0,16
-5,25 2,33 -1,17 -0,66 2,08 -2,49 2,00 3,92 -1,41 -11,83 -3,24 1,68 5,54 -1,32 1,24 -2,11 5,30 -5,98 1,31 0,97 -1,09 -26,43 1,09 -1,65 97,10 11,84 -1,86 -62,80 0,53 -20,23 0,16 0,60
12,06 10.834,93
0,11
0,28 -1,52
QUOTA (%)
VAR. (%) 2021
32,71 21,82 18,69 17,44 4,53 1,31 1,08 0,99 0,78 0,26 0,03 0,14 0,11 0,04 0,05 0,04
16,44 13,03 10,46 14,85 8,59 25,76 15,95 12,09 24,12 -15,90 422,78 -0,38 -1,66 171,37 26,71 13,52 14,13
DEZEMBRO 2020 4.798,01 3.200,07 2.741,19 2.558,42 664,71 191,60 158,66 144,66 115,02 37,84 3,92 20,03 16,75 5,70 7,04 5,20 14.668,82
* - A GFM Gestão de Ativos assumiu a gestão da SICAF GFM Capital, até então auto-gerida.
24 FUNDSPEOPLE I JULHO E AGOSTO
P
AR
P
R
TNE R
AR
TNE
A OPINIÃO DE
Existem fundos de investimento com políticas bastante diversificadas, mais conservadores ou mais agressivos, capazes de se ajustar às necessidades, objetivos e perfil de risco de virtualmente qualquer tipo de investidor. Têm, também, uma supervisão exigente e atenta por parte da CMVM, o que é um garante adicional para os aforradores. Acresce ainda que têm conseguido obter níveis de retorno muito interessantes para os investidores, como se constata da tabela infra, onde se regis-
ENTRADAS E SAÍDAS DOS FUNDOS MOBILIÁRIOS Dados em milhões de euros 1500
1.500 1.250
tam as rendibilidades médias de cada categoria considerada pela APFIPP, para os períodos de 1 e 5 anos, terminados em março de 2021 (para ser comparável com o período de análise anterior): É necessário continuar a investir na literacia financeira dos portugueses, evidenciando as diversas opções que existem para as suas poupanças, as vantagens e desvantagens de cada uma delas, de modo a que estes possam, de forma mais consciente e, sobretudo, eficiente, aplicar o seu dinheiro.
FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO
DESDE INÍCIO DO ANO
ÚLTIMOS 12 MESES
Caixa Gestão de Ativos
276,760
563,386
931,367
IM Gestão de Ativos
144,634
365,487
1.132,429
Santander Asset Management BPI Gestão de Activos
124,811
339,895
499,522
107,996
259,980
399,081
GNB Fundos Mobiliários
52,570
72,571
152,918
Bankinter Gestion de Activos, Suc. Port.
18,460
45,777
74,836
9,753
22,928
41,577
Invest Gestão de Activos Optimize Investment Partners
7,138
12,617
Casa de Investimentos
3,898
8,509
14,150
BIZ Capital
3,625
16,558
20,246
LYNX Asset Managers
0,071
-0,454
3,002
Crédito Agrícola Gest
0,000
0,000
0,000
GFM Gestão de Ativos
0,000
0,000
0,000
Dunas Capital
-0,032
-6,213
-8,888
Montepio Gestão de Activos Sixty Degrees
1000
1.000
ABRIL-MAIO 2021
Total
-2,760
-5,937
17,569
-18,222
n.a.
n.a.
n.a.
746,924
1.695,104
3.259,587
DESDE INÍCIO DO ANO
ÚLTIMOS 12 MESES
750 FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO *
500 500
F. Multi-Activos Moderados
250
Fundos PPR Fundos de Acções Globais
00
Fundos de Curto Prazo Euro
-250 -500 -500
-750 -1000 -1000
-1.250
MAIO 2021
199,469
199,469
187,917
433,954
754,170
120,094
120,094
120,094
199,469
71,128
256,980
637,822
Fundos Flexíveis
69,021
158,219
266,158
F. Multi-Activos Equilibrados
46,087
94,080
126,492
F. Multi-Activos Defensivos
38,569
342,017
692,383
Fundos de Obrigações Internacional
29,299
32,015
26,958
Outros F. Acções Internacionais
14,018
145,577
311,908
F. Acções da América do Norte
12,611
21,921
-14,720
F. Multi-Activos Agressivos
8,382
12,143
8,682
Outros FIA
3,231
-0,027
-37,265
Fundos de Acções Nacionais
2,740
-57,221
-56,617
F. Obrigações Taxa Indexada Euro
2,355
4,373
72,358
F. Mercado Monetário Internacional
0,373
2,347
6,557
Fundos de Acções Sectoriais
0,289
-0,042
-9,469
FIA Flexíveis
-1.500 -1500
ABRIL-MAIO 2021
0,085
-0,421
FIA de Retorno Absoluto
0,000
0,000
0,000
Fundos de Acções Europeias
-0,097
55,261
40,189
3,407
FIA de Obrigações
-0,453
-1,170
-2,065
Fundos de Acções Ibéricas
-0,462
-1,018
-3,107
Fundos PPA
-0,654
-0,665
-0,730 179,266
Fundos de Obrigações Euro
-1,285
1,643
F. Mercado Monetário Euro
-23,855
-31,460
161,395
Outros Fundos
-31,939
-92,964
-223,748
Total
746,924
1.695,104
3.259,587
* - Não inclui os Fundos geridos por 1 entidades (amostra = 99,95%).
BEGOÑA GOMEZ Responsável de Vendas, Invesco
SETOR DA SAÚDE DA CHINA: UM FATORCHAVE PARA A INOVAÇÃO MUNDIAL Não descobrimos nada se dissermos que tudo o que se relaciona com a China se magnifica. Quase 1.400 milhões de habitantes fazem com que o potencial de crescimento de qualquer temática seja enorme. Falou-se muito do potencial do consumo ou das atividades relacionadas com a urbanização da sociedade, mas há outras temáticas que estão a passar despercebidas. Um delas é o gasto relacionado com a saúde. O aumento da classe média e o dinheiro disponível vai causar um aumento da procura e dos cuidados de saúde, já que a China apresenta dados de penetração muito inferiores aos dos outros mercados desenvolvidos. Nos últimos anos, o sistema de saúde chinês passou por uma importante transformação. O setor está a melhorar a qualidade do serviço e esta melhoria não só se está a ver no equipamento ou nos cuidados de saúde, mas também a nível de I+D, especialmente no que concerne os medicamentos. Atualmente, as empresas biotecnológicas chinesas estão agora em condições de alcançar ao nível de inovação exigido pelos organismos reguladores globais mais exigentes, como os EUA ou a Europa. Para se posicionar nesta tendência secular a longo prazo a nossa alternativa é o Invesco China Health Care Equity Fund, que cresceu 10% desde o seu lançamento em 2020. JULHO E AGOSTO I FUNDSPEOPLE 25
PANORAMA BARÓMETRO
FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE EM 2021 FUNDO
SELO
RENTABILIDADE ANUAL 5 ANOS
3 ANOS
1 ANO
DADOS A 31/05/2021 VOLAT. 3 ANOS
DIVISA BASE
GESTOR
ASIA FIXED INCOME Schroder ISF Asian LclCcy Bd C Acc USD D WS Invest Asian Bonds USD IC E urizon Bond Aggregate RMB Z EUR Acc
DABC 3,29 DABC 5,02 DABC
EMERGING MARKETS FIXED INCOME J upiter Glbl Em Mkt Crp Bd I USD Acc AS SICAV I Frntr Mkts Bd X Acc USD GS EM Corp Bd I Acc USD N ordea 1 - Emerging Mkt Debt TR BC EUR P IMCO GIS Em Mkts Bd ESG Ins USD Acc P IMCO GIS Em Mkts Bd Instl USD Acc AS SICAV I EM Corp Bd X Acc USD N euberger Berman EM DbtHrdCcy USD I C J upiter Global EM Sht Dur Bd I USD Acc J PM Emerg Mkts Inv Grd Bd A (acc) EURH J PM Emerg Mkts Corp Bd A (acc) USD Candriam Sst Bd Em Mkts R $ Acc M FS Meridian Emerging Mkts Dbt A2 USD M S INVF Emerging Mkts Corp Debt Z M &G (Lux) Em Mkts Bd C USD Acc N N (L) Em Mkts Corp Dbt X Cap EUR H i Vontobel Emerging Mkts Dbt I USD N ordea 1 - Emerging Market Bond BP EUR Neuberger Berman Shrt DurEM DbtUSD I Acc M uzinich EmergingMktsShrtDur HEUR Acc S GS Em Mkts Dbt Base Acc USD P ictet-Short Term Em Corp Bds I USD Amundi Fds Em Mkts Bd C EUR C Capital Group EM Local Debt (LUX) Z T. Rowe Price Em Lcl Mkts Bd I USD S chroder ISF EM Dbt Abs Rt I Acc USD N inety One GSF EM Lcl Ccy Dbt I Acc EUR E psilon Fund Emerg Bd Ttl Ret I EUR Acc GAM Multibond Local Emerging Bond USD C B GF Emerging Markets Lcl Ccy Bd A2 N inety One GSF EM LclCcyTlRtDt S AccEUR
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
5,99 6,22 5,51 4,20 5,44 5,29 4,28 5,02 4,58 4,99 4,25 4,88 4,29 4,32 4,30 2,35 4,28 2,94 4,20 4,06 2,63 3,90 3,63 3,89 4,21 3,86 2,94 3,66 4,38 3,40 3,24 3,30 2,03 2,98 2,17 2,91 2,21 2,74 1,69 2,73 2,47 2,65 3,24 2,63 3,22 2,15 2,08 2,01 2,83 1,88 0,78 1,10 2,01 0,56 1,10 0,05
2,71 9,67 9,02 12,26 1,70 10,25 -6,10 7,49 1,71 9,75 1,21 10,11 3,42 11,51 2,53 11,00 0,11 8,40 4,72 6,93 1,98 9,09 -2,26 8,56 0,29 9,61 2,00 11,18 4,00 10,68 10,05 9,31 5,86 14,09 3,85 13,51 -2,15 7,78 8,90 7,15 1,74 12,06 -1,26 7,43 4,57 13,78 -0,07 11,04 0,34 11,22 -2,03 5,68 1,37 11,51 2,82 3,56 -3,31 11,12 -0,59 12,44 -0,73
EUROPE FIXED INCOME C armignac Pf Credit A EUR Acc N B Obrigações Europa FIMAO NB Euro Bond L azard Credit Fi SRI PVC EUR N ordea 1 - European Fincl Dbt BI EUR B NP Paribas Euro High Yld Bd I C Candriam Bds Euro High Yld R EUR Cap F idelity European Hi Yld Y-EUR B lueBay High Yield Bond R EUR Carmignac Pf Flexible Bond F EUR Acc Schroder ISF EURO Corp Bd I Acc EUR S chroder ISF EURO Crdt Convct C Acc EUR Allianz Euro Credit SRI IT EUR B lueBay Inv Grd Euro Aggt Bd I EUR N ordea 1 - European High Yld Bd BI EUR Eurizon Bond Aggregate EUR Z EUR Acc M uzinich Europeyield HEUR Acc S B lueBay Inv Grd Euro Govt Bd I EUR Acc M S INVF Euro Strategic Bond I Vanguard €z Infl-Lnkd Bd Idx € Acc ODDO BHF Euro High Yield Bond CI-EUR T. Rowe Price Euro Corp Bd Z EUR F ranklin European Ttl Ret W(acc)EUR Schroder ISF EURO Bond I Acc EUR B lueBay Investment Grade Bd B EUR J PM EU Government Bond C (acc) EUR DWS Invest Euro-Gov Bonds FC
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
6,82 6,47 5,37 6,14 4,77 4,57 4,80 4,72 3,11 4,35 4,62 3,44 4,22 4,43 4,53 3,64 3,10 2,64 3,88 3,19 2,43 2,70 3,32 2,02 1,84
15,67 10,68 EUR Pierre Verlé; Alexandre Deneuville; 11,27 8,55 EUR Vasco Teles 8,50 8,48 EUR Vasco Teles 14,43 9,29 EUR François Lavier 14,04 10,81 EUR Jacob Topp 15,89 8,96 EUR Olivier Monnoyeur; Gilles Caraguel; 8,69 6,49 EUR Philippe Noyard; Nicolas Jullien; Thomas Joret; 12,95 10,41 EUR Peter Khan; Andrei Gorodilov; James Durance; 12,74 8,66 EUR Justin Jewell; Rajat Mittal; 10,10 5,18 EUR Guillaume Rigeade; Eliezer Ben Zimra; 7,88 6,27 EUR Patrick Vogel 8,70 7,08 EUR Patrick Vogel 8,03 7,35 EUR Hervé Dejonghe; Laetitia Talavera-Dausse; Solène GIRAUD; 4,21 4,60 EUR Mark Dowding; Kaspar Hense; 10,31 9,64 EUR Sandro Naef; Torben Skødeberg; Laust Johnsen; 3,84 4,44 EUR 12,00 9,70 EUR Thomas Samson 1,80 4,30 EUR Mark Dowding; Kaspar Hense; 3,60 4,85 EUR Richard Ford; Leon Grenyer; Richard Class; 9,34 5,79 EUR — 10,15 8,13 EUR Alexis Renault; Janis HECK; Frauke Wolkewitz; 7,04 5,52 EUR David X Stanley 5,00 4,78 EUR John W. Beck; David Zahn; Sonal Desai; 2,74 4,28 EUR Paul Grainger; James Ringer; 7,65 5,99 EUR Andrzej Skiba; Thomas Moulds; Marc Stacey; 0,83 4,13 EUR Iain T. Stealey; Séamus Mac Góráin; 0,68 4,29 EUR Torsten Strohrmann; Oliver Eichmann; Moritz Rieper;
26 FUNDSPEOPLE I JULHO E AGOSTO
4,30 -0,87 3,95 -0,68 3,24 3,97
11,33 6,13 6,07 5,52 5,33 5,18 4,94 4,82 4,75 4,75 4,63 4,54 4,48 4,20 3,88 3,88 3,88 3,80 3,79 3,74 3,67 3,66 3,61 3,58 3,56 3,41 3,39
6,64 USD Chow Yang Ang; Julia Ho; 9,23 USD Osvaldo Kwan; Henry Wong; 6,08 EUR USD USD USD EUR USD USD USD USD USD EUR USD USD USD USD USD EUR USD EUR USD EUR USD USD EUR USD USD USD EUR EUR USD USD EUR
Alejandro Arevalo; Reza Karim; Kevin Daly Angus Bell Ida Andreasen; Thede Rüst; Anna Tandstad Ege; Javier Romo; Yacov Arnopolin; Pramol Dhawan; Michael A. Gomez; Javier Romo; Pramol Dhawan; Siddharth Dahiya Rob Drijkoningen; Gorky Urquieta; Bart van der Made; Alejandro Arevalo Scott D. McKee; Pierre-Yves Bareau; Emil Babayev; Scott D. McKee; Pierre-Yves Bareau; Leah Parento; Magda Branet; Diliana Deltcheva; Christopher Mey; Matthew W. Ryan; Ward Brown; Neeraj Arora; Eric J. Baurmeister; Warren Mar; Sahil Tandon; Budi Suharto; Claudia Calich Joep Huntjens; Martijn Kleiberg; Luc D’hooge; Wouter Van Overfelt; Cathy L. Hepworth Bart van der Made; Nish Popat; Jennifer Gorgoll; Warren Hyland Samuel Finkelstein; Ricardo Penfold; Angus Bell; Kay Haigh; Luke Chua; Alain Nsiona Defise; Yerlan Syzdykov; Ray Jian; Robert H. Neithart; Luis Freitas de Oliveira; Kirstie Spence; Andrew J. Keirle Abdallah Guezour Antoon de Klerk; Werner Gey van Pittius; Luca Sibani Paul McNamara Sergio Trigo Paz; Michal Wozniak; Laurent Develay; Antoon de Klerk; André Roux;
FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE EM 2021 FUNDO
RENTABILIDADE ANUAL
SELO
5 ANOS
hreadneedle (Lux) European Strat Bd AE T Invesco Euro Corporate Bond C EUR Acc J anus Henderson Hrzn Euro Corp Bd I2 EUR MS INVF Euro Corporate Bond I P IMCO GIS Euro Bond Instl EUR Acc D WS Invest Euro Corporate Bds FC Vontobel EUR Corp Bd Mid Yld B EUR N N (L) Green Bond I Cap EUR Vanguard € Govt Bd Idx € Acc R obeco Euro Credit Bonds FH € P IMCO GIS Euro Income Bond Instl EUR Acc B NP Paribas Euro Government Bd Privl C F ranklin European Corp Bd I(acc)EUR ASSII-Euro Cp Bd D Acc EUR M S INVF Euro Bond I ASSII-EuCpBdS&RInv D Acc EUR Amundi Fds Euro Corp Bd I EUR C N ordea 1 - European Covered Bond BP EUR B GF Euro Corporate Bond A2 P IMCO GIS Euro Credit Instl EUR Acc NN (L) Euro Fixed Income P Cap EUR B GF Euro Bond A2 EdRF Bond Allocation A EUR Acc Caixa Obrigações LP FIMAO M &G (Lux) Euro Corp Bd CI EUR Acc N B Corporate Euro A Caixagest Oportunidades FIAMA Vanguard SRI € Invm Grd Bd Idx € Acc Carmignac Pf Sécurité F EUR Acc AXAIMFIIS Europe Short Dur HY A Cap EUR E vli Short Corporate Bond B N ordea 1 - Low Dur Eurp Cov Bd BI EUR F idelity Euro Short Term Bond Y-Acc-EUR Allianz Credit Opportunities IT13 EUR ODDO BHF Euro Credit Short Dur DP-EUR D WS Invest ESG Euro Bonds (Short) FC BNP Paribas Enhanced Bond 6M I C I nvesco Euro Short Term Bond C EUR Acc I MGA Rendimento Mais FIMA IMGA Rendimento Semestral A FIMA P ictet-EUR Short Term Corp Bds I GS ESG Enh Euro Shrt Du Bd Plus I Acc € Allianz Advcd Fxd Inc S/D W EUR AXAWF Euro Credit Short Dur I Cap EUR I MGA Euro Taxa Variável A FIMA B NP Paribas Euro Medium Term Bd C C MS INVF Short Maturity Euro Bond I JPM Euro Govt Short Dur Bd A (acc) EUR D WS Floating Rate Notes LC BGF Euro Short Duration Bond A2 EUR Allianz Floating Rate Notes+ I EUR Allianz Euro Oblig Court Terme ISR I C/D Allianz Enhanced Shrt Trm Euro I13 EUR UBAM Dynamic Euro Bond AC EUR M S INVF Euro Corporate Bd - Dur Hgd Z U BAM Euro Corporate IG Solution IC EUR
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
FIXED INCOME MISCELLANEOUS P IMCO GIS Capital Scs Instl USD Acc GAM Star MBS Total Return Instl USD Acc
DABC DABC
GLOBAL FIXED INCOME MS INVF Global Fixed Income Opps Z Candriam Bds Global Hi Yld R EUR Cap Vanguard Global Credit Bond Ins USDH Acc L egg Mason BW Glb Inc Opt A USD Acc
DABC DABC DABC DABC
3 ANOS
2,29 3,27 2,63 3,24 2,87 3,18 3,00 3,11 2,66 3,06 2,75 3,05 2,39 3,02 2,25 2,82 1,57 2,78 2,41 2,77 3,40 2,72 1,47 2,68 2,41 2,61 2,16 2,49 1,76 2,48 2,14 2,41 2,39 2,37 2,06 2,28 2,21 2,27 2,39 2,25 1,01 2,23 1,52 2,19 2,42 2,17 1,11 2,14 2,10 2,11 1,79 2,08 2,27 1,93 1,90 1,13 1,61 1,73 1,52 1,34 1,34 1,32 0,73 1,20 0,98 1,09 0,94 0,29 0,72 0,37 0,70 0,55 0,69 0,74 0,69 0,62 0,67 0,54 0,58 0,56 0,57 0,33 0,53 0,41 0,48 0,16 0,36 0,01 0,34 0,08 0,29 -0,30 -0,06 -0,02 -0,14 -0,11 -0,17 -0,16 -0,22 -0,19 -0,23 -0,22 -0,25 -0,33 -0,31 5,73 1,58
17,93 5,39 4,54
6,48 1,16
1 ANO
DADOS A 31/05/2021 VOLAT. 3 ANOS
DIVISA BASE
GESTOR
5,88 5,16 EUR Ryan Staszewski 4,75 5,64 EUR Paul Read; Julien Eberhardt; Tom Hemmant; 5,63 5,26 EUR Thomas Ross; Tim Winstone; 6,16 6,09 EUR Richard Ford; Leon Grenyer; Dipen Patel; 2,09 4,01 EUR Andrew Thomas Balls; Lorenzo Pagani; Konstantin Veit; 5,94 6,08 EUR Oliver Krenn; Karsten Rosenkilde; 6,20 6,96 EUR Mondher Bettaieb; Claudia Wyss; 1,27 5,32 EUR Alfred Meinema; Bram Bos; Jovita Razauskaite; 0,28 3,84 EUR — 4,97 5,41 EUR Victor Verberk 6,98 5,38 EUR Ketish Pothalingam; Eve Lagrellette Tournier; Alfred T. Murata; 0,32 3,98 EUR Cedric Scholtes; Alberto Talero; 5,41 4,97 EUR David Zahn; Marc Kremer; Emmanuel Teissier; 4,89 5,76 EUR Craig MacDonald; Felix Freund; 0,42 3,43 EUR Richard Ford; Leon Grenyer; Richard Class; 4,57 6,09 EUR Josef Helmes 5,86 6,69 EUR Hervé Boiral; Alexandra Van Gyseghem; 0,74 2,21 EUR Henrik Stille 4,56 5,21 EUR Tom Mondelaers; Jozef Prokes; 3,83 5,15 EUR Andreas Berndt; Eve Lagrellette Tournier; 1,35 4,42 EUR Sylvain De Ruijter; Hans van Zwol; Jaco Rouw; 0,83 4,23 EUR Michael Krautzberger; Ronald van Loon; 8,89 5,19 EUR Julien Tisserand; Nicolas Leprince; -0,21 3,62 EUR Joel Carvalheira 4,45 5,25 EUR Stefan Isaacs 7,97 5,96 EUR Hugo Custódio 3,01 3,04 EUR — 2,44 3,97 EUR 5,19 2,99 EUR Marie-Anne Allier 7,88 7,58 EUR James Gledhill; Yves Berger; 6,75 4,98 EUR Juhamatti Pukka 1,46 1,03 EUR Henrik Stille 1,01 1,87 EUR Rick Patel; Ario Emami Nejad; 1,50 1,83 EUR Sebastien Ploton; Grégoire Docq; 4,63 4,63 EUR Alexis Renault; Haiyan Ding; 2,04 1,55 EUR Carsten Weins; Daniel Kittler; 3,06 2,61 EUR Eric Plantier; Fadi Berbari; 1,70 2,05 EUR Luke Greenwood; Lyndon Man; 3,92 4,25 EUR Duarte José; Ana Aguiar; 3,17 3,49 EUR Aitor Zubeldia; Ana Aguiar; 2,94 2,69 EUR Jon Mawby; Mathieu Magnin; Charles-Antoine Bory; 1,83 2,12 EUR Richard Mulley; Jacqueline Leary; 1,75 1,73 EUR Maxence-Louis Mormede; Ralf Jülichmanns; 2,25 2,36 EUR Anne Velot; Thomas Coudert; Boutaina Deixonne; 2,21 2,59 EUR Aitor Zubeldia; Ana Aguiar; 0,94 1,82 EUR Eric Plantier; Arnaud-Guilhem Lamy; 1,37 1,32 EUR Richard Ford; Leon Grenyer; Richard Class; Dipen Patel; -0,18 0,72 EUR Iain T. Stealey; Séamus Mac Góráin; 1,39 2,38 EUR Christian Reiter; Torsten Haas; 0,96 1,91 EUR Michael Krautzberger; Christopher Allen; Jozef Prokes; 0,32 1,01 EUR Vincent Tarantino; Ali Ozenici; Guillaume Zilliox; 0,28 0,88 EUR Vincent Tarantino; Ali Ozenici; 0,16 0,47 EUR Klaus Kusber; Lars Dahlhoff; Florian Urbschat; 1,40 2,23 EUR Philippe Gräub 7,24 EUR Richard Ford; Leon Grenyer; Dipen Patel; 1,13 EUR Philippe Graub 6,79 1,12
10,10 -2,31 6,60 10,40 6,50 -3,93 6,43 0,46
11,25 11,95
USD USD
Philippe Bodereau; Matthieu Loriferne; Michael Bogecho; Tom J. Mansley
7,71 EUR Christian G. Roth; Michael B. Kushma; Richard Ford; 5,68 EUR Philippe Noyard; Nicolas Jullien; Thomas Joret; JC Tamavakis; 7,25 USD 6,80 USD Anujeet S. Sareen; Jack P. McIntyre; Brian L. Kloss; Tracy Chen;
JULHO E AGOSTO I FUNDSPEOPLE 27
PANORAMA BARÓMETRO
FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE EM 2021 FUNDO
RENTABILIDADE ANUAL
SELO
5 ANOS
vS Bond Opportunities IT F PIMCO GIS Divers Inc Instl USD Acc T. Rowe Price Glb HY Bd Z USD Candriam Sst Bd Glbl HiYld I € Acc M &G (Lux) Glb Corp Bd C H EUR Acc T. Rowe Price Glb High Inc Bd I USD AXAWF Global Strategic Bds F Cap GBP H P IMCO GIS Glb Hi Yld Bd Instl USD Acc S KY Harbor Global Sust HY A USD Acc L egg Mason WA Mcr OppBd PR USD Acc Vontobel TwentyFour StratInc HI Hdg EUR P IMCO GIS Income Institutional USD Acc M &G (Lux) Global HY ESG Bd L USD Acc J PM Global Corp Bd A (acc) USD M FS Meridian Global Oppc Bd I1 USD GS Glbl Hi Yld Base Inc USD P ictet Global Sustainable Crdt HZ EUR Jupiter Dynamic Bond I EUR Q Inc P IMCO GIS GlInGd Crdt Instl USD Inc GS Global Fixed Income R Acc USD GS Global Fixed Inc (Hdg) I Inc EUR Invesco Global Inv Grd CorpBd C EURH Acc F idelity Global Bond A-Dis-USD B GF Global High Yield Bond C1 USD T. Rowe Price Dyn Glb Bd Ih GBP Muzinich LongShortCreditYld HEUR Acc NR M uzinich Global Tact Crdt HUSD Acc R P IMCO GIS Glb Bd Instl USD Acc I nvesco Global Ttl Ret EUR Bd C EUR Acc AXAWF Global Infl Bds I Cap EUR UBAM Global High Yield Solution AC USD Amundi Rspnb Investing Imp Gr Bds DP C P ictet Absolute Ret Fxd Inc ZX USD Vanguard Glb Bd Idx $ H Acc M uzinich Enhancedyield S-T HUSD Acc A P IMCO GIS Dynamic Bd Instl Acc Amundi Fds Glbl Aggt Bd I USD C B GF Fixed Income Global Opps D2 EUR Hdg R AM (Lux) Tactical Glb Bd Total Rtrn J Fidelity Global Infl-Link Bd Y-Acc-EUR H B SF Fixed Income Strategies I2 EUR AXAWF Global Infl Sh Dur Bds I Cap EUR H Nordea 1 - Flexible Fixed Income BI EUR JPM Global Strat Bd A perf (acc) EURH U BAM Abs Ret Low Vol Fxd Inc IPC EUR J PM Global Short Duration Bd A(acc)EURH Templeton Global Bond W(Mdis)USD Templeton Global Ttl Ret W(acc)USD
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
STERLING FIXED INCOME Vontobel Ttfr Abs Ret Crdt HI Hdg EUR
DABC
US FIXED INCOME NN (L) US Credit P Cap USD Capital Group US CorpBd (LUX) Z F idelity US Dollar Bond A-Dis-USD B NY Mellon US Muncpl Infras Dbt USD WAcc P IMCO GIS US Hi Yld Bd Instl USD Acc AXAWF US High Yield Bonds I Cap USD J PM Income A (acc) USD S chroder ISF US Dllr Bd C Acc USD AXAIMFIIS US Corp Itmt Bds A USD Dis P IMCO GIS Ttl Ret Bd Instl USD Acc F idelity US High Yield A-Dis-USD Amundi Fds Pinr Strat Inc A USD C M uzinich Americayield HEUR Acc R
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
28 FUNDSPEOPLE I JULHO E AGOSTO
5,05 4,68 5,20 3,61 5,10 1,29 4,47 5,07 4,18 4,78 3,91 2,56 3,78 2,82 2,98 2,85 1,97 2,12 2,78 1,77 3,31 -0,84 2,02 1,97 2,53 2,69 2,86 3,54 1,62 1,33 2,08 2,40 1,74 1,96 1,18 1,26 1,52 0,63 0,87 0,95 0,15 -0,48 -0,41 -0,71 1,93
3,65 3,23 2,07 4,80 4,91 3,51 2,06 2,21 2,04 4,25 1,94 2,97
3 ANOS
5,56 5,55 5,53 5,25 5,18 4,91 4,78 4,77 4,75 4,70 4,50 4,44 4,35 4,34 4,22 4,20 4,19 4,05 4,05 3,95 3,95 3,82 3,78 3,66 3,62 3,55 3,53 3,52 3,43 3,41 3,32 3,06 2,98 2,90 2,64 2,53 2,28 2,25 2,11 2,05 1,76 1,48 1,46 1,32 0,10 0,04 -1,90 -2,97 1,29 6,24 5,72 4,92 4,83 4,82 4,78 4,33 4,33 4,30 3,94 3,74 3,48 3,37
1 ANO
DADOS A 31/05/2021 VOLAT. 3 ANOS
DIVISA BASE
GESTOR
3,42 6,40 EUR Frank Lipowski -1,22 7,51 USD Daniel J. Ivascyn; Eve Lagrellette Tournier; Alfred T. Murata; 3,77 9,70 USD Michael Della Vedova; Rodney M. Rayburn; 8,03 5,10 EUR Philippe Noyard; Nicolas Jullien; Thomas Joret; JC Tamavakis; 2,86 5,75 EUR Ben Lord 5,71 12,08 USD Mark J. Vaselkiv; Michael Della Vedova; 9,16 6,83 GBP Nick Hayes; Nicolas Trindade; 1,18 8,29 USD Andrew Jessop; Sonali Pier; David Forgash; 5,34 8,04 USD Hannah H. Strasser -2,43 9,17 USD — 11,05 7,13 EUR Gary Kirk; Eoin Walsh; Felipe Villarroel; Mark Holman;; 1,68 6,87 USD Daniel J. Ivascyn; Joshua Anderson; Alfred T. Murata; 1,82 9,35 USD Stefan Isaacs; James Tomlins; -4,78 7,41 USD Lisa Coleman; Lorenzo Napolitano; Andreas Michalitsianos; -5,98 6,61 USD Matthew W. Ryan; Erik S. Weisman; Robert D. Persons; 3,58 10,73 USD Robert Magnuson 5,08 6,53 EUR Frédéric Salmon; Philipp Buff; 3,51 4,68 EUR Ariel Bezalel -4,04 7,94 USD Mark R. Kiesel; Jelle Brons; Mohit Mittal; -3,59 5,75 USD Hugh Briscoe 0,93 3,96 EUR Hugh Briscoe 3,91 6,95 EUR Luke Greenwood; Lyndon Man; -4,80 4,94 USD Rick Patel; Ario Emami Nejad; 2,37 8,76 USD James Keenan; David Delbos; Mitchell S. Garfin; Jose Aguilar; 10,44 5,58 GBP Arif Husain 5,92 3,06 EUR Brian Lieberman -3,38 6,82 USD Michael L. McEachern -5,89 6,12 USD Andrew Thomas Balls; Lorenzo Pagani; Sachin Gupta; 2,94 4,26 EUR Paul Read; Julien Eberhardt; Jack Parker; 2,46 5,19 EUR Jonathan Baltora; Elida Rhenals; 0,84 8,16 USD Philippe Graub 1,87 4,48 EUR Alban de Faÿ -6,19 5,84 USD Ella Hoxha; Andres Sanchez Balcazar; -8,90 6,58 USD — -2,01 7,39 USD Tatjana Greil-Castro -1,84 5,93 USD Marc P. Seidner; Daniel J. Ivascyn; Mohsen Fahmi; -5,72 7,45 USD Laurent Crosnier; Myles Bradshaw; 6,40 5,53 EUR Rick Rieder; Bob Miller; Aidan Doyle; 2,19 2,87 EUR Gilles Pradere; Clement Perette; 3,77 2,53 EUR Ian Robert Fishwick; Timothy Foster; 4,90 3,49 EUR Michael Krautzberger; Tom Mondelaers; Johan Sjogren; 4,56 1,73 EUR Jonathan Baltora; Elida Rhenals; -0,77 1,93 EUR Søren Brogaard Lolle; Karsten Bierre; Caroline Henneberg; 4,61 3,18 EUR Lisa Coleman; Robert Michele; Iain T. Stealey; Andrew Headley; 0,56 0,84 EUR Philippe Graub 0,27 1,48 EUR Myles Bradshaw; Iain T. Stealey; Roger Hallam; Linda Raggi; -9,58 7,75 USD Michael J. Hasenstab; Calvin Ho; -8,32 8,94 USD Michael J. Hasenstab; Calvin Ho; 3,30
2,38
EUR
Chris Bowie
-4,93 7,87 USD Anil Katarya; Travis King; -7,86 7,17 USD Scott Sykes; Karen Choi; -9,65 6,69 USD Rick Patel; Ario Emami Nejad; -3,62 7,34 USD Thomas C. Casey; Jeffrey Burger; 2,72 8,59 USD Andrew Jessop; Sonali Pier; 1,78 7,80 USD Carl Whitbeck; Michael P. Graham; 0,26 8,00 USD Thomas G. Hauser; J. Andrew Norelli; Andrew Headley; -6,41 6,12 USD Neil G. Sutherland; Lisa Hornby; -4,78 6,82 USD Frank Olszewski; Guillaume Arnould; -7,30 6,10 USD Scott A. Mather; Mark R. Kiesel; Mohit Mittal; 2,83 9,50 USD Harley Lank; Alexandre Karam; 0,43 8,48 USD Kenneth J. Taubes; Andrew Feltus; Jonathan Scott; 10,24 8,79 EUR —
FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE EM 2021 FUNDO
RENTABILIDADE ANUAL
SELO
5 ANOS
3 ANOS
1 ANO
DADOS A 31/05/2021 VOLAT. 3 ANOS
DIVISA BASE
GESTOR
mundi Fds Pioneer US Bd A2 USD C A AB American Income C Inc UBAM Medium Term US Corporate Bd AC USD B GF US Dollar Bond A2 AXAIMFIIS US Short Dur HY A Cap USD J PM US Aggregate Bond D (acc) USD GS US Mortgg Bckd Secs I Acc USD Pictet-USD Short Mid-Term Bonds I M uzinich ShortDurationHY HEUR Acc A J PM US Short Duration Bond A (acc) USD GS US Dollar Short Dur Bond I Acc USD F ranklin US Government W(Mdis)USD P IMCO GIS Low Avrg Dur Instl USD Acc U BAM Dynamic US Dollar Bond AC USD J PM Income Opp A perf (acc) EURH
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
1,65 3,29 -4,28 7,03 USD Kenneth J. Taubes; Timothy D. Rowe; Bradley Komenda; 1,97 3,28 -2,21 8,22 USD Douglas J. Peebles; Scott A. DiMaggio; Matthew S. Sheridan; 1,26 3,22 -6,68 6,57 USD Philippe Gräub 1,21 3,20 -7,90 6,78 USD Rick Rieder; Bob Miller; 2,14 2,96 -2,79 6,52 USD Carl Whitbeck; Peter V. Vecchio; 0,72 2,80 -8,58 6,46 USD Steven S. Lear; Richard D. Figuly; Justin Rucker; 0,78 2,58 -8,23 5,96 USD — 0,21 1,76 -8,05 5,82 USD Jon Mawby; Mathieu Magnin; Charles-Antoine Bory; 1,34 1,58 7,29 5,64 EUR David A. Bowen 0,04 1,58 -7,36 5,93 USD Cary J. Fitzgerald; Toby Maczka; 1,57 -7,54 5,89 USD Richard Mulley; Jacqueline Leary; -0,34 1,36 -10,16 6,23 USD Paul Varunok; Neil Dhruv; 0,16 1,19 -7,57 5,82 USD Scott A. Mather; Jerome M. Schneider; -0,36 0,01 -7,66 6,28 USD Philippe Gräub 0,25 -0,62 1,78 2,96 EUR William H. Eigen; Jeffrey Wheeler;
ASIA EQUITY JPM Pacific Equity A (dist) USD
DABC 15,69
12,68
37,08
14,95
USD
Aisa Ogoshi; Robert Lloyd;
ASIA EX-JAPAN EQUITY M S INVF Asia Opportunity Z Fidelity Asia Pacific Opps A-Acc-EUR S chroder ISF Emerging Asia I Acc EUR J PM Asia Growth A (acc) USD T. Rowe Price Asian Opp Eq I USD M irae Asset Asia Great Consumer Eq I USD GS Asia Equity R Acc USD F idelity Sustainable Asia Eq Y-Dis-USD S chroder ISF Asian Opports I Acc USD AS SICAV I Asia Pac Eq X Acc USD Threadneedle Asia Ins Acc GBP U BS (Lux) ES As Smlr Coms (USD) P-acc S chroder ISF Asian Ttl Ret C Acc USD J PM Asia Pacific Equity A (acc) EUR M irae Asset Asia Sect Ldr Eq I USD Cap
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
24,40 16,56 19,44 17,92 15,91 14,60 15,54 15,32 16,90 12,79 14,81 12,37 13,42 15,26 12,37
17,34 16,77 14,86 14,76 13,45 12,19 11,97 11,79 11,71 11,62 11,33 10,78 10,68 10,38 8,72
40,40 52,06 51,32 46,74 39,43 26,95 43,32 44,86 47,15 43,36 40,96 27,70 44,27 47,89 53,26
17,79 18,37 17,35 16,80 16,19 15,41 16,86 16,57 18,06 15,92 17,86 16,03 15,98 16,98 17,76
USD EUR EUR USD USD USD USD USD USD USD GBP USD USD EUR USD
Kristian Heugh; Anil Agarwal; Anthony Srom Louisa Lo Mark Davids; Joanna Kwok; Eric C. Moffett Joohee An; Sol Ahn; Sumit Mangal Dhananjay Phadnis Toby Hudson Pruksa Iamthongthong Soo Nam Ng; George Gosden; Raymond M. Wong; Projit Chatterjee; Shou-Pin Choo; King Fuei Lee; Robin Parbrook; Mark Davids; Oliver R. Cox; Alice Wong; Rahul Chadha; Phil S. Lee;
CONSUMER GOODS & SERVICES SECTOR EQUITY Invesco Glbl Consmr Trnds A USD Acc DABC BNP Paribas Consumer Innovtr Cl C DABC P ictet-Premium Brands I EUR DABC Fidelity Global Cnsmr Inds A-Dis-EUR DABC B NP Paribas Smart Food I Cap DABC Invesco Asia Consumer Demand C USD Acc DABC
20,37 16,29 15,36 13,33 8,44 12,20
19,59 17,43 15,29 14,08 11,16 6,76
53,83 36,09 46,90 31,14 36,85 23,60
24,56 18,17 19,17 13,36 16,51 17,25
USD EUR EUR EUR EUR USD
Juan R. Hartsfield; Ido Cohen; Geoffry V. Dailey; Pamela J. Woo; Caroline Reyl; Laurent Belloni; Aneta Wynimko Michael Landymore Shekhar Sambhshivan; Mike Shiao; William Yuen;
ENERGY SECTOR EQUITY BGF Sustainable Energy D2 P ictet-Clean Energy I USD
DABC DABC
15,74 15,21
20,68 17,57
52,27 41,56
17,50 20,19
USD USD
Alastair Bishop; Charlie Lilford; Xavier Chollet; Christian Roessing; Manuel Losa;
EQUITY MISCELLANEOUS Pictet-Water I EUR BNP Paribas Aqua C C P ictet-Nutrition I EUR
DABC 11,88 DABC 12,35 DABC 10,71
15,14 14,72 11,20
29,54 40,37 30,77
16,13 17,91 13,80
EUR EUR EUR
Louis Veilleux; Cédric Lecamp; Peter Rawlence; Hubert Aarts; Bruce Jenkyn-Jones; Gertjan Van der Geer; Mayssa Al Midani; Alex Howson;
EUROPE EMERGING MARKETS EQUITY Schroder ISF Emerging Europe C Acc EUR
DABC
12,55
10,21
33,56
26,64
EUR
Mohsin Memon; Rollo Roscow;
EUROPE EQUITY LARGE CAP DNB Fund Nordic Equities retail A Threadneedle Pan Eurp Focus Ins Acc GBP B GF Continental Eurp Flex E2 EUR Candriam Eqs L Eurp Innovt R EUR Cap AXAWF Fram Switzerland A Cap EUR Allianz Europe Equity Growth IT EUR Carmignac Pf Grande Europe F EUR Acc F idelity FAST Europe A-ACC-EUR BSF European Opps Extension A2 EUR N N (L) European Sust Eq P Cap EUR Threadneedle European Sel Ins Acc GBP B GF European Special Situations A2 F idelity European Dynamic Gr A-Dis-EUR
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
12,68 10,41 13,85 12,63 12,27 11,92 12,46 10,87 12,74 10,94 10,83 10,33 11,00
16,47 16,28 16,19 14,68 14,13 13,87 13,64 13,51 13,35 13,34 12,63 12,13 11,58
34,39 28,52 49,44 28,53 23,48 36,58 26,83 13,75 41,13 31,87 27,72 31,51 14,22
17,09 14,70 18,24 14,52 12,76 17,64 14,82 14,92 17,79 15,65 15,67 16,14 15,35
EUR GBP EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR GBP EUR EUR
Øyvind Fjell Frederic Jeanmaire Giles Rothbarth Geoffroy Goenen; Antoine Hamoir; Guillaume Robiolle; Hervé Mangin; Thorsten Winkelmann; Robert Hofmann; Marcus Morris-Eyton; Mark Denham Fabio Riccelli; Karoline Rosenberg; David Tovey; Christopher Sykes; Pieter Schop; Oskar Tijs; Ivo Luiten; Jeroen Bos; Benjamin Moore Stefan Gries Fabio Riccelli; Karoline Rosenberg;
JULHO E AGOSTO I FUNDSPEOPLE 29
PANORAMA BARÓMETRO
FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE EM 2021 RENTABILIDADE ANUAL
DADOS A 31/05/2021 VOLAT. 3 ANOS
DIVISA BASE
FUNDO
SELO
JPM Europe Strategic Growth C (dist) EUR llianz Euroland Equity Growth IT EUR A E chiquier Positive Impact Europe A AS SICAV I European Eq A Acc EUR M GI Eurozone Equity M1 EUR M FS Meridian European Value A1 EUR T. Rowe Price Eurp Eq I EUR F idelity Sustainable Euroz Eq E-Acc-EUR J upiter European Growth D EUR Acc GAM Star Continental Eurp Eq GBP Acc Pictet-Quest Europe Sust Eqs I EUR Candriam Sst Eq EMU R € Acc U BS (Lux) EF Euro Countrs Oppo (EUR) P BGF Euro-Markets A2 H SBC GIF Euroland Growth M1C E leva UCITS Eleva Eurp Sel I EUR acc E dR SICAV Euro Sustainable Eq A EUR MFS Meridian European Research A1 EUR P ictet-Europe Index P EUR D WS Aktien Strategie Deutschland IC J PM Euroland Equity C (dist) EUR J anus Henderson Hrzn Euroland H2 EUR Amundi Fds Euroland Equity A EUR C Fidelity Germany A-Dis-EUR S chroder ISF EURO Equity I Acc EUR D WS Invest II Eurp Top Div XC CS (Lux) European Div Plus Eq EB EUR J PM Europe Equity Plus A perf (acc) EUR D WS Deutschland IC AB Eurozone Eq Ptf IX Acc F idelity European Lgr Coms Y-Dis-EUR Fidelity European Growth Y-Dis-EUR M &G (Lux) Eurp Strat Val CI EUR Acc Amundi Fds European Eq Val M2 EUR C I nvesco Sus Pan Eurp Stu Eq C Acc EUR AB European Eq Ptf C Acc F idelity Iberia A-Dis-EUR UBS (Lux) ES Euro Countrs Inc€ Q-acc JPM Europe Strategic Value C (dist) EUR I nvesco Pan European Equity A EUR Acc F idelity Instl Eurp LargerComs R-Acc-EUR
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
11,82 11,29 11,36 11,19 11,71 10,96 10,42 10,71 12,83 10,65 9,59 10,46 7,86 10,23 8,35 10,07 10,78 9,82 8,40 9,71 7,57 9,39 9,92 9,13 8,70 9,04 8,48 8,90 9,50 8,43 9,82 8,25 8,46 8,00 7,65 7,68 7,61 7,33 10,66 7,21 8,95 6,64 7,32 6,52 7,81 6,44 7,89 6,44 8,43 6,07 6,27 5,92 4,90 5,74 5,95 4,90 8,93 4,73 8,74 4,68 6,11 4,06 6,17 4,03 6,44 3,96 7,22 3,57 4,67 2,66 5,87 2,62 4,26 2,51 4,16 2,01 5,09 1,64 4,30 1,12
32,38 15,98 EUR Michael Barakos; Ben Stapley; 32,03 18,91 EUR Andreas Hildebrand; Darina Valkova; 23,23 14,75 EUR Adrien Bommelaer; Luc Olivier; 18,14 14,56 EUR Ben Ritchie; Jonathan Allison; Sanjeet Mangat; 34,73 17,25 EUR 25,04 14,55 EUR Florence Taj; Gabrielle G. Gourgey; Benjamin Tingling; 28,17 15,49 EUR Dean Tenerelli 31,04 17,43 EUR Vincent Durel 17,74 14,35 EUR Mark Heslop; Mark Nichols; 36,14 17,69 GBP Nial Gallagher 27,46 16,95 EUR Laurent Nguyen 32,57 18,84 EUR Geoffroy Goenen; Laurent Milliat; 31,13 16,60 EUR Jeremy Leung; Maximilian Anderl; 38,99 19,56 EUR Andreas Zoellinger; Tom Joy; 31,44 18,46 EUR Patrick Gautier; Abderrahman Belcaid; 32,70 18,32 EUR Eric Bendahan 26,12 16,42 EUR Marc Halperin; Jean-Philippe Desmartin; 19,28 14,82 EUR Gabrielle G. Gourgey 30,33 17,04 EUR Roland Riat; Jean−Michel Piuz; 39,51 25,57 EUR Tim Albrecht; Hansjörg Pack; 40,55 21,34 EUR Richard Webb; Zenah Shuhaiber; Philippa Clough; 38,58 21,82 EUR Nick Sheridan 35,90 20,90 EUR Fabio Di Giansante; Lorenzo Angelini; 23,75 19,75 EUR Christian Von Engelbrechten 33,27 20,78 EUR Martin Skanberg 21,25 15,88 EUR Stephan Werner; Marc Althaus; 15,76 14,35 EUR Nicola Nolè; Felix Maag; 31,20 19,38 EUR Michael Barakos; Nicholas Horne; Ben Stapley; 36,42 25,50 EUR Tim Albrecht; Christoph Ohme; 38,53 21,83 EUR Tawhid Ali; Andrew Birse; 23,60 18,53 EUR Matt Siddle; Helen Powell; 23,48 18,42 EUR Matt Siddle; Helen Powell; 40,11 21,75 EUR Richard Halle 45,17 25,13 EUR Andreas Wosol; Roberto Campani; 25,36 16,12 EUR Alexander Uhlmann; Thorsten Paarmann; 33,21 20,82 EUR Tawhid Ali; Andrew Birse; 21,43 18,80 EUR Karoline Rosenberg; Mac Elatab; 21,57 15,77 EUR Ian Paczek; Patrick Zimmermann; Urs Räbsamen; 40,64 25,05 EUR Michael Barakos; Ian Butler; Thomas Buckingham; 37,50 22,75 EUR John Surplice; Martin Walker; Tim Marshall; 24,57 EUR Matt Siddle; Helen Powell;
DABC DABC DABC DABC DABC DABC
EUROPE EQUITY MID/SMALL CAP Threadneedle (Lux) Pan Eurp SmCpOpps ZE Candriam Eqs L Europe S&M Cp C EUR Cap E chiquier Agenor SRI Mid Cap Eurp A T. Rowe Price Eurp Smlr Cm Eq I EUR M FS Meridian European Smlr Coms A1 EUR Oddo BHF Avenir Europe CR-EUR Doussard; O ddo BHF Avenir Euro CR-EUR B NP Paribas Europe Small Cap I C B PI Portugal FIAA
5 ANOS
3 ANOS
1 ANO
GESTOR
13,88 13,05 12,48 13,53 8,02 10,48
13,93 13,00 11,16 10,23 8,41 8,23
35,70 43,58 20,42 43,62 25,09 28,20
19,25 19,38 15,00 20,76 17,52 17,71
EUR EUR EUR EUR EUR EUR
Philip Dicken; Mine Tezgul; Geoffroy Goenen; Christian Solé; Stéphanie Bobtcheff; José Berros; Guillaume Puech; Ben Griffiths Peter F. Fruzzetti; Sandeep Mehta; Pascal Riegis; Sébastien Maillard; Grégory Deschamps; Frédéric
DABC 10,24 DABC 8,39 DABC 4,09
7,44 7,42 2,41
30,74 28,48 29,21
19,53 19,91 19,17
EUR EUR EUR
Pascal Riegis; Sébastien Maillard; Grégory Deschamps Damien Kohler; Fiona Wills; Pedro Maruny
FINANCIALS SECTOR EQUITY Jupiter Financial Innovt D GBP Acc
DABC 13,00
11,63
28,71
21,77
GBP
Guy de Blonay
GLOBAL EMERGING MARKETS EQUITY N ordea 1 - Emerging Stars Equity BI EUR J PM Emerging Markets Equity A (dist) USD Threadneedle Global EM Eq Ins Acc GBP Capital Group New World (LUX) Z F idelity Em Mkts Y-DIST-USD Candriam Sst Eq Em Mkts R € Acc Capital Group EM Growth (LUX) Z Wellington EM Development D USD Acc UnH S chroder ISF Em Mkts I Acc USD
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
15,22 14,05 13,47 12,70 12,26 12,12 11,96 11,50 11,14
47,17 44,22 49,13 35,86 53,99 49,51 39,36 43,69 43,83
17,86 17,54 20,22 15,87 17,90 17,31 16,77 17,66 17,58
EUR USD GBP USD USD EUR USD USD USD
Juliana Hansveden; Emily Leveille; Austin Forey; Leon Eidelman; Dara J. White Robert W. Lovelace; Carl M. Kawaja; Jonathan Knowles; Nick Price; Amit Goel; Philip Screve; Mohamed Lamine Saidi; Jan Boudewijns; Victor D. Kohn; F. Chapman Taylor; Eu-Gene Cheah; Daire T. Dunne; Simon Charles Henry; Robert Davy; Tom Wilson;
30 FUNDSPEOPLE I JULHO E AGOSTO
16,45 15,60 12,24 12,91 13,13 15,24 14,30 14,80 14,77
FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE EM 2021 RENTABILIDADE ANUAL
DADOS A 31/05/2021 VOLAT. 3 ANOS
DIVISA BASE
17,53 17,70 18,17 18,35 15,60 16,62
USD EUR EUR USD USD USD
FUNDO
SELO
GS Emerging Markets Eq Base Acc USD ells Fargo (Lux) WF EM Eq I EUR Acc W F ederated Hermes Glb Em Mkts R EUR Acc JPM Em Mkts Small Cap A (acc) perf USD Vontobel mtx Sust EmMkts Ldrs I USD GS EM CORE Eq I Acc USD Close
DABC DABC DABC DABC DABC DABC
GLOBAL EQUITY LARGE CAP MS INVF Global Opportunity Z MS INVF Global Quality Z M S INVF Global Brands A USD GS Global Millennials Eq I Acc USD D PAM INVEST B Eqs NewGems Sust W Cap Schroder ISF Glb Clmt Chg Eq I Acc USD AMP Capital Global Companies I USD Acc R obeco Global Consumer Trends D € CPR Invest Glbl Dsrpt Opp R EUR Acc Threadneedle (Lux) Global Focus ZU S eilern World Growth CHF H R AB SICAV I Stbl Gl Tmtc PtflAXXUSDAcc Capital Group New Pers (LUX) ZL Allianz Thematica WT4 EUR Vontobel Clean Technology B EUR F undsmith Equity T Acc U BAM 30 Global Leaders Equity AHC USD P ictet - Global Envir Opps I EUR L egg Mason MC Glb L-T Uncons A USD Acc F undsmith Equity T EUR Acc P ictet-Security I USD N SF SICAV Wealth Defender Glbl Eq I USD Caixa Ações Líderes Globais FIMAA M GI Global Equity M-7 € Acc F idelity Glb Dmgrphcs Y-Acc-USD C andriam Eqs L Glbl Demography C EUR Cap P ictet-Global Megatrend Sel I EUR B NY Mellon Long-Term Glbl Eq USD C Acc Fidelity World Y-Dis-EUR P ictet SmartCity I EUR F idelity Global Focus E-Acc-EUR N inety One GSF Glb Qual Eq Inc IX Inc $ J PM Global Focus D (acc) EUR M irabaud Sustainable Glbl Fcs A USD Acc BPI GIF Opportunities R B PI Ações Mundiais FIAA Mercer Sustainable Glbl Eq M-2$ M FS Meridian Global Equity A1 USD Templeton Glb Climate Change A(Ydis)EUR F idelity Global Dividend Y-Acc-USD N B Momentum Sustentável FIMAA M &G (Lux) Glb Dividend CI EUR Acc U BS (Lux) ES L/T Thms $EUR H P AXA Rosenberg Glb Eq Alpha A USD Acc BL-Equities Dividend B EUR GS Global CORE Eq I Inc USD Snap B NY Mellon Global Equity Inc USD C Inc M irabaud Sust Glbl Hi Div A USD Acc CS (Lux) Global Div Plus Eq EB USD D WS Invest Top Dividend IC Templeton Growth (Euro) I(acc)EUR
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
181,53 71,43 35,57 17,72 EUR Kristian Heugh 76,64 47,53 16,56 14,46 EUR William D. Lock; Bruno Paulson; Vladimir A. Demine; 70,58 43,92 11,92 13,86 EUR William D. Lock; Bruno Paulson; Vladimir A. Demine; 20,05 24,27 41,20 16,88 USD Nathan Lin; Alexis Deladerrière; Laura Destribats; 19,38 21,75 30,41 16,43 EUR Alexander Roose; Dries Dury; Quirien Lemey; Tom Demaecker; 18,35 20,59 50,75 17,73 USD Simon Webber; Isabella Hervey-Bathurst; 19,77 26,73 15,01 USD Simon Steele; Neil Mitchell; Andy Gardner; David Naughtin; 18,90 18,90 24,90 15,29 EUR Richard Speetjens; Jack Neele; 18,89 27,49 19,84 EUR Estelle Ménard; Wesley Lebeau; 16,43 18,59 25,09 14,42 USD Dave Dudding 16,19 18,37 26,37 16,38 CHF Marco Lo Blanco; Michael Faherty; 16,53 17,69 32,46 16,02 USD Daniel Charles Roarty 16,04 17,39 36,14 16,57 USD Robert W. Lovelace; Steven T. Watson; Jonathan Knowles; 16,91 33,02 15,49 EUR Andreas Fruschki; Gunnar Miller; 12,91 16,21 40,36 17,63 EUR Pascal Dudle; Stephan Eugster; 15,82 16,20 22,59 14,12 GBP Terry Smith 13,86 16,19 21,95 15,18 USD Martin Moeller; Fares Benouari; 14,64 15,79 31,70 16,71 EUR Gabriel Micheli; Luciano Diana; Yi Du; 15,64 25,60 13,24 USD Zehrid Osmani; Yulia Hofstede; 15,34 15,64 22,10 13,58 EUR Terry Smith 13,06 15,20 24,22 17,03 USD Yves Kramer; Alexandre Mouthon; Rachele Beata; 15,10 15,01 21,30 15,08 USD — 13,41 14,75 29,05 14,44 EUR — 13,34 14,04 32,32 16,35 EUR 13,02 13,80 29,03 13,76 USD Aneta Wynimko; Alex Gold; Oliver Hextall; 12,13 13,67 29,56 15,85 EUR Allan Foll; Theany BAZET; 13,39 13,47 29,16 16,65 EUR Hans Peter Portner 12,59 13,43 20,44 14,74 USD — 13,36 13,19 30,51 17,32 EUR Jeremy Philip Elliot Podger; Jamie Peter Harvey; 9,06 13,01 21,18 16,02 EUR Ivo Weinoehrl; Andreas Kringlen; Benjamin Lerner; 12,66 12,96 32,36 15,46 EUR Amit Lodha 8,94 12,96 16,13 13,50 USD Clyde Rossouw; Abrie Pretorius; 11,78 12,88 37,33 18,19 EUR Helge Skibeli; Rajesh Tanna; Timothy Woodhouse; 12,50 12,81 20,93 14,14 USD Anu Narula; Paul Middleton; 12,39 12,63 18,89 15,23 EUR Rui Araújo 12,11 12,56 18,69 15,22 EUR Rui Araújo 12,41 29,94 14,39 USD 10,65 12,21 27,97 16,77 USD Roger M. Morley; Ryan P. McAllister; 9,98 11,43 41,46 18,62 EUR Tina M. Sadler; Maarten Bloemen; Craig Cameron; 8,31 11,13 16,53 12,29 USD Daniel Roberts 10,24 10,15 28,51 15,07 EUR Fatima Só 11,49 10,15 37,27 20,97 EUR Stuart Rhodes 11,05 9,71 42,23 19,77 EUR Bruno Bertocci; Joseph R. Elegante; Alix Foulonneau; 10,26 9,49 28,29 17,85 USD — 7,64 9,24 11,18 10,86 EUR Guy Wagner; Jérémie Fastnacht; 11,32 9,12 29,59 17,91 USD Len Ioffe; Osman Ali; James Park; Takashi Suwabe; 7,66 9,11 21,72 15,37 USD Robert Hay; Jonathan Bell; Paul Flood; Ilga Haubelt; 7,96 8,19 19,00 14,38 USD Anu Narula; Paul Middleton; 7,21 7,92 15,30 14,50 USD Felix Maag; Aude Scheuer; 4,64 6,33 12,96 12,54 EUR Thomas Schüssler; Stephan Werner; 5,27 3,29 21,87 16,65 EUR Peter M. Moeschter; Herbert J. Arnett; Warren Pustam;
GLOBAL EQUITY MID/SMALL CAP B NP Paribas Energy Transition C C Nordea 1 - Global Climate & Envir BI EUR B NP Paribas Climate Impact I C Vanguard Global Small-Cap Idx USD Acc
DABC DABC DABC DABC
17,09 17,23 15,18 11,55
5 ANOS
3 ANOS
13,20 12,60 13,97 11,12 14,12 12,95
10,71 10,42 10,32 9,85 8,58 8,16
1 ANO
43,45 34,75 43,11 46,03 29,82 45,82
GESTOR
Basak Yavuz; Hiren Dasani; Jerry Zhang; Derrick Irwin; Richard Peck; Gary Greenberg Austin Forey; Amit Mehta; Roger Merz; Thomas Schaffner; Len Ioffe; Osman Ali; Dennis Walsh; James Park;
24,13 144,94 38,94 EUR Edward Lees; Ulrik Fugmann; 18,45 42,97 18,10 EUR Thomas Sørensen; Henning Padberg; 17,78 46,68 17,73 EUR Bruce Jenkyn-Jones; Jon Forster; 9,99 42,12 21,46 USD —
JULHO E AGOSTO I FUNDSPEOPLE 31
PANORAMA BARÓMETRO
FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE EM 2021 RENTABILIDADE ANUAL
DADOS A 31/05/2021 VOLAT. 3 ANOS
DIVISA BASE
21,00 20,78 18,76 17,58 18,42 17,54 16,66 17,63
USD USD USD USD USD USD USD USD
Anthony Wong; Chao-Yang Sunny Chung; Kevin YOU; Howard Wang; Rebecca Jiang; Nicholas Yeo David Choa; Maxwell Yang; Louisa Lo Bin Shi; Denise Cheung; Morris Wu; Bin Shi; Denise Cheung; Morris Wu; Raymond Ma; Hyomi Jie;
19,32 21,63 11,52 15,11 10,06 13,26 7,40 5,59 12,58 -4,45 20,30 8,04
USD USD USD EUR USD USD USD
Gareth Powell; David Pinniger; Matthew G. Cohen; Anne Marden; Laurence McGrath; John H. Fogarty; Vinay Thapar; Erin Xie Jeff Meys; Tjeerd van Cappelle; Anastasia Naymushina; Rudi Van den Eynde; Servaas Michielssens; Rudi Van den Eynde; Servaas Michielssens;
FUNDO
SELO
GREATER CHINA EQUITY Allianz China A Shares AT USD J PM China A (dist) USD AS SICAV I China A Share Eq I Acc USD BNP Paribas China Eq Cl C S chroder ISF China Opps I Acc USD U BS (Lux) EF Greater China (USD) Q U BS (Lux) EF China Oppo(USD) Q USD acc Fidelity China Consumer Y-Acc-USD
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
HEALTHCARE SECTOR EQUITY Polar Capital Biotech S Inc J PM Global Healthcare C (acc) USD AB International HC AX USD Acc B GF World Healthscience A2 N N (L) Health Care X Cap USD Candriam Eqs L Biotech R USD Cap Candriam Eqs L Onclgy Impct I USD Cap
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
18,17 17,34 11,08 14,98 12,29 14,40 10,94 13,77 9,23 11,86 9,58 9,66
INDIA EQUITY S chroder ISF Indian Opports C Acc USD Franklin India I(acc)USD
DABC 10,57 DABC 8,56
8,74 6,88
45,74 22,82 USD — 53,74 24,77 USD Sukumar Rajah
INFRASTRUCTURE SECTOR EQUITY DWS Invest Global Infras FC L M ClearBridge Infras Val PR EUR Acc L azard Global Lstd Infras Eq A Acc EUR H
DABC DABC DABC
9,06 8,55 4,92
7,49 13,08 10,39
JAPAN EQUITY Threadneedle Japan Ins Acc GBP JPM Japan Equity A (dist) USD T. Rowe Price Japanese Equity I EUR GS Japan Equity Base Acc JPY Jupiter Japan Select D USD Acc P ictet-Japanese Equity Opps PJPY I nvesco Japanese Eq Adv A JPY Acc Vanguard Jpn Stk Idx $ Acc J anus Henderson Hrzn Jpn Smr Coms A2 USD S chroder ISF Japanese Eq I Acc JPY AS SICAV I Japanese Eq X Acc JPY AS SICAV I Jpn SmlrComs X Acc JPY
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
LATIN AMERICA EQUITY DWS Invest Brazilian Equities LC D WS Invest Latin American Eqs NC
DABC 20,85 22,45 60,06 37,03 EUR — DABC 11,87 13,09 51,09 31,31 EUR —
LONG/SHORT EQUITY S chroder GAIA Egerton Eq I Acc EUR J PM US Hedged Equity A (acc) USD P ictet TR - Mandarin I USD M an GLG Innovation Eq Alt IN USD Acc E leva UCITS Eleva Abs Ret Eurp S EUR acc P ictet TR - Atlas I EUR J anus HndrsnAbsolute Return A2 GBP Schroder GAIA Sirios US Eq E Acc EUR Hdg P ictet TR - Corto Europe I EUR
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
11,15 12,21 7,01 -0,64 3,37 2,56
9,07 8,78 8,03 6,01 5,58 5,49 2,42 1,88 1,38
24,85 8,42 13,72 -0,66 7,41 13,48 9,76 8,40 5,35
13,39 8,30 6,48 6,25 4,20 3,07 6,88 11,10 3,84
EUR USD USD USD EUR EUR GBP EUR EUR
John C. Armitage Raffaele Zingone; Hamilton Reiner; Lan Wang-Simond Mike Corcell Eric Bendahan Matthieu Fleck Luke Newman; Benjamin Wallace; John F. Brennan Phillipe Sarreau
NATURAL RESOURCES SECTOR EQUITY BGF World Mining D2
DABC 20,05
17,21
65,92
25,27
USD
Evy Hambro; Olivia Markham;
PRECIOUS METALS SECTOR EQUITY BGF World Gold A2
DABC
6,92
17,21
3,64
33,37
USD
Evy Hambro; Thomas Holl;
REAL ESTATE SECTOR EQUITY Janus Henderson Hrzn PanEurpPtyEqs A2EUR J anus Henderson Hrzn GlblPtyEqsA2USD M S INVF Global Property I
DABC DABC DABC
8,71 7,18 7,71
10,08 9,71 2,49
30,76 21,26 24,46
19,46 16,98 21,40
EUR USD EUR
Guy Barnard; Nicolas Scherf; Guy Barnard; Tim Gibson; Greg Kuhl; Michiel te Paske; Sven Van Kemenade; Angeline Ho;
TECHNOLOGY SECTOR EQUITY Allianz Global Artfcl Intlgc WT4 EUR J PM US Technology A (dist) USD BGF World Technology A2 Fidelity Global Technology Y-Dis-EUR
DABC DABC DABC DABC
32,01 31,97 27,50
31,93 30,65 29,69 28,46
71,64 44,35 42,72 49,08
25,07 23,87 21,41 19,04
EUR USD USD EUR
Sebastian Thomas Timothy RV Parton; Joseph Wilson; Tony Kim HyunHo Sohn
32 FUNDSPEOPLE I JULHO E AGOSTO
5 ANOS
3 ANOS
1 ANO
22,34 23,31 24,32 19,75 19,24 21,05 19,50 15,40
26,88 20,58 18,86 15,77 13,77 13,32 10,99 8,78
60,40 52,76 55,74 38,36 45,47 25,46 16,59 35,83
5,89 6,41 6,95
11,08 10,48 11,58 8,16 10,27 8,51 8,79 7,48 7,61 8,54 5,38 7,91
9,05 17,27 8,08 14,60 7,95 11,16 6,34 15,46 6,07 16,03 4,77 19,82 4,76 13,14 4,63 13,70 4,62 14,52 4,23 15,15 3,69 9,37 3,47 7,24
14,70 15,24 13,81
EUR EUR EUR
GESTOR
Manoj H. Patel; Francis X. Greywitt; Nick Langley; Charles Hamieh; Shane Hurst; John Mulquiney; Warryn Robertson; Bertrand Cliquet;
16,09 GBP Daisuke Nomoto 17,90 USD Nicholas Weindling; Shoichi Mizusawa; Miyako Urabe; 17,48 EUR Archibald A. Ciganer 14,41 JPY Ichiro Kosuge 15,69 USD Dan Carter; Mitesh Patel; 15,73 JPY Adrian Hickey 15,98 JPY Tadao Minaguchi 14,25 USD — 17,77 USD Yun Young Lee 14,67 JPY Kazuhiro Toyoda 15,87 JPY Chern-Yeh Kwok 17,07 JPY Hisashi Arakawa
FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE EM 2021 FUNDO
RENTABILIDADE ANUAL
SELO
5 ANOS
Franklin Technology W Acc USD T hreadneedle (Lux) Global Tech AU USD J anus Henderson Glb Tech&Inno A2 USD Polar Capital Global Tech Inc P ictet - Robotics I EUR B NP Paribas Disrpt Tech Cl D Janus Henderson Hrzn GlbTechLdrs H2USD AXAWF Framlington Dgtl Ecoy I Cap EURHdg J PM Europe Dynamic Techs Fd C (dist) EUR AXAWF Fram Robotech I Cap USD E dRF Big Data N EUR P ictet-Digital PUSD B GF Next Generation Technology I2 E chiquier Artificial Intelligence B EUR
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
UK EQUITY LARGE CAP N inety One GSF UK Alpha IX Inc GBP
DABC
3 ANOS
27,79 27,16 25,78 26,33 25,72 23,58 27,07 23,22 23,30 22,40 23,29 21,99 23,58 21,15 20,76 21,10 20,58 18,10 17,82 17,14 16,68 14,12
DADOS A 31/05/2021 VOLAT. 3 ANOS
DIVISA BASE
36,59 19,93 53,08 22,75 30,83 18,05 27,03 17,42 38,07 21,40 29,71 18,46 35,27 18,23 40,83 21,14 51,98 20,33 31,94 20,55 48,05 19,63 28,03 16,16 62,02 24,44
USD USD USD USD EUR EUR USD EUR EUR USD EUR USD USD EUR
Jonathan Curtis; Matthew Cioppa; Dan Searle; Paul H. Wick Denny Fish Ben Rogoff; Nick Evans; Fatima Lu; Peter Lingen; John Gladwyn; Pamela Hegarty; Pamela J. Woo; Alison Porter; Graeme Clark; Richard Clode; Jeremy Gleeson; Tom Riley; Jonathan Ingram; John Baker; Alex Whyte; Jeremy Gleeson; Tom Riley; Xiadong Bao; Jacques-Aurélien Marcireau; Sylvie Sejournet; Olivier Djopwouo; Stanislas Effront; Tony Kim Rolando Grandi
20,69
GBP
Simon Brazier
1 ANO
3,98
3,48
US EQUITY LARGE CAP BLEND Wells Fargo (Lux) WF USAllCpGr I USD Acc DABC F ranklin US Opportunities W(acc)USD DABC N inety One GSF American Fran A Inc USD DABC J PM US Select Equity A (acc) USD DABC S chroder ISF US Large Cap I Acc USD DABC B L-Equities America B USD DABC Amundi IS MSCI North America IE-C DABC Vanguard U.S. 500 Stk Idx $ Acc DABC P ictet-USA Index P USD DABC AXA Rosenberg US Enh Idx Eq Alp A $ Acc DABC T. Rowe Price US Eq I USD DABC N euberger Berman US MltCp Opps USD1 IAcc DABC N N (L) US Enh Cr Concntr Eq P Cap USD DABC GS US CORE Equity Base Acc USD Snap DABC P olar Capital North American S DABC Capital Group InvCoAmer (LUX) Z DABC
20,28 18,50 17,10 14,33 15,05 13,70 14,33 14,23 13,89 13,91 12,82 13,86 12,39 13,43 13,24 11,22
20,43 18,88 17,25 16,37 15,90 15,82 15,78 15,44 15,10 14,94 14,86 13,32 12,74 12,73 12,30 11,64
US EQUITY LARGE CAP GROWTH M S INVF US Growth I DABC M S INVF US Advantage I DABC B rown Advisory US Sust Gr USD C Acc DABC L egg Mason CB US Eq Sust Ldrs PR EURHAcc DABC T. Rowe Price US Lg Cap Gr Eq I USD DABC Wells Fargo (Lux) WF USLrgCpGr IEUR Acc DABC AB American Gr Ptf C Acc DABC AB Sustainable US Tmtc A USD DABC B rown Advisory US Equity Growth $ P Acc DABC Amundi Fds Pinr US EqFdm Gr A EUR C DABC Legg Mason CB US Lg Cp Gr X USD Acc DABC Vontobel US Equity I USD DABC
275,82 184,34 17,71 21,38 19,85 18,02 18,08 16,78 14,89 16,72 14,68
US EQUITY LARGE CAP VALUE AXA Rosenberg US Equity Alpha A USD Acc DWS Invest CROCI US Dividends USD LC J PM US Value A (dist) GBP M FS Meridian US Value A1 USD R obeco BP US Premium Equities IH € NN (L) US High Dividend P Cap USD Fidelity America A-Dis-USD
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
12,47 12,80 30,19 12,56 12,20 27,99 9,86 11,28 33,23 8,11 9,84 23,24 10,49 9,68 49,33 8,89 8,41 20,96 6,50 7,58 31,59
18,82 USD — 20,06 USD Julien Boulliat; Shinil Balakrishnan; 20,22 GBP Clare A. Hart; David Silberman; Andrew Brandon; 18,00 USD Steven R. Gorham; Nevin P. Chitkara; Katherine A. Cannan; 22,31 EUR Duilio R. Ramallo 16,94 USD — 17,80 USD Ashish Bhardwaj
US EQUITY SMALL CAP T. Rowe Price US Smlr Cm Eq Q USD Alger Small Cap Focus I US Legg Mason RY US SmCp Opp X USD Acc B NP Paribas US Small Cap Classic R J PM US Smaller Companies A (dist) USD
DABC DABC DABC DABC DABC
17,15 22,06 17,85 12,99 11,93
19,70 24,22 31,04 23,28 22,23
129,30 95,34 22,74 20,28 19,99 19,83 19,77 19,28 18,81 17,82 17,79 15,78
18,64 17,52 15,30 10,68 10,15
17,51
GESTOR
25,32 22,34 20,41 28,40 33,51 20,42 28,91 26,98 26,51 27,87 27,18 31,44 23,41 27,72 36,77 23,46
21,14 USD Thomas C. Ognar; Joseph M. Eberhardy; Robert Gruendyke; 18,71 USD Grant Bowers; Sara Araghi; 15,35 USD Paul Vincent 17,85 USD Steven G. Lee; Scott B. Davis; 17,24 USD Frank Thormann 17,25 USD Luc Bauler; Henrik Blohm; 17,84 EUR Arnaud Choblet 17,22 USD — 17,21 USD Stéphane Cornet; David Billaux; 17,21 USD — 16,43 USD Jeffrey Rottinghaus 19,31 USD Richard S. Nackenson 17,98 USD Vincent J. Costa 17,54 USD Len Ioffe; Osman Ali; Dennis Walsh; 20,78 USD Andrew Holliman; Richard Wilson; 15,92 USD James B. Lovelace; Donald D. O'Neal; Joyce E. Gordon;
44,45 31,71 22,03 41,57 28,31 18,23 19,96 27,55 16,77 22,97 22,81 20,37
24,75 20,26 16,10 17,02 18,10 17,47 15,28 16,91 16,98 16,57 17,56 16,22
35,51 11,85 90,44 40,70 35,07
EUR EUR USD EUR USD EUR USD USD USD EUR USD USD
USD USD USD USD USD
Dennis P. Lynch; David S. Cohen; Sandeep (Sam) G. Chainani; Dennis P. Lynch; David S. Cohen; Sandeep (Sam) G. Chainani; David B. Powell; Karina Funk; Mary Jane McQuillen; Derek Deutsch; Taymour R. Tamaddon Michael T. Smith; Christopher J. Warner; Frank V. Caruso; John H. Fogarty; Vinay Thapar; Daniel Charles Roarty Kenneth M. Stuzin Paul Cloonan; Andrew Acheson; Peter Bourbeau; Margaret B. Vitrano; Edwin Walczak; Matthew Benkendorf; Chul Chang;
Curt J Organt Amy Y. Zhang Boniface A. Zaino; James P. Stoeffel; Brendan J. Hartman; Geoffry V. Dailey; Pamela J. Woo; Don San Jose; Daniel J. Percella; Jon Brachle;
JULHO E AGOSTO I FUNDSPEOPLE 33
PANORAMA BARÓMETRO
FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE EM 2021 FUNDO
RENTABILIDADE ANUAL
SELO
5 ANOS
3 ANOS
1 ANO
DADOS A 31/05/2021 VOLAT. 3 ANOS
DIVISA BASE
GESTOR
CONVERTIBLES Lazard Convertible Global PC EUR J PM Global Convert (EUR) D (acc) EUR S chroder ISF Glb Convert Bd C Acc USD B NP Paribas Europe Sm Cp CnvrtI C
DABC DABC DABC DABC
12,24 7,09 6,68 3,84
11,56 9,24 8,42 3,35
20,32 28,35 11,23 17,53
10,63 12,79 8,28 7,61
EUR EUR USD EUR
Arnaud Brillois Paul Levene; Hart Woodson; Peter Reinmuth; Chris Richards; Eric Bouthillier; Caroline de Bourleuf;
COMMODITIES BROAD BASKET PIMCO GIS Cmdty Real Ret Instl USD Acc
DABC
3,09
3,23
43,81
15,22
USD
Nicholas J. Johnson; Lorenzo Pagani; Greg E. Sharenow;
COMMODITIES SPECIFIED Ofi Fincl Inv Precious Metals I
DABC
11,69
16,90
26,51
15,27
EUR
Benjamin Louvet; Olivier Daguin;
ALTERNATIVE MISCELLANEOUS B SF Global Event Driven Z2 USD Candriam Risk Arbitrage C
DABC DABC
4,69 0,57
6,39 0,43
1,45 2,90
7,08 1,98
USD EUR
Mark McKenna Stéphane Dieudonne; Fabienne CRETIN-FUMERON;
GLOBAL MACRO JPM Global Macro Opps A (acc) EUR J PM Global Macro D (acc) USD E urizon Absolute Prudent R Acc
DABC DABC DABC
3,77 1,32 0,37
3,30 1,36 1,08
10,13 -3,89 0,15
5,08 6,40 1,68
EUR USD EUR
Shrenick Shah; Josh Berelowitz; Benoit Lanctot; Shrenick Shah; Josh Berelowitz; Benoit Lanctot; Roberto Bianchi
MARKET NEUTRAL Aegon Global Eq Mkts Netrl EURH C Acc BSF European Absolute Return D2 EUR M an GLG Alpha Select Alt ILH EUR Acc P ictet TR - Agora I EUR M W Systematic Alpha UCITS B USD BMO Real Estate Eq Mkt Netrl B Acc EUR D CI Market Netrl Crdt UCITS A Fndr USD BSF Americas Div Eq Abs Ret D2 EUR H
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
5,73 13,92 2,01 4,03 1,73 5,59 3,79 3,12 4,01 3,20 6,83 2,59 2,93 -2,20 2,39 2,66 1,83 0,98 0,54 -11,88 -0,40 -2,40 -4,23
5,71 EUR David Pringle 4,37 EUR David Tovey; Stefan Gries; 3,44 EUR Nick Judge 5,72 EUR Elif Aktug; Vincent Ijaouane; 7,10 USD 2,42 EUR Marcus Phayre-Mudge; Alban Lhonneur; 6,15 USD 5,95 EUR Raffaele Savi; Travis Cooke;
MULTIALTERNATIVE NN (L) Alternative Beta I Cap USD N ordea 1 - Alpha 10 MA BP EUR F ranklin K2 Alt Strats I(acc)EUR-H1 P ictet TR - Div Alpha I EUR Neuberger Bm Uncrltd Strats GBP I5 Acc
DABC DABC DABC DABC DABC
4,85 3,90 2,50 1,97
5,95 4,32 2,05 0,97 0,85
11,14 2,67 10,80 5,40 2,00
6,11 6,39 6,09 3,51 6,33
AGGRESSIVE ALLOCATION Allianz Dyn MltAst Stgy SRI75 I EUR B arclays GlobalBeta Port 5 A Acc GBP BSF Managed Index Port Growth A2 EUR MFS Meridian Prudent Wealth I1 USD B arclays GlobalBeta Port 4 A Acc GBP First Eagle Amundi International RU-C M FS Meridian Prudent Capital I1 EUR B L-Global 75 B EUR
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
10,33 8,07 8,23 7,87 6,92 6,05 5,45
9,94 9,12 8,76 8,53 8,26 6,81 6,62 6,39
31,71 26,05 24,84 3,50 22,56 18,92 -0,40 6,25
ALLOCATION MISCELLANEOUS H SBC GIF Mgd Solu Asia Focsd Inc AC
DABC
CAUTIOUS ALLOCATION Amundi Fds Global MA Cnsrv M2 EUR C GS Global MA Cnsv I Acc USD I nvest Alves Ribeiro PPR FIMA I nvesco Pan European Hi Inc C EUR Acc Caixa Seleção Global Moderado FIMA J PM Global Income Cnsrv C (acc) EUR Allianz Dyn MltAst Stgy SRI15 IT EUR Caixa Inv Socialmente Resp FIMA P ictet-Multi Asset Global Opps I EUR U BS (Lux) SF Yield (EUR) Q-acc ODDO BHF Polaris Moderate CR EUR Ninety One GSF Glb MA Inc I Acc USD F vS - Multi Asset - Defensive IT M &G (Lux) Optimal Income C EUR Acc B ankinter 25 PPR/OICVM B FIMA Amundi Rendement Plus I C Allianz Strategy 15 IT EUR N ordea 1 - Balanced Income BP EUR B PI Moderado FIAF Caixa Seleção Global Defensivo FIMA
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
34 FUNDSPEOPLE I JULHO E AGOSTO
4,87
5,16 4,20 6,02 4,63 3,24 3,15 3,40 3,74 2,62 2,93 3,09 3,20 2,48 1,82 1,52 1,62 0,99
4,79 6,76 5,61 5,06 4,54 3,83 3,78 3,66 3,61 3,59 3,55 3,45 3,36 2,89 2,86 2,76 2,50 2,37 2,34 2,15 1,37
8,55 13,40 3,96 12,08 13,31 9,64 8,37 8,17 10,24 9,00 13,51 5,32 -0,04 4,16 9,76 9,44 8,14 3,15 1,42 7,43 3,80
USD EUR EUR EUR GBP
Willem van Dommelen; Stan Verhoeven; Daan van Gemert; Per Walter; Asbjørn Trolle Hansen; Claus Vorm; Karsten Bierre; Anthony Zanolla; Brooks Ritchey; Robert Christian; Philippe de Weck; Federico Canè; Fred Ingham; Jeffrey Majit; David Kupperman; Ian Haas;
13,49 EUR Marcus Stahlhacke; Cordula Bauss; Andreas de Maria Campos; 14,74 GBP — 13,73 EUR Stephen Walker; Christopher Downing; Rafael Iborra; 5,63 USD Barnaby M. Wiener; Edward Dearing; 13,68 GBP — 13,30 USD Matthew B. McLennan; Kimball Brooker; Julien Albertini; 5,57 EUR Barnaby M. Wiener; David P. Cole; Edward Dearing; 7,88 EUR Joël Reuland 7,42
USD
Denis James Gould
5,31 EUR Luigi Cesari; Enrico Bovalini; Francesco Sandrini; 7,61 USD Christopher Lvoff; David Copsey; Shoqat Bunglawala; 8,86 EUR Paulo Monteiro 9,32 EUR Paul Read; Paul Causer; Thomas H. Moore; Stephanie Butcher; 7,08 EUR — 5,51 EUR Gerhardt (Gary) P. Herbert; Michael Schoenhaut; 4,98 EUR Marcus Stahlhacke; Cordula Bauss; Andreas de Maria Campos; 7,81 EUR — 4,54 EUR Andrea Delitala; Marco Piersimoni; 8,70 EUR Roland Kramer; Sebastian Richner; Daniel Rudis; 5,10 EUR Peter Rieth 6,21 USD John Stopford; Jason Borbora-Sheen; 6,73 EUR Elmar Peters 7,24 EUR Richard Woolnough 7,40 EUR Miguel Taledo de Sousa 6,30 EUR Yannick Quenehen; Alexandre Burgues; 4,50 EUR Cordula Bauss; Massimiliano Pallotta; Alistair Bates; 3,24 EUR Søren Brogaard Lolle; Karsten Bierre; Caroline Henneberg; 4,42 EUR Eduardo Monteiro 3,46 EUR —
FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE EM 2021 FUNDO
RENTABILIDADE ANUAL
SELO
5 ANOS
3 ANOS
1 ANO
DADOS A 31/05/2021 VOLAT. 3 ANOS
DIVISA BASE
GESTOR
DABC DABC
2,52 0,76
1,25 1,10
8,98 3,09
8,59 4,80
EUR EUR
Julien de Saussure Carmen Borondo
FLEXIBLE ALLOCATION FvS Multiple Opportunities II IT N inety One GSF Glb Mac Allc IX Acc USD B NY Mellon Glbl Rl Ret (EUR) W Acc PIMCO GIS Dyn Mlt-Asst Instl EUR Acc D WS Concept Kaldemorgen EUR SC E psilon Fund Enh Const Rk Contrib I€ Acc AXAWF Optimal Income E Cap EUR pf M &G (Lux) Dynamic Allocation C EUR Acc
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
7,35 8,81 4,31 5,83 4,70 3,84 3,33 4,06
8,61 8,56 7,67 6,93 5,17 3,83 2,80 1,68
14,60 16,97 16,71 12,67 9,84 9,37 19,91 15,79
8,99 9,54 7,27 5,49 7,10 5,60 10,32 12,86
EUR USD EUR EUR EUR EUR EUR EUR
Bert Flossbach Iain Cunningham; Jimmy Elliot; Andrew Warwick; Suzanne Hutchins; Aron Pataki; Mihir P. Worah; Geraldine Sundstrom; Emmanuel Sharef; Klaus Kaldemorgen; Henning Potstada; Maria Bruna Riccardi Serge Pizem; Stéphane Castillo-Soler; Juan Nevado; Craig Moran;
MODERATE ALLOCATION Allianz Income and Growth I H2 EUR Carmignac Pf Patrimoine Europe A EUR Acc J anus Henderson Balanced A2 USD BGF Global Allocation A2 T. Rowe Price Glb Alloc I USD Acatis Gané Value Event Fonds A Ruffer Total Return Intl I GBP Cap C apital Group Glob Alloc (LUX) Z J upiter Merlin Intl Bal D EUR Acc M an AHL TargetRisk D H EUR M FS Meridian Global Total Ret A2 USD J PM Global Balanced A (acc) EUR Allianz Dyn MltAst Stgy SRI50 IT EUR Caixa Seleção Global Arrojado FIMA Carmignac Pf Patrimoine F EUR Acc U BS (Lux) SF Balanced (EUR) Q-acc F vS Multi Asset - Balanced IT Fidelity Global Mlt Ast Inc A-Acc-USD J PM Global Income A (div) EUR M &G (Lux) Income Allocation C EUR Acc B PI Dinâmico FIAF N ordea 1 - Stable Return BP EUR
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
10,15 10,34 10,18 9,21 9,63 7,54 9,57 9,34 8,73 9,05 5,17 8,61 7,53 7,95 7,26 7,14 6,92 5,12 6,79 6,15 6,72 6,85 6,47 5,28 6,12 3,93 5,24 5,30 4,52 5,15 4,39 3,83 4,24 4,07 4,19 5,56 3,94 3,10 3,75 1,42 3,15
29,40 18,91 10,99 18,32 16,33 15,38 23,15 10,96 15,76 10,30 12,95 19,40 21,19 15,70 15,94 18,89 7,68 4,19 17,87 14,98 12,37 5,76
14,08 EUR Douglas G. Forsyth; Michael E. Yee; Justin M. Kass; 6,83 EUR Keith Ney; Mark Denham; 10,46 USD E. Marc Pinto; Greg J. Wilensky; Jeremiah Buckley; 10,35 USD Russ Koesterich; David Clayton; Rick Reider; 10,47 USD Charles M. Shriver 12,85 EUR Henrik Muhle; Uwe Rathausky; 9,81 GBP Jacques Hirsch; Alex Lennard; 8,41 EUR Thomas H. Høgh; Hilda L. Applbaum; Anirudh A. Samsi; 8,72 EUR Algy Smith-Maxwell; John Chatfeild-Roberts; Amanda Sillars; 7,96 EUR Russell Korgaonkar 10,00 USD Steven R. Gorham; Katrina A. Mead; Owen Murfin; 9,40 EUR Katy Thorneycroft; Gareth Witcomb; Jonathan M. Cummings; 9,57 EUR Marcus Stahlhacke; Cordula Bauss; 10,85 EUR — 7,34 EUR Rose Ouahba; Keith Ney; David Older; 11,16 EUR Roland Kramer; Sebastian Richner; Daniel Rudis; 8,73 EUR Elmar Peters 8,43 USD Eugene Peter Philalithis; George Efstathopoulos; 9,79 EUR Gerhardt (Gary) P. Herbert; Michael Schoenhaut; ; 11,37 EUR Steven Andrew 7,18 EUR Eduardo Monteiro 5,75 EUR Asbjørn Trolle Hansen; Claus Vorm; Kurt Kongsted;
P
R
TNE
AR
AR
R
P
dRF Income Europe Ia EUR E S antander Poupança Prudente FPR FIAA
TNE
A OPINIÃO DE DIDIER SAINT-GEORGES Membro do Comité de Investimento Estratégico, Carmignac
NÃO HÁ NADA DE ILUSÓRIO NOS RECEIOS DE UM RESSURGIMENTO DA INFLAÇÃO Prever a inflação é como prever as taxas de câmbio, em ambos os casos, os economistas têm de correr riscos. Dado o número de fatores que entram em jogo,
fazer previsões sobre a inflação e as taxas de câmbio conduz mais frequentemente ao fiasco do que a colher louros. As elevadas expectativas de inflação foram generalizadas nos meses que se seguiram ao colapso financeiro de 2008, à medida que os bancos centrais mais poderosos do mundo se lançaram numa expansão da massa monetária, utilizando depois esse dinheiro para comprar ativos financeiros. A maioria dos economistas alertou na altura que a impressão de tais quantidades de dinheiro era suscetível de provocar um aumento da inflação. Ora, não só esse risco não se concretizou nos últimos dez anos, como na realidade sucedeu o oposto. A inflação inadequada e o crescimento anémico do PIB tornaram-
se desafios persistentes o que impossibilita um aumento dos preços. A principal causa é que a maior parte do dinheiro nunca chegou a entrar na economia real. Desta vez, os governos certificaram-se de que a crescente massa monetária apoie diretamente indivíduos e empresas. O aumento dos preços que irá acompanhar a reabertura das economias e as perturbações nas cadeias de abastecimento poderão ser cruciais para os investidores ao longo dos próximos meses. E mesmo que o período de inflação que se aproxima se revele sobretudo temporário, quem investe em ativos financeiros necessita de reconhecer que existe agora uma hipótese muito maior de que não seja assim. JULHO E AGOSTO I FUNDSPEOPLE 35
PANORAMA O SETOR EM NÚMEROS
na Europa
Barómetro
MARÇO E ABRIL
por Catarina Vinagre
GESTÃO PASSIVA DÁ NOVO EMPURRÃO AO MERCADO EUROPEU DE FUNDOS Após o percalço de março de 2020, a indústria europeia tem subido a pulso. Em apenas um ano, somou 2,7 biliões ao seu património.
FUNDOS INTERNACIONAIS QUE MAIS CAPTAM
(PRODUTOS EUROPEUS DISTRIBUÍDOS EM VÁRIOS PAÍSES) EM AÇÕES FUNDO
EM ABRIL 2021
EM MULTIATIVOS E OUTROS
FUNDO
VOL.
1.094
Mercer G. I. - Passive Glo. High Yield Bond Fund
2.568
692
Lumyna - Global Debt-Securitised UCITS Fund
Fidelity Funds - Global Tech. Fund DABC
545
Vanguard Funds Plc - V. S&P 500 UCITS ETF
540
iShares E. STOXX Banks 30-15 UCITS ETF (DE)
FUNDO
VOL.
Xtrackers IE Physical Gold ETC Securities
869
954
Allianz G. I. F. - Allianz Income and Growth DABC
863
PIMCO GIS Income Fund DABC
602
Mercer G. I. - Acadian Alternative Risk Premia
582
iShares $ High Yield Corp. Bond UCITS ETF
582
BlackRock Global Funds - G. A. Fund DABC
256
519
Vanguard I. Series Plc - V. G. B. I. Fund DABC
535
BlackRock Strategic Funds - G. E. D. F. DABC
240
Invesco S&P 500 UCITS ETF
499
JPMorgan Funds - Income Fund DABC
419
UBS (Irl) Fund Sol. plc - B. C. I. SF UCITS ETF
233
iShares MSCI Europe Fin. Sector UCITS ETF
479
iShares Core EUR Corp Bond UCITS ETF
344
BlackRock Liab. Sol. F. III - EUR Tail. Fund LXVIII
228
Morgan Stanley-Asia Opportunity DABC
423
iShares China CNY Bond UCITS ETF
344
Flossbach von Storch SICAV - M. Opportunities
212
iShares Global Clean Energy UCITS ETF
411
Schroder GAIA-Cat Bond
333
BlackRock Global Funds - ESG Multi-Asset Fund
204
iShares Core MSCI Europe UCITS ETF (Acc)
402
Lyxor Investment Funds - Lyxor Euro 6M
331
Pictet - Multi Asset G. Opportunities DABC
184
iShares Core MSCI World UCITS ETF
EM MARÇO 2021
EM OBRIGAÇÕES VOL.
Mercer Passive Sust. G.E. UCITS CCF DABC
FUNDO
VOL.
FUNDO
VOL.
iShares Edge MSCI USA Value Factor UCITS ETF
1.432
HSBC GIF Global Government Bond
FUNDO
VOL. 958
AQR UCITS Funds II - AQR G. R. P. UCITS Fund
1.229
Multi Units Lux. - Lyxor UCITS ETF MSCI W. F. TR
1.295
Multi Manager Access II - High Yield
900
Allianz Global Inv. F. - A. In. and G. DABC
Xtrackers S&P 500 Equal Weight UCITS ETF
1.143
State Str. G. Ad. Lux SICAV - G. T. 1-10 Y. B. I. Fund
748
PIMCO GIS Dynamic Multi-Asset DABC
420
iShares MSCI World Value Factor UCITS ETF
1.005
BNP Paribas Funds Sus. Enhanced Bond 12M
707
Nordea 1 - Alpha 15 MA Fund
406
986
Xtrackers MSCI World Energy UCITS ETF
964
iShares China CNY Bond UCITS ETF
603
UBS (Lux) Key Sel. Sicav - China All. Op. (USD)
254
Northern Trust UCITS C. C. F. - W. S. S. SDG I. Fund
960
BlackRock Global Funds - China Bond Fund
573
BlackRock G. Funds - ESG Multi-Asset Fund
253
Xtrackers MSCI Emerging Markets UCITS ETF
901
PIMCO GIS Capital Securities Fund DABC
535
JPMorgan Inv. F. - G. Balanced Fund DABC
245
iShares Edge MSCI USA Mom. Factor UCITS ETF
870
HSBC GIF Global Inv. Grade Sec. Credit Bond
479
Flossbach von Storch SICAV - M. Opportunities
217
iShares Edge MSCI USA M. Vol. ESG UCITS ETF
868
Aegon Short Dated Investment Grade Bond
378
JPMorgan Inv. F. - Global Macro Op. Fund
214
iShares Core MSCI World UCITS ETF
733
Algebris Financial Credit Fund
357
Pictet - Multi Asset Global Opportunities
213
Fonte: Broadridge FundFile e J.P. Morgan AM. Em milhões de euros.
36 FUNDSPEOPLE I JULHO E AGOSTO
GESTÃO PASSIVA
Não só na Europa, mas um pouco por todos os mercados financeiros, é percetível o crescimento da gestão passiva. Contudo, no velho continente esta foi uma tendência que se verificou particularmente nos meses de março e abril sob a forma de captações. Quer sejam ETF ou fundos indexados, o seu domínio é claro no campo das ações. Basta olharmos para as tabelas compiladas pela FundsPeople para percebermos a hegemonia deste tipo de produtos. Em 20 fundos, apenas três são de gestão ativa. Olhando para as captações por estes fundos alcançadas, verificamos que
em março foram claramente superiores. A média de subscrições líquidas atingiu os 1.017 milhões de euros. Em abril não foi além dos 560 milhões de euros. Em ambos os meses, os fundos que mais captam pertencem à iShares, da BlackRock. O iShares Edge MSCI USA Value Factor UCITS ETF captou 1.432 milhões de euros, em março, e o iShares Core MSCI World UCITS ETF conseguiu atingir os 1.064 milhões de euros em abril. Vale ainda re-
ferir que a iShares conseguiu em ambos os meses colocar cinco fundos no Top de produtos que mais captaram a nível europeu, tendo encaixado mais 7.800 milhões de euros com estes produtos.
OBRIGAÇÕES E MULTIATIVOS
Também no segmento das obrigações e dos multiativos e outros se verificou a preponderância de alguns fundos de gestão passiva, embora em menor medida.
DISTRIBUIÇÃO DAS CAPTAÇÕES LÍQUIDAS NA EUROPA, EM MARÇO E ABRIL MERCADO
OBRIGAÇÕES
AÇÕES
OUTROS
MISTOS
MONETÁRIOS
TOTAL
Internacional (*)
2.340
63.756
-2.237
6.402
-5.369
Reino Unido
5.562
2.422
-1.692
-874
-2.867
2.552
79
3.967
2.207
2.910
886
10.050 13.427
Alemanha
64.892
França
1.233
360
-775
117
12.491
Suíça
3.551
-4.452
207
1.162
-857
-389
Itália
889
1.123
-333
1.120
827
3.626 3.403
Suécia Espanha TOTAL
684
3.830
-208
-66
-838
1.333
1.321
-282
697
-47
3.022
15.670
72.328
-3.113
11.469
4.227
100.582
DISTRIBUIÇÃO DO PATRIMÓNIO NA EUROPA EM ABRIL MERCADO Internacional (*)
OBRIGAÇÕES
AÇÕES
OUTROS
MISTOS
MONETÁRIOS
TOTAL
1.990.944
2.844.407
111.042
617.951
926.756
6.491.100
Reino Unido
289.123
961.102
40.935
202.987
129.012
1.623.159
Alemanha
130.162
243.673
162.900
191.192
15.376
743.302
França
118.893
226.125
44.710
66.392
279.002
735.122
Suíça
201.868
296.684
53.428
70.843
24.281
647.102
Itália
564.847
204.580
99.713
10.815
223.286
26.453
Suécia
63.706
367.819
2.821
62.171
18.076
514.593
Espanha
90.034
51.302
17.723
54.205
6.725
219.990
3.368.954
5.444.040
486.352
1.636.098
1.471.606
12.407.049
TOTAL
EM APENAS UM ANO, A INDÚSTRIA EUROPEIA CRESCEU 2,7 BILIÕES DE EUROS, CERCA DE 23% JULHO E AGOSTO I FUNDSPEOPLE 37
*Inclui Luxemburgo e Dublin. Dados em milhões de euros
A
indústria europeia de fundos de investimento continua a engrandecer. Os motivos? Há muitos possíveis. A atenuação da situação pandémica, sobretudo na Europa, o maior alcance das vacinas, o adiamento do tapering… Apesar da pressão sobre as taxas de juro e de um aumento da volatilidade nos mercados acionistas terem posto em sobressalto alguns players do mercado, a indústria europeia de fundos de investimento não se deixou abalar. É precisamente isso que nos revelam os dados da Broadridge FundFile e da J.P. Morgan AM, recolhidos em exclusivo para a FundsPeople. Em abril o mercado europeu de fundos de investimento valia 12,4 biliões de euros. Isto representa um aumento de 557,633 euros face a fevereiro, dos quais 371,300 foram alcançados apenas em março. Retrocedendo um ano no calendário, recordamos que em março de 2020, devido ao panorama que se vivia por conta da pandemia, o mercado europeu registou mínimos de 2017, tendo atingido os 9,4 biliões de euros de património. Isto significa que em apenas um ano, a indústria europeia cresceu 2,7 biliões de euros, cerca de 23%.
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PANORAMA O SETOR EM NÚMEROS
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A OPINIÃO DE LUCÍA GUTIERREZ-MELLADO Diretora de Estratégia, J.P. Morgan AM
A ASCENSÃO DA ÁSIA
NÃO SÓ NA EUROPA, MAS EM TODOS OS MERCADOS FINANCEIROS, É PERCETÍVEL O CRESCIMENTO DA GESTÃO PASSIVA
brilhou ao alcançar um volume de captações de 2,57 milhões de euros. Relativamente aos multiativos e outros, é de destacar o AQR UCITS Funds II - AQR Global Risk Premium UCITS Fund, um produto da gestora americana AQR Capital Management, que atingiu captações líquidas na ordem dos 1.229milhões de euros em março.
No que concerne o segmento das obrigações, em março os fundos que ocupam os dois primeiros lugares do pódio, conseguiriam um volume de captações idêntico. Pelo contrário, em abril, o Mercer Global Investments Passive Global High Yield Bond Fund, um produto sob a alçada da Mercer,
Colocando na mira os grupos internacionais que mais captaram não há grandes surpresas. Como tem sido hábito, e talvez impulsionada pelos bons resultados da iShares, a BlackRock destacou-se em ambos os meses. Apesar de em março a J.P. Morgan AM ter conseguido mais captações no segmento que inclui os monetários, a BlackRock conseguiu um honroso segundo lugar.
ENTIDADES
GRUPOS QUE MAIS CAPTAM EM ABRIL Em milhões de euros. COM MONETÁRIOS BlackRock Amundi
19.272 4.151
SEM MONETÁRIOS BlackRock
13.723
MMC/Mercer
2.969
MMC/Mercer
3.045
Pictet
2.637
Morgan Stanley
2.430
Vanguard
2.393
Vanguard
2.393
UBS
2.336
GRUPOS QUE MAIS CAPTAM EM MARÇO Em milhões de euros. COM MONETÁRIOS
SEM MONETÁRIOS
JP Morgan AM
11.927
BlackRock
4.975
BlackRock
6.146
DWS
3.957
JP Morgan AM
2.276
UBS
3.088
Morgan Stanley
2.707
Allianz GI
2.131
Allianz GI
2.210
Vanguard
1.869
38 FUNDSPEOPLE I JULHO E AGOSTO
Durante os próximos anos veremos como a Ásia cada vez tem uma maior relevância do ponto de vista económico e de investimento. As favoráveis tendências de urbanização e o rápido crescimento da classe média vão cimentar as bases de um sólido crescimento na região. A Ásia alberga 60% da população do planeta. De facto, a China e a Índia por si só representam 18% do total mundial. Esperase que o aumento dos rendimentos provoque o crescimento da classe média asiática e que 1.200 milhões de pessoas passem a fazer parte dela em 2030, o que impulsionará o consumo de forma considerável. Por conseguinte, consideramos que a Ásia oferece oportunidades de investimento cada vez mais interessantes. Além disso, existem outros fatores que realçam o atrativo desta região: por exemplo, cada vez é mais fácil o acesso aos mercados asiáticos locais de ações e obrigações, como também é importante ter em conta o aumento da liquidez nos últimos anos.Do nosso ponto de vista, as oportunidades de investimento são cada vez mais atrativas, pelo que esta região deverá ir ganhando uma representação mais relevante nas carteiras dos investidores.
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TENDÊNCIAS CAPA
por Catarina Vinagre e Samuel Capucho
OS FUNDOS ESTRANGEIROS
QUE PREVALECEM NOS PERFILADOS NACIONAIS
Mergulhámos no mundo dos perfilados para descobrir quais são os fundos internacionais com maior destaque nas suas carteiras, quer pelo montante investido, quer pelo número de perfilados nos quais estão presentes.
O
mundo dos perfilados não para de crescer. E com esse crescimento, cada vez são mais os fundos estrangeiros que marcam presença nas suas carteiras. A título de exemplo, se recuarmos ao fecho de 2020, o peso das unidades de participação de terceiros nos fundos nacionais cresceu quase 20% no ano para um total de 4,7 mil milhões de euros. Atualmente, os fundos de investimento nas carteiras dos perfilados já ultrapassam os 300. Mas quais serão os fundos que mais se destacam em ter-
40 FUNDSPEOPLE I JULHO E AGOSTO
mos de ativos investidos ou que atraem o interesse de mais entidades gestoras? A FundsPeople mergulhou no mundo destes produtos para o descobrir. Focando a nossa análise nos fundos de investimento com um montante superior a 50 milhões de euros, em termos agregados, no conjunto de todos os perfilados nacionais, e com dados da CMVM e da Morningstar de 31 de março de 2021, podemos tirar várias ilações. A primeira é que os 27 produtos que saem da análise concentram um investimento de mais de 1.900 milhões de euros. Desse montante, mais de 345
INSIGHTS PORTUGAL: PESO DAS UP DE TERCEIROS NOS FUNDOS NACIONAIS CRESCE QUASE 20% EM 2020 https://bit.ly/3j40eq6
FUNDOS INTERNACIONAIS COM MAIOR MONTANTE INVESTIDO PELOS PERFILADOS FUNDO ESTRANGEIRO
SELO FUNDSPEOPLE 2021
DABC DABC
Allianz Europe Equity Growth AB - Eurozone Equity Portfolio
GESTORA DO FUNDO Allianz GI
122.420.945
Alliance Bernstein
Schroder International Selection Fund EURO Equity
Schroders
JPM EU Government Bond
J.P.Morgan AM
Xtrackers II Eurozone Government Bond ETF
DABC DABC DABC
Muzinich Enhancedyield Short-Term Bond Fund Vanguard Euro Government Bond Index Fund AXA World Funds - Euro Credit Short Duration Caixagest Obrigações Mais
DABC
BlueBay Investment Grade Bond iShares Core € Govt Bond ETF
MONTANTE INVESTIDO PELOS PERFILADOS 111.514.602 111.215.773 95.698.553
Xtrackers
81.193.336
Muzinich
78.700.444
Vanguard
78.150.077
AXA IM
76.982.894
Caixa Gestão de Ativos
74.344.745
Bluebay
72.792.182
iShares
72.285.517 70.704.783
iShares € Govt Bond 3-5yr ETF
iShares
iShares Core € Corp Bond ETF
iShares
69.744.929
Lyxor Euro Government Bond (DR) UCITS ETF
Lyxor
65.099.958
PIMCO GIS US Investment Grade Corporate Bond
PIMCO
65.076.798
Eastspring Investments - US Corporate Bond Fund
Eastspring
65.010.769
BlueBay Funds - BlueBay Investment Grade Euro Government Bond Fund Nordea 1 - European High Yield Bond Fund
DABC DABC
Bluebay
63.473.113
Nordea AM
58.043.426
T. Rowe Price Funds SICAV - US Blue Chip Equity Fund
T. Rowe Price
53.951.407
iShares S&P 500 Value ETF
iShares
53.857.488
Morgan Stanley IM
53.697.905
Morgan Stanley Investment Funds - US Advantage Fund Vontobel Fund - EUR Corporate Bond Mid Yield
DABC DABC
Amundi IS Euro AGG Corporate SRI ETF BGF Euro Corporate Bond Fund Morgan Stanley Investment Funds - Euro Bond Fund
Amundi
DABC DABC
M&G European Credit Investment Nordea 1 - European Covered Bond Fund
Vontobel AM
DABC
52.495.799 52.089.008
BlackRock
51.710.689
Morgan Stanley IM
51.479.910
M&G
51.456.239
Nordea AM
51.245.116
Fonte: CMVM e Morningstar. Elaboração própria. Dados de 31 de março de 2021, em euros.
milhões, ou seja 18,16%, situam-se nos três primeiros produtos da tabela. E são precisamente esses três fundos que nos levam à segunda conclusão, já que, curiosamente, todos têm o mesmo universo de investimento. O Allianz Europe Equity Growth, da Allianz Global Investors, o AB - Eurozone Equity Portfolio, da AllianceBernstein, e o Schroder International Selection Fund EURO Equity, da Schroders, investem em ações europeias. Além disso, estes fundos contam com Selo FundsPeople 2021 pela sua classificação de Blockbuster, no caso
dos produtos da AllianceBernstein e Schroders, e de Favorito dos Analistas e Blockbuster, no que concerne o fundo da Allianz GI. Mas não são só fundos de gestão ativa que têm lugar nas carteiras dos perfilados. Há também muitos ETF. Entre o Top 25 estão sete fundos de gestão passiva. Desses sete, apenas um, o iShares S&P 500 Value ETF, da iShares, tem nas ações o seu universo de investimento. Os restantes seis investem em obrigações soberanas ou corporativas. Além disso, é de destacar que o montante investido nestes
OS FUNDOS DE GESTÃO PASSIVA TÊM VINDO A GANHAR LUGAR NAS CARTEIRAS DOS PERFILADOS NACIONAIS JULHO E AGOSTO I FUNDSPEOPLE 41
TENDÊNCIAS CAPA
FUNDOS QUE TÊM MAIS DO QUE UMA CASA GESTORA DE FUNDOS PERFILADOS NACIONAL INVESTIDA FUNDO
SELO FUNDSPEOPLE 2021
Allianz China A Shares Allianz Europe Equity Growth AXA WF US Short Duration High Yield Bonds AXA World Funds - Euro Credit Short Duration BlueBay Funds - BlueBay Investment Grade Euro Government Bond Fund Candriam Bonds Euro High Yield
DABC DABC DABC DABC DABC DABC
ETF iShares S&P 500 EUR Hedged
GESTORA DO FUNDO
GESTORAS INVESTIDAS
Allianz GI
IMGA;Optimize IP
Allianz GI
BPI GA;Caixa GA;Optimize IP
AXA IM
Optimize IP;Santander AM
AXA IM
Caixa GA;Optimize IP
Bluebay
Caixa GA;IMGA
Candriam
IMGA;Optimize IP;Santander AM
iShares
Bankinter GA;Santander AM
Fidelity
Bankinter GA;BPI GA
First State Asian Equity Plus Fund
First Sentier Investors
IMGA;Santander AM
Goldman Sachs Japan Equity Partners Portfolio
Goldman Sachs IM
Bankinter GA;Optimize IP
iShares Core € Corp Bond ETF
iShares
Caixa GA;Optimize IP
iShares Core € Govt Bond ETF
iShares
Caixa GA;BPI GA;Santander AM
iShares Core Euro Corporate Bond ETF
iShares
Montepio GA;Santander AM
iShares Core FTSE 100 ETF
iShares
Caixa GA; Optimize IP
iShares EURO STOXX Banks 30-15 ETF
iShares
BPI GA;GNB GA
iShares Global Clean Energy ETF
iShares
BPI GA;Santander AM
iShares MSCI All Country Asia ex Japan ETF
iShares
BPI GA;GNB GA
iShares MSCI Emerging Markets ETF
iShares
Caixa GA;GNB GA
iShares MSCI Japan ETF
iShares
Bankinter GA;Montepio GA
iShares MSCI South Korea ETF
iShares
Bankinter GA;Optimize IP
JPM EU Government Bond
J.P.Morgan AM
Caixa GA;Santander AM
J.P.Morgan AM
BPI GA;IMGA
J.P.Morgan AM
Caixa GA;Santander AM
DABC
Fidelity Funds - European Dynamic Growth Fund
DABC DABC
JPMorgan Funds - Japan Equity JPMorgan Funds - Pacific Equity JPMorgan Investment Funds - US Select Equity Fund
J.P.Morgan AM
Bankinter GA;Santander AM
DABC
Jupiter AM
Optimize IP;Santander AM
Lyxor
IMGA;Optimize IP;Santander AM
DABC
Morgan Stanley IM
Caixa GA;Montepio GA
Nordea 1 - European High Yield Bond Fund
Nordea AM
Caixa GA;IMGA
Pictet-Short Term Emerging Corporate Bonds
Pictet AM
IMGA;Santander AM
Schroder Emerging Market Equity Fund
Schroders
Montepio GA;Optimize IP
Schroder Euro Government Bond
Schroders
IMGA;Montepio GA
Schroder International Selection Fund US Small & Mid-Cap Equity
Schroders
Montepio GA;Optimize IP
T. Rowe Price Funds SICAV - US Aggregate Bond Fund
T. Rowe Price
IMGA;Optimize IP
T. Rowe Price Funds SICAV - US Blue Chip Equity Fund
T. Rowe Price
Bankinter GA;Caixa GA
T. Rowe Price
Caixa GA;Optimize IP
Xtrackers
Montepio GA;Santander AM
Jupiter Dynamic Bond Lyxor S&P 500 Morgan Stanley Investment Funds - US Advantage Fund
DABC
T. Rowe Price Japanese Equity Fund Xtrackers MSCI Europe ETF Fonte: CMVM e Morningstar. Elaboração própria. Dados de 31 de março de 2021.
produtos corresponde a mais de 478 milhões de euros, ou seja, a 25,98% do total investido no conjunto dos fundos desta primeira tabela. Olhando agora para as 21 gestoras internacionais que têm estes fundos sob a sua alçada, podemos perceber que, sem dúvida, aquela que tem mais prevalência é a iShares. O braço de gestão passiva da BlackRock destaca42 FUNDSPEOPLE I JULHO E AGOSTO
-se por ter quatro produtos no Top 25. Seguem-se a BlueBay AM, a Morgan Stanley IM e a Nordea AM com dois.
GESTORAS QUE INVESTEM
Alargando a nossa análise à totalidade dos fundos internacionais presentes nas carteiras dos perfilados, podemos perceber que são 36 os fundos que têm fundos de mais do que uma gestora na-
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A OPINIÃO DE MÁRIO PIRES Diretor de Clientes Institucionais e do Mercado Português, Schroders
ALTERNATIVOS: UMA VIA PARA A DIVERSIFICAÇÃO
OS 27 PRODUTOS EM ANÁLISE CONCENTRAM UM INVESTIMENTO DE MAIS DE 1.900 MILHÕES DE EUROS
cional neles investida. Desses 36, apenas quatro contam com o investimento de três gestoras portuguesas. Um deles é o Allianz Europe Equity Growth, da Allianz GI, sendo que as gestoras que investem neste veículo são a Caixa Gestão de Ativos, a BPI Gestão de Ativos e a Optimize Investment Partners. Respetivamente, investem montantes superiores a 61 milhões, cinco milhões e um milhão de euros. Seguem-se dois fundos de gestão passiva com um universo de investimento completamente distinto. O iShares Core Govt Bond ETF, da iShares, investe em obrigações soberanas da zona euro. Este ETF marca presença nas carteiras de um fundo da BPI GA, de fundos dois da Santander AM e dois da Caixa Gestão de Ativos. Já o Lyxor S&P 500, da Lyxor, que investe em ações americanas, surge nas carteiras de seis fundos da Santander AM, três da Optimize IP e dois da IMGA.
Colocando agora sob o microscópio o Candriam Bonds Euro High Yield, da Candriam, e à semelhança do ETF da Lyxor, são as gestoras IMGA, Optimize IP e Santander AM, que têm este produto nas carteiras dos seus perfilados. No seu conjunto, estas três gestoras têm investido através das suas gamas de perfilados mais de 10 milhões de euros no fundo da Candriam. Vale ainda referir o caso curioso do AB - Eurozone Equity Portfolio. Embora só tenha uma gestora investida no fundo, a Caixa Gestão de Ativos, esta contribuiu com um montante superior a 111 milhões de euros. Valor que não surpreende, visto que a gestora participa no fundo da AllianceBernstein através de todos os seus nove fundos perfilados, independentemente do perfil de risco ou da gama. O montante mais elevado, cerca de 50 milhões de euros, é investido pelo Caixa Seleção Global Moderado.
A pandemia veio reforçar uma ideia que a crise financeira de 2008 já tinha deixado implícita: nestes períodos conturbados, a visão tradicional sobre diversificação e correlação deixou de ser válida. As duas crises e as medidas extraordinárias com que os bancos centrais lhes responderam afetaram as rentabilidades - continuam a fazêlo - e elevaram a correlação entre obrigações, ações e outros ativos de risco, o que tornou a diversificação muito difícil de alcançar. Mas é nestes períodos que a diversificação se torna mais relevante, quer para prosseguir rentabilidade, quer para proteger o dinheiro de quedas abruptas e síncronas. Importa, por isso, identificar ativos cujo comportamento seja independente dos movimentos do mercado e uma das estratégias passa pelo investimento em alternativos. Embora o desempenho dos alternativos não fosse extraordinário nos últimos anos, eles mantiveram o seu papel de diversificadores e ajudaram a proteger de perdas muitos que investem connosco, mesmo nas mais intensas quedas do mercado. Não basta, no entanto, diversificar para alternativos. Eles não são todos iguais, pelo que também aqui a capacidade de dispersar o investimento por segmentos, regiões e setores é um elemento crítico e difícil de alcançar sem uma equipa dedicada. Esta seletividade torna-se tanto mais importante quanto sabemos que para beneficiar da atual recuperação é preciso conhecer a fundo uma retoma que se faz, também ela, de forma dessincronizada. JULHO E AGOSTO I FUNDSPEOPLE 43
TENDÊNCIAS NEGÓCIO por Óscar R. Graña
R A O D F O Á T S
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C OM R A D O A R
NTE QUE E LIE
No atual contexto de COVID-19, expandir a base de clientes não é uma tarefa fácil para as entidades gestoras. Mas as entidades estão a fazer por isso, e é também o próprio investidor que vem bater à porta da entidade.
44 FUNDSPEOPLE I JULHO E AGOSTO
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a conjuntura atual do COVID-19, expandir a base de clientes não está a mostrar-se uma tarefa fácil para as entidades gestoras. A maioria afirma estar a trabalhar, basicamente, com os investidores com os quais já tinha um relacionamento antes do início da pandemia. “Atrair novos clientes neste cenário é algo que se tornou mais complexo do que nos tempos pré-COVID”, reconhece Ralph Elder, CEO da BNY Mellon Investment Management para a Península Ibérica e América Latina. Mas com uma ressalva. São inúmeras as equipas de vendas de gestoras internacionais na Península Ibérica que afirmam estar a receber ligações de novos clientes interessados em determinadas estratégias, principalmente temáticas. Isso reflete-se numa sondagem realizada pela FundsPeople entre diferentes responsáveis de entidades gestoras estrangeiras, na qual a grande maioria afirma que os fundos temáticos estão a ajudar a atrair ou a abordar novos clientes neste contexto de pandemia. Especificamente, estes produtos estão a conseguir atrair a atenção de bancas privadas e até entidades de aconselhamento financeiro com menor expressão, chegando assim a indústria estrangeira a lugares onde até então a sua penetração era mais diminuta. Cada entidade sente isso de uma maneira distinta. Na BNY Mellon IM, por exemplo, estão a perceber isso com
o seu fundo de blockchain. “Como é um conceito novo, e não há produtos similares no mercado, estamos a conseguir atrair investidores. E não só isso. Clientes que nos tinham no radar, mas que não ocupavam posições nos nossos fundos, começaram a investir connosco. E tudo graças ao interesse que este produto tem despertado”, revela. Este interesse não se materializa em todos os casos, embora ajude a entidade a estabelecer uma relação com potenciais investidores que até agora desconhecia. “Embora os temas nem sempre sejam capazes de atrair novos clientes, apreciamos o interesse,pela sua iniciativa, em estratégias como o FF Future Connectivity Fund ou o FF China Consumer”, reconhecem da Fidelity International. É curioso que, num mercado onde normalmente é o vendedor quem entra em contacto com o cliente para saber as suas necessidades e propor soluções, neste caso o inverso é verdadeiro. É o cliente que inicia o relacionamento, batendo de forma proativa na porta da gestora para solicitar informações sobre uma estratégia específica. Isso é algo que mostra até que ponto a inovação de produto pode servir para ganhar penetração no mercado.
FUNDOS QUE CONECTAM
“O lançamento de produtos inovadores, que chamam a atenção, está a ajudar a chegar a investidores de menor porte ou localizados fora do circuito usual de apresentações nas grandes
O LANÇAMENTO DE PRODUTOS INOVADORES, QUE CHAMAM A ATENÇÃO, ESTÁ A AJUDAR A CHEGAR A INVESTIDORES DE MENOR PORTE OU LOCALIZADOS FORA DO CIRCUITO USUAL JULHO E AGOSTO I FUNDSPEOPLE 45
TENDÊNCIAS NEGÓCIO
NÚMERO DE PARTICIPANTES EN FUNDOS ESTRANGEIROS EM PORTUGAL 350.000
300.000
250.000
200.000
150.000
100.000
50.000
0 2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
2021
Fonte: CMVM. Séries Longas: Organismos de Investimento Coletivo em Valores Mobiliários (OICVM) Estrangeiros -Participantes em Organismos de Investimento Coletivo em Valores Mobiliários (OICVM) Estrangeiros
cidades”, afirmam na Allianz Global Investors. “É um tipo de cliente que até agora tínhamos menos capacidade de servir e a quem agora podemos prestar um serviço mais próximo graças a seminários e conferências virtuais, através dos quais têm acesso, não só à equipa comercial, mas também aos próprios gestores”. Como diferentes entidades com produtos temáticos coincidem em dizer à FundsPeople, ocorre a circuns46 FUNDSPEOPLE I JULHO E AGOSTO
tância de, nos webinars organizados pelas entidades para apresentação desses produtos, o tempo despendido pelo participante tende a ser maior em termos relativos. É mais um indício de que o interesse dos investidores por esse tipo de estratégia é real. E também sobre a capacidade do background temático de chamar a sua atenção. Os temáticos estão a tornar-se conhecidos como os produtos abridores de portas. As entidades gestoras estão totalmente cientes do poder dessas estratégias para se conectar com o investidor e colocaram a máquina de criação de produtos a funcionar a todo vapor. “A implementação de soluções temáticas por parte das instituições tem-se generalizado, principalmente aquelas que seguem critérios ESG. Dado que a oferta dos distribuidores é muito maior e tem vindo a aumentar nos últimos dois anos, tem gerado maior interesse e compreensão entre os investidores finais”, explica Gonzalo Rengifo, diretor geral da Pictet AM para a Península Ibérica e América Latina. Na prática, isso está a ajudar as entidades gestoras a expandir e diversificar ainda mais a sua base de clientes. A penetração da indústria estrangeira no mercado ibérico está a aumentar. Segundo dados da CMVM, o número de participantes em OIC estran-
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A OPINIÃO DE JUAN CARLOS DOMÍNGUEZ Responsável de Vendas, AXA IM
OS INVESTIMENTOS SUSTENTÁVEIS, FRUTO DE UMA SOCIEDADE COM MAIOR CONSCIÊNCIA AMBIENTAL
NOS WEBINARS ORGANIZADOS PELAS ENTIDADES PARA APRESENTAÇÃO DESSES PRODUTOS, O TEMPO DESPENDIDO PELO PARTICIPANTE TENDE A SER MAIOR EM TERMOS RELATIVOS geiros multiplicou-se em cinco nos últimos 10 anos, passando de menos de 100 mil em 2010 para mais de 300 mil no final de 2020. Isso torna cada vez mais difícil para o cliente descobrir uma entidade a partir de um fundo, como aconteceu com a M&G e a M&G (Lux) Optimal Income, a Nordea e a Nordea 1 Stable Return ou a Carmignac e o Carmignac Patrimoine. Em todos esses casos, um produto catapultou a empresa para a fama. Agora, porém, o ponto de partida é diferente.
UM CENÁRIO DIFERENTE
Mesmo que não invista com uma entidade, parte-se de uma situação em que o cliente conhece a gestora e a tem no radar. É o produto temático que chama a sua atenção e o incentiva a dar o passo para isso. Porém, ao con-
trário do que aconteceu com a M&G, a Nordea ou a Carmignac, onde os recursos foram usados por investidores para construir o núcleo do portefólio, desta vez é para a parte tática. Mas não é por isso que a rotatividade na carteira é elevada. Na verdade, o participante mantém o investimento por um longo prazo, regra geral. No nível empresarial, o crescimento do património que experimentam graças ao investidor que aparece na porta é escasso por se tratar de um cliente com um perfil de retalho. Mas, como concordam os responsáveis de várias gestoras internacionais, no final do ano tudo se soma. E, além disso, uma vez estabelecido o relacionamento, costuma ser um cliente receptivo, grato pelo serviço prestado e bastante estável. E isso é reconfortante.
Ainda que continuemos a sobreexplorar a natureza e a aumentar uma forma de vida insustentável, cada vez são mais as pessoas conscientes sobre o ambiente que trabalham e atuam conjuntamente para que se produza uma mudança. Assim, o aumento das preocupações com o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável está a motivar o setor financeiro a integrar os critérios ESG nos fundos de investimento e a procurar um impacto tangível através deles. Neste contexto, o fundo AXA WF Framlington Clean Economy (Art.9 SFDR) oferece ao investidor uma porta de entrada no investimento num vasto leque de empresas transformadoras a caminho da economia limpa cujas atividades melhoram a sustentabilidade dos recursos, apoiam a transição energética ou abordam o problema da escassez de água. A abordagem de investimento do fundo procura mais além das classificações setoriais tradicionais ao estar alinhado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, permitindo ao investidor apoiar empresas com atividades que beneficiam de tendências de crescimento de longo prazo. Apesar do planeta se encontrar numa situação delicada, ainda estamos a tempo de mitigar o dano que foi feito. Como gestores ativos, trabalhamos para que, através do investimento, se consiga um impacto positivo no nosso contexto. Temos a certeza que agora, mais do que nunca, é o momento de investir numa economia limpa. JULHO E AGOSTO I FUNDSPEOPLE 47
*AXA IM. BOFAM – Global eCommerce, Outubro de 2019. Esta é uma previsão e não uma garantia de desempenho futuro. O sub-fundo AXA WF Framlington Digital Economy é um compartimento da AXA WORLD FUNDS, uma SICAV harmonizada e domiciliada no 49, avenue J.F Kennedy L-1885 Luxembourg. O depositário é a State Street Bank International GmbH, Luxembourg Branch e a sua sociedade gestora é a AXA Funds Management. O presente documento destina-se exclusivamente a investidores profissionais, em conformidade com a legislação DMIF. A informação constante do mesmo tem fins exclusivamente publicitários e informativos e não se destina, em caso algum, a clientes não profissionais e/ou investidores finais. O prospeto e as informações fundamentais destinadas aos investidores, em língua inglesa e portuguesa, respetivamente, podem ser obtidos de forma gratuita em www.axa-im.com. O presente documento não pode ser interpretado como consultoria em matéria de investimento, promoção financeira ou recomendação de investimento, não podendo constituir, por si só, uma base para a tomada de decisões de investimento. O presente documento não representa de modo algum uma garantia de rentabilidade futura de investimentos financeiros. O mercado financeiro é flutuante e está sujeito a variações, e
Exclusivamente para clientes profissionais
A transformação digital ainda está no início Retire todo o potencial dos consumidores conectados Atualmente, apenas 11% das vendas a retalho a nível global são feitas online.* No entanto, é provável que a economia digital registe um crescimento anual de dois dígitos à medida que os consumidores mundiais ficam cada vez mais conectados. O fundo AXA WF Framlington Digital Economy pode ajudar os investidores a tirarem o máximo partido, uma vez que investe em empresas que cobrem toda a cadeia de valor do comércio eletrónico. Com mais de 20 anos de experiência combinados com o investimento temático ativo, vemos para além da análise tradicional para identificarmos os verdadeiros disruptores e líderes da transformação digital. O Investimento implica riscos, incluindo a perda de capital. Mais informações sobre o fundo AXA WF Framlington Digital Economy: AXA-IM.COM/EVOLVINGECONOMY/THE-CONNECTED-CONSUMER
as taxas de câmbio podem sofrer oscilações que afetam diretamente a rentabilidade dos investimentos, tanto para cima como para baixo. A diversificação dos investimentos não garante ganhos nem proteção perante eventuais perdas. O nível de risco do referido sub-fundo é 6. Esta informação não considera os objetivos de investimento específicos, atuais ou futuros, a situação financeira ou tributária ou as necessidades pessoais de qualquer indivíduo específico. Para mais informações sobre o fundo AXA WF Framlington Digital Economy da AXA IM, recomendamos que visite o nosso sítio na Internet, em https:// www.axa-im.com/fund-centre/-/funds-center/axa-wf-framlington-digital-economy-e-h-eur-acc-58451. A AXA Investment Managers não assume qualquer responsabilidade por atos ou omissões decorrentes do uso indevido ou incorreto da presente informação, declinando toda e qualquer responsabilidade pelo uso incorreto ou inadequado do documento. A AXA INVESTMENT MANAGERS PARIS SA tem sede social em Paris, Tour Majunga 6, Place de la Pyramide 92908, e está registada na CMVM em Regime de Livre Prestação de Serviços (LPS), como Sociedade gestora de organismos de investimento colectivo do Espaço Económico Europeu e com Sucursal em Espanha, autorizada e registada na Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários (CNMV) com o número 38.
TENDÊNCIAS GESTÃO
por Miguel Rêgo, CFA
O (DES) CONSENSO DO VALOR Preço é o que se paga, valor é o que se recebe! Parece algo muito intuitivo. Se o valor é superior ao preço, compra-se. Se não, vende-se ou não se compra. Contudo, no que se refere ao investimento em valor, a interpretação do conceito value é tudo menos consensual. TARGETS PREÇO TESLA Máximo
$1,471.00
Mediano
$730.00
Mínimo
$67.00
Média
$699.27
Preço a 25 de maio de 2021
$606.44
Fonte: WSJ, 25 de maio de 2021
TARGETS PREÇO COCA-COLA Máximo
$67.00
Mediano
$60.00
Mínimo
$53.00
Média
$59.27
Preço a 25 de maio de 2021
$54,80
Fonte: WSJ, 25 de maio de 2021
50 FUNDSPEOPLE I JULHO E AGOSTO
O
s conceitos de valor e preço e a sua relação ficam bastante claros num exemplo de discriminação de preços de que me lembro bem dos tempos de faculdade: uma máquina de venda automática da coca-cola que ajusta o preço conforme o clima. Um princípio simples de que se está mais calor, o consumidor valoriza mais uma coca-cola fresca e estará disposto a pagar mais por ela. No mundo dos investimentos especificamente quando falamos de equity - o conceito de valor é bastante menos consensual. Pessoas mais atentas aos mercados recorrerão a termos como valor intrínseco e valor atual dos cash-flows esperados para o defi-
nir, mas não é por isso que o valor fica mais uniforme. Profissionais treinados que fazem da sua vida analisar e avaliar a empresa que comercializa o refrigerante mais vendido no mundo chegam a conclusões bem distintas daquele que é o valor da empresa. O price target varia entre 53 e 67 dólares por ação, uma amplitude que representa 25% do preço neste final de maio. Em títulos mais jovens, com maior duration e expetativas mais incertas, esta amplitude fica exacerbada. Os analistas da Tesla, por exemplo, estão longe de estar de acordo acerca do seu valor. A realizar-se o cenário mais pessimista, o título teria que desvalorizar quase 90%. No caso do cenário mais otimista, o ganho seria de mais de
DETALHES DE VALUATION DAS CARTEIRAS ENTIDADE GESTORA
FUNDO
SELO FUNDSPEOPLE 2021
PRICE-TO EARNINGS
PRICE-TO-BOOK VALUE
PRICE-TO-SALES
PRICE-TO-FREE CASH FLOW
19,44
Categoria: Europe Equity Large Cap Amundi Funds - European Equity Value JPMorgan Funds - Europe Strategic Value Fund
Amundi
B
19,43
1,23
0,91
J.P. Morgan AM
B
15,17
1,12
0,76
9,45
M&G
B
14,05
1,19
0,73
11,62
MFS IM
ABC
27,29
2,73
2,93
30,12
M&G (Lux) European Strategic Value Fund MFS Meridian Funds - European Value Fund Categoria: US Equity Large Cap Value JPMorgan Funds - US Value Fund
J.P. Morgan AM
B
22,14
2,58
2,77
29,75
MFS IM
B
24,64
3,03
2,41
26,16
MFS Meridian Funds - U.S. Value Fund
Fonte: Morningstar e FundsPeople. Fundos com Selo FundsPeople 2021 de estilo explicitamente value.
MAPA DE ESTILO
CONHECER E ELEGER A FILOSOFIA DE GESTÃO TORNA-SE CHAVE PARA SELECIONAR AQUELA QUE MAIS ESTÁ ALINHADA COM O PRÓPRIO CONCEITO DE VALOR
GRANT
LARGE
MID
AMUNDI FDS EUROPEAN EQUITY VALUE JPM EUROPE STRATEGIC VALUE
SMALL
JPM US VALUE M&G (LUX) EUROPEAN STRATEGIC VALUE MFS MERIDIAN EUROPEAN VALUE MFS MERIDIAN US VALUE HIHG-GRTH
CORE-GRTH
CORE
CORE-VAL
DEPP-VAL
MICRO
Fonte: Morningstar
JULHO E AGOSTO I FUNDSPEOPLE 51
TENDÊNCIAS GESTÃO
AMUNDI EUROPEAN EQUITY VALUE - TOP HOLDINGS
JPM EUROPE STRATEGIG VALUE TOP HOLDINGS
M&G EUROPEAN STRATEGIC VALUE TOP HOLDINGS
MFS MERIDIAN EUROPEAN VALUE TOP HOLDINGS
Signify Motoren Werke AG
Novartis AG
Total SE
Nestle SA
Bayerische Motoren Werke AG
Royal Dutch Shell PLC B
GlaxoSmithKline PLC
Iberdrola SA
Societe Generale SA
HSBC Holdings PLC
UCB SA
Scheneider Electric SE
Stellantis NV
Siemens AG
Novartis AG
Heineken NV
Deutsche Telekom AG
Allianz SE
HORNBACH Holding AG and Co KGaA
Novo Nordisk A/S B
Kering SA
Total SE
Aperam SA
Henkel AG & Co KGaA Participating Preferred
Intensa Sanpaolo
Rio Tinto PLC
UPM-Kymmene Oyj
Diego PLC
Sanofi SA
GlaxoSmithKline PLC
AstraZeneca PLC
Pernod Ricard SA
Prudential PLC
BNP Paribas
BP PLC
Dassault Systemes SE
Arkema SA
Daimler AG
Buzzi Unicerm SpA
Legrand SA
Fonte: Morningstar, carteira mais recente disponível a 25 de maio de 2021.
100%. Uma mera ilustração do quão vago é o conceito. Não obstante, o objetivo deste artigo não é olhar ou analisar esta disparidade entre o valor de títulos em específico, muito menos olhar para o preço de um título como a Tesla que é tudo menos value. O objetivo é sim mostrar o quão diferentes podem ser os portefólios de fundos de investimento que se definem como estratégias value. O investimento em valor tem como premissa identificar ações cujos preços aparentam subestimar o seu valor intrínseco. Teoricamente, métricas de valuations como a relação entre o preço e os resultado por ação (PER), o valor contabilístico (P/Book) ou os fluxos de caixa (P/CF ou P/FCF) deverão refle52 FUNDSPEOPLE I JULHO E AGOSTO
tir a abordagem de valor - com números inferiores à média - mas, na prática, nem sempre isso acontece. Isto porque, legitimamente, cada gestor tem a sua opinião acerca do cenário de valor que tem maior probabilidade de se materializar em cada título que investe. Se é um cenário mais otimista, que empurra os múltiplos para valores superiores no momento zero, é só uma consequência do seu processo.
CARTEIRA A CARTEIRA
No universo dos fundos com Selo FundsPeople em Portugal em 2021 encontramos seis fundos de ações em que a palavra value aparece explicitamente no seu nome, quatro com a Europa como o seu universo de investimento, e
dois focados nos EUA. Entre estes fundos, o mapa de estilo da Morningstar posiciona cinco dos seis no quadrante que seria expectável, dado o estilo assumido. No entanto, um dos fundos, o MFS Meridian European Value surge aqui como um outlier e aparece bem mais para a direita, na fronteira entre o estilo blend e o growth. Já a amplitude de estilos dos títulos em carteira também reflete alguma disparidade. Três fundos têm as suas carteiras mais espalhadas horizontalmente em termos de estilo, abarcando growth e deep-value. Outros dois são mais fiéis ao estilo - como definido pela Morningstar - e mais neutros em relação à capitalização bolsista. Fica aqui reforçada a ideia de que os resultados
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A OPINIÃO DE DIOGO GOMES Senior CRM, UBS AM Iberia
MFS MERIDIAN US VALUE - TOP HOLDINGS
JPM US VALUE - TOP HOLDINGS
JPMorgan Chase & Co
Wells Fargo & Co
Johnson & Johnson
BlackRock Inc
Comcast Corp Class A
Bank of America Corp
Honeywell International Inc
Citigroup Inc
Texas Instrument Inc
Berkshire Hathaway Inc Class B
Northrop Grumman Corp
Alphabet Inc Class C
Medtronic PCL
Comcast Corp Class A
Cigna Corp
Morgan Stanley
Accenture PLC Class A
Truist Financial Corp
Aon PLC
Texas Instruments Inc
de um processo de investimento value podem diferir de forma relevante dependendo da definição de valor que orienta cada gestor. Já as métricas de valorização médias das carteiras são igualmente demonstrativas da dispersão. Entre os fundos de ações europeias, o PER varia entre as 14,05 vezes e as 27,29 vezes e o P/ Book entre as 1,12 e as 2,73 vezes, por exemplo. No que se refere aos dois fundos de ações norte-americanas, os números mostram um maior equilíbrio, sendo que as diferenças são muito menos expressivas. Não obstante, olhando para as maiores posições em carteira destes últimos, vemos que os gestores também não estão de acordo no que se refere aos
títulos de maior convicção. O fundo da J.P. Morgan AM mostra uma clara preferência para o setor financeiro, enquanto que o fundo da MFS IM tem entre as 10 maiores posições títulos industriais, do setor financeiro, de consumo e saúde, entre outros, sendo que nenhum coincide. O mesmo acontece nas carteiras dos fundos que investem na Europa. Apenas a GlaxoSmithKline, a Novartis e a Total se repetem entre as 10 ações com maior peso. É uma camada adicional de complexidade na tarefa de escolher um fundo value. Conhecer e eleger a filosofia de cada gestor ou equipa de gestão torna-se chave para selecionar aquela que mais está alinhada com o próprio conceito de valor.
FORMAS ALTERNATIVAS DE ADOTAR POSIÇÕES DEFENSIVAS EM AÇÕES – UBS INCOME FUNDS O mercado de ações tem refletido o otimismo sobre a recuperação económica posterior à pandemia. Não obstante, as pressões inflacionárias provocaram um contexto mais incerto, que poderá conduzir a uma maior volatilidade nos próximos meses tanto para os mercados de obrigações como de ações. Uma forma alternativa de adotar posições defensivas em ações é através da seleção de ações capazes de gerar um retorno atrativo associado a uma menor alavancagem, a que chamamos um dividendo de qualidade. Além disso, se acrescentarmos uma estratégia de venda sistemática de opções de compra, conseguimos um perfil ainda mais defensivo, com um beta muito abaixo do índice de referência. Este posicionamento conseguiu muito bons resultados, tanto pelas valorizações atrativas destas ações de viés value, como um maior prémio da venda das opções de compra num contexto de maior volatilidade. Estas estratégias superaram desde fevereiro as ações growth, impulsionadas pela recuperação e resultados melhores do que o esperado. Do nosso ponto de vista, estas estratégias representam um face to face entre um cenário que acreditamos que continua a ser bullish, mas que pode ser mais instável, integrando ações de beta baixo, beneficiando de prémios mais atrativos pela venda de opções de compra e centrando-se em ações de dividendo de qualidade assumindo consequentemente uma subponderação em ações growth. JULHO E AGOSTO I FUNDSPEOPLE 53
TENDÊNCIAS ESTRATÉGIAS por Jaime de León Calleja
SEMI CONDU TORES ESTRELAS NO SETOR TECNOLÓGICO
Estas empresas oferecem um forte potencial de crescimento graças, entre outras coisas, ao 5G e à eletrificação de setores para combater as mudanças climáticas. Mas há que não esquecer os riscos. 54 FUNDSPEOPLE I JULHO E AGOSTO
O
s semicondutores tornaram-se um dos grupos mais brilhantes do setor de tecnologia. O índice Philadelphia Sox (específico para o segmento de semicondutores) aumentou 150% desde o início da pandemia e triplicou o seu valor nos últimos cinco anos. Qual é a chave para o bom desempenho do setor? Sem dúvida, os novos segmentos de mercado que usam cada vez mais semicondutores. Um exemplo muito ilustrativo é o mercado de data centers para cloud. Uma década atrás, praticamente não existia. Hoje, representa 30% do consumo mundial de chips. Além do crescimento espetacular dos ganhos, o setor teve um re-rating (expansão de múltiplo). Ou seja, os investidores hoje pagam mais pelo lucro das empresas porque reduziram sua ciclicidade e, consequentemente, a sua volatilidade nos resultados. O mercado de semicondutores vai crescer nos próximos anos sem a necessidade de uma economia dinâmica.
MERCADO DE SEMICONDUCTORES POR SEGMENTOS DE MERCADO
INDÚSTRIA 12% COMUNICAÇÕES 33%
CONSUMO 13%
AUTOMÓVEL 13%
ESCASSEZ DE OFERTA
Nas últimas semanas, o setor ganhou manchetes devido à escassez de oferta para atender a uma procura robusta, especialmente em algumas áreas. O confinamento devido à COVID afetou a cadeia de abastecimento destas empresas a tal ponto que não conseguem atender à procura dos seus clientes. Na sua mais recente publicação de resultados, a Infineon, a mais exposta ao setor automóvel, estimou em 2,5 milhões os carros que não pôde produzir por falta de capacidade. Estamos a ver, pela primeira vez numa década, problemas para adquirir televisores ou eletrodomésticos por falta de stock.
DATA CENTERS 29%
Fonte: Kepler.
O MERCADO DE SEMICONDUTORES VAI CRESCER NOS PRÓXIMOS ANOS SEM A NECESSIDADE DE UMA ECONOMIA DINÂMICA JULHO E AGOSTO I FUNDSPEOPLE 55
TENDÊNCIAS ESTRATÉGIAS
CRESCIMENTO ESTIMADO CAGR 2020-23 AUTOMÓVEIS
13%
12%
INDÚSTRIA
9%
MERCADO TOTAL
8%
DATA CENTERS
8%
COMUNICAÇÕES
7%
CONSUMO 0%
5%
10%
15%
Fonte: Kepler.
Isto pode durar? Nós achamos que sim. Em alguns setores, esta situação pode prolongar-se até o início do próximo ano, mas deve-se levar em conta que, com a reabertura da economia, grande parte dos gastos dos consumidores passará de bens duradouros para serviços, amenizando a procura e elevando a capacidade. Muitas empresas nesta situação duplicaram os pedidos para garantir a sua capacidade. Isto também não é sustentável. Estamos atrasados para investir no setor? Honestamente, acho que não. O setor ainda é negociado em linha com o S&P 500 e oferece um potencial de crescimento muito mais forte, especialmente a médio e longo prazo. Estamos num bom momento por dois 56 FUNDSPEOPLE I JULHO E AGOSTO
motivos principais: o 5G está a chegar, o que permite que muito mais dispositivos eletrónicos sejam conectados à rede (a internet das coisas ou IoT), e a eletrificação de setores para lutar contra as mudanças climáticas. Porém, a seleção de valores será fundamental, uma vez que parte dos segmentos, como PCs ou terminais, oferecem menos potencial do que, por exemplo, o carro elétrico. No tema IoT, somos especialmente positivos em relação às aplicações relacionadas à saúde e ao uso industrial. Nas últimas semanas, ao construir os nossos portefólios, a exposição estrutural a semicondutores foi uma das decisões que menos nos demorou a tomar. Empresas como Infineon, Nvi-
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A OPINIÃO DE ANA CARRISSO Senior sales manager, Fidelity International
A SELEÇÃO DE VALORES SERÁ CHAVE, JÁ QUE PARTE DOS SEGMENTOS, COMO OS PC OU TERMINAIS, OFERECEM MENOS POTENCIAL DO QUE, POR EXEMPLO, O CARRO ELÉCTRICO dia, ASML ou TSMC, se as coisas não mudarem muito, farão parte do nosso portefólio nos próximos anos.
AMPLO POTENCIAL
O setor está atualmente dividido em cinco grandes segmentos: comunicações e redes móveis, que representam 33% do mercado; data centers, que respondem por 29%; carros (13% do total); produtos eletrónicos de consumo (13%) e indústria (12%). Dos subsetores, o nosso preferido, sem dúvida, é o automóvel elétrico, área em que vemos um potencial de crescimento próximo de 15% para os próximos três anos contra 9% para o setor de agregados. A outra com maior potencial de crescimento, na nossa opinião, é a industrial, na qual o 5G tem um papel importante. Empresas como a Siemens estão a comprar espetro para ter redes próprias na sua cadeia produtiva. Outro aspeto que gostamos no setor é a mudança no modelo de muitas empresas, que fecharam as suas fábricas e terceirizaram a produção como a Taiwan Semiconductors, Global Foundries ou Samsung. Antigamente, situações como a atual de mercado representavam um grande risco para o setor, uma vez que a capacidade demorava quase um ano para entrar em operação, as empresas gastavam grandes somas de dinheiro
em capex e muitas vezes a procura caía com a entrada de nova capacidade. Agora estão a concentrar-se na conceção e design do chip e na administração dos timings (embora às vezes a produção não entregue os chips no prazo, como aconteceu no ano passado por causa do COVID). Além desta mudança de modelo, assistimos também a uma espetacular consolidação do setor: em 2020, com o mundo encerrado pela COVID, vimos oito grandes operações empresariais no setor (algumas delas ainda não aprovadas pelo regulador). Por fim, e apesar de todos os aspetos positivos já mencionados, não podemos esquecer os riscos a que esta indústria está exposta. Em primeiro lugar, o económico. Embora as empresas de semicondutores tenham reduzido a sua ciclicidade, uma queda na atividade certamente afetará as suas vendas, especialmente nas empresas mais cíclicas, como eletrónica de consumo ou PC. Em segundo lugar, a regulamentação. Na época de Donald Trump, percebemos a importância estratégica do setor para as grandes potências. Situações possíveis como a da Huawei podem ser repetidas. Ter as melhores empresas de chips é fundamental nas agendas de todos os países, por isso pudemos ver decisões políticas que afetam as empresas do setor.
ANALISTAS DA FIDELITY ESPERAM QUE AS PRESSÕES INFLACIONÁRIAS CONTINUEM A SUBIR POR AGORA Mais de dois terços dos nossos analistas esperam que os custos não relacionados com a força de trabalho aumentem nos próximos seis meses, à medida que maior procura e bottlenecks na cadeia de fornecimento elevam preços das matérias-primas. É particularmente verdade nos projetos do setor da energia (os estímulos dos governos impulsionam uma forte procura) e nas empresas industriais (dada a vulnerabilidade ao aumento de preços das commodities). Muitos também esperam que os custos relacionados com o trabalho aumentem, embora em proporção menor do que aqueles que esperam um aumento nos custos não relacionados. A contínua escassez de mão de obra explica em parte isso, com os estímulos dos governos e as preocupações com o COVID-19, mantendo alguns funcionários do setor mineiro e de energia em casa. Há uma tendência semelhante nos bens de consumo discricionário. Um aumento do suporte do governo durante a pandemia diminuiu a urgência de alguns trabalhadores retornarem ao trabalho. A pressão política para aumentar o salário mínimo também está a aumentar as expetativas de custos com o trabalho, depois de Joe Biden ter assinado uma ordem executiva que exige que os empreiteiros federais paguem pelo menos 15 dólares por hora. Ao mesmo tempo, o número de horas de trabalho sobe à medida que as economias reabrem e a lotação das lojas volta ao normal. As pressões inflacionárias provavelmente vão persistir. JULHO E AGOSTO I FUNDSPEOPLE 57
TENDÊNCIAS PLANIFICAÇÃO
por Óscar R. Graña
BOUTIQUES EUROPEIAS
EM QUE SÃO REALMENTE BOAS? Existem segmentos de mercado em que apostar em fundos de entidades especializadas em vez de produtos de grandes casas é mais rentável.
58 FUNDSPEOPLE I JULHO E AGOSTO
H
istoricamente as boutiques venderam a ideia de especialização. Ou seja: centro-me naquilo que sei fazer bem e renuncio a comercializar estratégias que invistam em mercados onde não tenho experiência. A mensagem foi passada aos seus clientes mostrando uma certa coerência, visto que a grande maioria deste tipo de entidades conta com gamas muito reduzidas e focalizadas numa classe de ativos ou nicho de mercado muito concreto. Agora, é certo que os investidores que apostam em produtos geridos por boutiques obtêm melhores resultados por rentabilidade e risco do que aqueles que elegem produtos geridos por casas grandes?
FUNDOS BOUTIQUE: RENTABILIDADE LÍQUIDA POR CATEGORIAS (MODELO FATORIAL) CATEGORIA
# 299
R 2 91,04%
ALFA -0,07%
STDEV ALFA 0,27%
ALFA + 37,1%
ALFA T P 5,4%
ALFA T N 19,1%
PRÉMIO 0,56 %
Europe Large Cap
117
93,85%
-0,10%
0,19%
27,4%
3,4%
17,1%
0,08%
Europe Mid/Small Cap
43
89,35%
0,10%
0,33%
67,4%
20,9%
7,0%
0,94%
Global Emerging Markets
21
88,02%
-0,11%
0,24%
33,3%
0,0%
19,0%
0,54%
Global Large Cap
77
92,05%
-0,15%
0,29%
31,2%
2,6%
32,5%
0,01%
Asia
7
77,92%
0,10%
0,27%
57,1%
14,3%
0,0%
-
Country
4
81,53%
-0,22%
0,39%
25,0%
0,0%
0,0%
-
Property
2
75,64%
0,22%
0,25%
100,0%
0,0%
0,0%
-
Sector
9
85,18%
0,08%
0,23%
55,6%
0,0%
0,0%
-
US Large Cap
5
89,50%
-0,29%
0,19%
0,0%
0,0%
60,0%
-
FUNDOS BOUTIQUE: RENTABILIDADE LÍQUIDA POR CATEGORIAS (MODELO ÍNDICE) CATEGORIA
# 299
R2 84,8%
ALFA -0,17%
STDEV ALFA 0,28%
ALFA + 21,89%
ALFA T P 2,69%
ALFA T N 23,9%
PRÉMIO 0,23%
Europe Large Cap
117
87,0%
-0,24%
0,20%
8,5%
0,0%
25,6%
0,18%
Europe Mid/Small Cap
43
80,2%
0,09%
0,39%
65,1%
11,6%
7,0%
1,04%
Global Emerging Markets
21
78,6%
-0,05%
0,38%
42,9%
5,4%
7,1%
1,74%
Global Large Cap
77
89,9%
-0,22%
0,25%
14,7%
2,7%
40,0%
-0,29%
Asia
7
69,9%
-0,02%
0,33%
42,9%
0,0%
0,0%
-
Country
4
80,1%
-0,21%
0,43%
25,0%
0,0%
50,0%
-
Property
2
78,3%
-0,21%
0,05%
0,0%
0,0%
0,0%
-
Sector
9
73,6%
-0,06%
0,29%
44,4%
11,1%
11,1%
-
US Large Cap
5
91,9%
-0,14%
0,23%
20,0%
0,0%
20,0%
-
Estas tabelas apresentam estatísticas descritivas baseadas nos retornos mensais líquidos para 299 fundos de gestoras boutiques. Os setores na primeira coluna correspondem à categoria de ações da Morningstar. O número de fundos em cada categoria é indicado na segunda coluna. Os dados nas colunas três a oito são gerados, direta ou indiretamente, pela regressão de estilo descrita. A coluna três apresenta o R2 médio de cada regressão; a coluna quatro apresenta o alfa médio mensal da expressão; a coluna cinco apresenta o desvio padrão dos alfas estimados; a coluna seis apresenta a proporção de alfas positivos; enquanto as colunas sete e oito apresentam a proporção de alfas positivos e negativos estatisticamente significativos, respetivamente. A última coluna mostra o prémio da boutique anual. Período de análise de 2000 a 2019. Fonte: University of London.
Um estudo académico realizado pelo professor Andrew Clare, do centro de investigação sobre a gestão de ativos da escola de negócios Cass, pertencente à Universidade de Londres, permite, pela primeira vez, trazer luz sobre esta questão. Pelo menos, no que diz respeito à gestão de ações e numa região muito concreta: a Europa.
METODOLOGIA APLICADA
O seu trabalho de campo consistiu concretamente em analisar a rentabilidade e a volatilidade registada por 780 fundos de ações de boutiques e grandes firmas europeias tomando um período 20 anos (desde 2000 até 2019). O primeiro que fez foi calcular o alfa ajustado ao risco de dois subcon-
juntos de fundos (Alfa de Jensen). Por um lado, dos produtos de ações com uma filosofia long only e denominados em euros, cuja gestora de ativos matriz estava na lista das 120 maiores entidades da Europa por volume de ativos. Por outro lado, dos fundos de ações denominados em euros e geridos por boutiques. Tudo isso tendo por base os dados da Morningstar. Utilizou dois enfoques para calcular o alfa. O primeiro implica o uso de um modelo de índice, em que os fatores representam o prémio incondicional que poderá ser obtido do investimento numa categoria ampla de mercado, ou seja, a rentabilidade deste índice menos a rentabilidade da taxa de juro do ativo livre de risco. O segundo implica a
AS BOUTIQUES TÊM CONSEGUIDO GERAR RENTABILIDADES MUITO SUPERIORES NO SEGMENTO DE SMALL E MID CAPS EUROPEIAS E MERCADOS EMERGENTES
JULHO E AGOSTO I FUNDSPEOPLE 59
TENDÊNCIAS PLANIFICAÇÃO
DISTRIBUIÇÃO DO ALFA (MODELO ÍNDICE) Rentabilidade líquida. MEGAFUNDOS
BOUTIQUES
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O PORQUÊ DOS BONS RESULTADOS DAS BOUTIQUES?
Acho que existem duas razões principais. As boutiques são criadas, na sua maioria, por gestores de fundos talentosos e experientes que desejam trabalhar num ambiente que lhes permita desenvolver melhor as suas convicções, sem que estas sejam diluídas por um consenso excessivo, e pelo controlo de risco e, por vezes, um volume de ativos demasiado elevado. Além disso, as boutiques tendem a manter-se fiéis ao que acreditam ser realmente os melhores da sua classe. Além disso, as boutiques tendem a ter menos clientes, porém mais sofisticados e alinhados, o que facilita muito as coisas.
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Fonte: Universidade de Londres.
imposição de um modelo standard de factores, em que estes são essencialmente as rentabilidades geradas por uma carteira de arbitragem. O objetivo desta metodologia era captar os riscos sistémicos que encarnam estes fundos. Para isso elegeu um conjunto de fatores disponíveis na web de Kenneth French baseados no modelo de Fama & French. A primeira conclusão a que chegou foi que, em termos gerais, os produ-
PHILIP KALUS CEO, Accelerando Associates
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OS RESULTADOS SÃO ESPECIALMENTE FAVORÁVEIS PARA AS BOUTIQUES EM DUAS CATEGORIAS CONCRETAS: SMALL E MID CAPS EUROPEIAS E AÇÕES GLOBAIS EMERGENTES
tos das boutiques tinham batido os de grandes entidades. Com o modelo de fatores Fama & French, em termos brutos, os fundos boutique tinham registado uma rentabilidade anualizada de 0,52 pontos percentuais superior. Em termos líquidos, esta tinha sido de 0,23 pontos percentuais. Com o modelo índice, o retorno anualizado bruto tinha sido de 0,82 pontos percentuais maior do que o dos fundos das entidades de maior tamanho. Em termos líquidos de 0,56 pontos percentuais. Os resultados são especialmente favoráveis para as boutiques em duas categorias concretas: small e mid caps europeias e ações globais emergentes. “Aqui existe uma evidência clara de que os investidores obtêm um prémio substancialmente mais elevado investindo em estratégias geridas por pequenas entidades especializadas na matéria”, afirma o professor Clare. “Um investidor interessado em entrar nestes mercados deveria considerar seriamente fazê-lo através de uma boutique”, acrescenta.
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A OPINIÃO DE ANA CLAVER GAVIÑA, CFA Responsável de negócio para a Península Ibérica e Chile, Robeco
A IMPRESCINDÍVEL PRESENÇA DO INVESTIMENTO SUSTENTÁVEL
DISTRIBUIÇÃO DO ALFA (MODELO FATORIAL) Rentabilidade líquida. MEGAFUNDOS
BOUTIQUES
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Fonte: Universidade de Londres.
Para ser exatos, a rentabilidade líquida anualizada oferecida nos últimos 20 anos pelos fundos boutique que centram o seu universo de investimento nas empresas europeias de pequena e média capitalização e nos mercados emergentes foi de 1,04 e 1,74 pontos percentuais superior, respetivamente, do que o gerado pelos produtos de grandes casas. Estes resultados corroboram a tese que tem vindo a defender desde há algum tempo profissionais da indústria, como Ralph Elder. “As boutiques funcionam especialmente bem quando operam em mercados ineficientes e onde existe um universo especializado e muito definido”, assegura o diretor geral da BNY Mellon para a Península Ilbérica e América Latina.
CARTEIRAS DIFERENTES
Mas... o que é que estaria a marcar essa diferença? A chave de tudo poderá estar nas distintas formas que têm umas e outras de construir as suas carteiras. Os fundos das grandes ges-
toras tendem a possuir um volume de ativos maior, o que frequentemente limita as suas opções na hora de investir. Por outro lado, as boutiques, com produtos com patrimónios inferiores, podem mover-se com mais agilidade pelos mercados e entrar onde as grandes entidades não podem. Esta distinta composição das carteiras vê-se refletida nos R Quadrado do estudo realizado pelo professor Clare. Este rácio, que varia entre 0% e 100% é um coeficiente que determina que percentagem das flutuações do fundo vem explicada pela evolução do próprio mercado. E aí, o que se observa é que o R Quadrado dos fundos das boutiques é mais baixo do que o dos produtos das grandes, o que demonstra essa diferenciação na composição das carteiras. Carteiras diferentes geridas por gestores muito especializados que, definitivamente, têm sido capazes de se mover com maior fluidez pelo mercado para oferecer melhores resultados aos seus clientes.
Uma elevada percentagem da população está consciente do desafio das alterações climáticas. Segundo um inquérito da Robeco, há dois anos a presença de ativos relacionados com as alterações climáticas nas carteiras era de 30%. Hoje, 86% dos investidores entendem as alterações climáticas como o risco ou a oportunidade nas suas carteiras. Foi necessário passarem anos, muitos se olharmos para a insuficiente velocidade dos avanços que denunciam os relatórios, mas não tantos se estivermos conscientes do tamanho da mudança produzida. Desde o relatório do IPCC de 1990 até aos compromissos da China e dos EUA passaram trinta e um anos. Mas faz falta um compromisso mais abrangente. As alterações climáticas englobam-se nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. É importante continuar a explicar ao investidor os desafios que enfrentamos. Apesar de o investidor estar cada vez mais consciente, e assim o demonstram os sucessivos sucessos do investimento sustentável, continua a existir novo capital a fluir para empresas nada sustentáveis, e será ainda maior sem este sucesso do investimento sustentável. Como sabemos na Robeco, das situações extremas surgem oportunidades. Devemos investir em empresas que façam parte a solução, por isso, lançámos o RobecoSAM Climate Global Credits, uma solução pioneira de investimento sobre o clima e a descarbonização. JULHO E AGOSTO I FUNDSPEOPLE 61
TENDÊNCIAS LEGAL por Maria Carvalho Martins
OS ALADINOS (GFIA) E A LÂMPADA MÁGICA
NOVAS REGRAS DE COMERCIALIZAÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA DE FUNDOS Não é bem como na história infantil: antes de esfregarem a lâmpada mágica, os GFIA terão de adaptar a sua abordagem de comercialização.
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o dia 1 de agosto de 2021, entram em vigor em toda a União Europeia (UE) as alterações ao regime de comercialização de fundos de investimento, através do Regulamento 2019/1156 da UE1 (Regulamento CBFD) e da Diretiva 2019/1160 da UE2 (Diretiva CBFD), ambos referentes à distribuição transfronteiriça de organismos de investimento coletivo e que no seu conjunto constituem as novas Regras de Comercialização. Pedimos ao leitor que se predisponha a entrar numa das histórias mais conhecidas das Mil e uma Noites, a do jovem Aladino e da Lâmpada Mágica, em que os Aladinos da nossa história, são os Gestores de Fundos de Investimento Alternativo (GFIA) e a Lâmpada Mágica, as novas Regras de Comercialização. Abordaremos apenas as inovações com maior impacto na AIFMD e tentaremos antecipar se os Aladinos, friccionando a Lâmpada Mágica, estruturada pelas no62 FUNDSPEOPLE I JULHO E AGOSTO
vas Regras de Comercialização, poderão ter o auxílio do Génio e ver os seus desejos concretizados sem restrições. Conceito de Pré-comercialização: As regras de comercialização fornecem uma definição harmonizada do conceito de pré-comercialização3. A pré-comercialização, não será, contudo, permitida, no caso de a informação apresentada: permitir aos potenciais investidores profissionais assumirem o compromisso de comprar ou adquirir unidades de participação ou ações de um FIA ou compartimento específico; permitir a distribuição aos potenciais investidores profissionais de boletins de subscrição ou documentos similares, quer sejam apenas um projeto (draft) ou sejam já documentos finais; ou adotar a forma de documentos constitutivos (prospeto ou de documentos de oferta numa versão final), pertencentes a um FIA ainda não estabelecido na sua forma definitiva, pois se assim suceder, estaremos dentro do conceito de comercialização da AIFMD.
Todavia, os GFIA podem disponibilizar aos investidores um projeto de prospeto ou documento de oferta, desde que esses documentos não contenham informação suficiente, que permita aos investidores tomarem uma decisão de investimento, e devem conter um disclaimer de que: (i) não constituem uma oferta ou convite a subscrever unidades de participação ou ações de um FIA, e (ii) a informação apresentada nestes termos não deve ser tomada como final, por estar incompleta e sujeita a alterações.
PRÉ-COMERCIALIZAÇÃO
Notificação de pré-comercialização: Os GFIA da UE devem notificar o regulador do seu estado-membro de origem, através de uma carta informal em papel ou por via eletrónica, no prazo de duas semanas, após terem começado a pré-comercialização em qualquer estado-membro. A carta deverá: (i) especificar os estados-membros e os períodos em que a pré-comercialização está a ter lugar ou já teve lugar, e (ii) fornecer uma breve descrição da pré-comercialização, incluindo informação sobre as estratégias de investimento apresentadas e, quando relevante, uma lista dos FIA e dos compartimentos dos FIA sujeitos à pré-comercialização. Terceiros distribuidores, que não o GFIA: quando um GFIA da UE utilize um terceiro distribuidor para realizar atividades de pré-comercialização em seu nome, o terceiro também estará sujeito aos requisitos das Regras de Comercialização. O GFIA, terá de garantir que: o terceiro seja ele próprio um GFIA autorizado da UE, uma empresa de investimento da UE ou um agente vinculado da UE, autorizados ao abrigo da Diretiva dos Mercados de Instrumentos Financeiros (DMIF), uma instituição de crédito autorizada pela UE ao abrigo da Diretiva dos Requisitos de Capital (CRD)ou um gestor de OICVM da UE. Restrição à dependência da reverse solicitation: qualquer subscrição por investidores profissionais no estado-mem-
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A OPINIÃO DE
bro relevante da UE no prazo de 18 meses após o início da pré-comercialização por parte do GFIA da UE, será considerada como resultado de comercialização ativa (desencadeando assim a exigência de utilizar o passaporte de comercialização do GFIA) ao abrigo das Regras de Comercialização. O efeito prático desta regra, é o de que nesse período de 18 meses, o GFIA da UE que recorra à pré-comercialização fica impedido de invocar que o faz ao abrigo do mecanismo da reverse solicitation4. Quando, um GFIA da UE deixe de comercializar e utilize o procedimento para cancelamento de uma notificação de um FIA, esse GFIA fica impedido de pré-comercializar esse FIA ou “estratégias de investimento ou ideias de investimento semelhantes” nesse estado-membro, durante um período de 36 meses.
ÂMBITO VASTO
Comunicações de comercialização: A 27 de maio de 2021, a ESMA publicou o seu relatório final das suas Orientações ao abrigo do Regulamento sobre a distribuição transfronteiriça de fundos5. As orientações, deixam claro que o termo “comunicações de comercialização6“ tem um âmbito extremamente vasto que inclui: “material de comercialização dirigido individualmente aos investidores ou potenciais investidores”, bem como qualquer forma de publicidade, comunicados de imprensa, etc., cobrindo alguns pormenores referentes a essas comunicações, como por exemplo: isenções de responsabilidade específicas que devem ser utilizadas em coerência com outros documentos do fundo, e regras relativas à apresentação de informação sobre custos, informação sobre desempenho passado e desempenho futuro esperado, e informação sobre aspetos relacionados com a sustentabilidade. GFIAs de países terceiros: as regras de comercialização só se aplicam aos GFIA da UE que gerem FIAs da UE. O GFIA de país terceiro que tenha estabelecido fundos geridos por GFIA da UE
(ou seja, quando o gestor de país terceiro é um subgestor delegado do GFIA da UE) este último terá de cumprir com as Regras de Comercialização. O subgestor de país terceiro não poderá exercer quaisquer atividades de pré-comercialização em nome do GFIA da UE, dado o requisito, de que a pré-comercialização por parte de terceiros distribuidores, só pode ser realizada pelo elenco de entidades já identificadas no terceiro ponto do nosso artigo. Se os Aladinos usarem a Lâmpada Mágica, conseguirão afinal, fazer com que o Génio realize os seus desejos sem restrições? A AIFMD, é sem dúvida um caso de sucesso na harmonização do mercado de FIA da UE, e a possibilidade de recurso ao passaporte de comercialização, um fator decisivo neste desenvolvimento. Desde a adoção do AIFMD, o ativo líquido total dos FIA mais do que duplicou na UE passando de 2,3 biliões de euros para 5,9 biliões de euros e a comercialização transfronteiriça de FIA (facilitada pelo passaporte) quase duplicou entre 2017 e 2019, passando de 3 % para 5,8 %. Os Aladinos (GFIA) da nossa história, para verem os seus desejos realizados pelo Génio, antes de friccionarem a Lâmpada Mágica, terão, contudo, de adaptar a sua abordagem em matéria de comercialização, reavaliando e planeando a sua estratégia a partir de agosto deste ano, garantindo a sua conformidade com as regras de comercialização.
1. Regulamento da (UE) 2019/1156 PE e do Conselho, 20 de junho de 2019, que visa facilitar a distribuição transfronteiriça de OIC. 2. Diretiva (UE) 2019/1160 do PE e do Conselho, 20 de junho de 2019, que altera as Diretivas 2009/65/CE e 2011/61/UE no que diz respeito à distribuição transfronteiriça de OIC. 3. Os elementos nucleares da nova definição de précomercialização, são: 1. A prestação de informação (direta ou indireta) sobre estratégias de investimento ou ideias de investimento; 2. Por, ou em nome de um GFIA da UE; 3. A investidores profissionais com sede ou domicílio na UE; 4. Testar o interesse dos investidores por um FIA ou um compartimento, que ainda não tenha sido estabelecido, ou que esteja estabelecido, mas ainda não foi notificado para comercialização à autoridade nacional competente relevante do Estado-membro da UE; e, 5. A prestação de informações não deve equivaler a uma oferta ou colocação ao investidor de unidades de participação ou ações do FIA. 4. A Comissão Europeia deve, até 2 de agosto de 2021, apresentar um relatório ao Parlamento Europeu e ao Conselho da UE sobre a “reverse solicitation”. 5. ESMA34-45-1244 – “Guidelines on marketing communications under the Regulation on cross-border distribution of funds”. 6. As comunicações de comercialização, devem descrever os riscos e recompensas da aquisição de unidades de participação de ações de uma FIA de forma proeminente, e devem ser justas, claras e não enganosas.
MIGUEL LUZARRAGA Responsável na Península Ibérica, AllianceBernstein
DECIFRANDO O PLANO DE CARBONO NEUTRO DA CHINA PARA 2060 Durante a Assembleia Geral da ONU em setembro passado, o presidente Xi Jinping anunciou duas importantes iniciativas ambientais para a China. Em primeiro lugar, a segunda maior economia do mundo tem como meta o pico dos níveis de emissão de dióxido de carbono (CO2) até 2030. Em segundo lugar, a China fará a transição para a neutralidade de carbono (emissões líquidas de CO2 zero) até 2060. Detalhes completos da política estão pendentes. Mas, ao identificar o seu destino e anunciar o período de várias décadas, Pequim juntou-se aos esforços internacionais crescentes para combater o aquecimento global. Para os investidores, as implicações são grandes demais para serem ignoradas. A campanha de 2060 da China mostra como Pequim vê a evolução da indústria manufatureira do país nos próximos 40 anos. O governo central parece estar a estabelecer uma agenda política calculada para atingir os seus objetivos. Na nossa opinião, as seguintes ações em curso vão ajudar a estabelecer a estratégia de várias décadas daqui para frente; redução das emissões industriais, promoção de energia verde - substituindo a infraestrutura de geração de energia atual e facilitando o transporte mais limpo. Estamos nos primeiros dias de um plano de várias décadas de carbono neutro da China. Mas, dado o vasto escopo, não é cedo para os investidores monitorarem proativamente como as políticas serão implementadas - politicamente e em todos os setores - a fim de identificar as empresas que vão beneficiar do programa de descarbonização mais ambicioso do mundo. JULHO E AGOSTO I FUNDSPEOPLE 63
TENDÊNCIAS ADVISORY por Samuel Capucho
A CAIXA DE FERRAMENTAS DAS ENTIDADES NACIONAIS NA A sustentabilidade apresenta-se como uma oportunidade de investimento histórica. Mas para a oportunidade passar a sucesso, é importante que os profissionais nacionais pensem sobre os melhores provedores de informação e, mais importante, como utilizam essa informação. 64 FUNDSPEOPLE I JULHO E AGOSTO
INFORMAÇÃO
ESG E ISR
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om diferentes abordagens, metodologias e políticas no contexto de investimento ESG e ISR, as gestoras nacionais pretendem – acima de tudo – usar a melhor informação disponível no mercado. Para além da vertente educacional em investimento responsável e sustentável, como são as formações e certificações em ESG – que lhe apresentamos mais à frente nesta edição da Revista – os profissionais nacionais precisam, também, no seu dia a dia, de dispor da melhor informação ESG e ISR. Mas mais importante do que dispor da melhor informação, há que a saber utilizar. Afinal, de que serve ter o melhor jogador do mundo na equipa se não se sabe aproveitar o seu potencial? Como tal, neste artigo poderá saber o que algumas entidades nacionais com oferta ou abordagem orientada por ou com integração de critérios ESG – como a IM Gestão de Ativos, ABANCA, BPI Gestão de Ativos ou Hawk-
claw Capital Advisors – pensam ser os melhores provedores de informação e como a utilizam na prática.
COMO OBTER?
Como seria de esperar, cada entidade gestora tem a sua própria abordagem no que se refere aos provedores de informação. No entanto, quando questionadas sobre quais os provedores que utilizam, a Morningstar – principalmente através da sua plataforma Sustainalytics – parece ser a mais consensual. “Utilizamos o research desenvolvido pela Sustainalytics na monitorização dos critérios ESG nos fundos por nós geridos”, diz David Afonso, gestor na IMGA. Já a equipa de investimento do ABANCA conta, para além da Morningstar, com mais dois provedores de informação ESG. São eles: o Clarity AI e a Bloomberg. Hugo Freitas, responsável pela equipa de Investimentos do ABANCA, explica que “são plataformas reconhecidas internacionalmente, com uma impor-
A PLATAFORMA SUSTAINALYTICS É A MAIS CITADA ENTRE AS ENTIDADES CONSULTADAS, NA MONITORIZAÇÃO ESG JULHO E AGOSTO I FUNDSPEOPLE 65
TENDÊNCIAS ADVISORY
PROVEDORES DE INFORMAÇÃO ESG E ISR ABANCA
Clarity AI, Morningstar ou Bloomberg
BPI Gestão de Ativos
Diversos (não especificados)
Hawkclaw Capital Advisors
Bloomberg ESG Disclosure, S&P ESG Rank e Sustainalytics Risk Score
IM Gestão de Ativos
Sustainalytics
Fonte: Elaboração própria, com recurso à informação disponibilizada pelas entidades.
tante componente tecnológica e cuja informação se baseia em recomendações e iniciativas consensuais globais”. Numa outra perspetiva, Jorge Sousa Teixeira, CFA, administrador na BPI GA, apresenta que a sua preocupação “é ter o maior número de fornecedores de informação possível”. Neste sentido a entidade gestora destaca, em primeiro lugar, “a importância da informação que consta nos relatórios de sustentabilidade das próprias empresas”. Depois, acrescentam, o processo passa por complementar a análise interna à informação fornecida pelos provedores de research ESG e ISR, com as de outras entidades. Contudo, o processo não fica por aqui. Face a uma elevada quantidade de informação disponível, Jorge Sousa Teixeira diz que a entidade recorre a “sistemas internos de filtragem e de tratamento de dados, tendo por base a sua veracidade, relevância e materialidade”. Como exemplo o profissional refere ferramentas e algoritmos de inteligência artificial e machine learning. 66 FUNDSPEOPLE I JULHO E AGOSTO
Por outro lado, Francisco Falcão, CIO da Hawkclaw Capital Advisors, expõe que, normalmente, utilizam “os indicadores disponíveis no terminal da Bloomberg Professional, privilegiando o Bloomberg ESG Disclosure numa primeira fase e o S&P ESG Rank ou o Sustainalytics Risk Score posteriormente, dependendo da informação disponível”. É de salientar, também, a complementaridade que estas ferramentas têm com as equipas de avaliação interna e de análise de cada entidade gestora, tornando tão importante o trabalho de research, como a escolha dos melhores provedores.
SABER USAR A INFORMAÇÃO
Mas mais do que escolher o melhor provedor de informação, é importante também saber utilizar a informação providenciada. Vamos a um exemplo. O gestor David Afonso, começa desde logo por referir que no fundo IMGA Iberia Equities ESG, abstraem-se de setores como tabaco, jogo e armamen-
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A OPINIÃO DE LAURA DONZELLA Responsável de distribuição institucional e de retalho para a Península Ibérica, América Latina e Ásia, Nordea AM
QUE ABORDAGEM PODE FUNCIONAR HOJE EM DIA NOS INVESTIMENTOS SEGUROS?
AS FERRAMENTAS UTILIZADAS COMPLEMENTAM-SE COM AS AVALIAÇÕES DAS EQUIPAS INTERNAS DE ANÁLISE DE CADA ENTIDADE
to pessoal. Mas como a equipa filtra e chega à conclusão de privilegiar umas empresas e não outras? “Para o efeito, utilizamos o research da Sustainalytics, de forma a comparar o ESG Risk Score e Controversy Level do fundo e o respetivo benchmark procurando de forma ativa apresentar sempre valores inferiores do lado do fundo face ao índice de referência”, esclarece. O profissional Hugo Freitas assinala, sobretudo, a importância que a informação disponibilizada pelos fornecedores tem para avaliar os indicadores de sustentabilidade. Neste contexto, o responsável pela equipa de Investimentos do ABANCA menciona três indicadores: o risco ESG; o impacto nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS); e o risco climático. Em suma, “esses indicadores são levados em consideração tanto na fase inicial da análise e seleção dos fundos como no processo de construção das carteiras do gestão discricionária, estabelecendo-se critérios de best-in-class ou exclusão, especialmente nas car-
teiras classificadas e alinhadas com o Art.8º do Regulamento de Divulgação de Informações de Sustentabilidade da UE (SFDR)”, comenta. Já Jorge Sousa Teixeira afirma que integra a informação por tipo de fundo, “dado que a materialidade difere entre, por exemplo, classes de ativos, geografias e setores”. Para isso, a BPI GA utiliza a informação em bruto, conforme reportado pelas empresas e usam, também provedores especializados, que permitem à entidade “agir de acordo com o modelo de gestão de riscos de sustentabilidade, aplicar exclusões e desenvolver ações de active ownership devidamente fundamentadas”. Por fim, o CIO da Hawkclaw Capital Advisors esclarece que “a informação providenciada é utilizada para validar a perspetiva e, por vezes, o próprio racional de investimento”. Ideia que é suportada pela extrema relevância que é integrar os princípios ESG por parte da entidade gestora, principalmente “sob o ponto de vista de gestão de risco”, conclui Francisco Falcão.
No contexto atual, os investimentos seguros apresentam cada vez mais dificuldades em gerar rentabilidades, especialmente com estratégias buy and hold (procurando o cupão mais alto) ou com investimentos indexados. Significa isto que devemos perder a esperança neste tipo de estratégias? Neste campo, a gestão ativa marca a diferença. Na Nordea, somos fiéis à nossa oferta de investimento seguro: com uma vasta experiência na gestão de covered bonds de forma muito ativa e dinâmica, assim como uma força incrível para gerar alfa em diversos contextos. As nossas carteiras de covered bonds adaptam exposições da nossa estratégia de sucesso European Covered Bond, oferecendo soluções personalizadas com diferentes níveis de duration e risco de spread. Para os investidores que não estejam dispostos a assumir riscos de duration, apresentamos soluções que permitem navegar em contextos de taxas de juro crescentes: desde a abordagem conservadora da carteira Low Duration European Covered Bond até ao posicionamento de alta convicção da carteira European Covered Bond Opportunities. Estas soluções oferecem investimento de elevada qualidade combinadas com os retornos atrativos que só um gestor ativo e experiente pode trazer à sua carteira. JULHO E AGOSTO I FUNDSPEOPLE 67
TENDÊNCIAS I+D por Ana Palomares
ESTAMOS ÀS PORTAS DE UM NOVO
SUPERCICLO
DAS MATÉRIAS PRIMAS? O rally das commodities neste arranque de ano levou muitos especialistas a considerar esta questão. Analisamos quais são os fatores que estão por detrás desta ideia.
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ada vez são mais os relatórios de bancos de investimento que incluem a palavra superciclo nas suas perspetivas sobre o mercado de matérias primas. Mas o que é exatamente um superciclo? Pode definir-se como um extenso período de auge da procura por uma série ampla de matérias primas, que implica um aumento de preços tão pronunciado que acaba por provocar um colapso da procura e por conseguinte dos preços. De momento, e antes de poder confirmar que se trata de um superciclo, o que sim se está a ver no mercado é uma subida continuada e muito pronunciada dos preços, entre outras coisas, por causa da expetativa de uma melhoria económica e pelo efeito ricochete depois das fortes quedas em 2020. Apenas mencionando alguns exemplos: o petróleo Brent passou dos 51 para 68 FUNDSPEOPLE I JULHO E AGOSTO
os 65 dólares no primeiro trimestre do ano, cerca de 27% mais, e o cobre fê-lo dos 351 para os 399 dólares por tonelada, cerca de 13% mais. A dúvida está em se estas subidas obedecem a um puro salto ou se estão a descontar esse aumento pronunciado da procura que requer qualquer superciclo para o ser realmente. O economista Juan Ignacio Crespo tem as suas dúvidas e é isso que passa nos seus comentários. “A julgar pela longa duração de 19 anos do anterior bear market, parece um pouco prematuro concluir que já está a acontecer uma mudança apenas 13 anos depois deste período de queda”, afirma, embora também pontualize que “13 anos pode ser uma duração suficiente para um ciclo de longo prazo quando, para além disso, também a série é pouco ampla para encontrar argumentos históricos suficientes a favor de uma tese
ou da outra”, afirma. Daí que seja mais partidário de falar de ciclo de subida de preços, mais breve no tempo, e não tanto de superciclo. Ao fim e ao cabo, face ao rally destes primeiros meses, os preços continuam a apresentar atratividade em termos relativos. Andrew Kaleel e Mathew Kaleel, gestores da Janus Henderson, comparam as yields anualizadas ao longo de cinco anos das ações mundiais e das matérias primas e concluem que, apesar do avanço dos preços, as matérias primas são baratas relativamente às ações e que, para além disso, “este ciclo atual em que as matérias primas superam as ações mundiais deverá persistir durante vários anos”. Similar exercício fizeram a partir da Schroders, ao comparar a rentabilidade relativa ao S&P 500 para chegar à mesma conclusão (ver gráfico da página seguinte)”.
A TABELA PERIÓDICA DAS COMMODITIES 10,06%
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Prata Trigo
2019
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Zinco
2020
Fonte: Visualcapitalist com dados da Bloomberg e U.S. Global Research.
AS MATÉRIAS PRIMAS ESTÃO BARATAS TENDO EM CONTA A SUA HISTÓRIA? Rácio de rentabilidade relativa das matérias primas vs. S&P 500. 0,6 REVOLUÇÃO IRANIANA
0,5 GUERRA DO GOLFO
0,4 EMBARGO DO PETRÓLEO ÁRABE
0,3
O PETRÓLEO SUPERA OS 14O DÓLARES BOOM DAS COMMODITIES NA CHINA
COMEÇA A ERA DO QE E O SEU IMPULSO AOS ATIVOS FINANCEIROS
0,2 MMT*: NOVA ERA DE INFLAÇÃO NO PREÇO DOS ATIVOS?
0,1
0,0 1961
1966
1971
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1986
1991
1996
2001
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Fonte: Schroders. Dados no fecho de janeiro de 2021. * Teoria Monetária Moderna.
2016
2021
2026
Para que esse prognóstico de subida relativamente aos preços das matérias primas se cumpra é necessário que acompanhe a procura. E segundo os especialistas há grandes catalisadores para isso. O primeiro é, precisamente, um risco que parece que o mercado enfrenta: o aumento da inflação. “A recuperação cíclica está a abrandar o impulso à medida que os bancos centrais apontam explicitamente para os excessos de inflação e os governos estão dispostos a deixar que os défices fiscais explodam”, afirma Michel Salden, responsável de commodities da Vontobel. E aponta que são essas políticas acomodatícias as que “semeiam a semente de picos inflacionistas que impulsionarão a procura de hedges, e as matérias primas são o candidato mais provável”. Sempre e quando não se opte por retirar estímulos antes do tempo. JULHO E AGOSTO I FUNDSPEOPLE 69
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TENDÊNCIAS I+D
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A OPINIÃO DE RALPH ELDER Diretor-geral para a Península Ibérica e América Latina, BNY Mellon IM
O COVID-19 PROVOCOU UMA REDUÇÃO DO INVESTIMENTO DE MUITAS EMPRESAS DE MATÉRIAS PRIMAS, O QUE REDUZ A OFERTA E IMPULSIONA OS PREÇOS Outro catalisador é a procura, já não como investimento, mas sim a mais tradicional, liderada pela China. “É provável que aumentem as compras de produtos agrícolas, como o milho, a soja e a carne de porco, impulsionadas pela China”, afirma James Luke, gestor da Schroders. E acrescenta que “as interrupções da cadeia de fornecimento durante as restrições à exportação durante a crise de COVID-19 também levaram vários países a colocar em marcha planos de investimento a longo prazo para criar reservas estratégicas de alimentos, em particular de trigo, com o objetivo de reduzir a sua dependência das importações”. De facto, Luke recorda que a redução de investimento sempre precede ao ciclo de matérias primas seguinte, e aponta que os investimentos das principais empresas integradas de petróleo e gás diminuíram 52% entre 2013 e 2020, enquanto que na indústria do cobre se reduziram cerca de 44% entre 2012 e 2020. Para além disso, prevê-se que a transição energética na qual estão imersos cada vez mais países implique um aumento de outras matérias primas como o cobre ou o níquel, ligados à produção de veículos elétricos. “Dado que os novos projetos necessitam de prazos de quatro a 10 anos, um gasto agressivo em ESG em breve chocará com as limitações da oferta, o que significa que os preços das matérias primas verdes têm que subir pelo menos 20%-30% para assegurar a capacidade de produção em 2025 e mais além”, 70 FUNDSPEOPLE I JULHO E AGOSTO
afirma Luke. A este respeito, Thomas Rutz, gestor da Mainfirst, recorda que no plano quinquenal da China é chave essa procura, já que “prevê aumentar o peso das renováveis no conjunto da energia até 40% em 2030 e incrementar a proporção de veículos de propulsão alternativa até 20% de todos os veículos novos em 2025”. Isto, diz o especialista, poderá impulsionar o preço das matérias primas como o cobre, a prata, o níquel ou a platina.
O PAPEL DO DÓLAR
O dólar também tem um papel importante no aumento das matérias primas, já que uma debilidade da moeda anima a cotação das mesmas, cujos preços se medem precisamente em dólares. “Os preços das matérias primas tendem a subir em períodos de debilidade relativa do dólar norte-americano, visto que estas são mais baratas em termos de moeda local”, afirmam da Janus Henderson. E recordam que, “desde março de 2020, os mercados de matérias primas têm subido pelo menos 70% (a 24 de fevereiro de 2021) juntamente com uma correção de aproximadamente 9% do dólar norte-americano”. De momento, o sentimento do mercado é mais de subida do que de queda para as matérias primas e a prova está nos dados que deixa o último questionário a gestores da BoFA Securities. 23% dos gestores estão sobreponderados nestes ativos, um valor que está muito próximo do seu máximo histórico de 28% marcado no mês de março deste 2021.
A TRANSIÇÃO PARA AS RENOVÁVEIS ABRE NOVAS OPORTUNIDADES DE INVESTIMENTO O crescente uso das renováveis para descarbonizar a geração de energía pode ser crucial para reverter as alterações climáticas, mas também abre a porta a numerosas oportunidades de investimento. Enquanto o mundo intensifica a sua luta contra a pandemia, governos e empresas comprometidos com o meio ambiente também estão a redobrar os seus esforços contra as alterações climáticas a favor de um futuro mais limpo e sustentável. Neste contexto, um novo relatório macroeconómico da Insight (um das nossas gestoras especialistas) que analisa o impacto das renováveis, conclui que a adoção generalizada das energias renováveis representa um dos passos mais importantes para combater as alterações climáticas, enquanto sublinha alguns benefícios económicos que a transição pode acarretar. Apesar de já existirem diversos acordos internacionais contra as alterações climáticas, o relatório revela que um forte aumento do investimento em renováveis poderá fomentar o crescimento do PIB dos países do G20, promovendo novos investimentos e criação de emprego. Ainda que a geração mundial de eletricidade dependa dos combustíveis fósseis e, sobretudo, nos mercados emergentes, a Insight refere que a transição para energias renováveis é imparável. Mais de 1/4 da eletriciadade mundial já vem de fontes de energia renováveis, principalmente hidráulica, ainda que a eólica e a solar estejam a crescer rapidamente à medida que se vão desenvolvendo tecnologia subjacentes.
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Um Padrão Global de Sustentabilidade para Fundos Os investidores estão atualmente a ser confrontados com o crescente interesse em investimentos sustentáveis. A Morningstar disponibiliza serviços como investigação, ferramentas e análises para ajudar os investidores a entender estes fatores de sustentabilidade, realizar operações de due diligence, avaliar o risco e oportunidades de ESG. Morningstar Sustainability Rating™ e Morningstar Portfolio Carbon Metrics™ foram desenvolvidos para ajudar os investidores a avaliar o desempenho das empresas através de fatores ambientais, sociais e de governança, para que possam construir os seus planos de investimento de uma forma mais responsável. Descubra como pode integrar estes valores sustentáveis na sua estratégia de investimento a longo prazo. Para mais informação: global.morningstar.com/SustainableInvesting ou envie um correio eletrónico para sales.esp@morningstar.com
Morningstar Sustainability Rating™
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TENDÊNCIAS FUNDS SERVICES por Ana Palomares e Margarida Pinto
“HÁ QUE GANHAR CONHECIMENTO!” FORMAR-SE EM ESG NO MERCADO NACIONAL
A regulação e o aumento da procura fizeram disparar o investimento responsável, e isso obriga os profissionais financeiros a incluir o ISR dentro dos seus conhecimentos para poderem assessorar ou investir melhor o dinheiro dos seus clientes.
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Investimento Socialmente Responsável converteu-se num must have na indústria de gestão de ativos. A crescente regulação, aliada ao aumento da procura dos investidores, provocou um boom dos fundos que já investem com critérios socialmente responsáveis. Basta ver os dados. No primeiro trimestre de 2021, os fundos sustentáveis europeus (incluem-se tanto fundos de gestão ativa como ETF) captaram 120.000 milhões de euros, segundo a Morningstar. Um número que não só é cerca de
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18% superior ao registado no mesmo período de 2020, mas que, para além disso, abarca 51% de todas as subscrições registadas na indústria. E esse auge do ISR explica que, segundo um questionário da Natixis IM, três quartos dos investidores profissionais reconheça que está a aplicar critérios ESG atualmente. Para conseguir essa conjugação entre as clássicas análises de rácios financeiros e os novos relacionados com a sustentabilidade faz falta formação. Por isso, nos últimos meses, lançaram-se diferentes cursos es-
ALGUMAS DAS FORMAÇÕES E CERTIFICAÇÕES QUE OS PROFISSIONAIS NACIONAIS PODEM FREQUENTAR ENTIDADE
TÍTULO
TIPO DE FORMAÇÃO
DURAÇÃO
CUSTO
CASG Certificación própria
Online (lecionada em espanhol)
22 horas
640 euros
Certificación en Asesoramiento en Finanzas sostenibles EFPA ESG Advisor
Online (lecionada em espanhol)
35 horas
760 euros
Sustainable and Climate Risk SCR certificate
Online
100/130 horas
1.250 euros
APAF
EFFAS Certified ESG Analyst (CESGA)
Presencial e online
A matricula dá acesso à plataforma durante seis meses
1.900 euros modalidade presencial+sessões via streaming ou 1.513 euros apenas online
Católica Lisbon Business & Economics
Executive Master in Sustainable Business and Social Innovation
Presencial
224 horas
5.900 euros
CFA Institute
Certificate in ESG Investing
Online
130 horas
485 libras
IASE
International Sustainable Finance (para financeiros)
Online
8 semanas
500 euros
IFB
Sustentabilidade no Sector Financeiro
E-learning
25 horas
Associados APB: 85 € Tabela Geral: 100 €
Sustainable Finance: Green and climate Finance (programa executivo)
Presencial
56 horas
2.800 euros
Sustainability - a corporate journey (programa executivo)
Presencial
24 horas
1.250 euros
Gestão da sustentabilidade (pós-gradução)
Presencial
126 horas
3.600 euros
Sustainable Finance (programa executivo)
Presencial
3 dias
1.650 euros
AFI (Escuela de Finanzas)
ISEG
Nova School of Business & Economics
Fonte: Elaboração própria, com acesso a dados online dos certificadores/formadores.
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TENDÊNCIAS FUNDS SERVICES
CRESCE A PROCURA DE CONHECIMENTOS SUSTENTÁVEIS TOTAL
EMEA (EUROPA, MÉDIO ORIENTE E ÁFRICA)
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Estão a formar-se
Projetam formar-se nos próximos 12 meses
Projetam formar-se, mas não nos próximos 12 meses
Não têm interesse
Fonte: CFA Institute. Questionário realizado em agosto de 2020.
pecializados em ISR de forma a cobrir essa crescente procura. Uma procura que o CFA Institute quantifica no seu estudo Future of Sustainability. Segundo o mesmo, 70% dos profissionais financeiros tem interesse em formar-se; metade deles, além disso, espera materializá-lo no próximo ano (ver gráfico). Na FundsPeople compilámos então algumas das certificações e/ ou formações do segmento da sustentabilidade com mais relevância no mercado nacional, como visível no quadro resumo.
REGULAÇÃO E EMPRESAS
Mas será este só um hype, que apenas exige formação provisória ao profissional? Esta já não é sequer uma dúvida válida. Na opinião de Sofia Santos, co-coordenadora dos dois 74 FUNDSPEOPLE I JULHO E AGOSTO
programas executivos do ISEG que visam a temática, “a sustentabilidade e os temas ESG vieram para ficar”. Na sua opinião há já duas vertentes fortes em cima da mesa. “Para além das novas gerações esperarem que as empresas tenham um propósito mais humanista, existe um conjunto de regulamentos europeus e diretivas que vêm reforçar a importância de todas as organizações incluírem os temas ESG na sua estratégia, processo de inovação, de gestão de risco e no modelo de governação”, aponta aquela que é também uma especialista no tema em Portugal. Mas incluir tudo isto nos processos de gestão é algo “denso”. Assim o apelida Rodrigo Tavares, professor do programa de Sustainable Finance da Nova SBE, e um experiente profissional na consultoria em economia sus-
tentável. “A incorporação de políticas, práticas e dados ESG por gestores de ativos é um processo denso, transversal e multidisciplinar, que atravessa áreas como investimentos, compliance, produtos, operações e comunicação”, pormenoriza. Nesse sentido, descreve que o programa da instituição, “oferece todas as ferramentas necessárias para que os gestores de fundos possam aproveitar as oportunidades oferecidas pelo ESG de forma a maximizar a rentabilidade do seu portfólio”. Na mesma linha de pensamento, Pedro Barata, CFA, diretor executivo da CFA Society Portugal, acredita que “apesar de toda a indefinição que ainda rodeia os critérios e metodologias, é necessário que existam profissionais qualificados e munidos das ferramentas necessárias para agarrar na nova regulação e executar os processos de investimento
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A OPINIÃO DE ARIEL BEZALEL Responsável de Estratégia e Obrigações, Jupiter AM
SEGUNDO SEMESTRE DE 2021
fundspeople.com
https://cutt.ly/Kn5yX0H
As grandes tendências que vão marcar o futuro das profissões de finanças e investimentos
PROFISSIONAIS COM FORMAÇÃO EM SUSTENTABILIDADE RECEBERAM MAIS CONTACTOS DE RECRUTADORES NO LINKEDIN
e de reporte ESG da melhor forma possível”. A Certificate in ESG Investing, nascida em 2019, foi “desenvolvida pela CFA UK e promovida pelo CFA Institute”, lembra Pedro Barata, vincando as capacidades adquiridas por quem a frequenta. O objetivo da certificação, diz, é “dotar os profissionais da indústria das competências técnicas e da capacidade para as pôr em prática, de forma a gerir investimentos numa perspetiva ambiental, social e de governance”.
PROCURA INTENSIFICA-SE
Outra das certificações disponíveis no mercado nacional é o CESGA. Manuel Puerta da Costa, presidente da direção da APAF, associação que em Portugal a promove, conta que esta é uma certificação europeia, que através de um programa de e-learning, “ensina como incorporar as questões ESG- Environmental,
Social and Governance no processo de análise de investimentos, permitido aos profissionais de diversas áreas financeiras adquirir ferramentas para a compreensão das implicações de fatores ESG no risco e retorno de cada decisão”. Sofia Santos resumiu bem o que todos estes profissionais querem passar: “Há que ganhar conhecimento!”. E a procura por esse conhecimento está aí. O CFA Institute analisou 10.000 ofertas de emprego de perfis profissionais de investimento publicados ao longo de agosto de 2020 na rede social LinkedIn. Concluiu que cerca de 6% dessas ofertas de emprego menciona requisitos relacionados com a sustentabilidade. “Estes profissionais receberam, em média, mais correios eletrónicos de recrutadores de LinkedIn nos últimos 12 meses do que o resto dos profissionais”, dizem os autores do estudo.
A reflation trade pode enfrentar problemas no segundo semestre deste ano, na minha opinião. O crescimento da oferta monetária está a desacelerar drasticamente em todas as principais regiões económicas. O ritmo de expansão dos balanços do banco central, que tem sido um grande impulsionador dos ativos de risco, também desacelerou materialmente desde o ano passado. Subiu apenas 4% este ano, em comparação com 34% entre março e dezembro do ano passado. O impulso de crédito (o fluxo de crédito para a economia) na China é outro fator, depois de ter invertido de forma bastante acentuada e agora ter ficado negativo. O impulso de crédito da Europa também ficou negativo recentemente. Isto tem implicações para as commodities, e para o crescimento global em geral, e o último número da produção industrial da Alemanha pode ser o primeiro sinal de que a desaceleração da China está a começar a impactar a Europa. Noutra jurisdição, Biden está a enfrentar muitas dificuldades nos seus grandes planos de gastos, talvez acabando com a ideia de que continuaria a distribuir cheques em branco. Os EUA não são a China: se a China diz que vamos gastar um bilião, não enfrentam resistência, mas em Washington o cenário político está dividido. Se olharmos para os US5Y5Y - o mercado acha que as taxas de 5Y serão daqui a cinco anos - estava recentemente em 2,4%. É preciso ter em mente que chegámos a 2,5% no último ciclo de subida de juros que terminou no final de 2018. Com o mundo muito mais endividado desta vez, com a demografia ainda no sentido errado, não acho que a Reserva Federal chegue nem perto dos 2,5%, se conseguir sequer aumentar as taxas. JULHO E AGOSTO I FUNDSPEOPLE 75
ENTREVISTAS GURU
por Miguel Rêgo, CFA
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As covered bonds representam um dos maiores mercados de fixed income da Europa, proporcionando em algumas jurisdições uma liquidez superior à das respetivas emissões soberanas. A relevância, proteção e potencial desta classe de ativos, para Henrik Stille, deverá colocá-la numa posição importante nas carteiras dos investidores. TNE
GESTOR DO NORDEA 1 – EUROPEAN COVERED BOND FUND JULHO E AGOSTO I FUNDSPEOPLE 77
ENTREVISTAS GURU
SINÓNIMO DE SEGURANÇA “As covered bonds representam um dos maiores mercados de fixed income da Europa, proporcionando em algumas jurisdições uma liquidez superior à das respetivas emissões soberanas. Além disso, as suas características de segurança tornam-na uma classe de ativos robusta que melhora ainda mais a resiliência ao choque da alocação e, portanto, completa muito bem a combinação tradicional de dívida governamental e corporativa na carteira dos investidores.”
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e podemos pensar (e fazêmo-lo, frequentemente) no conceito de risco de um ativo financeiro como a volatilidade de mercado, a verdade é que o verdadeiro risco para o investidor não é que o ativo flutue muito em preço, mas sim que venha a perder dinheiro ou a não ganhar o suficiente. No caso específico desta entrevista a Henrik Stille, responsável pelas estratégias de covered bonds da Nordea AM, e como o assunto é a classe de ativos de obrigações, o risco de default é, talvez, aquele risco que sobressai entre os restantes e que pode resultar em perdas mais expressivas. O gestor destaca isso mesmo. “Em várias ocasiões, as obrigações típicas consideradas seguras apanharam os investidores de surpresa. Como exemplo, os títulos do governo grego, que foram reestruturados no início da década, ou a dívida sénior do Banco Espírito Santo que resultou em perdas acentuadas em 2016 no âmbito do mecanismo de resgate”, um exemplo que nos está muito próximo. Por outro lado, refere, enquanto a dívida grega passou uma rasteira aos investidores no pós grande crise financeira, as emissões de covered bonds gregas não sofreram perdas. Na verdade, “as covered bonds não testemunharam um default nos mais de 200 anos da sua história”, salienta o gestor. E porquê? Simples. É um ativo que confere uma dupla proteção ao investidor. Por um lado, e como a grande maioria das obrigações tradicionais, confere ao investidor direitos sobre os ativos do emitente. Se o emitente ficar insolvente os investidores têm, como credores, uma posição de elevada prioridade no reembolso com base na liquidação da empresa. Por outro lado, e a segunda camada de proteção, o acesso preferencial à pool de ativos que cobre a emissão. “Os aprimoramentos regulatórios da UE concederam tratamento preferencial às covered bonds: a classe de ativos beneficia tanto da estrutura regulatória bancária como da de seguros. Além de ser uma das dívidas mais sénior 78 FUNDSPEOPLE I JULHO E AGOSTO
no balanço das instituições financeiras, é adicionada uma camada extra de proteção pela isenção das obrigações cobertas do mecanismo de resgate financeiro da UE, de acordo com a Diretiva de Recuperação e Resolução de Bancos (BRRD)”, explica Henrik Stille. No entanto, esta sub-classe de ativos, tipicamente constituída por emissões de instituições de crédito, está longe de ser um nicho de mercado. “As covered bonds representam um dos maiores mercados de fixed income da Europa, proporcionando em algumas jurisdições uma liquidez superior à das respetivas emissões soberanas. Além disso, as suas características de segurança tornam-na uma classe de ativos robusta que melhora ainda mais a resiliência ao choque da alocação e, portanto, completa muito bem a combinação tradicional de dívida governamental e corporativa na carteira dos investidores”, esclarece.
O ANO DE 2020
O ano passado foi, segundo o especialista da Nordea AM, um novo teste superado pela classe de ativos. Perante a volatilidade que assolou os mercados em março, as covered bonds foram impactadas “em conjunto com ativos de maior risco, embora em menor grau”. No entanto, “a principal razão por trás desse comportamento não foram as preocupações com o risco de crédito, mas sim a elevada procura por liquidez nos mercados”. Com a pronta reação dos bancos centrais, os mercados de rendimento fixo, eventualmente recuperaram a maior parte ou a totalidade das suas perdas. “Estas medidas também afetaram a oferta do mercado. Em 2020, a oferta de obrigações cobertas benchmark em euros terminou muito abaixo do esperado, o que levou a uma oferta líquida negativa de quase 20 mil milhões de euros, considerando os resgates relativamente elevados. Uma decisão importante do BCE foi a prorrogação do TLTRO III, em que os bancos poderiam obter uma taxa favorável de -1% de junho de 2020 a julho de 2021,
“AS INEFICIÊNCIAS E COMPLEXIDADES DO MERCADO OFERECEM UMA AMPLA GAMA DE OPORTUNIDADES, POIS AAA “PREFIRO ASSUMIR RISCO COM UMA DIVISA VERDADEIRAMENTE DO QUE COMSOMOS CRÉDITO BBB” DINÂMICOS NA NOSSA ALOCAÇÃO”
se determinadas medidas de crescimento de empréstimos fossem atendidas. Isto removeu grande parte das necessidades de financiamento dos bancos europeus, e apenas os bancos que não tinham acesso a essa liquidez foram regularmente ao mercado para emitir títulos cobertos”, explica.
A ABORDAGEM NORDEA
Considerando que as covered bonds são investimentos muito seguros e altamente regulamentados, o gestor da Nordea AM vê muitos investidores a considerarem a classe de ativos como “enfadonha”, pelo que o recurso à alocação passiva ou estratégias de buy and hold são a norma. “Embora investir em covered bonds pareça bastante simples à primeira vista, isso é uma grande falácia. O mercado é ineficiente de várias maneiras: diferenças de spread podem ser impulsionadas por uma variedade de fatores, por exemplo, a diversidade regulatória e metodologia de classificação, o risco diferente nos bancos emitentes ou pelo facto de os investidores não serem capazes - ou estarem dispostos - a investir em certas jurisdições”, enumera. “As ineficiências e complexidades do mercado oferecem-nos uma ampla gama de oportunidades, pois somos verdadeiramente dinâmicos na nossa alocação”, acrescenta o gestor.
“Ao longo dos anos, a nossa experiência mostrou uma história atrativa de geração alfa, superando o mercado sem risco adicional a cada ano. 2020 não foi exceção, pois a nossa postura ativa gerou sólidos resultados, ao mesmo tempo que proporcionou o equilíbrio e a proteção que se deve esperar das covered bonds”, diz Henrik Stille. O processo de investimento da Nordea AM em covered bonds é “orientado pelo valor relativo”. “Procuramos investir em títulos que ofereçam um valor relativo atrativo em comparação com alternativas de investimento com características de risco semelhantes. Procuramos evitar posições direcionais no nível de taxa de juro ou, por exemplo, exposições concentradas em beta de crédito, como, por exemplo, uma grande sobreponderação em títulos mais fracos do sul da Europa em relação à Alemanha. Em vez disso, concentramo-nos em encontrar o melhor investimento nestes títulos do sul da Europa, sem assumir um grande risco de beta de crédito nesses países. “No longo prazo, as atrativas características dos títulos cobertos fazem com que a classe de ativos encontre o seu lugar na carteira dos investidores, ao lado dos investimentos tradicionais em dívida corporativa e de governos”, complementa Henrik Stille. JULHO E AGOSTO I FUNDSPEOPLE 79
ENTREVISTAS GESTOR PORTUGUÊS por Miguel Rêgo, CFA
Ana Aguiar GESTORA DO IMGA LIQUIDEZ, IMGA
“O PARADIGMA DAS TAXAS BAIXAS É UMA REALIDADE QUE VEIO PARA FICAR” Um paradigma que tem vindo a afetar todas as classes de ativos na última década, mas que traz consigo um grande e novo desafio: como preservar capital na gestão da liquidez e tesouraria?
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pesar dos movimentos de subida que temos visto nas taxas de referência desde o início do ano, continua a existir uma ampla liquidez no mercado interbancário, resultado das políticas acomodatícias praticadas pelo Banco Central Europeu, facto que obriga a níveis deprimidos das Euribors e, consequentemente, a taxas de remuneração baixas nos instrumentos de mercado monetário. Enquanto o BCE praticar taxas de depósito negativas, os bancos continuarão sem incentivos para captar novos depósitos e tentarão canalizar as poupanças dos seus clientes para produtos fora de balanço, dentro do mesmo perfil de risco”. Ana Aguiar enquadra assim o contexto de mercado que enfrenta quando tem a seu comando o maior fundo de curto prazo nacional, o IMGA Liquidez. Segundo a gestora, a escassez de oferta de aplicações de curto prazo e a prática de taxas negativas nos depósitos à ordem resulta num “desafio e num constrangimento para os fundos de curto prazo que continuam a disponibilizar-se para uma gestão eficaz de recursos para um período de três a seis meses”. Além disso, as expectativas de inflação têm pesado no comportamento dos mercados e têm sido determinantes para o comportamento das taxas de juro apesar de ser questionável a sustentabilidade de uma inflação acima do normal no médio e longo prazo. “Acreditamos que inflação na Europa tem uma 80 FUNDSPEOPLE I JULHO E AGOSTO
natureza transitória, e que o BCE tem incentivos a preservar condições de financiamento favoráveis, sobretudo se pensarmos na possibilidade da dívida de países periféricos se tornar insustentável perante um aumento muito significativo dos custos de financiamento”, comenta Ana Aguiar. Mas apesar destas expectativas, a gestora salienta o perfil de remuneração variável de uma grande parte da carteira, o que faz com que esteja “relativamente protegida contra uma subida significativa das taxas de juro”. Não obstante, relembra a forte correlação que existe entre o movimento de taxas e os spreads de emissões investment grade, o que representa um fator de risco adicional: “Quanto maior o nível de subida das taxas, maior fraqueza dos spreads, já que teoricamente as empresas terão que financiar a sua atividade suportando custos de financiamento mais altos”. Além de depósitos a prazo, a carteira do fundo é constituída, como refere Ana Aguiar, “única e exclusivamente por obrigações de rating investment grade, apresentando maior concentração no bucket de BBB, onde existe um prémio de risco superior”. Na gestão do fundo IMGA Liquidez a gestora privilegia emissões do setor financeiro e maturidade média de três a cinco anos. Dão igualmente preferência a “emitentes da periferia da zona euro de forma a aproveitar os prémios de risco adicionais”, comenta a gestora.
O PROCESSO
“As decisões de risco de taxa de juro são normalmente tomadas tendo em conta a nossa visão macroeconómica e discutidas nos comités de investimento”, introduz. Já no que se refere ao risco de crédito, acreditam “que a análise fundamental das empresas e o acompanhamento do newsflow numa base diária gera valor”. Uma vez selecionados os emitentes, realizam uma análise relativa onde comparam o risco e o retorno face aos seus pares, dentro da própria curva do emitente e em relação à respetiva curva do governo. “Também consideramos alguns elementos técnicos (como níveis de oferta) para determinar a short-list de emitentes e emissões”, diz. Repetem o “procedimento regularmente para procurar oportunidades onde reduzir o risco de taxa de juro sem abdicar de rendimento ou de aumentar o rendimento sem aumentar significativamente a duration, ou a spread-duration, da carteira”. Finalmente, e “quando possível”, recorrem ao mercado primário para ganhar exposição aos emitentes que mais gostam, “tirando partido do prémio oferecido neste mercado e evitando o impacto do bid/offer na avaliação desses títulos”, conclui.
DILIGENTE E PROFUNDO O processo de seleção dos emitentes é um processo diligente e profundo de análise comparativa que repetem “regularmente para procurar oportunidades onde reduzir o risco de taxa de juro sem abdicar de rendimento ou de aumentar o rendimento sem aumentar significativamente a duration, ou a spread-duration, da carteira”.
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ENTREVISTAS GURU por Óscar R. Graña
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Historicamente, o value tende a funcionar por ciclos. A julgar pelo que se está a produzir no mercado desde que em novembro do ano passado a Pfizer anunciava a sua vacina contra o COVID-19, tudo parece indicar que estamos perante o que é o novo ponto de inflexão para um estilo de investimento que em 2020 viveu o seu pior ano face ao growth. Ian Butler tem muito claro que o que estamos a ver é apenas a ponta do iceberg, o início de um movimento muito maior. TNE
COGESTOR DO JPM EUROPE STRATEGIC VALUE FUND JULHO E AGOSTO I FUNDSPEOPLE 83
ENTREVISTAS GURU
UMA DINÂMICA PARA O VALUE QUE SE PRETENDE QUE CONTINUE O mercado europeu disfrutou de um gap muito forte, tendo subido mais de 55% desde os mínimos de março de 2020. Isto viu-se impulsionado pela previsão de uma forte recuperação económica ajudada pela posta em marcha das vacinas contra o COVID-19. Neste contexto, as empresas cíclicas comportaram-se melhor do que as defensivas, o que, em geral, é típico nas recuperações económicas. “Enquanto o impulso do crescimento económico continuar a acelerar-se esperamos que esta dinâmica continue”, afirma.
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á muito tempo que o value não disfrutava de um momento tão bom. Desde que a 9 de novembro a Pfizer anunciou ter encontrado a vacina contra a COVID-19, as empresas englobadas dentro deste estilo de investimento protagonizaram um forte rally bolsista que, segundo Ian Butler, “poderá apenas ser a ponta do iceberg”. Essa é uma das razões pelas quais o JPM Europe Strategic Value se converteu numa das grandes apostas da J.P. Morgan AM para investir este ano. Tal como explica o cogestor do fundo, com Selo FundsPeople 2021, pela classificação Blockbuster, historicamente o value tende a funcionar por ciclos. “É fácil esquecer-se do período de sete a oito anos vivido desde princípio de 2000, quando o value superou o growth em aproximadamente cerca de 90%. Agora, o movimento que temos visto poderá ser o início de algo muito maior, sobretudo tendo em conta que se produz depois da queda mais longa da história (quase 14 anos) e o pior ano para o value (o vivido em 2020)”, recorda o especialista. Na sua opinião, existem muitas razões pelas quais continua a ser positivo relativamente ao value. “Continua a existir um enorme e coordenado estímulo fiscal em todo o mundo, que se dirige geralmente para as áreas mais cíclicas do mercado, onde se enquadram as empresas value, cujos lucros, para além disso, estão a recuperar”. Acrescenta que começaram “a ver o regresso da inflação; o posicionamento continua a ser extremo, com muito poucos investidores expostos ao value; as diferenças de valorização (entre os títulos baratos e os mais caros) continuam a ser elevadas na Europa...”. No contexto atual, Butler gosta especialmente dos bancos. “Embora se tenham valorizado e o seu price-to-book tenha passado do mínimo de 0,5 vezes alcançado em setembro para as 0,8 vezes a que se movem atualmen84 FUNDSPEOPLE I JULHO E AGOSTO
te, resta espaço para que continuem a avançar”. O potencial para que ofereçam importantes retornos é claro. “O setor está a ver melhorias nos seus lucros e existe a possibilidade de que estes sejam muito mais elevados graças ao aumento das margens, à medida que as taxas começam a subir e as curvas de yields se tornam mais pronunciadas”. O cogestor também destaca a atratividade que representaria se o BCE levantasse no final do ano as restrições ao pagamento de dividendos, ou inclusive, as operações de M&A que estão a acontecer no setor. “Mostram que o regulador pode estar mais disposto a permitir a consolidação no mercado, mas também que os bancos estão a começar a alocar o seu capital de forma mais eficiente”, analisa.
A PUREZA, GRANDE MOTIVO DE ORGULHO
Desta forma, no atual contexto sentem especial interesse pelos fabricantes de automóveis. “O setor experimentou importantes melhorias de lucros este ano. Estes subiram mais do que os preços das ações, pelo que tendo em conta a relação preço-lucro vimos que se tornou mais barato em 2021, apesar de ser um dos setores com maior rentabilidade. Ainda há uma importante margem de valorização em grande parte do setor”. O European Strategic Value foi lançado em fevereiro de 2000. Um dos aspetos de que mais se orgulham na equipa é da pureza do estilo do fundo. “O nosso enfoque disciplinado garante que o produto sempre proporcionará aos clientes uma exposição pura ao value a todo o momento, independentemente de onde nos encontramos ou cremos que nos encontramos no ciclo. Ou seja, não haverá variação de estilo”. Nos últimos três anos produziram-se alguns movimentos verdadeiramente dramáticos no mercado, assim como algumas rotações de estilo muito significativas. O value obteve uma rentabilidade inferior em 2018 e 2019. O ponto culminante face ao growth foi em 2020. “Como
“O FUNDO TENDE A SAIR-SE ESPECIALMENTE BEM NOS MERCADOS VALUE” fundo puro de estilo value, este pano de fundo supôs um importante vento contra para a rentabilidade relativa da estratégia, que nesses três anos foi praticamente plana face ao índice de referência”, reconhece Butler. Dito isto, o fundo experimentou uma forte recuperação desde março do ano passado, mantendo-se fiel aos seus princípios. “As yields foram particularmente fortes desde que em novembro começou a rotação para o value, o que demonstra, uma vez mais, que o fundo tende a comportar-se especialmente bem nos mercados de valor”, sublinha. O cogestor destaca que aproveitam ao máximo os amplos recursos da equipa de Ações Internacionais da
J.P. Morgan AM, tanto no que respeita aos seus colegas gestores, como quanto ao exército de analistas com o qual conta a entidade americana. “Isto permite-nos analisar um grande número de títulos. Trata-se de um fundo que investe em todo o tipo de empresas, inclusive as empresas de pequena e média capitalização, nas quais as anomalias de valorização costumam ser maiores”, afirma. Um factor que “tem sido chave para que, desde a sua criação, tenhamos sido capazes de superar o índice de referência em mais de cerca de 4% anualizado e ter superado o MSCI Europe Value naqueles anos em que o estilo value superou o growth”, conclui. JULHO E AGOSTO I FUNDSPEOPLE 85
ENTREVISTAS DISTRIBUIDOR por Margarida Pinto
EXEMPLO DOS ENDOWMENT FUNDS Embora os modelos de gestão de carteiras utilizados sejam desenvolvidos internamente, foram as melhores práticas internacionais, como as executadas pelos endowment funds, que inspiraram o modelo da entidade.
86 FUNDSPEOPLE I JULHO E AGOSTO
Carim Habib SÓCIO GESTOR, DOLAT.DIGITAL
“UM VETOR FUNDAMENTAL DA NOSSA MISSÃO É A APOSTA CLARA NA LITERACIA FINANCEIRA DOS PORTUGUESES” O projeto Dolat.Digital é ambicioso, e estima conseguir racionalizar mais de 70% dos custos associados à gestão e manutenção de uma carteira de investimentos. O bónus? Ajudar na literacia financeira.
A
experiência da equipa da Dolat Capital viu-se transferida em 2020 para um projeto disruptivo no mercado português. Completamente independente do negócio de consultoria para investimento já exercido pela entidade, a Dolat.Digital nasceu com um propósito nobre... e necessário. Como explica Carim Habib, sócio gestor, a plataforma “ambiciona ajudar a melhorar a forma como os consumidores portugueses investem as suas poupanças, através de um processo simples, inteligente e 100% digital”. A simplicidade, a extrema diversificação e os custos radicalmente baixos são os três bastiões do projeto. São mesmo algo em que a equipa acredita “de forma muito convicta”, porque os dados falam por si. “Demonstra-se que, a longo prazo, mais de 90% do sucesso de um plano de investimentos depende da sua conceção, da alocação de ativos escolhida, mas também da forma como é feita a sua implementação, incluindo os ajustes, ao longo do tempo”, assinala. Com a premissa de oferecerem ao cliente uma proposta de “plano de investimento personalizado” e “ultra diversificado”, destacam um número muito positivo como propos-
ta de valor. “A nossa estimativa é de conseguir racionalizar mais de 70% dos custos associados à gestão e manutenção de uma carteira de investimentos, por comparação com a média do mercado”, aponta. A gestão passiva acaba por ser a filosofia de investimento na qual assenta o projeto. As propostas são, portanto, executadas através de fundos índice e com uma perspetiva de buy-and-hold. Trata-se de um posicionamento “estratégico de longo prazo”, onde compram, mantêm e ajustam posições, “através de um processo sistemático, apenas e somente quando for necessário para a gestão do risco do plano”. Desta forma, elucidam, o modelo de rebalanceamento sistemático permite duas coisas: “Manter o foco estratégico do plano e minimizar os custos de transação”. A ideia não é nova. Carim Habib explica que “os modelos de gestão de carteiras utilizados são desenvolvidos internamente, tendo sido inspirados nas melhores práticas internacionais, nomeadamente nos fundos soberanos de países e em fundos de universidades, os endowment funds”. Os ETF disponibilizados, sublinha o profissional, resultam de um processo de seleção que “tem um cariz extensivo e abrangente, face ao universo dos ETF disponíveis em Portugal”, sendo privilegiados “os instrumentos mais eficientes e adequados para cada plano de investimentos”.
CONSUMIDORES COM POUPANÇAS
Sendo um projeto digital, o público alvo da entidade é bem delimitado: investidores não profissionais e com forte apetência para os meios digitais. “A Dolat.Digital é atrativa para consumidores com poupanças constituídas, mas que atualmente não investem em mercados financeiros”, aponta, adicionando outra franja de cliente. “São também nosso alvo os consumidores que já investem, mas que querem melhorar a sua experiência na contratação de serviços de investimento e obter melhores resultados”, explicita. Paralelamente à sua atividade, reiteram ainda um vetor que apelidam de “fundamental” na missão do projeto: “A aposta clara e inequívoca na literacia financeira dos portugueses”. As necessidades dos clientes ditam dois serviços. O Red passa pela recomendação “de um plano adequado ao perfil de risco”. Este tem acesso através da plataforma a “conteúdos informativos, para que possa implementar no banco de custódia ou corretor que preferir”. O investimento mínimo é de 1.000 euros, sendo recomendado pelo menos 10.000. Recém-implementando, o serviço Black vai mais além. “Para além da recomendação de um plano de investimento personalizado, procede-se à abertura de uma conta de títulos, junto de um corretor online líder global, permitindo que todo o processo do plano de investimentos possa ser efetuado através da nossa plataforma. O investimento mínimo é de 25.000 euros”, detalha. O comissionamento é simples e transparente, o serviço Red tem valor fixo anual de 150 euros por ano, independentemente do montante sob aconselhamento; o custo do serviço Black é de 0.5% por ano, sobre o montante aconselhado. JULHO E AGOSTO I FUNDSPEOPLE 87
ENTREVISTAS GURU por Margarida Pinto
88 FUNDSPEOPLE I JULHO E AGOSTO
P
R
TNE
AR
AR
R
P
Surge um novo mundo normal para a saúde. Consultas via smartphone, procedimentos com incisões mais pequenas, doentes que recuperam cada vez mais rápido. É nestas empresas que Vinay Thapar quer investir, mas também nas que melhoram o valor do cuidado providenciado ao paciente. TNE
GESTOR MANAGER DO AB INTERNATIONAL HEALTHCARE JULHO E AGOSTO I FUNDSPEOPLE 89
ENTREVISTAS GURU TRÊS TEMAS CHAVE O diagnóstico, as terapias minimamente invasivas, robótica e a tecnologia são os três grandes temas que guiam, neste momento, o investimento do fundo. Por exemplo, na opinião do gestor, “o poder de se conseguir sequenciar o genoma humano irá desbloquear novos potenciais medicamentos e ajudar a identificar doenças mais cedo”.
M
uitos dos investidores no campo da saúde sabem bem para onde olhar quando analisam uma empresa do setor. Importa-lhes o foco na previsão do sucesso dos ensaios clínicos, o crescimento dos lucros, ou a evolução do múltiplo P/E no curto prazo. Nada de errado, mas a perspetiva de Vinay Thapar, gestor do AB International Healthcare, é outra. O gestor do fundo com Selo FundsPeople 2021 pela classificação de Blockbuster, prefere o foco no ROIC (Retorno sobre o Capital Investido) e nas taxas de reinvestimento das empresas para as quais olha. “Continuamos a ver várias empresas que podem melhorar o seu retorno sobre o capital investido, bem como fortes taxas de reinvestimento acima daquilo que o mercado está a descontar atualmente”, confessa. Toda esta perspetiva também tem que ver com a crença e o foco que o gestor apresenta no futuro do setor. Confessa que passam muito tempo a olhar para as perspetivas entre três e cinco anos, procurando aqueles negócios onde têm “convicções de longo prazo sobre os seus fundamentais” e, claro, acabam por adicionar de forma metódica essas posições ao portefólio. Não estão interessados, desse modo, naquele que dizem ser o foco de outros concorrentes, como por exemplo na tentativa de prever “o sucesso científico ou eventos binários”. “Embora permaneçamos positivos em relação a determinadas empresas de medicamentos, dispositivos médicos e de cuidado assistido, estamos cada vez mais focados na inovação em áreas como procedimentos médicos minimamente invasivos, saúde da população e diagnósticos”, detalha.
DIGITALIZAÇÃO
A pandemia foi seguramente o evento que colocou o setor da saúde sob as luzes da ribalta. A digitalização do setor, por sua vez, também teve o grande empurrão dado pela pandemia. “Acreditamos que o aumento do uso de tecno90 FUNDSPEOPLE I JULHO E AGOSTO
logia no setor da saúde e em todas as suas facetas terá sido uma das formas como a pandemia mudou comportamentos de forma significativa e permanente. Estamos neste momento a testemunhar o surgimento da inovação”, atesta Vinay Thapar. Recuando a março de 2020, o gestor recorda que as ações do setor não tiveram um declínio tão acentuado como o mercado como um todo, chegando a oferecer alguma mitigação nas quedas. Quando a recuperação aconteceu, lembra agora, estas ações “participaram nesse rally”. Da mesma forma, o fundo também recuperou “bastante bem”, terminando o ano à frente do índice respetivo e, realça, também a superar o mercado como um todo.
DO DIAGNÓSTICO À TECNOLOGIA
Sendo stock pickers por natureza, encontram em três áreas específicas as melhores oportunidades, pois entendem ser aquelas que verdadeiramente dominam a indústria da saúde. Por um lado, a área de diagnóstico. “O poder de se conseguir sequenciar o genoma humano irá desbloquear novos potenciais medicamentos e ajudar a identificar doenças mais cedo”, diz a título de exemplo. Na área das terapias minimamente invasivas e da robótica, o portfolio manager chama a atenção para procedimentos como as incisões mais pequenas, complicações menores e tempos de recuperação mais rápidos. Processos que irão permitir “que os hospitais aumentem a rotatividade de pacientes, aumentando a eficiência e reduzindo o custo do sistema como um todo”, prevê. Por fim, em terceiro lugar, o tema da tecnologia. “Acreditamos que a medicina também será transformada por novas tecnologias, como por exemplo a tele-medicina. Uma área que rapidamente ganhou popularidade desde o início da pandemia, provando ser inestimável o seu valor ao permitir que os pacientes interajam com médicos especialistas remotamente através do smartphone ou do computador”, indica. Mas o surgimento do COVID-19 não trouxe só disrupção ao
“A SAÚDE É UMA INDÚSTRIA QUE TEM UM PROFUNDO IMPACTO NA SOCIEDADE E, COMO TAL, EXISTE UM FOCO CRESCENTE NO VALOR DO CUIDADO PROVIDENCIADO AOS PACIENTES” setor. Os negócios “extremamente endividados” poderão, na perspetiva do gestor, enfrentar alguns ventos contrários daqui em diante. É o caso por exemplo das empresas farmacêuticas especializadas. “Poderão apresentar mais desafios no futuro à medida que o apetite por risco diminui no ambiente atual. Toda a noção de aplicar grandes quantidades de capital para adquirir outros negócios é algo que não é exclusivo do setor de saúde e, de facto, acontece a cada ciclo, mas tendo em conta a atual crise do mercado poderemos assistir a muito menos atividades de aquisição a terem lugar”, prevê. Também a própria forma de consumo da saúde apresenta-se numa mudança eminente, para o profissional. Acredita que “num novo mundo normal da saúde, a forma como as pessoas acederão aos serviços médicos mudará permanentemente, com uma atitude mais aberta relativamente aos dispositivos médicos virtuais, com diagnósticos via iPhone ou via iPad, algo bom para as empresas de tele-medicina, mas não tanto para os hospitais”.
Empiricamente, podemos dizer que é evidente que o setor da saúde está intimamente ligado com o investimento ESG, principalmente com o fator social. Vinay Thapar explica que não são exceção à quase regra da indústria e, claro, integram no seu processo de research de ações e de investimento estes fatores. Mas o envolvimento vai para além disso. “A saúde é uma indústria que tem um profundo impacto na sociedade e, como tal, existe um foco crescente no valor do cuidado providenciado aos pacientes e comunidades. Acreditamos que as empresas que melhoram o valor do cuidado providenciado têm um impacto positivo no sistema de saúde, que as posiciona bem para o crescimento numa era de crescimento dos custos de saúde e de crescente envolvimento dos governos”, elucida. O gestor vai mais longe, e acredita mesmo que “o envolvimento com as empresas de forma a aumentar o valor entregue aos pacientes, é uma estrutura ESG eficaz no setor da saúde”. JULHO E AGOSTO I FUNDSPEOPLE 91
PRODUTOS COMPARAÇÃO
por Regina R. Webb
SETOR ECOLOGIA Um magnífico arranque de ano em captações veio acompanhado de uma importante correção no setor. É o que abordam seis gestores internacionais.
O
s investidores apostaram no verde neste início de 2021. A categoria Morningstar com maiores fluxos líquidos no primeiro trimestre foi a Ecology Equities. Nos primeiros três meses do ano, entraram 13.689 milhões de euros. É uma entrada substancial de dinheiro para um nicho tão específico, mas superou categorias mais amplas, como a Ações Global Blend Large Caps. De tal forma que até bateu os fluxos líquidos dos setores de tecnologia. É um movimento de dinheiro que se compreende olhando para os suculentos retornos do ano passado. Em 2020,
GESTORA: BLACKROCK LANÇAMENTO: 18/10/12 DIVISA: EURO PATRIMÓNIO: 5.202 ISIN: LU0827885574
GESTORA: BNP PARIBAS AM LANÇAMENTO: 12/11/09 DIVISA: EURO PATRIMÓNIO: 2.943 ISIN: LU0406802768
GESTORA: NATIXIS IM LANÇAMENTO: 13/12/13 DIVISA: EURO PATRIMÓNIO: 2.595 ISIN: LU0914732671
RENTABILIDADE 1 ANO: 52,41 RENTABILIDADE 3 ANOS: 20,64 RENTABILIDADE 5 ANOS: 15,83
RENTABILIDADE 1 ANO: 46,68 RENTABILIDADE 3 ANOS: 17,78 RENTABILIDADE 5 ANOS: 15,18
RENTABILIDADE 1 ANO: 36,47 RENTABILIDADE 3 ANOS: 16,51 RENTABILIDADE 5 ANOS: 11,98
34,22
2019
2020
2021
92 FUNDSPEOPLE I JULHO E AGOSTO
2 2 2 2017
2018
2019
2020
2021
-8,46
5,52
12,39 8,22
-8,38
6,93
-9,12 2018
9,15
22,27
29,38 10,33
1 1 1 2017
24,95
MIROVA EUROPE ENVIRONMENTAL EQUITY FUND
28,48
BNP PARIBAS FUNDS CLIMATE IMPACT
38,67
BGF SUSTAINABLE ENERGY FUND
2017
2018
Fonte: Morningstar Direct. Dados em moeda base do fundo a 31 de maio de 2021. Dados de património em milhões de euros.
PRIMEIRA TORMENTA PARA O
33 3 2019
2020
2021
o fundo de ações da gestora internacional mais rentável do ano foi justamente da categoria Ecologia. Na verdade, a onda importante chegou em janeiro de 2021. Em apenas um mês, mais de 6.000 milhões de euros entraram na categoria. Nos dois meses seguintes a tendência acalmou-se, mas o fluxo ainda é relevante e positivo. No entanto, os investidores que entraram no calor da temática encontraram uma grande correção. Para ilustrar com um exemplo, o iShares Global Clean Energy, o principal índice de energia limpa, teve uma queda de 28% em relação aos seus máximos de 8 de janeiro de 2021. O que está a
acontecer? Por um lado, existe um fator técnico. O referido ETF anunciou uma reconstrução do índice a partir de 2 de abril de 2021. Isso desencadeou um fluxo de reponderação substancial em vários nomes da Europa e dos Estados Unidos. Mas, por outro lado, o tema foi afetado pela rotação para valores mais cíclicos e uma realização de mais valias nos defensivos.
APROVEITAR A QUEDA
No entanto, os gestores permanecem firmes na sua convicção. Suzanne Senellart, gestora do Mirova Europe Environmental Equity Fund da Natixis IM, diz que as perspetivas de cresci-
mento para a energia verde continuam excelentes. “A visibilidade melhorou no primeiro trimestre graças ao plano de redução de emissões de Biden. O crescimento secular das tecnologias verdes foi reforçado desde o início do ano”, afirma. Na verdade, aproveitaram a correção para entrar em valores que são muito castigados. Assim como Craig Cameron, gestor do Templeton Global Climate Change Fund. Assumiram posições em energias renováveis, por exemplo, via um fabricante de componentes que melhoram o desempenho de painéis solares e por via de uma fabricante de instalação e transporte de parques eólicos marinhos.
GESTORA: PICTET AM LANÇAMENTO: 10/9/10 DIVISA: EURO PATRIMÓNIO: 7.990 ISIN: LU0503631631
GESTORA: FRANKLIN TEMPLETON LANÇAMENTO: 26/4/91 DIVISA: EURO PATRIMÓNIO: 867 ISIN: LU0029873410
GESTORA: VONTOBEL AM LANÇAMENTO: 17/11/08 DIVISA: EURO PATRIMÓNIO: 1.375 ISIN: LU0384405600
RENTABILIDADE 1 ANO: 31,7 RENTABILIDADE 3 ANOS: 15,79 RENTABILIDADE 5 ANOS: 14,64
RENTABILIDADE 1 ANO: 41,46 RENTABILIDADE 3 ANOS: 11,43 RENTABILIDADE 5 ANOS: 9,98
RENTABILIDADE 1 ANO: 40,36 RENTABILIDADE 3 ANOS: 16,21 RENTABILIDADE 5 ANOS: 12,91
2019
2020
2021
-15,69
6,29
11,52
6,53
-13,44
5,42 4,95
-12,48 2018
17,98
21,81 23,6
16,84
4 4 2017
26,94
VONTOBEL CLEAN TECHNOLOGY
33,66
TEMPLETON GLOBAL CLIMATE CHANGE FUND
39,16
PICTET GLOBAL ENVIRONMENTAL OPPORTUNITIES
5 5 5 6 6 6 2017
2018
2019
2020
2021
2017
2018
2019
2020
2021
JULHO E AGOSTO I FUNDSPEOPLE 93
PRODUTOS COMPARAÇÃO
BGF SUSTAINABLE ENERGY FUND
GESTOR ALASTAIR BISHOP
BNP PARIBAS FUNDS CLIMATE IMPACT
GESTORES JON FORSTER E BRUCE JENKYN-JONES
CAPTURAR A BILIONÁRIA TRANSIÇÃO ENERGÉTICA
APROVEITAR A ROTAÇÃO PARA UM PLANETA MAIS SUSTENTÁVEL
O fundo está posicionado para captar as mudanças da indústria e colher os lucros desta transição verde. No portefólio, podemos encontrar três subsetores principais: energia limpa, eficiência energética e transporte limpo. Para a equipa de gestão, ter um portefólio focado nas suas apostas vencedoras é uma decisão consciente. Não veem como conveniente abordar a temática por via de uma ampla exposição, uma vez que temas disruptivos trazem muitos perdedores e apenas alguns grandes vencedores. A carteira constrói-se sim com um controlo de risco disciplinado e capitalizando na plataforma de análise de Fundamental Equity da BlackRock. A pandemia acelerou os ventos favoráveis sobre o assunto. Por um lado, a energia sustentável tem sido apoiada pela aceleração da transição para uma economia de baixo carbono. Por outro lado, dentro dos transportes, os limites de emissão de CO2 mais rígidos na Europa significam que 2021 será um ano de transição fundamental para a indústria automobilística.
A mudança climática e a sustentabilidade tornaram-se uma prioridade. E, portanto, uma oportunidade de investimento para os próximos anos, na opinião dos gestores. As empresas que se adaptam e fornecem soluções sustentáveis e ambientais serão as vencedoras. Empresas poluidoras que não conseguem adaptar-se terão dificuldade em sobreviver. É assim que estão a orientar o portefólio. As últimas mudanças foram aumentar a exposição às energias renováveis, punidas pela rotação do mercado. Também planeiam aumentar a sua exposição à Ásia, onde encontram empresas líderes na luta contra as mudanças climáticas. A estratégia tende para um perfil misto, cíclico e defensivo. Embora se adapte a qualquer situação de mercado, o portefólio tem um desempenho melhor em cenários prócrescimento. A filosofia deste fundo que se rege pelo Artigo 9 é o crescimento de qualidade. Uma mistura de cíclicas e defensivas, com tendência para mid-caps.
94 FUNDSPEOPLE I JULHO E AGOSTO
MIROVA EUROPE ENVIRONMENTAL EQUITY FUND
GESTORA SUZANNE SENELLART
À PROCURA DO IMPACTO NA EUROPA VERDE Procurar o equilíbrio entre o desempenho financeiro e o impacto social e ambiental. O objetivo é alocar capital em modelos de negócio sustentáveis que também geram benefícios sociais ou ambientais. O processo prioriza o investimento em empresas europeias onde os próprios produtos são impactantes, em vez do ecossistema que envolve as empresas. Principalmente, procura captar as tendências de energia de baixo carbono, gestão de recursos naturais, consumo sustentável, construção de edifícios verdes e planeamento urbano e mobilidade limpa. O fundo aplica uma análise financeira em profundidade que avalia o posicionamento estratégico, a estrutura financeira e a qualidade da gestão e governence. A equipa tem o cuidado de medir constantemente a qualidade ESG do portefólio face ao índice. Recentemente, aproveitaram a correção em várias subtemáticas para entrar em títulos castigados. As principais apostas são as tecnologias disruptivas, a eficiência energética e a gestão de recursos
PICTET GLOBAL ENVIRONMENTAL OPPORTUNITIES GESTORES LUCIANO DIANA, GABRIEL MICHELI E YI DU
GARP APLICADO AO MEIO AMBIENTE Uma forma inteligente de investir em ações globalmente, apostando no meio ambiente. A equipa define o seu estilo como GARP (Growth at Reasonable Price). Portanto, a carteira tem um viés de qualidade, mas evitando ativamente avaliações extremas. Por exemplo, evitam empresas em novas tecnologias pouco rentáveis. Como consequência, têm um elevado active share face ao índice. A carteira é diversificada, mas focada em negócios com lucros de exploração e um return on equity maiores do que o índice mundial MSCI AC e uma percentagem maior de I+D sobre as receitas. Também têm uma ligeira tendência para grandes capitalizações nos últimos anos. Isto deve-se ao facto de terem detetado que as empresas estabelecidas, de capitalizações de 10.000 milhões ou mais, são mais propensas a investir agressivamente em I&D, ou seja em inovação, que é o que procuram.
TEMPLETON GLOBAL CLIMATE CHANGE FUND
GESTOR CRAIG CAMERON
VONTOBEL CLEAN TECHNOLOGY
GESTOR PASCAL DUDLE
MAIS DO QUE UMA APROXIMAÇÃO MEIO-AMBIENTAL AO CLIMA
TECNOLOGIA LIMPA PARA UMA TRANSIÇÃO SUSTENTÁVEL
Uma busca de oportunidades de redução de carbono além dos setores ambientais para alcançar um amplo impacto e um resultado ideal de riscorecompensa. O ênfase na autodescarbonização das empresas, para além dos provedores de soluções, também oferece uma exposição ao setor mais ampla do que os seus pares. O resultado é uma exposição semelhante a soluções de tecnologia limpa com uma trajetória descendente da pegada de carbono do portefólio muito mais acentuada. Uma qualidade diferencial desta estratégia é a sua tendência para um estilo mais value, setores mais cíclicos e uma maior presença de ativos europeus e subponderação em ativos dos EUA. No entanto, o portefólio atual prioriza a disciplina na qualidade e no preço. Aumentaram posições em líderes da indústria resistentes de elevada qualidade e com vantagens competitivas e realizaram mais valias em algumas empresas cíclicas.
Este fundo de impacto visa capitalizar em duas tendências de crescimento estrutural: digitalização e automatização. E fá-lo em nichos como as indústrias de uso eficiente de recursos e em infraestruturas de energia limpa. Duas áreas que também beneficiarão de um maior investimento no compromisso de emissões zero de carbono. As empresas que entram no portefólio cumprem três objetivos: melhorar as nossas vidas, minimizar a nossa pegada de carbono e melhorar o desempenho financeiro. É uma sólida combinação de empresas novas e estabelecidas que oferecem produtos inovadores. O fundo diversifica-se em seis subsetores relacionados com o ambiente nos quais novas tecnologias estão a surgir. Dito isto, um tem um viés estrutural para os setores industrial e de tecnologias de informação. A exposição a serviços públicos de água e eletricidade também é relevante. Esses três setores representam cerca de 70% do portefólio.
JULHO E AGOSTO I FUNDSPEOPLE 95
PRODUTOS COMPARAÇÃO
2 22 2
BNP PARIBAS FUNDS CLIMATE IMPACT
3 33 3
MIROVA EUROPE ENVIRONMENTAL EQUITY FUND
2.943
5.202
2.595
2.234
2.214 3.245 1.012 1.086 839
2017
2018
1.103 2019
2020
533 2021
2017
2018
Volatilidade 3 anos (%)
17
16
15
2021
2017
2018
2019
2020
2021
2
MAPA
17
risco/ rentabilidade
5 1
16
11 913
15
131115
9
17 1513
11
19 1715
13
15
21 1917
1
BGF Sustainable Energy Fund
2
BNP Paribas Funds Climate Impact
3
Mirova Europe Environmental Equity Fund
4
Pictet Global Environmental Opportunities
5
Templeton Global Climate Change Fund
6
Vontobel Clean Technology
Divisa base (euro)
4
15 9 11
2020
3
6
16
2019
18
18
17
387 528
611
17
2119
19
21
21
Rentabilidade anualizada 3 anos (%)
RENT. ANUAL A 3 ANOS VOLATILIDADE A 3 ANOS MÁXIMO DRAWDOWN 3 ANOS
BGF SUSTAINABLE ENERGY FUND
BNP PARIBAS FUNDS CLIMATE IMPACT
MIROVA EUROPE ENVIRONMENTAL EQUITY FUND
PICTET GLOBAL ENVIRONMENTAL OPPORTUNITIES
TEMPLETON GLOBAL CLIMATE CHANGE FUND
20,64
17,78
16,51
15,79
11,43
16,21
17,69
17,73
15,17
16,71
18,62
17,63
-18,03
-22,32
-16,4
-16,77
-22,69
-18,69
VONTOBEL CLEAN TECHNOLOGY
RÁCIO SHARPE 3 ANOS
1,02
0,91
0,93
0,87
0,61
0,85
ALFA 3 ANOS
4,61
2,07
2,00
0,82
-4,47
0,42
BETA 3 ANOS
0,96
0,97
0,88
0,92
1,03
0,98
96 FUNDSPEOPLE I JULHO E AGOSTO
Fonte: Morningstar Direct. Dados na moeda base do fundo a 31 de maio de 2021.
18
945
Fonte: Morningstar Direct. Dados de património en milhões s de euros.
1 11 1 BGF SUSTAINABLE ENERGY FUND
PICTET GLOBAL ENVIRONMENTAL OPPORTUNITIES
44 4
TEMPLETON GLOBAL CLIMATE CHANGE FUND
7.990
55 5
66 6 1.375
867
6.086
1.040
784 696
682 520
1.869 383
VONTOBEL CLEAN TECHNOLOGY
277
694
561 213
2017
2018
2019
2020
2021
Todas as estrelas se alinharam de facto, como apontam Luciano Diana, Gabriel Micheli e Yi Du, gestores do Pictet Global Environmental Opportunities. Os governos da Europa, China e agora também dos EUA – os três principais blocos económicos do mundo – estão alinhados no apoio a tecnologias destinadas a fazer as suas economias mais eficientes, menos intensivas em recursos e mais sustentáveis. Para além disso, as empresas continuam a investir em inovação, com maiores economias de escala e menores custos em muitas tecnologias ambientais. Os gestores têm claro que é uma temática que só acaba de começar. “A mudança climática e a sustentabilidade do planeta converteram-se numa prioridade”, afirmam Jon Forster e Bruce Jenkyn-Jones, gestores do BNP Paribas Funds Climate Impact. “As empresas que se adaptem e proporcionem soluções sustentáveis e meio-ambientais serão claras vencedoras. As empre-
2017
2018
2019
2020
2021
sas contaminantes e que não consigam adaptar-se terão uma sobrevivência complicada”, sentenciam. Principalmente, porque a semente já estava plantada. Na opinião de Pascal Dudle, gestor do Vontobel Clean Technology, a pandemia não fez mais do que acelerar duas tendências de crescimento estrutural: a digitalização e a automatização. E nesta nova era industrial, as indústrias de uso eficiente dos recursos e as infraestruturas de energia limpa estão bem posicionadas para desfrutar deste tailwind. São duas áreas que, para além disso, se nutrem do forte compromisso com o objetivo de zero emissões, que requererá fortes investimentos nas próximas décadas.
TENDÊNCIA ESTRUTURAL
Nisso coincide Alastair Bishop, gestor do BGF Sustainable Energy Fund. Segundo estimativas da Agência Internacional da Energia, o setor verá um investimento de mais de 20 biliões
2017
2018
2019
2020
2021
de dólares daqui a 2040. Estamos a falar que o setor energético vai receber um bilião ao ano para a sua transformação. E, na sua opinião, é uma entrada de capital para acelerar a transição verde que os investidores ainda subestimam, por exemplo, dentro dos transportes, os limites de emissões de CO2 mais estritos na Europa significam que 2021 será um ano chave de transição para a indústria automobilística. “Os novos modelos de veículos elétricos dos principais fabricantes mundiais de automóveis estão a entrar nas salas de exibição com uma gama e um desenho significativamente melhorados”, conta Bishop. É uma mensagem comum que enviam as seis equipas de gestão, apesar da diversidade no seu enfoque com a temática. “A transição ambiental é um tema estrutural importante que perdurará durante várias décadas. Apenas vimos as fronteiras”, vaticina Senellart.
A informação sobre Organismos de Investimento Coletivo ou outros instrumentos financeiros incluída na FundsPeople é apresentada apenas com fim informativo e ilustrativo e não deve ser interpretada como uma oferta de venda ou recomendação de investimento. A informação não representa uma descrição completa dos OIC ou outros instrumentos financeiros e mercados a que faz referência.
JULHO E AGOSTO I FUNDSPEOPLE 97
PRODUTOS CARTEIRAS por Yusuf Durmaz
OS INVESTIDORES QUE APOSTAM NUM HORIZONTE DE LONGO PRAZO E PELO ALINHAMENTO DE INTERESSES COM ESTRATÉGIAS TEMÁTICAS SUSTENTÁVEIS, PROCURAM NEGÓCIOS BASEADOS EM PRODUTOS E SERVIÇOS INOVADORES, SUPORTADOS POR UMA SÓLIDA PROCURA 98 FUNDSPEOPLE I JULHO E AGOSTO
DISTRIBUIÇÃO POR SETORES: PRINCIPAIS SETORES EM CARTEIRA FUNDO
SELO FUNDSPEOPLE
MATERIAIS BÁSICOS
AB SICAV I-Sustainable Gl. Thematic Port.
DABC
3,53
CONSUMO CÍCLICO
SERVIÇOS SERVIÇOS FINANCEI- IMOBILIÁDE COMURIO ROS NICAÇÃO
5,50
15,34
INDUSTRIAIS
TECNOLOGIA
-
1,93
22,47
27,77
CONSUMO DEFENSIVO
1,10
SAÚDE
UTILITIES
18,82
3,53 22,86
BlackRock Global Funds - Sust. Energy Fund
DABC
9,23
-
-
-
-
30,38
35,51
1,26
-
BNP Paribas Funds Climate Impact
DABC
7,86
4,84
-
4,34
-
36,84
26,11
5,46
2,09
8,61
Pictet-Clean Energy
DABC
4,30
2,60
-
3,42
-
15,99
52,39
-
-
21,10
Schroder Inter. Sel. Fund Gl. Climate Change Eq.
DABC
6,35
16,09
1,60
1,93
3,98
32,91
19,08
4,08
1,95
6,90
Fonte: FundsPeople e Morningstar. Dados em %, disponíveis a 24 de junho.
A
s ações globais (medidas pelo MSCI World Net TR USD) providenciaram um retorno de 11,4% nos primeiros cinco meses de 2021, lideradas pelo mercado dos EUA, impulsionado pela campanha de vacinação bem-sucedida e incentivos fiscais de valor de 1,9 biliões de dólares. As expectativas de recuperação económica têm contribuído para setores orientados para o valor, como as finanças, energia e mineração, gerando retornos mais elevados até agora no ano, ao contrário de em 2020, um ano dominado por setores orientados para o crescimento, como as tecnologias da informação. As mineradoras de cobre, uma das grandes beneficiárias da transição
para uma economia de baixo carbono, apresentam excelente desempenho em 2021. Outros metais utilizados na fabricação de baterias, como níquel, lítio ou cobalto, também tiveram bom desempenho. Em geral, as estratégias temáticas (incluindo as sustentáveis) ficaram para trás em relação ao mercado mais amplo, principalmente devido à sua ênfase em setores de crescimento e à sua subponderação em setores de valor, como energia ou finanças. Ainda assim, esse desempenho relativo pior não desanima os investidores que apostam no horizonte de investimento de longo prazo e no alinhamento de interesses de estratégias sustentáveis. A verdade é que na plataforma do Allfunds estamos a ver uma procura crescente por estratégias susten-
ESTAMOS A VER UMA PROCURA CRESCENTE POR ESTRATÉGIAS SUSTENTÁVEIS E ESG
JULHO E AGOSTO I FUNDSPEOPLE 99
PRODUTOS CARTEIRAS
DISTRIBUIÇÃO POR CAPITALIZAÇÃO DE MERCADO FUNDO
SELO FUNDSPEOPLE
MUITO GRANDE
GRANDE
MÉDIA
PEQUENA
MUITO PEQUENA
0,00
AB SICAV I-Sustainable Gl. Thematic Port.
DABC
26,37
33,00
30,04
9,08
BlackRock Global Funds - Sust. Energy Fund
DABC
23,10
48,96
22,74
4,45
0,00
BNP Paribas Funds Climate Impact
DABC
0,00
26,09
57,23
12,82
0,00
Pictet-Clean Energy
DABC
22,24
34,75
33,59
7,70
0,00
Schroder Inter. Sel. Fund Gl. Climate Change Eq.
DABC
25,53
39,76
25,17
3,02
1,39
Fonte: FundsPeople e Morningstar. Dados em %, disponíveis a 24 de junho.
EM GERAL, AS ESTRATÉGIAS TEMÁTICAS FICARAM PARA TRÁS EM RELAÇÃO AO MERCADO MAIS AMPLO, PRINCIPALMENTE DEVIDO À SUA ÊNFASE EM SETORES DE CRESCIMENTO
táveis e ESG. As empresas em que investem tendem a oferecer soluções disruptivas para importantes desafios ambientais, como geração de energia limpa, eficiência energética, economia circular, consumo sustentável de água, etc. Estamos a falar de produtos e serviços inovadores e com forte procura, que podem proteger os seus lucros contra um potencial aumento da inflação. Refira-se que, apesar do aumento de preços expe100 FUNDSPEOPLE I JULHO E AGOSTO
rimentado pelas matérias-primas, a transição para uma economia mais sustentável já não depende apenas dos preços da energia, pelo que se espera que produtos e serviços sustentáveis continuem a gozar de uma procura positiva e estrutural. Apresentamos três estratégias incluídas na Insight List do Allfunds pertencentes, respetivamente, às categorias de capital do setor de água, setor de energia alternativa e setor de materiais industriais: o fundo RobecoSAM Sustainable Water Equities, o Pictet Clean Energy e o RobecoSAM Smart Materials Equities. O primeiro deles, o RobecoSAM Sustainable Water Equities, é um fundo de ações global de longa duração que investe em empresas que oferecem produtos e serviços relacionados com a sustentabilidade da água. Na opinião da equipa de investimento temático, a escassez de água é um problema cada vez mais importante a nível mundial, dado o aumento da população e o aumento do consumo de produtos agrícolas.
P
AR
P
R
TNE R
AR
TNE
A OPINIÃO DE CRISTINA CARVALHO Manager de vendas Corporativas & Institutionais e responsável pelo Mercado Português, Amundi
INVESTIR NA DISRUPÇÃO DO PRESENTE E FUTURO
MÉTRICAS DE VALUATION RÁCIO P/S
RÁCIO P/CASH FLOW
SELO FUNDSPEOPLE
RÁCIO P/E
RÁCIO P/B
AB SICAV I-Sustainable Gl. Thematic Port.
DABC
28,04
4,44
3,65
21,73
35,46
BlackRock Global Funds - Sust. Energy Fund
DABC
33,44
3,11
2,38
13,79
52,63
BNP Paribas Funds Climate Impact
DABC
37,05
4,55
3,35
20,54
41,03
Pictet-Clean Energy
DABC
34,34
3,91
3,81
15,56
55,96
Schroder Inter. Sel. Fund Gl. Climate Change Eq.
DABC
26,09
3,35
1,91
14,27
31,87
FUNDO
RÁCIO P/FCF
Fonte: FundsPeople e Morningstar. Dados disponíveis a 24 de junho.
A equipa identifica e investe em títulos relacionados com quatro temas: bens de capital e produtos químicos, construção e materiais, qualidade e análise de dados e serviços públicos. A carteira consiste em 40-80 ações de todo o globo. O fundo segue uma estratégia flexível e não é referenciado a nenhum índice. No entanto, dado o seu foco temático, a exposição multissetorial e a ausência de um benchmark, compara-se ao MSCI World apenas em termos de retornos. Dieter Kuffer lidera a gestão do fundo desde o seu lançamento em setembro de 2001.
EMISSÕES DE CO2
O fundo Pictet Clean Energy visa a valorização do capital a longo prazo, investindo em empresas que contribuem para reduzir as emissões de CO2. O fundo participa em empresas do setor energético que não geram CO2, energias que geram baixas emissões de CO2 e eficiência energética selecionadas através de um processo de investimento bottom-up que privilegia a análise fundamental e as visitas presenciais.
A carteira final incorpora cerca de 50-60 ações e regista uma baixa rotatividade. Um alvo de tracking error específico não foi definido. A carteira é normalmente investida na sua totalidade, embora o fundo possa manter uma posição de liquidez de até 5% para gerir os fluxos. Lançado em maio de 2007, o fundo é gerido por Xavier Chollet e Christian Roessing com o apoio da equipa de analistas de ações da Pictet. O objetivo do RobecoSAM Smart Materials é aumentar o capital de longo prazo através da participação em empresas selecionadas que são uma parte ativa da cadeia de valor dos materiais inteligentes. A estratégia investe em empresas que buscam soluções para os desafios do uso atual dos recursos naturais, principalmente a escassez de recursos. A carteira final tem cerca de 4080 ações. Lançado em outubro de 2006, o fundo é gerido em Zurique por Pieter Busscher com o apoio de analistas de sustentabilidade e ações da Robeco SAM.
A disrupção é um fenómeno que está a ganhar impulso ao gerar um crescimento e oportunidades de investimento sem precedentes. Além disso, a pandemia está a precipitar mudanças que víamos longínquas, como o teletrabalho ou a telemedicina. Um novo normal que vai perdurar e que impulsionou a rentabilidade de estratégias como o CPR Invest Global Disruptive Opportunities. Esta estratégia, lançada em 2016, criou valor em diferentes ciclos de mercado e também durante esta crise. Identifica 30 subtemas disruptivos agrupados em quatro dimensões para aceder a empresas disruptivas de todo o mundo: economia digital (big data, fintech, cibersegurança, marketing digital…), ciências da vida e saúde (diagnósticos, imunoterapia, med-tech…), indústria 4.0 (robótica, impressão 3D, fábricas inteligentes…) e terra (renováveis, armazenamento de energia, agricultura de precisão…). O momentum ainda favorece a estratégia, que oferece um ponto de entrada único a um universo disrupivo diversificado e permite aproveitar o crescimento potencial da disrupção a longo prazo, com um perfil de riscorentabilidade equilibrado, capaz de oferecer múltiplas fontes de alfa potencial. JULHO E AGOSTO I FUNDSPEOPLE 101
PRODUTOS EMERGENTES por Nereida González
OBRIGAÇÕES EMERGENTES
UM MERCADO EM CRESCIMENTO Na hora de decidir o asset allocation, há que ter em conta pontos-chave como o crescimento doméstico, a evolução das taxas de juro nos EUA e das matérias primas ou os fatores idiossincráticos. 102 FUNDSPEOPLE I JULHO E AGOSTO
MONITOR DE CICLO DE PAÍSES EMERGENTES PMI Industrial PMI Manufacturas PMI Servicios PMI Serviços Prod. industrial Prod. industrial EM M.E. Exportaciones Exportações EWS EWS CESI CESI PMI Industrial PMI Manufacturas PMI Serviços PMI Servicios Conf. consumidor Conf. consumidor Índice dede actividad Índice atividade Brasil BRASIL Prod. industrial Prod. industrial Ventas minoristas Vendas de retalho Exportaciones Exportações EWS EWS PMI Serviços PMI Servicios PMI Manufacturas PMI Industrial Rusia Vendas Ventas minoristas retalho RÚSSIA Exportaciones Exportações EWS EWS PMI Industrial PMI Manufacturas PMI Servicios PMI Serviços Prod. industrial Prod. industrial Exportaciones Exportações EWS EWS 2009 2009 4 1 4 4 4 4 4 9 5 1 5 1 5 2 5 4 5 4 5 5 5 5 5 5 5 6 5 5 5 6 5 5
2010 2010 5 4 5 2 5 1 5 3 5 3 5 5 5 5 5 5 5 5 5 4 5 3 5 3
2011 2011 5 2 5 1 5 0 5 0 5 0 5 1 4 9 5 0 5 0 5 1 5 0 5 1
2012 2012 5 0 5 0 5 0 4 9 5 0 5 1 5 1 5 2 5 2 5 1 5 2 5 1
2013 2013 5 0 4 9 4 9 5 0 5 1 5 1 5 1 5 1 5 1 5 0 5 0 5 0
2014 2014 5 0 5 1 5 2 5 1 5 1 5 1 5 1 5 1 5 1 5 1 5 0 5 0 5 1 5 3 5 1 5 3 5 3 5 2 5 2 5 2 5 1 5 2 5 2 5 2
2015 2015 5 0 5 0 4 9 4 9 4 8 4 9 4 9 4 9 4 9 4 9 5 0 5 0 5 1 5 0 5 1 5 1 5 0 5 1 5 0 5 0 5 1 4 9 5 0 5 0
2016 2016 5 0 4 9 5 0 5 0 5 0 5 1 5 1 5 1 5 1 5 1 5 2 5 1 4 9 5 1 5 2 5 1 5 1 5 1 5 1 5 2 5 2 5 2 5 2 5 2
2017 2017 5 1 5 1 5 1 5 2 5 1 5 1 5 2 5 2 5 2 5 2 5 1 5 1 5 3 5 2 5 1 5 2 5 2 5 2 5 2 5 3 5 4 5 4 5 3 5 3
2018 2018 5 1 5 1 5 1 5 1 5 0 5 1 5 1 5 0 4 9 5 1 5 1 5 2 5 3 5 3 5 2 5 2 5 2 5 4 5 4 5 3 5 4 5 4
2019 2019 5 1 5 0 5 0 5 0 5 1 5 1 5 1 5 1 5 1 4 5 4 9 4 3 5 2 5 2 5 2 5 2 5 2 5 2 5 3 5 2 5 2 4 0 4 2 3 2
2020 2020 4 5 5 0 5 1 5 3 5 3 5 3 5 4 5 3 5 2 5 2 5 1 4 1 4 9 5 0 5 2 5 3 5 5 5 4 5 4 5 2 5 2 5 3
2021 2021
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Desacelerando Desacelerar
Actividad económica Atividade económica
Acelerando Acelerar
Fonte: Afi, Macrobond.
N
um mundo de taxas de juro baixas, as obrigações emergentes afirmam-se. A sua entrada nas carteiras dos investidores também aparece explicada pelo relevante crescimento que está a experimentar este mercado, e pelo novo apetite investidor que tem despertado a entrada da China nos índices globais.
O primeiro que se deve ter em conta na hora de investir em obrigações emergentes é a heterogeneidade dos países que vamos enfrentar. O acrónimo dos BRICS está antiquado quanto ao potencial que apresentavam as economias do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, mas também pela emergência de novas economias que cada vez têm um JULHO E AGOSTO I FUNDSPEOPLE 103
PRODUTOS EMERGENTES
maior peso nos mercados financeiros. É o caso principalmente do México e da Turquia, mas não só. Estas nações têm registado um impacto do coronavírus diferenciado nas suas economias, e também no seu perfil de recuperação. Por exemplo, na própria América Latina encontramos o Brasil que, apesar de ter sido o principal foco de contágios a nível mundial durante meses, regista uma forte recuperação da atividade. Mas também temos o exemplo do México, cujo crescimento nos primeiros meses de 2021 está ainda estancado. A gestão da própria atividade explica as diferenças entre ambos os países: no caso do Brasil produziu-se um maior apoio fiscal e monetário face ao observado no México. Na Ásia encontram-se duas das nações mais importantes da economia global por causa do seu peso no PIB, e ambas estão a ver revistas as suas previsões de crescimento em baixa, embora por motivos diferentes. No caso da China, a luta contra os excessos acumulados ao longo do ano passado depois dos estímulos pelo coronavírus terem começado a fazer fricção com as condições financeiras e poder levar a um crescimento menor do que o antecipado no início do ano. Na Índia, no entanto, foi o impacto de uma nova onda, a mais agressiva a nível mundial durante esta pandemia, a que levará ao atraso da recuperação da atividade deste exercício. 104 FUNDSPEOPLE I JULHO E AGOSTO
Por último, a EMEA, Rússia e Turquia, que representam, ainda assim, realidades distintas. A primeira beneficia do forte aumento do preço do petróleo depois da crise do ano passado e apenas foi penalizada pelas sanções dos EUA, numa demonstração da sua resistência a choques externos. Por outro lado, a Turquia continua a apresentar uma notável incerteza institucional perante a falta de credibilidade do seu banco central, o que se une a pressões de saída de fluxos de capital de forma estrutural. Este país é o claro exemplo de nação que pode chegar a registar uma importante saída de fluxos de investimento perante as pressões de subida de taxas nos EUA. O elevado volume de dívida externa fá-la muito dependente das entradas de capital a partir do exterior, com uma margem praticamente nula de gestão na medida em que as reservas se continuam a utilizar para lutar contra as pressões de desvalorização da lira turca.
FATORES CHAVE
Apesar dessa subida de taxas base tender a penalizar em maior medida os ativos de países emergentes, não tem que ser assim no contexto atual. Se o aumento de taxas futuras da Fed está motivado por uma melhoria da atividade e se se comunica bem ao mercado, pode ser recebido de forma favorável pelo conjunto de emergentes.
R
P
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P
TNE R
AR
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A OPINIÃO DE ÁLVARO ANTÓN LUNA Responsável de Negócio para Portugal e Espanha, Aberdeen Standard Investments
A EUROPA NA VANGUARDA DO CAPITALISMO RESPONSÁVEL
A SUBIDA DE TAXAS NOS EUA NÃO TEM POR QUE PENALIZAR ESTES PAÍSES SE ESTA DECISÃO FOR TOMADA POR CAUSA DE UMA MELHORIA DA ATIVIDADE E BEM COMUNICADA AO MERCADO
Uma recuperação global tende a levar a um ciclo de subida de matérias primas (como aquele que estamos a observar), que costuma ser altamente benéfico para estas nações, grandes produtoras e exportadoras dos referidos bens. Definitivamente, são diversos os pontos chave na altura de analisar e determinar o nosso asset allocation em obrigações de países emergentes. Tanto o crescimento doméstico, como a evolução das taxas de juro nos EUA, o futuro das matérias primas ou fatores idiossincráticos, marcam os retornos esperados neste ativo. Países que combinam uma debilidade económica importante (México, Turquia), elevado endividamento externo (Turquia), reduzida exposição a matérias primas (Turquia, México, Índia) e que apresentam fatores de risco próprios como a falta de credibilidade institucional (Turquia) serão aqueles que, com
probabilidade mais elevada, poderão sofrer maior volatilidade e uma evolução desfavorável das suas variáveis financeiras. Pelo contrário, aquelas nações que apresentam uma situação totalmente oposta poderão estar perante um período de maior volatilidade e melhor posicionadas no curto e médio prazo. Também há que ter em conta, como comentado ao início, as mudanças estruturais que o mercado está a sofrer. A entrada da China nos índices globais de obrigações soberanos forçará a exposição a este país a muitos investidores. Embora seja certo que o adensar da tensão das condições financeiras está a levar a eventos de default entre empresas, as autoridades chinesas sempre demonstraram uma elevada sensibilidade na hora de evitar que estes contagiem segmentos mais amplos de mercado.
Quando a presidente da Comissão Europeia anunciou o Acordo Verde da UE, descreveu-o como “o momento europeu equivalente à chegada do Homem à Lua”. Não exagerou. O investimento para tornar a Europa mais verde e o primeiro continente neutro em carbono em 2050 é de um bilião de euros. Para além do ambiente, as considerações sociais também são importantes e a Europa volta a posicionar-se na linha da frente. A Europa é a região que mais tem reconhecido o mito do valor para os acionistas e redirecionado atenções para o capitalismo responsável. Não é só importante a forma, mas também como é que essas empresas o fazem. Também estão a abordar alguns dos problemas sociais mais prementes. Normalmente, associamos os EUA com a biotecnologia e os progressos na medicina, mas a Europa começa a ganhar terreno nesse campo. A corrida à Lua foi um objetivo audaz e ambicioso. A corrida para descarbonizar e construir uma sociedade mais sustentável é, possivelmente, um desafio ainda maior e urgente. À medida que vamos recuperando das consequências sociais e ambientais da atual pandemia, o objetivo para o futuro não é apenas reconstruir melhor e de forma mais ecológica, mas sim reconstruir de forma mais justa. Nesse âmbito, a Europa e as suas empresas são protagonistas. JULHO E AGOSTO I FUNDSPEOPLE 105
PRODUTOS ISR
por Oscar del Diego Ereza, CFA
COMO ATRIBUIR UM
PREÇO AO CLIMA
Cumprir o objetivo de reduzir as emissões de gases de efeito estufa não é tarefa fácil. Mas tentar fazê-lo representará a geração de um grande e variado novo universo de oportunidades de investimento.
N
o passado mês de abril o governo americano aumentou os seus objetivos de redução de emissões de gases de efeito estufa em 50-52% até 2030 (com referência aos dados de 2005 ou equivalente a uma redução de 25-42% face a 1990); o que o coloca no caminho de conseguir emissões líquidas zero em 2050. Traduzido para graus Celsius, diríamos que os EUA estão a cumprir a sua parte para conseguir manter o aquecimento global abaixo de 1,5oC até ao fim do século. Metade do G20 aderiu a esta iniciativa de uma forma mais ou menos rigorosa; 106 FUNDSPEOPLE I JULHO E AGOSTO
os planos da UE (55% desde 1990) e do Reino Unido (68%) são até mais ambiciosos. Mas ainda há muito trabalho pela frente: a ONU continua a estimar que com as medidas anunciadas ainda estamos a 2,5oC. A COP26 de Glasglow, em novembro, pode dar um empurrão à tendência: a Austrália, Índia, Rússia e Indonésia podem ser os próximos. Cumprir estes objetivos de redução de emissões não é tarefa fácil. A nível global, aproximadamente 24% das emissões de gases de efeito estufa vêm da energia de uso industrial, 16% dos transportes, 18% da energia de uso em edifícios, 15% de outros usos energéticos, 5% dos pro-
cessos industriais, 3% do tratamento de resíduos e 18% da agricultura e florestas. Se quisermos alcançar as zero emissões não podemos deixar nenhum setor sem analisar, mesmo sabendo que nem todas as emissões são fáceis de cortar.
FONTES RENOVÁVEIS
Felizmente, graças aos avanços da produtividade na geração de eletricidade através de fontes renováveis, em especial a fotovoltaica e a eólica, situamo-nos no momento da história recente em que é mais barato conseguir uma economia sustentável. Há 15 ou 20 anos, a eletrificação de determinadas atividades representava ter de aumentar a produção de ciclos combinados de gás ou apostar decididamente na energia nuclear. Agora, se tivéssemos de desenhar uma indústria elétrica partindo do zero, fá-lo-íamos quase exclusivamente com moinhos e painéis solares. Como o vento tem o capricho de não soprar uniformemente e o sol de não brilhar à noite, construiríamos plantas de ciclos combinados de gás para acender e apagar quando as necessitássemos, o menos possível, e desenvolveríamos as tecnologias de armazenagem de energia (baterias) e as chamadas redes elétricas inteligentes (smart grids). Tudo com o objetivo de adequar a produção à procura. Teríamos carregado de uma só vez todas as emissões das térmicas de carvão, que representam cerca de 25% de todo o CO2 que se lança para a atmosfera e que voltarão a atingir um máximo histórico neste 2021. Portanto, os países com objetivos de redução de emissões deverão aumentar a sua produção elétrica renovável conforme forem capazes, tentando minimizar as restrições normativas. Além disso, estes avanços não só nos fazem sonhar com substituir essa ele-
EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA POR SETOR
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Em 2016 as emssões globais somaram 49.400 milhões de toneladas de CO2.
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Fonte: Climate Watch. The World Resources Institute (2020).
JULHO E AGOSTO I FUNDSPEOPLE 107
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PRODUTOS ISR
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A OPINIÃO DE
O OBJETIVO DE EMISSÕES ZERO NECESSITA DE UMA MUDANÇA DE ATITUDE DA SOCIEDADE, OS TRÊS R: REDUZIR, REUTILIZAR E RECICLAR tricidade proveniente de combustíveis, mas que podemos aspirar a eletrificar todo o transporte (outros 16% do bolo e mais de 5% adicional que se emite na produção de combustíveis fósseis). Adicionalmente, podemos produzir todo o hidrogénio limpo que queiramos, que dedicaremos primeiro a substituir todo o hidrogénio poluente (produzido a partir de gás natural) que estamos a empregar industrialmente e nos transportes, como combustível para sistemas de back up ou em pontos afastados da rede elétrica, ou até para cobrir as necessidades de aquecimento das habitações. Até setores que tinham sido considerados como impossíveis de tornar sustentáveis, como as siderurgias, têm alguma réstia de esperança baseada na utilização deste hidrogénio limpo nos seus processos. Ou seja, o crescimento da energia elétrica renovável dos próximos anos estará mais marcado pelas suas limitações próprias da construção e do seu encaixe na rede que do que por falta de procura. O desenvolvimento de toda esta segunda fase continuará a depender do apoio público, já que na maioria dos casos o status quo continua a ser mais rentável do que os novos desenvolvimentos.
CUSTO SOCIAL
Neste sentido, para eleger as suas medidas da política ambiental, Biden reinstaurou a estimativa do custo social das emissões de CO2 da administração de Obama: 51 dólares por tonelada emitida. Por agora, este número não é um imposto, mas serve de base ao governo para justificar as suas decisões. Também pode sofrer revisões conforme o tempo passar e os objeti108 FUNDSPEOPLE I JULHO E AGOSTO
vos forem cada vez mais ambiciosos. Atualmente, esta referência vai-se parecendo cada vez mais com o preço do mercado europeu de autorizações de emissão de CO2, que triplicou desde março de 2020 e que tocou nos seus máximos históricos de 56 euros por tonelada no passado mês de maio. Finalmente, o objetivo de emissões zero necessita de uma mudança de atitude da sociedade, os três R: reduzir, reutilizar e reciclar. Todas as medidas de poupança de energia, eficiência energética, tratamento de resíduos, reutilização e reciclagem de materiais, as redes elétricas inteligentes que já nomeamos, etc. têm de ser fomentadas. O relatório Brown to green da ONG Climate Transparency, por exemplo, recomenda a redução das emissões dos edifícios em cerca de 80% até 2050 através de uma maior eficiência, menor procura energética e eletrificação, em combinação com uma descarbonização completa do setor energético e que todas as edificações novas tenham de ser de energias líquidas zero até 2025. Da mesma forma, é preciso incentivar todo o desenvolvimento de atividades orientadas para a mitigação da poluição, leia-se principalmente das diferentes tecnologias de captura de carbono e das políticas de reflorestação. Neste último ponto, o mesmo relatório citado estabelece que o objetivo deve ser deter a desflorestação e conseguir reflorestações líquidas a nível global até 2030. Em suma, há todo um universo de oportunidades de investimento se quisermos cumprir com o objetivo principal, que não é outro senão o de salvar o nosso planeta. There is no Planet B!
WILLIAM RUSSELL Responsável global de Especialistas de Produto de Ações, Allianz Global Investors
CHINA: O GIGANTE ADORMECIDO DOS MERCADOS DE AÇÕES A COVID-19 tem sido o principal risco para o crescimento económico em todo o mundo – e isso também se aplica à China. Durante o primeiro trimestre de 2020, o país foi duramente atingido pela pandemia e o crescimento sofreu. Mas enquanto a maioria dos países ocidentais, incluindo os EUA e a Europa, ainda lutam para acabar com a pandemia, a China e muitos outros países asiáticos parecem estar numa posição melhor. A China fez progressos significativos na contenção do vírus, o que ajudou a estabelecer as bases para um crescimento robusto. E é muito provável que a história de sucesso de longo-prazo continue. A China não deve mais ser considerada um emergente. Está a caminho de se tornar uma potência global. Pretende ser o estandarte da alta tecnologia no mundo, graças aos grandes investimentos em infraestrutura 5G, digitalização, semicondutores e IA. Ao mesmo tempo, as tensões comerciais EUA-China deverão continuar, razão pela qual a China se concentra cada vez mais na sua autonomia, fortalecer cadeias de abastecimento e formar novas alianças. Encontra-se sub-representada em muitos dos índices de referência, tendo em conta o tamanho da sua economia e mercados, de modo que os investidores focados exclusivamente nos benchmarks podem estar a investir muito pouco no país. Ainda é o gigante adormecido nas ações. Existem boas razões a justificar a sua sub-representação nos índices globais. As bolsas da China continental – as ações A – só recentemente ficaram mais acessíveis aos investidores estrangeiros. Com o tempo, acreditamos que os investidores vão pensar na China como uma classe de ativos autónoma, como os EUA ou o Japão.
ALLIANZ THEMATICA INVESTIR NO MUNDO DE AMANHÃ Participe nas mudanças estruturais do nosso tempo investindo nas temáticas mais apaixonantes, com a ajuda da Allianz Thematica. O último ano mostrou a rapidez com que algumas megatendências se estão a tornar uma parte integrante da nossa vida quotidiana. Temas como a digitalização, o crescente amor pelos animais de estimação, a escassez de água e a energia do futuro vão continuar a ser investimentos interessantes. Com a Allianz Thematica pode investir de forma flexível nos temas mais promissores.
lu.allianzgi.com
O investimento no Fundo envolve riscos. Os investimentos no Fundo e o rendimento obtido poderão oscilar para cima e para baixo, dependendo dos valores ou previsões existentes no momento do investimento e, portanto, poderá não recuperar o seu investimento na íntegra. O Allianz Thematica é um subfundo da Allianz Global Investors Fund SICAV, uma sociedade de investimento aberta de capital variável constituída de acordo com a legislação luxemburguesa. O valor das unidades de participação/ações, que pertencem às Categorias de Unidades de Participação/Ações do Subfundo que não sejam denominadas na divisa base, poderá estar sujeito a uma bastante elevada volatilidade. É possível que a volatilidade de outras Categorias de Unidades de Participação/Ações seja diferente. A existência de rendimentos no passado não constitui uma promessa ou garantia de rendimentos no futuro. Os produtos dos fundos de investimentos poderão não estar disponíveis em todas as jurisdições ou para certas categorias de investidores. Para obter uma cópia gratuita do prospecto, documentos de constituição, cotações diárias, informações fundamentais destinadas aos investidores e últimos relatórios financeiros anuais e semestrais, entre em contacto com a entidade gestora através do endereço abaixo indicado ou em www.allianzgiregulatory.eu. Por favor leia atentamente estes documentos antes de investir, os quais são obrigatórios. Este material promocional foi elaborado pela Allianz Global Investors GmbH, www.allianzgi.com, uma sociedade de investimento de responsabilidade limitada, constituída na Alemanha, com sede em Bockenheimer Landstrasse 42-44, 60323 Frankfurt/M, com número de registo no tribunal local de Frankfurt/M, HRB 9340, autorizada pelo Bundesanstalt für Finanzdienstleistungsaufsicht (www.bafin.de). #1311034 Janeiro 2021.
PRODUTOS ETF
Thomas Paratore e Anaelle Ubaldino
ETF TEMÁTICOS
O FUTURO É AGORA Retornos de três dígitos num único ano raramente são alcançados pela maioria dos fundos. No entanto, em 2020, alguns ETF conseguiram fazer com isso que parecesse fácil. Todos pertencem ao mesmo tipo de investimento: o temático.
C
om base em ideias altamente comercializáveis sobre tendências emergentes, os ETF temáticos são um conceito relativamente novo, mas que está a gerar muita atenção. Anne-Valère Amo, responsável de Seleção de ETF da TrackInsight, comentou: “O investimento temático através de ETF encontrou uma grande audiência em 2020, quebrando as habituais alocações setoriais e nacionais”.
OS NÚMEROS
O forte impulso em torno dos investimentos temáticos está a abanar o mundo dos ETF. Até agora, a popularidade dos ETF cresceu principalmente devido a trackers passivos que rastreavam índices de referência de mercado de baixo custo. Portanto, não é surpreendente que a indústria de ETF ainda não tenha chegado a um 110 FUNDSPEOPLE I JULHO E AGOSTO
acordo sobre uma definição comum para ETF temáticos. São muitas as discrepâncias nos relatórios temáticos de visão geral do ETF e nos números relatados para as categorias e ativos sob gestão, que variam amplamente entre as fontes.
FORTE CRESCIMENTO
Embora os números possam ser discordantes, a tendência nos ETF temáticos é clara: estão a crescer e rapidamente. Para analisar o universo, na Trackinsights olharam para os ETF que se concentram em macrotendências de longo prazo que vão transformar a maneira como vivemos e trabalhamos, com uma abordagem de investimento que se afasta das classificações padrão da indústria e do país. Os tópicos podem variar de inovações disruptivas em tecnologia ou saúde, a novas fontes de energia e, portanto, afetam vários aspetos da nossa vida diária.
ETF TEMÁTICOS GLOBAIS - CRESCIMENTO ATIVOS
NA EUROPA, DESTACAM-SE OS ETF TEMÁTICOS COM FOCO ESG. NOS EUA, A TECNOLOGIA IMPULSIONA OS FLUXOS
FLUXOS LÍQUIDOS
300 250 200 150 100 50 0 2018
2019
2020
2021/Q1
Fonte: TrackInsight, universo de ETF temáticos globais, dados em milhões de dólares, 31 março 2021.
Os ETF temáticos estão a crescer: os seus ativos sob gestão triplicaram desde 2018 e mais do que duplicaram apenas em 2020, enquanto os fluxos do primeiro trimestre deste ano em ETF temáticos já se aproximam dos do ano completo de 2020. Este é o melhor início de ano até agora. Temos mais de 100 provedores de ETF temáticos, um aumento de 50% em relação a 2018. A popularidade dos investimentos temáticos deve-se muito ao crescimento dos ETF. Conforme evidenciado pelos fluxos, os investidores reconhecem os muitos benefícios dos ETF, como o baixo custo, a fácil diversificação, a liquidez e a transparência. Recentemente, a competição entre as operadoras reduziu ainda mais os custos e novos players desenvolveram a oferta dos índices disponíveis, permitindo que estratégias mais complexas e especializadas sejam replicadas pelos ETF. Hoje, os ETF temáticos oferecem
ETF TEMÁTICOS - NOVOS LANÇAMENTOS 25%
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2021/Q1
Fonte: TrackInsight, dados (%) a 31 março 2021.
JULHO E AGOSTO I FUNDSPEOPLE 111
PRODUTOS ETF
TOP 10 BEST PERFORMERS EM 2020 E CONFRONTO COM O PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2021 TICKER
FUND LABEL
2020 FY
2021 Q1
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-11.0%
TAN
Invesco Solar ETF
PBW
Invesco WilderHill Clean Energy ETF
205.5%
-4.7%
QCLN
First Trust NASDAQ Clean Edge Green Energy Index Fund
182.5%
-2.0%
ARKG
ARK Genomic Revolution ETF
180.5%
-5.1%
ARKW
ARK Next Generation Internet ETF
159.1%
0.0%
HBLK
Harvest Blockchain Technologies ETF
154.8%
54.9%
ARKK
ARK INNOVATION ETF
152.5%
-4.0%
PBD
Invesco Global Clean Energy ETF
144.1%
-8.0%
ICLN
iShares Global Clean Energy ETF
141.2%
-14.4%
CNRG
SPDR S&P Kensho Clean Power ETF
139.5%
5.3%
Fonte: TrackInsight, retornos em dólares, dados a 31 de março de 2021.
A TRACKINSIGHT ESTÁ A TRABALHAR PARA UMA CLASSIFICAÇÃO GLOBAL E NDEPENDENTE PARA AJUDAR OS INVESTIDORES A ORIENTAREM-SE NO UNIVERSO DOS ETF TEMÁTICOS
aos investidores uma alternativa fácil e barata para participar nas macrotendências que irão moldar nosso futuro. Além dos trackers, há um número crescente de ETF temáticos geridos ativamente. Quase um em cada seis ETF temáticos é ativo, representando 40% dos novos lançamentos nos EUA até agora em 2021. Passivos ou ativos, os ETF temáticos têm um futuro brilhante pela frente. Uma investigação recente da TrackInsight entrevistou 373 investidores profissionais em ETF de todo o mundo e mais de metade (53%) planeiam aumentar a sua alocação a ETF temáticos nos próximos dois a três anos. No entanto, existem disparidades nas áreas geográficas. Amplamente populares no mercado dos EUA, impulsionado pelo retalho, os ETF temáticos ainda não se estabeleceram na Europa, onde representam menos de 20% do total das participações em ETF, enquanto a tendência está apenas a começar na Ásia.
UM EM QUATRO
Os lançamentos temáticos de ETF aumentaram continuamente em número a cada trimestre desde o início de 2020. Também representam uma parcela crescente de todos os lançamentos de ETF. No primeiro trimestre de 2021, quase 25% de todos os novos lançamentos foram de ETF temáticos. Nem todas as regiões estão a observar o mesmo ritmo de crescimento. Nos últimos dois trimestres, a maioria dos novos ETF temáticos foram listados na América do Norte. Curiosamente, 112 FUNDSPEOPLE I JULHO E AGOSTO
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A OPINIÃO DE ANDRÉ THEMUDO Responsável de Desenvolvimento de Negócio para Portugal, Espanha e Andorra, BlackRock
DIGITALIZAÇÃO E TRANSIÇÃO ENERGÉTICA: OS VENCEDORES NA LUTA CONTRA A PANDEMIA
os temas mais populares nos Estados Unidos diferem muito dos da Europa. Grande parte dos novos lançamentos nos Estados Unidos girou em torno de tecnologias disruptivas, enquanto na Europa quase todos os novos lançamentos (95%) se focavam em questões ambientais como alterações climáticas, transição energética e energias renováveis.
ALGUNS RISCOS
Embora alguns fundos ofereçam retornos excecionais, o investimento temático não é uma fórmula mágica. As estratégias temáticas, como todas as estratégias especializadas, podem apresentar alta volatilidade no seu desempenho. Os vencedores do passado podem ser os vencidos de amanhã. Entre os 10 melhores desempenhos de 2020, apenas um ETF conseguiu permanecer no topo no primeiro trimestre de 2021. Os itens estão sujeitos a rotações. Embora os ETF de energia limpa em 2020 tenham sido os vencedores, em 2021 foram substituídos por ETF de cannabis. Uma investigação recente produzida em colaboração com o Financial Times ETF Hub destacou as baixas taxas de sobrevivência de ETF temáticos. Além de um risco maior de fecho, os ETF temáticos geralmente apresentam um risco de concentração mais alto do que as estratégias de mercado mais tradicionais e uma alta concentração também levanta a questão do risco potencial de liquidez. Algumas estratégias temáticas tendem a investir em ações de
baixa capitalização devido ao segmento de mercado de nicho. As entradas rápidas e grandes em ETF temáticos podem afetar as avaliações das ações subjacentes e podem surgir problemas de liquidez se os fundos tiverem de enfrentar resgates repentinos. Além disso, foram levantadas preocupações em relação a alguns gestores de ETF ativos com participação significativa em algumas ações. Podem ver o seu status redefinido como investidores informados. Isso impediria-os de negociar ativamente esses títulos, com entradas e saídas frequentes. Além disso, eles podem ter que devolver uma parte de seus ganhos às empresas, o que prejudicaria os investidores nesses ETF. Resumindo, alguns ETF temáticos são melhor construídos do que outros. Alguns têm um foco maior na gestão desses riscos. A devida diligência deve ajudar os investidores a selecionar produtos. O setor ainda não encontrou uma definição comum para investimentos temáticos, mas isso não impede os investidores de os comprar. Os ETF tornaram o investimento temático numa alternativa fácil e conveniente para os investidores. Embora alguns tenham obtido retornos estelares em 2020, as suas apostas concentradas geralmente significam que o investimento temático está sujeito à volatilidade. Posicionados para se beneficiar de mudanças potenciais na tecnologia, sociedade, meio ambiente e demografia ao longo do tempo, os ETF temáticos vieram para ficar.
As campanhas de vacinação avançam e com elas as certezas que projetamos sobre o futuro. Estamos conscientes de que continuam presentes os riscos da conjuntura atual, mas também de que se estão a desvanecer as fontes de incerteza que trouxe a pandemia, pelo que intuímos com mais nitidez como será o novo normal, no qual esperamos que dois setores aproveitem a boa posição de partida que já ocupavam antes da pandemia: tecnologia e energias renováveis. Estes setores puseram sobre a mesa um amplo leque de soluções para mitigar os efeitos da expansão do coronavírus, soluções que elevaram as suas valorizações de forma considerável durante 2020. Não obstante, estas valorizações corrigiram ligeiramente e aproximaram-se de pontos de entrada muito interessantes para os investidores com os olhos postos no longo prazo. Este nível de valorizações vem também acompanhado por uma proposta de valor com muito potencial futuro e que se tornou num elemento estrutural para entender o mundo que nos espera depois da pandemia. Referimo-nos principalmente ao grande avanço que se registou na digitalização, onde as tecnologias da informação e o armazenamento virtual se destacam especialmente, e na transição energética para um mundo com menos emissões de carbono. JULHO E AGOSTO I FUNDSPEOPLE 113
PRODUTOS INSTITUCIONAL por Miquel Barnet
OS FUNDOS DE PENSÕES SUPERAM A TORMENTA DE 2020 E ALCANÇAM OS
52,5
BILIÕES DE DÓLARES O rácio entre os ativos de pensões e o PIB médio incrementou-se cerca de 11,2% até 80% no final de 2020, o maior crescimento num só ano.
114 FUNDSPEOPLE I JULHO E AGOSTO
O
s últimos números apresentados no Global Pension Assets Study (GPAS) publicado pelo Thinking Ahead Institute da Willis Towers Watson, mostram que os ativos dos fundos de pensões dos 22 países mais importantes (P22) continuaram a aumentar em 2020 apesar do impacto da pandemia, crescendo cerca de 11,2% até alcançar os 52,5 biliões de dólares no final do ano. Os sete países com maior volume de ativos em pensões (P7) (Austrália, Canadá, Japão, Países Baixos, Suíça, Reino Unido e Estados Unidos) representam 92% do património do P22, dado similar ao do ano anterior. Os Estados Unidos mantêm-se como o mercado mais importante, representando 62% do total de ativos a nível mundial, seguido do Japão e
Reino Unido, com 6,9% e 6,8% respetivamente. De acordo com o estudo GPAS, observou-se um aumento significativo do rácio entre os ativos de pensões e do PIB médio com um aumento de 11,2% até 80% no final de 2020. Este é o maior aumento em apenas um ano desde que se iniciou o estudo em 1998, chegando a igualar-se com o avanço de 2009, quando os ativos de pensões recuperaram depois da crise financeira global. A média indica um fortalecimento do sistema de pensões, mas também mostra o impacto que a pandemia representou no PIB de muitos países. Entre os sete mercados de pensões mais importantes, a tendência tem sido ainda mais pronunciada, com um aumento do rácio de 20%, chegando até 147% em 2020 face aos 127% que alcançou um ano antes.
CONTINUA A TENDÊNCIA DE UM MAIOR INVESTIMENTO EM MERCADOS PRIVADOS E OUTROS ATIVOS ALTERNATIVOS EM DETRIMENTO, SOBRETUDO DAS AÇÕES
O GPAS também mostra que continua a tendência para um maior investimento em mercados privados e ativos alternativos, consolidando a corrente global que se iniciou há já duas décadas. No ano de 2000, unicamente 7% dos ativos de pensões estavam investidos em mercados privados e outros alternativos, face aos 26% de 2020. Esta mudança aconteceu na sua maior parte à custa de uma redução das ações (de 60% para 43% no período), enquanto que as obrigações tradicionais baixaram marginalmente de 31% para 29%. A estratégia média atual nos P7 é cerca de 43% em ações, 29% em obrigações, 26% em alternativos e mercados privados e cerca de 2% em tesouraria. Estas mudanças refletem a procura de uma maior diversificação das fontes de rentabilidade e risco com o objetivo de mitigar os efeitos das crises cíclicas dos mercados de ações e, desta forma, tentar melhorar a estabilidade do valor dos ativos de pensões. Ativos de pensões esses que em planos de contribuição definida se estima que alcancem atualmente 53% do total. Esta percentagem representa um aumento significativo desde os 35% que alcançaram no ano 2000, e indica claramente qual é o modelo dominante. Durante os últimos 10 anos, os ativos em regime de contribuição definida aumentaram cerca de 8,2% por ano,
enquanto que os ativos em regime de benefício definido fizeram-no a um ritmo menor, de 4,3%. A Austrália continua a ser o país com uma maior proporção de ativos de contribuição definida, com 86% do total de ativos de pensões; enquanto que, pelo contrário, o Japão, com 95%, os Países Baixos, com 94%, e o Reino Unido, com 84%, continuam dominados pelo benefício definido. Claramente está a produzir-se uma dissociação entre ativos de pensões e participantes: apesar dos ativos continuarem a ser dominados pelos planos de benefício definido, o maior número de participantes já está a crescer nos planos de contribuição definida. Vemos como se desenha num cenário sólido que situa a indústria numa posição favorável para resistir aos efeitos (económicos, demográficos, etc.) da pandemia atual. Estas são as boas notícias para milhares de milhões de aforradores do mundo. No entanto, a situação não deve ocultar o crescente número de desafios a que os líderes da indústria fazem frente, em especial os relativos a gerir as necessidades das diferentes partes enquanto continuam a oferecer segurança financeira aos participantes dos seus fundos. No atual contexto, um dos desafios mais importantes para os fundos de pensões, e também por sua vez uma oportunidade, é a impli-
OPINIÃO ADELAIDE MARQUES CAVALEIRO
Diretora executiva, BBVA AM Portugal
PENSÕES NUM MUNDO MELHOR 2020 sinaliza o início de uma década onde a busca de propósito se enraíza e se torna mais influente. A sustentabilidade continua a crescer em relevância e esse crescimento arrasta consigo o desafio da alteração das meras métricas de risco/retorno para as que incorporam análise de impacto. De forma mais estrutural, os asset owners parecem ter alargado o seu sentido de responsabilidade fiduciária, perseguindo o caminho que os leva à construção do capitalismo com propósito, ou um novo mundo em que “as pensões que pagamos valem mais num mundo melhor” ao procurar oportunidades de investimento que asseguram e melhoram o sistema financeiro em geral.
JULHO E AGOSTO I FUNDSPEOPLE 115
• Os Países Baixos continuam a ter o maior rácio de ativos por pensões sobre o PIB com cerca de 214%, seguidos do Canadá 193% e da Austrália 175%. • O crescimento médio anual composto a 10 anos de ativos por pensões (CAGR) em dólares para o P22 é de 6,2%.
• Os pesos da Coreia do Sul e da China apenas aumentaram marginalmente em relação a outros países do estudo durante os últimos 10 anos.
• Os dados a 10 anos (em moedas locais) mostram que os Países Baixos foram os que experimentaram um maior crescimento dos ativos por pensões em proporção pelo seu PIB, 93 pontos percentuais (p.p.), alcançando 214%, seguidos da Austrália (62 p.p e 175%), Canadá (55 p.p e 192%), Estados Unidos (55 p.p. e 157%) e Suíça (51 p.p. e 164%).
2 3 DADOS SOBRE O P7: OS SETE PRINCIPAIS PAÍSES ALOCAÇÃO DE ATIVOS
• A alocação a ações no P7 caiu 17 p.p. no total durante os últimos 20 anos, de 60% para 43%, financiando um aumento equivalente nos ativos alternativos. • A alocação a obrigações tradicionais reduziu-se marginalmente nos P7, dois p.p. até se situar nos 29%.
• O viés doméstico em ações reduziu-se em média de cerca de 67% no ano de 2000 para cerca de 38,5% em 2020.
cação efetiva com os ativos nos quais se investe. É evidente que o comboio ESG é imparável e está a impulsionado pela mudança climática e o progressivo caminho para as emissões líquidas zero. O que realmente vai transformar a indústria de pensões nas próximas décadas é o foco na sustentabilidade. Esperamos uma realocação significativa de capital à medida que o paradigma 116 FUNDSPEOPLE I JULHO E AGOSTO
CONTRIBUIÇÃO/BENEFÍCIO DEFINIDO • Os ativos em planos de contribuição definida cresceram até representar 53% do total de 2020 desde os 35% de 2000.
• A Austrália continua a ter a maior percentagem de ativos de contribuição definida em relação aos de benefício definido, cerca de 86% do total de ativos. • O Japão (95%), Países Baixos (94%), Reino Unido (81%) e Canadá (61%) continuam dominados por ativos em planos de benefício definido.
mude do enfoque tradicional de duas dimensões (risco e rentabilidade) para um de três dimensões (risco, rentabilidade e impacto). Prevemos que a tendência crescente dos alternativos continue nos próximos anos alimentada pela praticamente nula rentabilidade que proporcionam as obrigações públicas e a sua menor capacidade de compensar as perdas das ações em cenários de queda.
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• O rácio de ativos por pensões sobre o PIB alcançou 80% no final de 2020.
• Os crescimentos estimados a cinco anos (em moedas locais) entre 0,3% em Espanha e 15% na Índia.
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• Os Estados Unidos, com cerca de 62%, continuam a ser o país mais importante em termos de ativos por pensões, seguido do Japão e do Reino Unido, com 6,9% e 6,8%, respetivamente.
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DADOS GLOBAIS SOBRE O P22: OS 22 PRINCIPAIS PAÍSES
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PRODUTOS INSTITUCIONAL
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A OPINIÃO DE CHRIS BUCHBINDER Gestor de Ações, Capital Group
OS CARROS AUTÓNOMOS VÃO APANHAR A VIA RÁPIDA Acredito que em 2030 teremos grandes frotas de veículos elétricos autónomos a circular por todo o mundo. O facto de ter um carro próprio passará de ser de uma necessidade a um luxo. Muitas pessoas vão continuar a ter carros, tal como muita gente que anda a cavalo por diversão, mas já não serão necessários como principal forma de transporte. Penso que se trata de uma área à qual o mercado ainda não deu a devida importância. Atualmente, as empresas líderes do setor estão integradas noutras empresas, como é o caso da Waymo na Alphabet, da Zoox na Amazon ou da divisão Cruise na GM, pelo que os investidores não podem investir diretamente numa empresa de veículos autónomos. Mas conforme forem aumentando as frotas de veículos, o mercado poderá começar a reavaliar estas empresas e a aperceber-se de que não fazem parte de um projeto científico, mas que se tratam de empresas reais. Julgo também que em 2030 poderemos assistir à introdução de motores elétricos híbridos e de hidrogénio nos aviões comerciais, tendência que se generaliza nos seguintes cinco a dez anos. Poderemos exercer um impacto significativo no nível global de emissões se os veículos elétricos autónomos dominarem as nossas estradas e os aviões optarem por abandonar o combustível baseado em petróleo para começar a utilizar uma combinação de petróleo, eletricidade e hidrogénio.
PRODUTOS ALTERNATIVOS por José Manuel López Mayher
PRIVATE
REAL ESTATE RENTABILIDADE
Oportunidade
Value add
Core plus
Core
RISCO
No momento de configurar um património financeiro, os investidores procuram contruir carteiras bem diversificadas por classes de ativos, com o objetivo de maximizar o seu potencial de rentabilidade para um determinado nível de risco. Os investimentos imobiliários podem desempenhar um papel importante neste contexto.
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ntre as principais motivações para investir no mercado imobiliário, podemos destacar três: obtenção de retornos competitivos no longo prazo por via da geração de rendimentos e valorização do capital; correlações médias baixas com outras classes de ativos, com o consequente benefício em termos de diversificação; e a possibilidade de atuar como hedge contra a inflação se os arrendamentos estiverem ligados ao índice geral de preços.
O universo dos investimentos imobiliários é extremamente amplo. Os investimentos podem ser considerados em residências (para venda ou arrendamento), escritórios, centros comerciais, hotéis e resorts, hospitais, armazéns industriais, garagens ou ainda alguns ativos que se sobrepõem ao mundo das infraestruturas, como torres de telecomunicações ou centros de dados. Existem várias formas de executar o investimento imobiliário, sendo as mais comuns a aquisição (direta ou indireta)
de ativos físicos e a compra de sociedades imobiliárias cotadas no mercado de capitais. Dito isto, outra forma de entrar neste setor (talvez menos popular) é investindo em dívida imobiliária por meio da concessão de empréstimos hipotecários ou da compra de MBS com o ativo subjacente a atuar como garantia. Cada uma destas alternativas tem as suas vantagens e desvantagens, e a sua atratividade dependerá das necessidades e restrições de cada investidor. Neste artigo concentramo-nos no investimento JULHO E AGOSTO I FUNDSPEOPLE 117
PRODUTOS ALTERNATIVOS
GRANDE DISPERSÃO DE RESULTADOS ENTRE FUNDOS DE PRIVATE REAL ESTATE MEDIANA
PRIMEIRO QUARTIL (%)
ÚLTIMO QUARTIL (%)
40
30
20
10
0
-10
-20 1993
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2000
2001
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2015
2016
Fonte: Cambridge Associates.
em ativos físicos, conhecido pela sigla em inglês PRE (Private Real Estate). Os imóveis apresentam características únicas em relação a outras categorias de investimento. A sua indivisibilidade, singularidade (não existem duas propriedades idênticas) e a sua localização fixa têm implicações para os investidores. Por exemplo, o tamanho do investimento é, regra geral, grande (indivisível) e envolve ativos relativamente ilíquidos. Da mesma forma, os imóveis podem exigir uma gestão operacional constante. Por outro lado, o setor imobiliário está normalmente sujeito a múltiplas regulamentações locais, muitas vezes variáveis ao longo do tempo, que afetam as ações que podem ser realizadas no imóvel ou a forma como pode ser transferido. As restrições podem ir tão longe que as avaliações do mercado imobiliário local ou regional se movem independentemente dos preços nacionais ou globais.
QUATRO ESTRATÉGIAS
Os investidores no PRE podem considerar principalmente quatro tipos de estratégias: core, core plus, value add real estate e real estate oportunístico. 118 FUNDSPEOPLE I JULHO E AGOSTO
As estratégias core são as mais populares e visam gerar receitas recorrentes, investindo em propriedades de alta qualidade em localizações privilegiadas. Estes tipos de ativos normalmente têm taxas de ocupação próximas a 100% e beneficiam de contratos de longo prazo com arrendatários estáveis e solventes. Consequentemente, mais de 90% do retorno esperado vem dos arrendamentos cobrados aos inquilinos, enquanto a valorização do capital é geralmente limitada. O horizonte de investimento das estratégias core é geralmente longo, na ordem dos 8 a 10 anos. As estratégias core plus são uma variante das estratégias core, com um perfil de risco-retorno um pouco mais elevado com base em pequenas melhorias que podem ser alcançadas por meio da renegociação de arrendamentos ou possíveis aumentos na ocupação, bem como o uso de alavancagem (que em investimentos core é geralmente muito baixa ou nula). Os investimentos de value add procuram investir em imóveis que apresentem algum ângulo de melhoria, como melhoria das baixas taxas
de ocupação, renegociação de contratos com vencimentos curtos, remodelação parcial ou abrangente e reposicionamento do imóvel, etc., tudo com o objetivo de aumentar o valor do ativo para convertê-lo num tipo de imóvel core ou core plus. Consequentemente, os retornos esperados neste caso têm um componente de ganho de capital maior e uma parte menor (50%-70%) deriva das rendas. Além disso, o recurso a alavancagem tende a ser mais agressivo (> 50%), ao mesmo tempo que os períodos de manutenção do investimento são mais reduzidos (5-7 anos). O value add requer, sem dúvida, um planeamento mais cuidadoso dos momentos de entrada e saída e uma gestão meticulosa dos imóveis, o que os torna mais arriscados do que os investimentos core. Por todas estas razões, os investidores em value add esperam obter retornos superiores. Finalmente, na extremidade superior do espectro de risco, estão os imóveis oportunísticos, que se concentram em ativos com grande potencial de melhoria, seja desenvolvimento, situações de recuperação complexas
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A OPINIÃO DE ISABEL DE LINIERS Senior sales, DWS Iberia
AS FONTES DE RENTABILIDADE VALORIZAÇÃO DE CAPITAL
RENDIMENTOS
A GESTÃO DO RISCO É CRUCIAL
OPORTUNIDADE
VALUE ADD
CORE PLUS
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20%
40%
60%
80%
100%
Fonte: UBS.
ou reconstrução, investimentos em dificuldades financeiras, incluindo dívidas, especulação imobiliária ou até mesmo carteiras de empréstimos em incumprimento. É muito comum aplicar níveis de endividamento expressivos a esses investimentos, da ordem dos 60%-80%. Investidores oportunistícos esperam retornos muito superiores como resposta aos riscos assumidos, e a maior parte destes retornos resultará da valorização do capital (90%), com uma geração de rendimentos insignificante.
TIPOS DE FUNDOS
A menos que o investidor tenha recursos e capacidade para investir diretamente, o normal é recorrer a fundos de gestão imobiliária. A grande maioria está estruturada como veículos fechados, com períodos de investimento e desinvestimento que frequentemente alcançam os 10 anos. Dito isto, existem alguns fundos abertos, que permitem a entrada e saída de clientes com uma certa periodicidade. Este tipo de produtos tende a concentrar-se em estratégias core ou core plus, mas nos últimos anos têm sido repe-
tidamente salpicados com alguma polémica, tendo que vender ativos ou congelar saídas devido à incapacidade de lidar com aumentos específicos de pedidos de reembolso. Segundo a informação disponibilizada pela Cambridge Associates, os investimentos em fundos de PRE (value add e oportunistas) geraram uma yield mediana de 11,2% no período de 1994 a 2016. No entanto, uma das características do investimento em imóveis (em comum com outras classes de ativos não cotados) é a enorme dispersão de resultados entre os gestores. Assim, os do primeiro quartil superaram a yield mediana em quase 50%, com um retorno de 16,8%. Ao mesmo tempo, os investidores no outro extremo obtiveram retornos muito pobres, na ordem dos 4,9% médios anuais. Estas informações evidenciam a importância de uma adequada seleção dos gestores. Para os investidores ainda sem exposição a imóveis, recomenda-se que considerem uma alocação estratégica dos seus ativos, mas não antes de realizar uma análise aprofundada sobre a melhor forma de implementar as múltiplas opções que esta classe de ativos providencia.
Para os investidores, os riscos surgem, em parte, do grau de flutuação de um fundo, ou seja, da volatilidade. No entanto, o drawdown, entendido como a perda máxima de valor que uma ação, uma obrigação, uma matéria-prima ou um fundo pode experimentar, também é fundamental para medir o risco. Assim, é possível ter ambas as métricas num nível histórico e estimar como será a sua trajetória no futuro. Os gestores de fundos são geralmente avaliados com base na volatilidade histórica e drawdown das suas carteiras, bem como na rentabilidade que alcançaram. Isso significa que enfrentam a tarefa de estimar e gerir a volatilidade e o drawdown futuros, bem como a rentabilidade. As estimativas podem ser feitas ao usar modelos de risco apropriados para calcular essas duas métricas de risco. Porém, ao lado das métricas calculadas através desses modelos, é necessário utilizar um processo de gestão de riscos que auxilie os gestores de fundos a interpretar os números e traduzi-los em decisões. Portanto, é essencial estabelecer um processo de gestão de risco antes de definir e estimar essas métricas. Assim, os objetivos de risco de um fundo devem primeiro ser definidos e enquadrados no perfil dos clientes potenciais. Uma vez conhecidos os objetivos de risco do fundo, catálogos de medidas podem ser desenvolvidos e os limites deste parâmetro definidos. Uma abordagem de investimento adequada pode então ser desenvolvida e aplicada dentro desses limites. JULHO E AGOSTO I FUNDSPEOPLE 119
ESTILO DE VIDA CICLISMO por Francisco Magalhães Carneiro
“THE FIRST STEP TO GETTING THE THINGS YOU WANT OUT OF LIFE IS THIS: DECIDE WHAT YOU WANT” BEN STEIN
AS LIÇÕES DO
CICLISMO Apesar de ter surgido na sua vida graças a um infortúnio, o ciclismo tornou-se uma grande paixão.
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ediram-me para escrever umas linhas para a revista FundsPeople sobre um hobbie. Eu não tenho muitos, sou como a ANITA, só faço uma coisa de cada vez. Houve a fase do alpinismo que em boa hora foi interrompida com uma avalanche no Monte Branco em 1994. Depois de ser resgatado da montanha de helicóptero e de várias operações, fiquei coxo! Digo em boa hora, pois o alpinismo é incrivelmente bonito e o contacto com a natureza é incrível, mas perigoso. As montanhas são um lugar perigoso para quem passa o ano numa secretária no BPI (estive lá 30 anos que passaram a correr). Estava mesmo na secretária na sala de mer120 FUNDSPEOPLE I JULHO E AGOSTO
cados e não podia treinar, pois não há gelo na Rua do Salitre. Finalmente acabou o alpinismo e reparei que andar de bicicleta é uma atividade em que os tornozelos não têm que fazer nada. Vamos ao ciclismo. Mal comecei a andar de bicicleta descobri: “É isto mesmo!”. É um desporto em que se sai de casa montado na bicicleta: não é preciso marcar campo, não é preciso convencer ninguém a ir connosco e, claro, quando se começa o percurso pode-se fazer 150 km numa manhã. Graças ao arquiteto e amigo Paulo Jalles, comprei uma bicicleta de estrada para treinar e comecei a participar em competições de BTT. No ciclismo, para além de não serem causadas lesões, o movimento é
repetido, controlado e faz emagrecer! Que maravilha! Nem queria acreditar que em 2012 estava com 70 kg vindo dos 95! As competições levaram-me a conhecer um Portugal que ninguém conhece, onde os carros não passam. Conheço a Santinha, as minas de São Domingos, a calçada de Alpajares e a Barca de Alva. Passo nas quintas dos outros, conheço toda a fronteira com Espanha e fiz sete Transportugais, acabando algumas vezes no top 10. Fiz vários EOX 260 em que se atravessa num dia de Ficalho à Zambujeira, ganhei algumas vezes o meu escalão e uma vez acabei em 3.º na geral. Como eu sou focado, só treino ciclismo. Tenho um dos melhores trei-
AS GRANDES LIÇÕES QUE TIRO DO CICLISMO: 1. N unca parar. Nas provas eu tento nunca parar. 2. N unca achar que os outros são melhores que nós. Vou num grupo a subir uma montanha e penso sempre que eles estão todos rebentados, nem sempre… 3. Para se melhorar tem que se fazer todos os dias uma coisa difícil. Eu vou para Sintra ou Monsanto e tenho que tentar fazer uma coisa que nunca fiz! 4. N ão gastar dinheiro em material. O problema está no ciclista. Eu tenho tudo do melhor, mas velho. Chega perfeitamente. 5. A dieta é a coisa mais importante. Comer porcaria (açúcar) é um problema. 6. N ão ligar aos médicos. Depois dos meus acidentes e operações, todos os médicos disseram “Ciclismo nem pensar. Natação é que é”.
nadores em Portugal, o Nuno Sabido que me acompanha há 11 anos, e ainda sou seguido por uma nutricionista. Os resultados começaram a aparecer e, claro, o gozo quando se faz uma coisa bem, é grande. Por fim existe uma vantagem enorme em não dar tiros nos pés. Acho que também se aplica na vida. Nas corridas já me aconteceu tudo. Furos, perder o GPS e ter que voltar para trás à procura do GPS, apanhar uma intoxicação alimentar… Nas provas de oito dias, o corpo está fraco e qualquer contacto com um vírus é fatal. Recentemente, ando com mais cuidado e só não ter problemas faz passar dezenas de atletas melhores do que eu. Fica esta dica, não dar tiros nos pés. Boas pedaladas.
“THE ONLY WAY TO BECOME EXCELLENT IS TO BE ENDLESSLY FASCINATED BY DOING THE SAME THING OVER AND OVER. YOU HAVE TO FALL IN LOVE WITH BOREDOM.” JAMES CLEAR
7. Ter um treinador que me leva a treinar com profissionais da Volta a Portugal é uma vantagem enorme, chego sempre a casa com vontade de treinar mais. Nada melhor do que a humilhação para motivar. 8. H á muitas maneiras de correr. A minha é sair à morte, se rebentar paciência, se não rebentar ganho. Ainda nunca ganhei. 9. Quando comecei, andava com luvas, camelback, óculos de sol, comia hidratos ao pequenoalmoço, etc. Agora, passados 20 anos, saio de casa só com água para treinar, sem luvas, sem nada e faço os 150 km e volto feliz. A maior parte do material do Coronel Tapioca não serve para nada. Just do It, é mesmo verdade. 10. Quem quiser começar tem que fazer um bike fit, é importante estar encaixado na bicicleta sem qualquer dor e assim é possível estar 12 ou 14 horas a pedalar.
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ESTILO DE VIDA VIAGEM por Emília Vieira
VIAGEM A
OMAHA
A família reuniu-se para assistir à conhecida Assembleia Geral da Berkshire Hathaway, em Omaha. Mas o périplo encerrou uma tarefa maior e muito desafiante: entregar um presente especial a Warren Buffett.
T
al como imensos admiradores de Warren Buffett e investidores profissionais que seguem a filosofia de investimento em Valor, assistir um dia a uma Assembleia Geral da Berkshire Hathaway, em Omaha Nebrasca, é uma viagem de sonho. Em 2014, o Pedro e eu decidimos levar os nossos filhos ao chamado Woodstock para capitalistas, em Omaha, e seguir para Nova Iorque para a tornar ainda mais especial. Tendo a fundação da Casa de Investimentos partido da leitura do livro Buffettology, que viria a mudar muito a vida da nossa família, decidimos comprar um presente para levar a Warren Buffett. Algo que pudesse gostar e que estivesse associado a Portugal. Descobrimos que era um grande aficionado do Ukelele, instrumento que terá sido levado para o Hawaii por um português. Comprámos um cava122 FUNDSPEOPLE I JULHO E AGOSTO
quinho em Braga, no Museu de Cordofones e, dias mais tarde, seguimos do Porto, com escala em Madrid, Dallas e chegada a Omaha, passadas cerca de 22 horas. O dito instrumento estava muito bem embalado num estojo preto que a nossa filha, na altura com 8 anos, carregou com sentido de missão. Ainda assim, despertou enorme curiosidade e suspeita em cada check-in e a Leonor acabou por ter que passar por música para não termos que contar uma história que seria mais longa. Chegados a Omaha, sem malas, enviadas por engano para Chicago, instalámo-nos no hotel e planeámos os quatro dias em Omaha. No sábado, dia três de maio, dia da Assembleia Geral, chegámos ao CenturyLink pouco depois das 6h00 da manhã. As filas já eram enormes. Às 7h00, abriram-se os portões e 40 mil pessoas apressaram-se a entrar no Centurylink. Fomos rodeados por vários seguranças que queriam saber o que aquele estojo negro, suspei-
to, continha. Abrimo-lo e mostrámos o cavaquinho. A reação à nossa volta foi uma gargalhada de alívio. Às 8h30, teve início o tradicional filme de boas vindas e às 9h00 em ponto entraram em cena os protagonistas do dia, Warren Buffett e Charlie Munger. Até as 16h00 (só com uma hora de intervalo para o almoço), Buffett e Munger responderam às questões dos acionistas e dos jornalistas. Nesta assembleia vimos investidores conceituados, vimos famílias inteiras, avós, pais, filhos e netos. A maior parte das pessoas não vieram pedir contas a Warren Buffett. Vieram prestar homenagem a quem tão bem lhes cuidou do dinheiro e, em muitos casos, os tornou milionários ao longo de três ou quatro décadas. No dia seguinte, domingo, dirigimo-nos à Borsheim’s, a famosa joalharia de Omaha, detida pela Berkshire e onde Buffett, seguindo a tradição, assume durante algumas horas o papel de
vendedor de jóias. Esta seria a segunda tentativa para entregar o cavaquinho. A primeira, falhada, tinha sido no dia anterior. A multidão à nossa volta impediu o sucesso das nossas tentativas de chamar a atenção de Buffett. Um dos seguranças a quem pedimos ajuda chamou a CEO da Borsheim’s, que nos sugeriu ir na segunda feira à sede da Berkshire onde seria mais fácil fazer a entrega. Buffett, Munger e Bill Gates, como habitual, seriam aí entrevistados por Liz Claman para a FOX News. Na segunda-feira, estimando que a entrevista estivesse a terminar, fomos à sede da Berkshire fazer a entrega. A entrevista tinha acabado há momentos e a Liz Claman estava ainda a tirar os sapatos que lhe magoavam os pés. Depois de tentar junto do porteiro, a Liz Claman, com imensa simpatia e prontamente, ajudou-nos a completar a missão. Viajámos horas depois para Nova Iorque, por coincidência ao lado da jornalista, que nos fez um briefing da
entrevista daquela manhã e falou de como ficava sempre tão impressionada com Buffett, Munger e Gates. Passámos uma semana maravilhosa em Nova Iorque com os nossos filhos. Passados alguns dias recebemos o seguinte email: “Dear Emilia and Pedro: Many thanks for the wonderful ukulele. It will make a nice addition to my collection and I know I’ll enjoy playing it. It has great sound. I’m glad you were able to attend the annual meeting this year and hope you’ll come back in 2015. Best regards. Warren Buffett”
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Omaha Superfície 307.9 km2
Coordenadas Habitantes 41°16’00’’N 408 958 hab. 96°01’00’’O
Em 2015, regressamos a Omaha para os 50 anos da Berkshire. Já voltámos mais vezes, mas a primeira foi muito especial, sobretudo para o Leonardo e a Leonor. JULHO E AGOSTO I FUNDSPEOPLE 123
“EU SEI DE UM CAMINHO MELHOR...” Vasco da Gama (se não disse, pensou), 1498
Abraçar novas formas de pensar com ETFs de renda fixa Descubra como os fundos negociados em bolsa (ETFs) podem resolver os desafios do mercado obrigacionista.
Invista em algo maior. Capital em risco. O valor dos investimentos e a renda que você obtém podem diminuir e aumentar, e o valor inicial investido não pode ser garantido. Até 31 de Dezembro de 2020, emitido pela Investment Management (UK) Limited, autorizada e regulamentada pela Financial Conduct Authority. Sede registada:12 Throgmorton Avenue, Londres, EC2N 2DL. Tel: +44 (0)20 7743 3000. Registada em Inglaterra e no País de Gales, n.o 00796793. Para sua protecção, as chamadas telefónicas são normalmente gravadas. Consulte o site da Autoridade de Conduta Financeira para obter uma lista das actividades autorizadas realizadas pela BlackRock. A partir de 1 de Janeiro de 2021, caso o Reino Unido e a União Europeia não celebrem um acordo que permita às empresas britânicas oferecer e prestar serviços financeiros na União Europeia, o emitente deste material é o Reino Unido: i) BlackRock Investment Management (UK) Limited para todos os países fora da União Europeia; e (ii) BlackRock (Países Baixos) B.V. para na União Europeia, BlackRock (Países Baixos) B.V. é autorizada e regulamentada pela autoridade neerlandesa para a mercados financeiros. Escritório registado Amstelplein 1, 1096 HA, Amesterdão, Tel: 020 – 549 5200, Tel: 31205495200. Registo Comercial n.º 17068311. Para sua protecção, as chamadas telefónicas são normalmente gravadas. O presente documento tem apenas fins informativos e não constitui uma oferta ou convite a ninguém para investir em quaisquer fundos BlackRock e não foi elaborado em relação a qualquer oferta deste tipo. © 2021 BlackRock, Inc. Todos os direitos reservados. 1687935.