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AS GRANDES CAPITALIZAÇÕES EM COMPARAÇÃO COM AS PEQUENAS CAPITALIZAÇÕES

estabilizadora do fundo abrandou o seu avanço”. “Ainda que as coberturas indiretas, tais como ouro e obrigações do Estado, tenham sido favoráveis, as proteções diretas pesaram sobre o desempenho à medida que os índices de ações subjacentes avançaram,” afirmou.

Corre O Quase Certa

Também Joerg Moshuber, gestor de portefólios sénior, do Amundi Funds - Multi-Asset Sustainable Future, vê um futuro muito complicado na mão dos bancos centrais. “Acreditamos que os bancos centrais, incluindo o BCE, estão a caminhar na corda bamba, já que o risco de cometer erros é elevado”, afirmou.

Acredita que este cenário exige uma correção nos mercados, com a inflação a desacelerar, mas ainda acima dos valores normais e, à semelhança de Aron Pataki, acredita que a “correção será impulsionada pela recessão dos lucros que acontecerá na primeira metade de 2023”.

No que diz respeito ao portefólio, Joerg Moshuber destaca a exposição moderada ao mercado acionista devido à desaceleração da economia mundial e a preferência pelos EUA, preferência esta que continua em linha com a carteira agregada, dados os riscos inerentes à crise energética. Já no rendimento fixo, “mantivemos a duração da nossa carteira em cerca de 3,2 anos nos últimos meses, com alguma arbitragem no âmbito da exposição à dívida soberana e empresarial, a fim de favorecer emissões verdes e sociais com prazos de vencimento mais longos”.

Tal como já foi mencionado, as obrigações soberanas mantêm o seu lugar de destaque nas categorias de rendimento fixo, mas novembro traz uma alteração. Apenas pela segunda vez em 2022, as corporativas voltam a superar o peso da liquidez, assumindo assim a segunda maior ponderação.

As empresas norte-americanas de grande capitalização vão continuar a ser excelentes negócios: acreditamos que a Amazon continuará a crescer, tal como a Microsoft e os seus serviços baseados na cloud. No entanto, virar as costas à globalização e adotar uma abordagem mais focada no mercado nacional pode ser uma abordagem bastante atrativa para as empresas norte-americanas de pequena capitalização. Se analisarmos a exposição às receitas geradas no estrangeiro por capitalização bolsista, por exemplo, veremos que as empresas de pequena capitalização são muito mais orientadas para o mercado nacional.

Historicamente, temos observado que as empresas de menor dimensão tendem a ficar atrás das de grande capitalização quando as taxas de juro baixam, mas apresentam resultados superiores em ambientes de taxas crescentes. Um dos motivos para que as empresas de menor dimensão gerem uma rentabilidade superior à do mercado em períodos de taxas crescentes e níveis de inflação mais normais é que este é geralmente um indício de que a economia está sólida. É mais difícil afirmar o que esta rentabilidade superior significa num contexto em que a inflação supera os 8%. Teremos de esperar para ver.

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